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LIVRO DO

ENSINO MÉDIO

1
PROFESSOR

ITINERÁRIO
FORMATIVO

<AADDAA DDAA DDABACCBBACCBBACADCBCABCADAB> MATEMÁTICA


101415254
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LIVRO DO
ENSINO MÉDIO

1
PROFESSOR

ITINERÁRIO
FORMATIVO

MATEMÁTICA
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SISTEMA COC DE ENSINO

Vice-presidência de Educação Juliano de Melo Costa


Direção editorial de Alexandre Ferreira Mattioli
Educação Básica e Ensino Superior
Gerência de produtos editoriais Matheus Caldeira Sisdeli
Gerência de design Cleber Figueira Carvalho
Coordenação de produtos editoriais Cláudia Dourado Barbosa
Coordenação editorial-pedagógica Felipe A. Ribeiro
Coordenação de design Vanessa Cavalcanti
Coordenação editorial de conteúdo Luiz Fernando Duarte
Autoria Odimar Navas Ferrite
Editoria responsável Erika Akime Tawada Boldrin, José Fernando Rufato
Editoria de conteúdo Alessandro Coelho Gomes, José Fernando Rufato, Zelci Clasen de Oliveira
Controle de produção editorial Lidiane Alves Ribeiro de Almeida
Assistência de editoria Vanessa Luz e Calil
Preparação e revisão gramatical Ana Lúcia Alves Vidal, Ana Maria Xavier Cotrim, Ingrid Khalek Saleh Ribeiro,
Ivone Teixeira, Jurema Aprile, Roseli Deienno Braff
Organização de originais Luzia Helena Fávero, Marisa Aparecida dos Santos e Silva
Editoria de arte Juan Mariano Baldelomar Gutierrez
Coordenação de pesquisa e licenciamento Maiti Salla
Pesquisa e licenciamento  ristiane Gameiro, Heraldo Colon Jr., Maricy Queiroz, Paula Quirino,
C
Rebeca Fiamozzini, Sandra Sebastião, Selma Nagano da Silva
Ilustrações Carla Viana, Dayane Cabral, Estúdio k10
Capa e projeto gráfico Equipe Design Pearson (Product Design), APIS Design
Diagramação e arte final Diagrama Soluções Editoriais
Coordenação multimídia Alberto Rodrigues
Produção multimídia Cristian Zaramella
PCP George Romanelli Baldim, Paulo Campos Silva Jr.

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P2D Educação Ltda

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ITINERÁRIO
FORMATIVO

I CA Setor 11
M AT E M ÁT

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U
CONHEÇA SE
LIVRO MINISSUMÁRIO
Contém um índice dos
tópicos da teoria.
ELEMENTOS MULTISSEMIÓTICOS
Textos verbais, não verbais ou
mistos que dialogam entre
si e procuram contextualizar
o conteúdo do capítulo,
estimulando a reflexão e o debate.
ORGANIZAÇÃO GERAL

ABERTURA DE CAPÍTULO
Estimula o envolvimento
do aluno com os assuntos
apresentados, criando um
espaço amplo e criativo que
introduz o conteúdo de forma
clara e engajadora.

HABILIDADES
Apresenta as habilidades
que serão desenvolvidas
no capítulo.
ORGANIZADOR VISUAL
Estrutura visual que propõe
Suporte teórico textual, organizado em tópicos revisão dos conceitos, das
hierárquicos que oferecem, sempre que possível, categorias e dos nomes
conexões multissemióticas, como citações, apresentados e estudados
fotos, ilustrações, gráficos, quadros, tabelas, no capítulo.
infográficos etc., para enriquecer e potencializar
o desenvolvimento das habilidades previstas.

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EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
Exercícios planejados para serem resolvidos
MÓDULO individualmente, em sala de aula, colocando
Unidade mínima do conteúdo da em prática o conteúdo trabalhado.
programação, tem como função
sistematizar e facilitar a organização
das aulas e de sua revisão. O módulo
sempre considera o desenvolvimento
teórico e sua aplicação em sala
de aula, além das tarefas para
casa. Assim, é composto de um
roteiro de estudos e de atividades
organizadas segundo seu propósito no
planejamento da aula.

EXERCÍCIOS EXTRAS
Exercícios para complementar
a aplicação do conteúdo
estudado. São planejados para
serem resolvidos, se houver
tempo, durante a aula, ou em
casa como estudo.

EXERCÍCIOS PROPOSTOS PARA CONFERIR


Exercícios de tarefa, reforço Permite ao aluno checar
ou aprofundamento, com rapidamente a aprendizagem
propósitos diferenciados, de conteúdos e conceitos
estes últimos organizados pontuais, porém fundamentais.
na lista Lidere!
Da teoria, leia os tópicos 1, 2 e 4.
Exercícios de: Tarefa Reforço Aprofundamento Lidere!

SEU ESPAÇO
Espaço reservado para anotações,
lembretes e rascunhos.

Seu Espaço

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U
CONHEÇA SE
LIVRO
NOTA BIOGRÁFICA
Informações sobre estudiosos
que se destacaram no contexto
1. O QUE É HISTÓRIA?
do conteúdo trabalhado. do primeiro hominídeo até chegar ao Homo sapiens en-
volveu milhões de anos, com inúmeras ocorrências su-
A. Introdução cessivas ao longo do tempo decorrido; a história de um
evento envolvendo certa pessoa pode se estender por al-
A História cumpre um duplo papel no conjunto das
CAPÍTULO 1Ciências Humanas: o de protagonista e o de auxi- guns segundos, com poucas ocorrências nesse ínterim. É
isso: cada evento apresenta uma duração, a qual é im-
NOTA HISTÓRICA
liar. Como ciência, talvez junto com a Filosofia, que é
a ciência mater (mãe, em latim), desempenha o papel portante para a narrativa histórica, para a representação
Informações históricas
de fio condutor de todas as outras ciências nascidas adequada de cada história abordada.
ao longo da relacionadas
caminhada do ser ao humano
conteúdo.
em civilização. No mesmo sentido, o espaço é essencial para a com-
Conheça mais sobre o assunto lendo a resposta à preensão de um acontecimento histórico. O lugar pode
pergunta: O que é História?
NOTA HISTÓRICA informar as condições do episódio. É importante levar
2. O PENSAMENTO MÍTICO Os sofistas
em consideração certas noções de localização, o que re-
No módulo anterior, apresentamos a conceituação tra- quer conhecimento cartográfico, que nos informa a exis-
PARAatenienses
Eram professores de cidadãos IR ALÉM interessados em
dicional de conhecimento, que o delimita como uma aprender a desenvolver discursos convincentes para defen- tência de continentes, montes, rios, mares, oceanos,
relação entre sujeito cognoscente e objeto cognoscível, der suas propostasEm nasseu livro, o historiador
assembleias políticasEdward Hallet Carr introduz a seguin-
de Atenas. arquipélagos etc.
na qual o sujeito apreende intelectualmente o conteú- Mediante remuneração, os sofistas
te reflexão ensinavam
à pergunta retórica
“O que –
é História?”. Leia-a: Identificados tempo e espaço, há outra preocupação: a
CONEXÕES

do do objeto, constituindo uma crença justificada e arte de falar e argumentar com competência. Eles rece-
Quando tentamos responder à pergunta “Que é Histó-
beram críticas severas de Sócrates (470-399 a.C.) e Platão de evitar interpretações anacrônicas dos acontecimentos
verdadeira.
ria?” nossa descompromissados
(427-347 a.C.) que os consideravam resposta, consciente ou inconscientemente
passados, quer dizer, tentar compreender o passado uti-
A. Discussões acerca da noção de verdade reflete verdadeiros.
com a busca de conhecimentos nossa própria Porposição
esse mo-no tempo, e faz VOCABULÁRIO
parte da
lizando valores do presente, prática muito comum, por
nossa resposta a uma pergunta mais ampla: que visão
tivo, foram por muito tempo desprezados pela história da
Segundo essa definição de conhecimento, em que con- Filosofia. Atualmente, porém, recupera-se
nós temos em que vivemos? Explica termos
a contribuição
da sociedade específicos
exemplo, ouque recorrem a certos eventos histó-
em filmes
siste a verdade? A verdade realiza-se na correspon- dos sofistas para o pensamento filosófico.
poética. De maneira CARR, geral, cada artista naïf Trad. ricos para desenvolver sua narrativa de entretenimento.
desenvolvetécnicos dentro estilo,
seudepróprio do contexto
livre de con-
dência entre sujeito e objeto, isto é, na convergência Edward Hallet. Que é História. de Lúcia Maurício
venções e sem compromisso com o rigor técnico
São Paulo:das
Paz eregras Emassimilação,
acadêmicas. muitas dessas películas que VOCABULÁRIO
retratam o mundo
entre o pensamento e as qualidades essenciais do ob-
O que é a verdade universal? Dizemos sobreque há
Alvarenga.
favorecendo
umaé História, devemos en-
Terra, 1996.
sua
jeto em investigação. Em linguagem direta: a verdade Ao nos questionarmos o que grego na Antiguidade costuma-se destacar a existên-
é a concordância entre intelecto e realidade. verdade universaltender quando existe um histórico
o momento conteúdoem daque compreensão
rea-vivemos, pois ele ajuda a e apropriação.
cia de exércitos formados por
Autodidata:pessoa que
centenas de milhares de

R.M. NUNES/ISTOCKPHOTO
se instrui sozinha, sem
lidade que é identificado compor aracionalmente
nossa explicação porsobre
todostalospergunta, o que pode ser guerreiros quando, na verdade,
ajuda de professores. eram de-
as sociedades
seres PARA
humanos. IR ALÉM
Diferentes
sintetizado seres humanos, utilizando
na constatação de que a História é o reflexo de seu mograficamente pequenas quando comparadas aos dias
Textossua
corretamente e imagens
capacidade
tempo. que
de inter-relacionam
observação
Tal percepção e seus compreender
permite-nos re- que são várias atuais. No entanto, tal efeito impacta o filme, prenden-
cursosointelectuais,
assuntoasem assimilam
estudo
respostas os traços
para com essenciais
as diferentes
essa questão. de
do a atenção do espectador, objetivo final desse tipo de
determinado objeto cognoscente. Uma verdade uni-
versal, áreas
portanto, do conhecimento,
é a verdade que deve em seraplicações
admi-
diversão. Isso, em última instância, dá EXPLORAR
PARA uma visão enga-
A preocupação cultural em escrever a História acompa- nosa do passado a qual pode ser entendida como verda-
do todacotidiano e/ou aprofundando o
UI/SHUTTERSTOCK

tida por a humanidade, uma proposição que,


independentemente nha de a civilização
circunstâncias ocidental
e períodos desdehis- a Antiguidade. Passou deira por esse mesmo espectador. Conheça obras de
assunto. várias arte naïf.
tóricos, é semprepor verdadeira.etapas, evoluindo para uma abordagem cada
vez mais científica
Os sofistas, diferentemente e atrelada
da maioria dos às Ciências Humanas.
filó- Disponível em:
APLICAÇÕES <coc.pear.sn/0yDepZI>.
sofos gregos, rejeitam Nessa direção,
a ideia a compreensão
de que o pensamentodo processo histórico é
humano seja capaz um procedimento
de atingir verdades dinâmico: vai da coleta e análise pelos
universais, Incoerências históricas
indianos chamados de dravidianos, válidas para todos os seres humanos.
historiadores das fontes APLICAÇÕES
A concepção
históricas ao diálogo constante Desenhos animados que lidam com períodos históricos costu-
va a Península Indiana, já cultivavam PARA IR ALÉM de verdade prevalecente entre os sofistas recebe
com as ciências como um todo. Conceitos da as fontes his-
Aoa analisar mam ser amplas fontes de práticas anacrônicas, como ocorre
o que rapidamente se espalhou para denominação de relativismo.
tóricas, é necessário fazê-lodisciplina
com cuidadoaplicados
e método, mes- com Os Flintstones. Uso de automóveis no Paleolítico e a do-
Hoje tão importante para a humanidade, o nú-
Por volta de 2 000 a.C., vindos do in- Esse relativismo se manifesta abertamente no
mero zero foi o último númeromo porquecriado.
natural elas não correspondem fielmente aos eventos mesticação de dinossauros extintos muito antes da existência
ente, os arianos invadiram pelo norte
sofista Protágoras
A criação só ocorreu próximo do passados, de Abdera
século V a.C. (492-422 em
a.C.), situações
espe- humana são algumas das passagens equivocadas do desenho
península. Do confronto das culturas já Com
que são apenas vestígios desse passado que,
ana, nasceu a civilização hindu. Ti-
cialmente
10 algarismos, podemos representar em sua declaração
uma infini-
analisados, de que o ser do
humano cotidiano
possibilitam ao historiador construir um ce- ou e que reforçam esse conceito, exigindo atenção do historiador
dade de números. individual é a medida de todas as coisas, das que em sua análise. Na imagem, é possível perceber ainda outras
gua o sânscrito e como religião o ve-
Para a concepção clássica de conhecimento, o pensamento verdadeiro
nário que procure entenderem esseoutras
mesmo áreas
evento passado.
a reencarnação e em divindades quehumano. são e das que não são. situações anacrônicas, como a unidade familiar e o sedentaris-
reproduz conceitualmente o objeto no intelecto
as da natureza, mas também valores A História é,
O que ele pretendia mostrar com essa observação? então, uma do conhecimento.
representação do passado, é mo representado pela residência, ao fundo.
Hindu uma expressão de memória que envolve um discurso, é
entos humanos.
Dessa forma, uma proposição verdadeira 300discorre
a.C. A esse respeito, é interessante ler o que escreve o
ociedades indianas
sobre o objeto desenvolveram-se
exatamente como ele é, reproduzindo-o historiador da Filosofia a narrativa de algum
Giovanni Reale. evento. Construir tal representa-
le como
do Rioconceito.
Indo. A Emagricultura
sentido irrigada
inverso, uma proposição
Hindu é ção implicade“localizar”
A proposição fundamental Protágoras, o o maior
fato no tempo e no espaço, dizer
de to-
onomia, com destaque
falsa quando se atribui para o cultivo
a algo características500que
a.C. não
quando e onde
dos os sofistas, foi o axioma: “O ele
homemaconteceu.
é a medida Taldeprática permite ao his-
evada,
lhe são algodão e frutas.
imanentes, ou A criação
seja, trata-sede de uma represen-
vino, e omental
artesanato Árabe todas as coisas, toriador
das que sãocompreender
pelo que são, eos valores
das que nãodominantes em deter-
tação que têxtil e de utensí-
não condiz com a realidade do que
900 d.C.
amsefontes de riqueza. O comércio in- são pelo que minado não são”. momento
E por medida doProtágoras
passado deve e compará-lo com os fatos
AF ARCHIVE/ALAMY STOCK PHOTO

pretende conhecer. Árabe


vido com os povos do Oriente Médio, terPintura
entendido naïf presentes
anônima doem
a normalocalizada seu
juízo, cotidiano.
enquanto
no porem
Pelourinho, “coisas”
Salvador, Bahia.
FILOSOFIA

Convém observar, porém, que essa não(Espanha) é a única


os, intensificou a circulação de merca- 1000 d.C deve ter entendido todos os fatos em geral. O axioma
Em relação ao tempo, a explicação histórica remete ao
noção de verdade vigente nos círculos intelectuais.
speciarias. logo tornou-se celebérrimo e foi considerado, e é efeti-
A verdade é tema de intensas discussões Italiano filosóficas, encadeamento de vários acontecimentos em uma linha
ndiana, a estrutura social passou a ser Anotações
CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS

inexistindo consenso entre os estudiosos em torno 1400 d.C. vamente, a magna carta do relativismo ocidental. Com
meio do sistema de castas. A ideia de cas- cronológica que deve ser respeitada para a apresentação
dede sua definição.social fixo, sem mo- o princípio do homem-medida, Protágoras pretendia,
delo organização Atual
ser compreensível. A contagem do tempo é fundamen-
indubitavelmente, negar a existência de um critério ab-
Nada Antiguidade, especificamente
associada na filosofia grega,
EM-L1-41B-22

no caso Índia, diretamente tal em História.


surgiram os primeiros desacordos em torno da con- soluto que discriminasse o ser e oEla podeo verdadeiro
não-ser, ser feita em horas, dias, meses,
Os Flintstones. O desenho animado vale-se de liberdade criativa para
s famílias. O pertencimento a uma casta anos, décadas, séculos, milênios,
é apenasdependendo do evento
Os números fazem parte do legado cultural indiano.
cepção de verdade. No
as concepções da religião hindu. século V a.C., na cidade-Estado e o falso e, em geral, todos os valores: o critério imaginar uma família de classe média na Idade da Pedra Lascada.
de Atenas, os sofistas rejeitaram o pressuposto filosó- relativo, é o homem, objetooda narrativa
homem histórica. A história de transformação
individual.
tico, a Índia Antiga não formou um
o. fico de que existiam
Compreendia verdades
grande númerouniversais
de passíveis de REALE, Giovanni. História da filosofia antiga: das origens à Sócrates.
serem alcançadas
os independentes pelos seres
governados humanos.
por mo- C. América São Paulo: Loyola, 1993. p. 200.
12
ados rajás. Em época de guerra, reu- A chegada do ser humano à América é cercada de
o de um marajá. teorias e controvérsias. O continente americano,
mbém deixaram um vasto legado cul- PARA EXPLORAR
segundo os estudiosos, teria sido povoado entre
que nas ciências (Matemática), Artes 7
Dicas
100 000 a.C. e 10 000 sobre
a.C. Entre linksteorias,
as várias relacionados
a mais ao conteúdo
tura), Arquitetura e Literatura. A reli- aceita é a que diz que os primeiros grupamentos hu-
sto de dogmas e filosofias, era diversi- manos teriam chegadoem estudo
à América com peloo objetivo
Estreito de de possibilitar
destacado o vedismo, o bramanismo, Bering, entre o final
suadoampliação
Período Paleolítico
ou e início do
aprofundamento.
inismo. Neolítico.

ota realizada pelos primeiros humanos que chegaram à América


ALL MAPS

OCEANO GLACIAL ÁRTICO


Estreito de
Bering
o SIBÉRIA
ALASCA
ÁSIA RÚSSIA

OPA MONGÓLIA AMÉRICA


DO
NORTE
6 OCEANO
ARTE

ATLÂNTICO

OCEANO
LINGUAGENS E

CA
PACÍFICO

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OCEANO CO EM VS INFI 22 123 LV 01 MI IMAT PR.indb AMÉRICA
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ÍNDICO DO
ser humano tenha representa-do-a

GOODGNOM/ISTOCKPHOTO
como podemos observar na imagem

NOTA BIOGRÁFICA 3. TIPOS CELULARES


Matthias Jakob Schleiden Considerando o critério de organização celular, os se-
res vivos podem ser divididos em dois grupos:
Schleiden nasceu em Hamburgo (atualmente, na Alemanha),
em abril de 1804. Estudou na cidade de Heidelberg, onde de- • organismos procariontes: são constituídos de
senvolveu paixão por Botânica. Mesmo com formação acadê- células com organização muito simples, desprovi-
mica em Direito, optou por seguir carreira científica. Estudou das de envoltório nuclear (antigamente chamado
a estrutura de plantas e se tornou professor de Botânica na de carioteca) e têm citoplasma com poucas es-
Universidade de Jena, onde publicou a obra Contribuições à fi- truturas. São exemplos de seres procariontes as Rosa dos ventos.
togênese. No livro, Schleiden presumiu que as diversas partes bactérias e arqueas.
de uma planta eram compostas de células ou partes de uma.
• organismos eucariontes: têm células mais com- A rosa dos ventos contém quatro pontos principais,
Essa noção de que toda forma de vida é constituída por cé-
lulas é considerada um dos primeiros grandes postulados da plexas, com envelope nuclear e grande quanti- chamados de cardeais, separados por ângulos de 90
Biologia. Além disso, o cientista reconheceu a importância do dade de estruturas citoplasmáticas, como mito- graus entre eles: norte (N), sul (S), leste (L) e oeste (O).
núcleo para a divisão celular. Morreu no ano de 1881, na cidade côndrias, retículo endoplasmático, ribossomos, TECNOLOGIA
Há, ainda, as direções chamadas de pontos cola-
de Frankfurt, também na Alemanha. aparelho golgiense etc. Nesse grupo, encontra-
MUNDO DO TRABALHO mos grande diversidade de organismos, que di- Textos que
terais:associam
nordeste (NE), o conhecimento
sudeste (SE), noroeste (NO) e A Linha do Equador divide o planeta em dois
Norte e Sul. A imagem representa o grande m
Theodor Schwann
ferem quanto à forma, ao tamanho e ao grau de sudoeste (SO); e os pontos subcolaterais: ENE (leste- que simboliza esse paralelo, em Quito, capita
Conexão
Schwann nasceu em 1810, na cidade de Neuss, na Prússia científico ou-nordeste),
complexidade. São exemplos de seres eucarion-
seu produto ao componente
ESE (leste-sudeste), ONO (oeste-noroeste),
(atualmente, na Alemanha). Graduou-se em Medicina pela
transdisciplinar
Universidade de Berlim, onde foi assistente do renomado
tes: protozoários, algas, fungos, plantas e animais. curricular
0SO(oeste-sudoeste), NNOou ao tema. NNE (nor-
(nor-noroeste),
Paralelos são linhas horizontais
-nordeste), SSE (sul-sudeste), SSO (sul-sudoeste).
fisiologista Johannes Peter Müller. Enquanto estudava subs- Há um grupo de seres vivos à parte dessa classifi- videm a Terra de 0 a 90 graus, para
que
tânciasdemonstra
responsáveis pela digestão no estômago, isolou uma cação, em razão de sua organização: os vírus. Trata-se graus para o sul. As linhas horizon
de organismos acelulares, sem metabolismo próprio e
aenzima
aplicação
e a chamou do de pepsina. Durante sua função como
professor na Universidade de Leuven, Bélgica, publicou a que têm apenas organização molecular.
jetadas em relação ao eixo central
ângulo que corresponde à sua latit
conteúdo
obra Pesquisas abordado
microscópicas em acordo com a estrutura e TECNOLOGIA latitude de referência, conhecida co
crescimento dos animais e plantas. Nela, Schwann expande a
pelas profissões,
teoria celular com aos organismos animais.
de Schleiden também APLICAÇÕES Bússola dor. Essa linha divide o planeta e
(hemi = metade), Norte e Sul.
base em suas técnicas
Foi o primeiro a observar que os processos fermentativos das
leveduras eram realizados por seres vivos. Na Universidade
O princípio de funcionamento dos antibióticos baseia-se na A bússola funciona a partir de uma agulha magnetizada que
Assim, a latitude 90 graus, por
diferença entre organismos procariontes e eucariontes. Tais aponta o polo terrestre, auxiliando na identificação dos pontos
edemetodologias.
Liège, Bélgica, o cientista estudou a contração muscular e
medicamentos agem especificamente em estruturas típicas de cardeais e colaterais. Para isso, existe dentro dela uma rosa ponto cuja projeção forma um âng
a estrutura das células nervosas, e foi quem cunhou o termo relação à Linha do Equador, confo
organismos procariontes. Isso afeta unicamente seu metabolis- dos ventos. As bússolas precisam ficar cobertas por vidro ou
metabolismo e elaborou suas definições. Schwann faleceu
mo, sem qualquer efeito sobre as células eucariontes, oferecendo plástico paraáurea
Proporção proteger a estrutura
e o retângulo deda agulha.
ouro gem a seguir.
4. Com o compasso, construa a circun
em 1882, na cidade de Colônia, também na Alemanha.
ação seletiva.
Chama-se retângulo áureo qualquer retângulo ABCD, com a o ponto médio do quadrado, tendo
do segmento traçado anteriorment 80
seguinte propriedade: ao suprimir dele um quadrado, como
LEITURA ABFE, o retângulo restante, CDEF, será semelhante ao retân- 5. Prolongue o lado inferior do quad

ADVENTTR/ISTOCKPHOTO

HAVESEEN/ISTOCKPHOTO
gulo original. circunferência.
O segmento obtido com o lado d
O mistério mais fascinante da vida talvez seja o meio no B a F b C
longamento mencionado Greenwi é o com
wic
wi
qual foi criada tamanha diversidade com base em tão
gulo de ouro.
pouca matéria física. A biosfera (conjunto de todos os
A largura é o lado do quadrado.
ecossistemas da Terra) constitui apenas cerca de 1 parte

ALL MAPS
Latitude
6. Dividindo o comprimento desse r
em 10 bilhões da massa do planeta. Está esparsamente 30 N
ra, verifique a aproximação do resu
distribuída em uma camada de 1 quilômetro de espes- Latitude 70 O
sura de terra, água e ar, que se estende por uma superfí- LEITURA 1,618.
Equador
cie de meio bilhão de quilômetros quadrados. Textos de livros, revistas,
Os vírus são seres acelulares de organização molecular. Graças a esse instrumento, a navegação marítima desenvol-
B
70º 60º 50º
F
1
Se o mundo tivesse o tamanho de um globo comum Sem escala, cores-fantasia. 40º 30º 20º
jornais etc. que apresentam veu-se por séculos, sem que houvesse qualquer outro tipo de

BIOLOGIA
de mesa e sua superfície fosse observada lateralmen- aparato tecnológico e, principalmente, a partir do século XIX, LONGITUDE

HIGHDOG/ISTOCKPHOTO
te à distância de um braço, nenhum traço da biosfera relação direta com o com o uso de um eletroímã, tornou-se ainda mais eficiente e
A E D
seria visível a olho nu. A vida, no entanto, dividiu-se em fácil de ser utilizada.
conteúdo trabalhado.

CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS


milhões de espécies, cada uma desempenhando papel Latitude e longitude
É possível construir uma espiral num retângulo áureo traçan-
único em relação ao todo. a
do-se uma linha seguindo a direção dos quadrados; tal espiral
A marca característica da vida é esta: a luta de uma imensa é denominada espiral áurea.
156
variedade de organismos de peso praticamente despre-
zível por uma quantidade infinitesimal de energia. A vida
opera com apenas 10% da energia solar que chega à super-
a a
fície da Terra, sendo essa parcela fixada pela fotossíntese. A
2
G
2
E
EM-L1-23B-22

WILSON, E. O. Diversidade da vida. São Paulo: 8


Companhia das Letras, 2012. As bactérias e arqueas são procariontes. Os demais organismos celulares
são seres eucariontes. Sem escala, cores-fantasia.
13
C. Grandezas inversamente propor
Essa é uma 1das importantes questões filosóficas em
111
APRENDER SEMPRE 1 2
torno do conhecimento. Por ora, contudo, é imprescin-
APRENDER SEMPRE 1. Em sua condição de seres socioculturais, os seres humanos dível nos 5 APRENDER
determos
3
FAZENDO
no exame do conceito de conhe-
CO EM 01 INFI 12 1B LV 01 MI CHCN PR_23-B.indb 111 21/07/2021 16:54
a. procuram conhecer a realidade. cimento. O Procedimentos
trecho anteriormente simples que
citado reporta-se
Exercícios resolvidos e comentados, b. vivem unicamente de acordo com os instintos. à definição tradicional de conhecimento, que o com-
que possibilitam ampliar a c. desprezam o mundo ao seu redor. preende podem
como uma ser
relaçãorealizados
entre sujeitoem
Essas formas são consideradas estruturas de proporções per-
sala
cognos-
compreensão dos conteúdos. d. permanecem nos limites biológicos da existência. cente
feitas e,epor e/ou
objeto
esse em
cognoscível.
motivo, casa como
extremamente aplicação
agradáveis de se ver.
e. realizam plenamente a generosidade de sua natureza. O que significa sujeito cognoscente? Trata-se do su-
Atualmente,
jeito que conhece
principalmente
imediata
os princípios
na áreaou,
dopelo
doe daconhecimento.
da proporção
designmenos,
áurea são aplicados
é capaz de conhecer
Arquitetura.
Resolução um aspecto
Quando Para
da
construímos professores,
realidade
um em queopode-se
ou mesmo
retângulo aconjunto
razão entredo os real.
Os seres humanos, em sua condição social e cultural, procuram O sujeito do dos
comprimentos conhecimento, então,
lados maior e menor é oaoser
é igual humano.
número de E
conhecer a realidade. oouro,
queestamos
significa
indicar
construindo
laboratórios
objeto umcognoscível?
ou
Trata-seretân-
retângulo denominado do que é
Alternativa correta: A conhecido
gulo de ouro.ou simuladores virtuais.Nesse caso, são
do que se pode conhecer.
diversos os exemplos:
Testes psicológicos eclipse
concluíram lunar,
que esse números,
retângulo mente
é, entre to-
dos, o que mais
humana agrada à vista
e fisiologia humana.
animal, entre outros inúmeros
Proporção áurea e o retângulo de ouro objetos
4. Com o com possibilidade
compasso, de serem conhecidos.
construa a circunferência, cujo centro é
B.Chama-se
Conhecimento: sujeito cognoscente e objeto
retângulo áureo qualquer retângulo ABCD, com a o ponto médio do quadrado, tendo como raio a medida
ARTE cognoscível
seguinte propriedade: ao suprimir dele um quadrado, como do segmento traçado anteriormente.
RAWPIXELIMAGES/DREAMSTIME

ABFE,é,oenfim,
retângulo restante, CDEF, será semelhante ao retân- 5. Prolongue o lado inferior do quadrado até encontrar a Um carro de Fórmula 1, a uma v
O que
Diálogo do conteúdo com as diferentes o conhecimento? No Vocabulário técnico APRENDER FAZENDO
gulo original. expressões no circunferência.
120 km/h, dá uma volta completa
e crítico de filosofia, registra-se o seguinte:
campo da arte visando despertarAtoaB docuriosidade
pensamento
a e provocar
que penetra F e define
b o objeto
C do seu
O segmento
Construindo
longamento
um obtido
retângulo
mencionado
comdeoouro
lado do quadrado e o pro-
é olápis,
comprimento
nos em 4 minutos.
Material: uma folha de papel, um compasso e do
umaretân-
régua
a vontade de descobrir novas relações entre
conhecimento. o conteúdo
O conhecimento perfeito de uma coisa é, gulo de
ou esquadro ouro. Levando em consideração apenas
neste sentido, aquele que, subjetivamente considerado, A largura é o lado do quadrado. de e tempo, se esse automóvel do
apresentado e as diversas manifestações
não deixa nadaartísticas e na coisa conhecida ou
obscuro ou confuso
1. Desenhe um quadrado qualquer na folha (o lado desse
6. Dividindo média para 240 km/h, a volta será d
quadrado ovaicomprimento desse
ser a largura do retângulo
retângulo pela largu-
de ouro).
respectivas linguagens. que, objetivamente considerado, não deixa fora dele na 2. ra, verifique
Marque a aproximação
o ponto médio G dodo resultado
lado inferior com o número
do quadrado.
se a velocidade média baixar para
realidade à qual se aplica. 1,618. de média cai pela metade, de 120 k
3. Trace o segmento de reta que une esse ponto médio a um
o tempo gasto para completar a vo
LALANDE, André. Vocabulário técnico e crítico de filosofia. São Paulo: Bdos vértices do lado superior. F C
Proporção áurea e o retângulo de ouro Martins Fontes, 1999. p.193. 4. Com o compasso, construa a circunferência, cujo centro é
8 minutos.
Com baseretângulo
Chama-se nessa observação,
áureo qualquer se retângulo
alguém ABCD,
afirmarcomque
a o ponto médio do quadrado, tendo como raio a medida
conhece,
seguintepor exemplo,
propriedade: ao asuprimir
informática, somentecomo
dele um quadrado, pode- do segmento traçado anteriormente.
remos A
ABFE,admitir a perfeição
o retângulo desse
restante, CDEF, E
serásaber se nada
semelhante D
que se
ao retân- 5.Cada
Prolongue o lado inferior
área do conhecimento do objeto
tem seu quadrado até encontrar
específico. a
Os elementos
gulo original.
referir a esse tema for ignorado por tal pessoa. Sendo docircunferência.
ecossistema, por exemplo, são objeto de pesquisa dos biólogos.
É possível construir uma espiral num retângulo áureo traçan- O segmento obtido com o lado do quadrado e o pro-
assim,
do-seBparece-nos difícila direção
uma linha seguindo
a
que um indivíduo
dos
F quadrados;
b
possua um
tal espiral
C
a
longamento mencionado é o comprimento do retân-
conhecimento absoluto
é denominada espiral sobre algo.
áurea. gulo de ouro.
A largura é o lado do quadrado.
PARA IRoALÉM
6. Dividindo comprimento desse retângulo pela largu-
OAra, verifique
a a aproximação
conhecimento G
do resultado com o número
e seus aobjetos E b D
1,618. 2 2
8 É indispensável assinalar que um objeto de conhecimento
não
B consiste necessariamente em F algo material e inanima-
C
PRODUCTIONPERIG/DREAMSTIME

do. O próprio ser humano pode ser considerado um objeto


13
C. Grandezas
cognoscível.inversamente
Áreas do saberproporcionais
como a Psicologia, a Antropo-
1 logia e a Medicina procuram, sob diferentes perspectivas,
A 2 E D
1 elaborar conhecimentos sobre os vários aspectos dos se-
SJOERD VAN DER WAL/ISTOCK

5 res humanos. Acrescenta-se, ainda, que muitos estudiosos


É possível construir
3 uma espiral num retângulo áureo traçan-
distinguem os objetos de conhecimento em reais e ideais.
a
do-se uma linha seguindo a direção dos quadrados; tal espiral
FILOSOFIA

Objetos reais são aqueles efetivamente presentes no mundo


é denominada espiral áurea. e percebidos em nossas experiências cotidianas, como os
Essas formas são consideradas estruturas de proporções per- fenômenos naturais. Objetos ideais são exclusivamente pen-
7
ANAS E SOCIAIS APLICADAS

feitas e, por esse motivo, extremamente agradáveis de se ver. sados, existem em suas relações com o intelecto humano,
Atualmente,
Existe osconheça
alguém que princípios
tudoda proporção
sobre áurea são aplicados
informática? como os conceitos
a matemáticos.
a
A G E b D
principalmente na área do design e da Arquitetura. 2 2
8
Quando construímos um retângulo em que a razão entre os Sob esse prisma, a relação de conhecimento se efeti-
101415254 CO EM VS INFI 22 123 LV 01 MI IMAT PR.indb 7 Podemos
comprimentos ainda ampliar
dos lados maior eamenor
constatação dessa de
é igual ao número difi- va na correspondência entre sujeito cognoscível e ob- 28/09/2021 10:56
101415254 CO EM VS INFI 22 123 LV 01 MI IMAT PR.indb 8 28/09/2021 10:56
MATEMÁTICA
ICA
ITINER ÁRI
O MATEMÁT NOLOGIAS
C
O
FORM AtToIrV11 E SUAS TE
Se

de numeração
Sistemas
CAPÍTULO 1
PÁG.
ação
MÓDULO 1 ncestrais de numer
2 6 Sistemas
a

MÓDULO 2mos indo-arábicos eo I


o

3 0
sistem
s
Os algari imal de numeraç
a dec
ã

MÓDULO 3mos indo-arábicos eo II


o

3 4
sistem
s
Os algari imal de numeraç
a dec
ã

hexa-
MÓDULO 4binário e o sistema tica
3

8 O
de c i m a l, vincula
dos à sistema informá

duç ão à lógica
ULO 2 Intro
CAPÍT matemática
PÁG.
MÓDULO 5o à lógica matemáti
ca

5 2 Introduç
ã

MÓDULO 6es e conectivos
56

Proposiç
õ

101415254 CO EM VS INFI 22 123 LV 01 MI IMAT PR.indb 9 28/09/2021 10:56


a m ate mática –
3 Lógic
C APÍTULO e la ver dade
Tab
PÁG.
MÓDULO 7 dade
7 1 Tabela v
er
ic as e
çõe s lóg
Opera

ULO 4  ores
CAPÍT quantificad
PÁG.
ições I
MÓDULO 8 lógicas com propos
9

0 Operaçõe
(não, e, o
s
u)
ições II
MÓDULO 9 lógicas com propos
9

4 s
Operaçõe e só se)
(se então
, se
0
MÓDULO 1 dores
9 8 Quantifi
ca
1 radição

MÓDULO 1, contingência e cont
1 0 2 Tautologia
2 adores

MÓDULO 1 de Venn e quantific
1

0 6 Diagrama
s

101415254 CO EM VS INFI 22 123 LV 01 MI IMAT PR.indb 10 28/09/2021 10:56


v alências lógicas
Equi
CAPÍTULO 5
PÁG.
3
MÓDULO 1 s lógicas
1 2 2 Implicaç
õe
4

MÓDULO 1cias lógicas
1 2 7 Equivalê
 ÓDULO 15
n

e
M positiva
1 3 2 Recíproc
invers
a d
a
e
, c
u
on
m
t
a
r a
condicio
nal

ló gico numérico
6 R aciocínio
CAPÍTULO e quantitat
ivo

PÁG.
6
MÓDULO 1 lógico
1 4 4
numér
io
Raciocín quantitativo
ico e

de argumentação
ULO 7 Lógica
CAPÍT
PÁG.
7
MÓDULO 1argumentação –
1 5 7 Lógica de
Argum
ento
8
MÓDULO 1argumentação –
1 6 2 Lógica de iocínio
Tipos d
e rac

101415254 CO EM VS INFI 22 123 LV 01 MI IMAT PR.indb 11 28/09/2021 10:56


CAPÍTULO

1 SISTEMAS DE NUMERAÇÃO

SUMÁRIO
1. A invenção dos números14
2. Sistemas ancestrais de numeração14
3. Algarismos indo-arábicos
e sistema decimal de numeração17
4. Sistema decimal de
numeração – Operações19
5. Sistema binário de numeração21
6. Aritmética binária22
7. Sistema hexadecimal
(ou sistema hexa) 23

HABILIDADES
• Ler, escrever e ordenar números naturais
até a ordem das centenas de milhar com
compreensão das principais características
do sistema de numeração decimal.
• Reconhecer o sistema de numeração
decimal, como o que prevaleceu no mundo
ocidental, e destacar semelhanças e
diferenças com outros sistemas, de modo
a sistematizar as principais características
(base, valor posicional e função do zero),
utilizando, inclusive, a composição e
decomposição de números naturais e
números racionais em representação
decimal.
ANTON_IVANOV/SHUTTERSTOCK

Hieróglifos e numeração egípcia, no templo de Karnak, Luxor, Egito.

12

101415254 CO EM VS INFI 22 123 LV 01 MI IMAT PR.indb 12 28/09/2021 10:56


C
ontar é algo tão corriqueiro que nos dá a impressão de que os números sempre existiram ou,
então, que foram inventados ou descobertos no passado, de uma hora para outra, como num
passe de mágica.
O que, hoje, nos parece tão comum é o resultado de um longo processo, com muita história,
e vem de nossos longínquos ancestrais. Estudiosos e pesquisadores chegaram à conclusão de

METAMORWORKS/ISTOCK
que, há 50 mil anos, o homem das cavernas já tinha a necessidade de contar. Nas paredes da
Gruta de Lascaux, na França, foram encontrados desenhos, imagens de animais e sinais como
pontos e riscos, que, provavelmente, indicam que os homens daquele período já contavam
usando marcas.
Com o progresso e o alto grau de organização das antigas civilizações, a necessidade de
aprimorar os processos de contagem e seus registros tornou-se fundamental.
Um dos primeiros sistemas de numeração de que temos conhecimento é o egípcio, surgido
por volta do ano 3000 a.C. Os babilônios, que viviam na Mesopotâmia, nos vales dos rios Ti-
gres e Eufrates, na Ásia, também criaram o próprio sistema de numeração cerca de dois mil
anos antes de Cristo. Entre os sistemas de numeração, merecem destaque o romano e o indo-
-arábico, este ainda utilizado por nós.
Com o surgimento da informática e das tecnologias avançadas, sistemas modernos de nu-
meração foram criados ou aperfeiçoados. Os computadores utilizam números para efetuar
cálculos complexos com mais rapidez e praticidade. O sistema binário é usado pelos computa-
dores e é constituído de dois dígitos: 0 e 1. A combinação desses dígitos permite ao computa-
dor criar e processar várias informações.
Outro sistema de numeração também muito utilizado na programação de microprocessado-
res é o hexadecimal. Trata-se de um sistema de numeração posicional que representa os nú-
meros em base 16. Esse sistema utiliza os símbolos 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9 do sistema decimal,
além das letras A, B, C, D, E e F.
Essa evolução dos números, da Pré-História aos dias de hoje, é o que veremos neste capítulo.

matemática
matemática e suas tecnologias

A transformação digital e a numeração binária.

13

101415254 CO EM VS INFI 22 123 LV 01 MI IMAT PR.indb 13 28/09/2021 10:56


1. A INVENÇÃO DOS NÚMEROS Para representar outros números, os egípcios fa-
ziam combinações com os sete símbolos fundamen-
tais. A tabela apresenta alguns exemplos.
A. Breve histórico
O número é um conceito fundamental na Matemática
CAPÍTULO 1

que foi construído numa longa história. Há evidências


arqueológicas de que o ser humano, há 50 mil anos, já era
capaz de contar.
O número e a Matemática nasceram e desenvolveram-
-se juntos. Tanto as atividades práticas do homem e das
sociedades quanto aquelas intrínsecas à Matemática como
ciência, foram determinantes na evolução desse conceito. 8 54 335
A necessidade de contar objetos deu origem ao núme-
ro natural, para o qual todas as civilizações que criaram
alguma forma de linguagem escrita desenvolveram sím-
bolos, a fim de operarem com eles.
Num primeiro estágio, não havia o conceito de número,
e uma dificuldade que os povos daquela época encontra-
vam era a de trabalhar com grandes quantidades. Fazer
esse registro por meio do empilhamento de pedras ou de
marcas na madeira era muito trabalhoso e nada prático.
1 200 9 572 110 112
Em razão dessas dificuldades, esses povos começa-
ram a agrupar elementos para melhor visualização
das quantidades, criando símbolos especiais para esses Apesar de os egípcios já usarem o agrupamento (as
agrupamentos e regras para registrar quantidades com combinações de símbolos), observe a dificuldade de
esses símbolos. representar alguns números, em razão da quantidade
desses símbolos.
Dessa maneira, surgiram os primeiros sistemas de nu-
meração, e alguns deles serão estudados neste capítulo. Nesse sistema, a ordem em que se posicionam os
símbolos é irrelevante.

2. SISTEMAS ANCESTRAIS DE NUMERAÇÃO


APRENDER SEMPRE

A. Sistema de numeração egípcio 1. Em uma antiga ruína egípcia foram encontradas placas con-
tendo símbolos agrupados que determinavam valores numé-
O sistema de numeração egípcio tinha como base sete ricos, os quais correspondiam, provavelmente, à quantidade
números fundamentais: 1, 10, 100, 1 000, 10 000, 100 000 obtida de algum produto.
e 1 000 000. As placas encontradas foram as seguintes:
Nesse sistema de numeração: um traço vertical re-
presentava 1 unidade; um osso de calcanhar invertido I
representava 10 unidades; uma corda enrolada, 100
unidades; uma flor de lótus, 1 000 unidades; um dedo
dobrado, 10 000 unidades; um girino, 100 000 unida-
des; e uma figura ajoelhada, 1 000 000 de unidades.

II

III

1 10 100 1 000 10 000 100 000 106


EM-L1-11I-22

Sistema egípcio de numeração.

14

101415254 CO EM VS INFI 22 123 LV 01 MI IMAT PR.indb 14 28/09/2021 10:57


Observe:
Colocando essas placas de maneira que as quantidades nelas
descritas apareçam em ordem crescente, obtemos a seguinte
87 = 1 ∙ (60)1 + 27 ∙ (60)0
sequência: Para a representação de cada grupo de parcelas, de-
a. II, I, III ve-se deixar um espaço considerável entre elas.
b. I, II, III A representação na escrita babilônica fica então:
c. I, III, II
d. III, I, II
e. III, II, I

Resolução
I. 1 + 1 + 10 + 10 + 10 + 100 + 1 + 1 000 = 1 133 Agora, fazendo o processo inverso, vejamos qual
II. 100 000 + 1 + 1 + 1 + 1 + 100 + 1 = 100 105 número representa na nossa
III. 10 + 10 + 10 + 10 + 10 + 1 + 1 + 1 + 1 + 1 + 100 = 155 escrita usual.
Em ordem crescente, temos: III < I < II Observe que, da esquerda para a direita, no primei-
Alternativa correta: D ro grupo, temos um símbolo de valor 10. Ele será escri-
to como 10 ∙ (60)2.
O grupo do meio apresenta um símbolo de valor 10
B. Sistema de numeração babilônico mais um símbolo de valor 1 (10 + 1 = 11). Ele será escri-
Na Mesopotâmia, a Matemática apresentava certa to como 11 ∙ (60)1.
evolução se comparada à Matemática egípcia. O grupo mais à direita apresenta um símbolo de va-
Textos antigos, datados do terceiro milênio do últi- lor 10 mais dois símbolos de valor 1 (10 + 2 = 12). Ele
mo período sumério, já revelavam grande habilidade será escrito como 12 ∙ (60)0.
desse povo em calcular. Esses textos contêm tábuas de
Assim:
multiplicação nas quais um sistema sexagesimal se
sobrepõe a um sistema decimal. Os símbolos usados = 10 ∙ (60)2 + 11 ∙ 601 + 12 ∙ 600 =
para a representação desses números tinham a for- = 36 000 + 660 + 12 = 36 672
ma de cunhas, daí serem conhecidos como símbolos Ainda hoje utilizamos esse sistema, pois a divisão
cuneiformes. da hora em 60 minutos e do minuto em 60 segundos é
O sistema de numeração babilônico, cuneiforme, utili- uma herança dos babilônicos.
zava apenas dois símbolos para representar os números.
é a representação para o valor 1.
APRENDER SEMPRE
é a representação para o valor 10.
2. Escreva o número 5 825 usando o sistema de numeração
A representação era feita do seguinte modo:
babilônico.

Resolução
Lembramos que o sistema de numeração babilônico utiliza
base 60.
Então, fazemos 5 825 : 60, obtendo o quociente 97 (maior que
1 2 3 9
60) e o resto 5.
Esse resto encontrado (5) será o valor do último grupo de sím-
bolos da escrita babilônica.
Fazendo 97 : 60, temos que o quociente é 1 (menor que 60) e
10 11 13 43 o resto é 37.
O resto e o quociente encontrados serão, respectivamente, os
matemática

valores do segundo e do terceiro grupos (da direita para a es-


Os babilônios utilizavam um sistema posicional, ou
querda) de símbolos na escrita babilônica.
seja, um sistema em que a posição do símbolo é re-
Dessa maneira, temos:
levante, de modo que, para números inferiores a 60,
matemática e suas tecnologias

Grupo à esquerda: símbolo representando o valor 1.


os símbolos para 10 estavam posicionados à esquerda
Grupo do meio: símbolos representando o valor 37.
dos símbolos para 1.
Grupo à direita: símbolos representando o valor 5.
Para representar números maiores que 60, eles fa-
Assim, a escrita babilônica do número 5 825 é:
ziam a decomposição desses números em potências
de 60. Nessa decomposição, os símbolos eram dese-
EM-L1-11I-22

nhados horizontalmente, e o símbolo que representa-


va a maior potência ficava à esquerda do símbolo do
que representava a menor.

15

101415254 CO EM VS INFI 22 123 LV 01 MI IMAT PR.indb 15 28/09/2021 10:57


C. Sistema de numeração chinês
Entre os sistemas de numeração mais antigos, encon-
tra-se o utilizado pelos chineses e adotado mais tarde
pelos japoneses. Esse sistema utiliza múltiplos de 10,
CAPÍTULO 1

100 e 1 000 e uma escrita vertical para a representação


de um número. 6 ⇒ Teremos por último o símbolo que representa
O quadro seguinte apresenta a escrita dos números o valor 6.
no sistema chinês.

1 6 100
Em seguida, reproduzimos, na vertical, todos os grupos
de símbolos encontrados. Como esse sistema não é posi-
7
2 1 000 cional, a ordem de colocação de cada grupo é irrelevante.
Temos, assim:
3 8 10 000

4 9

5 10
3 246 =

Escrita dos números no sistema chinês.

A base desse sistema é a decimal e apresenta sím-


bolos específicos para os números de 1 a 9 e para as
potências da base 10 até 10 000. Nem todos os núme-
ros são representáveis nesse sistema, principalmente Os chineses foram um dos quatro povos que conse-
números com maior ordem de grandeza. guiram criar um sistema de numeração posicional. Para
isso, houve a necessidade da existência de uma repre-
Observe, por meio de um exemplo, a escrita de um sentação para o zero, o que tornou possível diferenciar
número no sistema chinês, a partir de um valor utili- números que apresentavam o zero em sua composição.
zado por nós atualmente. Isso não podia ser feito no sistema tradicional anterior.
Com ele não seria possível diferenciar, por exemplo, os
Exemplo números 605 e 65 000, sem a utilização do zero, porque
Representar no sistema de numeração chinês o nú- ambos seriam representados como 65. Somente a partir
mero 3 246. do século VIII d.C., a civilização chinesa passou a utilizar
um símbolo para o zero.
3 246 = 3 000 + 200 + 40 + 6
3 000 = 3 ∙ 1 000 ⇒ Teremos o símbolo que representa D. Sistema de numeração romano
o valor 3 junto ao símbolo que representa o valor 1 000.
O sistema de numeração romano foi criado na Roma
Antiga, por volta do século VIII a.C. Atravessou os sécu-
los de modo que, atualmente, ainda é empregado em
diversas situações.
Esse sistema é composto de sete símbolos.

Símbolo Valor
200 = 2 ∙ 100 ⇒ Teremos o símbolo que representa o
I 1
valor 2 junto ao símbolo que representa o valor 100.
V 5
X 10
L 50
C 100
EM-L1-11I-22

D 500
40 = 4 ∙ 10 ⇒ Teremos o símbolo que representa o
M 1 000
valor 4 junto ao símbolo que representa o valor 10.

16

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Repetindo cada símbolo I, X, C ou M duas ou no máximo NOTA HISTÓRICA
três vezes, seu valor fica multiplicado por dois ou por três,
respectivamente. Os símbolos V, L e D não se repetem. Por mais de mil anos, o sistema de numeração romano foi uti-
lizado na Europa.
Por volta do século XIII, com a expansão do comércio e da na-
Exemplos vegação, os símbolos romanos foram substituídos pelos indo-
• III = 3 • XXX = 30 • MMM = 3 000 -arábicos, que são os que usamos atualmente.
• XX = 20 • CC = 200 A numeração romana ainda aparece em algumas situações,
como nos mostradores de alguns relógios, na escrita dos nú-
meros dos séculos, na numeração de capítulos de livros e de
Quando os símbolos I, X ou C são colocados à leis, na designação de papas e reis de mesmo nome etc.
esquerda de outro símbolo de maior valor, ocorre a di-
ferença entre eles (do maior para o menor valor). Con-
tudo, para esses casos existem algumas regras:
• I só pode ir à esquerda de V ou de X;
• X só pode ir à esquerda de L ou de C; 3. ALGARISMOS INDO-ARÁBICOS E SISTEMA
• C só pode ir à esquerda de D ou de M. DECIMAL DE NUMERAÇÃO

Exemplos A. Base de um sistema de numeração


• IV = 5 – 1 = 4 • XC = 100 – 10 = 90 A base de um sistema de numeração é a quantidade
• IX = 10 – 1 = 9 • CD = 500 – 100 = 400 de símbolos distintos utilizados em sua representa-
ção. A base 10 é hoje a mais usada, porém não é a úni-
• XL = 50 – 10 = 40 • CM = 1 000 – 100 = 900
ca. Marcamos o tempo em minutos e segundos (base
60), é comum comprar ovos por dúzia (base 12) etc.
Ao colocarmos, à direita de determinado símbolo, Quando lidamos com computadores, é muito comum
outro símbolo de menor valor, o valor do último é adi- e conveniente o uso de outras bases; as mais impor-
cionado ao primeiro. tantes são a binária (base 2), octal (base 8) e hexade-
cimal (base 16).
Exemplos Usamos o sistema de numeração decimal, ou seja,
• XV = 10 + 5 = 15 • XVI = 10 + 5 + 1 = 16 um sistema que possui dez símbolos distintos para a
representação de todos os números. São eles: 0, 1, 2, 3,
• MDCV = 1 000 + 500 + 100 + 5 = 1 605
4, 5, 6, 7, 8 e 9. Já o sistema de base binária é represen-
tado por apenas dois símbolos: 0 e 1. De modo geral,
APRENDER SEMPRE um sistema numérico de base b qualquer utiliza b al-
3. (Enem) O sistema de numeração romana, hoje em desuso, garismos distintos para representar todo e qualquer
já foi o principal sistema de numeração da Europa. Nos dias número nessa base, em que b varia de 0 até b – 1.
atuais, a numeração romana é usada em nosso cotidiano es-
sencialmente para designar os séculos, mas já foi necessário B. Mudança de base de um número
fazer contas e descrever números bastante grandes nesse
sistema de numeração. Para isto, os romanos colocavam um B.1. Mudança da base decimal (base 10) para uma base qualquer
traço sobre o número para representar que esse número
Para convertermos um número da base decimal em
deveria ser multiplicado por 1 000. Por exemplo, o número
um de uma base qualquer, dividimos o número pela
X representa o número 10 × 1 000, ou seja, 10 000.
base que se queira converter até que a divisão não seja
De acordo com essas informações, os números MCCV e XLIII são,
respectivamente, iguais a mais possível no campo dos inteiros. Em seguida, divi-
matemática

a. 1 205 000 e 43 000 d. 1 250 000 e 43 000 dimos o quociente obtido, sucessivamente, da manei-
b. 1 205 000 e 63 000 e. 1 250 000 e 63 000 ra descrita anteriormente, até que o último quociente
c. 1 205 000 e 493 000 obtido seja menor que a base.
matemática e suas tecnologias

O número na nova base é formado nesta ordem:


Resolução pelo último quociente, pelo último resto, pelo penúlti-
MCCV = 1 000 ∙ (MCCV) = 1 000 ∙ (1 000 + 2 ∙ 100 + 5) = 1 000 ∙ 1 205 = mo resto, e assim sucessivamente.
= 1 205 000
XLIII = 1 000 ∙ (XLIII) = 1 000 ∙ [(50 – 10) + 3 ∙ 1] = 1 000 ∙ (40 + 3) =
Exemplo
EM-L1-11I-22

= 1 000 ∙ 43 = 43 000
Alternativa correta: A Passe para a base 3 o número 167, que está na
base 10.

17

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Resolução C. Sistema de numeração indo-arábico
Fazendo as divisões sucessivas, temos: Os hindus, civilização que vivia no vale do rio Indo,
onde hoje é o Paquistão, desenvolveram um sistema
167 3 de numeração que reunia as diferentes características
2 55 3
CAPÍTULO 1

dos sistemas de numeração mais antigos. Tratava-se


1 18 3 de um sistema posicional decimal.
0 6 3 Mas o que vem a ser isso?
0 2 Posicional refere-se ao fato de um mesmo símbolo
representar valores diferentes, dependendo da posi-
ção ocupada por ele. Decimal diz respeito ao fato de
Assim, 167 escrito na base três é 20012, que é repre-
esse sistema de numeração utilizar dez símbolos dife-
sentado por 200123.
rentes para a representação de todos os números.
Se um número está numa base maior que 10, os 10 Mais tarde, esse sistema se popularizou entre o povo
algarismos (0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9) não são suficien- árabe, daí ser conhecido como sistema de numeração
tes para representá-lo. Por essa razão, costuma-se indo-arábico. Os dez símbolos para a representação
usar, além desses algarismos, as letras do nosso al- dos números nesse sistema são chamados de algaris-
fabeto. Por exemplo, um sistema na base 13 poderá mos indo-arábicos.
usar o A para representar o 10, o B para representar Antes do surgimento desse sistema de numeração, os
o 11 e o C para representar o 12 (0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, hindus não conheciam o zero. A criação de um símbolo
8, 9, A, B, C). para o nada foi uma das grandes invenções desse povo.
O quadro seguinte apresenta os dez símbolos usados
B.2. Mudança de uma base qualquer para uma base decimal nesse sistema, que é o que utilizamos atualmente.
Para passarmos o número, de n algarismos, a1a2...an,
escrito numa base b, para a base decimal, teremos:
a1 ∙ b(n − 1) + a2 ∙ b(n − 2) + a3 ∙ b(n − 3) + a4 ∙ b(n − 4) + ... + 0 1 2 3 4
+ a(n – 2) ∙ b2 + a(n – 1) ∙ b1 + an ∙ b0
5 6 7 8 9
Exemplo
Passe 203415 para a base decimal. C.1. Evolução dos traçados dos símbolos do sistema de numera-
Resolução ção indo-arábico
Como a base do número é 5, trabalharemos com po- Um Dois Três Quatro Cinco Seis Sete Oito Nove Zero
tências de 5. Século VI
Como o número é composto de 5 algarismos, a pri- (indiano)

meira potência terá expoente (5 – 1) = 4. Século IX


(indiano)
Assim, temos:
Século X
203415 = 2 ∙ 54 + 0 ∙ 53 + 3 ∙ 52 + 4 ∙ 51 + 1 ∙ 50 = (árabe oriental)

= 1 250 + 0 + 75 + 20 + 1 = 1 346 Século X


(europeu)
\ 203415 = 1 346 Século XI
(árabe oriental)
Século XII
APRENDER SEMPRE (europeu)

4. Converta 110001102 para a base 6. Século XIII


(árabe oriental)
Século XIII
Resolução (europeu)
Primeiro vamos passar esse número da base 2 para a base 10. Século XIV
110001102 = 1 ∙ 27 + 1 ∙ 26 + 0 ∙ 25 + 0 ∙ 24 + 0 ∙ 23 + 1 ∙ 22 + 1 ∙ 21 + 0 ∙ 20 = (árabe ocidental)
= 128 + 64 + 4 + 2 = 198 Século XV
Agora, vamos passar 198 para a base 6. (árabe oriental)
Século XV
198 6 (europeu)
0 33 6
3 5 D. Características do sistema de numeração indo-arábico
EM-L1-11I-22

• As quantidades de 1 a 9 são representadas por sím-


Logo: 110001102 = 5306
bolos distintos.

18

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• Esse sistema é decimal, ou seja, tem base 10.
• Esse sistema tem um símbolo (o zero) para representar uma posição vazia no número,
podendo ser a ausência da unidade, ou da centena, ou do milhar etc.
• Apenas 10 símbolos são necessários para a escrita desses números.

APRENDER SEMPRE

5. Passe o número vinte e dois mil, setecentos e cinquenta e oito da escrita indo-arábica para o sistema
romano.

Resolução
Vinte e dois mil, setecentos e cinquenta e oito na escrita indo-arábica é igual a 22 758.
Passando esse valor para o sistema de numeração romano, temos: XXIIDCCLVIII.

