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série
a
CURITIBA - 2021
Dados Internacionais para Catalogação na Publicação (CIP)
(Maria Teresa A. Gonzati / CRB 9-1584 / Curitiba, PR, Brasil)
S224 Sanfelice, Elizabeth.
Caderno de atividades : revisão para vestibulares – SP e MG, 1ª série / Elizabeth
Sanfelice ... [ et al. ] ; ilustrações João Carlos Ongaro . – Curitiba : Positivo Soluções
Didáticas, 2021.
: il.
COORDENAÇÃO EDITORIAL
Jeferson Freitas PROJETO GRÁFICO
João Carlos Ongaro
COORDENAÇÃO DE ARTE
Elvira Fogaça Cilka EDIÇÃO DE ARTE
Juliana Ferreira Rodrigues
COORDENAÇÃO DE ICONOGRAFIA
Susan R. de Oliveira Milesk EDITORAÇÃO
Estúdio iEA Soluções Educacionais, Juliana Ferreira Rodrigues e Renata
AUTORIA Santos
Língua Portuguesa: Elizabeth Sanfelice
ILUSTRAÇÕES
Literatura Brasileira: Elizabeth Sanfelice
João Carlos Ongaro
Inglês: Ingrid Kautzmann Machado
Espanhol: Fabiana Teixeira Lima ENGENHARIA DE PRODUTO
Arte: Luciana Eastwood Romagnolli Solange Szabelski Druszcz
Educação Física: Fábio Mucio Stinghen
PRODUÇÃO
Geografia: Homero Balera Borba Positivo Soluções Didáticas Ltda.
História: Lysvania Villela Cordeiro Rua Major Heitor Guimarães, 174
Filosofia: Anderson Bogéa da Silva 80440-120 Curitiba – PR
Sociologia: Leonardo Carbonieri Campoy Fone: (0xx41) 3312-3500
Matemática: Fabiano Batista Ribeiro Site: www.sistemapositivodeensino.com.br
Física: André Felipe Astrogildo de Lima IMPRESSÃO E ACABAMENTO
Química: Guto Sanmar Gráfica e Editora Posigraf Ltda.
Biologia: Felipe Beijamini Rua Senador Accioly Filho, 500
81300-000 Curitiba – PR
EDIÇÃO Fone: (0xx41) 3212-5452
Enilda Pacheco, Floresval Nunes, Gabriela Ido Sabino, Halina E-mail: posigraf@positivo.com.br
dos Santos França, Juliana Sartori, Lélia Longen Fontana, 2021
Luiz Lucena, Lys Villela, Marcelo Smaniotto, Michele
CONTATO
Czaikoski, Milena Lima, Tatiana Carvalho, Wilma Wunsch
editora.spe@positivo.com.br
Língua portuguesa
“O pluriverso da comunicação”..........................................................................................................9
Que língua falo eu?...........................................................................................................................19
Leituras & desleituras........................................................................................................................24
As linguagens da conquista..............................................................................................................32
A beleza da cultura e a cultura da beleza.........................................................................................40
Qual é a sua tribo?............................................................................................................................48
Literatura
Introdução ao estudo da Literatura...................................................................................................59
Gêneros e elementos literários..........................................................................................................64
Do velho ao novo mundo..................................................................................................................66
Quinhentismo....................................................................................................................................69
Barroco..............................................................................................................................................70
Arcadismo.........................................................................................................................................72
Romantismo: poesia.........................................................................................................................77
Romantismo: prosa e teatro..............................................................................................................83
inglês
The English Language around the globe...........................................................................................93
Multiple intelligences.........................................................................................................................96
Eating disorders................................................................................................................................99
Japanese literature: haiku...............................................................................................................100
Computer games.............................................................................................................................101
Water...............................................................................................................................................102
Natural hazards and disasters.........................................................................................................103
Controversies over e-book readers.................................................................................................104
Advances in genetics: cloning, genetically modified products, and the human genome project......105
Overload of information and multitasking.......................................................................................107
Graffitti: art or crime?......................................................................................................................108
espanhol
Español, ¿qué lengua es esa?........................................................................................................109
Mírame. ¡Aquí estoy!........................................................................................................................111
Él mola un pegote...........................................................................................................................112
Por donde te mueves......................................................................................................................114
De tal palo, tal astilla.......................................................................................................................116
¿Nos vamos de fiesta?....................................................................................................................117
¡Conéctate!......................................................................................................................................118
¿Eres manirroto?.............................................................................................................................119
¿A qué sabe?..................................................................................................................................121
¡Felices fiestas!................................................................................................................................121
arte
Sobre a concepção geral de arte....................................................................................................123
A arte no tempo...............................................................................................................................124
As artes e o mundo medieval..........................................................................................................125
Outras temáticas.............................................................................................................................126
Uma era de descobertas.................................................................................................................127
Nova compreensão da Arte e do artista.........................................................................................129
Arte e os sentidos...........................................................................................................................131
O ilusionismo barroco.....................................................................................................................132
Uma arte de contrastes...................................................................................................................133
educação física
Esportivização.................................................................................................................................135
Qualidade de vida...........................................................................................................................136
Conhecendo e valorizando o corpo................................................................................................137
Brincadeiras e jogos........................................................................................................................138
Comportamentos competitivos/cooperativos.................................................................................138
Esporte/violência.............................................................................................................................139
geografia
Movimentos da Terra, orientação e localização..............................................................................141
Mapas: tipologia e componentes....................................................................................................143
Estrutura da Terra............................................................................................................................145
Estrutura da crosta terrestre............................................................................................................147
Hidrografia.......................................................................................................................................148
Formas de uso da água..................................................................................................................150
Interação entre elementos e fatores do clima.................................................................................151
Clima e biomas: questões ambientais............................................................................................153
Estrutura demográfica.....................................................................................................................155
Indicadores demográficos...............................................................................................................158
População e trabalho......................................................................................................................162
Ocupação e uso do solo.................................................................................................................166
história
Introdução aos estudos de História................................................................................................171
Primeiras comunidades...................................................................................................................172
Mesopotâmia...................................................................................................................................172
Egito................................................................................................................................................174
Hebreus, fenícios e persas..............................................................................................................175
Grécia Antiga...................................................................................................................................177
Roma Antiga....................................................................................................................................182
Povos “bárbaros”............................................................................................................................186
Transição da Antiguidade para a Idade Média na Europa..............................................................188
Império Bizantino............................................................................................................................192
Árabes.............................................................................................................................................193
Transição da Idade Média para a Idade Moderna..........................................................................195
Expansão marítima e absolutismo..................................................................................................200
Renascimento e reforma.................................................................................................................204
África Atlântica................................................................................................................................207
Povos da América...........................................................................................................................210
África, América, Ásia, Europa e Oceania: um mundo.....................................................................211
filosofia
Bem-vindo à Filosofia......................................................................................................................215
Pensamento mítico..........................................................................................................................215
O berço da Filosofia........................................................................................................................216
Sócrates, Platão e Aristóteles.........................................................................................................216
Divisões do conhecimento filosófico..............................................................................................218
Conhecer ou não conhecer: eis a questão!....................................................................................218
Teoria do conhecimento na Antiguidade e na Idade Média............................................................219
Senso comum?...............................................................................................................................219
Epistemologia moderna e contemporânea.....................................................................................220
Filosofia da ciência..........................................................................................................................222
Domínios da sensibilidade..............................................................................................................224
Rumos da Estética..........................................................................................................................224
Arte ou indústria?............................................................................................................................225
Sociologia
Sociologia como ciência.................................................................................................................227
Auguste Comte e a fundação da Sociologia...................................................................................230
Trabalho livre e a estratificação social............................................................................................231
Fatores da mudança e da reprodução social..................................................................................232
Representações da modernidade no Brasil....................................................................................235
Modernização na transição do Império para a República..............................................................236
Transição para a modernidade nas grandes interpretações do Brasil............................................237
Educação e socialização primária...................................................................................................239
matemática
Conjuntos........................................................................................................................................245
Conceito de função.........................................................................................................................250
Função afim.....................................................................................................................................254
Progressão aritmética.....................................................................................................................259
Função quadrática..........................................................................................................................266
Relações métricas e trigonométricas no triângulo retângulo..........................................................278
Relações trigonométricas em um triângulo qualquer.....................................................................284
Trigonometria: conceitos básicos...................................................................................................289
Funções trigonométricas I...............................................................................................................291
Função composta e inversa............................................................................................................293
Função exponencial........................................................................................................................295
Função logarítmica..........................................................................................................................299
Progressão aritmética.....................................................................................................................309
Física
Introdução à Mecânica....................................................................................................................313
Vetores.............................................................................................................................................313
Velocidade e aceleração.................................................................................................................315
1.a e 3.a Leis de Newton....................................................................................................................321
Principais forças da Mecânica........................................................................................................323
2.a Lei de Newton.............................................................................................................................327
Trabalho de uma força e energia.....................................................................................................335
Teoremas que relacionam trabalho e energia.................................................................................337
Dissipação e conservação da energia Mecânica............................................................................340
Potência..........................................................................................................................................350
Introdução à Dinâmica impulsiva....................................................................................................353
Conservação da quantidade de movimento...................................................................................357
Movimento uniforme.......................................................................................................................364
Movimento uniformemente variado................................................................................................378
química
A matéria, suas transformações, propriedades e sua composição................................................389
Estrutura da matéria........................................................................................................................394
Radioatividade.................................................................................................................................398
Tabela periódica dos elementos......................................................................................................400
Ligações químicas...........................................................................................................................404
Funções inorgânicas.......................................................................................................................410
Reações inorgânicas.......................................................................................................................415
Cálculos químicos...........................................................................................................................419
Gases..............................................................................................................................................432
Biologia
Introdução à Biologia: organização da vida....................................................................................443
Fundamentos químicos da vida: composição dos seres vivos......................................................444
Ácidos nucleicos: linguagem da vida..............................................................................................447
Biologia celular: estudo das células................................................................................................450
Membranas celulares: trocas entre as células................................................................................452
Bases da Fisiologia Celular: hialoplasma e organelas celulares.....................................................456
Bioenergética I: fotossíntese...........................................................................................................458
Bioenergética II: respiração celular.................................................................................................459
Núcleo celular interfásico: armazenamento de informação genética.............................................463
Ciclo celular: os períodos da célula................................................................................................467
Gametogênese: formação de gametas...........................................................................................471
Introdução aos estudos da Genética..............................................................................................474
Noções de probabilidade e genealogias.........................................................................................477
Herança sem dominância e genes letais........................................................................................481
2.a Lei de Mendel: segregação independente..................................................................................483
Tipagem sanguínea: sistemas ABO e Rh........................................................................................484
Genética pós-Mendel: herança do sexo.........................................................................................489
Interação gênica: genes integrados................................................................................................492
Lei de Morgan ou 3.a lei da herança: genes ligados (linkage) e mapas cromossômicos.................495
LÍNGUA PORTUGUESA
1ª. Série
Caderno de Atividades 9
dizado, estamos falando aqui de uma gramática c) “prescrições estilísticas”
universal que vem como item de fábrica em cada
d) “decoramos”
ser humano. Foi a resposta que a evolução deu
ao problema da comunicação entre caçadores- e) “pesquisa da etiqueta”
coletores.
5. (FGV)
Nesse contexto, o único critério para decidir
entre o linguisticamente certo e o errado é a Nuvens contêm uma quantidade impressionante
compreensão da mensagem transmitida. Uma de água. Mesmo as pequenas podem reter um
frase ambígua é mais “errada” do que uma que volume de 750 km3 de água e, se calcularmos
fira as caprichosas regras de colocação prono- meio grama de água por metro cúbico, essas
minal. Na verdade, as prescrições estilísticas minúsculas gotas flutuantes podem formar ver-
que decoramos na escola e que nos habitua- dadeiros lagos voadores. Imagine a situação
mos a chamar de gramática são o que há de de um agricultor que observa, planando sobre
menos essencial e mais aborrecido no fenôme- os campos ressecados, nuvens contendo água
no da linguagem. Estão para a linguística assim mais que suficiente para salvar sua lavoura e
como a pesquisa da etiqueta está para o estudo deixar um bom saldo, mas que, em vez disso,
da história. produzem apenas algumas gotas antes de desa-
(HÉLIO SCHWARTSMAN, Folha de S.Paulo, 27 de março de 2012) parecer no horizonte. É essa situação desespe-
radora que leva o mundo todo a gastar milhões
1 vênia = licença, permissão
de dólares todos os anos tentando controlar a
2 discrepar = divergir de opinião, discordar
3 bulldozer = (inglês) escavadeira chuva. Nos Estados Unidos, a tendência de ex-
trair mais umidade do ar vem aumentando em
2. De acordo com o 2º. parágrafo, a linguística mais um ano de secas severas. Em boa parte
das planícies centrais e do sudoeste do país,
a) estabeleceu, dentro da área de humanidades, os níveis de chuva, desde 2010, têm diminuído
uma linha de combate contra as violações à entre um e dois terços, com impacto direto nos
norma culta da língua portuguesa. preços do milho, trigo e soja. A Califórnia, fon-
b) foi pioneira na área de humanidades a desen- te de boa parte das frutas e legumes que abas-
volver pesquisas científicas sobre uma gra- tecem o país, ainda deve recuperar-se de uma
mática universal. seca que deixou seus reservatórios com metade
da capacidade e áreas sem gelo perigosamen-
c) era uma disciplina que se defendia de ata- te reduzidas. Em fevereiro, o Serviço Nacional
ques a suas teorias, tornando-se uma ciência do Clima divulgou que o estado tem uma chan-
articulada com outras áreas científicas. ce em mil de se recuperar logo. Produtores de
d) outrora restrita aos meios acadêmicos, ga- amêndoas estão preocupados com suas planta-
nhou “status” de ciência e enredou-se com ções por falta de umidade, e até a água potável
outras áreas do conhecimento. está ameaçada.
Scientific American Brasil, julho de 2014. Adaptado
e) destacou-se nos últimos cinquenta anos, fa-
zendo previsões sobre os rumos da língua por- Em conformidade com a norma-padrão da língua
tuguesa. portuguesa e sem alterar os sentidos do texto, a
frase final pode ser reescrita da seguinte forma:
3. “Chomsky mostra que a capacidade para a lin-
guagem é inata.” O termo em negrito é ilustrado a) Produtores de amêndoas estão preocupados
no texto com a expressão: com suas plantações devido falta de umida-
a) línguas crioulas de, e até ameaça da água potável.
b) “pidgins” b) Como há falta de umidade, produtores de
c) item de fábrica amêndoas estão preocupados com suas plan-
tações. Além disso, inclusive a água potável
d) caçadores-coletores
está ameaçada.
e) prescrições estilísticas
c) Falta umidade e ameaça de água potável, coi-
4. O autor lança mão de expressões com carga pe- sas com que se preocupa os produtores de
jorativa ou irônica para referir-se à gramática, ex- amêndoas e suas plantações.
ceto em: d) Falta umidade e ameaça à água potável exis-
a) “universal” te, contudo os produtores de amêndoas estão
b) “caprichosas regras” preocupados com suas plantações.
10 1ª. Série
Língua Portuguesa
e) Produtores de amêndoas estão preocupados nós a palavra estrangeira precisasse andar com
com suas plantações que os transtornos se o passaporte aberto, mostrando o carimbo na en-
trada e na saída.
deve à falta de umidade e de água potável.
Ora, por quê? Será que “blackberries” rolando
6. (FAAP) livremente por nossa terra poderiam frutificar e,
como ervas daninhas, roubar os nutrientes da
Você já viu esta cena. Todos na sala ou no restau- graviola, da mangaba e do cajá? “Samplers”,
rante esquecem o nome de um filme ou escritor, sem as barrinhas duplas de proteção, acabariam
alguém quer checar uma notícia, uma data... e o poluindo o português com “beats” exógenos,
tablet ou o iPhone salvador é acionado. Pergunte condenando-o a uma versão “remix”? Caso rece-
ao Google. E lá está a informação que colore o bêssemos “blowjobs” sem o supracitado preser-
branco da memória. Em termos. O que você lê vativo gráfico, doenças venéreas se espalhariam
na internet pode estar errado ou ser uma mentira por nosso exposto vernáculo?
deliberada. Com a ajuda da credulidade humana,
histórias inventadas se propagam. Algumas são Bobagem, pessoal. Livremos as nossas frases
plausíveis, baseadas em dramas reais. desses arames farpados, desses cacos de vidro.
A língua é viva: quanto mais línguas tocar, mais sa-
A mentira não é privilégio dos tempos da internet. bores irá provar e experiências poderá acumular.
Mas a democratização de debate em sites e blo- Antônio Prata, Folha de S. Paulo, 22/05/2013. Adaptado.
gs facilita equívocos e maledicências.’
Ruth de Aquino. “Sexo, mentiras e internet”. O título do texto resulta de um trocadilho com a
In: Revista Época. No. 751, pág.130 (fragmentos)
frase feita de origem popular “não ter papas na
“E lá está a informação que colore o branco da língua”. Comparados título e frase feita, pode-se
memória.” Nas palavras da colunista, encontra- afirmar:
mos um recurso estético muito presente na: a) O primeiro deve ser entendido em sentido co-
a) função fática notativo; a segunda, em sentido denotativo.
b) Ambos têm caráter metalinguístico e se refe-
b) função emotiva
rem à liberdade de expressão.
c) função metalinguística
c) O título traduz revolta e a frase feita, submissão.
d) função poética d) Tanto o título quanto a frase feita sugerem que
e) função referencial escrever é mais complicado do que falar.
e) Ambos poderiam ser acompanhados pelo co-
7. (FGV) mentário metalinguístico “literalmente falando”.
Sem aspas na língua
(CEFET-MG) As questões de 8 e 9 referem-se ao tex-
De início, o que me incomodava era o peso des-
to abaixo.
proporcional que as aspas dão à palavra. Se es-
crevo mouse pad, por exemplo, suscito em seu Como comprar um livro
pensamento apenas o quadradinho discreto que
Tenho em casa um livro intitulado Como ler um li-
vive ao lado do teclado, objeto não mais notável
vro. Parece piada, mas é um livro sério. Os autores
na economia do cotidiano do que as dobradiças
são dois americanos (Mortinmer e Van Doren). Foi
da janela ou o porta-escova de dentes. Já “mou-
publicado nos anos 1940. É um livro prático, bem
se pad” parece grafado em neon, brilha diante de
americano, e no final há até uma lista de obras a
seus olhos como o luminoso de uma lanchonete
serem lidas e sugestões de trabalho. Terminada a
americana. Desequilibra.
leitura, você se convence de que o título era muito
Tá legal, eu aceito o argumento: não se pode exi- apropriado, porque, mesmo a maioria das pessoas
gir do leitor que saiba outra língua além do por- que sabe ler, não sabe como ler um livro.
tuguês. Se encasqueto em ornar meu texto com
Há tempos que penso em escrever algo em torno
“dramblys” ou “haveloos” - termos em lituano e
de como comprar um livro. Parece também um
holandês para elefante e mulambento, respecti-
título de brincadeira. A primeira e instintiva res-
vamente -, as aspas surgem para acalmar quem
posta é: “Uai! Basta ter algum dinheiro, entrar na
me lê, como se dissessem: “Queridão, os termos
livraria e pronto”.
discriminados são coisa doutras terras e doutra
gente, nada que você devesse conhecer”. Antes fosse. Vejamos.
Pois é essa discriminação o que, agora sei, mais Suponhamos que você tenha o tal dinheiro para
me incomoda. Vejo por trás das aspas uma pon- adquirir o livro. (Embora ter dinheiro pareça natu-
tinha de xenofobia, como se para circular entre ral para alguns, para a imensa maioria dos bra-
Caderno de Atividades 11
sileiros isso ainda é um problema.) Suponhamos Daqui a 10 anos, quando alguém ler este artigo
que, tendo dinheiro, você pertença à minoria dos vai se espantar, porque tudo será diferente. Me-
que leem livros. (Até hoje, não se sabe ao certo lhor? Pior? Imprevisível. O que escrevo aqui hoje
se os que compram livros no Brasil são 10 ou 1 – “Como comprar um livro” – pode não valer para
milhão de pessoas entre os 200 milhões.) Mas di- amanhã. Daqui a 10 anos, não sei se haverá livra-
gamos que você, leitor de jornal, queira comprar rias, se haverá editoras. Segundo uns pensadores
um livro. Aí tem duas alternativas: ou vai a uma franceses, o “autor” morreu há muito e apenas se
livraria ou procura na internet. Se você pretende ir esqueceu de se deitar no caixão.
à livraria, vai ter alguns problemas. Se mora num SANT’ANNA, Affonso Romano de. Jornal Estado de Minas. Caderno
bairro com várias livrarias, é, em princípio, uma Cultura. 04 mar.
pessoa de sorte. Se mora alhures, a coisa com-
plica. Quando muito, terá alguma papelaria, não 8. Segundo o texto, comprar um livro no Brasil é
livraria. Se vive no interior, aí complicou de vez. A uma tarefa difícil devido à (ao)
maioria das cidades brasileiras não tem livrarias.
Há cerca de seis mil municípios e temos só umas a) alto custo de sua editoração.
três mil livrarias, a maioria concentrada em certos b) fragilidade do mercado livreiro.
bairros das grandes capitais. c) baixo índice de letramento da sociedade.
Mas suponhamos que você tenha a sorte de en- d) escassez de títulos à disposição do consumidor.
trar numa livraria. As maiores têm bares e restau-
e) concorrência entre editoras nacionais e inter-
rantes para atrair a clientela. Mas você está lá
nacionais.
para comprar livro, não é? Você leu no jornal que
o livro tal foi lançado. Como os jornais concorrem
uns com os outros na pressa das notícias, o livro 9. Há metalinguagem na passagem do texto trans-
ainda não chegou à livraria. Se o livreiro for aten- crita em:
to, pode anotar seu endereço e avisá-lo. Se você a) “Você leu no jornal que o livro tal foi lançado.”
não for obsessivo, vai comer um sanduíche e se b) “Outra alternativa é “baixar” o livro no seu iPad.”
esquecer do livro.
c) “...a maioria das pessoas que sabe ler, não
Se o livro que procura saiu há algum tempo, o sabe como ler um livro.”
atendente, na maioria das vezes, vai ao compu-
tador verificar. Metade das vezes ele diz que está
d) “Tenha uma pessoa para buscar o seu livro
esgotado ou apenas no estoque. Isso nem sem- como um infatigável cão de caça.”
pre é verdade. Você pensa: depois eu volto. E não e) “O que escrevo aqui hoje – ‘Como comprar
volta. Perdeu-se uma venda. um livro’ – pode não valer para amanhã.”
Portanto, sugiro: você tem que ter um livreiro de
confiança, como antigamente se tinha o contra- 10. (MACKENZIE)
bandista que lhe fornecia uísque. Não existe per- Acompanho essa revista desde seu início e devo
sonal para tudo? Tenha uma pessoa para buscar dizer que há edições que maravilham os leitores
o seu livro como infatigável cão de caça. e outras que os deixam exasperados. No entan-
As livrarias mais inteligentes têm que criar serviço to, agora vocês se superaram. A escolha do ator
de entrega em domicílio, como pizzarias fazem para a capa deve ser elogiada de tão insípida que
com a pizza. é, assim como suas cores e as bobagens pre-
sentes na entrevista. Queria que me informassem
Mas você, contemporâneo da informática, mora quanto valem as páginas dedicadas ao artista
no interior e resolve usar a internet. Todo mundo que estampa a capa, pois seria desejável um res-
diz que é fácil, maravilhoso. Não é bem assim. sarcimento ou, ao menos, gostaria de saber qual
Pode tentar na Cultura, na Saraiva. Mas a coisa foi meu prejuízo financeiro, já que para minha per-
mais complicada é comprar na Estante Virtual. da intelectual não há reparação.
Tentei várias vezes e desisti. Cheguei até a locali- Adaptação de carta de leitor publicada na Revista Bravo
zar o endereço no interior de São Paulo para en-
comendar diretamente o livro. Ou seja, comprar Assinale a alternativa correta.
ingresso de cinema e teatro é fácil. É mais fácil a) A manifestação do leitor espelha o objetivo
até comprar os livros na Amazon, no exterior. central de uma carta dessa natureza: corrobo-
Outra alternativa é “baixar” o livro no seu iPad. rar escolhas e pontos de vista definidos pelos
Mas isso funciona melhor para os livros estran- jornalistas.
geiros, a lista de títulos nacionais é pequena e, b) agora vocês se superaram e deve ser elogia-
em geral, você tem que ser uma fera em informá- da indiciam momentos de ironia no texto de
tica, quase um engenheiro da Nasa, para ter êxito viés crítico do leitor, que tem como objetivo
nessa operação. principal questionar escolhas dos editores.
12 1ª. Série
Língua Portuguesa
c) A carta do leitor distingue-se das cartas em O texto acima é um exemplo do gênero textual:
geral, pois, como no texto apresentado, o a) resumo. d) resenha.
emissor se coloca de modo distanciado em
b) ensaio. e) editorial.
relação ao que manifesta.
c) biografia.
d) A carta do leitor acima dialoga com outras
cartas de leitores, uma vez que são presentes
(PUC-SP) Texto de referência para as questões de
marcas de discórdia em relação a outro texto
de mesmo gênero. 12 a 14.
e) Como é comum em cartas do leitor de teor críti- Elegância 1, Racismo 0
co, o texto acrescenta informações sobre o artis-
O paradoxo costuma rondar sistemas democrá-
ta, além daquelas contidas na entrevista citada. ticos. Até que ponto se pode tolerar a intolerân-
cia, ser liberal com quem pretende demolir as
11. (UFJF) liberdades, assegurar os direitos dos que não os
A ação sob um novo olhar reconhecem?
O cineasta Luc Besson é catalogado como o di- Em alguns casos, a dúvida se resolve facilmente.
retor francês que mais se parece com um pro- Criminaliza-se a tentativa de derrubar pela força
fissional americano de Hollywood, por seus lon- um governo legítimo. Atentados terroristas rece-
gas serem carregados de ação explosiva, além bem sanções severas, não importando a funda-
de quase sempre protagonizados por anti-heróis mentação política que possam ter.
típicos de produções da terra do Tio Sam. A pre-
Nos chamados crimes de opinião, todavia, o de-
sença de astros consagrados reforça essa defini-
bate se torna mais complexo. Poucas coisas são
ção − basta lembrar filmes icônicos como “Nikita”
(que virou até seriado nos EUA), “O profissional”, mais repugnantes e estúpidas do que o precon-
“O quinto elemento” e as franquias “Carga explo- ceito racial, e têm sido frequentes manifestações
siva” e “Busca implacável”. A diferença de Bes- desse tipo nos estádios de futebol.
son está no modo inteligente como ele insere, Do Reino Unido ao Peru, do Japão ao Brasil, re-
num peculiar cinema comercial, arte e reflexão gistram-se atos de insulto a jogadores afrodes-
sem parecer picaretagem, conseguindo atrair a cendentes por parte de alguns (ou muitos) tor-
simpatia de diferentes públicos. cedores que estão prontos a aplaudir o jogador
“Lucy” é o mais novo projeto com essa sua mar- negro ou mulato quando estes fazem gols para
ca: a estrela Scarlett Johansson surge numa his- seus times de dileção.
tória que, num primeiro momento, lembra um
Várias iniciativas se tomam para punir os respon-
filme de super-herói. Scarlett faz uma mulher
sáveis. Uma equipe peruana foi condenada a pa-
acidentalmente envolvida na negociação de uma
gar multa (meros US$ 12 mil) depois de seus tor-
droga experimental, que, ao entrar em sua circu-
cedores terem emitido gritos de “macaco” para
lação, faz com que ela aumente a utilização de
agredir o jogador Tinga, do Cruzeiro. No Brasil,
seu cérebro em 100%. A turbinada resolve então
procurar um pesquisador (Morgan Freeman) do um time gaúcho perdeu nove pontos e foi rebai-
assunto, ao mesmo tempo em que um traficante xado pelo fato de seus fãs terem atirado bananas
está à sua procura. contra um árbitro.
Com o filme colocado dessa forma, Lucy parece A questão é saber se punições como essas cum-
uma prima próxima da personagem Viúva Negra, prem um papel determinante, pedagógico e civili-
também interpretada por Scarlett na série de fil- zatório, no sentido de modificar a mentalidade do
mes com super-heróis da Marvel − igualmen- torcedor racista.
te com cenas eletrizantes de luta. Mas “Lucy” A repressão a um sentimento, por mais odioso
(no original) também faz uma reflexão em torno que seja, não o desarma. Pode-se desencorajar,
de questões como evolução, metafísica e tem-
pela lei, certos comportamentos que o manifes-
po. Percebe-se que Besson se diverte pelo jeito
tem de forma explícita. Seu fundo de ressenti-
como desenvolve a narrativa: a cada estágio de
mento e destrutividade permanece e pode até
transformação de Lucy, o diretor intercala as ex-
fermentar, depois de recalcado.
plicações científicas do tal pesquisador. Tudo de
maneira a sustentar o conceito por trás da tra- Não poderia ser mais educativa – no que teve de
ma, desenvolvido com extrema habilidade e num superioridade, humor e indiferença – a reação do
ritmo propositalmente acelerado com objetivo de brasileiro Daniel Alves, que soberanamente co-
dar credibilidade ao improvável. meu a banana que lhe fora atirada.
A AÇÃO sob um novo olhar. Disponível em: <http://rioshow.oglobo.
globo.com/cinema/eventos/criticasprofissionais/lucy11057.aspx>. Uma agência publicitária tomou daí a inspiração,
Acesso em: 16 de agosto de 2014. a pedido do atacante Neymar, também hostilizado
Caderno de Atividades 13
nos campos espanhóis, para campanha contra o c) se revela desfavorável, justamente por causa da
racismo. “Somos todos macacos”, diz o slogan, postura de superioridade, humor e indiferença.
obtendo a adesão de inúmeras celebridades.
d) não apresenta ponto de vista a favor ou con-
Torna-se moda, nas redes sociais, divulgar fo- tra, já que o jornalismo não tem de se posicio-
tos com a fruta em mãos; o insulto se neutraliza, nar, mas apenas informar.
o agressor se desconcerta, o símbolo inverte o
e) a considera ressentida, recalcada e reprimida.
sentido.
É no campo das formas de expressão que o 15. (UNIFESP)
embate se leva a efeito. Gesto contra gesto, so-
O silêncio é a matéria significante por excelên-
lidariedade contra particularismo, ironia contra
cia, um continuum significante. O real da comu-
estupidez: ainda que essa luta jamais tenha fim,
nicação é o silêncio. E como o nosso objeto de
é bom que seu lado mais inteligente tenha, tam-
reflexão é o discurso, chegamos a uma outra
bém, as armas mais inteligentes a seu dispor.
afirmação que sucede a essa: o silêncio é o real
Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/163837-ele-
do discurso.
gancia-1-racismo-0.shtml>. Acesso em 01 nov. 2015.
O homem está “condenado” a significar. Com ou
12. A expectativa gerada pelo título do editorial é a sem palavras, diante do mundo, há uma injun-
de que ção à “interpretação”: tudo tem de fazer sentido
(qualquer que ele seja). O homem está irreme-
a) a elegância não muda a mentalidade do tor- diavelmente constituído pela sua relação com o
cedor racista. simbólico.
b) comer banana é elegante.
Numa certa perspectiva, a dominante nos estu-
c) o humor vence o racismo de 1 a zero. dos dos signos, se produz uma sobreposição en-
d) aplaudir e insultar jogadores afrodescenden- tre linguagem (verbal e não verbal) e significação.
tes são atitudes elegantes. Disso decorreu um recobrimento dessas duas
noções, resultando uma redução pela qual qual-
e) uma reação elegante é mais eficaz diante de quer matéria significante fala, isto é, é remetida
uma manifestação de racismo. à linguagem (sobretudo verbal) para que lhe seja
atribuído sentido.
13. Considerando que, de acordo com o Dicionário
Houaiss, paradoxo é “pensamento, proposição Nessa mesma direção, coloca-se o “império do
ou argumento que contraria os princípios bási- verbal” em nossas formas sociais: traduz-se o si-
lêncio em palavras. Vê-se assim o silêncio como
cos e gerais que costumam orientar o pensa-
linguagem e perde-se sua especificidade, en-
mento humano, ou desafia a opinião consabida,
quanto matéria significante distinta da linguagem.
a crença ordinária e compartilhada pela maioria”,
(Eni Orlandi. As formas do silêncio, 1997.)
assinale a alternativa que contempla esse signi-
ficado. Ao analisar a prevalência da linguagem verbal na
a) “A repressão a um sentimento, por mais odio- comunicação social, a autora enfatiza que
so que seja, não o desarma”. a) a exigência da comunicação implica o fim do
b) “Nos chamados crimes de opinião, todavia, o silêncio.
debate se torna mais complexo”. b) a essência do silêncio se perde, quando ele é
c) “Torna-se moda, nas redes sociais, divulgar traduzido pelas palavras.
fotos com a fruta em mãos”. c) a verdadeira linguagem prescinde do silêncio
d) “Ser liberal com quem pretende demolir as li- e das palavras.
berdades”. d) as palavras recuperam satisfatoriamente os
e) “Seu fundo de ressentimento e destrutividade sentidos silenciados.
permanece e pode até fermentar, depois de e) a comunicação pelo silêncio é, de fato, irrea-
recalcado”. lizável.
14 1ª. Série
Língua Portuguesa
homem livre sequestrado em Washington em Sem conseguir livrar a mão dele, novamente o
1841 e submetido à escravidão em fazendas da peguei pelo pescoço e dessa vez com uma em-
Louisiana, livro que serviu de base ao roteiro do punhadura medonha que logo o fez afrouxar a
filme 12 anos de escravidão, dirigido por Steve mão. Tibeats ficou enfraquecido e desmobilizado.
McQueen. Seu rosto, que estivera branco de paixão, esta-
va agora preto de asfixia. Aqueles olhos miúdos
No cemitério de S. Benedito de serpente que exalavam tanto veneno estavam
agora cheios de horror — duas órbitas brancas
Em lúgubre recinto escuro e frio, precipitando-se para fora.
Onde reina o silêncio aos mortos dado, Havia um “demônio à espreita” em meu coração
Entre quatro paredes descoradas, que me instava a matar o maldito cão naquele
Que o caprichoso luxo não adorna, instante — a manter a pressão em seu odioso
Jaz da terra coberto humano corpo, pescoço até que o sopro de vida se fosse! Não
que escravo sucumbiu, livre nascendo!
ousava assassiná-lo, mas não ousava deixá-lo vi-
Das hórridas cadeias desprendido,
ver. Se eu o matasse, minha vida teria de pagar
Que só forjam sacrílegos tiranos,
pelo crime — se ele vivesse, apenas minha vida
Dorme o sono feliz da eternidade.
satisfaria sua sede de vingança. Uma voz lá den-
Não cercam a morada lutuosa
tro me dizia para fugir. Ser um andarilho nos pân-
Os salgueiros, os fúnebres ciprestes,
tanos, um fugitivo e um vagabundo sobre a Terra,
Nem lhe guarda os umbrais da sepultura
era preferível à vida que eu estava levando.’’
Pesada laje de espartano mármore,
(Doze anos de escravidão, 2014.)
Somente levantado em quadro negro
Epitáfio se lê, que impõe silêncio!
— Descansam n’este lar caliginoso¹ 16. No último parágrafo do excerto, explique por que
O mísero cativo, o desgraçado!... o raciocínio de Solomon durante a luta contra
Aqui não vem rasteira a vil lisonja Tibeats, um de seus proprietários, corresponde a
Os feitos decantar da tirania, um dilema.
Caderno de Atividades 15
18. (ITA)
‘‘Edison não conseguia se concentrar de jeito nenhum. Tinha sempre dois ou três empregos e passava o dia indo
de um para outro. Adorava trocar mensagens, e se acostumou a escrever recados curtos e constantes, às vezes
para mais de uma pessoa ao mesmo tempo. Apesar de ser um cara mais inteligente do que a média, sofria quan-
do precisava ler um livro inteiro. Para completar, comia rápido e dormia pouco – e não conseguia se dedicar ao
casamento conturbado, por falta de tempo. Se identificou? Claro, quem não tem esses problemas? Passar horas
no twitter ou no celular, correr de um lado para o outro e ter pouco tempo disponível para tantas coisas que você
tem que fazer são dramas que todo mundo enfrenta. Mas esse não é um mal do nosso tempo. O rapaz da história
aí em cima era ninguém menos que Thomas Edison, o inventor da lâmpada. A década era a de 1870 e o aparelho
que ele usava para mandar e receber mensagens, um telégrafo. O relato, que está em uma edição de 1910 do
jornal New York Times, conta que, quando Edison finalmente percebeu que seu problema era falta de concentra-
ção, parou tudo. Se fechou em seu escritório e se focou em um problema de cada vez. A partir daí, produziu e
patenteou mais de 2 mil invenções. [...]
(Gisela Blanco. Superinteressante, julho/2012)
As bicicletas estão em alta na capital inglesa. Literalmente. Bastou a empresa municipal de transportes anunciar
um crescimento de 100% no número de ciclistas entre 2000 e 2010 para o prefeito, Boris Johnson, flertar com a
ideia de construir ciclovias suspensas. O projeto foi proposto pelos paisagistas Oli Clark e Sam Martin como uma
maneira de aumentar a segurança dos ciclistas sem sacrificar os motoristas, que costumam perder espaço quan-
do faixas de rolagem são convertidas em ciclofaixas. O plano é aproveitar os viadutos pelos quais passam trens
metropolitanos e construir, paralela aos trilhos, uma estrutura tubular envidraçada exclusiva para quem pedala.
Batizada provisoriamente de SkyCycle (ciclovia do céu), a rede terá a vantagem de integrar as principais estações
de trem e metrô, além de ligar o centro à periferia.
Camilo Vannucchi – Revista Época, nov/2012, pág. 38.
As ciclovias suspensas são uma resposta aos perigos do trânsito. Sua audaciosa simplicidade impressionou o
prefeito Boris Johnson.
Jornal The Times (22/09/12), apud Revista Época, nov/2012, pág. 38.
19. Na primeira linha do texto, há uma afirmação: “As bicicletas estão em alta”. Essa expressão “estão em alta”,
nesse contexto, significa que:
a) a moda agora é andar de bicicleta.
b) o custo das bicicletas se elevou.
c) a população aderiu ao uso da bicicleta.
d) as bicicletas terão vias elevadas.
e) a bicicleta é, hoje, o melhor meio de transporte.
20. O advérbio “Literalmente”, também na primeira linha do texto, corresponde ali ao seu:
a) sentido lúdico
b) sentido figurado
c) sentido genuíno
d) sentido poético
e) sentido paradoxal
16 1ª. Série
Língua Portuguesa
21. (FUVEST)
A tirinha tematiza questões de gênero (masculino e feminino), com base na oposição entre
22. (UNIMONTES)
CARTUM E CHARGE
Para quem pensa que o cartum e a charge são textos distantes da nossa realidade, engana-se completamente, pois,
ao contrário disso, representam aqueles com os quais estamos acostumados a conviver diariamente, ou seja, pode-
mos encontrá-los em jornais, revistas, livros didáticos, entre outros. Dessa forma, passemos a conhecer, primeiramen-
te, acerca dos pontos que consideramos como mais relevantes em se tratando do cartum.
O cartum se caracteriza como uma anedota gráfica em que nele podemos visualizar a presença da linguagem
verbal associada à não verbal. Suas abordagens dizem respeito a situações relacionadas ao comportamento
humano, mas não estão situadas no tempo, por isso são denominadas de atemporais e universais, ou seja, não
fazem referência a uma personalidade em específico. Cientes disso, torna-se importante compreendermos que
o nome cartum proveio de um acontecimento ocorrido em Londres, em 1841. Tal acontecimento diz respeito ao
fato de o príncipe Albert, no intuito de decorar o Palácio de Westminster, ter promovido um concurso de desenhos
feitos em grandes cartões (cartoons em inglês), os quais seriam colados às paredes. Dessa forma, no intento de
satirizar, a revista Punch, considerada na época a primeira revista humorística do mundo, resolveu publicar seus
próprios cartoons.
A charge, um tanto quanto diferente do cartum, satiriza situações específicas, situadas no tempo e no espaço, ra-
zão pela qual se encontra sempre apontando para um personagem da vida pública em geral, às vezes um artista,
outras vezes um político, enfim. Em se tratando da linguagem, também costuma associar linguagem verbal e não
verbal. Outro aspecto para o qual devemos atentar diz respeito ao fato de a charge, expressa na língua francesa,
possuir significado de “carga”, aderindo por completo à intenção do chargista, ou seja, a de que ele realmente
atua de forma crítica numa situação de ordem social e política.’’
(www.escolakids.com/cartumecharge.htm. Acesso em 2/10/2013. Adaptado.)
De acordo com o texto, todas as características são comuns ao cartum e à charge, EXCETO
a) Usam linguagem verbal e não verbal.
b) São textos humorísticos.
c) Retratam aspectos da realidade.
d) Lidam com temáticas atemporais.
Caderno de Atividades 17
(PUCSP) Texto de referência para as questões 23 mais de 74 anos, pensava eu, já havia morrido.
e 24. Fiz, então, uma tentativa desesperada nas redes
sociais e, para minha surpresa, lá estava dona
Livro relembra os 70 anos do ‘Pearl Walderez, ostentando em seu perfil o orgulho de
Harbor’ brasileiro ter sobrevivido ao naufrágio”, diz Monteiro.
Rodrigo Petry - Agência Estado
O livro resgata reportagens publicadas pela im-
O ingresso do Brasil na Segunda Guerra Mundial prensa nacional durante a segunda quinzena de
completa este mês 70 anos. Entre os dias 15 e 17 agosto de 1942, arquivadas em bibliotecas, mu-
de agosto de 1942, um submarino alemão, batiza- seus e fundações em Salvador (BA), Valença (BA),
do U-507, atacou cinco navios brasileiros na costa Brasília (DF), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP) e
nordestina. Assim como os ataques japoneses à Porto Alegre (RS). Em conjunto, vários documen-
base norte-americana de Pearl Harbor, em 1941, tos oficiais militares são apresentados, ajudando
foram determinantes para o ingresso dos Estados a explicar as razões que levaram o Brasil a entrar
Unidos na Segunda Guerra, o episódio nas águas na guerra. “Em geral, se fala da consequência, da
brasileiras da Bahia e Sergipe também provocou participação da FEB no front italiano, mas nunca
o envio das tropas brasileiras ao conflito mundial. se comenta a causa, ou seja, o que levou o Brasil
Detalhes sobre estes acontecimentos são des- a declarar guerra. O livro busca preencher essa
vendados com o livro, recém-lançado, “U-507 – lacuna”, explica Monteiro.
O Submarino que afundou o Brasil na Segunda Além das notas oficiais expedidas pelos governos
Guerra Mundial”, do jornalista Marcelo Monteiro, brasileiro e alemão, divulgadas pela imprensa da
com prefácio de Luis Fernando Verissimo. época, outra peça fundamental para apuração,
A dimensão do drama humano dos ataques do diz o autor, foi o diário de bordo do U-507, assi-
submarino alemão está no fato de que ao longo nado pelo comandante do submarino, com de-
de um ano de batalhas na Itália, para onde a For- talhes sobre o deslocamento e os registros dos
ça Expedicionária Brasileira (FEB) foi enviada, 465 ataques em águas brasileiras. Após três anos e
soldados foram mortos. meio de pesquisa, o autor questionou no livro al-
gumas informações que se perpetuaram ao longo
“Apenas naqueles três dias de agosto de 1942 fo- da história sobre o episódio, como a quantidade
ram 607 civis brasileiros mortos”, destaca o autor de disparos do submarino alemão a cada navio
do livro, Marcelo Monteiro. Ele compara o episódio brasileiro, de ataques com metralhadoras e até
brasileiro ao ataque japonês a Pearl Harbor, que saques às pequenas embarcações que resgata-
vitimou 2,4 mil norte-americanos. “Guardadas as vam os sobreviventes.
devidas proporções, é claro, o U-507 é o nosso
Outro fato curioso seria a presença, nos navios,
Pearl Harbor. Só que, nos Estados Unidos, todos
de “romeiros”, que seguiam para um Congresso
conhecem o episódio, em detalhes. Aqui, no Brasil
Eucarístico, que aconteceria em setembro daque-
poucos sequer ouviram falar no U-507”, afirma.
le ano, em São Paulo. “Tratando-se de um País
Após os ataques com torpedos do submarino extremamente religioso, é possível que tal boato
alemão U- 507 aos navios na costa brasileira, o não tenha sido erro de apuração jornalística, mas
governo do presidente Getúlio Vargas, que até sim uma versão elaborada, propositadamente,
então mantinha o País em uma posição neutra em com o sentido de aumentar ainda mais a revolta
relação ao conflito global, foi obrigado a ceder à popular e consequente mobilização para entrada
revolta popular que o episódio gerou, declarando na guerra”, afirma, argumentando que dos cinco
guerra às nações do chamado bloco do “Eixo”, navios atacados, quatro faziam o sentido inverso,
liderado pela Alemanha, Itália e Japão. Assim, o partindo da região Sudeste, e a outra embarca-
Brasil ingressou nos campos de batalha apoiando ção estava carregada de sucata.
o bloco dos “Aliados”, liderados por Estados Uni-
dos, antiga União Soviética e Reino Unido.
U-507 – O SUBMARINO QUE AFUNDOU O
O livro-reportagem conta a história de alguns BRASIL NA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
dos personagens que vivenciaram os torpedea- Lançamento nacional, quinta-feira (16), às 19 ho-
mentos do U-507. Segundo o autor, a apuração ras, na Bienal do Livro de SP. O evento coincide
começou pela busca, em especial, por uma das com os 70 anos dos torpedeamentos, ocorridos
sobreviventes do navio Itagiba, um dos atacados entre 15 e 17 de agosto de 1942.
pelo Eixo, em 17 de agosto de 1942. À época,
com quatro anos, Walderez Cavalcante foi resga- Páginas: 344. Editora: Schoba. Preço: R$ 49. Vendas: Em todas as lojas da
Livraria Cultura (www.livrariacultura.com.br) e no site da Editora Schoba
tada após permanecer horas boiando dentro de
(www.editoraschoba.com.br) Disponível em: http://www.estadao.com.br/
uma caixa de madeira. “Por mais de dois anos a noticias/arteelazer,livro- relembra-os-70-anos-do-pearl-harbor-brasileiro,
procurei, a partir de catálogos telefônicos. Com 915885,0.htm. Acesso em: 1.o out. 2012.
18 1ª. Série
Língua Portuguesa
23. Considerando as características do texto lido, in- 24. Ao longo do texto, as aspas duplas são emprega-
dique o gênero textual a que pertence e sua fun- das com distintas funções. No último parágrafo,
ção social. são duas ocorrências. Aponte a função de cada
a) Artigo científico, uma vez que trata de assun- uma delas, na ordem em que aparecem no texto:
tos históricos, relatados com precisão e com a) reproduzir fala do autor do texto; acentuar
base em referências bibliográficas. tom irônico.
b) Artigo de opinião, pois apresenta argumenta- b) apresentar perspectiva satírica; ressaltar fala
ção resumida em defesa de um ponto de vista de Rodrigo Petry.
sobre o fato histórico relatado no filme. c) destacar ironia; evidenciar discurso direto do
c) Editorial, cuja função é discutir uma ideia, re- autor do livro.
fletindo o posicionamento da instituição jor- d) demarcar a ideia de indivíduos andantes que
nalística ou do responsável pelo programa em viajam por muitos lugares; destacar fala do
relação a determinado assunto. autor do texto jornalístico.
d) Resenha, por divulgar resumidamente o as- e) reforçar sentido de expressão sarcástica; de-
sunto do livro e detalhes sobre a obra. marcar discurso direto de Rodrigo Petry.
e) Crônica, uma vez que tem por objetivo entre-
ter o leitor, apresentando detalhes do(s) pro-
tagonista(s), dos elementos tempo/espaço e
onde se passa a história.
Assinale o item em que o par de vocábulos não seja exemplo de palavras parônimas, mas sim de homônimas:
a) pacto – pato d) são (verbo ser) – são (santo)
b) ratificar – retificar e) descrição – discrição
c) cumprido – comprido
Caderno de Atividades 19
26. (UNIMONTES)
De acordo com as informações fornecidas pelo mapa e seus conhecimentos sobre a história e geografia
da Língua Portuguesa no mundo, assinale a afirmativa INCORRETA.
a) Nos países citados no mapa, a Língua Portuguesa é reconhecida como patrimônio nacional e utilizada
como instrumento de comunicação interna e no relacionamento entre todas as comunidades lusofalantes.
b) A Língua Portuguesa é a língua oficial de oito países em quatro continentes, e não exclusiva de um único
território.
c) A Língua Portuguesa, tendo em vista as regiões e os grupos que a utilizam, apresenta-se como uma
unidade, não tendo, pois, diversidades.
d) A Língua Portuguesa, tendo em vista as regiões e os grupos que a utilizam, apresenta-se com variações
fonológicas, morfológicas, sintáticas e semânticas.
27. (FUVEST)
V – O samba
À direita do terreiro, adumbra-se* na escuridão um maciço de construções, ao qual às vezes recortam no azul do
céu os trêmulos vislumbres das labaredas fustigadas pelo vento. (...)
É aí o quartel ou quadrado da fazenda, nome que tem um grande pátio cercado de senzalas, às vezes com alpen-
drada corrida em volta, e um ou dois portões que o fecham como praça d’armas.
Em torno da fogueira, já esbarrondada pelo chão, que ela cobriu de brasido e cinzas, dançam os pretos o
samba com um frenesi que toca o delírio. Não se descreve, nem se imagina esse desesperado saracoteio, no
qual todo o corpo estremece, pula, sacode, gira, bamboleia, como se quisesse desgrudar-se. Tudo salta, até
os crioulinhos que esperneiam no cangote das mães, ou se enrolam nas saias das raparigas. Os mais taludos
viram cambalhotas e pincham à guisa de sapos em roda do terreiro. Um desses corta jaca no espinhaço do pai,
negro fornido, que não sabendo mais como desconjuntar-se, atirou consigo ao chão e começou de rabanar
como um peixe em seco. (...)
José de Alencar, Til. (*) “adumbra-se” = delineia-se, esboça-se.
Para adequar a linguagem ao assunto, o autor lança mão também de um léxico popular, como atestam todas
as palavras listadas na alternativa
a) saracoteio, brasido, rabanar, senzalas. d) fazenda, rabanar, cinzas, esperneiam.
b) esperneiam, senzalas, pincham, delírio. e) delírio, cambalhotas, cangote, fazenda.
c) saracoteio, rabanar, cangote, pincham.
20 1ª. Série
Língua Portuguesa
(MACKENZIE) Texto para as questões 28 e 29. d) os colonos que vieram para o Brasil no século
XVI já encontraram uma sólida estrutura social
Distantes geograficamente, é natural que o por-
e habitacional, em pleno desenvolvimento.
tuguês do Brasil e o de Portugal apresentassem,
desde o Período Colonial, traços linguísticos e) a influência indígena foi maciça nos séculos
que os particularizassem e diferenciassem. Não XVI e XVII, por isso foi impossível aos colonos
é simples, porém, determinar em que momento a manutenção de hábitos europeus.
isso passou a ocorrer mais fortemente.
Os primeiros colonos que para cá vieram (século 30. (FUVEST) Leia o seguinte texto, que trata das dife-
XVI, principalmente) passaram quase sempre por renças entre fala e escrita:
um processo de “indianização”, dada a precarie- Talvez ainda mais digno de atenção seja o desa-
dade da estrutura colonial do período. parecimento [na escrita] da mímica e das infle-
A partir, contudo, do final do século XVI ou iní- xões ou variações do tom da voz. A sua falta tem
cio do século XVII, nas áreas centrais da Colônia de ser suprida por outros recursos.
(Bahia e Pernambuco), houve núcleos de colo-
É, neste sentido, que se torna altamente instruti-
nização que não se indianizaram, ao menos não
va a velha anedota, que nos conta a indignação
intensamente.
de um rico fazendeiro ao receber de seu filho um
Esses novos colonos sentiam-se como “exilados”, telegrama com a frase singela – “mande-me di-
e não como brasileiros. Procuravam manter a cul- nheiro”, que ele lia e relia emprestando-lhe um
tura europeia, evitando as influências tropicais. tom rude e imperativo. O bom homem não era tão
Linguisticamente, essa postura parece ter desen- néscio quanto a anedota dá a entender: estava no
volvido uma norma conservadora, que manteria o direito de exigir da formulação verbal uma quali-
falar brasileiro relativamente infenso às inovações dade que lhe fizesse sentir a atitude filial de ca-
que se processaram em Portugal.’’ rinho e respeito e de refugar uma frase que, sem
Adaptado de Paulo Bearzoti Filho, em Formação linguística do Brasil a ajuda de gestos e entoação adequada, soa à
leitura espontaneamente como ríspida e seca.
28. Assinale a alternativa correta. J. Mattoso Câmara Jr., Manual de expressão oral e escrita. Adaptado.
Caderno de Atividades 21
31. (FUVEST) Entrevistado por Clarice Lispector, para a 32. (FUVEST)
pergunta “Como você encara o problema da ma- E Jerônimo via e escutava, sentindo ir-se-lhe toda
turidade?”, Tom Jobim deu a seguinte resposta: a alma pelos olhos enamorados.
“Tem um verso do Drummond que diz: ‘A madure-
za, esta horrível prenda...’ Não sei, Clarice, a gente Naquela mulata estava o grande mistério, a sín-
tese das impressões que ele recebeu chegando
fica mais capaz, mas também mais exigente”.
aqui: ela era a luz ardente do meio-dia; ela era
Nota: O verso citado por Tom Jobim é o início do o calor vermelho das sestas da fazenda; era o
poema “A ingaia ciência”, de Carlos Drummond aroma quente dos trevos e das baunilhas, que
de Andrade, e sua versão correta é: “A madureza, o atordoara nas matas brasileiras; era a palmei-
essa terrível prenda”. ra virginal e esquiva que se não torce a nenhuma
outra planta; era o veneno e era o açúcar gostoso;
a) Aponte dois recursos expressivos emprega-
era o sapoti mais doce que o mel e era a casta-
dos pelo poeta na expressão “terrível prenda”. nha do caju, que abre feridas com o seu azeite de
fogo; ela era a cobra verde e traiçoeira, a lagarta
viscosa, a muriçoca doida, que esvoaçava havia
muito tempo em torno do corpo dele, assanhan-
do-lhe os desejos, acordando-lhe as fibras em-
bambecidas pela saudade da terra, picando-lhe
as artérias, para lhe cuspir dentro do sangue uma
centelha daquele amor setentrional, uma nota
daquela música feita de gemidos de prazer, uma
larva daquela nuvem de cantáridas que zumbiam
em torno da Rita Baiana e espalhavam-se pelo ar
b) Reescreva a resposta de Tom Jobim, eliminan- numa fosforescência afrodisíaca.
do as marcas de coloquialidade que ela apre- Aluísio Azevedo, O cortiço.
senta e fazendo as alterações necessárias. O conceito de hiperônimo (vocábulo de sentido
mais genérico em relação a outro) aplica-se à pa-
lavra “planta” em relação a “palmeira”, “trevos”,
“baunilha” etc., todas presentes no texto. Tendo
em vista a relação que estabelece com outras
palavras do texto, constitui também um hiperô-
nimo a palavra
a) “alma”. d) “cobra”.
b) “impressões”. e) “saudade”.
c) “fazenda”.
22 1ª. Série
Língua Portuguesa
Mantendo o contexto em que se dá o diálogo, a) Retire dos textos duas marcas que caracteri-
reescreva as duas falas do primeiro quadrinho, zariam a informalidade pretendida pela publi-
empregando o português usual e gramaticalmen- cação, explicitando de que tipo elas são (sin-
te correto. táticas, morfológicas, fonológicas ou lexicais,
isto é, de vocabulário).
Descanso mais longe 35. (UNICAMP) Millôr Fernandes foi dramaturgo, jorna-
O brasileiro tá vivendo cada vez mais – o que é lista, humorista e autor de frases que se tornaram
bom. Só que quanto mais ele vive, mais a situa- célebres. Em uma delas, lê-se:
ção do INSS se complica, e mais o governo tra-
ta de dificultar a aposentadoria do pessoal pelo Por quê? é filosofia. Porque é pretensão.
teto (o valor integral que a pessoa teria direito de
a) Explique a diferença no funcionamento lin-
receber quando pendura as chuteiras) – o que
não é tão bom. guístico da expressão “porque” indicada nas
duas formas de grafá-la.
A última novidade que já tá em discussão lá em
Brasília é botar pra funcionar a regra 85/95, que
diz que só se aposenta ganhando o teto quem
somar 85 anos entre idade e tempo de contri-
buição (se for mulher) e 95 anos (se for homem).
Ou seja, uma mulher de 60 anos só levaria a gra-
na toda se tivesse trampado registrada por 25
anos (60 + 25 = 85) e um homem da mesma ida-
de, se tivesse contribuído por 35 (60 + 35 = 95).
Quem quiser se aposentar antes, pode – só que
vai receber menos do que teria direito com a
conta fechada.
Caderno de Atividades 23
b) Explique o sentido do segundo enunciado do mil ________ da União Europeia (EU) ________
texto (Porque é pretensão), levando em con- exigiram um melhor esclarecimento sobre o con-
sideração a forma como ele se contrapõe ao sumo de água.
primeiro enunciado. Considere em sua res- Geo, n.º 40, 2012. Adaptado.
posta apenas o sentido atribuído à palavra As lacunas do texto devem ser preenchidas, res-
pretensão que se encontra abaixo. pectivamente, com:
pretensão: vaidade exagerada, presunção. a) maior ... cidadões ... entrevistados
b) maiores ... cidadões ... entrevistado
c) maior ... cidadão ... entrevistados
d) maiores ... cidadãos ... entrevistados
e) maior ... cidadãos ... entrevistado
Natureza-morta
A tia girou a chave, empurrou a porta, Ê!, algo a emperrava, estranhou. O corpo no ombro direito, a custo cedeu,
pororoca estraçalhando, arrastando, O quê? Em algazarra, as crianças, às suas costas, espiavam-na, assus-
tadiças, curiosas. Pela fresta, antecipou-se a manhã frágil iluminando o quadro de avisos – feltro verde colado
sobre uma placa de cortiça – agora ponte em diagonal ligando o rodapé à maçaneta, garatujas e desenhos ainda
assentados com tachinhas.
No corredor, onde desaguavam as três salas-de-aula, gizes esmigalhados, rastros de cola colorida, massinhas-
de-modelar esmagadas, folhas de papel sulfite estragadas, uma lousa no chão vomitada, trabalhinhos rasgados,
pincéis embebidos de fezes que riscaram abstrações nas paredes brancas, pichações ininteligíveis, uma garrafa
de coca-cola cheia de mijo, um cachimbo improvisado de crack – a capa de uma caneta bic espetada lateral-
mente num frasco de Yakult. Ao fundo, a fechadura arrombada, cacos do vidro do basculante, do barro do filtro
d’água, marcas de chutes nas laterais do fogão, panelas e talheres amassados. Em correria, gritos atravessam as
telhas francesas, olhos mendigam explicações.
Puxada, empurrada, vozes choramingas, “A hortinha, a hortinha...”, conduziram a tia ao quintal: à sua frente,
fuçadas as leiras, legumes e verduras repisados, arrancados, enterrados, brotos de cenoura, beterrabas, alfaces,
couves, tomates, tanto carinho desperdiçado, nunca mais vingariam, as crianças caminhando, com cuidado, por
entre os pequenos cadáveres verdes, olhos baços, e ela, até onde a vista alcança, observa as escandalosas casas
de tijolos à mostra, esqueletos de colunas, lajes por acabar, pipas singrando o céu cinza, fedor de esgoto, um
comichão na pálpebra superior esquerda e a solidão e o desespero.’’
24 1ª. Série
Língua Portuguesa
38. Nesse fragmento da obra de Luiz Ruffato, há o se- pela garganta Calma, meu bem, calma. O te-
guinte procedimento de construção textual: lefone vai tocar, Fran, já já. (“Fran”)
a) Ambiguidade: o título remete a um modo de b) Ontem, quando avisado que seu Aprígio tinha
pintura e a uma cena concreta presente no texto. passado desta, murcho e sozinho desfiou as
b) Metalinguagem: a menção aos “gizes esmiga- ruas pobres do Jardim Varginha, garrafa de
lhados” e à “caneta bic” constitui um indício de cachaça debaixo do sovaco. Houve quem te-
que o texto reflete sobre sua própria estrutura. nha visto seus passos cambaleantes empur-
c) Ironia: a exclamação das crianças sobre a rarem-no ao encontro da noite áspera, mas
“hortinha” parece exprimir pesar, mas soa iro- só a manhã surpreendeu o índio esticado sob
nicamente. a marquise de uma loja de material de cons-
trução na Avenida Santo Amaro, abraçado a
d) Musicalidade: o parágrafo final do texto ex-
um casco branco vazio, a tudo alheio, a tudo.
plora propositalmente a reiteração de fone-
(“Um índio”)
mas, a fim de sensibilizar o leitor.
c) (...) outros tempos esteve ligada à rede Globo,
39. A cena descrita na passagem compõe um quadro papéis secundários em novelas, pontas em
de miséria e solidão, recorrente nas narrativas de especiais, aparições rápidas em programas
Eles eram muitos cavalos. Esse mesmo quadro dominicais, vilã, ingênua. Chegou a, na rua,
pode ser identificado no trecho: ser apontada, cutucada, mexida, apalpada,
a) À mesa minúscula, com a ponta da faca ras- você não é da televisão? Televisão...televisão
pa a geleia de morango que resta no fundo é pra poucos, pra uns. (“Fran”)
do pote e cobre a superfície irregular de uma d) Desci do norte de pau-de-arara. Se o senhor
bolacha cream cracker. Leva-a à boca. Arre- soubesse o que era aquilo... Um caminhão ve-
messa longe a bolacha, a faca e o pote vazio, lho, lonado, umas tábuas atravessadas na car-
que rola no carpete sem se quebrar. Merda! roceria servindo de assento, a matula no bornal,
Merda! Merda! Levanta-se, corre para a saca- rapadura, farinha dias e dias de viagem, meu
da. Lágrimas azuis ameaçam arruinar seu dia deus do céu! Mas posso reclamar não. São
Calma Fran, calma! calam-se escorregando Paulo, uma mãe pra mim. Logo que chegou.
Caderno de Atividades 25
41. (FUVEST) - Leia este texto: so próprio mérito. Se a natureza humana fosse
racional, não haveria explicação alguma. Contu-
‘‘Entre 1808, com a abertura dos portos, e 1850, do, o homem vive a princípio uma vida exterior,
no auge da centralização imperial, modificara- e mais tarde uma interior; a noção de efeito pre-
se a pacata, fechada e obsoleta sociedade. O cede, na evolução da mente, a noção de causa
país europeizava-se, para escândalo de muitos, interior desse mesmo efeito. O homem prefere ser
iniciando um período de progresso rápido, pro- exaltado por aquilo que não é, a ser tido em me-
gresso conscientemente provocado, sob moldes nor conta por aquilo que é. É a vaidade em ação.
ingleses. O vestuário, a alimentação, a mobília
Fernando Pessoa, Da literatura europeia.
mostram, no ingênuo deslumbramento, a subver-
são dos hábitos lusos, vagarosamente rompidos a) Considerando-a no contexto em que ocorre,
com os valores culturais que a presença europeia explique a frase “o homem vive a princípio
infiltrava, justamente com as mercadorias impor- uma vida exterior, e mais tarde uma interior”.
tadas. O contato litorâneo das duas culturas, uma
dominante já no período final da segregação co-
lonial, articula-se no ajustamento das economias.
Ao Estado, a realidade mais ativa da estrutura
social, coube o papel de intermediar o impacto
estrangeiro, reduzindo-o à temperatura e à velo-
cidade nativas.’’
Raymundo Faoro, Os donos do poder.
26 1ª. Série
Língua Portuguesa
Há também uma ironia no texto da propaganda, Assim, o livro passou a ser o meu porto, a minha
que contribui para o seu efeito reivindicativo, ex- porta, o meu cais, a minha rota. Pelo livro soube
pressa no enunciado: “Aproveita enquanto tem da história e criei os avessos, soube do homem
água.” Explique a ironia contida no enunciado e e seus disfarces, soube das várias faces e dos
tantos lugares de se olhar. (...) Ler é aventurar-se
a maneira como ele se relaciona aos elementos
pelo universo inteiro.
visuais presentes no cartaz.
(Bartolomeu Campos de Queirós, Sobre ler, escrever e outros diálogos.
Belo Horizonte: Autêntica, 2012, p. 63.)
Caderno de Atividades 27
a) Da personagem José Dias, diz o narrador do b) Quem já _______________ a perda de um
romance Dom Casmurro, de Machado de As- parente conhece a dor que estou sentindo.
sis: “José Dias amava os superlativos. Era um Preencha a lacuna da frase acima, utilizando
modo de dar feição monumental às ideias; o verbo viver ou o verbo vivenciar, de acordo
não as havendo, servia a prolongar as frases”. com a preferência do autor do texto. Justifi-
Em que o comportamento linguístico de Ma- que sua escolha.
ricotinha, tal como o caracteriza o texto, se
compara ao da personagem machadiana?
28 1ª. Série
Língua Portuguesa
a) Qual é a relação de sentido existente entre a gina! Eu me casaria com você mesmo que a
imagem de uma folha de árvore e as expres- fortuna fosse de outro parente qualquer.
sões “Mapeamento logístico” e “caminho”, b) — O que é que você me conta de novo?, per-
empregadas no texto que compõe o anúncio gunta alguém ao encontrar um amigo.
acima reproduzido?
— Por que eu contaria de novo?, responde o
amigo.
c) — Doutor, já quebrei o braço em vários lugares.
— Eu, se fosse o senhor, não voltava mais a
esses lugares.
d) O bêbado entra no consultório, e o médico,
b) A que se refere o advérbio “aqui”, presente no ao vê-lo naquele estado, diz: – Eu não atendo
texto do anúncio? bêbado. Ao que o bêbado responde: – Tudo
bem, não tem problema. Quando o senhor es-
tiver bom, eu volto.
49. (FUVEST)
Ata
Acredito que o mau tempo haja concorrido para
47. (UNIMONTES) que os sabadoyleanos1 hoje não estivessem na
casa de José Mindlin, em São Paulo, gozando
das delícias do cuscuz paulista aqui amavelmente
prometido. Depois do almoço, visita aos livros dia-
logantes, na expressão de Drummond, não sabe-
mos se no rigoroso sistema de vigilância de Plínio
Doyle, mas de qualquer forma com as gentilezas
das reuniões cariocas. Para o amigo de São Pau-
lo as saudações afetuosas dos ausentes-presen-
tes, que neste instante todos nos voltamos para o
seu palácio, aquele que se iria desvestir dos ares
aristocráticos para receber camaradescamente os
descamisados da Rua Barão de Jaguaribe.
Guarde, amigo Mindlin, para breve o cuscuz da
tradição bandeirante, que hoje nos conformamos
com os biscoitos à la Plínio Doyle.
Rio, 20-11-1976.
(Disponível em: <www.correiobraziliense.com.br>.
Acesso em: 04 set. 2014.) Signatários: Carlos Drummond de Andrade, Gilberto de Mendonça
Teles, Plínio Doyle e outros.
O principal efeito de humor provocado por esse Cartas da biblioteca Guita e José Mindlin. Adaptado.
texto está na crítica que faz à/ao(s) 1 “sabadoyleanos”: frequentadores do sabadoyle, nome dado ao encontro de
intelectuais, especialmente escritores, realizado habitualmente aos sábados, na
a) falta de cordialidade das pessoas no trânsito. casa do bibliófilo Plínio Doyle, situada no Rio de Janeiro.
b) fato de que, no inferno, o trânsito estaria bem
melhor. Da leitura do texto, depreende-se que
c) motoristas, que tornam o trânsito infernal. a) o anfitrião carioca, embora gentil, é cioso de
sua biblioteca.
d) trânsito que, por não fluir, tem dificultado que
as pessoas cheguem ao destino. b) o anfitrião paulista recebeu com honrarias os
amigos cariocas, que visitaram a sua biblioteca.
48. (PUC Minas-MG) Em todas as piadas a seguir, o c) os cariocas não se sentiram à vontade na casa
humor se baseia no fato de determinada expres- do paulista, a qual, na verdade, era uma mansão.
são poder ser lida de duas maneiras diferentes, d) os cariocas preferiram ficar no Rio de Janeiro,
EXCETO: embora a recepção em São Paulo fosse con-
a) O noivo diz à noiva: – Acho que você está vidativa.
querendo se casar comigo só porque herdei e) o fracasso da visita dos cariocas a São Paulo
uma fortuna de meu tio. Ela responde: – Ima- abalou a amizade dos bibliófilos.
Caderno de Atividades 29
(ITA) As questões 50 e 51 referem-se ao texto a Devo informar que fiz essas perguntas a Hilda Fu-
seguir. racão quando a encontrei em Buenos Aires e ela
fugiu do assunto; quando disse que precisava de
Nove em cada dez usuários de Internet recebem uma explicação para dar aos leitores, pois ia es-
spams em seus e-mails corporativos, segundo crever um romance a seu respeito, ela retrucou, es-
estudo realizado pela empresa alemã Antispa- quecida da velha promessa de revelar seu segredo;
meurope, especializada em lixo eletrônico virtual.
Cada trabalhador perde, em média, sete minutos — Por que você não diz aos leitores que, tal como
por dia limpando a caixa de mensagens, e essa contou no seu romance, eu, Hilda Furacão, nunca
quebra na produtividade custa € 828 – pouco existi e sou apenas um 1.o de abril que você quis
mais de R$ 2,3 mil – anuais às empresas. passar nos leitores? Por que não diz isso?
DRUMMOND, Roberto. Hilda Furacão. 18a Ed.
Tomando-se como base os números apontados São Paulo: Editorial. 2008. p.291-292.
pela pesquisa, uma corporação de médio porte,
com mil funcionários, perde, portanto, € 828 mil Texto II
por ano – ou R$ 2,3 milhões – com esta prática
que é considerada, apesar de simplória, uma ver- De 1971 a 2002 - ao longo, portanto, de 31 anos –
dadeira praga da modernidade. convivi com Roberto Drummond e suas fantasias.
