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Claudio Xavier
PARTE I
Benigno Barreto
VOLUME
ÚNICO
Física
Aula por Aula
ISBN 978-85-96-00112-0
11659943
9 788596 001120
Benigno Barreto Filho Claudio Xavier da Silva
Mestre em Educação na área de Ensino, Avaliação e Especialização em Educação Matemática pela
Formação de professores pela Universidade Estadual de Universidade Estadual de Montes Claros.
Campinas. Licenciado na área de Ciências e Matemática pela
Especialização na área de Educação em Física pela Faculdade de Filosofia,Ciências e Letras das Faculdades
Universidade Estadual de Campinas. Associadas do Ipiranga.
Licenciado na área de Ciências e Física pelo Instituto Assessor de Física e Matemática em escolas públicas e
Superior de Educação Santa Cecília. particulares.
Assessor de Física e Matemática em escolas públicas e Atuou como professor e coordenador pedagógico na
particulares. rede particular de ensino em São Paulo.
Professor de Física e Matemática das redes estadual e Professor universitário na rede particular de
particular de São Paulo. Minas Gerais.
3ª. edição
São Paulo – 2015
Copyright © Claudio Xavier da Silva,
Benigno Barreto Filho, 2015
15-07426 CDD-530.07
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Apresentação
Caro aluno,
Este é o início do estudo de uma parte do conhecimento
construído pelos seres humanos: a Física. Existem evidências de que,
desde os primeiros momentos da história da humanidade, o ser
humano observava o céu à procura de ordem e repetições e, por
meio delas, elaborava compreensões dos diversos fenômenos da
Natureza. Na época, prever os ciclos do céu, como as fases da Lua ou
o ocaso das constelações, era vital para a sobrevivência, pois eram
relacionados com os ciclos terrestres, como as chuvas, as cheias dos
rios e as épocas de plantação e de floração.
Desde esse tempo, o conhecimento sempre foi muito importante
Física
cobalt88/Shutterstock.com
As leis da Termodinâmica
e as máquinas térmicas
As Unidades
apresentam
temas da Física e os
capítulos que Os balões são utilizados como meio
de transporte em diversas regiões
as compõem.
turísticas, como nesta imagem da
Capadócia, Turquia. O funcionamento
de um balão é explicado por conceitos
básicos de pressão, massa e volume de
um gás: para subir, o balão precisa ser
inflado por gás de menor densidade
do que o ar atmosférico; para descer,
é preciso deixar entrar, de forma
controlada, parte do ar mais denso (ar
atmosférico).
CAPÍTULO 3
1. MOVIMENTO COM
A partir de agora daremos início ao estudo dos movimentos, e uma das pri-
meiras tarefas será analisá-los e classificá-los. Esse tipo de estudo permite apren-
Exercícios resolvidos
1 Uma pista plana, horizontal e circular de raio r é percorrida por um carro de
massa m, com movimento uniforme. Sabemos que o coeficiente de atrito estáti-
co entre os pneus e a pista é e.
Com base nessas informações e no esquema ao lado, determine:
a) as forças que agem no carro.
b) a força resultante que age no carro.
c) a velocidade máxima com a qual o carro pode percorrer a pista sem derrapar.
No relógio analógico os ponteiros
Estação espacial em órbita da Terra. tem velocidade constante. (Dados: !e " 0,60, g " 10 m/s2 e r " 150 m.)
a) Considerando que o carro faz a curva sem inclinação, temos as forças peso,
normal e de atrito agindo nele.
b) Como a força resultante age na direção da reta paralela ao plano horizontal, a
componente vertical da força resultante é nula. Portanto, P " N. ←
N
←
Nesse caso, a força de atrito F at representa a resultante centrípeta que age
no carro.
Os Exercícios Resolvidos
← ← ←
R ! Fc ! Fat ←
← ← Fat
c) Se a resultante centrípeta é F c " F at, então:
v2
Fc " Fat # !mg m # !e mg v # μe rg
r
Caso o carro esteja na iminência de derrapar, teremos a intensidade máxima
ilustram a aplicação da força de atrito estático Fat(máx) , e a velocidade máxima (vmáx) será:
vmáx " e
rg " 0, 60 $ 150 $ 10
←
P
Alex Argozino
RESOLUÇÃO
←
P
Inicialmente vamos representar as forças que agem no mo-
tociclista.
De acordo com o esquema, podemos utilizar o triângulo
u
retângulo:
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
Tarumã
7. Sobre uma bancada, foi montado um circuito elétri- 9. O que acontece com a corrente elétrica no gerador do ←
u
N ←
co, inicialmente, conforme a representação da figura circuito abaixo, quando se fecha a chave S? P
1 e posteriormente esse circuito foi modificado ad-
quirindo as características representadas na figura S
Tarumã
← ←
2. Analise os dados e determine a resistência interna FR 5 Fc
E FR
da pilha usada no circuito. Inicialmente, o voltímetro tg "
R1 R2 R3 P
registra 1,60V e posteriormente, quando é acrescido
v2
um resistor de resistência R ! 210 " ao circuito, o m$ 252
tg " r tg " tg ! 0,70
voltímetro registra 1,50 V mg 90 $ 10
10. Na figura, AB representa um gerador de resistência
interna r ! 1,0 ". O amperímetro A e o voltímetro tg 35° ! 0,7
Caldeira
11 "
voltímetro
1,0 " 10 " V
#
figura 1 U
$
B
A
D
Caldeira
figura 2 1 12 V
2 24 V 12 V V
21
um gerador ideal e uma cha-
Editoria de arte
U (V)
compreendeu o conteúdo.
ve C. Esse circuito foi testado R1 5 10 V
NASA
conhecemos tenham condições adequadas para viver e se de-
senvolver é um ramo de pesquisa e também tema explorado em
filmes de ficção científica. No filme Serenity, a luta pelo ama-
nhã, por causa da superpopulação e do esgotamento dos recur-
sos naturais na Terra, a civilização humana é obrigada a migrar
para um sistema estelar cujos planetas foram terraformados.
As condições para o desenvolvimento dos seres vivos em
outros planetas são diferentes das oferecidas pela Terra. Es-
apresenta textos atualizados e ilustrados que geotropismo, e elas passam a crescer em direções anárquicas.
Esse estudo é um importante fator para a compreensão da
terraformação, criação
Astronauta Shannon Walter no laboratório da Estação
Espacial Internacional.
Bill Ingalls/NASA
abordam a aplicação do conhecimento físico
artificial das condições
ambientais da Terra em outros locais, possibilitando um habitat humano
em outro planeta ou em uma estação espacial.
Em março de 2006, o astronauta brasileiro Marcos Cesar Pontes parti-
na tecnologia e na sociedade. cipou do voo espacial da nave Soyuz, com mais dois astronautas: o russo
Pavel Vinogradov e o norte-americano Jeffrey Williams. O brasileiro per-
maneceu oito dias na ISS, sigla em inglês para Estação Espacial Interna-
cional. Pontes levou na bagagem oito experimentos científicos, entre eles
a germinação de sementes de feijão, para ser testada em ambiente de
microgravidade.
Com os conhecimentos que temos hoje, é possível dizer que nem to-
dos os planetas podem ser terraformados, particularmente os gasosos,
os que apresentam órbitas instáveis, aqueles extremamente quentes ou
frios ou com atividade geológica intensa. O processo de terraformação de
No centro o astronauta brasileiro
Marcos Pontes. um planeta, além de enfrentar o desafio técnico-científico, depende de
altíssimos investimentos financeiros.
Todos esses fatores são acompanhados de debates sobre questões éticas que envolvem a relação humana
com a natureza. Por exemplo, em que medida o ser humano tem direito a extinguir uma espécie para adequar as
condições do planeta hospedeiro ao seu próprio bem-estar?
ATIVIDADES
1. Quais características de outros planetas precisam ser alteradas para comportar a vida humana com quali-
dade?
EXPERIMENTO 2. Quais as contribuições de outras disciplinas para o desenvolvimento de uma técnica para a terraformação de ou-
tro planeta?
Dilatação e os fios elétricos
3. Experimentos científicos semelhantes ao realizado por Marcos Pontes ajudam a compreender a terraformação?
A transmissão da energia elétrica que chega a nossas
PASSO A PASSO
casas é feita por longas linhas de alta-tensão. Quando
vemos longos trechos dessas linhas de transmissão, com Unidade 4 Dinâmica
• Faça o arranjo experimental apresentado na ilus-
Capítulo 10 Leis de Newton 151
cabos elétricos presos aos postes, podemos pensar em sua tração. Estenda um fio de cobre, de 30 cm aproxi-
forma “curva”. Qualquer fio, cabo ou barbante, presos pe- madamente, entre as duas cadeiras e prenda-o com
las pontas e sob ação de um campo gravitacional, apresen- a fita adesiva.
tam sempre o mesmo formato, cuja curva matemática que • Pendure no fio a massa e meça a distância da massa
o descreve recebe o nome de catenária. ao apoio.
Alterando a força de tração nos fios — aperto ou frou- • Com uma vela, aqueça o fio de cobre em todo o seu
MATERIAIS
do conteúdo estudado.
ao fio
realizadas.
• fita para aderir o fio às cadeiras
3. Comparando esse experimento com os fios elétri-
• pedra de gelo cos de alta-tensão, que recomendação você daria
aos engenheiros que irão construir a instalação?
Dieter Klein/Getty Images
1. (UFSCar-SP) Um canhão de luz foi montado no fundo 5. (PUC-PR) A figura mostra um arranjo experimen-
de um laguinho artificial. Quando o lago se encontra tal. No fundo do vaso, uma fonte pontual emite um
vazio, o feixe produzido corresponde ao representa- raio que se desloca na água e atinge a superfície
do na figura. dióptrica.
Quando cheio de água, uma vez que o índice de refra- I II
ção da luz na água é maior que no ar, o esquema que III
melhor represen-
ta o caminho a IV
a) d)
1. Movimento com velocidade escalar constante . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43 Capítulo 10: Leis de Newton ........................................................ 124
2. Função da posição em relação ao tempo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44 1. Dinâmica: as causas do movimento. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 124
Encontro de móveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45 2. Noção de força . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 124
Velocidade relativa entre móveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45 Força resultante . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 125
Exercícios propostos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47 Exercícios propostos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 127
3. Gráfico da posição em relação ao tempo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48 3. As leis de Newton . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 128
Exercícios propostos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49 Princípio da inércia (1ª. lei de Newton) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 129
Exercícios propostos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 130
Teste o que aprendeu . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50
Princípio fundamental da Dinâmica (2ª. lei de Newton) . . . . . . . . . . . . . . . . 131
Capítulo 4: Movimento uniformemente variado . . . . . . . . . . . 51 Exercícios propostos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 133
1. Movimento variado Princípio da ação e reação (3ª. lei de Newton) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 134
(movimento acelerado ou retardado) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51 Exercícios propostos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 136
2. Aceleração escalar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51 4. Interações entre corpos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 137
Aceleração escalar média. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51 Força peso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 138
Aceleração escalar instantânea . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52 Exercícios propostos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 140
Exercícios propostos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53 Força normal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 141
3. Movimento com aceleração escalar constante . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54 Força de tração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 141
Função e gráfico da velocidade em relação ao tempo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55 Elevador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 142
Exercícios propostos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57 Polias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 142
Função da posição em relação ao tempo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58 Exercícios propostos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 147
Exercícios propostos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60 Teste o que aprendeu . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 149
4. Equação de Torricelli . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61 Quer saber? – Como as plantas crescem sem gravidade?. . . . . . . . . . . . . . 151
Exercícios propostos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62
Capítulo 11: Outras aplicações das
Teste o que aprendeu . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63
Leis de Newton . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 152
Quer saber? – Qual a diferença entre lâmpada 1. Relação entre variação do campo magnético
incandescente e lâmpada fluorescente? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 677 e corrente elétrica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 748
Teste o que aprendeu . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 678 Fluxo magnético. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 749
Sentido da corrente induzida – lei de Lenz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 750
4. Potência elétrica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 680
Potência elétrica em condutores ou resistores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 680 2. Força eletromotriz induzida –
Exercícios propostos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 682 lei de Faraday-Newmann . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 750
Teste o que aprendeu . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 684 3. Condutor retilíneo em campo magnético uniforme . . . . . . . . . . . 751
Quer saber? – A conta de luz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 686 Exercícios propostos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 753
4. Transformadores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 754
Capítulo 41: Geradores elétricos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 687 O transporte de energia elétrica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 754
1. Introdução aos geradores elétricos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 687 Exercícios propostos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 756
Força eletromotriz (fem) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 687 Teste o que aprendeu . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 757
Características de um gerador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 688
2. Equação geral dos geradores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 688 Capítulo 47: Ondas eletromagnéticas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 759
Exercícios propostos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 699 1. Breve histórico sobre a medida da velocidade da luz . . . . . . . . 772
4. Lei de Ohm generalizada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 700 O experimento de Michelson e Morley . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 773
Exercícios propostos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 702 O surgimento da Teoria da Relatividade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 773
5. Leis de Kirchhoff. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 703 2. A relatividade de Galileu . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 774
1ª. lei de Kirchhoff (regra dos nós). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 704 As transformações da relatividade de Galileu . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 774
2ª. lei de Kirchhoff (regra das malhas) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 704 Exercícios propostos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 776
Exercícios propostos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 706 3. A relatividade de Einstein . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 776
Teste o que aprendeu . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 707 Primeiro postulado: princípio da relatividade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 777
Quer saber? – Afinal, o que há de errado em Segundo postulado: princípio da constância da
uma gambiarra?. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 709 velocidade da luz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 777
A relatividade da simultaneidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 777
UNIDADE 14 – Eletromagnetismo ........................................ 710 Exercícios propostos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 779
4. As transformações da relatividade de Einstein . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 780
Capítulo 43: Magnetismo ................................................................ 712 Definição de sincronismo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 780
1. Os ímãs . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 712 Transformações de Lorentz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 781
Características dos ímãs . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 712 Dilatação do tempo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 781
Processos de imantação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 714 Contração do comprimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 783
2. Campo magnético . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 714 Exercícios propostos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 784
Vetor campo magnético . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 715 5. Massa e energia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 785
Linhas de campo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 715 6. Quantidade de movimento relativístico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 786
3. Campo magnético terrestre . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 716 Exercícios propostos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 787
Elementos do campo magnético terrestre. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 717 Teste o que aprendeu . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 788
Exercícios propostos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 718
Teste o que aprendeu . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 719 Capítulo 49: Física Quântica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 789
Introdução
ao estudo
1
da Física
world-travel/Alamy/Latinstock
Capítulo 1:
Introdução à Física
A observação do Universo e das regularidades na natureza acontece desde antes
da escrita. A Ciência é uma atividade humana que reúne conhecimento, organiza,
cria leis e teorias.
Na imagem temos o Parque Stonehenge, construído no período Neolítico, no
sul da Inglaterra. Estudos mostram que a construção possui elementos ligados a
corpos celestes, funcionando como observatório astronômico. Com ele, podiam
determinar os ciclos da Lua e prever os principais eclipses. Previam os dias de
solstício e equinócio e com isso construíam um calendário agrícola.
CAPÍTULO 1
1. A Física
Introdução à Física 2. Grandezas e unidades
de medida
3. Notação científica e ordem
de grandeza
4. Algarismos significativos
1. A FÍSICA
O ser humano sempre teve curiosidade e interesse pelos fenômenos natu-
rais. Toda cultura construiu um conjunto de conhecimentos para encontrar ex-
plicações para o que acontece no Universo. A busca pelo conhecimento de um
cientista pode ser comparada à de uma criança. Na infância, passamos por uma
fase em que fazemos muitas perguntas, queremos saber o porquê de tudo e até
elaboramos algumas respostas.
(b) (c)
AFP/Otherimages
Corel Stock Photo
1 pé
! ! comprimento do segmento
Agrimensor delimitando terra. Detalhe no túmulo de Mennah, escriba e inspetor do campo do faraó Tutmés IV (XV a.C.)
Quilograma padrão.
Fonte: INMETRO. Sistema Internacional de Unidades. 8. ed. Rio de Janeiro, 2003. p. 26.
Exercícios resolvidos
1 As distâncias médias entre o Sol e os planetas Mercúrio, Vênus e Marte são, respectivamente, 5,77 ! 1010 m,
1,077 ! 1013 cm e 2,265 ! 1014 mm. Represente essas distâncias em quilômetros.
RESOLUÇÃO
RESOLUÇÃO
3 Uma revista esportiva fez uso dos seguintes registros de intervalos de tempo, colhidos durante uma corrida
de automóveis: duração de uma volta " 2,4 min; duração da prova " 1,3 h. Como esses intervalos podem
ser expressos no SI?
RESOLUÇÃO
1. No mapa abaixo foi utilizada uma escala em que cada 5. A duração da aula de uma escola é 50 min. Após um
centímetro representado corresponde a 575 km da dis- dia de 5 aulas, quantos segundos de aulas os alunos
tância real. Sendo assim, determine, em linha reta, a tiveram?
distância real, em quilômetros e metros, entre as cidades:
6. Em meados do século XV já se fabricavam relógios
a) São Paulo e Rio de Janeiro. acionados a peso que contavam com polias dentadas
b) Florianópolis e Salvador. e acopladas para produzir o movimento contínuo dos
c) Manaus e Cuiabá. ponteiros. Posteriormente, outra invenção substituiu
o peso por uma mola espiral. Essa inovação permitiu
Brasil
a construção dos relógios portáteis que podiam ser
Allmaps
50° O
Boa
carregados no bolso.
Vista
Equador
RORAIMA
AMAPÁ
Macapá No final do século XVI, Galileu, ao observar o tem-
0°
Ilha de
Marajó
Belém
São Luís
po gasto por um pêndulo para realizar uma oscila-
ção completa, denominado período de oscilação,
Manaus
Fortaleza
Teresina RIO GRANDE
AMAZONAS PARÁ
percebeu que ela ocorria em intervalos praticamen-
CEARÁ DO NORTE
MARANHÃO
Natal
PARAÍBA João
ACRE
PIAUÍ
PERNAMBUCO
Pessoa
Recife te iguais. Esse conhecimento favoreceu a criação do
Rio Branco Porto ALAGOAS
Palmas
Velho
RONDÔNIA
SERGIPE Maceió relógio de pêndulo. Um pêndulo nada mais é do que
TOCANTINS Aracaju
uma corda à qual se prende um corpo de massa sufi-
MATO GROSSO
BAHIA
Cuiabá Salvador
GOIÁS
BRASÍLIA
DF
OCEANO cientemente grande em uma de suas extremidades,
de modo que, quando
Goiânia MINAS ATLÂNTICO
GERAIS
tab62/Shutterstock.com
MATO GROSSO Belo Horizonte
DO SUL ESPÍRITO SANTO
Vitória
posto em oscilação, esta
Campo SÃO PAULO
Trópico de Ca
pricórnio
Grande
São Paulo RIO DE JANEIRO
Rio de Janeiro
seja regular e harmônica.
PARANÁ
OCEANO Curitiba Podemos destacar duas
PACÍFICO SANTA CATARINA
Florianópolis características físicas de
RIO GRANDE
DO SUL
Porto Alegre
um pêndulo: o compri-
0 575
mento L e amplitude A de
oscilação.
Fonte: ATLAS Geográfico Escolar. Rio de Janeiro: IBGE, 2007.
Exercícios resolvidos
1 Escreva, em notação científica, os valores citados a d) 100 000 000 000 unidades $ 1,0 · 1011 unidades
seguir: e) 0,000 000 000 000 000 000 000 000 001 673 kg $
a) Distância aproximada da Terra à Lua: 380 000 km. = 1,673 · 10 %27 kg
b) Raio equatorial aproximado da Terra: 6 400 000 m. f) 0,09 m/s $ 9,0 · 10 %2 m/s
c) Diâmetro médio de um fio de cabelo humano: 2 Um automóvel percorre 12 km com 1 litro de com-
0,000 030 m. bustível. Determine a ordem de grandeza da distân-
d) Número aproximado de neurônios no cérebro hu- cia percorrida com um tanque totalmente cheio cuja
mano: 100 000 000 000 unidades. capacidade é 54 litros.
e) Massa aproximada do próton:
0,000 000 000 000 000 000 000 000 001 673 kg. RESOLUÇÃO
f) Velocidade de uma tartaruga: 0,09 m/s.
Distância percorrida: d $ 12 ! 54 $ 648 km
Usando a notação científica, temos:
RESOLUÇÃO
648 km $ 6,48 ! 102 km
a) 380 000 km $ 3,8 · 105 km Como 6,48 ( 10 (!3,16), então:
b) 6 400 000 m $ 6,4 · 106 m O.G. (6,48 ! 102) $ 103 km
c) 0,000 030 m $ 3,0 · 10%5 m Portanto, a ordem de grandeza é 103.
anos.
Tarumã
Percebemos facilmente que esse comprimento está compreendido entre
7,6 cm e 7,7 cm, mas não é possível saber a medida com precisão, visto que não
existem divisões menores que o milímetro na régua.
Para precisarmos a medida, usamos o seguinte procedimento: imaginamos
o milímetro subdividido em 10 partes iguais e estimamos que fração deve ser
acrescentada a 7,6 cm para termos uma aproximação razoável.
De acordo com a figura acima, uma boa estimativa é acrescentarmos
5 décimos de milímetro aos 7,6 cm, o que totaliza:
7,65 cm
s¬ Adicionando: 4, 4 3 " 2, 5
4, 4 3
"2, 5
Como o algarismo 9 é impreciso, pois soma um algarismo correto
6, 9 3 com outro impreciso, o algarismo 3 não será significativo. Portanto, a
resposta correta é 6,9.
s¬ Multiplicando: 1, 5 6 # 2, 5
1, 5 6
$ 2, 5
780
312
Como os dois algarismos 0 são imprecisos, eles não são
3, 9 0 0 significativos e o número correto, 3,9, tem o mesmo número de
algarismos significativos que o 2,5.
Exercícios resolvidos
1 Encontre o número de algarismos significativos de cada medida a seguir :
a) 5,384
b) 0,000065
c) 0,001
d) 4,7
2 Com uma calculadora foram feitas algumas operações e os resultados são mostrados abaixo. Faça os arredondamentos,
de modo que os resultados estejam de acordo com as regras dos algarismos significativos.
a) 2,659 " 4,1! 6,759
b) 3,745 # 2,45 ! 9,17525
c) 346,5 % 4,95 ! 70
d) 4,428 % 2,25 ! 1,968
régua
fita
métrica
régua
Na 2a situação você dispõe da pedra, de um copo
transparente com formato cilíndrico, água, uma ré-
gua graduada e uma caneta marca-texto.
trena
Studio Caparroz
Photodisc/Getty Images
0,024 m
A lista completa das aplicações potenciais da nanotecnologia é vasta e diversificada. Mas, sem dúvida, um
de seus maiores impactos na sociedade ocorrerá na área médica. Quando a nanotecnologia é aplicada às ciên-
cias da vida, é conhecida como nanobiotecnologia ou nanomedicina.
Fonte: POLLETO, F. S.; POHLMANN, A. R.; GUTERRES, S. S. Uma pequena grande revolução. Ciência Hoje, Rio de Janeiro:
Instituto Ciência Hoje, v. 43, n. 255, p. 26-31, dez. 2008.
Disponível em: <cienciahoje.uol.com.br/banco-de-imagens/lg/protected/ch/255/nanobiotecnologia255.pdf/view>.
Acesso em: 20 maio 2015.
ATIVIDADES
1. No texto, o emprego da nanotecnologia é visto como 2. Considere que a medida do diâmetro de um átomo
algo promissor para a melhoria da saúde humana, seja 10!10 m e que a medida do diâmetro de um fio
porém ainda é motivo de discussão em vários seto- de cabelo humano seja 10!4 m. Quantos átomos en-
res da sociedade. Analise essa afirmação, discutindo fileirados, um ao lado do outro, seriam necessários
aspectos da Biologia Humana, e organize uma dis- para formar uma linha cuja medida fosse equivalen-
cussão com seus colegas. te à do diâmetro do fio de cabelo?
1. (Enem-MEC) Se compararmos a idade do planeta 3. (Vunesp-SP) O ser humano adota convenções e tem
Terra, avaliada em quatro e meio bilhões de anos hábitos, adquiridos na vida diária, que às vezes preci-
(4,5 ! 109 anos), com a de uma pessoa de 45 anos, en- sam ser superados para permitir a obtenção de dados
tão, quando começaram a florescer os primeiros ve- corretos durante a leitura de instrumentos científi-
getais, a Terra já teria 42 anos. Ela só conviveu com o cos. Um professor americano, preocupado com isso,
homem moderno nas últimas quatro horas e, há cerca construiu um relógio no qual cada ponteiro gira com
de uma hora, viu-o começar a plantar e a colher. Há a mesma velocidade angular que teria num relógio
menos de um minuto percebeu o ruído das máquinas convencional, mas em sentido oposto. Seu mostra-
e de indústrias e, como denuncia uma ONG de defesa dor está reproduzido na
do meio ambiente, foi nesses últimos sessenta segun- figura, em que h é o
12
1 11
dos que se produziu todo o lixo do planeta! ponteiro das horas,
min, o dos minu-
Na teoria do Big Bang, o Universo surgiu há cerca de
15 bilhões de anos, a partir da explosão e expansão
tos e s, o dos se- 2 h 10
Editoria de arte
gundos.
3 9
de uma densíssima gota. De acordo com a escala pro-
posta no texto, essa teoria situaria o início do Univer- Que horas in-
dica o relógio? min
so há cerca de: s
a) 100 anos.
Dê sua respos- 4 8
b) 150 anos.
ta em horas,
minutos e segun- 5 6 7
c) 1 000 anos. dos.
d) 1 500 anos.
4. (PUC-MG) Um estudan-
e) 2 000 anos.
te concluiu, após realizar a medida necessária, que o
2. (Vunesp-SP) Considere os três comprimentos se- volume de um dado é 1,36 cm2. Levando-se em conta
guintes: os algarismos significativos, o volume total de cinco
d1 " 0,521 km, dados idênticos ao primeiro será corretamente ex-
d2 " 5,21 ! 10#2 m e presso pela alternativa:
d3 " 5,21 ! 10 6 mm. a) 6,8 cm2 d) 6,800 cm2
a) Escreva esses comprimentos em ordem crescente. b) 7 cm2 e) 7,00 cm2
d c) 6,80 cm 2
b) Determine a razão 3 .
d1
5. (UFPI) Ao percorrer o rio Parnaíba, de seu delta até suas nascentes, você estará subindo 60 centímetros, em média,
para cada quilômetro percorrido. Expresse a relação entre essas duas quantidades sob a forma de um número que
não tenha unidades.
a) 6 ! 105 b) 6 ! 102 c) 6 d) 6 ! 10#2 xe
e) 6 ! 10#4
27
Unidade
Cinemática
escalar
2
Capítulo 2:
Introdução ao estudo do
movimento
Capítulo 3:
Movimento uniforme
Capítulo 4:
Movimento
uniformemente variado
AUDI AG/ip Archive/Glow Images
Movimentar-se de maneira cada
vez mais veloz sempre foi o sonho
da humanidade. Estudos da Física
contribuíram por meio de leis e
teorias que possibilitaram atingir
esse sonho.
CAPÍTULO 2
1. CONCEITOS BÁSICOS
Quando podemos dizer que um corpo está em repouso ou em movimento?
Muitas vezes a resposta baseia-se em informações e conhecimentos intuitivos
que podem levar a equívocos.
Acompanhe e analise a situação que propomos a seguir.
Uma mulher está sentada no banco de um trem em movimento, olhando
apenas para o banco ao seu lado. Do lado de fora, parado numa estação, um
homem observa esse trem passar vagarosamente.
Na sua opinião, o banco
Alex Argozino
está em repouso ou em mo-
vimento?
Se considerarmos que “o
banco está em movimento”,
o ponto de referência adota-
do será o homem. Portanto, o
banco está se movimentando
em relação a ele.
Dentro do vagão, a mu-
lher vê o banco em repouso,
pois sua posição permanece
a mesma com o passar do
tempo.
Assim, determinado corpo pode estar, ao mesmo tempo, em repouso em rela-
ção a um observador e em movimento em relação a outro.
No exemplo descrito, a mulher no trem e o homem na estação são pontos
de referência representando referenciais. Só é possível definir o estado de
movimento ou de repouso de um corpo estabelecendo um referencial.
gyn9037/Shutterstock.com
Allmaps
Mapa do Estado de São Paulo
50° O
MS Barretos
São José do
Rio Preto
MG
Ribeirão Preto
Araçatuba
Araraquara
Pirassununga
Presidente SÃO PAULO
Prudente
Limeira RJ
Campinas
N
São Paulo São Sebastião
O L PR
Registro
S
OCEANO
85 ATLÂNTICO
Cananeia
Exercícios resolvidos
1 Com base no estudo que estamos fazendo, é possível dizer que o Sol está em repouso ou em movimento?
RESOLUÇÃO
Se considerarmos o
Grace Arruda
ponto de referência O
na Terra, o Sol estará
em movimento. Se o O O
2 Pense nesta situação: um caminhão medindo 12 m de comprimento será transportado por um navio de 80 m de
comprimento do porto de Santos até o porto de Vitória. Considere a distância aproximada entre os dois portos de 600
milhas marítimas e analise se o caminhão pode ser considerado um ponto material.
RESOLUÇÃO
Se compararmos as dimensões do caminhão com as do navio, não poderemos considerá-lo ponto material; se
compararmos as dimensões do caminhão com a distância entre os dois portos, o caminhão será considerado um
ponto material, pois suas dimensões são desprezíveis em relação ao trajeto.
Photodisc/Getty Images
lama, podemos ver nossas pegadas ou rastros. Ao olharmos para trás, pode-
mos observar o caminho que fizemos.
Trajetória é a linha que representa o percurso descrito por um móvel
quando consideramos todas as posições sucessivas ocupadas por ele, em de-
terminado intervalo de tempo.
Suponha a seguinte situação: uma pessoa planando em uma asa-delta
mantém-se por segundos voando horizontalmente com velocidade constante,
quando seu relógio desprende-se do pulso e cai. Vamos traçar a linha que
representa a trajetória do relógio após ele se desprender do pulso.
A trajetória descrita por um corpo também depende do referencial adotado,
por isso vamos analisá-la considerando dois referenciais: um no solo e outro na
asa-delta.
Corel Stock Photo
movimento
Editoria de arte
#30 km
A posição do
Editoria de arte
carro é o valor
algébrico sobre a 0 #20 km
trajetória orientada "10 km
que representa "20 km ORIGEM
a distância entre #10 km
ele e a origem, no
caso, s ! 10 km. "30 km
Note que a posição não indica a distância percorrida pelo carro, mas apenas
sua localização em relação à origem. Em alguns textos encontramos a palavra
“espaço” substituindo a palavra “posição”.
1º teste
tante, a posição escalar inicial
1 000 m 7 000 m da atleta é si ! 1 000 m.
Ao travar o cronômetro no
instante final t ! 1 800 s, a
sentido adotado atleta está passando pela pla-
para a trajetória
ca que registra 7 000 m. Nes-
se instante, a posição escalar
si = 1 000 m s = 7 000 m
ti = 0 s t = 1 800 s final da atleta é s ! 7 000 m.
A ideia de variação da
posição ou deslocamento
escalar, simbolizada por s,
representa a diferença entre as posições escalares ocupadas pela atleta nos ins-
tantes final e inicial:
s ! s " si ! 7 000 " 1 000 s ! 6 000 m
Nesse primeiro teste, a atleta se movimenta no mesmo sentido daquele adotado
para a trajetória. Quando isso ocorre, dizemos que o movimento é progressivo.
A ideia de intervalo de tempo, simbolizada por t, representa a diferença
entre os instantes final e inicial, registrados pelo cronômetro:
t ! t " ti ! 1 800 " 0 t ! 1 800 s
O instante inicial registra o momento em que se iniciou a medição do tem-
po, e o instante final é aquele em que se interrompeu a medição do tempo, e
não necessariamente quando o movimento é interrompido. Isso nos possibilita
limitar o estudo do movimento a um intervalo de tempo determinado.
Após um descanso, a atleta faz outro teste, dessa vez correndo no sentido
contrário ao adotado para a trajetória.
No segundo teste, ao ser acionado o cronômetro (ti ! 0), a atleta está diante
da placa que registra 5 000 m.
Nesse instante, sua posição es-
2º teste
calar inicial é si ! 5 000 m.
2 000 m 5 000 m
Quando o cronômetro
é travado, no instante final
t ! 900 s, ela está diante da
sentido adotado
placa que registra 2 000 m.
para a trajetória
Nesse instante, a posição es-
calar final é s ! 2 000 m.
si = 5 000 m
ti = 0 s
do comprimento da trajetória
descrita por ele.
Em um terceiro teste, a atleta corre uma parte do percurso no mesmo sentido ado-
tado para a trajetória, e a outra parte no sentido contrário, sem interromper a corrida.
Aqui, ao ser acionado o cronômetro (ti ! 0), a atleta está diante da placa
que registra 3 000 m. Em seguida, ela corre, no mesmo sentido da trajetória, até
a placa que registra 6 000 m. Sem interromper a corrida, retorna sobre a mes-
ma trajetória, correndo no sentido contrário ao adotado até a placa que marca
4 000 m. Nesse instante, o cronômetro é travado e marca t ! 1 600 s.
Portanto, o deslocamento escalar é:
s ! s " si ! 4 000 " 3 000 ! 1 000 m
A distância percorrida d pela atleta depende do comprimento da trajetória
descrita por ela. Para determiná-la, devemos considerar todos os deslocamentos
escalares de sentido único, em valores absolutos, realizados pela atleta.
sentido da trajetória
sentido da trajetória sentido da trajetória
sentido da trajetória
80 km 40 km
Editoria de arte
60 km
RESOLUÇÃO
Como a distância de A à origem (cidade B) é 60 km e A vem antes de B no sentido positivo da trajetória, temos:
sA ! "60 km
A cidade B é a própria origem, logo: sB ! 0
Como a distância de C à origem (cidade B) é 80 km e C vem depois de B no sentido positivo da trajetória, temos:
sC ! #80 km
A distância de D à origem é:
80 km # 40 km ! 120 km
Observando que D vem depois de B no sentido positivo da trajetória:
sD ! #120 km
2 A tabela refere-se ao movimento de um caminhão em uma rodovia. Determine o deslocamento escalar e a distância
percorrida do caminhão entre t1 ! 12 h e t2 ! 15 h. Suponha que em cada intervalo de 1 h ele se desloca sempre no
mesmo sentido.
t (h) 12 13 14 15 16 17 18
RESOLUÇÃO
!
Deslocamento escalar: t1 ! 12 h s1 ! 120 km
s ! s2 " s1 ! 170 " 120 s ! 50 km
t2 ! 15 h s2 ! 170 km
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
1. Dois helicópteros descem verticalmente em relação
Marcos Aurelio
M
6. Jonas encontra-se na praia às 6 horas e 30 minutos, ob-
40 km servando o Sol que surge na linha do horizonte. Ele e o
N amigo Alexandre, às 12 horas, resolvem discutir o per-
curso do Sol no horizonte.
60 km 80 km
a) Há quanto tempo os amigos estão na praia?
Determine as posições correspondentes a esses pon- b) Qual a trajetória descrita pelo Sol em relação a Jo-
tos, considerando como origem dessa trajetória: nas e Alexandre?
a) o ponto M; c) Qual a distância percorrida pelo Sol no intervalo
b) o ponto médio de OP. de tempo do enunciado?
4. Na figura abaixo estão representados os pontos A, B, d) Essa distância foi efetivamente percorrida pelo
C e D sobre o eixo orientado x, sendo ponto O, origem Sol?
do movimento. 7. Um ciclista percorre uma praça em uma pista de for-
D C O A B ma retangular MNPO de dimensões 80 m e 100 m.
x (m)
M N
3m 2m 5m 4m
Encontre:
a)as posições dos pontos A, B, C e D.
O P
b) o deslocamento de um móvel que parte do ponto C
e chega ao ponto B. a) Ao completar 3 voltas, qual será a distância percor-
c) o deslocamento de um móvel que parte do ponto A rida pelo ciclista?
e chega ao ponto D. b) Obter a distância percorrida e o deslocamento es-
d) o tipo de movimento do móvel que parte do ponto calar no percurso MNP, sendo o ponto O a origem e o
C e chega ao ponto B, se a duração foi de 22 segun- sentido positivo de M para N.
dos. 8. Uma moça vai fazer uma viagem de 80 km até a cida-
e) o tipo de movimento do móvel que parte do ponto de onde será comemorado o aniversário de sua mãe.
A e chega ao ponto D, se gastou 5 segundos para per- Ao ligar o carro, ela nota que o combustível está na
correr o trecho. reserva. Para chegar ao posto de gasolina mais próxi-
mo, ela precisa percorrer 15 km no sentido contrário
5. Durante uma partida de futebol, ao perceber que se-
ao de sua viagem.
ria impossível alcançar uma bola vinda da cobrança
de um pênalti, o goleiro (com muita sorte) permane- Se, depois de abastecer o carro, a moça seguir em linha
ceu estático no centro do gol. reta até a cidade de sua mãe, qual será o deslocamento
escalar e a distância percorrida desde sua casa?
Após ter sido chutada, a bola seguiu em linha reta,
bateu no travessão logo acima da cabeça do goleiro, 9. Uma criança, andando de bicicleta, passa por cima de
sofreu um desvio, e continuou em linha reta até cair uma faixa pintada no chão, com a tinta ainda fresca,
nas mãos dele. e fica com uma mancha no pneu. A trajetória descrita
Analise essa situação e avalie quais são as afirmações por essa mancha vista por um observador na calçada
corretas: é uma curva chamada cicloide.
I. O deslocamento escalar e a distância percorrida a) Qual a forma da trajetória dessa mancha, vista pela
pela bola coincidem em módulo. criança, ao desviar a cabeça lateralmente e observar
II. A distância percorrida pela bola depende do com- a roda?
primento da trajetória descrita por ela, ou seja, a soma b) Qual é a forma da trajetória de um ponto no eixo
da distância percorrida pela bola até bater no traves- da roda, vista por um observador na calçada? E pelo
são com a distância até seguir para as mãos do goleiro. ciclista?
s s " si
vm ! !
t t " ti
RESOLUÇÃO
Partiremos da suposição de que o carro esteja diante de um sinal vermelho. Assim que aparecer o verde, ele terá
24 s para percorrer 400 m, local do próximo semáforo. Nesse instante, deverá apagar o vermelho e acender o verde.
Portanto, a velocidade média nesse percurso será:
s 400 50
vm ! ! ! m/s
t 24 3
50
Se 1 m/s ! 3,6 km/h, então: vm ! " 3,6 km/h vm ! 60 km/h
3
2 Dois automóveis A e B partem ao mesmo tempo de Guarujá para São Sebastião, ambas cidades litorâneas de São Paulo,
distantes 120 km uma da outra. Nos 80 km iniciais da estrada, a velocidade escalar média de A foi vIA ! 100 km/h.
Nos 40 km finais, por ser um trecho de serra e com muitas curvas, A desenvolveu velocidade escalar média
vIIA ! 25 km/h. O automóvel B desenvolveu, durante todo o trajeto, velocidade escalar média vB ! 60 km/h.
RESOLUÇÃO
sI 80
vI ! A
100 ! tI ! 0,8 h
A tI tI A
A A
sII 40
vII ! A
25 ! tII ! 1,6 h
A tII tII A
A A
sB 120
vB ! t 60 ! tB ! 2 h ! 120 min
B tB
b) O automóvel A teve um deslocamento total sA ! 120 km num intervalo de tempo tA ! 2,4 h. Logo, sua veloci-
dade média vA, em todo o percurso, é:
sA 120
vA ! vA ! vA ! 50 km/h
tA 2,4
águas.
Determine, aproximadamente, quantos dias são
necessários para que um objeto, jogado próximo
à nascente do rio das Velhas chegue até o Rio São
Francisco, considerando que a velocidade média de Em caso de
deslocamento é a mesma velocidade das águas, ou emergência,
ligue para o
seja, 3 km/h. número 192.
percurso com velocidade média de 80 km/h. Porém, du- Considere que uma ambulancha do Samu, ao pres-
rante os primeiros 15 minutos, só conseguiu manter a tar socorro a uma cidade ribeirinha, percorreu me-
velocidade média de 40 km/h. Nesse caso, se ele quiser tade da trajetória com ve-
Ministério da Saúde/Arquivo
chegar ao local no mesmo intervalo de tempo, que veloci- locidade escalar média de
dade média deverá manter no restante do percurso? 30 km/h e a outra meta-
de com velocidade escalar
11. Sob estado de emergência desde sexta-feira (16)
média de 70 km/h. Calcu-
devido às cheias do rio Acre e de seus afluentes,
le, para toda a trajetória, a
a capital Rio Branco teve até agora prejuízo de
velocidade escalar média.
R$ 12,4 milhões na produção agrária [...], 12 440 Ambulancha,
embarcação de resgate e
pessoas estão desalojadas, 100 mil casas foram assistência do Samu.
QUER SABER?
Qual a origem da milha marítima e da milha terrestre?
A milha marítima foi obtida segundo critérios científicos, considerando o formato da Terra, aproximadamen-
te esférico. Se a linha circular que representa qualquer trajetória contornando a Terra tem 360°, e se o compri-
mento aproximado da linha do equador é 40 000 km, então:
perímetro 40 000 km
! ! 111,111 km2
360º 360º
Um grau equivale a 60 minutos; portanto, o comprimento correspondente a um arco de 1 minuto vale
111,111
! 1,852 km . Esse valor corresponde a uma milha marítima:
60
1 852 m ! 1 milha marítima Brasil
A milha terrestre tem origem nos passos dos solda- 50° O
Allmaps
dos do exército romano. Naquela época, utilizaram-se RR
AP
como medida 1 000 passos largos de um centurião, que Equador 0°
Belém
correspondem a 1 609,34 m.
AM PA
ATIVIDADES MA CE
RN
PI
Agora, observe o mapa ao lado. Ele apresenta uma es- PE
PB
AC
cala de 1 : 520, isto é, cada segmento de reta de 1 cm RO
TO AL
SE
medido no mapa corresponde a uma distância real de BA
MT
520 km. DF
GO OCEANO
1. Se um automóvel percorresse uma estrada hipotética,
MG ATLÂNTICO
em linha reta, da cidade de Chuí (RS) a Belém (PA), MS ES
qual seria a distância percorrida em milhas terrestres? SP RJ
io
e Capricórn Rio de Janeiro
Trópico d
PR
OCEANO
2. Se um barco percorresse uma rota imaginária, em PACÍFICO SC Florianópolis
linha reta, de Florianópolis (SC) ao Rio de Janeiro RS
(RJ), qual seria a distância em milhas marítimas? 0 570
Chuí
Fonte: ATLAS Geográfico Escolar. Rio de Janeiro: IBGE, 2007.
1. (Enem-MEC) Em uma prova de 100 m rasos, o de- d) Como não há repouso absoluto, nenhum de nós está
sempenho típico de um corredor-padrão é represen- em repouso, em relação a nenhum referencial.
tado pelo gráfico a seguir: e) O Sol está em repouso em relação a qualquer refe-
rencial.
12
3. (Vunesp-SP) Num caminhão-tanque em movimento,
Editoria de arte
10
Velocidade (m/s)
1. MOVIMENTO COM
VELOCIDADE ESCALAR CONSTANTE
Photodisc/Getty Images
A partir de agora daremos início ao estudo dos movimentos, e uma das pri-
meiras tarefas será analisá-los e classificá-los. Esse tipo de estudo permite apren-
der sobre o movimento, porque damos atenção aos seus detalhes, e compreen-
der as características que o definem.
Olhando para um trecho plano e retilíneo de uma rodovia, podemos ver a
linha amarela tracejada, ou seja, formada por traços de mesmo tamanho com a
mesma distância entre eles. Como esses traços são marcados no asfalto? Qual
seria o procedimento para obter essa regularidade?
Após o recapeamento asfáltico da rodovia, o veículo encarregado de pintar as
faixas, num trecho retilíneo da estrada, percorreu distâncias iguais em intervalos
de tempo iguais. Nesse caso, a velocidade escalar permaneceu sempre com o
mesmo valor, ou seja, constante, sem aumentar ou diminuir. A esse tipo de mo-
vimento damos o nome de movimento uniforme (MU).
Note as extremidades dos ponteiros de um relógio: elas descrevem uma tra-
jetória curvilínea, com movimento uniforme.
Outro exemplo de movimento uniforme em trajetória circular é aquele descri-
to pelos satélites artificiais, que percorrem, em torno da Terra, distâncias iguais
em intervalos de tempo iguais.
v (m/s)
50
Editoria de arte
v ! vm
0 1 2 3 4 5 t (s)
%t
N
área ! s
s ! si $ vt
si(B)
A B
si(A)
A B
s(encontro)
sencontro ! sA ! sB
A B A B
veículos se aproximando (vA . vB) veículos se afastando (vA . vB)
A B A B
veículos se aproximando veículos se afastando
1 Num trecho retilíneo da ciclovia, no instante t ! 0 s, dois ciclistas (um homem H e uma mulher M) passaram pela
mesma posição, com velocidades constantes vM ! 8 m/s e vH ! 6 m/s. Considerando que ambos se deslocam na
mesma direção e sentido, determine a distância que os separa após 8 s.
RESOLUÇÃO
Para a mulher ! sM ! vM t
sM ! 8 " 8 sM ! 64 m
Para o homem ! sH ! vH t
sH ! 6 " 8 sH ! 48 m
2 Em outro trecho retilíneo da ciclovia, as posições ocupadas por outro casal de ciclistas foram representadas pelas
equações horárias sM ! 40 $ 8t e sH ! 50 $ 4t, escritas em relação à mesma origem e ao mesmo instante inicial.
Sabendo que a unidade de medida das posições é o metro e a do tempo é o segundo, responda:
a) Qual a posição ocupada pelo homem e pela mulher no instante t ! 0 e qual a distância entre eles nesse instante?
b) É possível ocorrer o encontro deles? Caso seja possível, em que instante isso ocorre?
RESOLUÇÃO
Selma Caparroz
1. Um ponto material se movimenta sobre uma trajetória 5. Durante uma experiência sobre encontro de móveis,
retilínea, e as diferentes posições ocupadas por ele so- foram marcados, em uma trajetória retilínea, dois
bre essa trajetória são dadas pela equação: s ! 20 " 2t pontos. O ponto A, na origem da trajetória, e o ponto
(unidades do SI). De acordo com essa informação, de- B, 40 m distante de A.
termine: Um móvel passa por A, em direção a B, com veloci-
a) a posição do ponto material no instante 5 s. dade constante de 12 m/s. No mesmo instante passa
b) o deslocamento do ponto material entre os instan- por B, afastando-se de A, outro móvel com velocidade
tes 2 s e 6 s. constante de 8 m/s. Considere o sentido da trajetória
c) o instante em que o ponto material passa pela ori- de A para B como positivo e determine:
gem das posições. a) o instante e a posição do encontro dos dois móveis.
b) em que instante a distância que separa os móveis é
2. Na figura, observa-se uma gota de água que cai verti-
de 48 m.
calmente no interior de um béquer que contém óleo.
Analisando a tabela que relaciona os espaços e os cor- 6. Através da lei federal número 12 971, publicada em
respondentes instantes desse movimento, escreva a 9 de maio de 2014, onze artigos do Código de Trânsito
função horária dos espaços. Brasileiro foram alterados, tornando a legislação mais
rígida. Passou a vigorar em 1o de novembro de 2014 e
s (cm) t (s) os condutores de veículos terão penalidades mais seve-
Selma Caparroz
Exercícios resolvidos
1 Um pedestre teve seu movimento registrado no gráfico. Suas posições s (m)
estão representadas no eixo vertical e o tempo está representado no
eixo horizontal. 20
Com base no gráfico, avalie as afirmações:
a) A velocidade média do pedestre, no intervalo de 0 a 7 s, foi nula, 15
portanto ele permaneceu em repouso.
10
b) A velocidade do pedestre aumentou no intervalo de 0 a 3 s.
c) A velocidade do pedestre diminuiu no intervalo de tempo 5
6 s a 7 s.
RESOLUÇÃO 0 1 2 3 4 5 6 7 t (s)
t (s) 0 1 2 3 4 5 6 5
Gráficos: Tarumã
b) o 2o trem ultrapassará o 1o a 80 km do Recife.
c) o 2o trem ultrapassará o 1o a 100 km do Recife. s Carro A
d) o 2o trem ultrapassará o 1o a 120 km do Recife.
e) os dois trens chegarão a Recife ao mesmo tempo.
3. (Fuvest-SP) Em um prédio de 20 andares (além do
térreo), o elevador leva 36 s para ir do térreo ao 20o
andar. Uma pessoa do andar X chama o elevador, que 0 t t (h)
está inicialmente no térreo, e 39,6 s após a chamada
a pessoa atinge o andar térreo. Se não houvesse para- Pode-se afirmar, baseando-se na função que repre-
da intermediária, e o tempo de abertura da porta do senta o movimento de cada carro, que:
elevador e o de entrada e saída do passageiro fossem a) as velocidades iniciais (t=0) dos carros A e B são
desprezíveis, poderíamos dizer que o andar X é o: zero.
60
20 de 5,0 m de com- 50
10 primento estão em 40
movimento em uma 30
estrada. As posições 20
0 0,5 1,0 1,5 2,0 t (s)
dos móveis, marca- 10
a) a distância percorrida em 1,0 s entre os instantes das pelo para-cho-
t1 = 0,5 s e t2 = 1,5 s. 0 1 2 3 4 5 t (s)
que dianteiro dos
b) a velocidade média do corpo entre t1 ! 0 s e t2 ! veículos, estão indicadas no gráfico para um trecho do
! 2,0 s. movimento. Em determinado intervalo de tempo o au-
c) a velocidade instantânea em t ! 2,0 s. tomóvel ultrapassa o caminhão.
5. (FMTM-MG) São dadas as funções horárias dos espa- Durante a ultrapassagem completa do caminhão, o au-
ços de quatro móveis, A, B, C e D, definidas sobre a tomóvel percorre uma distância, em metros, igual a :
mesma trajetória retilínea, com valores medidos no SI. a) 5 b) 15 c) 18 d) 20 e) 60
1. MOVIMENTO VARIADO
(MOVIMENTO ACELERADO
OU RETARDADO)
Em nosso cotidiano, percebemos que os movimentos uniformes não são
| vfinal | ! | vinicial |
Alexandre Dotta
que sua velocidade escalar instantânea varia, aumenta, em determinado inter-
valo de tempo.
Se, em valor absoluto, a velocidade escalar
instantânea de um móvel aumenta em determina-
do intervalo de tempo, o movimento é denominado | vfinal | " | vinicial |
acelerado.