4. SISTEMA DECIMAL DE NUMERAÇÃO – OPERAÇÕES


O ábaco é um antigo instrumento de cálculo, formado por

TYCSON1/ISTOCK
uma moldura com bastões ou arames paralelos, dispostos
no sentido vertical, correspondentes cada um a uma posição
digital (unidades, dezenas,...) e nos quais estão os elementos
de contagem (fichas, bolas, contas,...) que podem deslizar li-
vremente. Teve origem provavelmente na Mesopotâmia, há
mais de 5 500 anos. O ábaco pode ser considerado como uma
extensão do ato natural de se contar nos dedos. Emprega um
processo de cálculo com o sistema decimal, atribuindo a cada
haste uma potência de dez.
ÁBACO. Disponível em: <https://www.geocaching.com/
geocache/GC6G0B1_abaco>.
Ábaco com contas feitas de madeira.
Acesso em: 2020. Fragmento.
O sistema de numeração decimal (base 10) é constituído dos dez algarismos indo-ará-
bicos, 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9, os quais servem para contar unidades, dezenas, centenas etc., de
acordo com a posição que o algarismo ocupa em determinado número. Observe a ordem
“da direita para a esquerda”.
2 7 4 5
Cinco unidades
Quatro dezenas
Sete centenas
Dois milhares

No sistema decimal, o “zero” à direita de um número implica multiplicá-lo pela base 10:
30 = 3 ∙ (10)

Nesse sistema, os números são obtidos a partir de adições (finitas ou infinitas) e multi-
plicações envolvendo potências de 10.
matemática

(an ⋅ 10n + an−110n−1 + ... + a0 ⋅ 10 0 ) + (b1 ⋅ 10 −1 + b2 ⋅ 10 −2 + b3 ⋅ 10 −3 + ...)


As potências de 10 correspondem a sucessivas multiplicações por 10 a partir da unidade.
matemática e suas tecnologias

Classe
Milhões Milhares Unidades
Ordem
Centena Dezena Unidade Centena Dezena Unidade Centena Dezena Unidade
EM-L1-11I-22

100 000 000 10 000 000 1 000 000 100 000 10 000 1 000 100 10 1
108
10 7
106
10 5
10
4
10 3
10 2
101
100

19

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Exemplo
Quantas centenas possui o número 3 672?

Resolução
3 000 = 30 ∙ 100
CAPÍTULO 1

600 = 6 ∙ 100
Assim, temos um total de 30 + 6 = 36 centenas.

LEITURA

Quem nunca usou os dedos para contar e fazer contas? A maioria dos professores não gosta e
sempre pede para que a gente faça todos os cálculos de cabeça. Mas usar os dedos bem que aju-
da, não é? Pelo menos ajudava no início, quando você estava aprendendo a calcular e começando
a compreender o que eram aqueles símbolos meio complicados, os números.
E hoje, você já sabe calcular? Já conhece todos os números? Mesmo que você ainda não seja fera em
Matemática, certamente você está familiarizado com estes símbolos. Isso porque eles estão por to-
dos os lados: na chamada da escola o seu nome corresponde a um número; no seu telefone alguns
deles se combinam; no supermercado o seu biscoito favorito custa uma quantia que é expressa em
números. E quando perguntam quantos anos você tem, como você responde? Usando um número!
Como muitas outras coisas que fazem parte da nossa vida, os números parecem óbvios. Dá impres-
são até que eles sempre existiram! Ou então que foram simplesmente inventados ou descobertos
no passado assim, de uma hora para outra. Mas a verdade é que o que hoje nos parece tão comum
é resultado de um longo processo. Até chegar aos algarismos que hoje tanto usamos foram muitos
anos, muitos homens, muitos povos, muita história. Ah, e também muitos e muitos dedos...
MORAES, Denise. Um, dois, três e já: com vocês a história dos números. InVivo. Disponível em: <http://www.invivo.
fiocruz.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=986&sid=9>.
Acesso em: set. 2021. Fragmento.

APLICAÇÕES

O uso do sistema de numeração decimal no

TONY KARUMBA / AFP POOL / AFP


cotidiano
Uma notícia hipotética
Há dois dias um ciclone atingiu um pequeno país, as
equipes de resgate enfrentaram dificuldades para
avaliar a devastação causada pelo ciclone, diver-
sos países enviaram alimentos que foram organi-
zados em kits iguais em quantidades e variedades
por pessoa (com número estimado) e lançados
por avião em determinada região. Os países que
realizaram tal ajuda comunitária, organizaram da
seguinte forma: 300 caixas de 100 kits, 800 caixas
de 10 kits, 50 caixas de 1 000 kits.
Fazendo uso de produtos com base 10 e adições, po- Avião de ajuda humanitária realizando a entrega
de caixas de mantimentos.
demos concluir que essa região recebeu 88 000 kits.

APRENDER SEMPRE

6. (IFCE) Seja x = a1 a2 a3 a4 um número de quatro algarismos.


Considere o número y = a4a3a2a1 formado pelos mesmos algarismos de x, escritos na ordem inversa.
A diferença x – y é sempre divisível por
a. 2 d. 7
EM-L1-11I-22

b. 4 e. 9
c. 5

20

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Resolução MUNDO DOLHO
TRABA
Utilizando adições e multiplicações por classes e denotando os algarismos por a, b, c e d, temos:
Profissões relacio-
x = abcd = 1 000 · a + 100 · b + 10 · c + d
nadas aos sistemas
y = dcba = 1 000 · d + 100 · c + 10 · b + a de numeração
x – y = (1 000 · a – a) + (100 · b – 10 · b) + (10 · c – 100 · c) + (d – 1 000 · d)
As tecnologias movi-
x – y = 999 · a + 90 · b – 90 · c – 999 · d mentam o mercado
Fatorando, temos: de trabalho em di-
x – y = 9 ⋅ (111 ⋅ a + 10 ⋅ b− 10 ⋅ c − 111 ⋅
d) , então, x − y = 9 ⋅ N ⇒ é sempre um número divisível por 9. versas áreas. As evo-
  luções e frequentes
=N
mudanças dão o tom
Alternativa correta: E
da busca por conheci-
mentos conforme as
tendências tecnoló-
5. SISTEMA BINÁRIO DE NUMERAÇÃO gicas são evidencia-
das nas profissões. A
A. Introdução sociedade avança e,
com isso, geram-se
O sistema de numeração binário atende às necessidades de computadores e similares demandas cujas exi-
que utilizam dados a serem interpretados por circuitos lógicos, constituindo uma lingua- gências determinam
gem distinta que faz com que os computadores processem informações utilizando séries uma postura profis-
de dois algarismos apenas: o 0 (zero) e o 1 (um), os quais simbolizam, respectivamente, sional associada às
os estados “desligado (0)” e “ligado (1)”. múltiplas qualifica-
ções para suprir esse
Toda a internet e as comunicações digitais têm como meio de funcionamento a uni-
mercado.
dade binária, denominada bit (binary digit); ela é a menor unidade de informação que
O que temos hoje cer-
pode ser armazenada ou transmitida e que só pode assumir dois valores, 0 ou 1; tudo é
tamente vai se adap-
processado a partir de longas cadeias de “zeros” e “uns”. tar às constantes evo-
É muito frequente o uso do termo byte (binary term), ele especifica a quantidade de luções.
memória ou capacidade de armazenamento de certos dispositivos (HDs, pen drives etc.); Vejamos algumas
cada byte é formado por uma sequência de oito bits. profissões da área
A codificação de caracteres denominada ASCII (American Standard Code for Infor- tecnológica: tecno-
mation Interchange) ainda é o código de caracteres de texto mais usado, utilizando logia da informação
(TI), engenharia de
um byte para cada elemento, o que permite definir, com 256 bytes diferentes, todas as
software, cientista de
letras (maiúsculas e minúsculas), sinais de pontuação, acentos, algarismos, caracteres dados, licenciaturas
especiais etc. e bacharelados em
Já o Unicode, que é o padrão que vem substituindo o ASCII, utiliza dois bytes por ele- Matemática, Física e
mento, permitindo representar 65.536 caracteres e símbolos diferentes, incluindo letras, Química, engenharia
algarismos, emojis (por exemplo, = U+1F60E) etc. inclusive caracteres de línguas como mecatrônica, biotec-
o japonês, chinês, russo etc. nologia etc.

A abreviatura de byte é B e de bit é b.


BOWIE15/DREAMSTIME
Para exprimir quantidades de dados, são usadas as seguintes medidas:

Nome Símbolo Valor Prefixo – Potência de dez


1 byte B 8 bits

1 kilobyte kB 1 024 bytes Kilo (k) = 103


matemática

1 megabyte MB 1 024 kilobytes Mega (M) = 106

1 gigabyte GB 1 024 megabytes Giga (G) = 109


matemática e suas tecnologias

1 terabyte TB 1 024 gigabytes Tera (T) = 1012

1 petabyte PB 1 024 terabytes Peta (P) = 1015

1 exabyte EB 1 024 petabytes Exa (E) = 1018


EM-L1-11I-22

1 zettabyte ZB 1 024 exabytes Zetta (Z) =1021

1 yottabyte YB 1 024 zettabytes Yotta (Y) = 1024

21

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APRENDER SEMPRE

8. Converta os números binários para o sistema de base 10.


a. 10102 b. 101112
RAWPIXEL.COM
CAPÍTULO 1

Resolução
Dispomos o binário na tabela (da direita para a esquerda), mul-
tiplicamos por seu valor de posição e somamos os resultados:

27 26 25 24 23 22 21 20
Potências de 2
128 64 32 16 8 4 2 1
a. Binário: 10102 1 0 1 0
Valor de posição 1∙8 0∙4 1∙2 0∙1
Número decimal 8 + 0 + 2 + 0 = 1010
b. Binário: 101112 1 0 1 1 1

Valor de posição 1 ∙ 16 0 ∙ 8 1 ∙ 4 1 ∙ 2 1∙1

Número decimal 16 + 0 + 4 + 2 + 1 = 2310


Em seu computador, uma foto é codificada por uma
extensa cadeia de números binários, por exemplo, se
ela ocupa um espaço de 1 MB = 106 bytes = 8 ∙ 106 bits. 6. ARITMÉTICA BINÁRIA
As operações aritméticas podem ser realizadas com nú-
B. Conversão numérica
meros binários, da mesma forma como são feitas com nú-
meros decimais. Em alguns casos, porém, certas operações
B.1. Decimal em binário binárias são feitas de modo diferente do de suas equiva-
A conversão de decimal em binário ocorre pela divi- lentes decimais por causa de considerações de hardware.
são sucessiva por 2 (base do sistema binário). O resul-
tado da conversão será dado pelo último quociente A. Adição binária
(MSB, de most significant bit), e o agrupamento dos res- A soma de dois números na base 2 é semelhante à
tos da divisão será o número binário. soma decimal, porém devemos considerar a seguinte
“tabuada da adição binária”:
0+0=0
APRENDER SEMPRE 0+1=1
7. O número 49, como o conhecemos, faz parte do siste- 1+0=1
ma decimal, e podemos representá-lo por 4910 (base 10). 1 + 1 = 0 e vai 1 (transporte para a próxima coluna)
Transforme-o em número binário.
Resolução
Vamos dividir o número 49 da base decimal por 2 até que não seja APRENDER SEMPRE
mais possível um quociente inteiro. Ao final, o número binário é 9. Calcule 112 + 102.
o quociente unitário da última divisão, fazendo uma compo-
Resolução
sição com os restos das demais divisões “de baixo para cima”.
1
49 2 1 12 1 + 1 = 0 e vai 1, ou seja, transportamos 1 para a
+ 1 02 coluna seguinte.
1 24 2
1 0 12
0 12 2
0 6 2 Portanto 112 + 102 = 1012.
0 3 2
1 1
B. Subtração binária
Portanto, 4910 = 1100012 (leia-se: um, um, zero, zero, zero, um) A subtração binária é similar à adição binária. Obser-
ve a “tabuada da subtração binária”:
0–0=0
B.2. Binário em decimal 0 – 1 = 1 e vem 1, para ser subtraído do próximo
Para convertermos um número binário em decimal, de- dígito à esquerda.
EM-L1-11I-22

vemos multiplicar cada bit por seu valor de posição (que 1–0=1
é indicado pelo valor da base) e somar os resultados. 1–1=0

22

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APRENDER SEMPRE Decimal Hexadecimal Decimal Hexadecimal
10. Determine o resultado (em sistema binário) da diferença: 0 0 17 11
100112 – 10012 1 1 18 12
Resolução
1 2 2 19 13
1 0 0 1 12
– 3 3 20 14
1 0 0 12
0 1 0 1 02 4 4 21 15
100112 – 10012 = 10102 5 5 22 16

6 6 23 17
C. Multiplicação binária 7 7 24 18
As regras para a realização de multiplicação com nú-
meros binários são exatamente iguais às das multipli- 8 8 25 19

cações com números decimais. 9 9 26 1A


0·0=0 0·1=0
10 A 27 1B
1·0=0 1·1=1
11 B 28 1C

APRENDER SEMPRE 12 C 29 1D

11. Efetue a multiplicação de 11102 por 102. 13 D 30 1E


Resolução 14 E 31 1F
1 1 1 02
× 1 02 15 F 32 20
0 0 0 0 16 10
1 1 1 0 +
1 1 1 0 02
11102 · 102 = 111002
PARA IR ALÉM

Os dez momentos mais importantes da


7. SISTEMA HEXADECIMAL (OU SISTEMA HEXA) inteligência artificial
Esse sistema de base 16 foi criado para reduzir as ex- A inteligência artificial está em quase todo lugar, des-
tensas cadeias de números binários. Se considerarmos de a seleção de talentos das empresas até o monito-
quatro dígitos binários, ou seja, quatro bits, o maior ramento dos animais. O sucesso atual é a redenção em
número que se pode expressar com esses quatro dígi- uma história de altos e baixos. Desde a década de 1940,
tos é 1111, que é, na base decimal, o número 15. conta a revista Fast Company, essa tecnologia teve mo-
mentos de completo abandono, considerada cara e in-
No sistema indo-arábico, não existem símbolos que
frutífera. Confira dez altos e baixos:
possam representar os números decimais de 10 a 15
sem repetir os símbolos anteriores, então usam-se os 1. Isaac Asimov propõe as leis da robótica (1942).
símbolos literais: A, B, C, D, E e F. 2. Alan Turing propõe o jogo de imitação (1950).
A tabela mostra a relação entre numeração decimal 3. Conferência de Inteligência Artificial na Darthmouth
College (1956).
e hexadecimal.
4. Frank Rosenblatt constrói o perceptron (1957).
Esse sistema é utilizado no campo de microproces-
5. O primeiro “abandono” da inteligência artificial (dé-
sadores, no mapeamento de memórias de sistemas
matemática

cada de 1970).
digitais, que é, de fato, muitíssimo importante. É apli-
6. O segundo “abandono” da inteligência artificial (1987).
cado em projetos de softwares e hardwares.
7. Deep Blue da IBM supera Kasparov (1997).
matemática e suas tecnologias

8. A rede neural vê gatos (2011).


VOCABULÁRIO 9. Geoffrey Hinton lança redes neurais profundas (2012).
Software: é uma sequência de instruções escritas para serem in- 10. Alphago derrota o campeão de Go humano (2016).
terpretadas por um computador com o objetivo de executar tarefas ÉPOCA NEGÓCIOS ONLINE. Os 10 momentos mais importantes da
específicas. Também pode ser definido como os programas que inteligência artificial. Época, Negócios, 17 set. 2019. Disponível em:
comandam o funcionamento de um computador. <https://epocanegocios.globo.com/Tecnologia/
EM-L1-11I-22

Hardware: é a parte física de um computador, formada pelos com- noticia/2019/09/os-10-momentos-mais-importantes-da-


inteligencia-artificial.html>. Acesso em: set. 2021. Fragmento.
ponentes eletrônicos.

23

101415254 CO EM VS INFI 22 123 LV 01 MI IMAT PR.indb 23 28/09/2021 10:57


A. Conversão numérica: decimal em hexadecimal C. Conversão numérica: binário em hexadecimal
Essa conversão é feita por meio de divisões sucessivas Para converter um número binário em hexadecimal,
por 16 (base desse sistema), da mesma forma que nos deve-se separar o número binário da direita para a
casos anteriores. esquerda em grupos de quatro bits, depois converter
cada conjunto em um algarismo hexadecimal corres-
CAPÍTULO 1

pondente. Caso não seja possível formar grupos de


APRENDER SEMPRE quatro bits, completa-se o grupo com zero à esquerda.
12. Converta o número 100010 para o sistema hexadecimal. Por exemplo, não é possível separar o número 1011012
em bits (4 dígitos), mas, completando-o com zeros à
Resolução
esquerda, teremos 001011012.
1000 16
1o resto 8 62 16 APRENDER SEMPRE
2o resto 14 3 Último quociente
14. Converta o número 10100110100012 para o sistema he-
xadecimal.
Observe, na tabela, que 1410 = E16.
Resolução
Utilizando o mesmo critério dos anteriores:
Conforme a tabela da seção 7.B (hexa em binário):
100010 = 3E816
0001 0100 1101 0001
1 4 D 1
B. Conversão numérica: hexadecimal em binário Assim, 10100110100012 = 14D116
Para converter um número hexadecimal em binário,
basta observar a tabela de correspondência: cada dí- D. Conversão numérica: hexadecimal em decimal
gito em hexadecimal corresponde a quatro dígitos bi-
nários (bits). Dessa forma, deve-se unir os dígitos para Para converter um número hexadecimal em decimal,
formar o número binário. basta multiplicar cada dígito pelo valor de posição e
somar os resultados.
Hexadecimal Binário
0 0000 APRENDER SEMPRE
1 0001
15. Converta o número B3716 para o sistema decimal.
2 0010
3 0011 Resolução
4 0100 Separamos os dígitos com espaçamento considerável, abai-
5 0101 xo de cada um deles multiplicamos seu valor por potências
6 0110 de 16, da direita para a esquerda, começando pelo expoente
zero (depois 1 e 2), depois somamos os resultados para obter
7 0111
a resposta:
8 1000
B 3 7
9 1001
11 ∙ 162 3 ∙ 161 7 ∙ 160
A 1010 11 ∙ 256 + 3 ∙ 16 + 7 ∙ 1 = 2 816 + 48 + 7 = 2 871
B 1011
C 1100
D 1101 ARTE
E 1110
A vida de Alan Turing
F 1111
Em 1936, com apenas 24 anos, Alan Turing propôs um mo-
delo teórico usado para simular qualquer forma de com-
APRENDER SEMPRE putação algorítmica, que ficou conhecido como “máquina
de Turing”. Trata-se de um modelo abstrato de um com-
13. Converta o número 1A6016 para o sistema binário. putador, que se restringe apenas aos aspectos lógicos de
funcionamento (memória, estados e transições), e não à
Resolução implementação física. Numa máquina de Turing, pode-se
Separando os dígitos do sistema hexadecimal e colocando os modelar qualquer computador digital.
correspondentes bits, temos: O drama biográfico O jogo da imitação retrata a vida
1: 0001 desse notável matemático e cientista da computação.
A: 1010 Ordenando de cima para baixo, temos: MARIA. Estudando com filmes: “O Jogo da Imitação”. Enem Game,
EM-L1-11I-22

11 set. 2017. Disponível em: <https://enemgame.com.br/blog/50-


6: 0110 0001 1010 0110 0000
-estudando-com-filmes-o-jogo-da-imita%C3%A7%C3%A3o>.
0: 0000 Assim, 1A6016 = 11010011000002 Acesso em: set. 2021. Fragmento adaptado.

24

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S
D OS NÚMERO
A INVENÇÃO

Sistema de numeração

Ancestrais Atuais

2 7 4 5
Cinco unidades
Egípcios Quatro dezenas Decimal
Sete centenas
Dois milhares

Babilônios 11012 Binário

Indo-arábicos 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9 FFA0116 Hexadecimal

Romanos I, V, X, L, C, D, M Outros
matemática e suas tecnologias   matemática

Chineses
EM-L1-11I-22

Outros

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CAPÍTULO 1
MÓDULO 1 ■ SISTEMAS ANCESTRAIS DE NUMERAÇÃO
  CAPÍTULO 1

Exercícios de APLICAÇÃO

1. Reescreva, no sistema babilônico, os números que 2. Renato perguntou a idade de seu avô, e este escreveu
estão no sistema de numeração egípcio.
a. num papel os seguintes símbolos ,

dizendo que essa era sua idade no sistema de nume-


ração babilônico.
Dessa maneira, a idade do avô de Renato é
a. 56 anos.
b. 78 anos.
c. 84 anos.
d. 94 anos.
e. 96 anos.
Resolução
b.
A idade do avô de Renato é 1 ∙ 601 + (30 + 4) ∙ 600 = 60 + 34 = 94
anos.
Alternativa correta: D

3. As idades de Pedro e Antônio, em anos, representa-


das por meio do sistema de numeração romano são,
Resolução respectivamente, XLIX e XXXIV. A diferença entre a
a. O número apresentado é 3 276. idade do mais velho e a do mais novo é
Dividindo 3 276 por 60, obtemos quociente 54 (menor que 60) a. XXIII
e resto 36.
b. XIX
Assim: 3 276 = 54 ∙ 601 + 36 ∙ 600
c. XVIII
d. XV
e. XII

b. O número apresentado é 212 123. Resolução


Dividindo 212 123 por 60, temos quociente 3 535 (maior que XLIX = 49 e XXXIV = 34. Fazendo 49 – 34, obtemos 15, que em
60) e resto 23. romanos é XV.
Dividindo 3 535 por 60, temos quociente 58 (menor que 60) e Alternativa correta: D
resto 55. Habilidade
Assim: 212 123 = 58 ∙ 60 + 55 ∙ 60 + 23 ∙ 60
2 1 0 Reconhecer o sistema de numeração decimal, como o que preva-
leceu no mundo ocidental, e destacar semelhanças e diferenças
com outros sistemas, de modo a sistematizar suas principais ca-
racterísticas (base, valor posicional e função do zero), utilizando,
inclusive, a composição e decomposição de números naturais e
números racionais em sua representação decimal.
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Exercícios EXTRAS

4. Usando alguns dos algarismos 0, 1, 4, 6, 7, Pedro pre- 5. A imagem mostra parte de uma nota de 1 dólar ame-
cisava escrever o menor número ímpar de quatro al- ricano.
garismos distintos no sistema egípcio de numeração.

PAULPALADIN/ISTOCK
O número encontrado foi:
a.

b.

A data da base da pirâmide está em algarismos ro-


manos e identifica o ano da independência dos EUA.
A construção é formada por 13 degraus, que represen-
c. tam as treze colônias na época da fundação do país;
o topo não está terminado, para simbolizar que o Esta-
do está em constante construção.
De acordo com as informações anteriores, o ano da
independência dos EUA, escrito de acordo com o siste-
ma de numeração babilônico, é:
d. a.

b.

c.

e.

d.

e.

Seu Espaço
matemática

Sobre o módulo
Os assuntos deste módulo são os sistemas de numeração ancestrais.
Esses assuntos quase não aparecem em provas de vestibulares, com exceção do sistema romano. Por isso, recomendamos cautela
matemática e suas tecnologias

na apresentação.
Alguns dos sistemas apresentados são posicionais, outros não. Por essa razão, sugerimos trabalhar bem essa diferenciação.
Apresentamos o sistema de numeração chinês, mas não realizamos exercícios sobre ele. Sobre esse tema é necessário apenas co-
mentar o funcionamento do sistema.
Pode-se tratar, ainda, de outros que não aparecem no capítulo, como o sistema maia.
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CAPÍTULO 1
Exercícios PROPOSTOS
  CAPÍTULO 1

Da teoria, leia os tópicos 1, 1.A, 2, 2.A, 2.B, 2.C e 2.D. 10. A sequência dos números no sistema de nume-
Exercícios de: Tarefa Reforço Aprofundamento Lidere! ração babilônico, quando colocada em ordem cres-
cente, é
6. Foram feitas cinco afirmações sobre sistemas an-
I.
cestrais de numeração.
Classifique cada uma delas em V, caso a afirmação seja
verdadeira, ou F, caso a afirmação seja falsa. II.
( ) No sistema de numeração romano, a ordem na qual
os símbolos são dispostos é irrelevante para a leitura
dos números. III.
( ) No sistema de numeração babilônico, a ordem na qual
os sinais são registrados não altera o valor que o nú-
mero tem.
a. I, II, III
( ) Em nosso sistema de numeração, a posição que um
algarismo ocupa em um número é irrelevante no valor b. I, III, II
que ele terá nesse número. c. III, I, II
( ) A quantidade de símbolos para denotar um número d. III, II, I
no sistema egípcio e no nosso sistema (indo-arábico)
e. II, I, III
é sempre diferente para denotar um mesmo valor nu-
mérico. 11. Escrevendo o número VDLXXXIX no sistema que
( ) No sistema de numeração romano não é possível re- usamos atualmente, obtemos
presentar um valor igual a zero.
a. 55 539
7. Um arqueólogo anotou todas as inscrições encontra- b. 50 589
das em uma tumba egípcia e, ao lado delas, as tradu- c. 50 539
ções para a linguagem ou sistema de numeração atual.
d. 5 589
Em razão da chuva, alguns símbolos ficaram borrados
e. 5 539
e não podiam ser lidos.
12. A cidade de São Paulo foi fundada em MDLIV, e a
4 3 cidade de Campinas, em MDCCLXXIV.
A cidade de São Paulo é quantos anos mais velha do
Identifique quais eram esses símbolos manchados. que Campinas?
a. LVXXIV
8. Usando todos os algarismos romanos apresentados,
b. LVXX
I, X, X, X, X, L, C, M, quantos números podemos formar?
c. CCCXIV
a. 0
d. CCXXIV
b. 1
e. CCXX
c. 2
d. 3 13. O avô de Gabriel é egípcio e está completando
e. 5 78 anos hoje. Gabriel fará uma surpresa para ele. No
bolo, em vez das velas tradicionais, com os algaris-
9. Uma pessoa usou todos os algarismos apresenta- mos que usamos no dia a dia, Gabriel colocará ve-
dos, I, I, I, V, X, L, C, C, C, e escreveu o menor número linhas cujos formatos são os algarismos usados no
possível de se obter com eles. sistema egípcio.
Esse número, representado no sistema de numeração Para fazer essa surpresa, o número mínimo de velas
babilônico, possui que Gabriel deverá colocar sobre o bolo será
a. 10 triângulos a. 10
b. 14 triângulos b. 12
c. 17 triângulos c. 15
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d. 18 triângulos d. 18
e. 21 triângulos e. 78

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14. Fernando e Ludmila são irmãos. Fernando tem 15. (OBMEP) Um livro tem seus capítulos numerados
8 anos, e Ludmila é 2 anos mais velha que ele. So- de 1 a 37, porém no sistema de numeração romano.
mando-se a idade dos dois e dobrando o resultado, Quantos “X” e quantos “I” foram utilizados nesta nu-
encontra-se a idade do pai deles. A representação da meração?
idade do pai deles, em anos, no sistema de numera- 16. Após analisar cada afirmativa sobre sistema de
ção egípcio, é: numeração na Antiguidade, dê a soma dos itens cor-
a. retos.
01. O número de símbolos distintos usados nos siste-
mas de numeração egípcio e romano é o mesmo.
02. Para escrever o número 22 500 no sistema egíp-
cio, são necessários 9 símbolos.
b.
04. O número 61, no sistema babilônico, é

c. 08. A representação do século dezenove, em roma-


nos, é XIX.
16. O maior numeral que se pode escrever com o
sistema de numeração egípcio é 100 000.
d.
Desafio
17. Um notório matemático nasceu no ano repre-
sentado por um numeral cujo algarismo das unida-
des é, ao mesmo tempo, a metade do algarismo das
e. dezenas, a terça parte do algarismo das centenas
e o dobro do algarismo das unidades de milhar.
A soma desses algarismos é 13. Escreva em algaris-
mos romanos o ano do nascimento do grande ma-
temático.

Anotações

matemática
matemática e suas tecnologias
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CAPÍTULO 1
MÓDULO 2 ■ OS ALGARISMOS INDO-ARÁBICOS E O SISTEMA DECIMAL DE NUMERAÇÃO I
  CAPÍTULO 1

Exercícios de APLICAÇÃO

1. (FCC-SP) Num sistema de numeração de base 4, faz- 3. Para sua segurança, Juliana tem o hábito de trocar
-se a contagem do seguinte modo: periodicamente a senha do cofre de sua casa.
1, 2, 3, 10, 11, 12, 13, 20, 21, 22, 23, 30... Para que não haja esquecimento, sempre que ela faz a
O número 42, no sistema de base 4, é composto de troca marca num papel essa nova senha, porém, como
forma de codificação, a combinação é escrita num sis-
a. 4 algarismos iguais.
tema de numeração de base 5.
b. 3 algarismos iguais.
Ela anotou no papel o número 1302, portanto sua
c. 2 algarismos iguais. nova senha, na base 10, é
d. 3 algarismos distintos. a. 651
e. 2 algarismos distintos. b. 604
Resolução c. 302
d. 202
42 4
e. 130
2 10 4
2 2 Resolução
13025 = 1 ∙ 53 + 3 ∙ 52 + 0 ∙ 51 + 2 ∙ 50 = 125 + 75 + 2 = 202
42 = 2224 Alternativa correta: D
Alternativa correta: B Habilidades
Reconhecer o sistema de numeração decimal, como o que preva-
leceu no mundo ocidental, e destacar semelhanças e diferenças
com outros sistemas, de modo a sistematizar suas principais ca-
racterísticas (base, valor posicional e função do zero), utilizando,
inclusive, a composição e decomposição de números naturais e
números racionais em sua representação decimal.

2. Luís determinou que os valores 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8,


9, A, B, C, D, E são os caracteres usados para a repre-
sentação de um número na base 15.
Se ele passar o número 876, que está na base 10, para
a base 15, quantas letras aparecerão na composição
desse número nessa nova base?
a. 0
b. 1
c. 2
d. 3
e. 4
Resolução
Fazendo as divisões sucessivas de 876 por 15:

876 15
6 58 15
13 3

Para esse sistema, usamos 10 = A; 11 = B; 12 = C; 13 = D e 14 = E.


Assim, 876 = 3D615, e aparece uma letra em sua composição.
Alternativa correta: B
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Exercícios EXTRAS

4. (Cefet-RJ) Escreva o numeral 745 no sistema de base 5. O número 14 641 está escrito na base decimal. Se
16, sabendo que, nesse sistema, os símbolos são 0, 1, escrevermos esse mesmo número numa base b, ele
2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, A, B, C, D, E, F. será representado por 10000b.
a. A4B5 d. 21CD Dessa maneira, qual é o valor de b?
b. 2E9 e. 1EF
c. 2BA1

Seu Espaço

Sobre o módulo
O assunto deste módulo é o sistema indo-arábico e o sistema decimal. Pelo fato de um assunto estar atrelado ao outro, a preocupação
maior é fazer a mudança de base entre esse sistema e outro de base diferente. É necessário ter muita cautela ao explicar a transformação
de números de base decimal para outra base qualquer.

matemática
matemática e suas tecnologias
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CAPÍTULO 1
Exercícios PROPOSTOS
  CAPÍTULO 1

Da teoria, leia os tópicos 3, 3.A, 3.B, 3.B.1, 3.B.2, 3.C, 3.C.1 e 3.D. 01. O
 número 1011010 (base 2) corresponde ao nú-
Exercícios de: Tarefa Reforço Aprofundamento Lidere! mero 10 (decimal).
02. O
 número A3 (base 16) corresponde ao número
6. Considere dois valores numéricos X e T. 163 (decimal).
Sabendo-se que X, na base decimal, é igual a 106, e Y, 04. O
 número 39 (decimal) corresponde ao número
na base hexadecimal, é igual E716, então X + T, na base 47 (base 8).
oito, é igual a 08. O
 número 67 (base 8) corresponde ao número 37
a. 5218 (base 16).
b. 3738 Dê a soma dos itens corretos.
c. 3378
10. (Cefet-RJ) Escrevendo o número 324 num siste-
d. 2048 ma de base 3 obtemos
e. 1608 a. 110000
7. Considere os números X = 6 561 (base 10) e b. 101110
Y = 23045 e faça o que se pede nos itens seguintes. c. 122010
a. Passe X para a base 5 d. 210010
b. Passe Y para a base 10 e. 112110
c. Passe Y para a base 3 11. Sabendo que A e B correspondem, respectiva-
8. (FCC-SP) Sabe-se que, no Brasil, nas operações fi- mente, aos números 101111002 e 001100112, assinale
nanceiras, é usado o sistema decimal de numeração, a opção que apresenta o resultado correto da opera-
ção A – B, na base 10.
no qual um número inteiro N pode ser representado
como: a. 10 001 100 d. 136
N = an · 10 + an – 1 · 10 + an – 2 · 10 + … + a2 · 10 +
n n–1 n–2 2 b. 138 e. 10 000 110
+ a1 · 101 + a0 · 100 , em que 0 ≤ ai < 10, para todo 0 ≤ i ≤ n. c. 137
Nesse sistema, por exemplo, 8 903 = 8 ∙ 10 + 9 ∙ 10 + 3 2

+ 0 ∙ 101 + 3 ∙ 100. 12. Considere os valores numéricos nas respectivas


bases:
Suponha que, em férias, Benivaldo visitou certo país,
X = 1378; Y = 10111012 e Z = 5E16.
no qual todas as operações financeiras eram feitas
num sistema de numeração de base 6 e cuja unidade Então,
monetária era o “delta”. Após ter gasto 2014 deltas em a. X < Y < Z d. Y < Z < X
compras numa loja e perceber que dispunha exclusi- b. X < Z < Y e. Z < Y < X
vamente de cinco notas de 100 reais, Benivaldo con- c. Y < X < Z
venceu o dono da loja a aceitar o pagamento na moe-
da brasileira, dispondo-se a receber o troco na moeda 13. (Cespe/UnB-DF) Considerando-se os números
local. Nessas condições, a quantia que ele recebeu de 22B e 11E de base 16, é correto afirmar que a dife-
troco, em deltas, foi rença entre esses dois números, também de base 16,
a. 155 d. 143 é igual a
b. 152 e. 134 a. 103 d. 11C
c. 145 b. 10C e. 11D
c. 10D
9. (CFA-DF adaptado) Todo sistema computacio-
nal é estruturado utilizando-se a base 2. Esse tra- 14. As fábricas de automóveis A e B, para fins de
balho normalmente é feito pelos interpretadores/ testes em seus veículos, calibram os odômetros de
compiladores das linguagens de programação que, seus carros usando sistemas de numeração posicio-
através de alguns comandos próprios, executam as nais nas bases 4 e 6, respectivamente. No início dos
operações descritas nos programas. Considerando testes, os odômetros dos carros das fábricas A e B
que existem, além do sistema de base 2, vários ou- marcavam, respectivamente, 122214 e 4046. Ao final
EM-L1-11I-22

tros sistemas de numeração também utilizados em dos testes, os odômetros dos carros A e B marcavam,
computação, julgue os itens a seguir. respectivamente, 133324 e 11036.

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Considere que as marcações nos odômetros são dadas 16. (Cesgranrio-RJ) Seja N uma base de numeração,
em quilômetros. e os números A = (100)N, B = (243)(N+1), C = (30)N, D = (F)16
Sobre essa situação, foram feitas algumas afirmações. e E = (110)2. Sabendo-se que a igualdade B + D = A + E ∙ C
é válida, o produto de valores válidos para a base N é
Dê a soma dos valores das afirmações verdadeiras.
a. 24
01. O
 carro da fábrica B percorreu maior distância
b. 35
nos testes em relação ao da fábrica A.
c. 36
02. O carro da fábrica A percorreu 95 km nos testes.
d. 42
04. S
 e, no início do teste do carro B, a fábrica tro-
e. 45
casse o sistema do odômetro da base 6 para a
base 4, ele sairia marcando 21104.
08. Ao final dos testes, os odômetros, se estivessem Desafio
calibrados no sistema de base 10, marcariam 17. Uma grande propriedade na periferia de uma
425 km e 148 km. cidade receberá toda a infraestrutura para se tornar,
16. O carro B percorreu 22 km a mais do que o carro em breve, um condomínio de casas residenciais. Essa
A nos testes. propriedade tem o formato de um retângulo. As di-
mensões foram digitadas num computador e as in-
15. O maior número de três algarismos no sistema formações apareceram no sistema de numeração de
hexadecimal é um número que, na base decimal, é base 2, da seguinte maneira:
múltiplo de • comprimento = 1011000112 metros;
a. 16 d. 13 • largura = 1000101112 metros.
b. 15 e. 12 Exprima a área desse terreno em metros quadrados,
na base 2.
c. 14

Anotações

matemática
matemática e suas tecnologias
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CAPÍTULO 1
MÓDULO 3 ■ OS ALGARISMOS INDO-ARÁBICOS E O SISTEMA DECIMAL DE NUMERAÇÃO II
  CAPÍTULO 1

Exercícios de APLICAÇÃO

1. (CMRJ) 2. (Fatec-SP) Seja N um número natural de dois alga-


rismos não nulos. Trocando-se a posição desses dois
Na revista Amazing Fantasy #15, é publicada, pela primeira algarismos, obtém-se um novo número natural M de
vez, uma história do Homem-Aranha. Ele se tornaria o herói modo que N – M = 63.
mais popular da Marvel. (agosto de 1962).
A soma de todos os números naturais N que satisfa-
Disponível em: <https://super.abril.com.br/comportamento/a-
cronologia-dos-super-herois/>. Acesso em: ago. 2018. Adaptado.
zem as condições dadas é
a. 156
No texto, o #15 indica o exemplar de número quinze b. 164
da publicação. Entretanto, podemos utilizar símbolos c. 173
com outros significados. Na adição, #, @ e * substituem d. 187
alguns algarismos. Em sequência crescente, quais os
e. 198
valores obtidos para os referidos símbolos?
Resolução
1 5 @ 2 Conforme o texto, podemos escrever:
+ * 8 # N = 10x + y
2 0 1 9 M = 10y + x
Fazendo N – M, temos: 9x – 9y = 63 ⇒ x – y = 7
a. 2; 4; 7
Existem duas opções para os valores de x e y: x = 8 e y = 1 ou
b. 1; 2; 3 x=9ey=2
c. 3; 4; 7 Assim, N = 81 ou N = 92. Logo: 81 + 92 = 173
d. 2; 3; 7 Alternativa correta: C

e. 4; 5; 8
Resolução
3. (IFSul-RS) Segundo o Censo Demográfico de 2010, a
#, @ e *são algarismos do sistema de numeração decimal, ou
seja, 0, ou 1, ou 2, ou 3, .... ou 9. população das regiões do Brasil foi identificada con-
Se 2 + # = 9, então # = 7. forme tabela:
Se @ + 8 = 11, então @ = 3.
Região População
Em consequência, temos 1 + 5 + * = 10, então * = 4.
Norte 15 865 678
Alternativa correta: C Nordeste 53 078 137
Sudeste 80 353 724
Sul 27 384 815
Centro-Oeste 14 050 340

Ordenando as populações de forma crescente, as re-


giões ficariam assim elencadas:
a. Centro-Oeste, Nordeste, Norte, Sudeste, Sul
b. Centro-Oeste, Norte, Sul, Nordeste, Sudeste
c. Centro-Oeste, Sudeste, Sul, Nordeste, Norte
d. Centro-Oeste, Sul, Sudeste, Nordeste, Norte

Resolução
Vamos dispor, em ordem crescente, as informações da tabela:
14 050 340 < 15 865 678 < 27 384 815 < 53 078 137 < 80 353 724,
assim, teremos as regiões:
Centro-Oeste, Norte, Sul, Nordeste e Sudeste.
Alternativa correta: B
Habilidade
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Ler, escrever e ordenar números naturais até a ordem das cen-


tenas de milhar com compreensão das principais características
do sistema de numeração decimal.

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Exercícios EXTRAS

4. (PUC-PR) A doutora Cristiane não quer revelar o dia 5. (Unicamp-SP) A representação decimal de certo nú-
de seu aniversário, mas seus amigos Jorge e Evandro mero inteiro positivo tem dois algarismos. Se o triplo
insistem. Então, Cristiane propôs o seguinte problema: da soma desses algarismos é igual ao próprio número,
ABC + ABC + ABC = BBB então o produto dos algarismos é igual a
A × 15 é igual ao dia de meu aniversário e B + 5 é o a. 10
meu mês.
b. 12
Com base nessas informações, conclui-se que Cris-
c. 14
tiane faz aniversário:
d. 16
a. 15 de setembro. d. 30 de novembro.
b. 15 de novembro. e. 30 de agosto.
c. 30 de outubro.

Seu Espaço

Sobre o módulo
Este módulo aborda os números decimais.
Dar continuidade ao sistema de numeração decimal visto no módulo anterior, agora com o objetivo de fazer operações aritméticas nesse
sistema e em outros de bases diferentes. Esse processo deve ser realizado com cautela. Para isso, recomendamos fazer diversos exemplos.

matemática
matemática e suas tecnologias
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CAPÍTULO 1
Exercícios PROPOSTOS
  CAPÍTULO 1

Da teoria, leia o tópico 4. a. 364


Exercícios de: Tarefa Reforço Aprofundamento Lidere! b. 463
c. 3 064
6. (IFSP) O planeta Terra pertence ao nosso Sistema
d. 3 640
Solar. Segundo a comunidade científica, estima-se que
o planeta tenha cerca de 4 bilhões e 500 milhões de e. 4 603
anos. Assinale a alternativa que apresenta como tal 10. (Enem) A Chlamydia, a menor bactéria do mun-
número é escrito. do, mede cerca de 0,2 micrômetro (1 micrômetro equi-
a. 4 000 000 005 d. 4 000 000 500 vale à milionésima parte de um metro). Para ter uma
b. 4 500 000 000 e. 4 050 000 000 noção de como é pequena a Chlamydia, uma pessoa
c. 4 000 500 000 resolveu descrever o tamanho da bactéria na unidade
milímetro.
7. (UECE) No sistema de numeração decimal, a soma A medida da Chlamydia, em milímetros, é
dos dígitos do número inteiro 1025 – 25 é igual a a. 2 ∙ 10–1 d. 2 ∙ 10–5
a. 625 c. 219 b. 2 ∙ 10–2 e. 2 ∙ 10–7
b. 453 d. 75 c. 2 ∙ 10–4
8. Encontre o número de dígitos decimais do número 11. (FGV-SP) A conta armada indica a adição de três
10100. números naturais, cada um com três algarismos, resul-
tando em um número natural de quatro algarismos.
9. (Enem) Os incas desenvolveram uma maneira de
Os algarismos que compõem os números envolvidos
registrar quantidades e representar números utili-
na conta, indicados pelas letras A, C, D e E, represen-
zando um sistema de numeração decimal posicio-
tam números primos distintos entre si.
nal: um conjunto de cordas com nós denominado
quipus. O quipus era feito de uma corda matriz, ou
AEC
principal (mais grossa que as demais), na qual eram + CDD
penduradas outras cordas, mais finas, de diferentes EAE
tamanhos e cores (cordas pendentes). De acordo 1C D C
com sua posição, os nós significavam unidades, de-
zenas, centenas e milhares. Na figura 1, o quipus Assim, o valor de E · D + A · C é igual a
representa o número decimal 2 453. Para repre-
a. 35 d. 29
sentar o “zero” em qualquer posição, não se coloca
nenhum nó. b. 33 e. 27
c. 31
Quipus
Corda principal 12. (Enem) As empresas que possuem Serviço de
Corda Milhares Atendimento ao Cliente (SAC), em geral, informam ao
pendente cliente que utiliza o serviço um número de protocolo
Centenas
de atendimento. Esse número resguarda o cliente para
eventuais reclamações e é gerado, consecutivamente,
de acordo com os atendimentos executados. Ao térmi-
Dezenas no do mês de janeiro de 2012, uma empresa registrou
como último número de protocolo do SAC o número
390978467. Do início do mês de fevereiro até o fim do
Unidades
mês de dezembro de 2012, foram abertos 22 580 no-
vos números de protocolos.
O algarismo que aparece na posição da dezena de mi-
Figura 1 Figura 2 lhar do último número de protocolo de atendimento
registrado em 2012 pela empresa é
Disponível em: <http://www.culturaperuana.com.br>.
a. 0 d. 6
EM-L1-11I-22

Acesso em: 13 dez. 2012.

O número da representação do quipus da figura 2, em b. 2 e. 8


base decimal, é c. 4

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13. (Enem) O ábaco é um antigo instrumento de • a inversão da ordem dos algarismos produz um
cálculo que usa notação posicional de base dez para número que excederá o dobro do original em 18
representar números naturais. Ele pode ser apresen- unidades.
tado em vários modelos, um deles é formado por has- A soma dos algarismos do número n, que atende as
tes apoiadas em uma base. Cada haste corresponde a condições anteriores, é
uma posição no sistema decimal e nelas são colocadas
a. 5
argolas; a quantidade de argolas na haste represen-
ta o algarismo daquela posição. Em geral, colocam-se b. 7
adesivos abaixo das hastes com os símbolos U, D, C, c. 9
M, DM e CM, que correspondem, respectivamente, a d. 11
unidades, dezenas, centenas, unidades de milhar, de-
zenas de milhar e centenas de milhar, sempre come- 15. (UECE) Se x representa um dígito, na base 10, em
çando com a unidade na haste da direita e as demais cada um dos três números 11x, 1x1 e x11, e se a soma
ordens do número no sistema decimal nas hastes sub- desses números for igual a 777, então, o valor de x é
sequentes (da direita para esquerda), até a haste que a. 4 b. 5 c. 6 d. 7
se encontra mais à esquerda.
Entretanto, no ábaco da figura, os adesivos não segui- 16. (Fatec-SP) Leia o texto e siga as orientações:
ram a disposição usual. • pense em um número inteiro positivo N, de três
algarismos distintos e não nulos;
• com os algarismos de N, forme todos os possíveis
números de dois algarismos distintos;
• obtenha a soma (S) de todos esses números de
dois algarismos;
• obtenha a soma (R) dos três algarismos do núme-
ro N;
• finalmente, divida S por R.
U CM D M C DM
O quociente da divisão de S por R é igual a
a. 21
Nessa disposição, o número que está representado na
figura é b. 22
a. 46 171 c. 23
b. 147 016 d. 24
c. 171 064 e. 25
d. 460 171
Desafio
e. 610 741
17. (OBM) Quantos são os números inteiros de 2 al-
14. (Cefet-MG) Sobre um número natural n formado garismos que são iguais ao dobro do produto de seus
por dois algarismos, sabe-se que: algarismos?
• o algarismo das unidades excede o triplo do das a. 0 b. 1 c. 2 d. 3 e. 4
dezenas em 1;

Anotações
matemática
matemática e suas tecnologias
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CAPÍTULO 1
MÓDULO 4 ■ O SISTEMA BINÁRIO E O SISTEMA HEXADECIMAL, VINCULADOS À INFORMÁTICA
  CAPÍTULO 1

Exercícios de APLICAÇÃO

1. Converta o número 1510 para a base 2. 3. O número 5010, quando convertido para a base 2, é
Resolução representado por
Fazendo divisões sucessivas do número a converter pelo número a. 101112
da base, temos: b. 11102
15 : 2 = 7 resto 1
c. 100112
7 : 2 = 3 resto 1
d. 11112
3 : 2 = 1 resto 1
1 : 2 = 0 resto 1 e. 1100102
A leitura do resultado é feita nos restos das divisões e de baixo Resolução
para cima. Fazendo divisões sucessivas do número a converter pelo número
1510 = 11112 da base, temos:
50 : 2 = 25 resto 0
25 : 2 = 12 resto 1
12 : 2 = 6 resto 0
6 : 2 = 3 resto 0
3 : 2 = 1 resto 1
1 : 2 = 0 resto 1
A leitura do resultado é feita nos restos das divisões e de baixo
para cima.
5010 = 1100102
Alternativa correta: E
Habilidade
Reconhecer o sistema de numeração decimal, como o que preva-
leceu no mundo ocidental, e destacar semelhanças e diferenças
com outros sistemas, de modo a sistematizar suas principais ca-
2. Escreva na base 10 o número binário (de 6 bits) racterísticas (base, valor posicional e função do zero), utilizando,
1101112. inclusive, a composição e decomposição de números naturais e
números racionais em sua representação decimal.
Resolução
Construímos a tabela com 6 colunas (conforme o binário dado):

25 24 23 22 21 20
1 1 0 1 1 1
32 16 0 4 2 1

32 + 16 + 0 + 4 + 2 + 1 = 5510

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Exercícios EXTRAS

4. A adição de dois números positivos a10 e b10 tem O byte é, usualmente, um grupo de 8 bits e equivale a
como resultado o binário 10012 (número que possui um caractere (caractere é a unidade básica de arma-
4 bits). Os valores de a10 e b10 podem ser zenamento de informação na maioria dos sistemas),
a. 560 e 441 que é a representação gráfica de um número, uma le-
tra, um símbolo etc.
b. 147 e 854
Múltiplos do byte:
c. 1 000 e 1
• quilobyte (kB) = 1 024 bytes
d. 5 e 4 • megabyte (MB) = 1 024 kB
e. 3 e 3 • gigabyte (GB) = 1 024 MB
5. O bit é uma unidade binária, que serve como base • terabyte (TB) = 1 024 GB
para o armazenamento e o processamento de infor- Conforme o exposto, faça as seguintes conversões de
mações. Nos computadores e na internet são utiliza- unidades
das operações em número de bits.
a. 5 MB em bytes. b. 256 kB em MB.

Seu Espaço

Sobre o módulo
Este módulo trabalha com números binários e números hexadecimais.
Abordar aqui uma extensão de tudo o que foi visto nos dois módulos anteriores, com o objetivo de estabelecer relações específicas entre
esses dois sistemas. Para isso, recomendamos apresentar exemplos de diversas operações aritméticas entre eles.

matemática
matemática e suas tecnologias
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CAPÍTULO 1
Exercícios PROPOSTOS
  CAPÍTULO 1

Da teoria, leia os tópicos 5, 5.A, 5.B, 5.B.1, 5.B.2, 6, 6.A, 6.B, 6.C, 7, 7.A, 7.B, 7.C e 7.D. 1 kB = 210 bytes, 1 MB = 210 kB e 1 GB = 210 MB, sen-
Exercícios de: Tarefa Reforço Aprofundamento Lidere! do 210 = 1 024. Nesse caso, tem-se que kB significa
quilobyte, MB significa megabyte e GB significa gi-
6. O número 11112 corresponde, na base 10, ao número gabyte. Entretanto, a maioria dos fabricantes de
a. 12 b. 13 c. 14 d. 15 e. 16 discos rígidos, pen drives ou similares adotam pre-
ferencialmente o significado usual desses prefixos,
7. O resultado da adição 1011012 + 1011112 é em base 10. Assim, nos produtos desses fabricantes,
a. 10111002 1 GB = 103 MB = 106 kB = 109 bytes. Como a maioria
b. 10011002 dos programas de computadores utiliza as unidades
baseadas em potências de 2, um disco informado
c. 10111102
pelo fabricante como sendo de 80 GB aparecerá aos
d. 10001002 usuários como possuindo, aproximadamente, 75 GB.
e. 11011002 Um disco rígido está sendo vendido como possuindo
8. O resultado de 100102 · 1002 é 500 gigabytes, considerando unidades em potências
de 10. Qual dos valores está mais próximo do valor in-
a. 1010 d. 10102 formado por um programa que utilize medidas basea-
b. 7210 e. 100001002 das em potências de 2?
c. 3610 a. 468 GB d. 500 GB
9. Calculando 10102 – 10002 tem-se, como resultado, b. 476 GB e. 533 GB
a. 102 d. 1012 c. 488 GB
b. 112 e. 1002 14. (UFRGS-RS) A nave espacial Voyager, criada para
c. 012 estudar planetas do Sistema Solar, lançada da Terra
em 1977 e ainda em movimento, possui computado-
10. (UFRJ) Nei deseja salvar, em seu pen drive de 32 GB, res com capacidade de memória de 68 kB (quilobytes).
os filmes que estão gravados em seu computador. Ele Atualmente, existem pequenos aparelhos eletrônicos
notou que os arquivos de seus filmes têm tamanhos que possuem 8 GB (gigabytes) de memória.
que variam de 500 MB a 700 MB. Gigabyte (símbolo GB)
Observe os dados do quadro a seguir.
é a unidade de medida de informação que equivale a
1 024 megabytes (MB). 10n Prefixo Símbolo
Determine o número máximo de filmes que Nei poten- 10 24
iota Y
cialmente pode salvar em seu pen drive.
1021 zeta Z
11. (Cesgranrio-RJ) Convertendo o número hexade-
1018 exa E
cimal AB1 em decimal, temos o valor
10 15
peta P
a. 2 048 d. 5 261
b. 2 737 e. 5 474 1012 tera T

c. 2 738 109 giga G

12. (Cesgranrio-RJ) Ao converter o número 10 6


mega M
(1011100)2 da base binária para as bases decimal, hexa- 103 quilo k
decimal e octal, obtêm-se, respectivamente, os valores:
102 hecto h
a. 2910, B416 e 5608
101 deca da
b. 2910, 5C16 e 1348
c. 9210, B416 e 5608 Considerando as informações do enunciado e os dados
d. 9210, 5C16 e 1348 do quadro, a melhor estimativa, entre as alternativas,
e. 9210, 5C16 e 2708 para a razão da memória de um desses aparelhos ele-
trônicos e da memória dos computadores da Voyager é
13. (Enem) Os computadores operam com dados em
a. 100 d. 100 000
EM-L1-11I-22

formato binário (com dois valores possíveis apenas para


cada dígito), utilizando potências de 2 para representar b. 1 000 e. 1 000 000
quantidades. Assim, tem-se, por exemplo: c. 10 000

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15. (UEL-PR) O código de barras pode ser tomado
Desafio
como um dos símbolos da sociedade de consumo e é
usado em diferentes tipos de identificação. Conside- 17. (Unicamp-SP) Para representar um número
re que determinado serviço postal usa barras curtas e natural positivo na base 2, escreve-se esse número
barras longas para representar seu Código de Endere- como soma de potências de 2.
çamento Postal (CEP) composto por oito algarismos, Por exemplo: 13 = 1 ∙ 23 + 1 ∙ 22 + 0 ∙ 21 + 1 ∙ 20 = 1101.
em que a barra curta corresponde ao 0 (zero) e a longa a. Escreva o número 26 + 13 na base 2.
ao 1 (um). A primeira e a última barra são desconside- b. Quantos números naturais positivos podem ser
radas, e a conversão do código é dada pela tabela. escritos na base 2 usando-se exatamente cinco
algarismos?
ALTMODERN/ISTOCK

Crie e ative
18. O sistema de numeração dos maias
O sistema de numeração maia utiliza apenas três sím-
bolos: o ponto ( ), que representa o 1; a barra ( ),
que representa o 5, e a concha ( ), que repre-
Assim caminha a humanidade – Sociedade de Consumo.
senta o 0.
O sistema de numeração maia é todo construído na
base 20. Dessa maneira, temos:
0 11000

1 00011 0 1 2 3 4

2 00101
5 6 7 8 9
3 00110

4 01001
10 11 12 13 14

5 01010

6 01100
15 16 17 18 19

7 10001

8 10010

9 10100 Para escrever os próximos números, devem ser feitas


combinações particulares entre esses símbolos, levan-
Assinale a alternativa que corresponde ao CEP dado do-se em conta certos critérios. Números superiores a
pelo código de barras. dezenove são escritos na vertical, seguindo potências
de vinte em notação posicional. Observe o quadro.
202
201
Código de barras
Unidade
Número
a. 84161-980
b. 84242-908 Os resultados das linhas são somados.
matemática

c. 85151-908 Observe alguns exemplos.


d. 86051-980
e. 86062-890 202
matemática e suas tecnologias

16. (Capes) Seja S o resultado da soma dos números 201


binários X e Y em que:
Unidade
X = 00110010
Y = 01010111 Número 45 144 500
EM-L1-11I-22

Qual o valor de S em hexadecimal?

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CAPÍTULO 1
45 = 201 ∙ 2 + 5 = Nesse exemplo, o primeiro número hexadecimal
  CAPÍTULO 1

que aparece é 24.


144 = 201 ∙ 7 + 4 = O jogador deve digitar esse valor em binário
(00100100) antes que o número hexadecimal che-
gue à parte inferior da tela.
500 = 202 ∙ 1 + 201 ∙ 5 + 0 = A velocidade com que os números hexadecimais
caem aumenta conforme o jogador progride e re-
Atividades cebe mais pontos. Uma vez que o número hexadeci-
As atividades seguintes consistem em transformar mal atinge o piso, o jogo termina.
um número escrito em determinado sistema em ou- O jogador recebe um ponto para cada combinação
tros dois sistemas distintos. correta.
Podem ser usados os sistemas egípcio, babilônico, O objetivo é alcançar uma pontuação maior que a
maia, romano, decimal, binário ou hexadecimal. do adversário em determinado tempo de jogo esti-
No item a, já escolhemos o sistema a ser trabalhado pulado previamente.
e também os outros dois a serem transformados.
Nos itens b e c, você escolhe o sistema a ser trabalha- Regras e materiais
do e os outros dois a serem transformados. A sugestão é a de que a turma seja dividida em
Importante: Todos os sete sistemas citados devem 8 grupos e, se possível, que, em cada grupo, haja a
aparecer nessa atividade. mesma quantidade de componentes.
a. Escrever 1 257 no sistema romano e no sistema Para cada grupo deverá ser disponibilizado um
binário. computador, um tablet ou um celular com conexão
à internet. Uma opção para não necessitar da rede é
b. Escrever no sistema baixar o jogo antes do início.
e no sistema .
Um dos componentes de cada grupo será o respon-
c. Escrever no sistema sável por digitar o número binário correspondente
e no sistema . ao hexadecimal que aparece na tela. Os outros se-
Faça junto rão os responsáveis por converter esses números,
por meio dos critérios já aprendidos, e passar o
19. Jogando Flippy bit and the attack of the hexa- resultado para a pessoa responsável pela digitação.
decimals from base 16 Na primeira etapa, um grupo joga com outro grupo,
O jogo Flippy bit and the attack of the hexadecimals havendo, assim, 4 jogos.
from base 16 envolve as bases hexadecimal e binária Na segunda etapa, um grupo vencedor da primeira
de um sistema de numeração. etapa joga com outro grupo, também vencedor da
Durante o jogo, um número hexadecimal de até dois primeira etapa, ocorrendo, nessa etapa, dois jogos.
dígitos, gerado aleatoriamente, “cai” do topo da tela. Os dois grupos vencedores da segunda etapa dis-
No mesmo instante, o jogador deve inserir sua forma putam a grande final.
binária correspondente nos oito retângulos que apa- Sugere-se que cada partida tenha duração máxima
recem na base inferior da tela. de 5 minutos, caso nenhum grupo tenha sido elimi-
Observe a figura. nado antes desse tempo.
O jogo pode ser acessado no link.

Disponível em: <coc.pear.sn/REKDN6A>.

Anotações
EM-L1-11I-22

Disponível em: <https://flippybitandtheattackofthehexadecimals-


frombase16.com/>. Acesso em: nov. 2020.

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PARA
CONFERIR
1. É comum, em jazigos, a família colocar a data de nas- 2. Uma pessoa viajando de automóvel por uma rodovia
cimento e de falecimento da pessoa sepultada. passou, em determinado momento, pelo quilômetro
A família de um senhor egípcio, mantendo essa tra- ABA e, algum tempo depois, pelo quilômetro BAA.
dição, estampou em seu túmulo a seguinte inscrição. Considerando que A e B são algarismos, com A < B,
Data de nascimento: temos que a distância entre os marcos ABA e BAA
dessa rodovia é
a. um múltiplo de 232.
b. um múltiplo de 90.
c. 90 km.
Data de falecimento: d. um múltiplo de 22.

