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Matemática:

Análise Combinatória e Probabilidade

Vinícius Barbosa de Paiva

Formação Inicial e
Continuada

+
IFMG
Vinícius Barbosa de Paiva

Matemática: Análise Combinatória e Probabilidade


1ª Edição

Belo Horizonte
Instituto Federal de Minas Gerais
2021
© 2021 by Instituto Federal de Minas Gerais
Todos os direitos autorais reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser
reproduzida ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico
ou mecânico. Incluindo fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo de sistema de
armazenamento e transmissão de informação, sem prévia autorização por escrito do
Instituto Federal de Minas Gerais.

Pró-reitor de Extensão Carlos Bernardes Rosa Júnior


Diretor de Programas de Extensão Niltom Vieira Junior
Coordenação do curso Vinícius Barbosa de Paiva
Arte gráfica Ângela Bacon
Diagramaçã978-65-5876-093-1o Eduardo dos Santos Oliveira

FICHA CATALOGRÁFICA
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

P149m Paiva, Vinícius Barbosa de.


Matemática : análise combinatória e probabilidade [recurso
eletrônico] / Vinícius Barbosa de Paiva. – Belo Horizonte :
Instituto Federal de Minas Gerais, 2021.
82 p. : il. color.

E-book, no formato PDF.


Material didático para Formação Inicial e Continuada.
ISBN 978-65-5876-093-1

1. Análise combinatória. 2. Probabilidades. 3. Matemática.


I. Título.

CDD 519.2

Catalogação: Andreia Cristina Damasceno - CRB-6/1976

Índice para catálogo sistemático:

Análise combinatória- 519.2

2021
Direitos exclusivos cedidos ao
Instituto Federal de Minas Gerais
Avenida Mário Werneck, 2590,
CEP: 30575-180, Buritis, Belo Horizonte – MG,
Telefone: (31) 2513-5157
Sobre o material

Este curso é autoexplicativo e não possui tutoria. O material didático,


incluindo suas videoaulas, foi projetado para que você consiga evoluir de forma
autônoma e suficiente.
Caso opte por imprimir este e-book, você não perderá a possiblidade de
acessar os materiais multimídia e complementares. Os links podem ser
acessados usando o seu celular, por meio do glossário de Códigos QR
disponível no fim deste livro.
Embora o material passe por revisão, somos gratos em receber suas
sugestões para possíveis correções (erros ortográficos, conceituais, links
inativos etc.). A sua participação é muito importante para a nossa constante
melhoria. Acesse, a qualquer momento, o Formulário “Sugestões para
Correção do Material Didático” clicando nesse link ou acessando o QR Code a
seguir:

Formulário de
Sugestões

Para saber mais sobre a Plataforma +IFMG acesse


https://mais.ifmg.edu.br
Palavra do autor

Prezado(a) estudante, seja bem-vindo ao curso de Formação Continuada


“Matemática: Análise Combinatória e Probabilidade”.
O estudo do conteúdo de Análise Combinatória e Probabilidade é
abordado no Ensino Médio e, geralmente, tem sido um grande obstáculo por
parte de estudantes que apresentam dificuldades em assimilar os assuntos e,
consequentemente, na resolução de exercícios relacionados ao tema.
O tema proposto no Curso em questão é de grande importância na
formação dos estudantes e egressos do Ensino Médio e tem sido muito cobrado
em concursos públicos, processos seletivos e no Exame Nacional do Ensino
Médio (ENEM).
Dividido em três módulos, este curso irá apresentar os assuntos de
Análise Combinatória e Probabilidade de modo a contribuir com a consolidação
do conteúdo proposto junto aos estudantes e egressos do Ensino Médio.
É muito importante que você tenha disciplina e assista aos vídeos com
muita atenção realizando as atividades propostas.
A sugestão de estudos indica a realização do Curso em três semanas,
considerando que a cada etapa é preciso dar um prazo para a reflexão e
amadurecimento das informações que lhe serão apresentadas.

Bons estudos!
O autor.
Apresentação do curso

Este curso está dividido em três semanas, cujos objetivos de cada uma são
apresentados, sucintamente, a seguir.

Nesta semana, estudaremos os assuntos de análise


combinatória: princípio fundamental da contagem, fatorial
SEMANA 1
de um número natural, permutação simples e arranjo
simples.
Nesta semana, vamos abordar os assuntos: combinação
simples, permutação com elementos repetidos e
SEMANA 2 iniciaremos o estudo da probabilidade com os assuntos:
espaço amostral, eventos, probabilidade e suas
propriedades.

Nesta semana, vamos abordar os assuntos: probabilidade


SEMANA 3 da união de dois eventos, probabilidade condicional e
probabilidade de eventos independentes.

Carga horária: 30 horas.


Estudo proposto: 2h por dia em cinco dias por semana (10 horas semanais).
Apresentação dos Ícones

Os ícones são elementos gráficos para facilitar os estudos, fique atento quando
eles aparecem no texto. Veja aqui o seu significado:

Atenção: indica pontos de maior importância no


texto.

Dica do professor: novas informações ou


curiosidades relacionadas ao tema em estudo.

Atividade: sugestão de tarefas e atividades para


o desenvolvimento da aprendizagem.

Mídia digital: sugestão de recursos


audiovisuais para enriquecer a aprendizagem.
Sumário

Semana 1 – Análise Combinatória ................................................................ 15


1.1. Princípio fundamental da contagem ................................................... 15
1.2. Fatorial de um número natural ........................................................... 27
1.3. Permutação simples ........................................................................... 28
1.4. Arranjo simples .................................................................................. 35
Semana 2 – Análise Combinatória e Probabilidade ....................................... 41
2.1 Combinação ....................................................................................... 41
2.2 Permutação com elementos repetidos ............................................... 47
2.3 Espaço amostral e eventos ................................................................ 52
2.4 Probabilidade e propriedades............................................................. 55
Semana 3 – Probabilidade ............................................................................ 61
3.1 Probabilidade da união de dois eventos ............................................. 61
3.2 Probabilidade condicional .................................................................. 63
3.3 Probabilidade de eventos independentes ........................................... 66
Referências ................................................................................................... 75
Currículo do autor.......................................................................................... 77
Glossário de códigos QR (Quick Response) ................................................. 78
Semana 1 – Análise Combinatória Plataforma +IFMG

Objetivos
Nesta semana, estudaremos as algumas técnicas de
contagem e você vai compreender a utilização dessas
técnicas para a resolução de problemas.

Mídia digital: Antes de iniciar os estudos, vá até a sala


virtual e assista ao vídeo “Apresentação do curso”.

1.1. Princípio fundamental da contagem

Dispondo-se de três cores distintas é possível colorir o mapa do Brasil, figura 1, de


modo que as regiões com uma fronteira em comum sejam coloridas de cores diferentes?
Caso seja possível, qual é total de possibilidades?

Figura 1. Mapa do Brasil.


Fonte: http://asnovidades.com.br/mapas-dos-estados-do-brasil-para-pintar/. Acesso em 17/07/2020.

Responderemos a essas perguntas no decorrer de nossos estudos.


A análise combinatória é uma técnica de contagem que determina a quantidade total
de possibilidades de um acontecimento, sem que haja necessidade de descrevermos todas
as suas possibilidades.

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Plataforma +IFMG

Dica do Professor: Sempre que for realizar a resolução


dos exercícios procure se colocar na situação e, se
possível, faça um desenho/ilustração da
situação/problema.

Mídia digital: Vá até a sala virtual e assista ao vídeo


“Princípio fundamental da contagem”.

Considere a seguinte situação: Pedro deseja chegar à cidade 𝐶3 partindo da cidade


𝐶1 passando, obrigatoriamente, pela cidade 𝐶2 . Sabe-se que existem 2 estradas que ligam
as cidades 𝐶1 à 𝐶2 e, 3 estradas, que ligam as cidades 𝐶2 à 𝐶3 . De quantas maneiras distintas
Pedro poderá realizar seu trajeto chegando ao seu destino final?
De acordo com as informações da situação problema podemos representar a
ilustração abaixo nomeando as estradas.

𝑎 𝑐

𝑑
𝑪𝟏 𝑪𝟐 𝑪𝟑

𝑏 𝑒

Pedro, que está no seu local de partida, 𝐶1 , deverá tomar uma decisão para se chegar
a 𝐶2 : escolher viajar pela estrada 𝑎 ou pela estrada 𝑏, uma vez que não é possível viajar
pelas duas estradas ao mesmo tempo. Tomada a decisão e chegado à 𝐶2 deverá escolher,
novamente, uma das opções para se chegar à 𝐶3 , ou seja, viajar pela estrada 𝑐, 𝑑 ou 𝑒.
Portanto, através de um quadro, podemos descrever todas as possibilidades de
trajetos possíveis para que Pedro chegue ao seu destino. São eles:

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Plataforma +IFMG

1ª escolha: 𝐶1 à 𝐶2 2ª escolha: 𝐶2 à 𝐶3

𝑎 𝑑

𝑒
ou
𝑐

𝑏 𝑑

𝑒
Quadro 1. Total de possibilidades e possíveis trajetos para Pedro.
Fonte: Arquivo próprio.

Portanto, existem 6 trajetos distintos: 𝑎𝑐, 𝑎𝑑, 𝑎𝑒, 𝑏𝑐, 𝑏𝑑 ou 𝑏𝑒.

Atenção: É fundamental que você entenda que da


cidade 𝐶1 à 𝐶2 , existem duas opções para Pedro, no
entanto ele deverá optar por apenas uma delas.
Realizada essa escolha surge uma nova dúvida: Qual
estrada usar para se deslocar da cidade 𝐶2 à 𝐶3 .

Assim, após essas duas sucessivas escolhas e através do quadro 1 que descreve
todas as possibilidades, vemos que Pedro tem seis opções de chegar à cidade 𝐶3 partindo
da cidade 𝐶1 passando, obrigatoriamente, pela cidade 𝐶2 . Esse resultado é justamente o
produto do número de opções para a 1ª escolha pelo número de opções para a 2ª escolha.
Portanto 2×3 = 6
Podemos, também, ter o seguinte raciocínio. Pedro deverá fazer uma escolha para
percorrer da 𝐶1 à 𝐶2 e uma outra escolha para percorrer da 𝐶2 à 𝐶3 :

1ª escolha e 2ª escolha
𝐶1 à 𝐶2 𝐶2 à 𝐶3

_______ e _______

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Plataforma +IFMG

1ª escolha e 2ª escolha

2º) Número de possibilidades 2 e 3 = 6 possibilidades


𝑎 𝑐
ou ou
1º) Quais as possibilidades? 𝑏 𝑑
ou
𝑒

Dica do Professor: Leia os exercícios com muita


atenção procurando sempre pelos conectivos:
• e = usamos multiplicação;
• ou = usamos adição.

Princípio Fundamental da Contagem ou Princípio Multiplicativo


Se uma decisão 𝐃𝟏 pode ser tomada de 𝒎 maneiras e se, uma vez tomada a decisão
𝐃𝟏 , a decisão 𝐃𝟐 puder ser tomada de 𝒏 maneiras então o número de maneiras de se
tomarem as decisões 𝐃𝟏 e 𝐃𝟐 , sucessivamente, é 𝒎. 𝒏

Atenção: Esse princípio multiplicativo pode ser


estendido para três ou mais decisões independentes.

Atenção: Cuidado com o termo distinto/diferente.


Considere a situação: Criar senhas formadas de 4
dígitos do sistema decimal de numeração (0, 1, … ,9):
• Senhas distintas de 4 dígitos: pode ocorrer
repetição de dígitos, mas as senhas são distintas.
Ex: 0721 ≠ 1271 ≠ 2222 ≠ 3346 ≠ 7799 ≠ ⋯
• Senhas de 4 dígitos distintos: não podem ocorrer
repetição de dígitos na senha.
Ex: 3721 ≠ 1237 ≠ 2579 ≠ 3846 ≠ 0739 ≠ ⋯

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Plataforma +IFMG

Dica do Professor: O estudo dos números de


possibilidades deve começar sempre pelas etapas em
que há restrição, dando-se preferência para aquelas
onde a restrição é maior.

Mídia digital: Vá até a sala virtual e assista aos vídeos


com a resolução de exemplos do “Princípio fundamental
da contagem”.

Exemplo: Uma moeda é lançada três vezes sucessivamente. Quais são as sequências
possíveis de faces obtidas nesses lançamentos?
Uma vez que a moeda será lançada três vezes, teremos, respectivamente, um
resultado para cada lançamento realizado, ou seja:
(1º Resultado, 2º Resultado e 3º Resultado)
Perceba que foi identificado o conectivo “e” que será associado ao princípio
multiplicativo. O resultado obtido no 1º lançamento, por exemplo cara, não vai interferir nos
próximos lançamentos.
Portanto, teremos:
1º Lançamento, 2º Lançamento e 3º Lançamento

___ ___ e ___


Cara Cara Cara
ou ou ou
1º) Quais as possibilidades? Coroa Coroa Coroa

Preenchido as possibilidades de cada resultado, em seguida conseguimos identificar


o número que representa esse total de possibilidade:
1º Lançamento, 2º Lançamento e 3º Lançamento

2 2 e 2

2º) Número de possibilidades


Cara Cara Cara
ou ou ou
Coroa Coroa Coroa

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Plataforma +IFMG

Através do Princípio Fundamental da Contagem ou Princípio Multiplicativo, temos que o total


de possíveis resultados é dado por: 2x2x2=8 possíveis sequências de resultados.
São elas: C = cara e K = Coroa.

(C,C,C), (C,C,K), (C,K,C), (K,C,C), (C,K,K), (K,C,K), (K,K,C), (K,K,K)

Exemplo: Uma prova é composta por 10 questões de múltipla escolha com 4 alternativas
(a, b, c, d) em cada questão. De quantas maneiras distintas podem ser respondidas todas
as questões dessa prova?
Uma vez que a prova possui 10 questões com 4 alternativas cada uma, teremos que
tomar uma decisão para cada uma das 10 questões, ou seja:

(1ª Questão, 2ª Questão, ... , 9ª Questão e 10ª Questão)

Novamente foi identificado o conectivo “e” que será associado ao princípio


multiplicativo. Ao responder a 1ª Questão a escolha não vai interferir para as respostas das
outras Questões restantes.