Uma vez critiquei com dureza um livro dele e ele
O spam remete às mensagens não-solicitadas en- parou de falar comigo por oito anos. Era um pas-
viadas em massa, geralmente utilizadas para fins
sional. Em 1986 convidei-o para ser cronista do
comerciais, e pode de fato prejudicar considera-
Caderno 2 do Estadão ao lado de Caio Fernan-
velmente a produtividade no ambiente de trabalho.
do Abreu, Rachel de Queiroz e Susana Kakowicz,
Um relatório da Symantec, empresa de seguran- cronista imaginária, pseudônimo que eu mesmo
ça virtual, mostra que o Brasil é o segundo maior usava. Apaixonou-se platonicamente por Susana,
emissor de spam do mundo, com geração de para quem chegou a escrever algumas cartas.
10% de todo o fluxo de mensagens indesejadas
na rede mundial de computadores. Os campeões Naquela noite, em Vinhedo, quando garantia para
são os norte-americanos, com 26%. [...] os estudantes que Hilda tinha existido, sim, e
devia estar viva e linda em algum lugar – aos 65
(Rodrigo Capelo. http://www.vocecommaistempo.com.br.
Acesso em: 23/09/2012. Texto adaptado.) anos? –, ele me perguntou por Susana.
Não tive coragem, claro, de lhe dizer que Susana
50. Um título que contempla o conteúdo abordado no era eu.
texto é: Emediato, Luiz Fernando. In: DRUMMOND, Roberto.
Hilda Furacão. 18a Ed. São Paulo: Editorial. 2008.
a) Spam: Estados Unidos e Brasil lideram o ranking.
b) Spam: preocupação de empresas europeias. Assinale o provérbio que sintetiza a relação exis-
c) Spam: perda de tempo e prejuízos financeiros. tente entre os textos I e II .
d) Spam: praga da modernidade. a) A mentira tem pernas curtas.
e) Spam: nova forma de propaganda. b) O feitiço virou contra o feiticeiro.
c) Pior a emenda do que o soneto.
51. A expressão “apesar de simplória” no segundo d) Quem rouba de ladrão tem cem anos de perdão.
parágrafo pode ser substituída por
a) embora efêmera. (PUCSP) Texto para questões de 53 e 54.
b) no entanto fácil.
Software corrige redações
c) não obstante comum.
d) ainda que pouco complexa. Por John Markoff
e) todavia rápida. Imagine que, ao fazer um exame da faculdade,
em vez de você receber sua nota do professor
52. (UFMG) algumas semanas depois, você possa clicar no
Texto I botão “Enviar” ao terminar o teste e receber de
volta instantaneamente o resultado, tendo sua
P. S. n 2 – Imagino Tia Çãozinha e os leitores per- redação avaliada por um programa de computa-
guntando: dor. Agora imagine que esse sistema permita que
você imediatamente refaça o exame para tentar
— Hilda Furacão continua um mistério. Por que
melhorar a nota.
ela foi para a Zona Boêmia num dia 1.o de abril,
quando era a garota do Maiô Dourado e por que EdX, uma empresa sem fins lucrativos funda-
saiu cinco anos depois, também num 1.o de abril? da pela idade Harvard e pelo MIT (Instituto de
30 1ª. Série
Língua Portuguesa
Tecnologia de Massachusetts) para oferecer cur- do mecânico, mas ele já é bom o suficiente e a
sos on-line, lançou esse sistema e vai disponibili- vantagem é muito grande”, disse. “Descobrimos
zar seu software automatizado de graça na inter- que a qualidade das notas é semelhante à varia-
net para qualquer instituição que queira usá-lo. ção encontrada de instrutor para instrutor.”
O software utiliza inteligência artificial para avaliar A EdX não é a primeira a usar tecnologia auto-
as redações e respostas curtas por escrito, libe- matizada de avaliação, que data dos primeiros
rando os professores para outras tarefas. computadores “mainframe” dos anos 1960. Vá-
rias companhias oferecem programas comerciais
Embora os sistemas de notas automáticas para
para dar notas a respostas em testes escritos. Em
testes de múltipla escolha estejam disseminados,
alguns casos, o software é usado como um “se-
o uso da tecnologia para dar notas a redações
gundo leitor” para verificar a confiabilidade dos
ainda não recebeu apoio generalizado de educa-
avaliadores humanos.
dores e tem muitos críticos.
A Universidade Stanford, na Califórnia, anunciou
Anant Agarwal, presidente da EdX, previu que o
recentemente que vai trabalhar com a EdX para
software de notas instantâneas seria uma ferra- desenvolver um sistema educacional conjunto
menta pedagógica útil, permitindo que os estu- que incorporará a tecnologia de avaliação auto-
dantes façam testes e escrevam redações várias mática.
vezes para melhorar a qualidade de suas respos-
tas. “Os alunos nos dizem que estão aprendendo Duas start-ups fundadas recentemente por pro-
muito mais com o ‘feedback’ instantâneo”, disse fessores de Stanford para criar “cursos abertos
o doutor Agarwal. Mas os céticos dizem que o de massa on-line” (Mooc, na sigla em inglês) tam-
sistema automático não se compara a professo- bém se dedicam a sistemas de avaliação auto-
res reais. mática.
Um antigo crítico, Les Perelman, chamou a aten- No ano passado, a Fundação Hewlett patrocinou
ção várias vezes ao criar redações absurdas que dois prêmios de US$ 100 mil destinados a aper-
enganaram o software, fazendo-o dar notas altas. feiçoar um software que avalia testes de respos-
tas curtas.
“Minha primeira e maior objeção à pesquisa é que
eles não fizeram um teste estatístico válido com- Mark D. Shermis, professor da Universidade de
parando o software com avaliadores humanos”, Akron, em Ohio, supervisionou o concurso da
disse Perelman, diretor de redação aposentado e Fundação Hewlett.
atual pesquisador no MIT. Na opinião dele, a tecnologia – embora imperfeita
Ele faz parte de um grupo de educadores que cir- – tem seu lugar no ambiente educacional.
cula uma petição contra o software de avaliação Com classes cada vez maiores, é impossível para
automática. O grupo já coletou quase 2.000 as- grande parte dos professores dar aos estudantes
sinaturas. um “feedback” significativo sobre tarefas de re-
“Vamos encarar a realidade das notas de testes dação, segundo Shermis.
automáticos”, diz uma parte da declaração do Além disso, ele notou que os críticos da tecno-
grupo. “Os computadores não sabem ler. Eles não logia tendem a vir das melhores universidades
podem medir os fatores essenciais da comunica- americanas.
ção escrita eficaz: precisão, raciocínio, adequa-
ção de evidências, bom senso, posicionamento “Muitas vezes, eles vêm de instituições muito pres-
ético, argumentação convincente, organização tigiosas, onde o ‘feedback’ recebido pelos alunos
significativa, clareza e veracidade, entre outros.” é muito melhor do que uma máquina seria capaz
de dar”, disse o doutor Shermis. “Falta a percep-
A ferramenta de avaliação EdX exige que pro- ção do que acontece de fato no mundo real.”
fessores ou avaliadores humanos primeiro deem Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/newyorkti-
nota a cem redações. Então o sistema usa as téc- mes/103891-software-corrige-redacoes.shtml.
nicas de aprendizado mecânico para se treinar Acesso em: 17 abr. 2013.
e ser capaz de dar notas a qualquer número de
redações ou respostas quase instantaneamente. 53. No primeiro parágrafo, o efeito de sentido preten-
O software vai atribuir uma nota dependendo do dido pelo emprego do pronome você é o de
sistema de avaliação criado pelo professor e for- a) gerar mais distanciamento com o público-alvo.
necerá um “feedback” geral, como dizer a um es-
b) conferir mais autonomia ao leitor.
tudante se uma resposta tratava do assunto certo.
c) estabelecer mais proximidade com o leitor.
O doutor Agarwal acredita que o software se
aproxima da capacidade de avaliação humana. d) destacar a quem se dirige o texto.
“Há um longo caminho a percorrer no aprendiza- e) determinar o público ao qual se destina o texto.
Caderno de Atividades 31
54. A presença de palavras em inglês é uma constan- Descreva o processo de formação de palavras
te no texto. O uso de software e mainframe, por envolvido em “esculhambativo”, apontando o
exemplo, se justifica porque tipo de transformação ocorrida no vocábulo.
a) essas palavras são marcas do estilo do autor
do texto.
b) as palavras estrangeiras são argumentos de
autoridade.
c) o tema do texto trata do uso de recursos tec-
nológicos.
d) essas palavras não têm tradução em língua
portuguesa.
e) o tradutor fez a tradução de todas as palavras
estrangeiras do texto.
as linguagens da conquista
(UNESP) Texto para questões de 57 e 59.
Os donos da comunicação
Os presidentes, os ditadores e os reis da Espanha que se cuidem porque os donos da comunicação duram muito
mais. Os ditadores abrem e fecham a imprensa, os presidentes xingam a TV e os reis da Espanha cassam o rádio,
mas, quando a gente soma tudo, os donos da comunicação ainda tão por cima. Mandam na economia, mandam
nos intelectuais, mandam nas moças fofinhas que querem aparecer nos shows dos horários nobres e mandam no
society que morre se o nome não aparecer nas colunas.
Todo mundo fala mal dos donos da comunicação, mas só de longe. E ninguém fala mal deles por escrito porque
quem fala mal deles por escrito nunca mais vê seu nome e sua cara nos “veículos” deles. Isso é assim aqui, na
Bessarábia e na Baixa Betuanalândia. Parece que é a lei. O que também é muito justo porque os donos da comu-
nicação são seres lá em cima. Basta ver o seguinte: nós, pra sabermos umas coisinhas, só sabemos delas pela
mídia deles, não é mesmo? Agora vocês já imaginaram o que sabem os donos da comunicação que só deixam
sair 10% do que sabem?
Pois é; tem gente que faz greve, faz revolução, faz terrorismo, todas essas besteiras. Corajoso mesmo, eu acho,
é falar mal de dono de comunicação. Aí tua revolução fica xinfrim, teu terrorismo sai em corpo 6 e se você morre
vai lá pro fundo do jornal em quatro linhas.
(Millôr Fernandes. Que país é este?, 1978.)
32 1ª. Série
Língua Portuguesa
57. Com a frase “Parece que é a lei”, no segundo pa- b) pessoas que fazem caridade apenas para
rágrafo, o humorista tenta explicar que aparecer nos jornais.
a) as pessoas poderosas se unem em socieda- c) sociedades de atores de teatro, cinema e te-
des secretas. levisão.
b) o poder dos donos da comunicação parece d) norte-americanos ou ingleses muito impor-
ter força de lei. tantes, residentes no país.
c) parece que a lei não existe no mundo da co- e) indivíduos presunçosos da chamada alta so-
municação. ciedade.
d) o poder dos grandes empresários emana de
60. Leia o excerto a seguir.
uma lei que os protege.
e) as leis não foram criadas para proteger os ci- Eu tava me sentindo tão só que o que eu mais
queria era tá morto. As estrelas brilhavam e as
dadãos.
folhas faziam um ruído muito triste na mata; e es-
cutei uma coruja, bem longe, piando por alguém
58. Para Millôr Fernandes, no texto apresentado, os
que tava morto, e um noitibó e um cachorro ber-
donos da comunicação são
rando por alguém que ia morrer; e o vento tava
a) produtores de tecnologia de informação e co- tentando me sussurrar alguma coisa (...)
municação. TWAIN. Mark. As aventuras de Huckleberry Finn.
b) dirigentes de órgãos governamentais que re- Trad. Rosaura Eichenberg. Porto Alegre: L&PM, 2011. p.13.
gem a comunicação no país.
Nesse excerto, alguns artigos foram destacados.
c) proprietários de veículos de comunicação em Que efeitos de sentido eles estabelecem em re-
massa. lação aos substantivos estrelas, folhas, coruja,
d) apresentadores de telejornais e programas noitibó, cachorro e vento?
populares de televisão.
e) funcionários executivos de empresas de pu-
blicidade.
O efeito de humor na situação apresentada decorre do fato de a personagem, no segundo quadrinho, con-
siderar que “carinho” e “caro” sejam vocábulos
a) derivados de um mesmo verbo. d) cognatos.
b) híbridos. e) formados por composição.
c) derivados de vocábulos distintos.
Caderno de Atividades 33
62. (FUVEST) a) Qual é a relação de sentido existente entre o
título “Mal traçadas” e o assunto do texto?
A civilização “pós-moderna” culminou em um
progresso inegável, que não foi percebido anteci-
padamente, em sua inteireza. Ao mesmo tempo,
sob o “mau uso” da ciência, da tecnologia e da
capacidade de invenção nos precipitou na misé-
ria moral inexorável. Os que condenam a ciência,
a tecnologia e a invenção criativa por essa miséria
ignoram os desafios que explodiram com o capi-
talismo monopolista de sua terceira fase.
Em páginas secas premonitórias, E. Mandel1
apontara tais riscos. O “livre jogo do mercado”
(que não é e nunca foi “livre”) rasgou o ventre das
b) Sem alterar o sentido, reescreva o trecho
vítimas: milhões de seres humanos nos países ri-
“conformado à marcha inelutável da moder-
cos e uma carrada maior de milhões nos países
nidade tecnológica”, substituindo a palavra
pobres. O centro acabou fabricando a sua peri-
“conformado” por um sinônimo e o adjetivo
feria intrínseca e apossou-se, como não suce-
“inelutável” pelo verbo lutar, fazendo as modi-
deu nem sob o regime colonial direto, das outras
ficações necessárias.
periferias externas, que abrangem quase todo o
Exemplo: “marcha inevitável da modernidade
“resto do mundo”.
tecnológica” = marcha da modernidade tec-
Florestan Fernandes, Folha de S. Paulo, 27/12/1993.
nológica que não se pode evitar.
1 Ernest Ezra Mandel (1923-1995): economista e militante político belga.
63. (FUVEST) Leia o seguinte texto: 64. (IFMG) Em gramáticas e em manuais de língua
Mal traçadas portuguesa, costuma-se recomendar o uso da
Canadá planeja extinguir os carteiros vírgula para indicar a elipse (omissão) de um ver-
bo, como neste exemplo: “Ele prefere filmes de
No mundo inteiro, os serviços de correio tentam
suspense; a namorada, filmes de aventura”.
se adaptar à disseminação do e-mail, do Face-
book, do SMS e do Skype, que golpearam quase Com base nessa regra, seria necessário alterar a
até a morte os hábitos tradicionais de correspon- pontuação da seguinte passagem:
dência, mas em nenhum lugar se chegou tão lon- a) “Cruéis convenções nos convocam: estar em
ge quanto no Canadá. Em dezembro, o Canada forma, ser competente, ser produtivo, mostrar
Post anunciou nada menos que a extinção do serviço, prover, pagar, e ainda ter tempo para
carteiro tal como o conhecemos. A meta é aca- ternura, cuidados, amor.”
bar com o andarilho uniformizado que, faça chu-
b) “A sociedade é uma mãe terrível, a vida um
va ou faça sol, distribui envelopes de porta em
porta e, às vezes, até conhece os rostos por trás
corredor estreito, o tempo um perseguidor im-
dos nomes dos destinatários. Os adultos de ama-
placável (...)”
nhã se lembrarão dele tanto quanto os de hoje c) “Só não prevíamos as corredeiras, as gargan-
se recordam dos leiteiros, profetizou o blog de tas, os redemoinhos, a noite lá no fundo des-
assuntos metropolitanos do jornal Toronto Star, sas águas.”
conformado à marcha inelutável da modernidade d) “É quando toda a competência, a eficiência, o
tecnológica. poder, se encolhem e ficamos nus, e sós, na
Claudia Antunes, http://revistapiaui.estadao.com.br. Adaptado. nossa frágil maturidade (...)”.
34 1ª. Série
Língua Portuguesa
65. (FGV)
a) Reescreva a frase “Aposto que ele é uma menção ao vazio atual das artes plásticas...”, substituindo
“Aposto” por “Tenho certeza” e “vazio” por “situação”, fazendo as alterações que forem necessárias.
b) Nas falas das personagens, há palavras formadas por derivação e por composição. Transcreva e expli-
que um exemplo de cada um desses processos de formação.
O ideal da educação para todos nasceu comprometido com o projeto de autonomia do indivíduo, o que supõe
capacidade de compreensão do cidadão, enquanto titular de direitos e fonte do poder republicano.
(...)
“Trate de conseguir boa educação ou será um dos derrotados pela marcha do progresso.” Este é o desafio que
os senhores do mundo lançam aos que lutam por bons empregos. Seria estúpido negar o papel da educação
enquanto instrumento da qualificação técnica da mão de obra.
Mas os últimos estudos internacionais sobre emprego, produtividade e distribuição de renda mostram o óbvio: a boa
educação é incapaz de responder aos problemas criados pelos choques negativos que vulneram as economias con-
temporâneas.
Exemplos: desindustrialização, reestruturação das empresas imposta pela intensificação da competição, crise
fiscal e perda de eficiência do gasto público. Em suma, se esses fatores reais do crescimento falham, a educação
naufraga como força propulsora do emprego e da distribuição de renda. A Europa e os Estados Unidos estão aí
para demonstrar que pouco vale ter gente mais “empregável” se a economia patina e não cria novos empregos.
A visão simplória e simplista da educação obscurece a tragédia cultural que ronda o Terceiro Milênio. A espe-
cialização e a “tecnificação” crescentes despejam no mercado, aqui e no mundo, um exército de subjetividades
mutiladas, qualificadas sim, mas incapazes de compreender o mundo em que vivem. Os argumentos da razão
técnica dissimulam a pauperização das mentalidades e o massacre da capacidade crítica.
(Luiz Gonzaga Belluzzo, adaptado Carta Capital, 01.09.2012)
Caderno de Atividades 35
66. A ideia central do texto é: culamos a respeito da vida, a vida já passou. E
a morte, embora talvez eles a recebam de ma-
a) o consenso óbvio ao se defender a importân-
neiras diferentes, trata do mesmo modo o tolo
cia da boa educação na qualificação técnica e o filósofo. Tentar reduzir a vida a uma regra e
de mão de obra. um método exatos é geralmente uma ocupação
b) a coerência pedagógica ao estabelecer a qua- dolorosa ou infrutífera – e não é isso mais uma
lificação técnica da mão de obra como cami- prova de que superestimamos o prêmio por
que lutamos? E mesmo especular tão cuida-
nho correto para obtenção de bons empregos.
dosamente sobre ela, procurando estabelecer
c) a lógica da marcha do progresso ao cobrar com rigor sua justa ideia, equivaleria a supe-
uma educação qualificada de quem busca restimála, se para certos temperamentos esta
empregos qualificados. ocupação não fosse uma das mais divertidas a
que é possível dedicar a vida.
d) a postura ilusória ao achar a boa educação (HUME, David, “O Cético” in Ensaios Morais, Políticos e Literários)
um instrumento suficiente para uma compre-
1 fleuma: frieza, serenidade, impassibilidade.
ensão crítica do mundo.
e) o desafio, lançado pelos donos do mundo, No trecho: “E a morte, embora talvez eles a re-
para vincularem a boa educação à marcha do cebam de maneiras diferentes,...”, o pronome em
progresso. negrito se refere a:
a) vida e acaso
67. A expressão “tragédia cultural”, a que alude o au-
tor, só não é caracterizada pelo segmento: b) tolo e filósofo
a) “um exército de subjetividades mutiladas”. c) fleuma e prazer
b) “incapazes de compreender o mundo em que d) passatempo e ocupação
vivem.” e) regra e método
c) “Os argumentos da razão técnica”.
69. (ESPM) Em um dos itens abaixo há falta de parale-
d) “a pauperização das mentalidades”
lismo na construção da frase. Assinale-o:
e) “o massacre da capacidade crítica.”
a) Bebida alcoólica caseira causa intoxicação e
mata 51 pessoas na Líbia.
68. (ESPM)
b) Três policiais são acusados de desviar drogas
e ligação com traficantes internacionais.
c) Plano de saúde muda de nome e escapa de
punição da Agência Nacional de Saúde.
d) Problema técnico na PF afetou não só emis-
são de passaportes, como também retirada.
e) Exposição marca Dia Mundial da Água e in-
centiva consumo consciente.
36 1ª. Série
Língua Portuguesa
a) NEVES, que pode referir-se a um nome de José Dias amava os superlativos. Era um modo de
pessoa ou ao plural de “neve”. dar feição monumental às ideias; não as havendo,
servia a prolongar as frases. Levantou-se para ir
b) NEVE, que pode ser um substantivo simples, buscar o gamão, que estava no interior da casa.
precipitação de gelo, ou um substantivo pró- Cosi-me muito à parede, e vi-o passar com as
prio, marca de papel higiênico. suas calças brancas engomadas, presilhas, roda-
que e gravata de mola. Foi dos últimos que usaram
c) TÁ, que pode ser o verbo auxiliar da frase ou
presilhas no Rio de Janeiro, e talvez neste mundo.
uma expressão coloquial usada para confir- Trazia as calças curtas para que lhe ficassem bem
mar uma ideia. esticadas. A gravata de cetim preto, com um aro
d) CAINDO, que pode significar precipitação de de aço por dentro, imobilizava-lhe o pescoço; era
gelo ou tombo. então moda. O rodaque de chita, veste caseira e
leve, parecia nele uma casaca de cerimônia. Era
e) TÁ, que pode indicar consentimento e aprova- magro, chupado, com um princípio de calva; teria
ção ou expressar impaciência da personagem os seus cinquenta e cinco anos. Levantou-se com
com seu companheiro. o passo vagaroso do costume, não aquele vagar
arrastado dos preguiçosos, mas um vagar calcula-
72. (UNIFESP) do e deduzido, um silogismo completo, a premissa
antes da consequência, a consequência antes da
Há cerca de dois meses, a jornalista britâni-
conclusão. Um dever amaríssimo!
ca Rowenna Davis, 25 anos, foi furtada. Só que
Machado de Assis, Dom Casmurro.
não levaram sua carteira ou seu carro, mas sua
identidade virtual. Um hacker invadiu e tomou Das afirmações abaixo sobre a expressão subli-
conta de seu e-mail e – além de bisbilhotar suas nhada nos seguintes trechos destacados do tex-
mensagens e ter acesso a seus dados bancários to, a única que NÃO está correta é:
– passou a escrever aos mais de 5 mil conta-
tos de Rowenna dizendo que ela teria sido as- a) “imobilizava-lhe o pescoço”: é um pronome
saltada em Madri e pedindo ajuda em dinheiro. pessoal com valor possessivo.
Quando ela escreveu para seu endereço de b) “Um dever amaríssimo!”: trata-se de um su-
e-mail pedindo ao hacker ao menos sua lista de perlativo que enfatiza qualificação de sentido
contatos profissionais de volta, Rowenna teve positivo.
como resposta a cobrança de R$ 1,4 mil. Ela se c) “era então moda”: assume valor temporal.
negou a pagar, a polícia não fez nada. A jornalista
só retomou o controle do e-mail porque um amigo d) “não as havendo”: pode ser substituída pela
conhecia um funcionário do provedor da conta, frase “quando não as havia”, sem prejuízo
que desativou o processo de verificação de se- para o sentido ou para a correção gramatical.
nha criado pelo invasor. e) “servia a prolongar as frases”: é uma preposi-
(Galileu, dezembro de 2011. Adaptado.) ção que estabelece uma relação de finalidade.
Caderno de Atividades 37
(ITA) As questões de 74 a 77 se referem ao Texto Aqui é que começa a genialidade de Chaplin.
1, de Manuel Bandeira, publicado em 1937. Descendo até o público, não só não se vulgarizou,
mas ao contrário ganhou maior força de emoção
TEXTO 1 e de poesia. A sua originalidade extremou-se. Ele
Não há hoje no mundo, em qualquer domínio de soube isolar em seus dados pessoais, em sua in-
atividade artística, um artista cuja arte contenha teligência e em sua sensibilidade de exceção, os
maior universalidade que a de Charles Chaplin. A elementos de irredutível humanidade. Como se
razão vem de que o tipo de Carlito é uma dessas diz em linguagem matemática, pôs em evidência
criações que, salvo idiossincrasias muito raras, o fator comum de todas as expressões humanas.
interessam e agradam a toda a gente. Como os O olhar de Carlito, no filme O Circo, para a brioche
heróis das lendas populares ou as personagens do menino faz rir a criançada como um gesto de
das velhas farsas de mamulengo. gulodice engraçada. Para um adulto pode sugerir
da maneira mais dramática todas as categorias
Carlito é popular no sentido mais alto da palavra. do desejo. A sua arte simplificou-se ao mesmo
Não saiu completo e definitivo da cabeça de Cha- tempo que se aprofundou e alargou. Cada espec-
plin: foi uma criação em que o artista procedeu tador pode encontrar nela o que procura: o riso, a
por uma sucessão de tentativas e erradas. crítica, o lirismo ou ainda o contrário de tudo isso.
Chaplin observava sobre o público o efeito de Essas reflexões me acudiram ao espírito ao ler
cada detalhe. umas linhas da entrevista fornecida a Florent Fels
pelo pintor Pascin, búlgaro naturalizado america-
Um dos traços mais característicos da pessoa
no. Pascin não gosta de Carlito e explicou que
física de Carlito foi achado casual. Chaplin cer-
uma fita de Carlito nos Estados Unidos tem uma
ta vez lembrou-se de arremedar a marcha des-
significação muito diversa da que lhe dão fora de
governada de um tabético. O público riu: estava
lá. Nos Estados Unidos Carlito é o sujeito que não
fixado o andar habitual de Carlito.
sabe fazer as coisas como todo mundo, que não
O vestuário da personagem – fraquezinho humo- sabe viver como os outros, não se acomoda em
rístico, calças lambazonas, botinas escarrapa- meio algum, – em suma um inadaptável. O es-
chadas, cartolinha – também se fixou pelo con- pectador americano ri satisfeito de se sentir tão
senso do público. diferente daquele sonhador ridículo. É isto que faz
o sucesso de Chaplin nos Estados Unidos. Carlito
Certa vez que Carlito trocou por outras as boti- com as suas lamentáveis aventuras constitui ali
nas escarrapachadas e a clássica cartolinha, o uma lição de moral para educação da mocidade
público não achou graça: estava desapontado. no sentido de preparar uma geração de homens
Chaplin eliminou imediatamente a variante. Sen- hábeis, práticos e bem quaisquer!
tiu com o público que ela destruía a unidade física
do tipo. Podia ser jocosa também, mas não era Por mais ao par que se esteja do caráter prático
mais Carlito. do americano, do seu critério de sucesso para
julgamento das ações humanas, do seu gosto
Note-se que essa indumentária, que vem dos pri- pela estandardização, não deixa de surpreen-
meiros filmes do artista, não contém nada de es- der aquela interpretação moralista dos filmes de
pecialmente extravagante. Agrada por não sei quê Chaplin. Bem examinadas as coisas, não havia
de elegante que há no seu ridículo de miséria. motivo para surpresa. A interpretação cabe per-
Pode-se dizer que Carlito possui o dandismo do feitamente dentro do tipo e mais: o americano
grotesco. bem verdadeiramente americano, o que veda a
entrada do seu território a doentes e estropiados,
Não será exagero afirmar que toda a humanidade o que propõe o pacto contra a guerra e ao mesmo
viva colaborou nas salas de cinema para a reali- tempo assalta a Nicarágua, não poderia sentir de
zação da personagem de Carlito, como ela apa- outro modo.
rece nessas estupendas obras-primas de humour
que são O Garoto, Ombro Arma, Em Busca do Não importa, não será menos legítima a concep-
Ouro e O Circo. ção contrária, tanto é verdade que tudo cabe na
humanidade vasta de Carlito. Em vez de um fra-
Isto por si só atestaria em Chaplin um extraor- co, de um pulha, de um inadaptável, posso eu
dinário dom de discernimento psicológico. Não interpretar Carlito como um herói. Carlito passa
obstante, se não houvesse nele profundidade de por todas as misérias sem lágrimas nem queixas.
pensamento, lirismo, ternura, seria levado por Não é força isto? Não perde a bondade apesar
esse processo de criação à vulgaridade dos ar- de todas as experiências, e no meio das maiores
tistas medíocres que condescendem com o fácil privações acha um jeito de amparar a outras cria-
gosto do público. turas em aperto. Isso é pulhice?
38 1ª. Série
Língua Portuguesa
Aceita com estoicismo as piores situações, dor- III. [...] uma fita de Carlito nos Estados Unidos tem
me onde é possível ou não dorme, come sola de uma significação muito diversa da que lhe dão
sapato cozida como se se tratasse de alguma lín- fora de lá.
gua do Rio Grande. É um inadaptável?
IV. A interpretação cabe perfeitamente dentro do
Sem dúvida não sabe se adaptar às condições de tipo e mais: o americano bem verdadeiramen-
sucesso na vida. Mas haverá sucesso que valha te americano, o que veda a entrada do seu
a força de ânimo do sujeito sem nada neste mun- território a doentes e estropiados, [...]
do, sem dinheiro, sem amores, sem teto, quando
ele pode agitar a bengalinha como Carlito com As palavras em negrito têm valor de adjetivo
um gesto de quem vai tirar a felicidade do nada? a) apenas em I, II e IV.
Quando um ajuntamento se forma nos filmes, os b) apenas em I, III e IV.
transeuntes vão parando e acercando-se do gru-
po com um ar de curiosidade interesseira. Todos
c) apenas em II e IV.
têm uma fisionomia preocupada. Carlito é o único d) apenas em III e IV.
que está certo do prazer ingênuo de olhar. e) em todas.
Neste sentido Carlito é um verdadeiro professor de
heroísmo. Quem vive na solidão das grandes cida- 75. Considerando que o título pode antecipar para o
des não pode deixar de sentir intensamente o influxo leitor o tema central do texto, assinale a opção
da sua lição, e uma simpatia enorme nos prende ao que apresenta o título mais adequado.
boêmio nos seus gestos de aceitação tão simples. a) A representatividade de Carlito em O Circo.
Nada mais heróico, mais comovente do que a sa- b) O heroísmo de Carlito.
ída de Carlito no fim de O Circo. Partida a com- c) As representações da vida real por Chaplin.
panhia, em cuja troupe seguia a menina que ele
d) A recepção dos filmes de Chaplin.
ajudara a casar com outro, Carlito por alguns mo-
mentos se senta no círculo que ficou como últi- e) A dualidade no personagem Carlito.
mo vestígio do picadeiro, refletindo sobre os dias
de barriga cheia e relativa felicidade sentimental 76. Segundo o texto, herói é aquele que
que acabava de desfrutar. Agora está de novo a) comove as pessoas que o rodeiam.
sem nada e inteiramente só. Mas os minutos de
b) faz as pessoas levarem a vida de maneira leve.
fraqueza duram pouco. Carlito levanta-se, dá um
puxão na casaquinha para recuperar a linha, faz c) age de maneira corajosa e previsível.
um molinete com a bengalinha e sai campo afora d) enfrenta as adversidades, ainda que tenha
sem olhar para trás. Não tem um vintém, não tem momentos de fraqueza.
uma afeição, não tem onde dormir nem o que co-
e) despreza o sucesso, embora o considere im-
mer. No entanto vai como um conquistador pisan-
do em terra nova. Parece que o Universo é dele. E
portante.
não tenham dúvida: o Universo é dele.
77. Considerando a estrutura do texto, pode-se dizer
Com efeito, Carlito é poeta. que Bandeira
(Em: Crônicas da Província do Brasil. 1937.)
I. vale-se de outro texto para refletir sobre a recep-
idiossincrasia: maneira de ser e de agir própria de cada pessoa. ção do público americano aos filmes de Chaplin.
mamulengo: fantoche, boneco usado à mão em peças de teatro popular ou in-
fantil.
II. considera fatos da época para refletir sobre o
tabético: que tem andar desgovernado, sem muita firmeza. comportamento dos americanos.
dandismo: relativo ao indivíduo que se veste e se comporta com elegância.
pulhice: safadeza, canalhice.
III. descreve cenas de filmes para enaltecer a cria-
estoicismo: resignação com dignidade diante do sofrimento, da adversidade, do ção de Chaplin.
infortúnio.
IV. usa recursos linguísticos, como perguntas retóri-
molinete: movimento giratório que se faz com a espada ou outro objeto semelhante.
cas e adjetivos, para reforçar seu ponto de vista.
74. Considere os enunciados abaixo, atentando para Está(ão) correta(s)
as palavras em negrito.
a) apenas I e II.
I. Não há hoje no mundo, em qualquer domínio de
b) apenas I, II e IV.
atividade artística, um artista cuja arte contenha
maior universalidade que a de Charles Chaplin. c) apenas II, III e IV.
II. Agrada por não sei quê de elegante que há no d) apenas III e IV.
seu ridículo de miséria. e) todas.
Caderno de Atividades 39
a beleza da cultura e a cultura da beleza
Texto de referência para as questões de 78 a 80.
78. A partir da lógica estabelecida pelo personagem, b) discorda do amigo, acha que ele é mais im-
para que duas pessoas se relacionem: portante do que imagina.
a) o grau de importância de cada uma delas deve c) equipara a própria imagem à imagem do ami-
ser equivalente. go, valorizando ambos.
b) o grau de importância do interessado deve ser d) relativiza a imagem descrita pelo amigo, sem,
sempre superior, ou equivalente ao de quem no entanto, conferir-lhe um sentido positivo.
desperta interesse.
c) nenhuma das duas partes deve ser desimpor- 81. (IFMG) Avalie o emprego dos pronomes relativos
tante. em destaque abaixo de acordo com a norma cul-
d) o grau de importância de quem desperta inte- ta e responda:
resse deve ser sempre superior. I. As editoras as quais o MEC pagou mais de
300 milhões de reais foram recentemente in-
79. Na fala do personagem, no último quadrinho, uma
vestigadas pelo Ministério Público Federal.
das palavras muda de classe gramatical.
II. Segundo o jornal inglês The Economist, o
a) Transcreva essa palavra e indique a classe
Brasil é um desses países medianos que pro-
gramatical da qual ela passou a fazer parte.
duzem políticas públicas anódinas às quais é
quase impossível simpatizar.
III. O Brasil precisa criar marcos regulatórios con-
sistentes pelos quais a iniciativa privada se
b) Explique o processo pelo qual ocorreu essa sinta juridicamente protegida.
transformação.
IV. A Amazon, uma das maiores editoras do mun-
do, chegou ao Brasil. Pretende investir por
aqui mais de 1 bilhão de dólares no mercado
de livros e e-books. Os lucros os quais ela visa,
no entanto, são, segundo o próprio mercado,
superestimados.
40 1ª. Série
Língua Portuguesa
82. Leia o texto a seguir. Acho que “idoso” é uma palavra “fotoshopa-
da” – ou talvez um lifting completo na palavra “ve-
De olho nas mãos lho”. E saio aqui em defesa do “velho” – a palavra
e o ser/estar de um tempo que, se tivermos sorte,
Mágicos são especialistas em ilusões ancora- chegará para todos.
das nos processos cerebrais de atenção. Afinal, Desde que a juventude virou não mais uma
muitos truques dependem da capacidade de fase da vida, mas uma vida inteira, temos con-
direcionar a concentração da plateia para um vivido com essas tentativas de tungar a velhice
foco específico, distraindo-a do truque. Mas o também no idioma. Vale tudo. Asilo virou casa
que tende a atrair mais o espectador: as mãos de repouso, como se isso mudasse o significado
ou os olhos do ilusionista? Para investigar a do que é estar apartado do mundo. Velhice virou
questão, decidimos mostrar a um grupo de vo- terceira idade e, a pior de todas, “melhor idade”.
luntários truques em vídeo do famoso mágico Tenho anunciado a amigos e familiares que, se
de Las Vegas, Mac King. Seu olhar não afetou alguém me disser, em um futuro não tão distan-
fortemente o comportamento dos observadores, te, que estou na “melhor idade”, vou romper meu
embora possa ter influenciado outras ações. Em pacto pessoal de não violência. O mesmo vale
vez disso, em geral, os espectadores dirigiam a para o primeiro que ousar falar comigo no dimi-
atenção para as mãos dele. O que não é muito nutivo, como se eu tivesse voltado a ser criança.
surpreendente do ponto de vista neurofisiológi- Insuportável.
co: o sistema visual contém alguns neurônios
que respondem preferencialmente a elas; seus A velhice é o que é. É o que é para cada um,
movimentos podem ser uma parte importante da mas é o que é para todos, também. Ser velho é
comunicação social. estar perto da morte. E essa é uma experiência
(Revista Mentecérebro, maio de 2015, p.21.) dura, duríssima até, mas também profunda. Ne-
gá-la é não só inútil como uma escolha que nos
Os pronomes, entre outras funções, servem tam- rouba alguma coisa de vital. Semanas atrás, em
bém como elementos coesivos, isto é, eles ligam um programa de TV, o entrevistador me pergun-
elementos de um texto para que a unidade seja tou sobre a morte. E eu disse que queria viver a
minha morte. Ele talvez não tenha entendido, por-
mantida. Marque a alternativa em que o segundo
que afirmou: “Você não quer morrer”. E eu insisti
termo ou expressão é retomada pelo pronome na resposta: “Eu quero viver a minha morte”.
destacado.
Há uma bela expressão que precisamos res-
a) distraindo-a: concentração; Seu olhar: um
gatar, cujo autor não consegui localizar: “A morte
grupo de voluntários não é o contrário da vida. A morte é o contrário
b) disso: dirigir a atenção para as mãos dele; do nascimento. A vida não tem contrários”. A vida,
elas: outras ações portanto, inclui a morte. Por que falo da morte aqui
c) seu olhar: Mac King; seus movimentos: Mac nesse texto? Porque a mesma lógica que nos rou-
bou a morte sequestrou a velhice. A velhice nos
King
lembra da proximidade do fim, portanto acharam
d) seus movimentos: os espectadores; que res- por bem eliminá-la. Numa sociedade em que a ju-
pondem: sistema visual ventude é, não uma fase da vida, mas um valor,
envelhecer é perder valor. Os eufemismos são a
(CEFET) Texto para as questões de 83 a 88. expressão dessa desvalorização na linguagem.
Chamar de idoso aquele que viveu mais é ar-
Me chamem de velha rancar seus dentes na linguagem. Velho é uma
A velhice sofreu uma cirurgia plástica na linguagem palavra com caninos afiados – idoso é uma pa-
lavra banguela. Velho é letra forte. Idoso é fisica-
Na semana passada, sugeri a uma pessoa
mente débil, palavra que diz de um corpo, não
próxima que trocasse a palavra “idosas” por “ve-
de um espírito. Idoso fala de uma condição efê-
lhas” em um texto. E fui informada de que era
mera, velho reivindica memória acumulada. Idoso
impossível, porque as pessoas sobre as quais
pode ser apenas “ido”, aquele que já foi. Velho
ela escrevia se recusavam a ser chamadas de
é – e está. Alguém vê um Boris Schnaiderman,
“velhas”: só aceitavam ser “idosas”. Pensei:
uma Fernanda Montenegro e até um Fernando
“roubaram a velhice”. As palavras escolhidas – e
Henrique Cardoso como idosos? Ou um Clint
mais ainda as que escapam – dizem muito, como
Eastwood?
Freud já nos alertou há mais de um século. Se
testemunhamos uma epidemia de cirurgias plás- Não. Eles são velhos. Idoso e palavras afins
ticas na tentativa da juventude para sempre (até a representam a domesticação da velhice pela lín-
morte), é óbvio esperar que a língua seja atingida gua, a domesticação que já se dá no lugar desti-
pela mesma ânsia. nado a eles numa sociedade em que, como disse
Caderno de Atividades 41
alguém, “nasce-se adolescente e morre-se ado- 84. A autora defende que a velhice é símbolo de
lescente”, mesmo que com 90 anos. Idosos são
a) luta.
incômodos porque usam fraldas ou precisam de
ajuda para andar. Velhos incomodam com suas b) êxito.
ideias, mesmo que usem fraldas e precisem de c) finitude.
ajuda para andar. Acredita-se que idosos neces-
d) trabalho.
sitam de recreacionistas. Acredito que velhos de-
sejam as recreacionistas. Idosos morrem de de- e) sabedoria.
sistência, velhos morrem porque não desistiram
de viver. 85. O emprego do eufemismo, assunto debatido pela
autora no texto, não se faz presente na passagem
Basta evocar a literatura para perceber a dife-
transcrita em:
rença. Alguém leria um livro chamado “O idoso e
o mar”? Não. Como idoso o pescador não lutaria a) “Acredita-se que idosos necessitam de recre-
com aquele peixe. Imagine então essa obra-prima acionistas.”
de Guimarães Rosa, do conto “Fita Verde no Ca- b) “Quando chegar a minha hora, por favor, me
belo”, submetida ao termo “idoso”: “Havia uma
chamem de velha.”
aldeia em algum lugar, nem maior nem menor,
com velhos e velhas que velhavam...”. c) “Asilo virou casa de repouso, como se isso
mudasse o significado do que é estar aparta-
Envelhecer o espírito é engrandecê-lo. Alar-
do do mundo.”
gá-lo com experiências. Apalpar o tamanho cada
vez maior do que não sabemos. Só somos sábios d) “Tenho anunciado a amigos e familiares que,
na juventude. Como disse Oscar Wilde, “não sou se alguém me disser, em um futuro não tão
jovem o suficiente para saber tudo”. Na velhice distante, que estou na “melhor idade”, vou
havemos de ser ignorantes, fascinados pelas di- romper meu pacto pessoal de não violência.”
mensões cada vez mais superlativas do que des-
e) “Pode parecer uma besteira, mas eu cometo
conhecemos e queremos buscar. É essa a con-
minha pequena subversão jamais escrevendo
quista. Espírito jovem? Nem tentem.
a palavra “idoso”, “terceira idade” e afins. Ex-
Acho que devíamos nos rebelar. E não permitir ceto, claro, se for para arrancar seus laços de
que nos roubem nem a velhice nem a morte, não fita e revelar sua indigência.”
deixar que nos reduzam a palavras bobas, à cos-
mética da linguagem. Nem consentir que calem 86. A forma de emprego do recurso intertextual está
o que temos a dizer e a viver nessa fase da vida
identificada corretamente em
que, se não chegou, ainda chegará. Pode pare-
cer uma besteira, mas eu cometo minha pequena a) “Alguém leria um livro chamado ‘O idoso e o
subversão jamais escrevendo a palavra “idoso”, mar’?” → PARÓDIA .
“terceira idade” e afins. Exceto, claro, se for para b) “Como disse Oscar Wilde, ‘não sou jovem o
arrancar seus laços de fita e revelar sua indigên- suficiente para saber tudo’.” → PARÁFRASE .
cia. Quando chegar a minha hora, por favor, me
chamem de velha. Me sentirei honrada com o c) “As palavras escolhidas – e mais ainda as que
reconhecimento da minha força. Sei que estou escapam – dizem muito, como Freud já nos
envelhecendo, testemunho essa passagem no alertou há mais de um século.” → CITAÇÃO
meu corpo e, para o futuro, espero contar com DIRETA .
um espírito cada vez mais velho para ter a cora- d) “Alguém vê um Boris Schnaiderman, uma
gem de encerrar minha travessia com a graça de
Fernanda Montenegro e até um Fernando
um espanto.
Henrique Cardoso como idosos? Ou um Clint
BRUM, Eliane. Disponível em: <http://revistaepoca.globo.com/>.
Acesso em: 5 mar. 2014. (Adaptado). Eastwood?” → REFERÊNCIA .
e) “Há uma bela expressão que precisamos res-
83. O texto tem como característica marcante do gê- gatar, cujo autor não consegui localizar: ‘A
nero crônica a(o) morte não é o contrário da vida. A morte é o
a) visão poética do cotidiano. contrário do nascimento. A vida não tem con-
trários’.” → EPÍGRAFE
b) uso de linguagem figurada.
c) enunciação em tom coloquial. 87. Considerando-se o percurso argumentativo do
d) interlocução direta com o leitor. texto, na passagem “Desde que a juventude virou
e) predominância da tipologia narrativa. não mais uma fase da vida, mas uma vida inteira,
42 1ª. Série
Língua Portuguesa
temos convivido com essas tentativas de tungar a Esses bens são: o Sol, para começar do alto
velhice também no idioma.”, o verbo tungar pode (só a temporada de praia, neste verão que aca-
ser substituído por bou, foi uma renda fabulosa); a Lua, que, vista
do terraço ou da calçada da Avenida Atlântica,
a) lesar. diante do mar, me rendeu milhões de cruzeiros-
b) agredir. sonho; (...) as crianças brincando no play-ground
c) subtrair. ou a caminho da escola; em particular, três me-
ninos que vêm e vão pelo ar, tão moleques e tão
d) fustigar.
rendosos para este coração; (...) certos prazeres
e) diminuir. como andar por andar, ver figura em edições de
arte, conversar sem sentido e sem cálculo, um fil-
88. A posição do pronome oblíquo destacado na fra- mezinho como Le petit poisson rouge, em que o
se está de acordo com o que preconiza a norma gato salva o peixe para ser gentil com o canário,
padrão em: indicando um caminho aos senhores da guerra
fria; e isso e aquilo e tudo mais de alta rentabili-
a) “A velhice nos lembra da proximidade do fim
dade... não em espécie.
(...)”
b) “Me sentirei honrada com o reconhecimento Estes os meus verdadeiros rendimentos, se-
nhor; salários e dividendos não computados na
da minha força.”
declaração. Agora estou confortado porque con-
c) “Quando chegar a minha hora, por favor, me fessei; invente depressa uma rubrica para incluir
chamem de velha.” esses lucros e taxe-me sem piedade. Multe, se
d) “(...) em um programa de TV, o entrevistador for o caso; pagarei feliz.
me perguntou sobre a morte.” Atenciosas saudações.
e) “(...) se alguém me disser (...) que estou na Carlos Drummond de Andrade, Cadeira de balanço.
‘melhor idade’, vou romper meu pacto pesso-
al de não violência.” 89. Responda ao que se pede.
a) Há alguma expressão no texto, além da pala-
(FGV) Texto para as questões 89 e 90. vra cruzeiros, que permite identificar o con-
texto histórico em que ele foi escrito? Justifi-
Sr. Diretor do Imposto de Renda:
que e explique.
(…)
Minha dúvida, meu problema, Sr. Diretor, con-
siste na desconfiança de que sou, tenho sido a
vida inteira um sonegador do Imposto de Renda.
Involuntário, inconsciente, mas de qualquer for-
ma sonegador. Posso alegar em minha defesa
muita coisa: a legislação, embora profusa e até
florestal, é omissa ou não explícita; os itens das
diferentes cédulas não preveem o caso; o órgão
fiscalizador jamais cogitou disso; todo mundo
está nas mesmas condições que eu, e ninguém
se acusa ou reclama contra si mesmo. Contudo,
não me conformo, e venho expor-lhe lealmente as
minhas rendas ocultas.
A lei manda cobrar imposto a quem tenha b) Explique o que o cronista pretendeu dizer
renda líquida superior a determinada importância; com a expressão não em espécie.
parece claro que só tributam rendimentos em di-
nheiro. A seguir, entretanto, a mesma lei declara:
“São também contribuintes as pessoas físicas
que perceberem rendimentos de bens de que te-
nham a posse, como se lhes pertencessem.” E
aqui me vejo enquadrado e faltoso. Tenho a pos-
se de inúmeros bens que não me pertencem e
que desfruto copiosamente. Eles me rendem o
máximo, e nunca fiz constar de minha declaração
tais rendimentos.
Caderno de Atividades 43
90. Atenda ao que se pede. 91. Sobre o fragmento de Fernando Sabino, todas as
a) Reescreva o trecho “embora profusa e até alternativas estão corretas, EXCETO em
florestal”, substituindo a conjunção e os a) As câmeras fotográficas eram verdadeira
adjetivos por expressões equivalentes e preciosidade, e quem tinha uma, como o
introduzindo um verbo, sem alterar o sentido Gerson, despertava inveja em todo mundo
do texto. (linhas 6 e 7) pode-se inferir que a família
descrita possui uma condição social da média
para superior.
b) ficava a contemplá-la, fascinado, pensando
como seria bom se realmente existisse uma
pessoa igual a mim (linhas 12 e 13) percebe-
se a tristeza emocional e a ausência de rela-
b) As palavras renda(s) e rendimentos, usadas cionamentos pessoais do narrador.
várias vezes no texto, apenas no final foram c) Tenho até hoje essa foto, que deu margem a
substituídas por lucros. Que palavras poderiam tantas fantasias, quando eu era menino (linha
substituir rendosos e rentabilidade, tendo em 12) constata-se a importância dessa experiên-
vista o contexto? cia vivenciada pelo narrador personagem.
d) Gerson não deixava que ninguém pusesse a
mão nela, a não ser quando ele próprio queria
ser fotografado (linhas 2 e 3) compreende-se
a importância que a personagem Gerson dá à
sua máquina da marca Agfa.
e) POUCO tempo depois eu iria viver uma das
(MACKENZIE) experiências mais fantásticas da minha vida
O menino no espelho (linha 1) entende-se que o narrador-persona-
gem rememora uma das várias aventuras de
POUCO tempo depois eu iria viver uma das ex-
sua vida.
periências mais fantásticas da minha vida. Tudo
começou com aquela máquina fotográfica, marca
Agfa, em forma de caixotinho. Gerson não deixa- (ITA) As questões de 92 a 95 referem-se ao Texto
va que ninguém pusesse a mão nela, a não ser 1, de Rubem Braga, publicado pela primeira vez
quando ele próprio queria ser fotografado. Então em 1952, no jornal Correio da Manhã, do Rio.
contava seis passos e ia postar-se diante da má-
quina, enquanto alguém, a seu pedido, de costas TEXTO 1
para o sol, com o cuidado de quem segura um José Leal fez uma reportagem na Ilha das Flores,
alçapão com passarinho dentro, apenas apertava onde ficam os imigrantes logo que chegam. E fa-
o botão. Quase sempre aparecia na foto, além do lou dos equívocos de nossa política imigratória.
fotografado, a sombra comprida de quem batia a As pessoas que ele encontrou não eram agricul-
chapa. As câmeras fotográficas eram verdadeira tores e técnicos, gente capaz de ser útil. Viu mú-
preciosidade, e quem tinha uma, como o Gerson, sicos profissionais, bailarinas austríacas, cabelei-
despertava inveja em todo mundo. reiras lituanas.
Um dia ele me disse que ia fazer uma experiên- Paul Balt toca acordeão, Ivan Donef faz coquetéis,
cia. Mandou que eu ficasse junto ao muro branco Galar Bedrich é vendedor, Serof Nedko é ex-ofi-
do quintal, como se estivesse conversando com cial, Luigi Tonizo é jogador de futebol, Ibolya Pohl
alguém. Depois de bater a foto, fez com que eu é costureira. Tudo gente para o asfalto, “para en-
passasse para o lugar desse alguém, e sem rodar tulhar as grandes cidades”, como diz o repórter.
o filme tornou a fotografar. Revelada a foto, veio O repórter tem razão. Mas eu peço licença para
me mostrar o resultado, me enchendo de assom- ficar imaginando uma porção de coisas vagas,
bro: um retrato em que eu aparecia duas vezes, ao olhar essas belas fotografias que ilustram a
como se fosse outra pessoa, conversando co- reportagem. Essa linda costureirinha morena de
migo mesmo! Tenho até hoje essa foto, que deu Badajoz, essa Ingeborg que faz fotografias e essa
margem a tantas fantasias, quando eu era meni- Irgard que não faz coisa alguma, esse Stefan
no: ficava a contemplá-la, fascinado, pensando Cromick cuja única experiência na vida parece
como seria bom se realmente existisse uma pes- ter sido vender bombons – não, essa gente não
soa igual a mim. vai aumentar a produção de batatinhas e quiabos
Fernando Sabino, O menino no espelho, 1982 nem plantar cidades no Brasil Central.
44 1ª. Série
Língua Portuguesa
Caderno de Atividades 45
96. (UNICAMP) b) Explique o funcionamento da palavra então
NOITE DE AUTÓGRAFOS na pergunta em questão, considerando o sen-
tido que esta pergunta expressa.
Ivan Ângelo
“— E o livro de crônicas, então?” (E até do futuro namorado, aos quinze anos, es-
conderia isso.)
a) A pergunta da leitora incide sobre uma das O meu aniversário: primeiro pensei numa gran-
características do gênero crônica menciona- de celebração, eu que sou avessa a badalações
das pelo escritor. Explique que característica e gosto de grupos bem pequenos. Mas pensei,
é esta. setenta vale a pena! Afinal já é bastante tempo!
Logo me dei conta de que hoje setenta é quase
banal, muita gente com oitenta ainda está ativo e
presente.
Decidi apenas reunir filhos e amigos mais chega-
dos (tarefa difícil, escolher), e deixar aquela festo-
na para outra década.
LUFT, 2014, p.104-105
46 1ª. Série
Língua Portuguesa
97. Sobre o texto citado, é CORRETO afirmar que a) Reescreva o seguinte trecho, dando-lhe ca-
a) a chegada dos setenta anos tomou a locutora racterísticas narrativas e empregando a ter-
de surpresa, pois ela não esperava chegar a ceira pessoa do plural, em lugar da segunda:
essa idade, ficando, assim, bastante confusa “Tenho no bolso um caderno de notas. Quereis
e incomodada. que vos descreva essas montanhas e vales, e
b) quanto maior a idade, mais necessidade se o que fazem os seres humanos neste tempo
tem de comemorar o evento, e as grandes de primavera?”
festas são próprias para tal; por isso, a locu-
tora deixou para comemorar os oitenta anos e
não os setenta.
c) fazer setenta anos atualmente é tão comum
que a locutora não acha necessário grandes
comemorações, até porque fica também mui-
to difícil selecionar os convidados.
d) a idade não está na contagem dos anos; po-
de-se chegar aos setenta ainda com lembran-
ças dos quinze, como se essa idade tivesse
acontecido há pouco tempo.
b) Tendo em vista as informações contidas no
excerto, o início do texto – “É abril” – é coe-
98. Assinale a alternativa que contém uma afirmação
rente com o emprego do pronome este, em
adequada em relação ao texto.
“neste tempo de primavera”? Explique.
a) Os parênteses foram empregados toda vez
que a locutora queria se dirigir diretamente ao
seu interlocutor, ou seja, o leitor do texto.
b) Em todas as ocorrências, as palavras no dimi-
nutivo apresentam o mesmo valor semântico:
demonstrar depreciação em relação ao que
se diz.
c) Em “O meu aniversário: primeiro pensei numa
celebração...” os dois pontos podem ser
substituídos por uma vírgula sem que haja al-
teração sintática e/ou semântica. (PUCSP) Texto de referência para as questões 100
d) A linguagem empregada se aproxima do re- e 101.
gistro coloquial, o que se comprova pelo em-
[...] Por duas ou três vezes fingira falhar, isso fa-
prego das palavras botariam, badalações, zia parte de seu número; e seria, talvez, o que o
mais chegados e festonas. aniquilara; falseara um movimento qualquer e, ao
procurar retificá-lo, era tarde demais [...]
99. (FUVEST) Leia o seguinte texto, para atender ao
que se pede: No entanto, como prosseguir, se tivesse de narrar
sua história? Como falar, sem parecer covarde, na
Conversa de abril incomum excitação que se apoderara dele, nas
entranhas amarras que o haviam tolhido quando
É abril, me perdoareis. Estou completamente can-
iniciara os exercícios na manhã seguinte? Como
sado. Retorno à aldeia depois de três dias de galo-
determinar a natureza daquela ameaça invisível,
pe de jipe pelas estradas confusas de caminhões e
que parecia envolvê-lo?
poeira e explosões. Tenho no bolso um caderno de
notas. Quereis que vos descreva essas montanhas Seria igualmente difícil relatar o que lhe sucedera,
e vales, e o que fazem os seres humanos neste quando confessara a Aline a impossibilidade de
tempo de primavera? Deixai-me estirar o corpo na participar naquela manhã e ela o indagara, quase
cama; depois tiro as botas. Ouvi-me. As monta- com alegria:
nhas, já vos descreverei as montanhas.
— Você também está com medo?
Rubem Braga*
Sem dar resposta, voltara colérico ao circo, fizera
*Rubem Braga foi correspondente de guerra junto à FEB, Força Expedicionária Bra-
sileira, durante a Segunda Guerra Mundial. O fragmento acima pertence a uma de as acrobacias de costume [...]
suas crônicas desse período. (Osman Lins, Os gestos, 1994, p.65)
Caderno de Atividades 47
100. As considerações sobre o trecho acima estão 101. Assinale a alternativa que apresenta CORRETA-
corretas, EXCETO: MENTE os verbos que, no trecho em exame, fa-
zem referência à ação da fala.
a) Reproduz-se um diálogo entre duas pessoas.
b) Identifica-se nesse trecho apenas um exem- a) Narrar, confessar, prosseguir, indagar
plo de discurso direto. b) Relatar, indagar, suceder, falar
c) Um dos traços característicos dessa narrativa c) Narrar, confessar, retificar, relatar
é predominância do discurso indireto. d) Relatar, confessar, indagar, narrar
d) O uso de perguntas, no curso da narrativa, re-
flete um diálogo interno do narrador-persona-
gem consigo mesmo.
48 1ª. Série
Língua Portuguesa
106. No contexto do poema, a forma verbal dura (pe- São verdadeiras as afirmações:
núltimo verso) expressa:
a) I e II.
a) um fato rotineiro, frequente.
b) II e IV.
b) um fato concomitante ao momento da fala.
c) I e IV.
c) um fato passado, mas expresso no presente
d) III e IV.
para aproximar texto e leitor.
e) II e III.
d) um fato futuro, que marca a coloquialidade da
situação.
109. Leia o poema a seguir, de Carlos Drummond de
e) um fato universal, uma verdade absoluta. Andrade.
Caderno de Atividades 49
110. Do ponto de vista semântico, os tempos verbais 113. Se a forma de tratamento mudasse para a 2.ª pes-
expressam ideias que vão além das definições soa do singular – você –, que modificações deve-
tradicionais. Qual a ideia expressa pela forma ver- riam ocorrer no poema?
bal será no poema a seguir?
A lua
Roseana Murray
A lua pinta a rua de prata
E na mata a lua parece
Biscoito de nata.
Quem será que esqueceu
A lua acesa no céu?
AGUIAR, Vera (Coord.). Poesia fora da estante. Ilustrações de 114. Leia as frases a seguir e observe o uso do parti-
Laura Castilhos. 13. ed. Porto Alegre: Editora Projeto. 78 p. cípio.
I. As relações entre os dois países foram rompi-
das por questões políticas.
II. Os policiais ainda não haviam chego quando o
ladrão disparou a arma.
III. O advogado ainda não havia pegado o caso
quando o cliente optou pela delação premiada.
IV. A mulher achou que havia matado o marido,
mas ele foi morto pela própria arma.
Leia o poema a seguir referente às questões 111
a 113. O emprego do particípio está correto em:
Homens e livros a) I, II e III
b) II e IV
Meu amor, fica sabendo,
Matei muita aula na escola c) I e II
E fui ao cinema àquelas horas d) I, III e IV
Ver filme italiano e chinês.
E aquilo que sou hoje devo
e) II e III
Ao cowboy peninsular do Cine Lido
E à sabedoria lunar de Bruce Lee. 115. Leia o poema a seguir.
AGUIAR, Vera (Coord.). Poesia fora da estante. Ilustrações de Não fosse isso
Laura Castilhos. 13. ed. Porto Alegre: Editora Projeto. 78 p. e era menos
Não fosse tanto
111. Que expressão empregada no poema representa e era quase
uma marca direta de interação do eu lírico com Paulo Leminski
outro interlocutor? Disponível em: <http://pensador.uol.com.br/autor/paulo_leminski/3/>.
Acesso em: 25 jun. 2015.
50 1ª. Série
Língua Portuguesa
116. A personagem Lucy faz várias projeções para sua 118. (IFMG) Considere o trecho abaixo:
vida.
Do que ficou dito até aqui, sabe-se que a fina-
a) Que tempo e modo verbal predominam nas lidade do advérbio é servir ao verbo, acrescen-
falas dela? tando a ele uma circunstância qualquer. Sabe-se,
no entanto, que o advérbio é cedido do mundo
dos acontecimentos ao mundo dos nomes, para
auxiliar o adjetivo – no grau superlativo absoluto
analítico – a intensificar ao máximo a qualidade
atribuída a um substantivo.
Disponível em: <http://linguaportuguesa.uol.com.br/linguaportuguesa/
b) Qual o efeito da escolha desse modo verbal?
gramatica-ortografia/49/classes-de-palavras-velha s-formas-novas-
funcoes-327748-1.asp>. Acesso em: 22 nov. 2014.
Caderno de Atividades 51
c) “– Prepara a conta que o índio velho aqui vai 121. (FGV)
pagar adiantado.” CAPÍTULO XXI
d) “– Respira fundo, tchê. Enche o bucho que
passa.” Na estação de Vassouras, entraram no trem Sofia
e o marido, Cristiano de Almeida e Palha. Este era
120. (UNESP) um rapagão de trinta e dois anos; ela ia entre vinte
e sete e vinte e oito.
Água-Mãe Vieram sentar-se nos dois bancos fronteiros ao
do Rubião [...].
Jogava com toda a alma, não podia compreender
como um jogador se encostava, não se entusias- [Rubião] — O senhor é lavrador?
mava com a bola nos pés. Atirava-se, não temia
a violência e com a sua agilidade espantosa, fu- [Palha] — Não, senhor.
gia das entradas, dos pontapés. Quando aquele [Rubião] — Mora na cidade?
back¹, num jogo de subúrbio, atirou-se contra ele,
recuou para derrubá-lo, e com tamanha sorte que [Palha] — De Vassouras? Não; viemos aqui pas-
o bruto se estendeu no chão, como um fardo. E sar uma semana. Moro mesmo na Corte. Não te-
foi assim crescendo a sua fama. Aos poucos se ria jeito para lavrador, conquanto ache que é uma
foi adaptando ao novo Joca que se formara nos posição boa e honrada.
campos do Rio. Dormia no clube, mas a sua vida Da lavoura passaram ao gado, à escravatura e à
era cada vez mais agitada. Onde quer que esti- política. Cristiano Palha maldisse o governo, que
vesse, era reconhecido e aplaudido. Os garçons introduzira na fala do trono uma palavra relativa à
não queriam cobrar as despesas que ele fazia e propriedade servil; mas, com grande espanto seu,
até mesmo nos ônibus, quando ia descer, o mo-
Rubião não acudiu à indignação. Era plano deste
torista lhe dizia sempre:
vender os escravos que o testador lhe deixara,
– Joca, você aqui não paga. exceto um pajem; se alguma coisa perdesse, o
resto da herança cobriria o desfalque. Demais, a
Quando entrava no cinema era reconhecido. Vi-
fala do trono, que ele também lera, mandava res-
nham logo meninos para perto dele. Sabia que
peitar a propriedade atual. Que lhe importavam
agradava muito.
escravos futuros, se os não compraria? O pajem
No clube tinha amigos. Havia porém o antigo ia ser forro, logo que ele entrasse na posse dos
center-forward² que se sentiu roubado com a sua bens. Palha desconversou, e passou à política, às
chegada. Não tinha razão. Ele fora chamado. Não câmaras, à guerra do Paraguai, tudo assuntos ge-
se oferecera. E o homem se enfureceu com Joca. rais, ao que Rubião atendia, mais ou menos. So-
Era um jogador de fama, que fora grande nos fia escutava apenas; movia tão somente os olhos,
campos da Europa e por isso pouco ligava aos que sabia bonitos, fitando-os ora no marido, ora
que não tinham o seu cartaz. A entrada de Joca, no interlocutor.
o sucesso rápido, a maravilha de agilidade e de
oportunismo, que caracterizava o jogo do nova — Vai ficar na Corte ou volta para Barbacena?
to, irritava-o até ao ódio. No dia em que tivera que perguntou o Palha no fim de vinte minutos de
ceder a posição, a um menino do Cabo Frio, fora conversação.
para ele como se tivesse perdido as duas pernas. — Meu desejo é ficar, e fico mesmo, acudiu Ru-
Viram-no chorando, e por isso concentrou em bião; estou cansado da província; quero gozar a
Joca toda a sua raiva. No entanto, Joca sempre
vida. Pode ser até que vá à Europa, mas não sei
o procurava. Tinha sido a sua admiração, o seu
ainda.
herói.
(Água-Mãe, 1974) Os olhos do Palha brilharam instantaneamente.
1 Beque, ou seja, o zagueiro de hoje. Machado de Assis, Quincas Borba.
2 Centroavante.
Empregou-se o presente com ideia de futuro no
No primeiro parágrafo, predominam verbos em-
seguinte excerto do texto:
pregados no
a) pretérito perfeito do modo indicativo. a) “ela ia entre vinte e sete e vinte e oito”.
b) pretérito imperfeito do modo indicativo. b) “conquanto ache”.
c) presente do modo indicativo. c) “ou volta para Barbacena”.
d) presente do modo subjuntivo. d) “Meu desejo é ficar”.
e) pretérito mais-que-perfeito do modo indicativo. e) “quero gozar a vida”.
52 1ª. Série
Língua Portuguesa
Caderno de Atividades 53
dispõem de uma milícia de vigilantes cinco vezes 126. Sobre o emprego das formas verbais em negri-
maior e mais bem armada, com metralhadoras, es- to insistem em negar, ameniza e desconversa,
copetas e pistolas automáticas. considere as seguintes observações:
FRONTEIRA SEM LEI
A divisa com o Paraguai é a dor de cabeça do Mercosul <http://veja. I. As formas verbais insistem, ameniza e des-
abril.com.br/080498/p_044.html> conversa estão no presente do indicativo,
mas reportam a um tempo anterior ao tempo
125. Todas as considerações sobre o trecho estão cor- do fato narrado.
retas, EXCETO: II. São formas verbais que expressam, da parte
a) O uso das aspas enfatiza a reprodução literal do jornalista, uma avaliação da fala das autori-
da fala de outrem. dades paraguaias.
b) O uso das aspas expressa um distanciamento III. As formais verbais refletem uma ausência de
de quem traz o discurso de outrem para o in- avaliação das autoridades paraguaias em rela-
terior de seu texto. ção ao fato narrado.
c) A construção insistem em negar poderia A alternativa está CORRETA em:
ser substituída por insistem em não aceitar,
a) I, apenas.
sem comprometer o efeito de sentido preten-
dido pelo jornalista. b) I e II.
d) Ameniza e desconversa são verbos que fa- c) II e III.
zem referência à fala. d) I e III.
Leia o poema a seguir, de Paulo Leminski, para responder às questões 128 e 129.
relógio parado
o ouvido ouve
o tic-tac passado
LEMINSKI, Paulo. In: AGUIAR, Vera (Coord.). Poesia fora da estante. Ilustrações de Laura Castilhos. 13. ed. Porto Alegre: Editora Projeto. 78 p.
54 1ª. Série
Língua Portuguesa
b) Como elas são classificadas no contexto em IV. Nos dois casos, o verbo destacado atua como
que aparecem? Justifique sua resposta. “modal” e indica apenas uma possibilidade em
relação à ação denotada pelo verbo principal.
É correto o que se afirma:
a) em e III.
b) em II e III.
c) em II e IV.
d) apenas em IV.
e) apenas em I.
129. À palavra ouvido, que aparece no segundo verso,
também pode ser atribuído duplo papel gramati- Texto para as questões 131 e 132.
cal, dependendo do contexto em que ela estiver
inserida. Bar do Araújo resiste e vira ponto
turístico
a) Que papel gramatical o termo ouvido exerce
nesse contexto? O dono de um bar, suposta vítima da intolerância
religiosa, lucra com a fama repentina
“Foi tanta oração, foi tanto clamor, mas o Araújo
fechou.” Chega assim ao ápice uma canção ser-
taneja de Maurício William em homenagem a um
bar que supostamente funcionava entre dois tem-
plos neopentecostais em Palmas, no Tocantins.
b) Que papel esse termo poderia exercer em
A notícia do fechamento do boteco, tudo indica-
outro contexto? Escreva uma frase exempli- va pela pressão de pastores e fiéis, espalhou-se
ficando. como rastilho de pólvora pelas redes sociais e
estimulou debates fervorosos entre evangélicos e
laicos. Para muitos, mais uma prova do avanço
do obscurantismo religioso. Uma foto do estabe-
lecimento espremido entre as duas igrejas virali-
zou na internet, quase sempre seguida por frases
de apoio: “Resiste, Araújo”.
Disponível em: <http://www.cartacapital.com.br/revista/855/
bar-do-araujo-resiste-e-vira-ponto-turistico-9627.html>.
Acesso em: 10 out. 2015.
Caderno de Atividades 55
c) Qual a forma de tratamento usada pelos apoia- Sobre os tempos verbais empregados, pode-se
dores de Araújo para se dirigir a ele? Justifique afirmar que:
sua resposta.
I. A forma tinha saído corresponde à forma
composta de sair em “Meu filho saiu”.
II. O particípio passado do verbo matar, em "po-
deria tê-lo matado", não poderia ser substituí-
do pela forma morto.
III. No trecho “até a chegada da guarnição”, a pala-
vra destacada foi empregada como substantivo.
IV. Em “Ele parecia calmo”, o verbo parecer po-
deria ser substituído por estaria sem que o
132. Releia o título da reportagem: "Bar do Araújo re-
tempo verbal fosse alterado.
siste e vira ponto turístico".
Embora a forma do verbo resistir seja idêntica Estão corretas as afirmativas:
nos dois contextos, na frase de apoio ao dono do a) I e II.
bar e no título da reportagem, o modo verbal não b) II e III.
é o mesmo para os dois casos.
c) I e IV.
a) Em que modo verbal resistir aparece no título
d) II IV.
da reportagem?
(PUC Minas-MG) Texto para as questões 134 e 135.
“Trem fantasma”
Afinal se confirmou: era leucemia mesmo a do-
ença de Matias, e a mãe dele mandou me cha-
b) Explique essa coicidência de formas. mar. Chorando, disse-me que o maior desejo de
Matias sempre fora passear de trem fantasma;
ela queria satisfazê-lo agora, e contava comigo.
Matias tinha nove anos. Eu, dez. Cocei a cabeça.
