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Matemática
Formação Inicial e
Continuada
+
IFMG
Joice Stella de Melo Rocha
Rodrigo Figueiredo
Tiago de Oliveira Dias
Pré-IFMG: Matemática
1ª Edição
Belo Horizonte
Instituto Federal de Minas Gerais
2021
© 2021 by Instituto Federal de Minas Gerais
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reproduzida ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico
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FICHA CATALOGRÁFICA
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
CDD 510
Catalogação: Rejane Valéria Santos- CRB-6/2907
2021
Direitos exclusivos cedidos ao
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CEP: 30575-180, Buritis, Belo Horizonte – MG,
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Sobre o material
Formulário de
Sugestões
Bons estudos!
Joice Stella de Melo Rocha
Rodrigo Figueiredo
Tiago de Oliveira Dias
Apresentação do curso
Este curso está dividido em doze semanas, cujos objetivos de cada uma são
apresentados, sucintamente, a seguir.
NÚMEROS
O princípio fundamental da contagem. Resolver e elaborar problemas
SEMANA 1 de contagem cuja resolução envolva a aplicação do princípio
multiplicativo.
PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA
Cálculo de probabilidade de eventos. Calcular a probabilidade de
eventos, com base na construção do espaço amostral, utilizando o
SEMANA 2 princípio multiplicativo, e reconhecer que a soma das probabilidades
de todos os elementos do espaço amostral é igual a 1.
PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA
Eventos dependentes e independentes. Reconhecer, em
SEMANA 3 experimentos aleatórios, eventos independentes e dependentes e
calcular a probabilidade de sua ocorrência, nos dois casos.
PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA
Medidas de tendência central e de dispersão. Obter os valores de
medidas de tendência central de uma pesquisa estatística (média,
SEMANA 4 moda e mediana) com a compreensão de seus significados e
relacioná-los com a dispersão de dados, indicada pela amplitude.
ÁLGEBRA
Equações polinomiais do 1º grau
Resolver e elaborar problemas que possam ser representados por
SEMANA 5 equações polinomiais de 1º grau, redutíveis à forma ,
fazendo uso das propriedades da igualdade.
ÁLGEBRA
SEMANA 6 Equações polinomiais de 2º grau. Resolver e elaborar, problemas
que possam ser representados por equações polinomiais de 2º grau.
ÁLGEBRA
SEMANA 7 Expressões algébricas: fatoração e produtos notáveis. Identificar e
desenvolver um produto notável.
ÁLGEBRA
Expressões algébricas: fatoração e produtos notáveis. Compreender
SEMANA 8 os processos de fatoração de expressões algébricas, com base em
suas relações com os produtos notáveis.
GEOMETRIA
Polígonos. Reconhecer, nomear e comparar polígonos, considerando
lados, vértices e ângulos, e classificá-los em regulares e não
regulares. Identificar características dos triângulos e classificá-los em
relação às medidas dos lados e dos ângulos. Identificar
SEMANA 9 características dos quadriláteros, classificá-los em relação a lados e
a ângulos e reconhecer a inclusão e a intersecção de classes entre
eles. Calcular medidas de ângulos internos de polígonos regulares,
sem o uso de fórmulas, e estabelecer relações entre ângulos internos
e externos de polígonos.
GEOMETRIA
SEMANA 10 Semelhança de triângulos. Reconhecer as condições necessárias e
suficientes para que dois triângulos sejam semelhantes.
GEOMETRIA
Relações métricas no triângulo retângulo e Teorema de Pitágoras
GEOMETRIA
Retas paralelas cortadas por transversais: Teorema de Tales.
Resolver e elaborar problemas de aplicação do teorema de Pitágoras
SEMANA 12 ou das relações de proporcionalidade envolvendo retas paralelas
cortadas por secantes.
Objetivos
Resolver e elaborar problemas de contagem cuja resolução
envolva a aplicação do princípio multiplicativo.
SALGADOS BEBIDAS
Sua primeira constatação, fazendo uma contagem simples, era de que havia cinco
opções de salgados e 4 opções de bebidas. Diante dessas opções, ela começou a pensar
quantos dias seriam necessários para que ela fizesse todas as possíveis combinações de
lanche, sem repetir em nenhum dia o mesmo pedido de um salgado e uma bebida.
Hipotenusa Maria então pensou que, caso ela comprasse o pão de queijo, seu
preferido, poderia fazer o pedido de qualquer uma das QUATRO bebidas disponíveis
(sucos de laranja, abacaxi, uva ou refrigerante). Ora, ela então comeria este mesmo
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Plataforma +IFMG
salgado em quatro dias diferentes variando apenas a bebida, ou seja, sem repetir o pedido
de seu lanche.
Para os outros salgados o raciocínio seria análogo e como são CINCO opções de
salgados no cardápio, Hipotenusa Maria concluiu que precisaria de
dias para consumir todas as possibilidades de lanche com um salgado e uma bebida, sem
repetir o pedido.
O que está por detrás do pensamento de nossa pequena calculista é alvo de estudo
da Matemática, e é denominado e definido da seguinte forma:
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Plataforma +IFMG
A pergunta que veio à mente de Hipotenusa Maria foi: quantos looks diferentes
formados por uma camisa, uma calça e um sapato ela poderia montar? Aqui é importante
ressaltar que nossa jovem pouco se preocupa com as cores da moda e quais combinações
são aprovadas pelos critérios do mundo fashion; logo, ela é livre para combinar qualquer
camisa com qualquer calça e qualquer sapato, sem restrições.
Como ela identificou que deverá escolher camisa E uma calça E um sapato,
rapidamente se lembrou da definição do PFC e concluiu que deveria invocá-lo para
solucionar essa questão.
Sendo assim ela identificou a quantidade de opções em cada etapa e realizou a
seguinte operação:
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Plataforma +IFMG
Solução
Podemos notar que precisamos fazer três escolhas dentro dessa questão, ou seja, o
problema será resolvido em três etapas: escolher um crustáceo e um primata e um roedor.
Destacando o uso do conectivo E podemos deduzir que será aplicado o PFC e assim
temos:
O Brasil encontra-se dividido em dez regiões postais para fins de codificação. Cada
região foi dividida em dez sub-regiões. Cada uma dessas, por sua vez, foi dividida em dez
setores. Cada setor, dividido em dez subsetores. Por fim, cada subsetor foi dividido em dez
divisores de subsetor. Além disso, sabe-se que os três últimos algarismos após o hífen são
denominados de sufixos e destinam-se à identificação individual de localidades,
logradouros, códigos especiais e unidades dos Correios.
A faixa de sufixos utilizada para codificação dos logradouros brasileiros inicia em
000 e termina em 899.
Quantos CEPs podem ser formados para a codificação de logradouros no Brasil?
A) B) C) D) E)
Solução
Novamente vamos aplicar o PFC, pois todo CEP deve ter todos os 7 dígitos, logo
devemos escolher o primeiro, e o segundo, e assim por diante.
Considerando a quantidade de opções em cada etapa temos:
20
Plataforma +IFMG
Resposta: alternativa E) .
ENEM 2015)
A bandeira de um estado é formada por cinco faixas, A, B, C, D e E, dispostas
conforme a figura.
Deseja-se pintar cada faixa com uma das cores verde, azul ou amarelo, de tal forma
que faixas adjacentes não sejam pintadas com a mesma cor.
O cálculo do número de possibilidades distintas de se pintar essa bandeira, com a
exigência acima, é
A)
B)
C)
D)
E)
Solução
Vamos contar a quantidade de opções que temos para pintar a bandeira partindo da
região A e seguindo em ordem alfabética. Repare que o PFC é aqui aplicado pois devemos
pintar a região A e a região B e assim até a região E.
Para região A temos à disposição todas as três cores (3 opções), quando partimos
para a região B, uma vez que a região A já está pintada não podemos repetir a cor usada,
logo temos uma cor a menos que na região A (2 opções). Para a região C, que é adjacente
a A e B, teremos apenas uma cor disponível (1 opção). Para a região D também teremos
apenas uma cor, uma vez que esta é adjacente às regiões A e C (1 opção). Por fim, ao
pintar a região E só não poderemos usar a mesma cor da região D, ou seja, teremos duas
cores disponíveis (2 opções).
Resposta: alternativa B) .
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Plataforma +IFMG
4. (ENEM 2012) O diretor de uma escola convidou os 280 alunos de terceiro ano a
participarem de uma brincadeira. Suponha que existem 5 objetos e 6 personagens numa
casa de 9 cômodos; um dos personagens esconde um dos objetos em um dos cômodos
da casa. O objetivo da brincadeira é adivinhar qual objeto foi escondido por qual
personagem e em qual cômodo da casa o objeto foi escondido.
Todos os alunos decidiram participar. A cada vez um aluno é sorteado e dá a sua
resposta. As respostas devem ser sempre distintas das anteriores, e um mesmo aluno não
pode ser sorteado mais de uma vez. Se a resposta do aluno estiver correta, ele é
declarado vencedor e a brincadeira é encerrada. O diretor sabe que algum aluno acertará
a resposta porque há
A) 10 alunos a mais do que possíveis respostas distintas.
B) 20 alunos a mais do que possíveis respostas distintas.
C) 119 alunos a mais do que possíveis respostas distintas.
D) 260 alunos a mais do que possíveis respostas distintas.
E) 270 alunos a mais do que possíveis respostas distintas.
Solução
Temos exatamente 3 etapas para definir o total de possibilidades: a escolha do
personagem (6 opções), a escolha do cômodo (9 opções) e a escolha do objeto (5
opções), logo o total de respostas possíveis é dado por:
Uma vez que a escola tem 280 alunos, temos 10 alunos a mais que a quantidade de
respostas possíveis.
Resposta: alternativa A) 10 alunos a mais do que possíveis respostas distintas.
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Semana 2 – Cálculo da probabilidade de um eventoPlataforma +IFMG
Objetivos
Calcular a probabilidade de eventos, com base na construção
do espaço amostral, utilizando o princípio multiplicativo, e
reconhecer que a soma das probabilidades de todos os
elementos do espaço amostral é igual a 100%.