Portanto, teremos:

1ª Questão 2ª Questão ... 9ª Questão e 10ª Questão

___ ___ ... ___ e ___


a a a a
ou ou ou ou
b b b b
ou ou ou ou
1º) Quais as possibilidades?
c c c c
ou ou ou ou
d d d d

Preenchido as possibilidades de cada resultado, em seguida conseguimos identificar


o número que representa esse total de possibilidade:

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Plataforma +IFMG

1ª Questão 2ª Questão ... 9ª Questão e 10ª Questão

2º) Número de possibilidades 4 4 ... 4 e 4


a a a a
ou ou ou ou
b b b b
ou ou ou ou
c c c c
ou ou ou ou
d d d d

Através do Princípio Fundamental da Contagem ou Princípio Multiplicativo, temos que


o total de possíveis resultados distintos para se responder as 10 questões da prova é dado
por:

4 × 4 × ⋯ × 4 × = 410

10 𝑞𝑢𝑒𝑠𝑡õ𝑒𝑠

Exemplo: (Uneb-BA) Uma senhora idosa foi retirar um dinheiro em um caixa automático,
mas se esqueceu da senha. Lembrava que não havia o algarismo 0, que o primeiro algarismo
era 8, o segundo era par, o terceiro era menor que cinco e o quarto e último era ímpar. Qual
o maior número de tentativas que ela pode fazer, no intuito de acertar a senha? (Considere
que o banco não bloqueie as diversas tentativas.)
a) 13
b) 60
c) 75
d) 78
e) 80

Para conseguir retirar/sacar o dinheiro do caixa automático é necessário que a


Senhora acerte todos os dígitos da senha na sequência correta, ou seja:

1º dígito, 2º dígito, 3º dígito “e” 4 dígito.

A base do sistema decimal de numeração é formada pelos números (0, 1, 2, 3, ..., 9).
Uma vez que o exercício informou que a senha não existe o número 0 (zero) vamos
considerar apenas os números: (1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9).

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1º dígito 2º dígito 3º dígito e 4º dígito

_____ _____ _____ e _____


1º) Quais as possibilidades? É o número 8 É par: Menor que 5: É ímpar:
2, 4, 6 ou 8 4, 3, 2 ou 1 1, 3, 5, 7, 9

Preenchido as possibilidades de cada resultado, em seguida conseguimos identificar


o número que representa esse total de possibilidade:

1º dígito 2º dígito 3º dígito e 4º dígito

e
2º) Número de possibilidades 1 4 4 5
É o número 8 É par: Menor que 5: É ímpar:
2, 4, 6 ou 8 4, 3, 2 ou 1 1, 3, 5, 7, 9

Existe
apenas 1 Existem 4 Existem 4 Existem 5
número 8 possibili- possibili- possibili-
na base dades. dades. dades.
decimal

Através do Princípio Fundamental da Contagem ou Princípio Multiplicativo, temos que


o total de possibilidades distintas para que a Senhora tente acertar a senha do caixa
automático é: 1x4x4x5 = 80 possibilidades. Opção letra E.
Exemplo: (ENEM-2004) No Nordeste brasileiro, é comum encontrarmos peças de
artesanato constituídas por garrafas preenchidas com areia de diferentes cores, formando
desenhos. Um artesão deseja fazer peças com areia de cores cinza, azul, verde e amarela,
mantendo o mesmo desenho, mas variando as cores da paisagem (casa, palmeira e fundo),
conforme a figura. O fundo pode ser representado nas cores azul ou cinza; a casa, nas cores
azul, verde ou amarela; e a palmeira, nas cores cinza ou verde. Se o fundo não pode ter a
mesma cor nem da casa nem da palmeira, por uma questão de contraste, então o número
de variações que podem ser obtidas para a paisagem é:
a) 6
b) 7
c) 8
d) 9
e) 10

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Teremos que pintar: Casa, Palmeira “e” Fundo.


Perceba que o exercício traz uma restrição: “o fundo da garrafa não pode ter a mesma
cor nem da casa nem da palmeira, por uma questão de contraste”. Portanto, começaremos
nossa análise pelo fundo da garrafa!
Seguiremos a seguinte ordem de análise:

Existe restrição!

Casa Palmeira Fundo


2º 3º 1º

Uma vez que existe a possibilidade da casa e da palmeira assumirem a mesma cor
do fundo, vamos dividir o exercício em duas situações:
• 1ª situação: Assumiremos que o fundo será pintado na cor Azul, ou:
• 2ª situação: Assumiremos que o fundo será pintado na cor Cinza;

1ª situação “ou” 2ª situação

Casa, Palmeira “e” Fundo “ou” Casa, Palmeira “e” Fundo

2 2 1 + 3 1 1

Azul Azul Cinza


verde Cinza ou Verde
ou ou Azul verde
Amarelo Verde ou Cinza
Amarelo
Casa e Palmeira não
Casa e Palmeira não
podem ser cinza!
podem ser azul!
Portanto temos que
Portanto temos que excluir
excluir a cor cinza da
a cor azul da casa,
palmeira, sobrando,
sobrando, assim, 2 cores:
assim, 1 cor: verde.
verde ou amarelo.

Através do Princípio Fundamental da Contagem ou Princípio Multiplicativo, temos que


o total de possibilidades distintas para que o artesão execute sua tarefa é dado por:
(2x2x1) + (3x1x1) = 7 possibilidades.
Opção letra B.

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Exemplo: Considerando os algarismos do sistema decimal de numeração (0, 1, 2, 3, 4, 5,


6, 7, 8 e 9), quantos são os números pares com três algarismos distintos que podemos
formar?
Queremos formar números pares compostos de três algarismos distintos, ou seja, os
números deverão ter: centena, dezena e unidade. Portanto temos que garantir que ocorram
as exigências: ser par e ter 3 algarismos distintos. Perceba que os nossos números não
poderão iniciar pelo algarismo zero, pois nesse caso estaríamos formando números de dois
algarismos por exemplo: 016, 072, 054, 078 e etc. Nesse caso temos que ficar atentos ao
preencher as casas da unidade (definirá se o número é par) e centena (não pode iniciar pelo
algarismo zero).
Diante desse fato vamos separar o nosso exercício em duas situações:
• 1ª situação: terminar pelo algarismo zero;
• 2ª situação: terminar em 2, 4, 6 ou 8. Aqui temos que ficar atentos para o caso em
que a centena será diferente de zero.

Vamos analisar cada situação na seguinte ordem de prioridade: unidade, centena e


dezena.

1ª situação “ou” 2ª situação


Centena, Dezena “e” “ou” Centena, Dezena “e”
Unidade Unidade

9 8 1 + 8 8 4

2º) Uma vez 3º) Aqui não 1º) 2º) Aqui não 3º) Aqui não 1º)
que estamos poderá aparecer Terminar poderemos poderá aparecer Terminar
garantindo nem o 0 (zero) por 0. iniciar por 0 nem o 2 (dois) por 2, 4,
que o número nem o 7 (sete) (zero) pois ao nem o 5 (cinco) 6 ou 8.
está utilizados, invés de utilizados, Dessas
terminando respectivamente, termos 3 respectivamente, 4
por zero e nas casas da algaristmos nas casas da opções,
estamos unidade e teríamos unidade e vamos
trabalhando centena. apenas 2 centena. Mas escolher
com Portanto temos 8 algarismos. agora poderá uma, por
algarismos opções: 1, 2, 3, Aqui também aparecer, além exemplo,
distintos não 4, 5, 6, 8 e 9 não poderá dos outros o
existe a aparecer o números, o ) número
possibilidade número 2 que (zero). Portanto 2.
de iniciar por foi utilizado na temos 8 opções:
zero. Portanto casa da 0, 1, 3, 4, 6, 7, 8
temos as unidade. e 9.
opções: 1, 2, Temos as
3, 4, 5, 6, 7, 8 opções: 1, 3,
e 9. Dessas 9 4, 5, 6, 7, 8 e
opções vamos 9. Dessas 8
escolher um opções vamos

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número, por escolher um


exemplo: 7. número, por
Ao exemplo: 5.
preenchermos Ao
a casa das preenchermos
dezenas a casa das
temos que dezenas
levar em temos que
consideração levar em
os números consideração
escolhidos os números
para a escolhidos
unidade e para a
centena. unidade e
centena.
Quadro 2. Comentários sobre a resolução do exemplo.
Fonte: Arquivo próprio.

Através do Princípio Fundamental da Contagem ou Princípio Multiplicativo, temos que


o total de números pares formados por 3 algarismo distintos será:
(9x8x1) + (8x8x4) = 328.
Agora vamos responder às perguntas realizadas no início de nosso estudo sobre
análise combinatória!
Exemplo: Dispondo-se de três cores distintas é possível colorir o mapa do Brasil, figura 1,
de modo que as regiões com uma fronteira em comum sejam coloridas de cores diferentes?
Caso seja possível, qual é total de possibilidades?

Figura 2. Mapa do Brasil.


Fonte: http://asnovidades.com.br/mapas-dos-estados-do-brasil-para-pintar/. Acesso em 17/07/2020.

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Ao colorirmos o Mapa do Brasil devemos respeitar o fato de que regiões com


fronteiras em comum não tenham as mesmas cores. Portanto, para uma melhor organização
do raciocínio, vamos iniciar colorindo nosso Mapa da região Norte para a região Sul.
Portanto teremos que colorir na seguinte ordem: 1º Norte, 2º Nordeste, 3º Centro-
Oeste, 4º Sudeste “e” 5º Sul.
Considere três cores: azul, verde e rosa. Colorida uma região, ao colorirmos a
seguinte, temos que verificar as fronteiras.
3º Centro-
1º Norte 2º Nordeste 4º Sudeste 5º Sul
Oeste

3 2 1 1 1

1º) azul
possibilidades ou azul azul verde rosa
de colorir. verde ou
ou rosa
rosa
Comentário: Existem 3 Nordeste Centro- Sudeste faz De forma
possibilidades não pode Oeste faz fronteira com análoga, Sul faz
para se ser colorida fronteira Nordeste e fronteira com
colorir a de verde com Norte Centro-Oeste Centro-Oeste e
primeira pois faz e que foram Sudeste que
região. fronteira Nordeste. coloridas, foram coloridas,
Vamos supor com Norte. Portanto respectivamente, respectivamente,
que Sobram não pode nas cores rosa e nas cores azul e
escolhemos a duas ser azul. Mas verde. Mas Sul
cor verde. opções. colorida perceba que não faz fronteira
Vamos com as Sudeste não faz com Nordeste.
supor que cores: fronteira com Portanto pode
escolhemos verde e Norte. Portanto assumir a cor
a cor rosa. rosa. pode assumir a rosa!
Sobra cor verde!
apenas
uma
opção: a
cor azul.
Quadro 3. Comentários sobre a resolução do exemplo.
Fonte: Arquivo próprio.

Através do Princípio Fundamental da Contagem, verificamos que é possível colorir o


Mapa do Brasil utilizando três cores distintas, de modo que regiões com fronteira em comum
tenham cores diferentes. O total de possibilidades de Mapas coloridos de formas distintas é
dado por: 3x2x1x1x1 = 6 possibilidades.

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1.2. Fatorial de um número natural

Mídia digital: Vá até a sala virtual e assista ao vídeo


“Fatorial de um número natural”.

Em problemas que envolvem a Análise Combinatória é comum aparecerem produtos


de sequências de números naturais consecutivos, por exemplo:

a) 3 × 2 × 1 = 6
b) 4 × 3 × 2 × 1 = 24
c) 5 × 4 × 3 × 2 × 1 = 120

Esses produtos são chamados fatoriais.

Definição:
Seja 𝒏 um número natural. Indicamos o fatorial de 𝒏 por 𝒏!
“Lê-se 𝑛! : 𝑛 fatorial”
• Se 𝑛 = 0, então 0! = 1
• Se 𝑛 = 1, então 1! = 1
• Se 𝑛 ≥ 2, então 𝑛! = 𝑛. (𝑛 − 1). (𝑛 − 2). ⋯ .3.2.1
Portanto, fatorial de 𝑛 representa o produto dos 𝑛 primeiros números naturais
positivos escritos de 𝑛 até 1.

Dica do Professor: Com o fatorial não podemos realizar


as operações básicas: adição, subtração, multiplicação
e divisão. Podemos apenas simplificar fatoriais idênticos.

Exemplo: Resolva os fatoriais abaixo:


a) 2! = 2 × 1 = 2
b) 3! = 3 × 2 × 1 = 6
c) 4! = 4 × 3 × 2 × 1 = 24
d) 5! = 5 × 4 × 3 × 2 × 1 = 120
e) 6! = 6 × 5 × 4 × 3 × 2 × 1 = 720
f) 8! + 6! = 8 × 7 × 6! + 6! = 6! (8 × 7 + 1) = 57 × 6! = 57 × 720 = 41.040

4! 3! 4! 3! 1 1 2−15 13
g) − = − = − = =−
6! 4! 6×5×4! 4×3! 30 4 60 60

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10! 10×9×8×7! 720


h) = = = 120
7!.3! 7!3×2×1 6
(𝑛+3)! (𝑛+3)×(𝑛+2)×(𝑛+1)!
i) = = (𝑛 + 3). (𝑛 + 2)
(𝑛+1)! (𝑛+1)!

1.3. Permutação simples

Mídia digital: Vá até a sala virtual e assista ao vídeo


“Permutação simples”.

De quantas maneiras distintas podemos organizar na parede da sala os três quadros


da figura abaixo?

Figura 3. Quadros expostos na parede de uma sala.


Fonte: http://img.elo7.com.br/product/main/2E97DE4/kit-conjunto-3-quadros-romero-floral-sala-mais-barato-
britto-quadro-para-quarto.jpg. Acesso em: 26 jul 2020.

Observe que teremos que organizar os três quadros em, exatamente, três posições:
1ª posição, 2ª posição e 3ª posição.

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Plataforma +IFMG

Portanto, temos que pensar em todas as formas de “embaralhar” os quadros da figura, ou


seja, formar novos agrupamentos distintos utilizando-se os três quadros: 𝑄1, 𝑄2 e 𝑄3 .

𝑄1 𝑄2 𝑄3

𝑄1 𝑄3 𝑄2

𝑄2 𝑄1 𝑄3

𝑄2 𝑄3 𝑄1
𝑄1 𝑄2 𝑄3

𝑄3 𝑄2 𝑄1

𝑄3 𝑄1 𝑄2

De acordo com o problema podemos dispor os quadros em cada uma das três
posições, portanto podemos escrever que:

1ª posição 2ª posição 3ª posição

3 2 1

𝑄1 𝑄1 𝑄3

ou ou

𝑄2 𝑄3

ou

𝑄3

Para a 1ª posição temos 3 possibilidades, escolhido um quadro, sobram 2


possibilidades para a 2ª posição e, novamente escolhido um quadro, em seguida sobra 1
possibilidade para a 3ª posição.
Através do Princípio Fundamental da Contagem, verificamos que o total de
possibilidades distintas de dispormos os três quadros na parede da sala é dado por: 3x2x1
= 6 possibilidades.