2. ACELERAÇÃO ESCALAR
Os exemplos vistos evidenciam as variações ocorridas com a velocidade
escalar instantânea. Falta apenas saber como essa variação ocorre. Para isso,
precisamos conhecer a aceleração escalar média que descreve a rapidez com que Objeto em movimento acelerado.
a velocidade de um móvel varia.
m/s
! m/s2
s
Podem ser usadas outras unidades de medida, como: m/(h " s), km/(h " s),
km/h2 etc.
Exercício resolvido
1 As pistas usadas para corridas de Fórmula 1 possuem traçado variado, em circuito misto, com curvas e retas, crian-
do condições para que os pilotos mais habilidosos se destaquem. No caso da pista de Interlagos, inaugurada em
maio de 1940, a média de velocidade é de aproximadamente 230 km/h. O seu traçado atual apresenta duas gran-
des retas e algumas curvas de alta e baixa velocidade. A curva mais famosa dessa pista é a curva do S ou do Senna,
por representar um desafio para os pilotos.
a) Em determinado treino oficial, um dos carros se aproximou
Selma Caparroz
RESOLUÇÃO
Pista de Interlagos, SP.
a) Considerando a variação de velocidade no intervalo de 2,5 s:
v # vi ! 140 − 248 ! # 108 km/h ou v # vi ! #108 : 3,6 ! #30 m/s
(v#vi) 30
a! a! a ! # 12 m/s2
t 2,5
A velocidade escalar do carro decresceu (v < vi ); logo o movimento descrito pelo carro é retardado.
b) Considerando a variação de velocidade, no intervalo de 3,0 s:
v # vi ! 278,8 # 160 ! 118,8 km/h ou v # vi ! 118,8 : 3,6 ! 33 m/s
(v#vi) 33
a! t a! a ! 11 m/s2
3
A velocidade escalar do carro cresceu (v $ vi); portanto, o movimento descrito pelo carro é acelerado.
atacante chuta a bola ao 10. O porta-aviões é um navio cuja função principal é 300
gol do time adversário. O servir de base aérea móvel, possibilitando que as
goleiro pega a bola que está forças naval e aérea possam operar militarmente a
com a velocidade de 20 m/s grandes distâncias, sem depender de aeroportos (fi-
e consegue imobilizá-la em xos). Nele, a decolagem e a aterragem são realizadas
0,1 s, com um movimento em pista cujo comprimento é de 100 m, aproximada-
de recuo dos braços. Deter- mente, exigindo operações difíceis e equipamentos
mine a aceleração média que não são necessários num aeroporto (localizado
da bola durante a ação do em terra). No caso da decolagem, os aviões, além de
goleiro. usarem toda a potência dos seus motores, contam
7. O piloto de um avião precisa partir do repouso e atin- com a ajuda de catapultas que, em dois segundos,
gir a velocidade de 360 km/h, com aceleração escalar conseguem fazer a velocidade do avião atingir
média de 4 m/s2, antes de decolar. Nessas condições 265 km/h, condição mínima para que ele possa de-
determine: colar. Na situação de aterragem, o avião chega com
velocidade aproximadamente de 240 km/s e precisa
a) quantos segundos serão necessários para atingir
do auxilio dos ganchos de retenção (presos à cauda)
seu objetivo.
que se encaixam nos cabos estirados ao longo do de-
b) o tipo de movimento (acelerado ou retardado) des-
que, o que possibilita reduzir a velocidade até zero,
crito pelo avião nesse intervalo de tempo. Justifique a
em 1,9 s.
resposta.
8. Uma vendedora de automóveis divulga na propagan- Considere as informações do texto e determine:
da que o carro A consegue partir do repouso e atingir a) a aceleração escalar média e o tipo de movimento
a velocidade vA ! 97,2 km/h, em 11 segundos. Tam- efetuado pelo avião durante a decolagem.
bém, partindo do repouso, o carro B consegue atingir b) o tipo de movimento efetuado pelo avião durante a
a velocidade vB ! 90 km/h, em 10 s. Qual deles apre- aterragem e a aceleração escalar média para que sua
senta a maior aceleração? velocidade seja reduzida a zero, em 1,9 s.
v ! vi # at
∆v v ! vi 25 " 10 15
a! ! t!t ! ! a ! 3 m/s2
∆t i 5"0 5
Se representarmos os valores do tempo no eixo horizontal e os v (m/s)
valores da velocidade no eixo vertical, obteremos o gráfico ao lado.
Calculando a tangente do ângulo $, formado pelo eixo horizontal e a
Editoria de arte
v ! 25
reta que representa o gráfico da velocidade em função do tempo, temos:
15 dv
tg $ ! ! #3
5
$
Comparando os cálculos, vemos que numericamente os valores vi ! 10
∆v v ! vi 10 " 30 !20
a! ! ! ! a ! "2 m/s2
∆t t ! ti 10 " 0 10
& N
a# tg ! # $2
Sendo v % vi, a aceleração é negativa e, no referido trecho, o
ti # 0 t # 10 t (s)
movimento é retardado.
dt
A aceleração escalar no movimento uniformemente variado é nume-
ricamente igual à tangente do ângulo ! formado entre o eixo horizontal
e a reta que representa o gráfico da velocidade em função do tempo.
N
a # tg !
Exercícios resolvidos
1 Um ciclista desloca-se com movimento uniformemente variado, representado pela equação v # 6 ' 8t. Consi-
derando a unidade de medida do tempo em segundo e a de comprimento em metro, determine:
a) a velocidade escalar no instante em que foi dispara- c) a velocidade escalar no instante t # 3 s.
do o cronômetro. d) se o movimento é acelerado ou retardado entre os
b) a aceleração escalar. instantes 0 e 3 s.
RESOLUÇÃO
20
a) a aceleração média e o tipo de movimento realizado pelo ciclista nos seguintes 10
intervalos de tempo: (de 0s à 10s) e (de 10s à 20s).
b) o tempo gasto e o espaço percorrido pela bicicleta, entre o instante em que os 0 10 20 t t (s)
f
freios foram acionados e a parada.
RESOLUÇÃO
(v$vi) 30 $ 0 v (m/s)
a) No intervalo de 0 s à 10 s: am = am = am = 3m/s2.
t 10 $ 0
(v$vi) 30 $ 30 30
No intervalo de 10 s à 20 s: am = am = am = 0 m/s2.
t 20 $ 10
20
Tarumã
30
b) Sabemos que, em módulo, a = |tg!2| = |$tg!1| 1= tf = 50 s Área
tf $ 20 10
u1 u2
Após acionar os freios, a bicicleta demorou t = 50$20 = 30 s
1 0 10 20 tf t (s)
Já vimos que, numericamente, s = Área s = 2 ( 30 ( 30 s = 450 m
tf – 20
Tarumã
va? E negativa? trajetória li-
b) Em que intervalo de tempo a aceleração é nula? near com a
c) Em que intervalo de tempo o movimento do carro é 0 2,0 5,0 t (s)
variação de
uniformemente variado? velocidade re-
2. Um veículo, em movimento uniformemente variado presentada no gráfico da figura acima.
sobre uma trajetória retilínea, tem a sua velocidade Determine a aceleração escalar e a velocidade inicial
escalar em relação ao tempo representada pela equa- do jet ski.
ção v ! 20 " 5t, em unidades do SI. Determine:
6. Uma fábrica de bicicletas fez vários testes com um novo
a) a velocidade escalar inicial e a aceleração escalar.
sistema de freios. Num desses testes, durante alguns se-
b) o instante em que a velocidade escalar é zero e o que gundos, foi anotada a variação da velocidade de uma
ocorre com o sentido do movimento nesse instante. bicicleta. Com os dados obtidos, foi construído o grá-
c) se no intervalo de tempo 0 # t $ 4 s o movimento fico da veloci- v (m/s)
é acelerado ou retardado. dade escalar
Editoria de arte
20
d) a velocidade escalar no instante t ! 6 s. em função do
e) se, entre os instantes t ! 4 s e t ! 6 s, o movimento tempo, con- 300
é acelerado ou retardado. forme a figura 6,0
3. Uma bola de boliche é lançada sobre uma superfície ao lado. 0 5,0 t (s)
"4,0
com velocidade escalar inicial vi ! 15 m/s. Em decor- De acordo
rência das forças de atrito que agem sobre a bola, a com o gráfico,
intensidade da velocidade escalar instantânea vai de- qual a aceleração escalar da bicicleta, sabendo que a
crescendo. Sabendo que a aceleração escalar é cons- trajetória é retilínea.
tante e igual a "2 m/s2, determine: Determine o instante em que a velocidade escalar é
a) a equação que representa a velocidade escalar em 4 m/s.
função do tempo.
7. Numa avenida de tráfego intenso, um observador
b) o instante em que a velocidade escalar da bola se
registra a variação da velocidade de um carro, após
anula.
o sinal verde acender. Na figura seguinte está o grá-
4. Um dos passageiros de um ônibus registrou em três fico construído com os dados obtidos durante a ob-
instantes distintos a intensidade da velocidade esca- servação.
lar do ônibus no qual viajava. Esses registros foram:
v (m/s)
0,4
Admitindo aceleração constante, determine:
0,2
a) a equação que representa a velocidade escalar em
função do tempo.
0 1 2 3 4 t (s)
b) a velocidade escalar no instante t = 3 s.
c) se o movimento é acelerado ou retardado entre os Determine a velocidade do carro e sua aceleração 3 s
instantes t ! 0 e t ! 6 s. após o sinal verde acender.
vi
Editoria de arte
v
vi
tf vf
A
ti ! 0 t t (s)
Uma forma para obter a área do trapézio é adicionar a área do triângulo à área do retângulo.
(t 0) (v vi ) a 2 a 2
Área ! ! t A ! Área # Área ! vit # t
2 2 2
N a 2
Área ! (t " 0) $ (vi " 0) ! vit Se s ! A, teremos: s " si ! vit # t
2
em que: si é a posição inicial e vi é a velocidade escalar inicial; s é a posição num instante de tempo t qualquer; a
é a aceleração escalar.
A função da posição do móvel em função do tempo, no MUV, é uma função polinomial do 2o grau e sua repre-
sentação gráfica no sistema cartesiano s % t é uma parábola.
Analisando as características dos movimentos percebemos que:
Quando a & 0, temos: Quando a ( 0, temos:
• Para 0 ' t ( t), a função s ! f(t) é decrescente, • Para 0 ' t ( t), a função s ! f(t) é crescente,
a velocidade escalar é negativa e o movimento é a velocidade escalar é positiva e o movimento é
retardado. retardado.
• Para t & t), a função s ! f(t) é crescente, a velo- • Para t & t), a função s ! f(t) é decrescente, a
cidade escalar é positiva e o movimento é acele- velocidade escalar é negativa e o movimento é
rado. acelerado.
• Para t ! t), ocorre a inversão no sentido do movi- • Para t ! t), ocorre a inversão no sentido do movi-
mento, e a velocidade fica nula. mento, e a velocidade fica nula.
s s
s decresce s aumenta
v negativa v positiva vértice
s’
Editoria de arte
s aumenta s decresce
v positiva v negativa
s’
vértice
t’ t t’ t
RESOLUÇÃO
a 2 a
a) Comparando as equações s " si # vit # t e s " 6 ! 3t # t2, temos: "1 a " 2 m/s2
2 2
b) Da equação horária, temos: vi " !3 m/s
A equação da velocidade é v " vi # at
Substituindo vi e a, resulta: v " !3 # 2t (SI)
c) Substituindo t por 8 na equação dada, temos:
s " 6 ! 3 $ 8 # 82 " 6 ! 24 # 64
s " 46 m
d) s (m) v (m/s) a (m/s2)
3
6
Gráficos: Editoria de arte
2 a " constante
2,0
4 1 300
1,5
0 1 2 3 t (s) 0 t (s)
2 !1
!2
0 1 2 3 t (s) !3
2 A posição escalar s de uma partícula varia com o tempo t de acordo com o dia- s (m)
grama ao lado.
11
Determine as funções horárias do espaço [s " f(t)] e da velocidade [v " f(t)] 10
para o movimento da partícula. (arco de parábola)
RESOLUÇÃO
1. Pode-se afirmar que os espaços percorridos por par- Determine o instante em que o veículo para, conside-
tículas animadas de movimento uniforme variam da rando a contagem do tempo desde a partida após a
mesma forma que os espaços percorridos por partí- troca de pneu.
culas animadas de movimento uniformemente varia- 7. Na figura a seguir está representado o gráfico da va-
do? Explique sua resposta. riação da velocidade em função do tempo de um veí-
2. As posições ocupadas por um veículo que se desloca culo que trafega por uma rua retilínea e horizontal.
com MUV são dadas pela equação s ! 4 " 2t " 3t2
v (m/s)
Exercício resolvido
1 A maratona de Boston (EUA), uma das mais famosas e antigas do mundo, é disputada anualmente, desde 1897,
num percurso de 42,195 km. Embora as maratonas tenham se tornado um esporte de massa, os organizadores des-
sa maratona utilizam alguns critérios para selecionar seus participantes. Nessa, como em qualquer outra maratona,
os corredores precisam se preparar adequadamente, respeitando os limites do seu corpo, para que a atividade física
possa trazer benefícios a sua saúde. Avalie a situação de uma pessoa que resolveu participar de uma maratona e,
nos seus primeiros treinos, passou a cumprir a seguinte rotina diária: correr a distância de 800 m com velocidade
de 3 m/s, em seguida caminhar durante 3 minutos, com velocidade de 2 m/s. Essa sequência deve ser repetida
10 vezes.
a) Ao terminar o treino diário, qual a distância total percorrida por essa pessoa?
b) Partindo do repouso com aceleração constante, essa pessoa percorre 3 m até atingir a velocidade de 3 m/s.
Determine, em módulo, a aceleração desenvolvida nesse trecho.
RESOLUÇÃO
Sendo:
n ! 10 repetições
scorrida = 800 m
scaminhada ! Vcaminhada % tcaminhada scaminhada ! 2 % 3(60) ! 360m
b) v0 ! 0; v ! 3 m/s e s ! 3 m
(v)2 ! (v0)2 " 2 % a % S 32 ! 0 " 2 % a % 3 a = 1,5 m/s2
1. (Unesp-SP) Um automóvel de competição é acelera- b) Calcule a maior distância entre elas, desde o ins-
do de tal forma que sua velocidade (v) em função do tante em que se iniciaram as observações até o ins-
tempo (t) é dada pela tabela: tante em que voltam a se encontrar.
3006
Para que os carros em velocidade máxima consigam
obedecer ao limite permitido ao passar em frente do
0 2 t (s)
posto, a placa referente à redução de velocidade de-
verá ser colocada antes do posto a uma distância de,
Suponha que no instante em que se iniciaram as ob-
pelo menos:
servações (t " 0) elas se encontravam na mesma po-
a) 40 m d) 90 m
sição.
b) 60 m e) 100 m
a) Determine o instante em que elas voltam a se en-
contrar. c) 80 m
Cinemática
vetorial
3
Capítulo 5:
Vetores
Capítulo 6:
Grandezas vetoriais
Capítulo 7:
Queda livre e lançamento
vertical
Capítulo 8:
Lançamento de projéteis
Capítulo 9:
Movimento circular
Mark Herreid/Shutterstock.com
Capítulo 5 Vetores 65
CAPÍTULO 5
Vetores
1. Grandezas escalares e
vetoriais
2. Definindo vetores
3. Operações com vetores
1. GRANDEZAS ESCALARES
fig_3_03 E VETORIAIS
Mapa rodoviário do Sul do Brasil Até o momento, nos estudos sobre Cinemática escalar, trabalhamos
50º O
com grandezas, como o comprimento e o tempo, definidas apenas por
Allmaps
Criciúma
Tubarão ção (definida pela reta que contém as cidades) e por um sentido (de
Torres para Florianópolis). Grandezas que se definem dessa forma são
RIO
GRANDE Araranguá
chamadas grandezas vetoriais. Além do deslocamento, são exemplos
DO SUL
Sombrio de grandezas vetoriais a velocidade, a aceleração e a força.
As informações que definem uma grandeza vetorial determinam
Torres
uma entidade matemática denominada vetor.
0 40 km
Soma vetorial
! ! ! !
Considere os vetores r 1, r 2, r 3 e r 4 mostrados na figura ao lado. r3
O vetor R, ou vetor resultante, significa a soma dos vetores mostra- r1
dos e pode ser determinado da seguinte forma: representamos o primeiro r4
vetor a partir de uma origem arbitrária O, a origem do segundo coincidin- r2
! ! ! !
R " r1 # r2 # r3 # r4
r1 r4
O R
Esse processo de soma é chamado regra da poligonal, pois os
vetores somados se encadeiam determinando uma linha poligonal.
A origem do vetor R coincide com a origem do primeiro vetor, e sua
extremidade coincide com a extremidade do último vetor.
Como variação da regra da poligonal temos a regra do parale-
logramo, que é aplicada apenas à soma de dois vetores. Veja como
ela pode ser aplicada. r
! ! A
Considere os vetores r 1 e r 2, cujas direções determinam o ângulo s
!. Aplicando a regra do paralelogramo, inicialmente representamos ←
R
os vetores com origem no mesmo ponto O e traçamos retas parale- ←
r1
las, r e s, a cada um desses vetores.
O vetor resultante R é a diagonal do paralelogramo, com origem 180° $ !
! !
no ponto O e extremidade no ponto A, encontro das retas r e s. OO ←
r2 B
Pela aplicação da lei dos cossenos no triângulo OAB, temos:
Capítulo 5 Vetores 67
! !
R " r1 # r2
! !
• Os vetores r 1 e r 2 têm a mesma direção e sentidos opostos.
←
r1
! " 180° e cos ! " %1
R " r1 % r2
←
r1
tensidade, mesma direção e sentido con-
!
←
r2 " trário a r 2.
Aplicando a lei dos cossenos, obtemos
←
d !r
←
%r a intensidade do vetor diferença:
! 22
!
Para n & 0, teremos p com as seguintes características:
• módulo: p " |n| $ r1.
!
• direção: a mesma do vetor r1. p " 3r1
! ← ←
!
r
• sentido: o mesmo de r 1, se n for positivo;
r1
e contrário ao de r 1, se n for
1
negativo.
p " 2r1
n positivo n negativo
← ←
Tarumã
p " 2r1 ←
rr11 p " %2r1
%r
r1
←
p " 3r1 p " %3r1
p " 3r1 ←
p " 2r1
← p " %3r1
!
Para n " 0, teremos p " 0 (vetor nulo).
← ←
p " 3r1
68 Unidade 3 Cinemática vetorial
Decomposição de um vetor
Todo vetor pode ser considerado a soma de dois outros vetores. Definindo-se
!
um plano como um par de eixos cartesianos ortogonais, temos que um vetor p y
Tarumã
nele contido pode ser representado pela soma da sua componente no eixo hori-
! !
zontal (px) com a do eixo vertical (py).
py p
! ! !
p ! px " py
px
! !
As componentes px e py têm a mesma direção dos eixos x e y, respectivamen-
te. Em relação aos valores dessas componentes, podemos usar uma convenção: 0
O x
caso tenham o mesmo sentido dos eixos, serão antecedidas pelo sinal positivo;
caso tenham sentido contrário aos eixos, serão antecedidas pelo sinal negativo.
y y
Tarumã
Tarumã
α
p p
py = +p sen α py = –p sen α
α
0
O px = +p cos α x O
0 px = –p cos α x
Exercícios resolvidos
1 De segunda a quinta-feira, Joana caminha em um RESOLUÇÃO
parque, percorrendo cada dia duas trilhas diferen-
! ! a) Pela regra do paralelogramo:
tes e retilíneas, representadas pelos vetores r 1 e r 2.
←
r2 ! 3 km ←
r22 rr22
#
# ! 60° #
←
← r11
r11 ! !
b) Como r1 e r2 são perpendiculares entre si (# ! 90°):
b) terça-feira R2 ! r21 " r22
r1 ! 8 km ← R2 ! 82 " 62 R ! 100
r2 ←
R
r2 ! 6 km R ! 10 km ←
rr22
# ! 90°
←
r1
r←
r11
c) quarta-feira ! !
c) Como r 1 e r 2 têm a mesma direção e o mesmo sen-
r1 ! 7 km
tido (# ! 0°):
← ←
r1 r2
r2 ! 3 km
R ! r1 " r2
R!7"3 R ! 10 km
d) quinta-feira ←
r1
←
r1
←
rr22
r1 ! 9 km
r2 ! 2 km r←
r22
←
R
Capítulo 5 Vetores 69
! ! ! ! ! !
d) Como r 1 e r 2 têm a mesma direção e sentidos opos- a) os módulos dos vetores produto r 3 " 4r 1 e r 4 " 2r 2.
! !
tos (! 180°): b) as componentes dos vetores r 3 e r 4, segundo os ei-
R " r1 # r2 xos horizontal e vertical.
!" ! !
R"9#2 R " 7 km c) o módulo do vetor resultante R " r3 $ r4, utilizando
as componentes horizontal e vertical.
←
rr1
R
R
← ←
rr22
RESOLUÇÃO
Editoria de arte
rr22
2
figura, represente e
determine: 2
eixo vertical: r3y " r3 sen 45° " 8 2 % "8
1 2
Dados: cos 60° " ; r " 4; r2 " 2. y
2 1
Tarumã
!" ! !
a) a intensidade do vetor diferença d 1 " r 1 # r 2.
!" ! !
b) a intensidade do vetor diferença d 2 " r 2 # r 1. r3
rr33yy
RESOLUÇÃO 45º
! rr33x
3⁄ x x
a) #r 2 é o vetor x
! ←
d1 !
oposto a r 2.
←
#r2
Componentes do vetor r 4:
60° eixo horizontal: r4x " r4 cos 37° " 20 % 0,80 " 16
eixo vertical: r4y " r4 sen 37° " 20 % 0,60 " 12
O ←
r1
y
Tarumã
Aplicando a lei dos cossenos, temos:
Editoria de arte
b) #r 1 é o vetor oposto a r 1. y
tante R terá:
R
r2 ry
r1
37º 45º R2 " (8)2 $ (20)2
rx x
xx R ! 21,5
Editoria de arte
Alberto de Stefano
← ← ←
a w
w v
u
vA
vD
A
! !
vB vC 7. Sabemos que os vetores r1 e r2 formam entre si um ân-
B gulo $ ! 60°, conforme a figura. Determine o módulo
do vetor soma R, conhecendo:
!
|r1| ! 3 m
Editoria de arte
!
C D |r2| ! 5 m
←
1 rr11
vA ! vC ! 10 km/h vB ! 20 km/h vD ! 15 km/h cos 60° !
2
$
a) Quais automóveis possuem a mesma direção de ←
rr22
movimento?
b) Quais possuem o mesmo sentido de movimento?
8. Observando a figura representada abaixo, temos que
c) Quais possuem o mesmo módulo de velocidade? !
o vetor m forma um ângulo de 90° com o vetor n e
d) Pode-se afirmar que a velocidade dos automóveis A !
|m|!|n| ! 1. No plano cartesiano estão representa-
e C são iguais? Justifique sua resposta. dos “quadrados” de lado unitário. Faça a representa-
!
3. Defina soma vetorial e cite um exemplo. ção do vetor i em função de m e n.
Tarumã
igual a zero? Explique.
5. Uma equipe de salvamento marítimo recebe em seu
ii
posto um sinal de um navegante em alto-mar forne-
cendo as seguintes coordenadas a partir do posto de
m
m
salvamento (PS):
nn
• 16 km na direção oeste-leste e sentido para o leste.
• 12 km na direção sul-norte e sentido para o norte. 9. Abaixo estão representadas as forças T, F e P apli-
cadas em um corpo. Sendo T ! 50 N, F ! 40 N e
4 km
P ! 30 N, determine a intensidade da resultante das
Editoria de arte
37º
N F
O L
PS
S
Capítulo 5 Vetores 71
TESTE O QUE APRENDEU
Tarumã
1u ! com o eixo x, conforme a figura abaixo. Assinale
A FF a afirmativa que apresenta a notação correta para a
CC componente de F no eixo x.
Tarumã
E a) F x " |F |· cos ! yy
D GG b) F x " |F |· cos !
c) |F x| " F · cos ! FF
a) têm a mesma direção.
d)F x " F · cos ! !θ
b) têm o mesmo sentido.
e) F x " F· cos ! xx
c) têm a mesma intensidade (módulo).
6. (Mack-SP) Os garotos A e B da figura puxam, por
d) são iguais.
meio de cordas, uma caixa de 40 kg, que repousa so-
2. (FGV-SP) São grandezas escalares: bre uma superfície horizontal, aplicando forças pa-
a) tempo, deslocamento e força. ralelas a essa superfície e perpendiculares entre si,
b) força, velocidade e aceleração. de intensidades 160 N e 120 N, respectivamente. O
c) tempo, temperatura e volume. garoto C, para impedir que a caixa se desloque, apli-
ca outra força horizontal, em determinada direção e
d) temperatura, velocidade e volume.
sentido.
e) tempo, temperatura e deslocamento.
3. (UEL-PR) Na figura a seguir estão desenhados dois A
Alex Argozino
vetores X e Y. Esses vetores representam desloca-
mentos sucessivos de um corpo. Qual é o módulo do C
vetor igual a X + Y? B
X sidade de:
a) 150 N b) 160 N c) 180 N d) 190 N e) 200 N
1cm
7. (Fatec-SP) Em um ginásio esportivo, há dois pontos
1cm fixos A e B aos quais se suspende uma luminária de
peso P = 600 N, mediante fios leves AC e BC, confor-
me o esquema abaixo.
a) 4 cm b) 5 cm c) 8 cm d) 13 cm e) 25 cm
8m 8m
4. (Unesp-SP) Um caminhoneiro efetuou duas entregas
A M B
de mercadorias e, para isso, seguiu o itinerário indi-
cado pelos vetores deslocamento d1e d2 ilustrados na
figura.
6m
Tarumã
Tarumã
d1 " 10 km C
d2 " 6 km
30º
600 N
Para a primeira entrega, ele deslocou-se 10 km e,
para a segunda entrega, percorreu uma distância de
6 km. Ao final da segunda entrega, a distância a que A força de tração de cada fio tem intensidade de:
o caminhoneiro se encontra do ponto de partida é: a) 300 N b) 600 N c) 500 N d) 450 N e) 400 N
1. POSIÇÃO E
DESLOCAMENTO VETORIAL
Considere uma partícula em movimento ao longo da trajetória pontilhada,
passando pelo ponto A em determinado instante. O ponto O é a origem de um
sistema referencial xOy.
Nesse instante, denominamos vetor posição da partícula em relação ao pon-
!
to O o vetor p, de origem em O e extremidade no ponto A.
p ! p " pi
A
!
Entre os pontos A e B, p é o deslocamento vetorial e s, o deslocamento Δs
escalar sofrido pela partícula. ← ←
pi Δp
Observe que p # s, pois a trajetória é curvilínea. Se a partícula estivesse em
B
trajetória retilínea, então p ! s. Logo, de modo geral:
p$ s ←
p
O
Exercícios resolvidos
1 No eixo abaixo, estão representas as posições de um móvel em movimento.
N P M x (km)
Tarumã
| | | | | | | | | | | | | | |
Partindo do ponto P, determine o deslocamento ocorrido nos trechos P até N, N até M e M até P. Explique o signifi-
cado do sinal (positivo ou negativo) nesses deslocamentos.
RESOLUÇÃO
• Entre P e N : xN " xP ! "6 " 4 ! " 10 km (deslocamento negativo significa movimento oposto ao sentido do eixo).
• Entre N e M: xM " xN ! 16 " ("6) ! 22 km (deslocamento positivo significa movimento no mesmo sentido do eixo).
• Entre M e P: xP " xM ! 4 " 16 ! " 12 km (deslocamento negativo significa movimento oposto ao sentido do eixo).
Tarumã
que a lancha atingisse o ponto Q, distante 4,3 m de M. Determine o desloca-
mento vetorial sofrido pela lancha.
M 4,3 Q P correnteza
RESOLUÇÃO
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
1. Sobre uma esteira rolante é colocada uma peça de O funcionamento de um aeroporto é como um re-
automóvel que sofre um deslocamento de 30 m. Essa lógio indicando a posição dos aviões em relação ao
afirmação nos permite caracterizar: centro do aeroporto, onde se encontra a pista de ater-
a) o deslocamento escalar? Justifique. rissagem ou decolagem.
Editoria de arte
b) o deslocamento vetorial? Justifique.
3
2. Em um treino de futebol, três jogadores fazem a 2 4
bola rolar no gramado. Com apenas um chute, cada
jogador faz a bola percorrer uma das três distâncias
distintas: de A para B, de B para C e de C para A.
1 5
11 7
A
B
A B 10 8
9
Alberto de Stefano
6. Amélia caminha diariamente percorrendo os quartei-
rões próximos de sua casa, como mostra a figura. 400 m
300 m
pontos A e B.
b) Calcule o deslocamento de Amélia entre os pontos
•
A e B. B
c) Discuta a diferença entre a distância percorrida e o
deslocamento entre os pontos A e B.
A•
2. VELOCIDADE VETORIAL
Uma partícula se move ao longo da trajetória representada passando pelo
ponto A no instante t1 e, posteriormente, pelo ponto B no instante t2. Considere
o ponto O como a origem do sistema de referência.
A velocidade vetorial média vm da partícula, nesse intervalo de tempo,
corresponde à razão entre o vetor deslocamento p, entre A e B, e o intervalo
Editoria de arte
de tempo t de t1 a t2. t A ←
1 $p
t2
p
←
Pii
p B
vm ! trajetória
t ←
p
O
O vetor vm sempre terá direção e sentido iguais aos do vetor p, uma vez que
o intervalo de tempo t é sempre positivo.
!
A velocidade vetorial instantânea v corresponde ao limite da velocidade ve-
torial média para um intervalo de tempo que tende a zero. Algebricamente, temos:
v ! lim vm
t 0 ←
v tangente
!
Quando o intervalo de tempo tende a zero, o vetor p tende à direção
tangente da trajetória, e seu módulo tende ao módulo do deslocamento movimento
escalar. Em consequência disso, a velocidade vetorial instantânea:
trajetória
• é tangente à trajetória, e seu sentido é igual ao do movimento.
!
• tem módulo igual ao da velocidade escalar instantânea (|v| ! |v|).
Exercícios resolvidos
1 Uma bola é lançada verticalmente para cima e sua !
Velocidade vetorial: intensidade: |v|! 20 m/s
velocidade escalar é representada pela expressão Direção vertical e sentido de baixo para cima.
v ! 20 " 5t, quando o sentido adotado para o refe-
b) Para t ! 4 s
rencial for de baixo para cima. Determine a velocida-
Velocidade escalar: v ! 20 " 5 # 4 v!0
de escalar e vetorial para os valores: !
Velocidade vetorial: intensidade: |v|! 0
a) t = 0 b) t = 4 s c) t = 8 s Direção e sentido não se definem.
c) Para t ! 8 s
RESOLUÇÃO
Velocidade escalar: v ! 20 " 5 # 8 v ! "20 m/s
!
a) Para t ! 0 s Velocidade vetorial: intensidade: |v|! 20 m/s
Velocidade escalar: v ! 20 – 5 # 0 v ! 20 m/s Direção vertical e sentido de cima para baixo.
Eunice Toyota
∆t 190 ! 10 180
1
s
vm ! m/s
20
Editoria de arte
s
si
R
si
R
a) Represente o vetor deslocamento e determine sua
!
intensidade, sua direção e seu sentido. c) O vetor velocidade média vm é caracterizado por:
b) Calcule a intensidade da velocidade escalar média. ! | p| 6 2
c) Dê as características do vetor velocidade média. módulo: |vm| ! !
t 180
! 2
|vm| ! m/s s
RESOLUÇÃO 30 ←
vm
Editoria de arte
a) Sendo p o vetor deslocamento, temos:
Editoria de arte
←
$p
p2 ! R2 " R2 ! 62 " 62 ! 72 si
s
p!6 2 $s
Características de p: R ←
$p direção: a mesma do vetor deslocamento p
si
módulo: p ! 6 2 m R R sentido: da posição si para s
r !
direção: a mesma da reta r R Os vetores p e vm têm sempre a mesma direção e o
sentido: da posição si para s mesmo sentido.
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
1. Observe o esquema, que representa parte de um ! !
c) Os vetores v4 e v3 têm direções diferentes.
mapa de um bairro em que as ruas se cruzam, for- !
d) Os vetores v2 e v! 4 têm direções diferentes e mesmo
mando ângulos de 90°.
sentido.
v3
2. Com relação ao vetor velocidade instantânea, qual
Eunice Toyota
Photodisc/Getty Images
B
Eunice Toyota
Vitalliy/Shutterstock.com
A C M
O
D
No esquema, os pon-
a) Represente o vetor deslocamento e determine sua in-
tos A, B, C e D são po-
tensidade, direção e sentido.
sições ocupadas pela
marca M durante o movimento da hélice. b) Calcule a intensidade da velocidade escalar média
da roda gigante.
a) Represente o vetor velocidade da marca M nessas
quatro posições. c) Dê as características do vetor velocidade média.
b) Se a marca percorrer a trajetória de A até B em 2 s, 5. É correto afirmar que o velocímetro de automóvel
qual será o seu vetor velocidade média nesse interva- mede a velocidade vetorial instantânea e não a velo-
lo de tempo? cidade média? Justifique sua resposta.
3. ACELERAÇÃO VETORIAL
Ilustrações:Editoria de arte
Na Cinemática escalar, medimos a variação da velocidade es-
calar em relação ao tempo utilizando a aceleração escalar média ←
vi
∆v
am ! . Na Cinemática vetorial, a variação da velocidade ve-
∆t ti t
torial em relação ao tempo é chamada aceleração vetorial mé- A B
dia am.
←
v
t " ti
A figura ao lado representa a trajetória descrita por um
ponto material entre as posições A e B.
No instante inicial ti, o ponto material passa pela posição
A com velocidade vi e, num instante posterior t, passa pela
!
posição B com velocidade v . A aceleração vetorial média am, #vi
←
←
← ou v
v
←
ar
←
Movimento curvilíneo acelerado. ar Movimento curvilíneo retardado.
←
Aceleração tangente
at
A aceleração tangencial at está relacionada à variação da velocidade escalar
Ilustrações: Editoria de arte
←
v e apresenta as seguintes características:
• O módulo é igual ao apresentado pela aceleração escalar: at ! |a|
No MU, at ! 0; no MUV, at ! a (constante).
Movimento acelerado. • A direção é a mesma da reta tangente à trajetória em cada posição ocu-
pada pelo ponto material.
←
v • O sentido será o mesmo do vetor velocidade v se o movimento for acele-
rado, e contrário a ele se o movimento for retardado.
←
at
Movimento retardado.
Aceleração centrípeta
A aceleração centrípeta ac indica a variação da direção do vetor velocidade v.
Para o ponto material que descreve uma trajetória circular, com raio de curvatura R
e com velocidade escalar v, a aceleração centrípeta apresenta as seguintes ca-
racterísticas:
←
v
v2
• O módulo é determinado por: ac !
←
ac R
O
• A direção é perpendicular à direção da velocidade v. Se o movimento for
R
retilíneo, a direção da velocidade v não variará, portanto ac ! 0.
• O sentido é orientado para o centro de curvatura da trajetória.
O vetor aceleração ar é representado pela soma das componentes at e ac.
Observando que os vetores at e ac são ortogonais, é possível obter o módulo de ar
aplicando o teorema de Pitágoras:
←
v
←
at
ar ! at " ac
a2r ! a2t " a2c
←
ar
←
ac ar ! a 2t ! a c2
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
1. A trajetória circular descrita por um ponto material 4. Um ponto material com velocidade inicial vi " 0 des-
tem raio de curvatura R " 2,5 m. Sabendo que ele creve uma trajetória circular de raio R " 9 m e movi-
se desloca com movimento uniforme e velocidade mento uniformemente variado, com aceleração esca-
v " 5 m/s, determine: lar a " 3 m/s2.
a) o módulo das componentes vetoriais da ace- Para o instante t " 2 s, determine:
leração. a) a velocidade escalar.
b) o módulo de ar . b) o módulo das componentes vetoriais da aceleração ar .
2. Observe a foto do relógio de pêndulo. Analise o movi- c) o módulo da aceleração ar .
mento desse pêndulo no esquema abaixo, na posição 5. Em uma trajetória circular de raio 10 m, move-se um
A, descendente, e na B, ascendente. corpo C, com velocidade escalar constante. No instante
t "1,0 s o módulo da aceleração vetorial instan-
Marcus Cappellano
Editoria de arte
Editoria de arte
tânea aR é igual a 32 m/s2, C
como mostra a figura ao lado.
3 4
Dados sen $ = e cos $ " . u
A B 5 5 ar
Nesse instante encontre:
a) o módulo da aceleração
a) Represente, no seu caderno, para as posições A e B,
centrípeta.
os vetores v, ac, at e ar .
b) a velocidade escalar.
b) Classifique o movimento do pêndulo nas posições
c) a aceleração tangente.
A e B.
6. Ao compararmos dois móveis A e B, deslocando-se
3. Um carro desloca-se em uma estrada e o motorista vê v
uma placa de sinalização que indica: “Curva acentua- em uma trajetória circular, aferimos que A tem ra-
vB
da para direita. Velocidade máxima 36 km/h”. O moto- zão 3. Então podemos dizer que a razão entre suas
rista desacelera até atingir a velocidade indicada na pla- acelerações centrípetas é:
ca e a mantém constante enquanto faz a curva. Sabendo
1
que o raio da curva é de 10 m, determine a intensidade, a) 3 d)
3
direção e sentido da aceleração vetorial ( ar ) do veículo. 1
b) 6 e)
Faça um esquema representando os vetores da veloci- 6
dade e aceleração. c) 9
!
Num instante posterior, a esteira volta a funcionar com velocidade vE/C, de
!
módulo 2 m/s. O vetor vE/C representa a velocidade da esteira, em relação ao
chefe de manutenção (C). Nessa situação, vamos considerar duas possibilidades:
vO/C
vO/E C
vE/C vE/C
E
vO/C
vO/E C
vE/C vE/C
E
!
Nas duas situações, o movimento do operário em relação ao chefe vO/C é a
!
composição entre o movimento do operário em relação à esteira vO/E e o movi-
!
mento da esteira em relação ao chefe vE/C. Logo:
RESOLUÇÃO
Em qualquer dos casos, a velocidade da lancha em relação às margens (v l/m) é a composição entre a velocidade da
lancha em relação às águas (v l/a) e a velocidade das águas em relação às margens (va/m).
a) v l/m ! v v/a " v a/m ←
vl/a
←
va/m
←
b) v l/m ! v l/a " v a/m vl/a
vl/m ! 20 # 15 ! 5 km/h ← ←
vl/m va/m
2 Um barco atravessa um rio com velocidade constante de 10 m/s, perpendicular à correnteza. Sabendo que a largu-
ra do rio é de 800 m e a velocidade da correnteza é de 4 m/s, determine:
a) o tempo gasto na travessia.
b) o deslocamento do barco rio abaixo ao fim da travessia.
RESOLUÇÃO
a) Velocidade do barco em relação à correnteza: vBC
Velocidade da correnteza em relação à margem do rio: vCM
s
vBC ! 10! t ! 80 s
t t
b) O tempo de travessia é o mesmo de arrastamento, assim:
s s
vCM ! 4! s ! 320 m
t 80
Editoria de arte
Considerando o mo- horizontal, no sentido contrário ao movimento do
vimento de rotação avião, qual deve ser a atitude do piloto?
e translação da roda, 7. Um avião sai de Roma com destino a San Marino, e
como você represen- logo atinge a velocidade de 500 km/h. Ao mesmo
taria o vetor veloci- tempo sofre a ação de um vento forte, de leste para
dade do ponto ilus- oeste, que o afasta da rota. Para chegar ao seu destino
trado na figura. como o piloto deve proceder? Faça um esquema, com
a) c) e) vetor nulo vetores, para indicar a velocidade do avião em rela-
ção à Terra, a velocidade de arrastamento do vento
b) d) e a velocidade resultante. Se a velocidade de arrasta-
3. Um trem e um automóvel se movem na mesma dire- mento do vento for de 300 km/h, calcule a velocida-
ção num trecho retilíneo de estrada. Seus movimen- de resultante do avião em relação à Terra.
tos são uniformes e o módulo da velocidade do auto- Mapa da Itália
móvel é o dobro do módulo da velocidade do trem. 10° L ÁUSTRIA
Allmaps
Desprezando o comprimento do automóvel e tendo SUÍÇA
HUNGRIA
Roma
Napoli
Sardenha
40° N
Mar Tirreno
Mar
Palermo Jônico
Sicília
km Mar Mediterrâneo
solo? (Considere tg 60° ! 1,7.)
5. Um avião desloca-se para leste com velocidade 8. Durante um nevoeiro, um navegador recebe dois sinais
constante de 240 km/h. Ao chegar em certa região, sonoros emitidos simultaneamente por um ponto da
é atingido por um vento muito forte, de velocidade costa, um através do ar e outro através da água. Entre as
constante de 100 km/h, que sopra perpendicular- recepções dos dois sons decorre um intervalo de tempo
mente à direção de deslocamento do avião. Supon- de 5 s. A velocidade do som nas condições do experi-
do que esse vento continue por 2 horas, determine: mento é de 431 m/s e 1 504 m/s, respectivamente, no
a) a intensidade da velocidade resultante. ar e na água. A partir dessa informação, determine a
b) a distância que o separa da rota original após 2 horas. distância entre o barco e o posto emissor dos sinais.
Rafael Hupsel/Folhapress
raram o sistema de navegação entraram em funciona-
mento em 1978 e foram desenvolvidos pelo Departa-
mento de Defesa dos EUA para uso militar. Em meados
dos anos 1980, esse sistema foi aberto para uso civil,
inclusive para outros países. Com essa medida, foi pos-
sível ampliar o uso dessa tecnologia para outras áreas,
como ocorre com a navegação marítima, o monitora-
mento de veículos, levantamentos geodésicos e topo-
gráficos, entre outros.
Embora inicialmente o uso tecnológico tenha so-
frido algumas limitações de precisão — a margem de
erro abaixo de cem metros somente era corrigida com
precisão máxima para fins militares —, após o ano Além do posicionamento, o uso desta tecnologia nos permite
identificar a velocidade e a direção de deslocamento. Essas
2000 essas limitações foram desfeitas. É importante informações, aliadas à sobreposição dos mapas de áreas urbanas,
destacar que o GPS não é o único sistema de navega- possibilitam a escolha do melhor caminho para deslocamento de um
local a outro.
ção. Além dele, há o sistema russo GLONASS e o euro-
peu GALILEO (este ainda em conclusão). NAVSTAR: NAVigation Satellite with Time And Ranging
Para entender o funcionamento do GPS, precisa- GPS: Global Positioning System
mos considerar que ele é um sistema de posiciona-
mento que depende de sinais enviados por uma rede
Mario Pita
de satélites, sob o controle do Departamento de De-
fesa dos EUA. Os satélites levam 12 horas para com-
pletar uma volta em torno da Terra e encontram-se a
cerca de 20 000 km de altitude. No início, a rede era
formada por 24 satélites, porém a partir de 2008 pas-
sou a contar com 32.
O projeto foi estruturado de tal forma que pelo
menos quatro satélites tenham seus sinais captados a
partir de qualquer ponto da Terra. Assim, os satélites
transmitem um sinal de alta frequência (com “paco-
tes” de informação) que indicam a hora precisa na
Representação dos satélites utilizados por um sistema GPS na
qual cada um foi transmitido. Enquanto isso, os recep- localização de um navio.
tores em Terra captam o sinal e determinam a posição,
comparando a diferença de tempo entre a transmissão
e para fornecer a posição chamada 3D, em latitude,
e a recepção do sinal. Dessa forma, calculam a distân-
longitude e altitude, ele necessita dos sinais de quatro
cia de cada satélite. À medida que o objeto se desloca,
satélites. O receptor determina a distância até cada um
a distância em relação aos satélites também muda e
dos satélites. Cruzando os dados de pelo menos três sa-
provoca pequena diferença no tempo do percurso, que
télites, é possível o receptor determinar sua localização
serve para atualizar a localização.
na superfície terrestre. Caso ocorra o processamento
Para calcular a posição chamada 2D, em latitude e contínuo da posição, o receptor poderá determinar o
longitude, o receptor utiliza os sinais de três satélites deslocamento e a velocidade.
ATIVIDADE
1. Faça uma pesquisa com o objetivo de entender, com mais detalhes, como o posicionamento de um corpo na
superfície da Terra pode ser acompanhado pelo GPS.
1. (Unicamp-SP) A figura abaixo representa um mapa No momento em que ele passa pela posição P, a ace-
da cidade de Vectoria, que indica a direção das mãos leração do carro é dirigida para o:
de tráfego. a) norte c) leste
b) sul d) oeste
Eunice Toyota
4. (UFSM-RS) Uma lancha que está com seu motor em
regime máximo é observada da margem de um rio,
indo rio acima, com velocidade 8 m/s e, rio abaixo,
B com velocidade 12 m/s.
A velocidade da lancha em relação à água é:
a) 2 m/s d) 8 m/s
b) 4 m/s e) 10 m/s
A
c) 6 m/s
5. (UFPE) Uma pessoa quer atravessar um rio (de mar-
gens paralelas) cuja largura é 60 m, nadando com
velocidade constante va em relação à água, orien-
Devido ao congestionamento, os veículos trafegam tada perpendicularmente às margens e de módulo
com velocidade média de 18 km/h. va ! 1,5 m/s. Por causa do movimento do rio, cuja
velocidade em relação às margens tem módulo
Cada quadra da cidade mede 200 m por 200 m (do cen-
vR ! 0,6 m/s, a pessoa chegará à outra margem no
tro de uma rua ao centro de outra). Uma ambulância lo-
ponto C, assinalado na figura. Qual a distância entre
calizada em A precisa pegar um doente localizado bem
os pontos B e C?
no meio da quadra em B, sem andar na contramão.
B C
Editoria de arte
a) Qual o menor tempo gasto (em minutos) no per-
curso de A para B?
b) Qual o módulo do vetor velocidade média (em ← ←
vR
va
km/h) entre os pontos A e B?
2. (Fatec-SP) Na figura representa-se um corpo em mo- A
vimento sobre uma trajetória curva, com os vetores 6. (UFS-SE) Um rio, de margens paralelas, possui lar-
velocidade v, acele- gura de 400 m e suas águas, em relação às margens,
Editoria de arte
←
at
ração a e suas com- possuem velocidade de 3,0 m/s. Um barco a motor
←
ponentes, tangencial a que se move nesse rio possui velocidade de módulo
at e centrípeta ac.
←
v constante e igual a 4,0 m/s, em relação à água. Anali-
←
ac se as afirmações que seguem.
Analisando a figura,
podemos concluir: I. O barco poderá cruzar o rio num tempo mínimo de
1,0 minuto e 20 segundos.
a) O módulo da velocidade está aumentando.
II. Se o barco gasta 5,0 minutos para se deslocar de A
b) O módul-o da velocidade está diminuindo.
a B, rio abaixo, na volta deverá gastar 35 minutos.
c) O movimento é uniforme.
III. Se o barco se movimenta mantendo o seu eixo
d) O movimento é necessariamente circular.
numa direção perpendicular à margem ele atinge a
e) O movimento é retilíneo. outra margem num ponto a 300 m rio abaixo, em re-
3. (UECE) Um carro lação ao ponto de partida.
percorre uma pista IV. Devido à baixa potência do motor, o barco não
←
circular, no senti- v conseguirá cruzar o rio perpendicularmente às suas
do indicado, com O margens.
P
velocidade tangen- V. Dois barcos idênticos ao citado, cujos comprimen-
N
cial de módulo O L tos são de 20 m, movendo-se em sentidos opostos pa-
constante, confor- S ralelamente às margens do rio, demoram 5,0 s para
me indica a figura. se cruzarem.
1. MOVIMENTOS EM UMA
DIMENSÃO SOB
AÇÃO DA GRAVIDADE
Muitas pessoas já passaram por uma situação se-
2. QUEDA LIVRE
Os estudos e experimentos citados anteriormente, levaram à conclusão de
que dois corpos abandonados simultaneamente da mesma altura, no vácuo ou Reprodução do experimento de
livres dos efeitos da resistência do ar, chegam ao solo no mesmo instante. Esse Boyle.
movimento, conhecido como queda livre, isto é, livre da resistência do ar, ocor-
re numa trajetória retilínea e vertical.
A variação da velocidade de um corpo em queda livre, próximo da superfície da
Terra, é diretamente proporcional ao intervalo de tempo, ou seja, quanto maior o
tempo de queda, maior a velocidade do objeto. Nesse caso a aceleração é constante.
Sentido da trajetória de baixo para cima Sentido da trajetória de cima para baixo
a ! "g a ! #g
da
trajetória
• Função da posição: • Função da posição:
→
→
g a 2 g
a
s ! si " vit " 2 t2 s ! si " vit " t
2
sentido
g g 2 da
s ! si # vit " t2 s ! si # vit # t trajetória
2 2
si ! 0 nível da plataforma
v2 ! v2i " 2g s
a !g ! 10 m/s2
v2 ! 02 " 2 # 10 # 5
Editoria de arte
um corpo(v) em queda livre, em função do tempo (t). v lim
RESOLUÇÃO
I. Falsa, um corpo enquanto permanecer em queda no ar atingirá a velocidade limite diferente de zero.
II. Verdadeira, um corpo em queda no ar tende a velocidade limite e assíntota.
III. Verdadeira, um corpo em queda no ar atingirá a velocidade limite no instante em que a resistência do ar for
igual ao peso do corpo.
Exercícios resolvidos
1 Um tenista consegue, com o auxílio da raquete, jogar a bolinha verticalmente de baixo para cima. Considerando que a
velocidade inicial da bolinha é 20 m/s e g ! 10 m/s2, pede-se:
a) a altura máxima atingida pela bolinha, em relação à origem do lançamento.
b) o tempo decorrido até a bolinha atingir a altura máxima.
c) o tempo decorrido durante a descida da bolinha, do ponto de altura máxima até a origem de lançamento.
d) a velocidade com que a bolinha chega à origem do lançamento, na descida.
e) o gráfico que mostra a posição da bolinha em função do tempo.
f) o gráfico da velocidade escalar em função do tempo.