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Plataforma +IFMG
para a vitória. A figura 2.1, chamada árvore de possibilidades, pois se assemelha aos
galhos de uma árvore, ilustra essas situações:
Fermat vence
Pascal vence
Partida 1 Placa: 10 a 7
Placar: 9 a 8
Fim do jogo
Fermat vence
Pascal vence
Partida 2 Placar: 10 a 8
Placar: 9 a 9
Fim do jogo
De forma conjunta, Pascal e Fermat concluíram que essa história poderia ter 4 finais
(representados pelos 4 retângulos da Figura 1) e que em 75% deles (3 retângulos laranjas)
Fermat era o vencedor e em apenas 25% (1 retângulo azul) Pascal ganharia. Com base
nisso, a forma mais justa seria dividir as 160 moedas da seguinte forma: 120 para Fermat
(75% de 160) e 40 para Pascal (25% de 160).
Este problema é considerado o marco histórico que deu início às teorias sobre
probabilidades, em que se passou a tratar problemas semelhantes com base nas
possibilidades do que poderia ocorrer, ou seja, calculando a probabilidade de ocorrência
de um evento.
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Plataforma +IFMG
Exemplo: Se abandonarmos uma moeda de uma certa altura, ela irá cair.
Espaço amostral: conjunto de todos os resultados possíveis de um experimento
aleatório. Representado, em geral, pela letra S.
Exemplo 1: Lançar uma moeda e verificar a face voltada para cima.
S = {cara, coroa}
Exemplo 2: Lançar um dado de 6 faces e verificar a face voltada para cima.
S = {1, 2, 3, 4, 5, 6}
Evento: subconjunto do espaço amostral.
Exemplo 1: Lançar uma moeda e verificar a face voltada para cima.
A: Não acontecer nada: → evento impossível
B: Cair cara: * + → evento simples
C: Cair coroa: * + → evento simples
D: Cair cara ou coroa: * +→ evento certo
Exemplo 2: Lançar um dado de 6 faces e verificar a face voltada para cima.
A: Não acontecer nada: → evento impossível
B: Cair o número 1: * + → evento simples
C: Cair um número par: * +
D: Cair um múltiplo de 3: * +
E: Cair um número menor que 7: * + → evento certo
Os eventos podem ser classificados de diferentes maneiras. Algumas, inclusive, já
foram citadas nos exemplos anteriores, mas serão agora formalmente definidas:
Evento impossível: não há qualquer chance que ocorra.
Evento certo: necessariamente irá ocorrer.
Evento simples: representado por um conjunto unitário.
Eventos equiprováveis: possuem a mesma probabilidade de ocorrência.
Eventos independentes: a ocorrência de um não altera a probabilidade do outro.
Eventos mutuamente excludentes: a ocorrência de um garante que o outro não
irá ocorrer.
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Plataforma +IFMG
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Plataforma +IFMG
Bolinhas com todos os números entre 1 e 1000 (incluindo esses dois) são colocadas
em uma urna e uma delas é sorteada aleatoriamente. Calcule a probabilidade de:
a) O número ser par.
b) O número ser divisível por 3.
c) O número não ser divisível por 3.
d) O número ser divisível por 2 e por 3.
e) O número ser divisível por 2 ou por 3.
Solução
a) Neste espaço amostral é fácil perceber que dos 1000 números exatamente
metade é par. Logo, considerando como A o conjunto dos números pares
temos:
( )
d) Um número será divisível por 2 e 3 quando for divisível por 6 (pois 6 é o mínimo
múltiplo comum entre esses números). Pelo mesmo processo, 996 é o último
número na lista com essa propriedade e como , temos:
( )
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Plataforma +IFMG
( )
Solução
Nesta questão é importante definir bem qual é o espaço amostral, pois uma
interpretação incorreta deste ponto levará a indicação de uma resposta equivocada. Uma
vez que já sabemos que o candidato apontou para uma das cidades do Vale do Rio Doce,
não temos mais todos os campi como opções, reduzindo nosso espaço amostral para um
conjunto de apenas 3 elementos.
Sendo assim, a probabilidade de o candidato acertar exatamente São João
Evangelista é uma em três, ou
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Plataforma +IFMG
2. (ENEM 2001) Um município de 628 km² é atendido por duas emissoras de rádio
cujas antenas A e B alcançam um raio de 10km do município, conforme mostra a figura:
Para orçar um contrato publicitário, uma agência precisa avaliar a probabilidade que
um morador tem de, circulando livremente pelo município, encontrar-se na área de alcance
de pelo menos uma das emissoras. Essa probabilidade é de, aproximadamente,
Solução
Para determinarmos a probabilidade solicitada precisamos antes obter a área de
cobertura das rádios, representada pelos dois setores circulares. A área do setor circular
depende do ângulo e este por sua vez pode ser determinado pela soma dos ângulos
internos do trapézio da figura.
Sabemos que a soma dos ângulos internos de um quadrilátero convexo é 360º (mas
detalhes deste resultado serão apresentados no capítulo 9 deste material). Como dois dos
ângulos são retos, totalizando 180º, os dois que representam os setores circulares também
totalizam 180º. Sendo assim, a soma das áreas dos dois setores equivale à metade de um
círculo, logo, a área total de cobertura das rádios é:
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Plataforma +IFMG
Bons estudos!
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Semana 3 – Eventos dependentes e independentes
Plataforma +IFMG
Objetivos
Reconhecer, em experimentos aleatórios, eventos
independentes e dependentes e calcular a probabilidade de
sua ocorrência, nos dois casos.
Claro que a discussão entre os irmãos não iria parar por aí. A próxima questão
proposta por Hipotenusa foi: e se retirarmos as duas cartas do mesmo baralho? Qual a
probabilidade de novamente termos a Dama de paus e o Ás de espadas? E já emendando
uma resposta, Hipotenusa afirmou acreditar que nada mudaria em relação à situação
anterior de dois baralhos.
Cateto, sempre mais cuidadoso, parou um pouco para pensar e percebeu que ao
retirar uma carta do baralho de 52 cartas, este ficaria com 51 cartas para a segunda
retirada, caracterizando assim uma mudança no tamanho do espaço amostral. Logo, já
não se podia pensar da mesma forma. A probabilidade de retirar o Ás de espadas é de
1/52, assim como a probabilidade de retirar a Dama de paus, mas se um evento ocorrer
logo após o outro, a probabilidade do segundo evento não seria mantida. Aqui podemos
perceber que a ocorrência de um evento afeta a probabilidade de ocorrência do outro e,
neste caso, temos os chamados eventos dependentes.
Formalizando este conceito, temos que:
qual a chance de retirarmos o Ás de espadas sabendo que a primeira carta retirada foi a
Dama de Paus?
Usando a notação introduzida no quadro anterior e chamando de A o evento retirar
o Ás de espadas e D o evento retirar a Dama de paus, temos:
( / )
( )
Solução
Perceba que o fato da moeda de 5 centavos sair coroa (ou cara) em nada muda a
probabilidade das demais moedas, caracterizando assim eventos independentes nesta
questão. Dessa forma podemos aplicar a relação que determina que a ocorrência de todos
os resultados coroa nada mais é do que a multiplicação das probabilidades individuais de
cara moeda resultar em coroa:
2. (ENEM 1998)
Texto para as duas próximas questões
Em um concurso de televisão, apresentam-se ao participante 3 fichas voltadas para
baixo, estando representadas, em cada uma delas, as letras T, V e E. As fichas
encontram-se alinhadas em uma ordem qualquer. O participante deve ordenar as fichas ao
seu gosto, mantendo as letras voltadas para baixo, tentando obter a sigla TVE. Ao desvirá-
las, para cada letra que esteja na posição correta ganhará um prêmio de R$ 200,00.
A) 0 B) C) D) E)
Solução
Primeiramente vamos considerar que carta, ao ser desvirada, seja um evento e
vamos discutir se estes são dependentes ou independentes. Uma breve análise permite
chegar à conclusão de que ao tomarmos uma possibilidade de resultado para a primeira
carta: vamos supor que ao virar a primeira carta obtemos a letra V, implicando assim em
erro, pois na sigla TVE o participante pretende obter a letra T na primeira carta para ser
premiado. Repare que neste caso já sabemos que a segunda carta será também errada,
pois o V já foi retirado na primeira, entretanto, se outra carta tivesse sido colocada na
primeira posição essa afirmativa não poderia ser feita. Sendo assim, temos aqui eventos
dependentes, pois a ocorrência de um afeta diretamente a probabilidade de ocorrência do
outro.
É fácil notar, usando o PFC (em caso de dúvidas retorne ao Capítulo 1), que temos
ao todo possibilidades de disposição das cartas, logo, nosso espaço amostral
possui 6 elementos. Destes, apenas dois não possuem nenhuma letra no local correto
(VET e ETV); sendo assim, usando a definição clássica de probabilidade temos:
Resposta: alternativa B) .
3. ENEM 1998
A probabilidade de o concorrente ganhar exatamente o valor de R$ 400,00 é igual
a:
A) 0 B) C) D) E)
Solução
Esta questão pode ser pensada de algumas formas, mas existe um aspecto que a
torna especialmente simples.
Para que o concorrente ganhe exatamente R$400,00 ele deve acertar exatamente
duas letras. Entretanto, caso ele acerte duas letras, necessariamente a terceira também
estará no local correto, fazendo com ele receba R$600,00 e não os R$400,00 indicados,
logo podemos concluir que se trata de um evento impossível.
Resposta: alternativa A) 0.
Objetivos
Obter os valores de medidas de tendência central de uma
pesquisa estatística (média, moda e mediana) com a
compreensão de seus significados e relacioná-los com a
dispersão de dados, indicada pela amplitude.
Mas o que esse número significa? O professor que havia discutido estatística
recentemente com suas turmas sabia que, caso toda a turma tivesse o mesmo
desempenho, mantendo o desempenho médio, todos teriam obtido nota 19. Ou seja, a
média vai representar todos os elementos da amostra através de um único número que
indica a tendência central dos dados.