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Pró-Reitoria de Extensão

29
Plataforma +IFMG

Definição: Considere 𝒏 elementos distintos de um conjunto:


{𝑎1 , 𝑎2 , 𝑎3 , … , 𝑎𝑛 }
Chama-se permutação simples todo agrupamento ordenado formado por esses 𝒏
elementos.

Posição 1 Posição 2 Posição 3 ⋯ Posição n


𝑛 𝑛−1 𝑛−2 ⋯ 1

Pelo princípio fundamental da contagem, temos que o número de grupos é igual a:


𝑃𝑛 = 𝑛. (𝑛 − 1). (𝑛 − 2). ⋯ .1
𝑃𝑛 = 𝑛!

Atenção: Em Permutação Simples, a palavra simples


significa que em cada agrupamento formado não haverá
repetição de elementos. Usamos permutação quando
quisermos embaralhar os elementos, ou seja, colocar os
elementos em fila sempre utilizando todos os elementos.

Definição:

Anagrama é um processo no qual permutamos/embaralhamos a ordem das letras de


uma determinada palavra obtendo-se assim uma nova palavra que tenha sentido ou não. A
própria palavra é considerada um anagrama.

Mídia digital: Vá até a sala virtual e assista aos vídeos


com a resolução de exemplos de “Permutação simples”.

Exemplo: Considere a sigla IFMG.


a) Quantos anagramas podemos formar?
b) Quantos anagramas iniciam pela letra F?
c) Quantos anagramas iniciam por consoante?
d) Quantos anagramas iniciam e terminam por consoante?

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Pró-Reitoria de Extensão

30
Plataforma +IFMG

Queremos obter anagramas com a sigla IFMG, ou seja, vamos “embaralhar” as 4


letras da sigla de modo a formar outras siglas que também vão possuir as mesmas 4 letras,
respeitando as exigências estabelecidas. Perceba que a sigla IFMG não possui letras
repetidas.
a) As letras I, F, M e G devem ser dispostas em 4 posições de modo que podemos obter,
por exemplo: IFMG, IFGM, IGFM, IGMF, ...

Como não há exigências vamos preencher da 1ª posição até a 4ª posição.

1ª posição 2ª posição 3ª posição 4ª posição

4 3 2 1

Temos 4
Temos 3
possibilidades para Temos 2
possibilidades para
a 1ª posição: I, F, M possibilidades para
a 2ª posição: I, F ou
ou G. a 3ª posição: I ou F.
G.
Vamos supor que Vamos supor que
Vamos supor que Temos apenas uma
escolhemos a letra escolhemos a letra I
escolhemos a letra possibilidade para a
M para a 1ª para a 3ª posição.
G para a 2ª posição. 4ª posição: F.
posição.
Diante disso a letra
Diante disso a letra
Diante disso a letra I também não
G não poderá mais
M não poderá mais poderá mais
aparecer nas
aparecer nas aparecer.
demais posições.
demais posições.

Portanto, com a sigla IFMG temos:

𝑃𝑛 = 𝑛! ⇒ 𝑃4 = 4! ⇒ 𝑃4 = 4 × 3 × 2 × 1 ⇒ 𝑃4 = 24 anagramas.

b) Quantos anagramas iniciam pela letra F?

Perceba que agora existe a exigência de que os anagramas iniciem pela letra F, ou
seja, devemos dispor as letras de modo a obtermos anagramas que iniciam pela letra F, por
exemplo: FIMG, FIGM, FGIM, FGMI, ...
Vamos preencher a 1ª posição uma vez que existe exigência de iniciar por F e em
seguida preencheremos as demais posições.

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31
Plataforma +IFMG

1ª posição 2ª posição 3ª posição 4ª posição

1 3 2 1

Temos 3
Temos 2
possibilidades para
possibilidades para
a 2ª posição: I, M ou
Deve iniciar pela a 3ª posição: I ou M.
G.
letra F. Vamos supor que
Vamos supor que Temos apenas uma
Diante disso a letra escolhemos a letra I
escolhemos a letra possibilidade para a
F não poderá mais para a 3ª posição.
G para a 2ª posição. 4ª posição: M.
aparecer nas Diante disso a letra
demais posições. Diante disso a letra
I também não
G não poderá mais
poderá mais
aparecer nas
aparecer.
demais posições.

Portanto, com a sigla IFMG temos:


𝑃𝑛 = 𝑛!
1 × 𝑃3 = 1 × 3!
1 × 𝑃3 = 1 × 3 × 2 × 1

6 anagramas que iniciam pela letra F.

Vimos que na letra (a) obtemos um total de 24 anagramas com as letras I, F, M e G.


Se dividirmos os 24 anagramas por 4 letras obtemos 6 anagramas que iniciam por cada uma
das letras respectivas letras I, F, M e G.

c) Quantos anagramas iniciam por consoante?

Perceba que agora existe a exigência de que os anagramas iniciem por consoantes:
F, M ou G.
Vamos preencher a 1ª posição uma vez que existe exigência de iniciar por uma das
consoantes.

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32
Plataforma +IFMG

1ª posição 2ª posição 3ª posição 4ª posição

3 3 2 1

Deve iniciar por


Temos 3 Temos 2
uma das letras: F,
possibilidades para possibilidades para
M ou G. Portanto
a 2ª posição: G, M a 3ª posição: G ou
temos 3 opções.
ou I. M.
Escolhida uma
Vamos supor que Vamos supor que Temos apenas uma
delas para a
escolhemos a letra I escolhemos a letra possibilidade para a
primeira posição,
para a 2ª posição. G para a 3ª posição. 4ª posição: M.
por exemplo F, irão
sobrar para serem Diante disso a letra Diante disso a letra
embaralhadas para I não poderá mais G também não
as 3 seguintes aparecer nas poderá mais
posições as 3 demais posições. aparecer.
letras (G, M ou I).

Portanto, com a sigla IFMG temos:


𝑃𝑛 = 𝑛!
3 × 𝑃3 = 3 × 3!
3 × 𝑃3 = 3 × 3 × 2 × 1

18 anagramas que iniciam por consoante.

Vimos que na letra (c) obtemos um total de 6 anagramas que iniciam pela consoante
F. Uma vez que temos um total de 3 consoantes (F, G e M) basta multiplicarmos 3 (total de
consoantes) por 6 (total de anagramas que iniciam por cada consoante) obtendo, assim, 18
anagramas que iniciam por consoante.

d) Quantos anagramas iniciam e terminam por consoante?

Perceba que agora existem as exigências de que os anagramas iniciem e terminem


por uma das consoantes: F, M ou G. Uma vez que o anagrama iniciar por uma consoante
ele não poderá terminar com a mesma consoante.

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33
Plataforma +IFMG

Portanto vamos preencher a 1ª posição e a 4ª posição que trazem exigências e, em seguida,


as 2ª e 3ª posições.
1ª posição 2ª posição 3ª posição 4ª posição

3 2 1 2

Uma vez que


Deve iniciar por decidimos que
uma das letras: F, iniciaremos com a
M ou G. Portanto Temos 2 letra F, restaram as
temos 3 opções. possibilidades para 2 letras G ou M para
a 2ª posição: M ou I. a última posição.
Escolhida uma Temos 1
delas para a 1ª Vamos supor que possibilidades para
Vamos supor que
posição, por escolhemos a letra I a 3ª posição: M.
escolhemos a letra
exemplo F, irão para a 2ª posição. G. Agora temos que
sobrar para a 4ª embaralhar as
posição 2 letras (G letras M e I nas
ou M). duas posições
restantes.

Portanto, com a sigla IFMG temos:


𝑃𝑛 = 𝑛!
3 × 𝑃2 × 2 = 3 × 2! × 2
3 × 𝑃2 × 2 = 3 × 2 × 1 × 2
12 anagramas que iniciam por consoante.
Exemplo: Na figura abaixo, da esquerda para a direita, temos os personagens da “Turma
da Mônica”: Cebolinha, Magali, Mônica, Cascão e Chico Bento, distribuídos na 1ª, 2ª, 3ª, 4ª
e 5ª posição, respectivamente.

Figura 4. Personagens Turma da Mônica.


Fonte: http://mega.ibxk.com.br///2016/08/11/11165840492432.jpg?w=1200&h=480&mode=crop. Acesso: 26
jul 2020.

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34
Plataforma +IFMG

a) De quantas maneiras podemos dispor os personagens de modo que venhamos obter


figuras distintas?
b) Quantas figuras teremos com as personagens Magali e Mônica lado a lado?

a) Queremos permutar/embaralhar os cinco personagens de modo a obter novas


possibilidades de imagens que contenham os cinco personagens.
𝑃𝑛 = 𝑛!
𝑃5 = 5 × 4 × 3 × 2 × 1
Podemos obter 120 figuras distintas.
b) Aqui temos uma exigência de mantermos Magali e Mônica lado a lado ao procedermos o
embaralhamento dos personagens. Para isso vamos colocar Magali e Mônica em uma
“caixa” de modo que ao procedermos o embaralhamento temos a garantia de que as duas
continuem lado a lado.
Magali e Mônica , Cascão, Cebolinha e Chico Bento.

Com esse procedimento passamos a ter “4 personagens”: caixa, Cascão, Cebolinha


e Chico Bento. Agora, perceba que, uma vez que Magali e Mônica devem estar lado a lado
podemos ter duas possibilidades: Magali e Mônica ou Mônica e Magali.
Logo, termos que embaralhar os 4 personagens “e” a Caixa (Magali e Mônica).
𝑃𝑛 × 𝑃𝑛
𝑃4 × 𝑃2
𝑃4 × 𝑃2 = 4! × 2!
𝑃4 × 𝑃2 = 4 × 3 × 2 × 1 × 2 × 1
São possíveis 48 novas figuras com os 5 personagens de modo que Magali e Mônica
fiquem juntas em qualquer ordem.

1.4. Arranjo simples

Mídia digital: Vá até a sala virtual e assista ao vídeo


“Arranjo simples”.

Gustavo, Leandro, Paulo e Tiago se reuniram para a disputa de um torneio de Tênis


de Mesa. Quais são os possíveis resultados desse torneio sabendo que haverá premiações
para o Campeão e Vice-Campeão?

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35
Plataforma +IFMG

Figura 5. Partida de Tênis de Mesa.


Fonte: http://www.coladaweb.com/wp-content/uploads/2018/03/20180322-tenis-mesa.jpg. Acesso em: 28 jul
2020.

Observe que, dos quatro participantes, teremos que pensar em dois nomes para
ocupar, exatamente, duas posições:
Diante dessa situação temos o seguinte quadro de possibilidades:
Campeão Vice-campeão
Leandro
Gustavo Paulo
Tiago
Gustavo
Leandro Paulo
Tiago
Gustavo
Paulo Leandro
Tiago
Gustavo
Tiago Leandro
Paulo
As 12 (doze) possibilidades distintas representam agrupamentos ordenados de 2
pessoas escolhidas de um total de 4 pessoas e são chamados Arranjo de quatro
“elementos” tomados “dois a dois”. Indicamos por: 𝐴4,2 = 12 possibilidades.

Podemos obter o resultado através do Princípio Fundamental da Contagem – PFC:


CAMPEÃO “e” VICE-CAMPEÃO

CAMPEÃO VICE-CAMPEÃO

1ª Posição 2ª Posição

4 3

Gustavo Leandro
Leandro Paulo
Paulo Tiago
Tiago

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36
Plataforma +IFMG

Pelo Princípio Fundamental da Contagem, temos:


4 × 3 = 12 possibilidades.
Definição:
Dado um conjunto com 𝑛 elementos distintos: {𝑎1 , 𝑎2 , 𝑎3 , … , 𝑎𝑛 }, chama-se Arranjo
desses 𝑛 elementos, tomados 𝑘 a 𝑘 (com 𝑘 ≤ 𝑛), todo agrupamento ordenado de 𝑘
elementos distintos escolhidos dentre os 𝑛 elementos.
Indicaremos o arranjo desses 𝑛 elementos tomados 𝑘 a 𝑘 por: 𝐴𝑛,𝑘

Escolhendo os 𝑘 elementos do total de 𝑛 elementos:


1ª escolha 2ª escolha 3ª escolha ⋯ 𝒌 escolha
𝑛 𝑛−1 𝑛−2 ⋯ 𝑛 − (𝑘 − 1)

𝐴𝑛,𝑘 = 𝑛. (𝑛 − 1). (𝑛 − 2) . ⋯ . [𝑛 − (𝑘 − 1)]

𝐴𝑛,𝑘 = 𝑛. (𝑛 − 1). (𝑛 − 2) . ⋯ . (𝑛 − 𝑘 + 1)

(𝑛 − 𝑘). (𝑛 − 𝑘 − 1) . ⋯ .3.2.1
𝐴𝑛,𝑘 = 𝑛. (𝑛 − 1). (𝑛 − 2) . ⋯ . (𝑛 − 𝑘 + 1).
(𝑛 − 𝑘). (𝑛 − 𝑘 − 1) . ⋯ .3.2.1

𝑛!
𝐴𝑛,𝑘 = (𝑛−𝑘)!, com 𝑘 ≤ 𝑛.

Dica do Professor: Dado um conjunto com 𝑛 elementos


distintos: {𝑎1 , 𝑎2 , 𝑎3 , … , 𝑎𝑛 }:
• Formar grupos ordenados de elementos distintos
com todos elementos do conjunto: Permutação;
• Formar grupos ordenados de elementos distintos
com alguns elementos do conjunto: Arranjo.

A ordem que dispomos os elementos é importante!

Mídia digital: Vá até a sala virtual e assista aos vídeos


com a resolução de exemplos de “Arranjo simples”.

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37
Plataforma +IFMG

Exemplo: Gustavo, Leandro, Paulo e Tiago se reuniram para a disputa de um torneio de


Tênis de Mesa. Quais são os possíveis resultados desse torneio sabendo que haverá
premiações para o Campeão e Vice-Campeão?
Temos 4 participantes disputando dois prêmios de Campeão e Vice-campeão.
Portanto temos “4 elementos” para serem agrupados “2 a 2”.
Para termos certeza de que vamos trabalhar com Arranjo verificaremos, agora, se a
ordem que dispomos os elementos é importante!
Escolha, aleatoriamente, dois elementos do conjunto dos 4 participantes do torneio,
por exemplo: Gustavo e Leandro, e imagine as duas situações:

Gustavo (campeão) e Leandro (vice) ≠ Leandro (campeão) e Gustavo (vice)

Perceba que ao alterarmos a ordem da escrita dos nomes estamos formando uma
nova possibilidade de premiação. Portanto a ordem é importante e nesse caso usaremos
Arranjo!
𝑛!
𝐴𝑛,𝑘 = (𝑛−𝑘)!, com 𝑘 ≤ 𝑛

4!
𝐴4,2 =
(4 − 2)!
4!
𝐴4,2 =
2!
4 × 3 × 2!
𝐴4,2 =
2!
𝐴4,2 = 12 possibilidades.

