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Estudos Orientados
3º ano | 1º semestre

Nós e o Enem!
Material de apoio
para alunos do 3º ano
2
Nós e o Enem!
Material de apoio
para alunos do 3º ano
ficha
técnica
INSTITUTO AYRTON SENNA

Viviane Senna
Presidente

Ana Maia
Diretora de Educação Estudos Orientados
Nós e o Enem!
Simone André
Marisa Balthasar, Paulo Emílio de
Gerente Executiva de Educação
Castro Andrade, Samuel Andrade e
Shirley Jurado
Mônica Pellegrini
Concepção
Gerente de projetos
Samuel Andrade
Cynthia Sanches
Texto
Gerente de projetos
Erica Carneiro Riqueza, Ignez Diniz,
Helena Faro
Katia Stocco Smole, Marisa Balthasar,
Gerente de projetos
Paulo Jorge Storace Rota
Assessoria Técnica
Gustavo Mendonça
Analista de projetos
AMÍ Comunicação & Design
Projeto gráfico, diagramação
Bruna Vasconcelos de Souza
e ilustração
Secretária

4
sumário
Estudos Orientados: o que faremos
nesses tempos do currículo? 7

Parte 1 – Contando os meses para o Enem 9


Atividade 1: Nossas forças e desafios para o Enem 10
Atividade 2: Antena para o mundo 16
Atividade 3: Raio-x das questões do Enem 22

Parte 2: Plano de estudos 39

5
6
Estudos orientados:
o que faremos nesses
tempos do currículo?
Os tempos semanais de Estudos Orientados (EO) são importantes para
que vocês possam se dedicar a:

• Compreender que a aprendizagem de conhecimentos


importantes depende muito do empenho, dedicação e interesse
permanentes de vocês.
• Adotar uma postura de investigadores diante do conhecimento.
• Aprender com os colegas, em colaboração.
• Definir prioridades em relação aos estudos.
• Organizar rotinas de estudo.

Este material é organizado em duas partes, que representam os tipos


de ações que vocês vão fazer nos tempos de EO:

1. A Parte 1 apresenta uma sequência de atividades que têm como


eixo norteador o Enem. Todos os componentes curriculares, este
ano, têm no exame um de seus principais focos, e em Estudos
Orientados não poderia ser diferente. Vocês terão a oportunidade
de: fazer uma autoavaliação, refletindo sobre como estão se
preparando para o Enem; formar times de estudo, com o intuito
de ensinar e aprender com os colegas; estabelecer uma rotina de
leitura e discussão de notícias (o que é muito importante para o
Enem!); e aprender, na prática, como se estruturam as questões
da prova!

2. Nos demais tempos de EO do mês vocês estarão dedicados ao


estudo, leitura de livro, realização de tarefas etc. Esse trabalho
se dará de modo planejado, com a colaboração dos colegas e
a mediação do(a) professor(a). Por isso, a Parte 2 é recheada
de orientações para que cada um construa um “Plano de
estudos”, que os ajudará na organização de uma boa rotina de
aprendizagem!

Bom trabalho!

7
8
PARTE 1
Contando os
meses para o Enem
Atividades mensais

9
Atividade 1:
Nossas forças e desafios
para o Enem

Enem: mais uma vez?


Vocês provavelmente têm ouvido a palavra Enem algumas vezes por dia... Devem saber
também que ele acontecerá no 2º semestre e que um bom resultado final na prova pode
ser decisivo para o ingresso em várias universidades. Pode até ser que passem pelas suas
cabeças, durante algumas aulas, pensamentos como “De novo esse tal de Enem?”... Afinal,
esse é um dos assuntos mais comentados ao longo do 3º ano!
Mas vamos dar um passo para trás, deixar para lá o conteúdo das provas (só por alguns
instantes!) e tentar conhecer um pouco mais sobre o exame, sua história e seus objetivos.
Segundo o site do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio
Teixeira (INEP), que junto ao Ministério da Educação (MEC) é responsável pela organização e
execução do Enem, ele

foi criado em 1998 com o objetivo de avaliar o desempenho do estudante ao fim


da educação básica, buscando contribuir para a melhoria da qualidade desse
nível de escolaridade.

A partir de 2009 passou a ser utilizado também como mecanismo de seleção


para o ingresso no ensino superior. Foram implementadas mudanças no Exame
que contribuem para a democratização das oportunidades de acesso às vagas
oferecidas por Instituições Federais de Ensino Superior (IFES), para a mobilidade
acadêmica e para induzir a reestruturação dos currículos do ensino médio.

Respeitando a autonomia das universidades, a utilização dos resultados do


Enem para acesso ao ensino superior pode ocorrer como fase única de seleção ou
combinado com seus processos seletivos próprios.

Ainda segundo o INEP, o conteúdo da prova é definido a partir de matrizes de referência


em quatro áreas do conhecimento:

Áreas de Conhecimento Componentes Curriculares

Ciências Humanas e suas Tecnologias História, Geografia, Filosofia e Sociologia

Ciências da Natureza e suas Tecnologias Química, Física e Biologia

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias Língua Portuguesa, Literatura, Língua


e Redação Estrangeira (Inglês ou Espanhol), Artes,
Educação Física e Tecnologias da
Informação e Comunicação

Matemática e suas Tecnologias Matemática

10
Apesar de bastante específicas, todas essas matrizes compreendem
questões que não demandam dos participantes apenas saber o conteúdo,
mas também a resolução de problemas, a capacidade de leitura e
interpretação de textos e a aplicação dos conteúdos estudados a
eventos do cotidiano.
Para compreenderem um pouco melhor como o Enem funciona,
separem um tempinho nas próximas semanas para lerem o edital do
Exame desse ano (se já estiver disponível, mas pode ser o do ano
anterior também!), as matrizes de referência citadas acima e outros
documentos disponibilizados pelo INEP.

Para saber mais sobre as notas e a elaboração do ENEM!


Logo após a realização da prova, é comum chegar em casa ou
ligar para alguém para conferir o gabarito da prova. Afinal de
contas, todos querem saber quantas questões acertaram! Mas,
no ENEM, não é apenas o número de acertos que contam na
pontuação. Vejam só o que diz o Guia do Participante, publicado
pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais
Anísio Teixeira (INEP):
“Nas avaliações, normalmente, as nossas notas são calculadas
de “0 a 10” ou de “0 a 100”, e a forma de calcular a nota
é simples, bastando somar as questões corretas na prova.
Imaginemos que um professor elabore uma prova com 10
questões, para avaliar o conhecimento dos seus alunos de
Matemática, em que cada questão vale um ponto. Ao final da
prova, o Aluno A e o Aluno B acertaram seis questões, porém
não acertaram exatamente as mesmas questões. Será que os
alunos deveriam receber a mesma nota? Será que os dois alunos
possuem o mesmo conhecimento de Matemática?
Assumir que todas as questões fornecem a mesma quantidade
de informação sobre o conhecimento que o participante
domina não é a melhor opção metodológica. Há questões que
representam melhor o que está sendo avaliado do que outras e
há questões que informam mais. A Teoria de Resposta ao Item
(TRI) capta isso.”
Apenas mediante o resultado do ENEM será possível saber sua
nota real! O exame é elaborado para evitar os famosos “chutes”,
medindo o conhecimento dos participantes a partir de uma
equação completa que leva em conta tanto o número de acertos
quanto a dificuldade de cada questão avaliada.
Ficaram curiosos sobre como funciona a Teoria de Resposta
ao Item? Acessem o Guia do Participante, disponibilizado
pelo Inep, em que essa e outras informações importantes são
explicadas em detalhes:
http://bit.ly/guia_do_participante

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Quiz: como está a minha
preparação para o Enem?
Já que o assunto do Enem vai acompanhar vocês ao longo de todo o ano, que tal
reconhecer o que vocês já têm feito de bom na preparação para o Enem, mas também aqueles
aspectos da rotina de estudos que vocês precisam melhorar? Ainda há alguns meses de
dedicação pela frente e, se vocês se organizarem a partir de agora, poderão somar ainda mais
conquistas e aprendizados às competências que já desenvolveram ao longo do Ensino Médio.
Para isso, respondam ao quiz a seguir. Revezem-se na leitura das questões e, ao final de
cada uma, conversem um pouco, compartilhando com os colegas por que você se identifica
mais com determinada resposta. A conversa é em quarteto, mas cada um anota no caderno a
opção que melhor se adequar à própria vivência!