3. Um técnico de informática foi chamado para instalar


uma nova placa de vídeo em determinado endereço,
num computador cuja representação decimal é 159. No
Dessa maneira, representando a idade com que esse momento da configuração, percebeu que essa nova pla-
senhor faleceu em algarismos romanos, temos: ca aceitava somente um endereço em hexadecimal.
a. d. DXXII Fazendo assim a conversão de decimal para hexadeci-
mal, ele encontrou como endereço
b. e. LXXII a. F9 c. 423 e. 915
b. 9F d. 324
c. LXX

Seu Espaço

matemática
matemática e suas tecnologias
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CAPÍTULO

2 INTRODUÇÃO À LÓGICA
MATEMÁTICA

SUMÁRIO
1. Introdução à Lógica Matemática46
2. Elementos46
3. Proposições46
4. Axiomas da lógica47
5. Operadores lógicos47

HABILIDADES
• Construir algoritmo em linguagem natural
e representá-lo por fluxograma que indique
a resolução de um problema simples (por
exemplo, se um número natural qualquer
é par).
• Compreender a ideia de variável,
representada por letra ou símbolo, para
expressar relação entre duas grandezas,
diferenciando-a da ideia de incógnita.
• Utilizar os conceitos básicos de
uma linguagem de programação na
implementação de algoritmos escritos em
linguagem corrente e/ou matemática.
TYNDYRA/ISTOCK

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A
lógica matemática é a base do pensamento computacional, ou seja, da forma como os
computadores realizam atividades a partir dos softwares; é na lógica matemática que se
encontram os fundamentos para a compreensão da ciência da computação.
O aprendizado lógico-matemático permite que as pessoas utilizem o raciocínio e o sequencia-
mento lógico para absorverem informações a partir de padrões de visão e, consequentemente,
para a resolução de problemas por meio de métodos para responder a perguntas, classificar e
categorizar. As regras dão significado às afirmações matemáticas, qualificando a validade ou
não de argumentos. A lógica matemática também abrange inúmeras aplicações na ciência da
computação como construção de programas e circuitos digitais.

matemática
matemática e suas tecnologias

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1. INTRODUÇÃO À LÓGICA MATEMÁTICA Note que o conjunto de premissas forma um con-
junto de sentenças declarativas sem relação aparente
A lógica matemática examina as aplicações lógicas uma com a outra, mas que, ao final, formará um argu-
envolvidas nas operações e demonstrações matemá- mento, seja ele válido ou não.
ticas. Ela estuda, basicamente, o cálculo proposicional,
CAPÍTULO 2

trabalhando com estudos da linguagem simbólica. B. Conclusão


É regida pelos princípios aristotélicos da identidade,
da não contradição e do terceiro excluído, e é forma- Conclusão é uma proposição (sentença declarativa)
da basicamente por fórmulas, símbolos e conectivos. cujo valor lógico se baseia na combinação dos valores
Podemos dizer que o raciocínio lógico é uma forma lógicos da sequência das premissas anteriores.
de estudar Matemática com a linguagem. O exemplo seguinte apenas ilustra um possível con-
junto de premissas e uma conclusão que, a princípio,
A. Conceito não analisaremos se é verdadeira ou falsa.
Existem muitas definições de estudo da lógica. Todas
elas têm por objeto os estudos das leis gerais do pensa- Premissa 1: ?
mento e as formas de aplicar essas leis corretamente Premissa 2: ?
na investigação da verdade. Podemos dizer que lógica Conclusão: José possui nível superior.
é o estudo dos métodos e princípios que permitem dis-
tinguir argumentos corretos (valor lógico verdadeiro) Observe que, no exemplo, a conclusão não passa de
e incorretos (valor lógico falso). uma sentença declarativa.

NOTA HISTÓRICA 3. PROPOSIÇÕES


A lógica como conhecemos hoje teve início com o filósofo Chama-se proposição todo o conjunto de palavras ou
grego Aristóteles (384-322 a.C.). Ele criou a ciência da lógica, símbolos que exprimem um pensamento de sentido
cuja essência era a teoria do silogismo (formas de validar um completo, isto é, afirmam fatos ou exprimem juízos
argumento). A lógica passou a ser uma subárea da Matemática que formamos a respeito de determinados entes.
somente a partir dos trabalhos de George Boole (1815-1864)
e Augustus de Morgan (1806-1871), quando apresentaram os A. Valor lógico de uma proposição
fundamentos da lógica algébrica. Essa mudança de paradig-
ma tornou a lógica matemática uma importante ferramenta Toda proposição apresenta um valor lógico, seja ele
para a programação de computadores. verdadeiro (V), seja ele falso (F).

Notação
2. ELEMENTOS V(p) = V
se a proposição p tiver valor lógico verdadeiro.
A lógica trabalha com argumentos (premissas e conclu- V(p) = F
sões) que, de certo modo, são conjuntos de afirmações.
se a proposição p tiver valor lógico falso.
A. Premissa (proposição)
Observação: No caso de lógica digital, os valores são
É uma sentença declarativa, expressa de forma V(p) = 1, se a proposição tiver valor lógico verdadeiro, e
afirmativa ou negativa, à qual podemos atribuir V(p) = 0, se a proposição tiver valor lógico falso.
um valor lógico verdadeiro ou falso. Premissas fa-
zem parte de uma sentença para a organização das B. Classificação das proposições
informações essenciais que servem de base para
a formação de um raciocínio, para um estudo que • Proposições simples (atônica)
levará a uma conclusão, ou seja, premissas fazem Chama-se proposição simples aquela que não
parte de uma argumentação. Em lógica, uma pre- contém nenhuma outra proposição de si mesma.
missa é uma fórmula considerada hipoteticamente Normalmente, as proposições são representadas
verdadeira. Vale ressaltar que a lógica se preocupa por letras minúsculas (p, q, r, s etc.), chamadas de
com o relacionamento entre as premissas e a con- letras proposicionais.
clusão, com a estrutura e a forma do raciocínio, e
não com o conteúdo. Exemplos de proposições simples
p: Carlos é careca.
Exemplo de conjunto de premissas q: Pedro é estudioso.
Premissa 1: Todo professor possui nível superior. t: O número 25 é quadrado perfeito.
EM-L1-11I-22

Premissa 2: José é professor. r: Carla é loira.


Conclusão: ? w: Ana é dorminhoca.

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p: A bola é azul.
APRENDER SEMPRE
z: João é rico.
m: A moeda do Brasil é o dólar. 1. (VUNESP) Paulo, Lucas, Sandro, Rogério e Vítor são suspeitos
de terem furtado a bicicleta de uma pessoa. Na delegacia,
n: 3,1415 é um número inteiro.
• Vítor afirmou que não tinha sido nem ele nem Rogério;
• Sandro jurou que o ladrão era Rogério ou Lucas;
• Proposições compostas (fórmula proposicional)
• Rogério disse que tinha sido Paulo;
Chama-se proposição composta aquela que é • Lucas disse ter sido Paulo ou Vítor;
formada pela combinação de duas proposições • Paulo termina dizendo que Sandro é um mentiroso.
simples ou mais. Geralmente, elas são designa- Sabe-se que um e apenas um deles mentiu. Sendo assim, a
das pelas letras maiúsculas (P, Q, R, S etc.) e são pessoa que furtou a bicicleta foi
formadas por proposições simples unidas por um a. Lucas.
ou mais conectivos: “e” , “ou” , “se...então...”, “se e b. Sandro.
somente se”.
c. Rogério.
d. Vítor.
Exemplos de proposições compostas e. Paulo.
A: Carlos é careca e Pedro é brasileiro.
B: Pedro é estudioso e Paulo é jogador. Resolução
P: O número 4 é par se e somente se for divisível As frases de Paulo e Sandro são contraditórias. Se um estiver
por 2. falando a verdade, o outro está mentindo. Como temos apenas
Q: O carro é de luxo e a bicicleta é azul. uma mentira, então as demais frases são verdadeiras.
R: Duas retas de um plano são paralelas ou con- Assim, a frase de Rogério deixa claro que o culpado foi Paulo (e
correntes. ela deve ser verdadeira).
S: Se Pedro estuda, então tem êxito na escola. Alternativa correta: E

4. AXIOMAS DA LÓGICA
A lógica formal repousa sobre três princípios funda- 5. OPERADORES LÓGICOS
mentais que permitem todo o seu desenvolvimento
Os operadores são usados para formar novas proposi-
posterior e dão validade a todos os atos do pensamen-
ções a partir de outras.
to e do raciocínio. Veja a seguir as características des-
ses princípios. A partir de proposições dadas, podem ser construí-
das outras, por meio dos conectivos “não”, “e”, “ou”, “...se
A. Princípio de identidade e somente se...”, “se...então...”.

Princípio formulado por Parmênides, em seus estudos A. Operador lógico de negação


sobre a lógica, segundo o qual todo objeto é idêntico
a si mesmo, ou seja, toda proposição é idêntica a ela Dada uma proposição p, denomina-se a negação de p
mesma. a proposição representada por “não p”, na qual o valor
lógico é verdadeiro, quando p é falso, e falso, quando o
Exemplos valor de p é verdadeiro. Para obter a negação de uma
proposição, colocamos não antes da proposição origi-
• p é p.
nal, obtendo assim uma proposição que é a negação
• Água é água. da primeira. Desta forma, “não p” tem o valor lógico
• Pedra é pedra. oposto ao de p.

B. Princípio da não contradição Notações: ¬p, lê-se “não p”.


matemática

Uma proposição não pode, simultaneamente, ser e Sendo assim: se V(p) = V, então V(¬p) = F e, se V(p) = F,
não ser. Ou seja, não é possível afirmar e negar o mes- então V(¬p) = V
mo predicado para o mesmo objeto ao mesmo tempo;
matemática e suas tecnologias

ou, ainda, nenhuma proposição pode ser verdadeira e Exemplo


falsa ao mesmo tempo. Da sentença p: “João é rico”, vem a negação ¬p: “João
não é rico”.
C. Princípio do terceiro excluído
Uma proposição é verdadeira ou falsa, não havendo Existe outra forma de apresentar a negação de uma
proposição.
EM-L1-11I-22

terceira alternativa. Todo objeto é ou não é. Ou seja,


dada afirmação é necessariamente verdadeira ou fal- Da sentença p: “João é rico”, vem a negação ¬p: “Não
sa, não existindo terceira opção. é verdade que João é rico”.

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Observação: Outras notações são encontradas na lite-
ratura, tais como: Resolução
• ~p • p Pela definição, “p ∧ q” possui valor lógico verdadeiro (V) quan-
do ambas as proposições são verdadeiras e valor lógico falso
• p’ • p (F) nos demais casos. Logo,
CAPÍTULO 2

V(V ∧ V) = V V(F ∧ V) = F
APRENDER SEMPRE V(V ∧ F) = F V(F ∧ F) = F
Alternativa correta: C
2. (VUNESP) Leia a frase:
• Qualquer pessoa sabe andar de bicicleta
A afirmação que corresponde à negação lógica dessa frase é: C. Operador lógico de disjunção
a. Ninguém sabe andar de bicicleta.
Dadas duas proposições p e q, define-se por disjunção
b. Pelo menos uma pessoa não sabe andar de bicicleta. o operador “ou”, representado simbolicamente por ∨,
c. As crianças não sabem andar de bicicleta. em que “p ∨ q” possui o valor lógico falso (F) quando
d. Todos que andam de bicicleta também andam de moto- ambas as proposições são falsas e valor lógico verda-
cicleta. deiro (V) nos demais casos.
e. Apenas uma pessoa sabe andar de bicicleta.

Notações: Dadas duas proposições p e q, define-se


Resolução
por disjunção entre elas a forma p ∨ q e lê-se “p ou q”.
Seja a proposição p: qualquer pessoa sabe andar de bicicleta.
Como negação da proposição, temos:
Exemplo
¬p: alguma pessoa não sabe andar de bicicleta.
Alternativa correta: B
Das sentenças
p: “Pedro estuda a lição”
q: “João vai à escola”,
vem a disjunção:
B. Operador lógico de conjunção p ∨ q: Pedro estuda a lição ou João vai à escola.
Dadas duas proposições p e q, define-se por conjunção
o operador “e”, representado simbolicamente por ∧, APRENDER SEMPRE
em que “p ∧ q” possui o valor lógico verdadeiro (V)
quando ambas as proposições são verdadeiras e valor 4. Dadas duas proposições p e q, definindo a disjunção entre
lógico falso (F) nos demais casos. elas, ou seja, p ∨ q, e analisando as possibilidades de valores
lógicos de cada uma, temos as combinações:
V(V ∨ V) = 1
Notações: Dadas duas proposições p e q, define-se
conjunção por p ∧ q e lê-se “p e q”. V(V ∨ F) = 2
V(F ∨ V) = 3
Exemplo V(F ∨ F) = 4
Assinale a alternativa que contém os valores corretos para
Das sentenças
1, 2, 3 e 4.
p: “Pedro estuda a lição”
a. 1–F, 2–F, 3–F, 4–F d. 1–V, 2–V, 3–V,4–F
q: “João vai à escola”, b. 1–F, 2–V, 3–V, 4–F e. 1–V ,2–V, 3–V, 4–V
vem a conjunção: c. 1–V, 2–F, 3–V, 4–V
p ∧ q: Pedro estuda a lição e João vai à escola.
Resolução
APRENDER SEMPRE Pela definição, “p ∨ q” possui o valor lógico falso (F) quando
ambas as proposições são falsas e valor lógico verdadeiro (V)
3. Dadas duas proposições p e q, definindo a conjunção entre nos demais casos. Logo,
elas, ou seja, p ∧ q, e analisando as possibilidades de valores V(V ∨ V) = V V(F ∨ V) = V
lógicos de cada uma, temos as combinações:
V(V ∨ F) = V V(F ∨ F) = F
V(V ∧ V) = 1
Alternativa correta: D
V(V ∧ F) = 2
V(F ∧ V) = 3
V(F ∧ F) = 4 D. Operador lógico de disjunção exclusiva
Assinale a alternativa que contém os valores corretos para
1, 2, 3 e 4.
Dadas duas proposições p e q, define-se por disjun-
ção exclusiva o operador “ou exclusivo”, representado
a. 1–F, 2–F, 3–F, 4–F d. 1–V, 2–V, 3–V, 4–F
simbolicamente por ∨, em que “p ∨ q” possui o valor
EM-L1-11I-22

b. 1–F, 2–V, 3–V, 4–F e. 1–V, 2–V, 3–V, 4–V


lógico falso (F) quando ambas as proposições são fal-
c. 1–V, 2–F, 3–F, 4–F
sas, ou quando ambas as proposições são verdadeiras,

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e o valor lógico verdadeiro (V) nos demais casos. Di-
zemos que, na disjunção exclusiva, a ocorrência de O xadrez é mais que um jogo. Nele é necessário criar e funda-
uma sentença exclui a possibilidade de outra ocorrer. mentar estratégias eficazes de defesa e ataque, e tudo deve
ser feito no momento certo, sem falhas. A lógica matemática
está intimamente ligada ao xadrez, e seus benefícios são: au-
Notações: Dadas duas proposições p e q, define-se mento da criatividade e da concentração, pensamento crítico,
por disjunção exclusiva entre elas a forma p ∨ q e lê-se aumento da memória, reconhecimento de padrões etc.
“p ou exclusivo q”.

ATLASPIX / ALAMY STOCK PHOTO


Exemplo
Das sentenças
p: “O triângulo ABC é retângulo”
q: “O triângulo ABC é equilátero”,
vem a disjunção exclusiva:
p ∨ q: “O triângulo ABC é retângulo ou exclusivo o
triângulo ABC é equilátero.”

Neste caso, poderíamos expressar também a frase:


p ∨ q: “Ou o triângulo ABC é retângulo ou o triângu-
lo ABC é equilátero.”
E. Operador lógico de condicional
APRENDER SEMPRE Dadas duas proposições p e q, define-se por condicio-
nal o operador “se então” (simbolicamente representa-
5. Dadas duas proposições p e q, definindo a disjunção exclusi-
do por →), em que “p → q” possui o valor lógico falso
va entre elas, ou seja, p ∨ q, e analisando as possibilidades de
valores lógicos de cada uma, temos as combinações:
(F), no caso em que a primeira proposição é verdadeira
e a segunda proposição é falsa, e possui o valor lógico
V(V ∨ V) = 1 V(F ∨ V) = 3
verdadeiro (V) nos demais casos.
V(V ∨ F) = 2 V(F ∨ F) = 4
Assinale a alternativa que contém os valores corretos para
1, 2, 3 e 4. Notações: Dadas duas proposições p e q, define-se
a. 1–F, 2–F, 3–F, 4–F d. 1–V, 2–F, 3–F,4–F por condicional entre elas a forma p → q e lê-se “se p
b. 1–F, 2–V, 3–V, 4–F e. 1–V ,2–V, 3–V, 4–V então q”.
c. 1–V, 2–F, 3–V, 4–V
Exemplo
Resolução Das sentenças
Pela definição, p ∨ q possui o valor lógico falso (F) quando p: “O triângulo ABC é retângulo”
ambas as proposições são falsas, ou quando ambas as pro- q: “O triângulo ABC tem um ângulo de 90°”,
posições são verdadeiras, e o valor lógico verdadeiro (V) nos vem a condicional:
demais casos. Logo, p → q: “Se o triângulo ABC é retângulo, então o
V(V ∨ V) = F V(F ∨ V) = V triângulo ABC tem um ângulo de 90°.”
V(V ∨ F) = V V(F ∨ F) = F
Alternativa correta: B
Observações
1. p é condição suficiente para q.
ARTE 2. q é condição necessária para p.

Filme: O dono do jogo


APRENDER SEMPRE
matemática

Em O dono do jogo é narrada a história verídica de Bob


Fischer, o Pelé do xadrez, um jogador extraordinário que, 6. Dadas duas proposições p e q, definindo o condicional entre
desde criança, demonstrava todo o seu potencial e logo elas, ou seja, p → q, e analisando as possibilidades de valores
traçava uma meta de desafiar os maiores jogadores de sua lógicos de cada uma, temos as combinações:
matemática e suas tecnologias

época, os russos, em pleno auge da Guerra Fria. Diante dis- V(V → V) = 1 V(F → V) = 3
so, esses constantes desafios entre Fischer e os soviéticos V(V → F) = 2 V(F → F) = 4
ganhavam outros significados, sendo mais um exemplo Assinale a alternativa que contém os valores corretos para
de embate ideológico nesse tenso período histórico. 1, 2, 3 e 4.
RIZZO, Giovanni. Crítica – O Dono do Jogo. Observatório do a. 1–F, 2–F, 3–F, 4–F d. 1–V, 2–V, 3–V, 4–F
EM-L1-11I-22

cinema, 26 abr. 2016. Disponível em: <https://observatoriodoci-


nema.bol.uol.com.br/criticas/2016/04/critica-o-dono-do-jogo>.
b. 1–V, 2–F, 3–V, 4–V e. 1–F, 2–V, 3–V, 4–V
Acesso em: set. 2021. Fragmento. c. 1–V, 2–F, 3–F, 4–F

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Resolução Resolução
Pela definição, “p → q” possui o valor lógico falso (F) no caso em Pela definição, “p ↔ q” possui o valor lógico verdadeiro (V),
que a primeira proposição é verdadeira e a segunda proposição é se ambas as proposições forem verdadeiras ou se ambas as
falsa e possui o valor lógico verdadeiro (V) nos demais casos. Logo, proposições forem falsas, e possui o valor lógico falso (F) nos
CAPÍTULO 2

V(V → V) = V V(V → F) = F V(F → V) = V V(F → F) = V demais casos. Logo,


Alternativa correta: B V(V ↔ V) = V
V(V ↔ F) = F
V(F ↔ V) = F
F. Operador lógico de bicondicional V(F ↔ F) = V
Alternativa correta: A
Dadas duas proposições p e q, define-se por bicondi-
cional o operador “se e somente se” (simbolicamente
representado por ↔), em que “p ↔ q” possui o valor
lógico verdadeiro (V), se ambas as proposições são LEITURA
verdadeiras ou se ambas as proposições são falsas, e
Operações lógicas
possui o valor lógico falso (F) nos demais casos.
Notações: Dadas duas proposições p e q, define-se [...] A lógica digital é um ramo da lógica matemática cujas
por bicondicional entre elas a forma p ↔ q e lê-se variáveis podem assumir apenas os valores verdadeiro
“p se e somente se q”. e falso, que, por sua vez, podem ser usados para repre-
sentar, respectivamente, os algarismos “um” e “zero”,
Exemplo empregados nas operações internas dos computadores.
Das sentenças
Ora, computadores são máquinas de tomar decisões.
p: “X pertence ao conjunto dos inteiros” Por menos que isso seja evidente, por mais que com-
q: “X pertence ao conjunto dos reais” putadores pareçam máquinas maravilhosas capazes
vem a bicondicional: de fazer coisas incríveis (e, de fato, o são), acredite:
p ↔ q: “X pertence ao conjunto dos inteiros se e so- tudo isso não passa do resultado de sucessivas to-
mente se X pertence ao conjunto dos reais.” madas de decisões baseadas em condições impostas
pelo programa que está sendo executado. Esta é a
APRENDER SEMPRE base do processamento de dados. Pois, do ponto de
vista da lógica (o que exclui as decisões no campo
7. Dadas duas proposições p e q, definindo o bicondicional amoroso), decisões são tomadas com base na aplica-
entre elas, ou seja, p ↔ q, e analisando as possibilidades de ção de condições. Desde a mais simples até a mais
valores lógicos de cada uma, temos as combinações: complexa, cada decisão é tomada após sopesar uma
V(V ↔ V) = 1 V(V ↔ F) = 2 V(F ↔ V) = 3 V(F ↔ F) = 4 ou mais condições.
Assinale a alternativa que contém os valores corretos para
[...]
1, 2, 3 e 4.
a. 1–V, 2–F, 3–F, 4–V d. 1–F, 2–V, 3–V, 4–V PIROPO, B. Operações lógicas. TechTudo, 26 jul. 2012. Disponível
em: <https://www.techtudo.com.br/artigos/noticia/2012/07/ope-
b. 1–F, 2–V, 3–V, 4–F e. 1–F, 2–F, 3–V, 4–V racoes-logicas.html>. Acesso em: set. 2021. Fragmento adaptado.
c. 1–V, 2–F, 3–V, 4–F

Anotações
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À L Ó G IC A MATEMÁTICA
INTRODUÇÃO

Elementos Proposição

Premissas Conclusões Operadores


lógicos

Negação Conjunção Disjunção Condicional Bicondicional

matemática e suas tecnologias   matemática


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CAPÍTULO 2
MÓDULO 5 ■ INTRODUÇÃO À LÓGICA MATEMÁTICA
  CAPÍTULO 2

Exercícios de APLICAÇÃO

1. Considere verdadeiras as afirmações. 2. Considere as premissas e assinale se a dedução gera


• Todo animal é mortal. um argumento válido ou não.
• O gato é animal. Premissa 1: O ferro é metal e conduz eletricidade.
Com base nas afirmações, é correto concluir que um Premissa 2: O ouro é metal e conduz eletricidade.
argumento seria válido se a conclusão fosse Premissa 3: O cobre é metal e conduz eletricidade.
a. todo animal é gato. Conclusão: Alguns metais conduzem eletricidade.
b. todo mortal é um animal. a. É válido.
c. quem não é gato não é animal. b. Não é válido.
d. o gato é mortal. Resolução
e. quem não é gato não é mortal. O argumento dedutivo formado com as premissas é válido
(verdadeiro), pois elas fornecem provas convincentes para a
Resolução conclusão. Observe que, mesmo que saibamos que todos os
Para a resolução, construa as sequências das premissas com metais conduzem eletricidade, a conclusão é válida pois consi-
cada uma das possíveis conclusões e analise qual é consequên- dera alguns metais apresentados nas premissas, e não podería-
cia das premissas e, entre as cinco possíveis, a que gera um ar- mos generalizar para todos os metais apenas pelas premissas
gumento válido. apresentadas.
Alternativa correta: A
Situação com alternativa A
Premissa 1: Todo animal é mortal.
Premissa 2: O gato é animal.
Conclusão: Todo animal é gato.
Neste caso, não podemos dizer que a conclusão é consequência
lógica das premissas.

Situação com alternativa B


3. Considere as premissas:
Premissa 1: Todo animal é mortal. Premissa 1: 2 < 22
Premissa 2: O gato é animal. Premissa 2: 3 < 23
Conclusão: Todo mortal é um animal. Premissa 3: 4 < 24
Neste caso, não podemos dizer que a conclusão é consequên- Assinale a alternativa para uma indução provável
cia lógica das premissas, apesar de todos os seres vivos serem
mortais, seja um animal ou não.
como conclusão para um valor de n natural.
a. n < nn
Situação com alternativa C
b. 2 < n2
Premissa 1: Todo animal é mortal.
Premissa 2: O gato é animal. c. n < n2
Conclusão: Quem não é gato não é animal. d. 2 < 2n
Neste caso, não podemos dizer que a conclusão é consequência e. n < 2n
lógica das premissas. Resolução
Situação com alternativa D O argumento indutivo sugere que a alternativa que satisfaz é a
alternativa E, pois apenas n < 2n satisfaz as premissas.
Premissa 1: Todo animal é mortal.
Alternativa correta: E
Premissa 2: O gato é animal.
Habilidade
Conclusão: O gato é mortal.
Utilizar os conceitos básicos de uma linguagem de programa-
Neste caso, a conclusão é consequência lógica das premissas.
ção na implementação de algoritmos escritos em linguagem
Situação com alternativa E corrente e/ou matemática.
Premissa 1: Todo animal é mortal.
Premissa 2: O gato é animal.
Conclusão: Quem não é gato não é mortal.
Neste caso, não podemos dizer que a conclusão é consequência
lógica das premissas.
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Alternativa correta: D

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Exercícios EXTRAS

4. (UFAL) Em uma clínica existem as funções de médi- c. alguns técnicos de laboratório são expedidores de
co, técnico de laboratório, recepcionista e expedidor exames.
de exames. Suponhamos que alguns médicos assu- d. os expedidores de exames não são técnicos de la-
mem também a função de técnico de laboratório; os boratório.
recepcionistas não são médicos, mas alguns também e. os recepcionistas e médicos, juntos, formam o
são técnicos de laboratório; todos os expedidores de grupo dos técnicos de laboratório.
exames são também recepcionistas. Desse contexto,
infere-se que 5. Considere as premissas:
Premissa 1: Todo professor possui nível superior.
a. existem técnicos de laboratório que não são médicos.
Premissa 2: José é professor.
b. os recepcionistas são também expedidores de
exames. Qual seria a conclusão ao inferir sobre as premissas?

Seu Espaço

Sobre o módulo
Neste módulo é feita uma introdução à lógica, um assunto que nem sempre é fácil de compreender.
Provavelmente serão usados tipos de linguagem não habituais para os alunos. Por isso, recomenda-se cautela com o modo como o assunto
é trabalhado.

matemática
matemática e suas tecnologias
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CAPÍTULO 2
Exercícios PROPOSTOS
  CAPÍTULO 2

Da teoria, leia os tópicos 1, 1.A, 2, 2.A e 2.B. b. o pintor era um bom pintor e a tinta era ruim
Exercícios de: Tarefa Reforço Aprofundamento Lidere! c. a tinta não era de boa qualidade.
d. a tinta era de boa qualidade e o pintor não era
6. Considere as premissas e assinale se o seguinte ar- bom pintor.
gumento é válido ou não válido com a conclusão.
e. bons pintores não usam tinta ruim.
Premissa 1: Todo professor possui nível superior.
10. Considere as premissas e assinale se o seguinte
Premissa 2: José é professor. argumento é válido ou não válido com a conclusão.
Conclusão: José possui nível superior. Premissa 1: O ferro conduz eletricidade.
a. É válido. Premissa 2: O ouro conduz eletricidade.
b. Não é válido. Premissa 3: O cobre conduz eletricidade.
7. Considere os seguintes argumentos. Conclusão: ferro, ouro e cobre são metais.
Argumento I: a. É válido. b. Não é válido.
Premissa 1: Paulo é brasileiro. 11. (Idecan-SP) João comprou um notebook numa
Premissa 2: Todos os brasileiros jogam bola. loja de informática.
Conclusão: Paulo joga bola. Considere que
• João comprou um notebook branco;
Argumento II:
• nenhum notebook em promoção é importado;
Premissa 1: Paulo é brasileiro. • todos os notebooks brancos à venda nessa loja
Premissa 2: A maioria dos brasileiros joga bola. são importados.
Conclusão: Paulo joga bola. Qual das afirmações é necessariamente verdadeira?
É correto afirmar que: a. Algum notebook em promoção é branco.
a. Apenas o argumento I é válido. b. Todos os notebooks importados são brancos.
b. Ambos os argumentos são inválidos. c. Alguns notebooks brancos estão em promoção.
c. Ambos os argumentos são válidos. d. João não comprou um notebook em promoção.
d. Apenas o argumento II é válido.
12. (Iades-DF) Se todo arquiteto é desenhista, existe
8. (AOCP-PR) Considere como sendo verdadeira a professor que é arquiteto, mas algum desenhista não
afirmação: “Se Wedson é perito criminal, ele é médico”. é professor, então é correto afirmar que
Considere, também, como falsa a afirmação: “Wedson a. existe professor que não é arquiteto.
é médico e perito criminal”. b. existe arquiteto que não é professor.
Qual das seguintes alternativas apresenta necessaria- c. algum professor não é desenhista.
mente uma verdade? d. todo arquiteto que é professor é também desenhista.
a. “Wedson não é médico.” e. existe algum desenhista que é professor também.
b. “Wedson não é perito criminal.”
c. “Wedson é médico.” 13. (Ibade-RJ) Leia com atenção as duas afirmações
dadas
d. “Wedson é perito criminal.”
• Todo chefe de cozinha deve ter conhecimentos
e. “Wedson não é médico nem perito criminal.” básicos de nutrição.
9. (FCC-SP) Se a tinta é de boa qualidade, então a pin- • Alguns donos de restaurante são chefes de cozinha.
tura melhora a aparência do ambiente. Considerando que as duas afirmações são verdadeiras,
Se o pintor é um bom pintor até usando tinta ruim, a pode-se afirmar corretamente que
aparência do ambiente melhora. a. se Ângela tem conhecimentos básicos de nutrição,
O ambiente foi pintado. A aparência do ambiente então ela é uma chefe de cozinha.
melhorou. b. se Lidiane é uma chefe de cozinha, então ela é
Então, a partir dessas afirmações, é verdade que: dona de restaurante.
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a. o pintor era um bom pintor ou a tinta era de boa c. todo dono de restaurante deve ter conhecimentos
qualidade. básicos de nutrição.

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d. alguns donos de restaurante podem não ter co- d. se um paciente chegar atrasado, então ele não
nhecimentos básicos de nutrição. será atendido.
e. se Rodolfo é dono de um restaurante, então ele é e. se um paciente for atendido, então ele não terá
um chefe de cozinha. chegado atrasado.

14. (FCC-SP) Considere que as seguintes afirmações 16. (VUNESP) Se afino as cordas, então o instrumen-
são verdadeiras: to soa bem. Se o instrumento soa bem, então toco
• Todo motorista que não obedece às leis de trânsi- muito bem. Ou não toco muito bem ou sonho acorda-
to é multado. do. Afirmo ser verdadeira a frase: não sonho acordado.
Dessa forma, conclui-se que
• Existem pessoas idôneas que são multadas.
a. sonho dormindo.
Com base nessas afirmações é verdade que:
b. o instrumento afinado não soa bem.
a. Se um motorista é idôneo e não obedece às leis de
trânsito, então ele é multado. c. as cordas não foram afinadas.
b. Se um motorista não respeita as leis de trânsito, d. mesmo afinado o instrumento não soa bem.
então ele é idôneo. e. toco bem acordado e dormindo.
c. Todo motorista é uma pessoa idônea.
d. Toda pessoa idônea obedece às leis de trânsito. Desafio
e. Toda pessoa idônea não é multada. 17. Considere as premissas:
I. Jorge é jogador de tênis ou Carla é cientista.
15. (FCC-SP) O responsável por um ambulatório mé-
dico afirmou: “Todo paciente é atendido com certeza, II. Se Carla é cientista, então Bárbara é bióloga.
a menos que tenha chegado atrasado”. De acordo com III. Se Bárbara é bióloga, então Mariana é médica.
essa afirmação, conclui-se que, necessariamente, É correto inferir que se:
a. nenhum paciente terá chegado atrasado se todos a. Bárbara é bióloga, Carla é cientista.
tiverem sido atendidos.
b. Carla é cientista, Mariana não é médica.
b. nenhum paciente será atendido se todos tiverem
c. Jorge não é jogador de tênis, Carla não é cientista.
chegado atrasados.
d. Bárbara não é bióloga, Mariana não é médica.
c. se um paciente não for atendido, então ele terá
chegado atrasado. e. Jorge não é jogador de tênis, Bárbara é bióloga.

Anotações

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CAPÍTULO 2
MÓDULO 6 ■ PROPOSIÇÕES E CONECTIVOS
  CAPÍTULO 2

Exercícios de APLICAÇÃO

1. (ICMS-SP) Das cinco frases, quatro têm uma caracte- 2. (FCC-SP) Considere as seguintes premissas:
rística lógica em comum, enquanto uma delas não tem p: Trabalhar é saudável
essa característica.
q: O cigarro mata
I. Que belo dia!
A afirmação “Trabalhar não é saudável” ou “O cigarro
II. Um excelente livro de raciocínio lógico. mata”, é falsa se
III. O jogo terminou empatado? a. p é falsa e ¬q é falsa.
IV. Existe vida em outros planetas do universo. b. p é falsa e q é falsa.
V. Escreva uma poesia. c. p e q são verdadeiras.
A frase que não possui essa característica comum é a d. p é verdadeira e q é falsa.
a. I e. ¬p é verdadeira e q é falsa.
b. II
Resolução
c. III
Sejam as proposições:
d. IV
p: Trabalhar é saudável.
e. V q: O cigarro mata.
Resolução A negação de “p” é:
Analisando cada uma das frases, temos: ¬p: Trabalhar não é saudável.
I. Que belo dia! A disjunção ¬p ∨ q é falsa quando as duas são falsas, ou seja:
É uma sentença exclamativa, logo não representa uma propo- V(¬p) = F com V(q) = F: isso significa que p é verdadeira e q é
sição. falsa.
II. Um excelente livro de raciocínio lógico. Alternativa correta: D
É uma sentença que não pode ser julgada como falsa ou verda-
deira, logo não representa uma proposição.
III. O jogo terminou empatado?
É uma sentença interrogativa, logo não representa uma pro-
posição.
IV. Existe vida em outros planetas do universo.
É uma sentença que pode ser julgada como falsa ou verdadeira,
logo representa uma proposição simples.
V. Escreva uma poesia.
É uma sentença imperativa, logo não representa uma propo-
sição.
Assim, a sentença IV é a única que representa uma proposição
simples, as demais frases não são proposições.
Alternativa correta: D
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3. (IBFC-SP) Seja a proposição P: 20% de 40% = 8% e b. o valor lógico da disjunção entre as duas proposi-
3 ções é falso.
a proposição Q: se do salário de João é R$ 720,00,
4 c. o valor lógico do bicondicional entre as duas pro-
então o salário de João é maior que R$ 1.000,00. Consi- posições é verdade.
derando os valores lógicos das proposições P e Q, pode-
mos afirmar que d. o valor lógico do condicional, P então Q, é falso.
a. o valor lógico da conjunção entre as duas proposi- e. o valor lógico do condicional, Q então P, é falso.
ções é verdade.

Resolução • considerando a alternativa C:


A proposição P é verdadeira, pois: 20% de 40% é o mesmo que Da bicondicional entre “P” e “Q”, que é a bicondicional “V” e “F”,
20% ∙ 40% = 0,2 ∙ 40% = 8%. resulta falso.
3 • considerando a alternativa D:
Sendo S o salário de João, vamos analisar a proposição Q: de S é
4
igual a 720, ou seja, () 3
4
∙ S = 720;
Da condicional entre “P” e “Q”, que é a condicional “V” e “F”, resulta
falso.
4 • considerando a alternativa E:
S = 720 ∙ = 240 ∙ 4 = 960 reais. Com isso, a proposição Q é falsa, pois
3 Da condicional entre “Q” e “P”, que é a condicional “F” e “V”, resulta
o salário não é maior que 1.000 reais, deixando a condicional V → F. verdadeiro.
Sabendo que o valor lógico de “P” é verdade e o valor lógico de “Q” Alternativa correta: D
é falso,
Habilidade
• considerando a alternativa A:
Utilizar os conceitos básicos de uma linguagem de programação na
Da conjunção entre “P” e “Q”, que é a conjunção “V” e “F”, resulta falso. implementação de algoritmos escritos em linguagem corrente e/ou
• considerando a alternativa B: matemática.
Da disjunção entre “P” e “Q”, que é a disjunção “V” ou F”, resulta
verdadeiro.

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CAPÍTULO 2
Exercícios EXTRAS
  CAPÍTULO 2

4. (VUNESP) Considere verdadeiras as afirmações: d. Helena não sai de casa.


• Se Marcelo acorda cedo, então Helena não sai de e. Fernanda faz o almoço.
casa.
5. Uma afirmação que corresponde à negação lógica da
• Se Helena não sai de casa, então Marina vai para a afirmação “Vou para a Colômbia ou participarei de
escola. um congresso” é:
• Se Marina vai para a escola, então Fábio pode a. Vou para a Colômbia e não participarei de um con-
jogar bola. gresso.
• Helena sai de casa e Fábio não pode jogar bola. b. Se eu não for para a Colômbia, então não partici-
• Marcelo acorda cedo ou Fernanda faz o almoço. parei de um congresso.
A partir dessas afirmações, é correto concluir que c. Não vou para a Colômbia e não participarei de um
congresso.
a. Marina vai para a escola.
d. Se eu for para a Colômbia, então participarei de
b. Marcelo acorda cedo. um congresso.
c. Fábio pode jogar bola. e. Não vou para a Colômbia ou não participarei de
um congresso.

Seu Espaço

Sobre o módulo
O assunto deste módulo são as proposições lógicas e os conectivos lógicos. Para um bom entendimento desse assunto, os três exercícios
de aplicação são fundamentais: o primeiro trata do que é ou não uma proposição; o segundo trabalha a negação de uma proposição; o
terceiro trabalha diversos conectivos, entre eles o condicional e o bicondicional.
É importante fazer esses três exercícios com os alunos.
A tabela verdade será abordada posteriormente, entretanto, adiantar esse assunto não compromete o andamento desse conteúdo.
Deve-se evidenciar a diferença entre disjunção e disjunção exclusiva.

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Exercícios PROPOSTOS

Da teoria, leia os tópicos 3, 3.A, 3.B, 4, 4.A, 4.B, 4.C, 5, 5.A, 5.B, 5.C, 5.D, 5.E e 5.F. a. Ana é auxiliar de papiloscopista, e Mônica é escrivã.
Exercícios de: Tarefa Reforço Aprofundamento Lidere! b. Ana não é auxiliar de papiloscopista, e Caio não é
investigador.
6. (VUNESP) Em lógica, pelo princípio do terceiro ex-
c. Ana não é auxiliar de papiloscopista, e Mônica é
cluído,
escrivã.
a. uma proposição falsa pode ser verdadeira e uma
d. Caio é investigador, e Mônica é escrivã.
proposição verdadeira pode ser falsa.
e. Caio não é investigador, e Mônica não é escrivã.
b. uma proposição verdadeira pode ser falsa, mas
uma proposição falsa é sempre falsa. 10. (VUNESP) É correto afirmar que uma proposição
c. uma proposição ou será verdadeira ou será falsa, é a negação de outra quando:
não há outra possibilidade. a. se uma for verdadeira, então a outra obrigatoria-
d. uma proposição verdadeira é verdadeira e uma mente não poderá ser falsa.
proposição falsa é falsa. b. se uma for falsa, então a outra obrigatoriamente
e. nenhuma proposição poderá ser verdadeira e fal- não poderá ser verdadeira.
sa ao mesmo tempo. c. se uma for verdadeira, então a outra será obriga-
7. A negação de “hoje é dia de feira e amanhã não irei toriamente falsa.
à escola” é d. a soma das proposições resultar obrigatoriamente
a. hoje não é dia de feira e amanhã não irei à escola. em números negativos.
b. hoje não é dia de feira ou amanhã irei à escola. e. a soma das proposições resultar obrigatoriamente
em números positivos.
c. hoje não é dia de feira então amanhã irei à escola.
d. hoje não é dia de feira nem amanhã irei à escola. 11. (VUNESP) Considere a afirmação: “Nem todos os
e. hoje é dia de feira ou amanhã irei à escola. técnicos gostam de informática e todos os chefes de
seção sabem que isso acontece”. Uma afirmação que
8. (VUNESP) Considere a seguinte proposição: corresponde à negação lógica da afirmação anterior é:
Todas as pessoas podem reunir-se pacificamente e a. Todos os técnicos gostam de informática e exis-
têm o direito a receber informações de seu interesse. te algum chefe de seção que não sabe que isso
Uma negação lógica para essa proposição está contida acontece.
na alternativa:
b. Nenhum técnico gosta de informática e nenhum
a. Nenhuma pessoa pode se reunir pacificamente chefe de seção sabe que isso acontece.
com outras pessoas e tem o direito a receber in-
c. Pelo menos um técnico gosta de informática e al-
formações de seu interesse.
gum chefe de seção não sabe que isso acontece.
b. Nenhuma pessoa pode se reunir pacificamente
com outras pessoas ou tem o direito a receber in- d. Nenhum técnico gosta de informática ou nenhum
formações de seu interesse. chefe de seção sabe que isso acontece.
c. Existe pessoa que não pode se reunir pacifica- e. Todos os técnicos gostam de informática ou existe al-
mente com outras pessoas ou que não tem o di- gum chefe de seção que não sabe que isso acontece.
reito a receber informações de seu interesse. 12. (VUNESP) A negação da frase: “Todos os analis-
d. Todas as pessoas não podem se reunir pacifica- tas são inteligentes ou nenhum técnico é capacitado”
mente e não têm o direito a receber informações é dada por
matemática

de seu interesse.
a. Existe analista que não é inteligente ou existe al-
e. Existe pessoa que não pode se reunir pacifica- gum técnico que não é capacitado.
mente com outras pessoas e que não tem o direito
b. Não existe analista inteligente ou algum técnico é
matemática e suas tecnologias

a receber informações de seu interesse.


capacitado.
9. (VUNESP) Considere falsidade a proposição I, e ver- c. Nenhum analista é inteligente ou todo técnico é
dade a proposição II: capacitado.
I. Se Ana é auxiliar de papiloscopista, então Caio é d. Existe analista que não é inteligente e existe téc-
investigador. nico que é capacitado.
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II. Caio é investigador ou Mônica é escrivã. e. Se nenhum técnico é capacitado, então todos os
Com base no que foi apresentado, é verdade que analistas são inteligentes.

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CAPÍTULO 2
13. (VUNESP) Os conectivos ou operadores lógicos 16. (Consulplan-MG) Quatro amigos, Alexandre,
  CAPÍTULO 2

são palavras (da linguagem comum) ou símbolos (da Breno, Cássio e Diogo, pretendem fazer uma viagem
linguagem formal) utilizados para conectar proposi- em um automóvel, porém apenas um deles tem a car-
ções de acordo com regras formais preestabelecidas. teira de habilitação em dia. Considere que eles fizeram
Assinale a alternativa que apresenta exemplos de con- as afirmações seguintes e somente um deles disse a
verdade:
junção, negação e implicação, respectivamente.
• Alexandre: a carteira de Breno está em dia;
a. ¬p, p ∨ q, p ∧ q
• Breno: a carteira de Diogo está em dia;
b. p ∧ q, ¬p, p → q
• Cássio: a minha carteira está vencida;
c. p → q, p ∨ q, ¬p
• Diogo: minha carteira não está em dia.
d. p ∨ p, p → q, ¬q Quem tem a habilitação para dirigir o automóvel nes-
e. p ∨ q, ¬q, p ∨ q sa viagem?
a. Cássio c. Breno
14. (ITA-SP) Considere as seguintes afirmações so-
b. Diogo d. Alexandre
bre números reais positivos:
I. Se x > 4 e y < 2, então x² – 2y > 12.
Desafio
II. Se x > 4 ou y < 2, então x² – 2y > 12.
III. Se x² < 1 e y2 > 2, então x² – 2y < 0. 17. (Consulplan-MG) Sobre uma mesa encontram-
-se 3 garrafas de mesma capacidade e materiais dis-
Então, destas é (são) verdadeira(s) tintos, havendo, em cada uma delas, certa bebida em
a. apenas I. quantidades diferentes, estando uma delas cheia,
b. apenas I e II. uma quase cheia e outra pela metade.
c. apenas II e III. • A garrafa que está quase cheia é a de plástico ou
a de alumínio.
d. apenas I e III.
• A garrafa cujo líquido está pela metade tem suco
e. todas. e não é a de plástico.
• O volume contido na garrafa de refrigerante é
15. (FGV-SP) As amigas Ana, Bia, Clô e Dri entraram
inferior ao volume contido na garrafa de leite.
em uma lanchonete e cada uma tomou um suco dife-
rente. Os sabores foram: laranja, abacaxi, manga e mo- • O leite não está armazenado na garrafa de vidro
e o refrigerante não está armazenado na garrafa
rango. Sabe-se que:
de plástico.
• nem Ana nem Bia tomaram de laranja; As garrafas com menor e maior volume de líquido
• Clô não tomou nem de abacaxi nem de manga; são, respectivamente, as de
• Dri não tomou nem de abacaxi nem de morango; a. plástico e vidro.
• nem Ana nem Clô tomaram de morango. b. vidro e alumínio.
Considere as afirmações: c. alumínio e plástico.
I. Dri tomou suco de laranja. d. vidro e plástico.

II. Ana tomou suco de abacaxi. Crie e ative


III. Bia tomou suco de morango. 18. Circuitos elétricos simples
IV. Clô tomou suco de manga. Em uma linguagem fácil podemos dizer que um cir-
É correto concluir que cuito elétrico simples é o conjunto de caminhos que
permite a passagem de corrente elétrica, no qual
a. nenhuma das quatro afirmativas é verdadeira. aparecem outros dispositivos elétricos ligados a um
b. apenas uma das quatro afirmativas é verdadeira. gerador.
c. apenas duas das quatro afirmativas são verdadeiras. Nesse tipo de circuito, há apenas uma corrente elétri-
ca, ou seja, ela sai do gerador e percorre somente um
d. apenas três das quatro afirmativas são verdadeiras.
caminho até voltar a ele.
e. as quatro afirmativas são verdadeiras.
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pilha Interruptor 1 Interruptor 2 Lâmpada
lâmpada acesa
+ –

c.

Interruptor 1
chave fechada

Na figura anterior, as posições da chave podem ser Interruptor 2


fechada (V) ou aberta (F).
Se a chave está fechada, os elétrons podem passar
por ela, fazendo assim com que a lâmpada se acenda. Lâmpada
Obviamente, se a chave estiver aberta, a lâmpada
não se acenderá.
Observe os circuitos a seguir e, em cada um deles, cons-
Corrente
trua uma tabela em que conste todas as posições pos-
síveis (V ou F) dos interruptores (chave) e identifique o
que aconteceu com a lâmpada (se acendeu ou não). Bateria

O item a já está com a resolução para servir de exemplo.


O item b está com uma tabela pré-pronta, faltando d.
completá-la.
Nos demais itens, as tabelas devem ser construídas Interruptor 1
e completadas.
a. Interruptor
Interruptor 2

Lâmpada Lâmpada
Interruptor 3

Corrente Corrente

Bateria Bateria

Interruptor 1 Lâmpada
V acesa Posicione-se
F apagada
19. Leia o texto que está na atividade “Crie e ative”.
b. Considere que, em um dormitório, há uma única lâm-
matemática

Interruptor 1 Interruptor 2 pada que funciona com energia elétrica.


Nele serão instalados dois interruptores para o acen-
dimento dessa lâmpada.
matemática e suas tecnologias

Lâmpada Um deles ficará bem na entrada do dormitório, e o


outro a alguns metros dali, próximo à cama.
Posicione-se sobre qual o melhor tipo de circuito elé-
trico (série ou paralelo) a ser escolhido para que os
Corrente interruptores acendam a lâmpada.
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Quais os benefícios que a opção escolhida por você


Bateria traria para o usuário do dormitório?

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CAPÍTULO 2
Faça junto
  CAPÍTULO 2

20. O teste de Einstein


Esse teste de lógica do século XX é atribuído a Albert Einstein.
Segundo ele (isso não é confirmado), 98% da população mundial não seria capaz de resolvê-lo.
Reúna-se em grupos e, com os colegas, resolva esse desafio de lógica.
A opinião e o raciocínio coletivo são de fundamental importância nesse jogo.

O jogo
1. Leia todas as dicas.
2. Identifique as dicas mais elementares e já preencha as lacunas correspondentes a elas. Por exemplo: O homem
que vive na casa do meio bebe leite. Dessa maneira, deve-se completar a lacuna correspondente à bebida da
casa 3.
3. A partir daí, preencha as demais lacunas com as demais dicas. Nem sempre uma dica já fornece a lacuna correta
a ser preenchida. Muitas vezes, são necessárias algumas dicas para chegar a uma conclusão.
4. O jogo encerra-se quando todas as lacunas são preenchidas corretamente.
Pode-se estipular que o grupo vencedor é o que preencheu corretamente todas as lacunas em menos tempo.

O teste de Einstein

1a Casa 2a Casa 3a Casa 4a Casa 5a Casa


Cor
Nacionalidade
Bebida
Prato preferido
Animal

1. O inglês vive na casa vermelha.


2. O sueco tem cachorros como animais de estimação.
3. O dinamarquês bebe chá.
4. A casa verde fica do lado esquerdo da casa branca.
5. O homem que vive na casa verde bebe café.
6. O homem que come sanduíche cria pássaros.
7. O homem que vive na casa amarela come lasanha.
8. O homem que vive na casa do meio bebe leite.
9. O norueguês vive na primeira casa.
10. O homem que come sopa vive ao lado do que tem gatos.
11. O homem que cria cavalos vive ao lado do que come lasanha.
12. O homem que come arroz e feijão bebe suco.
13. O alemão come almôndega.
14. O norueguês vive ao lado da casa azul.
15. O homem que come sopa é vizinho do que bebe água.
É possível encontrar esse jogo em diversos sites, em que você pode manipular melhor a tabela, modificando uma
resposta mais facilmente.
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PARA
CONFERIR
1. Qual das proposições é falsa? d. V(p) = F, V(q) = V e V(t) = V
a. 3 ≥ 3 e. V(p) = V, V(q) = F e V(t) = V
7 7
b. 2 > 1 e –5 > –1 3. (IBFC-SP) Considerando o conjunto verdade dos co-
c. 22 = 4 → 23 = 8 nectivos lógicos proposicionais e sabendo que o valor
lógico de uma proposição “p” é falso e o valor lógico de
d. (–3)2 = –9 ↔ −9 = −3 uma proposição “q” é verdade, é correto afirmar que o
2. Sabendo-se que V(p ↔ q) = F e V(t ∧ q) = V, assinale valor lógico
qual o valor lógico de cada proposição simples. a. da conjunção entre “p” e “q” é verdade.
a. V(p) = V, V(q) = F e V(t) = F b. da disjunção entre “p” e “q” é falso.
b. V(p) = F, V(q) = F e V(t) = V c. do condicional entre “p” e “q”, nessa ordem, é falso.
c. V(p) = F, V(q) = F e V(t) = F d. do bicondicional entre “p” e “q” é falso.

Seu Espaço

matemática
matemática e suas tecnologias
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CAPÍTULO

3 LÓGICA MATEMÁTICA –
TABELA VERDADE

SUMÁRIO
1. Tabela verdade66

HABILIDADES
• Utilizar os conceitos básicos de uma linguagem
de programação na implementação de
algoritmos escritos em linguagem corrente
e/ou matemática.
• Resolver um mesmo problema utilizando
diferentes algoritmos.

64

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A

EVERETT COLLECTION/SHUTTERSTOCK
lógica matemática desempenhou um papel fundamental na Ciência da Computação.
Seu grande desenvolvimento foi no início do século XX, com o objetivo de reunir e for-
malizar todo o conhecimento matemático desenvolvido até aquele momento.
Ela se desvincula da Matemática tradicional na metade do século XX, concentrando seu de-
senvolvimento na potencialidade de aplicações.
A lógica encontrou aplicações na Física, Biologia, Química e, é claro, na Ciência da Computa-
ção (algoritmos, banco de dados, teoria dos tipos, circuitos digitais etc. e os tópicos a seguir são
bases dessas aplicações).

A capacidade de um computador digital


da década de 1940 pode ser comparada
à de uma simples calculadora digital dos
MATEMÁTICA

dias de hoje.
MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS

65

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1. TABELA VERDADE MUNDO DOLHO
TRABA
A. Definição Analista de sistemas e engenheiro da computação
Análise de Sistemas e Engenharia da Computação são profis-
Nos módulos anteriores, vimos os operadores lógicos:
sões associadas à informática. O analista de sistemas é espe-
CAPÍTULO 3

• da negação: a proposição p tem valor lógico opos- cializado em desenvolver sistemas informatizados, desde a
to à proposição não p; concepção lógica até implementação e manutenção de pro-
• da conjunção: p ∧ q possui o valor lógico ver- gramas automatizados ou procedimentais. O engenheiro da
dadeiro (V) quando ambas as proposições p e computação combina habilidades de Ciência da Computação
com Engenharia Elétrica para desenvolver equipamentos e
q forem verdadeiras e valor lógico falso (F) nos
programas de computador.
demais casos;
O vídeo indicado apresenta algumas ca-
• da disjunção: p ∨ q possui o valor lógico falso (F) racterísticas profissionais de Análise de
quando ambas as proposições p e q forem falsas Sistemas e Engenharia da Computação,
e valor lógico verdadeiro (V) nos demais casos; também mostra a presença da Matemática
• da disjunção exclusiva: p ∨ q possui o valor lógi- nessas profissões e incentiva o estudo delas.
co falso (F) quando ambas as proposições p e q Disponível em: <coc.pear.sn/sRhalgr>.
forem falsas ou quando ambas as proposições fo-

WUTWHANFOTO/ISTOCKPHOTOS
rem verdadeiras e o valor lógico verdadeiro (V)
nos demais casos;
• da condicional: p → q possui o valor lógico falso
(F) no caso em que a primeira proposição p for ver-
dadeira e a segunda proposição q for falsa e, possui
o valor lógico verdadeiro (V) nos demais casos;
• da bicondicional: p ↔ q possui o valor lógico verda-
deiro (V) se ambas as proposições p e q forem verda-
deiras ou se ambas as proposições p e q forem falsas
e possui o valor lógico falso (F) nos demais casos.
Para melhor visualização dessas informações, usa- C. Tabela verdade do operador lógico de negação
mos a tabela verdade. Lembrando: Dada uma proposição p, define-se por
Uma tabela verdade é um mapa no qual colocamos negação o operador lógico “não”, representado simbo-
todas as soluções possíveis de uma sentença composta licamente por “¬”, em que “¬p” possui o valor lógico
e seus respectivos resultados. verdade (V) quando p for falso (F) e falso (F) quando o
valor de p for verdadeiro (V).
O número de linhas de uma tabela verdade é igual
a 2N, onde N é o número de sentenças (proposições) Notação: ¬p, (lê-se “não p” ou “não é verdade que”).
simples que formam a sentença composta.
p ¬p

Passo a passo para a construção de uma tabela V F


verdade. F V
1. Dimensionar a tabela em função do número N de
proposições simples, ou seja, a tabela terá 2N linhas.
D. Tabela verdade do operador lógico de conjunção
2. Preencher as colunas iniciais associadas às pro-
Lembrando: Dadas duas proposições p e q, define-se por
posições simples com as combinações dos valores
conjunção o operador lógico “e”, representado simbolica-
lógicos V para verdadeiro e F para falso.
mente por ∧, em que “p ∧ q” tem o valor lógico verdadei-
3. Estabelecer uma sequência para o preenchimento ro (V) quando ambas as proposições forem verdadeiras
das colunas restantes até formar a proposição final. e tem o valor lógico falso (F) nos demais casos.
Notação: p ∧ q (lê-se “p e q”).
B. Prioridade entre os operadores lógicos
Entre os operadores lógicos, existe uma ordem de p q p∧q
prioridade de cálculo em uma expressão dada. V V V
São elas:
V F F
1. Negação 4. Disjunção exclusiva
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F V F
2. Conjunção 5. Condicional
3. Disjunção 6. Bicondicional F F F

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E. Tabela verdade do operador lógico de disjunção Observação: Também podemos fazer as seguintes
leituras:
Lembrando: Dadas duas proposições p e q, define-se
por disjunção o operador lógico “ou”, representado 1. p é suficiente para q
simbolicamente por ∨, em que “p ∨ q” tem o valor lógi- 2. q é necessário para p
co falso (F) quando ambas as proposições forem falsas
e tem o valor lógico verdadeiro (V) nos demais casos. H. Tabela verdade do operador lógico bicondicional
Notação: p ∨ q (lê-se “p ou q”). Lembrando: Dadas duas proposições p e q, define-se
por bicondicional o operador “se e somente se”, re-
p q p∨q presentado simbolicamente por ↔, em que “p ↔ q”
possui o valor lógico verdadeiro (V) se ambas as pro-
V V V posições forem verdadeiras ou se ambas as proposi-
V F V ções forem falsas e tem o valor lógico falso (F) nos
demais casos.
F V V
Notação: p ↔ q (lê-se “p se e somente se q”).
F F F
p q p↔q
V V V
F. Tabela verdade do operador lógico
de disjunção exclusiva V F F

Lembrando: Dadas duas proposições p e q, define-se F V F


por disjunção exclusiva o operador lógico “ou exclusivo”,
representado simbolicamente por ∨, em que “p ∨ q” F F V
possui o valor lógico falso (F) quando ambas as propo-
sições forem falsas ou quando ambas as proposições fo-
rem verdadeiras e possui o valor lógico verdadeiro (V) LEITURA
nos demais casos.
Notação: p ∨ q (lê-se “p ou exclusivo q”). Bertrand Russel e o logicismo
A Filosofia iniciou-se com Tales de Mileto (c. 585 a.C.), o
primeiro matemático a ter seu nome gravado na história.
p q p∨q A filosofia moderna tem como seu marco inicial O dis-
V V F curso do método (1636), do grande matemático francês
René Descartes. Ainda no século XVII, brilhariam simulta-
V F V neamente na Filosofia e na Matemática Pascal e Leibniz.
F V V No século passado, talvez ninguém encarne melhor essa
dualidade científica do que Bertrand Russell (1872-1970).
F F F
Russell nasceu em Trelleck, País de Gales, numa família
em que a tradição liberal era uma vertente destacada.
O avô, lorde John Russell, que chegou a primeiro-minis-
G. Tabela verdade do operador lógico condicional tro no reinado da rainha Vitória, notabilizou-se na polí-
Lembrando: Dadas duas proposições p e q, define-se tica por suas ideias reformistas (por exemplo, em favor
por condicional o operador “se então” representado da instrução popular). Era tão admirado que, em suas
simbolicamente por →, em que “p → q” possui o valor viagens pelo interior, o povo enfileirava-se à beira das
lógico falso (F) no caso em que a primeira proposição estradas por onde passava para aclamá-lo. Uma frase
(p) for verdadeira e a segunda proposição (q) for falsa sua era citada repetidamente:
MATEMÁTICA

e tem o valor lógico verdadeiro (V) nos demais casos. “Quando me perguntam se uma nação está amadureci-
Notação: p → q (lê-se “se p então q”). da para a liberdade, respondo: acaso existe algum ho-
mem amadurecido para ser déspota?”
MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS

A mãe de Bertrand era uma conhecida líder feminis-


p q p→q
ta; o pai, visconde de Amberley, pretendia educá-lo no
V V V agnosticismo. Mas ambos morreram antes de ele com-
pletar 4 anos de idade. Assim, Bertrand Russell acabou
V F F
sendo educado por preceptores e governantas, segun-
EM-L2-11I-22

F V V do as ideias do ramo conservador da família. Mas não


adiantou. Segundo suas próprias palavras:
F F V

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“Quanto à religião, passei a não acreditar primeiro Em 1940, quando era professor da Universidade da Califór-
no livre-arbítrio, depois na imortalidade e finalmente nia, o Conselho do City College de Nova York aprovou por
em Deus”. E em matéria de moral, aquela vigente em unanimidade sua indicação para uma cadeira de seu de-
seu tempo lhe parecia demasiado estreita e precon- partamento de Filosofia. Mas houve uma reação tão forte
CAPÍTULO 3

ceituosa. de alguns setores da Igreja que sua nomeação acabou sen-


do impedida na Justiça. A propósito, declarou John Dewey:
Aos 18 anos de idade ele se matriculou no Trinity College
da Universidade de Cambridge, a fim de estudar Ma- “Como americanos não nos resta senão enrubescer dian-
te dessa mancha em nossa reputação de agir com lisura”.
temática e Filosofia. Nessa época, a fundamentação
rigorosa da Matemática ainda não deixaria passar Isso não impediu, contudo, que Russell continuasse a
em branco. Em Meu pensamento filosófico, Russell ensinar nos Estados Unidos: a Universidade de Harvard
escreveu: acolheu-o prazerosamente.
Em 1944, voltou à Inglaterra, onde o rei George VI con-
“Aqueles que me ensinaram o cálculo infinitesimal
feriu-lhe a Ordem do Mérito. Em 1950, foi agraciado com
não conheciam provas convincentes de seus teoremas
o Prêmio Nobel de Literatura. (Talvez não seja demais
fundamentais e tentaram fazer-me aceitar os sofismas
lembrar que essa láurea não é concedida às áreas de
oficiais como um ato de fé”. Matemática e Filosofia).
Certamente foi essa preocupação com a fundamenta- DOMINGUES, Hygino H. em: Bertrand Russell e o logicismo. Publicado
ção rigorosa da Matemática que o impeliu, desde logo, por Kleber Kilhian em 28/03/2011. Disponível em: <https://www.
obaricentrodamente.com/2011/03/bertrand-russell-e-o-logicismo.
para o campo da lógica. Esta, desde Boole (1815-1864), html>. Acesso em: jan. 2020. Adaptado.
empregava métodos matemáticos, como simbolismo
e demonstrações de princípios lógicos com base em
axiomas. Gottlob Frege (1848-1925), o expoente má- VOCABULÁRIO
ximo da lógica em seu tempo, defendia que a Mate-
Antinomia: contradição entre dois princípios aparentemente váli-
mática é um ramo da lógica, tese à qual Russell aderiu
dos ou entre inferências feitas com base em tais princípios.
decididamente, mesmo tendo encontrado falhas na
Infinitesimal: extremamente pequeno; infinitamente pequeno;
obra de Frege. De fato, em carta de 1902, Russell ex- ínfimo; mínimo.
punha a Frege uma antinomia que, segundo este, Proscrição: 1 Ato ou efeito de proscrever. 2 Ato de punir alguém,
numa demonstração talvez exagerada de honestidade condenando-o a abandonar seu país de origem; degredo, dester-
científica, derrubava os preceitos de suas Leis funda- ro. 3 Proibição do que é considerado impróprio ou não conforme
mentais, uma obra cujo segundo volume estava para com as normas vigentes. 4 JUR Decreto governamental banindo do
território nacional o indivíduo prejudicial ao país.
ser lançado. É que essa obra usava o conceito de con-
junto de todos os conjuntos, o que leva a contradições.
Era preciso eliminar da teoria dos conjuntos conceitos PARA EXPLORAR
como esse.
Há um texto agradável que apresenta os prin-
A meta de Russell, de reduzir a Matemática à lógica, traduziu- cípios da lógica matemática.
se num programa ou filosofia matemática conhecida como
Disponível em: <coc.pear.sn/dP1yNi5>.
logicismo. Esse programa foi grandemente desenvolvido
na obra Principia mathematica, em três volumes, publicados
respectivamente em 1910, 1912 e 1913, de autoria de
Russell e A. N. Whitehead (1861-1947). Mas, por certos
limites à Matemática, apesar de produzir frutos muito APRENDER SEMPRE
positivos que a empreenderam, mostra vários pontos
passíveis de críticas. 1. Construa a tabela verdade da seguinte proposição composta:
p ∨ (¬q)
Nas primeiras linhas de Meu pensamento filosófico, Rus-
Resolução
sell registrou: “Quanto aos fundamentos da Matemática,
Como são duas proposições simples, a nossa tabela terá 22 = 4
não cheguei a parte alguma”.
linhas de valores lógicos.
A dedicação de Russell à Matemática e à Filosofia não Devemos construir as seguintes colunas, de acordo com as
o impediu de, até o fim de seus dias, engajar-se firme- prioridades vistas anteriormente:
mente nas grandes questões sociais de seu tempo. As- Coluna 1 = p; coluna 2 = q; coluna 3 = ¬q; coluna 4 = p ∨ (¬q)
sim é que, em 1916, foi destituído de sua cátedra em
Cambridge, considerado traidor da pátria e preso, por p q ¬q p ∨ (¬q)
sua atitude pacifista em face da Primeira Guerra Mun-
dial. Alguns anos antes do fim de sua vida, não raro apa-
EM-L2-11I-22

recia à frente de passeatas pela proscrição de armas


nucleares e contra a Guerra do Vietnã.