Exemplo: (UFSM-RS) Num acidente rodoviário, após ouvir várias testemunhas, concluiu-se
que o motorista culpado pelo acidente dirigia um carro cuja placa era constituída de 2 vogais
distintas e 4 algarismos diferentes, sendo que o algarismo das unidades era o 5. Isso não
facilitou o trabalho da polícia, pois o número de placas suspeitas é de:
a) 10.800
b) 10.080
c) 8.100
d) 1.080
e) 524

Vamos imaginar uma possibilidade de placa que atenda às exigências do exercício,


por exemplo: AE 0125. Agora vamos embaralhar a ordem das letras e algarismo e verificar
se a ordem é importante.
𝐴𝐸 0125 ≠ 𝐸𝐴1205

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38
Plataforma +IFMG

Ao alterarmos a posição das vogais e algarismos obtemos placas diferentes. Portanto,


a ordem é importante e usaremos Arranjo!
2 vogais distintas “e” 4 algarismos diferentes

vogais números
Para a posição das vogais vamos escolher 2 dentre as 5 existentes: {𝑎, 𝑒, 𝑖, 𝑜, 𝑢};
Para os algarismo, uma vez que já utilizamos o algarismo 5 na unidade, vamos
escolher 3 dentre os 9 existentes: {0, 1, 2, 3, 4, 6, 7, 8, 9}
𝑛!
𝐴𝑛,𝑘 = (𝑛−𝑘)!, com 𝑘 ≤ 𝑛

5! 9! 5! 9! 5 × 4 × 3! 9 × 8 × 7 × 6!
𝐴5,2 × 𝐴9,3 = × = × = ×
(5 − 2)! (9 − 3)! 3! 6! 3! 6!
5 × 4 × 9 × 8 × 7 = 10.080 possibilidades de placas. Letra B.
Exemplo: (ÉTICO) Em uma sessão de fotos, o fotógrafo contava com um grupo de modelos
e usou apenas 2 deles para cada foto, obtendo assim 132 fotografias distintas apenas pelas
pessoas e posição delas. O número de modelos de que o fotógrafo dispunha nessa sessão
era:
a) 13
b) 12
c) 11
d) 10
e) 9
Considere os modelos nas fotografias 1 e 2 abaixo. Perceba que a ordem em que os
modelos são dispostos é importante pois obtemos fotos distintas. Portanto usaremos
Arranjo.

Figura 6. Fotografia 1 e 2.
Fonte: Recorde de pessoas da imagem Word. Acesso em: 28 jul 2020.

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39
Plataforma +IFMG

Queremos descobrir o número 𝑛 de modelos que foram agrupados 2 a 2 de modo a


obtermos um total de 132 fotografias.
𝑛!
𝐴𝑛,𝑘 = (𝑛−𝑘)!, com 𝑘 ≤ 𝑛

𝑛!
𝐴𝑛,2 = = 132
(𝑛 − 2)!

𝑛. (𝑛 − 1). (𝑛 − 2)!
= 132
(𝑛 − 2)!

𝑛. (𝑛 − 1) = 132

𝑛2 − 𝑛 = 132
𝑎=1
𝑛2 − 𝑛 − 132 = 0 ⇒ {𝑏 = −1
𝑐 = 132

∆= 𝑏 2 − 4. 𝑎. 𝑐 ⇒ ∆= 529

−𝑏 ± √∆ 1 ± 23 𝑛′ = 12
𝑛= ⇒𝑛= ⇒{
2. 𝑎 2 𝑛" = −11

O número de modelos procurado é positivo, portanto o fotógrafo contava com


exatamente 12 modelos. Letra B.

Atividade: Para concluir a primeira semana de estudos,


vá até a sala virtual e resolva o 1º questionário no valor
de 10 pontos.
Você terá três tentativas para a realização do mesmo e
deverá obter 60% de aproveitamento em pelo menos um
dos questionários.

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Pró-Reitoria de Extensão

40
Semana 2 – Análise Combinatória e Probabilidade Plataforma +IFMG

Objetivos
Nesta semana finalizaremos o estudo das técnicas de
contagem abordando os temas combinação simples e
permutação com elementos repetidos. Iniciaremos o estudo
de probabilidade com os assuntos: espaço amostral, eventos,
probabilidade e suas propriedades.

2.1 Combinação

Mídia digital: Vá até a sala virtual e assista ao vídeo


“Combinação”.

Na vitrine de uma lanchonete existem 4 opções de salgados: coxinha, empada, pastel


e quibe. De quantas maneiras distintas podemos escolher 2 opções de salgados dentre as
4 existentes?

Figura 7. Vitrine com salgados.


Fonte: http://i.pinimg.com/originals/bf/7e/57/bf7e572d86bae5a8d68668f7518a9106.jpg. Acesso em: 28 dez
2020

Observe que, das 4 opções (coxinha, empada, pastel e quibe), teremos que pensar
em 2 delas para ocupar, exatamente, duas posições referente às escolhas:
1ª escolha 2ª escolha

Vamos descrever o quadro de possibilidades:


Coxinha e Empada Empada e Coxinha Pastel e Coxinha Quibe e Coxinha
Coxinha e Pastel Empada e Pastel Pastel e Empada Quibe e Empada
Coxinha e Quibe Empada e quibe Pastel e Quibe Quibe e Pastel
Quadro 4. Possibilidades distintas de escolher 2 salgados dentre 4 opções.
Fonte: Arquivo próprio.

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41
Plataforma +IFMG

Após preenchermos o quadro verificamos que algumas opções de possibilidades


repetem. Portanto, desconsiderando as opções repetidas, obtemos um total de 6
possibilidades.
Esses 6 (seis) resultados de possibilidades obtidos são chamados Combinações de
quatro “elementos” tomados “dois a dois”.

Indicamos por: 𝐶4,2 ou (42)

Definição:
Dado um conjunto com 𝑛 elementos distintos: {𝑎1 , 𝑎2 , 𝑎3 , … , 𝑎𝑛 }, chama-se
Combinação desses 𝑛 elementos, tomados 𝑘 a 𝑘 (com 𝑘 ≤ 𝑛), todo subconjunto de 𝑘
elementos distintos escolhidos dentre os 𝑛 elementos.

Indicaremos a Combinação desses 𝑛 elementos tomados 𝑘 a 𝑘 por: 𝐶𝑛,𝑘 ou (𝑛𝑘)

Escolhendo os 𝒌 elementos do total de 𝒏 elementos:


𝑛!
(𝑛 − 𝑘)!
𝑛!
𝐴𝑛,𝑘 (𝑛 − 𝑘)! 𝑛!
𝐶𝑛,𝑘 = 𝐶𝑛,𝑘 = 𝐶𝑛,𝑘 = (𝑛−𝑘)!𝑘!
, com 𝑘 ≤ 𝑛
𝑃𝑘 𝑘!
𝑘!

Dica do Professor: Dado um conjunto com 𝑛 elementos


distintos: {𝑎1 , 𝑎2 , 𝑎3 , … , 𝑎𝑛 }:
• Formar grupos não ordenados de elementos
distintos com alguns elementos do conjunto:
Combinação.

A ordem que dispomos os elementos não é importante!

Mídia digital: Vá até a sala virtual e assista aos vídeos


com a resolução de exemplos de “Combinação”.

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42
Plataforma +IFMG

Exemplo: Na vitrine de uma lanchonete existem 4 opções de salgados: coxinha,


empada, pastel e quibe. De quantas maneiras distintas podemos escolher 2 opções de
salgados dentre as 4 existentes?
Temos 4 salgados onde teremos que escolher dois tipos. Portanto temos “4
elementos” para serem agrupados “2 a 2”.
Para termos certeza de que vamos trabalhar com Combinação verificaremos, agora,
que a ordem que dispomos os elementos não é importante!
Escolha, aleatoriamente, dois elementos do conjunto dos 4 salgados, por exemplo:
Coxinha e empada, e imagine as duas situações:

Coxinha e Empada = Empada e Coxinha

Perceba que ao alterarmos a ordem da escrita dos nomes dos salgados não estamos
formando uma nova possibilidade de escolha, ou seja, estamos escolhendo os mesmos
salgados. Portanto a ordem não é importante e nesse caso usaremos Combinação!
𝑛!
𝐶𝑛,𝑘 = (𝑛−𝑘)!𝑘!, com 𝑘 ≤ 𝑛
4! 4! 4×3×2!
𝐶4,2 = (4−2)!2! ⇒ 𝐶4,2 = ⇒ 𝐶4,2 =
2!2! 2!2×1

Existem 6 possibilidades de escolhermos 2 opções de salgados dentre um total de 4


opções.
𝑛!
Observação: 𝐶𝑛,𝑘 = , com 𝑘 ≤ 𝑛.
(𝑛−𝑘)!𝑘!
𝑛
i) ( 0) = 𝐶𝑛,0 = 1

Exemplo:
7! 7!
𝐶7,0 = = =1
(7 − 0)! 0! 7! 0!

𝑛
ii) ( 1) = 𝐶𝑛,1 = 𝑛

Exemplo:
7! 7! 7 × 6!
𝐶7,1 = = = =7
(7 − 1)! 1! 6! 0! 6! 0!

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43
Plataforma +IFMG

𝑛
iii) (𝑛) = 𝐶𝑛,𝑛 = 1

Exemplo:
7! 7!
𝐶7,7 = = =1
(7 − 7)! 7! 0! 7!

𝑛 𝑛
iv) (𝑘 ) = (𝑛−𝑘) ou 𝐶𝑛,𝑘 = 𝐶𝑛,𝑛−𝑘 (complementares)

Exemplo:
7! 7! 7 × 6 × 5 × 4!
𝐶7,3 = = = = 35
(7 − 3)! 3! 4! 3! 4! 3 × 2 × 1
7! 7! 7 × 6 × 5 × 4!
𝐶7,4 = = = = 35
(7 − 4)! 4! 3! 4! 3 × 2 × 1 × 4!

Exemplo: Em uma sala estão presentes 6 mulheres, dentre elas Paula, e 4 homens, dentre
eles Pedro. Deseja-se formar comissões de 4 integrantes.
a) Quantas comissões distintas podemos formar?
b) Quantas comissões com 2 mulheres e 2 homens podemos formar?
c) Quantas comissões participa Pedro e não participa Paula?

a) Não temos nenhuma exigência. Imagine que será realizado um sorteio, ou seja, em uma
sacola existem 10 nomes (6 mulheres e 4 homens) e você vai sortear 4 integrantes de um
total de 10 pessoas para compor a comissão.

Sejam 4 nomes aleatórios: João, José, Ana e Maria.

Ao embaralhar esses nomes percebemos que a Comissão ficará


a mesma, ou seja, a ordem não é importante.

𝑛!
Portanto usaremos Combinação. 𝐶𝑛,𝑘 = , com 𝑘 ≤ 𝑛
(𝑛−𝑘)!𝑘!

10! 10! 10×9×8×7×6!


𝐶10,4 = (10−4)!4! = = = 210 comissões
6!4! 6!4×3×2×1

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44
Plataforma +IFMG

b) Aqui temos uma exigência de que a comissão seja composta de 4 integrantes e tenha 2
mulheres e 2 homens. Nesse caso vamos separar as mulheres e homens em duas sacolas,
ou seja, vamos sortear mulheres dentre mulheres e homens dentre os homens.

Portanto, vamos escolher 2 mulheres de um total de 6 mulheres “e” 2 homens de um


total de 4 homens.
𝑛!
𝐶𝑛,𝑘 = (𝑛−𝑘)!𝑘!, com 𝑘 ≤ 𝑛

𝐶6,2 e 𝐶4,2
6! 4!
×
(6 − 2)! 2! (4 − 2)! 2!
6! 4!
×
4! 2! 2! 2!
6 × 5 × 4! 4 × 3 × 2!
×
4! 2 × 1 2! 2 × 1
30 12
×
2 2
São possíveis 90 comissões de 4 integrantes sendo 2 mulheres e 2 homens.
c) Aqui temos uma exigência de que a comissão seja composta de 4 integrantes sendo que
Pedro seja um deles de modo que Paula não participe.
Portanto nossa comissão será formada por: “Pedro + 3 integrantes (homens ou
mulheres)”.
Temos que escolher mais 3 integrantes para compor a comissão. Essa escolha será
feita de um total de 8 integrantes pois temos que retirar Pedro, que já foi escolhido, e Paula,
que não poderá participar.

Paula

+ 3 integrantes.

Pedro

𝑛!
𝐶𝑛,𝑘 = (𝑛−𝑘)!𝑘!, com 𝑘 ≤ 𝑛

8! 8! 8 × 7 × 6 × 5!
𝐶8,3 = = = = 56
(8 − 3)! 3! 5! 3! 5! 3 × 2 × 1

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45
Plataforma +IFMG

Podemos formar 56 comissões de 4 integrantes sendo que participa Pedro e não


participa Paula.
Exemplo: (UFOP-MG) Numa assembleia, de que participam 5 matemáticos e 5 físicos, são
constituídas comissões formadas por três membros, incluindo, no mínimo, um matemático.
Podemos afirmar que o número de comissões que podem ser formadas é:
a) 15
b) 20
c) 50
d) 100
e) 110

Queremos formar comissões de 3 membros de modo que cada comissão contenha,


no mínimo, um matemático. Perceba que, uma vez que temos o termo “no mínimo um
matemático”, temos que pensar em todas as possibilidades, ou seja, podemos ter mais de
um matemático na comissão, desde que atenda ao total de 3 membros.
Portanto, temos as seguintes situações para as comissões:
“1 Matemático e 2 Físicos” ou “2 Matemáticos e 1 Físico” ou “3 Matemáticos e 0 Físico”
Considere os Professores da área de Matemática: Denilson, Douglas e Vinícius.
Vamos embaralhar essa comissão e verificar se a ordem importa ou não.