Não se poderia levá-lo ao parque onde funciona-
va o trem fantasma. Teríamos de fazer uma impro-
visação na própria casa, um antigo palacete nos
Moinhos de Vento, de móveis escuros e cortinas
133. Leia a notícia a seguir. de veludo cor de vinho. A mãe de Matias deu-me
dinheiro; fui ao parque e andei de trem fantasma.
Tamanduá aproveita portão aberto e Várias vezes. E escrevi tudo num papel, tal como
‘invade’ casa de bombeiro em MS escrevo agora. Fiz também um esquema. De pos-
Animal entrou em casa de militar no bairro Nova se destes dados, organizamos o trem fantasma.
Campo Grande. Calmo, ficou em um canto próxi-
A sessão teve lugar a 3 de julho de 1956, às 21 ho-
mo a churrasqueira da casa. (...)
ras. O minuano assobiava entre as árvores, mas
“Meu filho saiu e deixou o portão aberto, já que o a casa estava silenciosa. Acordamos o Matias.
cachorro estava preso. O tamanduá aproveitou e Tremia de frio. A mãe o envolveu em cobertores.
entrou. Somente descobri que ele estava lá quan- Com todo o cuidado colocamo-lo num carrinho
do minha filha, que tinha saído também, mandou de bebê. Cabia bem, tão mirrado estava. Levei-o
uma mensagem dizendo que tinha um bicho na até o vestíbulo da entrada e ali ficamos, sobre o
varanda. Era umas 7 horas e eu me preparava piso de mármore, à espera.
para ir para o quartel. Quando olhei vi o tamanduá
As luzes se apagaram. Era o sinal. Empurrando
de frente para o meu cachorro. A sorte é que o
o carrinho, precipitei-me a toda velocidade pelo
cachorro não o atacou, se não o tamanduá pode-
ria tê-lo matado. Ele parecia calmo. Arrumou um longo corredor. A porta do salão se abriu; entrei
cantinho próximo à churrasqueira e lá ficou até a por ela. Ali estava a mãe de Matias, disfarçada
chegada da guarnição”, comentou Mendes. de bruxa (grossa maquilagem vermelha. Olhos
Disponível em: <http://g1.globo.com/mato-grosso-do-sul/noti-
pintados, arregalados. Vestes negras. Sobre o
cia/2014/12/tamandua-aproveita-portao-aberto-e-invade-casa-de ombro, uma coruja empalhada. Invocava deuses
-bombeiro-em-ms.html>. Acesso em: 28 jun. 2015. malignos).
56 1ª. Série
Língua Portuguesa
Dei duas voltas pelo salão, perseguido pela mu- 134. Considere a seguinte passagem: “Não se po-
lher. Matias gritava de susto e de prazer. Voltei ao deria levá-lo ao parque onde funcionava o trem
corredor. fantasma. Teríamos de fazer uma improvisação
Outra porta se abriu – a do banheiro, um velho na própria casa, um antigo palacete nos Moinhos
banheiro com vasos de samambaia e torneiras de de Vento, de móveis escuros e cortinas de veludo
bronze polido. Suspenso do chuveiro estava o pai cor de vinho”. Assinale o que motivou a improvi-
de Matias, enforcado, língua de fora, rosto arro- sação do trem fantasma.
xeado. Saindo dali entrei num quarto de dormir a) O diagnóstico da doença.
onde estava o irmão de Matias, como esquele-
b) O sofrimento dos parentes.
to (sobre o tórax magro, costelas pintadas com
tintas fosforescentes; nas mãos, uma corrente c) A fragilidade física de Matias.
enferrujada). Já o gabinete nos revelou as duas d) A falta de dinheiro da família.
irmãs de Matias, apunhaladas (facas enterradas
nos peitos; rostos lambuzados de sangue de ga- 135. Quanto ao tema e à estruturação da narrativa, ve-
linha. Uma estertorava). rifica-se que o conto:
Assim era o trem fantasma, em 1956. a) apresenta uma visão peculiar sobre a morte,
por meio do relato de um narrador diretamen-
Matias estava exausto. O irmão tirou-o do carri-
te envolvido com os fatos narrados.
nho e, com todo o cuidado, colocou-o na cama.
b) é narrado em terceira pessoa, com uma lin-
Os pais choravam baixinho. A mãe quis me dar guagem simples, que busca refletir a pouca
dinheiro. Não aceitei. Corri para casa. maturidade dos protagonistas.
Matias morreu algumas semanas depois. Não me c) possui enredo não linear e linguagem direta,
lembro de ter andado de trem fantasma desde por meio da qual o narrador onisciente ex-
então. pressa a angústia dos personagens.
In: SCLIAR, Moacyr. Contos reunidos. São Paulo: Companhia
das Letras, 1995. p. 316-317. d) faz uma crítica social implícita, ao retratar o
drama familiar diante da falta de perspectiva
de uma criança com leucemia.
Caderno de Atividades 57
Anotações
58 1ª. Série
Literatura Brasileira
LITERATURA BRASILEIRA
1ª. Série
TEXTO 1
Au revoir, amour. Paris vai tirar os cadeados da ponte
Mais de um milhão de cadeados enfeitam a Pont des Arts, que ganhou uns quilos a mais com esta
demonstração de amor dos pares apaixonados. A partir desta segunda-feira tudo muda.
A cité de l’amour está farta do amor. Ou melhor, dos cadeados que simbolizam o amor. Nos últimos anos, a Pont
des Arts, bem no centro de Paris, viu-se invadida por centenas de milhares de cadeados de pares apaixonados,
mas isso vai acabar a partir de segunda-feira, quando a câmara municipal começar a tirá-los.
Os cadeados de amor já se tinham tornado um problema há algum tempo naquela e noutras pontes parisienses.
Depois da Pont des Arts, a moda de deixar um sinal do amor eterno estendeu-se a outras travessias da cidade
Luz, como a Pont de l’Archevêché, que liga a cidade à ilha onde se situa a catedral de Notre Dame. Segundo um
comunicado da câmara de Paris, os cadeados provocam “uma degradação permanente ao património e um risco
à segurança dos visitantes, parisienses e turistas”. No ano passado, uma das grelhas metálicas da ponte caiu ao
Sena, devido ao peso provocado pelos aloquetes.
Disponível em: <http://observador.pt/2015/05/30/au-revoir-amour-paris-vai-tirar-os-cadeados-da-ponte/>. Acesso em: 1º jul. 2015.
TEXTO 2
O amor acaba
Por Paulo Mendes Campos
O amor acaba. Numa esquina, por exemplo, num domingo de lua nova, depois de teatro e silêncio; acaba em ca-
fés engordurados, diferentes dos parques de ouro onde começou a pulsar; de repente, ao meio do cigarro que ele
atira de raiva contra um automóvel ou que ela esmaga no cinzeiro repleto, polvilhando de cinzas o escarlate das
unhas; na acidez da aurora tropical, depois duma noite votada à alegria póstuma, que não veio; e acaba o amor
no desenlace das mãos no cinema, como tentáculos saciados, e elas se movimentam no escuro como dois polvos
de solidão; como se as mãos soubessem antes que o amor tinha acabado; na insônia dos braços luminosos do
relógio; e acaba o amor nas sorveterias diante do colorido iceberg, entre frisos de alumínio e espelhos monótonos;
e no olhar do cavaleiro errante que passou pela pensão; às vezes acaba o amor nos braços torturados de Jesus,
filho crucificado de todas as mulheres; mecanicamente, no elevador, como se lhe faltasse energia; no andar di-
ferente da irmã dentro de casa o amor pode acabar; [...] de manhã, de tarde, de noite; na floração excessiva da
primavera; no abuso do verão; na dissonância do outono; no conforto do inverno; em todos os lugares o amor
acaba; a qualquer hora o amor acaba; por qualquer motivo o amor acaba; para recomeçar em todos os lugares e
a qualquer minuto o amor acaba.
Disponível em: <http://www.releituras.com/i_eleonora_pmcampos.asp>. Acesso em: 1º out. 2015.
Caderno de Atividades 59
Sobre os dois fragmentos é CORRETO afirmar:
a) O texto 1 trata de um fato concreto da realidade; o texto 2 parte de dados da realidade, mas os trata
de modo ficcional.
b) O texto 1 não é meramente informativo, já que se percebem jogos de linguagens, como dizer que a
“ponte ganhou uns quilos a mais”. Esse recurso de linguagem é característica de linguagem literária.
c) O texto 2 não pode ser classificado como literário porque parte de fatos muito comuns da realidade
cotidiana, como o fim de relacionamentos.
d) Os dois textos tratam do mesmo assunto – o amor –, porém de pontos de vista diferentes: o texto 1
apresenta os problemas que as demonstrações de amor podem causar; o texto 2 relaciona motivos
para o amor acabar. Por isso ambos são literários.
e) Nenhum dos dois textos pode ser considerado como literário: o primeiro por tratar de tema relacionado
ao cotidiano de uma cidade e o segundo por apenas listar razões reais pelas quais as relações terminam.
60 1ª. Série
Literatura Brasileira
(UNESP) Leia o texto de Clarice Lispector (1925- Quantas horas por dia você precisa dedicar-se a
1977) e uma passagem do Manual do Roteiro, de escrever?
Syd Field, para responder às questões 3 a 5. Depende de você. Eu trabalho cerca de quatro ho-
ras por dia, cinco dias por semana. John Millius es-
Escrever creve uma hora por dia, sete dias por semana, en-
Eu disse uma vez que escrever é uma maldição. tre 5 e 6 da tarde. Stirling Silliphant, que escreveu
Não me lembro por que exatamente eu o disse, The Towering Inferno (Inferno na Torre), às vezes
e com sinceridade. Hoje repito: é uma maldição, escreve 12 horas por dia. Paul Schrader trabalha
mas uma maldição que salva. com a história na cabeça por meses, contando-a
para as pessoas até que ele a conheça completa-
Não estou me referindo muito a escrever para jor- mente; então ele “pula na máquina” e a escreve
nal. Mas escrever aquilo que eventualmente pode em cerca de duas semanas. Depois ele gastará
se transformar num conto ou num romance. É semanas polindo e consertando a história.
uma maldição porque obriga e arrasta como um
vício penoso do qual é quase impossível se livrar, Você precisa de duas a três horas por dia para
escrever um roteiro.
pois nada o substitui. E é uma salvação.
Olhe para a sua agenda diária.
Salva a alma presa, salva a pessoa que se sen-
te inútil, salva o dia que se vive e que nunca se Examine o seu tempo.
entende a menos que se escreva. Escrever é pro-
Se você trabalha em horário integral, ou cuidando
curar entender, é procurar reproduzir o irreprodu-
da casa e da família, seu tempo é limitado. Você
zível, é sentir até o último fim o sentimento que
terá que achar o melhor horário para escrever.
permaneceria apenas vago e sufocador. Escrever
Você é o tipo de pessoa que trabalha melhor pela
é também abençoar uma vida que não foi aben-
manhã? Ou só vai acordar e ficar alerta no final da
çoada.
tarde? Tarde da noite pode ser um bom horário.
Que pena que só sei escrever quando esponta- Descubra.
neamente a “coisa” vem. Fico assim à mercê do Syd Field. Manual do roteiro, 1995.
tempo. E, entre um verdadeiro escrever e outro,
podem-se passar anos.
3. Clarice Lispector coloca inicialmente o processo
Lembro-me agora com saudade da dor de escre- da criação literária como uma maldição. Em segui-
ver livros. da, ressalva que é também uma salvação. Com
Clarice Lispector. A descoberta do mundo, 1999. base no texto da crônica, explique como a au-
tora resolve essa diferença de conceitos sobre a
criação literária.
Escrevendo o roteiro
Escrever um roteiro é um fenômeno espantoso,
quase misterioso. Num dia você está com as coi-
sas sob controle, no dia seguinte sob o controle
delas, perdido em confusão e incerteza. Num dia
tudo funciona, no outro não; ninguém sabe como
ou por quê. É o processo criativo; que desafia
análises; é mágica e maravilha.
Tudo o que foi dito ou registrado sobre a expe-
riência de escrever desde o início dos tempos re-
sume-se a uma coisa — escrever é sua experiên-
cia particular, pessoal. De ninguém mais.
Muita gente contribui para a feitura de um filme,
mas o roteirista é a única pessoa que se senta e
encara a folha de papel em branco.
Escrever é trabalho duro, uma tarefa cotidiana,
de sentar-se diariamente diante de seu bloco de
notas, máquina de escrever ou computador, co-
locando palavras no papel. Você tem que investir
tempo.
Antes de começar a escrever, você tem que achar
tempo para escrever.
Caderno de Atividades 61
4. Que pena que só sei escrever quando esponta- Traduz uma ideia presente no texto a seguinte
neamente a “coisa” vem. Explique, com base no afirmação:
primeiro parágrafo do texto Escrevendo o rotei- a) O efeito de um livro sobre o leitor é condicio-
ro, se Syd Field concorda com esta afirmação de nado pela quantidade de informações que o
Clarice Lispector. texto veicula.
b) A recepção de um livro pode ser influenciada
pela situação vivida pelo leitor.
c) A verdadeira erudição não dispensa a leitura
dos bons manuais escolares.
d) A leitura de um livro a qual tem finalidades
meramente práticas prejudica a assimilação
do conhecimento.
e) O reconhecimento do valor de um livro de-
pende, primordialmente, dos sentimentos
pessoais do leitor.
7. (UEMG)
ESCRAVIDÃO POÉTICA
Escravidão.
5. No sétimo parágrafo do texto de Syd Field, que
Escrevidão.
informação o autor passa ao aprendiz de rotei-
Poesia:
rista com os diversos exemplos que apresenta?
– alforria?
Ou consentida
servidão?
Sísifo desce a montanha
62 1ª. Série
Literatura Brasileira
9. (IFSMG) Analise a sequência de frases e indique d) Antítese igualmente presente em: Contradição
as figuras de linguagem que ocorrem, respecti- viva, seu gênio é o ser e o não ser. Busquem
vamente: nela a graça da moça e encontrarão o estouva-
mento do menino; porém mal se apercebam da
I. Temos que encarar de frente esse problema.
ilusão, que já a imagem da mulher despontará
II. Amor é fogo que arde sem se ver (Luís de Ca- em toda sua esplêndida fascinação.
mões) e) Prosopopeia, presente também em: Emu-
III. Ele cantou como um pássaro. decera o hino da tarde, repassado de ternas
IV. Do riso se fez o pranto. (Vinícius de Moraes) melodias, e a Natureza, a máxima e sublime
orquestra, preludiava a elegia da noite. O pri-
a) prosopopeia, metáfora, antítese, pleonasmo. meiro grilo soltava o estrídulo; e o seio da flo-
b) antítese, prosopopeia, metáfora, comparação. resta agitada pela viração da noite, arfava ao
c) pleonasmo, metáfora, comparação, antítese. ofego de um gemido plangente.
d) pleonasmo, comparação, metáfora, antítese.
12. (FUVEST)
10. (IFSMG) Assinale a sentença abaixo que NÃO Capítulo CVII - Bilhete
apresenta figura de linguagem: “Não houve nada, mas ele suspeita alguma cousa;
a) “aquele amor era uma cruz que eu carregava está muito sério e não fala; agora saiu. Sorriu uma
o dia inteiro e à qual eu dormia pregado” vez somente, para Nhonhô, depois de o fitar muito
tempo, carrancudo. Não me tratou mal nem bem.
b) “Bursite é uma dor burra” Não sei o que vai acontecer; Deus queira que isto
c) “o coração está velho e cansado” passe. Muita cautela, por ora, muita cautela.”
d) “Não sei se vale a pena lhe contar que a mi- Capítulo CVIII - Que se não entende
nha amada era linda!” Eis aí o drama, eis aí a ponta da orelha trágica
de Shakespeare. Esse retalhinho de papel, gara-
11. (PUC-SP) tujado em partes, machucado das mãos, era um
documento de análise, que eu não farei neste ca-
Não resistiram, porém, estas suscetibilidades ao
pítulo, nem no outro, nem talvez em todo o resto
encanto de Berta. Soube ela provar a Miguel que, do livro. Poderia eu tirar ao leitor o gosto de notar
antes de ser paulista da gema, era homem e de- por si mesmo a frieza, a perspicácia e o ânimo
veria render preito à beleza e ao capricho da mu- dessas poucas linhas traçadas à pressa; e por
lher. Com que raciocínio chegou a essa conclu- trás delas a tempestade de outro cérebro, a rai-
são, bem se adivinha; o cérebro feminino é uma va dissimulada, o desespero que se constrange e
roda movida pela manivela do coração. medita, porque tem de resolver-se na lama, ou no
sangue, ou nas lágrimas?
No trecho anterior, do romance Til, de José de
Machado de Assis, Memórias póstumas de Brás Cubas.
Alencar, ocorre uma figura de estilo que dá peso
à linguagem do autor. É ela: Ao comentar o bilhete de Virgília, o narrador se
a) Metáfora, igualmente presente no trecho: vale, principalmente, do seguinte recurso retórico:
Tudo isso fizera Berta para que Miguel e Lin- a) Hipérbato: transposição ou inversão da or-
da se amassem, fora ela quem, diligente abe- dem natural das palavras de uma oração,
lha, fabricara, sugando as flores de sua alma, para efeito estilístico.
aquele mel perfumado, de que os dois aman- b) Hipérbole: ênfase expressiva resultante do
tes libavam a fina essência. exagero da significação linguística.
b) Comparação, também presente no trecho: As c) Preterição: figura pela qual se finge não que-
alas da labareda voluteando pelos ares como rer falar de coisas sobre as quais se está, to-
um nastro de fitas vermelhas que farfalham ao davia, falando.
vento na riçada cabeça de linda caipira, derra- d) Sinédoque: figura que consiste em tomar a
mam pelo terreiro o prazer e o contentamento. parte pelo todo, o todo pela parte; o gênero
c) Onomatopeia, encontrada, ainda, no seguin- pela espécie, a espécie pelo gênero; o singu-
te trecho: Os sussurros da brisa nos palma- lar pelo plural, o plural pelo singular etc.
res segredavam os ruge-ruges das sedas; e o e) Eufemismo: palavra, locução ou acepção
burburinho do arroio imitava o trilo de um riso mais agradável, empregada em lugar de outra
fresco e argentino. menos agradável ou grosseira.
Caderno de Atividades 63
13. (FUVEST)
Revelação do subúrbio
Quando vou para Minas, gosto de ficar de pé, contra a vidraça do carro*, vendo o subúrbio passar.
O subúrbio todo se condensa para ser visto depressa, com medo de não repararmos suficientemente em suas
luzes que mal têm tempo de brilhar.
A noite come o subúrbio e logo o devolve, ele reage, luta, se esforça, até que vem o campo onde pela manhã
repontam laranjais e à noite só existe a tristeza do Brasil.
Carlos Drummond de Andrade, Sentimento do mundo, 1940.
(*) carro: vagão ferroviário para passageiros.
64 1ª. Série
Literatura Brasileira
14. Embora pareça constituído de versos livres mo- Este não redimiu; não foi à Cruz: olhai-o:
dernistas, o poema em questão ainda segue a Tem o anátema5 à boca, às duas mãos o raio,
versificação medida, combinando versos de di- E em vez do espinho à fronte as três coroas de Roma.
ferentes extensões, com predomínio dos de doze (Luís Delfino. Rosas negras, 1938.)
e dez sílabas métricas. Assinale a alternativa que
(1) Pantocrátor: que tudo rege, que governa tudo.
indica, na primeira estrofe, pela ordem em que (2) Bizantina: referente ao Império Romano do Oriente (330-1453 d.C.) e às mani-
surgem, os versos de dez sílabas métricas, de- festações culturais desse império.
(3) Fresco: o mesmo que afresco, pintura mural que resulta da aplicação de cores
nominados decassílabos. diluídas em água sobre um revestimento ainda fresco de argamassa, para facilitar
a) 1 e 5. a absorção da tinta.
(4) Santo Stefano Rotondo: igreja erigida por volta de 460 d.C., em Roma, em home-
b) 3 e 4. nagem a Santo Estêvão (Stefano, em italiano), mártir do cristianismo.
(5) Anátema: reprovação enérgica, sentença de maldição que expulsa da Igreja,
c) 1, 2 e 3.
excomunhão.
d) 2 e 3.
e) 1,3 e 5 17. À árida pupila a doce, a benfazeja / lágrima falta.
A inversão das posições usuais dos termos da
15. Indique o verso em que ocorre um adjetivo antes
oração, provocada pela necessidade de comple-
e outro depois de um substantivo:
tar o número de sílabas e obedecer às posições
a) O que varia é o espírito que as sente dos acentos tônicos nos versos, por vezes difi-
b) Mas, se nesse vaivém tudo parece igual culta a percepção das relações sintáticas entre
c) Tons esquivos e trêmulos, nuanças esses termos.
d) Homem inquieto e vão que não repousas! É o caso da oração destacada, que ocupa o sex-
to e parte do sétimo versos. Em discurso não
e) Dentro do eterno giro universal
versificado, essa oração apresentaria usualmen-
te a seguinte disposição de termos:
16. No último verso do poema, o eu lírico conclui que
a) A doce, a benfazeja lágrima falta à árida pupila.
a) os espíritos mostram-se insensíveis ao volú-
vel Universo. b) A doce, a benfazeja pupila falta à árida lágrima.
b) o Universo acompanha de perto a alma ou c) Falta a lágrima a doce, a benfazeja à árida pupila.
espírito. d) Falta à pupila a árida, a doce, a benfazeja lágrima.
c) o Universo é indiferente à relação entre o es- e) À pupila doce a lágrima, a árida, a benfazeja falta.
pírito e as coisas.
d) a variação das coisas é indiferente ao espírito 18. O pronome demonstrativo este, empregado no
que as sente. início dos versos de números 9, 11 e 12, faz re-
ferência
e) as coisas têm espírito, mas o Universo não tem.
a) ao peito enorme do Pantocrátor.
(UNESP) As questões de números 17, 18 e 19 to- b) a Santo Estêvão.
mam por base um poema de Luís Delfino (1834- c) ao próprio eu lírico.
1910) e a reprodução de um mosaico da Cate- d) à figura de Jesus Pantocrátor.
dral de Monreale. e) a Satanás, o mestre das trevas.
Jesus Pantocrátor1
Há na Itália, em Palermo, ou pouco ao pé, na igreja 19. Segundo um dos dogmas da doutrina cristã, Je-
De Monreale, feita em mosaico, a divina sus Cristo nos resgatou e nos reconciliou com
Figura de Jesus Pantocrátor: domina Deus por meio de seu sacrifício na cruz. Aponte
Aquela face austera, aquele olhar troveja. o verso do poema que nega explicitamente esse
dogma para a imagem de Cristo Pantocrátor.
Não: aquela cabeça é de um Deus, não se inclina. a) Não: aquela cabeça é de um Deus, não se in-
À árida pupila a doce, a benfazeja clina.
Lágrima falta, e o peito enorme não arqueja
À dor. Fê-lo tremendo a ficção bizantina2 . b) Aquela face austera, aquele olhar troveja.
c) Este não redimiu; não foi à Cruz: olhai-o:
Este criou o inferno, e o espetáculo hediondo
Que há nos frescos3 de Santo Stefano Rotondo4; d) Figura de Jesus Pantocrátor: domina
Este do mundo antigo espedaçado assoma... e) Este do mundo antigo espedaçado assoma...
Caderno de Atividades 65
20. (IFMG) Leia o texto a seguir: Porque amor é amor a nada,
Feliz e forte em si mesmo.
As sem-razões do amor Amor é primo da morte,
E da morte vencedor,
Eu te amo porque te amo. Por mais que o matem (e matam)
Não precisas ser amante, A cada instante de amor.
E nem sempre sabes sê-lo. ANDRADE, Carlos Drummond de. A palavra mágica. Seleção Luzia
Eu te amo porque te amo. de Maria. 4.ed. Rio de Janeiro: Record, 1998. p. 55.
Amor é estado de graça
E com amor não se paga. Se analisássemos apenas a sonoridade das pa-
Amor é dado de graça
lavras do título, poder-se-ia afirmar que o seu as-
É semeado no vento, sunto seria:
Na cachoeira, no eclipse. a) o amor é um sentimento sem razão de ser.
Amor foge a dicionários
E a regulamentos vários. b) várias razões para fugir desse sentimento
complexo.
Eu te amo porque te amo c) o amor não precisa de motivo para existir; ele
Bastante ou demais a mim.
apenas existe.
Porque amor não se troca,
Não se conjuga nem se ama. d) uma centena de motivos para amar.
66 1ª. Série
Literatura Brasileira
Caderno de Atividades 67
Moça — Onde há desses namorados? A terra 28. O fragmento a seguir faz parte do poema épico
está livre deles! Olho mau se meteu neles! Namo- Os Lusíadas, de Luís Vaz de Camões. A partir da
rados de cruzados, isso si!... leitura deste excerto e do seu conhecimento so-
Velho — Senhora, eis-me eu aqui, que não sei se- bre a obra, assinale a altenativa INCORRETA.
não amar. Oh meu rosto de alfeni! Que em hora
má eu vos vi. Passada esta tão próspera vitória,
Tornado Afonso à Lusitana Terra,
Moça — Que velho tão sem sossego!
A se lograr da paz com tanta glória
Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/
ua00116a.pdf>. Acesso em: 06/06/2015. Quanta soube ganhar na dura guerra,
O caso triste e dino da memória,
25. A concepção de amor expressa pelo velho: Que do sepulcro os homens desenterra,
a) expõe o conflito existente entre paixão e razão. Aconteceu da mísera e mesquinha
Que despois de ser morta foi Rainha.
b) mostra a necessidade de manter-se a razão
diante da paixão. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/
c) enfatiza o disparate de amores tardios. bv000162.pdf>. Acesso em: 07 jun. 2015.
d) aponta as condições necessárias para se evi- a) Este trecho refere-se a um dos episódios do
tar o sofrimento amoroso. Canto III, é a parte lírico-amorosa da epopeia
e) denuncia a inexistência desse sentimento. e conta a história do assassinato de Inês de
Castro, amante de D. Pedro.
26. Sobre Gil Vicente, é correto afirmar:
b) Em Os Lusíadas, não há nenhum traço da cul-
a) Suas novelas de cavalaria retratavam a luta
tura clássica greco-romana, pois essa cultura,
do cavaleiro pelo amor da donzela.
pagã, contrapõe-se ao cristianismo de Camões.
b) Escrevia peças de fundo religioso, em que cri-
ticava a sociedade, mas poupava a autorida- c) Quanto à forma, o excerto apresenta estro-
de religiosa e os nobres. fação em oitava-rima, métrica em versos de-
c) Suas obras retratavam apenas aspectos posi- cassílabos que seguem o esquema de rimas
tivos da alta sociedade: nobreza e clero. ABABABCC. Características que se esten-
dem a todo o poema.
d) Pertenceu à segunda época medieval e é
considerado o fundador do teatro português. d) A impossibilidade da concretização do amor
e) Sua obra trata de grandes temas da condição de Inês de Castro e D.Pedro se deve a razões
humana, por isso exclui o humor ao retratar políticas, que poderiam colocar em risco a in-
figuras da sociedade a partir dos seus perso- dependência de Portugal.
nagens. e) O verso em destaque antecipa o final desse
episódio, cujas características evidenciam in-
27. Releia a fala da Moça:
fluência das tragédias clássicas.
Moça — Onde há desses namorados? A terra
29. A estrofe 130, do episódio de Inês de Castro, sela
está livre deles! Olho mau se meteu neles! Na-
o destino da moça.
morados de cruzados, isso si!...
Explique, a partir dessa fala, como a Moça vê as Queria perdoar-lhe o Rei benino,
relações amorosas do seu tempo. Movido das palavras que o magoam;
Mas o pertinaz povo e seu destino
(Que desta sorte o quis) lhe não perdoam.
Arrancam das espadas de aço fino
Os que por bom tal feito ali apregoam.
Contra hûa dama, ó peitos carniceiros,
Feros vos amostrais e cavaleiros?
68 1ª. Série
Literatura Brasileira
a) Qual a relação semântica estabelecida pela c) De que modo esse episódio pode ser relacio-
conjunção adversativa mas, presente no ter- nado à tradição clássica?
ceiro verso?
quinhentismo
O excerto do poema A Santa Inês, de José de 31. Do ponto de vista formal, como esse poema se
Anchieta, serve de referência para as questões caracteriza?
30 a 32.
Cordeirinha linda,
Como folga o povo,
Porque vossa vinda
Lhe dá lume novo.
Cordeirinha santa
De Jesus querida, 32. Em que contexto da literatura brasileira esse
Vossa santa vida poema foi produzido? Qual a relação entre esse
O Diabo espanta. contexto e a escolha da métrica utilizada?
Por isso vos canta
Com prazer o povo,
Porque vossa vinda
Lhe dá lume novo.
Nossa culpa escura
Fugirá depressa,
Pois vossa cabeça
Vem com luz tão pura.
Vossa formosura
Honra é do povo,
Porque vossa vinda
Lhe dá lume novo. 33. (UNICAMP)
[...] “Quando os portugueses começaram a povoar a
Disponível em: <http://www.jornaldepoesia.jor.br/janc02.html>. terra, havia muitos destes índios pela costa junto
Acesso em: 08 jun. 2015. das Capitanias. Porque os índios se levantaram
contra os portugueses, os governadores e capi-
30. Como a luta entre o bem e o mal se manifesta tães os destruíram pouco a pouco, e mataram
nesse poema? Transcreva dois versos que justifi- muitos deles. Outros fugiram para o sertão, e as-
quem sua resposta. sim ficou a costa despovoada de gentio ao lon-
go das Capitanias. Junto delas ficaram alguns
índios em aldeias que são de paz e amigos dos
portugueses.”
Pero de Magalhães Gandavo, Tratado da Terra do Brasil, em
http://www.cce.ufsc.br/~nupill/literatura/ganda1.html.
Acessado em: 20/08/2012.
Caderno de Atividades 69
Conforme o relato de Pero de Gandavo, escrito 34. (UNIMONTES) Sobre o texto “História da Província
por volta de 1570, naquela época, de Santa Cruz”, de Pero de Magalhães Gândavo,
a) as aldeias de paz eram aquelas em que a ca- é INCORRETO afirmar:
tequese jesuítica permitia o sincretismo reli- a) A narrativa argumenta a favor do nome “Bra-
gioso como forma de solucionar os conflitos sil” para a colônia de Portugal.
entre indígenas e portugueses. b) O texto apresenta uma visão panorâmica da
b) a violência contra os indígenas foi exercida vida na Colônia.
com o intuito de desocupar o litoral e facilitar a c) Considerado o primeiro historiador do Brasil,
circulação do ouro entre as minas e os portos. o autor apresenta uma propaganda da nova
c) a fuga dos indígenas para o interior era uma terra.
reação às perseguições feitas pelos portu- d) A voz narrativa manifesta a posição religiosa e
gueses e ocasionou o esvaziamento da costa. ideológica da colônia portuguesa.
d) houve resistência dos indígenas à presença
portuguesa de forma semelhante às descritas
por Pero Vaz de Caminha, em 1500.
barroco
35. Pe. Antônio Vieira é o maior expoente da prosa que os não defraudem, em que os não comam,
barroca brasileira, na qual se destacam os ser- traguem e devorem: Qui devorant plebem
mões que ele proferia em igrejas. Leia a seguir meam, ut cibum panis.
um excerto do Sermão de Santo Antônio. Sermão do Pe. Antônio Vieira aos peixes.
70 1ª. Série
Literatura Brasileira
36. Leia a seguir um excerto do sermão do bom la- b) Explique o sentido que assumem no texto os
drão, de Pe. Antônio Vieira. termos “vil” e “peleja”.
“Basta, senhor, que eu, porque roubo em uma
barca, sou ladrão, e vós, porque roubais em uma
armada, sois imperador? Assim é. O roubar pou-
co é culpa, o roubar muito é grandeza: o roubar
com pouco poder faz os piratas, o roubar com
muito, os Alexandres... O ladrão que furta para
comer, não vai nem leva ao inferno: os que não
só vão, mas que levam, de que eu trato, são os
outros - ladrões de maior calibre e de mais alta
esfera... Os outros ladrões roubam um homem, 38. (IFMG) Sobre o estilo literário chamado Barroco, é
estes roubam cidades e reinos; os outros furtam correto afirmar que:
debaixo de seu risco, estes, sem temor nem pe- a) o Barroco resgata em suas obras poéticas o
rigo; os outros se furtam, são enforcados, estes modelo de vida ideal envolvendo a vida no
furtam e enforcam.”
campo e os temas clássicos são retomados.
Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/
fs000025pdf.pdf>. Acesso em: 10 jun. 2015. b) a simplicidade de seus textos garante uma
circulação ampla na sociedade e o envolvi-
Para Vieira: mento da classe burguesa.
a) o ato de roubar, independentemente do fruto c) o artista barroco é minucioso nos detalhes,
desse roubo, iguala os ladrões. utiliza linguagem rebuscada e retrata a angús-
tia de um homem atormentado por dúvidas
b) ladrões menores usam os grandes criminosos
existenciais.
para justificar seus delitos.
d) o artista barroco é um homem preocupado
c) grandes roubos justificam-se por serem es- em explicar os sentimentos humanos e suas
tratégias usadas para a defesa de riquezas emoções de forma racional e equilibrada.
coletivas.
d) aos grandes, é dada a prerrogativa de roubar 39. (IFNMG) Leia o seguinte texto:
Caderno de Atividades 71
b) A disposição antitética dos versos, principal- conflito entre tendências opostas: de um lado,
mente na primeira estrofe do soneto, carac- o teocentrismo medieval e, de outro, o antro-
teriza um dos elementos da estética barroca. pocentrismo renascentista.
c) O contexto do Barroco apresenta, como ca- d) No texto predominam as imagens olfativas e
racterística marcante, o espírito de tensão, gustativas em relação às visuais.
arcadismo
40. (UNIMONTES) O filme Caramuru: a invenção do Assim se forjam palavras,
Brasil apresenta um retrato bem-humorado de assim se engendram culpados;
várias cenas da história colonial brasileira, a par- assim se traça o roteiro
tir da “colagem” de algumas obras da literatura de exilados e enforcados:
em língua portuguesa. Assinale a alternativa que a língua a bater nos dentes...
NÃO retrata aspecto do filme. Grandes medos mastigados...
72 1ª. Série
Literatura Brasileira
43. (IFMG) Observe a charge a seguir ignorância! Que menos, do que abandonar as fin-
gidas Ninfas destes rios e no centro deles adorar
a preciosidade daqueles metais, que têm atraído
a este clima os corações de toda Europa! Não são
estas as venturosas praias da Arcádia, onde o
som das águas inspirava a harmonia dos versos.
Turva, e feia, a corrente destes ribeiros, primeiro
que arrebate as ideias de um Poeta, deixa ponde-
rar a ambiciosa fadiga de minerar a terra, que lhes
tem pervertido as cores.
COSTA, Cláudio Manuel da. Obras. In: FILHO, Domício Proença (Org.).
A poesia dos Inconfidentes. “Prólogo ao leitor”. . Rio de Janeiro:
Nova Aguilar, 1996. p. 47.
Caderno de Atividades 73
[...] [...]
Vizinho ao berço caro Daqui vou descobrindo
Aonde a Pátria tive, A fábrica eminente
Vivia Eulina, esse prodígio raro, De uma grande Cidade5; aqui polindo
Que não sei se inda vive, A desgrenhada frente,
Para brasão eterno da beleza, Maior espaço ocupo dilatado,
Para injúria fatal da natureza. Por dar mais desafogo a meu cuidado.
74 1ª. Série
Literatura Brasileira
Caderno de Atividades 75
bida pela relação do indivíduo com o espaço Soneto VI
em transformação. Brandas ribeiras, quanto estou contente
c) se aproximam, pois ambos tratam de mudan- De ver-vos outra vez, se isto é verdade!
ças, embora em Gonzaga a mudança seja Quanto me alegra ouvir a suavidade,
centrada no indivíduo e em Ruffato ela seja Com que Fílis entoa a voz cadente!
Os rebanhos, o gado, o campo, a gente,
exclusiva do ambiente.
Tudo me está causando novidade:
d) se afastam, pois o eu poético de Gonzaga de- Oh! como é certo que a cruel saudade
monstra ter consciência de que tudo muda, Faz tudo, do que foi, mui diferente!
enquanto o personagem de Ruffato é alheio à
transformação das coisas à sua volta. Recebi (eu vos peço) um desgraçado,
Que andou até agora por incerto giro,
49. (UEMG) O fragmento a seguir foi extraído da Lira Correndo sempre atrás do seu cuidado:
XXXIII, Parte I, da obra Marília de Dirceu. Este pranto, estes ais com que respiro,
Podendo comover o vosso agrado,
Pega na lira sonora, Façam digno de vós o meu suspiro.
Pega, meu caro Glauceste; Cláudio Manuel da Costa
E ferindo as cordas de ouro,
Mostra aos rústicos Pastores Soneto
A formosura celeste Estes os olhos são da minha amada,
De Marília, meus amores. Que belos, que gentis e que formosos!
Ah! pinta, pinta Não são para os mortais tão preciosos
A minha Bela! Os doces frutos da estação dourada.
E em nada a cópia Por eles a alegria derramada
Se afaste dela. Tornam-se os campos de prazer gostosos.
[...] Em zéfiros suaves e mimosos
A pintar as negras tranças Toda esta região se vê banhada.
Peço que mais te desveles, Vinde olhos belos, vinde, e enfim trazendo
Pinta chusmas de amorinhos Do rosto do meu bem as prendas belas,
Pelos seus fios trepando; Dai alívio ao mal que estou gemendo.
Uns tecendo cordas deles, Mas ah! delírio meu que me atropelas!
Outros com eles brincando. Os olhos que eu cuidei que estava vendo,
Ah! pinta, pinta Eram (quem crera tal!) duas estrelas.
A minha Bela! Cláudio Manuel da Costa
E em nada a cópia
50. (MACKENZIE) É traço relevante na caracterização
Se afaste dela.
do estilo de época a que pertencem os poemas
Sobre esse fragmento, considere as seguintes de Cláudio Manuel da Costa, EXCETO:
afirmações: a) a valorização do locus amoenus.
I. Verifica-se no fragmento a presença da meta- b) a poesia bucólica.
linguagem, expressa nas metáforas da lira e da c) a utilização de pseudônimos pastoris.
pintura. d) a busca da aurea mediocritas.
II. Há um apelo à reprodução fiel da realidade, e) a repulsa à tradição clássica da poesia.
contrariado, no entanto, pela descrição da pin-
tura de Marília. 51. (MACKENZIE) Na composição poética árcade, a
É CORRETO afirmar que natureza é tratada:
76 1ª. Série
Literatura Brasileira
romantismo: poesia
(UNESP) As questões de números 53 a 55 focali-
zam um trecho de um poema de 1869 do poe- Por ter gasto a noite inteira
ta romântico português Guilherme Braga (1845- Na luta, cede ao cansaço,
1874) e uma marcha de carnaval de Wilson Batista E cai da máquina à beira,
E a roda esmaga-lhe um braço...
(1913-1968) e Roberto Martins (1909-1992), gra-
vada em 1948.
Ai! o infortúnio é severo!
Em dezembro Bastou por tanto um só dia
Para entrar o desespero
Olhai: naquele operário Donde fugiu a alegria!
Tudo é força, ânimo e vida;
Se o trabalho é o seu calvário Empenha em vão tudo, a esmo,
Sobe-o de cabeça erguida. Pouco dinheiro lhe fica,
E não lhe cobre esse mesmo
Deus deu-lhe um anjo na esposa, As despesas da botica.
E as filhas são tão pequenas
Que delas a mais idosa Pobre mãe, pobres crianças!
Conta dez anos apenas. Já, de momento em momento,
Vão minguando as esperanças,
Tem cinco, e todas tão belas Vai crescendo o sofrimento;
Que, ao ver-lhes a alegre infância,
Heras e violetas, 1869.
Julga estar vendo as estrelas
E o céu a menos distância; Pedreiro Waldemar
Por isso, quando o trabalho
Lhe fatiga as mãos calosas Você conhece
Tem no suor fresco o orvalho O pedreiro Waldemar?
Que dá seiva àquelas rosas; Não conhece?
[...] Mas eu vou lhe apresentar
Depois, da ceia ao convite, De madrugada
Toda a família o rodeia Toma o trem da Circular
À mesa, aonde o apetite Faz tanta casa
Faz soberba a humilde ceia. E não tem casa pra morar
[...]
No entanto, como a existência Leva a marmita
Não tem em si nada estável, Embrulhada no jornal
Num dia de decadência Se tem almoço,
Este obreiro infatigável, Nem sempre tem jantar
Caderno de Atividades 77
O Waldemar, II
Que é mestre no ofício Minha terra tem Palmares
Constrói um edifício memória cala-te já.
E depois não pode entrar. Peço licença poética
[...] Belém capital Pará.
(Roberto Lapiccirella (org.), Antologia musical popular brasileira, 1996.) Bem, meus prezados senhores
dado o avançado da hora
errata e efeitos do vinho
53. Na segunda estrofe do trecho reproduzido do
o poeta sai de fininho.
poema, Guilherme Braga se serve da palavra
(será mesmo com dois esses
idosa num sentido que não é o habitualmente que se escreve paçarinho?)
empregado hoje. Estabeleça essa diferença com
(CACASO. Lero-lero. Rio de Janeiro: 7Letras; São Paulo:
base no contexto em que a palavra é empregada.
Cosac e Naify, 2002. p. 157)
78 1ª. Série
Literatura Brasileira
E a sede em fogo das ideias vivas c) a vida do poeta é mais consistente e animada
Onde está? onde foi? Essa alma errante que todas as outras.
Que um dia no viver passou cantando,
d) a alma que habitou o corpo talvez possa reen-
Como canta na treva um vagabundo,
carnar em novo corpo.
Perdeu-se acaso no sombrio vento,
Como noturna lâmpada apagou-se? e) outras pessoas passam a viver melhor quan-
E a centelha da vida, o eletrismo do um homem morre.
Que as fibras tremulantes agitava
60. E a centelha da vida, o eletrismo
Morreu para animar futuras vidas?
Sorris? eu sou um louco. As utopias, No contexto em que é empregado, o termo ele-
Os sonhos da ciência nada valem. trismo, que não consta dos dicionários, significa:
A vida é um escárnio sem sentido, a) o fato de a morte ter sido por choque elétrico.
Comédia infame que ensanguenta o lodo. b) o dinamismo presente em todos os tecidos do
Há talvez um segredo que ela esconde;
ser vivo.
Mas esse a morte o sabe e o não revela.
Os túmulos são mudos como o vácuo. c) a característica de quem é versado nas be-
Desde a primeira dor sobre um cadáver, las-letras.
Quando a primeira mãe entre soluços d) o resultado do longo processo de letramento.
Do filho morto os membros apertava
e) a existência eletrizante dos poetas românticos.
Ao ofegante seio, o peito humano
Caiu tremendo interrogando o túmulo...
E a terra sepulcral não respondia.
61. Mas esse a morte o sabe e o não revela.
Poesias completas, 1962. Nas duas orações que constituem este verso, os
termos em destaque apresentam o mesmo refe-
57. Do segundo ao último verso da primeira estrofe rente, a saber:
do poema, revelam-se características marcantes a) vácuo.
do Romantismo:
b) escárnio.
a) concepção determinista e mecanicista da na-
tureza. c) lodo.
b) submissão do discurso poético à musicalida- d) cadáver.
de pura. e) segredo.
c) conteúdos e desenvolvimentos bucólicos.
62. (IFMG)
d) observação e descrição meticulosa da realidade.
O POVO AO PODER
e) subjetivismo e imaginação criadora.
Castro Alves
58. Como a concha no mar encerra a pérola, “A praça! A praça é do povo
Como o céu é do condor
Como a caçoula a mirra incandescente. É o antro onde a liberdade
Nos versos em destaque, após a palavra caçou- Cria águias em seu calor!
la, está subentendida, por elipse, a forma verbal Senhor!... pois quereis a praça?
a) teme. Desgraçada a populaça
b) seca. Só tem a rua de seu...
Ninguém vos rouba os castelos
c) brilha.
Tendes palácios tão belos...
d) queima. Deixai a terra ao Anteu.”
e) encerra.
Caderno de Atividades 79
A respeito dos textos anteriores, pode-se afirmar c) O texto I destaca a inadequação de um índio
que houve entre eles no mundo civilizado.
a) intertextualidade: o poema citado logo no d) O texto I evidencia que a desigualdade ultra-
início do tópico inspirou a música “Um frevo passa a classe social.
novo”, de Caetano Veloso.
b) ironia: o poema de Caetano Veloso ironiza a 64. (UNIMONTES) Leia atentamente os versos extraí-
referência ao condor feita no poema, já que é dos do poema “O navio negreiro”, de Castro Al-
uma ave andina – citação não apropriada para ves, e o fragmento do “Hino à Bandeira do Bra-
um frevo brasileiro. sil”, cuja letra é de Olavo Bilac.
c) citação: o poema de Caetano Veloso é a trans- Auriverde pendão de minha terra,
crição do poema de Castro Alves e foi marca- Que a brisa do Brasil beija e balança,
do por aspas devido à reescrita do texto. Estandarte que a luz do céu encerra
d) contextualização: Caetano Veloso citou um E as promessas divinas da esperança...
texto escrito no século XIX, vinculando-o à Tu que, da liberdade após a guerra,
sua origem e à sua aplicação. Foste hasteado dos heróis na lança,
Antes te houvessem roto na batalha,
63. (UNIMONTES) Leia, com atenção, os textos I e II. Que servires a um povo de mortalha!...
Alves, 2007, p. 17.
Texto I
Passam os dias e enfim chega o primeiro dia de Salve lindo pendão da esperança!
aula, a vinda do índio já era notícia corrente, foi Salve símbolo augusto da paz
amplamente divulgada (...) não se falava noutra
Tua nobre presença à lembrança
coisa. Uma multidão aguardava em frente da es-
A grandeza da Pátria nos traz.
cola a chegada do índio. (...). O porteiro abriu o
Em teu seio formoso retratas
portão – sem que ninguém entrasse – e fitou ao
longe o final da avenida; surgiu entre a poeira e o Este céu de puríssimo azul,
derreter do asfalto um fusca, pneus baixos, rebai- A verdura sem par destas matas,
xado, parou em frente da escola, o rádio foi des- E o esplendor do Cruzeiro do Sul.
ligado, tal o silêncio da multidão que se ouviu o Contemplando o teu vulto sagrado,
rangido da porta abrir, desceu um menino roliço, Compreendemos o nosso dever,
chicletes, boné do Chicago Bulls, tênis Reebok, E o Brasil por seus filhos amado,
calça jeans, camiseta, walkman nas orelhas, an- poderoso e feliz há de ser!
dou até o porteiro e perguntou:
Trecho do “Hino à Bandeira do Brasil”, letra de Olavo Bilac.
– Pode assistir aula de walkman?
Lajolo, 2006, p. 22.
Sobre os textos, é INCORRETO afirmar:
Texto II a) A bandeira, nos dois textos, requisita imagens
Eu vivo sozinha; ninguém me procura! da natureza brasileira que representam, meto-
nimicamente, a grandeza da pátria.
Acaso feitura
b) Os versos enfatizam os aspectos descritivos
Não sou de Tupã?
e heroicos que caracterizam o nacionalismo
Se algum dentre os homens de mim não se esconde, brasileiro.
– Tu és, me responde, c) Os textos utilizam a imagem da bandeira do
– Tu és Marabá! Brasil para representar a relação do eu lírico
Lajolo, 2006, p.13. com a pátria.
d) Os versos expressam o patriotismo exaltado,
Os textos retratam, de diferentes perspectivas, o evidente a partir da metáfora da bandeira na-
índio. Assinale a alternativa que apresenta inter- cional.
pretação INCORRETA sobre eles.
a) O texto I apresenta ironicamente um reflexo (UNIMONTES) Os textos a seguir são referências
de aculturação indígena. para as questões de 65 a 68. Leia os fragmen-
b) O texto II reflete a sociedade excludente e tos a seguir, extraídos de “O navio negreiro” e “A
preconceituosa do século XIX. canção do africano”, respectivamente:
80 1ª. Série
Literatura Brasileira
Caderno de Atividades 81
(...) Dize-o tu, severa musa, a) O poema traz como tema principal a denún-
Musa libérrima, audaz! cia do tráfico negreiro e, consequentemente,
São os filhos do deserto
da escravidão ainda praticada no Brasil. O
Onde a terra esposa a luz.
Onde voa em campo aberto eu lírico pretende sensibilizar o receptor por
A tribo dos homens nus... meio de vários recursos linguístico-estilísticos
São os guerreiros ousados, tais como adjetivação (com sua carga emoti-
E ri-se a orquestra irônica, estridente... va), exclamações, interrogações, a figura de
E da ronda fantástica a serpente pensamento denominada apóstrofe, a metá-
Faz doudas espirais ...
fora, a comparação, antíteses, dentre outros
Se o velho arqueja, se no chão resvala,
Ouvem-se gritos... o chicote estala. recursos.
E voam mais e mais... b) O poema denuncia o cenário horroroso dos
Presa nos elos de uma só cadeia, navios negreiros, para tanto, o poeta recorre
A multidão faminta cambaleia,
a metáforas que revelam a tirania do Capitão.
E chora e dança ali!
Um de raiva delira, outro enlouquece, Os trechos “a orquestra irônica estridente...”,
Outro, que martírios embrutece, “a serpente faz doidas espirais...”, “Fazei-os
Cantando, geme e ri! mais dançar!...” são bons exemplos de ima-
V gens que caracterizam essa tirania.
Senhor Deus dos desgraçados! c) O poema Navio negreiro é representativo da
Dizei-me vós, Senhor Deus! 3ª geração do romantismo brasileiro, denomi-
Se é loucura... se é verdade
nada geração humanista ou condoreira. Essa
Tanto horror perante os céus?!
Ó mar, por que não apagas geração é caracterizada pelo pessimismo, in-
Co‘ a esponja de tuas vagas dividualismo, melancolia, descrença na vida,
De teu manto este borrão.?... evasão, desejo de morte, enfim, por um con-
VI junto de comportamentos e sentimentos que
Existe um povo que a bandeira empresta foi nomeado de - Mal do Século.
P’ra cobrir tanta infâmia e cobardia!...
d) Ao demonstrar a condição do negro nos na-
E deixa-a transformar-se nessa festa
Em manto impuro de bacante fria!...
vios negreiros, o poeta indaga quem são es-
Meu Deus! Meu Deus! mas que bandeira é esta, ses seres no navio, e ele mesmo responde fa-
Que impudente na gávea tripudia?!... zendo uma confrontação: antes eram homens
Silêncio!... Musa! chora, chora tanto livres (andavam nus), bravos, desafiavam os
Que o pavilhão se lave no seu pranto... tigres ferozes e se tornaram míseros escra-
Auriverde pendão de minha terra,
vos, que não eram livres nem para morrer.
Que a brisa do Brasil beija e balança,
Estandarte que a luz do sol encerra, Dessa forma, podemos dizer que o poeta re-
E as promessas divinas da esperança... flete sobre a condição humana.
Que com os tigres mosqueados
Combatem na solidão... 70. (IFMG) A respeito do poeta Gonçalves Dias, é cor-
Homens simples, fortes, bravos... reto afirmar que:
Hoje míseros escravos
Sem ar, sem luz, sem razão... a) consolidou o movimento romântico no Brasil
(...) Tu, que da liberdade após a guerra, a partir de temas como a pátria e a natureza.
Foste hasteado dos heróis na lança, b) foi considerado o maior poeta em língua por-
Antes te houvessem roto na batalha,
Que servires a um povo de mortalha!...
tuguesa, pois trabalhou com temas inéditos.
ALVES, Castro. O navio negreiro e outros poemas, São Paulo: c) ficou conhecido como “o poeta pessimista”,
Saraiva, 2007. p.10-16 pela forte influência byroniana.
Sobre o poema anterior NÃO é correta a seguinte d) escreveu principalmente poemas que exalta-
afirmativa: vam a angústia existencial do ser humano.
82 1ª. Série
Literatura Brasileira
Caderno de Atividades 83
isso; mas para se mostrar ou por vergonha de en- na? Que há mais umas poucas de dúzias de ho-
xotar de sua casa a um pobre-diabo. A terra nos mens ricos. E eu pergunto aos economistas polí-
dá de comer a todos e ninguém se morre por ela. ticos, aos moralistas, se já calcularam o número
de indivíduos que é forçoso condenar à miséria,
[Berta] – Para ti, portanto, não há gratidão?
ao trabalho desproporcionado, à desmoraliza-
[Jão] – Não sei o que é; demais, Galvão já pôs- ção, à infâmia, à ignorância crapulosa, à desgra-
me quites dessa dívida da farinha que lhe comi. ça invencível, à penúria absoluta, para produzir
Estamos de contas justas! acrescentou Jão Fera um rico? – Que lho digam no Parlamento inglês,
com um suspiro profundo. onde, depois de tantas comissões de inquérito, já
deve de andar orçado o número de almas que é
a) Nesse trecho, Jão Fera refere-se de modo preciso vender ao diabo, o número de corpos que
acerbo a uma determinada relação social se têm de entregar antes do tempo ao cemitério
(aquela que o vinculara, anteriormente, ao seu para fazer um tecelão rico e fidalgo como Sir Ro-
“benfeitor”, conforme diz Berta), revelando o berto Peel, um mineiro, um banqueiro, um gran-
jeeiro - seja o que for: cada homem rico, abasta-
mal-estar que tal relação lhe provoca. Que re-
do, custa centos de infelizes, de miseráveis.
lação social é essa e em que consiste o mal
Almeida Garrett, Viagens na minha terra.
-estar que lhe está associado?
a) Destas reflexões feitas pelo narrador de Via-
gens na minha terra, deduz-se que ele tinha
em mente um determinado ideal de socieda-
de. O que caracteriza esse ideal? Explique re-
sumidamente.
b) A fala de Jão Fera revela que, no contexto só-
cio-histórico em que estava inserido, sua po-
sição social o fazia sentir-se ameaçado de ser
identificado com um outro tipo social – iden-
tificação, essa, que ele considera intolerável.
De que identificação se trata e por que Jão a
abomina? Explique sucintamente.
b) Identifique, em Viagens na minha terra, o tipo
social sobre o qual, principalmente, irá recair
a crítica presente nas reflexões do narrador,
no trecho aqui reproduzido. O que, de acordo
com o livro, caracteriza esse tipo social?
84 1ª. Série
Literatura Brasileira
– É que anda farejando, ou senão deram-lhe no b) Como essa peculiaridade do livro se manifes-
rasto e estão-lhe na cola. ta, de maneira geral, na caracterização das
– Coitado! Se o prendem! personagens e na construção do enredo?
– Ora qual. Dançará um bocadinho na corda!
– Você não tem pena?
– De um malvado, Inhá!
– Pois eu tenho!
José de Alencar, Til, em Obra completa, vol. III. Rio de Janeiro: Aguilar,
1958, p. 825. 79. (UNICAMP) O excerto a seguir é o trecho final de
Memórias de um sargento de milícias, de Manuel
77. O trecho do romance Til transcrito anteriormente Antonio de Almeida.
evidencia a ambivalência que caracteriza a per-
O segredo que a Maria-Regalada dissera ao ou-
sonagem Jão Fera ao longo de toda a narrativa. vido do major no dia em que fora, acompanhada
a) Explicite quais são as duas faces dessa am- por D. Maria e a comadre, pedir pelo Leonardo,
bivalência. foi a promessa de que, se fosse servida, cumpriria
o gosto do major.
Está pois explicada a benevolência deste para
com o Leonardo, que fora ao ponto de não só
disfarçar e obter perdão de todas as suas faltas,
como de alcançar-lhe aquele rápido acesso de
posto.
Fica também explicada a presença do major em
casa da Maria-Regalada.
b) Exemplifique cada face dessa ambivalência
com um episódio do romance. Depois disto entraram todos em conferência.
O major desta vez achou o pedido muito justo,
em consequência do fim que se tinha em vista.
Com a sua influência tudo alcançou; e em uma
semana entregou ao Leonardo dois papéis: — um
era a sua baixa de tropa de linha; outro, sua no-
meação de Sargento de Milícias.
Além disto recebeu o Leonardo ao mesmo tempo
carta de seu pai, na qual o chamava para fazer-
lhe entrega do que lhe deixara seu padrinho, que
se achava religiosamente intacto.
78. (UNICAMP) Em uma passagem célebre de Me-
mórias de um sargento de milícias, pode-se ler, Passado o tempo indispensável do luto, o Leo-
nardo, em uniforme de Sargento de Milícias, rece-
a respeito da personagem de Leonardo Pataca,
beu-se na Sé com Luizinha, assistindo à cerimô-
que “o homem era romântico, como se diz hoje, e nia a família em peso.
babão, como se dizia naquele tempo”. (Manuel Antônio Manuel Antonio de Almeida, Memórias de Um Sargento de Milícias.
de Almeida, Memórias de um sargento de milícias. Rio de Janeiro: Livros
Cotia: Ateliê Ed., 2000
Técnicos e Científicos, 1978, p. 19.)
a) De que maneira a passagem acima explicita Que diferença significativa pode ser estabelecida
o lugar peculiar ocupado pelo livro de Manuel entre a condição inicial do herói do romance e
Antônio de Almeida no Romantismo brasileiro? sua condição final, reproduzida no trecho acima?
Caderno de Atividades 85
80. (IFSMG) III. A personagem descrita revela-se, durante a
A comadre narrativa, a mãe biológica de Leonardinho e,
por isso, intervém no futuro do rapaz ao indicá-
Cumpre-nos agora dizer alguma coisa a respeito
-lo para o cargo de Sargento de Milícias.
de uma personagem que representará no correr
desta história um importante papel, e que o leitor Está CORRETO somente o que se afirma em:
apenas conhece, porque nela tocamos de passa- a) I.
gem no primeiro capítulo: é a comadre, a parteira
que, como dissemos, servira de madrinha ao nos- b) II e III.
so memorando. c) III.
Era a comadre uma mulher baixa, excessiva- d) I e III.
mente gorda, bonachona, ingênua ou tola até um e) I e II.
certo ponto, e finória até outro; vivia do ofício de
parteira, que adotara por curiosidade, e benzia de 81. (UNICAMP)
quebranto; todos a conheciam por muito beata e
pela mais desabrida papa-missas da cidade. Era O vale de Santarém é um destes lugares privile-
a folhinha mais exata de todas as festas religiosas giados pela natureza, sítios amenos e deleitosos
que aqui se faziam; sabia de cor os dias em que em que as plantas, o ar, a situação, tudo está
se dizia missa em tal ou tal igreja, como a hora e numa harmonia suavíssima e perfeita: não há ali
até o nome do padre; era pontual à ladainha, ao nada de grandioso nem sublime, mas há uma
terço, à novena, ao setenário; não lhe escapava como simetria de cores, de sons, de disposição
via-sacra, procissão, nem sermão; trazia o tempo em tudo quanto se vê e sente, que não parece
habilmente distribuído e as horas combinadas, de senão que a paz, a saúde, o sossego do espírito
maneira que nunca lhe aconteceu chegar à igreja e o repouso do coração devem viver ali, reina ali
e achar já a missa no altar. De madrugada come- um reinado de amor e benevolência. As paixões
çava pela missa da Lapa; apenas acabava ia à más, os pensamentos mesquinhos, os pesares e
das 8 na Sé, e daí saindo pilhava ainda a das 9 as vilezas da vida não podem senão fugir para
em Santo Antônio. O seu traje habitual era, como longe. Imagina-se por aqui o Éden que o primeiro
o de todas as mulheres da sua condição e es- homem habitou com a sua inocência e com a vir-
fera, uma saia de lila preta, que se vestia sobre
gindade do seu coração.
um vestido qualquer, um lenço branco muito teso
e engomado ao pescoço, outro na cabeça, um (Almeida Garret, Viagens na minha terra. São Paulo: Ateliê Editorial,
rosário pendurado no cós da saia, um raminho de 2012, p.114.)
arruda atrás da orelha, tudo isto coberto por uma
Entramos a porta da antiga cidadela. – Que es-
clássica mantilha, junto à renda da qual se pre-
pantosa e desgraciosa confusão de entulhos, de
gava uma pequena figa de ouro ou de osso. Nos
pedras, de montes de terra e caliça! Não há ruas,
dias dúplices, em vez de lenço à cabeça, o cabelo
era penteado, e seguro por um enorme pente cra- não há caminhos, é um labirinto de ruínas feias e
vejado de crisólitas. [...] torpes. O nosso destino, a casa do nosso amigo
é ao pé mesmo da famosa e histórica igreja de
ALMEIDA, Manuel Antônio de. Memórias de um Sargento de Milícias.
Santa Maria de Alcáçova. – Há de custar a achar
São Paulo: O Globo/Klick, 1997. p. 32.
em tanta confusão.
Considere as afirmações a respeito do trecho: (Idem, p. 211.)
I. Os personagens de Memórias de um Sargento a) Os excertos transcritos contrastam dois es-
de Milícias constituem sínteses de comporta- paços organizadores da narrativa. Caracterize
mentos gerais: são tipos, definidos pelo seu e explique o significado desses espaços para
papel social, sem densidade psicológica. Toda o conjunto do relato ficcional.
a caracterização da comadre nos leva a vê-la
como um tipo social: é interessante notar que
ela não surge em momento nenhum do roman-
ce com seu nome próprio: é a comadre, a ma-
drinha, a parteira.
II. O exagero na pormenorização da descrição da
comadre e da quantidade de missas que ela
frequentava evidencia uma tendência do autor
à caricatura na forma como os personagens
são apresentados ao longo do romance.
86 1ª. Série
Literatura Brasileira
Caderno de Atividades 87
pincham à guisa de sapos em roda do terreiro. em Niterói, local onde ela passou a infância. Po-
Um desses corta jaca no espinhaço do pai, negro demos afirmar que esta cena
fornido, que não sabendo mais como desconjun-
a) reforça a percepção de que, para o Roman-
tar-se, atirou consigo ao chão e começou de ra-
banar como um peixe em seco... (...) tismo, o amor não é possível no meio urbano,
José de Alencar, Til. mas apenas no meio natural.
(*) “adumbra-se” = delineia-se, esboça-se. b) acentua a diferença entre a violência urbana e
a paz que reina no meio natural.
85. Ao comentar o romance Til e, inclusive, a cena c) mostra a praia como cenário perfeito para
do capítulo “O samba”, aqui reproduzida, Ara- Lúcia contar a Paulo como foi obrigada a se
ripe Jr., parente do autor e estudioso de sua prostituir.
obra, observou que esses são provavelmente os d) faz Lúcia voltar a ser criança por um momen-
textos em que Alencar “mais se quis aproximar to, revelando que, apesar de se prostituir,
dos padrões” de uma “nova escola”, deixando, mantém o caráter puro e ingênuo.
neles, reconhecível que, “no momento” em que e) é apenas um bom exemplo do gosto român-
os escreveu, “algum livro novo o impressionara, tico pela natureza brasileira e pela cor local.
levando-o pelo estímulo até superfetar* a sua
verdadeira índole de poeta”. Alguns dos procedi- 88. Assinale a alternativa INCORRETA sobre a prosa
mentos estilísticos empregados na cena aqui re- romântica brasileira.
produzida indicam que a “nova escola” e o “livro a) Destacam-se autores como Manuel Antônio de
novo” a que se refere o crítico pertencem ao que Almeida, Bernardo Guimarães, José de Alen-
historiadores da literatura chamaram de car, Joaquim Manuel de Macedo e Visconde
(*) “superfetar” = exceder, sobrecarregar, acrescentar-se (uma coisa a de Taunay.
outra). b) Retrata a sociedade da época embasada pela
ideologia positivista e pelo cientificismo.
a) Romantismo-Condoreirismo.
c) Costuma girar em torno da descrição dos
b) Idealismo-Determinismo. costumes da sociedade da época, criando
c) Realismo-Naturalismo. identificação com o público-leitor.
d) Parnasianismo-Simbolismo. d) É composta por romances de costumes, ur-
e) Positivismo-Impressionismo. banos, indianistas, regionalistas e históricos.
e) Visconde de Taunay é um dos representantes
86. Considerada no contexto histórico a que se re- do romance regionalista com a obra Inocência.
fere Til, a desenvoltura com que os escravos, no
excerto, se entregam à dança é representativa do (PUC-SP) Texto refere-se às questões 89 e 90.
fato de que Ainda assim, belas e amáveis leitoras, entenda-
a) a escravidão, no Brasil, tal como ocorreu na mo-nos; o que eu vou contar não é um romance,
América do Norte e no Caribe, foi branda. não tem aventuras enredadas, peripécias, situa-
ções e incidentes raros; é uma história simples e
b) se permitia a eles, em ocasiões especiais e singela, sinceramente contada e sem pretensão.
sob vigilância, que festejassem a seu modo.
c) teve início nas fazendas de café o sincretismo 89. O trecho acima integra a obra Viagens na Minha
das culturas negra e branca, que viria a carac- Terra, de Almeida Garrett. Considerando a obra
terizar a cultura brasileira. como um todo, pode-se afirmar que a história a
d) o narrador entendia que o samba de terreiro era, ser contada pelo narrador é a
em realidade, um ritual umbandista disfarçado. a) da paixão de Joaninha dos olhos verdes por
seu primo Carlos, com quem casa e vive feliz.
e) foi a generalização, entre eles, do alcoolismo,
que tornou antieconômica a exploração da b) da indecisão de Carlos, ante o amor de várias
mão de obra escrava nos cafezais paulistas. mulheres, sua saída de Santarém e regresso
à Inglaterra.
87. (ITA) Em uma passagem do romance Lucíola, de c) do sofrimento da menina dos rouxinóis pela
José de Alencar, Lúcia e Paulo vão a uma praia perda do amado e seu abandono ao destino
88 1ª. Série
Literatura Brasileira
Caderno de Atividades 89
b) O espaço do livro é o interior de Minas Gerais, (MACKENZIE) O texto a seguir refere-se às ques-
especialmente a cidade de Congonhas, onde tões de 97 e 98.
Eugênio cursa o seminário.
A Esmeralda e o Camafeu
c) O foco narrativo do romance está em primeira
— Se eu encontrasse!...
pessoa. Quem conta a história é Eugênio, em
forma de flashback, quando, já adulto, relem- — Então?... que faria?...
bra sua desventura amorosa. — Atirar-me-ia a seus pés, abraçar-me-ia com
d) Quase não há diálogos no livro, o autor, assim eles e lhe diria: “Perdoai-me, perdoai-me, senho-
como seus contemporâneos folhetinescos, ra, eu já não posso ser vosso esposo! tomai a
prenda que me deste...”
privilegia o discurso indireto.
E o infeliz amante arrancou debaixo da camisa
95. Assinale, entre as descrições abaixo, aquela que um breve, que convulsivamente apertou na mão.
NÃO corresponde corretamente ao personagem — O breve verde!... exclamou D. Carolina, que
do livro O Seminarista. contém a esmeralda!...
a) “Era uma matrona gorda e corada, de rosto — Eu lhe diria, continuou Augusto: “recebei este
sempre afável e prazenteiro [...]” (SENHORA breve que já não devo conservar, porque eu amo
ANTUNES). outra que não sois vós, que é mais bela e mais
cruel do que vós!...”
b) “[...] fazendeiro de medianas posses. Traba-
lhador, bom e extremoso pai de família, liso A cena se estava tornando patética; ambos cho-
e sincero em seus negócios” (FRANCISCO ravam e só passados alguns instantes a inexpli-
cável Moreninha pôde falar e responder ao triste
ANTUNES).
estudante.
c) “[...] fora casada com um alferes de cavalaria,
— Oh! pois bem, disse; vá ter com sua desposa-
que havia morrido nas guerras do Rio Grande da, repita-lhe o que acaba de dizer, e se ela ceder,
do Sul [...]” (UMBELINA) se perdoar, volte que eu serei sua... esposa.
d) “[...] uma encantadora menina, de muito bom — Sim... eu corro... Mas, meu Deus, onde poderei
natural e muito viva e engraçadinha”. (MAR- achar essa moça a quem não tornei a ver, nem
GARIDA) poderei conhecer?... onde meu Deus?... onde?...
E tornou a deixar correr o pranto, por um momen-
96. Qual é o motivo pelo qual Eugênio é enviado para
to suspendido.
o seminário, na obra O Seminarista de Bernardo
Guimarães? — Espere, tornou D. Carolina, escute, senhor.
Houve um dia, quando a minha mãe era viva,
a) A madrinha de Eugênio e mãe de Margarida, em que eu também socorri um velho moribundo.
Umbelina, teme pelo romance entre os dois Como o senhor e sua camarada, matei a fome de
meninos e sugere aos compadres o envio de sua família e cobri a nudez de seus filhos; em si-
Eugênio para o seminário. nal de reconhecimento também este velho me fez
um presente: deu-me uma relíquia milagrosa que,
b) A mãe de Eugênio teve complicações duran- asseverou-me ele, tem o poder uma vez na vida
te o parto, o que a fez prometer para Deus de quem a possui, de dar o que se deseja; eu cosi
que, caso seu filho se salvasse, ele seria um essa relíquia dentro de um breve; ainda não lhe
padre. Eugênio então é obrigado a cumprir a pedi coisa alguma, mas trago-a sempre comigo;
promessa da mãe. eu lha cedo... tome o breve, descosa-o, tire a re-
líquia e à mercê dela encontre sua antiga amada.
c) Como a mãe de Eugênio não consegue en- Obtenha o seu perdão e me terá por esposa.
gravidar, faz uma promessa religiosa para que,
caso isso acontecesse, o filho tornar-se-ia — Isto tudo me parece um sonho, respondeu Au-
gusto, porém, dê-me, dê-me esse breve!
padre.
A menina, com efeito, entregou o breve ao estu-
d) O protagonista Eugênio se mostra, ainda
dante, que começou a descosê-lo precipitada-
muito jovem, um menino muito inteligente e mente. Aquela relíquia, que se dizia milagrosa, era
religioso. Seus pais, visualizando a vocação sua última esperança; e, semelhante ao náufrago
celibatária do filho e desejando a carreira que no derradeiro extremo se agarra à mais leve tá-
eclesiástica a ele, enviam-no ao seminário. bua, ele se abraçava com ela. Só falta a derradeira
90 1ª. Série
Literatura Brasileira
capa do breve... ei-la que cede e se descose... Sal- e) um narrador que, em perspectiva futurista,
ta uma pedra... e Augusto, entusiasmado e como exalta a vida moderna, a velocidade e a so-
delirante, cai aos pés de D. Carolina, exclamando:
ciedade urbana.