RESOLUÇÃO
Adotemos o sentido da trajetória de baixo para cima, na direção vertical. A
aceleração escalar é a ! #g ! #10 m/s2. Nesse caso, a aceleração escalar assu- sentido
da trajetória
me valor negativo, porque o sentido da trajetória que está
v!0 smáx ! 20 m
sendo adotado é de baixo para cima.
a) Na posição mais alta atingida pela bolinha, temos
v ! 0. Utilizando a equação de Torricelli, obtemos a al-
tura máxima (smáx) atingida por ela. vi ! 20 m/s
v2 ! v2i $ 2a s
400 si ! 0 origem
0 ! 202 # 2 % 10 s s! ! 20
20
Studio Caparroz
20 ! smáx # 0
smáx ! 20 m
v " vi # at
0 " 20 ! 10t t"2s
a 2
s " si # vit # t
2
10 2
0 " 20 # 0 td ! t
2 d
t2d " 4 td " ±2
td " 2 s sentido
da trajetória
vi " 20 m/s
v " vi # at " 20 ! 10 $ 4 v " !20 m/s v"?
origem
Note que a velocidade escalar assume valor negativo
porque, ao atingir novamente o ponto de lançamento, a
bolinha está se deslocando no sentido contrário àquele
adotado para a trajetória, ou seja:
vdescida " !vsubida " !20 m/s
s (m) v (m/s)
Gráficos: Editoria de arte
smáx 20 20
0 2 4 t (s)
!20
0 2 4 t (s)
Pressmaster/Shutterstock.com
verticalmente para o alto
3. Uma pedra é atirada para cima, em uma trajetória
uma bola, como mostra a
vertical, partindo do solo, com velocidade inicial de
foto.
20 m/s. Considere a aceleração da gravidade no local
10 m/s2 e despreze a resistência do ar. Se a origem Considere a velocidade ini-
dos espaços é no solo, determine: cial da bola v0 e a acelera-
ção da gravidade local g.
a) as funções do espaço e da velocidade desse movi-
Podemos afirmar que:
mento.
a)a velocidade da bola
b) o tempo de subida da pedra.
quando ela chega ao ponto
c) a altura máxima atingida por ela.
mais alto é máxima.
d) o espaço e o sentido do movimento no instante 3 s.
b) quando a bola descer, ao chegar à mão do menino,
e) o instante e a velocidade escalar quando o projétil sua velocidade é v0.
atinge o solo.
c) se o menino não pegar a bola, na descida, ela che-
f) o gráfico que mostra as posições da pedra em fun- gará ao chão com velocidade nula.
ção do tempo.
d) a aceleração da gravidade no local não interfere na
Sergey Peterman/Shutterstock.com
1. (UFRJ) Um corpo em queda livre percorre uma certa 7. A velocidade inicial da pedra foi:
distância vertical em 2 s; logo, a distância percorrida a) 5 m/s d) 30 m/s
em 6 s será: b) 14 m/s e) 40 m/s
a) dupla. c) 20 m/s
b) tripla. 8. O tempo que a pedra permaneceu no ar foi:
c) seis vezes maior. a) 10 s c) 5 s e) 2 s
d) nove vezes maior. b) 8 s d) 4 s
e) doze vezes maior. 9. (Olimpíada Brasileira de Física) Dois estudantes
2. (PUCCamp-SP) Um móvel é abandonado em queda decidiram medir a velocidade das águas de um rio
livre percorrendo, a partir do repouso, uma distân- usando apenas uma trena e conhecendo o valor da
aceleração gravitacional. Após algumas tentativas
cia durante o primeiro segundo de movimento. Du-
perceberam que, abandonando simultaneamente
rante o terceiro segundo de movimento, esse móvel
uma pedra do alto da ponte e um barquinho de papel
percorre uma distância:
nas águas do rio, a pedra atingia o barquinho quando
a) !3 d c) 5d e) 9d ele era colocado na água a 3 m do ponto de impacto e
a pedra caía em queda livre por 5 m. De posse desses
b) 3d d) 7d resultados, eles chegaram à conclusão correta de que
3. (UFRJ) Uma pedra é lançada do solo verticalmente a velocidade média da correnteza do rio tinha um va-
para cima e 4,0 s após retorna ao ponto de lança- lor, ewm m/s, próximo de:
mento. Considere a resistência do ar desprezível e
g ! 10 m/s2. Calcule a altura máxima atingida pela
pedra.
Studio Caparroz
4. (UFBA) Um corpo é lançado verticalmente para cima
com velocidade vi. Ao atingir sua altitude máxima
igual a 100 m, um segundo corpo é lançado do mesmo 5m
local e com velocidade incial igual à do primeiro. De-
termine a altura em que os corpos se encontram. Consi-
dere g ! 10 m/s2 e despreze a resistência do ar.
Lançamento de
1. Movimento em duas
dimensões sob ação da
projéteis gravidade
2. Lançamento horizontal
3. Lançamento oblíquo
O estudo dos
movimentos
de uma bola
abandonada em
queda livre (azul)
vx ou vh
e outra lançada
horizontalmente
(amarela) pode
ser feito por meio
vh de uma foto
estroboscópica, que
vy ou vv
v registra a posição
vv
de cada uma delas
em intervalos de
tempo iguais.
Vladimir Nenezic/Shutterstock.comr
cotidiano. Observe a foto ao lado. Cada pedaço de minério
pode ser considerado uma partícula lançada horizontalmente
!
de determinada altura, com velocidade inicial v i. Nesse caso, o
movimento de cada pedaço de minério pode ser descrito como
a soma de dois movimentos distintos e simultâneos: um na di-
reção horizontal e outro na vertical.
O fato de considerarmos o lançamento feito nas proximi-
dades da Terra garante que a aceleração da gravidade se man-
tenha constante na direção vertical do movimento. Na direção
horizontal, desprezamos os efeitos da resistência do ar para
garantir que o movimento nessa direção não tenha acelera-
ção, isto é, seja uniforme.
Para fazermos a representação do lançamento horizontal des-
se minério, por meio de equações, utilizaremos como sistema de
referência um plano com um par de eixos cartesianos ortogonais.
!
A velocidade v pode ser determinada, a cada instante, pela
!
soma vetorial da componente horizontal vx com a componente
! ! ! !
Máquina transportando minério. vertical vy. No instante inicial, temos vi ! vx e viy ! 0 para a com-
ponente vertical.
O movimento, segundo a componente horizontal, terá
y
Editoria de arte
← ←
a velocidade constante, caracterizando o movimento unifor-
vi ! vx me. Portanto, observando que xi ! 0, temos:
yi ←
vx
←
vy ←
v1 ←
1 vx
y x ! xi " vxt x ! vxt
←
vy ←
2 v2
←
vx O movimento, segundo a componente vertical, terá a pre-
sença da aceleração da gravidade g, caracterizando o movi-
←
vy ← mento uniformemente variado. Note que a descrição desse
3 v3
movimento é análoga àquela feita no movimento em queda
livre. Portanto, observando que ay ! #g (quando o eixo y está
orientado de baixo para cima), temos:
0 xi ! 0 x x
vy ! viy # gt vy ! #gt
g 2 g 2
y ! yi " viyt # t y ! yi # t
2 2
Exercícios resolvidos
1 Um avião joga um pacote de primeiros socorros para alguns náufragos em uma ilha. No instante do lançamento, o
avião tem velocidade de 40 m/s e está a 80 m de altura em relação ao solo, numa trajetória retilínea e horizontal.
Diante dessa situação, determine:
a) o tempo decorrido para o pacote atingir o solo.
b) a distância percorrida pelo pacote, medida horizontalmente, entre os instantes de lançamento e de impacto no solo.
c) a velocidade com que o pacote chega ao solo.
yi
x ! 40t x ! 40 " 4 x ! 160 m
←
vx A distância horizontal percorrida pelo pacote foi 160 m.
c) A velocidade do pacote, a cada instante, pode
ser determinada pela soma vetorial das suas com-
! !
ponentes horizontal, vx, e vertical, vy.
80 m Portanto, no instante em que ela chega ao solo,
temos:
vx ! 40 m/s
RESOLUÇÃO
a) Considerando que as moedas são idênticas, que A B vi
não há interferência do ar e que o movimento ocor-
re nas proximidades da Terra, o tempo decorrido, tB,
entre o instante de lançamento e a chegada ao solo é
igual ao tempo tA de queda da moeda A. h
tA ! tB ! 1,2 s
b) Para o movimento da moeda B, segundo o eixo
horizontal, temos:
x
ti ! 0, xi ! 0, vx ! vi ! 3 m/s
Portanto: A moeda B chega ao solo a uma distância horizon-
x ! xi + vxt x ! 0 + 3 " 1,2 ! 3,6 tal de 3,6 m da janela.
vi
Editoria de arte
cial. Adotaremos como sistema de referência um par
de eixos cartesianos ortogonais com origem na posi-
ção inicial da gota.
←
No lançamento oblíquo, as sucessivas posições ocu- ←
vy v
←
padas pela gota determinam uma trajetória parabólica. MUV vx
!
Como a velocidade inicial de lançamento vi forma
←
vx ← ←
vy v
um ângulo de inclinação " em relação ao eixo hori-
!
zontal, podemos decompor o vetor vi em suas com-
ponentes na direção x e y: x
MU
←
← vi v iy
viy sen " #
vi viy # vi & sen "
v
cos " # ix vix # vi & cos " 3006
! vi C08
←
vix
ay g
y # yi $ viyt $ t2 y # yi $ vi (sen ") t % t2
2 2
Editoria de arte
! y
a) Componente horizontal de vi:
←
vy ! 0 vix
3 ymáx
vix ! vi cos 30° ! 20 " vix ! 17 m/s
2 altura ←
! ← vi
Componente vertical de vi: máxima viy
30°
1 origem ←
xmáx x
viy ! vi sen 30° ! 20 " viy ! 10 m/s vix
2
distância máxima
b) Segundo o eixo horizontal, temos MU:
a!0
vx ! vix ! 17 m/s
x ! xi # vxt x ! 17t (1)
Segundo o eixo vertical, temos MUV:
a ! $g
vy ! viy $ gt vy ! 10 $ 10t (2)
g 2 10 2
y ! yi # viyt $ t y ! 10t $ t y ! 10t $ 5t2 (3)
2 2
c) No instante em que as gotas atingem a altura máxima, vy ! 0; portanto, utilizando a equação (2) , temos:
vy ! 10 $ 10t 0 ! 10 $ 10t t!1s
Um segundo após o lançamento, as gotas atingem a altura máxima.
d) A altura máxima será atingida quando t ! 1 s; portanto, usando a equação (3), temos:
y ! 10t $ 5t2 ! 10 " 1 $ 5 " (1)2 y!5m
A altura máxima atingida pelas gotas é ymáx ! 5 m.
e) Quando as gotas chegarem ao solo, y ! 0; portanto, usando a equação (3), temos:
y ! 10t $ 5t2
5t2 $ 10t ! 0 t ! 0 (instante inicial)
t (5t $ 10) ! 0
5t $ 10 ! 0 t!2s
As gotas chegam ao solo 2 segundos após o lançamento.
Note que y ! 0 no instante inicial t ! 0, e no instante em que as gotas chegam ao solo, t ! 2 s.
f) No item c, determinamos o instante t ! 1 s para que as gotas cheguem à altura máxima, e, no item e, o instante
t ! 2 s em que elas atingem o solo.
O tempo gasto pelas gotas para atingir a altura máxima é a metade do tempo necessário para chegar ao solo após o lan-
çamento. Isso acontece quando as posições verticais inicial e final são iguais (y ! yi ).
Studio Caparroz
e uma menina divergem sobre a melhor
posição para colocar um arco e lançar
uma flecha com velocidade inicial vi , for-
mando ângulo % com a horizontal.
vi
O objetivo é fazer com que a flecha
%!?
alcance a distância máxima horizontal.
distância máxima
O menino diz que o ângulo ideal deve
ser maior que 45° e a menina, menor que
45°. Qual deles está certo?
RESOLUÇÃO
vy ! visen % # gt (1)
Mas a flecha chega ao eixo horizontal com vy ! #vi sen %.
Em valor absoluto, a velocidade com que a flecha chega ao eixo horizontal é
igual à velocidade de lançamento.
Portanto, substituindo vy na equação (1), temos:
#vi sen % ! vy ! vi sen % # gt
2v i sen %
t!
g
Conhecendo o valor de t, é possível substituí-lo na equação que fornece a
distância horizontal:
x ! vi cos % " t
x ! vi cos t%!" 2v i sen %
g
2
v v2
x ! i (2 " sen % " cos %) x ! i sen 2%
g g
Analisando essa equação, é possível deduzir que o valor máximo que x pode
alcançar ocorre para sen 2% ! 1.
O ângulo cujo seno vale 1 é 90°; portanto:
90°
2 % ! 90° %! ! 45°
2
Dessa forma, a maior distância horizontal alcançada pela flecha ocorre para
v i2
a ! 45° e a distância máxima horizontal será xmáx ! .
g
Conclusão, nem a menina nem o menino estavam certos.
←
vi 4. Um jogador de golfe dá uma tacada na bolinha impri-
mindo a ela uma velocidade de 20 m/s sob um ângulo
" ! 45°
de 30° com a horizontal. Considerando que seu obje-
solo horizontal tivo é acertar um buraco que está a 40 m de distância
Despreze a interferência do ar e considere a bola uma de seu ponto, a que distância desse buraco a bolinha
partícula lançada obliquamente em relação ao solo, tocará o solo? Despreze a resistência do ar e considere
2 2 sen 30° ! 0,50, cos 30° ! 0,87 e g ! 10 m/s².
com " ! 45°, sen 45° ! , cos 45° ! e 2! 1,4.
2 2
Nessas condições, determine: 5. Um tubo hidráulico jorra água com inclinação de 30°
em relação à horizontal. A velocidade inicial da água é
a) as componentes horizontal vix e vertical viy da velo-
10 m/s. O tubo é inclinado num outro ângulo, de modo
cidade inicial.
que a água caia no mesmo ponto que atingia quando a
b) as equações horárias das posições segundo os eixos
inclinação era 30°. Desprezando a resistência do ar e
horizontal e vertical.
considerando g ! 10 m/s2, calcule em quanto tempo
c) o tempo utilizado pela bola desde o lançamento
ocorre o lançamento sob a nova inclinação.
até atingir a altura máxima.
d) a altura máxima que a bola consegue atingir. 6. Durante um teste de qualidade, o funcionário de
e) o tempo necessário para a bola chegar ao solo, uma fábrica de brinquedos montou uma rampa para
após o lançamento. que um carrinho de controle remoto pudesse saltar,
como mostra a figura. Iniciou o teste e a velocidade
f) a relação entre os valores obtidos nos itens c e e.
do carrinho ao deixar a rampa foi de 54 km/h. Qual
g) a distância entre o ponto de lançamento e o ponto
a altura máxima atingida pelo carrinho, em relação
onde a bola atinge o solo.
ao solo?
h) a velocidade da bola ao chegar ao solo.
2. Um canhão lança uma bala obliquamente como indi-
54
ca a figura. km
/h
Tarumã
Paulo Cesar Pereira
y
bala de canhão vx ! 2 m/s
3m
A B
4m x a
solo 4m
Lançando coisas
MATERIAIS
PASSO A PASSO
Studio Caparroz
• Una dois cabos de vassoura com a fita adesiva, de tal forma que eles
formem um canalete para a bolinha poder rolar.
• Apoie o canalete sobre a mesa, de forma que fique na horizontal e
paralelo ao chão.
• Espalhe um pouco de farinha no chão, para identificar o local onde a
bola, que será lançada do canalete, vai cair.
• Coloque a bola sobre determinado ponto do canalete e dê um impul-
so na bolinha de maneira que ela percorra o canalete e caia sobre o local onde a farinha está espalhada.
• No chão, meça a distância x entre a mesa e o ponto em que a bolinha toca o solo. Meça também a altura h da mesa.
• Com o auxílio de um cronômetro, meça também o tempo de queda.
RESPONDA
1
1. Calcule o tempo que a bolinha demorou para tocar o chão. Lembre-se de que h ! gt² e considere g ! 9,8 m/s².
2
2. Compare o tempo de queda obtido no item anterior com o valor obtido com o cronômetro. Eles são iguais? Justifique.
3. Determine a velocidade (componente horizontal) com a qual a bolinha abandona a beira da mesa. Lembre-se de
que x ! vxt.
Repita esse procedimento dando um impulso mais forte na bolinha colocada sobre o canalete no mesmo ponto que
no lançamento anterior.
Meça o novo alcance da bolinha e o tempo de queda.
4. Determine a velocidade (componente horizontal) com a qual a bolinha abandona a beira da mesa neste caso.
5. Em qual situação a bolinha atingiu o chão na posição mais distante da mesa? Compare os alcances e justifique.
6. O tempo de queda foi maior em qual situação? Esse resultado era esperado?
y
1. (UFSM-RS) Três bo- A plantadeira anda com uma velocidade constante vp
1. DESLOCAMENTO ANGULAR
Se a forma da trajetória de um corpo é uma circunferência, ou parte de uma, di-
zemos que esse corpo descreve um movimento circular. Observe na fotografia abaixo
uma roda-gigante que exemplifica o movimento circular.
Podemos representar as cabines
Dmitro2009/Shutterstock.com
da roda-gigante e o movimento cir- B
cular no esquema ao lado. Nele uma t
R
das cabines se desloca entre os pon-
tos A e B da trajetória circular de
O "# "s
raio R.
No instante ti a cabine está na po- R
sição A e, no instante t, ela está em B. ti
O deslocamento realizado pela cabine A
no intervalo de tempo t ! t – ti pode
ser descrito de duas formas: por meio do comprimento s (deslocamento es-
calar) ou, então, do ângulo central (deslocamento angular). No caso do
deslocamento escalar, é sempre útil lembrarmos do comprimento da circun-
ferência. Assim, a cada volta, a cabine percorre uma distância proporcional
ao raio de sua trajetória, dada por s ! C ! 2πR.
As unidades de medida de ângulo mais frequentes são o grau e o radiano.
Ilustrações: Editoria de arte
Grau Radiano
Editoria de arte
!"
r
O B A
a) os deslocamentos angulares dos pontos A e B, em radianos, quando eles girarem um ângulo # 60°.
b) as distâncias percorridas pelos pontos A e B, em metros, quando eles girarem um ângulo # 60°, sabendo que
OA # 3 m e OB # 2 m.
RESOLUÇÃO
a) Vamos considerar o movimento no sentido anti-horário e # 60°. Todos os pontos pertencentes ao segmento de
reta OA, exceto o ponto O, têm o mesmo deslocamento angular # 60°, ou ainda:
2π rad ——— 360° 2π ! 60 π
x# x# rad
360 3
Editoria de arte
x rad ——— 60°
RESOLUÇÃO
1 2π rad π
a) O intervalo de tempo de 15 min equivale, para esse ponteiro, a de volta. Logo, !" # # rad
4 4 2
b) O deslocamento escalar do ponto A é:
π
sA # RA # 0,15 $ ! 0,23 m
2
Studio Caparroz
tos angulares, em às seis horas da manhã. Nesse intervalo de tempo,
radianos, de cada os deslocamentos angulares dos três ponteiros fo-
um dos cor redores. ram a, b e c, respectivamente, horas, minutos e se-
O Δϕ Δs1 gundos. Determine os valores desses deslocamen-
tos, em:
b) as distâncias per- Δs2
1 a) voltas.
corridas pelos cor-
redores. b) radianos.
2
c) graus.
2. VELOCIDADE ANGULAR
Velocidade angular média e velocidade
angular instantânea C’
Vamos imaginar três cabines dispostas sobre o mesmo segmento
vC
de reta OC nos pontos A, B e C. B’
A roda, ao girar, fará a cabine que está sobre o ponto A descrever vB
A’
um arco de circunferência AA’ menor que o arco BB’ descrito pelo
Editoria de arte
vA
ponto B, que, por sua vez, será menor que o arco CC’ descrito pela
cabine colocada sobre o ponto C.
Quando o segmento OC da roda sofre um deslocamento angular B C
O A
, os pontos A, B e C descrevem respectivamente os arcos AA’ , BB’
e CC’ no mesmo intervalo de tempo t. O módulo da velocidade do
ponto A é menor que o módulo da velocidade do ponto B, que, por
sua vez, é menor que o módulo da velocidade do ponto C:
vA " vB " vC
Entretanto, nesse mesmo intervalo de tempo, os pontos A, B e C sofrem o
mesmo deslocamento angular. Por conta disso, a velocidade angular média
m
, definida pela razão entre o deslocamento angular e o intervalo de tempo
t, é a mesma para os pontos A, B e C:
∆ϕ
ωm !
∆t
Note que todos os pontos do segmento de reta OC , exceto o ponto O,
apresentam a mesma velocidade angular média.
Capítulo 9 Movimento circular 105
É o que ocorre, por exemplo, com os ponteiros de um relógio: qualquer um deles apresenta a mesma veloci-
dade angular média, exceto a extremidade ligada ao eixo de rotação.
Se o ângulo é medido em radianos e o tempo t em segundos, a unidade de medida da velocidade angular
é o radiano por segundo (rad/s).
Quando definimos velocidade escalar instantânea, usamos o conceito matemático de limite. Analogamente,
para definir velocidade angular instantânea, usaremos o mesmo recurso: num intervalo de tempo que tende a um
valor infinitamente pequeno, a velocidade angular média m tende à velocidade angular instantânea .
! lim m
Δt → 0
Exercícios resolvidos
1 Os atletas A e B correm numa pista descrevendo trajetórias circulares e concêntricas de tal forma que o raio da
trajetória descrita pelo atleta A é RA e o do atleta B é RB ! 3RA. Sabendo que vA ! vB e suas velocidades angu-
lares são, respectivamente, A e B, determine a relação entre A e B.
Maxisport/Shutterstock.com
RESOLUÇÃO
Editoria de arte
vA ! A
RA
vB ! R
B B
←
O !" vA
vA ! vB ! v
RA
RA ! RB ←
vB
A B RA
R !
A A B
" 3RA RA
2a prova de Atletismo
ωA Europeu — Barcelona,
!3 Espanha.
ωB
2 Um ciclista descreve uma trajetória circular em uma ciclovia cujo raio de curvatura mede 600 m. Quanto tempo
é necessário para que esse ciclista percorra um arco de circunferência de ângulo central 30°? Sabe-se que durante
todo o percurso a velocidade foi constante e igual a 10 m/s.
RESOLUÇÃO
Δϕ Δϕ
Temos: v ! "Re ! v! "R
Δt Δt
π
10 ! 6 " 600 t ! 31 s
Δt
roibu/Shutterstock.com
pontos X e Y assinalados na figura a seguir.
rotação
X 4 cm
vx
Y 4 cm
vy
Aceleração centrípeta
Um corpo em movimento circular uniforme tem sua velocidade vetorial va-
riando em direção e sentido, logo existe uma aceleração agindo sobre ele.
Essa aceleração é denominada aceleração centrípeta (acp); ela muda a dire-
→
v ção e o sentido do vetor velocidade, mas não o módulo.
A aceleração centrípeta é sempre dirigida para o centro da circunferência
descrita pelo móvel, e seu módulo é dado por:
→ → →
acp acp v
Tarumã
v2
acp $ ou acp $ 2
%R
R
→
acp Função horária
→
v Considere o movimento uniforme de uma partícula, entre as posições A e B,
sobre uma trajetória circular. No instante ti, a partícula se encontra na posição A
e tem posição angular inicial, em relação ao eixo x de referência, definida pelo
ângulo i. No instante t, o móvel se encontra no ponto B e sua posição angular,
em relação ao eixo x, é .
Observando que a velocidade angular instantânea é constante e igual à velo-
cidade angular média, teremos:
sentido do Δϕ " & "i
$ $ $
Editoria de arte
movimento m
Δt t & ti
B
ti
t A
!" & i
$ (t & ti)
"
Se ti $ 0, então:
"i
x
$ i
' t (equação horária angular do MCU)
Paulo Nilson
de 60 s. A repetição em intervalos de tempo iguais define o movimento A
circular uniforme como periódico. v
R
Se adotarmos um referencial fixo O no centro da circunferência, o
ponto A descreverá uma volta completa, a cada 60 s, chamada ciclo. O x
Num movimento periódico é importante destacar duas grandezas: o
período e a frequência.
• Período T é o intervalo de tempo gasto para que o ponto
material descreva um ciclo. A unidade do período, no SI, é o Em relação ao referencial fixo adotado,
segundo (s). o ponto A completa, em 60 s, um ciclo,
aqui representado por uma circunferên-
• Frequência f é o número de ciclos realizados na unidade de cia de comprimento 2πR.
tempo. A unidade de fre quência no SI é ciclos por segundo
(ciclos/s) ou hertz (Hz), que homenageia o físico alemão
Heinrich Rudolf Hertz (1857-1894). Também é usual a
unidade rpm (rotações por minuto).
Para estabelecer a relação entre Hz e rpm, faremos:
1 ciclo 1 ciclo 1
1 rpm ! ! ! Hz
min min 60
1 ciclo — T 1
T!
f ciclos — 1 f
"# 2π
! ! ou ! 2πf
"t T
"s 2πR
v! v! ou v ! 2πRf
"t T
RESOLUÇÃO
Δϕ
a) Para determinar a frequência, temos uma regra de c) Sabendo que " ! e considerando t ! T e
Δt
três simples: ! 2π, temos:
1 Hz ——— 60 rpm 2π
! ! 2πf ! 2π # 30 ! 60π rad/s
T
x Hz ——— 1 800 rpm
Δs
d) Sabendo que v ! e considerando t ! T e
1 800 Δt
x! ! 30
60 s ! 2πR, temos:
Portanto, f ! 30 Hz 2πR
v! ou v ! 2πRf
1 1 T
b) Se T ! , então T ! s
f 30 Logo, v ! 2π # 0,10 # 30 v ! 6π m/s
2 Considerando que os ponteiros de um relógio descrevem um movimento de rotação uniforme, determine o período
e a frequência para o ponteiro:
a) dos minutos b) das horas
RESOLUÇÃO
a) O ponteiro dos minutos demora 60 min ou 1 h para b) O ponteiro das horas demora 12 horas, ou 12 # 60
completar uma volta (ciclo). min ! 720 min, para completar uma volta (ciclo).
3 Um carro, com velocidade constante, trafega em uma pista circular de raio 3 m. Sabe-se que ele completa uma volta
a cada 2 segundos e que o início da contagem dos tempos acontece na origem dos arcos. Determine:
a) a frequência e o período desse movimento; d) o módulo da aceleração centrípeta;
b) a velocidade angular do movimento; e) as funções horárias do movimento sob as formas li-
c) a velocidade escalar linear; near e angular.
RESOLUÇÃO
1. Durante uma visita à cidade sagrada islâmica de Meca, d) A mesma velocidade angular e frequência, porém
um físico ficou admirado com o tamanho do relógio, aquela que está próxima à linha do equador tem a
considerado o maior do mundo, e começou a fazer maior velocidade tangencial.
algumas observações. Comparou a enorme diferença Dessas afirmações somente uma pode ser publicada
entre o comprimento dos ponteiros daquele relógio e como verdadeira. Qual é?
o dos ponteiros do relógio que trazia no pulso. Com-
4. Durante o treinamento, duas atletas correm na mesma
parou também as velo-
2. Uma moto percorre em MU uma pista circular, com- a) Depois de quanto tempo, a contar da partida do
pletando 30 voltas em 1h30. Determine: móvel Q, os dois se encontram?
b) Depois de quanto tempo, a contar do primeiro en-
a) o tempo utilizado pela moto para completar uma
contro, os dois móveis voltarão a se encontrar?
volta.
b) a frequência do movimento em hertz. 6. A polia de um motor descreve movimento de rotação
uniforme, com frequência de 3 600 rpm. A distância en-
3. Três jovens jornalistas redigiram suas matérias e as
tre um ponto P, marcado na periferia da polia, e o cen-
enviaram à central de informações do jornal onde
tro dessa polia é 0,15 m. Nessas condições, determine:
trabalham. A primeira jornalista está na Noruega,
próximo à linha imaginária do Círculo Polar Ártico, a) a frequência com a qual a polia descreve o movi-
pesquisando sobre sol da meia-noite; a segunda está mento de rotação uniforme, em hertz;
no Brasil, próximo à linha imaginária do equador, b) o período em segundos;
registrando o que ocorre com a luz solar (nos equi- c) a velocidade angular em rad/s;
nócios) ao passar pela abertura do Marco Zero; a ter- d) a velocidade escalar v, desenvolvida pelo ponto P;
ceira está na cidade de Maringá (PR) sobre a linha e) o módulo da aceleração centrípeta;
imaginária do Trópico de Capricórnio. Ao receber as
f) as funções horárias linear e angular do movimento.
notícias, o redator chefe começou a pensar nos três
locais de onde as jornalistas haviam enviado os textos 7. Há diversos tipos de satélites artificiais enviados ao
e, naquele instante, concluiu que as jornalistas giram espaço. No caso das telecomunicações, são utiliza-
ao redor do eixo da Terra descrevendo movimentos dos satélites geoestacionários, que conseguem man-
circulares e uniformes e formulou quatro frases afir- ter, em relação à superfície da Terra, uma posição
mando que as três localidades apresentam: praticamente sem variações. Considere um satélite
a 36 000 km de altura e o raio da Terra 6 400 km,
a) A mesma velocidade angular e frequência, porém
aproximadamente. Nessas condições, determine:
aquela que está próxima ao Círculo Polar tem a maior
velocidade tangencial. a) o período de rotação ao redor da Terra, descrito
pelo satélite.
b) A mesma velocidade angular e frequência, porém
aquela que está próxima ao Trópico de Capricórnio b) o módulo da velocidade linear do satélite.
tem a maior velocidade tangencial. c) a velocidade angular do satélite.
c) A mesma velocidade angular, a mesma frequência d) a aceleração centrípeta.
e a mesma velocidade tangencial. e) as funções horárias linear e angular do movimento.
!B
!A
" A
" B
!
A
B
Exercícios resolvidos
1 O esquema ao lado reproduz o que ocorre numa bicicleta, na qual é pos- corrente
sível identificar duas polias acopladas por uma corrente C.
As polias A e B possuem raios RA e RB, respectivamente, de modo que
RB RA
RB # RA. Desconsidere o escorregamento entre as polias e a corrente,
que se move com velocidade escalar constante. Nessas condições, de-
termine: A
C
B
a) a velocidade escalar dos pontos A e B, pertencentes às polias;
b) a velocidade angular das polias A e B;
c) qual das polias tem maior frequência.
RESOLUÇÃO
a) Se a corrente C tem velocidade escalar constante, ela é igual à velocidade dos pontos A e B que pertencem às
polias.
Então, vA " vB " vC.
Paulo Cesar
vA
• ponto A: vA ! A
RA A
!
RA %B %A
vB
• ponto B: vB ! B
RB B
! ←
vA A
RB vC C
←
← B
vB
c) Se vA ! vB, então
A
RA ! RB e
B
! 2πf;
portanto:
2πfARA ! 2πfBRB
Logo, quanto menor o raio da polia, maior a sua frequência, ou, quanto menor o raio da polia, maior o número de
voltas pela unidade de tempo. Nesse caso, a frequência da polia A é maior que a frequência da polia B:
RA " RB fA # fB
Alex Argozino
de 30 rpm, determine:
a) o módulo da velocidade linear em um ponto da en- A X
grenagem C;
b) o sentido e a frequência de rotação da engrenagem B;
c) o sentido de rotação e o período de rotação da engre-
nagem C.
(Considere π ! 3.)
RESOLUÇÃO
RC ! 15 cm ! 0,15 m
fA ! 30 rpm ! 0,5 Hz
a) vA ! vB ! vC
A
$ RA ! B
$ RB ! C
$ RC
2π $ fA $ RA ! 2π $ fB $ RB ! 2π $ fC $ RC
Então: fA $ RA ! fC $ RC
1
0,5 $ 0,1 ! fC $ 0,15 fC ! Hz
3
vC ! C
$ RC
1 1
vC ! 2π $ $ 0,15 ! 2 $ 3 $ $ 0,15 ! 3 m/s
3 3
b) fB $ RB ! fC $ RC
1
Scorpp/Shutterstock.com
1. Atualmente a importância que se dá às ciclovias é am- misturador existe uma grande cremalheira fixa, com
pla, abrangendo o conceito de mobilidade urbana e qua- formato de anel, de 120 cm de diâmetro. Acoplada a
lidade de vida. Os países mais desenvolvidos do mundo essa cremalheira há uma engrenagem, também em
reconhecem o uso da bicicleta como um meio alternati- forma de anel, com diâmetro de 8 cm. O centro dessa
vo de transporte, como agente redutor da poluição am- engrenagem está preso ao eixo de um motor. Quando
biental, como incentivador da atividade física em qual- o motor é ligado, o seu eixo gira com frequência de
quer idade e como um veículo que atende ao princípio 3 Hz, fazendo girar a engrenagem e, consequentemen-
da igualdade, ou seja, o custo de aquisição e manuten- te, o tambor do misturador. Nesse caso, quanto tempo
ção é acessível a quase todas as camadas sociais. é necessário para o tambor completar uma volta?
Nas bicicletas com marchas é possível encontrar siste-
4. Para evitar o escorre-
Grandpa/Shutterstock.com
tamanho das engrena- projeto de um motor.
gens de acordo com as Assim que entra em RA RB
PA correia ωB
ωA PB
Considere que, para misturar determinada quantidade
de concreto, um operário utiliza uma betoneira que A
tem as seguintes características: ao redor do tambor do B
Exercício resolvido
1 Um marceneiro fixou uma broca de 3,0 mm a uma furadeira cujo motor gira com frequência de 1 000 Hz. Em segui-
da, iniciou a perfuração de uma placa de madeira e após 1,5 s a frequência do motor passou a ser 250 Hz. Determi-
ne, em m/s2, o módulo da aceleração escalar média.
RESOLUÇÃO
ΔΔ 1500ππ
1500
A aceleração angular média é mm mm ! #1 " 103 π rad/s2
ΔΔtt 1,5
1,5 m
Sendo o raio 3,0 mm ! 3,0 " 10#3 m, então a aceleração escalar média será:
am ! m
R am ! #1 " 103π " 3 " 10#3 am ! #3π m/s2 am ! 3π m/s2
6. MOVIMENTO CIRCULAR
UNIFORMEMENTE VARIADO
Para o movimento circular uniformemente variado, são válidas as seguintes características:
s¬ O MCUV não é periódico e a trajetória é uma circunferência.
s¬ A velocidade vetorial é variável em módulo, direção e sentido.
s¬ A aceleração centrípeta é variável em módulo, direção e sentido.
s¬ A aceleração tangencial é variável em direção e sentido, porém é constante em módulo.
Considerando essas variáveis, podemos estabelecer a relação entre as grandezas escalares e angulares da
seguinte forma:
s
s¬ Espaço angular: ϕ
R
v
s¬ Velocidade angular: !
R
a
s¬ Aceleração angular: !
R
a ! constante ! constante
MUV MCUV
a$0 $0
v ! vi % at ! % t
i
a
s ! si % vit % t2 ! i
% t%
i
t2
2 2
v2 ! v 2i % 2a s 2
! 2
i
%2
Alex Argozino
10 cm de comprimento. No instante inicial a velocidade angu-
lar da bolinha é de 10 rad/s e, após 5 segundos, 30 rad/s. De-
termine, aproximadamente, o número de voltas que a bolinha
realiza nesses 5 segundos. Considere π ! 3,14.
RESOLUÇÃO
Quando t ! 0 s 0
! 10 rad/s
t!5s ! 30 rad/s
! 0
" t 30 ! 10 " #5 ! 4 rad/s2
Adotando ! 0: 0
a
! 0 " t " t2
2
4
! 0 " 10 # 5 " 52 ! 100 rad
2
O número de voltas em 100 rad será:
2 A hélice de um ventilador gira com movimento uniforme de 600 rpm. Em determinado instante, o fornecimento de
energia elétrica é interrompido. A partir desse instante o movimento passa a ser uniformemente retardado e, após
100 voltas completas, a hélice para. Determine:
a) velocidade angular $i no instante da interrupção;
b) o deslocamento angular após a interrupção;
c) a aceleração angular após a interrupção;
d) o tempo decorrido entre o instante da interrupção e o da parada.
RESOLUÇÃO
a) f ! 600 rotações/min
600
f! rotações/s ! 10 Hz
60
Logo, a velocidade angular no instante da interrupção é:
i
! 2πf ! 2π # 10 ! 20π rad/s
0 ! 20π % πt t ! 20π t ! 20 s
π
Gerson Gerloff/Pulsar
mente acelerado e 20 s depois atinge a frequência de
300 rpm. Nesse intervalo de 20 s, determine:
a) a aceleração angular da lâmina circular cortante.
b) o número de voltas efetuadas pela lâmina.
1. (Enem/MEC) As cidades de Quito e Cingapura en- 4. (PUC-SP) Uma correia passa sobre uma roda de 25 cm
contram-se próximas à linha do equador e em pontos de raio, como mostra a figura.
diametralmente opostos do globo terrestre. Conside-
Editoria de arte
rando o raio da Terra igual a 6 400 km, pode-se afir-
mar que um avião saindo de Quito, voando em média
800 km/h, descontando as paradas de escala, chega
a Cingapura em aproximadamente: 25 cm
a) 16 horas
b) 20 horas
c) 25 horas
Se um ponto da correia tem velocidade 5,0 m/s, a fre-
d) 32 horas quência de rotação da roda é, aproximadamente:
e) 36 horas a) 32 Hz
2. (Enem/MEC) Quando se dá uma pedalada na bicicle- b) 2 Hz
ta ilustrada a seguir (isto é, quando a coroa acionada c) 0,8 Hz
pelos pedais dá uma volta completa), qual é a distân- d) 0,2 Hz
cia aproximada percorrida pela bicicleta, sabendo
e) 3,2 Hz
que o comprimento de um círculo de raio R é igual a
2πR, onde π ! 3? 5. (Fuvest-SP) Considere as três engrenagens acopladas
como na figura a seguir. A engrenagem A tem 50 den-
tes e gira no sentido horário, indicado na figura, com
frequência de 100 rpm (rotação por minuto). A en-
grenagem B tem 100 dentes e a C tem 20 dentes.
Editoria de arte
Paulo Cesar
100 50
80 cm 10 cm 30 cm
20 A
a) 1,2 m B
C
b) 2,4 m
c) 7,2 m
d) 14,4 m
a) Qual é o sentido de rotação da engrenagem C?
e) 48,0 m
b) Quanto vale a velocidade tangencial da engrena-
3. (UERJ) Uma das atrações típicas do circo é o equili- gem A em dentes/min?
brista sobre monociclo. c) Qual é a frequência (em rpm) da engrenagem B?
O raio da roda do monociclo utilizado é igual a 20 cm,
6. (Enem/MEC) Para serrar ossos e carnes congeladas,
e o movimento do equilibrista é retilíneo.
um açougueiro utiliza uma serra de fita que possui
O equilibrista percorre, no início de sua apresentação, três polias e um motor. O equipamento pode ser mon-
uma distância de 24 m. tado de duas formas diferentes, P e Q. Por questão de
Determine o número de segurança, é necessário que a serra possua menor ve-
Paulo Cesar
correia polia 2
polia 1 polia 1 correia
Montagem P. Montagem Q.
a) Q, pois as polias 1 e 3 giram com velocidades line- 8. (Unicamp-SP) Considere um computador que arma-
ares iguais em pontos periféricos e a que tiver maior zena informações em um disco rígido que gira a uma
raio terá menor frequência. frequência de 120 Hz. Cada unidade de informação
b) Q, pois as polias 1 e 3 giram com frequências iguais ocupa um comprimento físico de 0,2 m na direção
do movimento de rotação do disco. Quantas informa-
e a que tiver maior raio terá menor velocidade linear
ções magnéticas passam, por segundo, pela cabeça
em um ponto periférico.
de leitura, se ela estiver posicionada a 3 cm do centro
c) P, pois as polias 2 e 3 giram com frequências dife- de seu eixo, como disco rígido
rentes e a que tiver maior raio terá menor velocidade mostra o esquema
linear em um ponto periférico. simplificado apre-
d) P, pois as polias 1 e 2 giram com diferentes velo- sentado ao lado?
cabeça
cidades lineares em pontos periféricos e a que tiver (Considere π ! 3.) de
3 cm leitura
menor raio terá maior frequência. a) 1,62 " 106
e) Q, pois as polias 2 e 3 giram com diferentes velo- b) 1,8 " 106
Alex Argozino
cidades lineares em pontos periféricos e a que tiver c) 64,8 " 108
maior raio terá menor frequência. d) 1,08 " 108
7. (Unesp-SP) A figura representa, de forma simplificada, 9. (Fuvest-SP) Nina e José estão sentados em cadeiras,
parte de um sistema de engrenagens que tem a fun- diametralmente opostas, de uma roda-gigante que
ção de fazer girar duas hélices, H1 e H2. Um eixo ligado gira com velocidade angular constante. Num certo
a um motor gira com velocidade angular constante e momento, Nina se encontra no ponto mais alto do
nele estão presas duas engrenagens, A e B. Esse eixo percurso e José, no mais baixo; após 15 s, antes de a
pode se movimentar horizontalmente assumindo a roda completar uma volta, suas posições estão inver-
posição 1 ou 2. Na posição 1, a engrenagem B acopla- tidas. A roda-gigante tem raio R ! 20 m e as massas
-se à engrenagem C e, na posição 2, a engrenagem A de Nina e José são, respectivamente, MN ! 60 kg e
acopla-se à engrenagem D. Com as engrenagens B e MJ ! 70 kg. Calcule:
C acopladas, a hélice H1 gira com velocidade angular
a) o módulo da velocidade linear das cadeiras da ro-
constante , e, com as engrenagens A e D acopladas, a
da-gigante;
hélice H2 gira com velocidade angular constante 2.
b) o módulo da aceleração radial de Nina e de José.
Alex Argozino
Posição 1
B 10. (Unicamp-SP) As máquinas cortadeiras e colheitadei-
ei o ligado
eeixo
eix A
ao
ao motor ras de cana-de-açúcar podem substituir dezenas de
trabalhadores rurais, o que pode alterar de forma sig-
nificativa a relação de trabalho nas lavouras de cana-
-de-açúcar. A pá cortadeira da máquina ilustrada na
H1 H2 Posição 2. figura abaixo gira em movimento circular uniforme
D Posição 2
C a uma frequência de 300 rpm. A velocidade de um
eixo ligado B A
Posição 1. ao motor ponto extremo P da pá vale:
(Considere π ! 3)
Walter Caldeira
H1 H2
D
C
(http://carros.hsw.uol.com.br. Adaptado)
• lápis e papel
• uma bicicleta
• um relógio que marque os segundos
Amsterdã é • uma fita métrica
considerada
a capital das • fita adesiva
bicicletas do
mundo.
PASSO A PASSO
Amsterdã, na Holanda, considerada cidade das
bicicletas, abriga 800 mil habitantes e 880 mil bicicle- • Desenhe uma tabela para registrar os dados obtidos.
tas. Segundo estimativas do governo local, o número • Mantenha uma bicicleta com as rodas para cima enquan-
de bicicletas é quatro vezes maior do que o número to o guidão e o selim permanecem apoiados no chão.
de carros. Em diversas partes do mundo, a busca por
alternativas que amenizem os congestionamentos no
Dotta2
trânsito urbano e a poluição ambiental têm estimu-
lado a adoção de medidas que facilitem o uso da bi-
cicleta. Nesse sentido é possível destacar algumas ci-
dades como Copenhagen, na Dinamarca; Montreal,
no Canadá; Portland, nos EUA; Barcelona, na Espa-
nha; Tóquio, no Japão; e, inclusive, cidades brasileiras
como Sorocaba, Curitiba, Santos, Aracaju e Rio de • Com um pedaço de fita adesiva, marque um ponto A
Janeiro, que têm se destacado por essas iniciativas. no aro da roda, junto ao pneu.
• Meça o comprimento do raio da roda, isto é, a dis-
A Física e o funcionamento da bicicleta tância do eixo da roda até o ponto A. Esse valor (RA)
corresponde ao raio da trajetória do ponto A.
Alex Argozino
Dinâmica golpear a bola branca, que estava em repouso, imprimindo sobre ela
uma força que resulta em movimento. O mesmo acontece quando a
bola branca se choca com as demais bolas.
Capítulo 10:
Leis de Newton
Capítulo 11: Força estática Momento linear
Outras aplicações das leis Existem forças que em determinadas situações Também chamado de
de Newton atuam sem provocar movimento. Esta bola, quantidade de movimento
ainda em repouso, está submetida à força da linear, é definido como
Capítulo 12: gravidade e, por estar apoiada sobre uma base a aceleração do objeto
Gravitação universal sólida, não se moverá até ser atingida. multiplicada por sua
massa.
Aceleração
A força aplicada sobre a
bola branca fará que ela
alcance uma determinada
aceleração.
Sol90 Images
Contato
No caso do bilhar, as forças são de
contato, já que este é necessário para
provocar a interação entre o objeto e
a força. O magnetismo e a gravidade, Equilíbrio e resultante de forças
por sua vez, podem ser definidos como As forças podem se combinar e se equilibrar
forças que agem à distância. para produzir efeitos distintos. No equilíbrio,
se igualam as forças mais intensas, ainda estas
SIR ISAAC NEWTON
possam ser perturbadas pela ação de outras.
Considerado por muitos o maior cientista de
todos os tempos, Isaac Newton nasceu na In-
glaterra em 1643 e faleceu em 1727. Fez ines-
Uma disputa de queda de braço é um bom
timáveis e numerosas contribuições a diversos
exemplo de equilíbrio de forças: ganha quem,
campos da ciência, como o enunciado da Lei
com seu braço, exercer maior força.
da Gravitação Universal e as leis que levam seu
nome, que se converteram nas bases da mecâ-
nica clássica. Outros campos nos quais Newton
Desaceleração
realizou contribuições fundamentais foram a
Se uma nova força não é aplicada, as bolas
óptica e a matemática, como o desenvolvimen-
tendem a parar o movimento, em virtude da
to do cálculo integral e diferencial.
ação da força de atrito com a superfície.
Dinamômetro
Foi inventado por Isaac Newton, é constituído por
uma mola ou fole que se estica conforme a força Forças de contato
aplicada em sua extremidade.
Os objetos se tocam para que a aplicação das forças
seja efetiva.
Newton
É a unidade utilizada para medir a força. Um
newton equivale à força que, aplicada a uma
massa de um grama, sofre uma aceleração de
um metro por segundo.
Forças à distância ou de ação
Fórmula A transmissão da força
quilograma não se dá pelo contato, como acontece,
força metro por exemplo, na atração gravitacional e no
1 kg x m magnetismo.
1N =
s2 segundo ao
quadrado
100.000
newtons
É a força capaz de girar
a turbina de um avião.
ímã
força
elemento
metálico
As forças fundamentais
Existem quatro interações fundamentais da matéria que não podem ser decompostas em forças mais simples.
Atualmente se procura explicar essas forças como expressões distintas de uma única força.
Leis de Newton
1. Dinâmica: as causas do
movimento
2. Noção de força
3. As Leis de Newton
4. Interação entre corpos
1. DINÂMICA:
AS CAUSAS DO MOVIMENTO
A Cinemática explica algumas características do movimento, como velocida-
de e aceleração. Mas podemos também questionar: Qual é a causa ou o agente
que provoca o movimento dos pássaros, por exemplo? É necessário agir sobre
esse corpo para alterar sua velocidade? E para mantê-la?
Essas perguntas tratam das relações entre as causas do movimento e seus
efeitos, objetivo desta Unidade. A Dinâmica é a parte da Mecânica que estuda
os movimentos, suas causas e seus efeitos.
Steve Byland/Shutterstock/Glow Images
NASA
Germanskydiver/Shutterstock/Glow Images
Por que os pássaros conseguem voar? Por que a Lua se movimenta ao redor Por que o paraquedista cai quando salta
da Terra? do avião?
Observar o movimento dos corpos, buscar as causas e relacioná-las com suas
consequências não é preocupação recente.
Os registros mais significativos dessas pesquisas foram deixados por Aristóte-
les (384 a.C.-322 a.C.), Galileu Galilei (1564-1642), Isaac Newton (1642-1727) e
Albert Einstein (1879-1955), como veremos mais adiante.
Em nosso estudo sobre as causas e os efeitos do movimento de um corpo, va-
mos desconsiderar suas dimensões, ou seja, considerá-lo como um ponto material.
2. NOÇÃO DE FORÇA
La Phototeque/Opção Brasil
Força resultante
Em muitas situações, é possível que o mesmo corpo esteja sujeito à ação de
várias forças. Nesse caso, representamos essas forças por apenas uma, chamada
força resultante.
Devemos entender a força resultante apenas como uma força representativa,
que age no corpo causando o mesmo efeito que o conjunto de todas as forças.
Para obtermos a força resultante R , precisamos fazer a soma vetorial das vá-
rias forças que atuam no corpo.
Exemplificando, vamos considerar o ponto material A nos dois casos a seguir:
←
F1
← ← ← ← ← ← ←
R F1 F2 R F1 F2 F3
Antonio Robson
Generalizando, dizemos que sobre o ponto material A agem n forças, F1,
F2, ... , Fn:
→ → → → F ! 40 N F ! 40 N
R F1 F2 ... F n na parede
1 kgf ! 9,8 N F ! 40 N
→ → ←
b) FA e FB têm direção FA
horizontal e mesmo ←
FB ←
sentido. FB
RESOLUÇÃO
→ → → → →
a) Considerando os sentidos de FA e FB opostos, temos: R ! FB " FA e, em intensidade, R ! FB # FA.
R!4#3!1 R ! 1 N (para a direita)
→ → → → →
b) Considerando FA e FB no mesmo sentido, temos: R ! FB " FA e, em intensidade, R ! FB " FA.
R!4"3!7 R ! 7 N (para a direita)
←
→ → → → → FA
c) Considerando o ângulo de 90° formado entre FA e FB, temos: R ! FB " FA, em inten-
sidade,
R2 ! F B2 " FA2 ! 42 " 32 ! 25 ←
R
R! 25 R ! 5N ←
FB
2 A figura abaixo representa um carro, de massa 500 kg, sendo puxado por duas pessoas.
Alex argozino
←
F1
←
F2
RESOLUÇÃO
a) R ! 20 " 30 ! 50 N b) v ! v0 " a $ t
R!m$a v ! 0 " 0,1 $ 20 v ! 2 m/s
50
50 ! 500 $ a a! a ! 0,1 m/s 2
500
3 Considerando-se duas forças de intensidade 30 N e 45 N, encontre as resultantes de intensidades máxima e mínima
dessas forças.
RESOLUÇÃO
Rmáx ! 30 " 45 ! 75 N
Rmín ! 45 # 30 ! 15 N
Editoria de arte
2. Torne as afirmações a seguir verdadeiras.
F3 P
a) Quando um jogador de futebol chuta uma bola em
direção ao gol, a bola sai de seu pé com força.
F2
b) Um garoto observa uma bola que rola sozinha em
uma quadra até parar. Diante desse fato, ele conside- Sabendo que dessa forma o barco se mantém em
ra a ausência de forças aplicadas na bola. repouso, determine (em newton) o módulo da força
c) Um corpo está em equilíbrio quando a soma das F3, aplicada pela água no barco.
forças atuantes é diferente de zero. (Este enunciado é referente aos exercícios 8 e 9).
3. O que é força resultante? Sobre a bancada de um laboratório, um corpo é sub-
metido à ação de duas forças, F1 ! 50 N e F2 ! 20 N.