Voltando à pergunta, agora o professor já tinha algo mais simples de usar como
comparativo, mas precisava de um parâmetro. Em sua escola, a nota máxima da etapa era
30 e o estudante conseguia aprovação quando tinha um desempenho mínimo de 60%,
neste caso, 18 pontos. Sendo assim, a turma obteve média que está acima da pontuação
mínima para aprovação.
Sempre preocupado com o aprendizado dos estudantes, o Prof. Euclides começou
então a pensar em estratégias para melhorar os resultados na próxima etapa e já pensou
em uma proposta. Ele iria dividir a turma em dois grupos de acordo com o desempenho na
etapa, de forma que cada estudante no grupo com melhor desempenho formaria dupla
com um estudante do grupo com pior desempenho, e cada dupla faria em parceria as
atividades da etapa seguinte. Uma vez traçada esta estratégia, faltava dividir os estudantes
nos dois grupos. E para isso era preciso também estabelecer um ponto de corte. Seria a
19, a média, esse ponto?
Não, neste caso o Prof. Euclides recorreu a uma outra medida estatística, chamada
mediana. A mediana é exatamente o valor que ele precisa para dividir a turma em dois
grupos de mesmo tamanho e para sua obtenção o primeiro passo foi colocar todas as
notas em ordem crescente, conforme segue:
7 8 8 10 11 11 12 13 13 15
15 16 16 16 17 18 20 20 20 20
24 27 28 28 29 29 29 30 30 30
Como a turma tem 30 estudantes, não existe uma nota que está exatamente no
meio do rol e, neste caso, tomamos a média entre os dois valores centrais. As notas que
estão na 15ª e 16ª posições do rol são iguais a 17 e 18, respectivamente, logo, a mediana
é igual a 17,5. Dessa forma o professor terá um grupo com todos os estudantes com nota
inferior 17,5 e outro com estudantes com nota superior a 17,5, chegando assim a grupos
com 15 estudantes cada, ou seja, metade da turma em cada um deles.
Ao finalizar sua estratégia, o Prof. Euclides foi até a sala dos professores, onde
topou com seu colega, o Prof. Arquimedes, que leciona ciências com ele no Instituto
Federal Pitagórico. O Prof. Arquimedes estava comentando justamente sobre um fato
curioso em relação as notas de Ciências de sua turma: muitos estudantes obtiveram
exatamente 20 pontos na etapa e nenhum outro resultado se repetiu com tanta frequência
quanto este na sua disciplina. Neste momento o Prof. Euclides, lembrando dos dados de
sua turma, respondeu: acredito que este resultado esteja na moda, caro colega, pois na
minha turma ocorreu o mesmo fenômeno, o resultado que apareceu com maior frequência,
foi justamente o 20, nota esta obtida por exatamente 4 estudantes.
Por fim, mas não menos importante, temos a moda, denotada por Mo e que é
representa pelo elemento que aparece com maior frequência no conjunto. Note que a
moda pode não ser única, ou seja, podem existir dois ou mais elementos com a mesma
frequência, sendo esta a maior, e, neste caso, dizemos que nosso conjunto é multimodal e
todos estes elementos são considerados moda. Por outro lado, se nenhum elemento se
repete no conjunto, temos então um conjunto amodal, ou seja, que não possui moda. É
importante salientar que dentre todas as medidas aqui apresentadas como de tendência
central, a moda é a que menos é afetada por valores extremos.
(IFMG 2018/1) Ao analisar a lagoa de uma cidade, uma ONG observou que
estavam morrendo em média oitocentos peixes por mês, devido à baixa oxigenação da
água causada por um tipo de contaminação por resíduos hospitalares. Estima-se que,
naquele mês, ainda havia na lagoa analisada cerca de 16000 peixes vivos.
Desconsidere o nascimento de novos peixes e considere que essa média mensal de
mortes continue constante.
Pode-se dizer que, daqui a um ano, a quantidade de peixes vivos nessa lagoa será
de
A) 15200 B) 9600 C) 6400 D) 20
Solução
Como a média permanecerá constante ao longo do período de 1 ano (12 meses)
podemos obter o total de peixes mortos por:
(IFMG 2018/1) A fim de detectar quais estados brasileiros consomem mais água, o
Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento – SNIS – faz um levantamento anual
do consumo. Em seu último diagnóstico, feito em 2015, dos estados da região Sudeste, o
Espírito Santo apresentou uma média de consumo de 178 litros por pessoa por dia, Minas
Gerais 149, São Paulo 159 e o Rio de Janeiro foi o estado de maior consumo na região. A
média aritmética do consumo dos quatro estados foi de 185 litros por pessoa por dia.
Qual foi o consumo do Rio de Janeiro, em litros por pessoa por dia?
A) 168 B) 208 C) 243 D) 254
Solução
Nesta questão iremos aplicar o conceito de média para determinar um dos
elementos do conjunto que gerou a média dada, ou seja, temos:
Podemos tratar a expressão acima como uma equação e resolvê-la para obter o
valor desconhecido. Este, inclusive, será tema da próxima semana de aula. Mas aqui,
iremos abordar outra possibilidade, que inclusive, tem relação com a estratégia de
resolução da questão anterior. Se o consumo de água dos 4 estados fosse constante e
igual a média, teríamos o mesmo consumo total no período, ou seja, .
Considerando apenas os três estados para os quais foram fornecidos os consumos
individuais já temos um total de: . Para que se chegar ao total de
740, o RJ então teve um consumo de água em litros por pessoa de: .
Resposta: alternativa D) 254.
(IFMG 2019/1) Um corredor de 100 metros rasos faz treinos diários para melhorar
seu desempenho. Em um dia, ele fez 10 corridas na pista e obteve uma média de tempo
de exatos 11 segundos. No dia seguinte, ele fez apenas 5 corridas e obteve os seguintes
tempos: 11 segundos; 10,5 segundos; 11,2 segundos; 10,4 segundos e 10,4 segundos.
A média de todos os tempos obtidos pelo corredor nesses dois dias, em segundos,
foi de:
A) 10,70 B) 10,75 C) 10,85 D) 10,90
Solução
Vamos, aqui, aplicar o conceito de média de maneira mais direta, mas com um
cuidado especial relacionado à quantidade de elementos do conjunto em questão.
Temos a informação de que no primeiro dia o corredor fez 10 corridas e no segundo
dia apenas 5 corridas, ou seja, nos dois dias ele fez um total de 15 corridas. Confrontando
com a fórmula para o cálculo da média, já sabemos então que o denominador, que
representa a quantidade de elementos será 15.
Essa informação é importante para tratarmos agora da soma dos elementos, pois
uma interpretação desatenta poderia levar a somar os seis valores apresentados como
tempo: 11 segundos, 11 segundos; 10,5 segundos; 11,2 segundos; 10,4 segundos e 10,4
segundos. Entretanto, teríamos uma inconsistência aqui, uma vez que se temos 15
elementos, devemos ter uma soma com 15 parcelas. E, para chegarmos a todas elas,
devemos considerar que no primeiro dia o corredor fez 10 corridas, com média de tempo
de 11 segundos, ou seja, posso considerar que a soma de todos os tempos das dez
corridas é igual: . Sendo assim, já computamos 10 das 15 parcelas de nossa
soma, faltando agora acrescentar os últimos 5 tempos, referentes ao segundo dia, assim
obtendo:
Objetivos
Nesta semana vamos aprender a identificar uma equação de
1º grau, como determinar sua solução e resolver problemas
que envolvam equações desse tipo.
5.1. Introdução
As equações são muito conhecidas na Matemática e muito úteis no nosso dia a dia.
Existem vários tipos de equações e maneiras de resolvê-las; neste curso vamos aprender
sobre as equações polinomiais de 1º grau.
Vamos começar nosso estudo analisando as seguintes situações:
1 - Ana foi à sorveteria e comprou um sorvete de chocolate, ela pagou R$20,00 e
recebeu R$12,00 de troco. Quanto custou o sorvete?
2 - Júlia economizou para uma viagem no final do ano com sua turma da escola. Ela
guardou moedas de 50 centavos e de 25 centavos em um cofre. Quando abriu o
cofre ela tinha um total de 620 moedas, sendo que a quantidade de moedas de 50
centavos é o triplo da quantidade de moedas de 25 centavos. Quantos reais Júlia
possui para a viagem?
3 - O avô de José propôs um desafio para ele e seu irmão Paulo. Ele disse que
possui coelhos e galinhas em seu quintal totalizando 30 animais. Contou o número
de patas dos animais e contabilizou um total de 70 patas. O desafio proposto foi:
Quantas galinhas há no quintal? José afirma que são 15 galinhas e Paulo 25; quem
acertou?
Uma equação do 1º grau é uma equação que pode ser escrita da forma , em
que ( ú ) ≠
x é a incógnita da equação (a incógnita pode ser representada por qualquer
letra).
a é um número real, diferente de zero, que multiplica a incógnita e é chamado
de coeficiente.
b é um número real e é chamado de termo independente.
a adição, subtração, multiplicação ou divisão por um mesmo número nos dois membros de
uma equação, a igualdade não se altera.
Vamos resolver a equação onde * +.
O nosso objetivo é encontrar um valor para x que deixe essa igualdade verdadeira;
então, através desses dois princípios vamos ajustar a equação de forma que o x fique
sozinho no 1º membro da equação.
Para isso, vamos eliminar o número 20 usando o princípio aditivo acrescentando
seu oposto (-20) nos dois membros da equação:
Observe que o x ainda está multiplicado por -1, então podemos multiplicar ambos os
membros por -1 de forma a deixar o x positivo e dessa forma encontramos a solução.
( ) ( )
* +
Que é o resultado esperado para a solução do problema proposto.
Mais um exemplo: Resolva a equação
( )
( )
* +
Forma Prática
Estando os princípios aditivo e multiplicativo da igualdade bem definidos, podemos
resolver equações de 1º grau de uma forma bem mais prática.