Denilson, Douglas e Vinícius Vinícius, Denilson e Douglas

Perceba que temos a mesma comissão após o embaralhamento, ou seja, a ordem


não importa. Portanto vamos trabalhar com combinação, onde iremos escolher matemático
dentro de matemático e físico dentro de físico.
Temos um total de 5 matemáticos e 5 físicos para formarmos comissão de 3 membros
incluindo, no mínimo um matemático, então:
“1 Matemático e 2 Físicos” ou “2 Matemáticos e 1 Físico” ou “3 Matemáticos e 0 Físico”
𝑛!
𝐶𝑛,𝑘 = (𝑛−𝑘)!𝑘!, com 𝑘 ≤ 𝑛

𝐶5,1 e 𝐶5,2 ou 𝐶5,2 e 𝐶5,1 ou 𝐶5,3 e 𝐶5,0

𝐶5,1.𝐶5,2 + 𝐶5,2.𝐶5,1 + 𝐶5,3.𝐶5,0 (∗)


Sabemos que:
𝐶5,1 = 5

𝐶5,0 = 1

𝐶5,2 = 𝐶5,3 = 10 (são complementares)

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46
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5! 5! 5 × 4 × 3!
𝐶5,2 = = = = 10
(5 − 2)! 2! 3! 2! 3! 2 × 1

Substituindo os valores em (∗):


5.10 + 10.5 + 10.1 = 110
Portanto, podemos formar 110 comissões. Letra E.
Poderíamos resolver o exercício de uma outra forma, ou seja, do total de 10
professores (5 matemáticos e 5 físicos) obtemos todas as comissões possíveis de 3
membros e, desse resultado, subtrairmos as comissões que não possuem nenhum
matemático (comissões formadas apenas por físicos.
𝐶10,3 − 𝐶5,3 = 120 − 10 = 110.

2.2 Permutação com elementos repetidos

Mídia digital: Vá até a sala virtual e assista ao vídeo


“Permutação com elementos repetidos”.

De quantas maneiras distintas podemos organizar as quatro almofadas na cabeceira


da cama?

Figura 8. Almofadas cabeceira da cama.


Fonte: Arquivo pessoal

Para responder ao questionamento devemos proceder com o embaralhamento das


almofadas de modo a esgotar todas as possibilidades. Perceba que no conjunto de 4
almofadas existem 2 pares de almofadas idênticas.

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47
Plataforma +IFMG

Portanto, existem 6 possibilidades distintas de organizarmos as 4 almofadas na


cabeceira da cama.
Exemplo: Quantos anagramas podemos formar com a palavra FEVEREIRO?
A palavra FEVEREIRO possui 9 letras, sendo algumas repetidas:
• “E” aparece 3 vezes;
• “R” aparece 2 vezes;

Vamos imaginar que essas letras se diferenciam pelas cores: FEVEREIRO. Portanto
temos que embaralhar essas 9 letras “distintas”, ou seja, formar palavras com 9 letras.

Uma vez que assumimos que as letras são “distintas” (pelas cores) vamos preencher
os 9 espaços destinados a cada uma das letras da palavra FEVEREIRO.
1º) Vamos distribuir as 3 letras “E”. Perceba que a ordem que colocamos as letras E será
importante uma vez que elas são “distintas”.
𝐴9,3

E E E

Mas as letras “E” são idênticas! Agora dividimos 𝐴9,3 por 3! (possibilidades de
embaralhamento das letras E)
𝐴9,3
3!
2º) De forma análoga, vamos distribuir as 2 letras “R” nos 6 espaços restantes.
𝐴6,2

R E E E R

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Plataforma +IFMG

Mas as letras “R” são idênticas! Agora dividimos 𝐴6,2 por 2! (possibilidades de
embaralhamento das letras R)
𝐴6,2
2!
3º) Após distribuirmos as letras repetidas, vamos distribuir as 4 letras restantes (F, V, I, O)
nos 4 espaços restantes.
𝑃4

R E F O E I V E R

Portanto, é necessário realizarmos o 1º, 2º “e” 3º passos.

𝐴9,3 𝐴6,2
. .𝑃4
3! 2!
9! 6!
(9 − 3)! (6 − 2)!
. . 4!
3! 2!
9! 1 6! 1
. . . . 4!
6! 3! 4! 2!
9!
= 30.240 anagramas.
3!2!

Perceba que:
FEVEREIRO = 9 letras
E = repete 3 vezes
R = repete 2 vezes

Definição:
Considere 𝑛 elementos, nem todos distintos, de um conjunto {𝑎1 , 𝑎2 , 𝑎3 , ⋯ , 𝑎𝑛 }. O
número de permutações formado com todos os 𝑛 elementos desse conjunto é dado por:

𝑛 ,𝑛2 ,𝑛3 ,⋯ 𝑛!
𝑃𝑛 1 =
𝑛1 ! 𝑛2 ! 𝑛3 ! ⋯

Onde 𝑛1 , 𝑛2 , 𝑛3 , … indicam o número de repetições de cada elemento do conjunto de


𝑛 elementos.

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Plataforma +IFMG

Mídia digital: Vá até a sala virtual e assista aos vídeos


com a resolução de exemplos de “Permutação com
elementos repetidos”.

Exemplo: De quantas maneiras distintas podemos organizar as quatro almofadas na


cabeceira da cama?

Figura 9. Almofadas cabeceira da cama.


Fonte: Arquivo pessoal

Temos 4 “elementos/almofadas” sendo que 2 são coloridas e 2 são marrons.

𝑛 ,𝑛2 𝑛!
𝑃𝑛 1 =
𝑛1 ! 𝑛2 !
4! 4×3×2!
𝑃42,2 = = = 6 possibilidades
2!2! 2!2×1

Exemplo: (FGV-SP) Quantos anagramas da palavra SUCESSO começam por S e terminam


em O?
a) 5!
b) 7!
c) 30
d) 60
e) 90

Primeiramente vamos atender a exigência de iniciar com a letra S e terminar pela letra
O.

S O

Diante disso temos que preencher os 5 espaços com as 5 letras que sobraram, sendo
que destas, a letra S repete 2 vezes.

𝑛 𝑛!
𝑃𝑛 1 =
𝑛1 !

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5! 5×4×3×2!
𝑃52 = = = 60 possibilidades. Letra D.
2! 2!

Exemplo: (VUNESP-2010) A figura mostra a planta de um bairro de uma cidade. Uma


pessoa quer caminhar do ponto A ao ponto B por um dos percursos mais curtos. Assim, ela
caminhará sempre nos sentidos “de baixo para cima” ou “da esquerda para a direita”. O
número de percursos diferentes que essa pessoa poderá fazer de A até B é:
a) 95040.
b) 40635.
c) 924
d) 792.
e) 35.

Figura 10. Planta do bairro da cidade com o deslocamento do ponto A ao ponto B.


Fonte: Processo seletivo VUNESP-2010.

O objetivo da pessoa é chegar no ponto B partindo do ponto A. Vamos definir o sentido


Norte como sendo “de baixo para cima” e Leste sendo “da esquerda para a direita”.
Representando uma possibilidade de trajeto da pessoa por setas, temos a seguinte
situação:
LLLLNNNNNLLL

Ou seja, independente de qual caminho a pessoa escolher ela sempre estará


formando uma “palavra” de 12 letras sendo que a letra L e N repetirão 7 vezes e 5 vezes,
respectivamente.

𝑛 ,𝑛2 𝑛!
𝑃𝑛 1 =
𝑛1 ! 𝑛2 !
7,5 12! 12×11×10×9×8×7!
𝑃12 = = = 792 possibilidades. Letra D.
7!5! 7!5×4×3×2×1

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2.3 Espaço amostral e eventos

Mídia digital: Vá até a sala virtual e assista ao vídeo


“Espaço amostral e eventos”.

No estudo de probabilidade estudaremos as possibilidades da ocorrência de um


determinado acontecimento na realização de um experimento aleatório.

Experimentos Aleatórios: São experimentos que, repetidos em condições idênticas, não


produzem sempre o mesmo resultado, ou seja, os resultados não são previsíveis. Por mais
que sejam mantidas as mesmas condições, não podemos prever qual será o resultado, mas
conhecemos as possibilidades.

Exemplos:
• Lançamento de uma moeda;
• Lançamento de uma moeda e um dado;
• Lançamento de dois dados;
• Sorteio de uma rifa.

ESPAÇO AMOSTRAL:

É o conjunto de todos os resultados possíveis de um experimento aleatório.


Indicaremos o espaço amostral pela letra 𝑼 e 𝒏(𝑼) representará o número de elementos do
espaço amostral.
𝑼

Dica do Professor: Em alguns casos, para


determinarmos a quantidade de elementos do Espaço
Amostral, usaremos as técnicas de contagem.

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Exemplos:
• Lançamento de uma moeda;
𝑈 = {𝑐𝑎𝑟𝑎, 𝑐𝑜𝑟𝑜𝑎} 𝑛(𝑈) = 2

• Lançamento de uma moeda e um dado;


(𝑐𝑎𝑟𝑎, 1)(𝑐𝑎𝑟𝑎, 2)(𝑐𝑎𝑟𝑎, 3)(𝑐𝑎𝑟𝑎, 4)(𝑐𝑎𝑟𝑎, 5)(𝑐𝑎𝑟𝑎, 6)
𝑈={ } 𝑛(𝑈) = 12
(𝑐𝑜𝑟𝑜𝑎, 1)(𝑐𝑜𝑟𝑜𝑎, 2)(𝑐𝑜𝑟𝑜𝑎, 3)(𝑐𝑜𝑟𝑜𝑎, 4)(𝑐𝑜𝑟𝑜𝑎, 5)(𝑐𝑜𝑟𝑜𝑎, 6)

• Lançamento de dois dados;

(1,1)(1,2)(1,3)(1,4)(1,5)(1,6)
(2,1)(2,2)(2,3)(2,4)(2,5)(2,6)
(3,1)(3,2)(3,3)(3,4)(3,5)(3,6)
𝑈= 𝑛(𝑈) = 36
(4,1)(4,2)(4,3)(4,4)(4,5)(4,6)
(5,1)(5,2)(5,3)(5,4)(5,5)(5,6)
{(6,1)(6,2)(6,3)(6,4)(6,5)(6,6)}

Evento: “Aposta”

É qualquer subconjunto do Espaço Amostral (𝑈) de um experimento aleatório.


Denominaremos o evento por uma letra maiúscula do alfabeto.

Exemplo: Uma rifa é composta de 100 bilhetes numerados de 1 a 100. Será sorteado um
desses bilhetes. Sejam os eventos:
a) O número sorteado é múltiplo de 12;
b) O número sorteado é um quadrado perfeito;
c) O número sorteado é natural positivo menor ou igual a 100;
d) O número sorteado possui três algarismos distintos.

𝑈 = {1, 2, 3, … , 99, 100} 𝑛(𝑈) = 100

a) 𝐴 = {12, 24, 36, 48, 60, 72, 84, 96} 𝑛(𝐴) = 8

b) 𝐵 = {1, 4, 9, 16, 25, 36, 49, 64, 81, 100} 𝑛(𝐵) = 10

c) C = {1, 2, 3, … , 99, 100} 𝑛(𝐶) = 100 (Evento certo)

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d) D = { } 𝑛(𝐷) = 0 (Evento impossível)

Dica do Professor: O conjunto vazio e o próprio


conjunto são considerados subconjuntos de um
conjunto.
• Quando o evento coincide com o espaço amostral
dizemos que o evento é certo!
• Quando o evento é o conjunto vazio dizemos
evento impossível.
• O número de elementos de um Evento 𝐴 será
sempre da forma:
0 ≤ 𝑛(𝐴) ≤ 𝑛(𝑈)

Evento complementar:

Mídia digital: Vá até a sala virtual e assista ao vídeo


“Evento complementar”.

Seja 𝐴 um evento de um Espaço Amostral (𝑈). Definimos o evento complementar de


𝐴, em relação a 𝑈 o evento que ocorre quando o evento 𝐴 não ocorre.

Indicamos o evento complementar do evento 𝐴 por:

𝐴̅ ou 𝐶𝑈𝐴 = 𝑈 − 𝐴

𝐔
̅
𝐀
𝐀

Dica do Professor: Para um Evento 𝐴 e seu


complementar 𝐴̅ podemos escrever:
• 𝐴 ∪ 𝐴̅ = 𝑈 ⇒ 𝑛(𝐴) + 𝑛(𝐴̅) = 𝑛(𝑈)
• 𝐴 ∩ 𝐴̅ = ∅

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Exemplo: Uma rifa é composta de 100 bilhetes numerados de 1 a 100. Será sorteado um
desses bilhetes. Sejam os eventos:
a) O número sorteado é múltiplo de 12. Qual é o complementar?
b) O número sorteado é um quadrado perfeito. Qual é o complementar?

𝑈 = {1, 2, 3, … , 99, 100} 𝑛(𝑈) = 100

a) 𝐴 = {12, 24, 36, 48, 60, 72, 84, 96} 𝑛(𝐴) = 8


𝐴̅ = {𝑛ã𝑜 𝑠𝑒𝑟 𝑚ú𝑙𝑡𝑖𝑝𝑙𝑜 𝑑𝑒 12} 𝑛(𝐴̅) = 92

b) 𝐵 = {1, 4, 9, 16, 25, 36, 49, 64, 81, 100} 𝑛(𝐵) = 10


𝐵̅ = {𝑛ã𝑜 𝑠𝑒𝑟 𝑞𝑢𝑎𝑑𝑟𝑎𝑑𝑜 𝑝𝑒𝑟𝑓𝑒𝑖𝑡𝑜} 𝑛(𝐵̅) = 90

Atenção: Evento e seu complementar:


𝐴: Ganhar
𝐴̅: Não ganhar

𝐵: Chover
𝐵̅ : Não chover

2.4 Probabilidade e propriedades

Mídia digital: Vá até a sala virtual e assista ao vídeo


“Probablilidade e propriedades”.

Espaço Amostral Equiprovável


Denominamos Espaço Amostral Equiprovável aquele cujos resultados possuem a
mesma chance de ocorrerem, ou seja, realizado o experimento indefinidamente, os
diferentes eventos unitários tendem a aparecer na mesma frequência.

Probabilidade de um evento:
A probabilidade de ocorrência de um evento 𝐴 em um experimento aleatório com
espaço amostral equiprovável 𝑈 é dada pela razão entre o número de elementos do evento
𝐴 e o número de elementos do espaço amostral 𝑈.