— O meu camafeu!... o meu camafeu!...
Joaquim Manuel de Macedo, A Moreninha.
98. A partir do fragmento selecionado, pode-se afir-
mar que a prosa de Joaquim Manoel de Macedo
97. No excerto, está presente:
a) um narrador-observador que participa da cena I. é marcada por enredos cheios de peripécias
apenas para produzir um efeito de comicidade, e final feliz.
como em A cena se estava tornando patética. II. é composta com uma linguagem simples, es-
b) o uso da primeira pessoa na voz narrativa, ca- tilo fluente e leve.
racterizando um personagem com dupla fun- III. é elaborada em torno de objetividade temáti-
ção: narrador-personagem. ca, com negação do sentimentalismo.
c) um narrador-protagonista que conhece e partici-
Assinale a alternativa correta.
pa de toda a história, impondo juízo de valores,
como em E o infeliz amante arrancou debaixo a) Estão corretas apenas as alternativas I e II.
da camisa um breve. b) Estão corretas apenas as alternativas I e III.
d) o recurso do flashback, iniciado com — Espere, c) Estão corretas apenas as alternativas II e III.
tornou D. Carolina, para elucidar uma ação
ocorrida no passado com consequências no d) Todas as alternativas estão corretas.
presente. e) Nenhuma das alternativas está correta.
Caderno de Atividades 91
Anotações
92 1ª. Série
INGLÊS
1ª. Série
Analyze an advertisement
Peter Sells
Sierra Gonzalez
Not all advertisements make perfect sense. Not
all of them promote or imply acceptance of social
values that everyone would agree are what we
should hope for, in an enlightened and civilized
society. Some advertisements appear to degrade
our images of ourselves, our language, and appear
to move the emphasis of interaction in our society
to (even more) consumerism. There may even be
a dark, seamy, or seedy side to advertising. This
is hardly surprising, as our society is indeed a
consumer society, and it is highly capitalistic in the
simplest sense. There is no doubt that advertising
promotes a consumer culture, and helps create
and perpetuate the ideology that creates the
apparent need for the products it markets.
For our purposes here, none of this matters. Our
Nos anúncios, as palavras use, you, need, task is to analyze advertisements, and to see if
electricity e wisely são exemplos, respectivamen- we can understand how they do what they do.
te, de: We will leave the task of how we interpret our
findings in the larger social, moral and cultural
a) substantivo, pronome, verbo, substantivo e contexts for another occasion. It is often said that
advérbio. advertising is irrational, and, again, that may well
b) verbo, pronome, verbo, substantivo e advérbio. be true. But this is where the crossover between
information and persuasion becomes important;
c) substantivo, adjetivo, verbo, substantivo e
an advertisement does not have to be factually
adjetivo. informative (but it cannot be factually misleading).
Caderno de Atividades 93
In a discussion of what kind of benefit an The word it in “…and it played...” (paragraph 4)
advertisement might offer to a consumer, Jim refers to:
Aitchison (1999) provides the following quote from
a) Liverpool Carnival Company.
Gary Goldsmith of Lowe & Partners, New York. It
sums up perfectly what it is that one should look b) The Millennium Carnival.
for in an advertisement. The question posed is c) Liverpool’s samba school.
“Is advertising more powerful if it offers a rational
d) The Brazilica festival.
benefit?” Here is Goldsmith’s answer: “I don’t
think you need to offer a rational benefit. I think
you need to offer a benefit that a rational person
4. (PUCMG)
can understand.” Why the Internet is so addictive
(www.stanford.edu. Adaptado.)
“Checking Facebook should only take a minute.”
O pronome it, utilizado na última linha do primeiro Those are the famous last words of countless
parágrafo, na frase for the products it markets, people every day, right before getting sucked into
refere-se: several hours of watching cat videos or commenting
on Instagrammed sushi lunches. That behavior is
a) à necessidade da propaganda. natural, given how the Internet is structured, experts
b) à área de publicidade. say. The Internet’s omnipresence and lack of limits
c) à ideologia da propaganda. encourage people to lose track of time, making it
hard to exercise the self-control to turn it off.
d) aos mercados consumidores.
“The Internet is not addictive in the same way
e) à cultura do consumismo.
as pharmacological substances are,” said Tom
Stafford, a cognitive scientist at the University
3. (PUCMG)
of Sheffield in the U.K. “But it’s compulsive; it’s
Thousands expected in Liverpool for compelling; it’s distracting.” Humans are social
Brazil-themed festival creatures. Therefore, people enjoy the social
information available via email and the Web.
There are clearly many differences between
Liverpool and Rio de Janeiro. However, there The main reason the Internet is so addictive is that
are a number of similarities, as the organizers it lacks boundaries between tasks, Stafford said.
of the three-day Brazilica festival will show this Someone may set out to “research something,
weekend. and then accidentally go to Wikipedia, and then
wind up trying to find out what ever happened
The festival is a celebration of all things connected
to Depeche Mode,” Stafford said, referring to
with Brazil and culminates in a carnival parade
the music band. Studies suggest willpower is
through the city centre. Liverpool’s position as
like a muscle: It can be strengthened, but can
a port city means it has a decent sized Latin
also become exhausted. Because the Internet is
American community. This year, for the fifth time,
always “on,” staying on task requires constantly
there will be a night-time samba parade on the
streets. flexing that willpower muscle, which can exhaust
a person’s self-control.
A series of events occur before the festival
weekend. A Carnival Queen competition takes For those who want to loosen the grip of the Web
place and there will be showcases of Brazilian on their lives, a few simple techniques may do the
art, film and Bossa Nova music. Football will be trick. Web-blocking tools that limit surfing time can
celebrated in the Soccer Zone. help people regain control over their time. Another
method is to plan ahead, committing to work for 20
Such is the popularity of samba, there are minutes, or until a certain task is complete, and then
more than 300 schools spread across the UK. allowing five minutes of Web surfing, Stafford said.
Liverpool’s samba school was opened in 1995 (Adapted from: http://www.mnn.com/green-tech/computers/stories/
and it played at the Millennium Carnival in Rio five why-the-internet-is-so-addictive)
years later.
The word It in “It can be strengthened” (paragraph
The performance led to a determination “to bring
this splendid spectacle home to Liverpool and
3) refers to:
create the first Brazilian samba carnival in the UK,” a) research.
the Liverpool Carnival Company’s spokesperson b) willpower.
said.
c) Wikipedia.
Adapted from: http://www.guardian.co.uk/uk/the-northerner/2012/
jul/12/. Access: 25/07/2012 d) Internet.
94 1ª. Série
Inglês
(www.hagardunor.net)
No trecho do primeiro quadrinho – she’s sick and tired of smelling beer –, ’s pode ser reescrito como
a) is. c) goes. e) has.
b) was. d) does.
Assinale a alternativa que corresponde ao ’s nas seguintes frases: Everybody’s rude, too. e There’s no
respect for anyone.
a) is – is c) was – has e) is – has
b) is – was d) was – is
What is the correct form of the verb be to complete the sentences from the comic strip: These _________
troubled times and We __________ low on corn chips.
a) is – are c) is – is e) are – am
b) are – are d) am – is
Caderno de Atividades 95
Multiple Intelligences
8.
9.
96 1ª. Série
Inglês
11. (UNIMONTES)
Freedom and limits for teens
Sooner or later it happens. Children grow up and the time approaches when they will soon be leaving home. Parents
must learn to let go and accept their child’s growing independence, while still providing guidance and support. Teens
must learn self-discipline, responsibility and the skills they will need to live in the adult world. Teens need to be allowed
freedom to make choices and to experience the consequences of those choices in order to learn responsibility and
self-discipline. They need to be allowed to assert themselves, try new things and learn new skills. On the other hand,
too much freedom can provide too many opportunities for poor choices and mistakes, and may result in serious
problems. Teens are often caught between expectations that they act like adults in some situations, and yet are not
allowed to participate in adult situations in others. They may rebel and decide to test out adult behaviors by skipping
school, smoking, drinking, using drugs and engaging in sexual activity. They can get into a lot of trouble. It’s important
that parents hold teens accountable and allow them to experience the consequences of their choices. When parents
rescue or bail out their children from negative consequences, they are not helping their children in the long run. Teens
need to learn personal responsibility for their actions. If parents bail out their children whenever they get into trouble,
teens learn that their behavior is someone else’s responsibility. Teens may continue to make poor choices and behave
irresponsibly, believing their parents will continue to rescue them. When deciding on how much freedom to give teens
and what limits to set, parents should consider their teen’s abilities and past performance. Teens who have shown
responsible behavior, self-discipline and make good choices can earn increasing amounts of freedom.
(Disponível em: http://www.education.com/reference/article/Ref_Freedom_Limits_Teens/?page=2 , acesso em: 12 set. 2012 – com adaptações.)
Teens may continue to make poor choices and behave irresponsibly, believing their parents will continue to
rescue them. A palavra them, em destaque no trecho acima, faz referência a:
a) parents. c) poor choices.
b) teens. d) choices and irresponsibly.
Caderno de Atividades 97
The bank is expected to reveal more details during Read this passage from paragraph 1:
a conference call with investors on Tuesday. In
“Suddenly, comics are everywhere: a newly
addition to more information on job cuts and cost
matured art form, filling bookshelves with brilliant,
savings, investors will be looking for clues as to
innovative work and shaping the ideas and images
whether HSBC will move its headquarters.
of the rest of contemporary culture. [...] They are
The company is conducting a review, to be enjoyable, easy to read and their colours and
completed by the end of 2015, on whether pictures highly motivate the readers.”
it should relocate out of London. The bank’s
previous home, Hong Kong, is the most logical According to this passage, the pronouns THEY
choice for a move. and THEIR refer to:
Fonte: http://money.cnn.com/2015/06/09/investing/hsbc-job-cuts/ a) bookshelves.
index.html. Acessado em 09 de Junho de 2015
b) comics.
Observe a frase sublinhada no texto, no início do c) pictures.
3º parágrafo. O pronome it refere-se a: d) readers.
a) change. c) recognize. e) ideas.
b) we. d) the world.
15.
14. (IFSudeste - MG)
Asian parents: your kids
BOOK REVIEW are not robots
CLASSICAL COMICS (CNN) Asian-American kids, desperate to gain
admission to elite colleges, are now getting
Suddenly, comics are everywhere: a newly
coaches to teach them how to be “less Asian.”
matured art form, filling bookshelves with brilliant,
Put another way, these coaches are supposed to
innovative work and shaping the ideas and images
teach young Asian-Americans how to get out of
of the rest of contemporary culture. [...] They are
the stereotypes that we know them by.
enjoyable, easy to read and their colours and
pictures highly motivate the readers. After all, we […]
live in the AGE OF IMAGE.
Jeff Yang
Heinle/Cengage Learning has launched an
[…]
interesting collection of Classical Comics which
provide the readers with pleasurable, exciting and
attractive material. The first three volumes are iReport: Why I had to unlearn lessons from my
Frankenstein, Henry V and Macbeth. Asian-American upbringing
They are full stories with graded dialogues for Asian parents certainly have their children’s
language learning, with detailed information about best interest at heart. But in many cases, their
the characters, by picturing them in wonderful educational perspective has been shaped by
colour, carefully designed in excellent quality exams and numerical placements, from growing
paper, not to mention the sense of movement and up in societies where standardized test results
liveliness of the drawings. and the colleges that they place you in define your
entire life. It’s not surprising that, for them, merit
The introduction about the author, and the context equals test results, and softer traits — like passion,
when the story was written, gives the reader a imagination and originality — seem less worthy of
clear idea on how the author was influenced by inclusion in the process of judging an applicant’s
the time he lived. Furthermore, there is a detailed qualifications for college admission.[…]
description about the context and the plot of the Fonte: http://edition.cnn.com/2015/06/08/opinions/yang-being-less-
story in order to facilitate reading comprehension. asian/index.html. Acessado em 09 de Junho de 2015
Last but not least, there are two audio CDs which
O termo their, sublinhado por duas vezes no 2º
give the learners great opportunity to practise
listening, pronunciation and intonation of excellent parágrafo, refere-se a:
quality. a) children’s.
[...] b) exams.
Just relax and enjoy your reading! c) educational perspective.
(SERRA, R. Classical Comics – The ELT graphic novel. IN: New Routes d) Asian parents.
#39, Book Review. Disal, September/2009, p. 27)
e) cases.
98 1ª. Série
Inglês
Eating Disorders
16. (UNIMONTES)
Teens may continue to make poor choices and behave irresponsibly,
believing their parents will continue to rescue them
Teen Depression: A Guide for Teenagers What you can do to feel better
The teenage years can be tough, and it’s perfectly Depression is not your fault, and you didn’t do
normal to feel sad or irritable every now and then. anything to cause it. However, you do have some
But if these feelings don’t go away or become so control over feeling better. Staying connected
intense that you can’t handle them, you may be to friends and family, making healthy lifestyle
suffering from depression. The good news is that decisions, and keeping stress under control can all
you don’t have to feel this way. Help is available have a hugely positive impact on your mood.
and you have more power than you think. There are
When teen depression turns deadly
many things you can do to help yourself or a friend
start feeling better. If your feelings become so overwhelming that you
can’t see any solution besides harming yourself or
What depression feels like
others, you need to get help right away . And yet,
When you’re depressed, it can feel like no one asking for help when you’re in the midst of such
understands. But depression is far more common strong emotions can be really tough.
in teens than you may think. You are not alone
Tips for depressed teens
and your depression is not a hopeless case. Even
though it can feel like depression will never lift, • Try not to isolate yourself.
it eventually will—and with proper treatment • Keep your body healthy.
and healthy choices, that day can come even • Avoid alcohol and drugs.
sooner.
• Ask for help if you’re stressed.
Fonte: http://www.helpguide.org. Acesso em 8 de Setembro de 2014.
A palavra em destaque na frase: “When you’re depressed, it can feel like no one understands .” (linhas 12-13),
possui o acréscimo do –s, indicando um determinado tempo do verbo. Assinale a frase, retirada do texto,
que apresenta uma palavra com a mesma formação e em que o –s tem a mesma função.
a) “When teen depression turns deadly.”
b) “The good news is that you don’t have to feel this way.”
c) “The teenage years can be tough...”
d) “... and with proper treatment and healthy choices ... “
Caderno de Atividades 99
17. According to Big Nate’s speech on the Cheez Doodles snack you can infer that the simple present is used to
a) talk about his routine. d) describe a situation in the future.
b) describe facts about the snack. e) describe an action at the moment.
c) talk about the past.
18. Complete Big Nate’s friend sentence with the correct option: He ____________ this speech every day.
a) was making. d) makes.
b) make. e) made.
c) makeing.
19.
hagardunor.net
Considere a interrogativa de Helga: What do you give someone who has everything?. Como seria uma res-
posta afirmativa para esta questão?
20. Considere a fala de Sally: “I never know what day it is... sometimes I don’t even know what month it is…”
Assinale a alternativa que apresenta os termos com a mesma classificação e função dos destacados na
fala da personagem Sally, e que também poderiam ser substituídos no trecho apresentado.
a) until – usually d) often - until
b) always – so e) hardly ever – occasionally
c) sometimes – because
21. Considerando o terceiro quadrinho da tirinha apresentada, assinale a alternativa correta que representa
a forma negativa da fala de Peanuts: I have a calendar in my room... If you want to know [...], just ask me.
a) I doesn’t have a calendar in my room… If you don’t want to know [...], just doesn’t ask me.
b) I don’t have a calendar in my room… If you doesn’t want to know [...], just don’t ask me.
c) I don’t have a calendar in my room… If you don’t want to know [...], just don’t ask me.
d) I don’t have a calendar in my room… If you don’t want to know [...], just don’t ask me.
22.
computer games
23. (ITA)
Football albums
Stickernomics
24. (IFMG)
Typhoon Haiyan: Destruction in the Philippines
Officials estimate up to 10,000 people have died in Tacloban city and elsewhere in the Philippines in the aftermath
of Typhoon Haiyan. Many other people are now struggling to survive without food, shelter or clean drinking water.
Jon Donnison reports for the BBC: Tacloban has been flattened. Driving down the main high street, hardly a single
building is left standing. People say this town was hit by a wall of water when the typhoon struck on Friday.
There’s the stench of rotting corpses. Driving in from the airport we saw scores of bodies lying by the roadside. For
three days they have been there – nobody to bury them. People are desperate for food, clean water and shelter. At the
badly battered airport, a makeshift hospital has been set up. We saw two young women giving birth, laid out among
the debris.
Aid is getting in, but slowly and this is just one town in one province. Nobody knows the full extent of the devastation
elsewhere.
Disponível em: <http://www.bbc.co.uk/worldservice/learningenglish/language/wordsinthenews/2013/11/131111_witn_typhoon_story.shtml>.
Acesso em 01 out. 2015.
water
A tirinha a seguir refere-se às questões 25, 26 e 27.
Peanuts, Charles Schulz©1968
Peanuts Worldwide LLC. /Dist.
by Universal Uclick
25. Com base na leitura da tirinha, é possível inferir que Lucy está:
a) mandando. d) reclamando.
b) pedindo. e) explicando.
c) questionando.
26. Ao utilizar um verbo como nas falas “... switch channels!”; “...get up so I can...”; “go into the kitchen...”, o
sujeito implícito na frase é:
a) I. d) you.
b) they. e) she.
c) we.
27. Qual a alternativa que apresenta forma negativa equivalente à fala “All right, switch channels!”?
a) All right, didn’t switch channels. d) All right, isn’t switch channels.
b) All right, doesn’t switch channels. e) All right, aren’t switch channels.
c) All right, don’t switch channels.
29. Despite bullying, 8-year-old grew his hair out to donate it to cancer patients
In 2012, Christian McPhilamy saw a St. Jude’s commercial featuring children with no hair. The commercial changed
the now-8-year-old’s life, his mom Deeanna Thomas wrote on Facebook. He decided then that he would not stop
growing his hair out until he could donate it to children with cancer who needed wigs. […]
Disponível em: <http://www.seventeen.com/life/news/a31365/christian-philamy-hair-donation/>. Acesso em: 7 jun. 2015.
Assinale a alternativa que apresenta corretamente a forma base dos verbos no passado retirados do texto,
respectivamente: saw, changed, wrote, decided, needed.
a) seen, change, written, decid, need.
b) see, chang, write, decid, need.
c) seen, change, write, decide, need.
d) see, change, write, decide, need.
e) seen, change, written, decide, need.
No trecho do último parágrafo “While it once had one of the worst rates of deforestation in the world, last
year only 1,797 square miles of the Amazon were destroyed”, a palavra once apresenta uma ideia de:
a) passado.
b) condição.
c) futuro.
d) previsão.
e) singularidade.
b) Indique duas razões pelas quais Calvin pretende agir desse modo.
32.
“The discovery of major offshore oil reserves could propel the country into the top league of oil-exporting
nations.” No fragmento acima, o termo destacado pode ser traduzido como:
a) poderia melhorar
b) poderia proporcionar
c) poderia impulsionar
d) poderia alcançar
“[…] while last year’s launch did not include [...]”. O tempo verbal destacado nesta frase deve ser classi-
ficado como:
a) simple present tense. c) past perfect.
b) simple past tense. d) present perfect.
38. Assinale a alternativa que melhor completa os espaços [1] e [2] do texto.
a) dropped – didn’t d) drops – don’t
b) drop – didn’t e) drops – didn’t
c) droped – didn’t
39. Considere a seguinte frase que foi retirada do texto e adaptada: “a woman dumped a rare Apple 1 computer”.
Quais seriam as formas negativa e interrogativa da frase em questão?
40.
Dilbert, Scott Adams©1992 Scott Adams/Dist.
by Universal Uclick
O sufixo –er na palavra smaller (último parágrafo) tem a mesma função morfológica que o sufixo –er em
qual das seguintes palavras?
a) ruler
b) simpler
c) user
d) writer
42.
Considere a fala de Garfield no último quadrinho: Am I becoming less annoying to dogs?. A comparação
que ele faz é de inferioridade. Qual seria a alternativa que apresenta a comparação correta e equivalente
de superioridade?
a) more annoying
b) annoyinger
c) more annoying as
d) as annoying as
ESPANHOL
1ª. Série
Lamento borincano –
Canción popular
Sale, loco de contento con su cargamento
para la ciudad, ay, para la ciudad.
Lleva en su pensamiento todo un mundo lleno
de felicidad, ay, de felicidad.
Piensa remediar la situación
del hogar que es toda su ilusión, sí.
Y alegre el jibarito va, pensando así,
diciendo así, cantando así, por el camino:
si yo vendo la carga, mi Dios querido,
un traje a mi viejita voy a comprar. 1. Por el tono del relato, se puede inferir que el
Y alegre también su yegua va autor de la canción hace un desahogo sobre los
al presentir que aquel cantar elementos del contexto histórico de su tierra. Eso
es todo un himno de alegría. se confirma cuando habla acerca de
Y en eso le sorprende la luz del día a) la variedad y la calidad de las mercancías
y llegan al mercado de la ciudad. extranjeras que vende.
Pasa la mañana entera sin que nadie quiera b) la situación desdichada de los pobres y
su carga comprar, ay, su carga comprar. campesinos de su país.
Todo, todo está desierto y el pueblo está muerto
de necesidad, ay, de necesidad.
c) un largo viaje de negocios con sus hijos a
Se oye este lamento por doquier
través de la Perla de los mares.
de su desdichado Borinquen, sí. d) la prosperidad y el transporte con su yegua
Y triste, el jibarito va pensando así, hacia el mercado del Edén.
diciendo así, cantando así, por el camino:
¿“qué será de Borinquen mi Dios querido? 2. Busque en la segunda columna la explicación
¿qué será de mis hijos y de mi hogar?” correspondiente a la primera y luego señale la
¡Borinquen! la tierra del Edén, alternativa CORRECTA.
la que al cantar, el gran Gauthier
I. Perla V. Gauthier
llamó la Perla de los mares.
Ahora que tú te mueres con tus pesares, II. Borinquen VI. Borincano
déjame que te cante yo también. III. Jibarito VII. Ay
Rafael Hernández Marín, cantautor puertorriqueño IV. Por doquier
día. El oído está poco o nada habituado a es- Según el artículo, se puede decir que
cuchar los otros idiomas. Pero este problema
español se exagera bastante en Portugal don- a) los españoles son personas muy distintas y
de nos critican además por traducir todo a la con hábitos demasiado raros, por lo que se
española. Entre los mitos de los que hablaba, diferencian de los portugueses.
muchos portugueses siguen afirmando que b) aunque viven en países fronterizos, los
decimos “Piedras Rodadas” en lugar de “The portugueses y los españoles son distintos en
Rolling Stones” y “Juanito caminante” en vez lo que dice respecto a las costumbres, a la
de “Johnnie Walker”. Como ocurre con muchos
comida, a la lengua y otros rasgos culturales.
idiomas, entre el español y el portugués existen
los llamados falsos amigos. Si un portugués le c) a los españoles no les gustan los portugueses
dice a una chica que está espantosa significa porque siempre son víctimas de prejuicios
que está espectacular, apabullante. Y cuando sobre su forma de vivir y actuar en sociedad,
los españoles decimos que la comida está ex- pese al hecho de que estos siempre tienen
quisita para un portugués no significa que está más ventajas que los primeros.
deliciosa sino que es rara o extraña.
d) los portugueses hablan mejor que los
Disponível em: <http://www.abc.es/sociedad/20140914/abci- españoles porque tienen una fonética más
grandes-diferencias-entre-portugueses-201409121825.html>.
Acesso em :16 jun. 2015. rica, con vocales abiertas y cerradas.
9. (IFNMG) No primeiro quadrinho, TEXTO 02, a palavra em destaque na seguinte oração, “A los palestinos os
gusta bailar y cantar” refere-se à:
a) 2ª pessoa do plural – vosotros c) 2ª pessoa do singular – tú
b) 3ª pessoa do plural – ellos d) 1ª pessoa do plural – nosotros.
Él mola un pegote
Lee esta historieta de Mafalda y el fragmento de texto a continuación. Luego contesta las preguntas 10 y 11.
El niño representaba el espíritu capitalista de un pequeño cuentapropista. El dinero era la columna vertebral de la
moral del chico, que reproducía física y mentalmente los cánones de su padre. […] Manolito reenviaba a un tipo
social largamente cristalizado en la sociedad argentina.
Extraído de Mafalda: história social y política, de Isabella Cosse. Buenos Aires: Fondo de Cultura Económica, 2014. p. 64.
10. ¿Qué actitud del personaje Manolito en la historieta permite corroborar lo que dice el fragmento?
11. ¿Cómo reacciona Mafalda ante la actitud del amigo? ¿Por qué?
La alternativa que presenta el orden correcto del para arrojarlos a la basura o al río. Cuando ya son
cuento es: adultos, es muy común encontrarlos vagando por
las carreteras y caminos rurales donde pueden ser
a) 5 – 1 – 3 – 2 – 4
atropellados. Si se libran de los coches, el siguien-
b) 5 – 3 – 1 – 2 – 4 te obstáculo a salvar será el hambre y la sed.
c) 3 – 5 – 1 – 2 – 4 Aunque la caza de la liebre con galgo está prohi-
d) 4 – 1 – 2 – 5 – 3 bida en la mayoría de países de Europa, todavía
en España, Portugal e Irlanda se sigue dando esta
práctica. Las asociaciones protectoras de los gal-
(MACKENZIE)
gos, que trabajan también para conseguir modi-
LAS DOS POSIBLES VIDAS DEL GALGO. ficar las leyes que dejan impune al maltratador,
indican que el mayor número de abandonos se
Al final de la carrera.
produce al finalizar la temporada de caza.
Cada año son abandonados en España más de Adaptado de Punto y Coma n° 37-2012
150.000 perros; casi la mitad de ellos son galgos
españoles. Esta raza, ligada al ámbito rural es difí- 15. La palabra mascotas, destacada en negrita en el
cil de encontrar en las tiendas de mascotas, pero texto significa persona, animal o cosa que sirve de:
cada vez es más frecuente en los parques de las
grandes ciudades españolas e incluso europeas. a) cadena d) abrigo
Descubramos cómo el hombre llega a ser el y
b) recuerdo e) casilla
también el salvador de este singular canino.
Imaginemos que, desde los primeros días de c) talismán
nuestra vida nos entrenan para una determinada
tarea. Pasamos nuestros mejores años realizando 16. El significado correcto de la palabra verdugo,
esta labor, nos premian y somos felices, porque destacada en negrita en el texto, es:
cazar está en nuestro instinto. Un buen día, tras
a) Persona muy generosa.
finalizar tu jornada, la persona para la que has es-
tado trabajando, la que te enseñó el oficio, te deja b) Persona muy cruel.
atado a un árbol o algo mucho peor. Esto es lo
que le ha pasado a muchos galgos en España.
c) Persona muy ociosa.
Los más afortunados son rescatados por diferen- d) Persona muy hacendosa.
tes asociaciones cuya misión principal es curar-
e) Persona muy prolija.
los, denunciar los hechos y buscar un hogar don-
de terminarán de sanar sus heridas, tanto físicas
17. El significado correcto de nos entrenan, destacado
como emocionales.
en negrita en el texto, es:
Cada vez son más las personas que, al tomar la
decisión de compartir su vida con un perro, pien- a) nos apabullan d) nos preparan
san en adoptarlo en lugar de comprarlo.
b) nos empujan e) nos riñen
Una vez en casa con los nuevos dueños, los co-
laboradores de SOS Galgos van a comprobar la c) nos destornillan
adaptación de estos animales a su nuevo hogar.
Las visitas pueden ser por sorpresa, para evitar 18. Según el texto, a los galgos españoles:
que los galgos caigan de nuevo en manos de sus
verdugos: los cazadores. Además, los dueños de- a) Los elogian durante toda su vida.
ben ser muy pacientes con ellos, pues han sido b) Los rematan periódicamente.
animales maltratados.
c) Los arrumban inesperadamente.
Existen demasiados galgueros que deciden pres-
cindir de su perro cuando este ha sufrido alguna d) Los destiñen simultáneamente.
lesión en la carrera o ha fallado muchas liebres o,
simplemente, se ha hecho viejo. Las razones son e) Los sincronizan diariamente.
fundamentalmente económicas. Es más barato
deshacerse de un perro que no produce ningún 19. En el texto, la preposición tras, destacada en
beneficio que proporcionarle los cuidados bási- cursiva se puede sustituir por:
cos y veterinarios necesarios.
a) a través de d) al revés de
El maltrato del que son víctimas estos perros pue-
de darse, incluso desde que son cachorros; si la b) retrasar e) delante de
camada es numerosa, pueden meterlos en bolsas c) después de
Para ir a aquella boda me puse las primeras medias transparentes que usé en mi vida. Tenía catorce años, y mi
cuerpo había cambiado mucho, pero yo no me di cuenta del todo de aquel fenómeno hasta que me sorprendió
el hallazgo de mis propias piernas, desnudas y enteras bajo una funda de nailon que emitía destellos plateados
al chocar con la luz, enmascarando una milagrosa eficacia la cicatriz alargada, como un hilo grueso de piel más
clara, que siempre intentaba esconder estirándome la falda en esa dirección. Me miré en el espejo y me descubrí,
fundamentalmente redonda, bajo la funda de punto amarillo claro que tantos disgustos me había costado, y me
sonrojé por dentro al comprobar que yo tenía razón, porque aquel vestido sería italiano y una monada, como dijo
mamá en el probador, pero me prestaba un indeseable aire de familia con las vacas lecheras de origen suizo que
criaba Marciano en los establos de la Finca del Indio, y no sólo a la altura del pecho, sino en las direcciones más
insospechadas. […]
Extraído de Malena es un nombre de tango, de Almudena Grandes. Madrid: Tusquets Editores, 1994.
I. Resplandor vivo y efímero, ráfaga de luz, que se enciende y amengua o apaga casi instantáneamente.
II. Efecto de dar con alguien o algo que se busca.
III. Hacer salir los colores al rostro diciendo o haciendo algo que cause empacho o vergüenza.
IV. Cubierta o bolsa de cuero, paño, lienzo u otro material con que se envuelve algo para conservarlo y
resguardarlo.
21. (IFSMG)
Toda Mafalda – EDICIONES DE LA FLOR, 2010.
Crédito: ©Joaquín Salvador Lavado (Quino) –
A respectiva tradução da fala de Mafalda seria: Estados Unidos, los ojos de los hombres son más
sensibles a los pequeños detalles y a los objetos
a) “... poder pensar sempre que estou sentada
que se mueven a gran velocidad, mientras que las
olhando-o.”
mujeres son mejores a la hora de distinguir colores.
b) “... poder pensar já que estou sentada
Fonte: http://www.lanacion.com.ar/en (adaptado). Acesso em: 21 de
mirando-o.” setembro de 2012
c) “... poder pensar enquanto estou sentada
olhando-o.” 22. (IFSMG) ‘Qué lindo te quedan esos pendientes
d) “... poder pensar todavia que estou sentada nuevos!’ en referencia a unos aretes diminutos
mirando-o.” que le regaló su prima y que sólo se los puso [...]. ”
No trecho em destaque, o pronome complemento
Texto para as questões 22 e 23
los substitui uma palavra mencionada
Los hombres ven distinto anteriormente. Sendo assim, podemos afirmar
que las mujeres que este pronome refere-se a:
La visión masculina es más sensible a los pe- a) pendientes c) nuevos
queños detalles y a los objetos que se mueven a
gran velocidad, mientras que la femenina es me-
b) esos d) unos
jor a la hora de distinguir colores.
23. (IFSMG) “Según un estudio llevado a cabo por
Si usted llega a su casa recién salida de la pelu-
quería, con un tono de pelirrojo que nunca antes investigadores en los Estados Unidos[...].”
se había atrevido a usar y su pareja la recibe con No fragmento mencionado, a expressão llevado
un: “¡Qué lindo te quedan esos pendientes nue- a cabo refere-se a um estudo que foi:
vos!”, en referencia a unos aretes diminutos que
le regaló su prima y que sólo se los puso por no a) organizado
dejar, recapacite antes de mirarlo con odio y pe-
garle un par de gritos. b) realizado
No se trata en este caso al menos de falta de in- c) encontrado
terés, atención y mucho menos de cariño. Según
d) divulgado
un estudio llevado a cabo por investigadores en
a) V – F – V – V
b) V – V – F – F
c) F – V – F – V
d) F – F – V – V
¡Conéctate!
Lee este cuento del escritor uruguayo Eduardo 26. Lee el texto y marca la alternativa correcta.
Galeano.
Los riesgos de dormir con el
La función del lector/1 móvil encendido
Cuando Lucía Peláez era muy niña, leyó una no- Las actuales prestaciones de los smartphones o
vela a escondidas. La leyó a pedacitos, noche teléfonos inteligentes han convertido a estos dis-
tras noche, ocultándola bajo la almohada. Ella la positivos en una especie de extensión de nuestro
había robado de la biblioteca de cedro donde el cuerpo. Vamos con ellos a todas partes; incluso
tío guardaba sus libros preferidos. al baño y, por supuesto, duermen a nuestro lado,
aunque sea en la mesita de noche y rara vez los
Mucho caminó Lucía, después, mientras pasaban apagamos. ¿Qué riesgos conlleva dormir con el
los años. móvil encendido?
En busca de fantasmas caminó por los farallones Según un estudio publicado en la revista Pro-
sobre el río Antioquia, y en busca de gente cami- ceedings of the National Academy of Sciences
nó por las calles de las ciudades violentas. (PNAS) el problema procede de la pantalla de
Mucho caminó Lucía, y a lo largo de su viaje iba los dispositivos (sea móvil, ebook, portátil o ta-
siempre acompañada por los ecos de los ecos de blet). La luminiscencia de las pantallas reduce la
aquellas lejanas voces que ella había escuchado, melatonina (la hormona reguladora del sueño) y
con sus ojos, en la infancia. además prolonga el tiempo que tardamos en dor-
mirnos. También retrasa y reduce el sueño REM;
Lucía no ha vuelto a leer ese libro. Ya no lo reco-
el estado de alerta aumenta por la noche -al con-
nocería. Tanto le ha crecido adentro que ahora es
trario de como debería ser-... todo ello conduce a
otro, ahora es suyo.
que retrasemos la hora del sueño y que suframos
Extraído de El libro de los abrazos, de Eduardo Galeano. de insomnio o de deficiencias en el sueño por
Buenos Aires: Siglo Veintiuno Editores, 2013. p. 8.
esta interrupción silenciosa de los ritmos circa-
dianos del organismo.
25. Los posesivos destacados en el texto se refieren,
respectivamente: Por si esto fuera poco, el hecho de que segundos
antes de disponernos a dormir y cerrar los ojos,
a) a la biblioteca de Lucía, al tío, al libro de Lucía. hayamos echado un vistazo a nuestro dispositivo,
b) a los libros del tío, al viaje de Lucía, al libro de hiperexcita nuestro cerebro, lo que es el efecto
Lucía. contrario que necesitamos antes de dormir. Para
que nuestro cerebro descanse y durmamos lo
c) a la biblioteca, al viaje de Lucía, al libro del tío . mejor posible, deberíamos apagar nuestros mó-
d) a la biblioteca, al tío de Lucía, al mundo de viles y nunca encenderlos mientras dormimos
Lucía. puesto que cualquier vibración, sonido o destello
puede despertarnos e interrumpir nuestros ciclos Según el estudio que se realizó, entre los riesgos de
de sueño. dormir con el móvil prendido está el hecho de que
Despertarnos a menudo por una notificación lu- a) nos hace dormir hasta más tarde el otro día.
minosa en el móvil nos lleva a lo que se ha deno- b) nos despierta en el momento más importante
minado como “insomnio tecnológico”, una pato-
del sueño, perjudicando nuestro cerebro.
logía que provoca insomnio en su fase más inicial
pero que, en algunos casos, puede provocar des- c) las notificaciones luminosas pueden
pertares intrasueño y volverse más acusado. interromper el sueño y provocar insomnio.
Disponível em: <http://www.muyinteresante.es/tecnologia/articulo/los- d) causa mayor ansiedad, ya que siempre le
riesgos-de-dormir-con-el-movil-encendido-711422970755>. Acesso echamos un vistazo antes de dormirnos.
em: 20 jun. 2015.
¿Eres manirroto?
INSTRUCCIÓN: Lea los dos textos siguientes y 27. (UEMG) Según el texto, medios publicitarios,
enseguida seleccione la opción adecuada de las como agentes de consumismo, contribuyen para
cuestiones propuestas del 27 al 29. la devastación de arboledas y degradación del
hábitat urbano. Esto quiere decir que
CADA BUZÓN “SE TRAGA” MEDIO
ÁRBOL AL AÑO a) todo el papel utilizado para divulgar los servicios
comerciales alcanza medidas exorbitantes que
“Los buzones domiciliarios se han convertido en
se destinan al bricolaje.
un “tragadero” de desechos contaminantes sin
ninguna posibilidad de ser reciclados. b) la celulosa de la industria papelera utilizada en
la divulgación gráfica conlleva la extracción de
madera a expensas del sacrificio de árboles.
c) el consumo de papel proveniente de la madera,
a la postre, se convierte en “basureros”, que
deterioran el ambiente de calles y viviendas.
d) los avances tecnológicos de la industria
competitiva, mediante actuaciones ambiciosas
y atrevidas, exponen el bienestar del medio
ambiente.
a) 2 – 3 – 5 – 4 – 1
b) 1 – 4 – 3 – 5 – 2
c) 4 – 2 – 5 – 3 – 1
d) 4 – 5 – 1 – 2 – 3
30. (UEMG)
EL PLACER DE SERVIR
“Toda la naturaleza es un anhelo de servicio. Sirve la nube, sirve el viento, sirve
el surco. Donde haya un árbol que plantar, plántalo tú, donde haya un error que
enmendar, enmiéndalo tú, donde haya un esfuerzo que todos esquivan, acéptalo
tú. Sé el que aparte la piedra del camino, el odio entre corazones y las dificultades
del problema.
Hay alegría de ser sano y de ser justo, pero hay, sobre todo, la inmensa alegría
de servir. Qué triste sería el mundo si todo en él estuviera hecho, si no hubiera
un rosal que plantar, una empresa que emprender; que no te llamen los trabajos
fáciles, es tan bello hacer lo que otros esquivan. Pero no caigas en el error de
que sólo se hace mérito con los grandes trabajos, hay pequeños trabajos que
LatinStock/Corbis/Bettmann
son buenos servicios: arreglar una mesa, ordenar unos libros, peinar una niña.
Aquél es el que critica, éste es el que destruye, tú sé el que sirve. El servir no es
sólo faena de seres inferiores. Dios que da el fruto y la luz, sirve. Pudiera llamá-
rsele así: El que sirve. Y tiene sus ojos fijos en nuestras manos y nos pregunta
cada día: ¿Serviste hoy?, ¿a quién?, ¿a un árbol, a tu amigo, a tu madre?”.
Gabriela Mistral, poetisa chilena. Premio Nobel de Literatura 1945. (www.lapatria enlinea.com)
La poetisa exhorta a servir de múltiples formas. Para ello recurre al modo imperativo. Señale la alternativa
en que todas las formas verbales, extraídas del texto, están en el Imperativo.
a) planta – enmienda – acepta – sé
b) haya – esquivan – hace – da
c) sirve – estuviera – critica – tiene
d) llamen – caigas – destruye – serviste
¿A qué sabe?
32. Lee esta tradicional receta chilena.
Ceviche de Champiñones
Cantidad de personas: 4
Tiempo Preparación: 15 min.
Tiempo Cocción: 0 min.
Dificultad: Fácil
Costo: Bajo
Ingredientes: 400 g de champiñones (picados finos); 2 cebollines (picados finos); 2 pimentones (picados finos); 1
lechuga; cilantro (picado fino); jugo de limón; sal; pimienta
Preparación: En una fuente, mezclar los champiñones, los cebollines y los pimentones y aliñar con jugo de limón,
sal y pimienta. Dejar macerar unos minutos, servir sobre una cama de hojas de lechuga y espolvorear encima
cilanto.
Consejos: No dejar macerar mucho rato, ya que los champiñones tienden a ablandarse. Es posible reemplazar
los champiñones por palmitos o mariscos.
Disponível em: <http://www.chilerecetas.cl/joomla/index.php/cocina-facil/entradas/56-ceviche-de-champinones>. Acesso em: 18 jun. 2015.
Los verbos destacados en la receta están en el infinitivo. La alternativa que presenta las formas de esos
mismos verbos en el modo imperativo de la segunda persona del singular es:
a) mezcle – aliñe – deje – sirva – espolvoree – no deje
b) mezcla – aliña – deja – sirve – espolvoree – no dejes
c) mezcla – aliña – deja – sirve – espolvorea – no dejes
d) mezcle – aliñá – dejá – sirva – espolvorea – no deje
¡Felices fiestas!
Pesos y medidas tomáticamente. Por eso, el sistema métrico deci-
Por Antonio Muñoz Molina. mal tenía en su origen una dimensión progresista,
ya que desterraba la variedad inmanejable de las
No lo pensamos casi nunca, pero en la capacidad medidas y los pesos de cada región aislada por
de contar, medir y pesar con un máximo de preci- fronteras interiores y por diferentes señoríos del
sión se basan casi todas las ventajas de nuestra feudalismo. […] Todo esto viene a cuenta de una
vida. Como tantas cosas que se dan por supues-
dificultad o una imposibilidad que noto cada vez
tas, esta precisión tardó mucho en adquirirse y
más en la vida pública española. En ella abundan
no ha estado al alcance de la mayor parte de las
mucho las palabras, pero faltan los números, y
sociedades humanas. Fue la Revolución francesa
sobre todo falta la capacidad o la voluntad de po-
la que estableció por primera vez el sistema mé-
nerse de acuerdo en los criterios de medición. La
trico decimal, que no debió de ser en principio tan
evidente y simple como nos parece ahora a noso- democracia, si se para uno a pensarlo, es un ré-
tros, porque al cabo de más de dos siglos, toda- gimen que se basa en mediciones comprobables,
vía no ha terminado de imponerse, creándonos ya que, dejando aparte las fórmulas de reparto de
a los no nativos de Estados Unidos, una notable escaños de cada sistema electoral, la legitimidad
confusión mental cuando nos hablan de galones del poder depende del número de votos que al-
de gasolina, o cuando nos dan en libras el peso canza cada candidatura en unas elecciones. En
de una compra en el supermercado o tenemos España sabemos con garantía y con extraordina-
que hacernos a la idea de una extensión en acres ria precisión y rapidez esas cifras. […]
o de una distancia en yardas o pulgadas. Estamos en condiciones de medir hasta los millo-
Necesitamos medidas que sean fiables y en las nésimos de un gramo, pero no tenemos manera
que además podamos ponernos de acuerdo au- de saber, por ejemplo, ni con la más grosera apro-
a arte no tempo
5. Leia atentamente a afirmação a seguir e respon- 6. Leia atentamente o trecho abaixo de autoria de
da à proposição abaixo: Albin Lesky e responda às proposições a seguir:
“Os egípcios basearam sua arte no conheci- “No centro [...] ergue-se sempre o herói radioso
mento; os gregos começaram a usar o sentido e vencedor, aureolado pela glória de suas armas
da visão. Uma vez iniciada essa revolução, não e feitos, mas ele se ergue diante do fundo escu-
havia como pará-la. Cada qual em sua oficina, ro da morte certa, que, também a ele, arrancará
os escultores experimentavam novas ideias e das suas alegrias para levá-lo ao nada, ou a um
novos modos de representar a figura humana, e lúgubre mundo de sombras, não melhor do que
cada inovação era absorvida pelos demais, que o nada”.
a ela acrescentavam suas próprias observações. *LESKY, Albin. A tragédia grega. 4. Ed. São Paulo: Perspectiva,
Um desenvolvia uma forma de cinzelar o tronco; 2006. p. 24.
outro dava-se conta de que a estátua adquiria
A que gênero de arte refere-se o pesquisador no
um aspecto muito mais vivo se os pés não esti-
vessem plantados no chão; um terceiro percebia fragmento analisado? Quem são os principais
ser possível animar um rosto simplesmente re- autores desse gênero? Apresente ao menos ou-
curvando para cima os cantos da boca, de modo tras duas características, além da presença do
a conferir-lhe um leve sorriso”. herói, que definem o gênero.
E.H. Gombrich em A História da Arte.
7. Leia atentamente as afirmativas abaixo sobre o 8. Sobre a arte grega, é CORRETO afirmar:
desenvolvimento da arte na Grécia Antiga: I. Uma das soluções encontradas pelos escul-
I. Uma construção exemplar do estilo dórico é o tores gregos para a frontalidade rígida das
Partenon, que traduz o apogeu da glória e do estátuas foi alternar o que modulavam entre
poder de Atenas. membros tensos e relaxados.
II. As colunas do estilo dórico são menos robus- II. O teatro grego originou-se das festividades
tas, mais esguias e repletas de detalhes do religiosas em celebração ao deus Dionísio.
que as jônicas, o que lhes conferia um aspec-
III. As tragédias gregas eram improvisadas nas
to de refinamento e delicadeza.
praças públicas em meio à vida cotidiana.
III. A arte grega alcançou seu apogeu em Atenas,
durante o período da democracia. IV. Há semelhanças entre parte da arte grega e
objetos originários de territórios asiáticos e
IV. Os artistas gregos abandonaram todos os pa- africanos.
drões da arte egípcia, preferindo representar
as figuras humanas estritamente conforme as V. A precisão na justaposição das pedras permi-
viam com os próprios olhos, em vez de seguir tia que não se utilizasse argamassa entre os
as velhas leis. blocos nos templos gregos.
V. Os artistas gregos experimentaram possibili- Assinale a alternativa que reúne todas as afirma-
dades de aplicar a perspectiva humana à figu- ções corretas:
ra retratada e de criar ilusão de profundidade. a) Somente a alternativa I.
Assinale a alternativa que reúne todas as afirma- b) I, II, IV e V.
ções corretas: c) II e III.
a) I, III e V d) I, IV e V d) I e II.
b) II, IV e V e) I, IV e V e) Todas as alternativas estão corretas.
c) I e III
“As pinturas podem fazer pelo analfabeto o que a escrita faz pelos leitores”.
Papa Gregório Magno, século VI.
Com base nas afirmativas, explique a relação entre imagens e narrativas nos primeiros séculos da arte
medieval.
outras temáticas
12. Sobre a música profana na Idade Média, é
CORRETO afirmar:
a) Era essencialmente polifônica.
b) Há poucos vestígios sobre a música profana
medieval, o que dificulta o trabalho dos histo-
riadores sobre esse período.
c) Apresentava menor regularidade rítmica do
que a música sacra.
d) O menestrel era um poeta e músico que en-
tretinha a população durante as celebrações
religiosas nas igrejas. 14. Ainda sobre o teatro medieval, é INCORRETO
e) A música profana não abordava temas como afirmar que:
amor, lealdade, guerra e realeza. a) O teatro de Gil Vicente marcou o início da Idade
Média. A obra mais representativa do drama-
13. turgo português é O Auto da Barca do Inferno.
“O traço mais marcante do teatro medieval é que
começou como uma comunhão na igreja e termi- b) Mulheres eram proibidas de atuar. Os papéis
nou como uma festa comunal”. femininos eram representados por homens
John Gassner em “Mestres do Teatro”. disfarçados.
Explique a afirmação acima. c) As encenações valorizavam as linguagens
gestual e verbal.
d) Inicialmente, os atores eram membros do cle-
ro, e os fiéis, apenas figurantes. Com o tempo,
os atores passaram a ser pessoas do povo.
e) As moralidades tinham a intenção didática de
transmitir lições morais e religiosas edifican-
tes, por meio de bons exemplos.
MICHELANGELO. A criação de Adão. [1510 ou 1511]. 1. Afresco, color., 280cm x 570 cm. Capela Sistina. Cidade do Vaticano.
Assinale a alternativa que informa corretamente o nome, o autor e a localização das obras representadas:
a) “A Criação de Adão”, de Michelangelo, e “O Juízo Final”, de Boticelli, na Capela Sistina.
b) “O Nascimento de Vênus”, de Boticelli, e o “O Juízo Final”, de Leonardo Da Vinci, no Museu do Louvre.
c) “A Criação de Adão” e “O Juízo Final”, de Michelangelo, na Capela Sistina.
d) “A Criação de Adão” e “Os Doze Apóstolos”, de Leonardo Da Vinci, no Museu do Louvre.
e) Nenhuma das alternativas anteriores.
18. Comente a relação entre a beleza e o corpo humano nas duas obras da questão anterior.
ARTE E OS SENTIDOs
23. Sobre a relação entre arte e matemática na Re- não influenciaram a arquitetura teatral, pois as
nascença, leia atentamente: apresentações ocorriam geralmente em pra-
I. De acordo com a definição de Alberti da pin- ças e mercados públicos, sem cenários.
tura como “janela” para o mundo, o espaço d) O desenvolvimento da perspectiva no teatro
geométrico deveria ser elaborado como palco contribuiu para que os espetáculos ganhas-
para a cena pictórica por meio da matemática sem verossimilhança, conforme defendia
e da geometria. Aristóteles, ao propiciar a ilusão de profundi-
II. A rigorosa observação das leis da perspectiva dade e volume, ou seja, de um cenário tridi-
foi um importante recurso desenvolvido pelos mensional. Com isso, a invenção da perspec-
pintores bizantinos para a representação do tiva abriu o caminho para o teatro realista.
mundo visível. e) A construção de teatros e cenários pelas leis
III. Piero dela Francesca formulou um tratado so- da perspectiva obedecia ao ângulo fixo do
bre a perspectiva na pintura e Leonardo da ponto de vista de um espectador no centro da
Vinci discorreu sobre a análise geométrica da plateia. Tal ponto seria o único com visibilida-
natureza e o uso da geometria para represen- de perfeita, por isso, era chamado de “ponto
tação espacial das figuras pictóricas. de vista do príncipe”.
IV. Na Renascença, o uso da geometria e da ma-
temática não era considerado interferência na 25. Considere as afirmativas abaixo:
liberdade criativa do artista. Porém, séculos I. Dissonância é a tensão entre notas de um
depois, a matemática seria compreendida acorde, criando instabilidade na audição. Na
como técnica, em oposição à invenção. harmonia tradicional, é compreendida como
V. Na Renascença, houve a ruptura entre arte e um problema. Contudo, a ruptura com a rigi-
ciência, de modo que todo conhecimento so- dez conceitual do tonalismo permitiu que fos-
bre anatomia e matemática desenvolvido até se valorizada.
então foi desprezado pelos pintores e esculto- II. Consonância é o conjunto de várias vozes ou
res, a fim de conquistarem a plena liberdade
instrumentos combinados de forma a criar
do gênio criativo.
contrapontos entre si.
Assinale a alternativa que reúne todas as afirma- III. Consonância é um estilo musical executado em
ções corretas: uníssono, de modo que as vozes não tenham
a) I, III e IV. independência rítmica ou melódica entre si.
b) I, III e V. IV. Na Renascença, as consonâncias eram per-
c) II e V. mitidas livremente, mas as dissonâncias
d) I, II e IV. precisavam ser resolvidas, porque a sensibi-
lidade artística do século XVI não aceitava a
e) III e V.
superposição de vozes sem relação com o
24. Sobre a relação palco-plateia ao longo da histó- todo tal como praticada na polifonia medie-
ria do teatro, é INCORRETO afirmar: val. O ouvido renascentista exigia a harmonia.
a) Na Grécia Antiga, havia edifícios teatrais com V. Os poucos instrumentos musicais utilizados
excelente acústica, como a suntuosa constru- na Renascença não sobreviveram ao tempo,
ção do Epidaurus, onde somente os homens razão pela qual não são conhecidos hoje.
poderiam atuar. Assinale a alternativa que reúne todas as afirma-
b) Na Idade Média, o teatro ocupou dois tipos de tivas INCORRETAS:
espaços distintos: o interior das igrejas e as a) Somente II.
ruas e praças públicas, com palcos montados
b) II, III e V.
em carroças ou a céu aberto e maior intera-
ção com o público. c) I, III e V.
c) Na Renascença, os estudos sobre perspec- d) I, II e IV.
tiva foram importantes para a pintura, mas e) II e IV.
Cristo no Horto das Oliveiras. Detalhe do Passo do Horto. Madeira policromada por Mestre Ataíde. Aleijadinho.
c) marcada pela simplicidade das formas e a hu-
mildade perante o divino.
d) libertária e contrária à contrarreforma.
e) nenhuma das anteriores.
EDUCAÇÃO FÍSICA
1ª. Série
esportivização
1. Fazem parte do programa olímpico as seguintes modalidade que é representada pela imagem a
modalidades de lutas: seguir.
I. Judô
II. Tae kwon do
III. Esgrima
©Shutterstock/Guryanov Andrey
IV. Boxe
V. Luta greco-romana
São classificadas como lutas de contusão:
a) apenas I, II e III.
b) apenas II, III e IV.
c) apenas III, IV e V.
d) apenas I, IV e V.
A descrição anterior corresponde à ginástica:
e) apenas I, II e V.
a) artística. d) rítmica.
2. ____________ é uma modalidade que envolve
b) aeróbica. e) acrobática.
dança, música e uma gestualidade permeada na
Cultura Afro. Pode ser abordada na disciplina de c) olímpica.
Educação Física com o propósito de disseminar
o entendimento da realidade sócio-histórica afro 4. Contando com a execução de movimentos
-brasileira por meio da sua prática contextualizada. acrobáticos com o auxílio de um trampolim,
Marque a alternativa que preenche a lacuna a se- ______________ evoluiu de uma prática de lazer.
guir corretamente: Esta competição pode ser realizada de modo
individual ou em duplas.
a) O futebol.
Marque a alternativa que preenche a lacuna a se-
b) A ginástica artística.
guir corretamente:
c) O candomblé.
d) A danças de roda. a) o salto no trampolim.
b) o salto acrobático.
e) A capoeira.
c) a ginástica de trampolim.
3. Utilizando balanceios, circunduções e movi- d) a ginástica de cama elástica.
mentos em oito são manejos ou movimentos da e) a ginástica acrobática.
qualidade de vida
8. Atualmente sofremos uma “síndrome da inativi- 9. Entende-se que um indivíduo está em estado de
dade física” ou de sedentarismo extremo. Vários sedentarismo quando
são os motivos alegados para essa conduta que a) não consegue fazer as atividades do cotidia-
se contrapõem à qualidade de vida, e um deles no com facilidade.
é a desinformação. No entanto, grande parte das b) não consegue realizar atividades que envol-
pessoas sabe que, para que a atividade física vam força muscular.
seja considerada fator atenuante do surgimento c) não possui disposição para atividades de la-
ou controle de transtornos metabólicos, o indiví- zer nos tempos livres.
duo deve acumular, pelo menos: d) não consome calorias acima do nível basal,
a) 15 km de caminhada ou corrida durante 3 que é definido pela fórmula: peso corporal x
dias da semana. 24 horas.
b) 45 minutos de academia de ginástica com e) não realiza atividades físicas e esportivas
atividades de intensidade média a alta, por 2 formais.
dias alternados na semana. 10. A atividade física é componente obrigatório nas
c) 30 minutos de atividades físicas com variados condutas de busca da melhoria do bem-estar e
estímulos, cinco dias por semana, de intensi- da qualidade de vida. Algumas aptidões são es-
dade moderada, com rotinas definidas e pra- pecíficas para este fim:
zer com a prática. a) flexibilidade, força e resistência.
d) 30 km de pedalada em terrenos variados, em b) flexibilidade, equilíbrio e velocidade.
uma média de 30 km/h todos os dias. c) força, equilíbrio e coordenação.
e) 10 minutos de atividades de flexibilidade e re- d) coordenação, resistência e velocidade.
laxamento todos os dias. e) força, resistência e relaxamento.
Comportamentos Competitivos/Cooperativos
22. Entre as atividades físicas ministradas pela Edu- b) na vitória, custe o que custar, pois a derrota é
cação Física, o fator educacional pretende, sem- vista como um fracasso individual ou coletivo.
pre, deixar um legado ou uma mensagem. Nos c) nas melhores estratégias para derrotar o opo-
Jogos Cooperativos o conceito essencial é que
nente e superar o adversário.
sua prática esteja centrada:
d) na valorização do social entre os componen-
a) na diminuição de pressão para ganhar e sem
a necessidade de comportamentos destruti- tes da mesma equipe
vos, promovendo, assim, a interação e a par- e) em aperfeiçoar as técnicas para que a vitória
ticipação de todos para que aflorem a espon- seja de forma rápida e sem chance ao opo-
taneidade e o desejo do jogar por jogar. nente.
Esporte/Violência
23. A introdução do conteúdo de Lutas, na Educação V. O judô, que chegou ao Brasil por volta de 1922,
Física, teve por objetivo oportunizar e esclarecer por meio de apresentações de Eisei Maeda,
a cultura da não violência na escola, por meio de também conhecido como Conde Koma.
regras estabelecidas com a finalidade de preser- Com base nos itens acima, entende-se que:
var a integridade dos praticantes e a adoção de a) apenas os itens I, II e III estão corretos.
materiais com a mesma finalidade. E, para deixar b) apenas os itens II, III e V estão corretos.
clara essa intenção, muitas lutas se tornaram es- c) apenas os itens III, IV e V estão corretos.
porte organizado, tais como: d) apenas os itens I, IV e V estão corretos.
I. O jiu-jitsu, que nasceu no Japão e era pratica- e) apenas os itens I, II e IV estão corretos.
do por monges budistas.
II. O tae kwon do, nome atual de uma modali- 24. A capoeira é uma manifestação cultural brasileira
dade de arte marcial que existia na Coreia há nascida em circunstâncias de luta por liberdade
mais de vinte mil anos. O propósito dessa luta na época da escravidão. Os seus gestos, o seu rit-
é a defesa e o ataque ao inimigo como meio mo e a sua criatividade são evidenciados até nos
nomes dos movimentos corporais, tais como:
de defesa própria, usando livremente as mãos
e os pés. a) agachadinha, derriê e machadinha lateral.
III. O muay thai, arte marcial tailandesa com mais b) cocorinha, negativa e rolê.
de dois mil anos de idade. c) prego, martelo e cavadinha.
IV. A esgrima esportiva, que é dividida em dois ti- d) facão lateral, jura e maculelê.
pos de armas – a espada e o sabre. e) gravatinha, positiva de frente e roda.
GEOGRAFIA
1ª. Série
Com base no mapa e nas informações acima, considere a seguinte situação: João, que vive na cidade de
Pequim, China, recebe uma ligação telefônica, às 9h da manhã de uma segunda-feira, de Maria, que vive
na cidade de Manaus, Brasil. A que horas e em que dia da semana Maria telefonou?
a) 21h do domingo.
b) 17h do domingo.
c) 21h da segunda-feira.
d) 17h da terça-feira.
e) 21h da terça-feira.
©Shutterstock/Zhabska Tetyana
B, a rota de navegação media, no mapa, 20 mm.
Sabendo-se que um avião partiu de A para B, às
14h, no dia 7 de novembro, em um voo de 2 horas,
está correto afirmar que a distância percorrida e o
horário local de chegada foram, respectivamente,
a) 14 000 km e às 16h.
b) 140 km e às 10h.
c) 1 400 km e às 14h.
d) 1 400 km e às 16h.
e) 140 km e às 16h.
11. (MACKENZIE)
Estrutura da Terra
13. (FUVEST) Na atualidade, o número de pessoas atingidas por desastres naturais, no mundo, vem aumentan-
do. Em 2012, foram registrados 905 grandes eventos desse tipo no planeta. Esses eventos podem ser de
natureza geofísica, climática, meteorológica e hidrológica, entre outras.
No mapa acima, estão indicadas áreas mais suscetíveis à ocorrência de alguns tipos de desastres naturais.
A área assinalada no mapa e os fenômenos mais suscetíveis de nela ocorrer estão corretamente indicados
em:
a) 1 Terremoto e vulcanismo intensos, com presença de falhas ativas resultantes do encontro da placa do Pa-
cífico com a da América do Norte.
b) 2 Entradas de fortes ondas de frio, provenientes do avanço de massas de ar árticas, provocando o
congelamento do lençol freático.
c) 3 Longos períodos de estiagem, com incêndios florestais e tempestades elétricas resultantes da ocor-
rência de centros de alta pressão estacionários.
d) 4 Formação de tufões, que são centros de muito baixa pressão e grande mobilidade, responsáveis por fortes
vendavais, em regiões litorâneas.
e) 5 Fortes tormentas concentradas no verão, consequência da entrada de frentes frias, com ocorrência
de deslizamentos de terra e queda brusca de temperatura.
14.
“O solo não é estável, nem inerte; muito pelo contrário: constitui um meio complexo em perpétua transformação,
submetendo-se a leis próprias que regem sua formação, sua evolução e sua destruição... Forma-se no ponto de
contato da atmosfera, da litosfera e da biosfera; participa intimamente nesses mundos tão diversos, pois mantém
relações constitutivas com o mundo mineral, assim como com os seres vivos. “
DORST, Jean, Antes que a natureza morra: por uma ecologia política.” São Paulo: EDUSP, 1973.
É correto afirmar que as restingas existentes ao relacionados à erosão são agravados quando as
longo da faixa litorânea brasileira são áreas: taxas de perda de solo ultrapassam certos níveis
naturais, o que normalmente resulta da falta de
a) pouco sobrecarregadas dos ecossistemas
práticas conservacionistas.
costeiros, devido ao modo como ocorreu a
(Adaptado de A. T. Guerra e M. do C. O. Jorge. Processos
ocupação humana, com o processo de urba- erosivos e recuperação de áreas degradadas. São Paulo:
nização. Editora Oficina de Textos, 2013, p. 8.)
b) onde a cobertura vegetal ocorre em mosaicos,
encontrando-se em praias, cordões arenosos, a) explique o que são erosão e assoreamento.
dunas, depressões, serras e planaltos, sem
apresentar diferenças fisionômicas importantes.
c) suscetíveis à erosão costeira causada, entre
outros fatores, por amplas zonas de transpor-
te de sedimentos, elevação do nível relativo
do mar e urbanização acelerada.
d) onde o solo arenoso não apresenta dificuldade
para a retenção de água e o acesso a nutrien-
tes necessários ao desenvolvimento da cober-
tura vegetal herbácea em praias e dunas. b) em rios das áreas tropicais, que sinal evi-
dencia a ocorrência de erosão? Aponte uma
18. (UNICAMP) causa da erosão em áreas urbanas periféricas
das grandes cidades de regiões tropicais.
A erosão dos solos é um fenômeno natural e
acontece em áreas onde existe certa declividade.
O delta do rio Nilo, por exemplo, é historicamente
conhecido pela deposição de sedimentos férteis
que provêm da erosão dos solos na Etiópia, ou
seja, em alguns lugares a erosão e a deposição
dos sedimentos contribuem para a manutenção
da fertilidade natural dos solos. Durante sécu-
los a fertilidade do rio Nilo se manteve, mas a
construção de barragens, para controle do regi-
me hídrico, alterou esse equilíbrio. Os problemas
21. (UNICAMP)
A água utilizada para os mais diversos fins não
provém apenas dos reservatórios aquáticos que
se podem ver (rios, lagos, lagoas, etc.), mas tam-
bém fazem parte dos recursos hídricos os aquífe-
ros, importantes reservatórios subterrâneos que
são responsáveis pelo armazenamento da maior
parte da água doce disponível para o consumo
humano. No Estado de São Paulo, por exemplo,
22. (UNESP) Considere o mapa das bacias hidrográficas brasileiras e analise o gráfico das condições hídricas
de uma dessas bacias.
(http://conjuntura.ana.gov.br. Adaptado.)
Considerando conhecimentos sobre a situação atual de uso, ocupação demográfica, disponibilidade hídri-
ca e degradação das bacias hidrográficas brasileiras, é correto afirmar que a bacia X se refere à
a) bacia do Paraguai. d) bacia Atlântico Nordeste Oriental.
b) bacia Amazônica. e) bacia do Uruguai.
c) bacia Tocantins-Araguaia.
23. (ESPM) Mais de 260 bacias fluviais são internacionais e 13 se dividem entre cinco ou mais países. As dispu-
tas surgem principalmente quanto ao montante a ser utilizado em cada país e quanto à incômoda questão
das represas. Fonte: O Atlas da Água. Robin Clarke e Jannet King, 2004.
Considerando as relações existentes entre zonas climáticas, sistema de circulação atmosférica e correntes
marítimas de superfície, é correto afirmar que
a) as correntes quentes predominam nas zonas intertropicais e o sentido de seu deslocamento está asso-
ciado aos ventos de oeste predominantes na região.
b) as correntes frias predominam na zona equatorial e o sentido de seu deslocamento está associado aos
ventos de leste predominantes na região.
c) as correntes quentes predominam na zona equatorial e o sentido de seu deslocamento está associado
aos ventos de leste predominantes na região.
d) as correntes quentes predominam nas zonas subtropicais e o sentido de seu deslocamento está asso-
ciado aos ventos de leste predominantes na região.
e) as correntes frias predominam nas zonas intertropicais e o sentido de seu deslocamento está associado
aos ventos de oeste predominantes na região.
30. (UNICAMP) Conforme os estudos de Carlos Augusto de Figueiredo Monteiro (A dinâmica climática e as chu-
vas do Estado de São Paulo: estudo geográfico em forma de atlas. São Paulo: USP, Instituto de Geografia,
1973), o clima do litoral do Estado de São Paulo resulta da interação de três grandes controles atmosféri-
cos de ordem regional: a circulação secundária, sob a forma dos frequentes embates entre as três massas
de ar mais atuantes na região; o oceano, matéria-prima da umidade disponível; e o relevo (Serra do Mar, de
orientação SO-NE, que atua como barreira aos ventos úmidos predominantes de Se).
a) quais são as três massas de ar mais atuantes no litoral de São Paulo?
31. (FAAP) Tomando por base a ideia de que a poluição c) O efeito estufa, a redução da calota polar e os
ambiental é o resultado de obras e ações humanas buracos na camada de ozônio são fenômenos
que não levam em conta a necessidade de preser- que normalmente não são levados em con-
vação do meio ambiente, assinale a alternativa que sideração como consequências da atividade
estabelece uma relação correta entre fenômenos humana.
naturais, ação humana e poluição ambiental. d) Materiais não reciclados pela ação humana
a) A atividade industrial tem pequena contribui- acabam por se reintegrar ao meio ambiente e,
ção na degradação ambiental por aproveitar em maiores ou menores prazos, acabam por
ao máximo as matérias primas e os resíduos se tornar matéria prima novamente.
da queima do combustível fóssil. e) O suprimento das necessidades materiais da
b) As correntes de ar polar, por não se incluírem parcela da população carente do planeta, pelo
entre as atividades humanas, não podem ser padrão atual da reciclagem de materiais, não
consideradas exemplos de poluição ambiental. traria maiores impactos ao meio ambiente.
34. (UFLA) Relacione a coluna II de acordo com a coluna I e, em seguida, assinale a sequência CORRETA:
COLUNA I COLUNA II
1 – Xerófilas ( ) plantas que perdem as folhas em determinadas épocas.
2 – Higrófilas ( ) plantas adaptadas à aridez.
3 – Tropófilas ( ) plantas adaptadas a uma estação seca e outra chuvosa.
4 – Aciculifoliadas ( ) plantas que se adaptaram a muita umidade.
5 – Latifoliadas ( ) plantas que possuem folhas do tipo agulha que se adaptam
6 – Caducifólias tanto a climas muito frio como muito quente.
( ) plantas que possuem folhas largas.
a) 4 – 2 – 1 – 6 – 5 – 3
b) 3 – 6 – 4 – 5 – 1 – 2
c) 1 – 3 – 5 – 6 – 2 – 4
d) 6 – 1 – 3 – 2 – 4 – 5
35. (UNESP) Analise os climogramas dos principais tipos climáticos do Brasil e as fotos que retratam as forma-
ções vegetais correspondentes.
Identifique o climograma e a respectiva foto que representa a vegetação do cerrado. Mencione duas carac-
terísticas da formação vegetal do cerrado e uma característica do clima no qual ela ocorre.
36. (UNICAMP) As pradarias mistas representam importante domínio fitogeográfico. Elas ocorrem em uma vasta
área dos Estados brasileiros do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, mas também se estendem
para o Uruguai e a Argentina.
a) descreva as características morfoclimáticas (relevo e clima) predominantes nas áreas de abrangência
das pradarias pampeanas do Estado do Rio Grande do Sul.
b) Aproveitando-se das condições naturais das pradarias pampeanas, a pecuária tem destaque nesse
domínio, especialmente no sul do Rio Grande do Sul. Descreva as principais características dessa ati-
vidade nesse Estado, destacando os tipos de rebanhos predominantes.
Estrutura demográficA
37. (FGV) Observe atentamente o mapa a seguir:
INSEGURANÇA ALIMENTAR, março 2012
Fonte: FAO, Global Information and Early Warning System on Food and Agriculture (GIEWS)
39. (FGV) A partir de levantamentos demográficos, o órgão da ONU que estuda a população elaborou as pirâ-
mides etárias que representam modelos de estrutura demográfica dos continentes. Observe as pirâmides
I, II e III, referentes ao ano de 2010, apresentadas a seguir.
Considerando a dinâmica demográfica predominante em cada continente, pode-se afirmar que a pirâmide
a) I é representativa da explosão demográfica observada nas décadas de 1960/80 na América Latina.
b) II é característica da Ásia, onde o crescimento demográfico é garantido pelos imigrantes.
c) II é típica da Europa, que reduziu a natalidade a partir das últimas décadas do século XX.
d) III é característica da África, onde a transição demográfica encontra-se nas fases iniciais.
e) III é típica da Oceania, onde os grupos humanos apresentam elevada taxa de fecundidade.
40. (Mackenzie)
Desempenho de alunos brasileiros está bem abaixo do ideal
Relatório divulgado pela OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico) mostra deficit
brasileiro nas categorias leitura, matemática e ciência. A colocação do Brasil, a exemplo do que aconteceu na
última edição, em 2006, não foi positiva. Segundo dados do relatório de 2009, divulgado neste mês, o país atingiu
412 pontos em leitura, 386 pontos em matemática e 405 pontos em ciência. A média sugerida pela OCDE é de
492, 496 e 501, respectivamente. O objetivo do “Pisa” (Programa Internacional de Avaliação de Alunos) é com-
parar o desempenho da educação no mundo. Ao todo foram analisados 65 países (34 membros da organização
e 31 parceiros).