Quando vamos resolver uma equação, o objetivo é encontrar um valor para a
incógnita que deixará a equação verdadeira; então, temos que achar uma maneira de
isolar essa incógnita no primeiro membro da equação, em seguida mudamos os
elementos, que são a parte numérica de membro, aplicando operações inversas.
Observe essas instruções de forma mais simples:
1) Objetivo: isolar a incógnita (x=?).
2) Mudar elementos de membro (parte numérica).
3) Aplicar operações inversas ( )
* +
Vamos praticar mais um pouco, agora com exemplos que envolvam mais elementos
e considerando o conjunto universo .
1) ( ) ( )
* +
2)
Solução
Primeiro é preciso determinar o mínimo múltiplo comum (MMC) dos denominadores
logo, MMC (2,3) = 6.
Em seguida, multiplicamos os dois membros da equação por esse valor aplicando a
propriedade distributiva no lado esquerdo:
( )
( ) ( )
Próximo passo é aplicar novamente a propriedade distributiva e somar os termos
semelhantes:
* +
Vamos lá?
2 - Júlia economizou para uma viagem no final do ano com sua turma da escola. Ela
guardou moedas de 50 centavos e de 25 centavos em um cofre. Quando abriu o cofre ela
tinha um total de 620 moedas, sendo que a quantidade de moedas de 50 centavos é o
triplo da quantidade de moedas de 25 centavos. Quantos reais Júlia possui para a viagem?
Solução
Primeiro vamos destacar as informações importantes:
Valores conhecidos
Total de moedas: 620
Valores desconhecidos
Quantidade moedas de 50 centavos
Quantidade de moedas de 25 centavos
Total em reais
Pergunta
Total em reais
Para encontrar o total que Júlia possui, primeiro precisamos encontrar a quantidade
de moedas de 50 e 25 centavos.
Vamos chamar de x a quantidade de moedas de 25 centavos
Destacamos no enunciado que a quantidade de moedas de 50 centavos é o triplo
da quantidade de moedas de 25 centavos, portanto a quantidade de moedas de 50
centavos é 3x.
Próximo passo é formular uma equação com as informações dadas, para isso
vamos usar o valor conhecido do total de moedas que é a soma das quantidades de
moedas de 25 e 50 centavos.
Resolvendo a equação:
3 - O avô de José propôs um desafio para ele e seu irmão Paulo. Ele disse que
possui coelhos e galinhas em seu quintal totalizando 30 animais. Contou o número de
patas dos animais e contabilizou um total de 70 patas. O desafio proposto foi: Quantas
galinhas há no quintal? José afirma que são 15 galinhas e Paulo 25, quem acertou?
Solução
Destacar as informações importantes:
Valores conhecidos
Total de animais: 30
Total de patas: 70
Valores desconhecidos
Quantidade de galinhas
Quantidade de coelhos
Pergunta
Quantidade de galinhas
Exercícios Resolvidos
1) Três números são inteiros consecutivos e do menor têm o mesmo valor do que
a metade do maior mais 1. Quais são esses três números?
Solução
Queremos encontrar três números consecutivos,
⏟ ⏟ ⏟
para isso vamos chamar de x o número que está na segunda posição, o seu
antecessor e de o seu sucessor.
⏟ ⏟ ⏟
Temos que do menor entre eles é igual a metade do maior mais um, portanto
( ) ( )
Resolvendo a equação:
( ) ( )
[ ( )] [ ( ) ]( ( ) )
( ) ( )
Portanto,
Os três números são: 8, 9, 10.
( )
4) (IFMG - 2014) Um estudante sai de casa e vai à escola. No recreio ele gasta, em
lanche, do que tem na carteira. Gasta do que possuía inicialmente em uma papelaria,
ao comprar um caderno, e ainda lhe sobram R$ 19,00. A quantia que esse estudante tinha,
inicialmente, na carteira era:
a) R$ 25,00
b) R$ 27,00
c) R$ 30,00
d) R$ 35,00
Solução
Vamos chamar de x a quantia que ele tinha inicialmente.
( )
5) (IFMG – 2014) A professora Teresa comprou balas para dar aos seus alunos que
foram aprovados no processo seletivo do IFMG. Quando saiu o resultado, ela notou que,
se desse 25 balas para cada aluno, faltariam 20 balas e, se desse 20 balas para cada um,
sobrariam 20 balas. Nestas condições, é correto afirmar que a professora Teresa:
a) Comprou mais de 200 balas
b) Comprou uma quantidade de ímpar de balas.
c) Possui mais de 10 alunos aprovados no processo seletivo do IFMG
d) Possui uma quantidade par de alunos aprovados no processo do IFMG
Solução
Vamos chamar de x o número de aprovados.
Se ela distribuir 25 balas faltam 20, então podemos escrever em termos de x a
seguinte sentença
Terminamos esta semana de estudos por aqui, aproveite para descansar e rever os
principais conceitos e pontos onde você teve mais dificuldade.
Objetivos
Nesta semana vamos aprender a identificar uma equação de
segundo grau, como determinar sua solução e resolver
problemas que envolvem esse tipo de equação.
6.1 Introdução
Vamos iniciar esta semana com mais três desafios e, através deles, fazer outras
descobertas pelo mundo da Matemática.
1) Determine o lado de um quadrado sabendo que sua área é 16cm 2.
2) Quando Júlia nasceu, sua mãe tinha 20 anos. Se multiplicarmos as idades que
possuem hoje o resultado é o dobro do quadrado da idade de Júlia. Qual a idade
da mãe e da filha?
Para resolver as situações acima, vamos usar as mesmas orientações dadas para
resolver problemas envolvendo equações do primeiro grau.
1) Pensando na primeira situação:
Valores conhecidos
Área do quadrado: 16 cm2
Valores desconhecidos
O lado do quadrado
Pergunta
Medida do lado do quadrado
Vamos chamar de x o lado do quadrado e sabendo que a área é lado vezes lado,
podemos representar a área pela equação
Temos,
√ √
Quando Júlia nasceu, sua mãe tinha 20 anos. Se multiplicarmos as idades que
possuem hoje o resultado é o dobro do quadrado da idade de Júlia. Qual a idade da mãe e
da filha?
Valores conhecidos
A idade da mãe no nascimento de Júlia: 20 anos
Valores desconhecidos
O produto das duas idades hoje: o dobro do quadrado da idade de Júlia
As idades de Júlia e da sua mãe
Pergunta
Qual a idade de Júlia e de sua mãe.
Vamos chamar de x a idade de Júlia e de y a idade da mãe.
Quando Júlia nasceu sua mãe tinha 20 anos, então podemos representar a idade da
mãe em função da idade de Júlia
Temos ainda que o produto das duas idades, hoje, é igual ao dobro do quadrado da
idade de Júlia:
Agora precisamos encontrar um valor para x que torne essa igualdade entre duas
sentenças verdadeira.
( )
Considerando que quando um produto de dois ou mais números reais é igual a zero,
obrigatoriamente, pelo menos um deles tem que ser igual a zero, temos
Ainda,
( )
Temos:
Temos:
E a equação da situação 3 é também uma equação de segundo grau na
forma chamada de normal ou reduzida.
Temos:
Existe uma relação entre os coeficientes de uma equação de segundo grau e suas
raízes; esta relação será o primeiro método que vamos aprender para encontrar o conjunto
solução.
Soma e Produto ou Relações de Girard
Considerando e
Temos,
Para facilitar ainda mais, estes dois números fazem parte do conjunto dos divisores
de 8. Logo, neste caso, temos que as raízes pertencem ao conjunto * +.
Como o produto e a soma são positivos e as raízes reais, as duas raízes serão
positivas e, fazendo uma análise do caso, percebemos que só podem ser 2 e 4
pois,
Neste caso, temos que pensar em dois números cuja soma é igual a -1 e o produto
igual a -156.
Para facilitar, sabemos que estes números são divisores de 156, portanto
pertencem ao conjunto * +. Como o
produto é negativo, teremos uma das raízes negativa e fazendo uma análise de caso
vemos que serão os números -13 e 12, pois,
Logo, * +
Fórmula de Bhaskara
Quando definimos uma equação de segundo grau, vimos que ela possui no máximo
duas raízes. Essas raízes podem ser reais ou complexas. Neste estudo vamos considerar
apenas raízes reais.
Determinando o discriminante,
( )
Como delta é maior que zero, teremos duas raízes reais distintas.
√ ( ) √
Logo, * +.
Temos
( )
Portanto, duas raízes reais distintas.
√ √
Logo, * +
Também é possível resolver uma equação de segundo grau incompleta pelos
métodos apresentados. Verifique!
Solução
( )( )
( )( )
( )
√ √
Como estamos procurando a medida do afastamento e ela não pode ser negativa,
vamos considerar apenas a raiz positiva como solução, logo, .
(Use √ √ )
a) Reduzir seu excesso de gordura cerca de 1%.
b) Reduzir seu excesso de gordura cerca de 27%.
c) Manter seus níveis atuais de gordura.
d) Aumentar seu nível de gordura em cerca de 1%.
e) Aumentar seu nível de gordura em cerca de 27%.
Solução
Primeiro vamos destacar os dados que o problema está informando:
IMC=20 kg/m2
Circunferência dos quadris (vamos chamar de c)= 100 cm
Massa corpórea (vamos chamar de m) = 60 kg
Precisamos encontrar o IAP que é dado por
( )
√ ( )
Para isso, vamos usar IMC para determinar a altura (que vamos chamar de h), e
assim, conseguir calcular o IAP da jovem.
( )
( )
√ √
Em mulheres, a adiposidade normal está entre 19% e 26%, portanto, ela deve
reduzir seu IAC em pelo menos 1,25% (cerca de 1%). Letra A.
Solução
Sabemos que podemos representar a equação de segundo grau da seguinte forma:
Então,
Substituindo em , temos,
( ) ( )
Letra C.
Objetivos
Nesta semana vamos aprender a identificar e desenvolver
um produto notável.