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Denotamos a probabilidade de ocorrência de um evento 𝐴 por: P(A)


𝑼

𝑛(𝐴)
𝑃(𝐴) =
𝑛(𝑈)
Propriedades:
I) Eventos: impossível e certo:
0 ≤ 𝑛(𝐴) ≤ 𝑛(𝑈) ÷ 𝑛(𝑈) ≠ 0
0 𝑛(𝐴) 𝑛(𝑈)
≤ ≤
𝑛(𝑈) 𝑛(𝑈) 𝑛(𝑈)
0 ≤ 𝑃(𝐴) ≤ 1
ou
0 ≤ 𝑃(𝐴) ≤ 100%
II) Evento Complementar:

𝐔
̅
𝐀
𝐀

𝐴 + 𝐴̅ = 𝑈
𝑛(𝐴) + 𝑛(𝐴̅) = 𝑛(𝑈) ÷ 𝑛(𝑈) ≠ 0
𝑛(𝐴) 𝑛(𝐴̅) 𝑛(𝑈)
+ =
𝑛(𝑈) 𝑛(𝑈) 𝑛(𝑈)
𝑃(𝐴) + 𝑃(𝐴̅) = 1
ou
𝑃(𝐴) + 𝑃(𝐴̅) = 100%

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Atenção: Evento e seu complementar:


𝐴: Ganhar. Se 𝑃(𝐴) = 0,3.
𝐴̅: Não ganhar. Então 𝑃(𝐴̅) = 0,7.

𝐵: Chover. Se 𝑃(𝐵) = 32%.


𝐵̅ : Não chover. Então 𝑃(𝐵̅ ) = 68%.

Mídia digital: Vá até a sala virtual e assista aos vídeos


com a resolução de exemplos de “Probabilidade”.

Exemplo: Uma rifa é composta de 100 bilhetes numerados de 1 a 100. Será sorteado um
desses bilhetes. Qual a probabilidade de obtermos:
a) O número sorteado ser múltiplo de 12;
b) O número sorteado ser um quadrado perfeito;
c) O número sorteado ser natural positivo menor ou igual a 100;
d) O número sorteado ter três algarismos distintos.

𝑈 = {1, 2, 3, … , 99, 100} 𝑛(𝑈) = 100

a) 𝐴 = {12, 24, 36, 48, 60, 72, 84, 96} 𝑛(𝐴) = 8


𝑛(𝐴) 8 2
𝑃(𝐴) = ⇒ 𝑃(𝐴) = ⇒ 𝑃(𝐴) =
𝑛(𝑈) 100 25

b) 𝐵 = {1, 4, 9, 16, 25, 36, 49, 64, 81, 100} 𝑛(𝐵) = 10


𝑛(𝐵) 10 1
𝑃(𝐵) = ⇒ 𝑃(𝐵) = ⇒ 𝑃(𝐵) =
𝑛(𝑈) 100 10

c) C = {1, 2, 3, … , 99, 100} 𝑛(𝐶) = 100 (Evento certo)


𝑛(𝐶) 100
𝑃(𝐶) = ⇒ 𝑃(𝐶) = ⇒ 𝑃(𝐶) = 1
𝑛(𝑈) 100
Quando a probabilidade de um evento é igual a um dizemos que o evento é certo!

d) D = { } 𝑛(𝐷) = 0 (Evento impossível)


𝑛(𝐷) 0
𝑃(𝐷) = ⇒ 𝑃(𝐷) = ⇒ 𝑃(𝐷) = 0
𝑛(𝑈) 100
Quando a probabilidade de um evento é igual a zero dizemos que o evento é
impossível!

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Exemplo: No lançamento de uma moeda e um dado, qual a probabilidade de obtermos cara


e uma face com número maior que 4?
(𝑐𝑎𝑟𝑎, 1)(𝑐𝑎𝑟𝑎, 2)(𝑐𝑎𝑟𝑎, 3)(𝑐𝑎𝑟𝑎, 4)(𝑐𝑎𝑟𝑎, 5)(𝑐𝑎𝑟𝑎, 6)
𝑈={ } 𝑛(𝑈) = 12
(𝑐𝑜𝑟𝑜𝑎, 1)(𝑐𝑜𝑟𝑜𝑎, 2)(𝑐𝑜𝑟𝑜𝑎, 3)(𝑐𝑜𝑟𝑜𝑎, 4)(𝑐𝑜𝑟𝑜𝑎, 5)(𝑐𝑜𝑟𝑜𝑎, 6)

𝐴 = {(𝑐𝑎𝑟𝑎, 5)(𝑐𝑎𝑟𝑎, 6)} 𝑛(𝐴) = 2

𝑛(𝐴) 2 1
𝑃(𝐴) = ⇒ 𝑃(𝐴) = ⇒ 𝑃(𝐴) =
𝑛(𝑈) 12 6

Exemplo: No lançamento de dois dados, qual a probabilidade de obtermos produto dos


pontos obtidos igual 12?

(1,1)(1,2)(1,3)(1,4)(1,5)(1,6)
(2,1)(2,2)(2,3)(2,4)(2,5)(2,6)
(3,1)(3,2)(3,3)(3,4)(3,5)(3,6)
𝑈= 𝑛(𝑈) = 36
(4,1)(4,2)(4,3)(4,4)(4,5)(4,6)
(5,1)(5,2)(5,3)(5,4)(5,5)(5,6)
{(6,1)(6,2)(6,3)(6,4)(6,5)(6,6)}

𝐵 = {(2,6)(3,4)(4,3)(6,2)} 𝑛(𝐵) = 4

𝑛(𝐵) 4 1
𝑃(𝐵) = ⇒ 𝑃(𝐵) = ⇒ 𝑃(𝐵) =
𝑛(𝑈) 36 9
Exemplo: (ENEM) As 23 ex-alunas de uma turma que completou o Ensino Médio há 10
anos se encontraram em uma reunião comemorativa. Várias delas haviam se casado e tido
filhos. A distribuição das mulheres, de acordo com a quantidade de filhos, é mostrada no
gráfico ao lado. Um prêmio foi sorteado entre todos os filhos dessas ex-alunas. A
probabilidade de que a criança premiada tenha sido um(a) filho(a) único(a) é:
a) 1/3
b) 1/4
c) 7/15
d) 7/23
e) 7/25

Figura 11. Gráfico ex-alunas e número de filhos.


Fonte: ENEM.

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Perceba que queremos obter a probabilidade de que a criança premiada seja filho(a)
único(a). Portanto temos que descobrir o número de crianças que estavam presentes na
reunião comemorativa. Para isso, de acordo com o gráfico, basta multiplicarmos o número
de mães (eixo y) pelo seu respectivo número de filhos (eixo x).
• 8 mães possuem 0 filho. Então temos 0 crianças;
• 7 mães possuem 1 filho. Então temos 7 crianças que são filhos(as) únicos(as);
• 6 mães possuem 2 filhos. Então temos 12 crianças;
• 2 mães possuem 3 filhos. Então temos 6 crianças.

𝑈 = {0 + 7 + 12 + 6} 𝑛(𝑈) = 25 crianças
𝐴 = {7} 𝑛(𝐴) = 7 crianças são filhos(as) únicos(as)
𝑛(𝐴) 7
𝑃(𝐴) = ⇒ 𝑃(𝐴) =
𝑛(𝑈) 25
Letra E.

Atividade: Para concluir a segunda semana de estudos,


vá até a sala virtual e resolva o 2º questionário no valor
de 10 pontos.
Você terá três tentativas para a realização do mesmo e
deverá obter 60% de aproveitamento em pelo menos um
dos questionários

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Pró-Reitoria de Extensão

60
Semana 3 – Probabilidade

Objetivos
Nesta semana, vamos finalizar o estudo de probabilidade
abordando os temas: probabilidade da união de dois eventos,
probabilidade condicional e probabilidade de eventos
independentes.

3.1 Probabilidade da união de dois eventos

Mídia digital: Vá até a sala virtual e assista ao vídeo


“Probabilidade da união de dois eventos”.

Sejam 𝐴 e 𝐵 dois eventos de um mesmo espaço amostral 𝑈, equiprovável, finito e


não vazio.
Queremos obter a probabilidade da ocorrência dos eventos 𝐴 ou 𝐵.
𝐔

𝑨 𝐁

Da união de conjuntos, temos que:

𝑛(𝐴 ∪ 𝐵) = 𝑛(𝐴) + 𝑛(𝐵) − 𝑛(𝐴 ∩ 𝐵) ÷ 𝑛(𝑈) ≠ 0


𝑛(𝐴 ∪ 𝐵) 𝑛(𝐴) 𝑛(𝐵) 𝑛(𝐴 ∩ 𝐵)
= + −
𝑛(𝑈) 𝑛(𝑈) 𝑛(𝑈) 𝑛(𝑈)
𝑃(𝐴 ∪ 𝐵) = 𝑃(𝐴) + 𝑃(𝐵) − 𝑃(𝐴 ∩ 𝐵)
Observação: Conjuntos disjuntos ou eventos mutuamente exclusivos.
𝐔
𝑨 𝐁

Quando temos dois eventos disjuntos ou mutuamente exclusivos o 𝑛(𝐴 ∩ 𝐵) = 0 e,


então, 𝑃(𝐴 ∩ 𝐵) = 0.
𝑃(𝐴 ∪ 𝐵) = 𝑃(𝐴) + 𝑃(𝐵)

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Pró-Reitoria de Extensão 61
Mídia digital: Vá até a sala virtual e assista aos vídeos
com a resolução de exemplos de “Probabilidade da
união de dois eventos”.

Exemplo: Uma rifa é composta de 100 bilhetes numerados de 1 a 100. Será sorteado um
desses bilhetes. Qual a probabilidade de obtermos um múltiplo de 8 ou um múltiplo 12?
𝑈 = {1, 2, 3, … , 99, 100} 𝑛(𝑈) = 100

Queremos obter múltiplo de 8 “ou” múltiplo de 12. Temos dois eventos:


𝐴 = {8, 16, 24, 32, 40, 48, 56, 64, 72, 80, 88, 96} 𝑛(𝐴) = 12
𝐵 = {12, 24, 36, 48, 60, 72, 84, 96} 𝑛(𝐵) = 8
𝐴 ∩ 𝐵 = {24, 48, 72, 96} 𝑛(𝐴 ∩ 𝐵) = 4
𝑃(𝐴 ∪ 𝐵) = 𝑃(𝐴) + 𝑃(𝐵) − 𝑃(𝐴 ∩ 𝐵)
𝑛(𝐴) 𝑛(𝐵) 𝑛(𝐴 ∩ 𝐵)
𝑃(𝐴 ∪ 𝐵) = + −
𝑛(𝑈) 𝑛(𝑈) 𝑛(𝑈)
12 8 4
𝑃(𝐴 ∪ 𝐵) = + −
100 100 100
16
𝑃(𝐴 ∪ 𝐵) =
100
4
𝑃(𝐴 ∪ 𝐵) = = 16%
25

Exemplo: (ENEM) Um município de 628 km² é atendido por duas emissoras de rádio cujas
antenas A e B alcançam um raio de 10 km do município, conforme mostra a figura:

Para orçar um contrato publicitário, uma agência precisa avaliar a probabilidade que um
morador tem de, circulando livremente pelo município, encontrar-se na área de alcance de
pelo menos uma das emissoras. Essa probabilidade é de, aproximadamente:
a) 20%
b) 25%
c) 30%
d) 35%
e) 40%

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Pró-Reitoria de Extensão 62
Queremos obter a probabilidade de que um morador tem de, circulando livremente
pelo município, encontrar-se na área de alcance de pelo menos uma das emissoras. Ou
seja, o morador pode escutar a rádio A “ou” a rádio B.
𝑃(𝐴 ∪ 𝐵) = 𝑃(𝐴) + 𝑃(𝐵) − 𝑃(𝐴 ∩ 𝐵)
Pela figura, percebemos que as rádios A e B não alcançam áreas comuns, portanto,
são conjuntos disjuntos. Logo:
𝑃(𝐴 ∪ 𝐵) = 𝑃(𝐴) + 𝑃(𝐵)
Sabemos que a soma dos ângulos internos de um quadrilátero (trapézio retângulo) é
360°.
𝐴̂ + 𝐵̂ + 90° + 90° = 360°

𝐴̂ + 𝐵̂ = 180°

Portanto, uma vez que 𝐴̂ + 𝐵̂ = 180°, a soma das áreas de alcance das rádios A e B
definem um semicírculo de raio 10 𝑘𝑚.

• Área semicírculo:
𝜋𝑟 2 𝜋(10)2 100𝜋
𝐴= ⇒𝐴= ⇒𝐴= ⇒ 𝐴 = 50𝜋 𝑘𝑚2
2 2 2

𝑛(𝐴) 𝑛(𝐵) 𝑛(𝐴) + 𝑛(𝐵)


𝑃(𝐴 ∪ 𝐵) = 𝑃(𝐴) + 𝑃(𝐵) ⇒ 𝑃(𝐴 ∪ 𝐵) = + ⇒ 𝑃(𝐴 ∪ 𝐵) =
𝑛(𝑈) 𝑛(𝑈) 𝑛(𝑈)
𝑈 = {á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑜 𝑚𝑢𝑛𝑖𝑐í𝑝𝑖𝑜} 𝑛(𝑈) = 628 𝑘𝑚2
𝐴 + 𝐵 = {𝑠𝑒𝑚𝑖𝑐í𝑟𝑐𝑢𝑙𝑜} 𝑛(𝐴 + 𝐵) = 50𝜋 𝑘𝑚2
50𝜋 50.3,14 1
𝑃(𝐴 ∪ 𝐵) = ⇒ 𝑃(𝐴 ∪ 𝐵) = ⇒ 𝑃(𝐴 ∪ 𝐵) = ⇒ 𝑃(𝐴 ∪ 𝐵) = 25%
628 628 4
Letra B

3.2 Probabilidade condicional

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“Probabilidade condicional”.

Considere os eventos 𝑨 e 𝑩 de um espaço amostral (𝑼), equiprovável, finito e não vazio.


𝐔
𝐁 𝑨

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Pró-Reitoria de Extensão 63
A probabilidade condicional de ocorrer o evento 𝐴 sabendo que o evento 𝐵 já tenha ocorrido
é indicada e definida por:
𝑛(𝐴∩𝐵) 𝑃(𝐴∩𝐵)
𝑃(𝐴/𝐵) = ou 𝑃(𝐴/𝐵) =
𝑛(𝐵) 𝑃(𝐵)

Atenção: Na probabilidade condicional, 𝑃(𝐴/𝐵), o


espaço amostral fica restringido, ou seja, o “evento 𝐵”
passa a ser o espaço amostral. É comum aparecer os
termos: “Verificou-se...sabe-se...”

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com a resolução de exemplos de “Probabilidade
condicional”.