4. Na Física, assim como em outras disciplinas, é A direção e o sentido dessas forças sofrem variações,
necessário organizar os estudos que buscam soluções durante um teste para que se saiba em que situações
para as nossas indagações. Por exemplo, na Mecânica ocorrem a maior ou menor intensidade da força re-
concentramos os estudos relativos à ideia de movi- →
sultante R.
mento, que, por sua vez, podem ter objetivos ligados
8. Encontre a intensidade da força resultante que age no
à Cinemática ou à Dinâmica. Descreva uma situação
corpo quando o ângulo formado entre as duas forças
que justifique a diferença entre os objetivos da Cine-
é:
mática e os da Dinâmica, ao analisar o movimento de
um ponto material. a) 60", sabendo que cos 60" = 0,5;
d) 24 N
e) 120 N 30º
←
6. Num trecho de estrada, sem calçamento, um veícu- F2
lo está atolado na lama. Para tirá-lo daí, um guin-
cho aplica no veículo, com um cabo de aço, uma
9. Qual a intensidade máxima e a mínima da força
força F ! 950 N. Com base no texto, analise as afir-
resultante?
mações a seguir:
• A informação contida nessa igualdade (F ! 950 N) 10. Um objeto está sujeito a um sistema de três forças,
F1, F2 e F3, concorrentes em um ponto. Sabendo que
está equivocada.
F1 = 5 N e F2 = 20 N, com relação à intensidade de
• A partir do instante em que o veículo começa a ser F3, expresse por meio de uma desigualdade a condi-
deslocado, a força aplicada pelo cabo de aço é a única ção para que haja equilíbrio.
força que age no veículo.
11. Duas pessoas puxam uma caixa aplicando forças de
7. Devido à correnteza das águas de um rio, um barco mesma intensidade. Se o ângulo entre as forças for de
está amarrado por duas cordas que aplicam nele as 60°, determine:
forças F1 = 40 N e F2 = 30 N. a) a intensidade da força resultante.
Na figura, estão representadas as direções e os senti- b) a força resultante quando o ângulo entre elas for
dos das forças que agem no barco: de 180°.
Situação 2
Quando duas pessoas estão andando em uma moto e
ocorre uma partida brusca, o corpo do passageiro, que está em
repouso, é jogado para trás (Figura 1).
Figura 1: partida brusca de uma moto.
Nesse caso, a moto sofre a ação de uma força e se desloca,
enquanto o corpo do passageiro tende a permanecer em re-
pouso.
Com a moto em movimento, em uma freada brusca, o cor-
po do passageiro, que também está em movimento, em rela-
ção à estrada, tende a permanecer em movimento (Figura 2).
Nesse caso, ao sofrer a ação de uma força, a moto para,
enquanto o corpo do passageiro continua o movimento para
a frente.
Nessas duas situações chegamos a uma interpretação se-
melhante àquela obtida por Galileu. Segundo ele, um corpo
em repouso tende a permanecer em repouso, e um corpo em
movimento tende a permanecer em movimento.
Alguns anos depois, o inglês Isaac Newton também
estudou esses fenômenos e elaborou os três princípios da
Figura 2: freada brusca de uma moto. Dinâmica.
em repouso ( v ! 0 )
→ →
→ → →
R!0 v é constante
em MRU ( v ! constante )
→
Exercícios resolvidos
1 Durante uma aula de Física, quatro alunos foram convidados a escrever uma frase sobre o princípio da inércia. Qual
delas é coerente com a proposta?
Aluno A: Se nenhuma força age sobre um corpo, ele obrigatoriamente está em repouso.
Aluno B: Se um corpo está em repouso, certamente não está sujeito à ação de nenhuma força.
Aluno C: Se um corpo está em movimento, ele obrigatoriamente está sujeito à ação de uma força.
Aluno D: Se um corpo apresenta movimento retilíneo uniforme, a resultante das forças que agem sobre ele é nula.
RESOLUÇÃO
Aluno A: Incorreta, pois, quando não há forças agindo sobre o corpo, ele pode estar em repouso ou em movimento
retilíneo uniforme.
Aluno B: Incorreta, pois um corpo em repouso pode sofrer a ação de forças, desde que a resultante seja nula, condição de
equilíbrio estático.
Aluno C: Incorreta, pois um corpo permanece em movimento retilíneo uniforme quando não há forças externas
agindo sobre ele ou quando a resultante dessas forças é nula.
Aluno D: Correta, pois, quando o movimento do corpo é retilíneo uniforme, necessariamente a resultante das for-
ças que agem sobre ele é nula. Essa é a condição de equilíbrio dinâmico.
2 No nosso cotidiano podemos observar o princípio da inércia em varias situações. Uma delas é quando andamos de
ônibus ou metrô. Pensando nessa situação, responda:
a) porque quando o ônibus breca os passageiros vão para frente?
b) quando o metrô entra em movimento acelerado e uma pessoa, em seu interior, inclina o corpo para trás, é porque
existe uma força puxando essa pessoa?
RESOLUÇÃO
a) Os passageiros estão em movimento com a mesma velocidade do ônibus. Quando ele breca os passageiros conti-
nuam o movimento, em linha reta, devido à inércia.
b) Não a pessoa estava em repouso e a tendência é continuar parada, quem se move é o trem.
Minerva Studio/Shutterstock.com
você nota que em poucos segundos ele para. Esse
fato contradiz a 1a lei de Newton? Justifique sua res-
posta.
2. O princípio da inércia é válido quando se aplica a um
corpo uma única força?
c) ação e reação.
8. Indique em seu caderno V (verdadeiro) ou F (falso) para
20 as afirmações, de acordo com o princípio da inércia.
I. O lápis que está em repouso sobre a mesa do profes-
sor permanecerá nesse estado enquanto a resultante
10
das forças que agem sobre ele não se alterar.
II. Quando um objeto está em repouso e permanece as-
sim, a resultante das forças que agem sobre ele é nula.
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 t(s) III. Um corpo se movimenta para o sul, em trajetória
retilínea, com velocidade constante v ! 10 m/s. Se a
resultante das forças que agem sobre ele permane-
6. As estatísticas mostram a importância do cinto de se- cer nula, ele continuará se movimentando para o
gurança automotivo, como forma de prevenir lesões sul em trajetória retilínea, com velocidade constante
mais graves em condutores e passageiros em caso v ! 10 m/s.
de acidente. O cinto de segurança de três pontos é o IV. Uma bicicleta está estacionada numa rua. Perma-
mais indicado, oferece maior proteção porque a força nece em repouso porque a resultante das forças que
do impacto é distribuída e absorvida por ele em toda agem sobre ela é nula. Portanto, a bicicleta está em
área de contato com o corpo. equilíbrio estático.
a2
a1
m1 m2
→
R →
R
Situação 1. Situação 2.
→
Quando um ponto material de massa m é submetido à ação da resultante R de
→
forças, ele adquire uma aceleração a , cuja direção e sentido são os mesmos de
→
R, e a intensidade é proporcional ao produto m ! a.
→ →
R ! ma
RESOLUÇÃO
→
a) Como R é a força resultante, o vagonete passa a Dessa forma, temos:
descrever movimento retilíneo acelerado na mesma v ! vi " at
→
direção e no mesmo sentido de R. v ! 0 " 0,5 # 20
R ! ma v ! 10 m/s, horizontal, para a direita.
50 ! 100a
c) Considerando o princípio da inércia, após 20 s o
a ! 0,5 m/s2, horizontal, para a direita. vagonete continua em movimento retilíneo e com
b) Sendo a aceleração escalar constante e não nula, velocidade constante v ! 10 m/s, horizontal, para a
o movimento é retilíneo e uniformemente variado. direita.
2 Em uma peça de 12 kg de massa inicialmente em repouso, estão sendo aplicadas duas forças constantes de intensi-
dades 10 N e 18 N, formando um ângulo de 60° entre si. Encontre:
a) a aceleração do corpo;
b) a velocidade escalar após 8 s;
c) o movimento a partir do instante 8 s.
RESOLUÇÃO
3 Um carro atravessa um cruzamento com velocidade de 54 km/h e acelera até atingir 90 km/h. Durante essa variação
de velocidade o carro pecorreu 5 km. Considerando que a massa do carro é de aproximadamente 500 kg, determine:
a) a aceleração sofrida pelo carro;
b) a força resultante aplicada pelo motor.
RESOLUÇÃO
a) v0 ! 54 km/h ! 15 m/s 252 ! 152 " 2 # a # 5 a ! 40 m/s2
v ! 90 km/h ! 25 m/s b) R ! m # a
Aplicando a equação de Torricelli, temos: R ! 500 # 40
v2 ! v20 " 2 # a # s R ! 2 000 N
1. Ao conferir a resolução de uma questão feita por um 6. Avalie as duas situações apresentadas abaixo. Consi-
colega de classe, Pedro avaliou que ela não estava dere que antes da ação das forças o skate estava em
correta. Leia o enunciado da questão e a resolução repouso e que sua trajetória é horizontal e retilínea.
apresentada pelo colega de Pedro e verifique quem Despreze os possíveis atritos.
está correto. Caso a resolução esteja errada, qual é a
resposta correta?
Questão: Determine a massa de um corpo (em kg)
que após sofrer a ação de duas forças com módulos →
F2
10 N e 12 N, com mesma direção e sentidos opostos, →
PhotoStock10/Shutterstock.com
movimento
Fraquete/bola Fbola/raquete
Grace Arruda
Quando um jogador de tênis acerta a bolinha com a raquete, existe uma força que atua na raquete e uma que atua na bolinha. Essas forças
estão representadas no esquema.
→ →
A força da raquete sobre a bolinha F raquete/bola e a força da bolinha sobre a raquete F bola/raquete têm mesma intensidade,
mesma direção e sentidos opostos.
Situação 2: Um remo é movimentado dentro
Rena Schild/Shutterstock.com
da água.
→
A força do remo sobre a água F remo/água e a força
→
da água sobre o remo F água/remo têm mesma intensi-
→
dade, mesma direção e sentidos opostos. Fremo/água
Essas situações nos ajudam a entender que as
forças de ação e reação agem simultaneamente
e aos pares, sem necessidade de identificar qual
delas é ação e qual é reação, e têm resultante não
nula porque agem em corpos distintos.
→
Fágua/remo
to
en
vim
mo
O deslocamento do barco
é resultado da interação
entre o remo e a água.
Segundo Newton, a ação das forças presentes durante a interação entre os corpos pode ser analisada pelo
princípio da ação e reação:
( )
→
Quando um corpo A imprime determinada força num corpo B FA, B , então o corpo B imprimirá no corpo A outra
( )
→
força FB, A . Essas forças agem com a mesma intensidade, na mesma direção e em sentidos opostos.
Artens/Shutterstock/
Glow Images
Dotta2
b) Um menino, ao apro- d) Um pescador aciona o motor de seu barco e conse-
Mike Kemp/Rubberball/Latinstock
ximar um ímã de um gue movimentá-lo. Por que o barco se move?
alfinete, percebe que
RESOLUÇÃO
a) Quando uma pessoa inicia uma caminhada sobre c) As partes elásticas da bexiga agem no ar empur-
uma superfície não polida, o pé age empurrando o rando-o para trás, enquanto o ar reage na bexiga em-
chão para trás. Nesse mesmo instante, o chão age no purrando-a no sentido oposto.
pé, no sentido oposto.
Alberto de Stefano
Studio Caparroz
Fbexiga/ar Far/bexiga
reação
ação
b) O ímã age sobre o alfinete por meio de uma força de d) Ao ser acionado, o motor ativa a hélice, que age
atração. Já o alfinete, ao reagir a essa ação, interage na água empurrando-a para trás, e a água reage na
com o ímã também por meio de outra força atrativa. hélice empurrando o barco no sentido oposto.
Grace Arruda
Fhélice/água
Falfinete/ímã Fímã/alfinete
Grace Arruda
Fágua/hélice
2 As quatro situações do exercício acima podem ser analisadas e compreendidas tomando-se como base teórica o
princípio da ação e reação. Nesses casos, as forças têm mesma intensidade e direção, mas sentidos opostos. Portan-
to, essas forças se equilibram, provocando uma resultante nula.
Você concorda com esse enunciado? Justifique.
RESOLUÇÃO
No enunciado ocorre um equívoco ao afirmar que as forças de ação e reação se equilibram. É possível pensar
em equilíbrio de duas forças quando elas agem num mesmo corpo. Não é o que ocorre aqui, pois as forças de ação
e reação agem em corpos distintos.
Goran Bogicevic/Shutterstock/
Glow Images
do confortavelmente e empurrou o painel de controle
para a frente.
a) O carro se movimentou? Justifique.
b) João salta do carro e começa a empurrá-lo. Ele o
empurra com as mãos, o carro empurra João de vol-
ta com uma força de mesma intensidade e assim não
adquire aceleração, permanecendo no mesmo lugar.
Verdadeiro ou falso? Justifique. Nesse instante, ele observa que não há interferência
do vento e fica com a impressão de que tanto a lancha
3. Pense e responda: O número total de forças no Uni-
quanto o esportista estão se deslocando com veloci-
verso é par ou ímpar? Justifique. dade vetorial e altura constantes.
4. Por que as forças de ação e reação não podem ser so- Se as observações do turista estiverem corretas, que
forças atuam sobre o esportista e quais as relações
madas?
entre elas?
5. Um astronauta de dimensões desprezíveis está em 8. Numa partida de bei-
O astronauta que está próximo à superfície da Terra é atraído O prego é atraído pelo ímã mesmo ele não estando em
por ela, e vice-versa, por causa da força gravitacional. contato direto. Isso ocorre por conta da força magnética.
Nos dois exemplos acima, um corpo interage com outro (atraindo-o ou repelindo-o) sem a necessidade de um
contato físico direto. Segundo o princípio da ação e reação, em ambos os corpos atua uma força de mesma nature-
za, intensidade e direção, porém de sentido contrário. Particularmente no caso do astronauta, a Terra age sobre ele
atraindo-o por meio da força peso (P ) e o astronauta atrai a Terra com uma força (!P ) de mesma intensidade, mesma
→ →
As superfícies de contato dos corpos se A interação entre a escaladora e a montanha é feita A aspereza das superfícies de contato
comprimem. Essa força é perpendicular pela força de tração sempre que a corda estiver e a interação entre pés e chão são
às superfícies e chamada de normal. esticada, além da força normal entre os pés e a rocha. responsáveis pela força de atrito.
Como ilustrado nas figuras acima, as forças de contato podem ser tanto perpendiculares à superfície (no caso
da ginasta) como oblíquas a ela (no caso do atleta jogando tênis).
Editoria de arte
Studio Caparroz
→
→ F
N
→
N
→
F →
Fat →
Fat
→
→ ! Fat →
!F !N
→
Nesse caso, a força F pode ser decomposta na componente normal (perpen-
→
dicular à superfície – força normal N) e na componente tangencial (paralela à
→
superfície – força de atrito F at), conforme as figuras acima.
→ → →
F " N # Fat , ou, em intensidade F2 " N2 # Fat2
Essas forças serão estudadas ainda nesta unidade, mas vale lembrar que a
força de atrito é uma força de contato que atua sempre na direção paralela às
superfícies.
Em um corpo extenso, é importante determinar o ponto de aplicação das for-
ças. Por enquanto, vamos considerar os corpos como ponto material, e as forças
que nele agem são representadas no seu centro de massa, que por simplificação
consideraremos como o centro geométrico.
Força peso
O dia a dia nos fornece muitos exemplos de corpos caindo ao serem aban-
donados nas proximidades da Terra. Qual de nós nunca deixou escapar da mão
um talher ou um lápis?
A queda dos corpos ocorre devido ao campo de forças existente nas proximi-
dades da Terra, chamado campo gravitacional. A força de atração que age sobre
o corpo, quando ele é abandonado no campo gravitacional da Terra, chama-se
→
força peso P e é responsável pela aceleração adquirida por ele durante a queda,
→
denominada aceleração da gravidade g.
Em outras palavras, podemos dizer que o peso de um corpo é a força gravi-
tacional com a qual a Terra o atrai. A definição de força peso também pode ser
aplicada para outros corpos celestes.
Abandonando um corpo de massa m próximo da superfície terrestre e descon-
→
siderando a resistência do ar, a única força resultante sobre ele é a força peso P.
Sendo a aceleração resultante a a aceleração da gravidade (a " g), e a força re-
→ → →
→ → →
sultante R a força peso (R " P), pelo princípio fundamental da Dinâmica, temos:
→
R " ma →
Daí, vem:
→
P ! mg
→
, ou, em intensidade, P " mg
Grace Arruda
Considerando a superfície terrestre, temos: ←
PB
• o valor de g varia com a latitude, sendo maior nos polos que no equador. ←
gB
• o valor de g varia com a altitude, sendo maior ao nível do mar. ←
→ gA
A força peso P tem a mesma direção e o mesmo sentido da aceleração
da gravidade g.
→
A ←
gC
←
→ → PA
Veja a representação da força peso do corpo A (PA), corpo B (PB) e do ← C
→ PC
corpo C (PC).
Terra
Embora não faça parte do SI, costumamos encontrar o kgf (quilograma-for-
ça) como unidade de força, principalmente da força peso. Um corpo de massa
1 kg tem peso equivalente a 1 kgf quando imerso em campo gravitacional.
Portanto:
P ! mg
P ! 1 kg $ 9,8 m/s2 Logo, 1 kgf ! 9,8 N.
P ! 9,8 N
Na maioria das vezes, admitimos g ! 10 m/s2, daí, 1 kgf ! 10 N.
Essa relação entre as unidades pode nos ajudar a compreender alguns equívo-
cos da linguagem cotidiana, como: “Meu peso é 70 kg”, quando o correto seria
dizer: “Meu peso é 70 kgf” ou “Minha massa é 70 kg”. Esse equívoco ocorre
porque, na superfície terrestre, onde g ! 9,8 m/s2, um corpo de massa 1 kg, por
exemplo, tem peso 1 kgf. Generalizando, um corpo de massa x kg tem peso x kgf.
Exercícios resolvidos
1 Numa viagem espacial, leva-se um conjunto de equipa- 2 Um corpo de massa 30 kg repousa sobre uma super-
mentos cujo peso é 900 N, medido num local da Terra fície horizontal. Num certo instante passa a agir so-
onde g ! 10 m/s2. Com base nesses dados, responda: bre o corpo uma força F de intensidade 210 N, como
a) Qual é a massa desse conjunto de equipamentos ilustra a figura. Supondo que não haja atrito entre o
aqui na Terra? corpo e a superfície, e sendo de 10 m/s2 a aceleração
b) Que valor terá a massa desse equipamento se for da gravidade local, determine:
medido na Lua? →
F
c) Qual a intensidade da força peso desse conjunto na
Lua, onde gL ! 1,6 m/s2?
Tarumã
RESOLUÇÃO
a) o peso do corpo;
Considerando o SI, temos: b) a aceleração que o corpo adquire;
a) P ! mg 900 ! m $ 10 m ! 90 kg c) a velocidade do corpo 5 s após a aplicação da força;
b) A massa de um corpo não sofrerá alteração com a d) o deslocamento nos 10 s iniciais a partir do repouso.
mudança de local. Portanto, na Lua, a massa do conjun-
to de equipamentos será a mesma, ou seja, m ! 90 kg. RESOLUÇÃO
c) Sendo gL ! 1,6 m/s2, temos: a) p ! m $ g ! 30 $ 10 ! 300 N
P ! mg ! 90 $ 1,6 P ! 144 N b) R ! m $ a 210 ! 30 $ a ! 7 m/s2
Note que, embora a massa do conjunto seja a mesma, c) v ! v0 " a $ t ! 0 " 7 $ 5 ! 35 m/s
a intensidade do peso é menor na Lua do que na a 7
d) &s ! v 0t " t 2 ! 0 " $ 102 ! 350 m
Terra. 2 2
Neoimagem
Thales Trigo
→
N
→
N
→
#N
→ →
N #N
→
#N
Ao girar a maçaneta, a mão age O pé do pássaro age sobre o chão A caixa age sobre a superfície compri-
perpendicularmente sobre ela, que comprimindo-o, e o chão reage sobre mindo-a, e a superfície reage sobre a
reage sobre a mão da pessoa. ele. caixa.
Força de tração
Os fios e os cabos têm a função de transmitir as forças que agem neles de uma
extremidade a outra. A força de tração, como é chamada a força em fios, cabos
e cordas, é um outro tipo de força de contato muito presente em nosso cotidiano.
Veja um exemplo. Para visualizarmos melhor as forças nas extremidades do
fio que prende um lustre ao teto, isolamos o fio.
Luís Moura
teto #T T fio
→
T lustre: força com que o fio traciona o lustre.
T T teto
interação interação →
entre fio entre lustre T fio: força de tração que o lustre aplica no fio.
e teto e fio
→
#T T lustre T teto: força com que o fio traciona o teto.
→
lustre T
T fio: força de tração que o teto aplica no fio.
T fio
Elevador
Studio Caparroz
Polias
Sérgio Dotta Jr/The Next
P
T! C
2n v constante
m
P
Exercícios resolvidos
1 Analise estas três situações distintas:
a) A maleta está apoiada sobre a b) Na maleta é aplicada uma c) Na maleta é aplicada uma
→ →
superfície da escrivaninha. força F vertical para comprimi- força F vertical para cima.
-la contra a escrivaninha.
→
→
F F
Represente, para cada item, as forças que agem na maleta e na superfície da escrivaninha.
RESOLUÇÃO
Vamos considerar a superfície da escrivaninha como horizontal e lisa. Lembre-se de que as forças de ação e
reação agem em corpos distintos.
a) Na maleta:
→
→
N • a força peso P aplicada pela Terra na maleta.
→
• a força normal N aplicada pela superfície da escrivaninha na maleta.
Na superfície da escrivaninha:
→
→
P • a força normal à superfície de contato (#N ), que representa a compressão sofrida
pela superfície da escrivaninha.
N!P
N"P#F
→
F c) Na maleta:
→
N →
• a força peso P aplicada pela Terra na maleta.
→
• a força F vertical para afastar a maleta da superfície.
→ →
P • a força normal N aplicada pela superfície da escrivaninha na maleta.
Na superfície da escrivaninha:
→
!N
→
• a força normal à superfície de contato (!N ), que representa a compressão sofrida pela
superfície da escrivaninha.
→
A intensidade da força de reação N , exercida pela superfície de apoio sobre a maleta, é
→
menor do que a intensidade da força peso P .
N"F!P
Ng
Nc
RESOLUÇÃO Cômoda:
→
• a força peso Pc exercida pela
a) Guarda-roupa: Terra.
→
• a força peso Pg exercida →
• a força normal N c exercida
pela Terra. f F
pela superfície H. !f
→
• a força normal N g exerci- →
• a força F aplicada pela pessoa.
da pela superfície H. →
→
• a força !f aplicada pelo
• a força f aplicada pela guarda-roupa. Pc
cômoda. Pg
→
Note que a cômoda aplica ao guarda-roupa uma força f , horizontal, para a direita e de intensidade f. Conside-
→
rando o princípio da ação e reação, o guarda-roupa aplica à cômoda uma força !f , horizontal, para a esquerda e
de intensidade f.
Cômoda: Nc ! Pc
Nc ! mcg ! 4 $ 10 Nc ! 40 N
Guarda-roupa: Ng ! Pg
Ng ! mgg ! 6 $ 10 Ng ! 60 N
Aplicando o princípio fundamental da Dinâmica a cada móvel e considerando que o movimento é retilíneo e
acelerado, teremos a seguinte intensidade da força resultante tangencial:
Cômoda: Rc ! mca
F # f ! mca (1)
Guarda-roupa: Rg ! mga
f ! mga (2)
Para obter a intensidade da aceleração adquirida pelos móveis, vamos resolver o sistema formado pelas equações:
F # f ! mca (1)
f ! mga (2)
–––––––––––––––
(1) " (2) F ! (mc" mg)a
c) Para determinar a intensidade da força de interação entre os móveis, podemos substituir a ! 4 m/s2 numa das
equações,(1) ou (2).
Studio Caparroz
Em (2), temos: f ! mga
f!6$4
F
f ! 24 N
Nessas condições:
mB
a) represente as forças que agem em cada corpo.
b) determine a intensidade da aceleração adquirida pelos corpos.
c) determine a intensidade da força de tração transmitida pelo fio.
a) Sem considerar os atritos, é possível representar as forças que agem em cada corpo nos esquemas a seguir.
Corpo A: Corpo B:
Como os corpos estão interligados por um fio ideal que passa por uma polia também ideal, podemos dizer que a
intensidade da força exercida pelo fio no corpo B (TB) é igual à intensidade da força exercida pelo fio no corpo A (TA).
Daí, podemos escrever: TB ! TA
b) Os corpos descrevem movimentos retilíneos, a direção da velocidade de cada corpo é constante e a direção da
aceleração é a mesma dos movimentos para cada corpo.
Corpo B:
Na direção do movimento (vertical). Fazendo TB ! TA ! T, temos:
PB " TB ! mBa PB " T ! mBa (1)
Corpo A:
Na direção perpendicular ao movimento. Na direção do movimento (horizontal).
NA ! PA TA ! mAa T ! mAa (2)
Sendo o fio ideal, as acelerações dos corpos têm a mesma intensidade, e para determiná-la resolvemos o sistema:
PB " T ! mBa (1)
T ! mAa (2)
–––––––––––––––––
(1) #(2) PB ! (mA# mB)a
20
a! a ! 4 m/s2
5
c) Substituindo o valor de a = 4 m/s2 na equação (1) ou (2), obtemos a intensidade da força de tração transmitida
pelo fio.
Em (1), temos: 20 " T ! 2 $ 4 T ! 12 N. Em (2), temos: T ! 3 $ 4 T ! 12 N.
Considerando os atritos desprezíveis, podemos concluir que o corpo A terá movimento acelerado para a direita,
mesmo que a massa do corpo B seja muito pequena.
4 O elevador de um prédio possui massa de 5 000 kg e está descendo vazio com aceleração constante. Sabendo-se
que ele parte do repouso e percorre 40 m em 10 segundos, calcule a tração no cabo que puxa o elevador.
Dado: g ! 10 m/s2.
RESOLUÇÃO
← Do esquema ao lado, temos que a aceleração do elevador é:
T 1 2
Tarumã
s ! v0t # at
2
v0 5 0
1
40 ! 0 $ 10 # $ a $ 102
2
←
a ! 0,8 m/s2
P Ds 5 40 m
←
T Em relação ao cabo que puxa o elevador, temos que:
F ! ma
t 5 10 s
P " T ! ma
M
H
←
P 4. A figura abaixo ilustra três corpos A, B e C unidos por
fios inextensíveis. As massas são, respectivamente,
Com base nesses dados, identifique como verdadei- iguais a 5 kg, 10 kg e 15 kg, e a intensidade da força
ras ou falsas as afirmações a seguir. que atua sobre o corpo A é F ! 120 N.
a) P e F podem ser consideradas como um par de for- ←
ças de ação-reação. C B F
A
b) Somente se a superfície H for perfeitamente lisa
será possível considerar P e F como um par de forças Supondo desprezíveis as massas dos fios e os atritos,
de ação-reação. determine:
c) P e F não podem ser consideradas um par de forças a) a aceleração do sistema.
de ação-reação. Nesse caso específico, as forças que
b) as intensidades das forças de tração T1 e T2 nos fios
agem na peça M são: a força peso, exercida pela Ter-
que unem, respectivamente, AB e BC.
ra, e a normal, exercida pela superfície.
5. Em uma embalagem de cabos e fios, o fabricante re-
d) Se a peça está em repouso, as forças P e F se anulam.
gistra que eles suportam cargas com massa de até
2. Uma cópia miniaturizada da Vênus de Milo, de 700 g 100 kg, no máximo. Para valores superiores há risco
de massa, foi exposta numa mostra de miniaturas de de ruptura. Diante disso:
obras de arte. Essa miniatura estava em equilíbrio
apoiada sobre uma mesa. a) represente as forças que agem num corpo em re-
pouso, suspenso por esse fio na Terra.
Considerando que nesse local a aceleração da gravida-
de é 10 m/s2, quais afirmações a seguir estão corretas? b) calcule a força máxima suportada por esse fio na
I. A mesa exerce, na estátua, uma força de 7 N, para Terra. (Considere: gTerra ! 10 m/s2.)
cima. c) calcule a força máxima suportada por esse fio na
II. A força exercida, pa- Lua. (Considere: gLua ! 1,5 m/s2.)
Museu do Louvre; Paris. Foto: Corel Stock Photo
-ra cima, pela mesa na d) calcule a maior massa suportada por esse fio na
estátua é a de reação Lua.
do peso da estátua.
6. Cláudio resolveu testar, no elevador do prédio em
III. A Terra exerce so-
que mora, as leis físicas que aprendeu na aula. Para
bre a estátua uma força
isso pegou uma balança digital, em sua casa, e co-
de 7 N, para baixo.
locou-a no piso do elevador. Considere a massa de
Cláudio 60 kg, a aceleração da gravidade no local
10 m/s2 e que ele começou o experimento no térreo.
Ao subir na balança, quais valores Cláudio observou
Vênus de Milo (deusa do amor e da beleza) nos seguintes casos:
é uma estátua da Grécia Antiga
pertencente ao acervo do Museu do Louvre, a) o elevador parado;
situado em Paris, França.
b) o elevador subindo em movimento uniforme;
3. Sobre uma superfície horizontal, plana e lisa fo- c) o elevador descendo em movimento retardado, cujo
ram colocados os blocos (1) e (2), cujas massas são módulo da aceleração é 2,0 m/s2;
m1 = 2,0 kg e m2 = 3,0 kg, respectivamente. Se o blo- d) o elevador descendo em movimento acelerado, com
co (1) receber a ação de uma força F = 5 N, conforme aceleração de 2 m/s2.
PB m3
m1
m2
8. Uma construtora utiliza-se de um sistema de rolda- Qual é a intensidade da força de tração na corda en-
nas como mostra a figura, na qual R1 representa uma tre os corpos m1 e m2?
roldana móvel, R2 uma roldana fixa, com o sistema
12. Um elevador possui uma bola maciça pendurada ao
em repouso. Considerando as massas das cordas e
teto por meio de uma mola. Estando o elevador em
das roldanas, bem como os atritos desprezíveis, esta-
movimento, num determinado instante, percebe-se
beleça uma relação entre as massas m1 e m2.
que a mola alongou-se. No instante do alongamento,
podemos considerar que o elevador estaria:
R2 a) apenas em movimento acelerado.
b) em movimento elástico.
R1 c) descendo em movimento retardado.
d) subindo em movimento uniforme.
m2
e) descendo em movimento acelerado.
13. Na figura estão representadas duas montagens de as-
m1
sociação de polias. Nos dois casos, as polias e os fios
são considerados ideais, e o peso dos dinamômetros
9. No esquema a seguir, a polia, o dinamômetro e o fio e dos suportes é desprezado. Considere que o mesmo
que interliga os corpos A e B são considerados ideais. corpo de massa m é equilibrado, experimentalmente,
Sabendo que A e B têm pesos PA ! 40 N e PB ! 40 N, pelos dois sistemas.
Alberto de Stefano
D1 D2
m
m
A B Agora, responda:
a) A intensidade da força F1 medida pelo dinamôme-
a) represente as forças que agem nos corpos A e B e no tro (1) será maior ou menor do que F2 medida pelo
dinamômetro. dinamômetro (2)?
b) Determine a indicação obtida no dinamômetro. b) Qual a relação entre F1 e F2?
←
F1
m e)
←
F2 1N
1N
Determine:
a) o módulo da força resultante que atua sobre o 5. (UFRJ) Um método de medir a resistência oferecida
objeto. por um fluido é mostrado na figura a seguir.
b) o módulo da aceleração que a força resultante im- Uma bolinha de massa m desce verticalmente ao lon-
prime ao objeto. go de um tubo de vidro graduado totalmente preen-
3. (Vunesp-SP) Dez segundos após a partida, um veículo chido com glicerina. Com a ajuda das graduações do
alcança a velocidade de 18 km/h. tubo percebe-se que, a partir de determinado instan-
te, a bolinha percorre distâncias iguais em intervalos
a) Calcule, em m/s2, sua aceleração média nesse in- de tempo iguais. Nessas condições, sendo g a acelera-
tervalo de tempo. ção da gravidade:
b) Calcule o valor médio da força resultante que im-
Editoria de arte
6. (Fuvest-SP) Uma força de 1 newton tem a ordem de a) Determine a aceleração de cada bloco.
grandeza de peso de: b) Determine as forças que cada fio exerce em cada
a) um homem adulto. bloco.
b) uma criança recém-nascida.
10. (UEL-PR) No arranjo representado no esquema, con-
c) um litro de leite. sidere as polias e os fios ideais. Considere também os
d) uma xicrinha de café. valores indicados no esquema.
e) uma moeda de um centavo. teto
Paulo Nilson
7. (Fuvest-SP) Um homem tenta levantar uma caixa de
5 kg, que está sobre uma mesa, aplicando uma for-
ça vertical de 10 N. fio 1
Nessa situação o valor da força que a mesa aplica na
caixa é: (Adote: g ! 10 m/s2.)
y my ! 2,0 kg
Alberto de Stefano
mx ! 5,0 kg x
fio 2
g ! 10 m/s2
solo
teto fio 1
Editoria de arte
2,0 kg A fio 2
←
g
solo B 6,0 kg
m m m
massas dos fios e roldanas. As massas dos blocos A, B e Podemos afirmar que a aceleração do corpo B será:
C são, respectivamente: 10,0 kg, 4,0 kg e 2,0 kg. a) zero
g
B b) para baixo
3
g
c) para cima
A
C 3
2g
d) para baixo
3
A aceleração da gravidade pode ser considerada 2g
e) para cima
10 m/s2. 3
NASA
conhecemos tenham condições adequadas para viver e se de-
senvolver é um ramo de pesquisa e também tema explorado em
filmes de ficção científica. No filme Serenity, a luta pelo ama-
nhã, por causa da superpopulação e do esgotamento dos recur-
sos naturais na Terra, a civilização humana é obrigada a migrar
para um sistema estelar cujos planetas foram terraformados.
As condições para o desenvolvimento dos seres vivos em
outros planetas são diferentes das oferecidas pela Terra. Es-
tudos feitos pela Nasa, agência espacial norte-americana, vêm
demonstrando que a diminuição da gravidade, ou a sua au-
sência, altera o comportamento dos seres vivos. As plantas
em particular podem deixar de apresentar o crescimento das
raízes dirigidas para o centro do planeta, ou seja, perdem o
geotropismo, e elas passam a crescer em direções anárquicas.
Esse estudo é um importante fator para a compreensão da
Astronauta Shannon Walter no laboratório da Estação
terraformação, criação Espacial Internacional.
Bill Ingalls/NASA
ATIVIDADES
1. Quais características de outros planetas precisam ser alteradas para comportar a vida humana com quali-
dade?
2. Quais as contribuições de outras disciplinas para o desenvolvimento de uma técnica para a terraformação de ou-
tro planeta?
3. Experimentos científicos semelhantes ao realizado por Marcos Pontes ajudam a compreender a terraformação?
1. FORÇA ELÁSTICA
Outro tipo de força é a que se deve à elasticidade e à deformação dos corpos.
David Ewing/
Insadco Photography RF/Easypix
Por exemplo, quando apertamos uma bola de borracha, a força que aplicamos faz
com que ela se deforme. Quando deixamos de aplicar a força, a bola volta ao seu
formato inicial.
As molas também são exemplos de corpos com elevado coeficiente de resti-
tuição elástica. Quando comprimimos ou distendemos uma mola, ela diminui ou
aumenta de comprimento enquanto há a ação de determinada força. Se a mola
A borracha apresenta elevado não for deformada, isto é, não perder sua capacidade elástica, ela retorna ao seu
coeficiente de restituição elástica, comprimento inicial quando a força deixar de ser aplicada. Analise as situações
o que faz com que volte ao seu
formato inicial quando cessa a força a seguir, em que molas helicoidais são usadas como exemplo de corpo elástico
de compressão. e sofrem deformações proporcionais às forças que agem nas suas extremidades.
As mãos agem numa das extremidades da mola aplicando-lhe uma força de
intensidade F, e a mola, por sua vez, aplica nas mãos outra força de mesma inten-
Paulo Nilson
wavebreakmedia/Shutterstock.com
Thales Trigo
em banheiros ou em farmácias, que utilizam a
compressão de molas para medir a intensidade
das forças. O que pode nos causar estranheza
é o fato de elas nos fornecerem essas medidas
em quilogramas. A utilização dessa unidade se
justifica porque o fabricante, inicialmente, faz
medições com essa mola em newtons, depois
considera a aceleração da gravidade local e de-
termina os valores da massa correspondente, por
P
meio da expressão m ! . Assim, elabora uma
g
escala em quilogramas, com a qual obterá os va-
lores de massa.
As pessoas que não conhecem os detalhes da
construção desse tipo de balança podem confun-
dir as medidas de peso com as de massa.
Balança de molas. Dinamômetro.
Exercícios resolvidos
1 Dois baldes, A e B, possuem pesos cujas intensidades são PA ! PB ! 100 N e estão presos por um fio ideal a um dina-
mômetro também ideal, conforme a figura.
Paulo Nilson
Considerando que as polias são ideais:
a) represente as forças agentes nos baldes e no dinamômetro.
b) determine a indicação obtida no dinamômetro.
RESOLUÇÃO A B
a)
← ←
TA TB
Balde A:
→
• a força peso PA, proveniente da interação do bal-
de A com a Terra.
→
←
TA
←
TB • a força de tração TA, proveniente da interação do
balde A com o fio.
Balde B:
→
A B • a força peso P B, proveniente da interação do bal-
← ← de B com a Terra.
PA PB →
• a força de tração TB, proveniente da interação do
balde B com o fio.
b) Sabendo que os pesos dos baldes são iguais, o sistema está em equilíbrio. Dessa forma, temos:
Balde A: Balde B:
TA ! PA ! 100 N (1) TB ! PB ! 100 N (2)
RESOLUÇÃO
Utilizando um único fio f (ideal), temos que a tração nesse fio, corresponde à marcação do dinamômetro.
Aplicando a 2a lei de Newton no conjunto, vem:
F ! (mA " mB) # a
500 ! (25 " 15) # a
a ! 12,5 m/s2
Aplicando a 2a lei de Newton para o bloco A ,vem :
T ! mA ! a
T ! 25 # 1,25 T ! 312,5 N
que corresponde a marcação no dinamômetro.
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
1. A mola, representada na figura, está 3. Considere uma mola, de 6 cm de comprimento, com
Editoria de arte
presa ao teto e, durante um teste, uma de suas extremidades presa ao teto. Ao prender
sustenta um corpo de peso P e apre- um corpo de massa 1 kg na outra extremidade, a mola
senta determinado alongamento. passa a ter 10 cm. Qual será o comprimento da mola
se trocarmos o corpo de 1 kg por outro de 3 kg?
Analise a situação e responda aos
itens:
4. Um elevador possui preso em seu teto um dinamôme-
a) Qual o valor da força elástica? tro, o qual suspende um pacote de 8 kg. Determine
b) Qual o valor da força que a mola a marcação desse dinamômetro quando o elevador
aplica ao teto? está descendo e freando a uma aceleração constante
c) Quais forças são responsáveis por de 4 m/s2. Considere g ! 10 m/s2.
distender a mola?
5. Dois blocos A e B, de massas mA ! 3kg e mB ! 2kg,
2. Considere as seguintes afirmações, e julgue-as con- estão sobre uma superfície horizontal, presos entre
forme a sua veracidade. si por uma mola ideal de constante elástica 4 N/m.
Os blocos entram em movimento quando sobre A é
I. Uma mola presa a um obstáculo numa extremida-
aplicada uma força de intensidade 60 N, paralela à
de e a outra presa pela mão de uma pessoa, se man-
superfície, afastando A de B. Supondo que não haja
tém distendida quando a resultante das forças for
atrito entre a superfície e os blocos, determine a dis-
máxima.
tensão sofrida pela mola.
II. Uma bolinha de borracha possui elevado coefi-
ciente de restituição elástica, quando pressionada, e 6. Um elevador possui uma balança em seu interior e,
retorna ao seu formato inicial, após cessar a força de quando está em repouso, o peso de uma pessoa é de
compressão. 800 N. Encontre as marcações da balança quando o
III. Uma mola presa a um obstáculo numa extremi- elevador:
dade e a outra presa pela e sob a ação da mão de uma a) sobe acelerado, com aceleração de 6 m/s2;
pessoa pode se manter comprimida. b) desce acelerado com aceleração 6 m/s2.
Alessandro Canova/Keystone
Para obter a força resultante que age no corpo na direção do movi-
mento, vamos usar a reta t (na direção do movimento) e a reta n (perpen-
dicular ao movimento). Dessa forma, podemos decompor a força peso
nas seguintes componentes:
→
P t: na direção da reta t e paralela ao plano inclinado;
→
P n: na direção da reta n e perpendicular ao plano inclinado.
→ →
Para determinar P t e P n, necessitamos das razões trigonométricas no
triângulo retângulo.
←
N
←
Pt
←
!
Pn
t
←
P
n
plano a
horizontal
Pt
sen ! Pt ! P sen
a P
Pn
Pn Pn ! P cos
P cos !
P
Feita a decomposição da força peso nas suas componentes, passamos a
considerar os vetores representados na figura a seguir.
Pt → →
Note que na direção das forças N e Pn não ocorre movimento. Logo:
N ! Pn ! P cos
n
a ! g sen a
Exercício resolvido
1 O desenho representa dois corpos A e B amarrados nas extremidades de
uma corda que passa por uma polia. Ambas (corda e polia) são ideais. O
A
atrito não é considerado, a massa do corpo B é 1,0 kg e no local g ! 10 m/s2.
Nessas condições: B
RESOLUÇÃO
a) O esquema de forças que agem nos corpos A e B. • as forças que agem na direção tangencial ao plano
inclinado (T ! PA sen ).
← • as forças que agem na direção perpendicular ao
N
plano inclinado (N ! PA cos ).
←
T ← Sendo nula a resultante das forças, para o corpo B,
T
←
PA sen a
temos:
← B T ! PB PA sen ! PB (como PB ! mBg ! 1 " 10 ! 10 N)
! PA cos a
←
PA
← PA sen 30° ! 10
PB
a
PA " 0,5 ! 10
10
b) Para o sistema se manter em repouso, para o corpo PA ! PA ! 20 N
0,5
A, temos:
1. Considere o triângulo retângulo representado abaixo 5. O desenho representa um corpo de massa m, desli-
e determine: zando, sem atrito, sobre um plano inclinado. Deter-
Editoria de Arte
b mine a aceleração desse corpo, sabendo que nesse
local o módulo da aceleração da gravidade é g.
a) sen 10
8
b) cos
c) sen
a
d) cos m
6
2. Um avião decola segundo um ângulo de 30°. Pergun-
ta-se:
a) Qual será a altura atingida após voar 3 000 m com a
1
essa inclinação? (Dado: sen 30° ! .)
2
b) Qual será a distância percorrida pelo avião ao atin- 6. No esquema do exercício 5, sabendo que m ! 20 kg,
gir 1 000 m de altura? g ! 10 m/s2 e ! 30°, determine o módulo da acele-
3. Preocupadas com as condições ambientais, algu- ração do corpo.
mas pessoas resolveram instalar painéis solares 7. Um corpo de massa 25 kg desloca-se, com aceleração
em suas casas para fazer uso dessa fonte de ener- constante, sobre um plano inclinado, sem atrito, confor-
gia limpa e renovável. Um dos painéis foi instala-
me o desenho. O seno do ângulo formado entre o plano
do sobre um suporte hidráulico possibilitando, de
e a horizontal é 0,6. Determine a força transmitida ao
acordo com a posição do Sol, o ajuste automático
corpo, para que a aceleração permaneça igual a 2 m/s2.
do painel, de tal forma que ele permaneça perpen-
dicular à direção dos raios solares que nele incidem. (Dado: g ! 10 m/s2.)
←
F
3m
l
ine
pa y a
t
!
3 sen cam
Dado: sen 60ϒ = . slo
2 de
A
4. Um estudante, ao tentar resolver um exercício de corpo B
deslizando sobre um plano inclinado, disse o seguinte:
“Não foi informado o valor da massa do corpo, por- a 5 30°
tanto não é possível obter a resposta.”
A afirmação feita por ele está correta? De que variá- a) a aceleração do conjunto.
veis depende a aceleração do corpo ao descer o plano b) a intensidade da força de tração na corda.
inclinado? (Dados: sen 30° ! 0,5; g ! 10 m/s2 e mA ! mB ! 4 kg.)
Photodisc/Getty Images
Em geral, quando falamos em atrito, a primeira característica que vem à
mente é que ele desfavorece o movimento e deve ser reduzido o máximo pos-
sível. Por exemplo, se o atrito entre o arado e o solo diminuir, os trabalhadores
e os animais não vão precisar fazer tanta força. Mas existem casos em que o
atrito é necessário. Por exemplo, só conseguimos caminhar porque existe atrito
entre o solo e o pé ou calçado, caso contrário poderíamos escorregar e não
sair do lugar.
Analisando qualitativamente a força de atrito, é possível constatar, de forma
experimental, que ela se manifesta quando os corpos em contato se comprimem
mutuamente e há arrastamento ou tendência de arrastamento entre eles.
Para detalharmos o estudo da força de atrito, vamos diferenciar atrito
estático e atrito cinético.
→
Na figura ao lado, a pessoa aplica uma força F na caixa que repousa apoiada
sobre a superfície horizontal e rugosa. A caixa se mantém em repouso pela ação
→ →
da força de atrito Fat, que se manifesta quando há uma força solicitante F.
Paulo Nilson
N
Experimentalmente, constatamos que a intensidade da força de atrito varia
conforme a intensidade da força solicitante.
→
F À medida que a intensidade da força F aumenta, também aumenta a intensi-
Fat
dade da força de atrito, fazendo com que a caixa permaneça em repouso: Fat ! F.
Quando a caixa estiver na iminência de escorregar, em relação à superfície,
P
teremos a máxima intensidade da força de atrito: Fat ! F.
(máx)
Superfície rugosa. A caixa começará a escorregar quando os valores da força solicitante forem
superiores aos da força de atrito máximo. →
A intensidade máxima da força de atrito Fat (máx) é diretamente proporcional à
→
intensidade da força N , normal às superfícies de contato dos corpos:
Fat ! e
N
(máx)
força de
→
atrito assume intensidade praticamente constante e ligeiramente menor
→
que a at . Dessa forma, passamos a considerar a força de atrito cinético Fat
F
c
(máx)
tangente às superfícies de contato dos corpos e de intensidade diretamente pro-
→
porcional à intensidade da força N:
→
Fat ! c
N
c
Influência da resistência do ar
Quando um corpo se move em meio líquido ou gasoso, ele sofre a ação de uma
força de sentido oposto ao seu movimento. Pode-se pensar essa força de resistên-
cia do meio como uma força de atrito entre o corpo e as partículas que compõem
o determinado meio.
A intensidade dessa força é expressa por:
FR ! kvn
Os projetos aerodinâmicos de
veículos como carros e aviões
buscam amenizar as forças de
resistência oferecidas pelo ar.
Tarumã
← ←
FR FR
P > FR P = FR
velocidade-limite
← ←
P P
Exercícios resolvidos
F fio ideal poita
1 Para ancorar pequenas embarcações no mar, muitos bar-
Antonio Robson
queiros usam blocos de concreto, como poitas, presos a
uma boia de sinalização.
O desenho ao lado representa a tentativa de arrastar uma
poita, de massa 20 kg, ao fundo do mar. O barco aplica uma
←
força F na poita, por intermédio de um fio ideal.
Para analisar a situação, vamos considerar que a areia está bem compactada e que os coeficientes de atrito entre a
poita e a areia têm valores aproximados ( e ! 0,9, c ! 0,8 e g ! 10 m/s2).
a) Represente as forças que agem na poita.
←
b) Determine a intensidade máxima que F pode atingir para que a poita fique na iminência de deslizamento.
←
c) Determine a intensidade da aceleração adquirida pela poita, para F com intensidade 190 N.
RESOLUÇÃO
←
a) A intensidade máxima que F pode assumir é
Paulo Nilson
←
N
180 N. Para valores maiores, a poita inicia o des-
lizamento.
← ←
F Fat c) Como o movimento é retilíneo, as forças que agem
na direção perpendicular ao movimento se equili-
bram. Logo, P ! N.
← ←
←
P Aplicando a 2a lei de Newton (R ! ma ) e sabendo que
←
• força peso P . na direção do deslocamento o movimento é retilíneo
←
• força F , aplicada pela corda à poita. e acelerado, temos a resultante tangencial de inten-
• forças de contato, representadas pelas duas com- sidade:
← ←
ponentes: normal N e força de atrito F at. R ! ma
F # Fat ! ma
b) Nas condições de repouso impostas neste item, temos: c
v2 v2 v2 v2
a) ! 0,2 b) ! 0,01 c) ! 0,02 d) ! 0,1
v1 v1 v1 v1
RESOLUÇÃO
Fat1 ! P
Fat1 ! Fat2 A1 " v21 ! A2 " v22 A1 " v21 ! 100A1 " v22
Fat2 ! P
( ) v2
v1
! 100 ⇒
v2
v1
v
! 10 ou 2 ! 0,1
v1
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
1. Como o atrito pode acarretar uma desaceleração em Encontre o valor da aceleração do paraquedas no ins-
um objeto? tante em que a velocidade atingiu a metade da velo-
cidade constante.
2. Dois objetos A e B, de mesmo tamanho e formato,
caem verticalmente em direção ao solo com veloci- 6. Um corpo com massa 2 kg está em repouso sobre uma
dades diferentes. Qual deles está submetido a uma superfície rugosa de coeficientes de atrito estático 0,5
maior resistência do ar? e cinético 0,2. Sendo a aceleração da gravidade no
local 10 m/s2, copie e complete a tabela.
3. Tentando aumentar a intensidade de uma força ao
empurrar um corpo, o atrito sobre o corpo também
F (N) Fat (N) a (m/s2)
aumenta. Uma vez em movimento, com que intensi-
dade de força F deve-se empurrar o corpo para man- 5
tê-lo em movimento com velocidade constante?
8
4. Considere as seguintes afirmações citadas abaixo e
julgue-as quanto a sua veracidade. 10
Ilustrações:
Editoria de arte
← 12. O limite máximo de velocidade numa estrada hori-
F zontal e retilínea é 80 km/h. Nesse mesmo local,
granito
superfície
g ! 10 m/s2 e o coeficiente de atrito entre os pneus
de uma caminhonete e o chão é 0,5. Nessas condi-
b) O bloco apoiado sobre uma superfície horizontal ções, o motorista da caminhonete, ao avistar um ca-
←
e rugosa é puxado por uma força F , cuja direção é valo deitado na estrada, aciona o freio bruscamente
a de uma reta que forma um ângulo de 60° com a mantendo-o acionado até parar. Durante o intervalo
horizontal. de tempo de frenagem, os pneus deixam no chão
a marca de uma faixa preta e retilínea de 40 m de
←
F comprimento.