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Colocamos todas as possibilidades dos valores lógicos para p Observe que as colunas de p ∧ (q ∧ r) e (p ∧ q) ∧ r são iguais.
e para q e, em seguida, completamos a tabela, de acordo com Assim, fica demonstrado que p ∧ (q ∧ r) é equivalente a
as regras aprendidas. (p ∧ q) ∧ r.

p q ¬q p ∨ (¬q)
3. (UFBA) A proposição ¬p ∨ q → q ∧ r é verdadeira, se:
V V F V
a. p e q são verdadeiras e r, falsa.
V F V V
F V F F b. p e q são falsas e r, verdadeira.
F F V V c. p e r são falsas e q, verdadeira.
d. p, q e r são verdadeiras.
2. Mostre que a conjunção admite a propriedade associativa, e. p, q e r são falsas.
ou seja, que p ∧ (q ∧ r) é equivalente a (p ∧ q) ∧ r. Resolução
Resolução Devemos construir a tabela verdade com oito linhas de valores
Temos três proposições simples. Daí, o número de linhas da lógicos. A primeira linha da tabela verdade será composta pelas
tabela verdade com valores lógicos é igual a 23 = 8. proposições p; q; r; ¬p; ¬p ∨ q; q ∧ r; ¬p ∨ q → q ∧ r.
Devemos construir as seguintes colunas, respeitando as prio-
ridades vistas anteriormente:
p q r ¬p ¬p ∨ q q ∧ r ¬p ∨ q → q ∧ r
p; q; r; q ∧ r; p ∧ (q ∧ r); p ∧ q; (p ∧ q) ∧ r
A propriedade associativa ficará demonstrada, se as colunas V V V F V V V
onde aparecem p ∧ (q ∧ r) e (p ∧ q) ∧ r forem iguais. V V F F V F F
Montamos então a tabela:
V F V F F F V
p q r q∧r p ∧ (q ∧ r) p ∧ q (p ∧ q) ∧ r V F F F F F V
V V V V V V V
F V V V V V V
V V F F F V F
V F V F F F F F V F V V F F
V F F F F F F
F F V V V F F
F V V V F F F
F V F F F F F F F F V V F F
F F V F F F F
F F F F F F F Alternativa correta: D

Anotações

MATEMÁTICA
MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS
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ADE
TABELA VERD

Proposição
Negação
simples

Conjunção

Condicional

Condicionais Conectivos Disjunção

Bicondicional

Disjunção
exclusiva

Proposição
composta

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CAPÍTULO 3
MÓDULO 7 ■ TABELA VERDADE
Exercícios de APLICAÇÃO

1. Obtenha a tabela verdade para a proposição compos- 2. A proposição (p ∨ ¬q) ∧ (¬p ∨ q) é verdadeira, se
ta (p ∨ q) ∧ ¬p. a. p e q são ambas verdadeiras ou, se p e q são am-
Resolução bas falsas.
Neste primeiro exercício, será apresentada a solução com de- b. p é verdadeira e q é falsa ou, se p é falsa e q é ver-
talhes. dadeira.
Ao dimensionar a tabela em função do número de proposições c. p e q são ambas verdadeiras ou, se p é verdadeira
simples, temos 22 = 4 linhas.
e q é falsa.
p q
d. p e q são ambas falsas ou, se p é verdadeira e q é
falsa.
e. p é verdadeira e q assume qualquer valor lógico.
Resolução
Ao dimensionar a tabela em função do número de proposições
Preenchemos as colunas iniciais associadas às proposições sim- simples, temos 22 = 4 linhas e, em função da expressão, foi esco-
ples com as combinações dos valores lógicos V para verdadeiro lhida a sequência: ¬p, ¬q, p ∨ ¬q, ¬p ∨ q seguida da proposição
e F para falso. final (p ∨ ¬q) ∧ (¬p ∨ q).

p q
p q ¬p ¬q p ∨ ¬q ¬p ∨ q (p ∨ ¬q) ∧ (¬p ∨ q)
V V
V F V V F F V V V
F V
F F V F F V V F F

Em função da expressão, foi escolhida a sequência: p ∨ q, F V V F F V F


seguida de ¬p e, por fim, a proposição final.
F F V V V V V
p q p∨q ¬p (p ∨ q) ∧ ¬p
V V V F F A proposição (p ∨ ¬q) ∧ (¬p ∨ q) é verdadeira quando as pro-
posições p e q forem simultaneamente verdadeiras ou simulta-
V F V F F
neamente falsas.
F V V V V
Alternativa correta: A
F F F V F

matemática
matemática e suas tecnologias
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CAPÍTULO 3
3. Dadas três proposições p, q e r, sabe-se que p é sempre a. q verdadeira e r verdadeira.
  CAPÍTULO 3

verdadeira; assim, para que a proposição composta b. q verdadeira e r falsa.


(p ↔ q) ∧ (r → ¬p) seja verdadeira, devemos
c. q falsa e r verdadeira.
necessariamente ter
d. q falsa e r falsa.
e. q verdadeira e r qualquer valor lógico.
Resolução
Como temos três proposições (p, q, r), devemos ter 23 = 8 linhas a serem preenchidas na tabela verdade.
Porém, o enunciado afirma que p é sempre verdadeira. Daí, as linhas onde p tem valor lógico falso são descartadas.
Construímos então a tabela cujas colunas, na sequência, são:
p; q; r; ¬p; p ↔ q; r → ¬p; (p ↔ q) ∧ (r → ¬p)

p q r ¬p p ↔ q r → ¬p (p ↔ q) ∧ (r → ¬p)

V V V F V F F

V V F F V V V

V F V F F F F

V F F F F V F

Apenas a segunda linha faz a proposição composta ter valor lógico verdadeiro. Isso ocorre quando p é verdadeira, q é verdadeira e r é falsa.
Alternativa correta: B
Habilidade
Utilizar os conceitos básicos de uma linguagem de programação na implementação de algoritmos escritos em linguagem corrente e/ou
matemática.

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Exercícios EXTRAS

4. São dadas as proposições simples p e q. Na tabela verdade, a coluna que representa a sentença
Em seguida, é construída a tabela verdade da senten- dada é preenchida, de cima para baixo, por
ça (p → q) ↔ ¬p. a. V – V – V – V
b. V – F – F – V
p q ¬p p→q (p → q) ↔ ¬p
c. F – V – V – F
V V
d. F – V – V – V
V F
e. F – V – F − V
F V
5. Construa a tabela verdade para a expressão:
F F
(p ∧ ¬q) ∨ (¬p ∧ q)

Seu Espaço

Sobre o módulo
O assunto deste módulo é a construção de tabela verdade de proposições lógicas.
É importante saber o número de linhas que a tabela a ser construída terá. Do mesmo modo que numa expressão algébrica, para a cons-
trução da tabela há, também, prioridades.
Deixar essas prioridades bem claras para os alunos.
São elas: parênteses, colchetes e chaves; negação; conjunções, disjunções e disjunções exclusivas; condicionais e bicondicionais.
Começar com as proposições mais simples, que usam apenas duas simples para, depois, trabalhar com as mais complexas.
Neste módulo, não há a preocupação de atrelar a tabela verdade com algum texto que a relaciona. A preocupação no momento é simples-
mente a das construções. A contextualização das proposições virá nos próximos módulos.
Em geral, o valor lógico da condicional V → F = F gera dúvidas para o entendimento dos alunos.
Existe exemplo na teoria que facilita esse entendimento. Dessa maneira, orientamos a explorá-lo.
Na web
O site apresenta um texto, em PDF, sobre a Álgebra de Boole, que descreve os circuitos que podem ser construídos pela combinação de
portas lógicas, em que as variáveis e funções podem ter apenas valores 0 e 1, que são associadas aos valores lógicos V ou F usados nas
tabelas verdade.
Esse texto pode ser indicado aos alunos como leitura complementar.

Disponível em: <coc.pear.sn/un7vgye>.

MATEMÁTICA
MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS
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CAPÍTULO 3
Exercícios PROPOSTOS
  CAPÍTULO 3

Da teoria, leia os tópicos 1, 1.A, 1.B, 1.C, 1.D, 1.E, 1.F, 1.G e 1.H. 8. Obtenha a tabela verdade para a expressão:
Exercícios de: Tarefa Reforço Aprofundamento Lidere! (p ∨ (q ∧ (r → (q ↔ ¬p))))

6. (UEPB) Sejam ¬, ∨, ∧, → e ↔ os símbolos, respec- 9. (UFAL) Considerando que os símbolos ¬, ∨, ∧ e →


tivamente, das seguintes operações lógicas: negação, representam negação, disjunção, conjunção e implica-
disjunção, conjunção, condicional e bicondicional. ção, respectivamente, qual combinação de valores ló-
Além disso, seja V (verdade) e F (falsidade). Sabendo gicos resulta numa interpretação falsa para a fórmula
que os valores lógicos das proposições p, q e r são, (A ∧ C ∧ D) → ((A ∧ ¬B) ∨ (B ∧ ¬D))?
respectivamente, V, V e F, pode-se afirmar que os va-
a. A, B, C e D falsas.
lores lógicos das proposições: (p ∨ q) → r, p → (q ∧ r) e
¬p ↔ (q ∨ r) são, respectivamente, b. A, B, C e D verdadeiras.
a. F – F – V c. A, B e C falsas e D verdadeira.
b. F –V – F d. A e B falsas e C e D verdadeiras.
c. F – F – F e. A e C falsos e B e D verdadeiras.
d. V – V – V
10. Obtenha a tabela verdade para a expressão:
e. V – F – V
(p → (¬q ∨ (¬p ∧ (p ↔ q))))
7. (UEPB) No que segue ¬, ∨, ∧ e → representam
11. Dadas as proposições simples p, q e r, sabe-se que
os conectivos lógicos negação, disjunção, conjunção
e condicional, respectivamente. Qual das alternativas r é sempre verdadeira.
seguintes corresponde aos itens omissos da última Dessa maneira, para que a expressão
coluna da tabela (de cima para baixo), onde V repre- (p ∧ (q ∨ (r → (q ↔ ¬p)))) seja falsa, devemos ter
senta a verdade e F a falsidade?
a. q verdadeira e p pode assumir qualquer valor
lógico.
(p ∨ ¬r) → b. q falsa e p pode assumir qualquer valor lógico.
p q r ¬r p ∨ ¬r q ∧ ¬r
→ (q ∧ ¬r) c. p verdadeira e q pode assumir qualquer valor lógico.
d. p falsa e q pode assumir qualquer valor lógico.
V V V F F
e. p verdadeira e q falsa.

V V F V 12. Sabendo que os valores lógicos das proposições p,


q e r são, respectivamente, V, F e V, pode-se afirmar que
V F V F F F os valores lógicos das proposições:
(p ∨ q) → r, p → (q ∧ r) e ¬p ↔ (q ∨ r) são, respecti-
vamente,
V F F V V F
a. F – F – V
F V V F F b. F – V – F
c. F – F – F
F V F V d. V – V – V
e. V – F – F
F F V F
13. Considerando que os símbolos ∧ e → represen-
tam conjunção e condicional, respectivamente, qual
F F F V F F
combinação de valores lógicos resulta numa interpre-
tação falsa para a fórmula (p ∧ r) → (p → q)?
a. V – F – V – V – V a. p, q, e r falsos.
b. V – V – F – V – V b. p, q e r verdadeiros.
c. V – V – V – F – V c. p, e q falsos e r verdadeiro.
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d. V – V – V – V – F d. p e r falsos e q verdadeiro.
e. F – V – V – V – V e. p e r verdadeiros e q falso.

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14. (UERR adaptado) Considere a afirmação Q: p ou q.
Posicione-se
Sendo as afirmações p e q:
p: “Anderson é funcionário do IPERON”. 18. No próximo sábado, Alexandre irá comemorar
seu aniversário em uma chácara.
q: “Se Osvaldo é técnico, então Andrea é supervisora”.
Para isso, convidou seu amigo Diego para participar
Sabendo que a afirmação Q é falsa, mostre por meio
da comemoração.
de proposições lógicas que Anderson não é funcioná-
rio do IPERON, Osvaldo é técnico e Andréa não é su- Diego, que estava gripado, disse para Alexandre: Se
pervisora. sábado não chover, então eu irei comemorar seu ani-
versário na festa.
15. (VUNESP) Na tabela a seguir, P e Q são duas sen-
Sabe-se que, no sábado, Diego viajou para outra ci-
tenças, e as letras V e F representam, respectivamente,
dade e, portanto, não compareceu ao aniversário de
os significados verdadeiro e falso.
Alexandre.
Usando uma tabela verdade que represente tal si-
tuação, faça dois posicionamentos, sendo o primei-
P Q (1) (2) (3)
ro defendendo Diego, ou seja, comprovando que
ele cumpriu o combinado, e o segundo acusando
V V V V F Diego, ou seja, comprovando que ele não cumpriu
o combinado.
V F V F F
Faça junto
19. Vamos competir.
F V V F V
Para essa atividade, haverá a neces-
sidade de se trabalhar com a Calcu-
F F F F V
ladora Lógica disponível em:
<coc.pear.sn/r1wi3Fq>.
Considerando os símbolos ¬ (negação), ∧ (conjunção) Acesse pelo computador, tablet ou
e ∨ (disjunção), as expressões condizentes com (1), (2) smartphone.
e (3) são, respectivamente, O site cria uma tabela verdade com base nas
a. P ∨ Q, P ∧ Q e ¬P proposições compostas que você cria nele. Ele já
b. P ∧ Q, P ∨ Q e ¬Q coloca para você a quantidade de linhas, as pro-
posições simples e a composta que você criou.
c. ¬P, P ∨ Q e P ∧ Q
Na última coluna (a que corresponde à proposi-
d. ¬Q, ¬P e P ∧ Q ção composta), aparecem os valores lógicos de
e. ¬Q, P ∧ Q e P ∨ Q cada linha.
16. Construa a tabela verdade da negação da sentença: É necessário que haja uma adaptação aqui. Na
Calculadora Lógica, as proposições simples são
(p →(¬q ∨ p)) ↔ (q →(¬p))
denominadas A, B, C etc. O valor lógico verda-
deiro (V) é representado pelo algarismo 1, e o
Desafio valor lógico falso (F) é representado pelo alga-
17. (VUNESP adaptado) Considere verdadeiras as rismo 0.
afirmações I, II, III e falsa a afirmação IV. A ideia é que sejam formados 2n grupos (n ∈ *).
I. Se como, então não sinto fome. Vamos considerar aqui 16 grupos.
MATEMÁTICA

II. Não sinto fome ou choro. Nessa primeira rodada, 8 jogos serão realizados (um
grupo jogando com outro grupo).
III. Se choro, então não sorrio.
Cada grupo de um respectivo jogo digita uma pro-
IV. Não sinto fome ou grito.
MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS

posição lógica qualquer (define-se anteriormen-


Com base nessas afirmações, é verdade que: te, quantas proposições simples serão usadas). O
a. Sorrio ou sinto fome. grupo que obtiver a maior quantidade de valores
b. Não sorrio e não sinto fome. lógicos 1 (que no caso são os valores lógicos verda-
c. Não grito e não choro. deiros) vencerá a rodada.
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d. Choro e grito. Antes de digitar, pode-se estipular um tempo de


5 minutos para a equipe tentar encontrar uma
e. Como ou grito.

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CAPÍTULO 3
proposição que tenha essa característica, mas, de onde sairá o vencedor no jogo final.
  CAPÍTULO 3

nesse caso, sem o uso da calculadora on-line. Guardem, no final, a proposição composta que mais
Os 8 vencedores vão para a segunda rodada e repe- obteve o valor lógico 1 (verdadeiro).
te-se o esquema, até ficarem apenas duas equipes,

Anotações

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PARA
CONFERIR
1. Sabendo-se que o valor lógico de (p ↔ q) é F e, o valor Dessa maneira, a coluna da tabela correspondente à
lógico de (r ∧ q ) é V, é correto afirmar que proposição composta deve conter:
a. (p ∨ q) tem valor lógico verdadeiro e (r → q) tem a. 4 valores lógicos falsos e nenhum verdadeiro.
valor lógico verdadeiro. b. 2 valores lógicos verdadeiros e 2 falsos.
b. (p ∨ q) tem valor lógico verdadeiro e (r → q) tem c. 3 valores lógicos verdadeiros e 1 falso.
valor lógico falso.
d. 1 valor lógico verdadeiro e 3 falsos.
c. (p ∨ q) tem valor lógico falso e (r → q) tem valor
lógico verdadeiro. 3. Dadas as proposições p, q, r, o número de linhas da
d. (p ∨ q) tem valor lógico falso e (r → q) tem valor tabela verdade da proposição composta
lógico falso. (p → q) ↔ (q ∨ ¬r) é:
a. 9 d. 6
2. Uma pessoa precisa construir uma tabela verdade
usando as proposições simples p e q. b. 8 e. 4
Sabe-se que a tabela a ser construída é a da proposi- c. 7
ção composta ¬(p → q).

Seu Espaço

MATEMÁTICA
MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS
EM-L2-11I-22

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CAPÍTULO

4 OPERAÇÕES LÓGICAS
E QUANTIFICADORES

SUMÁRIO
1. Operações lógicas com proposições80
2. Quantificadores83
3. Tautologia, contingência
e contradição84
4. Diagramas de Venn
e quantificadores85
5. Diagramas lógicos86
6. Silogismos categóricos87

HABILIDADES
• Utilizar os conceitos básicos de uma linguagem
de programação na implementação de
algoritmos escritos em linguagem corrente
e/ou matemática.
• Resolver um mesmo problema utilizando
diferentes algoritmos.

78

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P
or meio das cores primárias, ou cores puras (vermelho, azul e amarelo), são formadas outras co-

ANTIMARTINAISTOCKPHOTOS
res, chamadas de secundárias, como o verde, que é resultado da mistura das cores azul e amarela.
Na figura, considere que, para a pintura dos pinos, foram usadas apenas as cores primá-
rias azul e amarelo.
Os pinos de cor verde receberam, portanto, as duas cores. Ou seja, o pino verde possui a cor
amarela e também a cor azul.
Na lógica matemática, usamos alguns princípios para negar proposições. Observe.
A proposição “Todos os pinos são azuis” é falsa.
Se essa proposição for negada, ela necessariamente vai se tornar verdadeira.
Veja, então, quando a negamos da seguinte forma: “Nenhum pino é azul”. Observe que ela
continua falsa. Porém, se dissermos “Existe algum pino que não é azul”, a proposição será
verdadeira.
O “Todos” e o “Existe” são quantificadores cuja finalidade é a de negar proposições.

MATEMÁTICA
MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS

Cores primárias e secundárias

79

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1. OPERAÇÕES LÓGICAS COM PROPOSIÇÕES 1. p: A raiz quadrada de 9 é 3. (V)
q: A raiz quadrada de 9 é um número primo. (V)
A. Introdução p ∧ q: A raiz quadrada de 9 é 3 e é um número
Trabalhamos até o momento com operadores lógicos e primo. (V)
CAPÍTULO 4

operações lógicas compostas, sem a preocupação de uma


análise num contexto ou numa situação-problema. p q p∧q
V V V
O que veremos a seguir são as mesmas operações ló-
gicas que trabalhamos anteriormente, porém de uma 2. p: A raiz quadrada de 9 é 3. (V)
forma contextualizada.
q: A raiz quadrada de nove é um número par. (F)
Todas as regras já vistas continuam valendo aqui.
p ∧ q: A raiz quadrada de 9 é 3 e é um número
par. (F)
B. Operações lógicas com a proposição negação
Sabemos que, se uma proposição p é verdadeira, a pro- p q p∧q
posição ¬p é falsa. Da mesma maneira, se uma propo- V F F
sição p é falsa, a proposição ¬p é verdadeira.
Vejamos algumas situações. 3. p: A raiz quadrada de 9 é 5. (F)
Considere que hoje seja quinta-feira e que p e q se- q: O número 5 é ímpar. (V)
jam proposições. p ∧ q: A raiz quadrada de 9 é 5 e 5 é um número
p: Amanhã é sexta-feira. (V) ímpar. (F)
¬p: Amanhã não é sexta feira. (F)
q: Amanhã é domingo. (F) p q p∧q
F V F
¬q: Amanhã não é domingo. (V)
4. p: A raiz quadrada de 9 é 5. (F).
APRENDER SEMPRE
q: O número 5 é par. (F).
1. Assinale a alternativa que apresenta a negação verdadeira. p ∧ q: A raiz quadrada de 9 é 5 e 5 é um número
16 16 par. (F)
a. >
3 5
b. 1,272727… é um número racional. p q p∧q
c. (−3)2 = −32 F F F
d. (−5)7 = −57
e. –(–(–7)) = –7
Resolução APRENDER SEMPRE
Para que a negação seja verdadeira, devemos ter uma afirma-
tiva falsa. Isso ocorre na alternativa c. 3. Assinale a alternativa correta.
Alternativa correta: C a. Brasília é a capital do Brasil e está situada na Europa.
b. Buenos Aires é a capital do Brasil e está situada na Amé-
rica do Sul.
2. Seja p a proposição: o número 2 é primo.
c. Buenos Aires é a capital do Brasil e está situada na Europa.
Determine ¬(¬(¬p)).
d. Brasília é a capital do Brasil e está situada na América
Resolução do Sul.
¬(¬p) = p
Resolução
Logo: ¬(¬(¬p)) = ¬(p) = ¬p, ou seja, o número 2 não é primo.
Para que a conjunção seja verdadeira, devemos ter as propo-
Como p é verdadeiro, temos ¬(¬(¬p)) = ¬p é falso. sições p e q ambas verdadeiras. Isso ocorre na alternativa d.
Alternativa correta: D

C. Operações lógicas com o conectivo ∧ (e)


Sendo p e q duas proposições, temos que a conjunção D. Operações lógicas com o conectivo ∨ (ou)
p ∧ q é verdadeira somente se p for verdadeira e q for Sendo p e q duas proposições, temos que a disjunção
verdadeira. p ∨ q é falsa somente se p for falsa e q for falsa.
EM-L2-11I-22

Sejam as seguintes situações: Sejam as situações:

80

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1. p: No Brasil, o Dia das Mães é comemorado no
segundo domingo de maio. (V) d. o livro é de Matemática, a caneta não é azul e a cobertura
do bolo não é de chocolate.
q: A semana possui 7 dias. (V)
e. o livro não é de Matemática, a caneta não é azul e a cober-
p ∨ q: No Brasil, o dia Das Mães é comemorado tura do bolo é de chocolate.
no segundo domingo de maio ou a semana
Resolução
possui 7 dias. (V)
A disjunção é falsa se as proposições são simultaneamente
falsas. Daí vem: r = F e (p ∧ q) = F
p q p∨q A conjunção é falsa se pelo menos uma das proposições é falsa.
V V V Daí vem:
p = F e q = F ou p = F e q = V ou p = V e q = F
2. p: No Brasil, o Dia das Mães é comemorado no Portanto são três as possibilidades do valor lógico de
segundo domingo de maio. (V) (p ∧ q) ∨ r ser falso.
q: A semana possui 10 dias. (F) I. p = V e q = F e r = F, ou seja, o livro é de Matemática, a caneta
p ∨ q: No Brasil, o Dia das Mães é comemorado no não é azul e a cobertura do bolo não é de chocolate.
segundo domingo de maio ou a semana possui 10 II. p = F e q = V e r = F, ou seja, o livro não é de Matemática, a
dias. (V) caneta é azul e a cobertura do bolo não é de chocolate.
III. p = q = r = F, ou seja, o livro não é de Matemática, a caneta não
é azul e a cobertura do bolo não é de chocolate.
p q p∨q A situação I está na alternativa d.
V F V
Alternativa correta: D
3. p: No Brasil, o Dia das Mães é comemorado no
segundo domingo de dezembro. (F) 5. Mostre que a negação de p ∧ q é ¬p ∨ ¬q.

q: A semana possui 7 dias. (V) Resolução


Com o auxílio da tabela verdade, temos:
p ∨ q: No Brasil, o Dia das Mães é comemorado
no segundo domingo de dezembro ou a semana
p q ¬p ¬q p∧q ¬p ∨ ¬q
possui 7 dias. (V)
V V F F V F
V F F V F V
p q p∨q F V V F F V
F V V F F V V F V

4. p: No Brasil, o Dia das Mães é comemorado no Observe que, se p ∧ q tem valor lógico verdadeiro, ¬p ∨ ¬q tem
segundo domingo de dezembro. (F) valor lógico falso e vice-versa.
Daí, conclui-se que a negação de p ∧ q é ¬p ∨ ¬q.
q: A semana possui 10 dias. (F)
p ∨ q: No Brasil, o Dia das Mães é comemorado
6. Mostre que a negação de p ∨ q é ¬p ∧ ¬q.
no segundo domingo de dezembro ou a semana
possui 10 dias. (F) Resolução
Com o auxílio da tabela verdade, temos:

p q p∨q p q ¬p ¬q p∨q ¬p ∧ ¬q
F F F
V V F F V F
V F F V V F
F V V F V F
APRENDER SEMPRE
F F V V F V
4. Considere as proposições simples.
Observe que, se p ∨ q tem valor lógico verdadeiro, ¬p ∧ ¬q tem
MATEMÁTICA

p: O livro é de Matemática. valor lógico falso e vice-versa.


q: A caneta é azul. Daí conclui-se que a negação de p ∨ q é ¬p ∧ ¬q.
r: A cobertura do bolo é de chocolate.
MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS

Para que tenhamos o valor lógico de (p ∧ q) ∨ r falso, podemos


ter que Observação: Para a disjunção exclusiva (∨), continua
a. o livro é de Matemática, a caneta é azul e a cobertura do valendo a mesma sistemática, lembrando que dadas
bolo é de chocolate. duas proposições p e q, “p ∨ q” possui o valor lógico
b. o livro é de Matemática, a caneta é azul e a cobertura do falso (F) se as proposições são simultaneamente fal-
bolo não é de chocolate. sas ou se as proposições são simultaneamente ver-
EM-L2-11I-22

c. o livro é de Matemática, a caneta não é azul e a cobertura dadeiras e possui o valor lógico verdadeiro (V) nos
do bolo é de chocolate. demais casos.

81

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E. Operações lógicas com a condicional → 2. p: 22 = 4 (V)
(se “p”, então “q”) q: 2 ∙ 2 = 5 (F)
p ↔ q: 22 = 4 se, e somente se, 2 ∙ 2 = 5 (F)
Sendo p e q duas proposições, temos que a condicional
p → q é falsa somente se p é verdadeira e q é falsa.
CAPÍTULO 4

Sejam as situações: p q p↔q


V F F
1. p: 10 é um número natural. (V)
q: 3 é um número positivo. (V)
3. p: 22 = 5 (F)
p → q: Se 10 é um número natural, então 3 é um
q: 2 ∙ 2 = 4 (V)
número positivo. (V)
p ↔ q: 22 = 5 se, e somente se, 2 ∙ 2 = 4 (F)
p q p→q
V V V p q p↔q
F V F
2. p: 10 é um número natural. (V)
q: 3 é um número negativo. (F)
4. p: 22 = 5 (F)
p → q: Se 10 é um número natural, então 3 é um
q: 2 ∙ 2 = 5 (F)
número negativo. (F)
p ↔ q: 22 = 5 se, e somente se, 2 ∙ 2 = 5 (V)
p q p→q
V F F p q p↔q
F F V
3. p: 10 é um número irracional. (F)
q: 3 é um número positivo. (V)
p → q: Se 10 é um número irracional, então 3 é um
G. Observações
número positivo. (V) 1. Negação da disjunção exclusiva
Dada a disjunção exclusiva: (p ∨ q)
p q p→q Sua negação é dada por: ¬ (p ∨ q) = p ↔ q
F V V
Exemplo
4. p: 10 é um número irracional. (F) Considere as proposições:
q: 3 é um número negativo. (F) p: João é rico.
p → q: Se 10 é um número irracional, então 3 é um q: Maria é bonita.
número negativo. (V) A negação de “ou João é rico ou Maria é bonita” é
“João é rico se, e somente se, Maria é bonita”.
p q p→q
F F V 2. Negação da condicional
Dada a condicional: p → q
 perações lógicas com a bicondicional ↔
F. O Sua negação é dada por:
(“p” se, e somente se, “q”) ¬(p → q) = ¬q → ¬p
Sendo p e q duas proposições, temos que a bicondicio- Exemplo
nal p ↔ q é verdadeira somente se p e q são simul- A negação de “se João é rico, então Maria é bonita” é
taneamente verdadeiras ou se são simultaneamente “se Maria não é bonita, então João não é rico”.
falsas.
Sejam as situações: 3. Negação da bicondicional.
1. p: 22 = 4 (V) ¬(p ↔ q) = (p ∧ ¬q) ∨ (q ∧ ¬p)
q: 2 ∙ 2 = 4 (V) Exemplo
p ↔ q: 22 = 4 se, e somente se, 2 ∙ 2 = 4 (V) A negação de “As estações do ano existem se somen-
te se a Terra realizar o movimento de translação” é
“As estações do ano existem e a Terra não realiza
p q p↔q o movimento de translação, ou a Terra realiza o
EM-L2-11I-22

V V V movimento de translação e as estações do ano não


existem”.

82

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Os quantificadores podem ser classificados em dois
APRENDER SEMPRE
tipos: “quantificador universal” ou “quantificador exis-
7. Considere as proposições simples. tencial”.
p: José gosta de churrasco.
q: José gosta de refrigerante. C. Quantificador universal
Se José gosta de churrasco ou de refrigerante, então José gosta Esse quantificador é usado quando nos referimos a to-
de refrigerante é uma sentença falsa.
dos os elementos de um conjunto.
De acordo com as informações, conclui-se que
a. p e q são verdadeiros
Ele é identificado pelo símbolo ∀ (lê-se: “para todo”
ou “para qualquer”).
b. p é verdadeiro e q é falso.
c. p é falso e q é verdadeiro. Exemplo
d. p e q são falsos. Considere a sentença aberta 2x + 1 = 10.
Resolução Usando o quantificador universal, temos:
A sentença “Se José gosta de churrasco ou de refrigerante, (∀x) 2x + 1 = 10, que é possível então avaliar como
então José gosta de refrigerante” pode ser representada por: uma proposição falsa.
(p ∨ q) → q
Para que (p ∨ q) → q tenha valor lógico (F), temos que q = F e
(p ∨ q) = V. Daí vem p = V. APRENDER SEMPRE
Alternativa correta: B 8. Assinale a alternativa que apresenta uma sentença aberta
com o quantificador universal.
a. Algum município da Bahia foi atingido pelas manchas de
óleo vindas do mar.
APRENDER FAZENDO b. Pelo menos um dos municípios da Bahia foi atingido pe-
las manchas de óleo vindas do mar.
Tabela verdade on-line
c. Existe um município na Bahia que foi atingido pelas man-
Construiu uma tabela verdade de proposições lógicas, mas não
chas de óleo vindas do mar.
tem certeza de que ela esteja correta?
d. Alguns municípios da Bahia foram atingidos pelas man-
Saiba que é possível verificar on-line se sua tabela está correta
ou não. chas de óleo vindas do mar.
Construa suas próprias proposições compos- e. Todo município da Bahia foi atingido pelas manchas de
tas, com até 4 sentenças lógicas, e confira o óleo vindas do mar.
resultado nessa tabela on-line. Resolução
Disponível em: <coc.pear.sn/r1wi3Fq>. O quantificador universal é usado para representar afir-
mações universais. Na linguagem usual, são expressas em
orações iniciadas por: Para todo; para qualquer; qualquer
2. QUANTIFICADORES etc.
Entre as alternativas, a única que tem essa relação estabelecida
é a alternativa e.
A. Sentenças abertas Alternativa correta: E
As orações que possuem variáveis são chamadas de
sentenças abertas.
Esses tipos de orações não são proposições, pois seu APLICAÇÕES
valor lógico (V ou F) é discutível. Lógica e Psicologia
Por exemplo, x + 11 = 20 é uma sentença aberta, pois Através de Locke [John Locke, filósofo inglês (1632-1704)],
para classificarmos em verdadeira (V) ou falsa (F) de- a psicologia associativa, que logrou o nome de psicolo-
pendemos do valor atribuído a x. gismo, postulava que problemas da epistemologia (a
MATEMÁTICA

Se x é igual a 9, a oração é verdadeira. Para qualquer validade do conhecimento humano) e a consciência po-
outro valor atribuído a x, a oração é falsa. dem ser solucionados por estudos científicos da Psico-
logia. Para que este procedimento fosse possível, Locke
Há, entretanto, duas maneiras de transformar sen-
toma por base a lógica, esta, por sua vez é considerada
MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS

tenças abertas em proposições.


ciência. Desse modo a lógica se restringia a ser apenas
1. Atribuir valor às variáveis. uma matéria que organiza o pensamento e mostra as
2. Utilizar quantificadores. regras do “pensar bem”. A Filosofia perde seu prestígio e
fica como uma psicologia científica ligada ao positivismo.
B. Quantificadores SEFSTROM, Rosemiro A. Lógica e Psicologia. Só Filosofia. Virtuous
EM-L2-11I-22

Tecnologia da Informação, 2008-2021. Disponível em: <http://


São operadores lógicos que auxiliam na transforma- www.filosofia.com.br/vi_areas.php?id=4>.
Acesso em: set. 2021.
ção de sentenças abertas em proposições.

83

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D. Quantificador existencial
Considerado o pai da Lógica, Aristóteles foi o primeiro a estu-
Diferentemente do quantificador universal, o quanti- dar este tema com rigor. O conjunto de suas obras sobre esse
ficador existencial não se refere a todos os elementos assunto ficou conhecido pelo nome de Organon. Nessas obras,
de um conjunto, e sim a pelo menos um elemento per- Aristóteles trabalha com termos e proposições para construir
CAPÍTULO 4

um raciocínio em que dois ou mais argumentos fornecem uma


tencente ao conjunto.
conclusão.
Ele é indicado pelo símbolo ∃ (lê-se “existe” ou “exis- Suas análises sobre a construção do raciocínio lógico contribuí-
te ao menos um”). ram tanto para a evolução da Filosofia e das Ciências, em sua
Exemplo época, quanto para avanços na Matemática
e na Computação, nos dias de hoje.
Considere a sentença aberta 2x + 1 = 10.
Saiba mais sobre a vida e obra do grande
Usando o quantificador existencial, temos: pensador Aristóteles assistindo ao vídeo
(∃x) 2x + 1 = 10, que é possível então avaliar como disponível em: <coc.pear.sn/zX7AlKf>.
uma proposição verdadeira.

E. Negação de proposições com quantificadores


1. Para negar uma sentença quantificada com o
3. TAUTOLOGIA, CONTINGÊNCIA E CONTRADIÇÃO
quantificador universal, do tipo (∀x) p(x), substi-
tui-se o quantificador universal pelo existencial e A. Introdução
nega-se p(x), obtendo-se então: (∃x) ¬p(x). No estudo da lógica, vimos que uma proposição pode
Exemplos ser simples ou composta e representá-las por meio de
a. Todo triângulo que tem três ângulos congruentes uma tabela verdade.
é equilátero (sentença). A tautologia, a contradição e a contingência são im-
Existe triângulo que tem três ângulos congruen- portantes conceitos para prosseguirmos no estudo da
tes e não é equilátero (negação). lógica matemática e computacional.
b. (∀x) x2 + 1 = 2 (sentença) Observe os três exemplos seguintes.
(∃x) x2 + 1 ≠ 2 (negação) 1. Vamos construir a tabela verdade para a sentença
(p ∧ q) → (p ∨ q).
2. Para negar uma sentença quantificada com o
quantificador existencial, do tipo (∃ x) p(x), subs- p q p∧q p∨q (p ∧ q) → (p ∨ q)
titui-se o quantificador existencial pelo universal
V V V V V
e nega-se p(x), obtendo-se então: (∀x) ¬p(x).
V F F V V
Exemplos
F V F V V
a. Existe um losango que não é quadrado (sentença).
F F F F V
Todos os losangos são quadrados (negação).
Observe que os valores lógicos da última coluna,
1 
b. (∃x)  ∈ A  (sentença) que é a que representa nossa proposição compos-
x 
ta, são todos verdadeiros (V).

1 
(∀x)  ∉ A  (negação) 2. Vamos construir a tabela verdade para a sentença
x 
(p ∨ q) → (p ∧ q).

NOTA BIOGRÁFICA p q p∨q p∧q (p ∨ q) → (p ∧ q)


Aristóteles – Filósofo grego V V V V V
Aristóteles (384-322 a.C.) foi um importante V F V F F
filósofo grego cujo legado influencia diver-
F V V F F
sas áreas do conhecimento da contempora-
neidade. Discípulo de Platão, ele elaborou F F F F V
um sistema filosófico próprio, dando impor-
tância ao conhecimento empírico e às clas- Observe que os valores lógicos da última coluna,
sificações sistemáticas do conhecimento. que é a que representa nossa proposição compos-
EM-L2-11I-22

Seus estudos abordavam inúmeros assuntos desde Biologia ta, não são todos iguais. Há valores verdadeiros
e Física até Lógica, Retórica e Política, entre outros.
(V) e há valores falsos (F).

84

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3. Vamos construir a tabela verdade para a sentença
(p ∨ q) ∧ (¬p ∧ ¬q). II.

(p ∨ q) ∧ p q p∨q p → (p ∨ q)
p q ¬p ¬q p∨q ¬p ∧ ¬q
∧ (¬p ∧ ¬q) V V V V
V V F F V F F
V F V V
V F F V V F F
F V V V
F V V F V F F
F F F V
F F V V F V F

Observe que os valores lógicos da última coluna, A proposição II é uma tautologia.


que é a que representa nossa proposição compos-
ta, são todos falsos (F). III.
B. Tautologia
Tautologia é toda proposição composta cuja coluna que a
p q ¬p ¬q p ∧ ¬q ¬p ∧ (p ∧ ¬q)
representa na tabela verdade (geralmente a última) pos- V V F F F F
sui todos os valores lógicos verdadeiros (V). V F F V V F
É o caso da proposição do exemplo 1. F V V F F F
F F V V F F
C. Contingência
Contingência é toda proposição composta cuja coluna A proposição III é uma contradição.
que a representa na tabela verdade (geralmente a últi-
ma) possui valores lógicos verdadeiros (V) ou falsos (F). IV.
É o caso da proposição do exemplo 2.

D. Contradição (p ∨ ¬q) →
p q ¬p ¬q p ∨¬q q ∧ ¬p
→ (q ∧ ¬p)
Contradição é toda proposição composta cuja coluna
que a representa na tabela verdade (geralmente a últi- V V F F V F F
ma) possui todos os valores lógicos falsos (F). V F F V V F F
É o caso da proposição do exemplo 3. F V V F F V V
F F V V V F F

APRENDER SEMPRE
A proposição IV é uma contingência.
9. (Cesgranrio-RJ) Uma proposição lógica pode ser classifica-
da como tautologia, contradição ou contingência. Analise as São tautologias apenas as que se apresentam em I e II.
proposições: Alternativa correta: A
I. p ∨ ¬ (p ∧ q)
II. p → (p ∨ q)
III. ¬p ∧ (p ∧ ¬q)
IV. (p ∨ ¬q) → (q ∧ ¬p)
PARA EXPLORAR
São tautologias apenas as que se apresentam em
a. I e II c. II e III e. III e IV Saiba mais sobre a evolução da lógica,
b. I e III d. II e IV desde os primeiros conceitos desenvolvidos
por Aristóteles até a invenção do primeiro
Resolução computador.
MATEMÁTICA

Vamos construir as tabelas verdade de cada uma das quatro


Disponível em: <coc.pear.sn/LQfYgIV>.
proposições compostas.
I.
MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS

p q p∧q ¬(p ∧ q) p ∨ ¬ (p ∧ q)
V V V F V
4. DIAGRAMAS DE VENN E QUANTIFICADORES
V
F
F
V
F
F
V
V
V
V
A. Proposições categóricas
F F F V V Denomina-se de proposição categórica a proposição
EM-L2-11I-22

A proposição I é uma tautologia. que é formada por um quantificador associado a um


sujeito que se liga a um predicado.

85

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Exemplos Exemplos
1. Todos os médicos são cirurgiões. Todo animal é mamífero (universal).
Todos quantificador Alguns animais não são mamíferos (particular).
os médicos sujeito Nenhum vegetariano come carne (universal).
CAPÍTULO 4

são elo Existem vegetarianos que comem carne (particular).


cirurgiões predicado

2. Existem cidades brasileiras que não são litorâneas. D. Tipos de proposições categóricas
De acordo com a qualidade e a quantidade, a lógica
Existem quantificador
formal classifica as proposições categóricas em quatro
cidades brasileiras sujeito
tipos, que são representados pelas letras A, E, I, O.
que não partícula de negação
são elo A tabela seguinte apresenta essas representações.
litorâneas predicado

Numa proposição categórica, o sujeito relaciona-se


Tipo Qualidade Quantidade Exemplo
com o predicado de uma maneira coerente, de modo A Afirmativa Universal Todo P é Q.
que a proposição tenha sentido, porém, sem importar E Negativa Universal Nenhum P é Q.
se ela é verdadeira ou falsa.
I Afirmativa Particular Existe P que é Q.

B. Critério de qualidade O Negativa Particular Existe P que não é Q.

O critério de qualidade classifica uma proposição cate-


górica em afirmativa ou negativa. 5. DIAGRAMAS LÓGICOS
Observação
Diagramas de Venn são representações de conjuntos
Esse critério não classifica a proposição em verda- no plano. Geralmente, os conjuntos são representados
deira ou falsa, mas em afirmativa ou negativa. por figuras geométricas, como círculos ou elipses. Cada
Exemplos figura exprime um conjunto com seus respectivos ele-
Alguns automóveis possuem quatro portas (afirmativa). mentos bem como o conjunto Universo. Os diagramas
Alguns automóveis não possuem quatro portas de Venn são utilizados para organizar os dados e visua-
(negativa). lizar melhor um caminho para resolver um problema
que envolve conjuntos.
Todo gaúcho nasceu em Porto Alegre (afirmativa).
Esses diagramas também são importantes para
Nenhum gaúcho nasceu em Porto Alegre (negativa).
testar a validade das argumentações das proposições
C. Critério de quantidade categóricas.
Cada diagrama tem como base um dos quatro tipos
O critério de quantidade classifica uma proposição ca-
(A, E, I, O) das proposições categóricas apresentadas
tegórica em universal ou particular.
anteriormente.
Essa classificação depende do quantificador usado
Veja-os no quadro seguinte.
na proposição.

Tipo Qualidade Quantidade Proposição Diagrama


P
Q

A Afirmativa Universal Todo Q é P.

P Q

E Negativa Universal Nenhum P é Q.

P Q

I Afirmativa Particular Existe P que é Q.

P Q
EM-L2-11I-22

O Negativa Particular Existe P que não é Q.

86

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Exemplos é verificar cada um dos conjuntos que satisfazem
1. Todo sueco é loiro. (Tipo A) determinada condição. Sendo a conclusão do argu-
mento avaliada em verdadeira, supondo verdadeira
Loiros cada uma das premissas, o argumento é considera-
Suecos do correto. Caso contrário, ele é considerado inváli-
do ou errado.
No boxe “Aprender sempre” que vem em seguida,
existem diferentes exemplos e resoluções passo a
passo para melhor compreensão de como resolver
2. Nenhum sueco é loiro. (Tipo E) questões relacionadas a esse assunto.

Suecos Loiros
APRENDER SEMPRE

10. Se todos os recifenses são pernambucanos e todos os per-


nambucanos são brasileiros, então é correto concluir que
a. existe recifense que não é pernambucano.
3. Existem suecos que são loiros. (Tipo I) b. existe pernambucano que não é recifense.
c. todos os pernambucanos são recifenses.
Suecos Loiros
d. existe recifense que não é brasileiro.
e. todos os brasileiros são recifenses.
Resolução
O enunciado nos remete ao seguinte diagrama, e cada
disco está representado por um número, para facilitar a
4. Existem suecos que não são loiros. (Tipo O) resolução.

Suecos Loiros

Pernambucanos

Recifenses
ARTE 1 2
3

Assista ao filme O jogo da imitação.


Em 1939, a recém-criada agên-
THE WEINSTEIN COMPANY

cia de inteligência britânica MI6 Brasileiros

recruta Alan Turing, um aluno


da Universidade de Cambridge,
para entender códigos nazis-
tas, incluindo o Enigma, que
criptógrafos acreditavam ser
inquebrável. A equipe de Turing, A alternativa A é falsa, pois todo recifense está na região
incluindo Joan Clarke, analisa as 3 que está contida na região 2. Logo, todo recifense é per-
mensagens de Enigma, enquan- nambucano.
to Alan constrói uma máquina A alternativa B é verdadeira. Os pernambucanos que estão na
para decifrá-las. Após des- região 2 e não estão na região 3 não são recifenses.
vendar as codificações, Turing A alternativa C é falsa. Os pernambucanos que estão no disco
MATEMÁTICA

torna-se herói. 2 não são recifenses.


A alternativa D é falsa. O conjunto “Recifenses” está contido no
conjunto Brasileiros. Logo, todo recifense é brasileiro.
MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS

6. SILOGISMOS CATEGÓRICOS A alternativa E é falsa. Os brasileiros que são recifenses são os


que pertencem ao conjunto 3, e os da região 1 não são.
Um silogismo é um argumento composto de duas pre- Alternativa correta: B
missas e uma conclusão. Um silogismo categórico é
um argumento proposto por três proposições categó-
11. Considere que todos os artistas são talentosos e que exis-
ricas, sendo duas premissas e uma conclusão.
tem homens que são artistas.
EM-L2-11I-22

Uma das maneiras de verificar se a conclusão São feitas duas afirmações sobre as informações anteriores.
de um silogismo categórico é verdadeira ou não

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I. Existem homens talentosos. Resolução
II. Todos os homens são artistas talentosos. Usando diagramas de Venn, podemos ter três situações pos-
síveis.
Dentre as afirmações, temos que
Em cada uma delas, as regiões foram numeradas.
a. ambas são verdadeiras.
CAPÍTULO 4

Situação I
b. ambas são falsas.
c. apenas I é verdadeira.
d. apenas II é verdadeira.
Resolução Felizes 1 2 4 Alunos de
Matemática
O enunciado remete-nos ao seguinte diagrama, em que cada Adultos 3
região está representada por um número.

Situação II
Talentosos
Artistas
1
2 3
5 Alunos de
Felizes 2 4 Matemática
4 1
Adultos 5
Homens 3

Situação III

A afirmação I é verdadeira, pois se trata dos homens que se 3 5


Felizes 2
encontram nas regiões 4 ou 5. Alunos de
1 Adultos Matemática
A afirmação II é falsa, pois seria verdadeira apenas para os ho-
mens da região 5.
Alternativa correta: C
A alternativa A é falsa, pois, na situação III, nenhum adulto é
aluno de Matemática.
12. (Esaf-DF) Se é verdade que alguns adultos são felizes e que A alternativa B é falsa, pois, nas situações I e II, existem adultos
nenhum aluno de Matemática é feliz, então é necessariamente que são alunos de Matemática.
verdade que A alternativa C é correta, pois, nas situações I, II e III, eles se
a. algum adulto é aluno de Matemática. encontram nas regiões 2 ou 3.
b. nenhum adulto é aluno de Matemática. A alternativa D é falsa, segundo a situação III.
c. algum adulto não é aluno de Matemática. A alternativa E é falsa. Ela seria verdadeira apenas para a si-
d. algum aluno de Matemática é adulto. tuação III.
e. nenhum aluno de Matemática é adulto. Alternativa correta: C

Anotações

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LÓGICAS
OPERAÇÕES DORES
A
E QUANTIFIC

Operadores
Quantificadores
lógicos

Tabela verdade Universal Existencial

Tautologia Contingência Contradição Diagrama de Venn

Diagramas lógicos Proposições


categóricas

MATEMÁTICA
MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS
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CAPÍTULO 4
MÓDULO 8 ■ OPERAÇÕES LÓGICAS COM PROPOSIÇÕES I (NÃO, E, OU)
  CAPÍTULO 4

Exercícios de APLICAÇÃO

1. Dê a negação da sentença: “Hoje é sábado e amanhã 3. Considere a afirmação I falsa e as outras duas verda-
não choverá”. deiras.
Resolução I. Jair é médico ou Luzia não é enfermeira.
p: Hoje é sábado. II. Ou Rodrigo é advogado ou Luzia é enfermeira,
¬p: Hoje não é sábado.
mas não ambos.
q: Amanhã não choverá. III. Jair é médico ou Paulo é padre.
¬q: Amanhã choverá. Com base nessas informações, é correto afirmar que:
p ∧ q: Hoje é sábado e amanhã não choverá. a. Jair é médico, Luzia não é enfermeira, Rodrigo não
A negação de p ∧ q é ¬p ∨ ¬q, ou seja: Hoje não é sábado ou é advogado e Paulo é padre.
amanhã choverá. b. Jair é médico, Luzia é enfermeira, Rodrigo não é
advogado e Paulo não é padre.
c. Jair não é médico, Luzia é enfermeira, Rodrigo é
advogado e Paulo é padre.
d. Jair não é médico, Luzia não é enfermeira, Rodrigo
não é advogado e Paulo não é padre.
e. Jair não é médico, Luzia é enfermeira, Rodrigo não
é advogado e Paulo é padre.

2. Considere as proposições simples.


Resolução
p: Paulo mora em Petrópolis. Análise da afirmação I
q: Rita é vegetariana. p: Jair é médico.
Para que a proposição composta ¬(p ∧ q) ∨ (¬q) seja q: Luzia não é enfermeira.
verdadeira, necessariamente devemos ter que De acordo com o enunciado: (p ∨ q) é falsa.
a. Paulo mora em Petrópolis e Rita pode ser ou não p ∨ q é falsa somente se p é falsa e q é falsa.
vegetariana. Logo, Jair não é médico e Luzia é enfermeira.
b. Paulo mora em Petrópolis e Rita é vegetariana.
c. Paulo não mora em Petrópolis e Rita é vegetariana. Análise da afirmação II
d. Paulo mora em Petrópolis e Rita não é vegetariana. p: Rodrigo é advogado.
q: Luzia é enfermeira.
e. Paulo não mora em Petrópolis e Rita não é vegeta-
riana. De acordo com o enunciado: (p ∨ q) é verdadeira.
Devemos ter p verdadeira e q falsa ou p falsa e q verdadeira.
Resolução Da afirmação I, temos que Luzia é enfermeira (q é verdadeira,
logo devemos ter p falsa).
Vamos construir a tabela verdade de ¬(p ∧ q) ∨ (¬q)
Logo, Rodrigo não é advogado.
p q p∧q ¬(p ∧ q) ¬q ¬(p ∧ q) ∨ (¬q)
V V V F F F Análise da afirmação III
V F F V V F p: Jair é médico.
F V F V F V q: Paulo é padre.
F F F V V F De acordo com o enunciado, devemos ter p ∨ q verdadeira.
Assim, devemos ter p (V) e q (V) ou p (V) e q (F) ou p (F) e q (V).
Para que a proposição composta seja verdadeira, necessariamen-
te Paulo não mora em Petrópolis e Rita é vegetariana. Da afirmação I, concluímos que Jair não é médico [p (F)].
Alternativa correta: C Logo, devemos ter q (V).
Dessa maneira, Paulo é Padre.
Resumindo:
Jair não é médico, Luzia é enfermeira, Rodrigo não é advogado
e Paulo é padre.
Alternativa correta: E
Habilidade
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Resolver um mesmo problema utilizando diferentes algoritmos.

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Exercícios EXTRAS

4. Dadas as proposições qual delas apresenta a nega- 5. Dê a negação da sentença lógica.


ção verdadeira? Roberto é italiano ou Maria não é dentista.
a. 72 > 26
b. 2 é um número irracional.
c. (−2) ∙ (−2) = −22
2 3
 1  1
d.   >  
 2  2
e. 0,3333… é um número racional.

Seu Espaço

Sobre o módulo
O assunto deste módulo é a primeira parte das operações lógicas com proposições.
Aqui começa o primeiro contato entre a linguagem usual e a escrita com símbolos lógicos.
Neste módulo, trabalharemos apenas com a negação e os conectivos (∧, ∨ e ∨).
É importante não haver dúvidas sobre o que cada um desses símbolos lógicos representa numa sentença escrita sob a forma usual e como
os representar. Por isso, é importante fazer uma exposição pausada no desenvolvimento do assunto.
Os três exercícios de aplicação trabalham com a negação e os conectivos.
Deixar claro quando o texto se refere à disjunção ou à disjunção exclusiva.
João é brasileiro ou Maria é canadense (disjunção).
Ou João é brasileiro ou Maria é canadense (disjunção exclusiva).

MATEMÁTICA
MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS
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CAPÍTULO 4
Exercícios PROPOSTOS
  CAPÍTULO 4

Da teoria, leia os tópicos 1, 1.A, 1.B, 1.C e 1.D. 10. Dê a negação da sentença lógica:
Exercícios de: Tarefa Reforço Aprofundamento Lidere! O pássaro não é azul ou o copo não é de cristal.