1. Em relação às aulas, eu:

a. Me preparo com antecedência e, na escola, faço anotações e registros, que me auxiliam


quando estudo em casa e nos encontros de Estudos Orientados. Também participo
ativamente das aulas e busco contar com professores(as) e colegas para solucionar
minhas dúvidas.

b. Sempre vou às aulas, presto atenção e entrego as atividades requisitadas, mas não tenho
hábito de me preparar com antecedência nem de participar ativamente. Ainda tenho que
melhorar em alguns pontos, mas já estou trabalhando nisso.

c. Apenas acompanho os encontros, mas não tenho me dedicado muito à preparação para a
aula ou à posterior revisão dos conteúdos e à realização das tarefas de casa.

d. Tenho uma postura bem dispersa na sala de aula e não me dedico muito aos estudos.

2. Quando estudo sozinho, eu:

a. Estabeleço metas e objetivos, consigo me planejar bem dentro do tempo disponível,


tenho iniciativa para buscar informações em novas fontes e faço o registro de dúvidas e
outras observações para apresentar depois aos professores e colegas.

b. Tento estabelecer uma rotina de estudos, mas tenho um pouco de dificuldades para
cumprir com todas as metas traçadas. Ainda assim, consigo me concentrar e me dedicar
aos estudos algumas vezes na semana e estou com os conteúdos em dia.

c. Não sou muito bom em estudar sozinho, mas tenho tentado separar um tempo para
me dedicar somente a isso. Um dos meus desafios é não me distrair ouvindo música,
navegando na internet ou pensando em outras coisas.

d. Não tenho uma rotina e quase nunca estudo sozinho em casa, só nas vésperas das
avaliações e trabalhos.

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3. Quanto aos procedimentos de estudo, eu:

a. Tenho o hábito de revisar os conteúdos aprendidos em sala e de me apoiar em algumas


estratégias. Com o tempo, fui descobrindo como cada uma delas pode me ajudar:
fichamentos, resumos, esquemas e mapas conceituais são recorrentes nos meus
momentos de estudo.

b. Faço marcações e anotações daquilo que acho mais relevante. Isso tem me auxiliado
bastante. Atualmente, também tenho me esforçado para experimentar outros
procedimentos de estudo, que me apoiam na compreensão das matérias.

c. Não tinha o costume de fazer marcações, menos ainda de me valer de resumos e


esquemas. Para revisitar os conteúdos dos componentes curriculares, apenas lia os
materiais e fazia as atividades. Mas percebi que outros procedimentos de estudo são
importantes para eu aprender melhor e com mais facilidade.

d. Não tenho o hábito de revisar os conteúdos, quem dirá de elaborar resumos, esquemas
e mapas conceituais. Só leio os materiais antes da prova. Acho que vou ter que “correr
atrás do prejuízo”.

4. Quando vejo um telejornal em casa e penso que questões sobre o cotidiano e a


atualidade podem cair no Enem, eu:

a. Sinto que estou preparado e bem informado. Sou capaz de elaborar argumentos sobre
diversas das temáticas apresentadas no telejornal.

b. Algumas notícias me surpreendem bastante e são novidade para mim. Preciso me


informar um pouco melhor, mas acho que estou no caminho certo.

c. Estou por fora da maioria dos acontecimentos da atualidade, acho que tenho que me
atualizar bastante até o fim do ano!

d. Não vejo jornal e não curto muito estar por dentro da atualidade. Acho que, para ir bem
no Enem, vou precisar de uma imersão em sites jornalísticos e de análises de notícias.

5. Quando faço avaliações simuladas do Enem, eu:

a. Consigo identificar os comandos das questões com facilidade, organizo meu tempo para
ler com atenção os textos-base e não deixar de responder a nenhuma questão, e sinto
que estou me preparando bem para o exame que acontecerá no segundo semestre. Além
disso, consigo um bom número de acertos em questões de todas as áreas.

b. Acho que estou no caminho certo para me sair bem no Enem, mas alguns fatores ainda
me pegam. Tenho tentado desenvolver estratégias para entender melhor o que cada
questão demanda de mim e, assim, obter resultados melhores. Quanto às áreas de
conhecimento, em algumas eu vou bem, mas em outras preciso de um reforço.

c. Não tenho me saído bem nos simulados, ainda tenho muitas dúvidas sobre a melhor
maneira de me organizar para fazer o exame e não compreendo bem o que as questões
estão pedindo. Vou trabalhar esses aspectos e pedir apoio de colegas e professores para
melhorar!

d. Ainda não fiz nenhum simulado do Enem ou, se fiz, não me atentei aos motivos que me
levaram a ir mal. Preciso entender quais são as minhas dificuldades para, assim, buscar
um modo de superá-las.
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6. Quando elaboro redações semelhantes às requeridas no Enem, eu:

a. Percebo que estou por dentro dos temas abordados. Tenho facilidade na hora de
relacionar as informações e opiniões apresentadas, de elaborar argumentos a partir delas
e de sugerir propostas de intervenção social para os problemas apresentados. Além disso,
sei bem como estruturar um texto dissertativo-argumentativo.

b. Por não estar tão por dentro dos temas abordados, tenho um pouco de dificuldade
em trabalhar as informações e opiniões dos textos de referência para, a partir deles,
criar meu texto. Também tenho que me aperfeiçoar na escrita de textos dissertativos-
argumentativos e conhecer melhor o gênero.

c. Não sei muito bem o que é um texto dissertativo-argumentativo e estou muito por fora
das questões mais atuais discutidas nas propostas de redação. Tenho muita dificuldade
em cruzar dados e conteúdos que me são apresentados e em elaborar propostas de
intervenção na realidade.

d. Ainda não elaborei nenhuma redação como as propostas pelo Enem e, se fiz, me dei
muito mal.

Avaliando nossas respostas

Todo o quiz já foi respondido?


Então vocês provavelmente perceberam que as opções A, B, C e D seguiam uma sequência
similar. As respostas A indicam que a sua preparação para o Enem está boa e que você tem
tudo para se sair bem no exame! As respostas B significam que sua rotina está boa, mas pode
melhorar um pouco mais, e assim por diante, conforme a disposição abaixo:

a. Estou indo bem! Posso manter minha rotina de estudos!

b. Estou no caminho certo, mas preciso me dedicar um pouco mais!

c. Preciso reformular minha rotina de estudos para dar conta de todo o


conteúdo e das competências demandadas!

d. A situação não está boa para o meu lado, vou precisar correr atrás do
tempo perdido!

Sabendo disso, é hora de refletir sobre as próprias respostas e, mais que isso, buscar
caminhos para solucionar os pontos mais fracos identificados na rotina de vocês.

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Conversem a partir das seguintes questões e busquem achar soluções para que possam
ajudar uns aos outros:

• Em quais tópicos discutidos há pouco estão concentradas nossas maiores dificuldades?


• O que podemos fazer para solucioná-las em nosso dia-a-dia na escola, contando com a
ajuda dos professores e dos colegas?
• E em casa? Quais atitudes podemos tomar para nos prepararmos cada vez melhor
para o Enem?

QUESTÕES INDIVIDUAIS:

Em quais componentes curriculares,


competências e aspectos discutidos
anteriormente eu me saio bem
e poderia dar uma força para os
colegas:

Quais são os componentes


curriculares aos quais preciso me
dedicar com mais afinco e para os
quais gostaria de contar com apoio
dos colegas para estudar:

Tudo preenchido? Agora a atividade segue com orientações do(a) professor(a). E se a sua
autoavaliação não foi muito boa, não precisa se desesperar! Todas as atividades de Estudos
Orientados do semestre são voltadas para te dar uma força na preparação para o Enem!

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Atividade 2:
Antena para o Mundo

DE OLHO NA IMPRENSA!

Diariamente temos contato com uma enxurrada de notícias, reportagens e artigos


jornalísticos, seja na TV, no rádio, na internet ou nos meios impressos mais tradicionais,
como os jornais e revistas.
Essas mídias informativas, além de contribuírem para que estejamos antenados com o que
acontece ao nosso redor e no mundo, são fontes importantes que podem enriquecer a rotina
de estudos como uma opção que se soma às aulas presenciais e aos materiais didáticos.
Não bastassem todos esses ganhos, é importante notar também como o Enem se apropria
do conteúdo das diversas mídias na formulação de questões e propostas de redação.
A seguir, são apresentadas algumas questões do Enem 2015. Os textos-base de todas elas
foram retirados de jornais e revistas, tanto informativos quanto de divulgação científica.
Para dar prosseguimento à atividade, sigam as seguintes instruções:

1 Leiam, em conjunto, cada uma das questões.

2 Identifiquem, na Matriz de Referência do Enem, as competências e habilidades


que estão sendo avaliadas pelas questões.

Os conteúdos da prova do Enem são definidos a partir da Matriz de Referência do


Enem. Nelas são dispostas as competências específicas demandadas por cada uma das
quatro áreas do conhecimento (Ciências Humanas e suas tecnologias, Ciências da Natureza
e suas tecnologias, Matemática e suas tecnologias, Linguagens, códigos e suas tecnologias).
Cada uma dessas competências se desdobra em habilidades a elas relacionadas. O
objetivo é que, ao relacionar a questão à determinada competência ou habilidade, vocês
reflitam, também, sobre a função do texto-base em cada uma delas.