Produtos notáveis são identidades algébricas muito importantes pela sua utilização
em várias situações, como, por exemplo, simplificar uma expressão algébrica ou resolver
uma equação de segundo grau.
Veremos, a seguir, os cinco produtos notáveis.
1) Quadrado da soma entre dois termos
x
x y
Figura 7.1 – Representação geométrica quadrado da soma
Fonte: Elaborada pelos autores.
𝑥 𝑦
y
y 𝑥 𝑦
Figura 7.2 – Representação geométrica quadrado da diferença
Fonte: Elaborada pelos autores.
Considere a figura abaixo: temos um retângulo maior com altura medindo e base
, um retângulo azul de altura e base e um terceiro retângulo com altura
e base .
Vamos determinar a área do retângulo azul em termos das áreas dos outros dois
retângulos:
( )( ) ( ) ( )
( )( )
a+b
a
b
Assim a fórmula do produto da soma pela diferença de dois termos, para qualquer a
e b reais é:
( )( )
b) . /. / ( ) . /
c) ( √ )( √ ) (√ )
( )
Veja alguns exemplos:
a) ( ) ( ) ( )
b) ( ) ( ) ( )
c) ( ) ( ) ( )
( )
Veja alguns exemplos:
a) ( ) ( ) ( )
b) ( ) ( ) ( )
c) ( ) ( ) ( )
Encerramos mais uma semana, aproveite para descansar e não deixe de praticar
fazendo exercícios e revendo os principais conceitos.
Objetivos
Nesta semana vamos aprender métodos para fatorar uma
expressão algébrica além de usar os produtos notáveis para
a fatoração.
8.1 Introdução
Observe que é o fator comum aos três termos, dessa forma podemos colocá-lo
em evidência,
( )
( )
b)
Para fatorar por agrupamento, temos que dividir a expressão algébrica como soma
de outras expressões menores, em seguida fatorar cada uma. No resultado dessa
fatoração é necessário que apareça um fator comum a todas para ser colocado em
evidência.
Exemplo:
a)
Separando os grupos,
( ) ( )
Fatorando cada grupo,
( ) ( ) ( ) ( )
Colocando o fator comum em evidência,
( ) ( ) ( )( )
Exemplos:
a) ( )
b) ( )
c) ( )
Importante destacar que nem todo trinômio é quadrado perfeito, por exemplo, o
trinômio não possui dois termos que são quadrados, logo já percebemos que
não é quadrado perfeito.
Esse trinômio é do tipo , que chamamos de trinômio do segundo grau e
sua fatoração é dada por ( )( ), em que e .
Resumindo, para fatorar um trinômio do segundo grau, basta encontrar as raízes.
Exemplos:
a) ( )( )
b) ( )( )
c) ( )( )
Agora que já vimos maneiras de fatorar uma expressão algébrica, vamos voltar à
questão proposta no início deste estudo.
Sabendo e que ( ) ( ) ,
determine os valores de a e b.
Vamos começar fatorando o lado esquerdo da segunda equação,
, ( )- , ( )- , -
Considerando a diferença entre dois quadrados no primeiro termo e colocando o
fator comum em evidência no terceiro termo,
, ( )( )- , ( )- , ( )-
Fatorando o trinômio quadrado perfeito do terceiro termo, temos,
, ( )( )- , ( )- , ( ) -
Agora, vamos colocar o fator comum aos termos, em evidência,
( ),( ) ( )-
Encontramos a forma fatorada da expressão algébrica do lado esquerdo, em
seguida vamos substituir o valor fornecido no enunciado da questão,
,( ) -
,( ) -
( )
( )
Dessa forma,
Objetivos
Nesta semana, estudaremos figuras geométricas planas
conhecidas como polígonos. Elas englobam figuras habituais
tais como triângulos, retângulos, hexágonos etc. Esse estudo
dos polígonos inclui, por exemplo, a análise de elementos
básicos, como as diagonais e os ângulos internos e externos.
9.1 Introdução
termos, quantos lados possui um octógono; e (2) quantas barras diagonais a estrutura
contém, ou seja, quantas diagonais um octógono possui. Mas, afinal, o que é um
octógono? E um octógono regular, o que é? O que é uma diagonal de um octógono? Como
calcular o número de diagonais em um octógono?
Com relação ao problema acerca da rota do avião, perceba que o que precisamos
determinar é o ângulo formado pelos segmentos DE e AE, ou seja, o ângulo interno ̂ .
Repare ainda que a trajetória de ida e volta da cidade A à cidade B forma um polígono
convexo de cinco lados e que três, das quatro medidas de ângulos fornecidas,
correspondem a ângulos externos. Assim, se soubermos a soma dos ângulos internos que
um polígono convexo de cinco lados possui e se, além disso, descobrirmos uma relação
entre ângulos internos e externos, podemos, quem sabe, obter o ângulo ̂ . Naturalmente,
surgem perguntas tais como: O que é um polígono convexo? O que são ângulos interno e
externo? É possível, de fato, determinar a soma de ângulos internos de um polígono, como
sugerido acima? E a soma dos ângulos externos também é possível determinar?
Neste capítulo, estudaremos uma classe de figuras geométricas que nos permitirão,
entre tantas outras coisas, responder a todas essas perguntas e resolver os problemas
acima expostos. Além disso, ao final do capítulo, disponibilizamos exercícios com
soluções, os quais auxiliarão na compreensão do conteúdo e na resolução de problemas
propostos.
9.2 Polígonos
Embora algumas pessoas possam não se dar conta, os polígonos fazem parte do
nosso cotidiano. Somos cercados, quase o tempo todo, por objetos das mais diversas
naturezas, que, quando vistos sob uma determinada perspectiva, possuem formatos que
se assemelham a retângulos, triângulos, quadrados, paralelogramos, uniões de retângulos
e triângulos etc. Por exemplo, portas, janelas e portões podem se apresentar, quando
vistos de frente, na forma de retângulos ou quadrados. O telhado de uma casa, a depender
da perspectiva vista, pode ser enxergado bidimensionalmente como um paralelogramo. As
quadras de esporte, em geral, quando vistas de cima, apresentam um formato retangular.
Alguns palcos de esportes de combate, tais como o mma (abreviação de mixed martial
arts), formam um octógono, sob a visão superior. As telas dos celulares inteligentes
(comumente chamados de smartphones), computadores, notebooks, tablets e televisores
interativos (mais conhecidos como smart tvs) têm a forma aproximada de um retângulo.
Aliás, o uso desses dispositivos digitais cresce a cada ano, no Brasil, o que pode indicar
que, cada vez mais, eles fazem parte de nossa vida 1. Na própria natureza encontramos
polígonos. Os favos de mel, por exemplo, são uniões de hexágonos regulares:
1
Uma pesquisa realizada em 2020 pelo Centro de Tecnologia de Informação Aplicada da FGV-EAESP, que
pode ser encontrada em http://portal.fgv.br/noticias/brasil-tem-424-milhoes-dispositivos-digitais-uso-revela-
31a-pesquisa-anual-fgvcia, mostrou que, só naquele ano, havia 420 milhões de celulares, computadores,
notebooks e tablets em uso no Brasil.
Um polígono nada mais é do que uma figura geométrica plana fechada formada por
segmentos de retas. Mais precisamente, considere uma sequência de
pontos distintos em um plano, com n≥3, em que três pontos consecutivos não são
colineares (ou seja, não pertencem a uma mesma reta; não pertencem
a uma mesma reta; …; não pertencem a uma mesma reta; não
pertencem a uma mesma reta; e não pertencem a uma mesma reta). A união dos
segmentos ̅̅̅̅̅̅̅, ̅̅̅̅̅̅̅, …, ̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅e ̅̅̅̅̅̅̅é, então, chamada de um polígono.
Notação. Um polígono formado pelos pontos será denotado por
.
Vejamos alguns exemplos para melhor compreensão da definição de polígono:
Notação. Usaremos tanto quanto ̅̅̅̅̅̅ como notação para os seguintes elementos
de um polígono: lado e diagonal.
Por exemplo, no polígono abaixo,
os lados ̅̅̅̅̅̅̅e ̅̅̅̅̅̅̅ são consecutivos, pois B2 é o vértice comum a esses dois lados. Já
os lados ̅̅̅̅̅̅̅e ̅̅̅̅̅̅não são consecutivos. Dois ângulos são chamados de ângulos
consecutivos se possuem um lado em comum. Na figura anterior, por exemplo, os
ângulos ̂ e ̂ tem ̅̅̅̅̅̅̅como lado comum, portanto, são consecutivos. Por outro lado, os
ângulos ̂ e ̂ não são consecutivos.
Observe que um polígono de n vértices possui n lados, n ângulos internos e n
ângulos externos.
A soma das medidas de todos os lados de um polígono é chamada de perímetro do
polígono.
Por exemplo, o polígono a seguir possui perímetro igual a 20,5 cm.
A classe dos polígonos simples pode ser dividida em duas subclasses: a dos
polígonos côncavos e a dos polígonos convexos.
Um polígono simples é chamado de côncavo se existem dois vértices consecutivos,
de sorte que a reta que passa por tais pontos deixa, ao menos, um vértice em um
semiplano e um vértice em outro semiplano, determinado pela reta.
Que tal investigarmos um exemplo para compreender essa definição?
Considere o seguinte polígono
Observe que, se traçarmos uma reta, passando pelos vértices B2 e B3, o plano será
dividido em dois semiplanos, um (indicado pela cor verde, na figura abaixo) contendo o
vértice B1 e o outro (indicado pela cor vermelha, na figura abaixo) contendo o vértice B 4:
Repare que, ao traçar uma reta passando por A1 e A2, obtemos dois semiplanos, um
contendo o vértice A3 e o outro não contendo vértice algum desse polígono.
Analogamente, traçando uma reta que passe por A 1 e A3 ou por A2 e A3, obteremos em
ambos os casos dois semiplanos, um que contém um vértice do polígono A1A2A3 e outro
que não contém vértice algum. Em outros termos, o polígono não satisfaz as condições da
definição de polígono côncavo e, portanto, não é um polígono côncavo.