6. (Esaf-DF) A negação de: Milão é a capital da Itália 11. Considere as três proposições:
ou Paris é a capital da Inglaterra é: I. 16 – 5 = 11 e 7 ∙ 8 = 8 ∙ 7
a. Milão não é a capital da Itália. II. 15 é ímpar e 8 é um quadrado perfeito.
b. Milão não é a capital da Itália e Paris não é a capital III. 72 = 7 + 7 e −1 > 1
da Inglaterra. Determine quantas delas são verdadeiras, explicando
c. Milão não é a capital da Itália ou Paris não é a capi- o seu raciocínio.
tal da Inglaterra.
d. Paris não é a capital da Inglaterra. 12. Considere as proposições:
e. Milão é a capital da Itália e Paris não é a capital da p: Natália emagreceu 20 kg.
Inglaterra. q: Ricardo engordou 20 kg.
7. Considere as proposições simples: r: Lineu viajou para o Nordeste.
p: Reginaldo está de dieta. Sobre essas proposições, alguém afirmou que a pro-
q: Renata é filha de Reginaldo. posição composta ¬p ∨ (q ∧ ¬r) é falsa.
r: Fátima mora em Cacoal. Portanto, necessariamente é verdade que
Considere agora as seguintes expressões. a. Natália não emagreceu 20 kg, Ricardo não engor-
I. Reginaldo está de dieta e Renata é filha de dou 20 kg e Lineu viajou para o Nordeste.
Reginaldo. b. Natália emagreceu 20 kg, Ricardo engordou 20 kg
II. Fátima não mora em Cacoal. e Lineu não viajou para o Nordeste.
Ao montarmos a tabela verdade que equivale à pro- c. Natália não emagreceu 20 kg, Ricardo engordou
posição I ∨ II (I ou II), qual o número de valores lógicos 20 kg e Lineu viajou para o Nordeste.
verdadeiros (V) que a coluna referente a ela possui? d. Natália emagreceu 20 kg, Ricardo não engordou
20 kg e Lineu não viajou para o Nordeste.
8. Considere as proposições:
p: Paulo é viúvo. 13. (Consulplan-MG)
q: Pedro é solteiro. p: o Brasil é um país democrático e o time do Real
Assinale a alternativa que indica a melhor tradu- Madrid, que pertence à França, foi campeão da última
ção, em linguagem corrente, para a proposição copa do mundo.
¬p ∧ q. q: O número 14 é um número par ou o número 35 é um
a. Paulo é viúvo e Pedro é solteiro. número múltiplo de 3.
b. Paulo é casado e Pedro é solteiro. Considerando V as proposições verdadeiras e F as fal-
c. Paulo é viúvo ou Pedro não é solteiro. sas, é correto afirmar que as proposições p e q são,
d. Paulo não é viúvo ou Pedro é solteiro. respectivamente,
e. Paulo não é viúvo e Pedro é solteiro a. V e F c. V e V
b. F e V d. F e F
9. Considere as duas proposições:
p: Amarildo foi à feira. 14. (FGV/CGE-MA adaptado) Considere as proposi-
ções simples:
q: Amarildo não comprou tomates.
p: O bolo é de laranja.
Considere agora a proposição composta:
q: O refresco é de limão.
Amarildo foi à feira ou Amarildo comprou tomates.
r: O sanduíche é de queijo.
A negação lógica dessa proposição composta é
a. p ∧ ¬q Considere as proposições compostas:
b. p ∨ ¬q M: ¬p ∨ q
c. ¬p ∨ q N: q ∨ r
d. ¬p ∧ q S: ¬r
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e. ¬p ∧ ¬q Ao considerar que o valor lógico de (M ∧ N ∧ S) é ver-


dadeiro, é correto concluir que

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a. o bolo é de laranja. a. Marina é bibliotecária e Raphael é atleta.
b. o refresco é de limão. b. Marina é bibliotecária e Raphael não é atleta.
c. o bolo não é de laranja. c. Marina não é bibliotecária e Raphael não é atleta.
d. o refresco não é de limão. d. Marina é bibliotecária ou Raphael não é atleta.
e. o bolo é de laranja e o refresco é de limão. e. Marina não é bibliotecária e Raphael é atleta.

15. Uma proposição tem valor lógico falso e outra


proposição tem valor lógico verdadeiro. Nessas condi- Desafio
ções é correto afirmar que o valor lógico 17. (VUNESP adaptado) Considere as afirmações:
a. da conjunção entre as duas proposições é verdadeiro. I. A camisa é azul ou a gravata é branca.
b. da disjunção entre as duas proposições é verda- II. Ou o sapato é marrom ou a camisa é azul.
deiro. III. O paletó é cinza ou a calça é preta.
c. da disjunção exclusiva entre as duas proposições é IV. A calça é preta ou a gravata é branca.
falso.
Em relação a essas afirmações, sabe-se que é falsa
d. da negação da conjunção entre as duas proposi-
apenas a afirmação IV. Desse modo, é possível con-
ções é falso.
cluir corretamente que
16. Considere as afirmações verdadeiras: a. a camisa é azul e a calça é preta.
I. Marina não é bibliotecária ou Ernesto não é pro- b. a calça é preta ou o sapato é marrom.
fessor. c. o sapato é marrom ou a gravata é branca.
II. Gabriel não é professor ou Raphael é atleta. d. a calça é preta e o paletó é cinza.
Verifica-se que Ernesto e Gabriel são professores. Con- e. a camisa é azul ou o paletó é cinza.
clui-se, de forma correta, que

Anotações

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MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS
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CAPÍTULO 4
MÓDULO 9 ■ OPERAÇÕES LÓGICAS COM PROPOSIÇÕES II (SE ENTÃO, SE E SÓ SE)
  CAPÍTULO 4

Exercícios de APLICAÇÃO

1. Considere as proposições simples: 3. São dadas as proposições:


p: Rogério é escritor. p: Gonzales é mexicano.
q: Rogério mora no Rio de Janeiro. q: Rita é sagitariana.
Construa a tabela verdade para a seguinte proposição r: Marta é advogada.
composta: Para que a proposição “Se Gonzales não é mexicano
Se Rogério não é escritor ou mora no Rio de Janeiro, ou Rita é sagitariana, então Rita é sagitariana e Marta
então Rogério não mora no Rio de Janeiro. é advogada” seja “verdadeira”, uma hipótese correta
é a de que
Resolução
Queremos a tabela verdade da proposição (¬p ∨ q) → (¬q).
a. Gonzales é mexicano, Rita é sagitariana e Marta é
advogada.
p q ¬p ¬q ¬p ∨ q (¬p ∨ q) → (¬q) b. Gonzales é mexicano, Rita é sagitariana e Marta
V V F F V F não é advogada.
V F F V F V
c. Gonzales não é mexicano, Rita não é sagitariana e
F V V F V F Marta é advogada.
F F V V V V
d. Gonzales não é mexicano, Rita é sagitariana e Marta
não é advogada.
e. Gonzales não é mexicano, Rita não é sagitariana e
Marta não é advogada.
2. (UFF-RJ) Considere os enunciados:
• 16 é múltiplo de 2. Resolução
• 15 é múltiplo de 7. Vamos construir a tabela verdade da proposição composta:
¬p ∨ q → q ∧ r
• 8 é número primo.
Assinale a proposição que apresenta valor lógico ver- p q r ¬p ¬p ∨ q q∧r ¬p ∨ q → q ∧ r
dadeiro. V V V F V V V
a. Se 15 é múltiplo de 7 ou 16 é múltiplo de 2, então V V F F V F F
8 é número primo. V F V F F F V
b. Se 16 é múltiplo de 2 ou 8 é número primo, então V F F F F F V
15 é múltiplo de 7. F V V V V V V
F F V V V F F
c. Se 16 é múltiplo de 2, então 15 é múltiplo de 7 e 8
F V F V V F F
é número primo.
F F F V V F F
d. Se 15 é múltiplo de 7 e 8 é número primo, então 16
é múltiplo de 2. Existem quatro possibilidades que possuem valor lógico V na
e. Se 16 é múltiplo de 2, então 15 é múltiplo de 7 ou última coluna.
8 é número primo. Uma das possibilidades é a da alternativa a.
Alternativa correta: A
Resolução Habilidade
p: 16 é múltiplo de 2 (V) Utilizar os conceitos básicos de uma linguagem de programação
na implementação de algoritmos escritos em linguagem corren-
q: 15 é múltiplo de 7 (F)
te e/ou matemática.
r: 8 é número primo (F)
Analisando cada alternativa, temos:
a. (q ∨ p) → r ⇒ (F ∨ V) → F ⇒ V → F = F
b. (p ∨ r) → q ⇒ (V ∨ F) → F ⇒ V → F = F
c. p → (q ∧ r) ⇒ V → (F ∧ F) ⇒ V → F = F
d. (q ∧ r) → p ⇒ (F ∧ F) → V ⇒ F → V = V
e. p → (q ∨ r) ⇒ V → (F ∨ F) ⇒ V → F = F
Alternativa correta: D
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Exercícios EXTRAS

4. Sejam dadas as proposições y e z: d. Se a Fernanda está com a saúde ótima, então a


y: A Fernanda está com a saúde ótima. Fernanda faz exames médicos preventivos anual-
mente.
z: A Fernanda faz exames médicos preventivos anual-
e. A Fernanda está com a saúde ótima, porém a
mente.
Fernanda não faz exames médicos preventivos
Assinale a alternativa que contém a tradução para a anualmente.
linguagem corrente, considerando-se uma proposi-
ção com conectivo do tipo bicondicional (y ↔ z). 5. Dada a sentença: Ou Ronaldo paga suas dívidas ou
a. A Fernanda está com a saúde ótima se, e somen- Marcela foge do país.
te se, a Fernanda faz exames médicos preventivos Em relação a essa sentença, faça o que se pede.
anualmente. a. Escreva a sentença dada usando apenas operado-
b. A Fernanda está com a saúde ótima e a Fernanda res lógicos.
faz exames médicos preventivos anualmente. b. Escreva a negação da sentença dada na linguagem
c. A Fernanda está com a saúde ótima ou a Fernanda usual.
faz exames médicos preventivos anualmente. c. Escreva a negação da sentença dada usando ope-
radores lógicos.

Seu Espaço

Sobre o módulo
O assunto deste módulo é a segunda parte das operações lógicas com proposições.
Dando continuidade ao módulo anterior, trabalhar a linguagem usual com o uso da condicional e da bicondicional.
A teoria apresenta também como negar uma conjunção, uma disjunção, uma condicional e uma bicondicional. Isso vai ser aprofundado
quando trabalharmos “Equivalências lógicas” em módulos posteriores.
Conhecer essas negações irá facilitar a resolução de alguns exercícios.
Da mesma forma como foram apresentadas as operações lógicas no módulo anterior, não se deve deixar de mencionar como é a leitura
da condicional (se p, então q) e da bicondicional (p se, e somente se, q), além de explicar o que é condição suficiente e condição necessária
para a ocorrência de fatos.
Na web
Sugerir aos alunos que verifiquem se construíram a tabela verdade com seus valores lógicos corretos, utilizando uma “Calculadora on-line”.

Disponível em: <coc.pear.sn/r1wi3Fq>.

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MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS
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CAPÍTULO 4
Exercícios PROPOSTOS
  CAPÍTULO 4

Da teoria, leia os tópicos 1.D, 1.E e 1.F. a. comprei, paguei e levei.


Exercícios de: Tarefa Reforço Aprofundamento Lidere! b. comprei, não paguei e levei.
c. não comprei, paguei e levei.
6. Sejam as proposições: d. não comprei, não paguei e não levei.
p: O empregado foi demitido. e. comprei, paguei e não levei.
q: O patrão indenizou o empregado.
r: O empregado arranjou um novo emprego. 10. Sejam as proposições simples:
Construa a tabela verdade que representa a seguinte p: Hoje é feriado.
sentença escrita em linguagem usual: q: Hoje eu não trabalho.
O empregado foi demitido ou o patrão não indenizou Represente uma sentença verbal simples que descre-
o empregado, se, e somente se, o patrão indenizou o va cada uma das seguintes proposições:
empregado e o empregado não arranjou um novo em- a. p → ¬q
prego.
b. (p ∨ q) → ¬q
7. Considere as proposições:
11. Considere as proposições:
p: O atleta venceu a corrida.
p: Sueli trabalha no domingo.
q: A prova foi cancelada.
q: Ruth sai de férias em janeiro.
Construindo a tabela verdade para a proposição com-
posta “O atleta venceu a corrida ou a prova foi cance- Construa a tabela verdade, da seguinte sentença:
lada”, temos que a coluna que a representa na tabela Se Ruth sai de férias em janeiro, então Sueli não traba-
tem os mesmos valores lógicos correspondentes ao da lha no domingo.
sentença:
12. Se Paula não é brasileira, então Quitéria é portu-
a. Se o atleta não venceu a corrida, então a prova foi
guesa. Se Paula é brasileira, então Rita não é paraguaia.
cancelada.
Mas sabe-se que Rita é paraguaia, portanto,
b. Se o atleta venceu a corrida, então a prova foi can-
celada. a. Paula é brasileira.
c. Se o atleta venceu a corrida, então a prova não foi b. Quitéria é portuguesa.
cancelada. c. Paula é brasileira ou Rita não é paraguaia.
d. Se o atleta não venceu a corrida, então a prova não
d. Paula é brasileira e Rita é paraguaia.
foi cancelada.
e. Se a prova foi cancelada, então o atleta não ven- e. Paula não é brasileira e Quitéria não é portu-
ceu a corrida. guesa.

8. São dadas as proposições: 13. (ESPM-SP) Se o cachorro dorme, então o gato


p: Michel é porteiro de um prédio. não mia.
q: Jaqueline é florista. Se o pássaro não canta, então o cachorro dorme.
r: Alice é médica. Sabemos que o gato mia.
Sabe-se que a sentença seguinte é verdadeira: Então, é correto afirmar que
Michel é porteiro de um prédio se, e somente se, a. o cachorro dorme e o pássaro canta.
Jaqueline não é florista ou Alice é médica. b. o cachorro não dorme e o pássaro canta.
Sabendo que Alice é realmente médica, é possível afir- c. o cachorro não dorme e o pássaro não canta.
mar com certeza que Michel é porteiro de um prédio e d. o cachorro dorme e o pássaro não canta.
Jaqueline é florista?
e. não se pode saber se o pássaro canta ou não.
Justifique sua resposta.
14. (UFF-RJ) O seguinte enunciado é verdadeiro:
9. Considere as afirmações: “Se uma mulher está grávida, então a substância go-
p: Comprei. nadotrofina coriônica está presente na sua urina”.
q: Paguei. Duas amigas, Fátima e Mariana, fizeram exames e
r: Levei. constatou-se que a substância gonadotrofina coriôni-
EM-L2-11I-22

Se a proposição composta “Se comprei e paguei, então ca está presente na urina de Fátima e não está presen-
levei” é falsa, podemos concluir que te na urina de Mariana.

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Utilizando a proposição enunciada, os resultados dos Assinale qual das proposições abaixo é verdadeira.
exames e o raciocínio lógico dedutivo a. Se Geraldo mentiu, então Jorge falou a verdade.
a. garante-se que Fátima está grávida e não se pode b. Edson falou a verdade e Geraldo mentiu.
garantir que Mariana está grávida.
c. Se Edson mentiu, então Jorge falou a verdade.
b. garante-se que Mariana não está grávida e não se
pode garantir que Fátima está grávida. d. Jorge falou a verdade ou Geraldo mentiu.
c. garante-se que Mariana está grávida e que Fátima e. Edson mentiu e Jorge falou a verdade.
também está grávida.
d. garante-se que Fátima não está grávida e não se
pode garantir que Mariana está grávida. Desafio
e. garante-se que Mariana não está grávida e que
Fátima está grávida. 17. (TRE-MA) Gilberto, gerente de sistemas do TRE
de determinada região, após reunir-se com os téc-
15. (VUNESP) Considere as afirmações verdadeiras: nicos judiciários Alberto, Bruno, Cícero, Douglas e
• Se Wilma é analista, então Gustavo não é aviador. Ernesto para uma prospecção a respeito do uso de
• Se Oswaldo é aviador, então Sidney é contador. sistemas operacionais, concluiu que:
• Verifica-se que Gustavo e Oswaldo são aviadores. • se Alberto usa o Windows, então Bruno usa o Linux;
Conclui-se, de forma correta, que • se Cícero usa o Linux, então Alberto usa o Windows;
a. Wilma é analista e Sidney é contador. • se Douglas não usa o Windows, então Ernesto
b. Wilma é analista se, e somente se, Sidney é contador. também não o faz;
c. Wilma não é analista e Sidney não é contador. • se Douglas usa o Windows, então Cícero usa o Linux.
d. Wilma não é analista se, e somente se, Sidney não Com base nessas conclusões e sabendo que Ernesto
é contador. usa o Windows, é correto concluir que
e. Wilma não é analista e Sidney é contador. a. Cícero não usa o Linux.
b. Douglas não usa o Linux.
16. (UFF-RJ) Em uma roda de amigos, Jorge, Edson
c. Ernesto usa o Linux.
e Geraldo contaram fatos sobre suas namoradas.
Sabe-se que Jorge e Edson mentiram e que Geraldo d. Alberto usa o Linux.
falou a verdade. e. Bruno usa o Linux.

Anotações

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CAPÍTULO 4
MÓDULO 10 ■ QUANTIFICADORES
  CAPÍTULO 4

Exercícios de APLICAÇÃO

1. Dê a negação das sentenças abertas. 2. Dê a negação da seguinte proposição:


a. Toda pessoa do sexo masculino usa o sanitário (∀x ∈ ) (∃y ∈ ) [xy = 1]
masculino dessa lanchonete.
Resolução
b. Nenhuma pessoa do sexo masculino usa o sanitá-
Para negar o quantificador universal, usa-se o existencial e vice-
rio feminino dessa lanchonete.
-versa. Deve-se também negar a última parte da sentença.
Resolução Assim, a negação da sentença fica:
a. Quando usamos a palavra “Toda”, estamos impondo que não (∃x ∈ ) (∀y ∈ ) [xy ≠ 1]
há exceção nessa situação. Logo, esse termo quantifica a senten-
ça aberta universalmente.
Portanto, para negá-la, usamos o quantificador existencial.
Na negação de uma sentença universal, usa-se o quantificador
existencial na primeira parte da sentença e nega-se a segunda
parte da sentença.
Assim, a negação da sentença pode ficar desta maneira:
Existem pessoas do sexo masculino que não usam o sanitário
masculino dessa lanchonete.
Observação: Pode-se trocar a palavra existem por algumas.
b. Cuidado agora com o quantificador “Nenhuma”. Ele impõe a
condição de que não há exceção nessa situação.
Porém, nesse caso, basta aplicar o quantificador existencial na
primeira parte e manter a segunda, que ela já estará negada. 3. (VUNESP) Considere falsa a afirmação (I) e verdadeira
Temos então sua negação: a afirmação (II).
Existe pessoa do sexo masculino que usa o sanitário feminino I. Todos os alunos estudam.
dessa lanchonete.
II. Alguns professores estudam.
Sendo assim, é correto concluir que
a. os alunos que estudam são professores.
b. qualquer professor que estuda é aluno.
c. existe aluno que não estuda.
d. todos os professores estudam.
e. qualquer aluno estuda.

Resolução
Negando a afirmação (I), ela passa a ser verdadeira.
Para negar sentenças que possuem o quantificador universal,
usa-se o quantificador existencial e negamos a segunda parte.
Assim, a negação da afirmação (I) é: existe aluno que não estuda.
Lembrando que a afirmação (II) já é verdadeira.
Alternativa correta: C
Habilidade
Utilizar os conceitos básicos de uma linguagem de programação
na implementação de algoritmos escritos em linguagem corren-
te e/ou matemática.
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Exercícios EXTRAS

4. (Fundatec-RS) Assinale a alternativa que apresenta 5. Considere as seguintes representações em proposições.


uma sentença aberta com o quantificador universal. D(x): x está doente.
a. Algum dos municípios da Região Sul do Brasil tem M(x): x foi medicado.
fiscal ambiental.
Sejam as sentenças abertas:
b. Pelo menos um dos municípios da Região Sul do
Brasil faz auditoria das notas fiscais. a. Todos que estavam doentes foram medicados.
c. Existe dentista no posto de saúde do município de b. Alguns não foram medicados.
Gramado. c. Nem todos estavam doentes.
d. Alguns advogados do município de Gramado fa- Escreva simbolicamente as três sentenças anteriores,
zem auditoria fiscal. usando apenas símbolos lógicos, com negação, conec-
e. Qualquer engenheiro de segurança do trabalho tivos, condicional, quantificadores etc.
pode participar da auditoria.

Seu Espaço

Sobre o módulo
O assunto deste módulo são os quantificadores (universal e existencial).
Deixar bem claro o significado de quantificador, palavra que exprime informação relacionada com número, com quantidade.
Enfatizar que o quantificador universal relaciona-se com: para todos; nenhum; ambos etc.
Enfatizar também que o quantificador existencial se relaciona com: existe algum; existem vários; existem poucos etc.
O mais importante dessa aula é saber que a negação de “todos” não é “nenhum”, e sim “existe pelo menos um” e, para a negação de “existe
pelo menos um”, usa-se o “todos”.
Estante
Leitura da série Vivendo a Matemática. MACHADO, Nilson José. Lógica? É logico. São Paulo: Scipione, 2000. (Vivendo a Matemática).
Leitura do livro Iniciação à lógica matemática.
O livro faz jus ao título, pois o autor expõe o assunto de forma clara e acessível.
ALENCAR FILHO, Edgard de. Iniciação à lógica matemática. Barueri/SP: Nobel, 2006.

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CAPÍTULO 4
Exercícios PROPOSTOS
  CAPÍTULO 4

Da teoria, leia os tópicos 2, 2.A, 2.B, 2.C, 2.D e 2.E. 11. Negue as proposições:
Exercícios de: Tarefa Reforço Aprofundamento Lidere! a. Todo triângulo é acutângulo.
b. Existem crianças com altura maior que 1 metro.
6. Escreva simbolicamente, fazendo o uso de quanti- c. (∀x) (x2 + x < 0)
ficadores, a proposição: d. (∃x) (x é divisível por 2)
Para todo x real, existe um real y, tal que x > y.
12. (UFRGS-RS) A negação da proposição “Para
Em seguida, dê a negação dessa sentença usando a todo y, existe um x tal que y = sen(x)” é
linguagem usual e, também, simbolicamente, com o a. Para todo y, existe um x tal que y = sen(x).
uso de quantificadores. b. Para todo y e para todo x, y = sen(x).
7. (PUC-RS) A sentença (∃x | x – a = b) é a negação de c. Existe um y e existe um x, tal que y = sen(x).
d. Existe um y tal que, para todo x, y = sen(x).
a. ∃x | x – a ≠ b
e. Existe um y tal que, para todo x, y ≠ sen(x).
b. ∃x | x – a > b
c. ∃x | x – a < b 13. (Fatec-SP) Considere verdadeira a afirmação:
Todos os irmãos de Pedro estudam na Fatec.
d. ∀x | x – a = b
a. Se Marcelo estuda na Fatec, então ele é irmão de
e. ∀x | x − a ≠ b Pedro.
8. (FCC-SP) Ao considerar a afirmação “todos os mo- b. Se Társio é irmão de Pedro, então ele não estuda
na Fatec.
toristas habilitados são habilidosos” uma afirmação
c. Se Júlio não estuda na Fatec, então ele é irmão de
falsa, então é verdade que
Pedro.
a. os motoristas não habilitados são habilidosos. d. Se Sérgio não é irmão de Pedro, então ele não es-
b. os motoristas habilidosos não são habilitados. tuda na Fatec.
c. há motorista habilitado que não é habilidoso. e. Se Roberto não estuda na Fatec, então ele não é
irmão de Pedro.
d. a maioria dos motoristas habilitados não são habi-
lidosos. 14. (Fatec-SP) Considere que:
e. há motorista habilidoso que não é habilitado. I. a sentença “Nenhum A é B” é equivalente a “Todo
A é não B”;
9. (Ebserh-DF) A negação de “Todos os alunos vão ga- II. a negação da sentença “Todo A é B” é “Algum A é
baritar a prova de Matemática” é não B”;
a. “Todos os alunos não vão gabaritar a prova de Ma- III. a negação da sentença “Algum A é B” é “Todo A é
não B”.
temática”.
Assim sendo, a negação da sentença “Nenhum nefeli-
b. “Nenhum aluno vai gabaritar a prova de Matemática”. bata é pragmático” é
c. “Existe apenas um aluno que não vai gabaritar a a. Todo nefelibata é não pragmático.
prova de Matemática”. b. Todo não nefelibata é pragmático.
d. “Existe apenas um aluno que vai gabaritar a prova c. Algum nefelibata é pragmático.
de Matemática”. d. Algum não nefelibata é pragmático.
e. “Existem alunos que não vão gabaritar a prova de e. Algum não nefelibata é não pragmático.
Matemática”.
15. (ESPM-SP) Para a escola que tivesse pelo me-
10. Considere as proposições: nos um aluno classificado para a terceira fase, seria
concedido um diploma de Honra ao Mérito. Sabe-se
p(x): O cachorro é carnívoro. que a escola N. Sra. do Socorro ao Ensino Público não
q(x): O cachorro é feroz. recebeu esse diploma. Isso foi porque
x está relacionado com o cachorro. a. algum de seus alunos foi desclassificado na se-
gunda fase.
Escreva as sentenças, usando apenas símbolos (nega- b. somente um aluno dessa escola chegou à terceira fase.
ção, conectivos e quantificadores). c. nenhum aluno dessa escola chegou à terceira fase.
a. Todo cachorro é carnívoro e feroz. d. todos os alunos dessa escola foram desclassifica-
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b. Existem cachorros que são ferozes. dos na primeira fase.


c. Alguns cachorros são carnívoros e não são ferozes. e. todos os alunos dessa escola foram reprovados na
terceira fase.

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16. (PUC-PR) As afirmações são verdadeiras:
Desafio
Todo maratonista gosta de correr na rua.
17. Considere as quatro afirmações:
Existem maratonistas que são pouco disciplinados.
I. Todo carioca gosta de feijoada.
Dessa forma, podemos afirmar que
II. Nenhum carioca gosta de feijoada.
a. algum maratonista pouco disciplinado não gosta
III. Algum carioca gosta de feijoada.
de correr na rua.
IV. Algum carioca não gosta de feijoada.
b. algum maratonista disciplinado não gosta de cor-
rer na rua. Assinale a alternativa correta que melhor se ajusta às
ideias contidas nas afirmações anteriores.
c. todo maratonista que gosta de correr na rua é
a. Se (I) é falso então (II) é verdadeiro e se (III) é
pouco disciplinado.
falso, então (IV) é verdadeiro.
d. todo maratonista pouco disciplinado não gosta de b. Se (I) é verdadeiro, então (IV) é verdadeiro e se (II)
correr na rua. é falso, então (III) é verdadeiro.
e. algum maratonista que gosta de correr na rua é c. Se (I) é falso, então (IV) é verdadeiro e se (II) é
pouco disciplinado. verdadeiro, então (III) é falso.
d. Se (I) é verdadeiro, todas as outras afirmações
também são verdadeiras.
e. Se (I) é falso, então (III) é falso e se (II) é verdadei-
ro, então (IV) é falso.

Anotações

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CAPÍTULO 4
MÓDULO 11 ■ TAUTOLOGIA, CONTINGÊNCIA E CONTRADIÇÃO
  CAPÍTULO 4

Exercícios de APLICAÇÃO

1. Mostre, por meio de uma tabela verdade, que a nega- 3. Para que a afirmação “Nelson é advogado ou Vitória
ção da proposição (p ∧ q) → (p ∨ q) é uma contradição. não está presa, se e somente se, Vitória está presa e
Fernando é juiz” seja uma contradição, não pode ocor-
Resolução
rer nenhuma das situações:
A negação de (p ∧ q) → (p ∨ q) é ¬[(p ∧ q) → (p ∨ q)]
a. (Nelson é advogado, Vitória não está presa,
Para que seja uma contradição, a coluna correspondente a essa
proposição deverá ter apenas valor lógico (F).
Fernando não é juiz) e (Nelson não é advogado,
Vitória está presa e Fernando é juiz).
Assim temos:
b. (Nelson é advogado, Vitória está presa, Fernando
p q p ∧ q p ∨ q (p ∧ q) → (p ∨ q) ¬[(p ∧ q) → (p ∨ q)] não é juiz) e (Nelson é advogado, Vitória está presa
V V V V V F e Fernando é juiz).
V F F V V F c. (Nelson é advogado, Vitória está presa, Fernando é
F V F V V F juiz) e (Nelson não é advogado, Vitória está presa
F F F F V F e Fernando não é juiz).
d. (Nelson não é advogado, Vitória está presa,
Como a coluna que corresponde à proposição composta pedida
possui apenas valor lógico (F), temos que ela é uma contradição. Fernando não é juiz) e (Nelson não é advogado,
Vitória está presa e Fernando é juiz).
e. (Nelson não é advogado, Vitória não está presa,
Fernando não é juiz) e (Nelson não é advogado,
Vitória está presa e Fernando é juiz).

Resolução
Considere as sentenças:
p: Nelson é advogado.
q: Vitória está presa.
r: Fernando é juiz.
A sentença “Nelson é advogado ou Vitória não está presa, se e
2. Identifique os valores lógicos de p, q e r na tabela se- somente se, Vitória está presa e Fernando é juiz” pode ser ex-
guinte, de modo que (p ∧ q) ∨ (p → r) seja uma con- pressa por:
tradição para essa única linha da tabela. (p ∨ ¬q) ↔ (q ∧ r)
Vamos construir sua tabela verdade.
p q r p∧q p→r (p ∧ q) ∨ (p → r)
F
p q r ¬q p ∨ ¬q q∧r (p ∨ ¬q) ↔ (q ∧ r)
V V V F V V V
Resolução
V V F F V F F
Para que essa linha da tabela verdade seja uma contradição, o
V F V V V F F
valor lógico de (p ∧ q) ∨ (p → r) deverá ser necessariamente (F).
F V V F F V F
Da tabela pré-montada, temos p → r com valor lógico (F). Assim: V F F V V F F
p é (V) e r é (F).
F V F F F F V
A disjunção (última coluna da tabela) só é falsa, quando ambos F F V V V F F
valores lógicos são falsos.
F F F V V F F
Como p → r tem valor lógico (F), então, p ∧ q tem valor lógico (F).
Vimos que o valor lógico de p é (V), logo, q terá valor lógico (F), Para que a proposição seja uma contradição, as duas linhas des-
pois caso contrário, p ∧ q teria valor lógico (V). tacadas devem ser suprimidas.
Assim, os valores lógicos de p, q e r são, respectivamente V, F e F. Assim, as duas situações que não podem ocorrer são:
(Nelson é advogado, Vitória está presa, Fernando é juiz) e (Nelson
não é advogado, Vitória está presa e Fernando é não juiz).
Alternativa correta: C
Habilidade
Utilizar os conceitos básicos de uma linguagem de programação
na implementação de algoritmos escritos em linguagem corren-
te e/ou matemática.
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Exercícios EXTRAS

4. Qual proposição é um exemplo de tautologia? 5. Mostre, por meio de uma tabela verdade, que a pro-
a. Se dois é par, então é verão no Brasil. posição composta “Se Antônio é velho, então Antônio
b. É verão no Brasil ou não é verão no Brasil. é velho ou Suzana é morena” é uma tautologia.
c. Ou Regina é loira ou Pedro é loiro.
d. É feriado em São Paulo se, e somente se, Regina é
ruiva.
e. Rosemeire não é artista e Leandro não é motorista.

Seu Espaço

Sobre o módulo
O assunto deste módulo é a tautologia, a contingência e a contradição numa proposição lógica.
Não há novidades aqui, a não ser a nomenclatura dada.
O boxe “Aprender sempre”, exercício 9, que se encontra no tópico 3, apresenta as três situações.
Os exercícios de aplicação e o exercício extra 4 abrangem os três casos. É importante que todos eles sejam resolvidos na lousa.
Na web
O site apresenta o vídeo de animação sobre a evolução da lógica também indicado na teoria deste módulo.

Disponível em: <coc.pear.sn/LQfYgIV>.

MATEMÁTICA
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EM-L2-11I-22

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CAPÍTULO 4
Exercícios PROPOSTOS
  CAPÍTULO 4

Da teoria, leia os tópicos 3, 3.A, 3.B, 3.C e 3.D. c. Se é verão, então faz calor.
Exercícios de: Tarefa Reforço Aprofundamento Lidere! d. Maria é alta e gosta de estudar.
e. Jorge estuda ou joga futebol.
6. Mostre que é uma contingência a proposição com-
posta: ¬p → (p ∨ r) ∧ (¬q ∧ ¬r). 11. Mostre por meio de uma tabela verdade que a
proposição (p → q) ↔ (¬q → ¬p) é uma tautologia.
7. Apresentam-se duas proposições compostas:
I. ¬[p ∨ ¬ (p ∧ q)] 12. A proposição p → (q → p) é uma
II. (p ∧ q ∧ r) → (p ∨ q ∨ r) a. contingência para quaisquer valores lógicos de p e q.
A conclusão a que se chega dessas proposições é a de b. tautologia somente se p possuir valor lógico ver-
que dadeiro.
a. ambas são tautologias. c. contradição somente se p possuir valor lógico ver-
dadeiro.
b. ambas são contradições.
d. contradição para quaisquer valores lógicos de p e q.
c. ambas são contingências.
e. tautologia para quaisquer valores lógicos de p e q.
d. I é contradição e II é tautologia.
e. I é tautologia e II é contingência. 13. (Fundatec-RS) Assinale a proposição que é um
exemplo de contradição.
8. Considere as duas premissas: a. Dois é um número par e ímpar.
I. Se Elói não viaja, então, ou Elói não viaja ou b. Gramado é uma cidade bonita se e somente se faz
Samantha não tira férias. frio.
II. Se Lilian é rica e Josué é vegetariano, então Lilian c. Maria é alta e Pedro é baixo.
é rica ou Josué é vegetariano.
d. Se dois é um número par, então Maria é alta.
De acordo com seus valores lógicos, afirma-se corre-
e. Se Pedro é baixo então Maria é alta.
tamente que
a. I é tautologia e II é contingência. 14. (VUNESP) Considere as afirmações:
b. I é contingência e II é contradição. I. Se o diretor é forte, então o secretário é fraco ou
o diretor é forte.
c. I é contradição e II é tautologia.
II. João é alto ou Paulo é gordo e João não é alto e
d. I é contingência e II é tautologia. Paulo não é gordo.
e. I é contradição e II é contingência. III. Carlos não é tímido e, se Pedro é expansivo, então
Carlos é tímido.
9. Alguém afirmou que:
Na ordem em que estão expressas, as afirmações são,
Se Geovana gosta de Matemática e Regina não gosta respectivamente, uma
de Geografia, então Geovana não gosta de Matemática
a. tautologia, contradição e contingência.
ou Regina gosta de Geografia.
b. contingência, contradição e tautologia.
Essa afirmação é uma tautologia
c. contradição, tautologia e contingência.
a. somente se Geovana gosta de Matemática e
Regina não gosta de Geografia. d. contingência, tautologia e contradição.
b. se for mentira que Geovana gosta de Matemática. e. tautologia, contingência e contradição.
c. se for verdade que Regina gosta de Geografia.
15. Ao construir a tabela verdade da proposição com-
d. independentemente de Geovana gostar ou não de posta (p ∧ ¬q → r) ↔ (p → q), verificou-se que ela é
Matemática e de Regina gostar ou não de Geografia. uma contingência.
e. somente se Geovana gostar de Matemática e
Regina gostar de Geografia. Verificou-se também que, se fixasse um valor lógico
para uma das três proposições simples (p, q ou r), a
10. (Fundatec-RS) Trata-se de uma tautologia a pro- sentença passaria a ser uma tautologia.
posição apresentada na alternativa:
Identifique o valor lógico fixado para p, q ou r.
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a. Chove e faz frio.


b. Pedro estuda ou não estuda na Uergs.

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16. (UFAL) Qual das proposições pode ser inserida no
A professora logo perguntou aos alunos: “De quem
conjunto de premissas {(2 ∈ (A ∩ B)), (B ⊂ C), (A ⊂ B),
são os celulares que tocaram?”.
(5 ∈ (B – A)), (3 ∈ (C – B ))} de forma a não criar uma
contradição? Guto disse: “O meu não tocou”, Carlos disse: “O meu
tocou” e Bernardo disse: “O de Guto não tocou”. Sa-
a. A = B
be-se que um dos meninos está falando a verdade
b. 5 ∈ A e os outros dois mentiram. Qual das alternativas é
c. 2 ∈ C verdadeira?
d. 3 ∈ (A ∪ B) a. O celular de Carlos tocou e o de Guto não tocou.
e. (A ∩ B) = C b. Bernardo mentiu.
Desafio c. Os celulares de Guto e de Carlos não tocaram.
d. Carlos mentiu.
17. (Obmep-RJ) Durante a aula, dois celulares toca- e. Guto falou a verdade.
ram ao mesmo tempo.

Anotações

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CAPÍTULO 4
MÓDULO 12 ■ DIAGRAMAS DE VENN E QUANTIFICADORES
  CAPÍTULO 4

Exercícios de APLICAÇÃO

1. Se todos os membros de um clube são casados e toda 2. Em determinada escola de idiomas, todos os alunos
pessoa casada é maior de 18 anos, então é correto afir- estudam alemão ou italiano. Sabe-se que aqueles que
mar que estudam inglês estudam espanhol e os que estudam
a. podem existir membros do clube que não sejam alemão não estudam nem inglês nem espanhol, con-
casados. forme indicado no diagrama
b. pode existir pessoa casada que não é membro do
clube. Alemão Italiano
c. todos os casados são membros do clube.
A IT
d. pode existir um membro do clube que tenha 18 Espanhol
anos, ou menos, de idade. E

e. toda pessoa maior de 18 anos é membro do clube. IN Inglês

Resolução
De acordo com o enunciado, construímos o seguinte diagrama
com as regiões numeradas para facilitar a resposta.
Pode-se concluir que
a. todos os alunos que estudam espanhol estudam
inglês.
b. todos os alunos que estudam italiano estudam
inglês.
c. alguns alunos que estudam espanhol não estu-
3
Casados Membros do clube dam italiano.
2
d. alguns alunos que estudam italiano não estudam
inglês.
Maiores de 18 anos 1
e. alguns alunos que estudam alemão estudam
italiano.

Resolução
Analisando as alternativas, temos:
Fazendo análise das alternativas, temos:
a. Incorreta. Todo membro do clube está na região 3, que está
contida na região 2. Logo, todo membro do clube é casado. a. Incorreta. Os que se encontram na região “E” estudam espa-
nhol e não estudam inglês.
b. Correta. Os casados que estão na região 2 e não estão na região
3 não são membros do clube. b. Incorreta. Os alunos que se encontram na região “IT” ou na
região “E” estudam italiano, mas não estudam inglês.
c. Incorreta. Os casados que estão na região 2 não são membros
do clube. c. Incorreta. O conjunto dos alunos que estudam espanhol está
contido no conjunto dos alunos que estudam italiano. Logo, todo
d. Incorreta. O conjunto “Membros do clube” está contido no
aluno que estuda espanhol, também estuda italiano.
conjunto “Maiores de 18 anos”. Logo, todo membro do clube tem
mais de 18 anos. d. Correta. São aqueles que se encontram na região “IT”.
e. Incorreta. As pessoas maiores de 18 anos que estão na região e. Incorreta. Quem estuda alemão não estuda nenhum dos ou-
1 não são membros do clube. tros três idiomas. EM-L2-11I-22

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3. (FGV/BANESTES) Em certa empresa são verdadeiras a. algum gerente é homem.
as afirmações: b. há gerente que sabe trocar uma lâmpada.
• Qualquer gerente é mulher. c. todo homem sabe trocar uma lâmpada.
• Nenhuma mulher sabe trocar uma lâmpada. d. todas as mulheres são gerentes.
É correto concluir que, nessa empresa, e. nenhum gerente sabe trocar uma lâmpada.

Resolução
De acordo com o enunciado, construímos o seguinte diagrama, indicando suas regiões por números para facilitar a resolução.

Homens
Mulheres
4

Sabem trocar uma


2 Gerentes
1 3 lâmpada

Fazendo a análise das alternativas, temos:


a. Incorreta. Gerentes estão na região 1. Homens estão na região 3 ou 4. A intersecção dos conjuntos Gerentes e Homens é vazia. Logo,
nenhum gerente é homem.
b. Incorreta. Todo gerente é mulher e nenhuma mulher sabe trocar lâmpada.
c. Incorreta. Os que estão na região 4 são homens e não sabem trocar lâmpada.
d. Incorreta. As que estão na região 2 são mulheres e não são gerentes.
e. Correta. A intersecção das regiões 1 e 3 é vazia. Logo, nenhum gerente sabe trocar uma lâmpada.
Alternativa correta: E
Habilidade
Resolver um mesmo problema utilizando diferentes algoritmos.

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CAPÍTULO 4
Exercícios EXTRAS
  CAPÍTULO 4

4. (UFES adaptado) Em determinado grupo de pessoas, 5. (AFCE-TCU) Em uma comunidade, todo trabalhador
• todas as pessoas que praticam futebol também é responsável.
praticam natação; Todo artista, se não for filósofo, ou é trabalhador ou é
• algumas pessoas que praticam tênis também pra- poeta. Ora, não há filósofo e não há poeta que não seja
ticam futebol; responsável.
• algumas pessoas que praticam tênis não praticam Portanto, tem-se que, necessariamente,
natação. a. todo responsável é artista.
É correto afirmar que no grupo b. todo responsável é filósofo ou poeta.
a. todas as pessoas que praticam natação também c. todo artista é responsável.
praticam tênis.
d. algum filósofo é poeta.
b. todas as pessoas que praticam futebol também
praticam tênis. e. algum trabalhador é filósofo.
c. não podem existir pessoas que praticam natação e
também praticam tênis.
d. todas as pessoas praticam as três modalidades
apresentadas.
e. algumas pessoas que praticam tênis não praticam
futebol.

Seu Espaço

Sobre o módulo
Os assuntos deste módulo são o diagrama de Venn e os quantificadores.
Fazer uma breve revisão sobre as operações entre conjuntos trabalhadas no EF2.
Aqui começam as situações muito pedidas em concursos públicos.
Saber relacionar o enunciado com o diagrama de Venn é muito importante.
Os exercícios de aplicação foram selecionados de modo que o grau de dificuldade seja gradativo.
Não é um assunto muito fácil para os alunos assimilarem, visto que a interpretação do problema é de fundamental importância.
Por isso, pede-se muita tranquilidade no desenvolvimento do assunto.
Ler o enunciado e ir construindo o diagrama junto com eles é um facilitador para a compreensão.

Na web
O link indica dois áudios da série “Problemas e Soluções” dos recursos de multimídia do projeto M3 com parceria da Unicamp.
O objetivo do áudio é entender um problema de lógica de uma sentença composta.

Disponível em: <coc.pear.sn/QfKxBAV>.


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Exercícios PROPOSTOS

Da teoria, leia os tópicos 4, 4.A, 4.B, 4.C, 4.D, 5 e 6. d. todos os professores de piano são professores de
Exercícios de: Tarefa Reforço Aprofundamento Lidere! canto.
e. todos os professores de piano são professores de
6. Se é verdade que “Alguns escritores são poetas” e violão.
que “Nenhum músico é poeta”, então, também é ne-
9. (VUNESP) No planeta W, algum wbliano é espor-
cessariamente verdade que
tista e todos os wblianos são ricos. Sendo assim, é
a. nenhum músico é escritor. correto afirmar que, naquele planeta,
b. algum escritor é músico. a. todo wbliano esportista não é rico.
c. algum músico é escritor. b. algum wbliano esportista não é rico.
d. algum escritor não é músico. c. algum wbliano é rico.
e. nenhum escritor é músico. d. todo wbliano é esportista.

7. (Cespe-DF adaptado) Considere as proposições: 10. Observe os diagramas e suas correspondentes


I. Todos os cidadãos brasileiros têm garantido o di- proposições.
reito de herança.
Pianista
II. Joaquina não tem garantido o direito de herança. A
III. Todos aqueles que têm direito de herança são ci- Cantor
dadãos de muita sorte.
Compositor
Supondo que todas essas proposições sejam ver-
dadeiras, é correto concluir logicamente que
A. Joaquina não é cidadã brasileira. Cantor
B
B. Todos os que têm direito de herança são cidadãos
Pianista
brasileiros. Compositor

C. Se Joaquina não é cidadã brasileira, então


Joaquina não é de muita sorte.
Assinale a alternativa correta.
Compositor
a. Somente B é falsa. C
b. Somente A e C são verdadeiras. Pianista

c. Somente B e C são verdadeiras. Cantor


d. Somente C é verdadeira.
e. Somente A é verdadeira.
D Compositor
8. Uma escola de arte oferece aulas de canto, dança,
teatro, violão e piano. Cantor
Pianista
Todos os professores de canto são, também, professo-
res de dança, mas nenhum professor de dança é pro-
fessor de teatro. I. Todo pianista é cantor e alguns cantores são com-
Todos os professores de violão são, também, profes- positores.
sores de piano, alguns professores de piano são, tam- II. Todo compositor é também cantor e pianista.
MATEMÁTICA

bém, professores de teatro e nenhum professor de


violão é professor de teatro. III. Alguns compositores são pianistas e nenhum pia-
nista é cantor.
Sabe-se que nenhum professor de piano é professor
IV. Todos os cantores são pianistas e compositores.
MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS

de dança, e como as aulas de piano, violão e teatro não


têm professor em comum, então, Assinale a associação correta.
a. nenhum professor de violão é professor de canto. a. A-II; B-I; C-III; D-IV
b. pelo menos um professor de violão é professor b. A-III; B-IV; C-II; D-I
de teatro. c. A-IV; B-II; C-I; D-III
EM-L2-11I-22

c. pelo menos um professor de canto é professor de d. A-II; B-I; C-IV; D-III


teatro. e. A-IV; B-II; C-III; D-I

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CAPÍTULO 4
11. (VUNESP) Sabendo que é fato que todos os ir- a. encontrado um livro de Administração de capa dura.
  CAPÍTULO 4

mãos de Luana são policiais militares, conclui-se, cor- b. adquirido dessa livraria um livro de Economia de
retamente, que capa flexível.
a. Luana é policial militar. c. selecionado para compra um livro nacional de Di-
b. Se Sergio não é policial militar, então ele não é ir- reito de capa dura.
mão de Luana. d. comprado um livro importado de Direito de capa
c. Luana não é policial militar. flexível.
d. Se Israel não é irmão de Luana, então ele não é
16. Se todo X é Y, todo Y é Z e todo W é Y, avalie se as
policial militar.
afirmativas são falsas (F) ou verdadeiras (V).
12. (FCC/DPE-RS) Em uma escola há professor de I. Todo W é X.
Química que é professor de Física, mas não todos. II. Todo Z é W.
Também há professor de Matemática que é professor
III. Todo X é Z.
de Física, mas não todos. Não há professor de Mate-
mática que seja professor de Química. Não há pro- As afirmativas são respectivamente:
fessor de Física que seja apenas professor de Física. a. F – F – F d. V – F – F
Nessa escola, b. F – F – V e. F – V – F
a. todos os professores de Física são professores de c. V – V – V
Química.
b. qualquer professor de Matemática é professor de Desafio
Química.
c. os professores de Matemática que não são profes- 17. (UFES adaptado) Em um condomínio de apar-
sores de Química são professores de Física. tamentos,
d. há professores de Química que são professores de • nenhum praticante de futebol é praticante de
Matemática e de Física. voleibol;
e. qualquer professor de Física que é professor de • todo praticante de basquetebol é praticante de
Matemática não é professor de Química. futebol;
• algum praticante de handebol é praticante de bas-
13. (IBGE) Se todo A é B e nenhum B é C, é possível quetebol.
concluir, corretamente, que
Nessas condições, dentre as afirmativas, assinale a
a. nenhum B é A. que for verdadeira.
b. nenhum A é C.
a. Pode-se garantir que algum praticante de volei-
c todo A é C. bol é praticante de handebol.
d. todo C é B. b. Pode-se garantir que todo praticante de voleibol
e. todo B é A. não é praticante de handebol.
14. Nenhum matemático é aluno. Algum administra- c. Pode-se garantir que todo praticante de futebol
dor é aluno, logo é praticante de handebol.
a. algum administrador é matemático. d. Pode-se garantir que todo praticante de basque-
b. todo administrador é matemático. tebol é praticante de voleibol.
c. nenhum administrador é matemático. e. Pode-se garantir que algum praticante de han-
d. algum administrador não é matemático. debol não é praticante de voleibol.
e. todo administrador não é matemático. Crie e ative
15. (Cespe-DF) Pedro, para se preparar para um 18. Considere as proposições:
concurso, utilizou um site de busca da internet e
pesquisou em uma livraria virtual, especializada nas • Todos os jogadores de basquete são altos.
áreas de Direito, Administração e Economia, que ven- • Marcos é alto.
de livros nacionais e importados. Nessa livraria, al- • Marcos é diretor de uma empresa.
guns livros de Direito e todos os de Administração • Nenhum jogador de basquete é diretor de uma
fazem parte dos produtos nacionais. Além disso, não empresa.
há livro nacional disponível de capa dura. Julgue os
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Com base nessas proposições, podemos construir


itens com base nas informações anteriores. É fato
que Pedro em sua pesquisa tenha este diagrama de Venn associado a elas:

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Altos Posicione-se

19. Você é um juiz que deverá obter as declarações


Diretores de quatro suspeitos de um crime.
de uma
empresa Durante as declarações, um aparelho eletrônico detec-
ta se o suspeito está mentindo ou dizendo a verdade.
Marcos
Jogadores Os suspeitos são André, Batista, Carlos e Daniel, e as
de basquete
declarações foram as seguintes:
André: Carlos é o criminoso.
Batista: Eu não sou criminoso.
Considere agora o diagrama de Venn que segue, sem
legenda. Carlos: Daniel é o criminoso.
Daniel: Carlos está mentindo.
Sabe-se que o aparelho detectou que apenas um de-
les disse a verdade. Sabe-se ainda que há somente
um criminoso.
De posse dessas informações, você deve identificar
qual deles é o criminoso e qual disse a verdade.
Cuidado! Uma interpretação errada pode levar um
inocente à prisão.
Crie proposições, de modo que esse diagrama possa
estar relacionado com todas elas.

Anotações

MATEMÁTICA
MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS
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PARA
CONFERIR
1. Considere as proposições simples: a. I e II são tautologias.
p: Paulo é flamenguista. b. I é uma contradição e II uma tautologia.
q: Raul é cruzeirense. c. I é uma tautologia e II uma contradição.
Considere agora a proposição composta. d. I é uma contradição e II uma contingência.
Se Paulo é flamenguista e Raul é cruzeirense, então e. I é uma tautologia e II uma contingência.
Raul não é cruzeirense ou Paulo não é flamenguista. 3. (FCC-SP) As afirmações são resultados de uma pes-
Construindo a tabela verdade da proposição compos- quisa feita entre os funcionários de certa empresa.
ta, verificamos que o número de valores lógicos verda- • Todo funcionário que fuma tem bronquite.
deiros que ela apresenta é
• Todo funcionário que tem bronquite costuma faltar ao
a. 0 trabalho.
b. 1 Relativamente a esses resultados, é correto concluir
c. 2 que
d. 3 a. existem funcionários fumantes que não faltam ao
e. 4 trabalho.
b. todo funcionário que tem bronquite é fumante.
2. Um problema de lógica matemática pedia a construção
c. todo funcionário fumante costuma faltar ao trabalho.
de duas tabelas verdade, uma para cada proposição
composta I e II: d. é possível que exista algum funcionário que tenha
bronquite e não falte habitualmente ao trabalho.
I. ¬(p →(¬p →(q ∨ ¬q)))
e. é possível que exista algum funcionário que seja
II. p → (q → p) ∨ q fumante e não tenha bronquite.
Após a construção correta das duas tabelas verdades,
verificou-se que

Seu Espaço

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ANOTAÇÕES

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CAPÍTULO

5 EQUIVALÊNCIAS LÓGICAS

SUMÁRIO
1. Implicações lógicas116
2. Equivalências lógicas117
3. Relações entre proposições
condicionais118

HABILIDADES
• Utilizar os conceitos básicos de uma linguagem
de programação na implementação de
algoritmos escritos em linguagem corrente
e/ou matemática.
• Investigar e registrar, por meio de um
fluxograma, quando possível, um algoritmo
que resolve um problema.
• Resolver um mesmo problema utilizando
diferentes algoritmos.

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DJGUNNER/ISTOCKPHOTO
I
Desvalorização monetária
magine que você possui um investimento no banco, como caderneta de diante de inflação alta.
poupança, e sua aplicação esteja rendendo 0,5% ao mês.
É muito comum desejar saber qual é a taxa de rendimento anual dessa
aplicação. Ou seja, ao aplicar certa quantia na caderneta de poupança hoje,
quanto teremos após um ano de aplicação?
Para saber a resposta, você multiplica 0,5% por 12, chegando à taxa de
6% ao ano?
Não, não é assim. Uma taxa de 0,5% ao mês não é equivalente a 6% ao ano.
Neste capítulo analisaremos taxas equivalentes, e outros exemplos, por
meio da lógica proposicional.

MATEMÁTICA
MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS

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Para entender taxas equivalentes, acompanhe a se- de conjecturas, desenvolvimento de argumentações
guinte situação. convincentes, entre outras.
Considere que a taxa de juros cobrada por uma ope-
radora financeira seja de 10% ao mês. A. Definição
Ao final de dois meses, a taxa de juros é de 21%, e Uma proposição P (p, q, r, ...) implica logicamente uma
CAPÍTULO 5

não de 20% (obtido pela multiplicação de 2 por 10%). proposição Q (p, q, r, ...), se Q (p, q, r, ...) é verdadeira
Mas você sabe o motivo? Se você toma emprestado todas as vezes que P (p, q, r, ...) é verdadeira.
R$ 100,00 em janeiro, no mês seguinte essa dívida será A implicação de proposições é indicada pelo sím-
de R$ 100,00 + 10% de R$ 100,00, ou seja, R$ 110,00. Em bolo ⇒.
março, a dívida será de R$ 110,00 + 10% de R$ 110,00,
ou seja, de R$ 110,00 + R$ 11,00 = R$ 121,00. Sendo as-
sim, você pagará, em dois meses, 21% de juros. Observação
Cobrar de juros a taxa mensal de 10% é o equivalente → é símbolo de operação lógica aplicada às pro-
a cobrar taxa bimestral de 21%. Isso significa que posições P e Q.
essas duas taxas produzem o mesmo valor a ser pago ⇒ estabelece relação entre as proposições P e Q.
no final do bimestre. Importante
Dizemos, então, que duas taxas, i1 e i2, são equivalen- Uma proposição P implica uma proposição Q, se
tes se, aplicadas ao mesmo capital C durante o mesmo Q é verdadeira todas as vezes que P é verdadeira.
período, produzem o mesmo montante final.
Na lógica proposicional, esse termo também é utili- Exemplos
zado: duas proposições compostas são equivalentes se 1. Considere a tabela-verdade das proposições com-
apresentam a mesma tabela-verdade. postas p ∧ q, p ∨ q e p ↔ q.

1. IMPLICAÇÕES LÓGICAS p q p∧q p∨q p↔q


Já vimos que sendo p e q duas proposições simples, V V V V V
a operação lógica da condicional, simbolizada por V F F V F
p → q (se p, então q), só tem valor lógico falso (F)
F V F V F
se p tem valor lógico verdadeiro (V) e q tem valor
lógico falso (F). F F F F V

O valor lógico da proposição composta p → q pode Na primeira linha de valores lógicos, temos q ver-
ser representado pela tabela-verdade: dadeiro quando p é verdadeiro. Nessa linha, temos
(p ∧ q), (p ∨ q) e (p ↔ q) também verdadeiras.
p q p→q
V V V
Podemos escrever, então:
V F F I. (p ∧ q) ⇒ (p ∨ q) (p ∨ q é verdadeira sempre que
F V V p ∧ q é verdadeira.)
F F V II. (p ∧ q) ⇒ (p ↔ q) (p ↔ q é verdadeira sempre que
p ∧ q é verdadeira.)
Implicação é um conceito que se aplica em diversos
III. (p ∨ q) não implica (p ↔ q), porque p ↔ q deveria
campos do conhecimento.
ser verdadeira toda vez que p ∨ q fosse verdadeira, e
Ela é importante na linguagem matemática por sua isso não ocorre.
ocorrência sistemática nos teoremas que constituem
teorias matemáticas.
2. Considere a implicação p ⇒ q → p.
Teorema é uma proposição do tipo p ⇒ q (não
confundir com p → q), sendo p uma proposição verda- Construindo a tabela-verdade para q → p, temos:
deira na teoria em questão.
p q q→p
Demonstrar um teorema é provar que a proposição
V V V
p ⇒ q é verdadeira e, sendo p verdadeira, por hipótese,
q é também verdadeira. V F V
F V F
Num teorema, a proposição p é chamada de hipóte-
se (antecedente da implicação p ⇒ q), e a proposição q F F V
(consequente da implicação p ⇒ q) é chamada de tese. Perceba que quando p é verdadeira (as duas pri-
As demonstrações de teoremas são essenciais para meiras linhas de valores lógicos), (q → p) também é
EM-L3-11-22

desenvolver habilidades e competências relacionadas verdadeira. Assim, temos que a proposição p implica a
à experimentação, observação e percepção, realização proposição composta q → p (p ⇒ q → p).