A Matriz de Referência do Enem pode ser acessada no seguinte link:


http://bit.ly/matriz_enem

3 Respondam, conjuntamente, às questões e à proposta de redação, discutindo o


“porquê” das escolhas feitas.

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QUESTÃO 15 – CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
QUESTÃO 54 – CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS
QUESTÃO 106 – LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

QUESTÃO 106: E
QUESTÃO 54: E
QUESTÃO 15: D
GABARITO DAS QUESTÕES

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Propos ta de redação

NÃO É PRECISO ESCREVER A REDAÇÃO!


Apenas leiam, com atenção, a proposta de redação e o Texto IV (que foi um
dos textos motivadores), apresentados logo abaixo. Em seguida, conversem
sobre alguns pontos que vocês abordariam caso fossem elaborar um texto
dissertativo-argumentativo.

A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos
construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em
modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “A persistência da violência
contra a mulher na sociedade brasileira”, apresentando proposta de intervenção que
respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa,
argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Leram tudo com atenção, responderam às questões e refletiram sobre a proposta de


redação? Agora, discutam sobre as seguintes questões e registrem os pontos mais importantes
no caderno. Eles serão importantes para a roda de conversas que acontecerá logo depois.

• Quais as competências e habilidades da Matriz de Referência estão


sendo avaliadas em cada uma das questões?

• Qual a função dos textos jornalísticos e de divulgação científica em


cada uma das questões selecionadas e na proposta de redação?

• Os textos-base mobilizam conhecimentos prévios e/ou oferecem


informações, dados e conceitos fundamentais para a resolução das
questões? Por quê?

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Compreender, enfrentar e construir
Como vocês puderam perceber pelo exercício anterior, para algumas questões, conhecer a
fundo a temática do texto-base não é necessário. Mas, em outras, e sobretudo na redação,
é fundamental conhecer o assunto em pauta, ler criticamente os textos apresentados e
construir argumentos a partir deles.
Essas características estão de acordo com alguns dos pontos propostos pela Matriz de
Referência do Enem, conforme documento do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira (INEP). Vejam só os eixos selecionados:

Eixos cognitivos comuns a


todas as áreas de conhecimento

• Compreender fenômenos: construir e aplicar conceitos das


várias áreas do conhecimento para a compreensão de fenômenos
naturais, de processos histórico-geográficos, da produção
tecnológica e das manifestações artísticas.

• Enfrentar situações-problema: selecionar, organizar, relacionar,


interpretar dados e informações representados de diferentes
formas, para tomar decisões e enfrentar situações-problema.

• Construir argumentação: relacionar informações, representadas


em diferentes formas, e conhecimentos.

Se é importante estar por dentro dos assuntos tematizados nas mídias informativas e de
divulgação científica, mas ao mesmo tempo é impossível acompanhar tudo o que acontece e
é divulgado, como selecionar os temas nos quais se aprofundar?

O melhor a ser feito é estabelecer critérios de seleção dos materiais que


serão lidos! Para fazer isso, leiam abaixo os temas das redações do Enem de
2010 a 2016 e, a partir deles, elaborem ao menos três critérios de seleção,
ou seja, três aspectos comuns que são mobilizados pelas propostas de
redação e que podem guiar a seleção de vocês!

2010 O trabalho na construção da dignidade humana


2011 Viver em rede no século 21: os limites entre o público e o privado
2012 Movimento imigratório para o Brasil no século 21
2013 Efeitos da implantação da Lei Seca no Brasil
2014 Publicidade infantil em questão no Brasil
2015 A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira
2016 Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil

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Reproduzam em seus cadernos o quadro abaixo e registrem os critérios construídos pelo
time. Logo mais vocês poderão conhecer os critérios eleitos pelos outros times a construir
uma boa perspectiva de seleção de materiais.

Critério 1 -
Por quê?

Critério 2 -
Por quê?

Critério 3 -
Por quê?

O Desafio: rodas de
discussão sobre atualidades!
Vocês já sabem que hoje se inicia um desafio que vai durar até a data de realização do
Enem. A proposta é que vocês possam estabelecer uma rotina de compartilhamento, leitura
e discussão de temas da atualidade, buscando se aprofundar em alguns desses temas.
Aqui vão algumas dicas e instruções para o processo que se inicia agora, culmina no
próximo encontro de Estudos Orientados, e se repete ao longo do ano!

1. Definição do tema ou acontecimento a ser acompanhado e leitura


em fontes diversas:

O time busca, na internet, em materiais impressos, nas redes sociais


e nas manchetes dos jornais e revistas das bancas pelas ruas,
assuntos e acontecimentos que pareçam relevantes e que atendam a
alguns dos critérios identificados pela turma.

Definido o tema/acontecimento, buscam e selecionam textos


diversos (artigos, notícias, reportagens, vídeos etc.), seja na
internet ou nos meios impressos.

A cada mês, o time deve definir um tema/acontecimento diferente!

PARA COMEÇAR A BUSCA!


Aqui estão listadas algumas das principais publicações brasileiras
que vocês podem consultar, tanto em versão imprensa quanto digital.
Elas são bons pontos de partida, mas há muitas outras para vocês
consultarem!

Revistas semanais Revistas de divulgação científica


Carta Capital Ciência Hoje
Época Galileu
Istoé Mundo Estranho
Veja Revista Cult
Superinteressante
Jornais diários
Extra
Folha de S. Paulo
O Estado de S. Paulo
O Globo
Telejornais das mais diversas emissoras
20
2. Compartilhamento com a turma

Depois que vocês selecionarem alguns materiais interessantes, é a hora de


compartilhar com a turma. Vale de tudo: enviar links, recortar as revistas e jornais e
levar para a turma, ou mesmo fotografar esses materiais e postar no grupo!

Busquem compartilhar materiais que tragam diferentes perspectivas sobre um


mesmo assunto, que sejam de fontes variadas e confiáveis e que abordem o tema/
acontecimento de forma aprofundada.

3. Roda de discussões sobre atualidade


O próximo encontro será todo dedicado à roda de discussões. Ela funcionará assim:

Cada time tece alguns comentários a respeito do tema/acontecimento


selecionado, e, em seguida, abre para que toda a turma compartilhe
suas opiniões e interpretações. Alguns tópicos que devem ser tratados
durante a roda de leitura são:

• Qual a relevância do tema/acontecimento discutido?


• Quais aspectos dos critérios de seleção eles atendem?
Por quê?
• Os materiais apresentam pontos de vista diferentes sobre os
diferentes temas/acontecimentos? Quais são eles?
• Que informações e dados merecem destaque?
• A que se devem as diferenças de abordagem entre os
veículos consultados?
• Quanto às opiniões: é possível perceber consensos ou há
controversas?
• A que grupos sociais e seus interesses as opiniões
levantadas parecem representar? Que outras seriam
impor tantes considerar?
• Com quais outros temas e acontecimentos eles se
relacionam?
• E nós, o que pensamos a respeito desse assunto?

Bom trabalho!

21
Atividade 3:
Raio-x das questões do Enem

É comum ouvir de participantes que já realizaram o ENEM que o exame


pode ser bastante cansativo. Não é para menos: são 180 questões divididas
em dois dias, sendo que no último a redação também deve ser elaborada.
São dois dias de bastante trabalho! Ter que ler toda a prova com calma
e atenção, entender os comandos das questões, buscar as respostas mais
adequadas para as perguntas, refletir sobre as alternativas incorretas...
Será que existe algum modo de tornar tudo isso um pouco mais fácil?
Fácil talvez não seja a palavra correta. Mas certamente vocês podem
praticar a resolução de questões do Enem para ficarem cada vez mais
“afiados” para o exame. Assim, poderão entender como ele é estruturado,
qual a lógica por trás das questões e como seus vários elementos se
organizam. É justamente esse o objetivo dessa atividade. Nela, vocês
responderão a questões de todas as áreas do conhecimento e, em seguida,
poderão analisar as respostas dadas à luz de comentários de especialistas de
cada uma dessas áreas.

22
FIQUE POR DENTRO DE UM ITEM

Para começar, vamos conhecer a estrutura básica de uma questão do Enem a partir de
um exemplo da área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias presente no exame de 2015.
No exemplo abaixo, Marisa Balthasar, que integrou a equipe de especialistas
em avaliação e elaboração de itens na área de Linguagens, do Inep, Ministério da
Educação, entre 2002 e 2006, explica como se estrutura a questão e dá algumas dicas
de como solucioná-la.
Todas as questões têm uma estrutura exatamente igual a essa? Pode haver algumas
variações, mas elas são organizadas de modo semelhante, como vocês poderão perceber ao
longo da atividade. Por isso mesmo este é um bom ponto de partida para realizar um Raio-X
da questão e ver como é seu “esqueleto”!