Então, traçando uma semirreta, a partir do ponto A, que passe pelo polígono e não
passe por vértice algum, encontramos dois pontos de intersecção (destacados em
vermelho, na figura subsequente), a saber B e C:
Uma vez que temos um número par de pontos de intersecção (mais precisamente,
dois), concluímos, portanto, que o ponto A é externo ao polígono A 1A2A3.
Considere, agora, o mesmo polígono A1A2A3 e um ponto D, conforme mostra a
figura a seguir:
Traçando uma semirreta com origem A, que passe pelo polígono e não passe por
vértice algum, encontramos um ponto de intersecção (destacado em vermelho, na figura
subsequente), a saber F:
20 Icoságono
30 Triacontágono
50 Pentacontágono
100 Hectágono
Tabela 9.1 – Nomenclatura dos polígonos.
Fonte: Elaborada pelos autores.
9.6 Triângulos
Com efeito, uma vez que a soma dos ângulos internos de um triângulo é 180º, então
Logo,
Os triângulos podem ser classificados tanto em relação aos seus ângulos internos
quanto em relação aos seus lados.
Com respeito aos ângulos internos, há três tipos de triângulos:
• Triângulo acutângulo, cuja medida de cada ângulo é menor do que 90º e,
portanto, possui o seguinte aspecto
Com efeito, uma vez que o triângulo acima possui os três ângulos internos com
medidas menores do que 90º, então trata-se de um triângulo acutângulo.
Em relação aos lados, há também três tipos de triângulos:
• Triângulo equilátero, que possui os três lados congruentes, ou seja, lados com a
mesma medida. Neste caso, os três ângulos internos são congruentes e, portanto,
iguais a 60º:
• Triângulo escaleno, cujas medidas dos lados são duas a duas distintas.
Exemplo. (IFSC-2017) O triângulo, que possui três lados e três ângulos, é uma das
figuras geométricas mais importantes da geometria plana. Sabendo-se que em um
e .
Da primeira igualdade, temos que
, que é equivalente a .
Logo, substituindo na segunda igualdade, obtemos
, que equivale a
Concluímos, portanto, que cada lado mede u.c. (unidades de
comprimento). Como o perímetro é soma das medidas de todos os lados, então o
perímetro do triângulo ABC é: u.c.
9.7 Quadriláteros
Os paralelogramos, por sua vez, podem ser classificados de acordo com suas
diagonais: retângulos (paralelogramos cujos ângulos internos são todos retos, ou seja,
medem 90º e cujas diagonais são congruentes), losango (paralelogramos cujos lados são
todos congruentes e cujas diagonais são perpendiculares), quadrados (paralelogramos
cujos ângulos internos são ângulos retos, cujos lados são congruentes e cujas diagonais
são congruentes e perpendiculares) ou nenhum deles.
Em vista desta classificação, os paralelogramos possuem, portanto, os seguintes
aspectos:
Figura 9.30 – (Da esquerda para a direita) Retângulo, losango, quadrado e paralelogramo.
Fonte: Elaborada pelos autores.
Com relação aos trapézios, os seus dois lados paralelos são chamados de bases.
Se os outros dois lados opostos, que não são paralelos, forem congruentes, então esse
trapézio é dito um trapézio isósceles. Este possui características tais como:
, o que equivale a
Logo, .
e o decágono igual a
( )
( )
Visto que podemos calcular a soma dos ângulos internos de um polígono convexo
qualquer, é natural nos questionarmos se é também possível determinar a soma dos
ângulos externos de um polígono convexo. Antes de analisarmos essa possibilidade,
enfatizamos uma relação entre um ângulo interno e seu correspondente ângulo externo.
Recorde que um ângulo externo e é o ângulo suplementar adjacente a um ângulo interno i.
Isso quer dizer que,
Agora, considere um pentágono convexo HIJKL, com ângulos internos i H, iI, iJ, iK e iL
e ângulos externos eH, eI, eJ, eK e eL:
Uma vez que, em cada vértice, a soma do ângulo interno com o ângulo externo é
igual a 180º, temos
( ) ( ) ( ) ( ) ( )
( ) .
Em vista das equações das somas dos ângulos internos e dos ângulos externos,
temos que, para um polígono regular de n lados, a medida do ângulo interno ai é dada por
( )
Exemplo. Qual são as medidas dos ângulos interno e externo do hexágono regular?
Com efeito, o hexágono regular possui 6 lados, logo cada ângulo interno i mede
( )
Outra alternativa para calcular o ângulo externo e, visto que já calculamos o ângulo
interno i, seria usar a relação . Dessa forma, como, neste caso, ,
então – .
Após toda essa exposição acerca dos polígonos, estamos prontos para revisitar e
resolver as situações-problema apresentadas na ―Introdução‖.
No primeiro problema, temos uma armação no formato de um octógono regular
(com suas diagonais) formada por barras de aço inox.
Solução
Como um octógono possui 8 lados, então o número de barras laterais a serem
soldadas é de 8 e, consequentemente, o preço dessas 8 barras, conforme o acordo entre a
serralheria e o cliente, é, em reais, de . Agora, uma vez que um octógono
possui
( )
diagonais,
o serralheiro deverá soldar 20 barras diagonais de aço inox, o que custará, de acordo com
o preço fixado entre a serralheria e o cliente, em reais, . Portanto, o
custo total da obra é de R$ 10.400,00.
Resposta: O cliente pagará R$ 10.400,00 pelo serviço contratado.
( ) .
Mas, ̂ ̂ ̂ ̂ ̂ ̂ . Portanto,
̂ .
Resposta: A medida do ângulo formado entre a direção A-E, tomada pelo avião para
retornar diretamente à cidade A, e a linha DE é de 60º.
Exercícios Resolvidos
1. Resolva o segundo problema apresentado na ―Introdução‖ deste capítulo, usando
a soma dos ângulos externos de um polígono convexo.
Solução
Analisando a Figura 1.1, concluímos que a medida do ângulo externo eA no vértice
A é . Além disso, notamos que as medidas dos ângulos
externos em B, C e D são, respectivamente, , e . Da
seção ―Diagonais, ângulos internos e externos‖, vimos que a soma dos ângulos externos
de um polígono convexo qualquer resulta sempre em 360º. Logo, para o pentágono
convexo ABCDE formado pela rota do avião, temos
Solução
Observe que, como ST é paralelo à RV, então os ângulos internos iS e iR são
suplementares, ou seja, iR + iS = 180º. Além disso, repare que a figura se trata de um
pentágono convexo. Logo, a soma dos seus ângulos internos totaliza 540º. Assim,
.
Logo,
3. Dois polígonos convexos têm o número lados iguais a n e n+4. Determine o valor
de n, sabendo que um dos polígonos tem 34 diagonais a mais do que o outro.
Solução
Para o polígono de n lados, o número d de diagonais é
( )
,
Além disso, o polígono de n+4 lados possui 34 diagonais a mais do que o polígono
de n lados, segundo o enunciado. (Observe que quanto maior o número de lados de um
polígono, maior é o número de diagonais!) Em outros termos,
.
Aglutinando essas informações, concluímos que
( )( ) ( )
.
Logo,
e, portanto, .
Solução
Como se trata de um polígono regular, então todos os seus ângulos internos são
congruentes, assim como os seus ângulos externos. Denotemos por i a medida do seu
ângulo interno e por e a medida do seu ângulo externo. Como vimos na seção ―Diagonais,
ângulos internos e externos‖, i é dado por
( )
, com n o número de lados desse polígono, enquanto e é dado por
Logo,
( )
( )
Agora, note que a expressão à esquerda da igualdade acima é exatamente a soma dos
ângulos internos de um polígono de lado n. Portanto, segue o resultado.
Alternativa correta: (d).
5. (ENEM – 2018) Em uma região plana, está sendo construída uma nova cidade.
Na figura a seguir, a circunferência representa a avenida principal dessa cidade, e os
pontos P1, P2, P3,...,P10 indicam alguns de seus estabelecimentos essenciais, como
prefeitura, hospital, escola, centro esportivo, supermercado, etc.
(a) 32
(b) 35
(c) 45
(d) 70
(e) 90
Solução
Repare, na figura disponibilizada, que ligando os pontos consecutivos, obtemos um
polígono convexo P1P2···P10 de 10 lados. Repare, ainda, que ―construir ruas ligando entre
si, dois a dois, em linha reta, todos os dez estabelecimentos situados na avenida que não
sejam vizinhos‖ significa, em termos de polígonos, traçar todas as diagonais possíveis no
polígono P1P2···P10. Assim, o número de ruas construídas quer dizer o número de
diagonais traçadas no polígono. Ora, para um polígono de 10 lados, sabemos que o
número de diagonais é
( )
.
Bons estudos!
Até a próxima semana!
Objetivos
Nesta semana, estudaremos a noção de semelhança entre
triângulos, o que inclui o Teorema Fundamental da
Semelhança de Triângulos e a descrição dos três casos,
ângulo-ângulo, lado-lado-lado e lado-ângulo-lado, a que a
análise da semelhança de triângulos reduz-se. Ao final,
aplicaremos o conteúdo desenvolvido na resolução de
problemas.
10.1 Introdução
José virou-se, então, para Maria e a indagou: é possível determinar a altura desse
prédio, sem contar com instrumento nenhum, exceto a régua escolar que estou carregando
em minha mochila?
Maria, aluna sempre muito aplicada, observou – baseada em seus conhecimentos
adquiridos na aula de Geometria do professor Euclides da Silva – que os raios solares
incidentes sobre o seu irmão, cuja altura é 1,60 m, e sobre o prédio formavam sombras, a
do edifício de um comprimento de 10 m e a do seu irmão de um comprimento de 20 cm.
Consequentemente, as combinações raios solares/edifício/sombra e raios
solares/José/sombra poderiam formar triângulos semelhantes.
Mas, o que são triângulos semelhantes? Qual é a relevância dessa noção para
achar a altura do edifício avistado por Maria e seu irmão José?