Disponível em: <http://veja.abril.com.br>. Acesso em 07 out. 2014.
46. (CEFET-MG) O grande crescimento populacional tem sido considerado um dos principais problemas sociais
desde XIX. Em vista disso, diversas políticas populacionais foram adotadas em vários territórios. Uma des-
sas políticas populacionais é a adoção
a) por diversos países, desde o século XIX, dos pressupostos malthusianos que defendem o controle po-
pulacional através do aborto e da laqueadura para evitar a desigualdade da
b) pela China, no início do século XXI, dos pressupostos reformistas com distribuição da renda entre a
população, com consequente redução da taxa de mortalidade e melhoria dos níveis escolares.
c) pela Suécia, desde meados do século XX, da perspectiva Neomalthusiana para estimular o aumento da
taxa de natalidade, com o intuito de elevar a População Economicamente Ativa (PEa).
d) por vários países subdesenvolvidos, desde meados do século XX, da perspectiva alarmista de controle
da natalidade através da distribuição de anticoncepcionais e realização de laqueadura das trompas.
48. (CEFET-MG)
Se, em meados do século XIX, a população urbana representava apenas, 1,7% da população mundial, em 1950
tal porcentagem era de 21% e, em 1960, de 25%. Assim, a urbanização é um fenômeno não apenas recente como
também crescente, e em escala planetária. O fato de que, entre 1800 e 1950, a população mundial multiplicou-se
por 2,5 e a população urbana por vinte, mostra a importância que a urbanização vem tendo no mundo desde mais
de um século. Cabe aqui, entretanto, colocar o problema de entender as causas do fenômeno e verificar se elas
são as mesmas nos diferentes pontos do globo.
SANTOS, M. Manual de Geografia urbana. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2008.
49. (FATEC) O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é uma medida comparativa usada para classificar a
qualidade de vida oferecida por um país aos seus habitantes, levando em consideração três dimensões
básicas do desenvolvimento humano: renda, educação e saúde. O IDH vai de 0 a 1. Quanto mais próximo
de 1, mais desenvolvido é o país.
Analise a tabela a seguir:
A sequência correta é
a) V – V – V.
b) V – F – V.
c) V – F – F.
d) F – F – V.
e) F – V – F.
tantes. 0
Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-oeste Brasil
52. (UFMG) Considere os relatos de três trabalhadores Absoluta em 1995 Absoluta em 2008 Extrema em 1995 Extrema em 2008
brasileiros a seguir: * Pobreza absoluta: rendimento médio domiciliar per capita de até meio salário mínimo mensal.
** Pobreza extrema: rendimento médio domiciliar per capita de até ¼ do salário mínimo mensal.
Trabalhador 1, nascido em Belo Horizonte.
Fonte: IPEA. Comunicados do IPEA, no 58. Disponível em:
Fui para São Paulo quando tinha 22 anos, em <http://www.ipea.gov.br>. Acesso em ago. 2011. (Adaptado).
1980, para trabalhar na construção civil. Morava
na periferia, longe do local de trabalho e tomava
Com base nos dados do gráfico e em outros co-
dois ônibus todos os dias para ir trabalhar e dois
nhecimentos sobre o assunto, é CORRETO afir-
para voltar para casa. Hoje, acho que foi um tem- mar que:
po difícil e que não devia ter saído de Minas, por a) em todas as regiões, a redução dos índices
isso estou voltando. de pobreza extrema e absoluta ocorreu de
maneira uniforme, com uma expressiva queda
Trabalhador 2, morador do norte de Maranhão.
em todo o período considerado.
Cana-de-açúcar no interior de São Paulo. Fica-
mos lá um tempo, cortando de 10 a 12 toneladas
b) nas regiões Norte e Centro-Oeste, áreas con-
de cana por dia. Já vi muito peão morrer nessa
sideradas prioritárias para o combate à mi-
empreitada devido ao desgaste físico. O serviço séria pelo governo brasileiro, houve a maior
é pesado faça chuva, faça sol. Mas, o que nos redução da pobreza extrema e absoluta.
ajuda é certeza de voltar para casa depois do pe- c) nas regiões Sul e Sudeste, a redução da po-
ríodo do corte. breza extrema e absoluta foi menor, pois são
historicamente mais ricas justificando meno- 55. (Cefet MG) A partir da análise do gráfico, é correto
res investimentos do governo. afirmar que, nos países centrais, existe uma rela-
d) no Nordeste, os elevados índices históricos de ção direta entre desenvolvimento humano e
pobreza extrema e absoluta contribuíram para
manter elevada a média brasileira, apesar de
sua redução no período.
54. (FGV)
Em média, crianças que vivem em áreas urba-
nas têm maior probabilidade de sobreviver à
fase inicial da vida e à primeira infância, de ter
melhores condições de saúde e de contar com
maiores oportunidades educacionais do que
crianças que vivem em áreas rurais. Frequen-
temente, esse efeito é considerado ‘vantagem
urbana’. No entanto, a escala de desigualdades
nas áreas urbanas causa grande preocupação.
Algumas vezes, as diferenças entre ricos e po-
bres em cidades médias e grandes podem ser
iguais ou maiores do que aquelas encontradas
em áreas rurais.
http://www.unicef.org/brazil/pt/PT-BR_SOWC_2012.pdf
Fonte: Atlas Le Monde Diplomatique 2006, Paris: Le Monde Diplomatique,
O trecho reproduzido acima foi extraído de um 2006, p. 82.
relatório da ONU dedicado a analisar a situação
das crianças que vivem em ambientes urbanos. a) crise econômica.
Assinale a alternativa coerente com os argumen- b) superávit comercial.
tos nele apresentados. c) produção tecnológica.
a) Nas grandes cidades, a proximidade física d) distribuição de renda.
dos serviços essenciais garante o atendimen-
e) quantidade populacional.
to de qualidade para a maior parte da popula-
ção infantil, fato que configura a mencionada 56. (UFSJ) Observe a imagem abaixo.
“vantagem urbana”.
b) A urbanização figura entre os processos indu-
tores da situação de pobreza e de exclusão
que afeta parcelas crescentes da população
infantil, sobretudo nos continentes africano e
asiático, onde ela ocorre em ritmo acelerado.
c) Apesar das imensas desigualdades que mar-
cam a cidade, as situações de pobreza e pri-
vação sempre afetam mais as crianças que
vivem em áreas rurais do que aquelas que vi-
vem em áreas urbanas.
A montadora Ford, de capital norte-americano,
d) As áreas rurais tendem a apresentar padrões anunciou hoje (04/01/2012) a produção global
homogêneos de distribuição de riqueza, en- de um modelo de utilitário esportivo, o EcoSport,
quanto áreas urbanas são marcadas pelas de- projetado por cerca de 1,2 mil engenheiros brasi-
sigualdades e pela exclusão. leiros e argentinos no centro de desenvolvimento
e) As desigualdades sociais e as situações de da companhia em Camaçari, na Bahia. O carro,
que deverá ser vendido em 100 países, será pro-
privação que atingem parcela da população
duzido nas fábricas da Ford na Bahia, na Tailândia
infantil que vive nas cidades, sobretudo nos
e na Índia.
países mais pobres, podem anular parcial-
Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2012-01-04/modelo-
mente os efeitos da “vantagem urbana” men- de-carro-concebido-no-brasil-vira-produto-global.
cionada no texto. Acesso em 27/08/2012.
60. (UFSCAR) Nos últimos anos, têm sido cada vez mais comuns os termos “terceirização”, “terceiro setor” e
“setor terciário”. Apesar de a palavra “terceiro” estar implícita nos três conceitos, eles se referem a fenô-
menos diferentes.
a) Conceitue cada um deles, procurando realçar as suas diferenças.
b) Explique por que cada um desses três fenômenos vem se expandindo nas últimas décadas.
63. (UNICAMP)
Fonte: http://www.viomundo.com.br/politica/caio-castor-imagens
-bombardeio-centro-de-sao-paulo.html. Acessado em 25/09/2014.
64. (ESPM) Sobre a regionalização territorial do país 65. (UFMG) A questão refere-se às figuras abaixo, em
abaixo, é correto afirmar: que as setas indicam movimento pendular diário:
residência / local de trabalho / residência.
Oceano
Atlântico
Oceano
Pacífico
Golfo
do México
69. (FGV) Uma tragédia se repetiu nesta sexta-feira mos mortos, mas vivendo neste planeta. Quando
(11/10), no sul da Itália. Mais um barco cheio de as pessoas acabam no deserto, para onde mais
imigrantes afundou no Mar Mediterrâneo. Foi o se pode ir?”
segundo acidente com refugiados em uma sema- Fonte: Nenhum lugar donde ir. Direção: Adam Shapiro; Perla Issa. 2006.
na. E há dados conflitantes sobre o número de No contexto geopolítico atual, é correto afirmar
mortos: entre 27 e 50 pessoas. Os sobreviventes que o relato se refere à população
em estado grave foram levados para Lampedusa,
a) confinada em centros de detenção de imi-
a mesma ilha que testemunhou o acidente com
grantes no sul dos Estados Unidos.
imigrantes da Somália e Eritreia, na quinta-feira
passada [03/10], matando 339 pessoas. No nau- b) encarcerada pelas milícias ilegais nos aloja-
frágio desta sexta, ainda não se sabe as naciona- mentos subterrâneos afegãos.
lidades das vítimas, nem de onde o barco partiu. c) afetada pelas práticas violentas de xenofobia
(g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2013/10/ nos países europeus.
mais-um-barco-cheio-de-imigrantes-afunda-no d) expulsa das áreas produtivas das colinas do
-mar-mediterraneo.html. Adaptado) Curdistão.
Com base nos conhecimentos sobre os movi- e) refugiada dos conflitos políticos no Oriente
mentos migratórios ao longo do século XX e iní- Médio.
cio do século XXI, a análise do conteúdo da notí-
cia permite concluir que 71. (UFMG) Observe a imagem abaixo.
a) tragédias como essa, comuns no Mediterrâ-
neo, são fruto das políticas de atração de mão
de obra dos países europeus, como forma de
contribuir para a redução dos problemas so-
ciais das antigas colônias africanas.
b) a explosão demográfica, que ainda é observa-
da no Magreb e no Norte da África, é o princi-
pal motivo para o crescimento do número de
imigrantes que lotam os barcos que cruzam o
Mediterrâneo.
c) os movimentos da “primavera árabe” con-
tribuíram para a abertura da economia dos
países africanos, estimulando a formação de
correntes migratórias em direção à Europa,
através do Mediterrâneo.
d) a perseguição às minorias cristãs, como ocor-
re na África Subsaariana, faz com que muitos A área de risco representada pela imagem está
se arrisquem na travessia do Mediterrâneo, associada
empreendendo uma verdadeira diáspora. a) à construção em encostas.
e) o Mediterrâneo constitui, atualmente, uma das b) à ocupação de planície de inundação.
mais expressivas linhas de fratura do mundo, c) à grande quantidade de chuva ao longo do ano.
tanto sob o aspecto demográfico como eco-
d) ao lixo acumulado no solo.
nômico, político e social.
72. (MACKENZIE) Leia o texto para responder à questão.
70. (CEFET-MG)
“O uso habitual e generalizado da bicicleta em
“Este pássaro é melhor que nós, é capaz de voar, uma cidade qualquer depende de alguns fatos
se mexer, ir para onde quiser. Nós somos seres essenciais. Num lugar prioritário entra a questão
humanos, queremos viver nossa vida como os das características morfológicas do sítio urbano,
outros, mesmo se vivermos na pobreza, a pão e onde a cidade estabeleceu sua estrutura de ruas,
cebola, se pudermos pelo menos sair dessa cer- praças e tentáculos.
ca, ou remover essa cerca. Se você pode nos aju-
dar tire essa cerca e nos deixe viver uma vida de Cidades nascidas e crescidas em rasas planícies
liberdade e conforto, e nossa moral vai melhorar. de restingas propiciam o uso mais amplo de bi-
O que é a vida nesse acampamento? Por quê? cicletas, engendrando um papel social que rara-
Quando o morto morre, é enterrado, e nós esta- mente tem sido registrado. Por sua vez, cidades
HISTÓRIA
1ª. Série
mesopotâmia
8. (UNESP) [Na Mesopotâmia,] todos os bens pro- Entre os trabalhos forçados a que o texto se refe-
duzidos pelos próprios palácios e templos não re, podemos mencionar a
eram suficientes para seu sustento. Assim, ou- a) internação de doentes e loucos em áreas ru-
tros rendimentos eram buscados na exploração rais, onde deviam cuidar das plantações de
da população das aldeias e das cidades. As for- algodão, cevada e sésamo.
mas de exploração eram principalmente duas: os b) utilização de prisioneiros de guerra como ar-
impostos e os trabalhos forçados. tesãos ou pastores de grandes rebanhos de
Marcelo Rede. A Mesopotâmia, 2002.
gado bovino e caprino.
c) escravidão definitiva dos filhos mais velhos das famílias de camponeses, o que caracterizava o sistema
econômico mesopotâmico como escravista.
d) servidão por dívidas, que provocava a submissão total, pelo resto da vida, dos devedores aos credores.
e) obrigação de prestar serviços, devida por toda a população livre, nas obras realizadas pelo rei, como
templos ou muralhas.
De acordo com o texto, responda: O Código de Hamurábi apresentava leis iguais para todos os integrantes
da sociedade babilônica? Justifique sua responda.
De acordo com o texto e seus conhecimentos sobre a Mesopotâmia, analise as afirmativas a seguir:
I. Foi marcada pela sociedade organizada em pequenas tribos rurais. A Mesopotâmica não conheceu a
urbanização.
II. Ur era populosa e apresentava edifícios que eram construídos como habitações, locais de comércio e
de produção de artesanato e templos.
III. De acordo com a descrição presente no texto, Ur não conheceu a violência e não possuía inimigos.
Após a análise, assinale a alterativa correta:
a) Todas as afirmativas estão certas.
b) Todas as afirmativas estão erradas.
c) Apenas as afirmativas I e II estão certas.
d) Apenas a afirmativa I está certa.
e) Apenas a afirmativa II está certa.
Apud Ciro Flammarion Santana Cardoso. O Egito antigo. São Paulo: Brasiliense. 1982.
As imagens revelam
a) o caráter familiar do cultivo agrícola no Oriente Próximo, dada à escassez de mão de obra e a proibição,
no Antigo Egito, do trabalho compulsório.
b) a inexistência de qualquer conhecimento tecnológico que permitisse o aprimoramento da produção de
alimentos, o que provocava longas temporadas de fome.
c) o prevalecimento da agricultura como única atividade econômica, dada a impossibilidade de caça ou
pesca nas regiões ocupadas pelo Antigo Egito.
d) a dificuldade de acesso à água em todo o Egito, o que limitava as atividades de plantio e inviabilizava
a criação de gado de maior porte.
e) a importância das atividades agrícolas no Antigo Egito, que ocupavam os trabalhadores durante apro-
ximadamente metade do ano.
De acordo com o texto e com seus conhecimentos sobre o Antigo Egito, responda:
13. Qual a importância dos templos para a sociedade do Antigo Egito?
grécia antiga
20. (MACKENZIE) A partir do século VII a.C., a cidade b) Em toda a Grécia, a sociedade era predomi-
de Atenas passou por consideráveis transforma- nantemente masculina, mas em disputas su-
ções, culminando com o desenvolvimento do re- cessórias familiares, em alguns casos, o po-
gime democrático. Nesse sentido, governantes der era exercido pelas mulheres.
atenienses foram de fundamental importância c) A democracia, instituída pelas reformas de
para o desenvolvimento político daquela cidade.
Clístenes, era um sistema político que atendia
A esse respeito, julgue os itens a seguir.
aos interesses de apenas uma minoria da po-
I. Drácon iniciou as reformas, estabelecendo pulação, estando excluídos os estrangeiros,
uma legislação escrita para a cidade. Apesar os escravos e as mulheres.
de extremamente severas, essas leis retira-
d) Em Atenas, as mulheres provenientes de ri-
ram o poder político das mãos dos eupátridas,
concedendo maior participação às camadas cas famílias possuíam maior autonomia, pois
populares. eram consultadas e participavam efetivamen-
te das decisões políticas e assuntos relacio-
II. Sólon propôs reformas em três sentidos. Na
nados ao destino da pólis.
economia, estimulou o comércio e a indústria.
Em termos sociais, aboliu a escravidão por dí- e) A estabilidade social, advinda das reformas
vidas. Na política, estabeleceu o regime cen- introduzidas por Clístenes, não foi acompa-
sitário, eliminando, portanto, critério de nasci- nhada por estabilidade econômica, já que
mento para a participação política. foi a partir da conquista da democracia que
III. Clístenes deu início a um processo de refor- os gregos iniciaram seus conflitos com os
mas que implantavam a democracia. Dentre persas.
suas medidas políticas, estabeleceu o princí-
pio da isonomia — igualdade — dos cidadãos 22. (UNICAMP) Apenas a procriação de filhos legíti-
e a participação direta deles por meio da As- mos, embora essencial, não justifica a escolha da
sembleia (Eclesia). esposa. As ambições políticas e as necessidades
econômicas que as subentendem exercem um
Assinale: papel igualmente poderoso. Como demonstra-
a) se apenas o item III está correto. ram inúmeros estudos, os dirigentes atenienses
b) se apenas os itens II e III estão corretos. casam-se entre si, e geralmente com o parente
c) se apenas os itens I e III estão corretos. mais próximo possível, isto é, primos coirmãos.
É sintomático que os autores antigos que nos in-
d) se os itens I, II e III estão corretos.
formam sobre o casamento de homens políticos
e) se apenas os itens I e II estão corretos. atenienses omitam os nomes das mulheres des-
posadas, mas nunca o nome do seu pai ou do
21. (MACKENZIE) “[…] Consta que a concubina de Pé-
seu marido precedente.
ricles, Aspásia, ajudou-o a escrever seus discur-
Adaptado de Alain Corbin e outros. História da virilidade, vol. 1. Petró-
sos. E a todos surpreendia ver o grande estadista polis: Vozes, 2014. p. 62.
a cada manhã, ao sair de casa, despedir-se de
Aspásia com beijos.” Considerando o texto e a situação da mulher na
A elevação do espírito: 600 a.C.-400 a.C. Rio de Janeiro, 1998. Atenas clássica, podemos afirmar que se trata de
uma sociedade:
O texto, referindo-se ao grande líder da cidade- a) na qual o casamento também tem implica-
-Estado de Atenas, Péricles, retrata as contradi- ções políticas e sociais.
ções sociais existentes, não apenas em Atenas,
mas em toda a Grécia. Sobre a sociedade grega b) que, por ser democrática, dá uma atenção es-
da época, podemos afirmar que: pecial aos direitos da mulher.
a) As condições sociais eram idênticas tanto nas c) em que o amor é o critério principal para a
cidades-Estado que evoluíram para regimes formação de casais da elite.
democráticos, como Atenas, por exemplo, d) em que o direito da mulher se sobrepõe ao
quanto nas pólis oligárquicas, como Esparta. interesse político e social.
Assinale a alternativa que apresente, respectiva- privada de nossos concidadãos, pois não nos
mente, o nome da guerra em que ocorreu a ba- ressentimos com nosso vizinho se ele age como
talha de Maratona bem como os bárbaros, men- lhe apraz, nem o olhamos com ares de reprova-
cionados no texto: ção que, embora inócuos, lhe causariam des-
a) Guerra do Peloponeso – troianos; gosto. Ao mesmo tempo que evitamos ofender
os outros em nosso convívio privado, em nossa
b) Guerras Médicas – troianos;
vida pública nos afastamos da ilegalidade princi-
c) Guerra do Peloponeso – persas; palmente por causa de um temor reverente, pois
d) Guerras Médicas – persas; somos submissos às autoridades e às leis, espe-
e) Guerras Púnicas – cartagineses. cialmente àquelas promulgadas para socorrer os
oprimidos e às que, embora não escritas, trazem
27. Sobre a Grécia, leia o texto a seguir. aos agressores uma desonra visível a todos.
Adaptado de Oração fúnebre de Péricles, 430 a.C. In: Tucídides. Histó-
Temos um regime que nada tem a invejar das leis ria da Guerra do Peloponeso. Brasília: UnB, 2001. p. 109.
estrangeiras. Somos, antes, exemplos que imita-
dores. [...] o regime se denomina democracia. No a) Com base nas informações contidas no texto,
entanto, se, em matéria de divergências particu- identifique o sistema político nele descrito e
lares, a igualdade de todos diante da lei é asse- indique suas principais características.
gurada, cada um, em virtude das honras devidas
à posição ocupada, é julgado naquilo que pode
ocasionar sua distinção: no que se refere à vida
pública, as origens sociais contam menos que
o mérito, sem que a pobreza dificulte a alguém
servir à cidade por causa da humildade de sua
posição […]. Uma pessoa pode, ao mesmo tem-
po, ocupar-se de seus assuntos e dos do Estado
e a multiplicidade das ocupações não impede o
julgamento dos assuntos públicos. Somos os úni-
cos a taxar, efetivamente, aqueles que não fazem
parte dos ativos, mas dos inúteis.
TUCÍDIDES, História da Guerra do Peloponeso. Brasília, 1987. b) Identifique a cidade que foi a principal adver-
sária de Atenas na Guerra do Peloponeso e
O texto de Tucídides, faz referência à cidade-Es- diferencie os sistemas políticos vigentes em
tado de: cada uma delas.
a) Esparta.
b) Troia.
c) Atenas.
d) Delos.
e) Tebas.
b) Ofereça pelo menos dois exemplos do que o Leia o texto para responder às questões de
autor chama de “diversidade social e cultu- números 34 e 35.
ral”, que “caracterizou os inícios da Grécia”. A partir do século VII a.C., muitas comunidades
nas ilhas, na Grécia continental, nas costas da
Turquia e na Itália construíram grandes templos
destinados a deuses específicos: os deuses de
cada cidade. As construções de templos foram
verdadeiramente monumentais. […] Tornaram-se
as novas moradias dos deuses. Não eram mais
deuses de uma família aristocrática ou de uma
etnia, mas de uma pólis. Eram os deuses da co-
munidade como um todo. A religião surgiu, assim,
como um fator aglutinador das forças cooperati-
vas da pólis. […] A construção monumental foi in-
fluenciada por modelos egípcios e orientais. Sem
as proezas de cálculo matemático, desenvolvidas
na Mesopotâmia e no Egito, os grandes monu-
mentos gregos teriam sido impossíveis.
Norberto Luiz Guarinello. História Antiga, 2013.
divulgação dos princípios dessa nova doutri- vida tanto por ele, como por seu irmão Caio, du-
na para os povos bárbaros. rante o período da Republica romana (VI a.C. - I
a.C.) podemos afirmar que:
e) A crescente produção de cereais, durante o
Império Romano, especialmente, o trigo, le- a) reafirmou o poder da aristocracia romana,
confirmando o direito a terras e indenização
vou à expansão de suas fronteiras, uma vez
em caso de expropriação nos períodos de
que era necessário ser escoado e vendido guerra.
para as demais províncias romanas.
b) os irmãos Graco reconheciam que a distribui-
ção de terras seria a solução para atender às
40. (MAKENZIE) Os generais os enganam quando os
necessidades de uma plebe marginalizada.
exortam a combater pelos templos de seus deu-
ses, pelas sepulturas de seus pais. Isto porque c) defendiam uma maior participação política
de um grande número de romanos não há um só da classe de comerciantes para promover o
que tenha o seu altar doméstico, o seu jazigo fa- desenvolvimento e expansão da economia
miliar. Eles combatem e morrem para alimentar romana.
a opulência e o luxo de outros. Dizem que são d) incitavam o povo a apoiar as ditaduras milita-
senhores do universo, mas eles não são donos res, sendo os generais do exército, os únicos
sequer de um pedaço de terra. capazes de assumir o governo em época de
Apud Plutarco. Vidas paralelas. Barcelona: Ibéria, 1951. v. 4, p. 150.
crise.
e) os irmãos Graco, com o apoio do Senado e
Segundo Plutarco, essas foram palavras profe- da aristocracia romana, puderam promover
ridas por Tibério Graco, político romano, em um uma reforma social que aplacou o clima de
discurso público. A respeito da iniciativa promo- tensão vivido na época.
41. (IFSMG) Observe o mapa histórico e leia as afirmativas sobre as principais consequências sociais da expan-
são territorial durante a República e o início do Império na Roma Antiga.
Províncias do Império Romano na sua máxima extensão, durante o reinado de Trajano (117 d.C.).
Províncias do Império Romano na sua máxima extensão, durante o reinado de Trajano (117 d.C.).
Mapa histórico adaptado e extraído de: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:RomanEmpire_117--pt.svg>.
Acesso em 16/10/2013.
A expansão de Roma gerou intensos conflitos entre patrícios e plebeus, em função das terras recém-con-
quistadas e as principais funções do exército ficarem concentradas nas mãos do patriciado romano.
I. Ao contrário dos plebeus, os escravos não realizaram revoltas ou rebeliões antes do século III d.C., ten-
do em vista a eficácia do sistema de controle exercido sobre essa força de trabalho servil.
II. A “política do pão e circo”, com a distribuição de cereais e promoção de espetáculos em Roma, foi uma
das medidas adotadas pelo Estado romano para tentar atenuar a crescente tensão social.
45. (UNICAMP) Por que as pessoas se casavam na Roma com amigos e fiéis. Suas cartas mostram um am-
Antiga? Para esposar um dote, um dos meios hon- plo círculo de relações e de influências em Roma
rosos de enriquecer, e para ter, em justas bodas, e no Mediterrâneo oriental. O ponto central é: te-
rebentos que, sendo legítimos, perpetuassem o ria sido a carreira de Paulo possível ou verossímil
500 anos antes?
corpo cívico, o núcleo dos cidadãos. Os políticos
Adaptado de GUARINELLO, Norberto Luiz. História Antiga.
não falavam exatamente em natalismo, futura mão São Paulo: Contexto, 2013. p. 157-158.
de obra, mas em sustento do núcleo de cidadãos
que fazia a cidade perdurar exercendo a “função 46. (PUC-SP) A resposta mais adequada à pergunta
de cidadão” ou devendo exercê-la. final do texto é
Adaptado de ARIÈS, P. e DUBY, G. História da vida privada. São Paulo:
Companhia das Letras, 1990. v. 1, p. 47. a) sim, porque a integração entre Ocidente e
Oriente era intensa desde a unificação do Egi-
a) Por que o casamento tinha uma conotação to, quando se estabeleceram rotas regulares
política entre os cidadãos, na Roma Antiga? de comércio para as Índias.
b) não, porque só com a conquista e o domínio
romanos do mar Mediterrâneo é que se inicia-
ram a navegação e o comércio entre o Norte
da África e as terras da atual Europa.
c) sim, porque as cidades italianas de Gênova e
Veneza controlavam grande parte do comér-
cio no mar Mediterrâneo e facilitavam o deslo-
b) Indique dois grupos excluídos da cidadania camento de pessoas e mercadorias na região.
durante a República romana (509-27 a.C.). d) não, porque apenas a extensão e o funciona-
mento do Império Romano tornaram possí-
veis a maior mobilidade e integração entre as
comunidades a ele submetidas.
Leia o texto para responder as perguntas 46 e 47. e) sim, porque a hegemonia árabe no Norte da
O apóstolo Paulo era cidadão de Tarso, uma África, no Oriente próximo e na península
pequena cidade, muito antiga, que era a capital Ibérica contribuiu decisivamente para a apro-
provincial da Cilícia. Mas Paulo era também ju- ximação dos povos que viviam em torno do
deu, membro de uma etnia que se reproduzia por Mediterrâneo.
laços familiares e pela aderência a uma religião,
cujo templo se encontrava distante, em Jerusa- 47. (PUC-SP) A trajetória do apóstolo Paulo, descrita
lém. Era um judeu da diáspora. Numa viagem no texto, revela que:
para Damasco, Paulo se tornou cristão e, entre
os cristãos, apóstolo. Nessa condição, assumiu a) o intercâmbio cultural na Antiguidade era re-
a identidade de apóstolo dos não judeus e viajou, gular e sistemático desde a globalização da
por terra e por mar, por boa parte do Mediterrâ- filosofia grega e da hegemonia dos valores
neo oriental. Foi a Chipre, à Panfilia, passou pela helenísticos no Oriente extremo.
Capadócia, pelo centro da Anatólia, e morou em b) os povos da Antiguidade mantinham-se fir-
Éfeso, onde foi confrontado pelos artesãos locais,
escapando apenas pelo medo geral de uma in-
memente fechados em suas comunidades,
tervenção do poder romano. Muitas vezes esta- sem que houvesse qualquer tipo de integra-
beleceu-se com o apoio das comunidades judai- ção ou transformação cultural.
cas locais. Morou na cidade de Felipe, visitou a c) a força política do cristianismo na Grécia e em
Macedônia e a Acaia e, segundo os Atos, passou Roma garantia a segurança e a ampla possi-
por Corinto, capital provincial, onde exerceu ou- bilidade de circulação de seus adeptos, em-
tra de suas identidades – a de artesão. Chegou
penhados na difusão dessa fé religiosa.
a Atenas e discutiu com os filósofos da cidade.
Passou também por Mileto, Rodes, Tiro, Cesa- d) a tolerância religiosa existente na Grécia e na
reia, Jerusalém e outras cidades. Ao ser perse- Roma antigas permitia contínuas romarias de
guido em Jerusalém, refugiou-se em Cesareia, todos os seus habitantes por todos os territó-
onde foi preso. Fez, então, uso de sua identidade rios de seus impérios.
de cidadão romano, que também possuía, e de
seu conhecimento da língua grega, para não ser e) o Império Romano era bastante heterogêneo
espancado e executado. Para ser julgado, atra- no seu interior e parte de seus habitantes po-
vessou todo o Mediterrâneo, com uma escala em dia valer-se de suas várias identidades e vín-
Malta, após um naufrágio, tendo vivido em Roma culos pessoais e religiosos.
51. (ESPM) Os hunos em geral – e Átila em particular – têm uma merecida fama de homens endurecidos pela
atividade militar. As fontes históricas revelam a imagem que fazemos do huno: um soldado montado. Todos
os nômades andavam a cavalo, o meio de locomoção habitual do tempo. Mas a destreza dos cavaleiros
hunos impressiona os observadores contemporâneos. Sua arma mais importante era o arco. Mais forte do
que um arco simples, ele tinha um alcance de 150 metros. No galope ele controlava seu cavalo com os
joelhos, enquanto disparava uma flecha.
Revista História Viva, n. 116, p. 34, 2013.
A partir do texto, e levando em consideração o que se sabe sobre os hunos, é correto assinalar.
a) Os hunos foram bárbaros que, graças a sua destreza de cavaleiros, derrubaram o Império Bizantino;
b) Os hunos foram bárbaros cujo poderio naval atormentou o Império Romano;
c) Hábeis cavaleiros, os hunos foram nômades que assolaram o mundo grego e devastaram Atenas e
Esparta;
d) Capazes de ataques rápidos, e notáveis pela destreza de seus cavaleiros, os hunos promoveram uma
ofensiva contra a região da Itália, no Império Romano;
e) Famosos pela força de sua infantaria, os hunos foram os responsáveis diretos pela derrubada do Im-
pério Romano.
Com base na análise do mapa e em seus conhecimentos sobre a queda do Império Romano, assinale a
alternativa incorreta.
a) Os povos hunos, à exceção dos visigodos, lombardos, vândalos, alanos, burgúndios, ostrogodos e
saxões, eram povos mais dóceis, não configurando uma atuação com grandes embates no Império
Romano.
b) A tendência majoritária que se observou no processo representado no mapa foi a fragmentação, cres-
cente autonomia e caracterização ruralizante resultante das invasões no Império Romano.
c) O termo “bárbaro” foi empregado pelos romanos para designar povos considerados inferiores cultu-
ralmente, hordas violentas exteriores ao Império, cujo significado é pejorativo, pois estes, em alguns
aspectos, detinham maior conhecimento que os romanos, como na metalurgia.
d) O mapa aponta para uma nova configuração territorial e política na Europa Ocidental e adjacências, origi-
nando novas estruturas de poder, marcando o período feudal na história.
I. Relacione o fim das guerras de conquistas à crise econômica vivenciada pelo Império Romano.
II. Relacione a crise do Império Romano ao aumento de trabalhadores rurais dependentes economicamente.
Após a análise, assinale a alternativa correta: 57. (FUVEST) Leia o texto e examine a imagem.
a) Todas as afirmativas estão certas. `A arte gótica reúne e desenvolve os fermentos no-
b) Todas as afirmativas estão erradas. vos [...] e os organiza em sistema; e esse sistema
tem um lugar seguro na mais vasta organização
c) Apenas as afirmativas I e II estão certas. do saber.
d) Apenas as afirmativas I e III estão certas. G. C. Argan. História da arte italiana. Da Antiguidade a Duccio.
São Paulo: Cosac & Naif, 2003, v. 1, p. 337. Adaptado.
e) Apenas as afirmativas II e III estão certas.
a) Identifique dois elementos da imagem que a) Identifique, a partir da imagem, dois elemen-
possam ser associados à cultura clerical. tos característicos do chamado estilo gótico.
d) Os povos germânicos desenvolveram a propriedade privada e as relações servis que permitiram a sín-
tese social com os romanos.
e) A transição para o escravismo feudal foi proporcionada pelos conflitos constantes nas fronteiras roma-
nas devido à ofensiva dos magiares.
62. (ESPM) O próprio Deus quis que entre os homens que alguns fossem senhores e outros servos, de modo
que os senhores veneram e amam a Deus, e que os servos amam e veneram o seu senhor, seguindo a
palavra do apóstolo; servos, obedecei vossos senhores temporais com temor e apreensão; senhores, tratai
vossos servos de acordo com a justiça e a equidade.
(Marvin Perry. Civilização Ocidental: Uma História Concisa)
A partir da leitura do texto é possível assinalar que a respeito da ordem social feudal, o clero:
a) propugnava por uma sociedade dinâmica e de camponeses questionadores;
b) afirmava que os direitos e deveres das pessoas não dependiam de sua posição na ordem social;
c) rebatia a avaliação de que a vontade de Deus tivesse qualquer relação com a ordem social;
d) considerava que a sociedade funcionava bem quando todos aceitavam sua condição e desempenha-
vam o papel que lhes era atribuído;
e) era o maior interessado em questionar a ordem social injusta do feudalismo.
63. (UFJF) Observe as imagens que retratam a vida dos camponeses e dos senhores durante a Idade Média e,
em seguida, assinale a alternativa INCORRETA.
A iluminura retrata o servo arando a terra.Disponível Cristiano I, da Dinamarca, assiste a um torneio de cavalaria junto a Bartolomeo
em: <http://www.brasilescola.com/historiag/caracteris- Colleoni. Afresco no Castelo de Malpaga, por Girolamo Romani (1467). Disponível em:
ticas-feudalismo.htm>. Acesso em: 09, agosto, 2013. <http://pt.wikipedia.org/wiki/Cavalaria_medieval>. Acesso em: 09, agosto, 2013.
a) Ao se tornar vassalo, o nobre recebia um benefício, o que lhe dava o direito de administrar os territórios
recebidos e submeter os servos que ali residiam.
b) Para os romanos, servo significava escravo. Na Idade Média a palavra ganhou outro sentido: embora os
servos estivessem presos a terra, os senhores medievais não eram proprietários desses camponeses.
c) A mão de obra servil prevaleceu na zona rural, todavia, as terras também eram cultivadas pelos vilões,
homens livres que também estavam submetidos a uma série de obrigações em relação ao senhor da
região, como o pagamento do censo.
d) A Igreja, grande proprietária de terras, foi fundamental na consolidação do feudalismo e na difusão da
ideia de uma sociedade dividida em três principais grupos sociais (os que oram, os que guerreiam, os
que trabalham).
e) Em relação aos seus suseranos, os vassalos tinham algumas obrigações, dentre as quais podemos
destacar: oferecer ajuda militar e trabalhar nas terras senhoriais.
A maior parte da literatura grega clássica que co- 69. Sobre a história do Império Romano do Oriente,
nhecemos hoje só sobreviveu por ter sido copia- analise as afirmativas a seguir:
da por escribas bizantinos.
BURNS, Edward McNall; LERNER; Robert F.; MEACHAM, Standish.
I. Sua outra denominação – Império Bizantino
História da civilização ocidental: do homem das cavernas às naves – decorre do fato da capital ter sido edifica-
espaciais. 37. ed. São Paulo: Globo, 1996. v. 1. p. 210. da sobre uma antiga colônia grega de nome
Bizâncio.
A respeito desse assunto, é correto afirmar:
II. Após a queda oficial do Império Romano do
a) O ensino no Império Bizantino era voltado
apenas para a Literatura e a Filosofia. Ocidente em 476, o Império Romano do Orien-
te continuou a existir por cerca de mais 1000
b) Os conhecimentos desenvolvidos em Cons-
anos.
tantinopla não chegaram até os nossos dias
em função da invasão turca em 1453. III. A Quarta Cruzada destruiu o Império Bizantino
e a organização política implantada por Jus-
c) Constantinopla reunia um mosaico de culturas
tiniano. A cultura bizantina desapareceu para
ocidentais e orientais que permitiu um grande
desenvolvimento cultural, literário e artístico. sempre.
d) Havia muito estudo em Constantinopla, po- Após a análise, assinale a alternativa correta:
rém não foram produzidos registros escritos a) Todas as afirmativas estão certas.
que pudessem comprovar esse desenvolvi- b) Todas as afirmativas estão erradas.
mento intelectual.
c) Apenas as afirmativas I e II estão certas.
e) Shakespeare, Platão e Aristóteles viveram em
Constantinopla e foram os responsáveis pela d) Apenas as afirmativas I e III estão certas.
fundação de escolas. e) Apenas as afirmativas II e III estão certas.
árabes
70. (UNICAMP) Tradicionalmente, a vitória dos cristãos sobre os muçulmanos na Batalha de Covadonga, na
região da Península Ibérica, em 722, foi considerada o início da chamada Reconquista. Mais do que um de-
cisivo confronto bélico, Covadonga foi uma luta dos habitantes locais por sua autonomia. A aproximação
ideológica desta vitória, feita mais tarde por clérigos das Astúrias, conferiu à batalha a importância de um
fato transcendente, associado ao que se considerava a missão da monarquia numa Hispânia que tombara
diante dos seus inimigos.
(Adaptado de R. Ramos, B. V. Sousa e N. Monteiro (orgs.), História de Portugal. Lisboa: A Esfera dos Livros, 2009, p. 17-18.)
b) De que maneira a Batalha de Covadonga foi reutilizada no discurso histórico e político pelos clérigos
das Astúrias?
vos – vassalos, contribuindo para a emergên- Ninguém que não tenha sido aprendiz e não te-
cia de teorias milenaristas no continente. nha concluído seu termo de aprendizado do dito
ofício poderá exercer o mesmo.
d) As enfermidades que afetavam a população
em geral contribuíram para a demonização de (Apud Leo Huberman, História da riqueza do homem, 1970, p. 65)
algumas práticas sociais, como o hábito de
A partir do documento, é possível reconhecer as
usar talheres nas refeições, adquirido, por sua
principais características das corporações de ofí-
vez, no contato com povos bizantinos.
cios, a saber:
e) A certeza da punição divina a pecados come-
a) solidariedade; defesa do livre mercado para
tidos pelos humanos predominava na menta-
além da cidade; regras flexíveis para seus
lidade medieval; por isso, nos vários séculos
membros, inclusive estrangeiros, que pode-
do período, eram constantes os autos de fé da
riam exercer vários ofícios.
Inquisição, incentivando a confissão em mas-
sa, sempre com tolerância e diálogo. b) defesa do monopólio do mercado da cidade;
exclusão de estrangeiros; controle de quali-
79. (ESPM) Tu consideraste minha humildade como dade do trabalho para evitar práticas deso-
medo e desde então não temeste revoltar-se nestas e espírito de fraternidade.
contra o poder real que recebi de Deus e ousaste c) ausência de controle do trabalho; monopólio
ameaçar tirá-lo, como se tivéssemos recebido a do mercado da cidade; admissão de estran-
Realeza de ti, como se o Reino e o Império es- geiros; incentivo à competição e admissão de
tivessem em tuas mãos e não nas de Deus. Foi aprendizes de diferentes ofícios.
Nosso Senhor Jesus Cristo que nos chamou a d) emprego de aprendizes desqualificados; li-
reinar. Ele não te chamou ao sacerdócio. Porque
berdade de preço dos produtos; exclusão de
tu escalaste os degraus: pela astúcia, obtiveste
estrangeiros; espírito de fraternidade e produ-
o dinheiro pelo dinheiro, o favor pelo favor, as
ção de vários tipos de produtos.
armas pelas armas. Assim pelo julgamento de
todos os nossos Bispos e pelo nosso, retira-te, e) produção com controle de qualidade; admis-
abandona a Sé Apostólica usurpada, que outro são de artesãos sem aprendizado anterior;
ascenda à Sé de São Pedro. defesa da concorrência entre os artesãos e
(Carta de Henrique IV a Gregório VII. Citado por G. Freitas in 900 Textos livre mercado de preços dos produtos.
e Documentos da História)
81. (UNICAMP) São mais ou menos constantes as
O documento apresentado deve ser relacionado
queixas dos bispos e dos clérigos sobre a manu-
com:
tenção das práticas pagãs no mínimo até o sécu-
a) o Cisma do Oriente; lo X. Um conjunto de práticas pagãs se mantém
b) a criação da Inquisição; quase intacto, sem levar em conta festas públi-
c) a Querela das Investiduras; cas pagãs como a de 1º de janeiro, que sobrevi-
d) a instituição do celibato clerical; veu durante muito tempo.
(Adaptado de Michel Rouche, “Alta Idade Média Ocidental”, em Paul
e) o cativeiro de Avignon. Veyne (org.), História da vida privada: do Império Romano ao ano mil.
São Paulo: Companhia das Letras, 2009, p.504.)
80. (FGV) Leia o documento de 1346.
[...] se qualquer pessoa do dito ofício sofrer de Assinale a alternativa correta.
pobreza pela idade, ou porque não possa traba- a) A crítica à institucionalização da Igreja, com a
lhar terá toda semana 7 dinheiros para seu sus- consolidação da hierarquia em torno do papa
tento [...] e dos bispos, teve sua principal manifestação
E nenhum estrangeiro trabalhará no dito ofício se na manutenção de práticas pagãs.
não for aprendiz, ou homem admitido à cidadania
b) As práticas pagãs, costumes de origem popu-
do dito lugar.
lar, respeitados pelas ordens religiosas, como
[...] E se alguém do dito ofício tiver em sua casa os beneditinos, mas criticados pelos bispos e
trabalho que não possa completar... os demais do
pelo clero tradicional.
mesmo ofício o ajudarão, para que o dito trabalho
não se perca. c) A diversidade de práticas religiosas era fre-
[...] Prestando perante eles o juramento de inda- quente na Alta Idade Média, apesar dos es-
gar e pesquisar [...] os erros que encontrarem no forços institucionais do alto clero católico em
dito comércio, sem poupar ninguém, por amizade combater as crenças populares e defender a
ou ódio. unidade religiosa na Europa.
se sabe qual é a melhor; mas, porque meu avô, e) as principais características do feudalismo,
meu pai e os meus são cristãos, eu quero conti- sobretudo a valorização da terra, haviam sido
nuar cristão e acreditar que essa seja a melhor fé”. completamente superadas e substituídas pela
Carlo Ginzburg. O queijo e os vermes. São Paulo: Companhia das busca incessante do lucro e pela valorização
Letras, 1987, p. 113. do livre comércio.
e) uma perspectiva ateísta, baseada na sua ex- O texto acima se refere à Primeira Cruzada (1096-
periência familiar. 1099). Responda às questões.
86. (FUVEST) A cidade é [desde o ano 1000] o prin- a) Identifique um motivo econômico e um moti-
cipal lugar das trocas econômicas que recorrem vo político para o movimento das Cruzadas.
sempre mais a um meio de troca essencial: a
moeda. [...] Centro econômico, a cidade é tam-
bém um centro de poder. Ao lado do e, às vezes,
contra o poder tradicional do bispo e do senhor,
frequentemente confundidos numa única pes-
soa, um grupo de homens novos, os cidadãos
ou burgueses, conquista “liberdades”, privilégios
cada vez mais amplos. b) Que grupo social liderou esse movimento e
Jacques Le Goft. São Francisco de Assis. Rio de Janeiro:
Record, 2010. Adaptado.
como o cronista citado identifica o apoio de
Deus ao empreendimento cruzadístico?
O texto trata de um período em que:
a) os fundamentos do sistema feudal coexistiam
com novas formas de organização política e
econômica, que produziam alterações na hie-
rarquia social e nas relações de poder.
b) o excesso de metais nobres na Europa provo-
cava abundância de moedas, que circulavam
apenas pelas mãos dos grandes banqueiros e
dos comerciantes internacionais. 88. (UNESP) Mais ou menos a partir do século XI, os
cristãos organizaram expedições em comum
c) o anseio popular por liberdade e igualdade
contra os muçulmanos, na Palestina, para re-
social mobilizava e unificava os trabalhadores
conquistar os “lugares santos” onde Cristo tinha
urbanos e rurais e envolvia ativa participação morrido e ressuscitado. São as cruzadas [...]. Os
de membros do baixo clero. homens e as mulheres da Idade Média tiveram
d) a Igreja romana, que se opunha ao acúmulo então o sentimento de pertencer a um mesmo
de bens materiais, enfrentava forte oposição grupo de instituições, de crenças e de hábitos: a
da burguesia ascendente e dos grandes pro- cristandade.
prietários de terras. (Jacques Le Goff. A Idade Média explicada aos meus filhos, 2007.)
Entre outros aspectos da expansão marítima por- Relacione o conteúdo dessa estrofe com o mo-
tuguesa a partir do século XV, o poema menciona: mento vivido pelo Império Português por volta do
a) o sucesso da empreitada, que transformou ano de 1572, ano da publicação de Os Lusíadas.
Portugal na principal potência europeia por
quatro séculos.
b) o reconhecimento do papel determinante da
Coroa no estímulo às navegações e no apoio
financeiro aos familiares dos navegadores.
c) a crença religiosa como principal motor das
navegações, o que justifica o reconhecimento
da grandeza da alma dos portugueses.
d) a percepção das perdas e dos ganhos indivi-
duais e coletivos provocados pelas navega-
ções e pelos riscos que elas comportavam. 95. (FUVEST) Durante muito tempo, sustentou-se
e) a dificuldade dos navegadores de reconhecer equivocadamente que a utilização de especiarias
as diferenças entre os oceanos, que os levou na Europa da Idade Média era determinada pela
a confundir a América com as Índias. necessidade de se alterar o sabor de alimentos
apodrecidos, ou pela opinião de que tal uso ga-
93. Sobre o processo de expansão marítima e co- rantiria a conservação das carnes.
mercial europeia do século XV, analise as afirma-
A utilização de especiarias no período medieval.
tivas a seguir:
a) permite identificar a existência de circuitos
I. Coube à Espanha definir a rota de navegação
mercantis entre a Europa, a Ásia e o continen-
oriental para chegar às Índias, a partir do acor-
te africano.
do de Madrid, estabelecido sob o aval da Igre-
ja Católica. b) demonstra o rigor religioso, caracterizado
pela condenação da gastronomia e do requin-
II. A Revolução de Avis foi um marco antece-
te à mesa.
dente fundamental para a expansão marítima,
uma vez que garantiu certa unidade política a c) revela a matriz judaica da gastronomia medie-
Portugal. val europeia.
III. O papel pioneiro na expansão marítima euro- d) oferece a comprovação da crise econômica
peia coube aos potentados gregos, graças ao vivida na Europa a partir do ano mil.
controle do Mar Mediterrâneo, desde o século e) explicita o importante papel dos camponeses
XIII. dedicados a sua produção e comercialização.
prata em barra, ouro e prata amoedados, baixelas 101. (UFJF) Embora, atualmente, os historiadores ten-
de ouro e prata e uma infinidade de objetos de dam a valorizar muito mais as permanências do
luxo que podem ser feitos desses metais. A inob- que as rupturas existentes entre a sociedade
servância dessas interdições é punida com penas que se estruturou na Europa da Idade Moderna
severas, até mesmo com a pena de morte. e aquela que caracterizou a sociedade medieval,
(Paul Hugon. História das Doutrinas Econômicas) o fato é que muitas transformações substanciais
O texto deve ser relacionado com o: também ocorreram na sociedade europeia dos
séculos XVI a XVIII, tornando esse período distin-
a) Fisiocratismo;
to do anterior. Nesse sentido, cite e analise uma
b) Liberalismo;
alteração perceptível na sociedade europeia da
c) Neoliberalismo; Idade Moderna quando comparada com o perío-
d) Socialismo; do medieval, no que diz respeito:
e) Mercantilismo. a) às atividades mercantis:
b) à mobilidade social:
a) A obra intitulada A Criação de Adão de Miche- 27ª Tese “Pregam futilidades humanas quantos
langelo, foi encomendada durante a Contrar- alegam que, no momento em que a moeda soa
reforma no século XVI, de modo a reforçar o ao cair na caixa, a alma se vai do purgatório.”
teocentrismo católico frente aos protestantes. 28ª Tese “Certo é que, no momento em que a
b) Trata-se de uma obra renascentista da fase moeda soa na caixa, vem o lucro, e o amor ao
dinheiro cresce e aumenta; a ajuda, porém, ou a
do cinquecento encomendada pelo Papa Jú-
intercessão da Igreja tão só corresponde à vonta-
lio II, onde é perceptível, dentre outras carac- de e ao agrado de Deus.”
terísticas, o classicismo. http://www.monergismo.com/textos/credos/lutero_teses.htm.
c) Segundo vários historiadores, a intenção do Acesso em 10/8/2014
autor foi manifestar seu desprezo pelo cristia-
A reforma luterana, de questionamento ao Papa e
nismo, sentimento comum dentre os renas- à sua autoridade, produziu profundas mudanças
centistas, uma vez que a obra, apesar do título, religiosas, políticas e sociais. Sendo a indulgên-
apresenta um tema pagão da antiguidade, ou cia um erro, então, o povo não deveria obediên-
seja, a criação de Apolo pelo deus grego Zeus. cia irrestrita, estava se estimulando o livre pensar,
d) Embora a obra apresente características re- o livre agir, o poder gradativamente voltar-se da
nascentistas da fase do trecento, foi adquirida igreja para o homem. O alinhamento com qual-
pela Igreja Católica por apresentar um tema quer ensino religioso deveria ser movido pela
religioso ligado ao livro bíblico de Gênesis, consciência, e não mais pela imposição papal.
bem como alguns padrões artísticos e esté- Estava, portanto, em curso uma nova sociedade,
ticos provenientes da Idade Média, como o reformada, que iria produzir
antropocentrismo.
a) uma polarização entre protestantes e católicos,
com consequências somente na Alemanha.
106. (UEMG) Em 31 de outubro de 1517, o então Padre
Martinho Lutero publica as suas 95 teses, onde b) a livre interpretação da Bíblia pelos fiéis, a sal-
deixa clara sua contrariedade com a forma reli- vação pela Fé e o Estado livre das indulgências.
giosa Católica e com seu representante máximo, c) a corrupção do homem enquanto cidadão,
o então Papa Leão X. Dois princípios incomo- motivando a preocupação excessiva com a
davam muito Lutero: o primeiro era a venda das espiritualidade.
indulgências e o segundo a Infalibilidade Papal. d) um fenômeno religioso com aceitação universal,
Sobre a indulgência, Lutero disse: que passa a ser dominante em toda a Europa.
Adriaen van de Venne. A pesca de almas (1614). Rijksmuseum, Amsterdã, Holanda. Detalhe.
II. Lutero defendia a lógica tomista de salvação a b) manterem a liturgia católica e a hierarquia
partir da fé, contrariando o agostiniano dogma eclesiástica na sua organização, além de se
católico de salvação pelas boas obras ditadas colocarem sob a autoridade real.
pela própria Igreja. c) incluírem, nas práticas religiosas, a aceitação
III. Para além do confisco dos bens da Igreja Ca- de quatro sacramentos e o uso da língua in-
tólica na Inglaterra, o pretexto utilizado pelo rei glesa.
Henrique VIII para a implementação do angli- d) manterem o clero e a igreja fora do controle
canismo foi a negativa papal à dissolução do do Estado Nacional e sob proteção da Santa
seu matrimônio com Catarina de Aragão, filha
Sé.
dos reis católicos da Espanha.
IV. Dentre os aspectos da Reforma Católica, é pos- 112. (UNIMONTES) O nome de Thomas Munzer ligou-se
sível destacar a supressão das simonias e indul- ao radicalismo durante a Reforma na Alemanha
gências, criação dos seminários e do índex, ou devido ao/às
seja, uma lista de livros sugeridos aos católicos.
a) lutas que marcaram a Liga de Smalkad na
V. Dentre os fundamentos da doutrina luterana, Saxônia.
é possível destacar a livre interpretação da Bí-
b) incentivo às revoltas camponesas por moti-
blia, o fim do celibato e das imagens, a supre-
vos sociais.
macia da religião frente ao Estado, bem como
a substituição da consubstanciação católica c) conflito entre Lutero e Frederico III decorrente
pela transubstanciação protestante no que de disputas doutrinais.
tange a eucaristia. d) conflito entre católicos e protestantes na Die-
Estão INCORRETAS: ta de Augsburgo.
a) I, III e V. c) II, III e IV. 113. (UNIMONTES) NÃO constitui ação da Igreja Católi-
b) II, IV e V. d) I, II e IV. ca, na Contrarreforma:
a) a fundação da Ordem dos Jesuítas.
111. (UNIMONTES) Os anglicanos diferem-se dos calvi-
nistas por b) a restauração da Santa Inquisição.
a) aceitarem a tese da salvação mediante a fé c) a anulação do Índex dos Livros Proibidos.
e boas obras, bem como o culto aos santos. d) a reafirmação do culto à Maria e aos Santos.
áfrica atlântica
114. (FGV) Nos pronunciamentos de parlamentares e em matérias jornalísticas, é frequente encontrar o argu-
mento de que a escravidão já era praticada no continente africano antes da chegada dos europeus e que
estes apenas intensificaram e ampliaram a comercialização de seres humanos a partir do século XV. Para
compreender a significação histórica do tráfico negreiro na Época Moderna é necessário utilizar conceitos
com precisão e rigor metodológico.
Nesse sentido, defina:
a) Escravidão:
b) Escravismo:
FLORENTINO, Manolo. Aspectos do tráfico negreiro na África Ocidental (c. 1500-c. 1800). In: FRAGOSO, João.
O Brasil colonial, vol. 1 (c. 1443 – c. 1580). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2014. p. 232.
cobre vindo da Zâmbia e de Chaba, de sal, ouro
e marfim, enviados até a costa. De fora, chega-
vam [...] porcelana da China e da Pérsia, peças
de vidro da Síria e outras mercadorias de luxo. O
Grande Zimbábue [...] tinha o monopólio do co-
mércio de ouro que era levado para Sofala e de
lá embarcado para Quíloa.
(Regiane Augusto de Mattos, História e cultura afro-brasileira)
A partir do trecho, é possível considerar que
a) o oceano Índico e a Península Arábica foram
importantes “portas de entradas” de ideias e
mercadorias da África, mesmo antes da costa
atlântica.
b) a economia africana apenas ganhou impor-
tância em fins do século XV, quando ocorreu a
chegada dos grandes negociantes europeus.
c) o isolamento cultural e político africano não
impediu que esporádicas relações comerciais
fossem travadas com outros continentes.
d) desde a Antiguidade a África esteve aberta
às influências externas, mas o continente só
passou a ter história com o contato com a Eu-
ropa moderna.
e) até meados do século XVI, a costa mediterrâ-
nea foi o único espaço africano com contato a) O império de Kush estabeleceu-se ao sul do
externo, em função da expansão do Império Egito e caracterizou-se pela economia de
carolíngio. subsistência.
121. (UFMG) Fluxo de escravos entre a África e as Américas de acordo com as áreas de origem e recepção dos
cativos, 1501-1600.
FLORENTINO, manolo. Aspectos do tráfico negreiro ma África Ocidental (c. 1500-c. 1800).
In: Fragoso, João. O Brasil Colonial, vol. 1 (c. 1443-c. 1580). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2014. p. 232.
povos da américa
122. (MACKENZIE) d) enfatiza a existência de fauna e flora muito di-
ferentes do continente europeu, representan-
do animais efetivamente encontrados pelos
colonizadores.
e) procura desqualificar práticas habituais das
ameríndias, como a nudez, ao representar
uma mulher sentada sobre um animal exótico.
123. (FUVEST)
Quando Bernal Díaz avistou pela primeira vez a
capital asteca, ficou sem palavras. Anos mais
tarde, as palavras viriam: ele escreveu um alen-
tado relato de suas experiências como membro
da expedição espanhola liderada por Hernán
Cortés rumo ao Império Asteca. Naquela tarde de
novembro de 1519, porém, quando Díaz e seus
Legenda: América. Adrien Collaert e Marten de Vos, c.1600,
companheiros de conquista emergiram do desfi-
Rijksmuseum, Amsterdam.
ladeiro e depararam-se pela primeira vez com o
Os homens que saíram para o Atlântico em 1492 Vale do México lá embaixo, viram um cenário que,
anos depois, assim descreveram: “vislumbramos
não tinham a certeza de que chegariam às Índias,
tamanhas maravilhas que não sabíamos o que di-
apesar do incentivo de Colombo nesse sentido.
zer, nem se o que se nos apresentava diante dos
Em 12 de outubro daquele ano, um Novo Mundo
olhos era real”.
se descortinou àqueles homens, extasiados com
Matthew Restall. Sete mitos da conquista espanhola. Rio de Janeiro:
as diversas possibilidades daquela “descoberta”. Civilização Brasileira, 2006, p. 15-16. Adaptado.
A partir daquele momento, civilizações diferentes
– em diversos sentidos – entrariam em contato, O texto mostra um aspecto importante da con-
alterando definitivamente os rumos históricos quista da América pelos espanhóis, a saber,
de ambas as partes (nativos e europeus). Nesse a) a superioridade cultural dos nativos america-
sentido, a gravura nos em relação aos europeus.
a) contém elementos que indicam a visão, entre
b) o caráter amistoso do primeiro encontro e da
os séculos XVI e XVII, de uma América exótica
posterior convivência entre conquistadores e
e exuberante que ainda povoava o imaginário
conquistados.
europeu.
c) a surpresa dos conquistadores diante de ma-
b) demonstra que as guerras entre os povos
ameríndios era uma prática combatida pelos nifestações culturais dos nativos americanos.
europeus e, por isso, extinta do continente. d) o reconhecimento, pelos nativos, da impor-
c) que é encomendada pelas coroas ibéricas, tância dos contatos culturais e comerciais
revela a preocupação em demonstrar uma com os europeus.
América exótica e perigosa e, assim, evitar e) a rápida desaparição das culturas nativas da
ataques piratas ao continente. América Espanhola.
124. (FUVEST) Uma observação comparada dos regi- Segundo o texto, o relato de Colombo
mes de trabalho adotados nas Américas de co- a) revela a convicção do navegador de que as
lonização ibérica permite afirmar corretamente novas terras oferecem riquezas imediatas e
que, entre os séculos XVI e XVIII, poder planetário aos reis da Espanha.
a) a servidão foi dominante em todo o mundo b) expõe o esforço do navegador de conciliar o
português, enquanto, no espanhol, a mão de reconhecimento da especificidade americana
obra principal foi assalariada. com as expectativas europeias ante a viagem.
b) a liberdade foi conseguida plenamente pelas c) confirma o caráter casual da descoberta da
populações indígenas da América espanhola América e o desconsolo do navegador diante
e da América portuguesa, enquanto a dos es- das pressões comerciais da metrópole.
cravos africanos jamais o foi. d) demonstra a superioridade religiosa e tecno-
c) a escravidão de origem africana, embora pre- lógica dos navegadores europeus em relação
sente em várias regiões da América espanho- aos nativos americanos.
la esteve mais generalizada na América por- e) mostra a decepção do navegador com o que
tuguesa. encontrou na América, pois não havia rique-
d) não houve escravidão africana nos territórios zas que justificassem a longa viagem.
espanhóis, pois estes dispunham de farta
126. (PUC-SP) Entre as semelhanças da colonização por-
oferta de mão de obra indígena.
tuguesa e espanhola nas Américas, podemos citar
e) o Brasil forneceu escravos africanos aos terri-
a) caráter exportador da economia e a valoriza-
tórios espanhóis, que, em contra partida, tra-
ção das práticas liberais de livre comércio.
ficavam escravos indígenas para o Brasil.
b) a rápida interiorização da ocupação, com a
125. (UNESP) Inserido em um empreendimento mer- fundação de vilas e cidades, e o uso intenso
cantil, financiado com o objetivo de exploração das comunicações por via fluvial.
econômica para o fortalecimento do absolutismo c) o prevalecimento do extrativismo e da mono-
espanhol, o navegante genovês [Cristóvão Co- cultura, e o emprego de regimes de trabalho
lombo] encontra uma realidade na América que compulsório.
não permite a identificação das imaginadas rique- d) a descentralização administrativa e a ausên-
zas orientais, dando origem a uma dupla narrati- cia de mecanismos de controle político pela
va: a do esperado e a do experimentado, em que metrópole.
o discurso é pressionado pela necessidade de e) o amplo aparato militar, que protegia contra
obter informações e um projeto colonizador. invasões estrangeiras, e a persistência da
(Wilton Carlos Lima da Silva. As terras inventadas, 2003. Adaptado.) unidade territorial.
disponibilizados aos artistas, a exemplo do temíveis que frequentavam sabbats neles sacri-
mármore oferecido a Michelangelo, eram ficavam criancinhas, e as devoravam em rituais
sempre de ótima qualidade. análogos aos que, na Antiguidade, se imputaram
a cristãos heréticos, e desacatavam crucifixos
(32) Davi, escultura produzida por Michelangelo, como, dizia-se, faziam os judeus e os cátaros
possibilita afirmar que as cenas e os perso- medievais.
nagens bíblicos eram retratados durante o (SOUZA, Laura de Mello e. A feitiçaria na Europa Moderna.
Renascimento com influência antropocêntri- 2. ed. São Paulo: Ática, 1995. p. 26).
ca e terrena. Sobre esse contexto, é possível afirmar que:
(64) No Renascimento, os temas religiosos foram
totalmente esquecidos. Os temas do cotidi- I. A perseguição às bruxas e feiticeiras, na Idade
ano humano eram os únicos contemplados. Moderna, fez parte das ações da Igreja Católi-
ca no combate às heresias.
130. (UNIMONTES) A democracia é a vontade da Lei, II. As principais acusações sobre a prática de fei-
que é plural e igual para todos, e não a do Prínci- tiçaria recaíam, em geral, sobre as mulheres,
pe que é impessoal e desigual para os favoreci- que eram perseguidas, inquiridas e condena-
mentos e privilégios. das à fogueira pela inquisição.
(GUIMARÃES, Ulisses. In: Ricardo, Adhemar e Flávio. HISTÓRIA. Belo
Horizonte-MG: Lê, 2001. p. 453.)
III. Apesar de todos os avanços da ciência no iní-
cio da Idade Moderna, esse foi também um
O pensamento exposto pelo parlamentar brasileiro período, profundamente, marcado pela crença
opõe-se frontalmente ao pensamento de/dos popular na magia e na feitiçaria.
a) Maquiavel. Assinale a alternativa CORRETA.
b) iluministas. a) Todas as afirmativas estão corretas.
c) Montesquieu. b) Todas as afirmativas estão incorretas.
d) Bossuet. c) Somente as afirmativas I e II estão corretas.
d) Somente a afirmativa II e III estão corretas.
131. (UFJF) Observe, atentamente, as referências sobre
a questão das práticas de magia e feitiçaria na e) Somente a afirmativa I e III estão corretas.
Idade Moderna.
bem-vindo à filosofia
1. (UNIMONTES) Na vida dos gregos, as epopeias desempenharam um papel pedagógico significativo, pois
descreviam a história grega e transmitiam os valores culturais mediante o relato das realizações dos deuses
e dos antepassados. Assim, a importância das epopeias pode ser percebida em diversas situações da vida
do homem grego. Uma merece atenção. Marque a alternativa CORRETA.
a) Desde cedo, as crianças decoravam passagens dos poemas que eram expressão da própria vida do
homem grego.
b) As epopeias são desconhecidas e não fazem parte da vida do homem grego.
c) As epopeias não oferecem nada de significativo para a educação da juventude ateniense.
d) As epopeias são desconhecidas pelas crianças e recebem pouca atenção da população ateniense.
pensamento mítico
2. (UNIMONTES) Muitos pensam que os mitos são são da realidade. Nesse sentido, considere as
lendas restritas aos povos tribais e que teriam afirmativas:
desaparecido com a crítica do pensamento cien- I. Antes do advento da Filosofia, os gregos ex-
tífico moderno. No que se refere ao mito, pode-
plicavam a realidade, exclusivamente por meio
mos afirmar, EXCETO:
dos mitos.
a) O mito é falso e enganador, pois o mesmo fal-
II. O mito narra, entre outras coisas, o processo
ta com a verdade.
da criação do mundo.
b) O mito orienta a vida e o sentido da existência.
III. O mito e o logos gregos são narrativas idênticas.
c) Os mitos têm como função acomodar o ho-
mem em um mundo assustador. IV. O mito foi extinto completamente do cotidiano
das pessoas com o surgimento da Filosofia.
d) As narrativas míticas eram próprias de um
mundo onde a oralidade ocupava lugar cen- Assinale a alternativa correta:
tral na vida humana.
a) I e II são corretas; III e IV são falsas
3. O mito ocupa um importante lugar no desen- b) I e III são corretas; II e IV são falsas
volvimento da maioria das civilizações antigas c) II e IV são corretas; I e III são falsas
como uma poderosa ferramenta de compreen- d) I e II são falsas; III e IV são corretas
por cima de um muro, como num teatro de fan- b) A Filosofia pressupõe constante disponibili-
toches, e são desses objetos as sombras que se dade para problematizar. Platão e Aristóteles
projetam no fundo da caverna e as vozes desses disseram que a primeira virtude do filósofo é
homens que os prisioneiros atribuem às sombras. a loucura.
Temos um efeito como num cinema em que olha-
mos para a tela e não prestamos atenção ao pro-
c) A Filosofia pressupõe constante disponibili-
jetor nem às caixas de som, mas percebemos o dade para a indagação. Platão e Aristóteles
som como proveniente das figuras na tela. disseram que a primeira virtude do filósofo é
(MARCONDES, Danilo. Iniciação à História da Filosofia, 2001.) o sonho.
d) A Filosofia pressupõe constante disponibili-
Explique o significado filosófico da Alegoria da dade para a indagação. Platão e Aristóteles
Caverna de Platão, comentando sua importância disseram que a primeira virtude do filósofo é
para a distinção entre aparência e essência. o destemor.
senso comum?
23. A relação entre Ciência e senso comum deve b) A Ciência se mostra como um conhecimen-
ser entendida como uma ruptura ou como uma to completamente diferente do senso comum
continuidade/extensão? É comum optar pela por basear suas certezas na experiência do
ideia de ruptura entre ambos, levando em conta cotidiano.
a concepção de que a Ciência é um saber cumu-
c) O senso comum é um conjunto de ideias cuja
lativo mais estável e seguro do que aquele saber
finalidade é a crítica ao saber estabelecido.
identificado como costumeiro e banal, utilizado
pelos indivíduos a fim de realizar as tarefas mais d) A Ciência se distingue do senso comum pelo
simples em seu dia a dia. Essa é uma resposta do elemento filosófico presente no segundo.
que desempenha o papel de crítica ao senso co- e) Diferentemente do senso comum, no trabalho
mum. Sobre esse problema, qual das alternativas da pesquisa científica temos o estudo da na-
abaixo melhor explica a possível distinção entre tureza, do ser humano e do universo por meio
Ciência e senso comum?
da aplicação de um determinado método de
a) Diferentemente da Ciência, ao ser definido pesquisa.
como o primeiro olhar, o senso comum é um
saber metafísico das causas e dos primeiros 24. (UNIMONTES) Em geral, julgamos que a palavra
princípios. crítica significa ser do contra, dizer que tudo vai
O texto refere-se à resposta dada pelo filósofo Kant à pergunta sobre “O que é o Iluminismo?”. Explique o
significado da oposição por ele estabelecida entre “menoridade” e “autonomia intelectual”.
27. (UNICAMP) “A maneira pela qual adquirimos qual- 30. (UNIMONTES) A fenomenologia surgiu a partir da
quer conhecimento constitui suficiente prova de preocupação com o transcendental, isto é, a bus-
que não é inato.” (LOCKE, John. Ensaio acerca ca das condições a priori de possibilidade da Fi-
do entendimento humano. São Paulo: Nova Cul- losofia como Ciência rigorosa. É o conhecimento
tural, 1988, p.13.). do que aparece ou se manifesta à consciência,
O empirismo, corrente filosófica da qual Locke em conformidade com a estrutura da própria
fazia parte, consciência. A fenomenologia surgiu a partir da
preocupação de
a) afirma que o conhecimento não é inato, pois a) Edmund Husserl.
sua aquisição deriva da experiência.
b) Aristóteles.
b) é uma forma de ceticismo, pois nega que os
conhecimentos possam ser obtidos. c) Karl Marx.
c) aproxima-se do modelo científico cartesiano, d) Levinas.
ao negar a existência de ideias inatas.