TEXTO-BASE

FONTE
SITUAÇÃO-PROBLEMA

ALTERNATIVAS:
DISTRATORES
E GABARITO.

23
TEXTO-BASE
“Toda questão (ou item, como dizem os especialistas) do ENEM apresenta
um texto-base. Sempre faça uma primeira leitura dele, com especial atenção
no gênero (carta, bula, notícia, propaganda, poema, ou mesmo gráfico,
imagem, charge). Observe também: quem fez o texto; para que possíveis
leitores/ouvintes/espectadores; com que possíveis intencionalidades; onde
e quando ele circulou. É com base nesse texto que o item proporá uma
situação-problema para você resolver. Por essa razão, depois de conhecer a
situação-problema, você precisará reler, pelo menos mais uma vez, o texto-
base, buscando elementos que o ajudarão a chegar à solução esperada.
Nessa questão, só pelo título já se vê que o texto-base é instrucional,
ou seja, feito para instruir, orientar. Na fonte (que sempre deve ser
bem analisada), descobrimos que se trata de trecho de um manual de
etiqueta, isso é, conjunto de regras para viver educada e civilizadamente
em sociedade. Trata-se, porém, de um manual de etiquetas diferente: é
especificamente sobre sustentabilidade, ou seja, regras para vivermos de
forma ética e responsável em relação ao meio ambiente. Observe como o
texto se organiza em itens, dirige-se diretamente ao leitor, usa verbos no
imperativo e tem redação bem objetiva.”

SITUAÇÃO-PROBLEMA
“A situação-problema (que costumamos chamar de ‘comando’) está logo
abaixo do texto-base. Observe que ela também oferece elementos para a
solução. Uma boa dica é grifar esses elementos para você usar na prova:
sublinhe o que for importante! Veja que com esses elementos confirmamos
que o texto tem objetivo educativo (instrucional), quer ensinar algo a
alguém, e que para isso se vale da função conativa da linguagem, isso é,
a que tem foco no leitor (se lembra dos vocativos e dos imperativos?).
Finalmente, vem a situação-problema: analisar o que se busca fazer, o
que se quer causar no leitor, por meio da linguagem referencial. Ora, se
já sabemos que o texto é “educativo” (instrucional), está fácil resolver
essa, não é mesmo? O cuidado agora é analisar bem a resposta que melhor
corresponde à solução.”

ALTERNATIVAS:
DISTRATORES “Você já teve a sensação de que uma questão tem ‘pegadinha’, com
E GABARITO. alternativas que você jura que são todas corretas? Não foi à toa... um bom
item é feito para ter mesmo alternativas erradas, mas com plausibilidade
(o que é aceitável, admissível), isso é, respostas que se relacionam com a
situação proposta, mas a respondem de forma incorreta ou apenas parcial.
Essas alternativas são chamadas de distratores. A alternativa “correta” é
chamada de gabarito (e que alegria quando a gente verifica que o gabarito
oficial é também o nosso!).”

24
Como a atividade vai funcionar
Agora que vocês já conhecem um pouco mais sobre os elementos que
estruturam uma questão, chegou a hora de analisar um exemplo de cada
área do conhecimento. Vejam como isso vai funcionar:

Primeiro vocês respondem, individualmente, a cada questão,


1 começando pela de “Linguagens, Códigos e suas tecnologias” utilizada
como exemplo. Durante a resolução, busquem experimentar algumas
das dicas abaixo!

DICAS!

Reler a questão depois de conhecer a situação problema e...


• grifar trechos do texto-base importantes para a resolução;
• identificar, também, trechos que contribuam para descartar as
alternativas incorretas.

Observar se o comando...
• pode ser solucionado apenas com informações presentes no
texto-base;
• demanda conhecimentos prévios, desenvolvimento de cálculos
ou mesmo a elaboração de esquemas, desenhos etc.

Observar se há textos de diferentes modalidades e como


eles se relacionam (texto verbal, imagens, gráficos, charges,
esquemas etc.).
• Observar se eles trazem dados, informações e opiniões que se
complementam ou se distanciam.
• Refletir como essas informações contribuem para a resolução
do problema.

Respondida a questão, cada um compartilha com o quarteto a sua resposta.


2 Expliquem o “porquê” das escolhas feitas, assim como os motivos que os
levaram a considerar que as outras alternativas eram “distratores”.

Busquem identificar, juntos, na Matriz de Referência do Enem, as


3 principais competências e habilidades demandadas pela questão.

Em seguida, dirijam-se à página seguinte e confiram o comentário feito


por um(a) especialista da área, em que ele(a) faz um raio-X da questão
4 e indica qual é o gabarito. Comparem o Raio-X do(a) especialista com as
respostas de vocês!

Finalizada a primeira questão, passem para as seguintes, mantendo o


5 mesmo esquema, até que todas sejam resolvidas.

25
Questão
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
(Questão do ENEM 2015)

26
Raio-x da Questão
Questão comentada por Marisa Balthasar, que
integrou a equipe de especialistas em avaliação e
elaboração de itens na área de Linguagens, do Inep,
Ministério da Educação, entre 2002 e 2006.

COMPETÊNCIAS E HABILIDADES DA MATRIZ DE REFERÊNCIA DO ENEM


Competência: Compreender e usar os sistemas simbólicos das diferentes linguagens
como meios de organização cognitiva da realidade pela constituição de significados,
expressão, comunicação e informação (Competência de área 6).
Habilidade: H19 - Analisar a função da linguagem predominante nos textos em situações
específicas de interlocução.

COMENTÁRIOS GERAIS
A habilidade 19 indica que vocês precisam compreender um texto em seu contexto de
produção (Quem fez? Por quê? Para quem? Com que possíveis intencionalidades? Por meio
de que gênero? Onde e Quando o texto circulou?), isso é, em uma situação específica de
interação. Com base nessa compreensão é que vocês analisarão as funções que o uso da
linguagem vai ganhando ali.
Para a situação-proposta (análise do que se busca alcançar no leitor por meio do uso da
linguagem em sua função referencial) vocês poderiam trazer o conhecimento prévio do que
é essa função:
A função referencial (também chamada de “denotativa”) é a que busca efeitos de
objetividade, com alto grau de informatividade.
Agora, se vocês não se lembrassem do nome dessa função, seria perfeitamente possível
deduzi-la, com base na análise do texto e das alternativas.

ANÁLISE DAS ALTERNATIVAS: DISTRATORES E ALTERNATIVA CORRETA


a. Embora traga um objetivo altamente plausível para o texto “induzindo-o [leitor] a ter
atitudes responsáveis que beneficiarão a sustentabilidade do planeta”, traz também
algo completamente fora de sua intencionalidade: “despertar no leitor sentimentos
de amor pela natureza”. Nada no texto apela para as emoções e sentimentos do leitor,
certo?
b. É o gabarito. Ela resume bem os objetivos que o texto busca alcançar sobre o leitor
(informar, orientar).
c. A alternativa deve ser descartada, pois ela não traz mensagem subjetiva, muito pelo
contrário, busca ser objetiva. Observe que a exemplificação de atitudes sustentáveis
ocorre realmente (“Jogue esses produtos no lixo comum. Alguns deles, como óleo de
cozinha, medicamento e tinta, podem ser levados a pontos de coleta especiais, que
darão a destinação final adequada”) e quem analisasse a alternativa só por aí poderia
errar na escolha da resposta.
d. Há um alto grau de plausibilidade no objetivo “Estabelecer uma comunicação com
o leitor”, afinal, todo e qualquer texto é feito para alguém, não é mesmo? Não há,
entretanto, no texto, possibilidade de interação explícita com o leitor (como seria,
por exemplo, em um debate oral, em uma enquete a respeito de um tema, entre outras
tantas situações de interação). Assim, não cabe dizer que o texto procura “certificar-se
de que a mensagem sobre ações de sustentabilidade está sendo compreendida”.
e. É a alternativa que menos tem plausibilidade. Não se trata de um texto com caráter
metalinguístico, com explicações sobre termos e definições.

27
Questão
CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS
(Questão do ENEM 2014)

28
Raio-x da Questão
Questão comentada por Erika Carneiro Riqueza, mestre
e doutora pelo Instituto Militar de Engenharia – IME/RJ,
na área de conhecimento de Química orgânica, Química de
polímeros e Química ambiental, professora de Química com
experiência no ensino fundamental, médio e superior.