116

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APRENDER SEMPRE

1. Verifique se é válida a implicação: NOTA BIOGRÁFICA


p∧q⇒p∨q Augustus De Morgan (1806-1871) nasceu em
Resolução Madura, na Índia, em 27 de junho de 1806,
A implicação será válida se p ∨ q for verdadeira toda vez que quando seu pai, o tenente-coronel John De
p ∧ q for verdadeira. Morgan, estava a serviço naquele país.
Construindo a tabela-verdade, temos: Augustus perdeu a visão do olho direito
logo após nascer. Depois de sete meses, sua
p q p∧q p∨q família voltou à Inglaterra e quando tinha
V V V V dez anos, seu pai faleceu. Na escola, foi ví-
V F F V tima de preconceito por causa de sua deficiência visual.
F V F V Em 1823, Augustus De Morgan ingressou no Trinity
F F F F College, em Cambridge, onde foi instruído por Peacock —
que seria seu amigo pelo resto da vida. Seus estudos
A única linha em que p ∧ q tem valor lógico verdadeiro é a
terminaram em Cambridge após a obtenção do título de
primeira (de valores lógicos). Nessa linha, p ∨ q é verdadeira.
bacharel. Por ter se recusado a submeter-se ao exame
Dessa maneira, fica provada a validade da implicação:
religioso, ele não pôde continuar os estudos nem em
p∧q⇒p∨q
Cambridge nem em Oxford.
Em 1826, Augustus retornou a Londres e um ano de-
pois, em 1827, pleiteou a cadeira de Matemática da
MUNDO DOLHO recém-fundada Universidade de Londres, mesmo sem
TRABA ter nenhuma publicação matemática. Assim, em 1828,
Raciocínio lógico é uma característica cada vez mais requisi- foi nomeado o primeiro professor de Matemática da
tada no mercado de trabalho, o que se reflete na forma como universidade. Renunciou a essa cadeira em 1831, retor-
os processos seletivos são elaborados. Para se ter ideia, esse nando, porém, em 1836; renunciou, pela segunda vez,
é um fator que permeia toda a construção do Enem, avaliação em 1866, por causa de restrições à liberdade acadêmica.
mais importante no cenário nacional.
Em 1838, De Morgan definiu e introduziu o termo indu-
Mais do que um teste comum em processos seletivos, o racio-
ção matemática — processo que já havia sido usado
cínio lógico é uma ferramenta requisitada a profissionais de
sem suficiente clareza e com pouco rigor matemático.
todas as áreas. Quanto mais complexa for a atividade em ques-
Em 1849, publicou o Trigonometry and Double Algebra, em
tão, mais requisitadas serão essas capacidades do indivíduo.
Seja qual for a ocupação almejada, desenvolver capacidades que fez uma interpretação geométrica dos números com-
lógicas será de grande ajuda para que ela seja alcançada. plexos. Ele reconhecia a natureza puramente simbólica da
Quando falamos em teste de lógica, é inevitável pensar na álgebra e estava ciente da existência de outras álgebras.
influência que o Enem teve na propagação dessa teoria. A ma- Introduziu as leis de De Morgan, e sua contribuição mais
neira inovadora como a prova foi formulada, prezando pelo significativa foi Formal Logic, obra na qual definiu uma re-
raciocínio interpretativo em vez da simples reprodução de formulação da lógica matemática.
conhecimento, acabou por moldar a forma como os processos Em 1866, foi cofundador da London Mathematical Society,
seletivos são feitos em todo o país. tornando-se seu primeiro presidente. Nesse mesmo ano,
Além disso, o próprio mercado passou a adaptar-se e a com- foi nomeado membro do Royal Astronomical Society.
preender a importância de seus contratados apresentarem Interessava-se por números ímpares e curiosidades nu-
desenvolvida habilidade de raciocínio lógico. Por essa razão, méricas.
é possível encontrar testes dessa habilidade em processos
seletivos de variadas áreas. Esses testes são aplicados, princi- Augustus De Morgan morreu no dia 18 de março de
palmente, por psicólogos e gestores de RH, sendo analisados 1871, em Londres.
em contexto com outras ferramentas avaliativas: entrevistas, AUGUSTOS De Morgan (1806-1871). Disponível em: <http://ecalculo.
dinâmicas de grupo etc. if.usp.br/historia/morgan.htm>. Acesso em: set. 2021. Adaptado.
MATEMÁTICA

2. EQUIVALÊNCIAS LÓGICAS
B. Algumas implicações lógicas Duas proposições são equivalentes quando querem dizer
MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS

Para facilitar, trazemos a tabela seguinte, com algu- exatamente a mesma coisa, ou seja, quando têm o mes-
mas implicações lógicas que serão úteis na resolução mo significado, ou ainda, quando uma pode ser substi-
de exercícios. tuída pela outra.
Na lógica proposicional, duas proposições são equi-
p∧q⇒p∨q p∧q⇒p↔q p↔q⇒p→q valentes quando apresentam os mesmos valores lógi-
cos. Isso significa dizer que quando uma for verdadei-
EM-L3-11-22

p↔q⇒q→p p∧q⇒p p∧q⇒q


ra, a outra também será; quando uma for falsa, a outra
(p ∨ q) ∧ ¬p ⇒ q (p ∨ q) ∧ ¬q ⇒ p (p → q) ∧ p ⇒ q
também será.

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A. Formalizando
Construindo a tabela-verdade, temos:
Uma proposição composta P é logicamente equivalen-
te a uma proposição composta Q (indica-se pela no- (p → q) ↔
p q ¬p p → q (¬p ∨ q)
tação P ⇔ Q) quando as tabelas-verdade dessas duas ↔ (¬p ∨ q)
CAPÍTULO 5

proposições compostas são idênticas. De outra forma, V V F V V V


podemos dizer que as proposições P e Q são equivalen- V F F F F V
tes se a bicondicional (↔) for uma tautologia. F V V V V V
F F V V V V

Exemplo Como (p → q) ↔ (¬p ∨ q) é uma tautologia, temos que


(p → q) ⇔ (¬p ∨ q).
Considere as seguintes proposições:
Poderíamos ter optado também por mostrar que as tabelas-
1. p → q -verdade de (p → q) e (¬p ∨ q) são idênticas.
2. ¬q →¬p
Construindo a tabela-verdade de p → q, temos:
B. Algumas equivalências lógicas
p q p→q A seguir, trazemos uma tabela com algumas equiva-
V V V lências lógicas que serão úteis e facilitarão a resolução
V F F de exercícios.
F V V
F F V ¬(p ∧ q) ⇔ (¬p) ∨ (¬q) ¬p → q ⇔ p ∨ q

Construindo a tabela-verdade de ¬q → ¬p, temos: ¬(p ∨ q) ⇔ (¬p) ∧ (¬q) p → q ⇔ (¬q) → (¬p)

p q ¬q ¬p ¬q → ¬p p → q ⇔ ¬p ∨ q ¬(p → q) ⇔ p ∧ ¬q
V V F F V
V F V F F
F V F V V PARA EXPLORAR
F F V V V
Assista ao vídeo em que a lógica matemática e a teoria dos
Como as últimas colunas das duas tabelas-verdade jogos são assuntos explorados.
são idênticas, dizemos que as proposições 1 e 2 são
equivalentes, ou seja, p → q ⇔ ¬q → ¬p. Disponível em:
De outra maneira, vamos construir a tabela-verdade <coc.pear.sn/89nKApS>.
da bicondicional (p → q) ↔ (¬q →¬p):

p→q ¬q → ¬p (p → q) ↔ (¬q → ¬p)


V V V
F F V 3. RELAÇÕES ENTRE PROPOSIÇÕES CONDICIONAIS
V V V Uma proposição condicional sempre pode ser associa-
V V V da a outras proposições condicionais.
Na sequência, trataremos de três delas — recíproca,
Como a tabela-verdade da bicondicional é uma tauto- inversa e contrapositiva —, que são importantes no
logia, dizemos que as proposições 1 e 2 são equivalentes. estudo da lógica proposicional.

APRENDER SEMPRE
A. Recíproca
Dada a condicional p → q, a condicional q → p é cha-
2. Mostre que as duas proposições “Se estudo, vou bem na mada de recíproca de p → q.
prova” e “Não estudo ou vou bem na prova” são equivalentes.
Resolução
Exemplos
Sejam as proposições:
p: Estudo. 1. Considere as proposições:
q: Vou bem na prova. p: Hoje é domingo.
EM-L3-11-22

Devemos mostrar que a bicondicional (p → q) ↔ (¬p ∨ q) é q: Há missa dominical.


uma tautologia.
p → q: Se hoje é domingo, então há missa dominical.

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A recíproca de p → q é q → p e pode ser entendi- Se é verdade que hoje é dia 2 de dezembro, então é
da como: Se hoje há missa dominical, então hoje é verdade que amanhã é dia 3 de dezembro.
domingo. O valor lógico da condicional, quando as duas pre-
missas são verdadeiras, é verdadeiro. Observe que,
Observe que a condicional e sua recíproca podem pelo mesmo motivo, a inversa também tem valor lógi-
apresentar valores lógicos iguais. co verdadeiro.
Se é verdade que hoje é domingo, então é verdade
que há missa dominical. Se é verdade que há missa Uma condicional e sua inversa podem ser propo-
dominical, então é verdade que hoje é domingo. sições equivalentes.

Uma condicional e sua recíproca podem ser pro- 2. Considere as proposições:


posições equivalentes. p: Está chovendo.
q: Existem nuvens no céu.

2. Considere as proposições:
p → q: Se está chovendo, então existem nuvens no céu.
p: Sou maranhense.
q: Sou brasileiro.
A inversa de p → q é ¬p → ¬q e pode ser enten-
p → q: Se sou maranhense, então sou brasileiro. dida como: Se não está chovendo, então não existem
nuvens no céu.
A recíproca de p → q é q → p e pode ser entendida
como: Se sou brasileiro, então sou maranhense. Observe que a condicional e sua inversa podem pos-
suir valores lógicos diferentes.
Observe que a condicional e sua recíproca não pos- p → q é uma proposição verdadeira (Ter nu-
suem, necessariamente, valores lógicos iguais. vens no céu é condição necessária para que esteja
“Se sou maranhense, então sou brasileiro” é uma chovendo).
proposição verdadeira; mas, “Se sou brasileiro, então ¬p → ¬q não precisa ser necessariamente verda-
sou maranhense” não necessariamente é verdadeira, deira; pode não estar chovendo e, ainda assim, pode
pois o indivíduo pode ter nascido em qualquer outro haver nuvens no céu.
estado brasileiro.

Uma condicional e sua inversa podem não ser


Uma condicional e sua recíproca podem não ser proposições equivalentes.
proposições equivalentes.

C. Contrapositiva
B. Inversa Dada a condicional p → q, a condicional ¬q → ¬p é
Dada a condicional p → q, a condicional ¬p → ¬q é chamada de contrapositiva de p → q.
chamada de inversa de p → q.
Exemplo
Exemplos Considere as proposições:
1. Considere as proposições: p: Está chovendo.
MATEMÁTICA

p: Hoje é dia 2 de dezembro. q: Existem nuvens no céu.


q: Amanhã é dia 3 de dezembro. p → q: Se está chovendo, então existem nuvens
p → q: Se hoje é dia 2 de dezembro, então amanhã é no céu.
MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS

dia 3 de dezembro.
A contrapositiva de p → q é ¬q → ¬p e pode ser
A inversa de p → q é ¬p → ¬q e pode ser entendida entendida como: Se não existem nuvens no céu, então
como: Se hoje não é dia 2 de dezembro, então amanhã não está chovendo.
não é dia 3 de dezembro. Observe que se p → q tem valor lógico verdadeiro,
EM-L3-11-22

Observe que a condicional e sua inversa podem pos- então a contrapositiva ¬q → ¬p também terá; e se
suir valores lógicos iguais. p → q tem valor lógico falso, então a contrapositiva

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¬q → ¬p também terá. Ou seja, “estar chovendo” é
condição suficiente para “existir nuvens”, e “não exis- Observe que as tabelas-verdade de p → q e de ¬q → ¬p são
tir nuvens” é também condição suficiente para “não idênticas. Logo, elas são proposições equivalentes, de acordo
com o que foi visto no último exemplo.
estar chovendo”.
CAPÍTULO 5

4. Assinale a alternativa que apresenta uma afirmação equiva-


Uma condicional e sua contrapositiva sempre são lente a: Se estou em Cuiabá, então não estou em Mato Grosso.
proposições equivalentes. a. Se não estou em Cuiabá, então estou em Mato Grosso.
b. Se não estou em Cuiabá, então não estou em Mato Grosso.
c. Se estou em Mato Grosso, então estou em Cuiabá.
d. Se estou em Mato Grosso, então não estou em Cuiabá.
APRENDER SEMPRE e. Se não estou em Mato Grosso, então não estou em Cuiabá.
3. Dada a condicional p → q, construa uma tabela-verdade em
que possam ser identificadas sua recíproca, sua inversa e sua Resolução
contrapositiva. Sejam as proposições:
p: Estou em Cuiabá.
Resolução
q: Não estou em Mato Grosso.
p → q: Se estou em Cuiabá, então não estou em Mato Grosso.
Recíproca Inversa Contrapositiva
p q ¬p ¬q p → q Sabemos que uma condicional e sua contrapositiva são equi-
q → p ¬p → ¬q ¬q → ¬p valentes. Assim, (p → q) ⇔ (¬q → ¬p).
V V F F V V V V (¬q → ¬p) pode ser entendido como: Se estou em Mato Grosso,
V F F V F V V F então não estou em Cuiabá.
F V V F V F F V (Se preferir, faça a tabela-verdade de cada alternativa).
F F V V V V V V Alternativa correta: E

Anotações

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SL ÓGICAS
IMPLICAÇÕE

Relações entre
Equivalências lógicas
proposições lógicas

Recíproca Inversa Contrapositiva

MATEMÁTICA
MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS
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CAPÍTULO 5
MÓDULO 13 ■ IMPLICAÇÕES LÓGICAS
  CAPÍTULO 5

Exercícios de APLICAÇÃO

1. Considere que p e ¬q são proposições verdadeiras.


Em quais casos são válidas as implicações?
I. (p ∧ q) ⇒ q
II. p ⇒ (p ∨ q)
a. Em nenhum deles. c. Apenas em I.
b. Em I e em II. d. Apenas em II.
Resolução
Construindo uma tabela-verdade que engloba as situações I e II, temos:
p q ¬q p∧q p∨q
V F V F V
Para a implicação do caso I ser válida, devemos ter p e q verdadeiras para que p ∧ q seja verdadeira. Mas como q é falsa, temos que p ∧ q é
falsa. Logo, a implicação I não é válida.
Para a implicação do caso II ser verdadeira, devemos ter p ∨ q verdadeira sempre que p for verdadeira. De acordo com a tabela, isso ocorre.
Logo, a implicação II é válida.
Alternativa correta: D

2. Considere as seguintes proposições:


p: A prova está difícil.
q: O concurso deve ser adiado.
A proposição “Não é verdade que se a prova está difícil, então o concurso deve ser adiado” é uma implicação lógica de:
a. A prova está difícil ou o concurso deve ser adiado.
b. Não é verdade que a prova está difícil e o concurso deve ser adiado.
c. A prova está difícil e o concurso não deve ser adiado.
d. Se o concurso deve ser adiado, então a prova não está difícil.
e. A prova está difícil.
Resolução
Considere, em símbolos, o enunciado e cada uma das alternativas:
Enunciado: ¬(p → q)
Alternativa a: p ∨ q
Alternativa b: ¬(p ∧ q)
Alternativa c: p ∧ ¬q
Alternativa d: q → ¬p
Alternativa e: p
Vamos construir uma tabela-verdade envolvendo todas essas proposições.

p q ¬p ¬q p→q ¬(p → q) (a) p ∨ q (b) ¬(p ∧ q) (c) p ∧ ¬q (d) q → ¬p


V V F F V F V F F F
V F F V F V V V V V
F V V F V F V V F V
F F V V V F F V F V

¬(p → q) é uma implicação lógica de p ∧ ¬q , pois ¬(p → q) é verdadeira sempre que p ∧ ¬q é verdadeira.
Alternativa correta: C
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3. (VUNESP adaptado) Considere verdadeiras as afir- a. Ou Luiza possui um gato ou Tiago não gosta de
mações: comer macarrão.
• Luiza possui um gato. b. Se Henrique gosta de observar patos, então Luiza
• Henrique gosta de observar patos. possui um gato e Tiago gosta de comer macarrão.
• Rafael não tem bicicleta. c. Se Luiza possui um gato, então Rafael tem bicicleta.
• Tiago não gosta de comer macarrão. d. Rafael tem bicicleta ou Henrique gosta de obser-
var patos.
A partir dessas afirmações, é uma implicação lógica
e. Tiago não gosta de comer macarrão e Henrique
com qualquer dessas quatro proposições:
não gosta de observar patos.
Resolução
Considere verdadeiras as proposições:
p: Luiza possui um gato.
q: Henrique gosta de observar patos.
r: Rafael não tem bicicleta.
t: Tiago não gosta de comer macarrão.
Construindo a tabela-verdade para as proposições envolvidas, temos:

p q r t ¬p ¬q ¬r ¬t
V V V V F F F F

Fazendo a análise das alternativas, temos:


a. p ∨ ¬t
Falsa. Não é uma implicação lógica com as proposições dadas, pois p ∨ ¬t deveria ser verdadeira, sendo p, q, r e t verdadeiras.
b. q → (p ∧ ¬t)
Falsa. Não é uma implicação lógica com as proposições dadas, pois q → (p ∧ ¬t) deveria ser verdadeira, sendo p, q, r e t verdadeiras.
c. p → ¬r
Falsa. Não é uma implicação lógica com as proposições dadas, pois p → ¬r deveria ser verdadeira, sendo p, q, r e t verdadeiras.
d. ¬r ∨ q
Verdadeira. É uma implicação lógica, pois ¬r ∨ q é verdadeira, , sendo p, q, r e t verdadeiras.
e. t ∧ ¬q
Falsa. Não é uma implicação lógica com as proposições dadas, pois t ∧ ¬q deveria ser verdadeira, sendo p, q, r e t verdadeiras.
Alternativa correta: D
Habilidade
Investigar e registrar, por meio de um fluxograma, quando possível, um algoritmo que resolve um problema.

MATEMÁTICA
MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS
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CAPÍTULO 5
Exercícios EXTRAS
  CAPÍTULO 5

4. Mostre que a proposição p → (p → q) é uma implica- a. se Clara não é alegre, então Nestor é feliz.
ção lógica da proposição p → q. b. se Nestor é feliz, então Clara é alegre.
c. se Clara é alegre, então Nestor é feliz.
5. Considere a proposição: Clara não é alegre ou Nestor d. se Clara é alegre, então Nestor não é feliz.
é feliz. Uma implicação lógica válida é
e. se Clara não é alegre, então Nestor não é feliz.

Seu Espaço

Sobre o módulo
O assunto deste módulo são as implicações lógicas.
Deixar bem claro para os alunos a diferença entre os símbolos → (condicional) e ⇒ (implicação).
Na teoria, temos que P ⇒ Q se Q tem valor lógico verdadeiro sempre que P tiver valor lógico verdadeiro.
Observar que só não se pode ter V → F.
As principais implicações lógicas são apresentadas na teoria deste módulo.

p∧q⇒p∨q p∧q⇒p↔q p↔q⇒p→q


p↔q⇒q→p p∧q⇒p p∧q⇒q
(p ∨ q) ∧ ¬p ⇒ q (p ∨ q) ∧ ¬q ⇒ p (p → q) ∧ p ⇒ q

Os exercícios de implicações lógicas recaem, basicamente, em uma das proposições apresentadas na tabela anterior.
Não há a necessidade de memorizá-las, porém, em algumas resoluções apresentadas, elas serão usadas com o intuito de minimizar esforços.
Os exercícios trabalham as implicações lógicas de duas maneiras: apresentando as proposições sem texto de apoio e apresentando as
proposições com texto de apoio. É fundamental trabalhar esses dois tipos, principalmente o segundo, em que será necessário transformar
o texto, na linguagem usual, em simbologia lógica.
Na web
Existem diversos sites em que são apresentados conceitos e exercícios sobre o assunto.
Veja um deles.

Disponível em: <coc.pear.sn/eBhvzSn>.

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Exercícios PROPOSTOS

Da teoria, leia os tópicos 1, 1.A e 1.B. Entre as compostas B, C, D, E e F, qual delas é uma im-
Exercícios de: Tarefa Reforço Aprofundamento Lidere! plicação lógica de A?
a. B
6. A sentença x = 5 ⇒ x2 = 25 é verdadeira ou falsa? b. C
Por quê?
c. D
7. Sejam as proposições: d. E
A: p ∧ q e. F
B: p ∨ q
11. Observe as sentenças.
C: ¬p ∧ ¬q
A: Se estudo e venço, então estudo.
Assinale a alternativa correta.
B: Se estudo e venço, então venço.
a. A ⇒ B
Mostre, por meio de uma tabela-verdade, que A ⇒ B.
b. B ⇒ A
c. A ⇒ C 12. Mostre, por meio de uma tabela-verdade, se a
d. C ⇒ A implicação ¬p ⇒ q ∧ ¬r é válida ou não.
e. C ⇒ B 13. Considere as implicações lógicas:
8. Considere as proposições simples p, q e r e a com- I. p∧q⇒q∧p
posta (p ∧ q) ∨ r. II. ¬( p ∧ q ) ⇒ ¬ p ∨ ¬q
Sabendo que (p ∧ q) ∨ r ⇒ X, temos que X III. p → q ∧ r → ¬q ⇒ r → ¬p
a. é necessariamente p. IV. ¬ p ∧ ( ¬q → p ) ⇒ ¬ (p ∧ ¬q)
b. é necessariamente q. O número de implicações verdadeiras é:
c. é necessariamente r. a. 0
d. é necessariamente p ou q. b. 1
e. é necessariamente q ou r. c. 2
d. 3
9. (Cefet-RJ adaptado) Sabe-se que:
e. 4
A: Os pais de artistas são sempre artistas.
Uma implicação lógica B para essa afirmação (A ⇒ B) é 14. Considere as seguintes proposições:
a. os filhos de não artistas nunca são artistas. p: Paulo é casado.
b. os filhos de não artistas sempre são artistas. q: Ana tem filhos.
c. os filhos de artistas sempre são artistas. r: Ruth vai viajar.
d. os filhos de artistas nunca são artistas. Uma implicação lógica para a proposição “Se Paulo é
casado, então Ana tem filhos e se Ana tem filhos, en-
10. Considere as proposições simples p, q e r, as tão Ruth vai viajar” é:
compostas A, B, C, D, E e F e seus valores lógicos com
a. Se Paulo é casado, então Ruth vai viajar.
base na tabela-verdade.
b. Se Paulo é casado, então Ruth não vai viajar.
p q r A B C D E F c. Ana não tem filhos e Ruth não vai viajar.
MATEMÁTICA

d. Se Paulo é casado, então Ana tem filhos e se Ana


V V V F V F V F V
tem filhos, então Ruth não vai viajar.
V V F V F F V V V
e. Paulo é casado e Ruth vai viajar.
MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS

V F V F V F V F F
15. Construa uma implicação lógica (sempre verda-
V F F F V F V V F
deira), usando as proposições seguintes.
F V V V F F V V F p: Beber.
F V F F V F V V V q: Não dirigir.
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F F V F V F V F V

F F F V F F F V V

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CAPÍTULO 5
16. Considere as seguintes premissas:
Desafio
  CAPÍTULO 5

A: Não é verdade que não durmo ou não como.


B: Durmo e como. 17. Rafaela precisa resolver a equação x – 1 = x + 1.
Por meio de implicações, procedeu da seguinte maneira:
C: Se vejo TV e não trabalho, então não trabalho.
(x – 1)2 = (x + 1)2 ⇒
D: Não vejo TV ou não trabalho.
⇒ x2 – 2x + 1 = x2 + 2x + 1 ⇒
São dadas agora as afirmações:
⇒ 4x = 0 ⇒ x = 0
I. A ⇒ B
Mas, testando esse valor na equação original, perce-
II. C ⇒ D beu que x = 0 não é solução.
Em relação a essas afirmações, Usando argumentos de implicação lógica, explique o
a. ambas são verdadeiras. erro lógico, se é que existiu, cometido por Rafaela ao
resolver a equação.
b. ambas são falsas.
c. apenas I é verdadeira.
d. apenas II é verdadeira.

Anotações

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MÓDULO 14 ■ EQUIVALÊNCIAS LÓGICAS
Exercícios de APLICAÇÃO

1. Dadas duas proposições simples, p e q, mostre que a proposição ¬p → p é equivalente a p.


Resolução
Existem duas maneiras de resolver a questão.
A primeira é mostrar que as tabelas-verdade de ¬p → p e p são idênticas; a segunda é mostrar que (¬p → p) ↔ p é uma tautologia.
Vamos optar pela segunda maneira.
p ¬p ¬p → p (¬p → p) ↔ p
V F V V
F V F V
Como (¬p → p) ↔ p é uma tautologia, fica demonstrado que (¬p → p) é equivalente a p.

2. Considere as duas situações:


I. Se Francisco é mecânico, então tem um macacão em seu guarda-roupa.
Se não tem um macacão em seu guarda-roupa, então Francisco não é mecânico.
II. Se Francisco é mecânico, então tem um macacão em seu guarda-roupa.
Ou Francisco não é mecânico ou tem um macacão em seu guarda-roupa.
Assinale a alternativa correta.
a. Nenhuma das situações apresentam equivalência lógica entre as sentenças.
b. As duas situações são equivalências lógicas.
c. Apenas a situação I é uma equivalência lógica.
d. Apenas a situação II é uma equivalência lógica.
Resolução
Considere as proposições:
p: Francisco é mecânico.
q: Tem um macacão no guarda-roupa de Francisco.
Em I, temos: p → q ; ¬q → ¬p.
Em II, temos: p → q ; ¬p ∨ q.
A proposição I é uma equivalência lógica se p → q ↔ ¬q → ¬p for uma tautologia.
Vejamos por meio de uma tabela-verdade:

p q ¬p ¬q p→q ¬q → ¬p (p → q) ↔ (¬q → ¬p)


V V F F V V V
V F F V F F V
F V V F V V V
F F V V V V V

Portanto, a situação I apresenta uma equivalência lógica.


A proposição II é uma equivalência lógica se p → q ↔ ¬p ∨ q for uma tautologia.
Vejamos por meio de uma tabela-verdade:
MATEMÁTICA

p q ¬p ¬q p→q ¬p ∨ q (p → q) ↔ (¬p ∨ q)
V V F F V V V
V F F V F F V
MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS

F V V F V F F
F F V V V V V

Portanto, a situação II não apresenta equivalência lógica.


Alternativa correta: C
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CAPÍTULO 5
3. (IBFC-SP/Ebserh-DF) De acordo com a lógica proposi- b. Marcos não estudou e não foi aprovado.
  CAPÍTULO 5

cional, a frase que é equivalente a: “Se Marcos estudou, c. Marcos estudou ou não foi aprovado.
então foi aprovado” é: d. Marcos estudou se, e somente se, foi aprovado.
a. Marcos não estudou e foi aprovado. e. Marcos não estudou ou foi aprovado.
Resolução
Considere as proposições:
p: Marcos estudou.
q: Marcos foi aprovado.

Se Marcos estudou, então foi aprovado: p → q (X)

Marcos não estudou e foi aprovado: ¬p ∧ q (A)


Marcos não estudou e não foi aprovado: ¬p ∧ ¬q (B)
Marcos estudou ou não foi aprovado: p ∨ ¬q (C)
Marcos estudou se, e somente se, foi aprovado: p ↔ q (D)
Marcos não estudou ou foi aprovado: ¬p ∨ q (E)

Vamos construir uma tabela-verdade relacionada às proposições envolvidas.

p→q ¬p ∧ q ¬p ∧ ¬q p ∨ ¬q p↔q ¬p ∨ q
p q ¬p ¬q
(X) (A) (B) (C) (D) (E)
V V F F V F F V V V
V F F V F F F V F F
F V V F V V F F F V
F F V V V F V V V V

Na tabela, observa-se que as colunas com valores lógicos de (X) e (E) são iguais.
Logo (X) ⇔ (E), ou seja, possuem o mesmo significado.
Alternativa correta: E
Habilidade
Investigar e registrar, por meio de um fluxograma, quando possível, um algoritmo que resolve um problema.

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Exercícios EXTRAS

4. Mostre, usando uma tabela-verdade, que as proposi- b. Pedro não distribuiu amor e Pedro colheu infeli-
ções ¬p → (q ∨ r) e ¬(q ∧ r) → p não são uma equi- cidade.
valência lógica. c. Pedro não distribuiu amor e Pedro não colheu felici-
5. (FCC-SP/TCE-SP adaptado) Uma afirmação que cor- dade.
responda à negação lógica da afirmação “Pedro distri- d. Se Pedro colheu felicidade, então Pedro distribuiu
buiu amor e Pedro colheu felicidade” é: amor.
a. Pedro não distribuiu amor ou Pedro não colheu feli- e. Pedro distribuiu amor ou Pedro não colheu infeli-
cidade. cidade.

Seu Espaço

Sobre o módulo
Este módulo trabalha as equivalências lógicas.
A apresentação e a condução do módulo são muitos semelhantes às implicações lógicas. Portanto, valem aqui as mesmas recomendações.
Mostrar que os símbolos ↔ e ⇔ representam coisas diferentes.
Enfatizar que são, basicamente, duas as maneiras de comprovar uma equivalência lógica: a primeira é quando as duas apresentarem
tabelas-verdade idênticas; a segunda é se a bicondicional entre essas duas proposições compostas for uma tautologia.
Se possível, resolver pelo menos um dos exercícios usando os dois modos.
Assim como nas implicações lógicas, as equivalências lógicas também têm seus casos clássicos, que são apresentados na teoria deste módulo.

¬(p ∧ q) ⇔ (¬p) ∨ (¬q) ¬(p ∨ q) ⇔ (¬p) ∧ (¬q) p → q ⇔ ¬p ∨ q


¬p → q ⇔ p ∨ q p → q ⇔ (¬q) → (¬p) ¬(p → q) ⇔ p ∧ ¬q

Não há a necessidade de memorização. Alguns exercícios são resolvidos como se essas equivalências já fossem conhecidas, minimizando
o trabalho de resolução.

MATEMÁTICA
MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS
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CAPÍTULO 5
Exercícios PROPOSTOS
  CAPÍTULO 5

Da teoria, leia o os tópicos 2, 2.A e 2.B. c. João é rico, e Maria não é pobre.
Exercícios de: Tarefa Reforço Aprofundamento Lidere! d. Se João não é rico, então Maria não é pobre.
e. João não é rico, ou Maria não é pobre.
6. Por meio de proposições lógicas e, se necessário,
usando uma tabela-verdade, mostre que o slogan 11. Considere as proposições:
“Se fizer a matrícula, então não desista” é equivalen- Se Paulo não foi ao banco, então ele está sem dinheiro.
te a “Não faça a matrícula ou não desista”.
Se Paulo não está sem dinheiro, então ele foi ao banco.
7. (Quadrix) A afirmação “Maria é médica ou João Mostre que elas são equivalentes. Para isso, use uma
é professor” tem como sentença logicamente equi- tabela-verdade com as proposições lógicas envolvidas
valente: na questão.
a. Se João é professor, então Maria é médica.
12. (Politec-MT/UFMT) Uma proposição equivalen-
b. Se Maria é médica, então João é professor. te a “Se há fumaça, há fogo” é:
c. Se Maria não é médica, então João é professor. a. Se não há fumaça, não há fogo.
d. Não é verdade que se Maria é médica, então João é b. Se há fumaça, não há fogo.
professor.
c. Se não há fogo, não há fumaça.
e. Não é verdade que se João é professor, então Maria
é médica. d. Se há fogo, há fumaça.

8. Considere as seguintes proposições compostas: 13. (Cespe-DF/Cebraspe-DF adaptado) Mostre que


a proposição equivalente a “Se nesse jogo não há juiz,
I. Pedro não é brasileiro ou Renato é argentino.
não há jogada fora da lei” é “Se há jogada fora da lei,
II. Tânia é colombiana ou Renato não é argentino.
então nesse jogo há juiz”.
Sabe-se que Pedro não é brasileiro.
Portanto, para que as duas proposições consti- 14. (Cespe-DF) Considere a seguinte proposição para
tuam uma equivalência lógica, não podemos ter, responder à questão.
simultaneamente, P: Se há investigação ou o suspeito é flagrado come-
a. Tânia ser colombiana e Renato ser argentino. tendo delito, então há punição de criminosos.
b. Tânia ser colombiana e Renato não ser argentino. Assinale a opção que apresenta uma negação correta
da proposição P.
c. Tânia não ser colombiana e Renato ser argentino.
a. Se não há punição de criminosos, então não há in-
d. Tânia não ser colombiana e Renato não ser argentino.
vestigação ou o suspeito não é flagrado cometen-
9. (Fepese-SC/Visan-SC) Dizer que “Se João ou Maria do delito.
são inteligentes, então Alice e Vilmar não são bonitos” b. Há punição de criminosos, mas não há inves-
é logicamente equivalente a: tigação nem o suspeito é flagrado cometendo
a. Se João é inteligente, então Maria não é inteligente delito.
e Alice e Vilmar não são bonitos. c. Há investigação ou o suspeito é flagrado cometen-
b. Se Alice e Vilmar são bonitos, então João ou Maria do delito, mas não há punição de criminosos.
são inteligentes. d. Se não há investigação ou o suspeito não é flagra-
c. Se Alice ou Vilmar é bonito, então ou João ou Maria do cometendo delito, então não há punição de cri-
não é inteligente. minosos.
d. Se Alice ou Vilmar são bonitos, então João e Maria e. Se não há investigação e o suspeito não é flagra-
são inteligentes. do cometendo delito, então não há punição de
e. Se Alice ou Vilmar é bonito, então João e Maria não criminosos.
são inteligentes.
15. Use uma tabela-verdade para concluir que A e B
10. (VUNESP) Uma negação lógica para a afirmação são duas proposições logicamente equivalentes, sa-
“João é rico ou Maria é pobre” é: bendo que:
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a. Se João é rico, então Maria é pobre. A: p → (q → p)


b. João não é rico, e Maria não é pobre. B: (p → q) → (r → r)

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16. (PC-PA/Funcab-PA) A afirmação “Não é verdade
que, se Fátima é paraense, então Robson é carioca” é p q r s
logicamente equivalente à afirmação: L1 V V V V
L2 V V F V
a. Não é verdade que “Fátima é paraense ou Robson
L3 V F V F
não é carioca”.
L4 V F F V
b. É verdade que “Fátima é paraense e Robson é ca- L5 F V V V
rioca”. L6 F V F V
c. Não é verdade que “Fátima não é paraense ou L7 F F V F
Robson não é carioca”. L8 F F F V
d. Não é verdade que “Fátima não é paraense ou Usando a conjunção (∧), a disjunção (∨) e a negação (¬),
Robson é carioca”. pode-se construir sentenças equivalentes a s. Uma dessas
e. É verdade que “Fátima é paraense ou Robson é sentenças é:
carioca”. a. (p ∧ q ∧ r) ∨ (¬p ∧ ¬q ∧ r)
b. (p ∨ q ∨ r) ∧ (¬p ∨ ¬q ∨ r)
Desafio c. (p ∧ q ∧ ¬r) ∨ (p ∧ ¬q ∧ ¬r)
d. (¬p ∨ q ∨ ¬r) ∧ (p ∨ q ∨ ¬r)
17. Numa proposição composta s, aparecem as proposi-
ções simples p, q e r. Sua tabela-verdade é: e. (p ∧ q ∧ ¬r) ∨ (¬p ∧ ¬q ∧ r)

Anotações

MATEMÁTICA
MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS
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CAPÍTULO 5
MÓDULO 15 ■ RECÍPROCA, CONTRAPOSITIVA E INVERSA DE UMA CONDICIONAL
  CAPÍTULO 5

Exercícios de APLICAÇÃO

1. Dada a condicional: 2. A inversa da proposição composta “Se p é primo, en-


• Se Pedro dirige um automóvel, então Pedro possui tão p = 2 ou p é ímpar” é
carteira de habilitação. a. “Se p ≠ 2 e p não é ímpar, então p não é primo”.
Escreva sua recíproca, sua inversa e sua contrapositiva. b. “Se p não é primo, então p ≠ 2 e p não é ímpar”.
Resolução c. “Se p ≠ 2 ou p não é ímpar, então p não é primo”.
Considere: d. “Se p não é primo, então p ≠ 2 ou p não é ímpar”.
p: Pedro dirige um automóvel. e. “Se p = 2 ou p é ímpar, então p é primo”.
q: Pedro possui carteira de habilitação.
Resolução
p: p é primo.
Condicional: p → q
¬p: p não é primo.
Se Pedro dirige um automóvel, então Pedro possui carteira de
q: p = 2
habilitação.
¬q: p ≠ 2
s: p é ímpar.
Recíproca: q → p
¬s: p não é ímpar.
Se Pedro possui carteira de habilitação, então Pedro dirige um
automóvel. Condicional: “Se p é primo, então p = 2 ou p é ímpar”, ou seja:
p → (q ∨ s)
Inversa: ¬p → ¬q
Se Pedro não dirige um automóvel, então Pedro não possui car- Inversa: ¬p → ¬(q ∨ s). Pela negação da disjunção, temos:
teira de habilitação. ¬p → ¬(q ∨ s) ⇔ ¬p → (¬q ∧ ¬s)
Ou seja, “Se p não é primo, então p ≠ 2 e p não é ímpar”.
Contrapositiva: ¬q → ¬p Alternativa correta: B
Se Pedro não possui carteira de habilitação, então Pedro não
dirige um automóvel.

3. Considere as seguintes premissas:


• Osvaldo é advogado.
• Letícia é criminosa.
Escreva em linguagem usual a recíproca da contrapo-
sitiva da sentença: “Se Osvaldo não é advogado, então
Letícia não é criminosa”.
Resolução
Considere:
p: Osvaldo é advogado.
¬p: Osvaldo não é advogado.
q: Letícia é criminosa.
¬q: Letícia não é criminosa.
Sentença: ¬p → ¬q
Contrapositiva: ¬(¬q) → ¬(¬p) = q → p
Recíproca da contrapositiva: p → q
Em linguagem usual, temos: “Se Osvaldo é advogado, então Le-
tícia é criminosa”.
Habilidade
Utilizar os conceitos básicos de uma linguagem de programação
na implementação de algoritmos escritos em linguagem corren-
te e/ou matemática.
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Exercícios EXTRAS

4. Assinale a alternativa que apresenta a contrapositiva d. Se Alexandre está aposentado, então ele tem 60
da condicional: “Se Alexandre tem 60 anos de idade, anos de idade.
então ele não está aposentado”. e. Se Alexandre está aposentado, então ele não tem
a. Se Alexandre não tem 60 anos de idade, então ele 60 anos de idade.
está aposentado.
5. Mostre que a condicional e sua contrapositiva são
b. Se Alexandre não tem 60 anos de idade, então ele
proposições lógicas equivalentes.
não está aposentado.
c. Se Alexandre não está aposentado, então ele não
tem 60 anos de idade.

Seu Espaço

Sobre o módulo
Este módulo trata das relações entre proposições condicionais.
Apresentar, de forma clara, as diferenças entre recíproca, inversa e contrapositiva de uma proposição composta.
Deixar bastante claro para os alunos que, pelo fato de uma proposição condicional e sua contrapositiva serem sempre equivalentes, temos
aqui mais um recurso para provar a equivalência entre duas proposições lógicas, ou seja, a tabela-verdade de uma proposição condicional
e a de sua contrapositiva devem ser idênticas; isso não ocorre com a recíproca e com a inversa.
Recomendar o exercício 20 da lista Lidere!, que possibilita explorar a contrapositiva. Se preferir, sugerir aos alunos trabalhar em duplas.

Na web
Recomendar o vídeo sugerido na teoria deste módulo: O dilema do prisioneiro, da série Matemática na escola, do projeto M3 de recursos
de multimídia em parceria com a Unicamp.

Disponível em: <coc.pear.sn/89nKApS>.

MATEMÁTICA
MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS
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CAPÍTULO 5
Exercícios PROPOSTOS
  CAPÍTULO 5

Da teoria, leia os tópicos 3, 3.A, 3.B e 3.C. a. 2 – 3 – 1


Exercícios de: Tarefa Reforço Aprofundamento Lidere! b. 1 – 2 – 3
c. 3 – 1 – 2
6. Dada a sentença: “Se vamos dobrar a meta, então
d. 3 – 2 – 1
existe meta”. Marque a alternativa logicamente equi-
valente à sentença dada. 10. Dada a condicional: “Se o jogo começa às 17 ho-
a. Se não existe meta, então não vamos dobrar a meta. ras, então terminará à noite”.
b. Se não existe meta, então vamos dobrar a meta. Escreva sua recíproca, sua inversa e sua contrapo-
c. Vamos dobrar a meta. sitiva.
d. Vamos dobrar a meta ou existe meta. 11. Encontre a recíproca, a inversa e a contrapositiva
e. Se existe meta, então vamos dobrar a meta. da condicional: (p ∨ q) → ¬r.

7. Uma equivalência lógica para a proposição “Se 12. (Esaf-DF adaptado) Dizer que “Pedro não é pe-
você é brasileiro e tem mais de 18 anos, então você dreiro ou Paulo é paulista” é, do ponto de vista lógico,
vai votar” é: o mesmo que dizer que:
a. Se você não é brasileiro e não tem mais de 18 anos, a. “Se Paulo não é paulista, então Pedro não é pedreiro”.
então você não vai votar. b. “Se Paulo é paulista, então Pedro é pedreiro”.
b. Você vai votar. c. “Se Pedro não é pedreiro, então Paulo é paulista”.
c. Se você não vai votar, então você não é brasileiro e d. “Se Pedro é pedreiro, então Paulo não é paulista”.
não tem mais de 18 anos.
e. “Se Pedro não é pedreiro, então Paulo não é paulista”.
d. Se você não vai votar, então você não é brasileiro
ou não tem mais de 18 anos. 13. Considere as seguintes proposições:
e. Se você não é brasileiro ou não tem mais de 18 I. Se tenho sorte, então ganho na loteria.
anos, então você não vai votar. II. Se não tenho sorte, então não ganho na loteria.
8. A condicional “Se não sou veterinário, então não III. Se não ganho na loteria, então não tenho sorte.
gosto de animais” é Assinale a alternativa correta.
a. a recíproca de “Se sou veterinário, então gosto de a. III é a inversa de I.
animais”. b. III é a contrapositiva de II.
b. a recíproca de “Se não gosto de animais, então sou c. II é a recíproca de I.
veterinário”.
d. I é a contrapositiva de III.
c. a inversa de “Se gosto de animais, então sou vete-
rinário”. e. I é a recíproca de II.
d. a contrapositiva de “Se gosto de animais, então 14. (Cesgranrio-RJ) A contrapositiva de uma propo-
sou veterinário”. sição condicional é uma tautologia.
e. a contrapositiva de “Se não gosto de animais, en- Porque a tabela-verdade de uma proposição condicio-
tão não sou veterinário”. nal é idêntica à de sua contrapositiva.
9. (CBM-SC) Dada a proposição “Se ele estudou, então Analisando-se essas afirmações, conclui-se que
passará no concurso”, sobre as relações entre implica- a. as duas afirmações são verdadeiras, e a segunda
ções, numerar a 2a coluna de acordo com a 1a e, após, as- justifica a primeira.
sinalar a alternativa que apresenta a sequência correta. b. as duas afirmações são verdadeiras, e a segunda
1. Proposição recíproca não justifica a primeira.
2. Proposição inversa c. a primeira afirmação é verdadeira, e a segunda é
3. Proposição contrapositiva falsa.
d. a primeira afirmação é falsa, e a segunda é verda-
( ) S e ele não estudou, então não passará no con- deira.
curso. e. as duas afirmações são falsas.
( ) Se ele não passar no concurso, então ele não es- 15. A inversa da condicional “Se chove e não levo
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tudou. guarda-chuva, então fico ensopado ou me escon-


( ) Se ele passar no concurso, então ele estudou. do” é

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a. “Se não chove ou levo guarda-chuva, então não
Clarice afirmou para Roberto que “Flávio gosta de fil-
fico ensopado e não me escondo”.
mes europeus e Lúcia gosta de filmes asiáticos, ou
b. “Se não fico ensopado e não me escondo, então Flávio gosta de filmes europeus e Gabriela gosta de
não chove ou levo guarda-chuva”. filmes sul-americanos”.
c. “Se não fico ensopado ou não me escondo, então
Crie e ative
não chove e levo guarda-chuva”.
d. “Se não chove e levo guarda-chuva, então fico en- 18. Usando argumentos lógicos, prove que as
sopado e não me escondo”. afirmações de Clarice e Roberto têm o mesmo sig-
e. “Se fico ensopado e me escondo, então chove e nificado.
não levo guarda-chuva”. Posicione-se
16. Uma equivalência lógica para a proposição 19. Considere que uma pessoa conhece as prefe-
“Rodrigo é inocente ou Lavínia é culpada” está conti- rências cinematográficas de Flávio, Lúcia e Gabriela,
da em qual das alternativas? ou seja, sabe dos valores lógicos de p, q e r.
a. Rodrigo e Lavínia são culpados. Julgando o que Clarice afirmou para Roberto e o que
b. Se Rodrigo é inocente, então Lavínia é culpada. Roberto afirmou para Clarice, faça o que se pede.
c. Se Lavínia é culpada, então Rodrigo não é inocente. a. Posicione-se afirmando que as informações tro-
d. Se Lavínia não é culpada, então Rodrigo é inocente. cadas entre Roberto e Clarice são verdadeiras.
e. Rodrigo e Lavínia são inocentes. Para isso, faça um breve discurso defendendo
essa posição e o porquê disso ser válido, por
exemplo:
Desafio
As informações trocadas entre Clarice e Roberto
17. Considere a proposição “A indústria Ki Delícia são verdadeiras, porque conhecendo as prefe-
não produz bebidas gasosas ou a população de Pa- rências cinematográficas de Flávio, Lúcia e Ga-
raisópolis é saudável”. briela, sei que Flávio gosta de filmes europeus,
Transforme essa sentença em uma condicional e, em Lúcia não gosta de filmes asiáticos e Gabriela
seguida, determine sua recíproca, sua inversa e sua não gosta de filmes sul-americanos.
contrapositiva. Faça três discursos diferentes.
b. Posicione-se afirmando que as informações tro-
Texto para as questões 18 e 19. cadas entre Roberto e Clarice são falsas.
Seguindo o mesmo raciocínio do item anterior,
faça um breve discurso defendendo essa posição
Numa determinada cidade brasileira, acontece
e o porquê disso ser válido.
anualmente o Festival Internacional de Cinema com
mostra de filmes do mundo inteiro. Faça três discursos diferentes.
Para o dia de hoje está programada a exibição de um Faça junto
filme europeu, um asiático e um sul-americano.
Flávio, Lúcia e Gabriela são três amigos e preten- 20. A proposta é trabalhar em grupos. O grupo 1
dem participar dessa mostra assistindo a alguns deve apresentar uma proposição composta, e o gru-
filmes. po 2 uma proposição equivalente à do grupo 1 (sem-
Considere as seguintes proposições, que podem ser pre na linguagem usual).
verdadeiras ou falsas. Para que não ocorram casos impossíveis, o grupo
p: Flávio gosta de filmes europeus. que apresentar a primeira proposição deverá, depois
que o segundo grupo apresentar sua resposta, mos-
MATEMÁTICA

q: Lúcia gosta de filmes asiáticos. trar sua resposta também.


r: Gabriela gosta de filmes sul-americanos. A ideia aqui é trabalhar com a contrapositiva.
Roberto e Clarice são amigos de Flávio, Lúcia e
MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS

Recomenda-se que o grupo que irá fazer a proposi-


Gabriela.
ção para que o outro encontre a equivalente, apre-
Roberto afirmou para Clarice que “Flávio gosta de sente uma condicional.
filmes europeus e Lúcia gosta de filmes asiáticos ou
Os grupos vão alternando-se em fazer a proposição e
Gabriela gosta de filmes sul-americanos”.
encontrar a equivalente.
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PARA
CONFERIR
1. A partir de duas proposições lógicas simples (p e q) Considerando que em cada caso A e B não precisam ser as
foram construídas as tabelas-verdade das proposi- mesmas proposições, a(s) situação(ões) que apresenta(m)
ções compostas A e B em três situações: uma implicação lógica (A ⇒ B) é (são):
I. a. Apenas I. d. Apenas III.
p q A B b. Apenas II. e. I, II e III.
V F c. Apenas II e III.
V F
F V
2. Uma afirmação equivalente a “Não é verdade que, se
F V
eu economizei, então tenho dinheiro para viajar” é
a. Economizei, mas não tenho dinheiro para viajar.
II.
b. Não economizei ou tenho dinheiro para viajar.
p q A B c. Economizei ou não tenho dinheiro para viajar.
V V
V V
d. Economizei ou tenho dinheiro para viajar.
F V 3. Para mostrar que uma proposição lógica A e uma
F V
proposição lógica B são equivalentes, basta mostrar
III. que
a. B é a recíproca de A.
p q A B
V V b. B é a inversa de A.
V V c. B é a contrapositiva de A.
F F d. B é a negação de A.
F F
e. A é uma tautologia e B é uma contradição.

Seu Espaço

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ANOTAÇÕES

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CAPÍTULO

6 RACIOCÍNIO LÓGICO
NUMÉRICO E QUANTITATIVO

SUMÁRIO
1. Introdução140
2. Sucessões ou sequências140

HABILIDADES
• Utilizar os conceitos básicos de
uma linguagem de programação na
implementação de algoritmos escritos em
linguagem corrente e/ou matemática.
• Resolver um mesmo problema utilizando
diferentes algoritmos.
• Identificar a regularidade de uma sequência
numérica ou figural não recursiva e construir
um algoritmo por meio de um fluxograma
que permita indicar os números ou as
figuras seguintes.
• Identificar a regularidade de uma sequência
numérica recursiva e construir um algoritmo
por meio de um fluxograma que permita
indicar os números seguintes.

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O

BILL OXFORD/ISTOCKPHOTO
sequenciamento de DNA é o processo realizado para determinar a sequência exata de nucleotí-
deos em uma molécula de DNA (ácido desoxirribonucleico). Isso significa que, ao sequenciar um
fragmento de DNA, será possível conhecer a sequência em que as quatro bases nucleotídicas
(Adenina, Guanina, Citosina e Timina) ocorrem dentro dessa molécula de ácido nucleico.
A sequência nucleotídica é a base para o conhecimento de um gene ou genoma. Ela contém infor-
mações sobre propriedades hereditárias e bioquímicas da vida. Através dela é possível compreender a
construção e estrutura de células e organismos.
O sequenciamento do DNA foi fundamental para que as informações genéticas começassem a ser
desvendadas. Por essa razão, é indispensável para a pesquisa biológica.
Sequenciamento de DNA: desvendando o código da vida. Biometrix, 18 maio 2018. Disponível em: <https://www.biometrix.
com.br/sequenciamento-dna-desvendando-codigo-da-vida/>. Acesso em: set. 2021. Fragmento.

MATEMÁTICA
MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS

Dados de DNA genômicos, na


tela do computador.

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1. INTRODUÇÃO Sistematizando, temos:
O termo de posição n (n ∈ *) nessa sequência é ob-
A lógica numérica e quantitativa faz parte de diversos
tido fazendo o cálculo 2 ∙ n – 1. Assim, o décimo termo
ramos da Matemática, como análise combinatória, que
dessa sequência (em que n é igual a 10) será dado por
abrange os problemas de contagem, cálculo de proba-
2 ∙ 10 – 1 = 20 – 1 = 19.
CAPÍTULO 6

bilidades, sequências numéricas e, em particular, pro-


gressões aritméticas e progressões geométricas. Dessa maneira, é possível encontrar qualquer termo de
uma sequência descobrindo o padrão que a determina.
Há lógica numérica também nas equações, funções e
Esse padrão pode ocorrer também, em sequências que
análises de gráficos.
não sejam numéricas.
Esses fundamentos lógicos auxiliam na elucidação
de problemas aritméticos e algébricos, contribuindo
para a fixação de conteúdos mais complexos. Exemplo
O uso das atividades lógicas conecta-se à curiosidade, Desenhe a próxima figura da sequência:
às pesquisas e aos experimentos, de modo a contribuir na
formação do indivíduo, com o desenvolvimento da capa- ?
cidade de criar ferramentas e dispositivos responsáveis
pela obtenção de resultados positivos na Matemática.
Resolução
É assunto bastante cobrado em provas de concursos,
vestibulares, em testes psicotécnicos e, também, no Na primeira e na segunda figuras, os pontos encon-
Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). tram-se em lados opostos do quadrado e na metade
desses lados. O mesmo ocorre com a terceira e a quar-
Os problemas que serão apresentados neste capítulo
ta figuras. Assim, espera-se que na quinta e na sexta
exigem observação, raciocínio e construção de pa- figuras, os pontos estejam em lados opostos e na mes-
drões gerais, bem como domínio das operações arit- ma posição (no caso, no vértice de um dos lados do
méticas básicas. quadrado).
Dessa maneira, a figura que completa a sequência é
2. SUCESSÕES OU SEQUÊNCIAS
Sucessão ou sequência é uma listagem de elementos
ou termos de um conjunto qualquer, em que esses
elementos estão dispostos numa ordem lógica que
permite identificar seus termos. PARA IR ALÉM

Números figurados
Exemplos Números figurados são aqueles que podem ser representados
• O conjunto (3, 4, 5, 6, 7, 8) é chamado de sequên- por um conjunto de pontos equidistantes, formando uma figu-
cia ou sucessão dos números naturais maiores ou ra geométrica. Quando esse agrupamento de pontos forma um
iguais a 3 e menores ou iguais a 8. polígono regular, temos um número poligonal, por exemplo, os
números triangulares, quadrados e hexagonais.
• O conjunto (verão, outono, inverno, primavera) é
A quantidade de pontos usada na formação do polígono re-
chamado de sequência ou sucessão das estações presenta um número.
do ano.
Os números figurados buscam encontrar relações entre a Geo-
• O conjunto (1, 3, 5, 7, 9, …) é chamado de sequên- metria e a Aritmética.
cia ou sucessão dos números ímpares positivos.
Números triangulares
Dessa maneira, podemos observar que inúmeras se- Números triangulares são aqueles que podem ser representa-
quências ou sucessões, em especial as sequências nu- dos na forma de um triângulo.
méricas, obedecem certa lógica quantitativa.
Voltando à sequência dos números ímpares posi-
tivos (1, 3, 5, 7, 9, …), sabemos que o primeiro termo
dessa sequência é o número 1. Para obter os próximos
números dela, basta adicionar duas unidades a cada 1 3 6 10 15
número, a partir do primeiro:
1, 3, 6, 10, 15, 21, 28, 36… são números triangulares.
1o termo da sequência: 1
Cada termo da sequência de números triangulares pode ser
2o termo da sequência: 1 + 2 = 3 obtido por meio da fórmula do termo geral:
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3o termo da sequência: 3 + 2 = 5 T(n) = 1 + 2 + 3 + 4 + … + n, em que T(n) é o enésimo número


triangular.
4o termo da sequência: 5 + 2 = 7, e assim por diante.

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Exemplo 3 · (3 · 3 – 1) 3 · 8
T(1) = 1 é o primeiro número triangular da sequência. T(3) = = = 12 é o terceiro número pentagonal
2 2
T(2) = 1 + 2 = 3 é o segundo número triangular da sequência. da sequência.
T(3) = 1 + 2 + 3 = 6 é o terceiro número triangular da sequência.
10 · (3 · 10 – 1)
T(10) = 1 + 2 + 3 + 4 + 5 + 6 + 7 + 8 + 9 + 10 = 55 é o décimo número T(10) = = 5 · 29 = 145 5 ∙ 29 = 145 é o décimo
triangular da sequência. 2
Os números triangulares podem também ser obtidos por: número pentagonal da sequência.

n · (n + 1)
T(n) = Números hexagonais
2
Números hexagonais são aqueles que podem ser representa-
Números quadrados dos na forma de um hexágono.
Números quadrados são aqueles que podem ser representados
na forma de um quadrado.

1 6 15 28 45
1 4 9 16 25

1, 6, 15, 28, 45, 66, … são números hexagonais.


1, 4, 9, 16, 25, 36, … são números quadrados.
Cada termo da sequência de números hexagonais pode ser
Cada termo da sequência de números quadrados pode ser ob-
obtido por meio da fórmula do termo geral:
tido por meio da fórmula do termo geral:
T(n) = n ∙ (2n – 1), em que T(n) é o enésimo número hexagonal.
T(n) = n2, em que T(n) é o enésimo número quadrado.

Exemplo
Exemplo
T(1) = 1 ∙ (2 ∙ 1 −1) = 1 ∙ 1 = 1 é o primeiro número hexagonal da
T(1) = 12 = 1 é o primeiro número quadrado da sequência.
sequência.
T(2) = 22 = 4 é o segundo número quadrado da sequência.
T(2) = 2 ∙ (2 ∙ 2 −1) = 2 ∙ 3 = 6 é o segundo número hexagonal da
T(3) = 32 = 9 é o terceiro número quadrado da sequência.
sequência.
T(10) = 102 = 100 é o décimo número quadrado da sequência.
T(3) = 3 ∙ (2 ∙ 3 −1) = 3 ∙ 5 = 15 é o terceiro número hexagonal da
sequência.
Números pentagonais T(10) = 10 ∙ (2 ∙ 10 −1) = 10 ∙ 19 = 190 é o décimo número hexa-
Números pentagonais são aqueles que podem ser representa- gonal da sequência.
dos na forma de um pentágono.

APRENDER SEMPRE

1. Determine x e y nas seguintes sucessões:


a. 6, 9, 18, 21, 42, 45, x, y
b. 7, 10, 9, 12, 11, x, y
1 5 12 22 35 Resolução
Precisamos encontrar um padrão que determine cada uma das
sequências.
1, 5, 12,22, 35, 51, … são números pentagonais.
a. Para encontrar um elemento de posição par na sequên-
cia, basta tomar o anterior e somar 3 unidades.
Cada termo da sequência de números pentagonais pode ser
Para encontrar um elemento de posição ímpar na sequência,
obtido por meio da fórmula do termo geral:
a partir do terceiro, basta tomar o dobro do termo anterior.
MATEMÁTICA

n · (3n – 1) x é o sétimo termo da sequência, portanto é um termo de


T(n) = , em que T(n) é o enésimo número pentagonal.
2 posição ímpar.
Logo, x é o dobro de 45, ou seja, 90.
MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS

Exemplo
y é o oitavo termo da sequência, portanto é um termo de
1 · (3 · 1 – 1) 2 posição par.
T(1) = = = 1 é o primeiro número pentagonal da
2 2 Logo, y = x + 3 = 90 + 3 = 93.
sequência. b. Para encontrar um elemento de posição par na sequên-
cia, basta tomar o anterior e somar 3 unidades.
2 · (3 · 2 – 1)
T(2) = = 6 – 1 = 5 é o segundo número pentagonal Para encontrar um elemento de posição ímpar na se-
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2
quência, a partir do terceiro, basta subtrair uma unidade
da sequência. do termo anterior.