31. Apesar da frequente oposição entre as teses ra-
d) defende que as ideias estão presentes na ra- cionalistas e empiristas sobre a origem e a na-
zão desde o nascimento. tureza do conhecimento, podemos afirmar que,
pelo menos, em dois pontos havia uma concor-
28. (UNIMONTES) A doutrina positivista, cujo principal
dância entre essas duas correntes filosóficas.
representante foi o francês Augusto Comte (1798-
Tais pontos são:
1857), nasceu em um ambiente cientificista. Em
sua obra Curso de Filosofia Positiva, propôs-se a) o princípio de que o conhecimento tinha como
a examinar como ocorreu o desenvolvimento da origem básica as sensações, e a relevância do
inteligência humana desde os primórdios, a fim método matemático.
de dar as diretrizes de como seria melhor pen- b) a definição de conhecimento baseada em su-
sar o progresso da Ciência. Para Comte, o termo jeito e objeto, e o domínio da razão sobre a
“positivo” designa: experiência.
a) o sobrenatural descrito através das ações dos c) a noção de conhecimento por acumulação, e
deuses. a noção de conhecimento como hábito.
b) as forças abstratas em sua influência sobre o d) a certeza da existência de um sujeito e um ob-
universo. jeto do conhecimento, e a noção de conheci-
c) os fenômenos da natureza descritos de forma mento como apreensão do objeto pelo sujeito.
quimérica. e) a certeza da existência de um terceiro sujeito
d) o real em oposição ao quimérico, a certeza em no conhecimento, e a apreensão do saber pe-
oposição à indecisão, o preciso em oposição los sentidos.
ao vago. O estado positivo corresponde à ma-
turidade do espírito humano. 32. John Locke afirmava que a mente era como uma
“tábula rasa”, ou seja, uma folha em branco,
29. (UNIMONTES) Descartes afirma que “por método, preenchida aos poucos com ideias obtidas por
entendo regras certas e fáceis, graças às quais meio da experiência, sendo possível o entendi-
todos os que as observem exatamente jamais mento humano relacioná-las de diferentes for-
tomarão como verdadeiro aquilo que é falso e mas, por meio da reflexão, compondo, assim,
chegarão, sem se cansar com esforços inúteis e ideias mais complexas e abstratas. A crítica de
aumentando progressivamente sua Ciência, ao Locke dirige-se fundamentalmente à doutrina
conhecimento verdadeiro de tudo o que lhes é cartesiana denominada:
possível esperar”. Descartes, portanto, define o a) Inatismo
método como um conjunto de regras cujas ca- b) Empirismo
racterísticas principais são três. Marque a alter-
c) Platonismo
nativa CORRETA.
d) Reducionismo
a) Inconstantes, fáceis e amplas.
e) Criticismo
b) Certas, fáceis e amplas.
c) Certas, fáceis e restritas. 33. Immanuel Kant (1724-1804) operou uma impor-
d) Certas, obscuras e amplas. tante revolução filosófica na discussão que en-
Filosofia da Ciência
35. (UNIMONTES) O conhecimento científico faz parte 36. (UNIMONTES) Estamos vivendo na era da infor-
do nosso dia a dia. Encontramos sua aplicação mação, momento gestado pelas grandes des-
na televisão, no aparelho de som, no videoga- cobertas tecnológicas no campo da automação,
me, no micro-ondas, no computador, no celular, robótica e microeletrônica, que transformaram
no motor do automóvel. O conhecimento cien- de maneira radical todos os setores da vida
tífico está presente em coisas que trazem con- humana. A influência da mídia e da informáti-
forto e facilitam a vida. No entanto, a Ciência ca acelerou o processo de globalização, a partir
também está presente na bomba atômica e na de uma rede de comunicação que nos coloca
indústria armamentista, sendo aplicada, nesses em contato com qualquer lugar do mundo. Para
casos, com o objetivo de exterminar vidas e po- Manuel Castells, “um mundo novo” está em for-
pulações inteiras. Com relação à Ciência, pode- mação. Três fatores contribuem para sua cons-
mos afirmar: tituição. Marque a alternativa que apresenta es-
a) A Ciência sempre traz benefícios para o ser ses fatores.
humano. Uma vez que é neutra, não há ne- a) Revolução da tecnologia da informação, o
cessidade de permanente reflexão sobre ela. apogeu dos movimentos sociais e culturais, a
b) A Ciência pode ser usada para o benefício ou queda do muro de Berlim.
para o prejuízo do ser humano. Assim, uma b) A redação do Manifesto comunista, o apogeu
vez que não é neutra, necessita de permanen- dos movimentos sociais e culturais, a cultura
te reflexão. da virtualidade real.
c) A Ciência pode ser usada para o benefício ou c) Revolução da tecnologia da informação, apo-
para o prejuízo do ser humano. Ela é neutra e geu dos movimentos sociais e culturais, a cul-
deve-se obedecer a ela. tura da sociedade de massa.
d) A Ciência não deve ser usada para o benefício d) Revolução da tecnologia da informação, o
ou para o prejuízo do ser humano, já que sem- apogeu dos movimentos sociais e culturais, a
pre irá prejudicar a humanidade cultura da virtualidade real.
37. (UNIMONTES) O conhecimento científico está pre- por Francis Bacon na obra Novum Organum,
sente em cada canto da sociedade trazendo assinale a alternativa que NÃO corresponde a
conforto e facilitando a vida no planeta. Há uma nenhum dos ídolos listados pelo autor:
crença que a Ciência é absoluta e que só ela pos- a) Ídolos da caverna
sui a verdade. Com relação à Ciência é INCOR- b) Ídolos do teatro
RETO afirmar:
c) Ídolos da tribo
a) A Ciência é um dos caminhos possíveis para
d) Ídolos do foro
encontrarmos as verdades no contexto em
que vivemos. e) Ídolos da mente
b) A Ciência é o único caminho possível para en- 40. Em Platão podemos perceber uma preocupação
contrarmos as verdades no contexto em que com a descrição do universo e uma análise dos
vivemos. níveis de conhecimento. Aristóteles, por sua vez,
c) A Ciência é um dos caminhos possíveis, junta- investigou processos físicos, astronômicos e/
mente com outros saberes, para encontrarmos ou biológicos. As ideias aristotélicas influenciam
as verdades no contexto em que vivemos. Ptolomeu, no século II d. C., o qual propôs o mo-
d) A Ciência é um dos caminhos possíveis, em delo geocêntrico de universo. Entretanto, apesar
diálogo com outras áreas de conhecimento, de todas essas contribuições para o conheci-
na busca das verdades para o contexto em mento, há uma profunda diferença entre o saber
que vivemos. antigo e a Ciência moderna estabelecida a partir
do século XVI. Entre estas diferenças, podemos
38. Podemos afirmar que o humanismo renas-cen- destacar que:
tista que se desenvolve entre os séculos XVI e a) O conhecimento antigo era empírico e a Ciên-
XVII funciona como uma ponte entre o pensa- cia moderna, teorética.
mento medieval e as revoluções próprias à Idade b) O conhecimento antigo concentrava-se no
Moderna. Entre as principais transformações no mundo sublunar e a Ciência moderna, no
advento da Modernidade destacam-se aquelas mundo supralunar.
referentes à Ciência e à Filosofia, representadas c) O conhecimento antigo era qualitativo e a
por pensadores como Galileu Galilei, Nicolau Co- Ciência moderna, quantitativa.
pérnico e Francis Bacon. Nesse contexto, quais d) O conhecimento antigo era físico e a Ciência
eventos podemos considerar como característi- moderna, metafísica.
cos do pensamento moderno?
e) O conhecimento antigo era quantitativo e a
a) o advento de uma nova compreensão do Ciência moderna qualitativa.
universo, por meio da teoria heliocêntrica, e
a adoção do pensamento escolástico como 41. As teses do Tractatus Lógico-Filosófico do filóso-
paradigma intelectual. fo austríaco Ludwig Wittgenstein, influenciaram
b) o estabelecimento do sistema socioeconô- fortemente alguns dos principais teóricos da lin-
mico feudal e o processo de transformação guagem e do conhecimento no século XX. Por
qualitativa do conhecimento científico. exemplo, podemos falar dos reflexos das teses
wittgensteinianas sobre um influente movimento
c) a adoção do sistema astronômico ptolomaico
na Filosofia da Ciência e da Linguagem, forma-
-aristotélico e o processo de quantificação do
do por filósofos e cientistas austríacos, entre os
conhecimento científico.
quais Rudolf Carnap e Moritz Schilick. Tais auto-
d) o fim da influência do pensamento platônico e res defendiam a importância da Matemática e da
o estabelecimento de uma Ciência de caráter Lógica no estabelecimento dos métodos científi-
aristotélico. cos e sustentaram como tese epistemológica o
e) o advento de uma nova compreensão do verificacionismo. O movimento filosófico assim
universo através da teoria heliocêntrica e o caracterizado ficou conhecido como:
processo de quantificação do conhecimento a) Positivismo Lógico
científico. b) Neoceticismo
c) Escolástica
39. “São de quatro gêneros os ídolos que bloqueiam
a mente humana.” (Bacon, 2005, p. 41). Levando d) Estruturalismo
em consideração a teoria dos ídolos proposta e) Cientificismo
rumos da estética
43. Para Platão, aquilo que era produzido pelo artista Do que nos chegou da Poética, podemos afirmar
tinha um caráter cognitivo inferior, pois segundo que Aristóteles desenvolve uma análise de dois
este pensador: tipos específicos de narrativas poéticas:
a) o que o artista produz é uma cópia do mundo a) a tragédia e a comédia
sensível, gerando assim uma cópia da cópia b) a ficção e o romance
do mundo inteligível.
c) a novela e a comédia
b) o mundo sensível é superior ao mundo inteli- d) a ficção e a epopeia
gível, mas inferior ao que o artista produz.
e) a tragédia e a epopeia
c) o que o artista produz é uma cópia direta do
mundo inteligível, e o mundo sensível nada 45. Segundo Friedrich Nietzsche, filósofo alemão do
tem a ver com esta relação. final do século XIX, a tragédia surge do equilíbrio
d) o que o artista produz é algo completamente entre duas forças ou elementos presentes na na-
original e alheio ao mundo sensível e inteligível. tureza. Estes elementos são:
e) o trabalho do artista é inferior porque envol- a) o dionisíaco e o celestial.
ve ilusão dos sentidos, mas sem ser cópia do b) o erótico e o profano.
mundo sensível.
c) o apolíneo e o afrodisíaco.
44. Aristóteles, filósofo grego do século IV a.C., de- d) o apolíneo e o dionisíaco.
senvolve uma investigação filosófica sobre a arte e) o afrodisíaco e o celestial.
em sua obra Poética.
46. São bem conhecidas as análises relacionadas à
“A poesia tomou diferentes formas, segundo
arte na Antiguidade grega, tanto presentes nos
a diversa índole particular [dos poetas]. Os de
diálogos platônicos, quanto nos escritos aristo-
mais alto ânimo imitam as ações nobres e das
mais nobres personagens; e os de mais baixas télicos. Um dos principais conceitos atribuídos à
inclinações voltaram-se para as ações ignóbeis, arte grega, e que nos permite apreender melhor
compondo, estes, vitupérios, e aqueles, hinos e o significado desta atividade no mundo helênico,
encômios. Não podemos, é certo, citar poemas era o de arte imitativa. A arte grega destinava-se
deste gênero, dos [poetas que viveram] antes de à reprodução da realidade, seja de objetos físi-
Homero, se bem que, verossimilmente, muitos te- cos e sensíveis, como vimos em Platão, seja de
nham existido […].” ações, caráteres e paixões, assim como Aristóte-
(Aristóteles, Poética, 1448b). les nos indicou. Nesse sentido, duas expressões
são comumente associadas ao mundo grego no modo como vemos a realidade ao mostrar outros
que diz respeito à sua produção artística: mundos possíveis. Com relação à arte, marque
a) póiesis e mythos. a alternativa que NÃO está coerente com a sua
Filosofia.
b) logos e ousia.
a) A experiência estética de uma obra de arte não
c) ethos e mímesis.
se resume ao conhecimento de um objeto.
d) areté e sophia.
b) A obra de arte é fechada, racional e impossi-
e) mímesis e poiésis. bilita interpretações que não estejam inscritas
nela mesma.
47. (UNIMONTES) A arte é um modo privilegiado de co-
nhecimento intuitivo que se realiza por meio de c) A obra de arte altera o modo como vemos o
uma obra concreta e individual e que fala mais mundo e nos mostra outros mundos possíveis.
ao sentimento do que à razão. A arte abre as d) O artista cria a obra de arte, e o público tem a
portas para que possamos compreender múlti- possibilidade de preenchê-la com outros sen-
plas possibilidades do mundo vivido. Ela altera o tidos.
arte ou indústria?
48. (UNICAMP) domínio cultural americano, ao fazer trabalho
semelhante com Marilyn Monroe.
c) A Pop Art, na qual se insere Andy Warhol, é
um movimento de valorização da cultura mi-
diática, daí sua predileção por representantes
de esquerda e de minorias, como mulheres e
negros.
d) A proliferação de imagens produzidas pela
publicidade, cinema, TV e jornais estimulou
uma pintura que trouxe para a tela, com a Pop
Art, referências conhecidas.
49. (UNESP)
©Wikimedia Commons/Andy Warhol
Quais são as principais transformações econômicas e políticas para os europeus do século XVIII e quais
acontecimentos as ocasionaram?
De acordo com a imagem, assinale a alternativa 5. (IFMG) No século XVIII, em termos de hierarquia
CORRETA em relação às condições de trabalho social, a França estruturava-se em três estamen-
nos primórdios da Revolução Industrial inglesa. tos: Primeiro Estado, formado pelo clero; Segun-
do Estado, constituído pela nobreza; e Terceiro
a) Crianças foram utilizadas afim de suplemen- Estado, composto pelo restante da população.
tar a necessidade de mão de obra, uma vez Embora a estrutura social permanecesse aris-
que a oferta de trabalho no período era maior tocrática, a burguesia controlava as finanças, o
que a de trabalhadores adultos. comércio e a indústria. As decisões legislativas,
b) Em função da grande presença de mão de executivas e judiciárias eram centralizadas na fi-
obra feminina e da ausência de creches, era gura do rei. A imagem a seguir ilustra a situação
usual as mulheres levarem os filhos para o vivenciada pelas camadas populares na época:
ambiente de trabalho.
Itaussu. Imagens que contam a história da civilização. São Paulo: Scipione, 1999.
sustentados pela camada popular. Cf. COSTA, Luís César Amad; MELLO, Leonel
c) Foi muito comum a utilização de mão de obra
Representação da estrutura social francesa, em que o clero e a nobreza são
infantil que ficava subordinada a rigorosa dis-
ciplina dentro da fábrica, tornando o trabalho
altamente degradante.
d) Verificou-se no período uma diminuição da
mendicância, já que muitas crianças abando-
nadas tiveram a oportunidade de se colocar
como mão de obra para as fábricas.
4. (FUVEST)
“Maldito, maldito criador! Por que eu vivo? Por
que não extingue, naquele instante, a centelha
de vida que você tão desumanamente me conce-
deu? Não sei! O desespero ainda não se apode-
rara de mim. Meus sentimentos eram de raiva e
vingança. Quando a noite caiu, deixei meu abrigo Nesse contexto, começava a se generalizar um
e vagueei pelos bosques. […] Oh! Que noite mise- repúdio às ultrapassadas e decadentes institui-
rável passei eu! Sentia um inferno devorar-me, e ções francesas. A Revolução Francesa (1789) foi:
desejava despedaçar as árvores, devastar e asso-
a) norteada pelo despotismo esclarecido, imple-
lar tudo o que me cercava, para depois sentar-me
mentando reformas a partir do poder absoluto.
7. (UFV) Em relação aos elementos que caracteriza- Tal como concebidas pelo autor, as ciências so-
ram o século XVIII como o Século das Luzes, é ciais — entre as quais está a Sociologia — po-
INCORRETO afirmar: dem ensinar os indivíduos que as:
a) O Iluminismo divulgou ideais como o uso da a) histórias de vida são traçadas mais a partir das
razão e da liberdade de pensamento como relações sociais do que das ações pessoais.
valores essenciais da sociedade. b) opiniões e percepções são constituídas de
b) O Naturalismo negou as explicações da Igreja acordo com suas inclinações e experiências
sobre a natureza e a humanidade, pregando particulares.
O surgimento das fábricas, que Smith acompa- O poema indica uma contradição na situação
nhou ao longo de sua vida, transformou radical- social da nascente classe trabalhadora inglesa
mente o modo de produção na Europa, entre os durante a Revolução Industrial, que pode ser
séculos XVIII e XIX. O texto do autor aponta para identificada:
uma dessas mudanças, que é a a) nos negócios dos burgueses, financiados
a) intensificação da divisão do trabalho. pelo proletariado.
b) valorização das atividades artesanais. b) na riqueza da produção, que não ficava com
c) liberdade comercial dos empreendedores. quem a gerava.
18. Em 1845, o filósofo Engels publicou um relato so- 19. A seguir, acompanhe um trecho do Manifesto
bre as condições de vida dos trabalhadores nas Comunista, escrito por Marx e Engels e publica-
cidades inglesas. A seguir, observe um trecho do do originalmente em 1848.
texto. O crescente emprego de máquinas e a divisão do
trabalho despojaram a atividade do operário de
Essa é uma descrição dos diversos bairros operá- seu caráter autônomo, tirando-lhe todo o atrativo.
rios de Manchester, tais como os observei duran- O operário torna-se um simples apêndice da má-
te vinte meses. Resumindo o resultado de nosso quina e dele só se requer o manejo mais simples,
percurso através deles, diremos que 350 mil ope- mais monótono, mais fácil de aprender. Desse
rários de Manchester e arredores vivem quase modo, o custo do operário se reduz, quase ex-
todos em habitações miseráveis, úmidas e sujas; clusivamente, aos meios de subsistência que lhes
que a maioria das ruas pelas quais têm de passar são necessários para viver e perpetuar a espécie.
se encontra num estado deplorável; extremamen- MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. Manifesto do Partido Comunista.
São Paulo: Editora Boitempo, 2010, p. 46.
te sujas, essas vias foram abertas sem qualquer
cuidado com a ventilação, sendo a única preocu- De acordo com o texto, nas fábricas do século
pação o máximo lucro para o construtor.
XIX, o trabalhador se transformou em um:
ENGELS, Friedrich. A situação da classe trabalhadora na Inglaterra.
São Paulo: Boitempo, 2010, p. 104-105. a) funcionário criativo que precisa de tempo livre
para conceber novos produtos para a empresa.
A partir do texto, pode-se afirmar que, no século
b) artifício de engrenagem, tratado como ob-
XVIII, a condição de vida dos trabalhadores ingle-
jeto gerador de renda para o dono do em-
ses era:
preendimento.
a) condizente com a produção industrial da épo-
c) custo alto demais, em razão dos direitos tra-
ca, que gerava muito capital e aumentava a
balhistas que o proprietário da indústria preci-
fortuna dos empreendedores.
sava respeitar.
b) solidária, fruto da disposição cooperativista
d) empregado especializado, único capaz de re-
dos mais pobres que, face às agruras, aju-
alizar as tarefas necessárias para a produção
dam-se mutuamente para sobreviver. ser lucrativa.
c) promissora, em um contexto de pleno empre- e) artesão de exímias habilidades, fundamental
go e considerável crescimento da renda das para atender as diversidades de desejos do
famílias recém chegadas do campo. mercado consumidor.
21. (UNIMONTES) Na sociedade, os laços que unem os 24. (UFU) As imagens a seguir, recortadas do filme
membros entre si e ao próprio grupo constituem a Tempos Modernos de Charles Chaplin, são em-
solidariedade, a qual pode ser orgânica ou mecâ- blemáticas da mecanização do trabalho do ho-
nica, de acordo com o tipo de sociedade cuja coe- mem e de um dos processos fabris mais impor-
são procura garantir. É autor dessa proposição: tantes da história.
a) Karl Marx.
b) Max Weber.
c) Émile Durkheim.
d) Auguste Comte.
O Açúcar
O branco açúcar que adoçará meu café
nesta manhã de Ipanema
não foi produzido por mim
nem surgiu dentro do açucareiro por milagre.
[...] Este açúcar veio
da mercearia da esquina e tampouco o fez o Oli-
veira, dono da mercearia.
Este açúcar veio
de uma usina de açúcar em Pernambuco
ou no Estado do Rio
e tampouco o fez o dono da usina.
[...] Em lugares distantes, onde não há hospital
nem escola,
homens que não sabem ler e morrem de fome
No século XIX, com suas obras, José de Alencar 33. Leia os textos a seguir e responda ao que se pede:
e José Maria de Medeiros ajudaram a formar uma Texto I
imagem do Brasil que, até hoje, identifica o país
Cheio de apreensões e receios despontou o dia
tanto para o brasileiro quanto para o estrangei-
de ontem, 14 de novembro de 1904. Muito cedo
ro. Comparando o texto e a tela, observa-se que tiveram início os tumultos e depredações. Foi
essa imagem salienta grande o tiroteio que se travou. Estavam forma-
a) a cordialidade do ameríndio. das em toda a rua do Regente, estreita e cheia de
casas velhas, grandes e fortes barricadas feitas
b) as belezas da natureza tropical. de montões de pedras, sacos de areia, bondes vi-
c) a extensão do litoral nacional. rados, postes e pedaços de madeira arrancados
d) o caráter guerreiro do nativo. às casas e às obras da avenida Passos.
Jornal do Comércio, 15/11/1904 . Adaptado de Nosso Século
e) a mestiçagem da população. 1900-1910. São Paulo: Abril Cultural, 1980.
c) denunciar os conflitos raciais e a desvaloriza- Implícitas no fragmento acima estão várias ca-
ção dos afrodescendentes no Brasil. tegorias marxistas utilizadas, neste caso, para a
d) culpar os grupos dominantes pela marginali- interpretação das transformações ocorridas em
zação dos afrodescendentes e da população umas das mais importantes festas populares do
indígena brasileira. país. Assim, é correto afirmar que:
a) abadás e camarotes, exclusividades de uma
40. (UFU) Quando aborda o carnaval de Salvador/BA,
elite, são portadores de uma aura mágica a
Fátima Teles afirma que este festejo
quem se confere poderes especiais e desta-
Foi incorporado à onda neoliberal do capital fe- cada como desencantamento do mundo.
tiche e ficou restrito às classes privilegiadas que
abandonaram os cordões e fecharam-se nos lu- b) o carnaval foi mergulhado nas águas gélidas
xos dos camarotes ou nos blocos, cordões fecha- do cálculo egoísta, vendo extraídos seus con-
dos por compra de abadás. Portanto hoje, atrás teúdos e naturezas mais autênticos, mas sen-
do trio elétrico só não vai a classe menos favo- do finalmente democratizado.
recida, a classe que vive de salário suado e só
vai atrás do trio elétrico quem pode pagar caro, c) quando mercantilizado, o carnaval perde seu
uma minoria que concentra renda de alguma for- caráter público e se privatiza, produzindo um
ma. […] A festa já não é mais popular, mas é a acesso seletivo e dependente mais do marca-
festa de uma minoria privilegiada. Olhando para o dor racial do que classista.
carnaval de Salvador lembramos do compositor
baiano Gilberto Gil quando ele canta “ó mundo d) tal como revelara Marx, o capitalismo traz
tão desigual, tudo é tão desigual, de um lado esse consigo a tendência de mercantilizar as rela-
carnaval, de outro a fome total […]” ções sociais. Ao que tudo indica, o carnaval
Fátima Teles. A mercantilização do carnaval soteropolitano. também se transformou numa mercadoria.
Disponível em: <http://www.vermelho.org.br/noticia/258814-11>.
Acesso em: 22 fev. 2015.
46. Um dos temas mais estudados nas Ciências So- IV. ( ) A juventude não é uma categoria unívoca,
ciais são as instituições sociais. Família, religião já que cada grupo juvenil está condicionado,
e trabalho foram investigadas pelos primeiros também, por relações raciais, de classe, de
pesquisadores da área e ainda continuam pre- gênero e de religião.
sentes nas pesquisas atuais. Sobre o conceito V. ( ) De acordo com a Sociologia, as crianças
de instituição social é correto afirmar que e os jovens não podem participar da vida pú-
blica porque ainda não amadureceram politi-
a) algo natural do ser humano e não possui limi-
tes claramente definidos, como é o caso da camente.
escola, por exemplo.
48. A escola fundada na modernidade se destinava
b) suas características sociológicas são abertas, a formar não apenas a mão de obra para alimen-
pois são democráticas e desenvolvem a auto- tar as demandas da sociedade industrial, mas
nomia dos seus membros. também os bons cidadãos requeridos por cada
c) são consideradas como fatos sociais, pois to- Estado nacional. Já a própria palavra “formar” dá
das são, obrigatoriamente, públicas, coerciti- uma ideia de em que consistia esse projeto: mo-
vas e externas aos indivíduos. delar uma matéria-prima humana (a infantil) que
d) são entidades filantrópicas que prestam ser- se considerava inacabada.
viço comunitário, tendo uma sede e um esta- Disponível em http://www1.folha.uol.com.br/educacao/1164953-escola-
troca-formacao-de-cidadaos-pela-capacitacao-de-clientes-diz-antropo-
tuto pré-determinado e atendendo interesses loga.shtml. Acesso em 04 de out. de 2015.
públicos.
e) corresponde à ação de instituir padrões de Concebendo a educação tal como está descrita
comportamento construídos historicamente e no texto, qual é o objetivo da escola?
com um poder de coerção em determinado a) o desenvolvimento da reflexividade visando à
contexto. ampliação do conhecimento científico.
b) a padronização dos indivíduos com o objetivo
47. A escola substituiu a aprendizagem como meio de fortalecer a coesão social.
de educação. Isso quer dizer que a criança dei-
c) o estímulo da criatividade tendo em vista o re-
xou de ser misturada aos adultos e de aprender a
finamento da sensibilidade artística.
vida diretamente, através do contato com eles. A
despeito das muitas reticências e retardamentos, d) a formação de cidadãos autônomos e críticos
a criança foi separada dos adultos e mantida à em relação às desigualdades sociais.
distância numa espécie de quarentena, antes de e) o ensino dos conhecimentos técnicos para a
ser solta no mundo. Essa quarentena foi a escola, atuação profissional nas indústrias.
o colégio. Começou, então, um longo processo
de enclausuramento das crianças (como dos lou- 49. Há pouca dúvida de que a sociedade, por suas
cos, dos pobres e das prostitutas) que se esten- exigências sobre os indivíduos determina, em
deria até nossos dias, e ao qual se dá o nome de grande parte, o tipo de personalidade que predo-
escolarização. minará. Naturalmente, numa sociedade complexa
ARIÈS, P. História social da criança e da família. Rio de Janeiro: como a nossa, com extrema heterogeneidade de
Jorge Zahar, 1978, p. 11. padrões, haverá consideráveis variações. Seria,
portanto, exagerado dizer que a cultura produz
Considerando o trecho citado e os estudos socio-
uma personalidade totalmente estereotipada. A
lógicos sobre juventude e educação, assinale ver-
sociedade proporciona, antes, os limites dentro
dadeiro ( V ) e falso ( F ) para as afirmativas a seguir.
dos quais a personalidade se desenvolverá.
I. ( ) A Sociologia entende que a escola não KOENIG, S. Elementos de Sociologia. Rio de Janeiro:
deve ser obrigatória para as crianças normais, Zahar, 1967, p. 70-75.
mas só para as que apresentam problemas Com base no texto e nos conhecimentos sobre
mentais e sociais. a relação entre sociedade e indivíduo, é correto
II. ( ) A Sociologia reconhece a infância e a ju- afirmar que
ventude como construções sociais ligadas às a) o indivíduo já nasce com uma personalidade
práticas familiares e educacionais que surgi- que dificilmente mudará em razão da socie-
ram com a modernidade. dade ou dos acontecimentos históricos.
III. ( ) É característica das instituições moder- b) são as tendências hereditárias, e não a cul-
nas eliminar as hierarquias sociais, formando tura de sua comunidade, que determinam os
indivíduos livres, autônomos e esclarecidos. traços típicos da personalidade do indivíduo.
52. Meninas e meninos que brincam de acordo com 54. No texto a seguir, identifique a relação entre mo-
a divisão dos brinquedos descrita no texto po- bilidade social e educação.
dem estar assimilando quais padrões sociais?
[...] em países com alto nível de desigualdade de
renda, o fato de que crianças vindas de famílias
de baixa renda não recebem educação decente
reduz enormemente as possibilidades de mobi-
lidade social. [...] Uma boa educação é o passa-
porte para a mobilidade social. Essa é a forma
de você ter acesso a um trabalho melhor e a um
maior nível de renda. Portanto, se os mais pobres
não tiverem acesso a uma boa educação, os fi-
lhos deles serão pobres também. E isso é profun-
damente inquietante.
MURNANE, Richard. Folha de S. Paulo. 26 out. 2013. Disponível em:
<http://www1.folha.uol.com.br/fsp/especial/135721-saber-aprender-e
-principal-requisito-do-novo-profissional.shtml>.
Acesso em: 04 out. 2015.
conjuntos
1. (FUVEST) O número real x, que satisfaz 3 < x < 4 , tem uma expansão decimal na qual os 999 999 primeiros
dígitos à direita da vírgula são iguais a 3. Os 1 000 001 dígitos seguintes são iguais a 2 e os restantes são
iguais a zero. Considere as seguintes afirmações:
I. x é irracional.
II. x ≥ 10/3
III. x ∙ 102 000 000 é um inteiro par.
Então,
a) nenhuma das três afirmações é verdadeira.
b) apenas as afirmações I e II são verdadeiras.
c) apenas a afirmação I é verdadeira.
d) apenas a afirmação II é verdadeira.
e) apenas a afirmação III é verdadeira.
12. (PUC – SP) Das 156 pessoas que participaram de d) O conjunto A intersecção com o conjunto B é
um seminário sobre O Desenvolvimento de Proje- A ∩ B = {1, 5}.
tos de Pesquisa no Brasil, sabe-se que: e) O número de elementos do conjunto das
→ 90 eram do sexo masculino; partes da união dos conjuntos A e B é
→ 75% eram alunos da PUC-SP; n[P(A ∪ B)] = 16.
16. (UNICAMP) O consumo mensal de água nas residências de uma pequena cidade é cobrado como se descre-
ve a seguir. Para um consumo mensal de até 10 metros cúbicos, o preço é fixo e igual a 20 reais. Para um
consumo superior, o preço é de 20 reais acrescidos de 4 reais por metro cúbico consumido acima dos 10
metros cúbicos. Considere c(x) a função que associa o gasto mensal com o consumo de metros cúbicos
de água.
a) Esboce o gráfico da função c(x) no plano cartesiano para x entre 0 e 30.
b) Para um consumo mensal de 4 metros cúbicos de água, qual é o preço efetivamente pago por metro
cúbico? E para um consumo mensal de 25 metros cúbicos?
a) c)
b) d)
( x 2 + 4x + 4 ) ⋅ ( x 2 − 2x )
18. (ESPM) O valor numérico da expressão para x = 48 é:
x2 − 4
a) 4 800
b) 1 200
c) 2 400
d) 3 500
e) 1 800
Seja a representação da função f: E → E, dada 24. Seja f: ℝ → ℝ uma função tal que
por 𝑓(𝑥) = (𝑥 𝑥) ∆ 𝑥, em um sistema cartesia- 3 · f(x) – 2 · f(1/x) = x2. Determine f(x).
no ortogonal, no qual a unidade de medida nos
eixos é o centímetro, e suponha que cada ponto
do gráfico de f represente a posição de certo bar-
co num oceano, em um dado momento.
Considere que, na origem daquele sistema de ei-
xos, localiza-se um ponto para o qual se dirige tal
barco e suponha que o sistema tenha sido cons-
truido na esca 1 : 1 500 000, ou seja, para cada
1 cm de medida no plano cartesiano correspon-
dem a 1 500 000 cm de medida real.
Nessas condições, usando a aproximação
10 = 3,2, a distância real do porto ao barco, no
instante em que ele ocupa a posição (2, f(3)) é de:
a) 96 km d) 192 km
b) 102 km e) 204 km
c) 118 km
29. (FGV) Observe a notícia abaixo e utilize as informações que julgar necessárias.
a) Suponha que a partir de 2010 os índices de perdas no varejo, no Brasil e nos EUA, possam ser expres-
sas por funções polinomiais do 1.º grau, y = ax + b, em que x = 0 representa o ano 2010, x = 1 o ano
2011,e assim por diante, e y representa o índice de perdas expresso em porcentagem. Determine as
duas funções.
b) Em que ano a diferença entre o índice de perdas no varejo, no Brasil, e o índice de perdas no varejo,
nos EUA, sera de 1%, aproximadamente? Dê como solução os dois anos que mais se aproximam da
resposta.
31. (PUC - SP) Suponha que um comerciante compre 33. (UFMG) Seja a equação x + 5 = x , em que x é in-
um lote de maçãs ao preço de 3 unidades por cógnita em ℝ (conjunto dos números reais).
R$ 0,60 e as coloque à venda ao preço de 5 uni-
É CORRETO afirmar que essa equação tem:
dades por R$ 3,00. Assim sendo, para que ele
obtenha o lucro de R$ 26,00, o número de maçãs a) Duas soluções.
que deverá vender é: b) Infinitas soluções
a) 45 d) 65 c) Uma única solução
b) 50 e) 70 d) Conjunto solução vazio
c) 60
34. (IFSulMINAS) Uma padaria vende pão de queijo ao 36. Considerando a função afim f: ℝ → ℝ, tal que, f(x)
preço dado por P = 200 – x, onde P é o preço in- = ax + b, para quais valores reais de a e b f(x) é
dividual (dado em centavos) e x a quantidade de ÍMPAR?
pães de queijo comprada. Se eu comprar nesta
padaria 20 pães de queijo, quanto eu pagarei por
estes?
a) R$ 2,00
b) R$ 18,00
c) R$ 36,00
d) R$ 40,00
40. (UEMG) Uma pessoa escolherá um plano de telefonia celular entre duas opções: A e B.
2 3 7
41. (UFLA) A área do triângulo formado pelo eixo 0y e as retas y = x + 4 e y = x + é:
3 4 4
134
a) c) 4
8
243
b) d) 6
8
progressão aritmética
42. (UNICAMP) A numeração dos calçados obedece a padrões distintos, conforme o país. No Brasil, essa nume-
ração varia de um em um, e vai de 33 a 45, para adultos. Nos Estados Unidos a numeração varia de meio
em meio, e vai de 3,5 a 14 para homens e de 5 a 15,5 para mulheres. Considere a tabela abaixo.
35 23,8 cm
42 27,3 cm
a) Suponha que as grandezas estão relacionadas por funções afins t(x) = ax + b para a numeração brasilei-
ra e x(t) = ct + d para o comprimento do calçado. Encontre os valores dos parâmetros a e b da expres-
são que permite obter a numeração dos calçados brasileiros em termos do comprimento, ou os valores
dos parâmetros c e d da expressão que fornece o comprimento em termos da numeração.
b) A numeração dos calçados femininos nos Estados Unidos pode ser estabelecida de maneira aproxi-
mada pela função real f definida por f(x) = 5(x – 20) / 3 , em que x é o comprimento do calçado em cm.
Sabendo que a numeração dos calçados nk forma uma progressão aritmética de razão 0,5 e primeiro
termo n1 = 5,em que nk = f(ck), com k natural, calcule o comprimento c5.
47. (FGV) As prestações de um financiamento imobiliário constituem uma progressão aritmética na ordem em
que são pagas. Sabendo que a 15.a prestação é R$ 3 690,00 e a 81.a prestação é R$ 2 700,00, o valor da 1.a
prestação é:
a) R$ 3 800,00 d) R$ 3 950,00
b) R$ 3 850,00 e) R$ 4 000,00
c) R$ 3 900,00
48. (FGV) Considere a sequência 2013, 2014, 2015, ... em que cada termo an, a partir do 4.o termo, é calculado
pela fórmula an =an – 3 +an−2 −an−1. Por exemplo, o 4.o termo é 2013 + 2014 − 2015 = 2012. Determine o 2014.o
termo dessa sequência.
49. (UNESP) A sequência dos números n1, n2, n3, ... , ni, ... está definida por
n1 = 3
ni − 1 , para cada inteiro positivo i. Determine o valor de n2013.
ni+1 = n + 2
i
51. (IFMG) Os números que podem ser organizados em forma hexagonal de acordo com as figuras a seguir, são
chamados de “números hexagonais”.
n1 = 1 n2 = 6 n3 = 15 n4 = 28 n5 = 45
O primeiro número hexagonal é o 1, o segundo número hexagonal é o 6, o terceiro é o 15, o quarto hexa-
gonal é o 28 e assim sucessivamente. Qual é o 100.o número hexagonal?
a) 19 503 c) 20 301
b) 19 900 d) 20 706
52. (IFMG) A sequência infinita de figuras obedece a 54. (IFSulMINAS) Um indivíduo financia uma casa em
uma lógica de formação que se mantém desde a 120 prestações decrescentes em que a primeira
primeira. Cada figura possui uma quantidade de prestação é no valor de R$ 2 000,00 e a cada
bolinhas maior que a figura anterior. prestação reduz-se R$ 10,00 no valor da parcela
anterior. No fim do financiamento quanto o indiví-
duo terá pagado pela casa?
a) R$168 600,00.
b) R$ 240 000,00.
c) R$ 337 200,00.
d) R$ 120 000,00.
Qual o número de bolinhas formará a 25.a figura
da sequência?
a) 97 c) 105
b) 101 d) 109
60. (UFMG)
Dentro dos bloquinhos que formam uma pirâmide foram escritos os números naturais, conforme ilustrado
na figura abaixo, de forma que:
2 3
4 5 6
7 8 9 10
11 12 13 14 15
função quadrática
62. (FUVEST) A trajetória de um projétil, lançado da beira de um penhasco
sobre um terreno plano e horizontal, é parte de uma parabola com
eixo de simetria vertical, como ilustrado na figura.
O ponto P sobre o terreno, pé da perpendicular traçada a partir do
ponto ocupado pelo projétil, percorre 30 m desde o instante do lança-
mento até o instante em que o projétil atinge o solo. A altura maxima
do projétil, de 200 m acima do terreno, é atingida no instante em que
a distância percorrida por P, a partir do instante do lançamento, é de
10 m. Quantos metros acima do terreno estava o projétil quando foi
lançado?
a) 60 d) 150
b) 90 e) 180
P
c) 120
63. (UNICAMP) Sejam a e b reais. Considere as fun- 65. (ESPM) As raizes da equação 3x2 + 7x − 18 = 0 são
ções quadráticas da forma f(x) = x2 + ax + b, de- α e β. O valor da expressão α2β +αβ2 – α – β é:
finidas para todo x real. a) 29/3 c) 53/3
a) Sabendo que o gráfico de f(x) intercepta o b) 49/3 d) 26/3
eixo y no ponto (0,1) e é tangente ao eixo x, c) 31/3
determine os possíveis valores de a e b.
b) Quando a + b = 1, os gráficos dessas funções
quadráticas têm um ponto em comum. Deter-
mine as coordenadas desse ponto.
68. (ESPM) Sabe-se que as raízes da equação 70. (ESPM) Se as raízes da equação 2x2 – 5x – 4 = 0
x2 + kx + 6 = 0 são dois números naturais primos. 1 1
são m e n, o valor de + é igual a:
O valor de k pertence ao intervalo: m n
a) [–8, –6] a) –5/4
b) [–6, –3] b) –3/2
c) [–3, 0] c) 3/4
d) [0, 4] d) 7/4
e) [4, 7] e) 5/2
x −1
71. (ESPM) O mais amplo domínio para a função real de variável real, f ( x ) = é:
2−x
a) ]–∞, 1] d) [–1, 2[
b) [2, +∞[ e) [1, 2[
c) ]1, 2]
72. (ESPM) Seja f: [0, 5] → R uma função real tal que f(x) = (x – 1) · (x – 3). O conjunto imagem dessa função é:
a) [–1, 3] d) [3, 5]
b) [–1, +∞[ e) ]– ∞, –1]
c) [–1, 8]
73. (ESPM) Um comerciante avaliou que, para uma certa mercadoria, o número de unidades vendidas diaria-
mente podia ser calculado pela expressão n = 100 – 2x , onde x é o preço de venda por unidade. Sabendo-
se que cada unidade teve um custo de 10 reais, o preço de venda (x) que garante o maior lucro para ele é:
a) 28 reais d) 32 reais
b) 40 reais e) 36 reais
c) 30 reais
p = –0,4x + 200. Sejam k1 e k2 os números de pra- 78. (FGV) Uma cafeteria vende exclusivamente café a
tos vendidos mensalmente, para os quais a recei- um preço de R$ 3,00 por xícara. O custo de fabri-
ta é igual a R$ 21 000,00. O valor de k1 + k2 é: cação de uma xícara de café é R$ 0,80 e o cus-
a) 450 d) 600 to fixo mensal da cafeteria é R$ 3 800,00. Para
que o lucro mensal seja no mínimo R$ 5 000,00,
b) 500 e) 650
devem ser fabricadas e vendidas, no mínimo, x
c) 550 xícaras por mês; x pertence ao intervalo:
a) [3 100, 3 300]
b) [3 300, 3 500]
c) [3 500, 3 700]
d) [3 700, 3 900]
e) [3 900, 4 100]
83. (FAAP) O gráfico a seguir é de uma função qua- c) Os coeficientes b e c possuem o mesmo sinal.
drática, definida por f(x) = ax2 + bx + c, com a ≠ 0. d) Os coeficientes c e a possuem o mesmo sinal.
A partir dele, pode-se concluir que:
a) 2 c) 5
b) 3 d) 1
90. Prove que numa função quadrática f(x) = ax2 + 92. A média aritmética entre dois números “a” e “b”
+ bx + c cujas raízes são “m”e “n”, sempre se tem a+b
é calculada por e a média geométrica entre
f(x) = a(x – m)(x– n). 2
os mesmos números é calculada por a ⋅ b . As-
sim, determine, em função de “m”, a soma entre
as médias aritmética e geométrica entre as raízes
da função f(x) = mx2 + 8x + m3 com m > 0.
97. (UFMG) Dois robôs, A e B, trafegam sobre um plano cartesiano. Suponha que no instante t suas posições
são dadas pelos pares ordenados sA(t) = (t, – t2 + 3t + 10) e sB(t) = (t, 2t + 9) respectivamente.
Sabendo que os robôs começam a se mover em t = 0,
a) DETERMINE o instante t em que o robô A se chocará com o robô B.
b) Suponha que haja um terceiro robô C cuja posição é dada por sC(t) = (t, kt + 11), em que k é um número
real positivo.
DETERMINE o maior valor de k para que a trajetória do robô C intercepte a trajetória do robô A.
Podemos concluir que o avião ultrapassa o morro a uma altura, a partir da sua base, de :
a) 3,8 tan (15°) km. c) 3,8 cos (15°) km.
b) 3,8 sen (15°) km. d) 3,8 sec (15°) km.
a) 17,60 m d) 17,80 m
b) 18,20 m e) 18,00 m
c) 17,40 m
100. (FGV) Um triângulo ABC é retângulo em A. Sabendo que BC = 5 e ABC = 30o, pode-se afirmar que a área
do triângulo ABC é:
a) 3, 025 3 d) 3, 325 3
b) 3,125 3 e) 3, 425 3
c) 3, 225 3
101. (FGV)
a) Para medir a largura de um rio sem a necessidade de cruzá-lo, foram feitas várias medições como mos-
tra a figura abaixo. Calcule a largura do rio.
2 17 2
a) d)
17 2
4 17 1
b) e)
17 2
3
c)
2
105. (FAAP) Na figura a seguir, o triângulo ABC é retân- 107. (UFMG) Na figura a seguir, o ponto P representa
gulo em A e o segmento BD é bissetriz do ângulo um posto de combustível situado na Estrada r
B e mede 5 cm. Além disso o ângulo C mede 30o, (retilínea). Além disso, o ponto P está equidistan-
conforme a figura abaixo. A medida do lado AC te dos pontos A e B, que representam os centros
do triângulo ABC é: das cidades Alegria e Beleza, respectivamente
(AP = BP).
Para melhorar o acesso dos moradores das ci-
dades A e B ao posto, serão construídas duas
estradas retilíneas, perpendiculares entre si, que
ligam A ao P e B ao P.
As distâncias dos centros das cidades Alegria e
Beleza à Estrada r são, respectivamente, 10 km
a) 7,5 cm d) 8,5 cm e 7 km.
b) 8 cm e) 9,5 cm
A
c) 9 cm
P
Estrada r
Sabe-se que, neste momento, Neymar está a 4 m ao sul e o zagueiro está a 3 m a leste do ponto P de inter-
secção das trajetórias descritas anteriormente. Considerando que no sistema coordenado xPy, em que o eixo
x é a trajetória do zagueiro e o eixo y é a trajetória de Neymar, resolva o que se propõe nos itens seguintes.
a) Nessa jogada, determine as coordenadas ( x0 , y0) das posições iniciais de Neymar (N) e do zagueiro (Z).
b) Nessa jogada, a posição de Neymar, em função do tempo, é dada por (0, y(t)), e a posição do zagueiro,
em função do tempo, é dada por ( x(t), 0), com t ≥ 0. Determine x(t) e y(t).
c) Qual dos dois jogadores chegará primeiro ao ponto de encontro P das trajetórias? Justifique a sua res-
posta com argumentos matemáticos.
d) Durante essa jogada, qual é a menor distância atingida entre Neymar e o zagueiro?
109. Considere um triângulo retângulo de lados a (hi- 111. Em um triângulo retângulo, se PQ = 20, PR = 12
potenusa), b e c além da altura relativa à hipote- e PS = SQ + 8, então RS mede:
nusa h. Prove que o triângulo de lados (b + c), h e
(a + h) também é retângulo.
a) 14 d) 9
b) 12 2 e) nda
c) 8
β
X 112. (FGV) Um triângulo tem lados medindo 1 cm, 2 cm
M
e 2,5 cm. Seja h a medida da altura relativa ao
β
maior lado. O valor de h2 expresso em cm2 é,
D C
aproximadamente, igual a
T
a) 0,54 d) 0,60
b) 0,56 e) 0,62
c) 0,58
RELAÇÕES TRIGONOMÉTRICAS em
um TRIÂNGULO qualquer
114. (FUVEST) Uma bola branca está posicionada no ponto Q de uma mesa de bi-
lhar retangular, e uma bola vermelha, no ponto P, conforme a figura ao lado.
A reta determinada por P e Q intersecta o lado L da mesa no ponto R. Além
disso, Q é o ponto médio do segmento Pℝ , e o ângulo agudo formado por
Pℝ e L mede 60O . A bola branca atinge a vermelha, após ser refletida pelo
lado L. Sua trajetória, ao partir de Q, forma um ângulo agudo θ com o seg-
mento Pℝ e o mesmo ângulo agudo a com o lado L antes e depois da refle-
xão. Determine a tangente de a e o seno de θ.
115. (ESPM) Um avião voava a uma altitude e velocidade 117. (UNESP) Um professor de geografia forneceu a
constantes. Num certo instante, quando estava a 8 seus alunos um mapa do estado de São Paulo,
km de distância de um ponto P, no solo, ele podia que informava que as distâncias aproximadas
ser visto sob um ângulo de elevação de 60o e, dois em linha reta entre os pontos que representam
minutos mais tarde, esse ângulo passou a valer as cidades de São Paulo e Campinas e entre os
30º, conforme mostra a figura abaixo. A velocida- pontos que representam as cidades de São Pau-
de desse avião era de:
lo e Guaratinguetá eram, respectivamente, 80 km
e 160 km.
Um dos alunos observou, então, que as distân-
cias em linha reta entre os pontos que repre-
sentam as cidades de São Paulo, Campinas e
Sorocaba formavam um triângulo equilátero.
Já um outro aluno notou que as distâncias em
linha reta entre os pontos que representam as
cidades de São Paulo, Guaratinguetá e Campi-
a) 180 km/h d) 150 km/h nas formavam um triângulo retângulo, conforme
b) 240 km/h e) 200 km/h mostra o mapa.
c) 120 km/h
a) 80 2 + 5 3
b) 80 5 + 2 3
c) 80 6
d) 80 5 + 3 2
e) 80 7 3
Suponha que a distância entre o satélite A e a Estação Base seja de 250 km e a distância entre o satélite A
e o receptor móvel seja de 400 km, a distância entre a Estação Base e o Receptor móvel é de :
a) 300 km d) 500 km
b) 400 km e) 350 km
c) 250 km
119. (UNICAMP) Os lados do triângulo ABC da figu- 120. Três circunferências de centros C1, C2, C3 e raios
ra abaixo têm as seguintes medidas: AB = 20, a, b, c respectivamente, são tangentes exterio-
BC = 15 e AC = 10 . res duas a duas. Considere que P é o ponto de
tangência das circunferências de centros C2 e C3.
Com isso, calcule a distância entre C1 e P em
função de a, b e c.
124. (UNICAMP) Na figura abaixo, ABC e BDE são triângulos isósceles semelhantes de bases 2a e a, respectiva-
mente, e o ângulo CÂB = 30º. Portanto, o comprimento do segmento CE é:
5 7
a) a c) a
3 3
8
b) a d) a 2
3
12 12
9 3 9 3
6 6
7
a) 55 minutos.
13
5
b) 55 minutos.
11
5
c) 55 minutos.
13
3
d) 54 minutos.
11
2
e) 54 minutos.
11
FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS I
131. (IFSulMINAS) A precipitação numa determinada 133. O ângulo α mede 2 300 radianos. Sendo assim,
floresta tropical é dada pela seguinte expressão: pode-se afirmar que:
P = 1 500 + 500 cos (xπ/6) a) sen α < 0 e tg α < 0
b) cos α > 0 e tg α < 0
sendo P a precipitação mensal dada em milíme-
tros e x representa o mês (1 = janeiro, 2 = fe- c) sen α > 0 e cos α > 0
vereiro, ..., 12 = dezembro). Nestas condições, a d) sen α < 0 e tg α > 0
precipitação no mês de junho foi de: e) cos α < 0 e tg α < 0
a) 1 000 mm c) 1 500 mm
b) 1 200 mm d) 1 800 mm
137. (CEFET – MG) O número de vezes em que o gráfico da função real f(x) = sen(x2) intercepta o eixo das abscis-
sas no intervalo 0 ≤ x ≤ 2π é
a) 15 d) 8
b) 13 e) 4
c) 12
FUNÇÃO exponencial
2 2
146. (UNICAMP) O gráfico abaixo exibe a curva de po- 148. (ESPM) Se (4x) = 16 · 2x , o valor de xx é:
tencial biótico q(t) para uma população de micro- a) 27 d) 1
-organismos, ao longo do tempo t. b) 4 e) –1/27
c) 1/4
x2 – 4x
1
147. (ESPM) O valor máximo que a função f(x) =
pode assumir é: 2
a) 16 d) 1
b) 32 e) 4
c) 8
154. (UFMG) Considere os números reais L, M, N e P, 156. (UFMG) Considere as sentenças a seguir:
apresentados a seguir: −1
1
1
V. I) 51− 3
3 = 1 3 1
(-3 )
( ) ;N=4 I) 5 =
2
-32 -3 2 (-3)2 − 3
L = 4 ;M= 4 ;P=4 I) 5 = 3 3 5
5
2 5 2
Com base nessas informações, é CORRETO afir- I I) 3 ⋅ 2
2 9
2
= 6
2
2 9
VI. II) 3 ⋅92 = 96 9 9
mar que: II) 3 ⋅ 2 = 6 3
−3
a) P = M = L 44−3 − 22 27 27
III) 4 2 =
III)III) 9
VII. = =278
b) P = N > L 9 9 88
c) N > L > M
É CORRETO afirmar que são VERDADEIRAS
d) N > P = L
a) apenas as sentenças I e II
b) apenas as sentenças I e III
c) apenas as sentenceas II e III
d) todas as sentenças
0 1 2 x
a) 2,0 d) 2,5
b) 1,5 e) 1,0
c) 0,5
FUNÇÃO LOGARÍTMICa
162. (FUVEST) O número N de átomos de um isóto- 163. (FUVEST) Resolva as inequações:
po radioativo existente em uma amostra dimi- a) x3 – x2 – 6x ≥ 0
nui com o tempo t, de acordo com a expressão b) log2 (x3 – x2 – 6x) ≤ 2
N(t) = N0 ⋅ e–λt, sendo N0 o número de átomos
deste isótopo em t = 0 e a constante de decai-
mento. Abaixo, está apresentado o gráfico do
log10 N em função de t, obtido em um estudo
experimental do radiofármaco Tecnécio 99 me-
taestável (99mTc), muito utilizado em diagnósticos
do coração.
169. (FGV) Considere a aproximação log 2 = 0,3. É cor- 171. (FGV) Para receber um montante de M reais daqui
reto afirmar que a soma das raízes da equação a x anos, o capital inicial C reais que a pessoa
22x – 6 . 2x + 5 = 0 é: deve aplicar hoje é dado pela equação:
a) 7/3 d) 4/3 C = M · e−0,1x
b) 2 e) 1 a) Se ela aplicar hoje R$ 3 600,00, quanto rece-
c) 5/3 berá de juro no período de 1 ano?
b) Se ela aplicar hoje R$ 3 600,00, daqui a quan-
to tempo, aproximadamente, obterá um mon-
tante que será o dobro desse valor?
Se necessário, use as aproximações:
e0,1 = 1,1; ln2 = 0,7
x 1 2 3 4 5
(www.folha.com.br)
Caso a velocidade média do trânsito nos princi-
pais corredores viários paulistanos continue de-
caindo nos mesmos percentuais pelos próximos
anos e sabendo que ln 2 ≈ 0,69, ln 3 ≈ 1,10, ln 5 ≈
1,61 e ln 19 ≈ 2,94, os anos aproximados em que
as velocidades médias nos picos da manhã e da
tarde chegarão à metade daquelas observadas
em 2012 serão, respectivamente,
a) 2028 e 2019.
b) 2068 e 2040.
c) 2022 e 2017.
d) 2025 e 2018.
e) 2057 e 2029.
174. (UNESP) No artigo “Desmatamento na Amazônia Considere um suco de frutas em que [H+] = 2 ·
Brasileira: com que intensidade vem ocorrendo?”, 10−4mol/ℓ, sendo log2 = 0,30 . Esse suco é ácido,
o pesquisador Philip M. Fearnside, do INPA, su- básico ou neutro?
gere como modelo matemático para o cálculo da a) fraco. d) forte.
área de desmatamento a função D(t) = D(0) · ek·t,
b) básico. e) ácido.
em que D(t) representa a área de desmatamento
no instante t, sendo t medido em anos desde o c) neutro.
instante inicial, D(0) a área de desmatamento no
instante inicial t = 0, e k a taxa média anual de des-
matamento da região. Admitindo que tal modelo
seja representativo da realidade, que a taxa mé-
dia anual de desmatamento (k) da Amazônia seja
0,6% e usando a aproximação ln2 = 0,69, o núme-
ro de anos necessários para que a área de desma-
tamento da Amazônia dobre seu valor, a partir de
um instante inicial prefixado, é aproximadamente
a) 51. d) 151.
b) 115. e) 11.
c) 15.
176. (CEFET/MG) Os gráficos das funções f e g estão
representados geometricamente na figura que se
segue.
181. Sendo a > 0, a solução da inequação log(logax) ≤ 0 183. Considere a equação 9 x − (ln k + 3) ⋅ 3 x − ln k = 0 .
é: Para quais valores de k ela possui todas as raízes
reais e iguais?
logmn2 + 36 . lognm = 18
182. Resolvendo o sistema ,
m . n = 128
para m e n naturais, calcule o valor de (n – m).
por (x + 1).
Sabendo que log 2 ≅ 0, 30 , o número de alga-
rismos de 257 é
a) 16 d) 15
b) 19 e) 17
c) 18
a) f(x) = 2x2 + 6x + 4
b) f(x) = x2 – 6x + 4
c) f(x) = 2x2 + 6x – 4
d) f(x) = –x2 + 6x + 4
e) f(x) = –2x2 + 6x – 4
a) Qual é o tempo necessário para que a altura 190. (PUC – MG) Certo estudante do Ensino Médio,
aumente de 0,5 m para 1,5 m? após fazer um curso sobre inequações, escreveu
b) Suponha que o outro arbusto, nessa mesma as três afirmativas a seguir:
fase de desenvolvimento, tem sua altura ex-
I. A solução da desigualdade x2 – 3x + 2 ≥ 0 é o
pressa pela função composta g(t) = h(3t + 2).
Verifique que a diferença g(t) – h(t) é uma conjunto (– ∞, 1] ∪ [2, +∞).
constante, isto é, não depende de t.
II. Se |x + 2| < 1, então x ∈ ]–3, –1[.
a) 0 c) 2
b) 1 d) 3
a) 3 c) 6
b) 4 d) 7
192. (UFLA) A soma log16 2 + log16 4 + log16 8 + log16 16 + log16 32 + log16 64 + log16 128 é igual a:
a) 6 c) 8
b) 7 d) 9
PROGRESSÃO GEOMÉTRICa
193. (FUVEST) Dadas as sequências an = n2 + 4n + 4, 194. (ESPM) Para que a sequência (−9, −5, 3) se trans-
n2 b forme numa progressão geométrica, devemos
bn = 2 , cn = an+1 – an e dn = n+1 , definidas para
bn somar a cada um dos seus termos um certo nú-
valores inteiros e positivos de n, considere as se- mero. Esse número é:
guintes afirmações: a) par
I. an é uma progresso geométrica b) quadrado perfeito
II. bn é uma progresso geométrica c) primo
III. cn é uma progresso aritmética d) maior que 15
IV. dn é uma progresso geométrica e) não inteiro
São verdadeiras, apenas
a) I, II e III d) II e IV
b) I, II e IV e) III e IV
c) I e III
198. (IFSulMINAS) O menor objeto que pode ser visto 199. Sendo S = m n m n m n... , calcule o valor
pelo homem a olho nu é de aproximadamente de S3.
200 micrômetros (1 micrômetro equivale a milési- a) m2n d) m + n
ma parte de milímetro). Certa bactéria, que mede
5 micrômetros, se duplica a cada 10 minutos. As- b) mn 2
e) m – n
sim, uma colônia iniciada a partir de uma dessas c) mn
bactérias, poderá ser observada a olho nu, em,
no mínimo
a) 30 minutos c) 60 minutos
b) 50 minutos d) 100 minutos
200. Sabe-se que (a, b, c, d, e, f, g) formam uma PG de razão k (k > 0 e k ≠ 1) e (d2 – 16) = 0. Determine o valor
1 1 1 1 1 1 1
de n, tal que, + + + + + + = 14 .
loga n logb n logc n logd n loge n logf n logg n
1
202. Se em uma PG a soma dos termos é definida por Sn = 1 − , prove que quanto maior for o valor de n,
2n
mais próximo de zero será o valor de an.
203. (PUC – SP) Suponha que em um portal da internet, o número de participantes de um bate-papo virtual (chat)
varie a cada hora, segundo os termos de uma progressão geométrica. Considerando o período das 22 ho-
ras às 5 horas da manhã, então, se às 24 horas havia 3 645 pessoas nas salas de bate-papo e às 2 horas
da manhã havia 405, é correto afirmar que, às 5 horas da manhã, a quantidade de internautas nas salas de
bate-papo era um número
a) quadrado perfeito. d) par.
b) divisível por 7. e) primo.
c) múltiplo de 15.
204. (ESPM) A figura abaixo mostra a trajetória de um móvel a partir de um ponto A, com BC = CD, DE = EF,
FG = GH, GH = IJ e assim por diante. Considerando infinita a quantidade desses segmentos, a distância
horizontal AP alcançada por esse móvel será de:
a) 65 m b) 72 m c) 80 m d) 96 m e) 100 m
Introdução à mecânica
1. (Mack-SP) Certa grandeza física é medida, com unidades do sistema internacional (SI), em kg . m . s–2. Se
as unidades de medidas utilizadas fossem as do sistema CGS, no qual, massa é medida em gramas (g);
comprimento, em centímetros (cm) e tempo, em segundos (s), a correta equivalência entre as unidades
nesses sistemas, relativa à medida da referida grandeza física é
a) 1 g . cm . s–2 = 10–1 kg . m . s–2 d) 1 g . cm . s–2 = 10–4 kg . m . s–2
b) 1 g . cm . s–2 = 10–2 kg . m . s–2 e) 1 g . cm . s–2 = 10–5 kg . m . s–2
c) 1 g . cm . s = 10 kg . m . s
–2 –3 –2
vetores
2. Um avião sobrevoando a cidade de São Paulo no sentido leste está com uma velocidade constante de
200 m/s em relação ao ar. O ar, no qual o avião está imerso, move-se com uma velocidade de 50 m/s em
relação à terra, sentido nordeste com um ângulo de 45º em relação ao sentido leste. Considerando as in-
formações citadas, resolva as alternativas abaixo.
Dados: sen 45º = cos 45º = 0,7
a) Qual a velocidade do avião em relação ao chão?
3. (UFLA-MG) Considere que os módulos das componentes ortogonais de um determinado vetor força são 12 N
e 16 N. É CORRETO afirmar que o módulo desse vetor é igual a:
a) 14 N c) 24 N
b) 20 N d) 28 N
4. (UEMG) O tempo é um rio que corre. O tempo não é um relógio. Ele é muito mais do que isso. O tempo pas-
sa, quer se tenha um relógio ou não. Uma pessoa quer atravessar um rio num local onde a distância entre
as margens é de 50 m. Para isso, ela orienta o seu barco perpendicularmente às margens.
Considere que a velocidade do barco em relação às águas seja de 2,0 m/s e que a correnteza tenha uma
velocidade de 4,0 m/s.
Sobre a travessia desse barco, assinale a afirmação CORRETA:
a) Se a correnteza não existisse, o barco levaria 25 s para atravessar o rio. Com a correnteza, o barco
levaria mais do que 25 s na travessia.
b) Como a velocidade do barco é perpendicular às margens, a correnteza não afeta o tempo de travessia.
c) O tempo de travessia, em nenhuma situação, seria afetado pela correnteza.
d) Com a correnteza, o tempo de travessia do barco seria menor que 25 s, pois a correnteza aumenta
vetorialmente a velocidade do barco.
y = 4 + 10t + t2
Qual o seno do ângulo formado pelo vetor deslocamento com o eixo x, entre os tempos t = 0 e t = 2 s?
a) 1
b) 2√12
2 37
c)
37
6 37
d)
37
e) 0
velocidade e aceleração
6. A trilha da cachoeira no Parque Estadual de Campos do Jordão é uma trilha autoguiada de nível leve, de
4,7 km de extensão no total, margeada por araucárias. Sabendo-se que, em uma caminhada leve, um ser
humano adulto gasta em média 6 cal/min, quantas calorias foram gastas por uma pessoa que fez a trilha
da cachoeira com uma velocidade média de 2 m/s?
a) 100 d) 292
b) 178 e) 300
c) 235
7. O programa Voyager, programa espacial da NASA com objetivo de estudar alguns planetas mais distantes
como Saturno e Urano, bem como o espaço interestelar, lançou sua primeira sonda em direção a Saturno,
a Voyager 1 em 5 de setembro de 1977. A velocidade dessa sonda, de aproximadamente 20 km/s é con-
siderada uma das maiores velocidades já atingidas por um objeto construído pelo homem. Considerando
que a distância percorrida pela sonda tenha sido igual a 1,25 . 109 km, quantos dias, aproximadamente, a
sonda levou para chegar em Saturno?
a) 450 d) 864
b) 537 e) 1065
c) 723
C Q D
O
a) 3,0 cm
b) 4,0 cm
c) 4,5 cm
d) 5,0 cm
e) 5,5 cm
11. (UEMG) A velocidade é uma grandeza que relacio- 13. (UNICAMP-SP) Movimento browniano é o deslo-
na a distância percorrida e o tempo gasto para camento aleatório de partículas microscópicas
percorrê-la. A aceleração é uma grandeza que suspensas em um fluido, devido às colisões com
mede a rapidez com que a velocidade varia. Mais moléculas do fluido em agitação térmica.
rápido, mais lento, são percepções sensoriais. a) A figura abaixo mostra a trajetória de uma
Tentamos medir com relógios tais variações e partícula em movimento browniano em um
nos rebelamos, quando elas não concordam com líquido após várias colisões. Sabendo-se que
a nossa percepção. Dizemos nunca com muita os pontos negros correspondem a posições
facilidade, dizemos sempre com muita facilidade, da partícula a cada 30 s, qual é o módulo da
como se fôssemos fiéis a um momento. “Mas o velocidade média desta partícula entre as
outro já está olhando para o lado.” (LUFT, 2014) posições A e B?
O que é constante e imutável num momento não
será mais no momento seguinte. Uma velocida-
de, num momento, pode não ser a mesma num
momento seguinte.
Assinale a situação em que o móvel apresenta
maior valor (positivo ou negativo) de aceleração:
a) O móvel estava a 50 m/s e manteve essa
velocidade durante 2,0 s.
b) O móvel estava a 20 m/s e, em 10 s, aumentou
a sua velocidade para 40 m/s.
c) O móvel estava a 10 m/s e, em 2,0 s, diminuiu
sua velocidade para zero.
d) O móvel estava a 40 m/s e, em 10 s, diminuiu
sua velocidade para zero.
T
A y
x
800 m
500 m
Interbits®
900 m
16. (UNICAMP-SP) O passeio completo no comple- 17. (CEFET-MG) Um automóvel fez uma viagem entre
xo do Pão de Açúcar inclui um trecho de bon- duas cidades separadas por 390 km de distância.
dinho de aproximadamente 540 m, da Praia O trajeto foi dividido em dois trechos, sendo que
Vermelha ao Morro da Urca, uma caminhada o primeiro, de 120 km, foi percorrido a uma velo-
até a segunda estação no Morro da Urca, e cidade média de 60 km/h. Se a velocidade média
um segundo trecho de bondinho de cerca de total da viagem foi de 78 km/h, então a velocidade
720 m, do Morro da Urca ao Pão de Açúcar. A média do segundo trecho, em km/h, foi igual a
velocidade escalar média do bondinho no pri- a) 66 d) 90
meiro trecho é v1 = 10,8 km/h e, no segundo,
b) 72 e) 96
v2 = 14,4 km/h. Supondo que, em certo dia, o
tempo gasto na caminhada no Morro da Urca c) 84
somado ao tempo de espera nas estações é de
30 minutos, o tempo total do passeio completo
da Praia Vermelha até o Pão de Açúcar será
igual a:
a) 33 min
b) 36 min
c) 42 min
d) 50 min
e) A distância d é igual a .
21. (UFJF-MG) Um barqueiro pretende atravessar, transversalmente, o Rio Paraibuna, que possui 8 m de largu-
ra, para chegar até a outra margem. Sabendo que a velocidade da correnteza do rio é de 0,3 m/s e que o
barqueiro leva 20 s para fazer a travessia, faça o que se pede.
b) Em qual posição rio abaixo o barqueiro chega à outra margem, em relação ao ponto oposto ao da partida?
a
2
a) A caixa para quase que instantaneamente.
1
b) A caixa passa a ter uma desaceleração
a) O peso da caixa 2 e a força normal que a caixa constante.
1 exerce em 2, formam um par ação e reação. c) Logo após o impacto, a caixa começa a
b) O peso da caixa 1 e a força normal do piso acelerar, com aceleração constante.
do elevador na caixa tem mesma intensidade. d) Logo após o início da aplicação da força
→
c) Quanto maior a aceleração maior será o peso contrária à força F, a caixa para de acelerar, e
das caixas. mantém velocidade constante.
d) A força com que a caixa 2 comprime a caixa 1 e) Não há como definir o que acontecerá com a
é maior que o seu peso. caixa, pois não sabemos sua massa.
e) O valor da tração no cabo que puxa o elevador
é aproximadamente dez vezes maior que a 26. (UFMG) Um menino observou que um pequeno
soma das massas das caixas e do elevador. cubo de gelo, após descer por uma rampa, des-
lizou em linha reta sobre uma mesa plana e ho-
rizontal, percorrendo certa distância até parar.
Curioso para entender esse fenômeno o menino
perguntou a dois adultos o porquê de o gelo pa-
rar e obteve as seguintes respostas.
I–
O gelo parou, porque a força horizontal
que mantinha o seu movimento diminuiu
lentamente até se extinguir.
24. (IFMG) A figura a seguir representa um homem II – O gelo parou, porque uma força horizontal,
empurrando um antigo arquivo pesado. Sabe-se o atrito, atuou no sentido contrário ao
que o homem e o arquivo se deslocam da es- movimento adquirido pelo gelo na descida
querda para a direita com velocidade constante. da rampa.
Nessa situação, o vetor pode representar, corre-
tamente, III – O gelo parou, porque o repouso é o estado
natural dos objetos que só se movem caso
uma força constante atue no sentido do
movimento.
Assinale a alternativa que contém a(s) respostas
(s) CORRETA(S) dadas pelos adultos.
a) a força resultante.
a) I e II.
b) a força de atrito.
b) II.
c) a velocidade do arquivo.
c) I e III.
d) o peso do arquivo.
d) III.
27. (UFMG) Uma pequena bola de metal rola sobre uma mesa como indica a ilustração:
Ao atingir a borda, a bola cai até o chão. Nessas condições, podemos desprezar o efeito da força de re-
sistência do ar sobre a bola. Identifique a alternativa que melhor descreve a trajetória da bola, representada
pela linha tracejada, desde o instante em que ela abandona a mesa até atingir o chão.
a) b)
t
t
b) e)
F F
t t
c)
F
33. (FUVEST-SP) O pêndulo de um relógio é constituído por uma haste rígida com um disco de metal, preso em
uma de suas extremidades. O disco oscila entre as posições A e C, enquanto a outra extremidade da has-
te permanece imóvel no ponto P. A figura a seguir ilustra o sistema. A força resultante que atua no disco
quando ele passa por B, com a haste na direção vertical, é
P
A C
a) nula.
b) vertical, com sentido para cima.
c) vertical, com sentido para baixo.
d) horizontal, com sentido para a direita.
e) horizontal, com sentido para a esquerda.