Com base nessas informações, você acha que o mo-
60°
granito torista estava acima do limite de velocidade? Jus-
tifique sua resposta, fundamentando-se em concei-
tos já vistos.
9. A partir de certa altura, as gotas de chuva caem com
13. Para que uma pessoa caminhe, é necessária a existên-
velocidade constante, em função da resistência do
cia de força de atrito entre os pés da pessoa e o solo.
ar. O módulo da força de resistência do ar é dado
Considerando isso, é correto afirmar que as forças de
por F ! a " v2, em que A é uma constante de valor
atrito que o pé exerce no solo e que o solo exerce no
6 " 10#6 Ns2/m2 e v é o módulo da velocidade. Dessa for-
pé são, respectivamente:
ma, calcule a velocidade com que uma gota de chuva,
cujo módulo de peso vale 2,4 " 10#7 N, atingirá o solo. a) vertical para baixo e vertical para cima.
b) vertical para cima e vertical para baixo.
10. O bloco da figura abaixo repousa sobre uma superfície c) horizontal para trás e horizontal para a frente.
horizontal e plana e está sujeito à ação de duas forças:
← ← d) horizontal para a frente e horizontal para trás.
F , de módulo 12 N, e da força de atrito F at. Ao aplicar
← e) vertical para cima e horizontal para trás.
outra força F $, de módulo 4 N e sentido contrário à for-
←
ça F , a força resultante sobre o bloco será: 14. Considere um bloco de massa 2 kg em repouso so-
← ← bre um plano inclinado de 30°, como mostra a figura
F F$ abaixo.
Editoria de arte
a) 12 N
m
b) 4 N
c) 8 N
d) nula !
e) 16 N
Se o coeficiente de atrito estático entre o bloco e o
11. Em um jogo de futebol, um centroavante chutou a bola, plano é 0,70, determine a força normal nessas con-
realizando uma trajetória que foi filmada por um torce- dições.
dor sentado em uma das laterais do campo. Supondo-se
15. Ainda em relação à questão anterior, considere que
que a trajetória não foi parabólica e que ocorreu atrito
quando a inclinação do plano passa a ser 45%, o bloco
da bola com o ar durante o trajeto, o que mais contri-
entra em movimento uniforme. Determine o coefi-
buiu para que a trajetória não correspondesse a uma
ciente e o atrito dinâmico entre o bloco e o plano.
parábola, foi a:
Alex Argozino
curvilíneos, como a velocidade angular, a aceleração centrípeta, o período e a
frequência. Agora, estudaremos suas causas e seus efeitos. c
Para entendermos a noção de força aplicada ao movimento curvilíneo, pen-
se na seguinte situação:
Uma esfera atrelada a um fio ideal descreve uma trajetória circular em torno
de um ponto fixo, sobre um plano horizontal. Desconsidere o atrito.
Que condições mantêm a esfera em movimento circular?
O que ocorreria sem elas?
Para responder a essas perguntas, precisamos lembrar que a aceleração a de
um ponto material pode ser representada por duas componentes: aceleração
centrípeta ac e aceleração tangencial at .
reta
→ ←
R! ma c " ma t reta
Fc
tangente
→ → →
R ! Fc " Ft
→
Essa análise nos permite representar a força resultante R que age no ponto
material de massa m por duas componentes:
→
• A força centrípeta F c causa a variação da →
Fc ! ma c
direção do vetor velocidade v .
→
• A força tangencial Ft causa a variação do →
Ft ! ma t
módulo do vetor velocidade v .
Grace Arruda
←
ac ←
Fc
←
v
A esfera se mantém em movimento circular. Nesse caso, o movimento da esfera será na direção tangente à
trajetória.
Exercícios resolvidos
1 Suponha que um satélite artificial descreva movimento circular e uniforme em torno da Terra. Analise as afirmativas:
a) A força resultante que age no satélite aponta para o centro da Terra.
b) A Terra é o agente responsável pela força aplicada no satélite.
c) O satélite pode realizar esse movimento, independentemente da ação da Terra sobre ele.
RESOLUÇÃO
a) A força resultante é a centrípeta, ou seja, aponta para o centro da trajetória circular, que é o centro da Terra.
Portanto, a afirmativa é correta.
b) A atração gravitacional da Terra é a causadora da força centrípeta que age no satélite. Portanto, a afirmativa é
correta.
c) Se a força gravitacional não agisse no satélite, o seu movimento seria, por inércia, retilíneo e uniforme. Portanto,
a afirmativa é incorreta.
RESOLUÇÃO
No momento em que o carrinho realiza um looping, a força resultante é a força centrípeta, que é a força peso
somada à força normal, como mostra a figura abaixo.
→ → →
→ Fc = P + N
P
→
N
1. Após analisarem o movimento circular e uniforme de Suponha que um pedreiro suspenda seu fio de prumo
uma partícula, quatro estudantes chegaram a diferen- sobre uma mesa plana e horizontal. Desprezando a
tes conclusões sobre a força resultante que age na par- resistência do ar, quais forças atuam sobre o corpo:
tícula. Identifique a conclusão correta. a)
Tarumã
d)
a) A resultante é centrífuga e tem intensidade variável.
b) A resultante é nula porque não há aceleração.
c) A resultante é centrípeta e tem intensidade constante.
d) A resultante é nula porque a força centrípeta se
iguala à força centrífuga. b) e)
e) A resultante é tangencial.
2. Um ciclista se desloca com movimento uniforme
numa pista circular, plana e horizontal, conforme re-
presentação abaixo:
A
c)
Alex Argozino
D B
Alex Argozino
ocupadas pelo ciclista.
3. Classifique as sentenças abaixo descritas em falsa ou
verdadeira: A B
I. Um automóvel faz uma curva em uma estrada pla-
na e horizontal; no caso, a força centrípeta é a força
tangencial que a pista aplica sobre os pneus.
a) Como o funcionário A (colocado no sistema de re-
II. Os satélites giram em torno dos planetas em fun-
ferência da base giratória) descreve a cena, relacio-
ção da ação da força centrípeta, que nessa situação é
nada à bola e à mola?
a força de atração gravitacional.
b) Como o funcionário B (colocado no sistema de re-
III. Um corpo gira, preso na extremidade de um fio; ferência em repouso, no solo) descreve a cena, rela-
no caso, a força centrípeta pode ser considerada a cionada à bola e à mola?
!"
própria força T de tração no fio.
4. Analise as condições de um satélite artificial que 7. Por que a Lua não colide
descreve órbita circular, ao redor do centro da Ter- com a Terra? Pense, discu-
Alex Argozino
ra. Qual é a força centrípeta e qual a sua função? ta com os colegas e depois
escreva, em seu caderno,
5. O fio de prumo é constituído por um fio de náilon e suas conclusões.
por um peso de chumbo, suspenso na sua extremida- ←
FG
de inferior. Ele é usado na construção civil para veri- v ! velocidade
← ←
ficar a verticalidade de um elemento construído. F G ! força gravitacional v
Lua
v2
Fc ! mac ! m
r
ções das pistas planas, também se aplicam às pistas sobrelevadas, construídas para
aumentar a segurança dos veículos em movimento. Elas são projetadas utilizando-
-se um ângulo de inclinação , em relação à horizontal, nos trechos de curva, para
diminuir a dependência da força de atrito.
A composição das forças que atuam no carro são:
←
N
θ
Alex Argozino
Tarumã
←
← N
Centro Fc
As pistas sobrelevadas são comuns
nos autódromos.
u
← ← ←
P P Fc
Da figura temos:
m # v2
FC r
tg ! tg !
P m#g
v2 ! r # g # tg v! r # g # tg
RESOLUÇÃO
a) Considerando que o carro faz a curva sem inclinação, temos as forças peso,
normal e de atrito agindo nele.
b) Como a força resultante age na direção da reta paralela ao plano horizontal, a
componente vertical da força resultante é nula. Portanto, P " N. ←
N
←
Nesse caso, a força de atrito F at representa a resultante centrípeta que age
no carro.
← ← ←
R ! Fc ! Fat ←
← ← Fat
c) Se a resultante centrípeta é F c " F at, então:
v2
Fc " Fat # !mg m # !e mg v # μe rg
r
Caso o carro esteja na iminência de derrapar, teremos a intensidade máxima
da força de atrito estático Fat(máx) , e a velocidade máxima (vmáx) será:
←
P
vmáx " μe rg 0, 60 150 10
RESOLUÇÃO
←
P
Inicialmente vamos representar as forças que agem no mo-
tociclista.
De acordo com o esquema, podemos utilizar o triângulo
u
retângulo:
Tarumã
←
N u ←
P
← ←
FR 5 Fc
FR
tg "
P
v2
m$ 252
tg " r tg " tg ! 0,70
mg 90 $ 10
tg 35° ! 0,7
Racheal Grazias/Shutterstock.com
A ocorrência do movimento circular em um plano verti-
cal pode ser observada em diversas situações. Por exemplo,
um ciclista se deslocando sobre uma lombada ou depres-
são, um motociclista movimentando-se no globo da morte,
um looping realizado por um carrinho em uma montanha
russa ou mesmo um corpo girando amarrado a um fio.
Globo da morte
Em cada caso, é preciso conhecer o sistema de forças que age Parque de diversão.
sobre o corpo para determinar quais delas compõem a resultante
centrípeta. Por exemplo, para um corpo ligado a um fio que gira
no plano vertical, no ponto mais alto da trajetória a resultante cen- D v
trípeta é dada pela soma da força peso e da tração, enquanto no
Paulo Nilson
ponto mais baixo é dada pela diferença entre a força de tração e a
força peso.
No caso do globo da morte, quando o motociclista estiver no
ponto mais alto, a resultante centrípeta é dada pela soma da for-
ça peso e da força normal à superfície. Já no ponto mais baixo a
resultante é dada pela diferença entre a força normal à superfície v
C A
e a força peso.
v
picturesbyrob/Alamy/Latinstock
v B
Globo da morte.
Exercícios resolvidos
1 Um menino amarra uma pedra de massa 0,10 kg na extremidade de um barban-
te de 25 cm de comprimento e faz com que ela fique girando num plano vertical
com velocidade constante v ! 2 m/s num movimento circular.
Considerando g ! 10 m/s2:
a) represente as forças que agem na pedra quando ela passa pelas posições A, B,
C e D.
b) determine a tração do fio quando a pedra passa pela posição D.
c) determine a tração do fio quando a pedra passa por B.
Editoria de arte
movimento D movimento
←
T
← ←
T ← T ←
A T P
C
←
direção do B ←
P P
movimento
←
P
direção do
movimento
b) A posição D representa o ponto mais alto da trajetória descrita pela pedra. Nele, a força resultante é dada pela
força centrípeta, cuja intensidade é: Fc ! P " T.
Fc ! P " T
v2
m ! mg " T
r
v2
!
T!m !g
r
22
!
!
Se r ! 25 cm ! 0,25 m, v ! 2 m/s, g ! 10 m/s2 e m ! 0,10 kg, então: T ! 0,10 ! 10 ! 0,60 N
0,25
c) A posição B representa o ponto mais baixo da trajetória descrita pela pedra. Nele, a força resultante é dada pela
centrípeta, cuja intensidade é:
Fc ! T # P
v2 v2
!
!
m ! T # mg T!m !g
r r
22
!
!
T ! 0,10 ! 10 ! 2,6 N
0,25
Note que a intensidade da força de tração exercida pelo fio é maior na posição B do que na posição D, embora a
força centrípeta seja a mesma.
2 Em uma cidade um circo apresenta o show do globo da morte, que é um globo metálico em que um motociclista faz
evoluções no seu interior com sua moto. Durante o show, em dado momento o motociclista passa a descrever um
movimento no plano vertical. Sabendo que o raio do globo é 2,5 m e que a aceleração da gravidade local é 10 m/s2,
determine a mínima velocidade que a moto deve ter para não perder contato com a superfície esférica.
RESOLUÇÃO
À medida que a moto sobe, ela tende a perder o contato com a superfície, e o ponto crítico é o ponto mais alto do globo.
Quando a moto está no ponto mais alto, duas forças atuam nela, a força peso P (moto " motociclista) e a força nor-
←
mal FN, que dão a resultante centrípeta Fc.
Fc $ m $ ac Vmín.
P " FN ! m $ ac
A velocidade mínima para fazer a curva e não cair do ponto
mais alto, ocorre quando FN ! 0. FN ! 0
v2 v2 v2
Alex Argozino
P"0!m$ m$g!m$ g! P
R R R
v2
10 ! v2 ! 25 v ! 5 m/s ! 18 km/h ac
2,5
A menor velocidade para que o motociclista consiga passar pelo ponto mais alto do globo e não cair é 18 km/h.
ziher/Shutterstock.com
da pedra no ponto mais alto da trajetória. Nesse local,
g ! 10 m/s2.
Alex Argozino
g
Outra aplicação do movimento circular é o rotor. Para enten-
R der o seu funcionamento, considere um cilindro de raio R, com
uma pessoa encostada em sua lateral, com os pés apoiados na
base. Girando o cilindro em torno do seu eixo, sua velocidade
angular ( ) pode aumentar até o momento em que ela perma-
necerá encostada à parede, mesmo que o fundo seja retirado.
eixo
Exercício resolvido
1 Uma pessoa de massa m foi colocada em um rotor com velocidade angular . As forças que agem sobre ela estão repre-
sentadas no esquema e o raio do cilindro é R.
Fat ! força de atrito
Alex Argozino
P ! força peso
F
N Determine:
a) a velocidade angular mínima para que a pessoa não escorregue quando o fundo for retirado.
P b) o valor da velocidade angular.
Dados: g ! 10 m/s2, R ! 4,0 m e ! 0,40
RESOLUÇÃO
a) Segundo o diagrama de forças, temos: Para não haver escorregamento, temos:
Fc ! resultante centrípeta que age na pessoa Fat ! P
2
v
Fc ! N m" !N e
"m" 2
"R!m"g
R g
v! "R mín
!
!R
m" 2
"R!N
10
A velocidade angular mínima com a qual o cilin- b) Numericamente, mín
! ! 2,5rad/s
0,40 " 4,0
dro deve girar, para que ela fique na iminência de es-
corregar, implica uma força de atrito de valor máxi-
mo com e. Logo: Fat ! e " N ou Fat ! e " m " 2 " R
2 Em um parque de diversões, uma criança de massa 40 kg entra em um rotor. Sabendo que o rotor tem raio de 2,0 m
e gira com velocidade angular de 3 rad/s, calcule o coeficiente de atrito entre o menino e a parede do rotor para que
ele não escorregue quando o fundo for retirado.
RESOLUÇÃO
Em um rotor, temos que: P ! Fat m"g!N"
m"g!m" 2
"R"
Fc ! N N!m" 2"R
g
! 2
"R
10
!
" 2,0
2
! 0,56
Alex Argozino
rior do tambor cilíndrico. É correto dizer que a água Supondo que o coefi-
e as peças de roupa estão submetidas à mesma força ciente de atrito entre
centrípeta? Qual a origem dessa força? Justifique. a roupa da pessoa e
2. O rotor é um brinquedo encontrado em alguns parques a parede do cilindro
de diversões. É formado por um cilindro de eixo verti- seja e ! 0,40, deter-
cal e raio R. Suponha que uma pessoa entre no cilindro mine o valor mínimo
e fique em pé, encostada na parede. O cilindro começa da velocidade angu-
a girar aumentando sua velocidade angular até deter- lar $ para que ela não
minado valor, quando o chão se abre. A pessoa não caia.
cai, mas gira grudada na parede. A massa da pessoa é eixo
Lombada ou depressão
Quando um corpo passa sobre uma lombada, ele está em movimento cir-
cular e a força resultante centrípeta é dirigida para baixo, na direção do centro
da circunferência.
Tarumã
→
N
→
V
→
Fc
→
P
A força normal N é menor que o peso P ; por isso, um motorista, ao passar por
uma lombada, tem a sensação que está mais leve.
Fc ! m " ac P # N ! m " ac
Na depressão, que também é um movimento circular, a resultante centrípeta
é dirigida para cima, na direção do centro da circunferência.
Tarumã
→
→
N
Fc →
V
→
P
RESOLUÇÃO
2
ac !
v2
!
( 4gR ) !
4gR
R R R
ac ! 4 g
2 Um ônibus atravessa uma ponte em forma de arco de círculo, de modo que seu centro de massa segue o arco de cir-
cunferência de 50 m de raio. Sendo 3 000 kg a massa do ônibus, determine a força que ele exerce sobre a estrada, no
ponto mais alto da ponte, se naquele instante sua velocidade é 72 km/h. Qual a máxima velocidade que o ônibus pode
ter, ao passar pelo ponto mais alto da ponte, para não perder o contato com ela? (Considere g ! 10 m/s2)
RESOLUÇÃO
v2
No ponto mais alto: P " N ! m #
R
202
30 000 " N ! 3 000 # N ! 30 000 " 24 000 ! 6 000 N
50
v2
Velocidade máxima em contato: mg ! m v2 ! gR v2 ! 10 # 50 v ! 10 5 m/s
R
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
Selma Caparroz
1. O desrespeito ao cadeira exerce no corpo Q
Rubens Chaves/Pulsar
2. Uma criança está sentada numa cadeira de uma roda- 4. O mesmo carro do exercício anterior agora passa por
-gigante que gira com velocidade angular constante uma lombada de raio 10 m. Com que velocidade ele
e está representada na figura. Considerando que a deve passar por ela para que a força normal seja nula?
←
g
,
←
T
m
← C
a P
Figura 2
Exercícios resolvidos
1 Um pêndulo é constituído por um fio ideal de comprimento ! ! 0,40 m e o O (ponto fixo)
corpo, amarrado a uma de suas extremidades, tem massa 0,4 kg. Esse corpo é
abandonado na posição A e oscila até a posição C. Sabemos que g ! 10 m/s2 e b
cos " ! 0,8.
a) Represente as forças que agem no corpo ao passar pela posição B e determi-
A C
ne a intensidade da força de tração, sabendo que nessa posição sua velocidade
é v ! 2 m/s. B
b) Represente as forças que agem no corpo na posição A e determine a intensi-
dade da força de tração nessa posição.
RESOLUÇÃO
a) Na posição B, temos:
O
Fc ! T # P
m $ ac ! T # P
v2
m$ !T#P
! ←
T
Daí:
v2
!
! !
T!m !g B ←
! v
←
P
22
!
T ! 0,4 ! 10 T!8N
0,4
2 Um pequeno corpo de massa m está suspenso por um fio ideal e descreve um movimento circular e uniforme sobre
um plano horizontal, formando um pêndulo cônico. Desprezando a resistência do ar:
a) represente as forças que agem no corpo.
b) determine a intensidade da força de tração no fio.
Dados: g ! 10 m/s2; m ! 0,8 kg; sen ! 0,6; cos ! 0,8; raio da circunferência 1,2 m.
c) determine a velocidade escalar do corpo.
m C
RESOLUÇÃO
a) Como o movimento do corpo é circular e uniforme, ele tem apenas aceleração centrípeta, com aceleração
tangencial nula, e a intensidade da velocidade é constante.
Portanto, as forças que agem no corpo são o peso (P) e a tração (T).
! $
←
T
$
← ←
C
Fc ac
←
P
r
Editoria de arte
esfera e represente graficamente essas forças.
b) o módulo da velocidade linear da esfera e a fre-
quência do movimento realizado por ela.
Tarumã
1,0 m
v ! 2,0 m/s
0,40 m
2. Suponha um corpo esférico de peso P, suspenso por
um fio ideal, de comprimento L, que, por sua vez, está
preso a um suporte fixo. Considere que o corpo está
em movimento circular, uniforme e no plano hori- 0,12 m
zontal. Nesse caso, qual é a intensidade da força re-
sultante centrípeta que age no corpo?
3. Durante uma experiência foram utilizados um bar- 5. Um pêndulo cônico é formado por um fio de massa
bante ideal (com 1,0 m de comprimento) e uma es- desprezível e comprimento ! ! 1,25 m, que suporta
fera maciça (com 0,10 kg de massa). Uma das extre- uma esfera de massa 0,5 kg na sua extremidade in-
midades do barbante está presa a um ponto fixo e a ferior. A extremidade superior do fio é presa ao teto.
outra extremidade está amarrada à esfera. A Figura 1 Quando o pêndulo oscila, a massa m executa um mo-
representa a esfera em repouso. Nesse caso, nela vimento circular uniforme num plano horizontal, e o
agem a força de intensidade T1 (aplicada pelo fio) e ângulo que o fio forma com a vertical é ! 60°.
a força peso de intensidade P1. A Figura 2 represen-
a) Represente as forças que estão atuando na esfera.
ta essa esfera em movimento, no instante em que ela
b) Determine a força de tração no fio.
passa pelo ponto mais baixo da trajetória com veloci-
c) Determine a velocidade da esfera linear.
dade de módulo 2,0 m/s. Nesse caso, o mesmo con-
junto (esfera e barbante) forma um pêndulo simples, 6. Um garoto está brincando em um balanço, que é preso
de tal forma que agem na esfera a força de intensida- a um galho de árvore por meio de duas cordas, sendo
de T2 (aplicada pelo fio) e a força peso de intensidade empurrado pelo seu irmão. A massa do garoto é 50 kg
P2. Considere g ! 10m/s2 e compare a intensidade e o comprimento das cordas é de 1,2 m. Sabendo que
das forças T1 e T2. a força de tração máxima que cada corda suporta é de
1 000 N, determine
Falcona/Shutterstock.com
a velocidade escalar
Editoria de arte
máxima do garo-
to, em metros por
segundo, no ponto
mais baixo da tra-
jetória, para que as
cordas não arreben-
m m tem.
Figura 1 Figura 2
ATIVIDADES
1. Faça uma lista com alguns dos motores presentes no seu dia a dia. Em seguida, verifique se, depois de
algum tempo de funcionamento, eles apresentam algum aquecimento. Verifique também se há ocorrência
de ruídos ou barulhos intensos.
2. Como você justifica o aquecimento e/ou a produção de barulho dos motores durante o funcionamento?
3. O resultado das pesquisas sobre nanotecnologia tem favorecido avanços tecnológicos, como ocorre com o
DLC, que futuramente poderá amenizar alguns fatores decorrentes do atrito entre as peças do motor. Nesse
caso, quais foram os principais fatores destacados no texto?
MATERIAIS
Paulo Nilson
• 3 latas de refrigerante vazias barbante cabo de vassoura
• 1 litro de água
• 2 cadeiras de mesmo tamanho
18 cm
24 cm
cadeira cadeira
30 cm
• 90 cm de barbante
• 1 vassoura (ou somente o cabo)
PASSO A PASSO
latas
1a. ETAPA
• Apoie o cabo de vassoura sobre o espaldar das cadeiras.
• Corte três fios de barbante com as medidas indicadas na figura. Prenda uma das extremidades do barbante ao
cabo de vassoura e a outra extremidade na lata de refrigerante. Coloque a mesma quantidade de água nas três
latas.
• Eleve as três latas à mesma altura e abandone-as ao mesmo tempo. Observe o que acontece e responda às ques-
tões 1 e 2.
2a. ETAPA
• Repita o procedimento anterior. Observe o que aconteceu, e responda as questões 3 e 4.
3a. ETAPA
• Substitua os fios de barbante usados na etapa anterior por outros de comprimentos iguais. Coloque quantidades
diferentes de água nas três latas. Eleve mais uma vez as três latas à mesma altura e abandone-as ao mesmo tem-
po. Observe e responda as questões 5 e 6.
RESPONDA
Editoria de Arte
1. (Fuvest-SP) Uma bolinha pendura- Quanto marcará o dinamômetro?
da na extremidade de uma mola a) 200 N c) 100 N e) 400 N
vertical executa um movimento b) 0 N d) 50 N
oscilatório. Na situação da figura,
←
g
4. (UEL-PR) Um bloco de
Tarumã
a mola encontra-se comprimida e
peso 20 N está em re-
a bolinha está subindo com velo-
← pouso sobre um plano
cidade v. Indicando por F a força ←
← v inclinado de 30°. 30˚
da mola e P a força peso aplicadas
na bolinha, o único esquema que Se o coeficiente de atrito estático entre o bloco e o
pode representar tais forças na si- plano é e ! 0,70, a força de atrito atuante no bloco
tuação descrita é: ←
em módulo será:
F
a) c) ←
F e) a) menor que 14 N d) 20 N
b) 7,0 N e) 12 N
← ←
P F ← ←
P P
c) 14 N
b) 3 gR d) 2gR
Gravitação Universal
1. Breve história sobre os
modelos de mundo
2. As leis de Kepler
3. Lei da Gravitação Universal
4. Corpos em órbitas circulares
Sol
Vênus
Mercúrio
Marte
Terra
Saturno
Júpiter
2. AS LEIS DE KEPLER
Nascido na Dinamarca, Tycho Brahe realizou a olho nu observações meticulo-
sas sobre os movimentos planetários. Após sua morte, seu assistente, o alemão
Autor desconhecido. 1610. Coleção particular
Johannes Kepler, continuou seus estudos. Kepler, que era um excelente mate-
mático, refez vários cálculos e estabeleceu três leis que regem o movimento dos
planetas em torno do Sol.
Kepler estudou o movimento do planeta Marte por quase 10 anos, seguindo
sua trajetória pelo céu e tentando descrever para ele uma órbita em torno do Sol.
É importante lembrar que as leis de Kepler são válidas para um referencial
fixo em relação ao Sol. Por isso, tais leis podem parecer absurdas se considerar-
mos a Terra como referencial. As leis de Kepler fizeram o modelo heliocêntri-
co ser fortemente aceito pela comunidade científica da época, pois resolveram
algumas incompatibilidades dos movimentos planetários quando interpretados Johannes Kepler.
pela teoria geocêntrica.
d1 " d2 ! constante
A figura a seguir representa um esquema do Sistema Solar composto pelo
Sol e seus oito planetas: Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e
Netuno. Plutão, que passou à categoria de planeta-anão na conferência anual da
União Astronômica Internacional (UAI) de 2006, também aparece no esquema.
Grace Arruda
Sol
Vênus Mercúrio
Marte Terra
Grace Arruda
P
Urano
d2
d1
Saturno Júpiter
F1 F2
b Cinturão de asteroides
Netuno
Os planetas Urano e Netuno só
Plutão foram incluídos nesse modelo após
a evolução de equipamentos de
Editoria de arte
B2 Ilustração produzida com base em: SEEDS, M. A. Horizons: exploring the universe. 5. ed. Belmont:
Wadsworth, 1998. p. 304, 306-307.
distância
focal b Embora as órbitas elípticas tenham sido desenhadas, propositadamente, com
c semieixo menor
excentricidades bem acentuadas, na realidade elas se aproximam da forma circular.
A1 A2
F1 F2 A excentricidade e de uma elipse caracteriza seu grau de “achatamento” e pode
a ser obtida por:
semieixo maior
B1 c
e!
a
F F9 F F9 Mercúrio 0,206
Vênus 0,007
e 5 0,5 Terra 0,082
e 5 0,1
Marte 0,093
Júpiter 0,048
F F9 F F9 Saturno 0,056
Urano 0,047
e 5 0,9
e 5 0,7
Netuno 0,012
Quanto maior a excentricidade da uma elipse, maior a distância entre seus focos.
Note na tabela ao lado que, com exceção da órbita de Mercúrio, as órbitas dos Fonte: <http://solarsystem.nasa.gov/planets/index.cfm>. Acesso
planetas do Sistema Solar têm excentricidade inferior a 0,1. em: 20 jun. 2015.
Eunice Toyota
Para uma área descrita A
num intervalo de tempo t,
B
algebricamente, temos:
Sol
A
constante ∆t1 A1 A2 ∆t2
Δt
ou seja:
C
planeta
A1 A2
Nesse esquema cada região pintada de amarelo representa uma área descrita
Δt1 Δt 2 pelo planeta para ir de um ponro até outro ponto percorrendo sua órbita.
Pelo esquema anterior, você poderá perceber que, quanto maior o valor de
R, maior será o período T, ou seja, maior será o tempo que o planeta levará para
dar uma volta em torno do Sol.
Número de satélites
0 0 1 2 62 60 27 13 1
naturais
Fonte: <http://solarsystem.nasa.gov/planets/index.cfm>. Acesso em: 20 jun. 2015.
Exercícios resolvidos
1 De acordo com a 1.a lei de Kepler, o Sol está posiciona- (Tp )2 (1)2
do num dos focos da elipse descrita pelo planeta que se 3
!
(40 " R) (R)3
movimenta ao seu redor. Como a trajetória é elíptica,
deveríamos ver o Sol maior ou menor à medida que a (TP)2 ! 403
Terra está mais próxima ou mais afastada dele, o que
não acontece. Explique essa aparente incoerência. TP ! 40 40 ! 253 anos
Tarumnã
B
Sol tem o mesmo tamanho durante o ano todo.
Sol
2 A 3a. lei de Kepler relaciona os períodos dos movi-
C
mentos dos planetas em torno do Sol com a distân-
cia média dos planetas e outros astros ao centro do
Sistema Solar. Comparando-se com a Terra, cujo
D
período é de 1 ano e cuja distância ao Sol é R, qual
será, aproximadamente, o período do planeta-anão
Plutão, em anos terrestres, se sua distância média ao
RESOLUÇÃO
Sol é de aproximadamente 40R?
A ! área total da elipse
RESOLUÇÃO t ! 12 meses (tempo para completar uma volta)
1
A’ ! A ! área amarela
(TT )2 4
Em relação à Terra: !k
(R T )3 #t’ ! tempo para percorrer BCD
(Tp ) 2 De acordo com a 2a. lei de Kepler, temos:
Em relação a Plutão: !k 1
(R p )3 A
A
= 4 #t’ ! 3 meses
RP ! 40 R e TT ! 1 ano 12 #t'
Eunice Toyota
3. De acordo com o modelo planetário de Ptolomeu,
B A
como podemos descrever o que ocorre com a energia
cinética e potencial gravitacional dos planetas? E da Sol
Terra? planeta
D
4. No sistema planetário de Copérnico, qual é a varia-
ção de energia cinética e potencial gravitacional do
planeta Terra? 8. O raio médio da órbita de Saturno em torno do Sol é
5. A figura representa um planeta descrevendo um sexto cerca de 9,6 vezes maior do que o raio médio da órbi-
de toda sua área de órbita em torno de seu Sol, num ta da Terra. Determine, em anos terrestres, o período
sistema planetário de outra galáxia, em 30 dias ter- de revolução de Saturno.
restres. Admitindo que as leis de Kepler também são
Photodisc/Getty Images
válidas nesse sistema, calcule o período de translação
desse planeta ao redor do Sol. Escreva qual lei de Ke-
pler foi utilizada em seus cálculos.
Eunice Toyota
Sol
planeta
c) 4 meses
d) 8 meses
e) 16 meses
10. Considere que o período de revolução da Lua em tor-
no da Terra é de 27 dias e que o raio de sua órbita
valha 60R, sendo R o raio da Terra. Um satélite geoes-
tacionário, de telecomunicações, orbita a Terra. Em
relação ao satélite, responda:
a) Qual o período de revolução?
Júpiter b) Qual o raio de órbita?
Terra
Espaçonaves não tripuladas Muitos satélites artificiais e
Todas as missões planetárias foram realizadas com missões tripuladas orbitaram e
espaçonaves não tripuladas. Quando possível, essas continuam a orbitar a Terra. A
viagens se aproveitaram do campo gravitacional de Estação Espacial Internacional,
um ou mais planetas, com a intenção de minimizar que está orbitando o planeta,
os gastos de combustíveis. sempre tem tripulação a bordo.
Estação Espacial
Internacional
O ônibus espacial
A espaçonave tripulada é a mais
usada desde 1981. O ônibus,
entretanto, não pode ir além de
700 km da órbita terrestre.
Ônibus espacial
Lua
As missões Apolo (1969-1972)
Mercúrio levaram um total de 12 astronautas
Foi sobrevoado três vezes pela até a superfície da Lua. Essas foram
sonda Mariner 10, entre 1974 as únicas missões que levaram seres
e 1975, com uma aproximação humanos além da órbita terrestre.
máxima de 327 km. A sonda
mapeou 45% do planeta e realizou
diversos tipos de medição. Em
2011, a sonda Messenger entrou Vênus
em órbita ao redor de Mercúrio,
após sobrevoar o planeta entre O mais visitado corpo celeste
2008 e 2009. depois da Lua já foi estudado
por sondas tanto em órbita
quanto em solo. Durante as
missões, a superfície do planeta
foi mapeada e até escavada e a
atmosfera, analisada.
7 anos
Foi o tempo que levou para a
sonda Cassini viajar da Terra
até Júpiter. Já a sonda Galileu Saturno
chegou em Júpiter em seis anos.
Apenas quatro missões visitaram Saturno. As três
primeiras – Pioneer 11 (1979) e Voyager 1 e 2
(1979) e 1981) – voaram a distâncias de 34.000
e 35.000 km, do planeta. Cassini, entretanto,
foi posicionada na órbita de Saturno em 2004 e
obteve sensacionais imagens do planeta e seus
Além do Sistema Solar anéis. Parte da missão Cassini era lançar duas
Deixando para trás a órbita de Netuno, as sondas espaciais Pioneer sondas Huygens, que pousaram com sucesso na
10 e 11 e Voyager 1 e 2 estão nos limites da órbita do Sistema Solar. superfície da lua de Saturno, Titã.
Eros
Em 2000, a sonda NEAR
entrou na órbita do
asteroide 433 Eros.
Pioneer 10 e 11
Foram lançadas em 1972 e Voyager 1 e 2
1973 e visitaram Júpiter e Lançadas em 1977, elas Marte
Saturno. O contato com as carregam um disco banhado a Em 1965, a Mariner 4 tirou as
sondas foi perdido em 1997 ouro, com música, saudações primeiras 22 fotografias da
e 1995, respectivamente. Elas em diversos idiomas, sons
carregam um compartimento e fotografias da Terra e superfície de Marte. Desde
com informações sobre a Terra e explicações científicas. As então, o planeta foi visitado
os seres humanos, supondo que sondas passaram por Júpiter, por muitas outras sondas
as sondas possam eventualmente Saturno, Urano e Netuno e orbitais e sondas de solo que
ser encontradas por uma permanecem em contato com a andaram em sua superfície.
civilização extraterrestre. Pioneer Terra. Alguns dados indicam que
10 foi direcionada à estrela em 2003 a Voyager 1 cruzou a
Aldebaran, onde deverá chegar heliosfera e que está na borda
em 1.700.000 anos. externa do Sistema Solar. Mars Rover
©Sol90 Images
(2004)
Júpiter
Saturno Urano Netuno
m1 ← ←
m2
Editoria de arte
F 2F
d
Isaac Newton, pintado por
George Vertue, em 1726. Representação esquemática da lei da Gravitação
Universal
m1m2
Fg ! G
d2
Exercício resolvido
1 Considere que a Terra e a Lua são corpos esféricos e homogêneos, cujas
Digital Vision/Getty Images
massas são respectivamente iguais a mT ! 6 " 1024 kg e mL ! 7,4 " 1022 kg.
Se a distância aproximada entre os seus centros é 380 000 km, determine
o valor da intensidade da força de atração entre a Terra e a Lua. (Dado:
G ! 6,7 " 10#11 N " m2/kg2.)
RESOLUÇÃO
m1m 2
Fg ! G e d ! 380 000 km ! 3,8 " 108 m
d2
Campo gravitacional
Na tentativa de compreender as forças de interação a distância, desenvolveu-
-se o conceito de campo gravitacional.
A ideia de campo de força gravitacional parte do seguinte princípio: todo cor-
po de massa m1 origina no espaço ao seu redor um campo de força, de tal forma
que qualquer outro corpo de massa m2 colocado nesse espaço
Editoria de arte
sofrerá ação de m1.
Considere que um corpo de massa m1 atribui um poten- ←
Fg
cial gravitacional a todo ponto do espaço ao seu redor. O m1 m2
campo gravitacional g é um campo vetorial que se mani-
festa por meio da ação da força gravitacional Fg nos corpos
aí colocados. Portanto, para um corpo de massa m2, a inten- d
sidade de Fg será:
m1m2
Fg ! G
d2
Terra Fg
vetor campo gravitacional com mesma direção e sentido de Fg e ←
g
F
intensidade g ! g .
m
Editoria de arte
M ←
m
F
h
R d
R: raio da Terra
h: distância da partícula à superfície da Terra
d ! R " h: distância da partícula ao centro da Terra
Nesse caso, a intensidade da força de atração gravitacional, Fg, que age na partícula é:
Mm Mm
Fg ! G Fg ! G
d2 (R " h)2
Se desconsiderarmos o movimento de rotação da Terra e desprezarmos a ação do Sol e
de outros corpos celestes, teremos Fg ! P ! mg (a força de atração gravitacional é o próprio
peso do corpo):
Mm
mg ! G
(R " h)2
M
g ! G
(R " h)2
M
g0 ! G
R2
Latitude 0° 10° 20° 30° 40° 45° 50° 60° 70° 80° 90°
g (m/s2) 9,7803 9,7819 9,7864 9,7932 9,8017 9,8066 9,8107 9,8191 9,8260 9,8305 9,8321
Fonte: RESNICK, Robert; HALLIDAY, David. Física 1: Volume 1. Rio de Janeiro: LTC, 1973.
Essas variações, embora pequenas, ocorrem, basicamente, devido ao fato de a Terra apre-
sentar diferentes raios, quando consideramos o eixo de rotação.
RESOLUÇÃO
2 Considere que a aceleração da gravidade próximo da superfície da Terra é g ! 9,81 m/s2, sua massa é M e o raio médio,
R. Determine a aceleração da gravidade na superfície de um planeta P, sabendo que a massa de P é 3M e o seu raio
médio é 3R.
RESOLUÇÃO
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
1. O que é um campo gravitacional e como o percebe- fera homogênea de raio R ! 1,74 " 106 m e massa
mos? M ! 7,3 " 1022 kg.
(Dado: G ! 6,67 " 10#11 N " m2/kg2.)
2. O campo gravitacional é maior no equador ou nos po-
los? Se a Terra não girasse mais em torno de seu eixo, 4. Sabendo que a distância da Terra à Lua é 380 " 103 km
o campo gravitacional aumentaria ou diminuiria? e a massa da Lua é 81 vezes menor que a massa da
Terra, determine a que distância do centro da Terra
está situado o ponto no qual o campo gravitacional é
polo Norte nulo.
Editoria de arte
Corpos em órbita
No esquema seguinte, temos dois corpos, de massa M e m, com M muito
maior que m.
O corpo m gira em órbita circular ao redor do corpo M e as forças de intera-
ção estão representadas por Fg e #Fg. Sendo Fg uma força centrípeta, podemos
determinar sua intensidade partindo da lei da gravitação universal.
Mm
Fg ! G
Editoria de arte
d2
d
Mm
macp ! G ← m
d2 ←
F
#F ←
2
Mm v
m v !G 2 M
d d
M
v2 ! G
d
M
v! G
d
RESOLUÇÃO
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
1. Criada em 1989 no mu- de nosso planeta. Nessas condições, a velocidade
Axel Bugge/Reuters/Latinstock
nicípio de Alcântara, a tangencial desenvolvida pelo satélite é v. Após um
408 km de São Luís, capital imprevisto, foram obrigados a manter o satélite em
do Maranhão, a segunda órbita da Terra, porém com a intensidade da velo-
base de lançamentos de cidade menor. Caso você fizesse parte dessa equi-
foguetes da Força Aérea pe, que atitude tomaria para atingir esse objetivo?
Brasileira foi denominada a) Aumentaria a velocidade angular.
de Centro de Lançamento
b) Aumentaria a massa do satélite.
de Alcântara (CLA). O lo-
cal escolhido para instalar c) Aumentaria o raio da órbita.
a base é próximo da linha d) Diminuiria o raio da órbita.
do equador (latitude 2°18’ e) Diminuiria o raio da órbita e aumentaria a massa
sul). Esse fato é importante do satélite.
porque a velocidade de rotação da Terra, na altura da
3. Durante um treinamento, um astronauta é colocado
linha do equador, auxilia o impulso dos lançadores, fa-
no interior de uma “cabine” que simula as condições
vorecendo a economia do combustível propelente utili-
de uma nave espacial em órbita ao redor da Terra.
zado nos foguetes. Além disso, a península de Alcânta-
Para esse astronauta, os objetos que estão lá dentro
ra possibilita lançamentos em todos os tipos de órbita.
parecem flutuar. Como você explica esse fenômeno?
Seus principais propósitos, atualmente, estão relaciona-
dos à realização de lançamentos de satélites e a sediar 4. Numa lanchonete, enquanto esperam os lanches,
os testes do Veículo Lançador de Satélites (VLS). quatro estudantes recordam uma das cenas do filme a
que acabaram de assistir. Nela, uma espaçonave, em
O primeiro lançamento feito nessa base ocorreu em
órbita terrestre, está submetida à ação da gravidade
1989 e certamente os responsáveis pelo projeto de
e no seu interior um astronauta flutua em relação aos
lançamento tinham conhecimento de que a velocida-
objetos que estão na nave. Avalie os comentários fei-
de orbital de um satélite, girando ao redor da Terra,
tos pelos estudantes sobre o fenômeno observado.
depende apenas das grandezas:
Carla: “Tanto os objetos quanto o astronauta são
a) raio da órbita e massa do Sol. atraídos na direção do centro da Terra com a mesma
b) raio da órbita e massa da Terra. aceleração.”
c) raio da órbita e massa do satélite. Camila: “A cena é de ficção, não pode ser explicada
com base científica.”
d) massa do satélite e massa da Terra.
Carol: “A resultante das forças que agem na nave é
e) massa da Terra, somente.
zero.”
2. Os responsáveis técnicos pelo projeto do satélite X
Coralina: “A nave se mantém em equilíbrio e não cai
fizeram com que ele girasse ao redor da Terra,
sobre a Terra porque as forças exercidas pela Lua e
numa órbita circular cujo raio é quatro vezes o raio
pela Terra sobre a nave são iguais.”
QUER SABER?
Como os antigos calculavam a distância até a Lua?
Aristarco de Samos viveu numa época (c. 310 a.C.-230 a.C.) em que o modelo geocêntrico era predominante.
Qualquer tentativa contrária às propostas aristotélicas (Terra na posição central do Universo) estava fadada ao
insucesso.
Mesmo nesse contexto social adverso, Aristarco desenvolveu cálculos sobre o tamanho dos planetas e as
distâncias que os separam, tomando como referência o Sol na posição central do sistema.
Um desses cálculos se refere à distância da Terra ao Sol. Considerando a falta de recursos instrumentais
da época, a forma como esse cálculo foi realizado revela grande engenhosidade.
Observando simultaneamente a Lua em quarto crescente e o pôr do sol, Aristarco mediu o ângulo entre essas
linhas de visada e obteve o valor de 87°. A partir desse ângulo, e usando a distância entre a Terra e a Lua como
referência, calculou a distância entre a Terra e o Sol,
obtendo aproximadamente 19 vezes a distância Terra-
Grace Arruda
R A
e) a força de atração da Terra é a força centrípeta
necessária para manter o satélite em órbi-
ta em torno do centro da Terra com um período de
9R 3R 24 horas.
5. (Vunesp-SP) Turistas que visitam Moscou podem
experimentar a ausência de gravidade voando em
Sabe-se que:
aviões de treinamento de cosmonautas. Uma das ma-
• a massa do planeta é 1 000 vezes a do satélite; neiras de dar aos passageiros desses voos a sensação
• o raio do satélite é muito menor que o do planeta. de ausência de gravidade, durante um determinado
Determine a razão entre as intensidades das forças intervalo de tempo, é fazer um desses aviões:
gravitacionais exercidas pelo planeta e pelo satélite a) voar em círculos, num plano vertical, com veloci-
sobre o asteroide. dade escalar constante.
b) voar em círculos, num plano horizontal, com
3. (Vunesp-SP) Sabe-se que o raio do planeta Mercúrio
velocidade escalar constante.
é 0,4 vez o raio da Terra e que sua massa é apenas
c) voar verticalmente para cima, com aceleração
0,04 vez a massa da Terra. O peso de um objeto em
igual a g.
Mercúrio seria quantas vezes o peso do mesmo objeto
na Terra? d) voar horizontalmente, em qualquer direção, com
aceleração igual a g.
a) 25 vezes menor
e) cair verticalmente de grande altura, em queda
b) 4 vezes menor
livre.
c) 6,25 vezes menor
Energia e
as leis da
5 O motor a vapor é uma máquina térmica que
transforma energia do vapor-d’água em energia de
movimento. Um exemplo são os barcos a vapor.
conservação
da Dinâmica
Capítulo 13:
Trabalho de uma força
Capítulo 14:
Energia mecânica
Capítulo 15:
Impulso e quantidade
de movimento
trevarthan/Shutterstock.com
Alexia Khruscheva/Shutterstock.com
Baptist/Shutterstock.com
Foi James Watt, engenheiro A unidade de potência é watt (W) em 1 CV corresponde à potência dissipada por
escocês, quem aperfeiçoou a homenagem a James Watt. Outras unidades 1 cavalo para elevar um corpo de 75 kg a
máquina a vapor, tornando-a como cavalo-vapor (CV) e horse power (HP), 1 metro de altura, durante 1 segundo.
mais eficiente, o que colaborou foram criadas na época em que o trabalho
para a revolução industrial. de uma máquina era comparado ao trabalho
realizado por cavalos.
1. CONCEITO DE TRABALHO
Na unidade anterior, analisamos fenômenos que envolvem o movimento e suas causas, utilizando os princípios
da Dinâmica. Há situações, porém, em que esses princípios não são os mais indicados.
Observe o esquema que representa um trecho de uma montanha-russa. Imagine se tivéssemos de determinar
a velocidade do carrinho de massa m, ao atingir o ponto D, sabendo que ele foi abandonado no ponto C.
No esquema, não consideramos a força de atrito, mas mesmo assim é possível perceber a dificuldade em utili-
zar a 2a. lei de Newton, pois, em cada ponto ocupado pelo carrinho, a intensidade e a direção da força resultante
passam por variações. Isso exige outra forma de equacionar o movimento.
Editoria de arte
Para casos como esse, em que os
corpos em movimento sofrem a ação
de forças cuja resultante vetorial varia
a cada ponto, recorreremos aos con-
ceitos de energia e trabalho.
A energia associada aos corpos
pode variar. Essa variação está asso-
ciada à ideia de transferir ou trans-
formar energia. Para medir essa
transformação ou transferência de
energia, definimos a grandeza tra-
balho de uma força, que é represen-
tada pela letra grega .
A seguir, vamos analisar essa grandeza em duas situações: quando a força é constante e quando ela é variável.
Corel Stock Photo
C p D
# F p cos !
1J#1N$m
←
←
FN F
# F cos ! $ p
Ft
!
←
Ft
Por meio do gráfico cartesiano do módulo da componente tangencial Ft (com-
ponente da força F na direção do movimento) em função do deslocamento,
também é possível calcular o trabalho da força.
A área do retângulo amarelo é numericamente igual ao trabalho.
Ft # F cos !
Editoria de arte
Ft N
área #
área
0 p1 p2 p
Alex Argozino
→ F
O trabalho da força F é positivo quan-
→
do a força F age na direção que favorece
o movimento, ou seja, quando ! é nulo ! p
ou agudo, recebendo o nome de traba-
0° $ ! # 90° Æ
lho motor.
Æ 0 # cos ! # 1
& F p cos ! ( 0
Alex Argozino
→
O trabalho da força F é negativo quan- F
→
do a força F age na direção que resiste ! p
Alex Argozino
→
O trabalho da força F é nulo quando
→
F age na direção perpendicular à direção
p
do vetor deslocamento, ou seja, quando
! é reto. ! & 90° Æ cos 90° & 0
&F p'0&0
Exercício resolvido
1 Considere as duas situações representadas, nas quais as trajetórias são retilíneas e o corpo se desloca de A para B.
→
Na 1.a situação, a força constante F age no corpo e forma, com o vetor deslocamento, um ângulo ! & 0°. Na 2.a situ-
→
ação, ela forma um ângulo ) & 60°. Determine o trabalho de F, sabendo que a sua intensidade é F & 12 N.
1a. situação 2a. situação
Selma Caparroz
Selma Caparroz
F
F
A p&6m B A p&6m B
RESOLUÇÃO
→
Sendo F constante e a trajetória retilínea, temos:
1a. situação: & F p ' cos ! 2a. situação: & F p ' cos )
& 12 ' 6 ' cos 0° & 12 ' 6 ' cos 60°
1
& 12 ' 6 ' 1 Æ & 72 J & 12 ' 6 ' Æ & 36 J
2
←
← F
F
← ←
F F
A B 1m
1m
← ! " P p cos !
P
←
p
h ← h
P Do triângulo CDE, temos: cos ! " h " p cos !
p
Substituindo na equação que determina o trabalho
da força peso, temos:
D
E
←
P " # Ph
Exercícios resolvidos
1 Um corpo de peso 400 N é levantado até a altura de 0,9 m por uma força constante F = 300 N. Calcule o trabalho
realizado:
→ →
a) pela força F. b) pelo peso P.
RESOLUÇÃO
→
a) O sentido da força F é o sentido do deslocamento b) O sentido da força peso é oposto ao deslocamento,
do corpo, assim: assim:
" F % d % cos 0& " 300 % 0,9 % ('1) " P % d % cos 180& " 400 % 0,9 % ($1)
" 270 J " 360 J
Selma Caparroz
m ! 120 kg até a carroceria de um caminhão (veja o esquema).
Sabe-se que, nesse local, g ! 10 m/s2, o coeficiente de atrito entre
→
a caixa e a rampa é " ! 0,3 e a força F aplicada tem intensidade
1 500 N. Nessas condições, determine: F
→
a) o trabalho da força F; N
1,5 m
c) o trabalho da força normal na superfície da rampa; M
d) o trabalho da força de atrito; chão
2m
e) a intensidade da força resultante;
f) o trabalho da força resultante.
RESOLUÇÃO
← N
N ←
15 N
sen # ! cos $ ! = 0,6
2,5
u
d 5 2,5 m
2 1,5 m
cos # ! sen $ ! = 0,8
2,5
b
M
2m
→
Neste problema chamaremos o deslocamento vetorial p de d (distância percorrida no plano inclinado).
→
a) A força F age na mesma direção e sentido do deslocamento do ponto M até N:
F
! Fd cos 0°
F
! 1 500 % 2,5 % 1 ! 3 750 J
Também podemos determinar o trabalho da força resultante pela adição dos valores obtidos nos itens a, b, c e d:
m ! F
% F
% F
% F
R
m ! 3 750 – 1 800 % 0 – 720 ! 1 230 J
R
O trabalho da força resultante é igual à soma algébrica dos trabalhos das forças agentes.