Exemplo: (ENEM) Um experimento foi conduzido com o objetivo de avaliar o poder


germinativo de duas culturas de cebola, conforme a tabela.

Germinação de sementes de duas culturas de cebola

Germinação
Culturas Total
Germinaram Não Germinaram

A 392 8 400
B 381 19 400
Total 773 27 800
BUSSAB, W. O; MORETIN, L. G. Estatística para as ciências agrárias e biológicas (adaptado).

Desejando-se fazer uma avaliação do poder germinativo de uma das culturas de cebola,
uma amostra foi retirada ao acaso. Sabendo-se que a amostra escolhida germinou, a
probabilidade de essa amostra pertencer Cultura A é de:
a) 8/27
b) 19/27
c) 381/773
d) 392/773
e) 392/ 800

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Pró-Reitoria de Extensão 64
Queremos obter a probabilidade de uma amostra pertencer a Cultura A “sabendo-se”
que a amostra escolhida germinou.
𝑛(𝐴 ∩ 𝐵)
𝑃(𝐴/𝐵) =
𝑛(𝐵)
𝐴: Cultura 𝐴
𝐺: Germinou
𝑛(𝐴 ∩ 𝐺)
𝑃(𝐴/𝐺) =
𝑛(𝐺)
Pela tabela apresentada temos que:
• Número da cultura 𝐴 que germinaram, ou seja, 𝑛(𝐴 ∩ 𝐺) = 392
• Cultura que germinaram, ou seja, 𝑛(𝐺) = 773

392
𝑃(𝐴/𝐺) =
773

Letra D.

Exemplo: Uma rifa é composta de 100 bilhetes numerados de 1 a 100. Será sorteado um
desses bilhetes. Qual a probabilidade de obtermos um múltiplo de 8 sabendo que ocorreu
um múltiplo 12?
Queremos a probabilidade de obter múltiplo de 8 “sabendo-se” que ocorreu múltiplo de 12.

𝑛(𝐴 ∩ 𝐵)
𝑃(𝐴/𝐵) =
𝑛(𝐵)

𝑛(M(8) ∩ 𝑀(12))
𝑃(𝑀(8)/𝑀(12)) =
𝑛(𝑀(12))

𝐴 ∩ 𝐵 = 𝑀(8) ∩ 𝑀(12) = {24, 48, 72, 96} 𝑛(𝐴 ∩ 𝐵) = 𝑛(M(8) ∩ 𝑀(12)) = 4


𝐵 = 𝑀(12) = {12, 24, 36, 48, 60, 72, 84, 96} 𝑛(𝐵) = 𝑛(𝑀(12)) = 8

4
𝑃(𝐴/𝐵) = 𝑃(𝑀(8)/𝑀(12)) = = 50%
8
Exemplo: (ENEM) Para verificar e analisar o grau de eficiência de um teste que poderia
ajudar no retrocesso de uma doença numa comunidade, uma equipe de biólogos aplicou-o
em um grupo de 500 ratos, para detectar a presença dessa doença. Porém, o teste não é
totalmente eficaz podendo existir ratos saudáveis com resultado positivo e ratos doentes
com resultado negativo. Sabe-se, ainda, que 100 ratos possuem a doença, 20 ratos são
saudáveis com resultado positivo e 40 ratos são doentes com resultado negativo. Um rato
foi escolhido ao acaso, e verificou-se que o seu resultado deu negativo. A probabilidade de
esse rato ser saudável é:
a) 1/5
b) 4/5
c) 19/21
d) 19/25
e) 21/ 25

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Pró-Reitoria de Extensão 65
Queremos a probabilidade de termos um rato saudável (𝑆) após saber que o
resultado de seu exame ser negativo (𝑁).
𝑛(𝐴 ∩ 𝐵) 𝑛(𝑆 ∩ 𝑁)
𝑃(𝐴/𝐵) = ⇒ 𝑃(𝑆/𝑁) =
𝑛(𝐵) 𝑛(𝑁)
Do texto apresentado na questão podemos escrever que:

40 ratos - negativo
100 ratos doentes
60 ratos - positivo

500 ratos
20 ratos - positivo
400 ratos saudáveis
380 ratos - negativo

𝑛(𝑆 ∩ 𝑁) 380 380 19


𝑃(𝑆/𝑁) = = = =
𝑛(𝑁) 40 + 380 420 21
Letra C.

3.3 Probabilidade de eventos independentes

Probabilidade da interseção de dois eventos:

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“Probabilidade da interseção de dois eventos”.

Considere os eventos 𝐴 e 𝐵 de um espaço amostral (𝑈), equiprovável, finito e não


vazio.
Vimos que a probabilidade condicional de ocorrer o evento 𝐴 sabendo que o evento
𝐵 já tenha ocorrido é indicada e definida por:
𝑛(𝐴∩𝐵) 𝑃(𝐴∩𝐵)
𝑃(𝐴/𝐵) = ou 𝑃(𝐴/𝐵) =
𝑛(𝐵) 𝑃(𝐵)

Portanto, definimos a probabilidade da interseção de dois eventos 𝐴 e 𝐵 como sendo


o produto da probabilidade do evento 𝐵 pela probabilidade do evento 𝐴, sabendo que o
evento 𝐵 ocorreu.
𝑃(𝐴 ∩ 𝐵) = 𝑃(𝐵). 𝑃(𝐴/𝐵)

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Pró-Reitoria de Extensão 66
Dica do Professor: Atenção ao resolver os exercícios:
• Experimentos com reposição: espaço amostral
permanece o mesmo;
• Experimentos sem reposição: espaço amostral
fica alterado.

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com a resolução de exemplos de “Probabilidade da
interseção de dois eventos”.

Exemplo: Em um estojo existem 8 canetas azuis e 6 canetas vermelhas. Duas delas serão
retiradas sucessivamente e sem reposição. Qual a probabilidade de obtermos duas canetas
azuis?

Podemos representar o diagrama abaixo:

7
𝐴=
13

8 6
𝐴= 𝑉=
14 13

8
𝐴=
13
6
𝑉=
14

5
𝑉=
13
Queremos duas bolas azuis 𝑃(𝐴 𝑒 𝐴), ou seja:
𝑃(𝐴 ∩ 𝐵) = 𝑃(𝐵). 𝑃(𝐴/𝐵)
𝑃(𝐴 ∩ 𝐴) = 𝑃(𝐴). 𝑃(𝐴/𝐴)
8 7
𝑃(𝐴 ∩ 𝐴) = .
14 13
4
𝑃(𝐴 ∩ 𝐴) =
13

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Pró-Reitoria de Extensão 67
Exemplo: Em um estojo existem 8 canetas azuis e 6 canetas vermelhas. Duas delas serão
retiradas sucessivamente e sem reposição. Qual a probabilidade de obtermos duas
canetas de cores distintas?
Queremos obter canetas de cores distintas, ou seja, “azul e vermelha” ou “vermelha
e azul”.

7
𝐴=
13

8 6
𝐴= 𝑉=
14 13

8
𝐴=
13
6
𝑉=
14

5
𝑉=
13

𝑃(𝐴 ∩ 𝑉) ou 𝑃(𝑉 ∩ 𝐴)

𝑃(𝐴 ∩ 𝑉) = 𝑃(𝐴). 𝑃(𝑉/𝐴) ou 𝑃(𝑉 ∩ 𝐴) = 𝑃(𝑉). 𝑃(𝐴/𝑉)

8 6 6 8
. + .
14 13 14 13

6 8
2. .
14 13

48
91

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Pró-Reitoria de Extensão 68
Probabilidade de Eventos independentes.

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“Probabilidade de eventos independentes”.

Dois eventos 𝐴 e 𝐵 de um espaço amostral (𝑈), equiprovável, finito e não vazio são
considerados independentes se, e somente se, a probabilidade de ocorrência de um deles
não interferir na ocorrência do outro.
𝑃(𝐴/𝐵) = 𝑃(𝐴) (1)

𝑃(𝐴 ∩ 𝐵) = 𝑃(𝐵). 𝑃(𝐴/𝐵) (2)

Substituindo (1) em (2), temos:


𝑃(𝐴 ∩ 𝐵) = 𝑃(𝐴). 𝑃(𝐵)

Atenção: Se 𝐴1 , 𝐴2 , … , 𝐴𝑛 são eventos independentes,


temos:

𝑃(𝐴1 ∩ 𝐴2 ∩ … ∩ 𝐴𝑛 ) = 𝑃(𝐴1 ). 𝑃(𝐴2 ). ⋯ . 𝑃(𝐴𝑛 )

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com a resolução de exemplos de “Probabilidade de
eventos independentes”.

Exemplo: No lançamento de uma moeda e um dado, qual a probabilidade de obtermos cara


e uma face com número maior que 4?
𝐴: obter cara;
𝐵: face com número maior que 4;
𝑃(𝐴 ∩ 𝐵) = 𝑃(𝐴). 𝑃(𝐵)
1 2
𝑃(𝐴 ∩ 𝐵) = .
2 6
1
𝑃(𝐴 ∩ 𝐵) =
6

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Pró-Reitoria de Extensão 69
Exemplo: (ENEM) No próximo final de semana, um grupo de alunos participará de uma aula
de campo. Em dias chuvosos, aulas de campo não podem ser realizadas. A ideia é que essa
aula seja no sábado, mas, se estiver chovendo no sábado, a aula será adiada para o
domingo. Segundo a meteorologia, a probabilidade de chover no sábado é de 30% e a de
chover no domingo é de 25%. A probabilidade de que a aula de campo ocorra no domingo
é de:
a) 5,0%.
b) 7,5%.
c) 22,5%.
d) 30,0%.
e) 75,0%.

Para que a aula aconteça no domingo é necessário:


“chover no sábado” e “não chover no domingo”
𝑃(𝐴𝑢𝑙𝑎 𝑑𝑜𝑚𝑖𝑛𝑔𝑜) = 𝑃(𝐶ℎ𝑜𝑣𝑒𝑟 𝑠á𝑏𝑎𝑑𝑜). 𝑃(𝑁ã𝑜 𝑐ℎ𝑜𝑣𝑒𝑟 𝑑𝑜𝑚𝑖𝑛𝑔𝑜)

Sabemos que 𝑃(𝐴) + 𝑃(𝐴̅) = 1, ou seja:


• 𝐴: chover no domingo. Então 𝑃(𝐴) = 25%
• 𝐴̅: não chover no domingo. Então 𝑃(𝐴̅) = 75%

𝑃(𝐴𝑢𝑙𝑎 𝑑𝑜𝑚𝑖𝑛𝑔𝑜) = 𝑃(𝐶ℎ𝑜𝑣𝑒𝑟 𝑠á𝑏𝑎𝑑𝑜 e 𝑁ã𝑜 𝑐ℎ𝑜𝑣𝑒𝑟 𝑑𝑜𝑚𝑖𝑛𝑔𝑜)


𝑃(𝐴𝑢𝑙𝑎 𝑑𝑜𝑚𝑖𝑛𝑔𝑜) = 𝑃(𝐶ℎ𝑜𝑣𝑒𝑟 𝑠á𝑏𝑎𝑑𝑜 ∩ 𝑁ã𝑜 𝑐ℎ𝑜𝑣𝑒𝑟 𝑑𝑜𝑚𝑖𝑛𝑔𝑜)
𝑃(𝐴𝑢𝑙𝑎 𝑑𝑜𝑚𝑖𝑛𝑔𝑜) = 𝑃(𝐶ℎ𝑜𝑣𝑒𝑟 𝑠á𝑏𝑎𝑑𝑜). 𝑃(𝑁ã𝑜 𝑐ℎ𝑜𝑣𝑒𝑟 𝑑𝑜𝑚𝑖𝑛𝑔𝑜)
𝑃(𝐴𝑢𝑙𝑎 𝑑𝑜𝑚𝑖𝑛𝑔𝑜) = 30%. 75%
30 75
𝑃(𝐴𝑢𝑙𝑎 𝑑𝑜𝑚𝑖𝑛𝑔𝑜) = . = 22,5%
100 100
Letra C.
Exemplo: (ENEM) Em uma escola, a probabilidade de um aluno compreender e falar inglês
é de 30%. Três alunos dessa escola, que estão em fase final de seleção de intercâmbio,
aguardam, em uma sala, serem chamados para uma entrevista. Mas, ao invés de chamá-
los um a um, o entrevistador entra na sala e faz, oralmente, uma pergunta em inglês que
pode ser respondida por qualquer um dos alunos. A probabilidade de o entrevistador ser
entendido e ter sua pergunta oralmente respondida em inglês é:
a) 23,7%
b) 30,0%
c) 44,1%
d) 65,7%
e) 90,0%

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Pró-Reitoria de Extensão 70
Para que o entrevistador seja entendido basta que sua pergunta seja respondia por,
pelo menos, um dos 3 alunos, ou seja, um aluno, no mínimo, deve compreender e falar.
Diante desse fato vamos calcular a probabilidade de o entrevistador não ter sua
pergunta respondida por nenhum dos estudantes e, com o auxílio da propriedade de
probabilidade complementar, chegaremos ao resultado desejado.
• 𝐴: ter a resposta respondida por pelo menos um estudante.
• 𝐴̅: não ter a resposta respondida.
• 𝐶𝐹: compreender e falar. Então: P(𝐶𝐹) = 30% .
• ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ) = 70%
𝐶𝐹 : não compreender e/ou não falar. Então 𝑃(𝐶𝐹

Portanto, para que o entrevistador não tenha sua pergunta respondida os estudantes
não podem ter compreendido e/ou não falar:
𝑃(𝐴̅) = 𝑃(𝐶𝐹
̅̅̅̅ ∩ ̅̅̅̅
𝐶𝐹 ∩ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ). 𝑃(𝐶𝐹
𝐶𝐹 ) = 𝑃(𝐶𝐹 ̅̅̅̅ ). 𝑃(𝐶𝐹
̅̅̅̅ )

𝑃(𝐴̅) = 70%. 70%. 70%


70 70 70
𝑃(𝐴̅) = . .
100 100 100
𝑃(𝐴̅) = 0,343
Então,
𝑃(𝐴) + 𝑃(𝐴̅) = 1 ⇒ 𝑃(𝐴) + 0,343 = 1 ⇒ 𝑃(𝐴) = 1 − 0,343
𝑃(𝐴) = 0,657
𝑃(𝐴) = 65,7%
Letra D.
Experimentos Binomiais:

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“Experimentos binomiais”.