COMPETÊNCIAS E HABILIDADES DA MATRIZ DE REFERÊNCIA DO ENEM


Competência: Apropriar-se de conhecimentos da química para, em situações problema,
interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-tecnológicas (Competência de área 7).
Habilidade: H24 - Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracterizar
materiais, substâncias ou transformações químicas.

COMENTÁRIOS GERAIS
Questões da área de Ciências da Natureza, muitas vezes, possuem um texto inicial.
Este pode ser de divulgação científica, dados de uma pesquisa, ou ainda uma curiosidade
sobre o tema abordado. Aí está o primeiro desafio: identificar se de fato o texto será
necessário para responder à pergunta do problema. Uma dica importante é que vocês
leiam a questão inteira, detenham-se na pergunta e verifiquem se, de fato, o texto inicial
é decisivo para resolver este item da prova.
No caso da questão apresentada, que pode ser considerada de dificuldade média, são
demandados conhecimentos básicos de química, mas também é necessário que vocês
a leiam com cuidado, estabeleçam diferenças entre ideias científicas e ideias do senso
comum e estejam atentos para descartar aquelas alternativas que não têm relação direta
com o texto-base.

ANÁLISE DAS ALTERNATIVAS: DISTRATORES E ALTERNATIVA CORRETA


Nesta questão, a alternativa correta deve explicar o fenômeno descrito no texto inicial.
Observe uma análise de cada alternativa:
a. A afirmativa evoca uma noção do senso comum de que um cheiro ruim, ou muito forte,
pode ser eliminado se for sobreposto ou misturado a outro cheiro. A alternativa pode
evocar esses conhecimentos do senso comum, mas despreza informações contextuais
e científicas – afinal de contas, não é a sobreposição que elimina os odores, mas uma
reação química entre os componentes.
b. A piridina tem caráter alcalino, conforme mencionado no texto, e não ácido, como indica
a alternativa. É a reação de uma substância de caráter ácido com uma de caráter básico
que produz a reação química que elimina o odor. Uma leitura descuidada poderia levar à
escolha dessa alternativa, que apresenta erro conceitual e vocabulário impreciso.
c. O texto não relaciona o odor, ou mesmo a sua eliminação, com a presença de bactérias.
A alternativa indica uma relação de causa/consequência inconsistente com o fenômeno
natural cuja análise foi proposta.
d. Em nenhum momento o texto relaciona a eficácia do vinagre na eliminação do odor
do peixe com a degradação enzimática, por isso a alternativa não tem relação com o
fenômeno descrito no texto.
e. É a alternativa correta e comprova a capacidade de leitura e de conhecimento específico
do estudante. A eficiência do uso do vinagre, nesse caso, se explica pela reação de
neutralização entre o ácido acético (de caráter ácido) e a piridina (de caráter básico),
apresentada abaixo, que resulta em compostos sem mau odor.

ácido
piridina acético
C5H5N + CH3COOH H2O + [C5H5N+][CH3COO-]

29
Questão
CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
(Questão do ENEM 2015)

30
Raio-x da Questão
Questão comentada por Paulo Jorge Storace Rota, bacharel e
licenciado em História (PUC- SP), pós graduado em Antropologia
Social (USP-SP) e em Administração Escolar e Coordenação
Pedagógica (Universidade Veiga de Almeida). Autor de diversos livros
e materiais didáticos de História e Geografia para a Educação Básica.

COMPETÊNCIAS E HABILIDADES DA MATRIZ DE REFERÊNCIA DO ENEM


Competência: Compreender a produção e o papel histórico das instituições sociais,
politicas e econômicas, associando-as aos diferentes grupos, conflitos e movimentos
sociais (Competência de área 3).
Habilidade:
H13 – Analisar a atuação dos movimentos sociais que contribuíram para mudanças ou
rupturas em processos de disputa pelo poder.
H14 – Comparar diferentes pontos de vista, presentes em textos analíticos e
interpretativos, sobre situação ou fatos de natureza histórico-geográfica acerca das
instituições sociais, politicas e econômicas.
H15- Avaliar criticamente conflitos culturais, sociais, políticos, econômicos ou
ambientais ao longo da história.

COMENTÁRIOS GERAIS
Em Ciências Humanas, é raro discutir algum tema que só possa ser abordado por
uma única perspectiva. Por isso, procure identificar não apenas a resposta certa, mas o
caminho do raciocínio proposto pela questão.
Além disso, muitas vezes as respostas corretas estão presentes no próprio texto-base,
ou seja, a partir de uma interpretação correta do texto e das alternativas é possível
identificar o gabarito, sem que seja necessário recorrer a muitos conhecimentos prévios.

ANÁLISE DAS ALTERNATIVAS: DISTRATORES E ALTERNATIVA CORRETA


O item estabelece duas relações que merecem ser observadas:
• uma problematização acerca da ideia do feminino e da mulher na perspectiva de
Simone de Beauvoir, importante escritora francesa e feminista do século 20;
• uma associação entre afirmações de Simone de Beauvoir e o movimento social da
década de 1960.
Esses são aspectos que o próprio texto-base fornece e que são fundamentais para a
resolução da questão, que pede uma associação entre a frase da autora e um movimento
social ocorrido na década de 1960 que a utilizou. Veja a análise de cada uma das alternativas:
a. Trata do poder judiciário, ou seja, não cita nenhum movimento social. Além disso, a
alternativa se refere à violência sexual, que, apesar de existir e estar relacionada ao
assunto, não é um tema abordado diretamente pelo texto-base. A menção à violência
sexual extrapola o assunto do texto, embora a discriminação de gênero contra a mulher
crie um ambiente propício à desvalorização, ao desrespeito e aos atos de violência. Temos
então, nessa alternativa, um exemplo de distrator com algum grau de plausibilidade.
b. Temos uma situação muito parecida com a alternativa A. Nesse caso, a alternativa trata do
poder legislativo, mas não aborda o movimento social, como solicitado no enunciado. A
dupla jornada de trabalho, embora também seja problematizada em debates sobre gênero,
não se refere diretamente à pergunta do item.
c. Menciona a organização de protestos públicos, uma das formas de mobilização e expressão
dos movimentos sociais, sobretudo na década de 1960; também afirma que os protestos
eram pela garantia da igualdade de gênero, tema central das frases de Simone de Beauvoir.
Por isso, essa é a alternativa que melhor traduz a pergunta, ligando o texto de Simone de
Beauvoir aos movimentos sociais e aos protestos públicos pela igualdade de gênero.
d. Menciona oposição de grupos religiosos e tentativa de impedimento de casamentos
homoafetivos, temas que extrapolam o sentido do texto-base e da pergunta.
e. A elaboração de políticas governamentais, como o próprio nome diz, cabe às esferas do
governo, não aos movimentos sociais. Todavia, há certo grau de pausibilidade na alternativa,
uma vez que uma das demandas dos movimentos que lutam pela igualdade de gênero ainda
hoje é o estabelecimento de políticas públicas que promovam ações afirmativas.
31
Questão
MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS
(Questão do ENEM 2016)

32
Raio-x da Questão

Questão comentada por Katia Stocco Smole,


uma das autoras dos Parâmetros Curriculares
de Matemática para o Ensino Médio (1999) e
especialista da área de Matemática.

COMPETÊNCIAS E HABILIDADES DA MATRIZ DE REFERÊNCIA DO ENEM


Competência: Interpretar informações de natureza científica e social obtidas da leitura
de gráficos e tabelas, realizando previsão de tendência, extrapolação, interpolação e
interpretação (Competência de área 6).
Habilidade: H25 - Resolver problema com dados apresentados em tabelas ou gráficos.

COMENTÁRIOS GERAIS
As questões da área de matemática do Enem são marcadas por uma característica
particular, qual seja, vir em forma de situação-problema com textos em geral longos, que
exigirão prática de leitura e de resolução de problemas.
Como prática de leitura queremos dizer que vocês deverão estar acostumados a ler
problemas identificando as informações que são essenciais ou que são irrelevantes (sim,
haverá problemas com excesso de dados!). Muitas vezes será preciso ainda identificar
informações que aparecem em imagens associadas ao texto do problema (gráficos, tabelas,
diagramas, esquemas, representações geométricas, fotos entre outras), sem esquecer da
importância de identificar a pergunta a ser respondida.
Os gráficos são considerados um tipo específico de texto, com marcas e expressões
próprias. Observem atentamente a imagem da questão e vejam que ela traz três gráficos
representados juntos em um mesmo sistema. Há uma legenda indicando o que cada gráfico
representa. Há também dois tipos de eixos simultâneos, um mostrando a pluviosidade e
outro a temperatura. O gráfico apresenta ainda uma variação de período de um ano entre
maio de 2012 e maio de 2013.
Muitas etapas estão envolvidas na leitura de um texto. No caso específico deste
problema, considerado um item fácil em relação à complexidade que oferece, é importante
ter muita atenção a dois aspectos em especial: as condições apresentadas para o cultivo da
flor e as informações trazidas pelo gráfico.
Observem que, para resolver este problema, vocês não precisam fazer contas, nem mesmo
aplicar uma equação ou fórmula matemática. Basta ler e analisar todo o texto, o gráfico e
relacionar com as alternativas.
Vocês já responderam à questão individualmente e discutiram suas escolhas. Agora,
voltem ao item, dessa vez seguindo as orientações a seguir. Observem se o primeiro
raciocínio que desenvolveram está afinado com ele!
• Releiam o texto novamente.
• Vejam se as expressões “mês subsequente” e “pluviosidade” estão claras
para vocês. Elas são essenciais para a resolução do problema. Uma palavra
está explicada no enunciado da questão e a outra pode ser inferida, isto é,
descoberta por vocês.
• Grifem, no enunciado, as condições de plantio da flor.
• Veja como essas condições podem ser identificadas no gráfico.
• Por fim, escolham uma alternativa, a “b”, por exemplo, e vejam se o mês de
fevereiro atende às condições de plantio.
• Escolha outra alternativa e faça o mesmo exercício.