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
1. Quando um corpo é deslocado verticalmente para a) Considerando nesse local g ! 10 m/s2, determine o
cima, o trabalho da força peso é motor, resistente ou trabalho da força peso nas duas situações.
igual a zero? b) Se a criança suspendesse a bola por meio de um
2. Uma criança, sentada no alto de um escorregador de fio imaginário e em movimento uniforme, desde o
altura h ! 1,8 m, tem nas mãos uma bola de massa chão até o ponto A, considerando duas possibilida-
m ! 0,2 kg. des, com e sem a rampa, qual seria o trabalho da for-
ça aplicada pela criança? (Despreze os atritos.)
Na 1.a situação, ela abandona a bola, que cai ver-
c) De acordo com o enunciado do item b, em qual das
ticalmente, e na 2.a, ela abandona a bola sobre a
duas possibilidades a criança faria a menor força?
rampa inclinada do escorregador.
3. Qual é o trabalho realizado pela força peso de um
1a. situação carro, de massa 2 000 kg, que é levantado à altura de
A 4 m para ser lavado? (Adote g = 10 m/s2.)
Studio Caparroz
B C
1,5 m
2a. situação A 60º
A
Studio Caparroz
B C
Paulo Nilson
objeto subindo e descendo o plano. Dados: massa
do objeto é de 4 kg; g " 10 m/s2.
6. Um bloco de massa 10 kg é transferido de um ponto A
para um ponto B, separados por 60 m na horizontal e
40 m na vertical marcadas a partir do ponto A. Deter-
mine o módulo do trabalho realizado pela força peso. →
F
(Adote g " 10 m/s2.)
B Tarumã
→
P
prancha 1 prancha 2
∆d
40 m
Despreze os possíveis atritos e considere a corda
ideal, a força aplicada pelo encanador paralela à
prancha e o movimento da caixa uniforme. Analise
A
e responda:
60 m
a) Que prancha o encanador deve usar, se ele de-
7. Determine o trabalho realizado pela força peso de um seja fazer menos força? (Sugestão: compare o
corpo, de massa 15 kg, que é levantado verticalmen- componente da força peso, paralela à rampa, nas
te, com velocidade constante, do solo a uma altura de duas situações.)
5,0 m. (Dado: g " 10 m/s2.) b) Que prancha o encanador deve usar, se ele de-
8. Para mobiliar um apartamento no quarto andar de um seja que o trabalho da força aplicada seja o menor
edifício, foi necessário erguer um dos móveis pelo lado possível?
externo, a 18 m de altura. Sabendo que a massa do mó- 10. A figura abaixo representa um bloco de massa 25 kg
vel é 80 kg, determine o módulo do trabalho realizado sendo puxado por uma força de 350 N paralela à su-
pela força peso do móvel. (Dado: g " 10 m/s2.) perfície do plano inclinado. O seno do ângulo forma-
do entre o plano e a horizontal é 0,6. Determine a for-
Stuart Pearce/Age Fotostock/Easypix
←
F
M M M
,i
,1
,2
x1 5 ,1 2 ,i
x2 5 ,2 2 ,i
←
F1
←
F2
Essa relação, conhecida como lei de Hooke, é válida para pequenas deforma-
ções da mola.
Para determinar o trabalho da força elástica, representaremos graficamente a lei de
Hooke. Como a equação Fel & kx é do primeiro grau em x, o gráfico de Fel em Fel (N)
função de x será retilíneo.
Editoria de arte
Nesse caso, a área amarela é numericamente igual ao trabalho da força kx
elástica.
1 kx2
Área do triângulo: A & x ' kx & área
2 2
kx2
Portanto, o trabalho da força elástica é: Fel & * x x (m)
2
O trabalho da força elástica pode ser positivo ou negativo, dependendo da
direção e do sentido da força elástica em relação ao sentido da deformação sofri-
da pela mola. Quando a mola é comprimida ou distendida, isto é, se distancia do
ponto de equilíbrio, o trabalho da força elástica é negativo; quando a mola retor-
na à posição de equilíbrio, o trabalho é positivo. Em resumo, o sinal do trabalho
depende da orientação do movimento (deslocamento) em relação à força elástica
que age sempre no sentido de fazer a mola retornar à sua posição de equilíbrio:
• negativo, quando a mola é alongada ou comprimida;
• positivo, quando a mola retorna à posição de equilíbrio.
Exercícios resolvidos
1 Durante um experimento foram usadas duas molas, Portanto, para a mola m, o valor de km é:
m e n, de constantes elásticas km e kn. Ambas foram F 12
→ km & & km & 30 N/m
comprimidas pela mesma força F de intensidade 12 N xm 0,4
e sofreram as deformações xm e xn. Para a mola n, o valor de kn é:
a) Determine o valor de km e kn, sabendo que xm & 0,4 m F 12
e xn & 0,2 m. kn & & kn & 60 N/m
xn 0,2
b) Estabeleça uma relação entre as constantes elásti-
b) A mola n, de constante elástica maior, apresentou
cas das molas e a maior ou menor resistência à defor-
menor deformação, ou seja, ofereceu maior resistência
mação sofrida por elas.
à deformação. Portanto, para obter a mesma deforma-
RESOLUÇÃO ção nas duas molas, teríamos de aplicar uma força de
maior intensidade na mola n.
a) Da lei de Hooke, temos: Fel & kx
c) o trabalho da força elástica se a força deixar de agir sobre a mola e ela voltar ←
à posição inicial. F
RESOLUÇÃO
c) Quando a mola volta à posição inicial, o trabalho da
a) Segundo a lei de Hooke, Fel ! kx força elástica é motor. Como o sentido da força elástica
F 60 mola deformada é o mesmo do deslocamento:
k! ! k ! 300 N/m
x 0,8 " 0,6 kx2 300 # (0,2)2
sentido do ! ! !6J
b) Durante a deformação, como a movimento x 2
força elástica possui sentido contrário
ao do deslocamento: ←
mola
kx2 300 # (0,2)2 Fel retornando
!" !" ! "6 J à posição
x 2 sentido do
inicial
←
F movimento
←
Fel
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
→
1. Ao sofrer a ação de uma força F, uma mola apresen- 4. Uma mola apresenta comprimento natural de
ta uma deformação de 0,02 m, alongando-se. Se a ! 0 ! 12 cm e sofre uma deformação x com a rea-
constante elástica dessa mola é 400 N/m, determine: lização de um trabalho de 20 J. Determine o compri-
a) a intensidade da força F.
→
mento ! da mola nessa deformação. (Dado: constan-
→ te elástica da mola é 10 N/cm.)
b) o trabalho da força F para deformá-la.
5. Para manter determinada mola comprimida de 0,06 m
2. No laboratório de Física, um aluno realiza o seguinte
foi necessário um trabalho de 3,6 J. Determine:
experimento: aplica uma força de 2 N em uma mola e
observa uma deformação correspondente a 10 cm. Se a) a constante elástica da mola.
o aluno aplicar uma força de 4 N, b) a intensidade da força exercida pela mola, enquan-
a) quanto a mola vai deformar? to ela esteve comprimida de 0,06 m.
→
b) qual será o trabalho realizado pela força de 4 N? 6. Uma força F atua F (N)
Tarumã
dos de um experimento
30 deslocamento. O 0 10 20 s(m)
e construiu o gráfico que
gráfico da inten-
Studio Caparroz
20
representa a intensidade →
→ sidade da força F,
da força F aplicada numa 10 F
em função do es-
mola em função da defor-
paço s está repre-
mação sofrida por ela. 0 0,05 0,1 0,15 x(m)
sentado ao lado.
De acordo com o gráfico, determine: Determine o traba- 0 10 m 20 m s
→
a) a constante elástica da mola. lho da força F quando o corpo sofre um deslocamento
→
b) o trabalho da força F para deformá-la 0,15 m. de s ! 0 para s ! 10 m e de s ! 10 m para s ! 20 m.
1. (UFF-RJ) Um motorista empurra um carro sem com- A ao ponto B, podemos afirmar que valem, respecti-
bustível até o posto mais próximo. Na primeira me- vamente:
< 5 1,0 m
Editoria de arte
tade do trajeto, o motorista empurra o carro por trás a) !2,0 J e "2,0 J A
(situação I) e na segunda metade do trajeto ele o em- b) !3,0 J e zero
purra pelo lado (situação II). ←
→ c) zero e 3,0 J T
Paulo Cesar
F
&
d) 3,0 J e 3,0 J
e) 3,0 J e zero
←
→ B P
F
4. (Mack-SP) A mola da figura varia seu comprimento
de 10 cm para 22 cm quando penduramos em sua ex-
Situação I Situação II
tremidade um corpo de 4 N.
→
Nas figuras está também representada a força F,
Editoria de arte
que o motorista faz sobre o carro, em cada caso. Sa-
10 cm
bendo que a intensidade dessa força é constante e a
mesma nas duas situações, é correto afirmar:
22 cm
a) O trabalho realizado pelo motorista é maior na si-
tuação II.
b) O trabalho realizado pelo motorista é o mesmo nas
4N
duas situações.
Determine o comprimento total dessa mola quando
c) A energia transferida para o carro pelo motorista é
penduramos nela um corpo de 6 N.
maior na situação I.
5. (Fuvest-SP) O grá-
Editoria de arte
F (N)
d) A energia transferida para o carro pelo motorista é
menor na situação I. fico representa a 4
variação da inten-
e) O trabalho realizado pelo motorista é maior na si-
sidade da força
tuação I e é menor do que a energia por ele transferi- →
resultante F, que
da para o carro na situação II.
atua sobre um cor-
2. (Unirio-RJ) Três corpos idênticos de massa M deslo- po de 2 kg de mas-
cam-se entre dois níveis, como mostra a figura: A cain- sa, em função do
do livremente, B deslizando ao longo de um tobogã e C 0 1 2 3 x(m)
deslocamento x.
descendo uma rampa, sendo, em todos os movimentos, →
Sabendo que a força F tem a mesma direção e o mes-
desprezíveis as forças dissipativas.
mo sentido do deslocamento, determine:
a) A aceleração máxima adquirida pelo corpo.
Alberto De Steffano
C A B →
b) O trabalho total realizado pela força F entre as po-
sições x # 0 e x # 3 m.
→
6. (Unifor-CE) Uma força Ft é aplicada num corpo
tangencialmente à trajetória seguida por ele. No des-
→
locamento de 0 a 4 m, o trabalho de Ft vale, em joules:
Com relação ao trabalho ( ) realizado pela força peso a) 30 Ft (N)
dos corpos, pode-se afirmar que: b) 40
Editoria de arte
a) C $ B $ A d) B # C # A
c) 50
b) # $ e) % $ 20
C B A C B A d) 60
c) C
$ B
# A e) 70
10
3. (Unesa-RJ) Uma pequena esfera de peso P # 3,0 N,
presa a um fio de comprimento ! # 1,0 m, é solta do
ponto A. Quanto aos trabalhos realizados pela força
→ → 0 2,0 4,0 s (m)
de tração T, exercida pelo fio, e pelo peso P , do ponto
1. ENERGIA
A necessidade de sobrevivência, o poder de transformação e a capacidade de
realização do ser humano levaram-no a desenvolver tecnologias para explorar, de
diferentes maneiras, os vários tipos de energia, como os apresentamos a seguir.
Photodisc/Getty Images
Eduardo Zappia/Pulsar
Energia eólica: o vento movimenta as pás do gerador A energia solar pode ser transformada em energia elétrica utilizando células
transformando energia cinética em energia elétrica. fotovoltaicas.
A palavra energia é muito usada em nosso cotidiano, mas não é fácil defini-
-la como uma grandeza física. E talvez seja o conceito mais importante da Física,
sendo aplicado em diversas áreas.
2. ENERGIA CINÉTICA
Quando um corpo se movimenta com velocidade v em relação a determinado
referencial, podemos associar a ele uma energia de movimento, denominada
energia cinética.
A seguir, vamos avaliar numericamente como é possível determinar a energia
cinética.
Considere uma partícula de massa m que se move, em relação a um referencial,
com velocidade escalar instantânea v.
Editoria de arte
v
m
mv2
Ec !
2
Editoria de arte
← ← ← ←
F vi F v
m m
A B
F F
R ! ma F ! ma a! a! (1)
m m
F
! Ec $ Ec ! Ec
B A
Exercícios resolvidos
A
Studio Caparroz
1 Após uma caminhada exaustiva, um jovem resolveu parar sob
uma jaqueira. Durante o descanso, uma das jacas desprendeu-se
do galho e caiu em linha reta até atingir o chão. O jovem apro-
veitou o imprevisto, mediu a altura desde a ponta do galho até o
chão (h ! 6 m) e verificou o peso da jaca (P ! 30 N). Pergunta-se: 6m
RESOLUÇÃO b) Desprezando os possíveis atritos, o trabalho da força peso que age na jaca é igual
à variação de energia cinética sofrida por ela. Como inicialmente a jaca estava em
a) ! Ph repouso (A), então:
! 30 # 6 EcA ! 0
! 180 J ! EcB $ EcA Como o trabalho da força peso é motor (positivo), o
Ec ! 180 J valor da energia cinética será crescente.
Determine: A B
a) o trabalho da força de atrito sobre o corpo, desde o momento em que a peça toca o chão (A) até parar (B).
b) o tempo necessário para que a peça fique em repouso, sabendo que o coeficiente de atrito cinético é 0,10 e a ace-
leração da gravidade é 10 m/s2.
RESOLUÇÃO
a) O movimento do corpo ocorre na horizontal, logo N ! P. Nesse caso, a força resultante que age no corpo é repre-
sentada por Fat, cujo trabalho é resistente e dado pela variação da energia cinética.
←
a
! EcB " EcA
←
N
mv2 mv2i
←
Fat vi 5 12 m/s v50
! "
2 2 A B
0,2 (02 " 122) ←
P
! ! "14,4 J
2
b) Sendo a intensidade da força de atrito Fat ! #N, então:
R ! ma
Fat ! ma
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
1. O que acontece com a energia cinética quando um 3. Quando apenas parte do trabalho realizado pela
carro está acelerando? força resultante é utilizada para variar a energia ciné-
tica, o que acontece com o restante da energia?
2. Quando a energia cinética de um veículo aumenta, o
que ocorre com o trabalho das forças sobre ele? Se a 4. Quando o pneu de um carro derrapa, a força de atrito
energia cinética do veículo duplicar, o que acontece aplicada entre a pista e o pneu é a mesma, qualquer
com o trabalho realizado por ele? que seja a velocidade do carro. Portanto, o atrito não
depende da velocidade. Escreva a variável envolvida
para o carro parar.
214 Unidade 5 Energia e as leis da conservação da Dinâmica
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
5. Em uma estrada de alta rodagem, o veículo A trafega a a) o trabalho da força de atrito.
uma velocidade de 120 km/h e o veículo B trafe- b) a intensidade da força de atrito.
ga a uma velocidade de 60 km/h. Se ambos frearem
c) o coeficiente de atrito cinético ($).
até parar, qual a relação entre as distâncias percor-
ridas pelos veículos? Justifique sua resposta. 8. Um objeto de 8,0 kg está sujeito à força resultante F,
6. Um bloco de madeira, de massa 2 kg, sofre a ação aplicada na mesma direção e no mesmo sentido do mo-
de uma força resultante de intensidade 1 N ao des- vimento. O módulo da força F, variável em função da
locar-se sobre uma superfície lisa e horizontal. Se a posição x, está representado no gráfico.
velocidade inicial do bloco é 4 m/s e a sua trajetória é
retilínea, determine: Sabe-se ainda que o trabalho realizado pela força F é
a) a sua energia cinética inicial. de 300 J no deslocamento de 40 m, indicado no grá-
b) o trabalho da força resultante, caso ela seja constan- fico, e que a velocidade do objeto é de 10 m/s quando
te, na mesma direção e sentido da velocidade inicial, e x ! 40 m.
atue num deslocamento de 48 m. F (N)
c) a sua energia cinética final. F9
d) a velocidade final do bloco.
4,0
7. Após ter sido lançado sobre uma superfície áspera
e horizontal, um corpo de massa 8 kg desliza numa
0 40 x (m)
trajetória retilínea percorrendo 4 m até parar. Se a
energia cinética inicial transmitida ao corpo é 32 J,
determine: Determine:
Eci 5 32 J a) a velocidade do objeto quando x ! 0.
Editoria de arte
←
v
b) o módulo da força F% incógnita no gráfico.
P
hB
O produto mgh representa uma forma de energia associa-
da à posição da partícula em relação a um plano de referência Ep ! mgh solo
(solo), denominado energia potencial gravitacional Ep.
P
! EP " EP
A B
Fel
! Ep " Ep
A B
Exercícios resolvidos
1 Uma menina b) Na posição B:
Studio Caparroz
A B
na posição A,
do alto de um 2 Considere dois postes homogêneos (massa distri-
B
tobogã. solo buída uniformemente ao longo do corpo), um cônico
Tome como base o perfil da superfície do tobogã, repre- e outro cilíndrico, de mesma massa, 150 kg, e de mes-
sentado no esquema acima, e considere g ! 10 m/s2. mo comprimento, 6 m. Calcule a energia potencial
gravitacional quando posicionados verticalmente
Nessas condições, determine:
em relação ao solo. Admita g ! 10 m/s2 e o centro de
a) a energia potencial do brinquedo associada à posição A. 1
massa do poste cônico localizado a de sua altura.
b) a energia potencial do brinquedo associada à posição B. 3
c) o trabalho da força peso para deslocá-lo da posição RESOLUÇÃO
A até a posição B.
Sendo corpos homogêneos, o peso está aplicado em
RESOLUÇÃO seus centros de massa. Assim:
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
1. Dois corpos idênticos são abandonados sobre duas 2. De acordo com os conceitos físicos que estudam o
pistas de testes representadas no esquema a seguir. movimento dos corpos, podemos classificar a energia
Qual deles possui a maior energia potencial gravita- em dois tipos. Quais são? Qual a diferença entre eles?
cional? Qual é mais veloz ao alcançar a extremidade
3. Qual é a variação de energia potencial que acorre
final das pistas? Des- A quando uma pessoa de massa 50 kg sobe uma escada,
preze qualquer forma
com 20 degraus. Considere que cada degrau tem
de resistência ao movi-
Editoria de arte
B 15 cm de altura e g ! 10 m/s2.
mento dos corpos.
h ! 2,5 m
C
hC ! 1 m
kx2
EP !
A
2
A cama elástica também é um exemplo em que podemos associar
Energia potencial à deformação.
Fel
! Ep # Ep
A B
<i ,i
Paulo Nilson
A ! posição de referência
A A
Ep ! energia potencial
A
associada à posição A
x ! <i 2 < x ! ,2 ,i
Ep ! energia potencial
B
associada à posição B
B B
← ←
← Fel ← F
F Fel
! ,
Exercícios resolvidos
1 Durante um teste, prendeu-se uma das extremidades de uma mola a um suporte.
Paulo Nilson
Na outra, pendurou-se um corpo de massa 2 kg, o que causou uma deformação
de 0,05 m na mola. Sabendo-se que g ! 10 m/s2, determine:
a) o valor da constante elástica da mola.
b) a energia potencial elástica do sistema mola-corpo associada à posição A.
RESOLUÇÃO x 5 0,05 m
A
a) Considerando o corpo em repouso, temos: ←
P
Fel ! kx
P 20
P ! kx k! !
x 0,05
k ! 400 N/m
kx2 400 " (0,05)2
b) EP ! !
el 2 2
EP ! 0,5 J
el
RESOLUÇÃO
←
deformação sofrida pela mola, sabendo que a velo-
F cidade da bola ao chocar-se com a mola e de 2 m/s.
Considerar a constante elástica da mola de 100 N/m.
6. O esquema ao lado re-
Paulo Nelson
presenta uma mola ideal
a) o valor da constante elástica da mola. pendurada por uma das !i
extremidades, de com- !
b) a energia potencial elástica da mola.
primento !i ! 0,15 m.
c) qual deve ser o alongamento sofrido pela mola
Na outra extremidade é
para que a energia potencial adquirida por ela seja
colocado um corpo de
1,0 J. ←
massa 2 kg, alongando a P
Tarumã
tra a deformação sofrida
a) energia potencial da flecha.
por uma mola quando 10
b) uma força nula.
se varia a força aplicada
c) energia cinética da flecha. para esticá-la.
d) energia mecânica da flecha.
Determine:
e) energia cinética da flecha de igual intensidade. 0 500 Força (N)
a) a constante elástica
3. Determine, em joules, a energia armazenada por da mola, em N/m.
uma mola, de constante elástica k = 80 N/m, que b) a energia potencial elástica armazenada na mola
apresenta deformação de 0,10 m. quando esta estiver deformada de 4,0 m.
4. ENERGIA MECÂNICA
Studio Caparroz
A
Considere um objeto de massa m, que inicialmente estava em re-
pouso em relação ao chão e depois, ao ser abandonado, descreve uma
trajetória retilínea, conforme o esquema ao lado.
Na posição A o corpo está em repouso; portanto, a energia cinética
é nula; e a energia potencial gravitacional é máxima, pois a altura é
máxima. B
A partir do instante em que o corpo inicia a queda, a velocidade
cresce e o valor da energia cinética aumenta. Simultaneamente, a
altura ocupada pelo corpo diminui, fazendo com que o valor da energia
potencial gravitacional diminua.
No instante imediatamente antes de o corpo atingir o chão, a ve-
C
locidade é máxima. Portanto, a energia cinética é máxima e a energia chão
potencial gravitacional é nula, pois a altura é nula.
Em ! Ec " Ep e Em ! Em ! Em
A B C
R
! Ec # Ec
R
! F
" F
como f i
cons não cons
F
! Epot # Epot
cons i f
RESOLUÇÃO
Editoria de arte
Em ! Em A
A B ←
P
Ec " Epot ! Ec " Epot
A A B B h 5 30 m
Ec ! 1 500 J
B
mv2
b) EC !
B 2
5v2
1 500 !
2
v2 ! 600
v ! 24,5 m/s
Studio Caparroz
com velocidade 2 m/s. Nesse local a aceleração da gravidade é
vA ! 2m/s
10 m/s2 e os possíveis atritos devem ser desprezados.
Nessas condições, e de acordo com os dados do esquema, de-
A
termine:
a) a energia cinética do vagonete na posição B.
hA ! 10 m
b) a intensidade da velocidade do vagonete na posição B.
c) a energia cinética do vagonete na posição C. c
hc ! 6 m
B
RESOLUÇÃO plano de referência
mvB2
a) Se não considerarmos as forças dissipativas (de b) Ec !
B 2
resistência do ar e de atrito), o sistema será conser-
vativo: 30 $ vB2
3 060 ! vB ! 14,3 m/s
2
Em ! Em c) Em ! Em
A B
B C
Ec ! 3 060 J
B
Rubens Chaves/Pulsar
há transformação de uma forma de energia em outra,
explique em termos energéticos o funcionamento de:
a) um coletor solar.
b) um escorregador.
c) um sistema de arco e flecha.
d) uma usina nuclear.
e) uma usina hidrelétrica.
Studio Caparroz
A
escorregador, em uma posição inicial de 5 m em rela-
ção ao chão, a ponto de deslizar nele. Nesse local a ace- 5m
B D
leração da gravidade é 10 m/s2 e a velocidade inicial da
4m 4,2 m
criança é zero.
C
vi ! 0
Studio Caparroz
5. POTÊNCIA
Já conhecemos diferentes formas de energia e sabemos que elas podem se
transformar de um tipo para outro. Agora, vamos estudar como essas transfor-
mações ocorrem, ou seja, analisar a forma como a energia é transferida de um
sistema de corpos para outro.
Acompanhe esta situação: dois ele- A
Paulo Nilson
B
vadores precisam transportar a mesma
carga do térreo ao sétimo andar de um
prédio. Um deles está equipado com
o motor A e realiza esse trabalho em
30 s; o outro, equipado com o motor
B, realiza esse trabalho em 50 s. Nessas tA ! 30s carga tB ! 50s
condições, podemos dizer que o motor carga
E
Pm !
t
F
Pm !
t
Pm ! F " Vm
Exercícios resolvidos
1 Um motor de 500 W de potência precisou de 100 s para arrastar um corpo entre duas posições, com movimento retilí-
neo e uniforme. Nessas condições, determine, em joules, o trabalho motor.
RESOLUÇÃO
2 Um atleta sobe uma rampa em 40 s e chega ao topo, a uma altura de 20 m em relação ao ponto de partida. Deter-
mine:
a) a variação da energia potencial do atleta.
b) a potência média desenvolvida por ele.
Dados: o ponto de partida está no nível de referência, a massa do atleta é 80 kg e a aceleração da gravidade é 10 m/s2.
RESOLUÇÃO
a) E ! Ep # Ep
B B
E ! mghB # mghA
E ! 80 " 10 " 20 # 80 " 10 " 0
E ! 1,6 " 104 J
E 1,6 " 104
b) Pm ! ! Pm ! 4 " 102
t 40
P ! 4 " 102 W
Rendimento
Podemos definir rendimento como a eficiência no desempenho de uma
tarefa. Desse modo, um motor com rendimento ideal seria aquele que utilizasse
toda a energia fornecida pelo combustível para gerar movimento. Mas isso não
ocorre porque parte dessa energia é transformada em energia térmica e em
energia sonora, o que podemos facilmente constatar pelo aquecimento e pelo
barulho do motor.
Pu
%!
Pt
Sendo Pu & Pt, temos: 0 & % & 1 ou 0% & % & 100%. É frequente expres-
sarmos o rendimento de um sistema em porcentagem.
Para um mesmo intervalo de tempo, é possível relacionar o rendimento ao
trabalho:
%! u
Exercício resolvido
1 Um motor de combustão interna, semelhante ao de um carro, requer 2 000 J de energia química para funcionar
durante 20 s e produzir 400 J de energia útil de movimento. Nessas condições:
a) faça um esquema do funcionamento do motor, representando as energias útil, dissipada e total.
b) determine as potências útil, dissipada e total.
c) determine o rendimento do motor.
RESOLUÇÃO
a) Et ! Eu " Ed
Eu ! 400 J
2 000 ! 400 " Ed
Et ! 2 000 J
Ed ! 1 600 J motor
400
b) Pu ! ! 20 W Ed ! 1 600 J
20
1 600
Pd ! ! 80 W
20
2 000
Pt ! ! 100 W
20
P 20
c) % ! u ! ! 0,2 ou 20%
Pt 100
1. (Fuvest-SP) Um ciclista desce uma ladeira com forte 3. (UEL-PR) Um objeto move-se sobre uma superfície ho-
vento contrário ao movimento. Pedalando vigorosa- rizontal com velocidade constante e colide com uma
mente, ele consegue manter a velocidade constante. mola, fixa a uma parede, que exerce uma força F. Con-
Pode-se então afirmar que sua: sidere F ! 100x, em que F é a intensidade da força, em
a) energia cinética está aumentando. newtons, e x é a compressão da mola, em metros. Quan-
b) energia cinética está diminuindo. do x ! 0,10 m, a energia potencial da mola é, em joules:
c) energia potencial gravitacional está aumentando. a) 10
d) energia potencial gravitacional está diminuindo. b) 6,0
e) energia potencial gravitacional é constante. c) 2,5
d) 2,0
2. (Fuvest-SP) No rótulo de uma lata de leite em pó lê-
-se “valor energético 1509 kJ por 100 g (361 kcal)”. e) 0,50
Se toda a energia armazenada em uma lata contendo 4. (UEL-PR) Um motor, cuja potência nominal é
400 g de leite fosse utilizada para levantar um objeto 6,0 $ 102 W, eleva um corpo de peso 6,0 $ 102 N até uma
de 10 kg, a altura atingida seria de, aproximadamen- altura de 5,0 m com velocidade constante de 0,5 m/s.
te (g ! 10 m/s2): Nessas condições, o rendimento do motor vale:
a) 25 cm c) 400 m e) 60 km a) 0,90 c) 0,60 e) 0,25
b) 15 cm d) 2 km b) 0,75 d) 0,50
5. (Fuvest-SP) Uma mola pendurada num suporte a) a energia potencial do bloco em relação ao solo;
apresenta comprimento F (N) b) após sua liberação, a energia cinética do bloco, ao
igual a 20 cm. Na sua 100 atingir a estaca.
extremidade livre pen- 80
7. (Fatec-SP) Considere as afirmações:
dura-se um balde vazio, 60
I. O rendimento de uma máquina simples é a razão
Editoria de arte
cuja massa é 0,50 kg.
Em seguida, coloca-se
40
entre o trabalho útil e o trabalho do operador.
20
água no balde até que II. Nas máquinas simples reais, o rendimento é maior
o comprimento da mola 0 10 20 30 40 50 x (cm)
que a unidade.
atinja 40 cm. III. O rendimento de uma máquina é dado por um nú-
O gráfico ilustra a força que a mola exerce sobre o mero puro.
balde, em função do seu comprimento. É(São) correta(s):
a) I e II
Grace Arruda
Determine:
a) a massa de água colocada no balde. b) II e III
b) a energia potencial elástica c) I e III
acumulada na mola no final do d) I, II e III
processo. e) II
(Adote g ! 10 m/s2.) 8. (Fuvest-SP) A propaganda de um automóvel apregoa
6. (UFV-MG) Um bate-estaca sus- que ele consegue atingir a velocidade de 108 km/h
14 m
tenta um bloco de 200 kg à 16 m em um percurso horizontal de apenas 150 m, par-
altura de 16 m do solo, sobre tindo do repouso.
uma estaca situada 14 m a) Supondo o movimento uniformemente acelerado,
abaixo. Desprezando as calcule a aceleração do carro.
forças dissipativas e sendo b) Sendo 1 200 kg a massa do carro, determine a po-
solo
g ! 10 m/s2, determine: tência média que ele desenvolve.
QUER SABER?
entrada
Os geradores de uma usina hidrelétrica de água
são acionados por turbinas. A abertura ou
o fechamento das comportas permitem o turbina
controle do fluxo de água e a geração de
energia elétrica.
E as águas do mar?
Os oceanos representam um grande po-
Renata Mello/Pulsar
tencial energético renovável e podem gerar
até 10 terawatts de energia. A exploração
desse potencial pode ser feita com baixo
custo operacional, com reduzido impacto
ambiental e com a possibilidade de adapta-
ção da produção de energia à necessidade
de cada localidade. Apesar das vantagens,
a viabilização do aproveitamento da ener-
gia das ondas ainda é incipiente.
No Brasil, o litoral do Ceará se destaca
pela boa regularidade das ondas ao longo
do ano. Um protótipo com duas unidades
de bombeamento foi instalado no porto do
Pecém, a 60 km de Fortaleza. O projeto ex-
perimental pode gerar até 100 kW, o sufi-
ciente para suprir o consumo de 100 famí-
Protótipos dos conversores de energia em teste no laboratório da Coppe da
lias aproximadamente. Usina de Ondas, instalada a 3 km da praia. Os flutuadores estão presos a
O projeto brasileiro apresenta uma ino- “braços” metálicos com aproximadamente 22 metros de comprimento.
vação em relação a outros países: o uso da
câmara hiperbárica, um recipiente de aço
usado para armazenar água comprimida e
Marcos Aurélio
simular as condições de pressão que exis-
tem no fundo do mar.
Ela foi idealizada para funcionar de for-
gerador
ma semelhante à de uma hidrelétrica. Os
flutuadores se movimentam para cima e turbina
para baixo com o movimento das ondas, fun- câmara hiperbárica
cionando como uma bomba que, por meio
de um tubo, impulsiona a água armazenada
em um recipiente até a câmara hiperbárica.
A câmara, por sua vez, provoca uma pressão
semelhante à da queda-d’água, movimen-
tando as turbinas para gerar energia elétri- flutuador
ca, assim como em uma usina hidrelétrica.
Dos países que operam comercialmente
com instalações no mar, destacamos a Di-
namarca, com geração de 4 MW de potên-
cia; a Holanda, com 2 MW; Portugal, com
400 kW; e o Reino Unido, com 500 kW. Ilustrações produzidas com base em: <http://www.planeta.coppe.ufrj.br/imprimir_artigo.
php?artigo=833>. Acesso em: 25 jun. 2015.
ATIVIDADES
1. O Brasil se beneficia do grande potencial hídrico vos levam o Brasil a investir mais na energia dos rios
que possui para gerar energia elétrica. No caso do que na energia das ondas do mar?
aproveitamento da energia das águas dos rios, o 2. Nas usinas hidrelétricas, ocorrem transformações
Brasil tem desenvolvido tecnologia e ampliado as de um tipo de energia em outro. Descreva essas
hidrelétricas em várias regiões do país. Com relação transformações.
ao aproveitamento energético das águas do mar, as
pesquisas ainda precisam ser ampliadas. Que moti-
1. QUANTIDADE DE MOVIMENTO
Recordando os estudos anteriores, você deve ter chegado à conclusão de
que o princípio da conservação da energia mecânica é um conceito físico muito
importante para a descrição do movimento dos corpos e de suas interações.
Com o objetivo de obter outro recurso que possibilite caracterizar o estado de
movimento dos corpos, vamos estudar o conceito da grandeza quantidade de
movimento.
Observe as situações a seguir.
Um veículo com carga, que desenvolve velocidade v1 e tem massa m1, bate
em um obstáculo. A mesma situação se repete, dessa vez com o veículo sem
carga, com a mesma velocidade (v2 ! v1) e massa m2.
Paulo Nilson
1ª situação (m1 ! massa do sistema caminhão-carga)
v1
v2
A massa do sistema na 1a. situação é maior que na 2a. situação, o que causa
um efeito maior na colisão. Isso nos leva a concluir que a massa do corpo inter-
fere no fenômeno.
Vamos considerar agora a mesma colisão em mais duas situações diferentes: o
caminhão com carga terá a mesma massa, porém velocidades diferentes (v3 " v4).
v3
v4
←
Q Q ! mv
m
Q ! Q1 " Q2 " Qn
Q ! m1v1 " m2v2 " " mnvn
Exercício resolvido
1 Uma caminhonete de massa m1 ! 6 000 kg descreve uma trajetória retilínea e horizontal com velocidade v ! 20 m/s.
Determine a quantidade de movimento:
a) da caminhonete.
b) da caminhonete carregada com uma carga de massa m2 ! 2 000 kg.
RESOLUÇÃO
Warren Goldswain/Shutterstock.com
A
Grace Arruda
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volver a ideia de impulso.
Ao chutar a bola, a jogadora está aplicando sobre ela determi-
nada força, durante um intervalo de tempo. Dizemos, então, que
a jogadora exerce na bola um impulso.
Portanto, a ideia de impulso está vinculada a duas grandezas
físicas: força e tempo.
Se considerarmos uma força constante F agindo em um ponto
material durante um intervalo de tempo t ! t2 " t1, teremos que
o impulso da força F é definido por:
I!F t
F
igual à intensidade do impul-
so da força F no intervalo de
tempo considerado.
A
N
A!F t A !I
0 t1 t2 t
Teorema do impulso
A quantidade de movimento e o impulso de uma força são grandezas rela-
cionadas. Retomemos o exemplo da jogadora que aplica a força F, durante o
intervalo de tempo t, sobre a bola de massa m que se movimenta com veloci-
dade inicial v 1. A ação dessa força causa na bola uma aceleração a, alterando a
velocidade para v 2.
Com isso, podemos dizer que a força F foi responsável pela alteração da
quantidade de movimento da bola de Q1 ! mv 1 para Q2 ! mv 2.
← ← ← ←
Q1 ! mv1 Q2 ! mv2
Eunice Toyota
← ←
v1 v2
m m
F ! ma F t!m v
v
F!m F t ! mv 2 # mv 1 (1)
t
Sendo o termo F t igual ao impulso I da força resultante e os termos mv 1
e mv 2 iguais à quantidade de movimento inicial e final, podemos reescrever a
equação (1) da seguinte maneira:
I ! Q2 " Q1 ! Q
Esse desenvolvimento matemático nos diz que a ação da resultante das forças
que agem num ponto material, durante um intervalo de tempo t, imprime a
esse ponto material um impulso I , que corresponde à variação da quantidade de
movimento nesse intervalo de tempo.
Essa expressão, conhecida como teorema do impulso, é válida para refe-
renciais inerciais. Embora esse teorema tenha sido demonstrado para o MUV,
também é válido para outros movimentos em qualquer trajetória.
Exercícios resolvidos
1 Um corpo de massa 0,3 kg se desloca com movimento d) Sendo I ! F " t, temos:
retilíneo sob a ação da força resultante que se man- I 0,6
F! !
tém constante. Sabendo que a velocidade inicial é t 4
4 m/s e que após 4 segundos ela atinge o valor de F ! 0,15 N
6 m/s, determine:
2 Durante a realização de um experimento, um corpo
a) a quantidade inicial de movimento do corpo.
de massa 5,0 kg é colocado em movimento retilíneo
b) a quantidade de movimento do corpo, após 4 se- e, a partir de determinado instante, sua velocidade
gundos. variou em função do tempo, conforme o que se vê
c) o impulso da força resultante impressa ao corpo. no gráfico. Determine o impulso sofrido pelo corpo, no
d) a intensidade da força resultante que age no corpo. intervalo de tempo t1 = 1,0 s e t2 = 7,0 s.
Tarumnã
v (m/s)
RESOLUÇÃO
40
a) Inicialmente, temos:
Qi ! mvi ! 0,3 " 4
Qi ! 1,2 kg " m/s
0 10 t (s)
b) Após 4 segundos, temos:
Tarumã
resultante sofrido pela bola. Note que houve inversão
do sentido da bola. v1
Juergen Hasenkopf/Imagebroker/Easypix
Editoria de Arte
m m m m
Q antes # mA vA % mB v B Q após # mA v 9A % mB v 9B
Ou algebricamente:
Qantes # Qapós
Exercícios resolvidos
1 Uma arma de massa 8 kg dispara uma bala de massa 40 ! 10"3 kg. Determine a velocidade de recuo da arma, sabendo
que no momento do disparo a bala abandona a arma com velocidade v # 180 m/s.
RESOLUÇÃO
antes
e sem a ação de forças externas, ou seja, um sistema iso-
lado. Logo, o módulo da quantidade de movimento do
sistema (arma-bala) antes do disparo é nulo. Qantes # 0 .
Paulo Nilson
! B A !
v vA
Qantes ! Qapós B
Studio Caparroz
60 kg, respectivamente, estão em repouso sobre uma pista
de gelo plana e horizontal. Eles se empurram e se deslocam
na mesma direção e em sentidos opostos: o patinador para
a esquerda, com velocidade 3 m/s, e a patinadora para a di-
reita. Determine a intensidade da velocidade da patinadora.
Inicialmente em repouso. Após terem se empurrado.
RESOLUÇÃO
No início, o sistema patinador-patinadora está em repouso e a resultante das forças externas (peso e normal) é
zero. Então, a quantidade de movimento do sistema:
• antes de se empurrarem: Qinício ! 0
• após se empurrarem: Qapós ! QA " QB
Havendo conservação da quantidade de movimento, temos: Qinício ! Qapós 0 ! QA " QB
Em módulo: 0 ! mA $ vA " mB $ vB
80 $ 3
vB ! # ! # 4m/s
60
A intensidade da velocidade da patinadora é # 4 m/s. O sinal negativo significa que o patinador e a patinadora se
deslocam em sentidos opostos.
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
1. Durante uma aula de Física, o professor, ao fazer uma b) O bailarino e a bailarina continuam juntos, pela lei
demonstração, afirmou que a resultante das forças da ação e reação.
externas que agem num determinado corpo é nula. c) A bailarina entra em movimento e o bailarino per-
Após essa afirmação, os alunos poderão concluir manece em repouso.
sempre que para o corpo em questão: d) O bailarino e a bailarina movem-se juntos no mes-
a) a energia cinética total é constante. mo sentido da força exercida pelo bailarino.
b) a energia potencial total é constante.
c) a energia mecânica total é constante. 3. Um condutor de canoa estava prestes a atracar na
margem de uma lagoa para descarregar a merca-
d) a quantidade de movimento total é constante.
doria que transportava quando perdeu o remo. A
2. Numa pista de patinação, um casal de bailarinos canoa, o condutor e as várias caixas transportadas
aguarda parado o toque musical para iniciar a apre- tinham juntos massa de 300 kg e pararam a 5 m
sentação. Assim que começa a música, o bailarino da margem sem a possibilidade de continuar o mo-
empurra a bailarina para que possam começar a apre- vimento. O condutor se viu obrigado a jogar para
sentação. Se considerarmos uma pista perfeitamente trás (no sentido oposto ao do deslocamento) uma
lisa, em que a interferência do atrito pode ser descon- das caixas de 50 kg. Supondo que a caixa saiu das
siderada, é correto afirmar: mãos do condutor com velocidade 15 m/s em relação
a) O bailarino e a bailarina movem-se em sentidos à margem, determine a velocidade da canoa depois
opostos. desse gesto do condutor.
Alberto de Stefano
o seu condutor seja obrigado a jogar para trás (no
sentido oposto ao do deslocamento) 50 kg de mer-
cadoria, com velocidade vm ! 15 m/s em relação ao
chão. Determine a velocidade do trenó, após esse
gesto do condutor.
Sergey Krasnoshchokov/Shutterstock.com
Ela chegou a essa conclusão depois de estudar o con-
ceito de conservação da quantidade de movimento.
Acompanhe o cálculo que ela fez, considerando 2 kg
a massa do skate e 6 m/s a velocidade inicial do con-
junto.
• quantidade de movimento com a mochila ! quan-
tidade de movimento sem a mochila
(mmochila " mskate) vi ! mskate v
(2 " 2) # 6 m/s ! 2v
24
v! ! 12 m/s
5. Produzido para cinema, televisão, teatro ou rádio, o 2
esquete é uma peça, geralmente, de caráter cômico v ! 2vi
e de curta duração, Aproximadamente, em 10 mi- Você concorda com esse raciocínio?
nutos, os atores ou comediantes exibem a grande ca- Em caso negativo, identifique o erro e apresente sua
pacidade de improvisar e criar sobre variados temas. solução.
Durante a gravação de esquete de novela, o artista 9. Para realizar uma experiência, os alunos comprimi-
de 90 kg está distraído e parado sobre um skate. Des- ram uma mola com dois carrinhos A e B de massas
governada, sobre outro skate, uma moça, de 60 kg, 2,0 kg e 3,0 kg, respectivamente. Assim que o sistema
vem ao encontro do artista, com velocidade 0,5 m/s. é abandonado, os carrinhos se deslocam em sentidos
Após o choque e a interação, os dois deslizam juntos. opostos e a mola cai. Sabendo que o carrinho B adqui-
Determine a velocidade do casal, caso o atrito com o re velocidade 1,0 m/s, determine:
piso não seja considerado.
6. Uma balsa tem 60 m de comprimento e 80 toneladas Studio Caparroz
Almeida Rocha/Folhapress
tituem o sistema não sofrem variação de massa.
Vejamos o exemplo de um veículo colidindo com a traseira de outro veículo
estacionado.
Na primeira etapa da colisão, conhecida como fase de deformação, os cor-
pos se encontram e se deformam, e a energia cinética do sistema se converte
em outras formas de energia, como, por exemplo: energia sonora, representada
pelo barulho que ouvimos; energia térmica, representada pelo aquecimento das
peças do veículo; energia potencial, representada pela energia armazenada pelo
sistema.
A etapa final da colisão, chamada fase de restituição, inicia-se após a fase de
deformação e termina com a separação dos corpos envolvidos no caso de serem
elásticos.
Coeficiente de restituição
Para caracterizar as propriedades elásticas dos corpos que interagem na
colisão, vamos definir a grandeza coeficiente de restituição, representada por
e. Considere uma colisão direta entre duas esferas, A e P, com velocidades vA e
vP, antes do choque, e v!A e v!P, após ele. Nesse caso, o coeficiente de restituição
é determinado pelo quociente entre o módulo da velocidade relativa de afasta-
mento vaf e o módulo da velocidade relativa de aproximação vap.
vaf
e" , com 0 # e # 1, adimensional
vap
←
vA
←
vP
←
v!A
←
v!P v!A # v!P
e!
vA # vP
Colisão elástica
Considere a colisão de duas esferas, em que não ocorre deformação perma-
nente dos corpos. Nesse caso, além da conservação da quantidade de movimen-
to há a conservação da energia cinética total dos corpos envolvidos na colisão, e
o coeficiente de restituição é unitário: e " 1.
Editoria de Arte
← ← ← ←
vA vP v#A v#P
← ← ← ←
vA vP v#A v#P
Colisão inelástica
Na colisão inelástica, os corpos não se separam, passando a ter a mesma ve-
locidade. Nesse caso, o coeficiente de restituição é nulo: e " 0.
antes colisão após
← ← ← ←
vA vP v#A " v#P
Exercícios resolvidos
1 Um motorista abandona seu carro em uma rua plana, sem acionar o freio de mão. Outro veículo, com velocidade
20 m/s, colide com a traseira desse carro, e, imediatamente após o choque, os dois passam a se movimentar juntos.
vA " 20 m/s v
vP " 0
Alberto de Stefano
antes após
2 Sobre uma superfície horizontal e perfeitamente polida, duas esferas, A e P, se movimentam em sentidos contrários
e ambas com velocidade 3 m/s até colidirem frontalmente. Sabe-se que as massas das esferas são mA ! 2 kg e mP !
! 4 kg e que após a colisão a esfera A retorna com velocidade v$A ! 4 m/s.
Diante dessa situação, determine: antes após
Editoria de arte
a) a velocidade da esfera P, após a colisão. ← ← ← ←
vA vP v$A v$P
b) o tipo de colisão ocorrida.
c) a energia cinética dissipada, caso isso ocorra.
RESOLUÇÃO
a) Sabemos que a quantidade de movimento se conserva. Logo, considerando a orientação positiva da trajetória
para a direita, temos:
Qantes ! Qapós
mAvA – mPvP ! mPv$P – mAv$A
2 # 3 – 4 # 3 ! 4v$P – 2 # 4 v$P ! 0,5 m/s
b) Podemos identificar o tipo de colisão determinando o coeficiente de restituição:
v v$A " v$P 4 " 0,5
e ! af ! ! ! 0,75
vap vA " vP 3"4
Como 0 % e % 1, a colisão é parcialmente elástica.
mAvA2 m v2 2 # 32 4 # 32
c) Ec antes ! " P A ! " ! 27 J
2 2 2 2
mAv$A2 m v$2 2 # 42 4 # 0,52
Ec após ! " P P ! " ! 16,5 J
2 2 2 2
Ec ! 27 – 16,5 ! 10,5 J
A energia cinética dissipada na colisão foi 10,5 J.
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
1. Considere um corpo A de massa igual a 0,2 kg, deslo- 3. Durante um treinamento de futebol de salão, a bola de
cando-se com velocidade 20 m/s, até colidir com ou- massa m = 500 g é chutada com velocidade v = 20 m/s
tro corpo de massa 0,05 kg, em repouso. Determine a e se choca frontal e elasticamente contra a trave do
velocidade dos corpos imediatamente após a colisão, gol. Determine, em módulo, a variação da quantidade
sabendo que a colisão é inelástica. de movimento da bola.
2. Ao analisar a colisão frontal de duas bolas de bilhar, A 4. O meteorito que atingiu a Rússia em fevereiro de 2013
e P, um estudante considerou que as bolas têm mas- deixou quase mil feridos. Com, aproximadamente, 10 mil
sas iguais (mA ! mP) e identificou que as velocidades toneladas e 17 metros de diâmetro, antes de entrar na
antes da colisão eram vA ! 8 m/s e vP ! 6 m/s. Qual a atmosfera terrestre, esse meteorito é o maior de que se
velocidade das bolas após a colisão? tem notícia, desde o “Evento de Tunguska”, em 1908,
Chelyabinsk Region/AFP/
Otherimages
8. Uma esfera de massa m é abandonada (v0 " 0) a uma
dade de um me-
altura H do solo, caindo em queda livre sob a ação da
teorito, de massa
aceleração da gravidade g. Após a colisão com o solo,
1,0 ! 1012 kg, co-
ela volta a subir e atinge uma altura máxima h.
lidir frontalmen-
te com a Terra à a) Demonstre que o coeficiente de restituição é ex-
velocidade de 36 000 km/h. Considerando que a massa !h
presso por e " .
da Terra é aproximadamente 5,98 ! 1024kg e a colisão !H
é perfeitamente inelástica e libera enorme quantidade b) Sendo H " 2,25 m e h " 0,81 m, calcule o valor do
de calor, determine a fração da energia cinética do me- coeficiente de restituição e classifique o choque me-
teorito: cânico.
a) que se transforma em energia cinética do conjunto c) Calcule as energias cinéticas momentos antes do
Terra + meteorito. choque e imediatamente após o choque e compare-as
confirmando o resultado do item b.
b) que se transforma em calor.
9. Quando um corpo esférico, de massa m e velocidade
O enunciado abaixo refere-se aos exercícios 5 e 6.
v, colide com outro corpo, de massa M, sendo M muito
Sobre uma mesa com a superfície perfeitamente lisa, maior do que m, podemos dizer que a velocidade do
em que a interferência do atrito pode ser desconside- corpo, de massa muito maior, não se altera, de tal for-
rada, uma esfera de massa m e cor amarela permanece ma que podemos considerá-lo “obstáculo imóvel”. Um
parada. Outra esfera igual à anterior, mas de cor verde, exemplo prático dessa situação ocorre se abandonar-
se desloca com velocidade constante vverde sobre a mes- mos esse corpo a uma altura H do solo. Após o choque
ma mesa. Em determinado instante ocorre uma colisão, do corpo com o chão, ele retorna com velocidade v’
frontal e perfeitamente elástica, entre as duas esferas. atingindo uma altura h, sendo h menor do que H. Ob-
5. Após a colisão, qual a velocidade adquirida pela esfe- serve a figura que representa a situação e determine:
ra verde? antes da colisão
Tarumnã
6. Qual a velocidade final da esfera amarela?
após a colisão
7. Em outubro de 2014,
Rogério Reis/Pusar
H
entraram em vigor
h v’
novas medidas para
inibir os abusos pra-
ticados por moto- v
ristas imprudentes. a) O coeficiente de restituição relacionado às veloci-
Entre elas, a legisla- dades v e v’.
ção brasileira de trânsito aumentou significativamen- b) O coeficiente de restituição relacionado às alturas
te o valor das multas para aqueles que fizerem a ul- H e h.
trapassagem em lugar proibido ou pelo acostamento. 10. Um objeto esférico que enfeitava a parte superior de
Segundo essa legislação, o acostamento não deve ser um carro alegórico descolou e caiu de uma altura
usado como faixa para trafegar, mas pode ser usado H = 9 m, até atingir o chão. Após o primeiro encontro
durante uma parada emergencial. com o solo, ele sobe a h= 4,0 m de altura. Considere
Suponha que o motorista de um carro, viajando com g = 10 m/s2 e a massa do objeto m = 3,0 kg. Nessa
velocidade 72 km/h, ao tentar fazer uma ultrapas- situação, determine:
sagem usando o acostamento, foi surpreendido por a) o tipo de choque e seu coeficiente de restituição.
uma caminhonete carregada, parada nesse local e, b) a perda de energia cinética no choque.