Neste capítulo estudaremos o conceito de semelhança de triângulos, algumas
maneiras práticas para determinar quando dois triângulos são semelhantes e, por fim,
como aplicar tais noções na resolução de problemas.
Para que ∆ABC e ∆DEF sejam semelhantes, cada ângulo (interno) de ∆ABC deve
ter a mesma medida que um ângulo (interno) de ∆DEF. Então, digamos que o ângulo em A
• o lado BC, que é oposto ao ângulo ̂ , seja proporcional ao lado EF, que é oposto ao
ângulo ̂ (tenha em mente que ̂ ̂ ), ou seja, que a razão EF/BC seja igual a
uma constante k;
• o lado AC, que é oposto ao ângulo ̂ , seja proporcional ao lado DF, que é oposto ao
ângulo ̂ (tenha em mente que ̂ ̂ ), ou seja, que a razão DF/AC seja igual à
constante k; e
• o lado AB, que é oposto ao ângulo ̂ , seja proporcional ao lado DE, que é oposto ao
ângulo ̂ (tenha em mente que ̂ ̂ ), ou seja, a razão DE/AB seja igual à
constante k.
Em suma,
Notação: Usamos a notação ∆ABC ~ ∆DEF para indicar que os triângulos ∆ABC e ∆DEF
são semelhantes.
Vejamos um exemplo para melhor compreendermos como determinar a semelhança
de dois triângulos.
Com relação aos ângulos, observe que: para o par de lados proporcionais AB e EF,
os ângulos opostos a AB e EF, nos triângulos à esquerda e direita, respectivamente, da
figura acima, medem 40º; para o par de lados proporcionais AC e DF, os ângulos opostos
a AC e DF, nos triângulos à esquerda e direita, respectivamente, da figura acima, medem
35º; e, para o par de lados proporcionais BC e DE, os ângulos opostos a AB e EF, nos
triângulos à esquerda e direita, respectivamente, da figura acima, medem 105º.
, ou equivalentemente, .
Este caso pode ser ilustrado pela figura abaixo. O ângulo ̂ do triângulo ∆ABC mede
45º, assim como o ângulo ̂ do triângulo ∆DEF. Da mesma forma, o ângulo ̂ do triângulo
∆ABC e o ângulo ̂ do triângulo ∆DEF medem 90º.
• Caso Lado Lado Lado (LLL): Se dois triângulos possuem os três lados
proporcionais, então eles são semelhantes.
Este caso pode ser ilustrado na figura abaixo. Com efeito, observe na figura abaixo
que os lados AB, AC, BC, DF, DE e EF dos triângulos ∆ABC e ∆DEF apresentam a
seguinte proporcionalidade:
• Caso Lado Ângulo Lado (LAL): Se dois triângulos possuem dois lados
proporcionais e os ângulos correspondentes entre eles congruentes, então eles são
semelhantes.
Este caso pode ser ilustrado pela figura abaixo. Note que o ângulo ̂ do triângulo
∆ABC têm a mesma medida, 140º, que o ângulo ̂ do triângulo ∆DEF. Além disso,
reparamos que os lados AB e BC que formam o ângulo ̂ são proporcionais aos lados DE e
EF que formam o ângulo ̂ . A saber,
José é representado pelo segmento A’B’, cujo comprimento é a sua altura h=1,6 m,
e o prédio pelo segmento AB, cujo comprimento é H, o qual desejamos determinar. A
sombra de José é dada pelo segmento A’C’ e mede 20 cm = 0,2 m, enquanto a sombra do
prédio é dada pelo segmento AC e mede 10 m. Assim, os raios solares, juntamente com
José, o prédio e suas sombras formam os triângulos ∆ABC e ∆A’B’C’.
Agora, observe que como estes triângulos possuem dois ângulos congruentes, pois
os segmentos AB e A’B’ são perpendiculares aos segmentos AC e A’C’, respectivamente.
Portanto, temos aqui uma ocorrência do Caso AA. Consequentemente, ∆ABC ~ ∆A’B’C’ e,
por conseguinte, a proporcionalidade entre os seus lados:
, ou equivalentemente, .
Resposta: O valor da altura do edifício que Maria e seu irmão José desejavam encontrar é
80 m.
Exercícios Resolvidos
(a) 67
(b) 70
(c) 74
(d) 81
Solução
A primeira coisa a se notar é que o enunciado diz que a mesa é retangular. Isso
quer dizer, em particular, que os ângulos em Q e B’ (veja a figura a seguir) são retângulos,
ou seja, medem 90º.
Assim, os triângulos ∆PQL e ∆BB’L (na figura acima) têm dois ângulos congruentes,
a saber 90º e α, o que configura o Caso AA de semelhança de triângulos. Portanto, os
seus respectivos lados são proporcionais:
Logo,
Por fim, observe que as alternativas de resposta não apresentam casa decimal.
Dessa forma, arredondamos o valor 66,7 cm, chegando ao resultado final PQ = 67 cm.
Alternativa correta: (a).
(e) 2√ m
Solução
Observe, de acordo com o enunciado, que os segmentos AC, EF e BD são
perpendiculares ao segmento de reta AB. Logo, tais segmentos são paralelos. Assim, pelo
Teorema Fundamental da Semelhança de Triângulos, os triângulos ∆ABD e ∆AFE são
semelhantes. De forma análoga, ∆BAC ~ ∆BFE.
Para facilitar a escrita, chamemos a medida do segmento AF de x, do segmento BF
de y e do segmento EF, a qual desejamos determinar, de z.
Da semelhança ∆ABD ~ ∆AFE, segue a proporcionalidade de seus lados:
, ou equivalentemente, ( ).
Da semelhança ∆BAC ~ ∆BFE, segue a proporcionalidade de seus lados:
, ou equivalentemente, ( ).
( ) , que é equivalente a .
Solução
Denote por r o raio do disco voador. O seu diâmetro é, então, 2r. Dessa forma, de
acordo com a figura, temos a seguinte representação geométrica do problema:
m.
Solução
Recorde que o perímetro de um polígono é a soma das medidas de seus lados.
Portanto,
.
Como os triângulos ΔABC e ΔDEF são semelhantes e, pelo enunciado, a razão de
semelhança é k, então DE/AB = k (o que equivale a DE = k · AB), EF/BC = k (o que
equivale a EF = k · BC) e DF/AC = k (o que equivale a DF = k · AC). Logo,
( ) .
Portanto, em termos de k e p, o perímetro p’ do triângulo ΔDEF é
5. (ENEM – 2009) A rampa de um hospital tem na sua parte mais elevada uma
altura de 2,2 metros. Um paciente ao caminhar sobre a rampa percebe que se deslocou
3,2 metros e alcançou uma altura de 0,8 metros. A distância em metros que o paciente
ainda deve caminhar para atingir o ponto mais alto da rampa é
(a) 1,16 metros
(b) 3,0 metros
(c) 5,4 metros
(d) 5,6 metros
(e) 7,04 metros
Solução
De acordo com o enunciado, temos a seguinte representação geométrica do
problema:
paciente chegar ao ponto mais alto da rampa, que é o ponto C. Assim, o comprimento do
segmento CE é o que desejamos determinar.
Como as alturas são, por definição, segmentos perpendiculares em relação a
algum segmento (neste caso, em relação ao chão, que é o segmento AB), então
concluímos que os segmentos DE e BC são paralelos. Em vista disso e do Teorema
Fundamental da Semelhança de Triângulos, os triângulos ABC e ADE são semelhantes.
Isso implica, em particular, que
Objetivos
Nesta semana, focaremos nosso estudo no triângulo
retângulo. Analisaremos elementos desse polígono,
descrevendo e provando algumas relações métricas entre
eles, o que inclui o conhecido Teorema de Pitágoras. Além
disso, investigaremos o Teorema de Tales, que trata da
proporcionalidade entre segmentos em retas transversais
gerados por um conjunto de retas paralelas. Ao final,
aplicaremos o conteúdo desenvolvido na resolução de
problemas.
Repare, então, que a distância que Jéssica percorreu entre o ponto C e o ponto B,
onde gostaria de ter chegado após a travessia do rio, corresponde à medida do lado BC do
triângulo retângulo. Ora, basta, portanto, relacionar os lados dos triângulos retângulos para
descobrir a medida de BC. Mas, a questão é: existe alguma relação entre as medidas dos
lados de um triângulo retângulo? Em caso afirmativo, como ele é dada?
Neste capítulo, tratamos das relações existentes entre os elementos de um triângulo
retângulo. Ao final, revisitamos as situações-problema apresentadas nesta seção e
disponibilizamos alguns exercícios seguidos de soluções relacionados aos tópicos
discutidos neste capítulo.
Na seção anterior, foi indagada se existia alguma relação métrica entre os lados (ou
seja, relação entre as medidas dos lados) de um triângulo retângulo. De fato, existe. Na
verdade, existem outras relações entre outros elementos, além dos lados. Quais são esses
outros elementos?
Recorde que, no capítulo ―Polígonos‖, vimos que um triângulo retângulo é um
triângulo que possui um ângulo reto, ou seja, um ângulo cuja medida é 90º. Em vista disso,
destacamos seis elementos desse polígono: (i) o lado oposto ao ângulo reto, que é
chamado de hipotenusa; (ii) os dois lados adjacentes ao ângulo reto, que são ditos
catetos; (iii) a altura de um triângulo retângulo em relação à hipotenusa, que é o
segmento de reta, perpendicular à hipotenusa e que tem como uma extremidade o vértice
do ângulo reto; e, por fim, (iv) os dois segmentos, que são projeções dos catetos sobre a
hipotenusa.
Para melhor visualização desses elementos, considere um triângulo retângulo
ΔABC, com ̂ :
Demonstração. Observe que os triângulos ΔABC e ΔHAC (veja a figura abaixo) são
semelhantes:
logo, .
e
Demonstração. Na demonstração da Primeira relação métrica, provamos que
ΔABC~ΔHAC. Como uma segunda consequência dessa semelhança, temos
Portanto, .