São experimentos aleatórios que, repetidos nas mesmas condições um número finito
de vezes, relacionam a probabilidade de um determinado evento (independente) e seu
complementar.
𝑃 + 𝑃̅ = 1

Definimos a probabilidade 𝑃 como sendo:

𝑃 = 𝐶𝑛,𝑘 × 𝑝𝑘 × (1 − 𝑝)𝑛−𝑘
• 𝑛 número de vezes que o experimento é repetido/realizado;
• 𝑘 número de vezes que deseja obter o evento;

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Pró-Reitoria de Extensão 71
Exemplo: (ENEM) O controle de qualidade de uma empresa fabricante de telefones
celulares aponta que a probabilidade de um aparelho de determinado modelo apresentar
defeito de fabricação é de 0,2%. Se uma loja acaba de vender 4 aparelhos desse modelo
para um cliente, qual é a probabilidade de esse cliente sair da loja com exatamente dois
aparelhos defeituosos?
a) 2.(0,2%)4
b) 4.(0,2%)2
c) 6.(0,2%)2.(99,8%)2
d) 4.(0,2%)
e) 6.(0,2%).(99,8%)

Queremos a probabilidade de, na compra de 4 aparelhos, terem exatamente 2 deles


com defeito de fabricação. Perceba que em momento algum temos a informação de qual
deles estará com defeito, ou seja, pode ser qualquer um independente da ordem.
Sabemos que:
𝑝 + 𝑝̅ = 100%

• 𝑝: apresentar defeito de fabricação. Então: 𝑝 = 0,2% .


• 𝑝̅: não apresentar defeito de fabricação. Então 𝑝̅ = 99,8%

̅𝐷
Estamos interessados em situações do tipo: 𝐷𝐷𝐷 ̅ “em qualquer ordem”, ou seja, das
“4 posições” vamos escolher “2” delas para alocar 𝐷 e, as outras que sobrarem, alocamos
̅.
𝐷
Portanto, trabalharemos com experimento binomial.
𝑃 = 𝐶𝑛,𝑘 × 𝑝𝑘 × (1 − 𝑝)𝑛−𝑘

𝑃 = 𝐶4,2 × 𝑝2 × (𝑝̅ )4−2


4!
𝑃= × (0,2%)2 × (99,8%)2
2! 2!
𝑃 = 6 × (0,2%)2 × (99,8%)2
Letra C.
Exemplo: (ENEM) O psicólogo de uma empresa aplica um teste para analisar a aptidão de
um candidato a determinado cargo. O teste consiste em uma série de perguntas cujas
respostas devem ser verdadeiro ou falso e termina quando o psicólogo fizer a décima
pergunta ou quando o candidato der a segunda resposta errada. Com base em testes
anteriores, o psicólogo sabe que a probabilidade de o candidato errar uma resposta é 0,20.
A probabilidade de o teste terminar na quinta pergunta é:
a) 0,02048.
b) 0,08192.
c) 0,24000.
d) 0,40960.
e) 0,49152.

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Pró-Reitoria de Extensão 72
Para que o teste termine na 5ª pergunta é necessário que o candidato tenha errado
uma das 4 perguntas iniciais “e” erre a 5ª pergunta.
Portanto, temos que descobrir o total dessas possibilidades em que o candidato erre
uma das quatro primeiras perguntas e erre a quinta pergunta.
Podemos ter as seguintes situações para as 5 primeiras perguntas:
𝐴̅𝐴𝐴𝐴𝐴̅ ou 𝐴𝐴̅𝐴𝐴𝐴̅ ou 𝐴𝐴𝐴̅𝐴𝐴̅ ou 𝐴𝐴𝐴𝐴̅𝐴̅

• 𝐴: acerte a pergunta. Então: 𝑃(𝐴) = 0,8


• 𝐴̅: erre a pergunta. Então 𝑃(𝐴̅) = 0,2

𝑃(𝐴̅𝐴𝐴𝐴𝐴̅) ou 𝑃(𝐴𝐴̅𝐴𝐴𝐴̅) ou 𝑃(𝐴𝐴𝐴̅𝐴𝐴̅) ou 𝑃(𝐴𝐴𝐴𝐴̅𝐴̅)


𝑃(𝐴̅𝐴𝐴𝐴𝐴̅) + 𝑃(𝐴𝐴̅𝐴𝐴𝐴̅) + 𝑃(𝐴𝐴𝐴̅𝐴𝐴̅) + 𝑃(𝐴𝐴𝐴𝐴̅𝐴̅)

A probabilidade de acertar ou errar cada pergunta é independente, logo:


𝑃(𝐴̅𝐴𝐴𝐴𝐴̅) = 𝑃(𝐴𝐴̅𝐴𝐴𝐴̅) = 𝑃(𝐴𝐴𝐴̅𝐴𝐴̅) = 𝑃(𝐴𝐴𝐴𝐴̅𝐴̅)
𝑃(𝐴̅𝐴𝐴𝐴𝐴̅) + 𝑃(𝐴𝐴̅𝐴𝐴𝐴̅) + 𝑃(𝐴𝐴𝐴̅𝐴𝐴̅) + 𝑃(𝐴𝐴𝐴𝐴̅𝐴̅) = 4. 𝑃(𝐴̅𝐴𝐴𝐴𝐴̅)
𝑃(𝐴̅𝐴𝐴𝐴𝐴̅) + 𝑃(𝐴𝐴̅𝐴𝐴𝐴̅) + 𝑃(𝐴𝐴𝐴̅𝐴𝐴̅) + 𝑃(𝐴𝐴𝐴𝐴̅𝐴̅) = 4. 𝑃(𝐴̅). 𝑃(𝐴). 𝑃(𝐴). 𝑃(𝐴). 𝑃(𝐴̅)
𝑃(𝐴̅𝐴𝐴𝐴𝐴̅) + 𝑃(𝐴𝐴̅𝐴𝐴𝐴̅) + 𝑃(𝐴𝐴𝐴̅𝐴𝐴̅) + 𝑃(𝐴𝐴𝐴𝐴̅𝐴̅) = 4.0,2.0,8.0,8.0,8.0,2
2 8 8 8 2
𝑃(𝐴̅𝐴𝐴𝐴𝐴̅) + 𝑃(𝐴𝐴̅𝐴𝐴𝐴̅) + 𝑃(𝐴𝐴𝐴̅𝐴𝐴̅) + 𝑃(𝐴𝐴𝐴𝐴̅𝐴̅) = 4. . . . .
10 10 10 10 10
8192
𝑃(𝐴̅𝐴𝐴𝐴𝐴̅) + 𝑃(𝐴𝐴̅𝐴𝐴𝐴̅) + 𝑃(𝐴𝐴𝐴̅𝐴𝐴̅) + 𝑃(𝐴𝐴𝐴𝐴̅𝐴̅) = = 0,08192
100000
Letra B.

Atividade: Para concluir o curso e receber o seu


certificado, vá até a sala virtual e resolva o 3º
questionário no valor de 10 pontos.
Você terá três tentativas para a realização do mesmo e
deverá obter 60% de aproveitamento em pelo menos um
dos questionários.

Espero que este curso tenha contribuído com a sua formação e, consequentemente, para a
consolidação do assunto “Análise Combinatória e Probabilidade”.
Desejo sucesso em seus estudos!

Foi um prazer tê-lo conosco!

Conheça também os outros cursos da Plataforma +IFMG.

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Referências

CARVALHO, Paulo Cezar Pinto. Métodos de Contagem e Probabilidade. Rio de Janeiro,


IMPA, 2015, 89 p. Disponível em: http://www.obmep.org.br/docs/apostila2.pdf. Acesso em:
22 jun de 2020.
CORREA, Sonia Maria Barros Barbosa. Probabilidade e estatística. 2ª ed. - Belo
Horizonte: PUC Minas Virtual, 2003 116 p. Disponível em:
http://estpoli.pbworks.com/f/livro_probabilidade_estatistica_2a_ed.pdf. Acesso em: 22 jun 2020.
HAZZAN, Samuel. Fundamentos de matemática elementar: combinatória, probabilidade. São
Paulo: Atual, 2013. v. 5
HENRIQUE, Gerson. Apostila de Análise Combinatória. Departamento Matemática
Associação Pré-UFMG. Disponível em:
http://paginapessoal.utfpr.edu.br/ngsilva/publicacoes/probabilidade-e-estatistica-
ma65a/ApostilaAnaliseCombinatoria.pdf. Acesso em: 24 jun 2020.
IEZZI, Gelson et al. Matemática: ciência e aplicações: volume 2: ensino médio. 9. ed. São Paulo:
Saraiva, 2016.
NETO, Joaquim Henriques Vianna. Cálculo de Probabilidade I. Universidade Federal de
Juiz de Fora – UFJF, Instituto de Ciências Exatas – ICE, Departamento de Estatística.
Disponível em: https://drive.google.com/drive/folders/0B41ev2sYtHs5TjRTVjJpSllJNWM.
Acesso em: 24 jun 2020.

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Pró-Reitoria de Extensão 76
Currículo do autor

Vinícius Barbosa de Paiva realizou Mestrado em Matemática na


Universidade Federal de São João del-Rei – UFSJ – Campus Alto Paraopeba
em Ouro Branco – Minas Gerais. É Licenciado em Matemática pela
Universidade Federal de Ouro Preto – UFOP – Minas Gerais. Desde 2015 é
professor do Ensino Básico Técnico e tecnológico – EBTT da área de
Matemática no Instituto Federal de Minas Gerais – Campus Avançado Piumhi
onde atua como docente nos cursos: Técnico Integrado em Edificações e
Bacharelado em Engenharia Civil e, também, é um dos coordenadores dos
Projetos de Extensão: IFMG Aprova e Capacitação para a OBMEP nível 3. É
Associado a Sociedade Brasileira de Matemática – SBM e a Associação
Nacional dos Professores de Matemática na Educação Básica – ANPMat.

Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/6759920613345811

Feito por (professor-autor) Data Revisão de layout Data Versão

Vinícius Barbosa de Paiva 14/05/2021 Viviane Lima Martins 14/05/2021 1.0

77
78
Glossário de códigos QR (Quick Response)

Mídia digital Mídia digital


Princípio
Apresentação do
fundamental da
curso.
contagem.

Mídia digital Mídia digital


Exemplo princípio Exemplo princípio
fundamental da fundamental da
contagem - 1. contagem - 2.

Mídia digital Mídia digital


Exemplo princípio Exemplo princípio
fundamental da fundamental da
contagem - 3. contagem - 4.

Mídia digital Mídia digital


Exemplo princípio Exemplo princípio
fundamental da fundamental da
contagem - 5. contagem - 6.

Mídia digital Mídia digital


Fatorial de um
Permutação simples.
número natural.

Mídia digital Mídia digital


Exemplo permutação Exemplo permutação
simples - 1. simples - 2.

Mídia digital Mídia digital


Exemplo arranjo
Arranjo simples.
simples - 1.

Mídia digital Mídia digital


Exemplo arranjo
Combinação.
simples - 2.

79
Mídia digital Mídia digital
Exemplo combinação Exemplo
- 1. combinação - 2.

Mídia digital Mídia digital


Exemplo permutação
Permutação com
com elementos
elementos repetidos.
repetidos - 1.

Mídia digital Mídia digital


Exemplo permutação Exemplo permutação
com elementos com elementos
repetidos - 2. repetidos - 3.

Mídia digital Mídia digital


Espaço amostral e Evento
eventos. complementar.

Mídia digital Mídia digital


Probabilidade e Exemplo
propriedades. probabilidade - 1.

Mídia digital Mídia digital


Exemplo Exemplo
probabilidade - 2. probabilidade - 3.

Mídia digital Mídia digital


Exemplo Probabilidade da
probabilidade - 4. união de eventos.

Mídia digital Mídia digital


Exemplo Exemplo
probabilidade da probabilidade da
união de eventos - 1. união de eventos - 2.

80
Mídia digital Mídia digital
Exemplo
Probabilidade
probabilidade
condicional.
condicional - 1.

Mídia digital Mídia digital


Exemplo Exemplo
probabilidade probabilidade
condicional - 2. condicional - 3.

Mídia digital Mídia digital


Exemplo
Probabilidade da
probabilidade da
interseção.
interseção - 1.

Mídia digital Mídia digital


Exemplo Probabilidade de
probabilidade da eventos
interseção - 2. independentes.

Mídia digital Mídia digital


Exemplo Exemplo
probabilidade de probabilidade de
eventos eventos
independentes - 1. independentes - 2.

Mídia digital
Exemplo Mídia digital
probabilidade de Experimentos
eventos binomiais.
independentes - 3.

Mídia digital Mídia digital


Exemplo
Exemplo experimento
experimento binomial
binomial - 1.
- 2.

81
82
Plataforma +IFMG
Formação Inicial e Continuada EaD

A Pró-Reitoria de Extensão (Proex), neste ano de


2020 concentrou seus esforços na criação do Programa
+IFMG. Esta iniciativa consiste em uma plataforma de cursos
online, cujo objetivo, além de multiplicar o conhecimento
institucional em Educação à Distância (EaD), é aumentar a
abrangência social do IFMG, incentivando a qualificação
profissional. Assim, o programa contribui para o IFMG cumprir
seu papel na oferta de uma educação pública, de qualidade e
cada vez mais acessível.
Para essa realização, a Proex constituiu uma equipe
multidisciplinar, contando com especialistas em educação,
web design, design instrucional, programação, revisão de
texto, locução, produção e edição de vídeos e muito mais.
Além disso, contamos com o apoio sinérgico de diversos
setores institucionais e também com a imprescindível
contribuição de muitos servidores (professores e técnico-
administrativos) que trabalharam como autores dos materiais
didáticos, compartilhando conhecimento em suas áreas de
atuação.
A fim de assegurar a mais alta qualidade na produção destes cursos, a Proex adquiriu
estúdios de EaD, equipados com câmeras de vídeo, microfones, sistemas de iluminação e
isolação acústica, para todos os 18 campi do IFMG.
Somando à nossa plataforma de cursos online, o Programa +IFMG disponibilizará
também, para toda a comunidade, uma Rádio Web Educativa, um aplicativo móvel para
Android e IOS, um canal no Youtube com a finalidade de promover a divulgação cultural e
científica e cursos preparatórios para nosso processo seletivo, bem como para o Enem,
considerando os saberes contemplados por todos os nossos cursos.
Parafraseando Freire, acreditamos que a educação muda as pessoas e estas, por
sua vez, transformam o mundo. Foi assim que o +IFMG foi criado.

O +IFMG significa um IFMG cada vez mais perto de você!

Professor Carlos Bernardes Rosa Jr.


Pró-Reitor de Extensão do IFMG
Características deste livro:
Formato: A4
Tipologia: Arial e Capriola.
E-book:
1ª. Edição
Formato digital

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