1. (Vunesp-SP) Uma pequena esfera rola sobre uma su- movimento, em kg ! m/s (ou N ! s), adquirida pelo
perfície plana e horizontal de uma mesa, como mostra corpo é:
a figura a seguir. Desprezando a resistência oferecida F (N)
pelo ar, podemos afirmar que, durante o movimento de
2
queda da esfera, após abandonar a superfície da mesa,
permanecem constantes:
1
a) a aceleração e a força que agem na esfera.
b) a aceleração e a quantidade de movimento.
c) a velocidade e a força que agem na esfera. 0 2 6 8 t (s)
Desprezando o atrito entre o vagão e os trilhos, a ve- 9. (UFRJ) A figura representa o gráfico velocidade esca-
locidade do conjunto vagão-bloco passa a ser: lar $ tempo para uma colisão unidimensional entre
a) 2,0 m/s dois carrinhos, A e B.
b) 4,0 m/s
v (m/s)
Editoria de arte
c) 6,0 m/s A
10,0
d) 8,0 m/s B
8,0
e) 10 m/s
8. (UFSC) Dois astronautas, A e B, encontram-se livres
na parte externa de uma estação espacial, sendo des-
0 t (s)
prezíveis as forças de atração gravitacional sobre eles. #3,0
Os astronautas com seus trajes espaciais têm massas #5,0 A
B
mA " 100 kg e mB " 90 kg, além de um tanque de
oxigênio transportado pelo astronauta A, de massa
10 kg. Ambos estão em repouso em relação à estação Calcule:
espacial, quando o astronauta A lança o tanque de a) a razão entre as massas mA e mB dos carrinhos.
oxigênio para o astronauta B com uma velocidade de b) o coeficiente de restituição nessa colisão.
5,0 m/s. O tanque choca-se com o astronauta B, que 10. (Cesgranrio-RJ) Observa-se uma colisão elástica e
o agarra, mantendo-o junto a si, enquanto se afasta. unidimensional de uma partícula de massa m e ve-
locidade de módulo 0,60 m/s com outra partícula
m
de massa , inicialmente em repouso.
4
Quais são os valores dos módulos das velocidades das
partículas, após a colisão?
11. (PUC-SP) Um homem e uma criança caminham sobre
patins, numa mesma direção, mas em sentidos opos-
tos. O homem, de massa 80 kg, vem numa velocidade
A B de 3 m/s e uma criança, numa velocidade de 6 m/s.
Sabe-se que a criança tem massa 40 kg e que, ao se
encontrarem, eles se abraçam. Pergunta-se:
a) O que acontece com o movimento dos dois no mo-
Considerando como referencial a estação espacial, mento do abraço?
indique a soma da(s) proposição(ões) correta(s): b) Como você classificaria essa colisão? Explique.
(01) Como é válida a terceira lei de Newton, o astronauta
12. (UFG-GO) Um rapaz encontra-se em repouso no cen-
A, imediatamente após lançar o tanque para o astro-
tro de uma pista de patinação. Uma moça vem pati-
nauta B, afasta-se com velocidade igual a 5,0 m/s.
nando ao seu encontro e, após a interação, deslizam
(02) Antes de o tanque ter sido lançado, a quantidade de
juntos. Sabendo-se que o atrito com a pista é despre-
movimento total do sistema constituído pelos dois as-
zível, que a velocidade da moça era 0,5 m/s e que a
tronautas e o tanque era nula.
massa do rapaz e da moça são, respectivamente, 75 kg
(04) Considerando que a resultante das forças externas e 50 kg, calcule a velocidade com que sai o par.
é nula, podemos afirmar que a quantidade de movi-
mento total do sistema constituído pelos dois astro- 13. (UFPB) Uma bola de massa 0,5 kg e velocidade 72 km/h
nautas e o tanque se conserva. se choca frontal e elasticamente contra uma parece
(08) Após o tanque ter sido lançado, a quantidade de mo- rígida. O módulo da variação do movimento linear
vimento do sistema constituído pelos dois astronau- (quantidade de movimento) da bola é:
tas e o tanque permanece nula. a) 36 kg ? km/h
(16) Imediatamente após agarrar o tanque, o astronau- b) 10 kg ? km/h
ta B passa a deslocar-se com velocidadede módulo c) 72 kg ? km/h
igual a 0,5 m/s. d) 20 kg ? km/h
Um modelo de canhão
Em filmes com temáticas históricas ou em documentá-
Rogério Reis/Pulsar
rios, podemos ver o funcionamento de canhões antigos. Em
geral, eles estão fixos em fortes, para defender a região de
ataques, ou em navios, para batalhas em mar. Apesar de te-
rem uma massa elevada, os canhões devem estar bem fixos
no solo ou na embarcação. Nesse experimento, você poderá
compreender o princípio do funcionamento dos canhões e
por que eles precisam ser bem fixos e estáveis.
MATERIAIS
PASSO A PASSO
linha
elástico
lápis
RESPONDA
Estática e
Hidrostática
6
Capítulo 16:
Estática de um ponto
material e de um corpo
extenso
Capítulo 17:
Hidrostática
Thiago Leite/Shutterstock.com
Capítulo
Capítulo
16 16
Estática
Estática
de de
umum
ponto
ponto
material
materiale ede
deum
umcorpo
corpoextenso
extenso 247
CAPÍTULO 16
Estática de um ponto
1. Condição de equilíbrio de
um ponto material
material e de um 2. Momento de uma força
3. Condições de equilíbrio de
corpo extenso um corpo extenso
4. Alavancas
5. Tipos de equilíbrio de um
corpo
1. CONDIÇÃO DE EQUILÍBRIO
DE UM PONTO MATERIAL
Para darmos início ao estudo do equilíbrio dos corpos, vamos considerar,
neste momento, o corpo cujas dimensões são consideradas desprezíveis em
relação às condições do fenômeno em estudo.
Podemos afirmar que um ponto material está em equilíbrio quando ele se
encontra em repouso ou em movimento retilíneo uniforme (MRU).
• Se o corpo estiver em repouso (v ! 0 ), ocorrerá o equilíbrio estático.
• Se o corpo estiver em MRU (v !constante " 0 ), ocorrerá o equilíbrio
dinâmico.
Note que, em ambos os casos, a velocidade vetorial é constante e a ace-
leração vetorial é nula. Isso significa que a resultante das forças que agem no
ponto material em equilíbrio é nula.
Para um corpo sujeito a um sistema de forças F 1, F 2, ..., Fn, o equilíbrio ocor-
rerá quando F # F # ... # F ! 0 .
1 2 n
R! 0
O x O x
← ←
T$ T$
←
P
Método do polígono
Ainda usando o exemplo anterior, podemos também determinar a tração (T)
e a força (F ) pelo método do polígono. Para tanto, devemos dispor as forças para
que a extremidade de uma coincida com a origem da seguinte e formem uma
linha poligonal fechada (R ! 0 ).
T$
Editoria de arte
Exercícios resolvidos
1 (Fuvest-SP) Para vencer o atrito e deslocar um grande
Eunice Toyota
P
contêiner C, na direção indicada, é necessária uma força
F ! 500 N. Na tentativa de movê-lo, blocos de massa m ! 15 kg
são pendurados em um fio, que é esticado entre o contêiner e o C 45°
ponto P na parede, como na figura.
Para movimentar o contêiner, é preciso pendurar no fio, no mí-
nimo:
M
(Dados: sen 45° ! cos 45° ! 0,7 e tg 45° ! 1.)
a) 1 bloco. c) 3 blocos. e) 5 blocos.
b) 2 blocos. d) 4 blocos.
RESOLUÇÃO
Na situação de iminência de movimento, a força de tração no fio horizontal deve ter a mesma intensidade da força
F ! 500 N. Portanto, em tal condição:
y Tx ! 500 (eixo x) (1)
Editoria de arte
Condições de equilíbrio:
Ty ! P ! n " 150 (eixo y) (2)
T T Como tg 45° ! 1, vem:
y
45° Ty
tg 45° ! Ty ! 500 N (3)
F 5 500 N Tx x Tx
500
Substituindo (3) em (2), temos: 500 ! n " 150 n! ! 3,34 # 3
P 5 n ? 150 150
(n 5 n°. de blocos)
Portanto, o número mínimo de blocos que devem ser pendurados para que ocorra o movimento do contêiner é 4.
Paulo Nilson
ao corpo 2, que está apoiado sobre a mesa, forma com a horizontal um
m 5
ângulo de 60%. Sabendo que a relação entre as massas 2 é igual a ,
m1 3
calcule o valor do coeficiente de atrito entre o bloco 2 e a mesa, para que m2
m1
o sistema permaneça em equilíbrio.
RESOLUÇÃO
m2 5 O bloco m1 está em equilíbrio; logo:
!
m1 3
T ! P1 T ! m1 " g
5
m2 ! m Fat ! T cos '
3 1 T
5 &m "g = T cos 60% T
Paulo Nilson
Fat ! &N ! &P2 ! &m2g Fat
1
5 3 m2
Fat ! &m1g T cos
5 1 m1
3 &m1"g = m1 " g "
3 2
P1 ! m1g 3 P1
&!
10
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
1. Originária da Áustria, região do Tirol, a tirolesa é um A partir das informações observadas nos arranjos,
esporte para quem gosta de aventura. Possibilita aos pode-se concluir:
praticantes sobrevoar rios, lagos, enfim, terrenos difí- a) A tração suportada pela corda no arranjo 4 é maior
ceis de serem transpostos. que a tração na corda no arranjo 2.
Durante um teste de manutenção em que foi usado
b) A tração suportada pela corda no arranjo 3 é maior
um boneco, ocorreu uma falha dos equipamentos que
que a tração na corda no arranjo 1.
obrigou a paralisação de todo o sistema. No instante
da parada, a posição de equilíbrio do sistema forma- c) A tração suportada pela corda no arranjo 1 é maior
do pelo boneco e pelos cabos de aço que o sustenta- que a tração na corda no arranjo 2.
vam está representada na figura a seguir. d) A tração na corda do arranjo 4 é a maior de todas
as trações.
Darron R. Silva/Aurora/Getty Images
Paulo Nilson
A B
e) A tração suportada pela corda no arranjo 2 é maior
45˚ 45˚
que a tração na corda nos arranjos 1, 3 e 4.
F2 F1
3. Suponha que na situação descrita, no problema an-
terior (1), o boneco de teste tivesse sido substituído
por um esportista e que no momento da parada ele
P estivesse num local equidistante das extremidades
(A) e (B) do cabo, conforme representação da figu-
T
ra. Determine a razão entre as intensidades da
Determine a intensidade da força do peso P do bone- P
força de tração T e a intensidade da força peso, P , do
co, sabendo que em cada corda a tração é 2 2 N.
esportista.
2. Um sino de massa M é pendurado numa corda que 4m 4m
tem suas extremidades fixas. A figura mostra quatro 4. A luminária de um A B
Paulo Nilson
mostra a figura ao C
lado. Considerando
que o peso da luminá-
ria é de 300 N, qual a
intensidade da força de tração em cada fio?
Paulo Nilson
B
de equilíbrio, conforme O
o esquema.
As três cordas que o Qual a intensidade das forças de tração nos cabos 1, 2
sustentam são ideais. e 3?
•
F →
FA B
•
→
FB C
•
→
O FC O
Para executar a mesma tarefa, mas Para executar a mesma tarefa com
aplicando menor esforço, é preferível o menor esforço, em qual ponto (A, B
ter uma ferramenta de comprimento ou C ) devemos aplicar a força de me-
maior ou menor? nor intensidade?
Nessas situações práticas, ao aplicarmos uma força F sobre um corpo rígido, ele
tenderá a descrever um movimento de rotação em relação a um ponto fixo O, cha-
mado de polo. A grandeza física que representa essa tendência de rotação é deno-
minada momento MF.
O momento MF de uma força F , em relação ao polo O, é uma grandeza ve-
torial, e sua intensidade é determinada pelo produto da intensidade da força F
pela distância perpendicular d entre o polo e a linha de ação da força aplicada.
MF ! " Fd
← ←
F F
O O O O
Ilustrações: Editoria de arte
← ←
d d d d F F
M5O
O ←
No Sistema Internacional, SI, a unidade de intensidade do
F momento de uma força é N # m (newton # metro).
Se a linha de ação da força aplicada for na direção do
linha de ação
polo O, o momento dessa força será nulo.
Paulo Nilson
polo do momento F1
D d2 d1
F2 O
O F2
F1
F 5 F1 5 F2
D ! d1 ) d2 Esquema de representação de
um binário.
MF ! )F1d1
1
d1 ! d2 ! d e F1 ! F2 ! F
MF ! )F2d2
2
Exercícios resolvidos
1 Uma força de intensidade F ! 80 N age numa barra metálica homogênea, em situações distintas. Determine a in-
tensidade do momento da força F em relação ao ponto O, nestas situações:
a) b) c)
← d 5 0,75 m
F
O ←
F
Paulo César Pereira
O ← O
d 5 1,5 m F
RESOLUÇÃO
a) M ! )Fd b) M ! *Fd c) M ! 0
M ! 80 " 1,5 ! 120 N " m M ! *80 " 0,75 ! *60 N " m A linha de ação da força passa
Tende a girar no sentido anti-horário. Tende a girar no sentido ho- pelo ponto O e a barra não ten-
rário. de a girar.
Studio Caparroz
fuso utilizando a menor força possível, em qual pon- saúde. Alguns apa-
to da chave (A, B, C ou D) ele deve aplicar a força? relhos têm sido es-
Justifique. truturados com ob-
d
jetivo de favorecer P
Paulo Cesar
essas atividades. d
D C B A
Um dos aparelhos 2
mais utilizados nas
academias é a ca- 1
deira extensora. Ele
2. Na placa retangular da figura estão aplicadas três for- é usado principalmente para fortalecer os músculos
ças. Essas forças pertencem ao plano da placa. De- anteriores da coxa. A ilustração acima mostra uma
termine o momento resultante dessas forças em re- pessoa realizando um exercício nesse tipo de cadei-
lação ao ponto C. Em que sentido esta placa gira? ra. Sabendo que o peso utilizado para realizar esse
tipo de exercício foi de 60 N e que a distância entre o
F1 5 5 N F2 5 10 N centro de gravidade do apoio do aparelho e o centro
Editoria de arte
60 cm
articular do joelho é 0,3 metros, determine a quanti-
C dade de torque gerado nos joelhos nas posições 1 e 2.
30 cm
6. Em determinadas situações, para soltar um parafuso
ou uma porca, fazemos uso de ferramentas seme-
F3 5 10 N
lhantes à representada na figura abaixo. Calcule o
3. Ao fechar uma torneira, ← momento das forças que agem na barra em relação
O F2
ao ponto O, considerando que uma das mãos esteja
Paulo Cesar
Studio Caparroz
duas forças têm mesma intensidade, mesma direção
e sentidos opostos, e as linhas de ação das forças es-
O
tão separadas por certa distância.
Determine o momento do binário, sabendo que a
F2 ! 100 N
distância do ponto de aplicação de F 1 ao ponto O é
0,02 m e de F 2 ao ponto O é 0,02 m. F1 ! 120 N
4. Com o objetivo de arrancar o prego, foi usado o mes-
7. Para montar e fixar as peças que compõem o suporte
mo pé de cabra, em três condições diferentes, confor-
representado na figura, o serralheiro precisa saber
me ilustra o esquema. Em qual das tentativas foi atin-
quais os momentos da força de 1 000 N, em relação
gido o objetivo? Justifique sua conclusão, sabendo
aos pontos A, B e C. Determine esses valores.
que apenas em uma das tentativas se obteve sucesso.
Alberto de Stefano
←
←
F
F C
Studio Caparroz
←
F
0,40 m
0,30 m
0,20 m
5m
Ernst Wrba/Alamy/Latinstock
Até agora, desprezamos as dimensões dos corpos envolvidos
no fenômeno, ou seja, cada corpo foi considerado um ponto
material.
No entanto, além da preocupação com as condições de equi-
líbrio do corpo, consideraremos as suas dimensões, ou seja, pas-
saremos a considerá-lo um corpo extenso.
Os conceitos que analisaremos a seguir levarão em conta
que a ação das forças aplicadas nos corpos poderá modificar o
seu estado de movimento ou repouso sem causar deformação.
Assim, o corpo será considerado extenso e rígido.
Para o equilíbrio de um corpo extenso, não basta que a re-
sultante das forças que agem sobre ele seja nula. Essa condição
é necessária, mas não é suficiente.
Perceba que essas forças, se aplicadas em pontos diferentes
do mesmo corpo, podem provocar movimento de rotação, mes-
mo que seu centro de massa (CM) permaneça em equilíbrio.
O centro de massa deve ser entendido como o ponto
em que podemos considerar aplicada toda a massa do corpo em
estudo.
Ilustrações: Editoria de arte
←
F Prédio com forma assimétrica em Hanover, Alemanha.
CM ←
F
CM CM CM
O encontro das diagonais O centro de uma esfera O CM pode estar fora do corpo,
de uma placa retangular homogênea coincide como é o caso de uma aliança
homogênea determina o CM. com o CM. homogênea, cujo centro do aro
corresponde ao CM.
→ →
R ! + F ! 0 (não há movimento de translação com aceleração)
←
F1 ← O: ponto de concorrência ←
F3 F3
Esquema 1 Esquema 2
C
←
NA
Editoria de arte
O
←
←
P
←
NA T
A B
←
T
articulação ← NA)P )T !0
P
Exercícios resolvidos
1 Uma barra metálica homogênea é articulada no ponto O. Para que
ela se mantenha em equilíbrio na horizontal, amarra-se um fio ideal O9
Editoria de arte
← ←
Fv T
cado no seu centro de gravidade. A força aplicada pela articulação tem, em ge-
CG
ral, os componentes horizontal Fh e vertical F v, e a força aplicada pelo fio no
ponto B é T . O B
←
Nesse caso, como não há tendência de movimento na direção horizontal, a for- P
Tarumã
2 (UFPR) Uma esfera de peso P ! 10 √3 N e raio R está suspensa por meio de um
fio inextensível de comprimento ! ! R e apoia-se em uma parede vertical sem R
atrito. Determine a força de tração no fio e a força que a parede aplica na esfera.
RESOLUÇÃO
T ! tração
2 Triângulo de forças:
N u P ! peso T P √3 10 √3
P sen ' ! !
N! reação nor- R T 2 T
P
mal da parede u u T! 20 N
N R N 1 N
cos ' ! ! N ! 10 N
T 2 20
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
1. Admirada com o fun- peso é 600 N. Para tentar manter a régua equilibrada,
Paulo Nilson
Selma Caparroz
horizontalmente, em equilíbrio?
3. Com o início das obras em 2007 e a inauguração em
2011, a ponte Rio Negro é considerada, atualmente, a
maior ponte fluvial e estaiada do Brasil. A ponte tem C
3 595 m de extensão e liga a cidade de Manaus ao mu- A B
nicípio de Iranduba, no estado do Amazonas. Próximo
às margens, a ponte tem dois trechos convencionais e
na parte central o trecho estaiado, que foi necessário
para não impedir a navegabilidade do rio. 5. Entre 27 de julho e 12 de agosto de 2012, ocorreram
os Jogos Olímpicos em Londres, no Reino Unido. O
Rogerio Reis/Olhar Imagem
Studio Caparroz
centro de
gravidade
Studio Caparroz
Alavanca interfixa: quando o ponto de apoio
está localizado entre a força potente e a força
resistente. ponto de apoio
força potente
Studio Caparroz
força resistente
força potente
Alavanca inter-resistente: quando
a força resistente está situada entre
o ponto de apoio e a força potente.
força resistente
ponto de apoio
força
potente
Paulo Cesar
Alavanca interpotente: quando a for-
ça potente está situada entre o ponto de
apoio e a força resistente.
ponto de
apoio
Exercícios resolvidos força resistente
Paulo Cesar
1 Na figura ao lado existem duas montagens para levan- F
tar uma pedra de 20 kg. Qual a intensidade da força F
1,20 m
para que seja possível equilibrar a pedra? Qual a mon- 0,30 m 0,30 m F
tagem mais eficiente? (Dado: g = 10 m/s2.)
E E 1,20 m
RESOLUÇÃO
Para resolver situações em que há o uso de alavancas para ampliar a força, podemos igualar os momentos das
forças potente F e resistente P, igual a 200 N.
Paulo Cesar
mações dadas pela figura e responda: bíceps
RESOLUÇÃO 4 cm 30 cm
a) O braço humano tem estrutura semelhante a uma alavanca interpotente. A mão que segura algum peso exerce
o papel de força resistente, a força aplicada pelo bíceps no rádio é a força potente, e a junção no cotovelo é o ponto
de apoio.
b) Fisicamente, a distância entre o ponto de apoio do objeto (A) e o ponto de articulação (C) é 34 cm, e o bíceps age
num ponto (B) distante 4 cm do ponto de articulação.
Para que o corpo se mantenha em equilíbrio, a soma algébrica dos momentos das forças deve ser nula. Em relação
ao ponto de articulação C, temos:
P ! peso do objeto
Tarumã
F
F ! força exercida pelo bíceps C A
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
1. No corpo humano, podemos encontrar alguns movi- • O músculo bíceps exerce a força potente e o peso
mentos, executados por estruturas ósseas e muscula- do objeto, apoiado na mão, é a força resistente. Nesse
res, que se assemelham aos movimentos das alavan- caso, o ponto de apoio A é o cotovelo.
cas. Nas figuras seguintes, temos três representações:
Ilustrações: Paulo Nilson
FR
A
FR
Paulo Nilson
músculos tíbia
gêmeos
fíbula
FP A
O
A B
FR
←
Um desses casos é encontrado no movimento do an- ←
R
F
tebraço em relação ao braço, na articulação do coto-
velo. Sabendo que o bíceps é o músculo responsável
por esse movimento e que a distância da mão ao coto- a ←
b) F a ! 0,4 m
velo é, aproximadamente, 8 vezes maior que a distân-
b ! 1,2 m
cia do bíceps ao cotovelo, determine a força exercida ← R ! 240 N
R
por esse músculo quando a mão equilibra um objeto
de massa 2,0 kg. Considere g = 10 m/s2. b
c) a ! 1,2 m
b ! 0,4 m
Paulo Cesar
a
R ! 50 N
força ← b
potente R ←
F
d) a ! 10,0 cm
b ! 5,0 cm
←
R R ! 2,5 N
←
F
a
ponto de b
apoio força resistente
←
Pn
←
P Experimente localizar a posição de equilíbrio
← que uma esfera ocupa sobre uma superfície côn-
superfície P
côncava cava. Afaste-a dessa posição e observe a tendên-
tendência do cia do movimento da esfera.
movimento
A esfera tende a voltar à posição de equilíbrio graças à ação
do componente tangencial da força peso.
tendência do
movimento • Instável: quando o corpo, ao ser ligeiramente
←
F afastado da posição de equilíbrio, tende a
afastar-se dessa posição.
←
F
superfície
convexa ← ← Experimente localizar a posição de equi-
P Pt
← líbrio que uma esfera ocupa sobre uma su-
Pn
← perfície convexa. Afaste-a dessa posição
P
e observe a tendência de seu movimento.
←
F
←
F
• Indiferente: quando o corpo, ao ser
ligeiramente afastado da posição de equilíbrio,
tende a permanecer em equilíbrio na nova
posição em que foi abandonado.
superfície ←
P P
←
• Instável: quando o ponto S, pelo qual o corpo está suspenso, localiza-se abaixo do centro de gravidade
do corpo.
Experimente suspender um corpo pelo
ponto S situado abaixo do CG. Localize a
posição de equilíbrio ocupada por ele; expe-
rimente afastá-lo dessa posição e observe a
tendência do seu movimento.
CG
←
CG
P S ←
S P
←
Por causa do momento da força peso em F ←
F
relação ao ponto S, o corpo se afasta da
posição de equilíbrio.
• Indiferente: quando o ponto S, pelo qual o corpo está suspenso, localiza-se coincidentemente no ponto que
representa o centro de gravidade do corpo.
Nas situações analisadas, a condição de equilíbrio está relacionada com a posição do centro de gravidade em
relação ao ponto de apoio ou ponto de sustentação. Sob esse aspecto, vamos analisar outras situações.
2
CG
← 3
P
CG
4
←
P CG
←
P CG
←
P
Quanto maior for a
área de apoio, maior
será a estabilidade.
Nos corpos 1, 2 e 3, a reta vertical, que passa pelo centro de gravidade, en-
contra a base do corpo. Isso não ocorre com o corpo 4, e ele tomba. Note que o
corpo 3 está na iminência de tombar.
Exercícios resolvidos
1 Sobre a carroceria de um caminhão há três blocos cilíndricos de bases iguais e raio 0,60 m. Por causa do atrito exis-
tente entre as superfícies de contato, os blocos não escorregam. Em determinado trecho da estrada há uma subida,
e o motorista receia que os blocos possam tombar. Sabendo que o ângulo de inclinação da ladeira em relação à
horizontal é (, responda: blocos cilíndricos
A
a) O motorista precisa se preocupar ou não com a possibi- B C
lidade de os blocos tombarem?
Em caso positivo, qual bloco pode tombar?
b) Qual a altura máxima que o bloco poderá ter para não
tombar?
(Considere: tg ( ! 0,60.)
Luciana Whitaker/Pulsar
nos últimos anos tem conquistado muitos adeptos no Brasil. Basicamen-
te, é constituído de uma fita elástica esticada entre dois pontos fixos, pos-
sibilitando ao praticante andar e fazer manobras sobre ela. A busca pelo
equilíbrio é um desafio constante nesse esporte. De forma semelhante
esse desafio também está presente nas apresentações dos malabaristas.
No caso dos malabaristas, eles fazem uso de uma vara longa, enquanto
se equilibram sobre o fio. Voce acha que o equilibrista usa uma vara lon-
ga para favorecer a manutenção do equilíbrio do corpo ou para valorizar
e dar mais emoção ao seu espetáculo?
RESOLUÇÃO
A vara sendo longa possibilita que ela envergue, fazendo com que o ponto que representa o centro de gravidade
fique abaixo do ponto de apoio. Dessa forma, caso o sistema seja ligeiramente deslocado da posição de equilíbrio,
haverá, em relação ao ponto de apoio, a ação do momento da força peso aplicada ao centro de gravidade, provo-
cando a retomada da posição de equilíbrio. Portanto, a vara longa tem a função de favorecer o equilíbrio do corpo
do malabarista.
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
1. Três corpos iguais são colocados sobre três superfícies Nessas condições é possível afirmar:
distintas: o corpo A sobre uma superfície côncava, o B a) Afastado ligeiramente da posição de equilíbrio, o
sobre uma superfície convexa e o corpo C sobre uma corpo B volta a essa posição.
superfície plana e horizontal. b) Afastado ligeiramente da posição de equilíbrio, o
corpo A se afasta dessa posição.
A B
c) Se afastarmos os três corpos da posição de equilí-
brio, somente A e C retornarão a essa posição.
d) Se afastado da posição de equilíbrio, o corpo C per-
manecerá na posição em que for abandonado.
C
Paulo Cesar
representação de um cor- Qual deles está certo?
po apoiado sobre uma su- a) A parte B é mais pesada que a A.
perfície. Podemos dizer b) As duas partes têm o mesmo peso.
que o corpo está em equi- c) A parte A pode ser menos pesada que a outra, de-
líbrio estável, pois, se o pendendo da gravidade local.
afastarmos ligeiramente d) A parte A é mais pesada que a B.
da posição de equilíbrio, 5. A figura mostra uma régua homogênea em equilíbrio
ele tenderá a voltar para a mesma posição. estático, sob a ação de várias forças.
a) Identifique uma situação na qual o corpo esteja em
0 4 8 12 16 20 24
Tarumã
equilíbrio instável sobre uma superfície. Represente
esse corpo numa figura e justifique sua escolha.
b) Repita o procedimento do item a para uma situação
que exemplifique o equilíbrio indiferente. 2N P
3. Os veículos A e B representados a seguir estão subme- 6N
tidos às mesmas condições de inclinação do piso.
Qual a intensidade da força P, em N?
Paulo Cesar
B
6. Um grafiteiro foi convidado a desenvolver alguns
CG
desenhos para embelezar a cidade e despertar em
A
outros artistas o mesmo propósito. Para produzir
a primeira obra, foi fornecida ao artista uma chapa
CG de madeira com o formato de um retângulo com as
seguintes medidas: AB = 20 m e AD = 20√3 m con-
forme representação a seguir. Sabendo que a chapa,
depois de pronta, seria suspensa pelo vértice A, o gra-
fiteiro quis saber qual o ângulo que a reta AB forma
Assim, se avaliarmos apenas a relação entre o centro com a vertical quando essa chapa estiver suspensa e
de gravidade e o apoio, e não considerarmos outros em equilíbrio. Se você fosse encarregado de fornecer
fatores que interferem no equilíbrio de um veículo, essa informação, o que responderia?
será possível afirmar: A D
Tarumã
a) Os veículos A e B apresentam a mesma estabilidade.
b) O veículo A apresenta mais estabilidade que o veí-
culo B.
c) O veículo B apresenta CG mais alto; portanto tem
mais estabilidade.
d) O veículo A apresenta CG mais baixo; portanto tem B C
menos estabilidade. 7. A barra da figura a seguir é homogênea, seu peso
4. Durante uma atividade experimental, o professor utili- é 12 N e os furos, representados cada um por uma
zou uma vassoura suspensa pelo centro de gravidade, letra, são equidistantes entre si.
mantendo-a na posição horizontal, conforme mostra-
Tarumã
em que ponto?
b) Se suspendermos essa barra pelo ponto E, em
que ponto devemos aplicar uma força de 3 N para
A B manter a barra em equilíbrio horizontal?
Photodisc/Getty Images
tada na foto, e tente ficar de pé sem inclinar a coluna vertebral. Em
seguida, faça uma nova tentativa, dessa vez inclinando a coluna ver-
tebral para a frente. Em qual das duas tentativas você obteve suces-
so? Por que isso ocorre?
Na primeira tentativa, com a coluna vertebral na posição pra-
ticamente vertical, o centro da gravidade do corpo estará locali-
zado fora do alinhamento do ponto de apoio dos pés com o chão
(o CG estará atrás desse ponto de apoio); dessa forma, o seu
corpo tende a permanecer sentado. Na segunda tentativa, com a
inclinação da coluna vertebral para a frente, o centro da gravida-
de do corpo se posicionará cada vez mais próximo do alinhamen-
to vertical do ponto de apoio dos pés com o chão, tornando mais
confortável o movimento para levantar-se da cadeira.
ATIVIDADE
1. Todos nós, ao viajarmos em pé em um ônibus que descreve movimentos bruscos, geralmente mantemos os pés
afastados um do outro para sentirmos maior estabilidade. Qual a explicação para isso?
5. (PUC-PR) Duas esferas rígidas, 1 e 2, de mesmo diâme- 9. (UFRJ) Um jovem e sua namorada passeiam de car-
tro, estão em equilíbrio dentro de uma caixa, como ro por uma estrada e são surpreendidos por um furo
mostra a figura a seguir. num dos pneus.
1 O jovem, que pesa 75 kgf, pisa a extremidade de uma
Considerando nulo o atrito entre todas
as superfícies, assinale o diagrama que 2 chave de roda, inclinada em relação à horizontal,
A
representa corretamente as forças de C
B como mostra a figura 1, mas só consegue soltar o pa-
contato que agem sobre a esfera 2 nos rafuso quando exerce sobre a chave uma força igual
pontos A, B e C. a seu peso.
Eunice Toyota
a) A
B
c) A e) A A namorada do jovem, que pesa 51 kgf, encaixa a mes-
B B
C C C ma chave, mas na horizontal, em outro parafuso, e pisa
a extremidade da chave, exercendo sobre ela uma for-
A
A ça igual a seu peso, como mostra a figura 2. Supondo
b) B d) B
C que esse segundo parafuso esteja tão apertado quanto
C
o primeiro, e levando em conta as distâncias indicadas
6. (Unicamp-SP) Quando um homem está deitado numa nas figuras, verifique se a moça consegue soltar esse
rede (de massa desprezível), as forças que estão apli- segundo parafuso. Justifique sua resposta.
cadas na parede formam um ângulo de 30° com a hori-
zontal, e a intensidade de cada uma é de 600 N. 750 N
Figura 1
Figura 2
Qual é o peso do homem?
cm
Alberto de Stefano
30
7. (UFS-SE) Três forças de mesma intensidade são apli- 510 N
cadas no ponto A de uma chave, conforme ilustra a
figura a seguir. 30 cm
30 cm 20 cm
Paulo Cesar
←
F3
10. (UFPA) Uma barra de secção
←
40° F1
Editoria de arte
P A
reta uniforme de 200 kg de
← massa forma um ângulo
F2 60°
de 60° com um suporte ver-
Em relação ao centro do parafuso P, é correto afirmar tical. Seu extremo superior
que o momento de: Fx
está fixado a esse suporte M
0,20 m P
Paulo Cesar
12. (Fuvest-SP) Uma barra rígi- b) Supondo que essas forças atuem perpendicularmen-
F
da e homogênea de 2,0 kg te ao abridor, qual o valor mínimo da razão P entre
Fa
está ligada numa das ex- o módulo da força exercida pela pessoa, Fp, e o módulo
tremidades a um suporte,
da força que retira a tampa e abre a garrafa?
por uma mola de constante
elástica k ! 200 N/m. Na 15. (UFRJ) Um robô equi-
outra extremidade, articu- pado com braços me-
la-se a um rolete que pode cânicos é empregado
girar livremente. Nessa situação, a mola está defor- para deslocar cargas 60 cm
mada 5,0 cm. (Dado: g ! 10 N/kg.) uniformemente distri-
buídas em caixas cú-
a) Indique as forças externas que atuam sobre a barra.
bicas de lado 60 cm.
Paulo Cesar
b) Qual é a força que a superfície exerce sobre o rolete?
Suponha que o robô
13. (Cesgranrio-RJ) Na figura a seguir, uma haste AB, ho- possa ser considerado
mogênea e de secção reta uniforme, medindo 2,4 m, 80 cm
como um paralelepí-
é suspensa pelo seu ponto médio M, por meio de um pedo retangular de base quadrada de lado 80 cm e
arame. Na extremidade B, há um recipiente de massa massa 240 kg, também uniformemente distribuída.
desprezível contendo água, enquanto na extremidade Suponha também que os braços mecânicos tenham
A há um camundongo de massa 250 g. Nessa situação, massa desprezível e que a carga permaneça junto do
a haste se mantém em repouso na posição horizontal. robô.
Calcule o maior valor possível da massa da carga que
Studio Caparroz
Editoria de arte
de peso 6 N está sus- 90°
penso por um fio, que se 45°
90° 90°
Em determinado instante, o recipiente começa a va- junta a dois outros num
P x
zar água na razão de 75 g/s e, em consequência disso, ponto P, como mostra a
o camundongo passa a se mover no sentido de A para figura 1.
M, de modo a manter a haste na sua posição inicial. 6N
Dois estudantes, ten-
Assim, a velocidade do camundongo, em m/s, deverá valer: Figura 1
tando representar as
a) 0,10 c) 0,24 e) 0,36 forças que atuam em P e que o mantêm em equilíbrio,
b) 0,16 d) 0,30 fizeram os seguintes diagramas vetoriais, usando a
14. (Vunesp-SP) As figuras a seguir representam, esque- escala indicada na figura 2:
Figura 2
maticamente, à esquerda um abridor de garrafas e à
y y
Editoria de arte
M 3N
M
estudante 1 estudante 2 3N
Paulo Cesar
escala
a) Algum dos diagramas está correto?
Figura 2 b) Justifique sua resposta.
1,4 cm 7,0 cm
Capítulo 16 271
Estática de um ponto material e de um corpo extenso
CAPÍTULO 17
1. Pressão
Hidrostática 2. Densidade e massa
específica
3. Teorema de Stevin
4. Princípio de Pascal
5. Empuxo
1. PRESSÃO
Os líquidos e os gases, denominados genericamente fluidos, são substâncias
que fluem com facilidade, isto é, que podem escoar. O termo fluido, em discussões
mais recentes, pode envolver também outros estados (ou subestados) da matéria,
como o plasma e os sólidos amorfos. Os fluidos são materiais que não resistem per-
manentemente às mudanças de sua forma quando submetidos à ação de forças.
A Hidrostática (ou Fluidostática) refere-se aos fluidos em repouso, e, para
nosso estudo, precisamos antes conhecer duas grandezas: a pressão e a densi-
dade. Observe as situações:
Paulo Nilson
Posição 1
Posição 2
Formato 1 Formato 2
A estaca em ponta (Formato 2) pe-
netra o solo mais facilmente. Isso por-
que a pressão que essa estaca exerce na A pressão será maior quanto menor for a área de con-
terra é maior devido à sua menor área. tato. Portanto, na posição 2 a pressão é maior que na 1.
F
p!
A
Exercícios resolvidos
1 Uma olaria produz um tipo de tijolo com formato de b) Considerando a base menor, temos:
paralelepípedo, de medidas 8 cm, 15 cm e 30 cm, e área ! 8 " 15 ! 120 cm2 ! 120 " 10#4 m2
peso 45 N. Determine, no SI, a pressão exercida por F 45
esse tijolo sobre um alicerce se: p! !
A 120 " 10#4
a) ele for assentado sobre a base maior. p ! 3 750 N/m2
b) ele for assentado sobre a base menor. 2 Uma bailarina, de peso 480 N,
Ayakovlevcom/
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equilibra-se na ponta de
RESOLUÇÃO um dos pés, sendo a área
de contato com o solo de
a) Considerando a base maior, temos: 3,0 cm2. Considerando
área ! 15 " 30 ! 450 cm2 ! 450 " 10#4 m2 a pressão atmosférica
F 45 equivalente a 10 N/m2,
p! !
A 450 " 10#4 qual é o acréscimo de
p ! 1 000 N/m2 pressão, em atmosfera,
relativo à bailarina, no
ponto de contato com o
solo?
Editoria de arte
8 cm RESOLUÇÃO
F 480
30 cm p! ! ! 160 N/cm2
A 3
15 cm
1 atm 10 N/cm2
16 N/cm2
p 160 N/cm2
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
1. Um pintor de paredes saiu de uma loja segurando a) o peso sustentado pela mão esquerda ser maior do
dois galões de tinta idênticos, um em cada mão. que o da direita.
Após ter caminhado alguns metros, percebeu que a b) a alça enrolada no pano ter uma área de contato
alça dos galões era feita de arame muito fino e esta- maior; logo a pressão exercida pelo galão sobre a
va cortando sua mão. Pegou um pedaço de pano e mão direita é menor.
enrolou várias vezes a alça de um dos galões. Con- c) os pesos serem iguais; portanto as pressões sobre
tinuou caminhando e percebeu que a mão direita as duas mãos também são iguais.
que sustentava o galão cuja alça estava envolvida d) a alça que não está enrolada no pano ter uma área
pelo pano sentia menos dor do que a mão esquerda de contato menor; logo a pressão exercida pelo galão
que sustentava a alça sem pano. Você atribui essa sobre a mão esquerda é menor.
diferença ao fato de:
e) embora os pesos serem diferentes, as pressões so-
bre as duas mãos serem iguais.
Pressão atmosférica
A Terra está imersa em uma enorme camada de ar denominada atmosfera,
que possui massa e está sujeita à ação do campo gravitacional terrestre. Portan-
to, o ar tem peso e exerce pressão sobre os corpos nele imersos, denominada
pressão atmosférica.
Para medir a pressão atmosférica, o físico italiano Evangelista Torricelli (1608-
1647) utilizou um tubo de vidro, de 1 m de comprimento, totalmente cheio de
mercúrio e uma cuba parcialmente cheia de mercúrio (Figura 1).
Ele tampou com um dos dedos a extremidade aberta do tubo, inverteu-o e o
introduziu na cuba com mercúrio (Figura 2).
Torricelli destampou a extremidade imersa na cuba e percebeu que o nível de
mercúrio do tubo desceu, permanecendo em equilíbrio na altura de 76 cm em
relação à superfície do líquido da cuba (Figura 3).
vácuo
vácuo
patm
patm pp
atm
atm
76cmcm
76
Selma Caparroz
11m
m
h H
h H.h
tubo
tubo cuba
cuba
Figura 1 Figura 2 Figura 3
0
Altitude (m) 500 1 000 2 000 3 000 4 000 5 000 6 000
(nível do mar)
patm (cmHg) 76 72 67 60 53 47 41 36
Alexandru Nika/Alamy/Otherimages
rudimentar do barômetro, instrumento usado para medir a pressão
atmosférica.
Nessas condições, definimos uma atmosfera como a unidade de
medida de pressão equivalente a uma coluna de mercúrio de 76 cm de
altura sobre a sua base.
1 atm ! 76 cmHg
Photodisc/Getty Images
Essa unidade é mais utilizada nos casos em que a pressão assume
valores elevados; por exemplo, no interior de uma caldeira a vapor de
locomotivas ou nas profundezas do mar.
• 1 mmHg
Pressão exercida por uma coluna de mercúrio de 1 mm de altura sobre
a sua base. Essa unidade também é denominada torricelli (torr).
Tanto o cmHg como o mmHg são unidades usadas para medir pressões mais
baixas, como a pressão sanguínea.
Exercícios resolvidos
1 Se o experimento de Torricelli fosse realizado na Lua, em condições tais que o mercúrio
não se solidificasse, toda a coluna líquida desceria para o recipiente. Explique essa afir-
mativa, supondo desprezível a variação da massa específica do mercúrio de acordo com a patm 5 0
gravidade e com a temperatura.
Editoria de arte
RESOLUÇÃO
Como na Lua não há atmosfera (patm = 0), as condições do ambiente são semelhantes às do
vácuo. Portanto, as condições de pressão serão as mesmas, dentro e fora do tubo, fazendo
que a altura da coluna se iguale ao nível da superfície do mercúrio no recipiente.
Studio Caparroz
ca a subida do suco no interior do canudo?
RESOLUÇÃO
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
1. Ao abrir uma lata de azeite, deve-se fazer dois furos e) Próximo à superfície o volume é maior porque a
na face superior da lata. Explique por que tal procedi- pressão é menor.
mento é bem-sucedido. 3. A pressão atmosférica normal é medida à tempera-
2. Num laboratório, um estudante observa que as bo- tura de 0 !C ao nível do mar, onde g " 9,8 m/s2 e
lhas de ar que se formam no fundo de um recipiente corresponde a 76 cmHg ou 1 atm. Se um barômetro
se deslocam para a superfície do líquido, que está em registrar 3 atm, qual será o valor dessa pressão em:
repouso e enche totalmente esse recipiente. Durante
a) cmHg?
o deslocamento, o que se pode afirmar sobre o volu-
me da bolha? b) mmHg?
a) Em todas as posições do deslocamento, o volume é c) N/m2?
constante porque a pressão também não varia. 4. Explique o que ocorreria com um indivíduo se fosse
b) Próximo à superfície, o volume é menor porque a levado da atmosfera terrestre em direção ao espaço
pressão também é menor. sideral.
c) Próximo ao fundo do recipiente, o volume é menor
porque a pressão também é menor. 5. Você já avaliou o que ocorre quando uma pessoa toma
d) O menor volume apresentado pela bolha ocorre na um refrigerante usando um canudinho, aqui na Terra.
metade do deslocamento, pois a menor pressão ocor- É possível fazer o mesmo na superfície da Lua? Justifi-
re nessa altura do recipiente. que.
ferentes.
A grandeza física que relaciona a massa m
de um corpo e seu volume V é a densidade d,
representada por:
m
d!
V
1g 10#3 kg
! 1 g/cm3 ! 103 kg/m3
1 cm3
10#6 m3
1g 10#3 kg
! 1 g/cm3 ! 1 kg/L
1 cm3
10#3 L
Exercícios resolvidos
1 Um recipiente de vidro, de massa 300 g, quando completamente cheio de água,
tem massa 700 g. Esse recipiente completamente cheio de um líquido A tem
massa 800 g. Qual a massa específica de A? Demonstre. (Dado: $água ! 1 g/cm3)
água líquido A
RESOLUÇÃO
m
Como d ! , temos: m ! d " v m ! 11 " 18 " 12 " 6
v
m ! 14 256 g 14,3 kg
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
1. Durante uma atividade experimental, três cubos de 7. Os maiores produ-
Editoria de arte
com o fundo do recipiente tem a mesma intensidade que o peso do líquido (F ! P ).
O recipiente cilíndrico de altura h e área da base A tem volume V ! Ah. Se ele
estiver totalmente cheio de líquido, o volume desse líquido também será V ! Ah.
A pressão p exercida pelo líquido no fundo do recipiente será: A ←
P
← ←
F F
F
p!
A
p ! dgh
Exercícios resolvidos
1 Uma jarra e um copo foram parcialmente preenchidos com o mesmo líqui-
Studio Caparroz
do e na mesma altura. Sabendo que o diâmetro da base da jarra é maior
que o do copo, a pressão exercida no fundo da jarra é maior ou menor que
a pressão exercida no fundo do copo?
RESOLUÇÃO
2 Uma represa, situada em um local de g ! 10 m/s e pressão atmosférica 1,0 " 10 N/m , tem no ponto de maior
2 5 2
profundidade um desnível de 25 m em relação ao nível da superfície da água. Determine a pressão exercida sobre
esse ponto, sabendo que a densidade da água é 1,0 " 103 kg/m3.
RESOLUÇÃO
vácuo
Hg Hg Hg
Figura 1 Figura 2 Figura 3
RESOLUÇÃO
Observando a figura 3, notamos que a atmosfera equilibra uma coluna de 70 cm de mercúrio; logo:
pA ! pC ! patm ! 70 cmHg
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
1. Suponha uma lata cilíndrica, submersa na água de 4. A figura representa três recipientes com água, de tal
um lago, em equilíbrio. forma que o nível da água está na altura h da base
Podemos afirmar que a pressão exercida pela água na dos recipientes. Sabemos que o recipiente 1 e o 3
superfície externa da lata é: contêm o menor e o maior volume, respectivamen-
a) igual nas bases superior e inferior. te, enquanto o recipiente 2 contém um volume in-
b) igual em qualquer ponto dessa superfície. termediário.
c) menor na base inferior.
d) menor na base superior.
Eunice Toyota
Tarumã
r = 30 cm ça entre as pressões exercidas, dentro e fora, junto
1 às paredes do sino.
2
7. Durante uma aula de mergulho, o instrutor mergu-
lha carregando um balão de borracha. Descreva o
que ocorre com o volume do balão e com a pressão
r = 40 cm hidrostática exercida nele, à medida que o mergulha-
r = 30 cm dor atinge profundidades maiores.
1
2
8. Um tubo contendo mercúrio tem uma de suas extre-
midades ligada ao registro fechado de um botijão
de gás (figura 1). A outra extremidade do tubo é
livre, permitindo que o mercúrio esteja em contato
com o ar. Ao abrir-se o registro do gás, o mercúrio é
empurrado no tubo e passa a equilibrar-se em uma
a) Qual dos dois recipientes apresenta menor pressão outra posição (figura 2).
no fundo?
b) Sendo dóleo ! 8 " 102 kg/m3, calcule a pressão exer-
Eunice Toyota
cida pelo óleo no fundo dos dois recipientes. Adote
π ! 3. 5 cm
a) 91
b) 86
c) 81
d) 71
e) 66
Neoimagem
por dutos fechados. Um recipiente formado por ramos ligados entre si ou um
simples tubo em forma de U podem ser considerados sistemas de vasos comu-
nicantes. Neles é possível observar que a superfície livre de um líquido atinge
sempre a mesma altura nos frascos abertos que se comunicam. O teorema de
Stevin nos ajuda a compreender esse comportamento dos líquidos homogêneos
e em equilíbrio.
Veja, por exemplo, uma casa com quatro caixas-d’água que se comunicam
por canos, e apenas uma é abastecida.
De acordo com o teorema de Stevin, todos os pontos da superfície de um
líquido homogêneo, em repouso, se mantêm no mesmo plano horizontal por-
que estão submetidos
à mesma pressão at- plano
cano de horizontal
mosférica, indepen- abastecimento
dentemente da forma
como os recipientes Exemplo de vasos comunicantes.
se comunicam.
caixa 1 caixa 2 caixa 3 caixa 4
Nessa situação, as
caixas-d’água interli-
gadas por canos são
Marcos Aurélio
denominadas “vasos
comunicantes”.
Exercícios resolvidos
1 Os vasos comunicantes, representados na figura, fo- 2 Um tubo em U contém dois líquidos A e B, homogê-
ram abastecidos com dois líquidos imiscíveis. O lí- neos e não miscíveis entre si e estão em equilíbrio.
quido 1 tem densidade d1 ! 13,6 g/cm3 e o líquido
Tarumã
hB
líquido 2 hA
34 cm
A
y
B C
líquido 1
3
RESOLUÇÃO A relação entre as alturas hA e hB é hA ! h . Determi-
4 B
ne a razão entre as densidades dA e dB desses líquidos.
Observando que os pontos B e C estão no mesmo lí-
quido e pertencem ao mesmo plano horizontal, te- RESOLUÇÃO
mos, segundo o teorema de Stevin:
ponto B: pB ! patm % d2 " g " 34 Adotando como referência o ponto mais baixo da
ponto C: pC ! patm % d1 " g " y coluna de líquido amarelo, temos;
Como pB ! pC: dA " hA ! dB " hB
patm % d2 " g " 34 ! patm % d1 " g " y dA h 3
! B !
1 " 34 ! 13,6 " y y ! 2,5 cm dB hA 4
Marcos Aurelio
presentada pela figura, ra. A que altura se elevará a água nos dois ramos?
possui uma pequena 4
5. Usando-se um manômetro, que consiste em um tubo em
sanfona de borracha
Marcos Aurélio
forma de “U” contendo mercúrio (dHg ! 13,6 " 103 kg/m3),
(fole) que, ao ser pres- 2
podemos medir a pressão de um gás. Observando a fi-
sionada suavemente,
gura representada abaixo, calcule a pressão p, sabendo
empurra o ar contido 3 que a aceleração da gravidade local é 10 m/s2 e a pres-
em seu interior, sem
são atmosférica, 1,0 " 10 N/m2.
impedimentos, para
dentro do bulbo de vi-
Tarumã
dro. Um tubo vertical liga o fundo do recipiente à
base da tampa, permitindo a retirada do líquido con-
p
tido na garrafa.