34. (UNESP-SP) O equipamento representado na figura foi montado com o objetivo de determinar a constante
elástica de uma mola ideal. O recipiente R, de massa desprezível, contém água; na sua parte inferior, há uma
torneira T que, quando aberta, permite que a água escoe lentamente com vazão constante e caia dentro de
outro recipiente B, inicialmente vazio (sem água), que repousa sobre uma balança. A torneira é aberta no ins-
tante t = 0 e os gráficos representam, em um mesmo Gráfico 1
intervalo de tempo (t’), como variam o comprimento
mola L L (m)
L da mola (gráfico 1), a partir da configuração inicial
de equilíbrio, e a indicação da balança (gráfico 2). 0,20
Analisando as informações, desprezando as forças
0,12
entre a água que cair no recipiente B e o recipiente
2
R e considerando g = 10 m/s , é correto concluir que R
0 t’ tempo
a constante elástica k da mola, em N/m, é igual a
a) 120. Gráfico 2
m (kg)
b) 80. T
c) 100. 1,16
B
d) 140.
e) 60. 0,20
0 t’ tempo
©Shutterstock/Photo5963
©Shutterstock/Johan Combrink
se dividem em partículas de massas despre-
zíveis.
b) embora atinjam o solo com velocidades muito
altas, as gotas não causam danos por serem
líquidas.
c) as gotas de água chegam ao solo com baixas
velocidades, pois não caem em queda livre
devido ao atrito com o ar.
d) as gotas de água têm massas muito pequenas
e a aceleração da gravidade praticamente não
afeta seus movimentos verticais.
a) 1,0 kg
b) 2,0 kg
c) 2,5 kg
d) 4,0 kg
e) 5,0 kg
a) 0,7
a) 0,40 cm
b) 0,6
b) 0,20 cm
c) 0,5
c) 1,3 cm
d) 0,4
d) 2,0 cm
e) 0,3
e) 4,0 cm
42. (ITA-SP) No interior de um carrinho de massa M 43. (IFSMG) Um bloco é puxado por uma força, cons-
mantido em repouso, uma mola de constante tante e horizontal, de 10 N sobre uma superfície
elástica k encontra-se comprimida de uma dis- horizontal, com aceleração igual a 1 m/s2, sa-
tância x, tendo uma extremidade presa e a outra bendo que a massa do bloco é igual a 8 kg. A
conectada a um bloco de massa m, conforme intensidade da força de atrito existente entre a
a figura. Sendo o sistema então abandonado e superfície e o bloco é:
considerando que não há atrito, pode-se afirmar a) 2 N
que o valor inicial da aceleração do bloco relativa
b) 10 N
ao carrinho é
c) 15 N
X d) 18 N
e) 20 N
m
M
a) kx / m
b) kx / M
c) kx / (m + M)
d) kx(M − m)/mM
e) kx(M + m)/mM
palco
24 kg
46. (ITA-SP) Num certo experimento, três cilindros 47. (Fuvest-SP) Um móbile pendurado no teto tem
idênticos encontram-se em contato pleno entre três elefantezinhos presos um ao outro por fios,
si, apoiados sobre uma mesa e sob a ação de como mostra a figura. As massas dos elefantes
uma força horizontal F, constante, aplicada na de cima, do meio e de baixo são, respectivamen-
altura do centro de massa do cilindro da esquer- te, 20 g, 30 g e 70 g. Os valores de tensão, em
da, perpendicularmente ao seu eixo, conforme a newtons, nos fios superior, médio e inferior são,
figura. Desconsiderando qualquer tipo de atrito, respectivamente, iguais a
para que os três cilindros permaneçam em con-
tato entre si, a aceleração a provocada pela força
deve ser tal que
C
T1
T2
A
a) 9,0 e 12
b) 9,6 e 9,6
c) 10,8 e 9,6
d) 10,8 e 12
e) 12 e 12
52. (PUC-SP) O elevador mais rápido do mundo atinge 53. (UNESP) Ao tentar arrastar um móvel de 120 kg
a incrível velocidade de 72 km/h e vai do térreo sobre uma superfície plana e horizontal, Dona
ao topo da torre chinesa de 95 andares em ape- Elvira percebeu que, mesmo exercendo sua
nas 43 segundos. Supondo constante a acele- máxima força sobre ele, não conseguiria mo-
ração do movimento de ascensão do elevador e vê-lo, devido à força de atrito entre o móvel e
que ele parta do repouso do andar térreo rumo a superfície do solo. Chamou, então, Dona Do-
ao topo da torre, acelerando até a metade do lores, para ajudá-la. Empurrando juntas, elas
percurso e desacelerando uniformemente na conseguiram arrastar o móvel em linha reta,
outra metade, qual será o valor aproximado da com aceleração escalar constante de módu-
força indicada por um dinamômetro que sustenta lo 0,2 m/s2. Sabendo que as forças aplicadas
um objeto de massa 1 kg e que está fixo ao teto pelas duas senhoras tinham a mesma direção
desse elevador (vide figura) durante a primeira e o mesmo sentido do movimento do móvel,
metade da subida? Adote 10 m/s2 para a acele- que Dona Elvira aplicou uma força de módulo
ração da gravidade. igual ao dobro da aplicada por Dona Dolores e
que durante o movimento atuou sobre o móvel
uma força de atrito de intensidade constante e
igual a 240 N, é correto afirmar que o módulo
da força aplicada por Dona Elvira, em newtons,
foi igual a
F=?
a) 340
b) 60
M c) 256
d) 176
e) 120
a) 9 N
b) 9,5 N
c) 10,0 N
d) 10,5 N
e) 11,0 N
a B
Liberando os blocos a partir do repouso, a ten-
são na corda e a aceleração do conjunto são,
respectivamente, em N e m/s2, iguais a
a) 60 e 0,0 Sendo μ o coeficiente de atrito cinético entre o blo-
b) 60 e 10 co A e a superfície, g a aceleração da gravidade,
c) 53 e 1,3 e θ = 30° mantido constante, determine a tra-
d) 48 e 2,0 ção no fio após o sistema ser abandonado do
e) 38 e 3,8 repouso.
56. (MACK-SP)
v (m/s)
5,0
4,0
3,0
2,0
1,0
t (s)
0,0 2,0 4,0 6,0 8,0 10,0
Um corpo de massa 2,0 kg é lançado sobre um plano horizontal rugoso com uma velocidade inicial de
5,0 m/s e sua velocidade varia com o tempo, segundo o gráfico acima. Considerando a aceleração da
gravidade g = 10,0 m/s2, o coeficiente de atrito cinético entre o corpo e o plano vale
a) 5,0.10–2 d) 2,0.10–1
b) 5,0.10–1 e) 2,0.10–2
c) 1,0.10–1
V
P P
R
61. (FUVEST-SP) Uma pessoa faz, diariamente, uma caminhada de 6 km em uma pista horizontal, consumindo
80 cal a cada metro. Num certo dia, ela fez sua caminhada habitual e, além disso, subiu um morro de
300 m de altura. Essa pessoa faz uma alimentação diária de 2 000 kcal, com a qual manteria seu peso, se
não fizesse exercícios. Com base nessas informações, determine:
a) a percentagem P da energia química proveniente dos alimentos ingeridos em um dia por essa pessoa,
equivalente à energia consumida na caminhada de 6 km;
b) a quantidade C de calorias equivalente à variação de energia potencial dessa pessoa entre a base e o
topo do morro, se sua massa for 80 kg;
c) o número N de caminhadas de 6 km que essa pessoa precisa fazer para perder 2,4 kg de gordura, se
mantiver a dieta diária de 2 000 kcal.
Note e adote: A aceleração da gravidade local é igual a 10 m/s2.
1 cal = 4 J. 9 kcal são produzidas com a queima de 1 g de gordura.
63. Três bolas idênticas são arremessadas de uma mesma altura com a mesma velocidade inicial. A bola 1 é
arremessada diretamente para baixo na vertical. A bola 2 é arremessada na vertical para cima, enquanto
a bola 3 é lançada na horizontal. Desprezando o atrito com o ar, qual a relação correta entre as energias
cinéticas K1, K2 e K3, das bolas 1, 2 e 3, respectivamente, no momento antes de tocar o solo?
a) K1 = K2 = K3 c) K1 < K2 < K3
b) K1 > K2 > K3 d) K1 = K2 > K3
e) K1 = K2 < K3
67. Um bloco de massa m é abandonado em uma 68. (UNICAMP-SP) Qual o trabalho executado pela
rampa com coeficiente de atrito μ. A partir do força de atrito entre o pneu e o solo para parar
momento em que o bloco chega à horizontal, um carro de massa m = 1 000 kg, inicialmente a
uma superfície perfeitamente lisa, ele desliza v = 72 km/h, sabendo que os pneus travam no
com a velocidade mínima para que possa com- instante da frenagem, deixando de girar, e o carro
pletar o looping, como mostrado no desenho es- desliza durante todo o tempo de frenagem?
quemático abaixo. a) 3,6 · 104 J
b) 2,0 · 105 J
c) 4,0 · 105 J
d) 2,6 · 106 J
h R
70. (CEFET-MG) A figura mostra um sistema massa-mola que pode oscilar livremente, sem atrito, sobre a super-
fície horizontal e com resistência do ar desprezível.
Nesse sistema, nos pontos de deslocamento máximo, a velocidade da massa é nula por que as forças não-
conservativas reduzem a energia do sistema.
É correto concluir que
a) a proposição é verdadeira, mas a razão é falsa.
b) a proposição é falsa, mas a razão é verdadeira.
c) a proposição e a razão são falsas.
d) a razão e a proposição são verdadeiras e a razão justifica a proposição.
e) a proposição e a razão são verdadeiras, mas não há uma relação entre elas.
71. (FUVEST) No desenvolvimento do sistema amorte- 72. (UNICAMP-SP) Em agosto de 2012, a NASA anun-
cedor de queda de um elevador de massa m, o ciou o pouso da sonda Curiosity na superfície
engenheiro projetista impõe que a mola deve se de Marte. A sonda, de massa m = 1 000 kg, en-
contrair de um valor de máximo d, quando o ele- trou na atmosfera marciana a uma velocidade
vador cai, a partir do repouso, de uma altura h, V0 = 6 000 m/s .
como ilustrado na figura a seguir. Para que a exi-
a) A sonda atingiu o repouso, na superfície de
gência do projetista seja satisfeita, a mola a ser
Marte, 7 minutos após a sua entrada na at-
empregada deve ter constante elástica dada por
mosfera. Calcule o módulo da força resultan-
te média de desaceleração da sonda durante
sua descida.
m
b) Considere que, após a entrada na atmosfera
a uma altitude h0 = 125 km, a força de
atrito reduziu a velocidade da sonda para
v = 4 000 m/s quando a altitude atingiu
h h = 100 km. A partir da variação da energia
mecânica, calcule o trabalho realizado pela
força de atrito neste trecho. Considere a
d aceleração da gravidade de Marte, neste
trecho, constante e igual a gmarte = 4 m/s2.
a) 2m · g · (h + d) /d2
b) 2m · g · (h - d) /d2
c) 2m · g · h / d2
d) m · g · h / d
e) m · g / d
Figura 1
A B
C
h h
h/2
Figura 2
Sabendo-se que a altura h mede 3,60 m e considerando-se g = 10 m/s2, a velocidade relativa de um garoto,
em relação ao outro, no instante do encontro, tem módulo
a) 12,0 km/h d) 43,2 km/h
b) 21,6 km/h e) 48,0 km/h
c) 24,0 km/h
74. Um bloco de massa 5,00 kg é lançado sobre um plano inclinado do ponto A, com velocidade inicial de
8,00 m/s, como indicado na figura abaixo.
0m B
4,0
A
30o
Considerando a aceleração da gravidade g = 10,0 m/s2, após percorrer 4,00 m, ele atinge o repouso no
ponto B. A energia dissipada pela força de atrito é
a) 80,0 J
b) 60,0 J
c) 90,0 J
d) 40,0 J
e) 30,0 J
75. (UNESP) Uma esfera de borracha de tamanho 76. (MACK-SP) Uma bola de borracha maciça com
desprezível é abandonada, de determinada altu- 1,5 kg cai do telhado de um sobrado que está a
ra, no instante t = 0, cai verticalmente e, depois 8,0 m do solo. A cada choque com o solo, ob-
de 2 s, choca-se contra o solo, plano e horizon- serva-se que a bola perde 25% de sua energia
tal. Após a colisão, volta a subir verticalmente, cinética. Despreze todas as resistências e adote
parando novamente, no instante T, em uma posi- g = 10 m/s2. Após o segundo choque, a altura
ção mais baixa do que aquela de onde partiu. O máxima atingida pela bola será
gráfico representa a velocidade da esfera em fun- a) 3,0 m
ção do tempo, considerando desprezível o tem-
b) 4,5 m
po de contato entre a esfera e o solo.
c) 5,0 m
v(m/s) d) 5,5 m
20
e) 6,0 m
2 T
0 t(s)
-18
a) E =−GMm/(2a) d) E = −GM / a 2 + b2
b) E=−GMm/(2b) e) v ’ = 2 GM / (a − e
c) E =−GMm/(2e)
79. (ITA-SP) Acredita-se que a colisão de um grande asteroide com a Terra tenha causado a extinção dos di-
nossauros. Para se ter uma ideia de um impacto dessa ordem, considere um asteroide esférico de ferro,
com 2 km de diâmetro, que se encontra em repouso quase no infinito, estando sujeito somente à ação da
gravidade terrestre. Desprezando as forças de atrito atmosférico, assinale a opção que expressa a energia
liberada no impacto, medida em número aproximado de bombas de hidrogênio de 10 megatons de TNT.
a) 1
b) 10
c) 500
d) 50 000
e) 1 000 000
80. (UNICAMP-SP) O passeio completo no complexo do Pão de Açúcar inclui um trecho de bondinho de aproxi-
madamente 540 m, da Praia Vermelha ao Morro da Urca, uma caminhada até a segunda estação no Morro
da Urca, e um segundo trecho de bondinho de cerca de 720 m, do Morro da Urca ao Pão de Açúcar. A
altura do Morro da Urca é de 220 m e a altura do Pão de Açúcar é de cerca de 400 m, ambas em rela-
ção ao solo. A variação da energia potencial gravitacional do bondinho com passageiros de massa total
M = 5 000 kg, no segundo trecho do passeio, é (Use g = 10 m/s2):
a) 9 ⋅ 106 J c) 20 ⋅ 106 J
b) 11 ⋅ 106 J d) 31 ⋅ 106 J
81. (ITA-SP) Uma corda, de massa desprezível, tem fixada em cada uma de suas extremidades, F e G, uma par-
tícula de massa m. Esse sistema encontra-se em equilíbrio apoiado numa superfície cilíndrica sem atrito,
de raio r, abrangendo um ângulo de 90º e simetricamente disposto em relação ao ápice P do cilindro, con-
forme mostra a figura. Se a corda for levemente deslocada e começa a escorregar no sentido anti-horário,
o ângulo θ ≡ FÔP em que a partícula na extremidade F perde contato com a superfície é tal que
P
a) 2 ⋅ cos θ = 1 F G
m m
b) 2 ⋅ cos θ – sen θ = √2 45o 45o
c) 2 ⋅ sen θ + cos θ = √2
r O
d) 2 ⋅ cos θ + sen θ = √2
e) 2 ⋅ cos θ + sen θ = √2/2
H = 45,0 cm
B
A
5m
a) entre 11,0 km/h e 12,0 km/h
b) entre 10,0 km/h e 11,0 km/h
c) entre 13,0 km/h e 14,0 km/h
C d) entre 15,0 km/h e 16,0 km/h
Considere que uma pessoa de 50 kg parta do e) menor que 10,0 km/h
repouso no ponto A e desça até o ponto B se-
gurando-se na roldana, e que nesse trajeto te-
nha havido perda de 36% da energia mecânica
do sistema, devido ao atrito entre a roldana e a
corda. No ponto B ela se solta, atingindo o pon-
to C na superfície da água. Em seu movimento,
o centro de massa da pessoa sofre o desnível
vertical de 5 m mostrado na figura. Desprezando
a resistência do ar e a massa da roldana, e ado-
tando g = 10 m/s2, pode-se afirmar que a pessoa
atinge o ponto C com uma velocidade, em m/s,
de módulo igual a
a) 8
b) 10
c) 6
d) 12
e) 4
84. (FUVEST-SP) A figura abaixo mostra o gráfico de 85. (CEFET-MG) A figura seguinte ilustra uma criança
energia potencial gravitacional U de uma esfera oscilando em uma gangorra e o gráfico que re-
em uma pista, em função da componente hori- laciona as energias potencial (Ep) e cinética (Ec)
zontal x da posição da esfera na pista. com a sua posição x. Suponha que esse movi-
mento oscilatório tenha se iniciado na posição
A esfera é colocada em repouso na pista, na po-
exibida e que não haja forças dissipativas.
sição de abscissa x = x1, tendo energia mecânica
E < 0. A partir dessa condição, sua energia ciné-
tica tem valor
U
X1 X2 X3
O
X
UO
Na posição de equilíbrio, a energia mecânica total
da criança é nula por que quando ela passa por
esta posição, a energia cinética tem valor oposto
ao da energia potencial.
a) máximo igual a |U0|.
b) igual a |E| quando x = x3. É correto concluir que
c) mínimo quando x = x2. a) a proposição e a razão são falsas.
d) máximo quando x = x3. b) a proposição é verdadeira, mas a razão é
falsa.
e) máximo quando x = x2.
c) a proposição é falsa, mas a razão é verdadeira.
Note e adote: Desconsidere efeitos dissipativos.
d) a razão e a proposição são verdadeiras e a
razão justifica a proposição.
e) a proposição e a razão são verdadeiras, mas
não há uma relação entre elas.
88. (UFMG) Em uma partida de futebol, Pablo chuta 90. (UFMG) Uma usina hidroelétrica usa água para
a bola a gol. A bola se choca contra a trave e produzir energia elétrica. Esse processo se inicia
volta. A energia de movimento da bola antes de a partir da queda da água, a uma altura inicial
ela atingir a trave foi transferida a ela pelo chute h, em uma tubulação que se dirige à turbina do
de Pablo. Durante o tempo em que a bola colide gerador como mostrado na ilustração a seguir.
com a trave, ela se deforma progressivamente e Nesse processo ocorrem várias transformações
para completamente quando atinge o máximo de de energia. Assinale a alternativa que apresenta a
deformação. ordem CORRETA dessas transformações.
a) Energia cinética → Energia potencial
Durante o intervalo de tempo em que a bola, ao
gravitacional → Energia elétrica.
colidir com a trave, se deforma até parar comple-
tamente, a energia de movimento é b) Energia elétrica → Energia cinética → Energia
potencial gravitacional.
a) em grande parte transformada em energia po-
tencial elástica da bola. c) Energia potencial gravitacional → Energia
cinética → Energia elétrica.
b) em grande parte transformada em energia po-
tencial gravitacional. d) Energia potencial gravitacional → Energia
elétrica → Energia cinética.
c) totalmente transformada em calor que es-
quenta a bola e a trave.
d) totalmente transformada em energia do som e
de vibração da trave.
93. (PUC-MG)
Industrialização à base de água
Pode parecer exagero afirmar que a água foi um dos elementos mais importantes para a revolução industrial
ocorrida na Europa no século XVIII. O exagero desaparece quando lembramos que o principal fator das mudanças
no modo de produção daquela época foi a utilização do vapor no funcionamento das máquinas a vapor aper-
feiçoadas por James Watt por volta de 1765. Essas máquinas fizeram funcionar teares, prensas, olarias, enfim,
substituíram a força humana e a força animal. James watt estabeleceu a unidade de cavalo-vapor (Horse Power)
que em valores aproximados é a capacidade de sua máquina de levantar uma massa de 15000 kg a uma altura
de 30 cm no tempo de um minuto. Hoje, a unidade de potência no sistema internacional de unidades é o Watt,
em homenagem a James Watt.
Com base no texto e considerando-se a aceleração da gravidade g = 10 m/s , pode-se afirmar que a
potência de um cavalo-vapor é de aproximadamente:
a) 7 500 W c) 1 500 W
b) 4 500 W d) 750 W
94. (PUC-MG) Considerando-se uma máquina que 96. Um carrinho de brinquedo de massa 1 kg é tes-
opere com uma potência de 2,0 · 104 W, o tra- tado antes de ser colocado no mercado. Em um
balho que ela realizaria em 1 hora é aproximada- trilho sem atrito, o carrinho é colocado para que
mente de: um sistema de propulsão possa transferir uma
a) 7,2 · 107 J potência 12,5 W, durante 1 segundo, permitin-
do uma velocidade inicial. Marque a alternati-
b) 4,8 · 105 J
va que CORRETAMENTE expressa a distância
c) 3,6 · 108 J percorrida e a velocidade final do carrinho, res-
d) 2,0 · 105 J pectivamente, após um intervalo de tempo de
2 segundos.
a) 10 m, 5 m/s
b) 20 m, 6 m/s
c) 30 m, 7 m/s
d) 40 m, 8 m/s
e) 50 m, 9 m/s
3,0
V ( /min)
2,0
1,0
Andando
Correndo
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20
Velocidade de atleta (km/h)
a) a velocidade a partir da qual ele passa a gastar menos energia correndo do que andando;
b) a quantidade de energia por ele gasta durante 12 horas de repouso (parado);
c) a potência dissipada, em watts, quando ele corre a 15 km/h;
d) quantos minutos ele deve andar, a 7 km/h, para gastar a quantidade de energia armazenada com a
ingestão de uma barra de chocolate de 100 g, cujo conteúdo energético é 560 kcal.
99. (ITA-SP) No interior de uma caixa de massa M, apoiada num piso horizontal, encontra-se fixada uma mola
de constante elástica k presa a um corpo de massa m, em equilíbrio na vertical. Conforme a figura, este
corpo também se encontra preso a um fio tracionado, de massa desprezível, fixado à caixa, de modo que
resulte uma deformação b da mola. Considere que a mola e o fio se encontram no eixo vertical de simetria
da caixa. Após o rompimento do fio, a caixa vai perder contato com o piso se
M
a) b > (M + m) · g/k
b) b > (M + 2m) · g/k k
c) b > (M − m) · g/k m
d) b > (2M − m) · g/k
101. (UNICAMP-SP) Muitos carros possuem um sistema de segurança para os passageiros chamado airbag. Este
sistema consiste em uma bolsa de plástico que é rapidamente inflada quando o carro sofre uma desacele-
ração brusca, interpondo-se entre o passageiro e o painel do veículo. Em uma colisão, a função do airbag é
a) aumentar o intervalo de tempo de colisão entre o passageiro e o carro, reduzindo assim a força recebida
pelo passageiro.
b) aumentar a variação de momento linear do passageiro durante a colisão, reduzindo assim a força
recebida pelo passageiro.
c) diminuir o intervalo de tempo de colisão entre o passageiro e o carro, reduzindo assim a força recebida
pelo passageiro.
d) diminuir o impulso recebido pelo passageiro devido ao choque, reduzindo assim a força recebida pelo
passageiro.
t(s)
105. Dois automóveis de mesma massa M = 1 000 kg e velocidade de mesmo módulo V = 36 km/h movem-se
em duas ruas transversais. Em relação a essa situação, pode-se afirmar CORRETAMENTE que as quanti-
dades de movimento dos dois carros são:
a) Diferentes, porque, apesar de terem mesmo módulo, apresentam direções diferentes.
b) Diferentes, porque, apesar de terem mesma direção, apresentam módulos diferentes.
c) idênticas e valem 1 296 000 kg ∙ m/s.
d) idênticas e valem 100 000 kg ∙ m/s.
e) iguais em módulo, direção e em sentido.
Fmáx
0 0,2 t (s)
108. (ITA-SP) 100 cápsulas com água, cada uma de 109. (MACK-SP) Em certo ensaio técnico, verificou-se
massa m = 1,0 g, são disparadas à velocidade de que um corpo submetido à ação de uma força re-
10,0 m/s perpendicularmente a uma placa verti- sultante constante, de intensidade igual 40 N, tem
cal com a qual colidem inelasticamente. Sendo sua velocidade variando, em função do tempo, de
as cápsulas enfileiradas com espaçamento de acordo com o gráfico abaixo. No instante t = 0 s, o
1,0 cm, determine a força média exercida pelas vetor quantidade de movimento desse corpo tinha
mesmas sobre a placa. intensidade
v (m/s)
a) 35 N · s 25
b) 50 N · s
c) 65 N · s 13
d) 80 N · s
t (s)
e) 95 N · s 0 2,0 5,0
F
A
QB
a) QA =
2
b) QA = 2QB
c) QB = 4QA
d) QB = QB
e) Q = 5QB
A
2
vi
vi vf
vf
45f 45f
piso piso
Quanto ao módulo do impulso aplicado pelo piso na bola de tênis na situação A, IA, e na situação B, IB, é
correto afirmar que:
a) IA = √2 · IB
b) IA = IB/2
c) IA = IB
d) IA = 2 · IB
e) IA = √2 / 2 · IB
112. (FUVEST-SP) Um trabalhador de massa m está em pé, em repouso, sobre uma plataforma de massa M. O
conjunto se move, sem atrito, sobre trilhos horizontais e retilíneos, com velocidade de módulo constante
v. Num certo instante, o trabalhador começa a caminhar sobre a plataforma e permanece com velocidade
de módulo v, em relação a ela, e com sentido oposto ao do movimento dela em relação aos trilhos. Nessa
situação, o módulo da velocidade da plataforma em relação aos trilhos é
a)
b)
c)
d)
e)
113. (CEFET-MG) Em um pátio de manobras de uma estação ferroviária, uma locomotiva de massa 2,0 · 104 kg
movimenta-se em linha reta a uma velocidade de 10,8 km/h e choca-se com um vagão em repouso de
massa 1,0 · 104 kg, sendo que ambos ficam engatados e seguem em movimento. Desprezando-se o atrito
de rolamento, é correto concluir que:
a) a velocidade do conjunto é de 7,2 km/h.
b) a energia cinética do conjunto é de 9,0 · 104 J.
c) a quantidade de movimento do conjunto é de 4,0 · 104 kg·m/s.
d) o momento linear da locomotiva antes da colisão era 3 · 104 kg·m/s.
e) a energia cinética da locomotiva antes da colisão era 1,2 · 105 J.
114. (UNESP) Em um jogo de sinuca, a bola A é lançada com velocidade V de módulo constante e igual a 2 m/s
em uma direção paralela às tabelas (laterais) maiores da mesa, conforme representado na figura 1. Ela
choca-se de forma perfeitamente elástica com a bola B, inicialmente em repouso, e, após a colisão, elas
se movem em direções distintas, conforme a figura 2.
FIGURA 1 FIGURA 2
V’
A
V
A B
B
Sabe-se que as duas bolas são de mesmo material e idênticas em massa e volume. A bola A tem, imedia-
tamente depois da colisão, velocidade V’ de módulo igual a 1 m/s. Desprezando os atritos e sendo E’B a
energia cinética da bola B imediatamente depois da colisão e E A a energia cinética da bola A antes da
colisão, a razão E’B / E A é igual a
a)
b)
c)
d)
e)
h 1,5 M
a) 1 d) 4
b) 2 e) 5
c) 3
pf
x x
pf
b) y e) y
pf pf
x x
c) y
x
pf
a)
d)
e) b)
c)
d)
e)
120. (ITA-SP) Um disco rígido de massa M e centro O, pode oscilar sem atrito num plano vertical em torno de
uma articulação P. O disco é atingido por um projétil de massa m << M que se move horizontalmente com
velocidade v no plano do disco. Após a colisão, o projétil se incrusta no disco e o conjunto gira em torno
de P até o ângulo θ. Nestas condições afirmam-se:
I. A quantidade de movimento do conjunto projétil + disco se mantém a mesma imediatamente antes e
imediatamente depois da colisão.
II. A energia cinética do conjunto projétil + disco se mantém a mesma imediatamente antes e imediatamen-
te depois da colisão.
III. A energia mecânica do conjunto projétil + disco imediatamente após a colisão é igual à da posição de
ângulo θ/2.
P g P
g
θ
O O
m
Projétil + disco
121. (UNESP) Um brinquedo é constituído por dois carrinhos idênticos, A e B, de massas iguais a 3 kg e por uma
mola de massa desprezível, comprimida entre eles e presa apenas ao carrinho A. Um pequeno dispositivo,
também de massa desprezível, controla um gatilho que, quando acionado, permite que a mola se distenda.
1,5m/s
1m/s
A B A B
Antes de o gatilho ser acionado, os carrinhos e a mola moviam-se juntos, sobre uma superfície plana
horizontal sem atrito, com energia mecânica de 3,75 J e velocidade de 1 m/s, em relação à superfície. Após
o disparo do gatilho, e no instante em que a mola está totalmente distendida, o carrinho B perde contato
com ela e sua velocidade passa a ser de 1,5 m/s, também em relação a essa mesma superfície.
Nas condições descritas, calcule a energia potencial elástica inicialmente armazenada na mola antes de
o gatilho ser disparado e a velocidade do carrinho A, em relação à superfície, assim que B perde contato
com a mola, depois de o gatilho ser disparado.
122. (FUVEST-SP) Uma das hipóteses para explicar a extinção dos dinossauros, ocorrida há cerca de 60 milhões
de anos, foi a colisão de um grande meteoro com a Terra. Estimativas indicam que o meteoro tinha massa
igual a 1016 kg e velocidade de 30 km/s, imediatamente antes da colisão. Supondo que esse meteoro es-
tivesse se aproximando da Terra, numa direção radial em relação à orbita desse planeta em torno do Sol,
para uma colisão frontal, determine
a) a quantidade de movimento Qi do meteoro imediatamente antes da colisão;
b) a energia cinética Ec do meteoro imediatamente antes da colisão;
c) a componente radial da velocidade da Terra, vr, pouco depois da colisão;
d) a energia Ed, em megatons, dissipada na colisão.
(adote: A órbita da Terra é circular. Massa da Terra: 6 ⋅ 1024 kg. 1 megaton = 4 ⋅ 1015 J é a energia liberada
pela explosão de um milhão de toneladas de trinitrotolueno)
a) Eα
b)
c)
d)
e)
MOVIMENTO UNIFORME
124. (UNESP) Os dois primeiros colocados de uma prova de 100 m rasos de um campeonato de atletismo foram,
respectivamente, os corredores A e B. O gráfico representa as velocidades escalares desses dois corredo-
res em função do tempo, desde o instante da largada (t = 0) até os instantes em que eles cruzaram a linha
de chegada.
V (m/s)
A
14
12
B
10
8
6
4
2
0
0 2 4 6 8 10 12 14 t (s)
Analisando as informações do gráfico, é correto afirmar que, no instante em que o corredor A cruzou a linha
de chegada, faltava ainda, para o corredor B completar a prova, uma distância, em metros, igual a
a) 5
b) 25
c) 15
d) 20
e) 10
125. (CEFET-MG) Um objeto tem a sua posição (x) em 126. (UNESP) A figura representa, de forma simplifica-
função do tempo (t) descrito pela parábola con- da, o autódromo de Tarumã, localizado na cida-
forme o gráfico. de de Viamão, na Grande Porto Alegre. Em um
evento comemorativo, três veículos de diferentes
categorias do automobilismo, um kart (K), um
fórmula 1 (F) e um stock-car (S), passam por di-
ferentes curvas do circuito, com velocidades es-
calares iguais e constantes.
Tabela 1 Tabela 2
Veículo Massa Curva Raio
Kart M Tala Larga 2R
Fórmula 1 3M do Laço R
Stock-car 6M Um 3R
129. (UNESP) A figura representa, de forma simplificada, parte de um sistema de engrenagens que tem a função
de fazer girar duas hélices, H1 e H2 . Um eixo ligado a um motor gira com velocidade angular constante e
nele estão presas duas engrenagens, A e B. Esse eixo pode se movimentar horizontalmente assumindo a
posição 1 ou 2. Na posição 1, a engrenagem B acopla-se à engrenagem C e, na posição 2, a engrenagem A
acopla-se à engrenagem D.Com as engrenagens B e C acopladas, a hélice H1 gira com velocidade angular
constante ω1 e, com as engrenagens A e D acopladas, a hélice H2 gira com velocidade angular constante ω2.
POSIÇÃO 1 POSIÇÃO 2
B B
eixo ligado A eixo ligado A
ao motor ao motor
H2 H2
H1 H1
D D
C C
Considere RA, RB, RC e RD os raios das engrenagens A, B, C e D, respectivamente. Sabendo que RB = 2RA e
que RC = RD é correto afirmar que a relação ω1/ω2 é igual a
a) 1,0 d) 2,0
b) 0,2 e) 2,2
c) 0,5
a) 9 m/s
b) 15 m/s
c) 18 m/s
d) 60 m/s
133. (IFSudeste-MG) Durante mais uma viagem de 134. (UNICAMP-SP) Considere um computador que
carro, Pedro tenta ultrapassar um caminhão armazena informações em um disco rígido que
que está a sua frente. Em determinado instan- gira a uma frequência de 120 Hz. Cada unidade
te, o carro de Pedro tem uma velocidade de de informação ocupa um comprimento físico
108 km/h e o caminhão possui uma velocida- de 0,2 m na direção do movimento de rotação
de de 90 km/h. Se o para-choque dianteiro do do disco. Quantas informações magnéticas
carro está a uma distância de 12 m do para- passam, por segundo, pela cabeça de leitura,
choque traseiro do caminhão, e se os veículos se ela estiver posicionada a 3 cm do centro de
mantiverem as suas velocidades constantes, seu eixo, como mostra o esquema simplificado
podemos afirmar CORRETAMENTE que a dis- apresentado abaixo?
tância percorrida pelo carro, para que o seu (Considere π = 3)
para-choque dianteiro alinhe com para-choque Disco rígido
traseiro do caminhão, será de: Cabeça de leitura
a) 12 m
b) 18 m
3 cm
c) 28,8 m
d) 60 m
e) 72 m
0,2 μm
a) 1,62 ∙ 106
b) 1,8 ∙ 106
c) 64,8 ∙ 108
d) 1,08 ∙ 108
haste
vertical
R
2R
138. Uma massa m é amarrada a uma corda de com- 140. Em um tempo t = 0, dois automóveis A e B se en-
primento R e colocada em movimento circular contram em estradas paralelas em uma mesma
uniforme na vertical, conforme mostra a figura. posição. A descrição de seus movimentos está
Sabendo que a velocidade angular do movimento destacadas nos gráficos abaixo.
é ω. Qual a tensão máxima sofrida pela corda? v (m/s)
A
R 10
Vertical
0
5 B 10
t (s)
a)
Qual a distância entre os dois móveis no tempo
de 13 s?
b) a) 25 m d) 40 m
b) 130 m e) 50 m
c) 90 m
c)
d)
2R
a) 2
b) 1/2
c) 4 R
2
d) 1/4 2R 3
143. 1(FAAP-SP) Uma pequena esfera de massa m está presa por meio de um fio ao teto de um vagão de metrô
que, em movimento retilíneo, horizontal e para a direita, se aproxima de uma estação. O módulo da veloci-
dade do vagão varia com o tempo, até parar na estação, de acordo com o gráfico. Considere três possíveis
inclinações do fio que prende a esfera:
A correspondência correta entre as inclinações com os intervalos de tempo é:
O t1 t2 t3 t
Intervalo de Tempo 0 a t1 t1 a t2 t2 a t3
a) I III II
b) III II I
c) I III I
d) I II I
e) II I III
144. Duas partículas percorrem pistas de tamanhos diferentes e em sentidos contrários. Em um tempo t = 0 elas
se encontram em uma mesma posição como mostrado na figura abaixo. Considere que a velocidade da
partícula A é igual a V, enquanto a velocidade da partícula B é igual a 2V. Qual a distância percorrida pela
partícula B quando as duas se encontrarem novamente na mesma posição do tempo inicial?
a) 10π ∙ R
b) 8π ∙ R
c) 5π ∙ R A B
R
d) 9π ∙ R/2 3R
e) 12π ∙ R
145. Dois carros A e B, que se encontram a 50 m de 147. (MACK-SP) No trecho de estrada ilustrado, a curva
distância um do outro, se movimentam em pistas pontilhada é um arco circular e o raio da circunfe-
paralelas na mesma direção sentido como repre- rência que o contém mede 500 m. A placa sinaliza
sentado abaixo. Sabendo que se dobrar a veloci- que a velocidade máxima permitida, ao longo des-
dade de A, o tempo de encontro fica cinco vezes sa linha, é 90 km/h.
menor, qual a velocidade do carro A?
B
15 m/s
A
146. (FUVEST-SP) A notícia “Satélite brasileiro cai na Ter- 5,25° 6,10° 7,15° 8,20° 9,10°
ra após lançamento falhar”, veiculada pelo jornal
sen 0,0992 0,106 0,124 0,143 0,158
O Estado de S.Paulo de 10/12/2013, relata que
o satélite CBERS-3, desenvolvido em parceria cos 0,996 0,994 0,992 0,990 0,987
entre Brasil e China, foi lançado no espaço a uma
tan 0,092 0,107 0,125 0,144 0,160
altitude de 720 km (menor do que a planejada) e
com uma velocidade abaixo da necessária para
colocá-lo em órbita em torno da Terra. Para que o (g = 10 m/s2)
satélite pudesse ser colocado em órbita circular
a) 5,25°
na altitude de 720 km, o módulo de sua velocida-
de (com direção tangente à órbita) deveria ser de b) 6,10°
aproximadamente, c) 7,15°
a) 61 km/s d) 8,20°
b) 25 km/s e) 9,10°
c) 11 km/s
d) 7,7 km/s
e) 3,3 km/s
b) o valor de ωA em rad/s;
Sol Terra
L1
d
R
a) 2π d / g . senθ
3R
b) 2π d / g . cos θ
M
R
c) 2π d / g . tan θ
d) 2π 2d / g . sen2θ
3GMm 2GMm
a) d) e) 2π d . cos θ / g . tan θ
2 3
b) GMm GMm
e)
2
GMm
c)
24
154. (FUVEST-SP) Uma estação espacial foi projetada 155. (FUVEST-SP) Para passar de uma margem a outra
com formato cilíndrico, de raio R igual a 100 m, de um rio, uma pessoa se pendura na extremida-
como ilustra a figura a seguir. Para simular o efei- de de um cipó esticado, formando um ângulo de
to gravitacional e permitir que as pessoas cami- 30° com a vertical, e inicia, com velocidade nula,
nhem na parte interna da casca cilíndrica, a es- um movimento pendular. Do outro lado do rio, a
tação gira em torno de seu eixo, com velocidade pessoa se solta do cipó no instante em que sua
angular constante . As pessoas terão sensação velocidade fica novamente igual a zero. Imedia-
de peso, como se estivessem na Terra, se a velo- tamente antes de se soltar, sua aceleração tem
cidade for de, aproximadamente a) valor nulo.
b) direção que forma um ângulo de 30° com a
vertical e módulo 9 m/s2.
c) direção que forma um ângulo de 30° com a
vertical e módulo 5 m/s2.
d) direção que forma um ângulo de 60° com a
vertical e módulo 9 m/s2.
e) direção que forma um ângulo de 60° com a
vertical e módulo 5 m/s2.
a) 0,1 rad/s
b) 0,3 rad/s
c) 1 rad/s
d) 3 rad/s
e) 10 rad/s
B
A
Interbits®
O 3 x (m)
Os carros partem simultaneamente em sentidos opostos e suas velocidades escalares variam em função
do tempo, conforme representado no gráfico.
V(m/s)
carro A
10
0 5 8
-10
carro B
157. (CEFET-MG) A figura ilustra a trajetória de uma bola 159. (MACK-SP) Dois corpos A e B de massas mA= 1,0 kg
que foi lançada com velocidade inicial v0 e incli- e mB = 1,0. 103 kg, respectivamente, são abando-
nação θo com o plano horizontal. nados de uma mesma altura h, no interior de um
y(m) v tubo vertical onde existe o vácuo. Para percorrer
v a altura h,
B v
a) o tempo de queda do corpo A é igual ao do
A C corpo B.
vo
b) o tempo de queda do corpo A é maior que o
θo
x(m)
do corpo B.
O D c) o tempo de que da do corpo A é menor que o
v do corpo B.
d) o tempo de queda depende do volume dos
Desprezando-se o efeito de resistência do ar, corpos A e B.
afirma-se: e) o tempo de queda depende da forma
I. Uma componente vetorial da velocidade geométrica dos corpos A e B.
em A é igual a uma componente vetorial da
velocidade em C. 160. (MACK-SP) Um zagueiro chuta uma bola na dire-
ção do atacante de seu time, descrevendo uma
II. As intensidades dos vetores velocidade nos
trajetória parabólica. Desprezando-se a resistên-
pontos A e C são iguais.
cia do ar, um torcedor afirmou que
III. A componente vertical do vetor velocidade no
I. a aceleração da bola é constante no decorrer
ponto B é zero.
de todo movimento.
IV. O vetor velocidade no ponto B é nulo.
II. a velocidade da bola na direção horizontal é
São corretas apenas as afirmativas constante no decorrer de todo movimento.
a) I e II. III. a velocidade escalar da bola no ponto de
b) II e IV. altura máxima é nula.
c) III e IV. Assinale
d) I, II e III. a) se somente a afirmação I estiver correta.
e) II, III e IV. b) se somente as afirmações I e III estiverem
corretas.
158. (UNICAMP-SP) Recentemente, uma equipe de as- c) se somente as afirmações II e III estiverem
trônomos afirmou ter identificado uma estrela
corretas.
com dimensões comparáveis às da Terra, com-
posta predominantemente de diamante. Por ser d) se as afirmações I, II e III estiverem corretas.
muito frio, o astro, possivelmente uma estrela e) se somente as afirmações I e II estiverem
anã branca, teria tido o carbono de sua composi- corretas.
ção cristalizado em forma de um diamante prati-
camente do tamanho da Terra. 161. (UEMG) Imagine que, num mesmo instante, uma
Considerando que a massa e as dimensões dessa pedra seja abandonada por uma pessoa, na Ter-
estrela são comparáveis às da Terra, espera- ra, e por um astronauta, na Lua, de uma mesma
se que a aceleração da gravidade que atua em altura. Sabe-se que a gravidade na Lua é 6 vezes
corpos próximos à superfície de ambos os astros menor do que na Terra. Na Terra, despreze a re-
seja constante e de valor não muito diferente. sistência do ar no movimento da pedra.
Suponha que um corpo abandonado, a partir do Com base nessas informações, é CORRETO
repouso, de uma altura h = 54 m da superfície da afirmar que
estrela, apresente um tempo de queda t = 3,0 s.
Desta forma, pode-se afirmar que a aceleração a) as duas pedras chegarão juntas ao solo.
da gravidade na estrela é de b) as duas pedras chegarão ao solo com a mes-
ma velocidade.
a) 8,0 m/s2 c) o tempo gasto pela pedra para atingir o solo
b) 10 m/s2 será maior na terra do que na Lua.
c) 12 m/s2 d) a velocidade com que a pedra atinge o solo
d) 18 m/s2 na terra é maior do que na Lua.
v (m/s)
4 Batista
v
2
12,5
0
0 10 20 30 40 50 60 t (s)
t (s)
164. O gráfico abaixo representa a velocidade de um 165. (UNESP) Um motorista dirigia por uma estrada
carteiro em função do tempo, quando, ao chegar plana e retilínea quando, por causa de obras, foi
ao portão de uma casa rosa, inicia uma corrida obrigado a desacelerar seu veículo, reduzindo
afastando-se da casa num trajetória retilínea, sua velocidade de 90 km/h (25 m/s) para 54 km/h
para fugir de um cão que corre em direção a ele. (15 m/s). Depois de passado o trecho em obras,
v (m/min) retornou à velocidade inicial de 90 km/h. O gráfi-
co representa como variou a velocidade escalar
do veículo em função do tempo, enquanto ele
80
passou por esse trecho da rodovia.
v (m/s)
25
0 0,5 2 3 t (min)
15
b) e) 10
c) 1
169. (MACK-SP) Vários corpos idênticos são abando- 171. A figura abaixo mostra o momento em que um
nados de uma altura de 7,20 m em relação ao projétil de massa desprezível foi atirado com ve-
solo, em intervalos de tempos iguais. Quando o locidade de 20 m/s em um ângulo de 30° com a
primeiro corpo atingir o solo, o quinto corpo ini- horizontal. o objetivo é que o projétil atinja a bola
cia seu movimento de queda livre. Desprezando que está caindo inicialmente apenas com veloci-
a resistência do ar e adotando a aceleração da dade na horizontal de 5 m/s. Considere g = 10 m/s2
gravidade g = 10,0 m/s2, a velocidade do segun- e que no momento que o projétil é atirado, a bola
do corpo nessas condições é começa a cair. A que altura inicial, em relação ao
a) 10,0 m/s projetil, a bola tem que estar para que o objetivo
seja cumprido? Despreze qualquer atrito dos ob-
b) 6,00 m/s
jetos com o ar.
c) 3,00 m/s
(Dados: sen 30° = 0,5 e cos 30°=0,9)
d) 9,00 m/s
e) 12,0 m/s 5 m/s
s
m/
20 h
30o
11,5 m
a) 5 m
b) 10 m
170. (CEFET-MG)Uma bola é lançada do chão em um c) 2 m
ângulo de 36,9º para dentro de uma quadra atrás d) 20 m
de um muro de 5,0 m de altura e situado a 20 m e) 25 m
de distância de quem a lançou. Desprezando-se
a resistência do ar, e considerando a aceleração
da gravidade, a velocidade inicial mínima para
que a bola passe por cima do obstáculo e atinja
a quadra, em m/s, é
(Dados: sen 36,9° = 0,6 e cos 36,9° = 0,8)
a) 12,5
b) 12,5√2
c) 12,5√3
d) 25√2
e) 25√3
2
40
60º
10 m/s
h
1
18,4 m
175. (UNICAMP-SP) Correr uma maratona requer prepa- 176. (UNICAMP-SP) A Agência Espacial Brasileira está
ro físico e determinação. A uma pessoa comum desenvolvendo um veículo lançador de satélites
se recomenda, para o treino de um dia, repetir 8 (VLS) com a finalidade de colocar satélites em ór-
vezes a seguinte sequência: correr a distância de bita ao redor da Terra. A agência pretende lançar
1 km à velocidade de 10,8 km/h e, posteriormen- o VLS em 2016, a partir do Centro de Lançamen-
te, andar rápido a 7,2 km/h durante dois minutos. to de Alcântara, no Maranhão.
a) Qual será a distância total percorrida pelo a) Considere que, durante um lançamento, o
atleta ao terminar o treino? VLS percorre uma distância de 1 200 km em
800 s. Qual é a velocidade média do VLS nes-
se trecho?
a) 2 d) 1
179. (CEFET-MG) Dentro de um recipiente contendo b) 3 e) 4
água, um objeto de 0,5 kg, em queda vertical c) 5
com movimento uniformemente variado sob
ação somente da força peso e do empuxo, des-
loca-se a partir do repouso por 2,0 m em 2,0 s.
Considerando-se a aceleração da gravidade lo-
cal igual a 10 m/s2, o empuxo sobre esse objeto,
em Newton, será igual a
a) 3,0 d) 4,5
b) 3,5 e) 5,0
c) 4,0
181. Duas bolas, 1 e 2, de massas M e 2M, respecti- 182. (CEFET-MG) Um projétil de massa m = 10,0 g viaja
vamente, movimentam-se pela ação da força F, a uma velocidade de 1,00 km/s e atinge um bloco
em cima de uma superfície cujo coeficiente de de madeira de massa M = 2,00 kg, em repouso,
atrito vale μ. Considerando que no instante t0 elas sobre uma superfície sem atrito, conforme mos-
se encontram em repouso e alinhadas como tra a figura.
mostra o desenho, qual a razão entre a energia
cinética da bola 1 e da bola 2 quando cruzam a
linha d? bloco d
projétil h
F M
30º
d
1
c)
d)
e)
a)
( ( d)
e)
b) 2
3 kg
3. (Fuvest) Uma embalagem de sopa instantânea apresenta, entre outras, as seguintes informações: “Ingre-
dientes: tomate, sal, amido, óleo vegetal, emulsificante, conservante, flavorizante, corante, antioxidante”.
Ao se misturar o conteúdo da embalagem com água quente, poderia ocorrer a separação dos componen-
tes X e Y da mistura, formando duas fases, caso o ingrediente Z não estivesse presente.
Assinale a alternativa em que X, Y e Z estão corretamente identificados.
X Y Z
4. A seguir, é possível observar o gráfico de uma substância pura genérica qualquer, que inicia seu aqueci-
mento em –10 °C.
80
Temperatura (ºC)
60
40
20
0
2 3 4 5 6 7 8
-20
minutos
MISTURA
FILTRAÇÃO
COMPONENTES 1 E 2 COMPONENTES 3 E 4
11. (Uemg)
Quando me
centro em mim,
cresce a minha densidade.
Mais massa
no mesmo volume
das minhas possibilidades.
Cheio,
a) É possível correlacionar as partes com nume- deixo de flutuar.
ração igual nas duas figuras. Assim, desem- htttp://www.spq.pt/. Acesso em 20/7/2014
penham funções parecidas em fenômenos di-
ferentes as partes indicadas por 1, 2 e 3. Com Se, no contexto do poema, os versos acima fos-
sem relacionados a um objeto sólido:
base nessa correlação, e a partir do funcio-
namento do aparelho, explique como ocorre a) este flutuaria, se colocado num líquido de me-
um tipo de chuva nas regiões Centro-Oeste e nor densidade.
Sudeste no verão. b) este afundaria, se colocado num líquido de
maior densidade.
c) este afundaria, se colocado num líquido de
menor densidade.
d) este flutuaria, independentemente da densi-
dade do líquido.
pressão de 1 bar. Então, é CORRETO afirmar que Ao medir 20 mL de X em uma proveta, os alunos
TX pode representar a temperatura de: obtiveram a massa de 16,2 g. Logo, concluíram
que X é:
a) água.
b) butanol.
Massa específ ica
c) etanol anidro.
d) etanol hidratado.
e) isopropanol hidratado.
a) ebulição da água.
b) ebulição do benzeno.
c) fusão da água.
d) fusão do benzeno.
e) fusão do dióxido de carbono.
(www.greener-industry.org.uk. Adaptado.)
É correto afirmar que o produto da interação da
cal (CaO) com a água e os nomes dos processos
De acordo com o que mostra a figura, a extração de separação mostrados nas etapas 2 e 3 são,
da vanilina a partir de fontes naturais se dá por: respectivamente:
a) irrigação. a) básico; decantação; filtração.
b) decantação. b) básico; cristalização; filtração.
c) destilação. c) básico; decantação; flotação.
d) infiltração. d) ácido; cristalização; flotação.
e) dissolução. e) ácido; decantação; filtração.
Estrutura da matéria
18. (Puc-mg) Os estudos realizados por Rutherford mostraram que o átomo deveria ser constituído por um nú-
cleo positivo com elétrons girando ao seu redor. Os elétrons foram inicialmente levados em consideração
no modelo atômico proposto pelo seguinte pesquisador:
a) Niels Borh c) John Dalton
b) J.J. Thomson d) Werner Heisenberg
19. (Unicamp) Na década de 1970, a imprensa veiculava uma propaganda sobre um fertilizante que dizia: “con-
tém N, P, K, mais enxofre.” Pode-se afirmar que o fertilizante em questão continha em sua formulação,
respectivamente, os elementos químicos:
a) nitrogênio, fósforo, potássio e enxofre, cujo símbolo é S.
b) níquel, potássio, criptônio e enxofre, cujo símbolo é Ex.
c) nitrogênio, fósforo, potássio e enxofre, cujo símbolo é Ex.
d) níquel, potássio, cálcio e enxofre, cujo símbolo é S.
20. (Ita) Um átomo A com n elétrons, após (n – 1) sucessivas ionizações, foi novamente ionizado de acordo
com a equação A(n–1)+ ⇒ An+ + 1e−. Sabendo o valor experimental da energia de ionização deste processo,
pode-se conhecer o átomo A utilizando o modelo proposto por:
a) E. Rutherford. d) N. Bohr.
b) J. Dalton. e) R. Mulliken.
c) J. Thomson.
21. (Mackenzie) Sabendo-se que dois elementos quí- Sobre o experimento de Thomson e suas conclu-
6x+8 3x+20 sões, resolva o que se pede.
micos 3x+3A e 2x+8B são isóbaros, é correto afir-
mar que o número de nêutrons de A e o número a) Qual é a principal diferença existente entre
atômico de B são, respectivamente: o modelo atômico anterior ao de Thomson,
proposto por Dalton, e o modelo atômico pro-
a) 15 e 32. d) 20 e 18. posto com base nas conclusões com o expe-
b) 32 e 16. e) 17 e 16. rimento dos raios catódicos?
c) 15 e 17.
28. (Unesp)
Água coletada em Fukushima em 2013
revela radioatividade recorde
A empresa responsável pela operação da usina
nuclear de Fukushima, Tokyo Electric Power (Tep-
co), informou que as amostras de água coletadas
na central em julho de 2013 continham um nível
recorde de radioatividade, cinco vezes maior que
o detectado originalmente. A Tepco explicou que
uma nova medição revelou que o líquido, coleta-
do de um poço de observação entre os reatores 1
e 2 da fábrica, continha nível recorde do isótopo
radioativo estrôncio-90. 30. (Cefet-MG) Dadas as configurações eletrônicas
(www.folha.uol.com.br. Adaptado.)
finais de alguns elementos químicos, a que re-
presenta um elemento bivalente é:
90
O estrôncio-90, 38Sr é o principal isótopo des- a) 2s2 2p1
se elemento químico encontrado nos reatores
b) 2s2 2p3
nucleares. Sobre esse isótopo, é correto afirmar
que seu cátion bivalente possui: c) 2s2 2p5
a) 38 prótons, 50 nêutrons e 36 elétrons. d) 3s2 3p4
e) 3s2 3p6
b) 36 prótons, 52 nêutrons e 38 elétrons.
c) 38 prótons, 50 nêutrons e 38 elétrons. 122
31. Sobre o átomo de antimônio ( 51Sb), faça o que
d) 38 prótons, 52 nêutrons e 36 elétrons. se pede.
e) 36 prótons, 52 nêutrons e 36 elétrons. a) Faça a distribuição eletrônica em ordem
energética.
29. (Unesp)
A energia liberada pelo Sol é fundamental para
a manutenção da vida no planeta Terra. Grande
parte da energia produzida pelo Sol decorre do
processo de fusão nuclear em que são formados
átomos de hélio a partir de isótopos de hidrogê-
nio, conforme representado no esquema:
1 1 2 0
1H + 1H → 1H + 1e
b) Faça a distribuição eletrônica em ordem
2 1 3
1H + 1H → 2He geométrica.
3 1 4 0
2He + 1H → 2He + 1e
235
37. O urânio-235 ( 92U) é o isótopo desse elemento tículas alfa.
mais utilizado para geração de energia nuclear,
238
39. (Fgv) Deverá entrar em funcionamento em 2017,
porém o urânio-238 ( 92U) é aquele que apre- em Iperó, no interior de São Paulo, o Reator
senta o decaimento radioativo mais acentuado, Multipropósito Brasileiro (RMB), que será des-
podendo, de acordo com o tipo de partícula emi- tinado à produção de radioisótopos para radio-
234 fármacos e também para produção de fontes
tida, se transformar em tório ( 90Th), protactínio
234 226
( 91Pd)e rádio ( 88Ra). Considerando as leis que radioativas usadas pelo Brasil em larga escala
regem o decaimento radioativo, o conceito de nas áreas industrial e de pesquisas. Um exem-
tempo de meia-vida e o posicionamento dos ele- plo da aplicação tecnológica de radioisótopos
mentos na tabela periódica, determine: são sensores contendo fonte de amerício-241,
238 obtido como produto de fissão. Ele decai para o
a) o tipo de partícula radioativa que o 92U teve
234 radioisótopo neptúnio-237 e emite um feixe de
que emitir para se transformar no 90Th.
radiação. Fontes de amerício-241 são usadas
como indicadores de nível em tanques e fornos
mesmo em ambiente de intenso calor, como
ocorre no interior dos alto fornos da Companhia
Siderúrgica Paulista (COSIPA).
A produção de combustível para os reatores nu-
cleares de fissão envolve o processo de trans-
formação do composto sólido UO2 ao composto
234 gasoso UF6 por meio das etapas:
b) a massa de 90Th encontrada após 200 dias
de decaimento de uma amostra inicial de 100
I. UO2(s) + 4 HF(g) → UF4(s) + 2 H2O(g)
g de urânio-238. Considere que o tempo de
238
meia-vida do 92U é de aproximadamente 25
dias e que, neste caso, o urânio-238 não de- II. UF4(s) + F2(g) → UF6(s)
caia para outro elemento.
(Adaptado de www.brasil.gov.br/ciencia-e-tecnologia/2012/02/reator-
deve-garantir-autossuficiencia-brasileira-em-radiofarmacosa-partir-
de-2017 e H. Barcelos de Oliveira, Tese de Doutorado, IPEN/CNEN,
2009, in: www.pelicano.ipen.br)
Nessa tabela, o nome do elemento x e o valor de I. Encontra-se no terceiro período da tabela pe-
y são, respectivamente: riódica.
a) argônio e 16. II. É classificado como ametal.
b) argônio e 20. III. Tem tendência a formar ligações iônicas com
c) enxofre e 16. metais.
d) enxofre e 18. IV. Possui 3 elétrons na camada de valência.
e) enxofre e 20. São CORRETAS as afirmações:
a) I e IV
43. (PUC-MG) Sobre a afinidade eletrônica, é INCOR-
RETO afirmar: b) I e II
c) II e III
a) Os metais são os elementos químicos que
apresentam as menores afinidades eletrônicas. d) III e IV
b) Os ametais são os elementos químicos que
46. (Unesp) Água coletada em Fukushima em 2013
apresentam as maiores afinidades eletrônicas.
revela radioatividade recorde
c) Ela aumenta de baixo para cima na tabela pe-
riódica. A empresa responsável pela operação da usina
d) Ela aumenta da direita para a esquerda na ta- nuclear de Fukushima, Tokyo Electric Power (Tep-
co), informou que as amostras de água coletadas
bela periódica.
na central em julho de 2013 continham um nível
recorde de radioatividade, cinco vezes maior que
44. (PUC-MG) Os elementos químicos são distribuí- o detectado originalmente. A Tepco explicou que
dos na tabela periódica de acordo com o cres- uma nova medição revelou que o líquido, coleta-
cimento do número atômico. Tal distribuição do de um poço de observação entre os reatores 1
faz com que os elementos com propriedades e 2 da fábrica, continha nível recorde do isótopo
semelhantes fiquem reunidos em uma mesma radioativo estrôncio-90.
coluna e regiões específicas da tabela. Sobre a (www.folha.uol.com.br. Adaptado.
periodicidade química dos elementos, leia com
atenção os itens a seguir. O estrôncio, por apresentar comportamento
químico semelhante ao do cálcio, pode substi-
I. Os elementos da família dos metais alcalinos tuir este nos dentes e nos ossos dos seres hu-
são os elementos químicos que apresentam
manos. No caso do isótopo Sr-90, radioativo,
maior energia de ionização.
essa substituição pode ser prejudicial à saúde.
II. O raio atômico é a distância medida entre dois Considere os números atômicos do Sr = 38 e
núcleos em uma ligação química.
do Ca = 20. É correto afirmar que a semelhança
III. Os elementos da família dos halogênios são de comportamento químico entre o cálcio e o
os elementos químicos que apresentam maior
estrôncio ocorre porque:
afinidade eletrônica.
a) apresentam aproximadamente o mesmo raio
IV. A eletronegatividade é a tendência que um
átomo possui de atrair os elétrons de outro atômico e, por isso, podem ser facilmente in-
átomo em uma ligação química. tercambiáveis na formação de compostos.
48. (Mackenzie) Abaixo são fornecidas as distribuições eletrônicas das camadas de valência dos átomos neu-
tros X, Y e Z em seus estados fundamentais.
X: 2s2; 2p5 Y: 6s1 Z: 4s2; 4p5
A partir dessas informações, é correto afirmar que:
a) o elemento Y é um metal alcalinoterroso.
b) os elementos X e Z pertencem ao mesmo período, todavia X é mais eletronegativo do que Z.
c) o elemento X apresenta maior afinidade eletrônica do que o elemento Y.
d) o elemento Z apresenta maior raio atômico do que Y.
e) X, Y e Z são elementos de transição.
49. (Ita) Uma alíquota de uma solução aquosa constituída de haletos de sódio foi adicionada a uma solu-
ção aquosa de nitrato de prata, com formação de um precipitado. À mistura contendo o precipitado, foi
adicionada uma alíquota de solução aquosa diluída de hidróxido de amônio, com dissolução parcial do
precipitado. Ao precipitado remanescente, foi adicionada uma alíquota de solução aquosa concentrada de
hidróxido de amônio, verificando-se uma nova dissolução parcial do precipitado.
Sabendo que a mistura de haletos é constituída pelo fluoreto, brometo, cloreto e iodeto de sódio, assinale
a alternativa CORRETA para o(s) haleto(s) de prata presente(s) no precipitado não dissolvido.
a) AgBr
b) AgCℓ
c) AgF
d) AgI
e) AgBr e AgCℓ
Assinale a alternativa na qual os conjuntos de três elementos ou substâncias elementares estão correta-
mente associados às propriedades indicadas no quadro abaixo.
ligações químicas
54. A modificação da organização molecular é o que determina cada um dos diferentes estados físicos da ma-
téria. Essas modificações dependem basicamente da temperatura e da pressão. A transformação da água
líquida para a água gasosa envolve
a) um fenômeno químico decorrente do afastamento molecular das moléculas de água.
b) um fenômeno químico que envolve a transformação de água líquida em gás hidrogênio e oxigênio.
c) um fenômeno físico decorrente da agitação molecular, que provoca o afastamento das moléculas de
água, em virtude da ruptura das interações de hidrogênio.
d) um fenômeno químico que se torna cada vez mais fácil, à medida que se realiza a vaporização da água
em locais de elevada altitude.
e) um fenômeno físico decorrente da agitação molecular, que provoca o afastamento das moléculas de
água em virtude da ruptura das ligações químicas entre oxigênio e hidrogênio.
55. A tabela a seguir apresenta os valores de densidade e a tendência de solubilidade em um determinado solvente.
Água 0,908 —
Considerando as características químicas das três substâncias foi proposto um sistema com a mistura
de volumes iguais de hexano, tetracloreto de carbono e água. A respeito do sistema formado, é possível
afirmar que é:
a) monofásico.
b) bifásico, no qual a fase sobrenadante é o hexano.
c) bifásico ou trifásico, dependendo da ordem de colocação das substâncias durante a preparação da mistura.
d) bifásico, no qual a fase sobrenadante é o tetracloreto de carbono.
e) trifásico, no qual a fase intermediária é o tetracloreto de carbono.
56. (Unesp) Alguns historiadores da Ciência atribuem ao filósofo pré-socrático Empédocles a Teoria dos Quatro
Elementos. Segundo essa teoria, a constituição de tudo o que existe no mundo e sua transformação se
dariam a partir de quatro elementos básicos: fogo, ar, água e terra. Hoje, a química tem outra definição para
elemento: o conjunto de átomos que possuem o mesmo número atômico. Portanto, definir a água como
elemento está quimicamente incorreto, porque trata-se de:
a) uma mistura de três elementos.
b) uma substância simples com dois elementos.
c) uma substância composta com três elementos.
d) uma mistura de dois elementos.
e) uma substância composta com dois elementos.
57. (Cefet-MG) Para a realização de uma determinada atividade experimental, um estudante necessitou de um
material que possuísse propriedades típicas de substâncias dúcteis, maleáveis, insolúveis em água e boas
condutoras térmicas. Um material com essas propriedades resulta da ligação entre átomos de:
a) Cu e Zn. d) F e Xe.
b) Na e Cℓ. e) C e Si.
c) Fe e O.
a) d)
b)
e)
c)
60. (Fuvest) Considere as figuras a seguir, em que cada esfera representa um átomo.
As figuras mais adequadas para representar, respectivamente, uma mistura de compostos moleculares e uma
amostra da substância nitrogênio são:
a) III e II. d) V e II.
b) IV e III. e) V e I.
c) IV e I.
61. (Mackenzie) São dadas as distribuições eletrôni- 63. (Fuvest) Reescreva as seguintes equações quí-
cas da camada de valência de alguns elementos micas, utilizando estruturas de Lewis (fórmulas
químicos, representados pelas letras abaixo: eletrônicas em que os elétrons de valência são
A → 1s1 D → 2s2 2p2 representados pelos símbolos da figura 1), tanto
para os reagentes quanto para os produtos.
B → 1s1 E → 2s2 2p4
Figura 1
C → 3s2 3p5 F → 3s2
• ou ×
De acordo com essas distribuições eletrônicas,
são feitas as seguintes afirmações: H N O F Na
I. O elemento A, ao se ligar ao elemento C, for-
número atômico 1 7 8 9 11
ma um composto iônico.
II. A substância química A2E possui geometria número de elétrons
angular. 1 5 6 7 1
de valência
III. Dos elementos acima representados, B é o
que possui o maior raio atômico. a) H2 + F2 → 2 HF
IV. A substância química DE2 apresenta ligações
covalentes apolares.
V. O elemento F representa um metal do terceiro
período do grupo 2.
São corretas as afirmações.
a) I, II e IV, apenas.
b) II, III e V, apenas.
c) I, IV e V, apenas.
d) I, II e V, apenas. b) HF + H2O → H3O+ + F–
e) II, III e IV, apenas.
Dado: Soluções aquosas contendo o indicador fenolftaleína são incolores em pH menor do que 8,5 e têm
coloração rosa em pH igual a ou maior do que 8,5.
As soluções aquosas contidas nos frascos 1, 2, 3 e 4 são, respectivamente, de:
a) HCℓ, NaOH, KCℓ e sacarose.
b) KCℓ, NaOH, HCℓ e sacarose.
c) HCℓ, sacarose, NaOH e KCℓ.
d) KCℓ, sacarose, HCℓ e NaOH.
e) NaOH, HCℓ, sacarose e KCℓ.
73. (Unicamp) Em junho de 2012 ocorreu na cidade do Rio de Janeiro a Conferência Rio+20. Os principais
focos de discussão dessa conferência diziam respeito à sustentabilidade do planeta e à poluição da água
e do ar. Em relação a esse último aspecto, sabemos que alguns gases são importantes para a vida no pla-
neta. A preocupação com esses gases é justificada, pois, de um modo geral, pode-se afirmar que:
a) o CH4 e o CO2 estão relacionados à radiação ultravioleta, o O3, à chuva ácida e os NOx, ao efeito estufa.
b) o CH4 está relacionado à radiação ultravioleta, o O3 e o CO2, ao efeito estufa e os NOx, à chuva ácida.
c) os NOx estão relacionados ao efeito estufa, o CH4 e o CO2, à radiação ultravioleta e o O3, à chuva ácida.
d) o O3 está relacionado à radiação ultravioleta, o CH4 e o CO2, ao efeito estufa e os NOx, à chuva ácida.
74. (Fuvest) Observe a imagem, que apresenta uma situação de intensa poluição do ar que danifica veículos,
edifícios, monumentos, vegetação e acarreta transtornos ainda maiores para a população. Trata-se de
chuvas com poluentes ácidos ou corrosivos produzidos por reações químicas na atmosfera.
b) explique duas medidas adotadas pelo poder público para minimizar o problema da poluição atmosféri-
ca na cidade de São Paulo.
75. (Mackenzie) O cientista Wim L Noorduin, da Escola de Engenharia e Ciências Aplicadas (SEAS, na sigla
em inglês) em Harvard, nos EUA, aprendeu a manipular gradientes químicos para criar estruturas mi-
croscópicas semelhantes a flores. Nas suas experiências, Noorduin aprendeu a controlar minúsculos
cristais, em placas de vidro e lâminas de metal, para criar estruturas específicas. Noorduin e a sua
equipe dissolveram cloreto de bário e silicato de sódio numa solução de água. O dióxido de carbono
do ar naturalmente dissolve-se na água, dando início a uma reação que deriva em cristais de carbon-
ato de bário. O processo químico também baixa o pH da solução ao redor dos cristais, os quais, por
sua vez, reagem com o silicato de sódio dissolvido. Com o pH ácido é adicionada uma camada de
sílica às estruturas, usando o ácido da solução, permitindo a continuidade da formação de cristais de
carbonato de bário. “Ao longo de pelo menos 200 anos, as pessoas têm questionado como formas
complexas conseguem evoluir na natureza”, declara Noorduin. “Este trabalho ajuda a demonstrar o
que é possível (fazer) apenas com mudanças químicas e ambientais.”
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=641134
A respeito das substâncias inorgânicas sublinhadas no texto, pode-se afirmar que suas fórmulas químicas
são, respectivamente,
Dados: números atômicos (Z): C = 6, O = 8, Na = 11, Si = 14, Cℓ = 17 e Ba = 56
a) BaCℓ2, Na2SiO3, CO2 e BaCO3.
b) BaCℓ, Na2SiO3, CO2 e BaCO3.
c) BaCℓ2, Na2SiO, CO2 e Ba2CO3.
d) BaCℓ, Na2SiO, CO e Ba2CO3.
e) BaCℓ, Na2SiO3, CO e Ba2CO3.
76. (Puc-sp) Um óxido básico é um óxido iônico que reage com água tendo um hidróxido como produto. São
óxidos básicos todas as seguintes substâncias:
a) CO2, SO3, TiO2.
b) CaO, Na2O, K2O.
c) CaSO4, MgO, CO.
d) Li2O, Mg(OH)2, SiO2.
e) KHO3, CaO, BaSO4.
H Cl fase NOME DA
gasosa PRODUTO
SUBSTÂNCIA
H Cl
Fermento Bicarbonato
b) em pó de sódio
H+ H+
+ fase
H
H+ gasosa Soda Hidróxido de
caústica sódio
C l– C l– fase
aquosa
C l– C l–
Ácidos clorídri-
Água régia
co e nítrico
c)
H Cl fase
79. (Cefet-MG) Dadas as distribuições da camada de
gasosa valência de alguns elementos, são feitas as se-
H Cl
guintes afirmativas:
C l– H+
fase
aquosa
A → 3s2 3p5
H+ C l– B → 3s2
C → 2s2 2p3
D → 3s2 3p1
d)
E → 2s2 2p4
H H
fase
Cl Cl gasosa I. A ligação entre os elementos A e C forma uma
substância com geometria trigonal plana.
C l– H + fase II. Os elementos B e E formam um composto que
aquosa
H+ C l– apresenta caráter básico na presença de água.
III. O composto resultante da ligação entre A e B
conduz corrente elétrica em solução aquosa.
e) IV. Quando C se liga a E, forma uma substância
C l– H+ que reage com ácido, produzindo sal e água.
fase
H+ C l– gasosa V. Uma substância de fórmula química D2E3 per-
tence à função hidróxido.
H Cl fase
aquosa São corretas as proposições
H Cl
a) I e V. c) II e III. e) IV e V.
b) I e II. d) III e IV.