33
ANÁLISE DAS ALTERNATIVAS: DISTRATORES E ALTERNATIVA CORRETA
A habilidade demandada pelo item – resolver problema com dados apresentados em tabelas
ou gráficos – indica que você precisa ler o texto do problema, ler o gráfico analisando os
dados, interpretar e organizar a informação fornecida pelos dados para resolver o problema
proposto. Ainda é esperado que você combine e integre a informação e identifique relações
matemáticas por meio de algum conhecimento prévio sobre o assunto tratado no gráfico.
Usando essa habilidade você verá que, de fevereiro a março, a variação de chuvas não é
superior a 50 mm, assim como a temperatura mínima é superior a 15º C. No entanto, a terceira
condição, de que a temperatura máxima tenha um leve aumento, não é atendida, uma vez que
a temperatura decai entre fevereiro e março.
Por exclusão, podemos identificar que a alternativa “a” é a correta, porque de janeiro a
fevereiro a variação de pluviosidade não é superior a 50 mm e o índice está entre 100 mm e 150
mm. Nesse mesmo período, a temperatura máxima aumenta, mas menos de 5º C, pois ambos
estão em uma faixa maior do que 25º C e menor do que 30º C. Finalmente, a temperatura
mínima nos dois meses passa de 15º C. Logo, o mês escolhido para o plantio foi janeiro.

34
Questão
MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS
(Questão do ENEM 2016)

35
Raio-x da Questão
Questão comentada por Katia Stocco Smole,
uma das autoras dos Parâmetros Curriculares
de Matemática para o Ensino Médio (1999) e
especialista da área de Matemática.

COMPETÊNCIAS E HABILIDADES DA MATRIZ DE REFERÊNCIA DO ENEM


Competência: Construir noções de variação de grandezas para a compreensão da
realidade e a solução de problemas do cotidiano (Competência de área 4). Modelar e
resolver problemas que envolvem variáveis socioeconômicas ou técnico-científicas, usando
representações algébricas (Competências de área 5).
Habilidade:
H21 - Resolver situação-problema cuja modelagem envolva conhecimentos algébricos.
H22 - Utilizar conhecimentos algébricos/geométricos como recurso para a
construção de argumentação.

COMENTÁRIOS GERAIS
As habilidades demandadas pela atividade se relacionam diretamente com a
compreensão e o domínio de conhecimentos associados a funções e álgebra. Indicam
que vocês devem ser capazes de ler o texto matemático, compreender as representações
que ele traz e o que elas expressam. Além disso, é esperado também que vocês consigam
analisar o que respondem e justificar porque escolheram uma alternativa e não outra.
Ainda que não haja ninguém para ouvir vocês durante a prova do ENEM, é interessante
uma conversa interna pensando: será que era isso? Eu li como deveria? Fiz a melhor
resolução? Sei que isso está correto porque....
No caso desse item, a complexidade não está na noção de logaritmo em si, uma vez
que, quando ela é usada, trata-se apenas de saber a definição inicial desse conceito. O
grau maior de complexidade está em entender a equação, como substituir os valores dados
nos lugares corretos e o sentido de duas palavras: isolar e relacionar. Claro que os cálculos
algébricos precisam ser feitos com cuidado para que a relação correta apareça. A boa
notícia é que, além da leitura do texto, resolver esse tipo de problema só exige um pouco
de “prática algébrica”, isto é, fazer questões desse tipo algumas vezes.

ANÁLISE DAS ALTERNATIVAS: DISTRATORES E ALTERNATIVA CORRETA


Muitas vezes, para resolver uma questão de matemática do Enem, é preciso deixar passar
aquela sensação que nos faz pensar: “não lembro nada disso” ou “eu nunca fui bom nisso”.
Na maior parte das vezes, conseguimos enfrentar a questão lendo-a com mais cuidado.
Vamos fazer um exercício para superar a primeira impressão de uma questão envolvendo um
tema que, de modo geral, não é do agrado da maioria dos jovens que estuda matemática:
logaritmos.
Antes de conferir se vocês marcaram a alternativa correta, retornem ao item seguindo
os passos aqui propostos. Essa é uma questão de alto grau de dificuldade, que pode ser
considerada bastante complexa. Por isso propomos um percurso de raciocínio que possa
ajudá-los na sua resolução. Leiam novamente a questão em conjunto e:

36
a. Façam uma lista de tudo o que vocês precisam saber para resolvê-la.
b. Destaquem a fórmula dada: o que representam M e E na fórmula? O texto do problema
ajuda a responder essa questão?
c. O que significa E0 ser uma constante real positiva? Não se lembram? Que tal pesquisar
e anotar? Anotar é um bom modo de ajudar o cérebro a memorizar informações, vocês
sabiam?
d. Observem novamente o texto e a equação da escala Richter. Vocês notaram que nenhum
valor de logaritmo é dado? Será que isso significa alguma coisa? Qual a hipótese de
vocês, nesse caso?
e. No texto há dois valores de magnitude, quais são eles? Onde cada um deles seria usado
na equação? Reescreva a equação duas vezes, trocando a incógnita pelos valores das
magnitudes.
f. Observem que o texto diz que E1 e E2 são respectivamente as energias liberadas nos
terremotos do Japão e da China. Onde vocês usarão essa informação? Reescrevam as
equações do item, agora colocando as energias liberadas.
g. Atentem-se à pergunta do problema: “Qual a relação entre E1 e E2?”. Observem
novamente as equações que vocês escreveram e vejam que ambas têm uma constante
em comum, E0. Que tal em cada uma delas vocês isolarem o E0? Quando dizemos “isolar
a constante”, na verdade queremos dizer para deixar a equação de tal modo que de um
lado fique E0 e de outro o restante da equação, isto é, para acharmos um valor algébrico
ou numérico para que a indique. O sentido de isolar aqui é o mesmo que usamos no
senso comum “deixar sozinha”. Veja como ficariam as equações com E0 isolada:

Observem que E0 nos dois casos não é um


número, mas uma expressão algébrica, porque
não tem um valor numérico específico.

h. Agora pensem: quais os conhecimentos de logaritmos que usamos no isolamento da


constante? Vocês não têm um número para calcular o valor do log, então, deve ser uma
propriedade. Registrem.
Uma dica: no fundo, o que usamos é o que define o logaritmo de um número.

37
i. Voltem à pergunta do problema. Nós ainda não encontramos a relação pedida! Para isso
é preciso comparar. Em matemática é comum compararmos coisas por uma igualdade ou
por uma divisão. Se encontramos o valor de E0 em cada equação, é possível comparar
pensando que E0 = E0 e buscar a relação pedida. Vejam:

E a resposta correta é a C, portanto. Acharam a escrita do resultado acima diferente?


Reparem que é apenas uma questão de reordenar.

38
PARTE 2
Plano
de estudos

39
Fiquem ligados!
POR DENTRO DO PLANO DE ESTUDOS
Vocês estão aprendendo que a participação de cada um nos tempos de
Estudos Orientados se dá, em especial, na construção e realização de um
Plano de Estudos. É provável que tenham experimentado como isso ocorre
nos anos anteriores e, agora, estão sendo convidados a viverem essa
experiência com ainda mais qualidade. Novamente, isso vai acontecer de
modo coletivo e com a parceria de toda a equipe de professores.

O QUE É O PLANO DE ESTUDOS?


Como você e seus colegas já sabem, estudar é muito mais do que “assimilar”
conteúdos. Estudar é um processo de construção do saber, em que você,
estudante, é protagonista da própria aprendizagem. Para que isso realmente
aconteça, cada aluno constrói um Plano de Estudos, que tem duração
bimestral. Ao construir esse plano, vocês vão descobrir o que está proposto
que cada um aprenda ao longo do bimestre, em cada disciplina, quais serão
os instrumentos de avaliação, e vão pensar em estratégias para alcançarem
os objetivos de aprendizagem do período.