Considere que o fole está pressionado em uma posi-
ção fixa e o líquido está estacionado no interior do 0,25 m
Hg
0,15 m
tubo vertical próximo à saída. Pode-se dizer que,
nessas condições, as pressões nos pontos 1, 2, 3 e 4
relacionam-se a:
a) P1 ! P2 & P3 & P4 d) P1 & P2 & P3 & P4 6. Imagine que um aluno estivesse interessado em me-
b) P1 ! P4 & P2 ! P3 e) P1 & P4 & P3 & P2 dir o tempo para encher um recipiente e assim saber
a vazão da torneira de sua casa. Durante essa ativi-
c) P1 ! P2 ! P3 & P4
dade, ele começou a pensar como estaria variando a
2. Derrama-se em um dos lados de um tubo em U, que pressão de um ponto no fundo do recipiente. Ele sabe,
contém água, um liquido (L). Eles não se misturam e por exemplo, que, conforme o recipiente vai enchen-
após o repouso verificou-se a seguinte situação: do, a pressão no fundo dele aumenta; afinal, quanto
maior a altura da água, maior a pressão. Como você
Tarumã
Editoria de Arte
A
A
água
água
Figura 1 Figura 2
Prensa hidráulica
Várias são as aplicações do princípio de Pascal em nosso cotidiano. Por exem-
plo, quando um médico aplica uma injeção com uma seringa, ou simplesmente
quando apertamos o tubo da pasta de dentes, está sendo utilizado o princípio de
Pascal. Entretanto, uma das aplicações mais interessantes desse princípio ocorre
em sistemas hidráulicos, como em prensas, elevadores, pontes ou freios auto-
motivos. Esses sistemas possuem a característica de multiplicar a força que é
aplicada a um de seus êmbolos.
Photodisc/Getty Images
Paul Kingsley/Alamy/Latinstock
Ao apertar o tubo, o creme em seu interior sofre um aumento de Elevador hidráulico, muito utilizado em shoppings.
pressão.
Editoria de arte
êmbolo 1 êmbolo 2 F2
F1
A1 A2
líquido
compressor
de ar to usados em postos de combustíveis, o princípio de
válvula Pascal garante que uma força intensa o suficiente
para elevar um veículo seja aplicada no êmbolo maior
chão
pela pressão do ar comprimido no êmbolo menor.
A abertura da válvula do compressor de ar provo-
pistão
ca um aumento de pressão sobre a superfície do óleo
ar no reservatório A, que é transmitido ao reservatório
B, elevando o pistão.
óleo
reservatório A
reservatório B
Andrew Woodley/Alamy/Otherimages
RESOLUÇÃO ← carga
Paulo Nilson
F1
2 Nas condições do exercício 1, se o pistão menor sofrer um deslocamento para baixo de 60 cm, qual será o desloca-
mento do pistão maior?
RESOLUÇÃO
A1 1,0
h2 ! h1 " h2 ! 60 " ! 6 cm
A2 10
O pistão maior sofrerá um deslocamento de 6 cm para cima.
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
1. O princípio de Pascal fundamenta o funcionamen- êmbolo de área 0,80 m2. Sabe-se que o peso de B é de
to da prensa hidráulica. O que você diria a respeito 40 N e que o êmbolo em que está apoiado tem área de
desse dispositivo se alguém afirmasse que o funcio- 50 cm2.
namento da prensa hidráulica é uma maneira de mul- 4. Numa prensa hidráulica, os êmbolos são formados
tiplicar energia? por dois cilindros cujos raios medem 20 cm e 400 cm.
2. Um motorista observa que o radiador de seu carro fu- Para equilibrar um corpo de 5 000 kg de massa co-
rou. Nota que quando o motor do carro está quente locado no êmbolo maior, qual o valor da força, em
a água vaza mais facilmente do que quando o motor Newtons, que deve ser aplicada no êmbolo menor?
está frio (água fria). Explique tal fenômeno com base Considere g = 10 m/s2
no princípio de Pascal. 5. O projeto de uma prensa hidráulica prevê, para seu
3. A prensa hidráulica equilíbrio, que a aplicação de uma força de 5,0 " 103 N
A
representada na figu- sobre o êmbolo maior necessita de uma força de
B
5,0 " 10 N sobre o êmbolo menor. Sabendo-se que a
Paulo Nilson
ra está em equilíbrio. A2
A1
Calcule o módulo do área do êmbolo maior é 2,0 " 103 cm2, qual será a área
peso da carga A que do êmbolo menor?
está apoiada sobre o
Paulo Nilson
ros consiste em um cilindro, de 15 cm de raio, que representado um macaco
F1
comprime o óleo do reservatório, transmitindo essa hidráulico. O pistão me-
pressão a outro cilindro de 0,75 cm de raio. Qual nor tem 0,2 m de diâme-
a força mínima que deveria ser aplicada ao cilin- tro e o maior 1,0 m de di-
dro menor para erguer um veículo de 2,0 " 103 kg? âmetro. Para suspender F2
(Dado: g ! 10 m/s2.) um automóvel de 800 kg
colocado sobre o pistão
maior qual a força mínima, em newtons, que deve ser
aplicada no pistão menor?
5. EMPUXO
Você deve ter notado que quando entramos na água — em um rio, lago, mar ou
em uma piscina — experimentamos uma sensação de leveza. E, ao tentarmos per-
manecer abaixo do nível da água, sentimos uma força nos “empurrando” para cima.
É essa força que mantém os balões de ar quente estáveis durante o voo e permite
que as bexigas de festa de aniversário subam verticalmente quando cheias de gás
hélio. Qual a relação entre esses dois últimos exemplos e quando entramos em uma
piscina? Em ambos os casos os corpos estão imersos em um fluido, o ar ou a água.
As duas situações representadas a seguir nos ajudarão a elaborar a ideia de empuxo.
Studio Caparroz
Se mergulharmos uma
Se você mantiver um objeto bola em um líquido,
suspenso fora e dentro da perceberemos que ele
água, vai verificar que dentro oferece resistência de
da água ele parece mais leve. baixo para cima.
Sempre que um corpo está mergulhado em um fluido (líquido ou gás), ele sofre
a ação de uma força na direção vertical, de baixo para cima, que passaremos a de-
nominar de empuxo E.
No esquema ao lado, temos a represen-
tação das forças exercidas pelo líquido que
Eunice Toyota
indicação: 6 N
Marco Aurelio
indicação: 4 N
corpo
líquido
indicação: 0 indicação: 2 N
Pela equação do empuxo, vemos que seu valor será tanto maior quanto maior
a densidade do líquido e quanto maior o volume do líquido deslocado, ou seja,
quanto maior a parte do corpo que se encontrar submersa.
Exercícios resolvidos
1 Uma esfera, de volume 3,0 " 10#4 m3, é totalmente b) a intensidade da força vertical F, que deve agir
imersa em um líquido de densidade 9,0 " 10 kg/m . 2 3 sobre o bloco, para que ele permaneça totalmente
Sabendo que nesse local g ! 10 m/s2, determine: imerso.
Editoria de arte
E
loque para cima ou para baixo.
a) Dados: Vcubo ! (1,0)3 ! 1,0
RESOLUÇÃO m3; Vlíquido deslocado ! VD ! 0,60 "
1,0 ! 0,60 m3; dL ! dágua ! 1,0 "
a) Como a esfera está totalmente imersa (VD ! Vesfera), P
103 kg/m3
temos:
A intensidade do empuxo que
E ! dLVDg age no bloco é:
E ! 9,0 " 102 " 3,0 " 10#4 " 10 E ! dLVDg
E ! 2,7 N E
E ! 1,0 " 103 " 0,60 " 10 ! 6,0 " 103 N
b) Se Pesfera & 2,7, ela se deslocará
para baixo. b) A intensidade da força
E
P F, a ser aplicada no blo-
Se Pesfera ( 2,7, ela se deslocará
co, deverá fazer imergir
para cima.
os 40% do cubo que es- F
P
2 Durante um experimento, um cubo de madeira de tavam fora da água. Por-
aresta 1,0 m é colocado em um recipiente contendo tanto:
água. Notou-se que o cubo flutuou com 60% do seu
F ! E)
volume submerso. Considere g ! 10 m/s2 e a densi-
dade da água 1,0 " 103 kg/m3. Determine: F ! dLVDg
VD ! 0,40 " 1,0 ! 0,40 m3
a) a intensidade do empuxo exercido pela água sobre
o bloco de madeira; F ! 1,0 " 103 " 0,40 " 10 ! 4,0 " 103 N
Selma Caparroz
empuxo e a do próprio peso. Nesse caso, quais das
fio inextensível,
afirmações a seguir estão corretas?
de massa e volu-
I. A intensidade do empuxo exercida sobre o navio pre-
me desprezíveis,
cisa ser bem maior do que a intensidade do seu peso.
Isso impedirá um possível afundamento, no caso de ha- como mostra a
ver um acréscimo de carga. figura ao lado.
II. Se ele permanece flutuando, é porque a densidade (Dados: g ! 10 m/s2 e dH2O ! 1 " 103 kg/m3.)
da água é maior do que a densidade média do navio, A tração no fio é:
ainda que na sua construção tenham sido usadas cha- a) 40 N c) 4,3 N e) 37 N
pas de metal.
b) 3,7 N d) 43 N
III. Caso o navio sofra um rompimento no casco, e a
água consiga enchê-lo totalmente, a densidade mé- 6. Durante uma pescaria, um pescador percebeu que
dia do navio será maior que a densidade da água, e era mais fácil puxar a âncora do seu barco quando ela
ele afundará. estava totalmente submersa do que quando ela esta-
IV. A intensidade do empuxo exercida sobre o navio va fora da água. Sobre essa observação, ele elaborou
é igual à intensidade do seu peso. quatro explicações. Qual delas é correta?
2. Sentados à beira da piscina do navio descrito no exer- a) O empuxo produzido pela água e o peso da âncora
cício anterior, três passageiros observam um corpo se anulam.
totalmente submerso em um copo com água. Cada b) O empuxo produzido pela água é maior que o peso
um dos passageiros fez uma afirmação. Quais deles da âncora.
estão corretos? c) Enquanto permanece submersa, o peso da âncora
Passageiro A: A intensidade do empuxo que age nesse é menor.
corpo é igual ao peso da água deslocada pelo corpo. d) Enquanto permanece submersa, a intensidade da
Passageiro B: A intensidade do empuxo que age nes- força para puxar a âncora é menor que a intensidade
se corpo independe do volume desse corpo. do peso da âncora.
Passageiro C: O empuxo que age nesse corpo existe
por causa da pressão no topo do corpo ser menor do 7. Ao ser mergulhado num reservatório de água, um obje-
que a pressão na base dele. to desloca um volume de água equivalente a 6 · 10–4 m3.
Determine a intensidade do empuxo que a água exer-
3. Uma esfera metálica oca, uma “casca”, é fecha- ce no objeto, sabendo que nesse local g = 10 m/s2 e a
da hermeticamente, mantendo um pouco de ar densidade da água é 1 · 103 kg/m3.
em seu interior. Ao ser colocada em um líquido,
8. Os peixes afundam e flutuam em rios, lagos e ocea-
verifica-se que ela permanece parcialmente submer-
nos porque conseguem variar rapidamente sua den-
sa. Caso o ar que está em seu interior seja retirado,
sidade. Explique a afirmativa com base na força de
a esfera afundará, permanecerá no mesmo nível ou
empuxo.
diminuirá sua parte submersa?
1 (UFMG) As figuras mostram um mesmo tijolo, de di- a) aumento, com a profundidade, do empuxo exerci-
mensões 5 cm * 10 cm * 20 cm, apoiado sobre uma do pela água.
mesa de três maneiras diferentes. Em cada situação, b) diminuição, com a profundidade, da pressão da
a face do tijolo que está em contato com a mesa é di- água sobre a barragem.
ferente. c) aumento, com a profundidade, da pressão da água
As pressões exercidas pelo tijolo sobre a mesa nas situ- sobre a barragem.
ações I, II e III são, respectivamente, p1, p2 e p3. d) diminuição, com a profundidade, do empuxo exer-
cido pela água.
Editoria de arte
Editoria de arte
a) 0,1
b) 8,0
c) 11,0
46
d) 14,8
e) 704,0
Eunice Topyota
15 cm
20 cm gás
170 mm
óleo
ficando em equilíbrio conforme a ilustração abaixo.
E F
Editoria de arte
2,0 cm
água água 3,0 cm
líquido A líquido B
A B
Figura 1 Figura 2
A densidade do líquido B, em g " cm#3, é de:
Considerando a densidade da água 1 g/cm3 e a do
a) 0,40
óleo 0,8 g/cm3, pode-se afirmar sobre as pressões nos
b) 1,2
pontos A e B e E e F que:
c) 0,60
a) PA ! PB e PE ( PF d) PA ( PB e PE ( PF
d) 1,0
b) PA & PB e PE & PF e) PA ( PB e PE ! PF
e) 0,80
c) PA ! PB e PE & PF
MATERIAIS
PASSO A PASSO
Etapa 1
• Encha inteiramente um copo com água.
• Em seguida, recorte um pedaço de cartolina maior que o tamanho da boca do copo. A cartolina pode ser
substituída por uma carta de baralho.
• Tampe a boca do copo com a cartolina.
• Em seguida vire o copo de “boca para baixo”, lentamente, segurando a cartolina; depois solte-a com cuidado.
• Observe e responda a questão 1.
Etapa 2
• Coloque um pouco de água quente em uma garrafa PET (500 mL ou 600 mL), agite um pouco, jogue a água
fora e tampe a garrafa novamente. Tenha cuidado com a água quente.
• Em seguida, coloque a garrafa em um recipiente (bacia ou balde) com água fria. Você pode colocar bastante
gelo na água do recipiente.
• Observe e responda as questões 2 e 3.
RESPONDA
1. O que aconteceu com a cartolina?
2. O que aconteceu com a garrafa?
3. Como as observações feitas no experimento anterior podem ser aplicadas neste?
ALONSO, Marcelo; FINN, Edward. Física. Trad. Maria Cesgranrio — Centro de Seleção de Candidatos ao
Alice Gomes da Costa e Maria de Jesus Vaz de Carvalho. Ensino Superior do Grande Rio
São Paulo: Addison-Wesley do Brasil, 1999. Enem — Exame Nacional do Ensino Médio
Fatec-SP — Faculdade de Tecnologia do Estado de
BILAC, Olavo. Obra reunida. Rio de Janeiro: Nova
São Paulo
Aguilar, 1996.
FEI-SP — Faculdade de Engenharia Industrial
BRAGA, Marco; GUERRA, Andréia; REIS, José Cláudio. FNFi — Faculdade Nacional de Filosofia
Breve história da Ciência moderna. Rio de Janeiro: Fuvest-SP — Fundação Universitária para o Vestibular
Jorge Zahar, 2003. v. 1.
ITE — Instituição Toledo de Ensino
FARIAS, Robson Fernandes de; BASSALO, José Maria Mack-SP — Universidade Presbiteriana Mackenzie
Filardo. Para gostar de ler a história da Física. Cam- PUC — Pontifícia Universidade Católica
pinas: Átomo, 2010. PUCCamp — Pontifícia Universidade Católica de
Campinas
FIOLHAIS, C. Física divertida. Brasília: UnB, 2000.
UECE — Universidade Estadual do Ceará
GLEISER, Marcelo. In: MOURÃO, Ronaldo Rogério de UEL-PR — Universidade Estadual de Londrina
Freitas. Copérnico: pioneiro da revolução astronômica. UEPB — Universidade Estadual da Paraíba
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UERJ — Universidade Estadual do Rio de Janeiro
HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, Jearl. UFBA — Universidade Federal da Bahia
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NUSSENZVEIG, Hersch M. Curso de Física Básica 1: UFSE — Universidade Federal de Sergipe
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PONCZEK, Roberto Leon. Da Bíblia a Newton: uma vi-
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Origens e evolução das ideias da Física. Salvador:
EDUFBA, 2002. Uniube-MG — Universidade de Uberaba
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RESNICK, Robert; HALLIDAY, David. Física 1. Rio de Vunesp-SP — Fundação para o Vestibular da Universi-
Janeiro: LTC, 1973. dade Estadual Paulista
Referências 295
SUGESTÕES PARA PESQUISA E LEITURA
O livro didático é uma das fontes de informações que você pode usar para aprimorar seus conhecimentos,
mas não deve ser a única. Por isso, sugerimos algumas alternativas que podem ampliar seus conhecimentos.
Procuramos relacionar livros com temas interessantes para que sua leitura seja agradável e lúdica, sem
perder o rigor dos conhecimentos sobre Física. As revistas indicadas nem sempre são encontradas em bancas,
mas todas possuem versões para a internet, com textos que podem ser acessados gratuitamente.
Livros
BRANCO, Samuel Murgel. Energia e meio ambiente. MONTANARI, Valdir. Energia nossa de cada dia. São
São Paulo: Moderna, 1991. Paulo: Moderna, 2003.
BRECHT, Bertold. Vida de Galileu. Rio de Janeiro: PARKER, Steve. Galileu e o Universo. São Paulo:
Paz e Terra, 1991. Scipione, 1996.
CHALMERS, Alan F. Que é ciência afinal? São Paulo: PARKER, Steve. Newton e a gravitação. São Paulo:
Brasiliense, 1997. Scipione, 1996.
EINSTEIN, Albert; INFELD, Leopold. A evolução da POSKITT, Kjartan. Isaac Newton e sua maçã. São
Física. Rio de Janeiro: Zahar, 2008. Paulo: Companhia das Letras, 2002.
FIOLHAIS, Carlos. Física divertida. Brasília: Editora ROCHA, Romeu F. Grandezas e unidades de
da UnB, 2000. medidas. São Paulo: Ática, 1988.
FREIRE, Helena da Silva. Usos de energia: sistemas, SPEYER, Edward. Seis caminhos a partir de Newton:
fontes e alternativas; do fogo aos gradientes de as grandes descobertas da Física. Rio de Janeiro:
temperatura oceânicos. São Paulo: Atual, 1991. Campus, 1995.
GONICK, Larry; HUFFMAN, Art. Introdução STRATHERN, Paul. Arquimedes e a alavanca. Rio de
ilustrada à Física. Trad. Luis Carlos de Meneses. São Janeiro: Jorge Zahar, 1997.
Paulo: Harbra, 1994.
TUNDISI, Helena da Silva F. Usos de energia:
HAMBURGUER, Hernest W. O que é Física? São sistemas, fontes e alternativas. São Paulo: Atual, 1991.
Paulo: Brasiliense, 1992. (Meio ambiente).
HEWITT, Paul G. Física conceitual. Porto Alegre: VALADARES, Eduardo de Campos. Física mais que di-
Artmed, 2002. vertida. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2002.
LEVY-LEBLOND, Jean-Marc. A mecânica em WAKER, Jearl. O grande circo da Física. Lisboa:
perguntas. Lisboa: Gradiva, 1991. Gradiva, 1990.
WESTFALL, Richard S. A vida de Isaac Newton.
Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1995.
Revistas
CIÊNCIA HOJE. Rio de Janeiro: Sociedade Brasileira PESQUISA FAPESP. São Paulo: Fundação de Amparo
para o Progresso da Ciência (SBPC). à Pesquisa do Estado de São Paulo.
DESAFIOS DO DESENVOLVIMENTO. Brasília: PESQUISA FAPERJ. Rio de Janeiro: Fundação de
Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (IPEA). Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro.
Respostas 297
b) v (m/s) 3. a) v ! 15 " 2t (SI) b) 7,5 s lor numérico e pela unidade de me-
5 4. a) v ! 20 # 1,5t (SI) dida. As vetoriais são identificadas
b) 24,5 m/s por um valor, unidade de medida,
c) Acelerado. direção e sentido.
5. 4,0 m/s2; 10 m/s 2. a) A e B; C e D
0 6 t (s)
6. "4,0 m/s2; 4 s b) C e D
c) s ! "15 # 5t (SI) 7. 0,6 m/s; 0,2 m/s2 c) A e C
d) 3 s; movimento progressivo d) Não, porque suas direções são
e) Não, a forma do gráfico apre- Exercícios propostos ................. 60 diferentes.
senta apenas a dependência entre 1. Não, no MU as partículas percor- 3. A soma vetorial está relacionada à
as grandezas s e t. rem espaços iguais em tempos ideia de obter um único vetor que
2. a) "3 m d) 1,5 s iguais e no MUV os espaços per- representa a soma de dois ou mais
b) 2 m/s e) 21 m corridos em intervalos de tempos vetores.
iguais serão cada vez maiores, 4. Sim, quando os vetores são opostos.
c) s ! "3 # 2t
quando o movimento for acelera-
3. Ambos possuem a mesma veloci- 5. a)
do, e cada vez menores no movi- 4 km
dade. mento retardado.
4. 60 m; 65 m 2. a) 2 m/s b) 6 m/s2 c) 20 m 4 km
5. vA . 5,65 vG; vB . 11,3 vG 3. 3 s 4. 16 s navegante
6. s ! 15 " 3t 5. a) 5 s a 10 s d) 0
N
Teste o que aprendeu ................ 50 b) 0 a 5 s e) 0 a 10 s
O L
1. 250 s 2. e 3. b c) 5s PS
S
4. a) 20 m b) 20 m/s 6. 18 s 7. a) 57 m
b) 20 km
c) 10 m/s b) Entre 0 e 2 s e entre 8 s e 10 s
c) Ela representa a menor distân-
5. b 6. b 7. e c) 9 m cia para a equipe de salvamento
8. Carlos chegar ao local.
Capítulo 4
Exercícios propostos ................. 62 6. 2u 7. 7 m
! ! "! "
Exercícios propostos ................. 53 1. "0,25 m/s2 2. 0 8. i = 2n + 3m 9. 0 N
1. Movimento variado está relaciona- 3. 100 m Teste o que aprendeu ................ 72
da à variação da velocidade escalar 4. a) 20 m/s b) 40 s
instantânea do móvel. 1. a) A, E e F; C e D; B e G .
5. Conseguiu parar à distância de
2. Movimento variado acelerado: 20 m da terra. b) A e F; C e D.
trem saindo da estação, corpo em 6. a) 90 m b) 3,5 m/s2 c) A, B, E e F; C e D.
queda livre. Movimento variado re- 7. a) caminhão: 70 s e 1225 m d) A e F; C e D.
tardado: trem freando na estação, 2. c 4. c 6. e
Carro: 25 s e 312,5 m
carro parando em um semáforo. 3. b 5. b 7. c
b) 212,5 m
3. Não. Pois aceleração escalar nula
significa que a velocidade escalar é c) 91,25 s
Capítulo 6
constante, podendo ser nula ou não. 8. Velocidade e desaceleração do
4. A cada segundo sua velocidade va- avião.
ria 20 km/h. Exercícios propostos ..................74
Teste o que aprendeu ................ 63 1. a) Sim. O deslocamento escalar
5. "2 m/s2. O movimento é retardado. 1. e fica caracterizado por número e
6. "200 m/s2 2. a) v (m/s) unidade.
7. a) 25 s
9 b) Não. Para caracterizar o deslo-
b) movimento acelerado 8 camento vetorial, além da intensi-
8. B 7 dade (30 m), precisamos conhecer
9. A: 2 m/s2, progressivo e acelerado. 6 o seu sentido.
5
B: 4 m/s2, retrógrado e acelerado. 2. Ambas as afirmações são falsas.
4
C: "5 m/s2, progressivo e retarda- 3 3. a)
do. 2
D: 2 m/s2, retrógrado e retardado. 1 30 km
10. a) 36,8 m/s2 (acelerado) 0 1 2 3 4 5 t (s)
"35,1 m/s2 (retardado). b) 1,8 m/s2
40 km
b) 50 km
Exercícios propostos ..................57 3. c 4. Como não há escala, não pode-
1. a) 0 a 4 s; 12 s a 20 s 4. a) 4 s b) 4 m mos determinar a distância entre o
b) 4 s a 12 s 5. d 6. c 7. c avião e o radar, mas é possível in-
c) 0 a 4 s e 12 s a 20 s dicar a direção e o sentido. O avião
2. a) 20 m/s; "5 m/s2 UNIDADE 3 A se aproxima na posição 8 h; B se
b) 4 s; o sentido do movimento se aproxima na posição 10 h e C se
inverte. Capítulo 5 afasta na posição 12 h.
c) Retardado. b) A e B aterrissam e C decola.
d) "10 m/s Exercícios propostos ................. 71 5. a) d = 9 km; direção: leste-oeste;
e) Acelerado. 1. As escalares são definidas por um va- sentido: para o leste.
298 Respostas
b) d = 6 km; direção: leste-oeste;
sentido: para o leste. Capítulo7 Capítulo 8
c) d = 2 10 km
Exercícios propostos ................. 88 Exercícios propostos ................. 96
6. a) 2100 m
1. Significa que o movimento do cor- 1. Apenas o participante III fez uma
b) 500 m
po ocorre em trajetória retilínea, afirmação correta.
c) A distância percorrida são todos
vertical e livre dos efeitos da resis- 2. a) 3 s b) 9 m/s
os trechos percorridos e o desloca-
mento é a reta entre os pontos ini- tência do ar. 3. a) 1414 m b) 173 m/s
ciais e finais. 2. Devido aos efeitos da resistência. 4. 5 m/s 5. 10 m
3. MUV, pois apresenta aceleração 6. 250 m antes do local
Exercícios propostos ..................76
constante (g). 7. a) 0,4 s c) 5 m/s b) 0,8 m
1. a) Verdadeira. c) Verdadeira.
b) Falsa. d) Falsa. 4. a) A pena e o martelo atingiram o Exercícios propostos ................100
solo simultaneamente. 1. a) 21 m/s ; 21 m/s
2. Somente I é correto.
3. a) O vetor velocidade é sempre b) 1,4 s b) x $ 21t; y $ 21t " 5t2
tangente à trajetória. 5. 40 m/s 6. 20 m c) 2,1 s
OM ⋅ 2 7. v $ 30 m/s e H $ 45 m 8. 2 s d) 22,1 m
b) v m = e) 4,2 s
2 Exercícios propostos ..................91
4. Os valores da última coluna são, f) tT $ 2tS
1. c 2. 30 m/s
respectivamente: 12,2; 11,9; 11,4; g) 88,2 m
3. a) s $ 20t " 5t2
10,7; 8,3; 8,2; 8,2. A razão tende ao h) 30 m/s
limite de 8,2 m/s e pode ser inter- v $ 20 "10t
2. a) 2 m/s b) 2 s c) 5 m
pretada como a velocidade vetorial b) 2 s
instantânea. 3. 24 m/s 4. 5,4 m do buraco
c) 20 m
5. Velocímetro mede velocidade esca- 5. 1,73 s 6. 4,05 m
d) 15 m, sentido para baixo.
lar a cada instante. 7. t $ 2,9 s; x $ 40,6 m
e) 4 s; "20 m/s
Exercícios propostos ................. 79 f) Teste o que aprendeu ...............102
s(m)
1. a) 10 m/s2 b) 10 m/s2 1. d
2. 2. a) 10 m/s b) 1,5 s
3. a) 1s
b) 1,2 m/s, em relação à plataforma
c) 10 m/s
ac ac 20
v 4. c 5. 0,8 s 6. 45 m/s
g g
A at B
Capítulo 9
at
v
b) A: curvilíneo acelerado e B: cur-
Exercícios propostos ................105
2 4 t(s)
vilíneo retardado. π
1. a) rad
3. O carro acelera, no sentido da cur- 4. a) 1,2 s 2
va, 10 m/s a cada segundo. b) 0 b) 10 000 m
4. a) 6 m/s b) 4 m/s2 c) 5 m/s2 c) 2 m/s 2. a) π rad
5. a) 25,6 m/s2 c) 19,2 m/s2 d) b) S1 $ 31,4 m
b) 16 m/s v (m/s) S2 $ 47,1 m
6. c 12 3. 10 000 voltas
Exercícios propostos ................. 82 4. a) 720 voltas c) 25 920º graus
1. a) 5 km/h b) 35 km/h
8
b) 1 440% rad
2. d 4
Exercícios propostos ................107
3. 200 m (mesmo sentido) 1. 0,5 rad/s
67 m (sentido oposto) 1 1,2 2 2. vA $ 14 cm/s; vB $ 28 cm/s
4. 1,7 m/s t(s) π
3. a) rad/s b) π m/s
5. a) 260 km/h b) 200 km –4 12
6. a) 180 km/h 4. 0,30 rad
b) O piloto pode acelerar o avião 5. A indicação do velocímetro será
para compensar o arrasto do vento
–8
maior do que o real.
ou lançar a carga quando estiver ωi
mais próximo do acampamento. 5. 2,5 s; 6,25 m 6. !3
ωe
7. 400 km/h 6. a) 1 s b) 5,24 s c) 25 m
7. 0,01 m/s
8 ! 2205 m 7. b 8. d
Exercícios propostos ................111
Teste o que aprendeu ................ 84 Teste o que aprendeu ................ 92 1. As velocidades angulares dos pon-
1. a) 3 min b) 10 km/h 1. d 2. c 3. 20 m 4. 75 m teiros são iguais para os dois reló-
2. b 3. d 4. e 5. b 6. e 7. c 8. d gios, enquanto a velocidade escalar
5. 24 m 6. II e III são corretas 9. c 10. b da extremidade do ponteiro do
Respostas 299
relógio maior é maior do que a do 9. a) 4 m/s b) 0,8 m/s2 b) 0,5 m/s2
ponteiro do relógio de pulso. 10. c c) 2,5 m/s
1
2. a) 3 min = 180 s b) 180 Hz d) velocidade constante e acelera-
UNIDADE 4 ção nula.
3. d 4. a) Sim. 7. Quatro vezes.
b) Tem a mesma frequência. Capítulo 10 8. a) 100 N b) 5,0 m/s2 c) 50 m/s
c) A atleta mais alta descreve uma Exercícios propostos ................136
circunferência de raio maior, portan- Exercícios propostos ................127 1. a) A força do pé do jogador na
to sua velocidade escalar é maior. 1. É uma grandeza capaz de modifi- bola aumenta a velocidade da
5. a) 1,0 s b) 1,6 s car o movimento de um corpo ou bola; a força da bola no pé do jo-
1 deformá-lo. gador diminui a velocidade do pé.
6. a) 60 Hz b) s
60 2. a) Quando um jogador de futebol b) As forças dos gases nas paredes
c) 120 π rad/s chuta uma bola em direção ao gol, a do avião aceleram a aeronave para
d) 56,52 m/s bola sai de seu pé com velocidade. a frente; as forças das paredes nos
e) 21 296,7 m/s2 b) Um garoto observa uma bola gases aceleram os gases para trás.
f) s ! 56,52t que rola sozinha em uma quadra c) A força da Terra sobre a Lua a
" ! 120 πt até parar. Diante desse fato, ele mantém em sua órbita; a força da
7. a) 24 h considera a existência de forças Lua sobre a Terra provoca as marés.
b) 1.1 # 104 km/h aplicadas na bola. d) As forças da hélice no ar empurram
π c) Um corpo está em equilíbrio o ar para trás; as forças do ar na hélice
c) rad / s quando a soma das forças atuantes empurram a hélice para a frente.
12
é igual a zero. 2. a) Não, porque o par de forças
d) 0,22 m/s2
π 3. É uma força representativa do con- produzidas estava no interior do
e) t junto de todas as forças que agem sistema.
12 no corpo. b) Falso. João conseguirá mover o
Exercícios propostos ................ 114 4. Resposta pessoal. 5. c carro, pois o par de forças ação e rea-
1. a) A coroa deve ser maior que a ca- 6. I. correta II. incorreta ção está aplicado em corpos distintos.
traca. 3. Par, porque toda força de ação pos-
7. 50 N
b) Enquanto a cora dá uma volta, a sui uma correspondente força de
8. a) 62,4 N b) 68,1 N reação.
catraca dá 4 voltas.
9. 70 N; 30 N 4. Porque estão aplicadas em corpos
c) Deve usar uma catraca maior.
10. 15 N ! |F3| ! 25 N diferentes.
2. 6,4 m/s 3. 5 s
4. a) Sentido anti-horário 11. a) R ! F 3 N b) zero 5. 1, 3, 2
b) 4,0 m/s 6. a) Não.
Exercícios propostos ................130
c) ω A = 20 rad/s b) As forças de ação e reação agem
1. Não, pois existe uma força contrária em corpos diferentes.
ω B = 40 rad/s ao seu movimento, que diminui a ve-
locidade do carrinho até ele parar. 7. Nula 8. III e IV são corretas.
5. a) 2s b)4 Hz c) 30 cm/s
6. 10 rpm
2. Não, ele é válido sempre que a for- Exercícios propostos ................140
ça resultante é nula. 1. a) 5 kg c) 50 N
Exercícios propostos ................116 3. 30 N b) 5 kg em qualquer lugar
1. 2,5 π rad/s2; 1 000 voltas 4. A bola sairá pela tangente em razão 2. e 3. d
2. 5 rad/s2 3. 6π rad/s2 da inércia. 4. a) P ! mg
Exercícios propostos ................118 5. zero 6. b 7. b b) P em newtons, m em kg e g em
km/h 8. Todas são verdadeiras. m/s2
1. 5,6 m/s2; 20
s Exercícios propostos ................132 5. 1 000 N
1. As forças têm sentidos opostos, 6. a) $5 m/s b) 0,5 N c) 70 m
1 1
2. a) π rad/s 2 b) 50 voltas portanto: 12 $ 10 ! m # 2 7. a) M b) p
21 6
3. a) − π rad/s 2 b) 75 rotações m ! 1 kg 8. a) 0,1 kg c) 32 N
3 2. I e III corretas 3. 1,8 # 105 N b) 3,2 kg d) 32
4. 20 Hz 3. 1,8 # 105 N
5. a) 24 horas Exercícios propostos ................147
4. a) 1,0 m/s b) 1,2 # 103 N 1. a) Falsa. c) Verdadeira.
b) 1,1 # 104 km/h 5. No caminhão carregado, pois b) Falsa. d) Verdadeira.
c) 0,25 rad/h quanto maior a massa do cami-
2. Todas as afirmações são corretas
nhão, menor será a aceleração ad-
6. 6 s 3. 3 N
quirida por ele.
Teste o que aprendeu ...............119 6. Situação A: 4. a) 4 m/s2
1. c 2.c a) 20 N b) T1 ! 100 N e T2 ! 60 N
3. 0,6 pedaladas por segundo b) 1 m/s2 5. a)
4. e c) 5 m/s T
5. a) Sentido horário d) velocidade constante e acelera-
b) 50 dentes/min ção nula.
c) 50 rpm Situação B:
6. a 7. d 8. d a) $10 N P
300 Respostas
b) 1 000 N 8. a) 2,5 m/s2 b) 30 N da direção da velocidade descreve
c) 1 000 N uma órbita circular.
Exercícios propostos ................ 161
d) 667 kg 5. e
1. Reduzindo a força resultante e,
6. a) 600 N c) 720 N consequentemente, a aceleração. 6. a) O observador A diz que a esfera
b) 600 N d) 480 N é puxada do centro para fora da
2. O objeto com maior velocidade,
base por uma força. Mas, na verda-
7. 15 N 8. 2 m2 pois a força de resistência do ar é
de, não existe uma força puxando
9. a) T T T proporcional à velocidade.
a bola para fora, o que ocorre é que
3. Com a mesma intensidade da força o corpo, devido à inércia, tende a
A B de atrito cinético. continuar seu movimento em li-
PA PB T
4. I) Falsa III) Falsa nha reta.
II) Verdadeira b) O observador B diz que a esfera
b) 40 N
descreve uma trajetória circular,
10. 6,4 N 11. 30 N 12. c 5. 1 junto à base giratória, devido à
13. a) F1 será menor b) F2 $ 2F1 a= g ação da força centrípeta exercida
6. 2 pela mola distendida na esfera.
Teste o que aprendeu ...............149 F (N) Fat (N) a (m/s2)
1. d 5 5 0 7. A força gravitacional exercida pela
Terra atua perpendicularmente à
2. a) 3N b) 3 m/s2 8 8 0
direção do movimento da Lua, o
3. a) 0,5 m/s2 b) 6,0 ! 102 N 10 10 0 que alterar a direção da velocida-
4. e 12 4 4 de lunar.
5. a) Nula b) mg 16 4 6
6. d 7. d 8. 40 N
Exercícios propostos ................168
7. Na hora de fazer mudança, é mais 1. a) 1,0 m/s c) 8,0 N
9. a) 5 m/s2 b) 50 N e 30 N fácil puxar a máquina de lavar do
10. d 11. c b) 2,0 m/s2
que empurrá-la.
2. 50 m/s 3. 1,8 rad/s
Quer saber? .............................151 8. a)
4. 20 m/s 5. 0,25 N
1. Pressão atmosférica e temperatura N
6. a)
são importantes para sobrevivên-
Editoria de arte
cia. Gravidade e período de ilumi-
nação são de difícil adaptação.
2. Geografia, biologia, química, so- Fat
ciologia. P
Respostas 301
3. T1 ! 1,0 N; T2 ! 1,4 T1 5. As duas afirmações são incorretas. c) Na 2ª situação, com a rampa in-
4. a) 0,3 N b) 0,6 m/s c) 0,80 Hz Exercícios propostos ................193 clinada.
5. a) O 1. É a influência que um corpo dotado 3. #8 0000 J 4. 7,5 J 5. 200 J
de massa exerce sobre outro corpo 6. #4 000 J 7. #750 J 8. 14 400 J
massivo. Percebe-se essa influência
u graças à ação da força atrativa en- 9. a) Prancha 1.
tarumã
T
tre os corpos. b) O trabalho é o mesmo nos dois
u 2. A aceleração gravitacional da su- casos.
perfície terrestre varia com seu mo-
C vimento de rotação, sendo que no 10. 150 N
Fc
equador seu valor é mínimo e nos Exercícios propostos ................210
ac
P polos é máximo. O campo gravita-
cional aumentaria. 1. a) 8 N b) 0,08 J
r
3. 1,61 m/s2 4. 342 000 km 2. a) 20 cm b) 0,4 J c) 0,1 J
b) 10 N c) 4,33 m/s 5. 4 685 km 6. 3,2 " 1022 N 3. a) 200 N/m b) 2,25 J
6. 6 m/s Exercícios propostos ................195 4. 32 cm
Teste o que aprendeu ...............180 1. b 2. c 5. a) 2000 N/m b) 120 N
1. a 3. A nave e os objetos no seu interior
6. 100 J e150 J
estão em “queda” com a mesma
2. a) 5 N b) 0,5 kg
aceleração. Teste o que aprendeu ...............211
3. c 4. a 5. b 6. c
4. Somente Carla está correta. 1. c 2. d 3. c 4. 28 cm
7. a 8. d 9. c 10. d
5. 30 000 m/s 6. c
11. d 12. a 13. d 14. e 5. a) 2 m/s2 b) 6 J 6. e
(R + H)3
7. T = 2 π
GM
Capítulo 12 Capítulo 14
8. a) 6 000 m/s
b) 10 000 s Exercícios propostos ................214
Exercícios propostos ................187
1. A distância é variável e os planetas Quer saber? .............................196 1. Há um ganho de energia cinética.
1. As duas teorias adotaram órbitas 2. Aumenta o trabalho sobre o veícu-
serão mais velozes quanto mais
circulares para os astros e conside- lo.
perto estiverem do Sol. ravam a existência de um astro no 3. Transforma-se em calor devido à
2. No periélio a energia potencial é centro do Universo (para Ptolomeu, presença da força de atrito.
a Terra e para Copérnico, o Sol). 4. A distância percorrida por ele até
menor e a cinética é maior. No afé-
lio a energia potencial gravitacio- Teste o que aprendeu ...............197 parar.
1. e 2. 90 3.b 4.e 5. e 5. O veículo A possui o dobro da velo-
nal é maior e a cinética é menor.
cidade de B, portanto uma energia
3. Nesse modelo as energias cinética cinética quatro vezes maior. Logo
e potencial da Terra seriam iguais A, deve percorrer quatro vezes a
a zero, e as dos planetas seriam UNIDADE 5
distância percorrida por B.
constantes, independentemente Capítulo 13 6. a) 16 J c) 64 J
de suas posições.
b) 48 J d) 8 m/s
4. Em relação ao Sol, que é o centro Exercícios propostos ............... 203 7. a) #32 J b) 8 N c) 0,1
do sistema planetário, essas varia-
1. $F: motor; $R resistente. 8. a) 5 m/s b) 11 N
ções são iguais a zero.
2. a) F
Tarumã
302 Respostas
1. a) Conversão da energia prove- vetoriais. As energias não se anu- Teste o que aprendeu .............. 243
niente das radiações solares em lam, pois são grandezas escalares . 1. a 2. 120 kg " m/s
energia térmica. 3. a) 9,6 kg " m/s b) 3,2 " 102 N
2. A quantidade de movimento du-
b) Conversão de energia potencial plicará e a energia cinética qua- 4. a
gravitacional em energia cinética. druplicará. 5. a) #40 kN b) 8 vezes
c) Conversão de energia potencial 3. a) Verdadeira c) Verdadeira 6. e 7. d
elástica em energia cinética.
b) Falsa 8. Soma: 02 + 04 + 08 + 16 = 30
d) Energia liberada pela fissão
dos núcleos atômicos em energia 4. 219 kg " m/s 5. 2 9. a) 1,0 b) 0,73
elétrica. 6. Módulo ! 0,3 kg " m/s. 10. 0,36 m/s e 0,96 m/s
e) Conversão de energia potencial 7. 37,5 J; 15 kg " m/s 11. a) O movimento cessa e ambos fi-
gravitacional em energia elétrica. 8. 2,0 m/s carão em repouso.
2. A energia potencial gravitacional 9. 1,2 kg " m/s b) colisão inelástica.
se transforma em energia cinética, 10. 200 kg " m/s, direção horizontal e 12. 0,2 m/s 13. c
que, por sua vez, se desmembra em sentido da direita para a esquerda.
energias elástica, térmica e sonora. 11. a) v ! 2 $ 6 t b) 7 kg " m/s UNIDADE 6
3. I. 900; 1 700 12. a) 1 000 kg b) 30 km/h
II. 0; 1 700 Capítulo 16
Exercícios propostos ............... 235
III. 400; 1 300; 1 700
1. a) Não Exercícios propostos ............... 250
IV. 200; 1 500; 1 700
b) O impulso é zero e a força resul- 1. 4 N 2. e 3. 1 4. 250 N
4. 1 J 5. c 6. c 7. c tante é nula.
8. 2 000 J 5. TAB ! 400 N ; TAC = 200 3 N
2. 10 s 4. 1,65 kg " m/s 6. a) F ! P b) F = 2 P
9. a) 2 000 J 3. 6,0 N " s 5. b
b) D(Ep ! 1 600 J e Ec ! 400 J) 7. a)
6. Somente Gabriela está certa. T2
C(Ep ! 0 J e Ec ! 2 000 J) 30° 60°
7. a) 30 kg " m/s; mesma direção e
D(Ep ! 1 680 J e Ec ! 320 J) T2
sentido de v1 30°
T1
c) 10 m/s b) 30 kg " m/s; mesma direção e
O
60° T3 5 200 N
d) 4 m/s sentido de v 2 T3 5 200 N
T1
10. a) 900 J b) 900 J c) I ! 30 2 N " s
8. 3,3 kg " m/s b) T1 = 100 N
Exercícios propostos ............... 225
1. 800 W Exercícios propostos ............... 238 T2 = 100 3 N
2. a) 16 000 J e 16 000 J 1. d 2. a 3. 3,0 m/s 8. 1 kg
b) 800 W; 640 W 4. 8 m/s 5. 0,2 m/s 9. T1 !100 N
3. 25 200 W 4. PA ! PB 6. 0,25 km/h, sim, o motorista conse-
T2 !100 3 N
5. 1,25 " 105 W 6. 4,27 " 104 W guiu provocar o deslocamento da
balsa. T3 ! 200 N
7. Respostas pessoais.
8. a) 2 m/s b) 20 kW 7. Como a massa da bola de tênis é Exercícios propostos ............... 254
desprezível em relação à massa
Exercícios propostos ................227 da Terra, ela é refletida com uma 1. No ponto A, pois a linha de ação da
1. c quantidade de movimento igual força fica a uma distância maior do
2. I) Verdadeiro; III) Verdadeiro. e contrária à quantidade de movi- polo de rotação.
II) Verdadeiro; mento antes da colisão com o solo. 2. zero, não gira.
3. a) #6 000 J b) 15% 8. Não. Após a retirada da mochila, o 3. #0,32 N " m
skate continua deslizando a 6 m/s, 4. Como o momento da força F é maior
4. a) 1 HP b) 50%
uma vez que não sofreu nenhuma
5. 53% 6. 75% na terceira condição, foi obtido su-
ação.
cesso apenas nessa tentativa.
Teste o que aprendeu ...............227 9. a) #1,5 m/s b) 3,75 J
10. #1,0 m/s 5. Posição 1: M ! 0
1. d 2. e 3. e 4. d
5. a) 9,5 kg b) 10 J Posição 2: M ! 18 N " m
Exercícios propostos ................241 6. M1 ! #48 N " m (sentido horário)
6. a) 32 000 J b) 28 000 J 1. 16 m/s
7. c M2 ! #30 N " m (sentido horário)
2. VA ! 6 m/s e VP ! P m/s
8. a) 3 m/s2 b) 54 000 W 7. MA ! #1 000 N " m
3. 20 kg " m/s
MB ! 0
Quer saber? ............................ 228 4. a) zero
1. Resposta pessoal. b) 100% MC ! #5 000 N " m
2. Energia potencial em cinética e 5. zero 6. verde Exercícios propostos ................257
energia cinética em elétrica. 7. a) 6,7 m/s b) 12 " 104 J 1. 150 N
8. b) 0,6 parcialmente elástico 2. 0,60 m do apoio ou 0,20 da extre-
c) ECapós < FCantes midade direita.
Capítulo 15 v' h
9. a) e ! b) e = 3. 1 m 4. 400 N 5. 420 N
v H 6. FA ! 3,2 kgf " m (no sentido de cima
Exercícios propostos ............... 232
1. As quantidades de movimento po- 2 para baixo)
10. a) b) 150 J
dem se anular, pois são grandezas 3 Exercícios propostos ............... 260
Respostas 303
1. A cabeça representa uma ala- F 1 mesma pressão na base.
vanca interfixa, o antebraço uma b) = 5. a) O recipiente de maior diâmetro
R 6
alavanca interpotente e o pé uma está submetido à menor pressão.
alavanca inter-resistente. 15. 320 kg b) p1 $ 3 360 N/m2
16. a) Ambos estão incorretos. p2 $ 5 920 N/m2
2. a) Interfixa.
b) Como a força resultante é nula, 6. 5 atm
b) Interpotente. o polígono é fechado.
c) Interpotente. 7. O volume do balão diminui porque
a pressão hidrostática se eleva com
d) Inter-resistente. o aumento da profundidade.
e) Inter-resistente. Capítulo 17 8. b 9. 1,4 m
3. Resposta pessoal.
Exercícios propostos ................273 Exercícios propostos ............... 284
4. 160 N 5. 1,35 kgf ! m
1. b 1. c 2. 1,5 ! 103 kg/m3
6. a) interfixa; F $ 50 N e VM $ 2
2. a) Sim, as forças têm a mesma in- 2. 1,5 ! 103 kg/m3
b) inter-resistente; F $ 80 N e 3. a)
tensidade, pois o prego está em
VM $ 3 equilíbrio.
Tarumã
c) interpotente; F $ 150 N e b) Como ambos os dedos exercem 30 cm
h
1 a mesma força, a pressão é maior
VM $
3 sobre o polegar, onde a área do pre-
d) interfixa; F $ 5 N e VM $ 0,5 go em contato com o dedo é menor.
Neste dedo o carpinteiro sente
Exercícios propostos ............... 265 mais dor.
1. d 2. Resposta pessoal. 3. b 3. a) Produzir um alicerce que distri- b) 24 cm
4. d 5. 4 N 6. ( $ 60' bua a força que será aplicada pela 4. 8,6 cm no tubo maior e 28,5 cm no
7. a) No ponto F. b) No ponto A. construção e suportada pelo solo. tubo menor.
b) Distribuir sobre o solo a força 5. 1,14 ! 105 N/m2
Quer saber? .............................267
aplicada pelos trilhos que supor- 6. Uma reta inclinada com coeficiente
Considerando que a soma da área angular positivo.
dos pés e da área entre eles repre- tam uma composição ferroviária.
4. d 5. 750 N/cm2 7. 50 cm
senta a área de sustentação do
nosso corpo, se afastarmos os pés, 6. 5,0 ! 10 N/m2
5
Exercícios propostos ................287
a área de sustentação aumentará. Exercícios propostos ................276 1. Falso
Além disso, ao afastarmos os pés, 2. A água aquecida vaza mais facil-
diminui a distância entre o CG do 1. Ao virar a lata, o óleo sai por um dos
furos e o ar entra pelo outro, pres- mente através de pequenos fu-
nosso corpo e a área de sustentação. ros no radiador devido à pressão
sionando o óleo no interior da lata.
Teste o que aprendeu ...............267 2. e exercida por ela. De acordo com o
1. a 2. e 3. c 4. a 3. a) 228 cmHg c) 3,03 ! 105 N/m2 princípio de Pascal, essa pressão
é transmitida integralmente por
5. a 6. 600 N 7. b 8. e b) 2 280 mmHg todo o fluido.
9. Mj $ 15 000 N ! cm; 4. O indivíduo explodiria, pois a dife- 3. 6 400 N 6. 50 N
MN $ 15 300 N ! cm rença de pressão.
4. 125 N 7. 320 N
Portanto, a namorada consegue 5. Não. Como não existe pressão at-
mosférica na Lua, o líquido não 5. 20 cm2
soltar o parafuso.
10. e sobe pelo canudo. Exercícios propostos ................291
←
11. a)
←
Np Fatp Exercícios propostos ................278 1. Somente a afirmativa I é incorreta.
1. Sendo a massa específica dire- 2. O passageiro B está errado.
tamente proporcional à massa e
←
Nc
←
p mA) mB ) mC, podemos concluir que 3. Assim, diminuirá sua parte submersa.
← *A ) *B ) *C. 4. a) 2 N
Fatc
2 a) O peso de ambos é igual. b) 2 ! 10"4 m3
b) Nc $ 400 N; Fat $ 150 N b) O gelo
c) 2,5 ! 103 kg/m3
12. a) c) O gelo
←
F
d 5. e 6. d 7. 6 N
3. 4,5 kg 4. 0,70 g/cm3 5. 2
8. Variam a densidade variando o vo-
4. 0,70 g/cm3
N
←
lume da bexiga natatória.
6. 0,24 g/cm3. A esfera não pode ser
←
P
maciça porque sua densidade é Teste o que aprendeu .............. 292
b) 10 N menor do que a do alumínio. 1. b
13. e 7. 7 500 kg 2. Quanto mais afiada estiver a faca,
14. a)
←
N 8. a) 300 kg b) 1,5 ! 104 N/m2 maior será a pressão, o que facilita
o corte.
O Exercícios propostos ................281 3. c 4. c 5. b 6. c
← 1. d 2. 6 ! 103 N/m2 3. 90 m 7. 4,0 g/cm3
R
2. 6 ! 10 N/m2
3
8. a) 2 m
M 4. a) 3 e 1. b) 4gTerra
←
F b) Os três recipientes suportam a 9. c 10. d 11. c 12. c
304 Respostas
Física aula por aula
Claudio Xavier
PARTE I
Benigno Barreto
VOLUME
ÚNICO
Física
Aula por Aula
ISBN 978-85-96-00112-0
11659943
9 788596 001120