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x é o sexto termo da sequência, portanto é um termo de 3. (FCC-SP) Sabe-se que exatamente quatro dos cinco grupos
posição par. de letras seguintes têm uma característica comum.
Logo, x é igual a 11 + 3 = 14. BCFE – HILK – JKNM – PQTS − RSUV
y é o sétimo termo da sequência, portanto é um termo de Considerando que a ordem alfabética adotada é a oficial, o úni-
CAPÍTULO 6

posição ímpar. co grupo de letras que não apresenta a característica comum


Logo, y = x − 1 = 14 – 1 = 13. dos demais é:
a. BCFE. c. JKNM. e. RSUV.
2. (FCC-SP/Sefaz-SP) A sucessão de palavras seguintes obe- b. HILK. d. PQTS.
dece a um padrão lógico: Resolução
TÓRAX – AMIGÁVEL – SABIÁ – CÔNICA – AÉREO – FICTÍCIO Precisamos encontrar um mesmo padrão para cada grupo de
De acordo com o padrão estabelecido, uma palavra que poderia letras.
dar continuidade a essa sucessão é: O primeiro, o segundo, o terceiro e o quarto grupo de letras
a. GELADO. segue o seguinte padrão: letra inicial; avança uma letra; avança
3 letras; retrocede 1 letra.
b. ARREBALDE.
O quinto grupo RSUV não apresenta esse padrão.
c. FÁCIL.
Alternativa correta: E
d. FILANTROPIA.
e. SOPA.
Resolução
APRENDER FAZENDO
É primordial estabelecer um padrão entre as palavras dadas e
a que poderá vir a seguir. Jogos e passatempos lógicos
O padrão aqui, por mais estranho que possa parecer (veja que No link a seguir, você tem a oportunidade de aprender e, ao
é uma questão aplicada em concurso público), é a de que todas mesmo tempo, divertir-se com jogos e pas-
as palavras devem possuir acento. satempos relacionados ao raciocínio lógico.
Assim, uma palavra que poderá dar sequência às listadas é
Disponível em:
“FÁCIL”.
<coc.pear.sn/umfd8f3>.
Alternativa correta: C

Anotações

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LÓGICO
RACIOCÍNIO O
MATEMÁTIC

Raciocínio numérico
e quantitativo

Sucessões ou sequências

MATEMÁTICA
MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS
EM-L3-11-22

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CAPÍTULO 6
MÓDULO 16 ■ RACIOCÍNIO LÓGICO NUMÉRICO E QUANTITATIVO
  CAPÍTULO 6

Exercícios de APLICAÇÃO

1. (Ibade-RJ) Nas figuras seguintes, há uma regra lógica b. 5a etapa 6a etapa


que relaciona os números que estão fora dos triângulos
com os números que estão dentro dos triângulos.
8 min 5 min
8 min 5 min

1 2 2 3 3 4 4 5
9 20 35 ? c.
5a etapa 6a etapa
3 4 5 6

3 min 8 min
De acordo com essa mesma lei de formação, o número 8 min 5 min
2 min
que deve estar dentro do último triângulo é:
a. 54 b. 48 c. 45 d. 40 e. 38
d.
5a etapa 6a etapa
Resolução
Precisamos encontrar um padrão entre as figuras para obter o
valor oculto. 5 min 3 min
8 min 8 min
2 min
O número que se encontra no interior do triângulo é obtido
multiplicando o número da base do triângulo pela soma dos
números dos outros dois lados. e.
5a etapa 6a etapa
No quarto triângulo, temos:
6 ∙ (4 + 5) = 6 ∙ 9 = 54 8 min 3 min
Alternativa correta: A 5 min 8 min
2 min

2. (Enem) Um dos diversos instrumentos que o homem


Resolução
concebeu para medir o tempo foi a ampulheta, tam-
bém conhecida como relógio de areia. Suponha que Na etapa 4, observa-se que ainda restam 2 minutos na segunda
ampulheta.
uma cozinheira tenha de marcar 11 minutos, que é o
Segundo o enunciado, é a partir dessa etapa que a cozinheira
tempo exato para assar os biscoitos que ela colocou no
passará a contar os 11 minutos. Se a cozinheira inverter a se-
forno, dispondo de duas ampulhetas, uma de 8 minu- gunda ampulheta, restarão 3 minutos nela. Então, a cozinheira
tos e outra de 5, ela elaborou 6 etapas, mas fez o es- precisa inverter a segunda ampulheta e, daí, esperar os 3 minutos
quema, representado a seguir, somente até a 4ª etapa, de areia restantes caírem. Logo após a areia terminar de cair na
pois é só depois dessa etapa que ela começa a contar segunda ampulheta, a cozinheira deve inverter a primeira am-
pulheta, que contará 8 minutos, totalizando, assim, 11 minutos.
os 11 minutos.
Alternativa correta: C
3. (UFAL adaptado) A senha de uma porta digital de um
1a etapa 2a etapa 3a etapa laboratório é dada por uma sequência de sete núme-
8 min 5 min
ros, todos menores que 100, que obedece a determi-
3 min 3 min 5 min
nada lógica. Um dos portadores da senha esqueceu o
5 min 5 min 5 min sexto número dessa sequência, e lembrava os demais.
São eles: 42, 37, 45, 40, 48, ____, 51.
Assim, determine o sexto número dessa sequência.
4a etapa 5a etapa 6a etapa Resolução
Vamos separar essa sequência em duas partes: a primeira so-
2 min ? ?
mente com os termos das posições ímpares; e a segunda somen-
8 min
3 min te com os termos das posições pares.
I. 42, 45, 48, 51: Cada termo, a partir do segundo, é o termo an-
terior acrescido de três unidades.
A opção que completa o esquema é II. 37, 40, ___.
a. 5a etapa 6a etapa
Seguindo a mesma relação encontrada em (I), o termo desco-
nhecido será 40 + 3 = 43.
Habilidade
5 min 8 min
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8 min 5 min Identificar a regularidade de uma sequência numérica recursiva e


construir um algoritmo por meio de um fluxograma que permita
indicar os números seguintes.

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Exercícios EXTRAS

4. (Fatec-SP) Observe que, em cada linha do quadro, a c. 321 496


sequência de algarismos da coluna (II) foi formada a d. 941 032
partir da sequência de algarismo da coluna (I), aplican-
e. 983 416
do-se critérios diferentes para os algarismos ímpares e
para os algarismos pares. 5. (VUNESP adaptado) Considere a distribuição de nú-
meros naturais pelas linhas da tabela:
(I) (II)
189 654 165 492 Posição do elemento na linha
567 498 547 296
Linha
1a 2a 3a 4a 5a 6a
743 856 325 674 Um 1 2 3 4 5 6
369 214 ? Dois 7 8 9 10 11 12
Três 13 14 15 16 17 18
Com base nos mesmos critérios, a sequência de alga-
– – – – – – –
rismos que substitui, corretamente, o potno de inter-
rogação da quarta linha e segunda coluna do quadro é Mantida a lógica de distribuição, na terceira posição
a. 143 092 da linha noventa e dois constará um número ímpar k.
b. 183 406 Determine o valor de k.

Seu Espaço
Sobre o Módulo
O assunto deste módulo é o raciocínio lógico numérico quantitativo.
Tradicionalmente, esse assunto não consta em materiais didáticos voltados para os anos finais do Ensino Fundamental ou para o Ensino
Médio tradicional. Apesar de aparecer com alguma frequência em provas e exames nacionais, como no Enem, os exercícios trabalhados
neste módulo são mais explorados em provas de concursos públicos.
Existem dois estilos de exercícios a serem explorados: sequências de figuras e sequências numéricas, ambas com utilização de padrões.
Alguns exercícios de sequência numérica apresentam a fórmula do termo geral para encontrar um termo genérico dela. Em outros, não
há fórmula ou regra a ser seguida; o que será exigido aqui são raciocínio e criatividade do aluno para encontrar o padrão da sequência.

Na web
Testes para medir o QI de uma pessoa trabalham diretamente com esse assunto. Para entender mais sobre isso, acessar:

<coc.pear.sn/1q61CQC>.

Os exercícios de aplicação e os exercícios extras deste módulo são bem diversificados e apresentam também exercícios do Enem; comentar
isso com os alunos.
Para dar mais estímulo, de forma lúdica, sem a preocupação de medir o QI dos alunos, indicar sites em que eles poderão fazer esses testes
e divertir-se brincando. Sugestão:

<coc.pear.sn/jrP2fL2>.
MATEMÁTICA

Comentar que, hoje, o teste de QI mede apenas um dos vários tipos de inteligência, e todas as inteligências têm seu valor.
MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS

Para saber mais a esse respeito, acessar:

<coc.pear.sn/ck2aEae>.
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CAPÍTULO 6
Exercícios PROPOSTOS
  CAPÍTULO 6

Da teoria, leia os tópicos 1 e 2. a.


Exercícios de: Tarefa Reforço Aprofundamento Lidere!

6. (IBFC-SP adaptado) As notas musicais naturais


na música ocidental são nomeadas em ciclos de b.
7 notas (dó, ré, mi, fá, sol, lá e si), a oitava nota é
novamente dó. Uma partitura musical tradicional
emprega um conjunto de 5 linhas separadas por 4
espaços para identificá-las. A clave de sol identifica c.
a nota associada a uma particular linha: a segunda
linha de baixo para cima é a nota sol. A leitura de
uma partitura inicia-se pela primeira nota após a
clave citada. Considere o trecho da melodia princi- d.
pal da quinta sinfonia de Beethoven.

e.
SOL MI

Assinale a alternativa que identifica a sequência de 6


notas iniciais do trecho dessa música.
a. dó, si, lá, si, ré, dó. 9. (VUNESP) Considere as sequências:
b. dó, si, sol, lá, ré, si. 1 3 5 7  2 4 6 8 
A =  ; ; ; ;… e B =  ; ; ; ;… . O 5o termo
c. dó, lá, lá, si, dó, dó. 2 4 6 8  1 3 5 7
d. dó, si, sol, lá, ré, dó. da sequência A multiplicado pelo 8o termo da sequên-
cia B é
7. (Prefeitura de Cascavel-PR) Qual alternativa
completa o diagrama apresentado? 2
a.
1
5 9 4 5
12
7 15 38 ? b.
11
3 4 8 3 7 6 7 3
63
c.
a. 16 65
b. 18
24
c. 23 d.
25
d. 36
e. 72 44
e.
45
8. (Enem) Um decorador utilizou um único tipo de
transformação geométrica para compor pares de ce-
10. (IFPE adaptado) Na sequência numérica 4, 5, 9,
râmicas em uma parede. Uma das composições está
10, 19, 20, 39, 40, ..., os termos são obtidos a partir de
representada pelas cerâmicas indicadas por I e II.
um padrão. Mantendo-se esse padrão, determine o
décimo oitavo termo dessa sequência.

11. (FACEPE adaptado) Desenhe a próxima figura


I II III da sequência:
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Utilizando a mesma transformação, qual é a figura que


compõe par com a cerâmica indicada por III?

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12. (Quadrix) Observe a seguinte sequência de nú- 16. (VUNESP) Observe a sequência formada por oito
meros: 58, 52, 46, 51, 56, 52, ... figuras.
É correto afirmar que o próximo número da sequên-
cia é
a. 57
b. 58
c. 46 1o 2o 3o 4o
d. 48
e. 41

13. (Ibade-RJ adaptado) Na sequência numérica


3(13)4; 4(21)5; 5(31)6; 6(X)7, há uma regra lógica que 5o 6o 7o 8o
relaciona os números entre parênteses com os que es-
tão na parte de fora. De acordo com essa lei de forma- Supondo que a regra de formação das figuras seguin-
ção, identifique o número que deve estar no lugar de X. tes permaneça a mesma, a figura que deverá ocupar a
519a posição, nessa sequência, será:
14. (VUNESP adaptado) Observe a sequência deter-
minada por quatro figuras. Toda figura é composta de a.
quadradinhos escuros e de quadradinhos claros.

b.


1 2 3 4
c.

Admita que o padrão observado nessa sequência de


quatro figuras se mantenha para as figuras seguintes.
Sendo assim, quantos quadradinhos escuros terá a d.
figura dessa sequência que possui 39 quadradinhos
claros?

15. (Enem) Uma repartição pública possui um sis-


tema que armazena em seu banco de dados todos e.
os ofícios, memorandos e cartas enviados ao longo
dos anos. Para organizar todo esse material e facili-
tar a localização no sistema, o computador utilizado
pela repartição gera um código para cada documen-
to, de forma que os oito primeiros dígitos indicam a
data em que o documento foi emitido (DDMMAAAA), Desafio
os dois dígitos seguintes indicam o tipo de docu-
mento (oficio: 01, memorando: 02 e carta: 03) e os 17. (OBM) Esmeralda adora os números triangula-
três últimos dígitos indicam a ordem do documen- res (ou seja, os números 1, 3, 6, 10, 15, 21, 28…),
to. Por exemplo, o código 0703201201003 indica tanto que mudou de lugar os números 1, 2, 3, …, 11
MATEMÁTICA

um ofício emitido no dia 7 de março de 2012, cuja do relógio de parede do seu quarto de modo que a
ordem é 003. No dia 27 de janeiro de 2001, essa re- soma de cada par de números vizinhos é um núme-
partição pública emitiu o memorando de ordem 012 ro triangular. Ela deixou o 12 no seu lugar original.
Que número ocupa o lugar que era do 6 no relógio
MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS

e o enviou aos seus funcionários.


original?
O código gerado para esse memorando foi
a. 1
a. 0122701200102
b. 4
b. 0201227012001
c. 5
c. 0227012001012
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d. 10
d. 2701200101202
e. 11
e. 2701200102012

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CAPÍTULO 6
Texto para as questões 18 e 19. valor gasto (em reais) pela 13a pessoa, cujo valor
  CAPÍTULO 6

Treze amigos que trabalham numa mesma empresa não aparece na tabela?
fizeram uma confraternização de final de ano numa b. Se a opção de comanda for a do tipo II, qual o
petiscaria. A petiscaria tem a opção de dois tipos de valor a ser pago (em reais), individualmente, pe-
comanda: los participantes dessa confraternização? Dê a
I. Individual, em que cada pessoa marca o que con- resposta aproximada com duas casas decimais.
sumiu na sua comanda e paga, no final, o valor
descrito nela. Posicione-se
II. Coletiva, em que os pedidos são marcados em 19. Em confraternizações desse tipo, há muitas dis-
uma única comanda e, no final, o valor é dividi- cussões sobre, principalmente, o local a ser escolhi-
do em partes iguais, por participante.
do, sobretudo no quesito “tipo de comanda” para a
A tabela mostra o gasto (em reais) individual de 12 divisão das despesas.
das 13 pessoas presentes nessa confraternização.
Há quem seja a favor dos locais que aderem à co-
manda I e há os que preferem locais que aderem à
36 24 60 18 20 32 28 comanda do tipo II.
30 42 39 26 30 Faça dois posicionamentos:
• O primeiro em defesa da confraternização ser
em um local que adere à comanda do tipo I,
Sabe-se que essa tabela tem um padrão a ser segui-
destacando algumas vantagens em relação à co-
do entre a linha superior e a inferior.
manda do tipo II.
Crie e ative • O segundo em defesa da confraternização ser em
um local que adere à comanda do tipo II, desta-
18. Responda às questões. cando algumas vantagens em relação à comanda
a. Considerando os dados do enunciado, qual é o do tipo I.

Anotações

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PARA
CONFERIR
1. (VUNESP adaptado) Uma criança possui várias eti-
1 4 7 10 B
quetas adesivas nas cores amarelo [A] e vermelho [V]
e quer enfeitar todas as 96 páginas de seu caderno,
colando uma etiqueta em cada página, começando 4 16 28 A
com a 1a página, onde será colada uma etiqueta A, e
obedecendo a seguinte ordem de cores: A A A V V A A diferença numérica entre A e B, quando se completa
A A V V... e assim sucessivamente, isto é, três páginas o diagrama de acordo com o padrão, é igual a
com uma etiqueta amarela em cada uma, seguida por a. 26 c. 38
duas páginas com uma etiqueta vermelha em cada b. 27 d. 53
uma. Como ela só dispõe de 30 etiquetas vermelhas,
então, a última etiqueta vermelha será colada no seu 3. Considere a sequência de números, todos eles naturais.
caderno, na página 2, 9, 16, 23, 30, …
a. 50 b. 60 c. 74 d. 75 Qual dos números pertence a essa sequência?
2. (FCC-SP adaptado) Observe o diagrama e seu padrão a. 80 c. 149
de organização. b. 96 d. 700

Seu Espaço

MATEMÁTICA
MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS
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CAPÍTULO

7 LÓGICA DE ARGUMENTAÇÃO

SUMÁRIO
1. Argumento152
2. Tipos de raciocínio da
lógica de argumentação153

HABILIDADES
• Utilizar os conceitos básicos de uma linguagem
de programação na implementação de
algoritmos escritos em linguagem corrente
e/ou matemática.
• Resolver um mesmo problema utilizando
diferentes algoritmos.

150

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U

ILBUSCA/ISTOCKPHOTO
ma falácia é um argumento logicamente inconsistente, sem fundamento, inválido ou falho na ca-
pacidade de provar eficazmente o que alega. Argumentos que se destinam à persuasão podem
parecer convincentes para grande parte do público apesar de conterem falácias, mas não deixam
de ser falsos por causa disso.
Reconhecer as falácias é por vezes difícil. Os argumentos falaciosos podem ter validade emocional, ínti-
ma, psicológica, mas não validade lógica. É importante conhecer os tipos de falácia para evitar armadilhas
lógicas na própria argumentação e para analisar a argumentação alheia.
O simples fato de alguém cometer uma falácia não invalida toda a sua argumentação.
Observe uma falácia lógica argumentativa.
Apontando para um gráfico, Rogério mostra como as temperaturas têm aumentado nos últimos séculos,
ao mesmo tempo em que o número de piratas tem caído; sendo assim, obviamente, os piratas é que ajuda-
vam a resfriar as águas, e o aquecimento global é uma farsa.
AH DUVIDO. 30 falácias mais comum utilizadas em debates e discussões. Banda B, 01 abr. 2017. Disponível em: <https://www.
bandab.com.br/entretenimento/curiosidades/30-falacias-mais-
comum-utilizadas-em-debates-e-discussoes/>. Acesso em: set. 2021. Fragmento adaptado.

Falácias vêm sendo utilizadas frequentemente na criação de Fake News, por exemplo,
para influenciar pessoas que acreditam nelas sem conferir sua veracidade.
Neste capítulo, estudaremos a lógica de argumentação, que pode ser entendida como o
estudo criterioso da correção de um raciocínio e que se relaciona ao texto inicial.

MATEMÁTICA
MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS

Placa indicando curva acentuada à direita, o que


representa uma falácia, pois a curva é à esquerda.

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A argumentação é a maneira como usamos nosso ra- que cantam samba, e a região interna ao círculo M re-
ciocínio para convencer alguém de alguma coisa. Ela presenta as pessoas que gostam de música. Observe
deve ser baseada em argumentos aceitáveis, com base que, nesse caso, os argumentos são válidos.
em informações disponíveis. A lógica da argumenta- 2. p1: Todos os atletas fazem musculação.
ção verifica se os argumentos são válidos, mesmo que
p2: Regina faz musculação.
CAPÍTULO 7

a solução pareça absurda.


c: Regina é atleta.
A base da lógica da argumentação é a proposição
que possui os valores lógicos verdadeiro (V) ou falso No diagrama:
(F) estudados anteriormente. M
No capítulo 4, foram apresentados os diagramas ló-
gicos (diagramas de Venn) e as proposições categóri- P
cas relacionadas a eles. A lógica da argumentação usa A
também esse recurso para resolução de problemas.
Alguns exercícios apresentados neste capítulo serão
resolvidos por meio desses diagramas, possibilitando
maior fixação.

A região interna a P representa as pessoas. A região in-


1. ARGUMENTO terna a M representa as pessoas que praticam musculação,
O argumento relaciona um conjunto de proposições e a região interna a A representa as pessoas que são atletas.
(p1, p2, p3,... pn), chamadas premissas ou hipóteses. Observe que nesse caso os argumentos não são váli-
O resultado dessas premissas é a conclusão (c). dos, pois Regina fazer musculação não é o suficiente
São chamados de argumentos válidos quando a para fazer dela uma atleta.
conclusão é uma consequência obrigatória de suas
premissas. Da mesma forma, são chamados de argu-
mentos inválidos quando suas premissas não são sufi- LEITURA
cientes para garantir a veracidade da conclusão.
Falácias lógicas

FALÁCIAS LÓGICAS (EBOOK KINDLE), DE STEVE ALLEN


VOCABULÁRIO (e-book Kindle), de Steve Allen
(ISBN: 978-1546704585)
Premissa: em lógica, premissa é uma fórmula considerada
hipoteticamente verdadeira, dentro de dada inferência. Esta cons- Os argumentos estão em toda
titui-se de duas partes: uma coleção de premissas e uma conclusão. parte. Ligue a televisão e prova-
Hipótese: uma hipótese, suposição ou especulação, é uma formu- velmente você encontrará algum
lação provisória, com intenções de ser posteriormente demonstra- político com seu discurso sobre
da ou verificada, constituindo uma suposição admissível. por que você deve votar nele. Co-
mece a assistir aos comerciais e um
Exemplos anúncio vai dizer que se você usar
determinado desodorante, será
1. p1: Todos os cariocas cantam samba.
uma pessoa de sucesso. Você des-
p2: Todas as pessoas que cantam samba gostam de liga a televisão para jantar com sua
música. família e, provavelmente, alguém vai começar a dizer que sua
c: Todos os cariocas gostam de música. opinião está errada e a dele está correta.
Se você quiser aprender a usar e abusar da lógica, esse livro é
No diagrama:
ideal. Falácias são truques de persuasão e manipulação inte-
M lectualmente indefensáveis e podem ser extremamente peri-
gosas, ou podem ser poderosas ferramentas.

C S

APRENDER SEMPRE

1. Se Renato é criança, então ele brinca. Renato trabalha ou


brinca. Sabe-se que é mentira que Renato brinca. Logo,
a. Renato não é criança, Renato brinca e Renato não trabalha.
b. Renato é criança, Renato brinca e Renato trabalha.
c. Renato não é criança, Renato brinca e Renato trabalha.
EM-L3-11-22

d. Renato é criança, Renato não brinca e Renato trabalha.


A região interna ao círculo C representa os cariocas.
e. Renato não é criança, Renato não brinca e Renato trabalha.
A região interna ao círculo S representa as pessoas

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Resolução
2. TIPOS DE RACIOCÍNIO DA
Considere as proposições: LÓGICA DE ARGUMENTAÇÃO
P1: Se Renato é criança, então ele brinca.
P2: Renato trabalha ou brinca. A. Analogia
P3: Sabe-se que é mentira que Renato brinca. Analogia é o raciocínio desenvolvido com base nas
P3 é a única proposição simples. semelhanças observadas e possibilita a conclusão de
Começando por ela, temos que “Renato brinca” tem valor lógico outra semelhança. Por meio dessa semelhança, não
falso. Assim, Renato não brinca.
é possível estabelecer conclusão geral. O que é esta-
Em P2, temos uma disjunção em que a segunda proposição,
“Renato brinca”, é falsa, segundo o item anterior. belecido com a analogia é a conclusão de um caso
Uma disjunção é falsa somente se ocorre F ∨ F. Daí, para essa particular.
proposição ser verdadeira, a primeira necessariamente tem Na analogia, usa-se a comparação de uma situação
valor lógico verdadeiro, pois V ∨ F = V. Assim, Renato trabalha. conhecida com uma desconhecida.
Em P1, temos uma condicional em que a segunda proposição,
“Renato brinca”, é falsa, conforme visto em itens anteriores. Uma analogia depende de três situações:
Uma condicional é falsa somente se ocorre V → F. Portanto, 1. Os fundamentos precisam ser verdadeiros e im-
para essa condicional ter valor lógico verdadeiro, a primeira portantes.
proposição, “Renato é criança”, deverá ser falsa, pois F → F tem
2. A quantidade de elementos parecidos entre as si-
valor lógico verdadeiro. Assim, Renato não é criança.
Resumindo:
tuações deve ser significativa.
Renato não é criança; Renato não brinca e Renato trabalha. 3. Não podem existir conflitos marcantes.
Alternativa correta: E Pela analogia, não é possível estabelecer conclusão
2. (Anpad-PR) Sejam as proposições: geral. O que é estabelecido é a conclusão de um caso
I. Se Carlos trair a esposa, Larissa ficará magoada. particular. Veja um exemplo:
II. Se Larissa ficar magoada, Pedro não irá ao jogo. p1: Eu tenho miopia.
III. Se Pedro não for ao jogo, o ingresso não será vendido. p2: Meu pai tem miopia.
IV. Ora, o ingresso foi vendido. p3: Meu filho tem miopia.
Portanto, pode-se afirmar que c: Logo, meu neto terá miopia.
a. Carlos traiu a esposa, e Pedro não foi ao jogo.
Essa conclusão não é válida. Não é possível concluir
b. Carlos traiu a esposa, e Pedro foi ao jogo.
c. Carlos não traiu a esposa, e Pedro foi ao jogo.
que meu neto terá miopia apenas com essas seme-
d. Pedro foi ao jogo, e Larissa ficou magoada.
lhanças observadas.
e. Pedro não foi ao jogo, e Larissa não ficou magoada. Quando é feito um raciocínio por analogia, não há
Resolução certeza de que a conclusão é válida.
Observe que entre as proposições I, II, III e IV a única simples
é a IV. B. Indução
Em IV, “O ingresso foi vendido” tem valor lógico verdadeiro.
Assim, o ingresso foi vendido.
O método indutivo de raciocínio de argumentação re-
Em III, temos uma condicional, em que a segunda proposição, laciona-se a alguns casos pequenos que chegam a uma
“O ingresso não será vendido”, é falsa, já que concluímos, em conclusão geral. Veja um exemplo:
IV, que o ingresso foi vendido. p1: A cascavel, a jararaca e a surucucu são cobras ve-
Uma condicional é falsa quando ocorrer V → F. Dessa manei- nenosas.
ra, para que a proposição III seja verdadeira, devemos ter que
“Pedro não foi ao jogo” é falsa, pois F → F tem valor lógico V. c: Induzimos que todas as cobras são venenosas.
Assim, Pedro foi ao jogo. Essa conclusão também não é válida. Não é possível
Em II, temos uma condicional, em que a segunda proposição, concluir que todas as cobras são venenosas, tomando
“Pedro não irá ao jogo”, é falsa, pois vimos anteriormente que como universo apenas três delas.
MATEMÁTICA

Pedro foi ao jogo. Uma condicional é falsa quando ocorrer


V → F. Dessa maneira, para que a proposição II seja verda- Quando é feito um raciocínio por indução, também
deira, devemos ter que “Larissa ficou magoada” é falsa, pois não há certeza de que a conclusão é válida.
F → F tem valor lógico V. Assim, Larissa não ficou magoada.
MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS

Em I, temos uma condicional, em que a segunda proposição,


“Larissa ficará magoada”, é falsa, pois vimos anteriormente que
C. Dedução
Larissa não ficou magoada. Da mesma forma que nos itens III e A dedução parte de uma premissa geral para outra
II, concluímos que Carlos não traiu a esposa. mais específica. Esse tipo de raciocínio trabalha para
Resumindo: provar a veracidade de uma proposição com base na
O ingresso foi vendido; Pedro foi ao jogo; Larissa não ficou ma- veracidade de outras proposições.
EM-L3-11-22

goada, e Carlos não traiu a esposa.


Uma estrutura de argumentação dedutiva é dada
Alternativa correta: C
por várias premissas e, ao final, há uma conclusão.

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Vamos trabalhar inicialmente com um caso par-
APRENDER SEMPRE
ticular, em que são dadas duas premissas e uma
conclusão. Esse caso particular é o que definimos 3. (Cespe-DF) Julgue o item em certo (C) ou errado (E).
por silogismo. p1: Nenhum pirata é bondoso.
Geralmente, num silogismo a primeira premissa é p2: Existem piratas que são velhos.
CAPÍTULO 7

um caso geral (por exemplo, “Todo homem é mortal”), Se a conclusão for: “Existem velhos que não são bondo-
a segunda é um caso particular (por exemplo, “Rodolfo sos”, então essas três proposições constituem um racio-
é homem”), e depois delas vem a conclusão. Isso, em cínio válido.
geral, é respeitado nas questões de vestibulares ou ( ) Certo ( ) Errado
concursos. Resolução 1
Para a resolução desse tipo de problema, podemos Com o uso de diagramas
usar os diagramas de Venn trabalhados anteriormente.
Vejamos: Não bondosos
p1: Todo homem é mortal.
1
p2: Rodolfo é homem. Piratas
c: Rodolfo é mortal.
2
Construindo o diagrama de Venn, obtemos:
3
Mortais 4

5
1 Homens
Velhos
Rodolfo

2 A região 1 apresenta as pessoas que não são bondosas, nem


piratas e nem velhas.
A região 2 apresenta os piratas que não são bondosos e não
3 são velhos.
A região 3 apresenta os piratas que não são bondosos e são velhos.
Observe que na região 1 estão os mortais que não A região 4 apresenta as pessoas não bondosas que não são
piratas e são velhas, mas não temos informações se ela possui
são homens.
representantes.
Na região 2 estão todos os homens e eles são mortais. A região 5 apresenta as pessoas que são velhas e bondosas.
Na região 3 estão os imortais e que não são homens. Portanto, de acordo com a região 3, a conclusão é um raciocínio
Como Rodolfo está na região 2, conclui-se que Rodol- válido e o item está certo.
fo é mortal. A conclusão é válida. Resolução 2
Podemos resolver esse mesmo problema fazendo as Sem uso de diagramas
deduções, sem a construção dos diagramas. Sabemos que um argumento é válido quando a conclusão en-
contra apoio nas premissas. Vejamos:
p1: Essa premissa parte do geral e usa a palavra
Na primeira premissa, a palavra nenhum é uma palavra de ex-
“todo”. Assim, sem exceção, todo homem é mortal. clusão. Portanto, sem exceção, sendo pirata, a pessoa será uma
p2: Essa premissa parte do particular, afirmando que pessoa não bondosa.
Rodolfo é homem. Como pela primeira premissa não Na segunda premissa, a palavra existem significa que há pelo
há exceção, ou seja, todo homem é mortal e Rodolfo menos um, ou seja, pelo menos um pirata é velho. Com isso, a
é homem, conclui-se então que Rodolfo é mortal, tor- conclusão é a de um argumento válido, porque, sendo pirata,
nando, assim, a conclusão válida. não é bondoso e, como existem piratas velhos, então, nesse
Dividiremos os exercícios deste capítulo em dois grupo de velhos, há pelo menos um pirata.
módulos. Logo, há pelo menos um velho que não é bondoso, ou seja,
aqueles que são piratas. Portanto, esse raciocínio é válido e o
No módulo 17, apresentaremos os exercícios que
item está certo.
possuem pelo menos duas premissas e devemos
obter uma conclusão que valida o argumento, sem a
4. (Procempa-RS) Assinale a opção que indica, dentre os textos
preocupação do uso dos diagramas. No módulo 18,
listados, o que se apoia no método indutivo.
traremos os exercícios mais conceituais, em que
a. Os campeonatos esportivos são muito mal organizados
serão trabalhados os casos de indução e dedução e
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no Brasil, daí que não se deva esperar uma tabela bem


também alguns exercícios que envolverão o uso dos
elaborada para o campeonato brasileiro de 2015.
diagramas de Venn.

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b. Os dias de inverno são bastante frios na Europa, daí que
seja necessária a compra de agasalhos bem encorpados Nenhum conjunto de regras pode substituir essas ca-
para nossa viagem de férias. pacidades. Se existissem regras para inferir, elas seriam
c. O supermercado da esquina de minha rua abriu hoje às seis regras para descobrir.
horas da manhã, daí que a vizinhança tenha pensado numa Na realidade, o pensamento efetivo exige um constante
modificação do horário do comércio nos fins de semana. jogo de imaginação e de pensamento.
d. A obra poética de Manoel de Barros é de muita sensibili- Prender-se a regras rígidas ou a métodos bem delinea-
dade, daí que seu último livro tenha atingido ótimos índi-
dos equivale a bloquear o pensamento. As ideias mais
ces de venda.”
frutíferas são, com frequência, justamente aquelas que
e. As guerras modernas mostram alto desenvolvimento tec-
as regras seriam incapazes de sugerir.
nológico, daí que se possa esperar intenso uso de armas
sofisticadas na guerra contra os extremistas árabes. É claro que as pessoas podem melhorar as suas
Resolução capacidades de raciocínio pela educação, através da
Um argumento é indutivo quando sua conclusão traz mais in- prática, mediante um treinamento intensivo; isso tudo,
formações que as fornecidas pelas premissas. porém, está longe de ser equivalente à adoção de um
A premissa “O supermercado da esquina de minha rua abriu conjunto de regras de pensamento.
hoje às seis horas da manhã” aborda uma situação particular Seja como for, ao discutirmos as específicas regras da ló-
e uma conclusão de sentido mais amplo. Daí, é indutivo que a gica veremos que elas não poderiam ser encaradas como
vizinhança tenha pensado numa modificação do horário do adequados métodos de pensar. As regras da lógica, se
comércio nos fins de semana, apenas com esse dado. fossem aceitas como orientadoras dos modos de pensar,
Alternativa correta: C transformar-se-iam numa verdadeira camisa-de-força.
O que acabamos de dizer pode causar certo desapon-
tamento.
LEITURA
Frisamos, de modo enfático, o lado negativo, esclare-
cendo aquilo que a lógica não pode fazer.
Descoberta e justificação
[ ... ]
Quando um enunciado é feito, duas questões importan-
tes podem ser imediatamente colocadas: Mas, então, para que serve a lógica?
De que maneira chegou a ser concebido? Que razões A lógica oferece-nos métodos de crítica para avaliação
existem para aceitá-lo como verdadeiro? coerente das inferências.
Trata-se de duas questões diferentes. Seria um grave É nesse sentido, talvez, que a lógica está qualificada
erro confundi-las, e um erro pelo menos tão sério quan- para dizer-nos de que modo deveríamos pensar.
to esse é confundir as respostas. A primeira pergunta Completada uma inferência, é possível transformá-la
relaciona-se com a descoberta; as circunstâncias lem- em argumento, e a lógica pode ser utilizada a fim de
bradas por ela formam o contexto da descoberta. determinar se o argumento é correto ou não.
A segunda relaciona-se com a justificação; assuntos que aqui A lógica não nos ensina como inferir: indica-nos, porém,
se tornam relevantes cabem no contexto da justificação. que inferências podemos aceitar.
[...] Procede ilogicamente a pessoa que aceita inferências
Sherlock Holmes é um bom exemplo de personagem incorretas.
com soberbos poderes de raciocínio. Sua habilidade ao
Para poder apreciar o valor dos métodos lógicos, é pre-
inferir e chegar a conclusões é notável.
ciso ter esperanças realistas quanto ao seu uso. Quem
Não obstante, a sua habilidade não depende da utiliza- espera que um martelo possa efetuar o trabalho de
ção de um conjunto de regras que norteiam o seu pen- uma chave de fenda está fadado a sofrer grandes de-
samento. Holmes é muito mais capaz de fazer inferên- silusões; quem sabe servir-se de um martelo conhece
cias do que o seu amigo Watson. Holmes está disposto sua utilidade.
a transmitir seus métodos ao amigo, e Watson é um ho-
MATEMÁTICA

mem inteligente. Infelizmente, contudo, não há regras A lógica interessa-se pela justificação, não pela descoberta.
que Holmes possa transmitir a Watson capacitando-o a A lógica fornece métodos para análise do discurso, e
realizar os mesmos feitos do detetive. As habilidades de essa análise é indispensável para exprimir de modo in-
MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS

Holmes decorrem de fatores como a sua aguda curiosi- teligível o pensamento e para a boa compreensão da-
dade, a sua grande inteligência, a sua fértil imaginação, quilo que se comunica e se aprende.
seus poderes de percepção, a grande quantidade de SALMON, Wesley C. Lógica. Rio de Janeiro:
informações acumuladas e a sua extrema sagacidade. Guanabara/Koogan, 1987. p. 24; 28-29. Fragmento.
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LÓGICO
RACIOCÍNIO O
Raciocínio numérico e
MATEMÁTIC
quantitativo

Lógica de
argumentação

Argumento

Tipos de raciocínio da
lógica de argumentação

Analogia Indução Dedução


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CAPÍTULO 7
MÓDULO 17 ■ LÓGICA DE ARGUMENTAÇÃO – ARGUMENTO
Exercícios de APLICAÇÃO

1. (Funpresp adaptado) Considerando as característi- 2. (FCC-SP adaptado) Um argumento é composto pelas


cas do raciocínio analítico e a estrutura da argumenta- seguintes premissas:
ção, julgue o item em certo ou errado, justificando sua Se as metas de inflação não são reais, então a crise
resposta. econômica não demorará a ser superada.
O raciocínio “Nenhum peixe é ave. Logo, nenhuma ave Se as metas de inflação são reais, então os superávits
é peixe” é válido. primários não serão fantasiosos.
( ) Certo ( ) Errado Os superávits serão fantasiosos.
Resolução Para que o argumento seja inválido, a conclusão
Premissa: Nenhum peixe é ave. deve ser:
Argumento: Nenhuma ave é peixe.
a. A crise econômica não demorará a ser superada.
Nenhum peixe é ave. Logo, se é ave, não é peixe.
b. As metas de inflação são irreais ou os superávits
Os conjuntos peixe e ave não possuem elementos comuns.
Assim, nenhuma ave é peixe. Dessa forma, a conclusão “nenhuma
são fantasiosos.
ave é peixe” apresentada pelo termo “logo” é consequência da c. As metas de inflação são irreais e os superávits
premissa, o que faz o raciocínio ser válido, ou seja, é um argu- são fantasiosos.
mento válido. (Certo)
d. Os superávits econômicos serão fantasiosos.
e. As metas de inflação não são irreais e a crise eco-
nômica não demorará a ser superada.
Resolução
Considere as premissas verdadeiras:
P1: Se as metas de inflação não são reais, então a crise econômica
não demorará a ser superada.
P2: Se as metas de inflação são reais, então os superávits primá-
rios não serão fantasiosos.
P3: Os superávits serão fantasiosos.
Em P3, concluímos que “Os superávits são fantasiosos”.
Em P2, temos uma condicional, em que a segunda proposição, “Os
superávits primários não serão fantasiosos”, é falsa.
Uma condicional é falsa quando temos V → F. Dessa maneira,
para que essa condicional seja verdadeira, a primeira proposição,
“As metas de inflação são reais”, deverá ser falsa.
Conclusão: As metas de inflação não são reais.
Em P1, temos uma condicional, em que a primeira proposi-
ção é verdadeira. Para que essa condicional seja verdadeira,
devemos ter a segunda proposição, “A crise econômica não
demorará a ser superada”, também verdadeira, pois, na con-
dicional, V → F é falso.
Conclusão: A crise econômica não demorará a ser superada.

Resumindo:
Os superávits serão fantasiosos; As metas de inflação não são
MATEMÁTICA

reais; A crise econômica não demorará a ser superada.


Analisando cada alternativa, temos:
a. V
MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS

b. V ∨ V = V
c. V ∧ V = V
d. V
e. F ∧ V = F
Alternativa correta: E
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CAPÍTULO 7
3. Maria ou Josefa são sindicalizadas.
  CAPÍTULO 7

Se Josefa é sindicalizada, então Valdir é operário.


Mas Valdir não é operário.
Logo,
a. Valdir não é operário; Josefa não é sindicalizada e Maria é sindicalizada.
b. Valdir não é operário; Josefa é sindicalizada e Maria não é sindicalizada.
c. Valdir não é operário; Josefa é sindicalizada e Maria é sindicalizada.
d. Valdir não é operário; Josefa não é sindicalizada e Maria não é sindicalizada.
e. Valdir é operário; Josefa não é sindicalizada e Maria não é sindicalizada.
Resolução
Considere as proposições:
P1: Maria é sindicalizada ou Josefa é sindicalizada.
P2: Se Josefa é sindicalizada, então Valdir é operário.
P3: Valdir não é operário.

Começamos a análise por P3, que é a proposição simples.


A partir dela, conclui-se que “Valdir não é operário”.

Em P2, temos uma condicional, em que a segunda proposição, “Valdir é operário”, é falsa, de acordo com o item anterior.
Uma condicional é falsa quando ocorre V → F. Assim, para que essa condicional seja verdadeira, devemos ter a primeira proposição, “Josefa
é sindicalizada”, falsa, porque F → F = V. Assim, “Josefa não é sindicalizada”.

Em P1, temos uma disjunção, em que a segunda proposição (Josefa é sindicalizada) é falsa, de acordo com o item anterior.
Uma disjunção é falsa quando ocorrer F ∨ F. Assim, para que essa disjunção seja verdadeira, devemos ter a primeira proposição verdadeira,
porque V ∨ F = V. Assim, “Maria é sindicalizada”.
Resumindo:
Valdir não é operário; Josefa não é sindicalizada e Maria é sindicalizada.
Alternativa correta: A
Habilidade
Resolver um mesmo problema utilizando diferentes algoritmos.

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Exercícios EXTRAS

4. (Quadrix) Se Jonas briga com Marta, então Marta vai e. Carlos não fica em casa e Jonas não briga com
ao cinema. Se Marta vai ao cinema, então Carlos fica Marta.
em casa. Se Carlos fica em casa, então Paula briga
com Carlos. Ora, Paula não briga com Carlos. Logo: 5. As premissas 1 e 2 são verdadeiras.
a. Marta não vai ao cinema e Jonas briga com Marta. A partir delas, apresente uma conclusão que torne o
b. Carlos fica em casa e Marta vai ao cinema. argumento válido.
c. Carlos não fica em casa e Marta vai ao cinema. Premissa 1: Todo homem usa terno.
d. Marta vai ao cinema e Jonas briga com Marta. Premissa 2: Reginaldo é homem.

Seu Espaço

Sobre o módulo
O assunto deste módulo é a lógica de argumentação. Em alguns vestibulares (como o caso da Fatec), esse assunto vem aparecendo e
consagrando-se cada vez mais, além é claro, de quase ser obrigatório em provas de concursos.
Esse tópico pode ser muito prazeroso se encarado como jogos de raciocínio, a exemplo daqueles encontrados em sites especializados ou revistas.
Deve-se ter muito cuidado em apresentar as premissas e a conclusão. Interpretar essas premissas, transformando-as em sentenças com a
utilização de símbolos lógicos é fundamental. Deixar bem claro que, em geral, nesse tipo de exercício há uma premissa que é uma proposição
simples. É a partir dela que iniciaremos a resolução do problema. Daí, saber escolher a próxima a ser trabalhada é de suma importância.
Praticar esses exercícios fará com que haja facilidade quase de imediato para as escolhas das premissas a serem trabalhadas naquele
momento. Neste módulo, optamos por exercícios que treinam especificamente essa habilidade. No módulo seguinte, apresentamos
algumas definições e outras maneiras de resolução de problemas desse tipo.
Estante

EDITORA LTDA, 2013. 322 P.


JOURDAN, CAMILA. LÓGICA. IN: CABRAL, ALEXANDRE MARQUES;
SAMPAIO, JULIANA LIRA; BITTENCOURT, RENATO NUNES; BAR-
ROS, TIAGO MOTA DA SILVA. FILOSOFIA. RIO DE JANEIRO: MAUAD
JOURDAN, Camila. Lógica. In: CABRAL, Alexandre Marques; SAMPAIO, Juliana Lira; BITTENCOURT, Renato
Nunes; BARROS, Tiago Mota da Silva. Filosofia. Rio de Janeiro: Mauad Editora, 2013. 322 p.

A lógica é uma das áreas da Filosofia; surge claramente com Aristóteles, que escreve o organon, palavra
grega para “instrumento”.
A lógica trataria das leis que regem o discurso filosófico para que este se assegure da verdade e possa
seguir um caminho seguro em busca do conhecimento. A lógica tem por objeto de estudo o raciocínio,
que pode apresentar-se de várias formas.
Atualmente, existem diversos tipos de lógica, como a semiótica, a dialética e a modal.

MATEMÁTICA
MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS
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CAPÍTULO 7
Exercícios PROPOSTOS
  CAPÍTULO 7

Da teoria, leia o tópico 1. d. Keila é assistente de patrimônio ou Sônia é diretora-


Exercícios de: Tarefa Reforço Aprofundamento Lidere! -geral.
e. Túlio não é assistente de contabilidade ou Sônia
6. As premissas 1 e 2 são verdadeiras. não é diretora-geral.
A partir delas, apresente uma conclusão que torne o
10. As premissas 1 e 2 são verdadeiras.
argumento válido.
A partir delas, apresente uma conclusão que torne o
Premissa 1: Regina não mudou de cidade. argumento válido.
Premissa 2: Se Regina foi aprovada no concurso, então Premissa 1: Regina ou Gabriela jogam basquete.
Regina mudou de cidade.
Premissa 2: Regina não joga basquete.
7. Se toco violão, então não vendo violão.
11. (FCC-SP) Considere que todo técnico sabe di-
Vendo violão ou não ganho dinheiro. gitar. Alguns desses técnicos sabem atender ao pú-
É verdade que ganho dinheiro. blico externo e outros desses técnicos não sabem
Dessa maneira, conclui-se que atender ao público externo. A partir dessas afirma-
ções, é correto concluir que
a. Vendo violão, toco violão e ganho dinheiro.
a. os técnicos que sabem atender ao público externo
b. Vendo violão, não toco violão e ganho dinheiro.
não sabem digitar.
c. Não vendo violão, não toco violão e ganho dinheiro. b. os técnicos que não sabem atender ao público
d. Não vendo violão, toco violão e ganho dinheiro. externo não sabem digitar.
e. Vendo violão, toco violão e não ganho dinheiro. c. qualquer pessoa que sabe digitar também sabe
atender ao público externo.
8. (Esaf-DF) Caso ou compro uma bicicleta. Viajo ou
d. os técnicos que não sabem atender ao público
não caso. Vou morar em Pasárgada ou não compro
externo sabem digitar.
uma bicicleta. Ora, não vou morar em Pasárgada.
Assim, e. os técnicos que sabem digitar não atendem ao
público externo.
a. não viajo e caso.
b. viajo e caso. 12. (Cespe-DF adaptado) Para descobrir qual dos
c. não vou morar em Pasárgada e não viajo. assaltantes – Gavião ou Falcão – ficou com o dinhei-
ro roubado de uma agência bancária, o delegado
d. compro uma bicicleta e não viajo. constatou os seguintes fatos:
e. compro uma bicicleta e viajo. F1 – Se Gavião e Falcão saíram da cidade, então o di-
9. (VUNESP) Considere as afirmações. nheiro não ficou com Gavião.
I. Se Paulo é assessor jurídico, então Keila é assis- F2 – Se havia um caixa eletrônico em frente ao banco,
tente de patrimônio. então o dinheiro ficou com Gavião.
II. Se Sônia é diretora-geral, então Roberto é gestor F3 – Gavião e Falcão saíram da cidade.
de informação. F4 – Havia um caixa eletrônico em frente ao banco ou
III. Se Túlio é assistente de contabilidade, então Ro- o dinheiro foi entregue à mulher de Gavião.
berto não é gestor de informação. Considerando que as proposições F1, F2, F3 e F4 sejam
IV. Se Valmir é procurador-geral, então Keila não é verdadeiras, mostre por meio da lógica de argumenta-
assistente de patrimônio. ção que a proposição “O dinheiro foi entregue à mu-
V. Túlio é assistente de contabilidade e Valmir é pro- lher de Gavião” é verdadeira.
curador-geral.
13. Se vou nadar, então é verão.
A partir dessas afirmações, é possível concluir corre-
tamente que Vou nadar ou não vou pescar.
a. Keila é assistente de patrimônio e Roberto não é Estamos em pleno inverno.
gestor de informação. De acordo com essas premissas, conclui-se que
b. Valmir não é procurador-geral ou Paulo é assessor a. não vou pescar e não vou nadar.
jurídico. b. não vou pescar e vou nadar.
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c. Roberto é gestor de informação e Keila não é as- c. vou pescar e não vou nadar.
sistente de patrimônio. d. vou pescar e vou nadar.

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14. (Cesgranrio-RJ) Considere o seguinte argumento, a. Carlos é filho de Pedro ou Breno é neto de Beto.
no qual a conclusão foi omitida: b. Breno é neto de Beto e Ana é prima de Bia.
Premissa 1: p → [(¬r) ∨ (¬s)] c. Ana não é prima de Bia e Carlos é filho de Pedro.
Premissa 2: [p ∨ (¬q)] ∧ [q ∨ (¬p)] d. Jorge é irmão de Maria e Breno é neto de Beto.
Premissa 3: r ∧ s e. Ana é prima de Bia e Carlos não é filho de Pedro.
Conclusão: XXXXXXXXXX
Uma conclusão que torna o argumento acima válido é Desafio
a. ¬(p ∨ q) 17. (Cespe-DF) As proposições seguintes consti-
b. (¬q) ∧ p tuem as premissas de um argumento.
c. (¬p) ∧ q Bianca não é professora.
d. p ∧ q Se Paulo é técnico de contabilidade, então Bianca é
e. p ∨ q professora.
Se Ana não trabalha na área de informática, então
15. (VUNESP) Se afino as cordas, então o instrumen- Paulo é técnico de contabilidade.
to soa bem. Se o instrumento soa bem, então toco Carlos é especialista em recursos humanos, ou Ana não
muito bem. Ou não toco muito bem ou sonho acorda- trabalha na área de informática, ou Bianca é professora.
do. Afirmo ser verdadeira a frase: não sonho acordado.
Assinale a opção correspondente à conclusão que
Dessa forma, conclui-se que
torna esse argumento válido.
a. sonho dormindo.
a. Paulo não é técnico de contabilidade e Ana não
b. o instrumento afinado não soa bem. trabalha na área de informática.
c. as cordas não foram afinadas. b. Carlos não é especialista em recursos humanos e
d. mesmo afinado o instrumento não soa bem. Paulo não é técnico de contabilidade.
e. toco bem acordado e dormindo. c. Ana não trabalha na área de informática e Paulo
é técnico de contabilidade.
16. (Esaf-DF) Ana é prima de Bia, ou Carlos é filho d. Carlos é especialista em recursos humanos e Ana
de Pedro. Se Jorge é irmão de Maria, então Breno trabalha na área de informática.
não é neto de Beto. Se Carlos é filho de Pedro, en-
e. Bianca não é professora e Paulo é técnico de con-
tão Breno é neto de Beto. Ora, Jorge é irmão de
tabilidade.
Maria. Logo:

Anotações

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CAPÍTULO 7
MÓDULO 18 ■ LÓGICA DE ARGUMENTAÇÃO – TIPOS DE RACIOCÍNIO
  CAPÍTULO 7

Exercícios de APLICAÇÃO

1. Classifique em (I) ou (D) se o raciocínio lógico aplica- 2. Represente, por meio de um diagrama de Venn, que
do em cada um dos argumentos é respectivamente o raciocínio seguinte é falso.
indutivo ou dedutivo. Se uma pessoa é aluno, então ela frequenta a escola.
( ) O ferro, o ouro e o cobre são metais e são condu- Se Juliana frequenta a escola, então Juliana é aluna.
tores de eletricidade.
Explique também o raciocínio usado para a constru-
Dessa maneira, todos os metais são condutores ção do diagrama.
de eletricidade.
Resolução
( ) O avô de Clarice é careca.
O avô de todos os meus amigos são carecas. Escola
Não alunos
Todos os avós são carecas. • Juliana

( ) Todo repórter é jornalista. Alunos


C
Joaquim é repórter. A
B
Logo, Joaquim é jornalista.
( ) Todo brasileiro é sul-americano. Não alunos

Felipe é brasileiro.
Logo, Felipe é sul-americano. Observe pelo diagrama que todo aluno frequenta a escola (O
conjunto aluno está contido no conjunto escola) e quem não
Resolução é aluno pode frequentar ou não a escola (há dois conjuntos re-
Indutivo. De situações particulares temos uma conclusão uni- presentando essa situação). Juliana pode estar na região A ou
versal. B, já que ela frequenta a escola. Estando Juliana na região B, ela
frequenta a escola, porém não é aluna (pode ser a diretora, por
exemplo).
Indutivo. De situações particulares temos uma conclusão uni-
versal.

Dedutivo. De uma situação universal temos uma conclusão par-


ticular.

Dedutivo. De uma situação universal temos uma conclusão par-


ticular.
Resposta: I – I – D – D

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3. Assinale a alternativa que apresenta um argumento c. Todo homem é mortal.
verdadeiro. Quico é homem.
a. Todo homem é mortal. Logo, Quico é mortal.
Quico é mortal.
d. Todo homem é mortal.
Logo, Quico é homem.
Quico não é mortal.
b. Todo homem é mortal.
Logo, Quico é homem.
Quico não é homem.
e. Todo homem é mortal.
Logo, Quico não é mortal.
Quico é homem.
Quico não é mortal.
Resolução
Observe o raciocínio por meio de um diagrama de Venn:

Mortal
Imortal
A
C

A região A apresenta os mortais que não são homens.


A região B apresenta os homens mortais (que são todos).
A região C são os imortais.
a. Falsa. Quico, sendo mortal, pode estar nas regiões A ou B, não sendo assim necessariamente homem.
b. Falsa. Quico, não sendo homem, pode estar nas regiões A ou C, podendo ser ou não mortal.
c. Verdadeira. Sendo Quico homem, ele está na região B, onde há necessariamente mortais.
d. Falsa. Não sendo Quico mortal, ele se encontra na região C, onde não há homem.
e. Falsa. Sendo Quico homem, ele está na região B, onde todos são mortais.
Alternativa correta: C
Habilidade
Resolver um mesmo problema utilizando diferentes algoritmos.

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CAPÍTULO 7
Exercícios EXTRAS
  CAPÍTULO 7

4. (Esaf-DF) Se é verdade que “Alguns A são R” e que a. Algumas crianças gostam de bala.
nenhum “G é R”, então é necessariamente verdadei- Pedro é uma criança. Logo, Pedro pode gostar de
ro que bala.
a. algum A não é G. b. Algumas crianças gostam de bala.
b. algum A é G. Pedro é uma criança. Logo, Pedro pode não gostar
c. Nenhum A é G. de bala.
d. algum G é A. c. Toda criança gosta de bala.
e. nenhum G é A. Pedro é uma criança. Logo, Pedro gosta de bala.
d. Todo mineiro é brasileiro.
5. As falácias são formas de argumento que parecem
válidas, mas, ao serem examinadas minuciosamente João é mineiro. Logo, João é brasileiro.
percebe-se que não o são. e. Todo cantor canta.
Assinale a alternativa que apresenta uma falácia. José canta. Logo, José é cantor.

Seu Espaço

Sobre o módulo
O assunto deste módulo são os tipos de raciocínio da lógica de argumentação. No módulo anterior, sem mencionar nomes, trabalhamos
com problemas envolvendo a lógica dedutiva. Aqui, apresentamos a analogia, a indução e a dedução. Nos exercícios, trabalharemos apenas
com indução e dedução. Alguns deles usam artifícios já trabalhados em módulos anteriores, como o diagrama de Venn.
Explorar e sugerir que os alunos explorem, também, exercícios de concursos públicos que podem ser obtidos em sites especializados.

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Exercícios PROPOSTOS

Da teoria, leia os tópicos 2, 2.A, 2.B e 2.C. III. Todo padre é caridoso.
Exercícios de: Tarefa Reforço Aprofundamento Lidere! João é padre. Logo, João é caridoso.
Podemos encontrar falácia
6. Classifique em (I) ou (D) se o raciocínio lógico apli-
a. em I apenas. d. em todos eles.
cado em cada um dos argumentos é respectivamente
indutivo ou dedutivo. b. em I e III apenas. e. em nenhum deles.
( ) Toda pessoa que tiver geladeira pode ter sorvete. c. em II e III apenas.
Ricardo tem geladeira. 9 (VUNESP) Sabe-se que todos os irmãos de Wilson
Logo, Ricardo pode ter sorvete em casa. são funcionários públicos. Dessa forma, deduz-se
( ) O sabiá é um pássaro que voa. corretamente que
O canário é um pássaro que voa. a. se Maria não é irmã de Wilson, então ela não é fun-
cionária pública.
O pintassilgo é um pássaro que voa.
b. Wilson é funcionário público.
O pardal é um pássaro que voa.
c. se Amanda não é funcionária pública, então ela
Logo, todos os pássaros voam.
não é irmã de Wilson.
( ) O Opala é um carro que deixou de ser fabricado. d. Wilson não é funcionário público.
O Fusca é um carro que deixou de ser fabricado. e. se Jorge é funcionário público, então ele é irmão
O Corcel é um carro que deixou de ser fabricado. de Wilson.
O Chevette é um carro que deixou de ser fabricado.
10. Classifique em (I) ou (D) se o raciocínio lógico apli-
Logo, todos os carros deixaram de ser fabricados. cado em cada um dos argumentos é respectivamente
( ) Todo jovem com 16 anos ou mais pode votar. indutivo ou dedutivo.
Luciano tem 16 anos. ( ) As baleias são animais de sangue quente.
Logo, Luciano pode votar. Orca é uma espécie de baleia.
7. Assinale a alternativa que apresenta raciocínio A orca tem sangue quente.
lógico indutivo. ( ) Todos os aviões possuem asas.
a. Todo bairro de São Paulo é servido por uma linha O Airbus A380 é um dos aviões mais utilizados
de ônibus, logo, o bairro de Perdizes em São Paulo em voos comerciais.
é servido por uma linha de ônibus. O Airbus A380 possui asas.
b. A calça de José possui bolsos, logo, toda calça ( ) O cachorro de Nanci possui uma cauda longa.
masculina possui bolsos. O cachorro de Denisar possui uma cauda longa.
c. Os habitantes da região Sul do Brasil possui um sota- Todos os cachorros possuem uma cauda longa.
que diferente dos mineiros, logo, Lívia que nasceu em
( ) A TV de Jairo tem 40 polegadas de tela.
Curitiba possui um sotaque diferente dos mineiros.
A TV de Henrique tem 40 polegadas de tela.
d. Todo livro de história infantil possui uma capa co-
lorida, logo, o livro que conta a história de Branca Todas as TVs têm 40 polegadas de tela.
de Neve e os sete anões possui uma capa colorida.
11. Assinale a alternativa que apresenta um raciocí-
e. Todo time de futebol possui um presidente, logo, nio lógico dedutivo.
Lagoinha futebol clube possui um presidente.
a. O relógio de Daniel possui dois ponteiros, logo, to-
dos os relógios possuem dois ponteiros.
MATEMÁTICA

8. As falácias são formas de argumento que parecem


válidos, mas, ao serem examinados minuciosamente, b. O supermercado Boa Compra, da cidade de Tira-
percebe-se que não o são. dentes, atende 24 horas por dia, logo, todo super-
mercado de Tiradentes atende 24 horas por dia.
MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS

Considere os argumentos lógicos seguintes.


I. Tudo o que pensa existe. c. Manoel e Eliana são casados e possuem uma
aliança de casamento, logo, todo casal possui uma
A cebola não pensa.
aliança de casamento.
Logo, a cebola não existe.
d. Todo oceano possui água salgada. Sendo o Atlân-
II. Quem nasce em Mariana é mineiro. tico um oceano, ele possui água salgada.
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Regina mora em Mariana. e. Todo recifense possui uma camisa de algodão, logo,
Logo, Regina é mineira. todo brasileiro possui uma camisa de algodão.