COMO VAI SER A CONSTRUÇÃO DO PLANO DE ESTUDOS?

PASSO 1:

A cada bimestre, nas primeiras aulas de todas as disciplinas, perguntem aos


professores quais são os “objetivos de aprendizagem”. Ou seja, descubram
com eles o que estão propondo que vocês aprendam nesse período em cada
uma das disciplinas. Os objetivos de aprendizagem devem ser registrados
nas páginas 46 a 53, nos quadros de cada área de conhecimentos, na parte
intitulada “O que você vai aprender em cada bimestre?”.

PASSO 2:

Descubram, também com os professores de cada disciplina, como pretendem


avaliar a aprendizagem de vocês ao longo do bimestre. Por exemplo: serão
realizados trabalhos, autoavaliação, provas etc.? As informações também
devem ser registradas nas páginas 46 a 53, no espaço intitulado “Como sua
aprendizagem vai ser avaliada?”.

40
PASSO 3:

Agora que você já conhece os objetivos de aprendizagem de cada disciplina e sabe como a
sua aprendizagem será avaliada, é hora de planejar os seus esforços de estudo, em especial
os que serão realizados nos tempos de Estudos Orientados.

Para isso, a cada bimestre, você e seus colegas (com orientação do professor de EO) devem
fazer uma conversa (organizada, com foco!) e definir o tempo que dedicarão aos estudos,
leituras e tarefas propostos pelos professores. Para isso, considerem os seguintes pontos:

• Quais são os objetivos de aprendizagem de cada disciplina que parecem mais


desafiadores para a maioria dos alunos. Que ações vocês se propõem a fazer para
conquistar essas aprendizagens?

• Que avaliações das disciplinas vocês identificam que precisarão dedicar maior tempo de
preparação? Como pretendem se preparar para cada uma delas?

• Que dificuldades específicas vocês identificam que podem ter na aprendizagem dos
conhecimentos que estão sendo trabalhados? O que cada um pretende fazer para superar
essas dificuldades?

• Que conhecimentos e atividades os professores consideram que devem ser priorizados,


no bimestre atual, nos tempos de Estudos Orientados?

Com essas reflexões, vocês estão prontos para definir as ações e tempos que dedicarão a
cada coisa e o tipo de apoio que precisarão receber dos professores. A seguir, apresentamos
algumas estratégias que podem ajudá-los na organização e definição de prioridades para os
estudos:

• Elaborar um quadro de atividades propostas pelos professores: a cada mês, a turma


insere, no quadro, informações sobre os trabalhos e avaliações que os professores de
cada disciplina estão propondo. Esse quadro ajudará a definir as prioridades de estudo
e a lembrar todos da turma sobre os prazos. O quadro pode ser físico (estar afixado na
parede da sala) ou ser virtual. Experimentem os dois modelos e vejam o que funciona
melhor.

• Uso de agenda diária: toda vez que o professor indicar a realização de um trabalho ou
avaliação, registre na sua agenda e consulte-a nos tempos de Estudos Orientados.

• Roda de conversa de planejamento: De tempos em tempos (uma vez por mês ou a


cada bimestre, por exemplo), conversem coletivamente com o professor de Estudos
Orientados e definam o que vão fazer em cada semana de EO.

• Adotar atitudes que favorecem a aprendizagem: colaborar com os colegas (aprendendo


e ensinando juntos), estar sempre presente nos tempos de EO, ser pontual, ter foco,
trazer sugestões de melhoria são algumas atitudes importantes de serem adotadas,
porque favorecem a aprendizagem.

• Conversar com os professores sobre ações que eles consideram que podem ser
realizadas para potencializar a aprendizagem. Com a experiência que têm, podem dar
dicas valiosas!

• Diálogo sobre mudanças no trabalho dos objetivos de aprendizagem: identificar


com os professores o que motivou possíveis alterações no trabalho dos objetivos de
aprendizagem inicialmente propostos e como eles propõem que tais objetivos sejam
trabalhados no futuro.

41
Dicas para a elaboração de um
bom planejamento de estudos
Organize a sua programação de estudos nos tempos escolares e planeje
atividades para cada tempo. Assim, você detalha a programação e fica mais fácil
executá-la com disciplina. Destinar um tempo para cada ação também pode ser
um bom jeito de variar a programação.
Elaboramos uma lista das atividades que são imprescindíveis à sua programação
de estudos. Veja abaixo:

REVER OS CONTEÚDOS DADOS EM SALA DE AULA E REALIZAR OS EXERCÍCIOS INDICADOS PELO PROFESSOR
DAS DISCIPLINAS OU PELOS ORIENTADORES. Esse hábito é fundamental para você compreender o
conteúdo das aulas estudando de outra forma, diferente da que você vivenciou em sala.

REALIZAR ATIVIDADES DE ESTUDOS VARIADAS, PRIORIZANDO AS DISCIPLINAS CONSIDERADAS


“CRÍTICAS”. Planeje atividades de vários tipos, para achar o seu jeito de aprender. Quer alguns
exemplos? Fazer pesquisas na biblioteca, indo além dos livros “obrigatórios”; assistir uma vídeo-
aula sobre um assunto em relação ao qual tiver dificuldade; exercitar a partir de exercícios e de
testes; analisar suas provas, identificando os erros e pensando em novas estratégias para resolver
as questões. São muitas as possibilidades de atividades para tornar os estudos mais dinâmicos e
produtivos. Peça sugestões aos professores das disciplinas, ao orientador de Projetos de Vida e ao
professor responsável pelos Estudos Orientados.

FALANDO EM VARIAR...
Se for realizar uma atividade de leitura, varie entre os livros indicados pela escola e outras
fontes (outros livros, jornais, revistas, internet etc.) e sempre combine a leitura com um
registro (por exemplo: resumo simples, resumo com comentários e opiniões, esquema,
quadro comparativo).
Se for realizar uma atividade de treino, refaça exercícios em que teve dificuldades; busque
e faça exercícios diferentes dos que estão no livro da escola; busque testes resolvidos,
resolva as questões e depois recorra às respostas, analisando os seus erros.

REALIZAR UMA ATIVIDADE DE LAZER EDUCATIVO. Você já ouviu falar em lazer educativo? São jogos,
atividades artísticas e culturais que, ao mesmo tempo em que divertem, contribuem para a sua formação
educacional. Não deixe de adotar a prática desse tipo de lazer, pois ela certamente irá contribuir muito
para o seu bom desempenho nos estudos.

FAZER UMA AUTOAVALIAÇÃO DIÁRIA. Não deixe de dedicar um tempinho, a cada dia, para fazer uma breve
autoavaliação. Pergunte a você mesmo(a): você realizou a atividade a que se propôs? Caso eventualmente
não tenha realizado, é legal indicar o porquê. Anote, na sua agenda ou caderno, dúvidas, dificuldades ou
ideias de estudo que surgirem... Toda semana, nos encontros de Projetos de Vida, haverá um espaço para
você falar dessa autoavaliação com os colegas e o orientador.

Não deixe de se autoavaliar todos os dias! Ao avaliar as suas


ações passo a passo, fica bem mais fácil perceber o que “está
pegando” e fazer alguma coisa para resolver. Assim, você não
deixa os problemas se acumularem!

42
PASSO 4:

AUTOAVALIAÇÃO BIMESTRAL | EU E AS DISCIPLINAS

Qualquer planejamento só tem utilidade, de verdade, se vier acompanhado de


procedimentos para que a pessoa que planejou possa comparar as metas e as ações
pensadas com o que aconteceu, de fato, na prática. As ações foram realizadas? Se
não, por que? O que funcionou? O que não funcionou? As estratégias imaginadas eram
mesmo boas e deram resultados? Se não deram certo, o que posso mudar? É por meio
de perguntas como essas que a prática, derivada do planejamento, vai sendo ajustada e
melhorada, de modo que possamos avançar e alcançar os objetivos.

A autoavaliação bimestral é uma ferramenta para você verificar como está se


relacionando com cada disciplina da escola: se está gostando ou não, tendo maior
ou menor facilidade de compreensão e concentração, como andam a sua dedicação e
as suas notas. A partir dele, você poderá planejar de forma adequada o tempo e as
estratégias de estudo, disciplina por disciplina.

No primeiro bimestre, você vai usar esse instrumento para identificar o seu “ponto de
partida”. Ou seja: ao preenchê-lo, a ideia é que reflita sobre como vem lidando com
cada disciplina ao longo de sua vida escolar e como foi o seu desempenho em relação
a ela no bimestre anterior. Feita essa reflexão, você poderá perceber de que forma está
iniciando o bimestre em relação ao conjunto de disciplinas e já, “de cara”, se preparar
para agir, planejando ações de estudo para melhorar o que não vem sendo muito bom e
para tornar o que está indo bem ainda mais legal.