80. (Ita) Assinale a alternativa CORRETA para a subs- enxofre. O trióxido de enxofre em contato com a
tância química que dissolvida em água pura pro- água das nuvens transforma-se em ácido sulfúri-
duz uma solução colorida. co. As chuvas ácidas provocam a deterioração de
a) CaCℓ2 d) KBr monumentos históricos, principalmente os consti-
tuídos de carbonato de cálcio, cuja reação com o
b) CrCℓ3 e) Pb(NO3)2
ácido sulfúrico resulta na formação de sulfato de
c) NaOH cálcio, dióxido de carbono e água.
81. (Fgv) O espinélio de magnésio e alumínio é um Assinale a alternativa que apresenta a fórmula
material que apresenta uma combinação de pro- CORRETA das seguintes substâncias químicas
priedades de grande interesse tecnológico. Em citadas no texto: ácido sulfúrico, sulfato de cál-
uma das etapas para a produção desse materi- cio, dióxido de carbono e água, respectivamente.
al, Mg(OH)2 e Aℓ(OH)3 são combinados na pro- a) H2SO3, CaSO4, CO2, H2O.
porção molar 1 : 2, respectivamente. Na fórmula b) H2SO3, CaSO4, CO2, HO2.
unitária do espinélio AB2OX, a proporção dos íons c) H2SO4, CaSO4, CO2, H2O.
magnésio e alumínio é a mesma da mistura rea-
d) H2SO4, CaSO3, CO, HO2.
cional. O número de átomos de oxigênio no es-
pinélio de magnésio e alumínio AB2OX é igual a: 85. (Mackenzie) O hipoclorito de sódio é um sal uti-
a) 1 d) 4 lizado frequentemente em soluções aquosas
como desinfetante e/ou agente alvejante. Esse
b) 2 e) 5
sal pode ser preparado pela absorção do gás
c) 3 cloro em solução de hidróxido de sódio mantida
sob resfriamento, de modo a prevenir a formação
82. (Cefet-MG) Em uma aula prática, foram preparadas
de clorato de sódio. As soluções comerciais de
cinco soluções aquosas, de mesma concentração,
hipoclorito de sódio sempre contêm quantidade
de alguns ácidos inorgânicos: sulfídrico, nítrico, significativa de cloreto de sódio, obtido como
carbônico, bórico e fosfórico. Com o objetivo de subproduto durante a formação do hipoclorito.
testar a força desses ácidos, verificou-se a condu- Assim, é correto afirmar que as fórmulas quími-
tibilidade elétrica, através de um circuito acoplado cas do hipoclorito de sódio, clorato de sódio e
a uma lâmpada. A solução ácida que acendeu a cloreto de sódio são, respectivamente:
lâmpada com maior intensidade foi a de:
a) NaCℓO, NaCℓO3 e NaCℓ.
a) H2S d) H3BO3 b) NaCℓ2, NaCℓO4 e NaCℓ.
b) HNO3 e) H3PO3 c) NaCℓO, NaCℓO2 e NaCℓ.
c) H2CO3 d) NaCℓO, NaCℓO4 e NaCℓO2.
83. (Ita) Os óxidos de metais de transição podem e) NaCℓO2, NaCℓO3 e NaCℓ.
ter caráter ácido, básico ou anfótero. Assinale a 86. (Unesp) Bicarbonato de sódio e carbonato de
opção que apresenta o caráter dos seguintes óxi-
sódio são duas substâncias químicas muito pre-
dos: CrO, Cr2O3, CrO3.
sentes no cotidiano. Entre várias aplicações, o
a) Ácido, anfótero, básico bicarbonato de sódio é utilizado como antiáci-
b) Ácido, básico, anfótero do estomacal e fermento de pães e bolos, e o
c) Anfótero, ácido, básico carbonato de sódio, conhecido como barrilha ou
d) Básico, ácido, anfótero soda, tem sua principal aplicação na fabricação
de vidro comum. As fórmulas químicas do bicar-
e) Básico, anfótero, ácido
bonato de sódio e do carbonato de sódio estão
84. (Puc-mg) As chuvas ácidas são provocadas devi- corretas e respectivamente representadas em:
do à grande quantidade de poluentes gasosos a) NaHCO3 e NaOH.
lançados na atmosfera por alguns tipos de in-
b) Na(CO3)2 e NaHCO3.
dústria e pela queima de combustíveis fósseis por
c) NaHCO3 e Na2CO3.
automóveis. Uma das substâncias liberadas é o
dióxido de enxofre que, ao entrar em contato com d) Na(HCO3)2 e NaOH.
o ar atmosférico, transforma-se em trióxido de e) Na2HCO3 e Na2CO3.
A respeito dos resultados obtidos para cada experiência, resolva o que se pede.
a) Explique os resultados encontrados nas experiências I e II. Com base nos resultados obtidos, qual das
soluções é classificada como eletrolítica?
b) Ao se realizar esse experimento com soluções de mesma concentração dos ácidos sulfúrico (H2SO4) e
hipocloroso (HCℓO), cada uma em um determinado recipiente, qual será a principal diferença encontra-
da nos resultados para cada uma dessas soluções?
88. Determine o nome oficial dos ácidos a seguir e classifique-os de acordo com os critérios apresentados.
• número de hidrogênios ionizáveis
• presença ou não de oxigênio
• força do ácido
• número de elementos químicos
a) HCN
Nomenclatura:
Classificações:
b) H3PO3
Nomenclatura:
Classificações:
c) H2CO3
Nomenclatura:
Classificações:
reações inorgânicas
89. (ITA) Assinale a alternativa CORRETA para o par de substâncias cujas soluções aquosas, ao serem mistura-
das, produz um precipitado amarelo.
a) AℓCℓ3 e KOH d) Pb(C2H3O2)2 e KI
b) Ba(NO3)2 e Na2SO4 e) AgNO3 e NH4OH
c) Cu(NO3)2 e NaCℓO4
90. (Ita) Borbulha-se gás cloro em solução aquosa diluída de hidróxido de sódio a 25 ºC. Assinale a opção que con-
tém apenas produtos clorados resultantes.
a) Cℓ–, CℓO3– d) CℓO3–, OCℓ–
b) OCℓ–, Cℓ– e) CℓO4–,CℓO3–
c) CℓO3 , CℓO4 , Cℓ
– – –
91. (Unesp)
A imagem é a fotografia de uma impressão digital coletada na superfície de um
pedaço de madeira. Para obtê-la, foi utilizada uma técnica baseada na reação
entre o sal do suor (NaCℓ), presente na impressão digital, com solução aquosa
diluída de um reagente específico. Depois de secar em uma câmara escura, a
madeira é exposta à luz solar.
Considere soluções aquosas diluídas de AgNO3 e de KNO3. Indique qual delas
produziria um registro fotográfico de impressão digital ao reagir com o sal do
suor, nas condições descritas, e justifique sua resposta descrevendo as reações
químicas envolvidas.
COPO SOLUÇÃO
1 vinagre
4 açúcar + água
5 suco de limão
95. (Cefet-MG) Em uma aula prática, um béquer com
uma solução concentrada de ácido nítrico foi
Em seguida, começou a fazer misturas aleatórias deixado próximo a outro contendo hidróxido de
de amostras das soluções contidas nos copos, amônio. Entre os béqueres, foi observada a for-
juntando duas amostras diferentes a cada vez. mação de uma fumaça branca que se depositou
Qual é a probabilidade de que ocorra uma reação sobre a bancada. Sobre o sólido branco obtido,
química ao misturar amostras dos conteúdos de afirma-se, corretamente, que:
dois dos cinco copos?
a) é insolúvel em água.
a) 1/10 d) 1/3 b) possui caráter básico.
b) 1/8 e) 1/2 c) apresenta N com número de oxidação 3– e 5+.
c) 1/5 d) tem temperatura de ebulição menor que o
HNO3.
93. (Ita) Na temperatura ambiente, hidróxido de
e) resulta da condensação do NH4OH e evapo-
potássio sólido reage com o cloreto de amônio
ração do HNO3.
sólido, com a liberação de um gás. Assinale a
alternativa CORRETA para o gás liberado nesta 96. (Unesp) Em um laboratório de química, dois estu-
reação. dantes realizam um experimento com o objetivo
a) Cℓ2 d) NH3 de determinar a velocidade da reação apresenta-
b) H2 e) O2 da a seguir.
c) HCℓ
MgCO3(s) + 2 HCℓ(aq) → MgCℓ2(aq) + H2O(ℓ) + CO2(g)
94. (Ita) Por exposição à atmosfera ambiente, o hi-
dróxido de cálcio hidratado (cal hidratada) produz Sabendo que a reação ocorre em um sistema
um filme que é utilizado na proteção de super- aberto, o parâmetro do meio reacional que deve-
rá ser considerado para a determinação da velo-
fícies de alvenaria em um processo denominado
cidade dessa reação é:
“caiação”. Escreva a(s) equação(ões) química(s)
balanceada(s) da(s) reação(ões) que represen- a) a diminuição da concentração de íons Mg2+.
ta(m), respectivamente,: b) o teor de umidade no interior do sistema.
c) a diminuição da massa total do sistema.
a) a formação do filme acima citado, e
d) a variação da concentração de íons Cℓ–.
e) a elevação da pressão do sistema.
com a mesma massa de zinco (experimento I) e 98. (Fuvest) A aparelhagem esquematizada na figura
cobre (experimento II). Após determinado tempo, abaixo pode ser utilizada para identificar gases
o estudante verificou que apenas um dos recipi- ou vapores produzidos em transformações
entes apresentou resultado de reação, enquanto químicas. No frasco 1, cristais azuis de CoCℓ2
o outro permaneceu com igualdade de compor- anidro adquirem coloração rosa em contato com
tamento em relação ao início do experimento. vapor-d’água. No frasco 2, a solução aquosa
Dados: saturada de Ca(OH)2 turva-se em contato com
CO2(g).
• Valores de número atômico: H = 1, Cℓ = 17,
Cu = 29 e Zn = 30.
• Valores de massa atômica em g ∙ mol–1: H =
1,0, Cℓ = 35,5, Cu= 63,5 e Zn = 65,4.
a) Em qual experimento foi possível observar o
desprendimento de gás? Apresente, no es-
paço determinado, a equação balanceada
com os reagentes e produtos formados.
101. (Fuvest) O rótulo de um frasco contendo determinada substância X traz as seguintes informações:
102. (Ufmg) Com objetivo de diminuir o impacto ambiental provocado pela emissão de gases nocivos ao ambi-
ente, uma empresa de fundição de autopeças, em Minas Gerais, decidiu abandonar o uso do gás SF6 em
sua linha de produção, substituindo-o por uma mistura de 99% de N2 e 1% de SO2.
a) Estudos ambientais indicam que o SF6 provoca o mesmo tipo de impacto ambiental que o CO2 e o CH4.
Identifique esse impacto.
b) Na mistura empregada, há 1% de SO2, que também é nocivo ao ambiente, mas não implica maiores
riscos, devido à sua baixa concentração na mistura. Esse gás pode se transformar em SO3, que, ao se
combinar com a água presente na atmosfera, gera um produto que contribui para o aumento da acidez
das chuvas. Escreva a equação química completa e balanceada da transformação de SO3 gasoso no
produto que contribui para a acidez da chuva ácida.
cálculos químicos
103. Robert Boyle, Antoine Lavoisier, Joseph Priestley e Carl Wihelm Scheele são os principais cientistas asso-
ciados à evolução da Química de alquimia para ciência de fato. Eles refutaram a teoria do flogisto, buscan-
do expor situações experimentais e propondo a Lei da Conservação das Massas. A respeito da teoria do
flogisto e da Lei da Conservação das Massas, avalie as afirmações apresentadas a seguir:
I. O flogisto teve validação na comunidade científica durante determinado tempo, pois conseguia explicar a
perda de massa nos compostos que sofriam combustão.
II. Lavoisier e outros cientistas contestavam o flogisto, pois a perda de massa nas reações de combustão
dos metais era praticamente insignificante ou inexistente.
III. Lavoisier conseguiu explicar a Lei da Conservação das Massas em sistemas reacionais abertos.
IV. Joseph Priestley, ao isolar o oxigênio, percebeu que a ocorrência das reações de combustão era propi-
ciada por um elemento e não uma característica dos materiais flogísticos.
V. O nome dado para o oxigênio por Lavoisier é de origem grega e significa formador de ácido o que esta
de acordo com as fórmulas químicas desses compostos que sempre o contém em sua estrutura esse
elemento.
Das afirmações realizadas são corretas:
a) apenas I, II e IV.
b) apenas II, III e IV.
c) apenas I, II e III.
d) apenas II, IV e V.
e) apenas I, II e V.
A estudante desejava determinar a massa de? 108. (Ufmg) Em meados do século XIX, Faraday
I. HCℓ que não reagiu; demonstrou um conflito entre o modelo atômi-
II. NaCℓ que se formou; co de Dalton e os valores experimentais das
densidades do potássio metálico e do óxido de
III. CO2 que se formou.
potássio. Nesta questão, aborda-se esse estu-
Considerando as anotações feitas pela estu- do de Faraday e, também, a interpretação dele
dante, é possível determinar a massa de: na atualidade. Suponha que, nestes desenhos,
a) I, apenas. estão representados os átomos de potássio na
b) II, apenas. rede cristalina do metal puro, K(s), e do óxido de
potássio, K2O(s), de acordo com o modelo de
c) I e III, apenas.
Dalton:
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.
111. O etanol (C2H6O) tem importância cada dia mais relevante no que diz respeito ao seu uso como combustível.
Sua obtenção passa pela fermentação da sacarose (C12H22O11) cuja reação simplificada é apresentada a seguir:
Partindo-se de uma quantidade de caldo de cana que contenha 500 kg de sacarose e admitindo que a
reação possua um rendimento de 68,4%, determine:
• Dados os valores de massa atômica em g/mol: H = 1,0; C = 12,0; O = 16,0
• Volume molar nas CNTP: 22,4 L
a) a massa em gramas de etanol produzida.
foi efetuada em condições de temperatura e pressão tais que o volume molar do CO2 (g) era de 22 L/mol.
–
Se x é o número de mols de MnO 4, gastos na reação, e V é o volume, medido em litros, de CO2 (g) gerado
pela reação, obtenha:
a) V como função de x;
113. (Unicamp) Entre os vários íons presentes em 200 mililitros de água de coco há aproximadamente 320 mg
de potássio, 40 mg de cálcio e 40 mg de sódio. Assim, ao beber água de coco, uma pessoa ingere quan-
tidades diferentes desses íons, que, em termos de massa, obedecem à sequência: potássio > sódio =
cálcio. No entanto, se as quantidades ingeridas fossem expressas em mol, a sequência seria:
Dados de massas molares em g/mol: cálcio = 40; potássio = 39; sódio = 23.
a) potássio > cálcio = sódio.
b) cálcio = sódio > potássio.
c) potássio > sódio > cálcio.
d) cálcio > potássio > sódio.
114. (Fuvest) Uma moeda antiga de cobre estava recoberta com uma camada de óxido de cobre (II). Para
restaurar seu brilho original, a moeda foi aquecida ao mesmo tempo em que se passou sobre ela gás
hidrogênio. Nesse processo, formou-se vapor de água e ocorreu a redução completa do cátion metálico.
As massas da moeda, antes e depois do processo descrito, eram, respectivamente, 0,795 g e 0,779 g.
Assim sendo, a porcentagem em massa do óxido de cobre (II) presente na moeda, antes do processo de
restauração, era:
115. (Cefet-MG) O carbonato de lítio é um medicamento empregado para o tratamento de transtornos bipolares.
Se um indivíduo toma um comprimido de 750 mg ao dia, então, estará ingerindo diariamente:
Dados: Li = 7; C = 12; O = 16.
a) 6,0 · 1021 íons lítio.
b) 6,0 · 1023 íons carbonato.
c) 0,01 mol de carbonato de lítio.
d) 1,8 · 1024 átomos de oxigênio.
e) 2,0 íons carbonato para cada íon lítio.
b) Calcule o número de banhos que poderiam ser tomados com a energia necessária para produzir apenas
uma latinha de alumínio, estimando em 10 minutos o tempo de duração do banho, em um chuveiro cuja
potência é de 3 000 W. Dado: W = J ∙ s–1.
117. (Mackenzie) A produção industrial do ácido sulfúrico é realizada a partir do enxofre, extraído de jazidas
localizadas normalmente em zonas vulcânicas. O enxofre extraído é queimado ao ar atmosférico produ-
zindo o anidrido sulfuroso (etapa I). Após essa reação, o anidrido sulfuroso é oxidado a anidrido sulfúrico,
em alta temperatura e presença de um catalisador adequado (etapa II). Em seguida, o anidrido sulfúrico é
borbulhado em água, formando o ácido sulfúrico (etapa III). As reações referentes a cada uma das etapas
do processo encontram-se abaixo equacionadas:
Desse modo, ao serem extraídos 200,0 kg de enxofre com 80% de pureza de uma jazida, considerando-se
que o rendimento global do processo seja de 90%, a massa máxima de ácido sulfúrico que pode ser pro-
duzida será de
Dados: massas molares (g/mol): H = 1, O = 16 e S = 32.
a) 612,5 kg. d) 441,0 kg.
b) 551,2 kg. e) 200,0 kg.
c) 490,0 kg.
118. (Cefet-MG) No processo de obtenção do alumínio, metal utilizado na fabricação de latinhas de refrigerantes,
ocorre uma etapa de extração do minério (bauxita) que gera um produto intermediário, a alumina (Aℓ2O3)
com 100% de rendimento. A equação não balanceada que descreve a redução do alumínio (eletrólise)
envolvida nesse processo é:
Aℓ2O3 + C → Aℓ + CO2
Se a quantidade média de alumina na bauxita é de 45% em massa e cada latinha de refrigerante consome
0,49 mol de alumínio, então a massa de bauxita a ser retirada do ambiente para produzir 1 000 latinhas é,
aproximadamente, em kg, igual a:
Dados: Aℓ = 27; O = 16.
a) 11,3. d) 55,5.
b) 25,0. e) 111,1.
c) 50,0.
120. (Fgv) O hidrogenossulfito de sódio, NaHSO3, é um insumo usado na indústria de fabricação de papel e de
curtume. Pode ser obtido a partir da reação representada na seguinte equação:
121. (Unicamp) O uso mais popular do cloreto de sódio é na cozinha, onde é utilizado para acrescentar sabor a
uma infinidade de alimentos e também como conservante e material de limpeza. É na indústria química, no
entanto, que ele é mais consumido. São inúmeros os processos que fazem uso de produtos do processa-
mento desse sal.
Obtém-se um sal de cozinha do tipo light substituindo-se uma parte do sal comum por cloreto de potássio.
Esse produto é indicado para pessoas com problemas de pressão arterial alta. Sabendo-se que a massa
molar do sódio é menor que a do potássio, pode-se afirmar que, para uma mesma massa dos dois tipos
de sal, no tipo light há:
a) menos íons cloreto e mais íons sódio do que no sal comum.
b) mais íons cloreto e menos íons sódio do que no sal comum.
c) mais íons cloreto e mais íons sódio do que no sal comum.
d) menos íons cloreto e menos íons sódio do que no sal comum.
122. (Fuvest) Antes do início dos Jogos Olímpicos de 2012, que aconteceram em Londres, a chama olímpica per-
correu todo o Reino Unido, pelas mãos de cerca de 8 000 pessoas, que se revezaram nessa tarefa. Cada pes-
soa correu durante um determinado tempo e transferiu a chama de sua tocha para a do próximo participante.
Suponha que
I. cada pessoa tenha recebido uma tocha contendo cerca de 1,02 g de uma mistura de butano e propano,
em igual proporção, em mols;
II. a vazão de gás de cada tocha fosse de 48 mL/minuto.
Calcule:
a) a quantidade de matéria, em mols, da mistura butano+propano contida em cada tocha;
Um determinado participante P do revezamento correu a uma velocidade média de 2,5 m/s. Sua tocha
se apagou no exato instante em que a chama foi transferida para a tocha do participante que o sucedeu.
c) Calcule a distância, em metros, percorrida pelo participante P enquanto a chama de sua tocha perma-
neceu acesa.
Dados: Massa molar (g/mol): butano = 58, propano = 44; volume molar nas condições ambientes: 24 L/mol.
123. (UNESP) A hidrazina, substância com fórmula molecular N2H4, é um líquido bastante reativo na forma pura.
Na forma de seu monoidrato, N2H4·H2O, a hidrazina é bem menos reativa que na forma pura e, por isso, de
manipulação mais fácil. Devido às suas propriedades físicas e químicas, além de sua utilização em vários
processos industriais, a hidrazina também é utilizada como combustível de foguetes e naves espaciais, e
em células de combustível.
A atuação da hidrazina como propelente de foguetes envolve a seguinte sequência de reações, iniciada
com o emprego de um catalisador adequado, que rapidamente eleva a temperatura do sistema acima de
800 °C:
Dados:
Massas molares, em g ∙ mol–1: N = 14,0; H = 1,0
Volume molar, medido nas Condições Normais de Temperatura e Pressão (CNTP) = 22,4 L
Calcule a massa de H2 e o volume total dos gases formados, medido nas CNTP, gerados pela decom-
posição estequiométrica de 1,0 g de N2H4 (ℓ).
124. (Unicamp) Na readequação de alguns estádios de futebol, por conta de uma atitude ecológica coerente,
milhares de assentos serão produzidos a partir de garrafas PET. Para cada assento serão necessárias cerca
de 100 garrafas PET de capacidade de 600 mL e massa de 18 g cada uma. Pode-se afirmar que a redução
de volume do material reaproveitado para a fabricação dos assentos será, aproximadamente, igual a:
Dados: Densidade do PET = 1,3 g ∙ cm–3. Considere que no reaproveitamento do PET não ocorre perda de
massa, e que o volume externo da garrafa é de 600 mL.
a) 2,3% c) 66,6%
b) 33,3% d) 97,7%
gases
126. (Ita) Contribuíram de forma direta para o desenvolvimento do conceito de pressão atmosférica:
a) Friedrich August Kekulé e John Dalton.
b) Michael Faraday e Fritz Haber.
c) Galileu Galilei e Evangelista Torricelli.
d) Jöhns Jacob Berzelius e Eduard Büchner.
e) Robert Bunsen e Henry Louis Le Chatelier.
127. (Unicamp)
Notícia 1- Vazamento de gás oxigênio nas dependências do Hospital e Maternidade São Mateus, Cuiabá, em
03/12/13. Uma empresária que atua no setor de venda de oxigênio disse ao Gazeta Digital que o gás não faz mal
para a saúde. “Pelo contrário, faz é bem, pois é ar puro...”.
Adaptado de http://www.gazetadigital.com.br/conteudo/show/secao/9/materia/405285. Acessado em 10/09/2014.
b) Após o vazamento descrito na notícia 2, motoristas tentaram retirar os carros parados, mas não tiveram
êxito na sua tentativa. Qual deve ter sido a estratégia utilizada para que eles não tenham tido êxito?
Justifique, do ponto de vista químico, a razão pela qual não deveriam ter utilizado essa estratégia.
128. Dois cilindros estão interligados por uma válvula conforme figura a seguir.
A B
Considere que o cilindro B possui volume de 5,0 L e que nele esta confinado um gás ideal que exerce uma
pressão igual 2 000 mmHg. Se a válvula for aberta propiciando a passagem do gás para o recipiente A
que possui volume três vezes maior que o recipiente B qual deverá ser a nova pressão do sistema gasoso
levando em conta que o processo ocorreu isotermicamente.
Dados: 1 atm = 760 mmHg
Obs.: Considere para efeito de cálculos que o volume da parte que contém a válvula é insignificante para
o sistema.
1 O3 273 1 22,4
2 Ne 273 2 22,4
3 He 273 4 22,4
4 N2 273 1 22,4
5 Ar 273 1 22,4
Qual recipiente contém a mesma quantidade de átomos que um recipiente selado de 22,4 L, contendo H2,
mantido a 2 atm e 273 K?
a) 1 d) 4
b) 2 e) 5
c) 3
130. (Fuvest) O rótulo de uma lata de desodorante em aerosol apresenta, entre outras, as seguintes infor-
mações: “Propelente: gás butano. Mantenha longe do fogo”. A principal razão dessa advertência é:
a) O aumento da temperatura faz aumentar a pressão do gás no interior da lata, o que pode causar uma
explosão.
b) A lata é feita de alumínio, que, pelo aquecimento, pode reagir com o oxigênio do ar.
c) O aquecimento provoca o aumento do volume da lata, com a consequente condensação do gás em
seu interior.
d) O aumento da temperatura provoca a polimerização do gás butano, inutilizando o produto.
e) A lata pode se derreter e reagir com as substâncias contidas em seu interior, inutilizando o produto.
131. (Puc-sp)
Dados: massas molares (g/mol): CaCO3 = 100 g/mol; CO2 = 44 g/mol; HCℓ = 36,5 g/mol;
0 K = 273 ºC e 273 K = 0 ºC
Constante dos gases ideais:
R = 0,082 atm · L · mol–1 · K–1
O calcário é um minério que apresenta elevado teor de carbonato de cálcio (CaCO3) além de outras im-
purezas. Uma amostra de 2,00 g de calcário foi tratada com 100 mL de solução aquosa de ácido clorídrico
(HCℓ) de concentração 0,50 mol · L–1. O gás carbônico (CO2) obtido nesse processo foi armazenado em
um recipiente de 4,1 L a 27 ºC apresentando pressão parcial de 0,090 atm. O teor de carbonato de cálcio
nessa amostra de calcário é:
a) 50% d) 90%
b) 65% e) 100%
c) 75%
132. (Ita) Considere um mol de um gás que se comporta idealmente, contido em um cilindro indeformável
provido de pistão de massa desprezível, que se move sem atrito. Com relação a este sistema, são feitas
as seguintes afirmações:
I. Se o gás for resfriado contra pressão externa constante, o sistema contrai-se.
II. Se pressão for exercida sobre o pistão, a velocidade média das moléculas do gás aumenta.
III. Se o sistema for aquecido a volume constante, a velocidade média das moléculas aumenta, indepen-
dentemente da natureza do gás.
IV. A velocidade média das moléculas será maior se o gás for o xenônio e menor se for o argônio.
Das afirmações acima, está(ão) ERRADA(S) apenas:
a) I e II.
b) I, III e IV.
c) II e III.
d) II e IV.
e) IV.
134. (Ufu) Em uma atividade experimental o professor pegou duas garrafas PET vazias e colocou bexigas cheias
na boca de cada uma delas. Em seguida, colocou uma das garrafas em uma bacia com água quente e a
outra em uma bacia com água fria. Um dos balões murchou e o outro ficou mais cheio.
Sobre estes fatos, assinale a alternativa correta.
a) O balão que murchou foi colocado em água quente, pois o aumento da temperatura causou uma con-
tração dos gases da bexiga.
b) O balão que ficou mais cheio foi colocado em água quente, devido ao aumento da temperatura do
sistema e à expansão dos gases presentes na bexiga.
c) O volume do balão que foi colocado em água fria diminuiu, porque a pressão do sistema aumentou,
reduzindo o choque das partículas de gás com as paredes do balão.
d) Em qualquer um dos casos, o volume dos balões foi alterado, porque o tamanho das partículas de gás
foi modificado.
135. (Ita) Um sistema em equilíbrio e composto por n0 mol de um gás ideal a pressão P0, volume V0, tempera-
tura T0 e energia interna U0. Partindo sempre deste sistema em equilíbrio, são realizados isoladamente os
seguintes processos:
I. Processo isobárico de T0 até T0/2. IV. Processo isocórico de T0 até 2T0.
II. Processo isobárico de V0 até 2V0. V. Processo isotérmico de P0 até P0/2.
III. Processo isocórico de P0 até P0/2. VI. Processo isotérmico de V0 até V0/2.
Admitindo que uma nova condição de equilíbrio para esse sistema seja atingida em cada processo x (x =
I, II, III, IV, V e VI), assinale a opção que contem a informação errada.
a) UV = UVI/2 d) TII = 4TIII
b) UVI = U0 e) VI = VV/4
c) PIV = PVI
136. (Unesp) Incêndio é uma ocorrência de fogo não controlado, potencialmente perigosa para os seres vivos.
Para cada classe de fogo existe pelo menos um tipo de extintor. Quando o fogo é gerado por líquidos
inflamáveis como álcool, querosene, combustíveis e óleos, os extintores mais indicados são aqueles com
carga de pó químico ou gás carbônico.
Considerando-se a massa molar do carbono = 12 g · mol–1, a massa molar do oxigênio = 16 g · mol–1 e R =
0,082 atm · L · mol–1 · K–1, o volume máximo, em litros, de gás liberado a 27 ºC e 1 atm, por um extintor de
gás carbônico de 8,8 kg de capacidade, é igual a:
a) 442,8. d) 4 920,0.
b) 2 460,0. e) 5 400,0.
c) 4 477,2.
137. (Fgv) O gás hélio é utilizado para encher balões e bexigas utilizados em eventos comemorativos e em festas
infantis. Esse gás pode ser comercializado em cilindros cujo conteúdo apresenta pressão de 150 bar a 300
K. Considerando-se que 1 atm = 1 bar, e que a massa de gás He no cilindro é 170 g, então, o valor que
mais se aproxima do volume de gás hélio contido naquele cilindro a 300 K é:
139. (Ita) Um vaso de pressão com volume interno de 250 cm3 contém gás nitrogênio (N2) quimicamente puro,
submetido à temperatura constante de 250 °C e pressão total de 2,0 atm. Assumindo que o N2 se comporta
como gás ideal, assinale a opção CORRETA que apresenta os respectivos valores numéricos do número
de moléculas e da massa específica, em kg · m–3, desse gás quando exposto às condições de pressão e
temperatura apresentadas.
a) 3,7 · 1021 e 1,1 d) 7,2 · 1021 e 1,3
b) 4,2 · 1021 e 1,4 e) 8,7 · 1021 e 1,3
c) 5,9 · 1021 e 1,4
140. (Unesp) Nos frascos de spray, usavam-se como propelentes compostos orgânicos conhecidos como clo-
rofluorocarbonos. As substâncias mais empregadas eram CCℓF3 (Fréon 12) e C2Cℓ3F3 (Fréon 113). Num
depósito abandonado, foi encontrado um cilindro supostamente contendo um destes gases. Identifique
qual é o gás, sabendo-se que o cilindro tinha um volume de 10,0 L, a massa do gás era de 85 g e a pressão
era de 2,00 atm a 27 °C.
R = 0,082 L · atm · K–1 · mol–1
Massas molares em g · mol–1: H = 1, C = 12, F = 19, Cℓ = 35,5.
141. (Fuvest) Considere que em um balão de paredes rígidas, foram colocados 0,200 g de gás hidrogênio, 6,400 g
de gás oxigênio e um material sólido que absorve água. O volume do balão é de 4,480 L e é mantido à tem-
peratura de 0 ºC. No balão, passa-se uma faísca elétrica de modo que haja reação e a água formada seja
retirada pelo material absorvente, não exercendo pressão significativa. Com base nesse problema, responda
aos itens a seguir.
a) Supondo um comportamento ideal, qual é a pressão no balão (em atmosferas) após inserção de oxigê-
nio e hidrogênio? Considere R = 0,082 L · atm · K–1 · mol–1
142. (Unicamp – adaptada) Uma amostra de 25 g de carbonato de cálcio impuro foi submetida à decomposição
por aquecimento e verificou-se a produção de 5 L de gás carbônico que foi medido a 30 ºC e 1 atm. O
porcentual de carbonato de cálcio presente na amostra é aproximadamente:
143. (Unesp – adaptada) Considere três cilindros idênticos formando sistemas gasosos, numa mesma tempera-
tura, e cada cilindro possui um rótulo com as seguintes informações:
Cilindro 1 7 g de N2 16 g de O2 6 g de He
Cilindro 2 14 g N2 8 g de O2 13 g de CO2
Cilindro 3 8 g de CH4 13 g de O2 4 g H2
144. (Unesp) Uma equipe de cientistas franceses obteve imagens em infravermelho da saída de rolhas e o con-
sequente escape de dióxido de carbono em garrafas de champanhe que haviam sido mantidas por 24
horas a diferentes temperaturas.
As figuras 1 e 2 mostram duas sequências de fotografias tiradas a intervalos de tempo iguais, usando gar-
rafas idênticas e sob duas condições de temperatura.
As figuras permitem observar diferenças no espocar de um champanhe: a 18 °C, logo no início, observa-
-se que o volume de CO2 disperso na nuvem gasosa – não detectável na faixa da luz visível, mas sim do
infravermelho – é muito maior do que quando a temperatura é de 4 °C.
Numa festa de fim de ano, os estudantes utilizaram os dados desse experimento para demonstrar a lei que diz:
a) O volume ocupado por uma amostra de gás sob pressão e temperatura constantes é diretamente propor-
cional ao número de moléculas presentes.
b) A pressão de uma quantidade fixa de um gás em um recipiente de volume constante é diretamente
proporcional à temperatura.
c) Ao aumentar a temperatura de um gás, a velocidade de suas moléculas permanece constante.
d) A pressão de uma quantidade fixa de um gás em temperatura constante é diretamente proporcional à
quantidade de matéria.
e) O volume molar de uma substância é o volume ocupado por um mol de moléculas.
Carbono 15%
Hidrogênio 5%
Oxigênio 30%
Nitrogênio 30%
Mercúrio 15%
21. (PUC – MG) Em 1950, o bioquímico Erwin Chargaff determinou a composição relativa de bases nitrogena-
das (A – Adenina; G – Guanina; T – Timina e C – Citosina) do DNA de diversas espécies. A tabela apre-
senta resultados obtidos para algumas espécies. Variações apresentadas na tabela, menores que 0,5%,
devem ser desconsideradas por representarem erros normais no processo de quantificação das bases
nitrogenadas.
Os resultados obtidos, mesmo aqueles não aqui apresentados, revelaram que as composições relativas
das bases nitrogenadas do DNA variam de espécie para espécie, mas são constantes para a mesma es-
pécie.
Esses resultados contribuíram para desvendar uma importante característica relativa à molécula de DNA.
Marque a opção que revela que característica é essa.
a) Quanto mais evoluída for uma espécie, maior o conteúdo de bases púricas no seu DNA.
b) Quantidades semelhantes de A/T e C/G entre duas espécies indicam forte parentesco evolutivo.
c) O código genético é determinado pela quantidade relativa das bases nitrogenadas presentes no DNA
de cada espécie.
d) As duas fitas de DNA pareiam através das bases A com T e C com G e, por isso, as quantidades de
A+G/T+C = 1.
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27. (CEFET – MG) O núcleo é muito importante para o funcionamento celular, pois controla todas as atividades
metabólicas. Isto ocorre devido ao processo de
a) mutação genética. d) multiplicação celular.
b) transcrição de RNA. e) desnaturação proteica.
c) duplicação do DNA.
29. (PUC – MG) Schleiden e Schwann, em 1838, trabalhando com tecidos de vegetais e animais respectiva-
mente, concluíram que os elementos estruturais de plantas e animais eram essencialmente os mesmos.
Nasceu então a Teoria celular, definindo que as células são unidades básicas e fisiológicas de todos os
organismos vivos e que elas são entidades distintas e construtoras de organismos mais complexos.
Podem-se acrescentar mais elementos à Teoria celular, porém é INCORRETO afirmar que:
a) todas as células apresentam semelhanças básicas em sua composição química.
b) a maioria das reações químicas da vida ocorre dentro das células.
c) em eucariontes ou procariontes, o repasse das características genéticas é realizado através do cros-
sing-over.
d) durante a divisão celular, conjuntos complexos de informações genéticas são replicados e repassados
a células filhas.
31. Durante uma aula de Biologia, alunos trabalharam com bolhas de sabão para estudar a membrana plas-
mática. Entre as atividades realizadas, estavam simulações que demonstravam que bolhas de sabão e
membranas biológicas podem compartilhar das seguintes propriedades:
a) hidrossolúveis, capazes de se auto-organizarem, flexíveis.
b) formadas por uma bicamada, capazes de se auto-organizarem e de fragmentação em estruturas menores.
c) hidrofílicas, não são capazes de se auto-organizar, rígidas.
d) formadas por uma bicamada, não são capazes de se auto-organizarem, incapazes de se fragmentar em
estruturas menores.
33. (IFNMG) Em relação aos mecanismos de transporte através da membrana, julgue as proposições abaixo:
I. O transporte passivo refere-se à passagem de substâncias do interior da célula para o meio externo.
II. O transporte ativo refere-se à passagem de substâncias do meio externo para o interior da célula.
III. O transporte osmótico pode promover tanto a entrada quanto a saída de água na célula. Marque a
alternativa CORRETA:
a) As afirmativas I e II estão corretas.
b) Somente a afirmativa II está correta.
c) Somente a afirmativa III está correta.
d) Todas as afirmativas estão corretas.
38. (MACKENZIE)
mica em torno da falta de água. No entanto, sa- c) estimula maior absorção de água pelas células
be-se que o Estado de São Paulo é banhado pelo da raiz, provocando turgescência e lise celular.
Oceano Atlântico. A água do oceano não pode ser
d) impede a absorção de água, através de os-
usada para consumo, sem o tratamento adequa-
do, tratamento esse chamado de dessalinização.
mose, pelas células da raiz, aumentando a
concentração osmótica do solo.
A dessalinização de água por osmose inversa é
uma alternativa, para retirar o sal da água e eli- 43. (UFJF) Há alguns anos, a parede celular de células
minar vírus, bactérias e fungos, podendo assim, vegetais era considerada uma matriz rígida. Hoje
disponibilizar água potável para a população e
em dia, sabe-se que ela possui uma estrutura re-
melhorar a qualidade de vida.
Fonte: http://ambientes.ambientebrasil.com.br/agua/artigos_
sistente, mas permeável, não exercendo controle
agua_salgada/dessalinizacao_da_agua_do_mar.htm. sobre as substâncias que entram ou saem das
Acesso em 10/09/2014. Adaptado. células. Sobre a parede celular de células vege-
Não é possível o consumo da água do mar, por- tais, é CORRETO afirmar que:
que essa água salgada causaria nas células san- a) é formada por peptideoglicanos, que são gli-
guíneas: cídios associados a aminoácidos.
a) a lise, seguida de extravasamento do conteú- b) há presença de uma cápsula mucilaginosa,
do intracelular no meio. que confere adesão à mesma.
b) uma intensa difusão facilitada para o interior c) é formada por celulose e lignina, como cons-
das células, inchando-as. tituintes majoritários.
c) uma grande desidratação dessas células o d) é formada por amido, que aumenta a perme-
que afetaria o metabolismo. abilidade celular.
d) endocitoses sucessivas gerando um stress e) é formada por quitina, que confere rigidez à
celular que a levaria a morte. mesma.
41. (PUC – MG) As células, tanto em vegetais como 44. (UNESP) Leia o trecho da sentença condenatória
nos animais, possuem membranas, que as sepa- de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes.
ram do ambiente ao seu redor. Mas, em vegetais
“Portanto condenam ao Réu Joaquim José da Sil-
exteriormente à membrana, encontra-se uma pa-
va Xavier por alcunha o Tiradentes Alferes que foi
rede celular rígida.
da tropa paga da Capitania de Minas a que com
A membrana plasmática em animais e a parede baraço e pregão seja conduzido pelas ruas públi-
celulósica em vegetais podem apresentar em co- cas ao lugar da forca e nela morra morte natural
mum, EXCETO: para sempre, [...] e a casa em que vivia em Vila
a) serem produzidas dentro das células pelos re- Rica será arrasada e salgada, para que nunca
tículos liso e rugoso. mais no chão se edifique [...]. “
(http://bd.tjmg.jus.br)
b) terem capacidade de retenção de moléculas e
estruturas celulares em seu interior. Como se verifica, além da condenação à morte, a
c) atuarem como barreiras com capacidade se- sentença determinava ainda que a casa em que o
letiva à entrada e saída de certas substâncias. inconfidente vivia fosse demolida e a terra salga-
d) terem ligações com células adjacentes para a da, tornando-a assim improdutiva.
constituição de determinados tecidos. Referindo-se aos processos de transporte de
substâncias através da membrana, os quais per-
42. (UEMG) Nos autos de condenação de revoltosos mitem às células dos pelos absorventes das raí-
do Brasil Colônia, como Tiradentes, era comum zes obterem água e minerais do solo, explique por
constar que, além da pena de morte e do esquar- que salgar a terra torna o solo improdutivo.
tejamento dos corpos, seus bens seriam confis-
cados e suas terras seriam salgadas, para que
nada mais ali nascesse.
O ato de salgar a terra realmente provoca a morte
das plantas porque o excesso de sal na terra
a) dificulta a absorção de íons minerais pelas raí-
zes, por transporte ativo.
b) impede a ação das proteínas transportadoras
das membranas das células da raiz.
b) Quais células podem ser observadas em uma b) Os lisossomos são pequenas vesículas mem-
preparação de sangue humano, utilizando-se branosas que contêm enzimas digestivas.
um microscópio de luz? São responsáveis pela digestão do material
obtido pelas células por endocitose, bem
como de estruturas próprias da célula, em um
processo chamado autofagia.
c) Mitocôndrias estão presentes em células ani-
mais e vegetais. São as organelas responsá-
veis pela respiração celular.
d) Ribossomos estão presentes em células eu-
49. (MACKENZIE) O esquema abaixo representa uma cariotas e também em procariotas. São res-
célula animal. ponsáveis pela síntese proteica, função de
extrema importância para a sobrevivência
celular.
Bioenergética I: fotossíntese
54. (FUVEST) A energia entra na biosfera majoritaria-
mente pela fotossíntese. Por esse processo,
a) é produzido açúcar, que pode ser transforma-
do em várias substâncias orgânicas, arma-
zenado como amido ou, ainda, utilizado na
transferência de energia.
b) é produzido açúcar, que pode ser transforma-
do em várias substâncias orgânicas, unido a
aminoácidos e armazenado como proteínas
ou, ainda, utilizado na geração de energia.
c) é produzido açúcar, que pode ser transforma-
do em substâncias catalisadoras de proces-
(http://portalgrenoticias.blogspot.com)
sos, armazenado como glicogênio ou, ainda,
utilizado na geração de energia. Considerando a intensidade da luz solar e os pe-
d) é produzida energia, que pode ser transfor- ríodos de claro e escuro no intervalo de 24 horas,
mada em várias substâncias orgânicas, arma- é correto afirmar que, para as plantas do jardim
zenada como açúcar ou, ainda, transferida a de uma casa na cidade de São Paulo,
diferentes níveis tróficos. a) ao longo dos 3 meses seguintes, os períodos
e) é produzida energia, que pode ser transforma- com luz se tornaram progressivamente mais
da em substâncias catalisadoras de proces- longos, o que implicou em maior eficiência
sos, armazenada em diferentes níveis tróficos fotossintética e crescimento dessas plantas.
ou, ainda, transferida a outros organismos. b) ao longo dos 4 meses seguintes, os períodos
com luz se tornaram progressivamente mais
55. (UNESP) No dia 16 de fevereiro de 2013 terminou curtos, o que contribuiu para perda de efici-
o horário brasileiro de verão. À meia-noite, os re- ência fotossintética e menor produção de ma-
lógios foram atrasados em uma hora. téria orgânica.
e) o vinho se forma somente quando os tanques 1.ª) se o produto estiver contaminado, os micro-
voltam a ser abertos, após a fermentação se -organismos irão proliferar-se utilizando os glicí-
completar, para que as leveduras realizem dios do molho para a obtenção de energia.
respiração aeróbica. 2.ª) o metabolismo dos micro-organismos promo-
verá a liberação de CO2, que aumentará a pres-
61. (UNICAMP) Com a ausência de oxigênio e uma at- são no interior do recipiente, estufando a tampa.
mosfera com característica redutora, os primei-
ros seres vivos desenvolveram um metabolismo Com relação as hipóteses levantadas, é correto
exclusivamente anaeróbio. A transição para o dizer que
processo aeróbio aconteceu entre 2,7 bilhões e a) ambas as hipóteses estão corretas, mas o
1,6 bilhão de anos atrás com o surgimento das contido na 2.ª não e consequência do que se
primeiras algas azuis, as cianobactérias, capazes afirma na 1.ª.
de utilizar a água como doador de elétrons e libe- b) ambas as hipóteses estão corretas, e o con-
rar oxigênio na atmosfera terrestre. tido na 2.ª é consequência do que se afirma
a) Cite um organismo que poderia ter existido na 1.ª.
há 3 bilhões de anos e uma possível fonte de c) ambas as hipóteses estão erradas, pois a área
energia para a manutenção do metabolismo azul abaixada é indicativa de que há vácuo no
desse organismo. interior da embalagem, o que garante que, na
ausência de ar, o produto não se deteriore.
d) a 1.ª hipótese está correta e a 2.ª está errada,
pois durante a fermentação não se produz CO2.
b) Explique as diferenças entre os tipos de res- e) a 2.ª hipótese está correta e 1.ª está errada,
piração celular das espécies atualmente exis- pois as bactérias obtêm energia dos lipídios
tentes. do molho, mas não dos glicídios.
a) A espécie Y não apresenta ganho líquido de c) A espécie Y crescerá menos do que a espécie
carbono a 15 ºC. X a 25 ºC.
b) As duas espécies têm perda líquida de carbo- d) As duas espécies têm ganho líquido de car-
no a 45 ºC. bono a 45 ºC.
b) Cite duas outras maneiras pelas quais é pos- profundo que o da molécula química. Faz parte
sível se obter insulina sem envolver o uso de dos grupos anatômicos estruturais. Nesse sen-
bactérias. tido, sou partidário da teoria da hereditariedade
química” (WATSON, 2005).
79. (PUC – MG) Trabalhando com o Streptococcus pneumoniae em 1928, Griffith identificou duas formas dis-
tintas de pneumococos: uma forma capsulada, dita virulenta por causar a morte em camundongos por
pneumonia, e uma variante mutante, originada a partir da forma virulenta, que, por não apresentar cápsu-
la, era não virulenta, ou seja, não letal para camundongos. Em seus experimentos, Griffith descobriu que
bactérias capsuladas mortas pelo calor poderiam transformar bactérias não capsuladas em capsuladas,
e que esse caráter era transmitido às gerações seguintes. Em 1944, Avery e colaboradores realizaram um
experimento para estudar um aspecto importante da transformação bacteriana.
A figura abaixo resume de forma esquemática cinco etapas desse experimento.
Analisando as informações dadas e de acordo com seus conhecimentos, é correto afirmar, EXCETO:
a) O DNA das bactérias capsuladas foi o mate- c) O calor que matou as bactérias capsuladas
rial absorvido pelas não capsuladas para que é normalmente suficiente para desnaturar
pudessem readquirir a capacidade genética proteínas bacterianas, mas não foi suficiente
de produzir cápsula. para destruir o material transformante.
b) Proteínas e RNA mensageiros impedem a d) Síntese proteica é necessária para a produção
transformação bacteriana e a formação da da cápsula em pneumococos.
cápsula glicoproteica.
84. (IFSMG)
Uma equipe internacional de investigadores des-
cobriu indícios de divisão celular em embriões
fossilizados de organismos com mais de 550 mi-
lhões de anos encontrados na China. Ao exami-
nar os fósseis com uma técnica de imagiologia
por raios-X, este grupo de 15 cientistas consta-
tou também que as células embrionárias estavam
num processo de divisão, segundo o estudo, pu-
blicado na revista Science. A descoberta mostra
a complexidade da vida 10 milhões de anos antes
da explosão da biodiversidade ocorrida entre 600
e 520 milhões de anos, um período chave do de-
Disponível em: http://gracieteoliveira.pbworks.com/w/page/50056553/ senvolvimento da vida na Terra.
Ciclo%20celular. Acesso em: 28 abr. 2014. Adap
Fósseis revelam divisão celular há mais de 550 milhões
de anos. Disponível em: http://www.cienciahoje.pt/index.php?oi-
a) Na fase IB, ocorre formação da placa equato- d=9303&op=all. Acesso em: 14/04/2014
rial e condensação máxima da carioteca.
b) Na fase V, a célula não está se dividindo e seu O texto acima menciona um tipo de divisão celu-
metabolismo se caracteriza por baixa atividade. lar, a mitose, que consiste em:
c) Na fase IC, ocorre separação de cromátides a a) um tipo de divisão celular responsável pela
partir do encurtamento do fuso mitótico. formação das células reprodutoras masculina
e feminina.
d) Na fase II, a célula apresenta o dobro do teor
de DNA em relação à fase III. b) um tipo de divisão celular em que ocorre o pare-
amento dos cromossomos homólogos e, con-
83. (FUVEST) A sequência de fotografias abaixo mos- sequentemente, o processo de crossing-over.
tra uma célula em interfase e outras em etapas c) um tipo de divisão celular responsável por au-
da mitose, até a formação de novas células. mentar a variabilidade genética nos indivíduos.
d) um tipo de divisão celular que pode ocorrer
tanto em células haploides quanto em células
diploides.
86. (CEFET – MG) Analise o processo de divisão celular representado de forma simplificada.
88. (PUC – MG) As figuras representam três diferentes fases ou etapas (A, B e C) de possíveis divisões celulares.
89. (IFNMG) Em relação aos processos de divisão celular, observe as figuras abaixo e marque a proposição
INCORRETA:
A. B.
Desse modo, é correto afirmar que a análise do 98. (CEFET – MG) Analise a sequência de maturação
esperma desse homem revelará celular representada a seguir:
a) secreções da próstata e das glândulas semi-
nais, mas não haverá espermatozoides, em
razão de não se completar a prófase I.
b) sêmen composto por espermatizes, mas não
por espermatozoides, em razão de não se
completar a espermatogênese pela falta de
segregação cromossômica.
c) espermatozoides sem cromossomos, em fun-
ção da não segregação cromossômica, e sem
mobilidade, em razão do sêmen não ter se-
creções da próstata e das glândulas seminais.
Disponível em: <http://200.145.142.234/embriologia_NOVO/3/3_7.jpg>.
d) uma secreção mucosa lubrificante, eliminada Acesso em: 14 abr. 2014.
pelas glândulas bulbouretrais, além de esper-
O órgão no qual esse processo ocorre é a (o)
matogônias anucleadas, em razão da não for-
mação da telófase I. a) próstata.
e) secreções das glândulas do sistema geni- b) testículo.
tal masculino, assim como espermatozoides c) tuba uterina.
com 2n cromossomos, em razão da não se- d) canal vaginal.
gregação das cromátides na anáfase II. e) ducto deferente.
96. (UNESP) A figura mostra o encontro de duas células, 99. (CEFET – MG) Analise a imagem a seguir do carióti-
um espermatozoide e um ovócito humano, mo- po de um indivíduo que apresenta uma anomalia.
mentos antes da fecundação.
Termo Definição
Trecho da molécula de DNA que pode ser transcrito em um RNA.
1
Unidade básica da hereditariedade
Genes
Par de genes que ocupa o mesmo lócus cromossômico
Alelos
Heterozigoto Organismo que apresenta alelos distintos para uma dada característica.
Homozigoto Organismo que apresenta alelos iguais para uma dada característica
Peso 81 Kg 72 Kg
(Adaptado de http://randomrationality.com/tag/biotech/. Acesso em: 108. (UNESP) A complexa organização social das for-
16/07/2014.) migas pode ser explicada pelas relações de pa-
rentesco genético entre os indivíduos da colônia.
Qual das técnicas descritas no infográfico acima É geneticamente mais vantajoso para as ope-
foi utilizada por Gregor Mendel (1822-1884) em rárias cuidarem das suas irmãs que terem seus
seus experimentos? próprios filhos e filhas.
a) (1). c) (3). No formigueiro, uma única fêmea, a rainha, que
b) (2). d) (4). é diploide, põe ovos que, quando fertilizados, se
desenvolvem em operárias também diploides.
106. (FUVEST) Para que a célula possa transportar, para Os ovos não fertilizados dão origem aos machos
seu interior, o colesterol da circulação sanguínea, da colônia. Esses machos, chamados de bitus,
é necessária a presença de uma determinada irão fertilizar novas rainhas para a formação de
proteína em sua membrana. Existem mutações novos formigueiros. Como esses machos são
no gene responsável pela síntese dessa prote- haploides, transmitem integralmente para suas
ína que impedem a sua produção. Quando um filhas seu material genético. As rainhas transmi-
homem ou uma mulher possui uma dessas mu- tem para suas filhas e filhos apenas metade de
tações, mesmo tendo também um alelo normal, seu material genético.
apresenta hipercolesterolemia, ou seja, aumento Suponha um formigueiro onde todos os indiví-
do nível de colesterol no sangue. duos são filhos de uma mesma rainha e de um
A hipercolesterolemia devida a essa mutação mesmo bitu. Sobre as relações de parentesco
genético entre os indivíduos da colônia, é correto
tem, portanto, herança
afirmar que
a) autossômica dominante.
a) as operárias compartilham com os seus irmãos,
b) autossômica recessiva. os bitus, em média, 50% de alelos em comum,
c) ligada ao X dominante. o mesmo que compartilhariam com seus filhos
d) ligada ao X recessiva. machos ou fêmeas, caso tivessem filhos.
e) autossômica codominante. b) as operárias são geneticamente idênticas en-
tre si, mas não seriam geneticamente idênti-
107. A apneia obstrutiva do sono é um distúrbio ca- cas aos filhos e filhas que poderiam ter.
racterizado pela obstrução das vias respiratórias c) as operárias compartilham entre si, em mé-
superiores, causando paradas respiratórias du- dia, 75% de alelos em comum; caso tivessem
rante o sono. Além de promover diversos des- filhos, transmitiriam a eles apenas 50% de
pertares durante o episódio de sono, diminuindo seus alelos.
d) os bitus são geneticamente idênticos entre rentes distúrbios orgânicos humanos. Considere
si, mas não são geneticamente idênticos aos que o universo amostral que gerou os resultados
seus filhos e filhas. garante a reprodutibilidade dos mesmos.
e) a rainha tem maior parentesco genético com
Taxa de Concordância entre Gêmeos
as operárias que com os seus filhos bitus. Monozigóticos e Dizigóticos do mesmo sexo
1 2
3 4 5 6 7
8
afetados
normais
120. (IFNMG) O heredograma ilustra um tipo de heran- 121. (IFSMG) A melanina é um pigmento escuro da
ça autossômica que está relacionada com a inca- pele (caráter dominante) que apresenta impor-
pacidade de metabolizar a maltose. tante função de proteção contra os raios sola-
res. A incapacidade do organismo de produzir
essa substância causa o albinismo (caráter re-
cessivo). Na genealogia abaixo, onde os nú-
meros representam os casais 1, 2 e 3 é correto
afirmar que:
122. (CEFET – MG) O heredograma mostra a ocorrência da fibrose cística em uma determinada família. Essa
doença, de caráter autossômico, caracteriza-se por afecção pulmonar crônica, insuficiência pancreática
exócrina e aumento da concentração de cloreto no suor.
Analisando-se essa história familiar, é correto afirmar que a probabilidade do indivíduo IV-2 ser portador do
gene da fibrose cística é
a) 1/4. b) 1/3. c) 1/2. d) 2/3. e) 3/4.
(WGBH Educational Foundation e Clear Blue Sky Productions. Scientific American Brasil, 2001.)
Neste trecho do filme, Darwin, desolado com a doença de sua filha Annie, desabafa com o médico:
“– É minha culpa! Casamentos entre primos-irmãos sempre produzem filhos fracos.”
Na sequência, Darwin e sua esposa Emma choram a morte prematura de Annie. Darwin e Emma eram
primos-irmãos: a mãe de Darwin era irmã do pai de Emma.
Explique por que os filhos de primos-irmãos têm maior probabilidade de vir a ter uma doença genética que
não se manifestou em seus pais ou avós.
Supondo que a mãe de Darwin e o pai de Emma fossem heterozigotos para uma doença determinada por
alelo autossômico recessivo, e que o pai de Darwin e a mãe de Emma fossem homozigotos dominantes,
determine a probabilidade de o primeiro filho de Darwin e Emma ter a doença.
127. (UNICAMP) Em uma espécie de planta, o caráter c) os fenótipos de IX e X são os mesmos dos pais.
cor da flor tem codominância e herança mende- d) o fenótipo de IV é vermelho.
liana. O fenótipo vermelho é homozigoto domi-
nante, enquanto a cor branca é característica do 128. (CEFET – MG)
homozigoto recessivo. Considerando o esquema
“Nas células do corpo humano encontram-se
abaixo, é correto afirmar que
genes deletérios (causadores de doenças) que,
por serem recessivos, podem não estar se ma-
nifestando.”
Disponível em: < www.biomania.com.br/bio/conteudo.asp?cod=1224>.
Acesso em: 9 abr.de 2013
134. A fotografia a seguir apresenta um exemplo de emergenciais contam apenas com sangue do
uma medalha de identificação utilizada por sol- tipo AB, que é considerado doador universal.
dados estadunidenses. Além de ter o nome do c) O batalhão era composto apenas por indiví-
indivíduo, essas medalhas também registram duos de sangue do tipo O.
dados importantes para situações de resgate e d) Os estoques disponíveis para as transfusões
cuidado médico urgente. Em geral, as medalhas emergenciais contam apenas com sangue do
apresentam informações completas sobre a tipa- tipo O positivo ou negativo, doador universal
gem sanguínea dos militares. A medalha de iden- para sistema ABO.
tificação tem nome, número do seguro social,
tipo sanguíneo e religião. 135. Um homem com fenótipo O para tipo sanguíneo
e fator Rh+, genótipo Rr, casa-se com uma mu-
136. (IFNMG) No sistema ABO, distinguem-se quatro grupos sanguíneos: grupo A, grupo B, grupo AB e grupo O.
Usando o esquema abaixo e seus conhecimentos sobre compatibilidade para transfusão sanguínea, mar-
que a opção ERRADA:
BB ou IBIB
Grupo B
Produção de antígeno do tipo B Presença de anticorpo anti-A
BO ou IBi
OO ou ii Grupo O Não produção dos referidos antígenos Presença de anticorpos anti-A e anti-B
Fonte: SOARES, J. L. Biologia no Terceiro Milênio. v. 02. São Paulo: Scipione, 1999.
b) fraternos e que um dos genitores pertence ao Sobre essa família, estão corretas as afirmações
grupo A e o outro ao grupo B, sendo ambos a seguir, EXCETO:
heterozigóticos. a) O indivíduo 2 pode pertencer a qualquer um
c) univitelinos e que um dos genitores pertence dos grupos sanguíneos do sistema ABO.
ao grupo A e o outro ao grupo B, sendo am- b) O indivíduo 4 certamente tem sangue do gru-
bos homozigóticos. po AB.
d) fraternos e que um dos genitores pertence ao c) O indivíduo 6 é heterozigoto quanto ao grupo
grupo A e o outro ao grupo B, sendo ambos sanguíneo.
homozigóticos.
d) A probabilidade de que o indivíduo 9 tenha
e) fraternos e que um dos genitores pertence ao sangue do grupo O é de 50%.
grupo AB e o outro ao grupo O.
144. (IFMG) Os grupos sanguíneos são definidos em
141. (MACKENZIE) Uma mulher pertencente ao tipo san- função da presença de aglutinogênios na su-
guíneo A teve uma criança pertencente ao tipo B perfície das hemácias. Indivíduos portadores de
que sofreu eritroblastose fetal ao nascer. O pai da sangue do grupo A apresentam o aglutinogênio
criança é receptor universal e também teve eri- A, indivíduos portadores de sangue do grupo B
troblastose fetal. A probabilidade desse casal ter apresentam o aglutinogênio B, indivíduos por-
uma criança com o mesmo genótipo da mãe é de tadores de sangue do grupo AB apresentam
a) 1/2. c) 3/4. ambos os aglutinogênios e indivíduos do grupo
b) 1/8. d) 1/4. O não apresentam nenhum desses dois agluti-
nogênios.
e) 0.
O pai de Fernanda pertence ao grupo B, enquan-
142. (MACKENZIE) Uma mulher pertencente ao tipo san- to sua mãe pertence ao grupo sanguíneo A. Sua
guíneo A, Rh–, casa-se com um homem perten- avó materna e seu avô paterno possuíam sangue
cente ao tipo B, Rh+, que nasceu com eritroblas- do grupo O. Assim, a probabilidade de que Fer-
tose fetal. O casal tem uma filha pertencente ao nanda pertença ao grupo AB é de:
tipo O e que também nasceu com eritroblastose a) 100%. c) 50%.
fetal. Se essa menina se casar com um homem b) 75%. d) 25%.
com o mesmo genótipo do pai dela, a probabili-
dade de ter uma criança doadora universal é de 145. (IFMG) Joana e Mário se casaram e pretendem
d) 1/6. ter filhos no ano que vem. Mário é albino e pos-
a) 1/8.
sui sangue “tipo O”. Joana não é albina e possui
b) 1/4. e) 3/4. sangue do “tipo A”, mas seu pai, assim como
c) 1/2. Mário, é albino e possui sangue “tipo O”. Qual
é a probabilidade de o primeiro filho desse casal
143. (IFMG) Considere o heredograma abaixo, no qual ser um menino albino com sangue “tipo A”?
são representados os grupos sanguíneos de al- a) 1/4 c) 1/8
guns dos membros de uma família. b) 1/16 d) 1/2
a) 1. b) 2. c) 3. d) 4. e) 5.
147. (PUC – MG) As figuras mostram os resultados dos testes de hemoaglutinação realizados para uma mãe e
seu filho hoje adulto, mas que nasceu com a doença hemolítica do recém-nascido (eritroblastose fetal).
Observe que, para o indivíduo I, só houve aglutinação com o soro anti-A, enquanto que para o indivíduo II
só houve aglutinação com o soro anti-D (anti-Rh).
148. (UFJF) Um casal (mãe - tipo sanguíneo O negativo, e pai - tipo sanguíneo desconhecido) teve um filho A po-
sitivo. No segundo filho, todavia, a criança apresentou sintomas de eritroblastose fetal e faleceu. O exame
de sangue da criança morta foi do tipo B positivo. Baseado nas informações acima, qual tipo sanguíneo
abaixo seria o do pai?
a) AB negativo d) AB positivo
b) B positivo e) O positivo
c) A negativo
153. (UNESP)
A Distrofia Muscular de Duchenne (DMD) apre-
senta incidência de 1 a cada 3.500 nascimentos
de meninos. É causada por um distúrbio na pro-
dução de uma proteína associada à membrana
muscular chamada distrofia, que mantém a inte-
gridade da fibra muscular. Os primeiros sinais clí- O heredograma mostra que a característica lobo
nicos manifestam-se antes dos 5 anos, com que- da orelha solto NÃO pode ter herança:
das frequentes, dificuldade para subir escadas,
correr, levantar do chão e hipertrofia das panturri- a) autossômica recessiva, porque o casal I-1 e
lhas. A fraqueza muscular piora progressivamen- I-2 tem um filho e uma filha com lobos das
te, levando à incapacidade de andar dentro de orelhas soltos.
cerca de dez anos a partir do início dos sintomas. b) autossômica recessiva, porque o casal II-4 e
Trata-se de uma doença genética, com padrão de II-5 tem uma filha e dois filhos com lobos das
herança recessivo ligado ao cromossomo X. Na orelhas presos.
maioria dos casos, a mutação responsável pela c) autossômica dominante, porque o casal II-4 e
doença foi herdada da mãe do paciente (em ge- II-5 tem uma filha e dois filhos com lobos das
ral, assintomática).
(www.oapd.org.br. Adaptado.) orelhas presos.
d) ligada ao X recessiva, porque o casal II-1 e II-2
Considerando as informações do texto, explique tem uma filha com lobo da orelha preso.
por que as mulheres portadoras da mutação em
e) ligada ao X dominante, porque o casal II-4 e
geral são assintomáticas (não desenvolvem a
II-5 tem dois filhos homens com lobos das
doença).
orelhas presos.
Se uma mulher portadora da mutação, assinto-
mática, estiver grávida de um casal de gêmeos, 155. (MACKENZIE) Um homem daltônico e destro, filho
e o pai das crianças for um homem não portador de pai canhoto, casa-se com uma mulher de vi-
da mutação, quais as probabilidades de seus fi- são normal e canhota. O casal tem uma criança
lhos desenvolverem a doença? Justifique. do sexo masculino daltônica e destra. Conside-
rando que o daltonismo é condicionado por um
gene recessivo ligado ao X e o uso da mão es-
querda é determinado por um gene autossômico
recessivo, é correto afirmar que
a) a criança herdou o gene para o daltonismo do pai.
b) a mulher é heterozigota para ambas as carac-
terísticas.
c) todos os filhos do sexo masculino desse casal
serão daltônicos.
d) esse casal pode ter filhas daltônicas.
e) todas as crianças desse casal serão destras.
míope. Sabendo que a mãe da menina não é Sabendo que a determinação do sexo nesses
míope, assinale a alternativa correta. animais segue o mesmo padrão que nos huma-
a) A mãe é certamente daltônica. nos e analisando as informações acima, assinale
a afirmativa INCORRETA.
b) A menina é homozigota para ambos os genes.
a) Se a mosca 2 for fêmea, a mosca 4 é obriga-
c) A miopia é condicionada por um gene dominante.
toriamente macho.
d) Todos os filhos do sexo masculino desse ho-
b) Se a mosca 1 for macho, a mosca 3 é obriga-
mem serão daltônicos.
toriamente fêmea.
e) Essa menina poderá ter filhos de sexo mascu-
c) Se as moscas 1, 3 e 4 forem fêmeas, duas
lino não daltônicos.
delas são heterozigotas.
157. (CEFET – MG) d) Se a mosca 3 for macho, seu pai apresenta
obrigatoriamente o mesmo fenótipo.
As fêmeas de dragões de Komodo são heterogamé-
ticas (genótipo ZW) e os machos são homogamé-
159. (PUC – MG) Existe uma anomalia genética que
ticos (genótipo ZZ). Curiosamente, duas fêmeas
mantidas isoladas há mais de 2 anos, em diferen-
acarreta manchas nos dentes, determinada por
tes zoológicos, botaram ovos dos quais nasceram um gene dominante ligado ao sexo. Considere os
apenas machos. Estudos evidenciaram que seus cruzamentos:
descendentes são partenogenéticos e seguem o Casal I – constituído por um homem afetado e
padrão cromossômico citado, possibilitando, inclu- uma mulher normal;
sive, a fecundação de suas próprias progenitoras.
Assim, concluiu-se que as fêmeas podem alternar
Casal II – constituído por homem normal e mu-
entre a reprodução sexuada e assexuada. lher afetada, filha de pai normal.
WATTS, P. C., et al. Parthenogenesis in Komodo dragons. Nature, Sobre a descendência desses casais, é possível
Londres, 444, p.1021-1022, 21 dez. 2006 (Adaptado).
afirmar, EXCETO:
Apesar de a flexibilidade reprodutiva possibilitar a) metade dos descendentes do casal I será afe-
aumento da população desses animais, popula- tada.
ções isoladas apresentarão baixo poder adapta- b) metade dos descendentes do casal II será
tivo a longo prazo, pois haverá afetada.
a) perda de variabilidade genética. c) 50% das filhas do casal II serão homozigotas
b) diminuição do número de fêmeas. para o caráter.
c) impossibilidade de cruzamentos entre irmãos. d) machos e fêmeas serão igualmente afetados
d) desaparecimento dos indivíduos hermafroditas. na descendência dos casais I e II.
e) redução do número de cromossomos da es-
160. (UFJF) A síndrome de Down é uma doença ge-
pécie.
nética que promove uma série de alterações no
158. (PUC – MG) Nas moscas-da-fruta, a cor dos olhos é fenótipo do indivíduo portador. No ano de 2013,
uma herança genética ligada ao sexo. Olhos ver- um grupo de pesquisadores demonstrou que um
melhos constituem o caráter dominante e olhos gene responsável pela inativação de um dos cro-
brancos, o caráter recessivo. No heredograma, as mossomos X de mamíferos poderia ser utilizado
moscas 1 e 3 possuem olhos vermelhos e 2 e 4, para silenciar o cromossomo 21 extra, presente
olhos brancos. nos portadores da doença. Em relação à síndro-
me de Down, responda:
a) Que tipo de alteração cromossômica é en-
contrada nas células de indivíduos com sín-
drome de Down?
168. (UFJF) Os cães da raça labrador apresentam três tipos de pelagem: preta, marrom ou amarela. O alelo do-
minante B codifica a cor preta, enquanto que o recessivo b codifica para a cor marrom. Outro gene, chama-
do E, interfere na deposição do pigmento no pelo, sendo que E permite a deposição da cor e e não deixa o
pigmento se depositar, ficando o cão amarelo. Indique a proporção fenotípica esperada para o cruzamento
de um duplo heterozigoto (BbEe × BbEe) nos filhotes do cruzamento indicado.
a) Todos filhotes pretos
b) 12 pretos, 3 marrons e 1 amarelo
c) 9 pretos e 7 amarelos
d) 9 pretos, 3 marrons e 4 amarelos
e) Todos filhotes marrons
169. O quadro de Punnett a seguir apresenta os genótipos e fenótipos para a cor da pele em humanos. Sabendo
que se trata de um exemplo de herança quantitativa, analise o quadro e responda: quantos genótipos e
fenótipos estão representados no quadro?
AB Ab aB ab
a) 12 genótipos e 5 fenótipos.
b) 16 genótipos e 16 fenótipos.
c) 9 genótipos e 16 fenótipos.
d) 9 genótipos e 5 fenótipos.
170. (IFMG) Em cães labradores, a pelagem tipicamente pode ser preta, marrom ou dourada. Essa característica
é definida por dois pares de genes (B/b; E/e), da seguinte maneira: cães que têm pelo preto apresentam em
seu genótipo ao menos um gene B e um gene E; cães que têm pelo marrom são homozigotos recessivos bb
e apresentam ao menos um gene E; cães dourados apresentam genótipo ee associado aos alelos B ou b.
As afirmativas abaixo estão corretas, exceto:
a) Do cruzamento entre um macho e uma fêmea pretos, pode nascer um filhote dourado.
b) Do cruzamento entre um macho e uma fêmea dourados, pode nascer um filhote preto.
c) Do cruzamento entre um macho dourado e uma fêmea marrom, pode nascer um filhote preto.
d) Do cruzamento entre um macho preto e uma fêmea marrom, pode nascer um filhote dourado.