3. Terceira relação métrica. A altura ao quadrado é igual ao produtos das projeções
dos catetos sobre a hipotenusa. Isto é,
Uma vez que a soma dos ângulos internos de um triângulo é 180º, temos que
̂ , ̂ e ̂ ̂
Equivalentemente,
̂ , ̂ e ̂ ̂ .
Portanto, .
4. Quarta relação métrica. A hipotenusa é a soma das projeções dos catetos sobre a
hipotenusa. Em termos algébricos,
( ) .
e, portanto, √ √ cm.
e, assim, √ cm.
Solução
De fato, na própria introdução do capítulo, conseguimos identificar um triângulo
retângulo, ligando os pontos de partida, de Jéssica, com o ponto de chegada, na outra
margem do rio, e o ponto onde ela gostaria de ter chegado (veja a Figura 11.2). Utilizando
a terminologia que aprendemos na seção ―Relações métricas no triângulo retângulo‖,
temos que: a distância que Jéssica percorreu, do ponto A até o ponto C, é a medida da
hipotenusa desse triângulo retângulo, cujo valor é 500 m; a distância do ponto A ao ponto
B é a medida de um dos catetos, cujo valor é 100 m; e a distância do ponto C até o ponto
B é a medida do outro cateto, cujo valor desejamos encontrar. Dentre as relações métricas
apresentadas, qual é a única que envolve catetos e hipotenusa? O Teorema de Pitágoras,
que afirma que a soma dos quadrados dos catetos é igual ao quadrado da hipotenusa.
Portanto, do Teorema de Pitágoras, segue que
, ou seja,
Note que, em termos puramente numéricos, dois valores de CB satisfazem a
igualdade acima à direita, a saber √ e √ . Todavia, como CB se trata de
uma medida de um lado de um triângulo, então a solução negativa está descartada. Assim,
√ m.
Resposta: A distância que Jéssica teve de caminhar, ao alcançar a outra margem
para chegar ao ponto B, foi de aproximadamente 490 m.
Exercícios Resolvidos
Solução
Em primeiro lugar, note que fio de arame é cobrado por metro. Assim, é
imprescindível sabermos qual será o comprimento da cerca. Como a cerca será construída
contornando o terreno todo, então o comprimento da cerca será o perímetro do terreno.
Sabemos que o perímetro de um triângulo é a soma das medidas de seus lados. No
enunciado, temos as medidas de apenas dois lados. E, agora, como achar a medida do
lado restante? Repare que as medidas fornecidas são de lados perpendiculares, isto é, o
formato do terreno que o Astolfo comprou é de um triângulo retângulo:
e, portanto, √ m.
Agora, podemos calcular o perímetro P do triângulo:
m
Portanto, o comprimento da cerca é 120 m. Cuidado! Este não é o comprimento
total dos fios, é o comprimento da cerca. Mas, recorde que a cerca é composta por 6 fios.
Portanto, o comprimento total do fio que será usado para Astolfo fazer a cerca é 6·120 =
720 m.
Visto que cada metro de fio de arame custa R$ 3,00, 720 metros custarão 3·720 =
2160 reais.
Alternativa correta: (d).
Solução
Em primeiro lugar, observe, a partir do gráfico e do enunciado que cada quadrado,
do qual é composto o plano no qual o gráfico se encontra, tem lado com medida 5 km.
e, portanto, √ √
km.
km.
Alternativa correta: (a)
3. (IFRJ – 2013) O pátio de esportes do Campus Arrozal de um Instituto Federal é
retangular, com 100 m de comprimento e 50 m de largura, representado pelo retângulo
ABCD desta figura.
Alberto e Bruno são dois alunos, que estão praticando esportes no pátio. Alberto
caminha do ponto A ao ponto C pela diagonal do retângulo e volta ao ponto de partida pelo
mesmo caminho. Bruno parte do ponto B, dá uma volta completa no pátio, andando pelas
linhas laterais, e volta ao ponto de partida. Assim, considerando √ , afirma-se que
Bruno andou mais que Alberto
a) 38 m
b) 64 m
c) 76 m
d) 82 m
Solução
A distância que Alberto caminhou é duas vezes o comprimento da diagonal AC. A
fim de determinarmos a medida de AC, recorde que, como se trata de um retângulo, então
CB é perpendicular a AB. Como CB = 50 m e AB = 100 m, então pelo Teorema de
Pitágoras, temos
e, portanto,
√ √ m.
Objetivos
Nesta semana, investigaremos o Teorema de Tales, que
trata da proporcionalidade entre segmentos em retas
transversais, gerados por um conjunto de retas paralelas. Ao
final, aplicaremos o conteúdo desenvolvido na resolução de
problemas.
12.1 Introdução
Manoel foi informado de que os muros laterais de cada terreno são perpendiculares
à Rua das Lavandas e que a frente total tem um comprimento de 180 m. Qual deve ser o
comprimento de cada cerca que Manoel confeccionará?
Note que há informações importantes, do ponto de vista geométrico. A saber, os
muros laterais são perpendiculares à Rua das Lavandas e, portanto, na representação
geométrica do problema, eles formam segmentos paralelos. Perceba, também, que as ruas
podem ser vistas como porções de retas concorrentes (i.e., que se cruzam em um único
ponto). Em suma, temos retas paralelas atravessadas por duas retas concorrentes e estas
contêm segmentos, que correspondem às frentes e aos fundos de cada terreno,
determinados pelas retas paralelas. Já que nos foram dadas as medidas dos fundos dos
terrenos e gostaríamos de determinar a medida de cada frente (afinal de contas, os
comprimentos dos portões que Manoel fará correspondem às medidas das frentes dos
Esta seção lida com a questão trazida à tona na ―Introdução‖, acerca da existência
de relações entre as medidas dos segmentos contidos em retas concorrentes, os quais são
formados por diversas retas paralelas. De fato, existem tais relações. Essa existência é
garantida pelo Teorema de Tales que, a grosso modo, afirma que um feixe de retas
paralelas intersectado por duas retas transversais forma segmentos proporcionais. Mas, o
que é um feixe de retas paralelas? E uma reta transversal, o que é? O que significa formar
segmentos proporcionais?
Um feixe de retas paralelas é simplesmente um conjunto de retas paralelas,
enquanto uma reta é dita transversal a uma outra se ambas as retas possuem apenas um
ponto em comum, ou seja, são concorrentes.
Especificamente, consideremos três retas paralelas r//s//t e outras duas retas u e v,
passando por cada uma das três por apenas um ponto:
Esse teorema é denominado dessa forma, pois foi o filósofo e matemático grego
Tales de Mileto, que viveu de 624 a.C. a 558 a.C., quem enunciou e provou essa afirmação
conhecida como Teorema de Tales.
Vejamos alguns exemplos para melhor compreensão do Teorema de Tales e suas
aplicações.
Logo,
e, portanto, .
Exemplo. Considere o triângulo cortado por uma reta paralela ao lado AB:
Como se pode ver pela imagem acima, temos um feixe de duas retas paralelas e
duas transversais a esse feixe. Portanto, a fim de determinarmos a medida CD, basta
usarmos o Teorema de Tales, que implica:
e, portanto, cm.
Solução
Com efeito, chamemos de x o comprimento da frente do terreno cujo comprimento
do fundo é 20 m, y o comprimento da frente do terreno cujo comprimento do fundo é 40 m
e z o comprimento da frente do terreno cujo comprimento do fundo é 30 m. Se traçarmos
retas passando pelos segmentos de retas os quais representam as Ruas das Orquídeas e
das Lavandas e também os muros laterais dos terrenos, obteremos um feixe de quatro
retas paralelas e duas retas transversais a esse feixe:
, e .
Exercícios Resolvidos
Solução
Uma vez que o segmento DE é paralelo ao segmento BC, podemos aplicar o
Teorema de Tales:
e, portanto, cm.
Solução
Denotando por x, y e z as medidas dos segmentos (veja a figura a seguir), sobre a
outra reta transversal, temos, de acordo com o enunciado, que .
Consequentemente,
cm, cm e cm.
Alternativa correta: (b).
Ambos os aviões trafegarão até os seus destinos por linhas retas. Após 56 minutos
de voo, o avião com destino à cidade B percorreu 200 km e se encontra no ponto D de sua
rota, enquanto o avião com destino à cidade C percorreu 300 km e se encontra no ponto E
de sua rota. Sabendo que os pontos D e E estão na mesma latitude no mapa e que o avião
rumo à cidade B precisa percorrer ainda 700 km para chegar em seu destino, podemos
afirmar que a distância entre as cidades A e C é:
a 900 km
b 1350 km
c 1000 km
d 1200 km
e 1900 km
Solução
Como os pontos D e E estão na mesma latitude, então pertencem a uma mesma
reta, que é paralela à reta que passa por B e C. Além disso, conforme o enunciado, a
trajetória de A para B e de A para C são linhas retas. Ainda de acordo com o enunciado, a
distância do ponto A ao ponto D é de 200 km, enquanto as distâncias de A para E e de D
para B são, respectivamente, 300 km e 700 km. Assim, temos a seguinte representação
geométrica:
e, portanto, km.
Referências
DANTE, L.R.; VIANA, F. Telares – Matemática 9º ano. 3 ed. São Paulo: Editora Ática,
2019.
DOLCE, Osvaldo; POMPEU, José Nicolau. Fundamentos da matemática elementar 9:
geometria plana. 9. ed. São Paulo: Atual, 2013.
MORGADO, A. C. O. Análise combinatória e probabilidade. Rio de Janeiro: SBM, 2001.
148
Plataforma +IFMG
149
Plataforma +IFMG
150
Plataforma +IFMG
151
Plataforma +IFMG
Mídia digital
Proporcionalidade Mídia digital
entre alturas e entre Teorema de
perímetros Pitágoras
152
Plataforma +IFMG
Mídia digital
Teorema de Tales e
o Teorema
Fundamental da
Semelhança de
Triângulos
153
Plataforma +IFMG
Plataforma +IFMG
Formação Inicial e Continuada EaD