A partir desse preenchimento inicial, a proposta é que você pare novamente para
essa autoavaliação a cada bimestre. Isso é muito importante para que você, ao longo
do ano, tenha várias oportunidades para refletir sobre o seu progresso, de modo que
possa investir nas estratégias que derem certo e mudar o que não tiver funcionado
muito bem.

A ferramenta é simples e autoexplicativa. Para cada disciplina, foram estabelecidos


cinco aspectos a serem avaliados: gosto (afinidade com a disciplina), compreensão
dos conteúdos, concentração, dedicação e notas. Para cada fator, há cinco níveis de
desempenho, cada um deles correspondendo a uma pontuação (1 para a pior avaliação
e 5 para a melhor). Você deve somar os pontos para chegar ao resultado final, que vai
indicar se você está numa das seguintes situações:

“Crítica”, sendo necessário centrar as atenções, tempo e esforços para melhorar em


relação à disciplina.

“Na média”, o que significa que a sua situação não é ruim, mas ainda precisa melhorar.

“Beleza”, que é um aproveitamento bom ou ótimo. Só é preciso não descuidar –


para não ter queda no desempenho – e, claro, nunca perder de vista a ideia de
aperfeiçoamento contínuo.

Repare: a escola já fornece a você uma informação importante de avaliação,


que é a nota bimestral. Contudo, te convidamos a uma autoavaliação, para
que construa uma crítica própria em relação ao seu desempenho ao longo do
processo de formação. Ela deve complementar o fator “nota”.

43
A autoavaliação pode ser uma boa oportunidade de “colocar as coisas em
perspectiva”. O que isso significa? Significa olhar para cada aspecto da sua vida
escolar considerando todo o seu processo, e não apenas um fator isolado. Por
exemplo: de repente, você está com uma nota ruim, mas que é muito melhor que a
do bimestre anterior. Você deve valorizar isso – afinal, já deu um passo importante.
O mesmo cuidado serve para a situação oposta: você está com uma nota boa, mas
sabe que a nota foi pior que a do bimestre anterior. Nesse caso, deve ficar atento para
reverter essa situação de queda de rendimento.

Ah, vale você prestar atenção numa outra coisa: de repente, ao se dedicar e buscar
melhores formas de aprender determinada disciplina, você pode até mesmo começar a
enxergá-la de outra forma e gostar mais dela.

Autoavaliação Bimestral
Eu e as disciplinas
Avalie, de 5 a 1, as questões a seguir.

5 Amo | Ótimo 4 Gosto | Bom 3 Tanto faz | Razoável, na média

2 Tolero | Pouco 1 Odeio | Muito pouco

Quanto ao gosto Eu compreendo Consigo Minha dedicação Minhas notas TOTAL


pelo componente, os conteúdos? me concentrar? (em sala e fora da são...
eu... sala) é...

Filosofia
Geografia

História

Sociologia

Biologia

Física

Química

Arte

Educação Física

Espanhol

Inglês

Lingua Portuguesa

Matemática
Núcleo

Entre 18 e 25 TÁ BELEZA, mas pode ficar ainda melhor!


Entre 15 e 17 TÔ NA MÉDIA, preciso “dar um grau” pra ficar beleza.
Resultado Entre 05 e 14 CRÍTICO. Preciso melhorar muito!

44
Acompanhamento
da aprendizagem

45
Filosofia | Geografia | História | Sociologia

O que você vai


aprender em cada bimestre?
Registre, no quadro abaixo, os objetivos de aprendizagem das disciplinas para cada bimestre
(seus professores vão apresentar essas informações para você e seus colegas):

O que é esperado que você aprenda?


(Se necessário, insira novos campos no quadro ou o reproduza em seu caderno para ampliar os espaços de registro dos objetivos)

1º Bimestre 2º Bimestre

Objetivos (Filosofia) Objetivos (Filosofia)

Objetivos (Geografia) Objetivos (Geografia)

Objetivos (História) Objetivos (História)

Objetivos (Sociologia) Objetivos (Sociologia)

46
Como sua aprendizagem
vai ser avaliada?
A partir de uma conversa com seus professores, registre, no quadro abaixo, os instrumentos que serão
adotados para avaliar a sua aprendizagem e a dos seus colegas. Insira o valor que será atribuído a cada um
dos instrumentos. À medida que eles forem realizados, escreva as notas que você tirou em cada um deles.

1º Bimestre 2º Bimestre
Valor Nota Valor Nota

Instrumentos (Filosofia) Instrumentos (Filosofia)

Instrumentos (Geografia) Instrumentos (Geografia)

Instrumentos (História) Instrumentos (História)

Instrumentos (Sociologia) Instrumentos (Sociologia)

47
Biologia | Física | Química

O que você vai


aprender em cada bimestre?
Registre, no quadro abaixo, os objetivos de aprendizagem das disciplinas para cada bimestre
(seus professores vão apresentar essas informações para você e seus colegas):

O que é esperado que você aprenda?


(Se necessário, insira novos campos no quadro ou o reproduza em seu caderno para ampliar os espaços de registro dos objetivos)

1º Bimestre 2º Bimestre

Objetivos (Biologia) Objetivos (Biologia)

Objetivos (Física) Objetivos (Física)

Objetivos (Química) Objetivos (Química)

48
Como sua aprendizagem
vai ser avaliada?
A partir de uma conversa com seus professores, registre, no quadro abaixo, os instrumentos que serão
adotados para avaliar a sua aprendizagem e a dos seus colegas. Insira o valor que será atribuído a cada um
dos instrumentos. À medida que eles forem realizados, escreva as notas que você tirou em cada um deles.

1º Bimestre 2º Bimestre
Valor Nota Valor Nota

Instrumentos (Biologia) Instrumentos (Biologia)

Instrumentos (Física) Instrumentos (Física)

Instrumentos (Química) Instrumentos (Química)

49
Arte | Educação Física | Espanhol | Inglês | Língua Portuguesa

O que você vai


aprender em cada bimestre?
Registre, no quadro abaixo, os objetivos de aprendizagem das disciplinas para cada bimestre
(seus professores vão apresentar essas informações para você e seus colegas):

O que é esperado que você aprenda?


(Se necessário, insira novos campos no quadro ou o reproduza em seu caderno para ampliar os espaços de registro dos objetivos)

1º Bimestre 2º Bimestre

Objetivos (Arte) Objetivos (Arte)

Objetivos (Educação Física) Objetivos (Educação Física)

Objetivos (Espanhol) Objetivos (Espanhol)

Objetivos (Inglês) Objetivos (Inglês)

Objetivos (Língua Portuguesa) Objetivos (Língua Portuguesa)

50
Como sua aprendizagem
vai ser avaliada?
A partir de uma conversa com seus professores, registre, no quadro abaixo, os instrumentos que serão
adotados para avaliar a sua aprendizagem e a dos seus colegas. Insira o valor que será atribuído a cada um
dos instrumentos. À medida que eles forem realizados, escreva as notas que você tirou em cada um deles.

1º Bimestre 2º Bimestre
Valor Nota Valor Nota

Instrumentos (Arte) Instrumentos (Arte)

Instrumentos (Educação Física) Instrumentos (Educação Física)

Instrumentos (Espanhol) Instrumentos (Espanhol)

Instrumentos (Inglês) Instrumentos (Inglês)

Instrumentos (Língua Portuguesa) Instrumentos (Língua Portuguesa)

51
O que você vai
aprender em cada bimestre?
Registre, no quadro abaixo, os objetivos de aprendizagem das disciplinas para cada bimestre
(seus professores vão apresentar essas informações para você e seus colegas):

O que é esperado que você aprenda?


(Se necessário, insira novos campos no quadro ou o reproduza em seu caderno para ampliar os espaços de registro dos objetivos)

1º Bimestre 2º Bimestre

Objetivos Objetivos

52
Como sua aprendizagem
vai ser avaliada?
A partir de uma conversa com seu professor, registre, no quadro abaixo, os instrumentos que serão adotados
para avaliar a sua aprendizagem e a dos seus colegas. Insira o valor que será atribuído a cada um dos
instrumentos. À medida que eles forem realizados, escreva as notas que você tirou em cada um deles.

1º Bimestre 2º Bimestre
Valor Nota Valor Nota

Instrumentos Instrumentos

53
Anotações

54
Organização Cátedra UNESCO de Educação
das Nações Unidas e Desenvolvimento Humano
para a Educação, Instituto A
Ayrton Senna,
a Ciência e a Cultura Brasil

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