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CAPÍTULO 7
12. Suponha que, numa escola, seja verdade que: 1. A conclusão encerra informação que nem implici-
  CAPÍTULO 7

I. Alguns alunos não são honestos. tamente estava contida nas premissas.
II. Todos os membros do diretório são honestos. 2. Se todas as premissas forem verdadeiras, a con-
clusão também será, necessariamente.
Assim, necessariamente,
3. Toda a informação ou conteúdo factual da conclu-
a. alguns alunos são membros do diretório. são já estava, pelo menos implicitamente, contido
b. alguns membros do diretório não são alunos. nas premissas.
c. alguns alunos não são membros do diretório. 4. Se todas as premissas são verdadeiras, a conclu-
d. nenhum membro do diretório é aluno. são é provavelmente — porém não necessaria-
mente — verdadeira.
e. nenhum aluno é membro do diretório.
Assinale a alternativa que relaciona corretamente
13. Classifique os argumentos em indutivo (I) ou de- essas características ao respectivo tipo de argu-
dutivo (D). mento.
( ) R
 enato é mais alto do que Luciana, e Luciana é a. 1 – dedutivo; 2 – dedutivo; 3 – indutivo; 4 – in-
mais alta do que Alice. Logo, Renato é mais alto dutivo.
do que Alice. b. 1 – dedutivo; 2 – indutivo; 3 – indutivo; 4 – de-
( ) O
 s pilotos de Fórmula I cujos nomes começam dutivo.
pela letra A são campeões mundiais. Basta ver c. 1 – dedutivo; 2 – indutivo; 3 – dedutivo; 4 – in-
Allan Prost e Ayrton Senna. dutivo.
( ) N
 enhum e-mail é confidencial. Todos os docu- d. 1 – indutivo; 2 – dedutivo; 3 – dedutivo; 4 – in-
mentos secretos são confidenciais. Logo, ne- dutivo.
nhum e-mail é um documento secreto. e. 1 – indutivo; 2 – indutivo; 3 – dedutivo; 4 – dedutivo.
( ) O
 colesterol é endógeno no humano, logo, ele é
manufaturado no interior do corpo humano. 16. (Cespe-DF) No Brasil, os pobres têm mais po-
der que os ricos. Isso ocorre porque o sistema
( ) O
 s professores Alberto, Nicolas e Andréa, da
político adotado no Brasil é a democracia, no qual
escola Novo Saber possuem um curso de mes- a vontade da maioria prevalece, e, no Brasil, exis-
trado. Logo, é provável que todos os profes- tem mais pobres que ricos.
sores da escola Novo Saber possuam curso de
mestrado. Com relação ao argumento anterior, assinale a alter-
nativa correta.
14. Considere as premissas: a. A afirmativa “No Brasil, os pobres têm mais poder
P1: Todo nordestino é brasileiro. que os ricos” é uma premissa.
P2: Existem alguns vaqueiros brasileiros que são nor- b. A oração “no Brasil, existem mais pobres que ri-
destinos. cos” é a conclusão do texto.
A partir dessas premissas, foram feitas as seguintes c. O trecho “o sistema político adotado no Brasil é a
observações: democracia, no qual a vontade da maioria preva-
lece” é uma hipótese.
I. Roberto é um vaqueiro brasileiro.
d. O argumento apresentado no texto é um exemplo
Logo, Roberto é nordestino.
de argumento indutivo.
II. Roberto é nordestino.
Logo, Roberto não é vaqueiro. Desafio
III. Roberto não é vaqueiro e nem nordestino. 17. (VUNESP adaptado) Uma escola de nível su-
Logo, Roberto não é brasileiro. perior oferece os seguintes cursos: administração de
Quantas delas são corretas? empresas (AE), economia (ECO), ciências contábeis
a. Nenhuma. (CC) e administração pública (AP). Segue a distribui-
ção dos professores e seus cursos de atuação:
b. Apenas uma.
• 2 professores atuam em todos os cursos;
c. Apenas duas.
• entre aqueles professores que atuam em ape-
d. Todas. nas três cursos: 11 atuam em AE, ECO e CC; e 4
15. (UFFS/Fepese-SC) Existem certas características atuam em ECO, CC e AP;
básicas que diferenciam os argumentos dedutivos dos • entre aqueles professores que atuam em ape-
EM-L3-11-22

indutivos. nas dois cursos: 8 atuam em AE e ECO; e 6


Analise as características: atuam em ECO e AP;

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• 14 professores restantes atuam em apenas um Essa situação pode ser representada por meio de um
curso, sendo 7 em AE, e nenhum desses 14 atua diagrama lógico, como o que segue.
no curso CC.
Com essas informações, calcule AE – CC. A B C D E F

Crie e Ative
Crie, a partir dessa situação, e do diagrama seguinte,
18. Olhando um álbum de fotografias das festas de uma sentença compatível com ele.
aniversário de alguns amigos, chegou-se à seguinte
conclusão:
B F E
André foi à festa de Bernardo, que foi à festa de Cris-
A
tina, que foi à festa de Daniel, que foi à festa de Elisa,
que foi à festa de Fernando, que não foi à festa de D C
ninguém.

Anotações

MATEMÁTICA
MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS
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PARA
CONFERIR
1. Se economizo, então compro um apartamento. a. Ambos apresentam conclusão válida.
Economizo ou não viajo. b. Nenhum apresenta conclusão válida.
É certo que não compro um apartamento. c. Apenas I apresenta conclusão válida.
De acordo com essas premissas, conclui-se que: d. Apenas II apresenta conclusão válida.
a. Não viajo e não economizo.
3. Considere os dois raciocínios seguintes.
b. Não compro apartamento e economizo. I. Pedro é inteligente.
c. Viajo e não economizo. Lucas é inteligente.
d. Não viajo e economizo. Camila é inteligente.
2. Considere os dois raciocínios seguintes: Pedro, Lucas e Camila são seres humanos.
I. Todos os membros do parlamento têm grandes Logo, todos os seres humanos são inteligentes.
responsabilidades. II. Se a água ferver, então a temperatura atingiu 100 °C.
Os professores têm grandes responsabilidades. A temperatura não atingiu 100 °C.
Os professores são membros do parlamento. Logo, a água não ferveu.
II. Todos os animais ladram. Fazendo a análise desses raciocínios lógicos, assinale a
Os pardais são animais. alternativa correta.
Logo, os pardais ladram. a. Ambos são indutivos.
Fazendo a análise desses raciocínios lógicos, assinale a b. Ambos são dedutivos.
alternativa correta. c. I é indutivo e II é dedutivo.
d. I é dedutivo e II é indutivo.

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RESPOSTAS

CAPÍTULO 1 a. Incorreta. Assinala esta alternativa o aluno que, ao fazer a con-


versão, lê o resto primeiro e, depois, o quociente, quando se deve
Para Conferir fazer o contrário. Nesse caso, indica-se rever as transformações de
decimais em outras bases, o que foi apresentado no módulo 2 des-
1. E
te capítulo.
A data de nascimento do senhor egípcio, em nossa numeração usual,
c. Incorreta. Assinala esta alternativa o aluno que confunde base he-
é 1899, e a data de falecimento é 1971. Portanto, esse senhor morreu
xadecimal com base 6. Nesse caso, indica-se procurar leituras que
com 1971 – 1899 = 72 anos. O número 72 em algarismos romanos é
trazem as nomenclaturas das bases de um sistema de numeração.
LXXII.
d. Incorreta. Assinala esta alternativa o aluno que confunde base
a. Incorreta. Escolhe esta alternativa o aluno que confunde a nume-
hexadecimal com base 6. Ele também lê o resto primeiro e, depois,
ração egípcia com a romana. Indica-se, nesse caso, muita leitura e
o quociente, quando deveria fazer o contrário. Nesse caso, são váli-
a prática com exercícios contextualizados, principalmente os que
das as mesmas indicações feitas para os itens A e C.
contêm as numerações citadas. Há vários desses exercícios entre
os de tarefa. e. Incorreta. Assinala esta alternativa o aluno que não entende que
15 representa a letra F no sistema hexadecimal. Nesse caso, indica-
b. Incorreta. Escolhe esta alternativa o que confunde o sistema de -se rever as transformações de decimais em outras bases, o que foi
numeração romana com o sistema babilônico. Indica-se, nesse caso, apresentado no módulo 2 deste capítulo.
a retomada dos estudos dos sistemas de numeração citados.
Módulo 1
c. Incorreta. Escolhe esta alternativa o aluno que erra o cálculo 1899
– 1971 ou que não domina o sistema de numeração romano. Indica- Exercícios Extras
-se, nesse caso, a prática das quatro operações básicas, revendo
essencialmente a subtração, ou o estudo da numeração romana. 4. A

d. Incorreta. Escolhe esta alternativa o aluno que confunde o D O menor número ímpar de quatro algarismos distintos usando os
(500) com o L (50) em romanos. Indica-se, nesse caso, a retomada dígitos fornecidos é 1047, cuja representação no sistema de nume-
dos estudos do sistema de numeração romano. ração egípcio é

2. B
Como A e B são algarismos, com A < B, temos que a pessoa viajou no
sentido crescente da numeração da rodovia.
ABA = 100 ∙ A + 10 ∙ B + A = 101 ∙ A + 10 ∙ B
BAA = 100 ∙ B + 10 ∙ A + A = 100 ∙ B + 11 ∙ A
A distância entre esses dois marcos é dada por BAA – ABA.
Habilidade
100 ∙ B + 11 ∙ A – 101 ∙ A – 10 ∙ B = 90 ∙ B − 90 ∙ A = 90 ∙ (B – A)
Reconhecer o sistema de numeração decimal como o que prevale-
Portanto, a distância entre esses dois marcos da rodovia é um múl-
ceu no mundo ocidental e destacar semelhanças e diferenças com
tiplo de 90, pois B – A é um algarismo.
outros sistemas, de modo a sistematizar suas principais caracterís-
a. Incorreta. Assinala esta alternativa o aluno que interpreta que a ticas (base, valor posicional e função do zero), utilizando, inclusive,
distância entre os dois marcos é obtida fazendo-se ABA + BAA, encon- a composição e decomposição de números naturais e números ra-
trando assim 122 ∙ A + 110 ∙ B; ele faz incorretamente o cálculo, obtendo cionais em sua representação decimal.
122 + 110 (A + B) = 232 ∙ (A + B). Nesse caso, indica-se a retomada de
estudos envolvendo expressões algébricas, desenvolvidos nos anos 5. A
finais do Ensino Fundamental.
MDCCLXXVI usando algarismos indo-arábicos é 1 776.
c. Incorreta. Assinala esta alternativa o aluno que associa as letras à
ordem em que aparecem no alfabeto, fazendo A = 1 e B = 2. Assim, Usando o sistema de numeração babilônico para a representação
obtém os marcos 121 e 211. Fazendo essa diferença, encontra o va- desse número, temos:
lor 90. Nesse caso, indica-se a retomada dos estudos de múltiplos e
divisores. 1 776 : 60 tem quociente 29 e resto 36.

d. Incorreta. Assinala esta alternativa o aluno que faz BAA – ABA da Assim, 1 776 = 29 ∙ 601 + 36 ∙ 600.
matemática

seguinte maneira:
Sua representação, utilizando o sistema babilônico, é
100 ∙ B + 10 ∙ A + A – 100 ∙ A + 10 ∙ B + A = 110 ∙ B – 88 ∙ A = 22 ∙ (5 ∙ B − 4 ∙ A).
Nesse caso, indica-se a prática de exercícios com expressões numéricas
que envolvem as quatro operações, em que aparecem parênteses, col-
matemática e suas tecnologias

chetes e chaves.
3. B

Fazendo a transformação de decimal para hexadecimal, temos:


Exercícios Propostos
159 16
15 9 6. F – F – F – F – V
EM-L1-11I-22

No sistema hexadecimal, A = 10; B = 11; C = 12; D = 13; E = 14; F = 15.


7. Na escrita egípcia, temos duas unidades mais três centenas e
Portanto, 159 na base hexadecimal é igual a 9F. quatro símbolos cobertos.

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RESPOSTAS

Na escrita atual, temos quatro milhares, três centenas e duas casas 7. a.


(dezenas e unidades) cobertas.
6561 5
Como precisamos de 4 milhares na escrita egípcia, não teremos a 1 1312 5
casa das dezenas na escrita atual. 2 262 5
2 52 5
Daí, o número, na escrita atual, é 4302. 5
2 10
Os símbolos escondidos são 4 flores de lótus na escrita egípcia, e 0 2
um 0 e um 2 na escrita atual.
6 561 = 2022215
8. C
b. 2 ∙ 53 + 3 ∙ 52 + 0 ∙ 5 + 4 = 250 + 75 + 4 = 329
9. C 11. D 13. C
c. Usando o resultado de (b), basta passar 329 para a base 3.
10. D 12. E 14. B
329 = 1100123
15. Os números que possuem X ou I:
8. E
De 1 a 9, temos 14 I e 1 X.
9. 14 (02 + 04 + 08)
De 10 a 19, temos 14 I e 11 X. 10. A
De 20 a 29, temos 14 I e 21 X.
11. C
De 30 a 37, temos 10 I e 24 X.
12. D
O total é de 52 I e 57 X.
13. C
16. 3 (01 + 02)
14. 21 (01 + 04 + 16)
17. Inicialmente, sendo a e b algarismos, temos as seguintes pos-
sibilidades para os algarismos das unidades e das centenas: a3b1; 15. B
a6b2; a9b3. Como o algarismo das dezenas é o dobro do algarismos
16. A
das unidades, vem: a321 ; a642 ; a963. Sabe-se que a unidade de
milhar é a metade do algarismo da unidade, assim restou somente 17. Transformando 1011000112 para a base 10, obtemos 355 m.
uma das três possibilidades: 1642. Escrevendo-o em numeração ro-
mana, temos: MDCXLII. Transformando 1000101112 para a base 10, obtemos 279 m.

Módulo 2 Área do terreno: A = 355 ∙ 279 m2 = 99 045 m2

Exercícios Extras Transformando para a base 2, temos 110000010111001012 m2.

4. B Módulo 3

Exercícios Extras
745 16
9 46 16 4. A
14 2
De acordo com as informações, podemos concluir que A = 1 ou A = 2.

Devemos substituir o 14 por E. Podemos concluir também que: 300A + 30B + 3C = 111B ⇒

Assim: 745 = 2E916. ⇒ 300A + 3C = 81B ⇒ 100A + C = 27B ⇒ C = 27B – 100A

Habilidade Considerando A = 1, temos C = 27B – 100, ou seja, o único valor pos-


sível para B é 4, pois 108 – 100 = 8 (valor possível para C).
Reconhecer o sistema de numeração decimal, como o que prevale-
ceu no mundo ocidental, e destacar semelhanças e diferenças com Considerando A = 2, temos C = 27B – 200, ou seja, não existe um valor
outros sistemas, de modo a sistematizar suas principais caracterís- possível para B a fim de obtermos um C de apenas um algarismo.
ticas (base, valor posicional e função do zero), utilizando, inclusive, Portanto, o dia do aniversário será 1 ∙ 15 = 15 e o mês de aniversário
a composição e decomposição de números naturais e números ra- será 4 + 5 = 9.
cionais em sua representação decimal.
O aniversário dela é 15 de setembro.
5. 10000b = 1 ∙ b4 + 0 ∙ b3 + 0 ∙ b2 + 0 ∙ b1 + 0 ∙ b0 = b4 Habilidade
Assim, b = 14 641 ⇒ b = 11
4 4 4
Ler, escrever e ordenar números naturais até a ordem das centenas
Como a base deve ser positiva, temos que b = 11. de milhar com compreensão das principais características do siste-
ma de numeração decimal.
Exercícios Propostos
5. B
EM-L1-11I-22

6. A
Considere a e b os algarismos do número inteiro positivo que que-
remos determinar.

170

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11. B 12. D 13. A
Logo, temos: 3(a + b) = 10a + b ⇒ a = 2b
7
14. D
Consequentemente, temos b = 7 e a = 2.

O produto dos algarismos do número é a ∙ b = 2 ∙ 7 = 14. 15. D

Exercícios Propostos 16.

6. B 1 1 1 1 1

7. C X = 0 0 1 1 0 0 1 0
Y = 0 1 0 1 0 1 1 1 +
8. O número 10100 é igual ao algarismo 1 seguido de 100 zeros. Por-
tanto, 10100 apresenta 1 + 100 = 101 algarismos. S = 1 0 0 0 1 0 0 1

9. C 12. A 15. B
10. C 13. D 16. B
27 26 25 24 23 22 21 20
11. C 14. C 17. B
1 0 0 0 1 0 0 1
Módulo 4
128 0 0 0 8 0 0 1
Exercícios Extras

4. D 10001001­2 = 13710

23 22 21 20 137 : 16 = 8 resto 9
1 0 0 1 10001001­2 = 13710 = 8916
8 0 0 1
17. a. 26 + 13 = 77, então, vamos escrever 77 na base 2; para isso,
basta fazer divisões sucessivas de 77 pela base pedida.
Fazendo a tabela e distribuindo o binário, obtemos:
77 2
8+0+0+1=9 1 38 2
0 19 2
Habilidade
1 9 2
Reconhecer o sistema de numeração decimal, como o que prevale- 1 4 2
ceu no mundo ocidental, e destacar semelhanças e diferenças com 0 2 2
outros sistemas, de modo a sistematizar suas principais caracterís- 0 1
ticas (base, valor posicional e função do zero), utilizando, inclusive,
a composição e decomposição de números naturais e números ra-
26 + 13 = 1001101₂
cionais em sua representação decimal.
b. O maior número na base 2 de 5 algarismos será o 11111₂, pois
5. a. 5 MB = 5 · 1 024 · 1 024 B = 5 242 880 B o maior resto possível na divisão por 2 é o 1, então basta preen-
cher todos os algarismos pelo maior número possível. Já o menor
b. 1 MB x número possível na base 2 de 5 algarismos é o 10000₂, o primeiro
= =
1 024 kB 256 kB número não poderia ser o zero, já que é menor número possível
256 MB com 5 algarismos, mas os demais sim. Fazendo a diferença entre
x = = 0, 25 MB
1 024 esses números, temos

Exercícios Propostos
1 1 1 1 1
6. D – 1 0 0 0 0
7. A 0 1 1 1 1
8. B
Passando o resultado da diferença do maior número para o menor,
9. A para a base 10, temos:
matemática

10. Considere que x é o número de filmes que Nei pode salvar


23 22 21 20
em seu pen drive. A capacidade máxima do pen drive, em MB:
32 GB = 32 ∙ 1 024 MB = 32 768 MB. 1 1 1 1
matemática e suas tecnologias

O valor de x é máximo quando todos os filmes têm tamanho míni- 8 4 2 1


mo, ou seja, 500 MB. 8 + 4 + 2 + 1 = 15
32 786
Assim, x ≤ , logo x ≤ 65,536 Então, a diferença entre o maior e o menor número de 5 algarismos
500
na base 2 é igual a 15. Somando 1 unidade a esse número (pois
subtraímos um número, ou seja, o 10000), obtemos 16, que é o total
EM-L1-11I-22

Portanto, o número máximo de filmes que Nei conseguirá salvar em de números que podem ser formados com 5 algarismos na base 2.
seu pen drive é 65. 18. Respostas pessoais.

171

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RESPOSTAS

19. Não há uma resolução específica para essa atividade, por se c. Incorreta. Marca-se esta alternativa se o aluno não aplica correta-
tratar de um jogo. mente o bicondicional e a disjunção.

O que importa, aqui, são a competição e a habilidade de os alunos Deve-se indicar o estudo do bicondicional e da disjunção.
trabalharem com duas das bases estudadas no capítulo.
e. Incorreta. Marca-se esta alternativa se o aluno não aplica corre-
tamente a disjunção.

CAPÍTULO 2 Deve-se indicar o estudo da disjunção.

Para Conferir 3. D

1. B Sabemos que o valor lógico “p” é falso e o valor lógico de “q” é ver-
dade.
a. Verdadeira. A disjunção é verdadeira se uma das proposições é

(
verdadeira nesse caso, 3 = 3 .
7 7 ) Considerando a alternativa A:

O valor lógico da conjunção entre “p” e “q”, que é a conjunção “F” e


O aluno que julga como falsa não associa que o símbolo ≥ (maior ou “V”, resulta falso.
igual) é uma disjunção, ou ainda desconhece em quais condições a
disjunção é verdadeira. Considerando a alternativa B:
Deve ser enfatizado que os símbolos ≥, ≤ indicam disjunções e em O valor lógico da disjunção entre “p” e “q”, que é a disjunção “F” ou
quais casos ela é falsa. Fazer ou refazer exercícios cujo tema central V”, resulta verdadeiro.
seja a disjunção.
Considerando a alternativa C:
b. Falsa. A conjunção e é falsa se uma das proposições é falsa (nesse
caso, –5 > –1). O valor lógico do condicional entre “p” e “q”, que é o condicional “F”
e “V”, resulta verdadeiro.
O aluno que julga como verdadeira não domina as condições para
as quais a conjunção é falsa. Considerando a alternativa D:

Deve ser enfatizado em quais condições a conjunção é verdadeira. O valor lógico do bicondicional entre “p” e “q”, que é o bicondicional
Fazer ou refazer exercícios cujo tema central seja a conjunção. “F” e “V”, resulta falso.

c. Verdadeira. O condicional só não é verdadeiro se a primeira pro- a. Incorreta. Marca-se esta alternativa se o aluno não aplica correta-
posição é verdadeira e a segunda é falsa (nesse caso, ambas são mente a conjunção.
verdadeiras). O aluno que julga como falsa desconhece as condi-
Deve-se indicar o estudo da conjunção.
ções para que o condicional seja verdadeiro.
b. Incorreta. Marca-se esta alternativa se o aluno não aplica corre-
Deve ser enfatizado em quais condições o condicional é falso. Fazer
tamente a disjunção.
ou refazer exercícios cujo tema central seja o condicional.
Deve-se indicar o estudo da disjunção.
d. Verdadeira. O bicondicional é verdadeiro se ambas as proposi-
ções são verdadeiras ou falsas. c. Incorreta. Marca-se esta alternativa se o aluno não aplica correta-
mente o condicional.
Devem ser enfatizadas as condições para que o bicondicional seja fal-
so. Fazer ou refazer exercícios cujo tema central seja o bicondicional. Deve-se indicar o estudo do condicional.
2. D Módulo 5
Como V(p ↔ q) = F e, pela definição, p ↔ q possui o valor lógico Exercícios Extras
verdadeiro (V), se ambas as proposições forem verdadeiras ou se
ambas as proposições forem falsas, e possui o valor lógico falso (F)
4. A
nos demais casos, assim, temos duas combinações:
Sejam as proposições:
1. V(p) = F e V(q) = V
p: Alguns médicos assumem também a função de técnico de labo-
2. V(p) = V e V(q) = F ratório.
Como V(t ∧ q) = V e, pela definição possui o valor lógico verdadeiro Isso significa dizer que é possível ter indivíduos que são médicos,
(V) se ambas as proposições forem verdadeiras, temos que V(t) = V e apenas, e indivíduos que são médicos e também são técnicos de
V(q) = V. Logo, a combinação (1) é a que satisfaz. Portanto, os valores laboratório.
lógicos são:
q: Os recepcionistas não são médicos, mas alguns também são téc-
V(p) = F, V(q) = V e V(t) = V nicos de laboratório.

a. Incorreta. Marca-se esta alternativa se o aluno não aplica corre- r: Todos os expedidores de exames são também recepcionistas.
tamente a disjunção. Isso significa dizer que podemos ter três possíveis situações:
Deve-se indicar o estudo da disjunção. 1a situação: Os expedidores de exames são formados por todos os
recepcionistas.
b. Incorreta. Marca-se esta alternativa se o aluno não aplica correta-
EM-L1-11I-22

mente o bicondicional. 2a situação: Os expedidores de exames são formados por técnicos


de laboratório e por recepcionistas.
Deve-se indicar o estudo do bicondicional.

172

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3a situação: Os expedidores de exames são formados somente por A negação da conjunção “p ou q” é obtida por meio da proposição
alguns recepcionistas que não são técnicos de laboratório. “¬p e ¬q”, que resulta em:
Alternativa B é falsa de acordo com a 3a situação, pois existe a pos- ¬p: não vou para a Colômbia
sibilidade de recepcionistas que não são técnicos de laboratório.
¬q: não participarei de um congresso
Alternativa C é falsa de acordo com a 2a situação, pois existe a pos-
sibilidade de técnicos de laboratório que não são expedidores de Exercícios Propostos
exames.
6. C 10. C 14. D
Alternativa D é falsa de acordo com a 2a situação, pois existe a pos-
sibilidade de expedidores de exames que não são técnicos de la- 7. B 11. E 15. C
boratório.
8. C 12. D 16. A
Alternativa E é falsa, pois existem técnicos de laboratório que não
são médicos nem recepcionistas. 9. A 13. B 17. D

Habilidade 18.

Utilizar os conceitos básicos de uma linguagem de programação na b.


implementação de algoritmos escritos em linguagem corrente e/
ou matemática. Interruptor 1 Interruptor 2 Lâmpada
5. O exercício sugere que "se todo professor possui nível superior V V acesa
e José é professor", então, como conclusão, temos que José possui
nível superior. V F apagada

Exercícios Propostos F V apagada

6. A 10. B 14. A F F apagada

7. A 11. D 15. C c.

8. B 12. D 16. C
Interruptor 1 Interruptor 2 Lâmpada
9. A 13. D 17. E
V V acesa
Módulo 6
V F acesa
Exercícios Extras
F V acesa
4. E
F F apagada
Como as proposições são verdadeiras, temos:
P4: Helena sai de casa e Fábio não pode jogar bola.
d.
V(Helena sai de casa) = V, então V(Helena não sai de casa) = F
V(Fábio não pode jogar bola) = V, então V(Fábio pode jogar bola) = F Interruptor 1 Interruptor 2 Interruptor 3 Lâmpada
P1: Se Marcelo acorda cedo, então Helena não sai de casa.
V V V acesa
Como V(Helena não sai de casa) = F, então V(Marcelo acorda cedo) = F
V V F acesa
P5: Marcelo acorda cedo ou Fernanda faz o almoço.
Como V(Marcelo acorda cedo) = F, então V(Fernanda faz o almoço) = V V F V acesa

P2: Se Helena não sai de casa, então Marina vai para a escola. V F F acesa
Como V(Helena não sai de casa) = F, então V(Marina vai para a es- F V V acesa
cola)= F
F V F acesa
P3: Se Marina vai para a escola, então Fábio pode jogar bola.
Como V(Fábio pode jogar bola) = F, então V(Marina vai para a escola) = F F F V acesa
matemática

Habilidade F F F apagada

Utilizar os conceitos básicos de uma linguagem de programação na


implementação de algoritmos escritos em linguagem corrente e/ou O circuito em série é comparável com a conjunção, que só é verda-
matemática e suas tecnologias

matemática. deira se todos forem verdadeiros.

O circuito em paralelo é comparável com a disjunção, que só é falsa


5. C se todos forem falsos.
Sejam as proposições: 19. Considerando-se o maior conforto para a pessoa usará o dormi-
tório, recomenda-se o circuito em paralelo, pois esse permite que a
p: Vou para a Colômbia
EM-L1-11I-22

lâmpada esteja acesa se, pelo menos, um dos interruptores estiver


q: participarei de um congresso na posição ligado. Assim, a pessoa pode acender a lâmpada ao en-
trar no quarto e apagá-la quando estiver na cama, por exemplo.

173

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RESPOSTAS

20.

1a Casa 2a Casa 3a Casa 4a Casa 5a Casa


Cor Amarela Azul Vermelha Verde Branca
Nacionalidade Norueguês Dinamarquês Inglês Alemão Sueco
Bebida Água Chá Leite Café Suco
Prato preferido Lasanha Sopa Sanduíche Almôndega Arroz e feijão
Animal Gatos Cavalos Pássaros Peixes Cachorros

CAPÍTULO 3 3. B

Para Conferir O número de linhas de uma tabela verdade é igual a 2n, onde n é o
número de sentenças (proposições) simples que formam a senten-
1. A ça composta. Sendo três o número de proposições simples, então
23 = 8 será o número de linhas da tabela verdade.
Se (r ∧ q ) = V, temos que r = V e q = V, pois a conjunção é verdadeira
se as proposições são simultaneamente verdadeiras; a. Incorreta. Assinala essa alternativa quem aplica erradamente a
regra 2n, fazendo n2. Indica-se rever a teoria e refazer os exercícios
Se (p ↔ q) = F e q = V, temos que p = F, pois a bicondicional é falsa
do módulo 7.
se as proposições possuem valores lógicos distintos.
c. Incorreta. Assinala essa alternativa quem interpreta linhas
Concluímos que p = F; q = V e r = V. Portanto (p ∨ q) = (F ∨ V) = V e
como colunas e, ao construir a tabela verdade, verifica que ela
(r → q) = (V → V) = V.
possui 7 colunas. Indica-se rever a teoria e refazer os exercícios
b. Incorreta. Assinala essa alternativa quem interpreta incorreta- do módulo 7.
mente que, para a conjunção ser verdadeira, p e q devem ter valores
d. Incorreta. Assinala essa alternativa quem comete um erro de po-
lógicos contrários concluindo equivocadamente r = V e q = F. Indica-
tenciação, fazendo 23 = 2 ∙ 3 em vez de 2 ∙ 2 ∙ 2. Indica-se uma breve
-se o estudo novamente desse módulo, refazendo os exercícios que
revisão em potências de expoente natural.
utilizam a conjunção, pois se trata de erro conceitual.
e. Incorreta. Assinala essa alternativa quem não percebe que são
c. Incorreta. Assinala essa alternativa quem interpreta incorreta-
três (e não duas) as proposições simples envolvidas. Indica-se rever
mente que o conectivo “∨” é o da disjunção exclusiva. Indica-se
a teoria e refazer os exercícios do módulo 7.
o estudo novamente desse módulo, refazendo os exercícios que
utilizam a disjunção e/ou disjunção exclusiva, pois se trata de erro Módulo 7
conceitual.
Exercícios Extras
d. Incorreta. Assinala essa alternativa quem interpreta incorreta-
mente que, para a conjunção ser verdadeira, p e q devem ter va- 4. D
lores lógicos contrários, concluindo equivocadamente r = V e q = F;
também conclui erradamente que o conectivo “∨” é o da disjunção A sentença é formada por duas proposições simples. Logo, deve-
exclusiva. Indica-se o estudo novamente desse módulo, refazendo rá ser construída uma tabela com 22 = 4 linhas a serem preenchi-
os exercícios que utilizam a conjunção, disjunção e/ou disjunção ex- das. A sequência das colunas será composta por: p; q; ¬p; p → q;
clusiva, pois se trata de erro conceitual. (p → q) ↔ ¬p

2. D
p q ¬p p→q (p → q) ↔ ¬p
Dos 4 valores lógicos possíveis de p → q, há somente 1 valor lógico
falso se p = V e q = F. Portanto sua negação terá somente 1 valor V V F V F
lógico verdadeiro e 3 valores lógicos falsos.
V F F F V
a. Incorreta. Assinala essa alternativa quem não conhece os valores
lógicos das proposições e acha que o símbolo de negação significa
F V V V V
colocar o valor lógico falso para qualquer situação. Indica-se estu-
dar e refazer os exercícios do módulo 7.
F F V V V
b. Incorreta. Assinala essa alternativa quem interpreta a condicio-
nal como a bicondicional. Indica-se novamente o estudo da tabela De acordo com a tabela, a sequência obtida, de baixo para cima, é
verdade com o uso da condicional e da bicondicional, além de refazer F – V – V – V.
os exercícios do módulo 7.
Habilidade
c. Incorreta. Assinala essa alternativa quem se esquece de fazer a
operação negação. Indica-se mais atenção ao ler os enunciados das Utilizar os conceitos básicos de uma linguagem de programação na
questões. implementação de algoritmos escritos em linguagem corrente e/
ou matemática.
EM-L1-11I-22

174

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5. A expressão é composta por duas proposições simples (p e q). Daí a necessidade de se construir uma tabela verdade com 22 = 4 linhas a
serem completadas.

As colunas dessa tabela terão a seguinte sequência: p; q; ¬p; ¬q; p ∧ ¬q; ¬p ∧ q; (p ∧ ¬q) ∨ (¬p ∧ q).

p q ¬p ¬q p ∧ ¬q ¬p ∧ q (p ∧ ¬q) ∨ (¬p ∧ q)
V V F F F F F

V F F V V F V

F V V F F V V

F F V V F F F

Exercícios Propostos

6. C

7. E

8. Como a expressão é composta por três proposições simples, devemos construir uma tabela verdade em que deverão ser preenchidas
oito linhas.

Construindo a tabela verdade, temos:

p q r ¬p q ↔ ¬p r → (q ↔ ¬p) q ∧ (r → (q ↔ ¬p)) p ∨ (q ∧ (r → (q ↔ ¬p)))


V V V F F F F V
V V F F F V V V
V F V F V V F V
V F F F V V F V
F V V V V V V V
F V F V V V V V
F F V V F F F F
F F F V F V F F

9. B

10. Como a expressão é composta por duas proposições simples, devemos construir uma tabela verdade onde deverão ser preenchidas
22 = 4 linhas.

Construindo a tabela verdade, temos:

p q ¬p ¬q p↔q ¬p ∧ (p ↔ q) ¬q ∨ (¬p ∧ (p ↔ q)) p → (¬q ∨ (¬p ∧ (p ↔ q)))


V V F F V F F F
V F F V F F V V
F V V F F F F V
F F V V V V V V

11. D

12. E
matemática

13. E

14. Como o valor lógico de Q: p ∨ q é falso (F), podemos concluir que p e q são, simultaneamente F, pois (F ∨ F) = F.
matemática e suas tecnologias

Portanto:

1. o valor lógico de p é falso, temos: “Anderson não é funcionário do IPERON”.

2. o valor lógico de q é falso, temos: (Osvaldo é técnico → Andrea é supervisora) = F, ou seja, (V → F) = F, isso significa dizer que Osvaldo é
técnico e Andrea não é supervisora.
EM-L2-11I-22

15. A

175

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RESPOSTAS

16. Basta construir a tabela verdade para ¬[(p →(¬q ∨ p)) ↔ (q →(¬p))].

p q ¬p ¬q ¬q ∨ p p →(¬q ∨ p) q →(¬p) (p →(¬q ∨ p)) ↔ (q →(¬p)) ¬[(p →(¬q ∨ p)) ↔ (q →(¬p))]


V V F F V V F F V

V F F V V V V V F

F V V F F V V V F

F F V V V V V V F

17. A
18. Sejam as proposições:
p: choveu
q: Diego foi ao aniversário.

p q ¬p ¬p → q
V V F V
V F F V
F V V V
F F V F
Sabemos que Diego não foi à festa.

Portanto, só interessam a segunda e a última linha de valores lógicos da tabela verdade.

Diego falou a verdade para a segunda linha de valores lógicos. É aqui que a defesa de Diego deve argumentar favoravelmente.

Diego mentiu para a última linha de valores lógicos. É aqui que a acusação de Diego deve trabalhar.

I. Defesa de Diego

Realmente Diego não foi ao aniversário de Alexandre. Mas ele não mentiu quando afirmou ao amigo que, se não chovesse no sábado, ele iria
à comemoração.

Observe que choveu no sábado (V). Dessa maneira, Diego não mentiu, porque ele iria se não chovesse. Portanto, estava livre para viajar no dia
da comemoração do aniversário sem descumprir o prometido.

II. Acusação de Diego

Observe que não choveu e Diego não foi ao aniversário de Alexandre. Observe o (F) na última coluna dessa linha (última). Ele não cumpriu
o prometido. Pois a condição era a de que ele não iria somente se chovesse. Daí, ter ido viajar para outro lugar diferente da chácara onde
Alexandre comemora seu aniversário é um descumprimento do combinado.

19. Nessa atividade, a resolução é a própria competição.

CAPÍTULO 4

Para Conferir

1. D

Queremos fazer a análise da proposição composta:

(p ∧ q) → (¬q ∨ ¬p)

p q ¬p ¬q p∧q ¬q ∨ ¬p (p ∧ q) → (¬q ∨ ¬p)


V V F F V F F
V F F V F V V
F V V F F V V
F F V V F V V

A proposição composta do exercício possui três valores lógicos verdadeiros.


a. Incorreta. Assinala essa alternativa quem confunde a condicional com a bicondicional. Indica-se revisar o conteúdo sobre a construção da
EM-L2-11I-22

tabela verdade da condicional e da bicondicional, além de refazer os exercícios dos módulos 8 e 9.


b. Incorreta. Assinala essa alternativa quem confunde, no enunciado, valores lógicos verdadeiros como valores lógicos falsos. Indica-se maior
atenção nos enunciados dos problemas.

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c. Incorreta. Assinala essa alternativa quem troca a condicional pela bicondicional e ¬q ∨ ¬p por ¬q ∧¬p. Indica-se revisar o conteúdo sobre
a construção de tabelas verdade da condicional e da bicondicional, além de refazer os exercícios dos módulos 8 e 9. É preciso também maior
atenção na tradução dos enunciados da linguagem cotidiana para a linguagem lógica. Para isso, deve-se fazer uma quantidade de exercícios
contextualizados que seja suficiente para ganhar familiaridade nessa tradução.
e. Incorreta. Assinala essa alternativa quem interpreta que a proposição composta é sempre verdadeira e, simplesmente, aplica a regra 2n para
encontrar o número de linhas da tabela. Indica-se rever todo o conteúdo desde o módulo 7 até o módulo 9, além de refazer os exercícios desse
módulo.
2. B

Vamos construir cada uma das tabelas verdade.

I.

p q ¬p ¬q q ∨ ¬q ¬p → (q ∨ ¬q) p →(¬p → (q ∨ ¬q)) ¬(p →(¬p → (q ∨ ¬q)))


V V F F V V V F
V F F V V V V F
F V V F V V V F
F F V V V V V F

A proposição I é uma contradição.

II.

p q q→p (q → p) ∨ q p → (q → p) ∨ q
V V V V V
V F V V V
F V F V V
F F V V V

A proposição II é uma tautologia.


a. Incorreta. Assinala essa alternativa quem se esqueceu do sinal de negação (¬) no início da proposição I. Indica-se mais atenção ao resolver
os exercícios.
c. Incorreta. Assinala essa alternativa quem confundiu os nomes (tautologia por contradição e contradição por tautologia). Indica-se uma
releitura do do tópico 3 da teoria e refazer os exercícios do módulo 11.
d. Incorreta. Assinala essa alternativa quem trocou os valores lógicos da disjunção (∨) pelos da conjunção (∧) na proposição II. Indica-se
retomar os estudos dos conceitos de disjunção e conjunção e suas tabelas verdade.
e. Incorreta. Assinala essa alternativa quem cometeu, simultaneamente, os equívocos citados nas alternativas c e d. Indica-se uma releitura
do tópico 3 da teoria, refazer os exercícios do módulo 11 e a retomada dos estudos dos conceitos de disjunção e conjunção e suas tabelas
verdade.

3. C funcionário fumante costuma faltar ao trabalho.

Sejam F, B e T os conjuntos funcionários fumantes, funcionários a. Incorreta. Assinala essa alternativa quem trocou de posição os
com bronquite e funcionários que costumam faltar ao trabalho, conjuntos F e T. Indica-se a retomada dos estudos de teoria dos
respectivamente. conjuntos, como também uma revisão dos tópicos 4, 5 e 6, além dos
exercícios do módulo 12 e da leitura de exercícios contextualizados.
Assim: F ⊂ B ⊂ T.
b. Incorreta. Assinala essa alternativa quem trocou de posição os
Fazemos então o diagrama representativo dessa situação, com as conjuntos B e F. Indica-se a retomada dos estudos de teoria dos
regiões numeradas. conjuntos, como também uma revisão dos tópicos 4, 5 e 6, além dos
exercícios do módulo 12 e da leitura de exercícios contextualizados.
matemática

d. Incorreta. Assinala essa alternativa quem identificou um diagra-


ma em que a intersecção entre os conjuntos B e T não é vazia, po-
F rém não considerou que B está contido em T. Indica-se a retomada
1 dos estudos de teoria dos conjuntos, como também uma revisão
2
matemática e suas tecnologias

3
dos tópicos 4, 5 e 6, além dos exercícios do módulo 12 e da leitura
B de exercícios contextualizados.
T e. Incorreta. Assinala essa alternativa quem identificou um diagra-
ma em que a intersecção entre os conjuntos F e B não é vazia, po-
rém não considerou que F está contido em B. Indica-se a retomada
dos estudos de teoria dos conjuntos, como também uma revisão
EM-L2-11I-22

dos tópicos 4, 5 e 6, além dos exercícios do módulo 12 e da leitura


Como o conjunto F está contido no conjunto T, temos que todo de exercícios contextualizados.

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RESPOSTAS

Módulo 8 p ∨ q: O pássaro não é azul ou o copo não é de cristal.


Exercícios Extras A negação de p ∨ q é ¬p ∧ ¬q, ou seja: O pássaro é azul e o copo
é de cristal.
4. C
11. Considere, em cada afirmação, p a primeira proposição e q a se-
Para termos a negação verdadeira, devemos ter a afirmação falsa. gunda.
Isso ocorre com a alternativa c.
I. p(V) e q(V) II. p(V) e q(F) III. p(F) e q(F)
Habilidade
As três afirmações são conjunções.
Resolver um mesmo problema utilizando diferentes algoritmos.
Uma conjunção só é verdadeira se os valores lógicos de todas pro-
5. p: Roberto é italiano. posições simples envolvidas são verdadeiras (V).
¬p: Roberto não é italiano. Assim, apenas a afirmação I é verdadeira.
q: Maria não é dentista. Há, então, apenas uma afirmação verdadeira.
¬q: Maria é dentista. 12. D
p ∨ q: Roberto é italiano ou Maria não é dentista. 13. B
A negação de p ∨ q é ¬p ∧ ¬q, ou seja: Roberto não é italiano e 14. B
Maria é dentista.
15. B
Exercícios Propostos
16. E
6. B
17. E
7. I ∨ II equivale a (p ∧ q) ∨ (¬r)

Vamos assim construir a tabela verdade.


Módulo 9
p q r ¬r p∧q (p ∧ q) ∨ (¬r) Exercícios Extras
V V V F V V 4. A
V V F V V V
A bicondicional y ↔ z na linguagem corrente é lida como y se, e
V F V F F F somente se, z. Ou seja:
F V V F F F A Fernanda está com a saúde ótima se, e somente se, a Fernanda
V F F V F V faz exames médicos preventivos anualmente.

F V F V F V Habilidade
F F V F F F Resolver um mesmo problema utilizando diferentes algoritmos.
F F F V F V 5. Trata-se de uma disjunção exclusiva.
A última coluna da tabela é composta por cinco valores lógicos ver- Para responder aos itens, considere:
dadeiros.
p: Ronaldo paga suas dívidas.
8. E
q: Marcela foge do país.
9. D
a. p ∨ q
10. p: O pássaro não é azul.
b. A negação da disjunção exclusiva é a bicondicional. Assim, a ne-
¬p: O pássaro é azul.
gação da frase fica:
q: O copo não é de cristal.
Ronaldo paga duas dívidas se, e somente se, Marcela foge do país.
¬q: O copo é de cristal.
c. p ↔ q
EM-L2-11I-22

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Exercícios Propostos

6. Devemos construir a tabela verdade da seguinte proposição composta:

(p ∨ ¬q) ↔ (q ∧ ¬r)

p q r ¬q ¬r p ∨ ¬r q ∧ ¬r (p ∨ ¬q) ↔ (q ∧ ¬r)
V V V F F V F F
V V F F V V V V
V F V V F V F F
V F F V V V F F
F V V F F F F V
F V F F V V V V
F F V V F F F V
F F F V V V F F

7. A Habilidade

8. Escrevendo em linguagem lógica: p ↔ (¬q ∨ r). Utilizar os conceitos básicos de uma linguagem de programação na
implementação de algoritmos escritos em linguagem corrente e/
A bicondicional é verdadeira se as proposições são simultaneamen- ou matemática.
te verdadeiras ou simultaneamente falsas, e a disjunção é verda-
deira se uma das proposições é verdadeira. Como r = (V), temos (¬q 5. a. ∀x (D(x) → M(x))
∨ r) = (V).
b. ∃x (¬M(x))
Daí vem: p ↔ (¬q ∨ r) = p ↔ (V). Portanto p = (V).
c. “Nem todos” pode ser interpretado como “Existe pelo menos um”.
É possível afirmar que Michel é porteiro de um prédio, mas não po-
∃x (¬D(x))
demos afirmar que Jaqueline é florista.
Exercícios Propostos
9. E
6. Simbolicamente, podemos escrever a sentença da seguinte ma-
10. a. Se hoje é feriado, então hoje eu trabalho. neira:
b. Se hoje é feriado ou hoje eu não trabalho, então hoje eu trabalho. (∀x ∈ ) (∃y ∈ ) | x > y
11. A proposição composta que corresponde à sentença do enun- A negação da sentença na linguagem usual fica:
ciado é q → (¬p).
Para todo y real, existe um real x, tal que x ≤ y.
Assim, temos:
Simbolicamente, com o uso de quantificadores, temos a negação:
p q ¬p q → (¬p)
(∀y ∈ ) (∃x ∈ ) | x ≤ y
V V F F
V F F V 7. E
F V V V
8. C
F F V V
9. E
12. B 14. B 16. A
10. a. ∀(x) (p(x) ∧ q(x))
13. B 15. E 17. E
b. ∃x (q(x))
matemática

Módulo 10 c. ∃x (p(x) ∧ ¬q(x))

Exercícios Extras 11. a. Existem triângulos que não são acutângulos.

b. Todas as crianças possuem altura menor ou igual a 1 metro.


matemática e suas tecnologias

4. E
O quantificador universal aparece nas sentenças abertas em que se c. (∃x) (x2 + x ≥ 0)
deseja provar que ela é verdadeira (ou falsa) para todos os valores
d. (∀x) (x não é divisível por 2)
de sua variável.
12. E 14. C 16. E
Em geral, usa-se o termo “Para todo” para a sua representação.
EM-L2-11I-22

13. E 15. C 17. C


Observe que, na sentença “Qualquer engenheiro de segurança do
trabalho pode participar da auditoria”, todos os engenheiros foram
incluídos, sem exceção.

179

101415254 CO EM VS INFI 22 123 LV 01 MI IMAT PR.indb 179 28/09/2021 10:59


RESPOSTAS

Módulo 11 Habilidade
Exercícios Extras Resolver um mesmo problema utilizando diferentes algoritmos.
4. B 5. Sejam as proposições:
Fazendo a análise de cada alternativa, temos: p: Antônio é velho.
a. Incorreta. É uma condicional. Ela será falsa se a primeira premissa q: Suzana é morena.
for verdadeira e a segunda falsa, portanto não é uma tautologia.
A proposição composta do enunciado pode ser escrita como:
b. Correta. Se p é verdadeira, então ¬p é falsa; se p é falsa, então ¬p
é verdadeira. p e ¬p não podem assumir simultaneamente o valor p → (p ∨ q)
lógico F e, a disjunção só é falsa se as duas proposições são falsas.
Construímos assim, a tabela verdade.
Nesse caso, isso não ocorre. Portanto será sempre verdadeira, ou
seja, é uma tautologia.
p q p∨q p → (p ∨ q)
c. Incorreta. É uma disjunção exclusiva, que pode ser falsa ou verda-
deira dependendo dos valores lógicos de cada premissa. Logo, não V V V V
é uma tautologia. V F V V
d. Incorreta. É uma bicondicional e, ela será verdadeira, somente se F V V V
os valores lógicos de cada uma das premissas forem iguais. Logo, F F F V
não é uma tautologia.
Como a última coluna da tabela, que representa a proposição com-
e. Incorreta. É uma conjunção, e será uma tautologia apenas se os
posta do enunciado, possui apenas valor lógico (V), temos então
valores de cada premissa for “verdadeiro”. Portanto não é uma tau-
que se trata de uma tautologia.
tologia.

Exercícios Propostos

6. Vamos construir a tabela verdade da proposição e, em seguida, fazer a análise dos valores lógicos da última coluna, que corresponde à
proposição composta.

p q r ¬p ¬q ¬r p∨r ¬q ∧ ¬r (p ∨ r) ∧ (¬q ∧ ¬r) ¬p → [(p ∨ r) ∧ (¬q ∧ ¬r)]


V V V F F F V F F V
V V F F F V V F F V
V F V F V F V F F V
V F F F V V V V V V
F V V V F F V F F F
F V F V F V F F F F
F F V V V F V F F F
F F F V V V F V F F

Como a última coluna é composta por valores lógicos (V) e (F), temos que a proposição composta é uma contingência.

7. D

8. D

9. C

10. B

11. Devemos construir a tabela verdade da proposição e verificar que a coluna correspondente a ela possui apenas valores lógicos (V).

p q ¬p ¬q p→q ¬q → ¬p (p →q) ↔ (¬q → ¬p)


V V F F V V V
V F F V F F V
F V V F V V V
F F V V V V V
EM-L2-11I-22

Os valores lógicos da última coluna são todos verdadeiros, portanto a proposição composta é uma tautologia.

180

101415254 CO EM VS INFI 22 123 LV 01 MI IMAT PR.indb 180 28/09/2021 10:59


12. E

13. A

14. A

15. Construindo a tabela verdade, temos:

p q r ¬q p ∧ ¬q p ∧ ¬q → r p →q (p ∧ ¬q → r) ↔ (p → q)
V V V F F V V V
V V F F F V V V
V F V V V V F F
V F F V V F F V
F V V F F V V V
F V F F F V V V
F F V V F V V V
F F F V F V V V

Para ser uma tautologia, não devemos ter a terceira linha de valores lógicos da tabela.

Assim, devem-se impor as condições:

O valor lógico de p deverá ser (F) ou o valor de q deverá ser (V) ou o valor de r deverá ser (F).

16. C

17. B

Módulo 12 5. C
R
Exercícios Extras

4. E T F
3
De acordo com o enunciado, construímos o seguinte diagrama, in-
1
dicando suas regiões por números para facilitar a resolução. 2 4
P
A

Natação

1 5 A figura anterior descreve a situação do enunciado na qual R (Res-


Futebol 3
4 Tênis ponsáveis) está representado pelo retângulo externo, A (Artistas)
pelo retângulo interno e as demais regiões, triangulares, represen-
2
tam T = Trabalhadores, F = Filósofos, P = Poetas. As regiões foram
numeradas para facilitar a resolução.

Analisando as alternativas, utilizando a figura, temos:


Analisando as alternativas, temos: a. Incorreta. As pessoas que estão na região 1 são responsáveis,
a. Incorreta. As pessoas que estão na região 1 ou 2 praticam nata- mas não são artistas.
ção e não praticam tênis. b. Incorreta. As pessoas das regiões 1 e 2 são responsáveis, mas não
matemática

b. Incorreta. As pessoas da região 1 praticam futebol e não praticam são filósofos e não são poetas.
tênis. c. Correta. O conjunto A está contido no conjunto R.
c. Incorreta. As pessoas que estão nas regiões 3 ou 4 praticam as d. Incorreta. Não existem filósofos que sejam poetas.
matemática e suas tecnologias

duas modalidades.
e. Incorreta. Não existem trabalhadores que sejam filósofos.
d. Incorreta. Só as que se encontram na região 3.
Exercícios Propostos
e. Correta. São as que se encontram nas regiões 4 ou 5.
6. D
Habilidade
EM-L2-11I-22

7. E
Resolver um mesmo problema utilizando diferentes algoritmos.
8. A

181

101415254 CO EM VS INFI 22 123 LV 01 MI IMAT PR.indb 181 28/09/2021 10:59


RESPOSTAS

9. C 12. E 15. D Temos aqui dois criminosos (Batista e Daniel), o que é uma contra-
dição.
10. D 13. B 16. B
Logo, Carlos não falou a verdade.
11. B 14. D 17. E
IV. Daniel falou a verdade.
18. A resolução depende da criatividade de cada um. Em seguida,
apresentamos uma possibilidade.
André Batista Carlos Daniel
• Todo nadador é atleta. F F F V
• Todo atleta é saudável. Carlos não é o Batista é o Daniel não é o
Carlos mentiu.
criminoso. criminoso. criminoso.
• Existe atleta que não é nadador.
Observe que, nesse caso, não há contradição. Há um único criminoso
• Existe saudável que não é atleta. (Batista) e quem disse a verdade foi Daniel.
• Nenhum marciano é saudável. CAPÍTULO 5

Para Conferir
Nadador
1. C

Para que tenhamos A ⇒ B, devemos ter o valor lógico de B verda-


deiro, sempre que o valor lógico de A for verdadeiro. Isso ocorre
apenas nas situações II e III.

a. Incorreta. Assinala essa alternativa quem interpreta que A im-


plica em B (A ⇒ B) quando o valor lógico A → B é falso. Indica-se
Marciano a retomada dos estudos do módulo 13 (implicações lógicas) e do
módulo sobre condicional. Indica-se também que os exercícios do
Atleta
módulo 13 sejam feitos novamente.
Saudável
b. Incorreta. Assinala essa alternativa quem interpreta implicação
como sendo tautologia. Indica-se a retomada do módulo que trata de
19. Vamos considerar o valor lógico (V) se a pessoa disse a verdade
tautologia e do módulo 13, que trata das implicações lógicas. Indica-
e o valor lógico (F) se a pessoa mentiu. Temos quatro situações para
-se também que os exercícios do módulo 13 sejam feitos novamente.
analisar.
d. Incorreta. Assinala essa alternativa quem interpreta que B deve
I. André falou a verdade.
ser verdadeiro, apenas se A for verdadeiro. Recomenda-se retomar
os estudos e refazer os exercícios do módulo 13. Também é indica-
André Batista Carlos Daniel do retomar os estudos do módulo sobre condicional. Indicam-se,
além disso, leituras diversas para que o aluno tenha mais facilidade
V F F F na interpretação de enunciados.

Carlos é o Batista é o Daniel não é o Carlos diz a e. Incorreta. Assinala essa alternativa quem entende que duas pro-
criminoso. criminoso. criminoso. verdade. posições compostas são uma implicação lógica. Indica-se a retoma-
da dos estudos de lógica, se possível desde o princípio, para que
isso possa ajudá-lo na percepção das diferenças entre as operações
Além da contradição em relação a Carlos, pois inicialmente Carlos lógicas quando as proposições são colocadas numa tabela-verdade.
mentiu, haverá, nesse caso, dois criminosos (Carlos e Batista), o que
também é uma contradição. 2. A
Logo, André não falou a verdade. Para que não seja necessário fazer as tabelas-verdade de cada al-
ternativa, vamos usar a tabela de equivalências lógicas apresentada
II. Batista falou a verdade. na teoria do módulo 14.

André Batista Carlos Daniel ¬(p ∧ q) ⇔ (¬p) ∨ (¬q) ¬(p ∨ q) ⇔ (¬p) ∧ (¬q) p → q ⇔ ¬p ∨ q
F V F F
Carlos não é o Batista não é o Daniel não é o Carlos diz a ¬p → q ⇔ p ∨ q p → q ⇔ (¬q) → (¬p) ¬(p → q) ⇔ p ∧ ¬q
criminoso. criminoso. criminoso. verdade.
Considere as proposições:
Se Carlos diz a verdade, temos uma contradição pois Daniel será o
criminoso. p: Economizei.
Logo, Batista não falou a verdade. q: Tenho dinheiro para viajar.
III. Carlos falou a verdade. p → q: Se eu economizei, então tenho dinheiro para viajar.

André Batista Carlos Daniel Não é verdade que, se eu economizei, então tenho dinheiro para
viajar: ¬(p → q)
EM-L2-11I-22

F F V F
Carlos não é o Batista é o Daniel é o Carlos diz a Observe, pela tabela, que essa proposição é equivalente a p ∧ ¬q,
criminoso. criminoso. criminoso. verdade. ou seja; “Economizei, mas não tenho dinheiro para viajar”.

182

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b. Incorreta. Assinala essa alternativa quem não percebe as palavras trapositiva com negação. Indica-se fazer novamente a leitura dos
“Não é verdade” da proposição do enunciado e encontra a equiva- conceitos do módulo 15.
lente de p → q. Indica-se maior atenção na leitura e interpretação
dos enunciados. e. Incorreta. Assinala essa alternativa quem entende, equivocada-
mente, que, para se ter uma equivalência entre duas proposições,
c. Incorreta. Assinala essa alternativa quem confunde a disjunção com basta que uma delas seja uma tautologia. Indica-se ler novamente
a conjunção e, em vez de fazer ¬(p → q) ⇔ p ∧ ¬q, interpreta como os conceitos e refazer os exercícios do módulo sobre equivalên-
¬(p → q) ⇔ p ∨ ¬q. Indica-se a retomada dos conceitos de conjun- cias lógicas.
ção e disjunção. Refazer os exercícios do módulo referente à con-
junção e à disjunção. Módulo 13

d. Incorreta. Assinala essa alternativa quem, na proposição do Exercícios Extras


enunciado, interpreta ¬(p → q) como ¬p → q. Indica-se maior
atenção na leitura e na interpretação dos enunciados. 4. Com base na tabela-verdade, vamos mostrar que p → (p → q) é
verdadeira sempre que p → q é verdadeira.
3. C
p q p→q p → (p → q)
Este é um exercício que envolve conceitos teóricos vistos no mó- V V V V
dulo 15. V F F F
F V V V
Sabemos que uma proposição condicional e sua contrapositiva são
equivalentes. Portanto, mostrando que B é a contrapositiva de A, F F V V
fica provado que as proposições A e B são equivalentes. Como p → (p → q) é verdadeira sempre que p → q é verdadei-
ra, está demonstrado que p → (p →q) é uma implicação lógica da
a. Incorreta. Assinala essa alternativa quem confunde o termo con-
proposição p → q.
trapositiva com recíproca. Indica-se fazer novamente a leitura dos
conceitos do módulo 15. Habilidade
b. Incorreta. Assinala essa alternativa quem confunde o termo con- Investigar e registrar, por meio de um fluxograma, quando possível,
trapositiva com inversa. Indica-se fazer novamente a leitura dos um algoritmo que resolve um problema.
conceitos do módulo 15.

d. Incorreta. Assinala essa alternativa quem confunde o termo con-

5. C

Considere as proposições:

p: Clara é alegre.

q: Nestor é feliz.

Do enunciado:

X: Clara não é alegre ou Nestor é feliz. (¬p ∨ q)

Analisando as alternativas, temos:

A: Se Clara não é alegre, então Nestor é feliz. (¬p → q)

B: Se Nestor é feliz, então Clara é alegre. (q → p)

C: Se Clara é alegre, então Nestor é feliz. (p → q)

D: Se Clara é alegre, então Nestor não é feliz. (p → ¬q)

E: Se Clara não é alegre, então Nestor não é feliz. (¬p → ¬q)

Construindo a tabela-verdade envolvendo essas proposições, temos:


matemática

¬p ∨ q ¬p → q q→p p→q p → ¬q ¬ p → ¬q
p q ¬p ¬q
(X) (A) (B) (C) (D) (E)
matemática e suas tecnologias

V V F F V V V V F V

V F F V F V V F V V

F V V F V V F V V F

F F V V V F V V V V
EM-L2-11I-22

Observe que apenas p → q é verdadeira quando ¬p ∨ q é verdadeira.

Logo: X ⇒ C

183

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RESPOSTAS

Exercícios Propostos Habilidade

6. Sejam as proposições: Investigar e registrar, por meio de um fluxograma, quando possível,


um algoritmo que resolve um problema.
p: x = 5
13. D
q: x2 = 25
14. A
Construindo a tabela-verdade, temos:
15. Construindo uma tabela-verdade para as proposições associa-
p q das, temos:
V V
F F p q p→q q→p
Observe que q é verdadeira sempre que p é verdadeira. Logo, trata- V V V V
-se de uma implicação lógica. V F F V
F V V F
Portanto, a sentença é verdadeira e está justificada.
F F V V
7. A
Uma situação possível:
8. E
p → q é verdadeira se q é verdadeira.
9. A
Dessa maneira, temos como válida q ⇒ (p → q).
10. D
Não dirigir implica beber, então não dirija.
11. Considere:
Outra situação possível:
p: Estudo.
q → p é verdadeira se p é verdadeira.
q: Venço.
Dessa maneira, temos como válida p ⇒ (q → p).
A proposição A será escrita por (p ∧ q) → p.
Beber implica não dirigir, então beba.
A proposição B será escrita por (p ∧ q) → q.
16. C
Construindo a tabela-verdade, temos:
17. Na verdade, Rafaela não cometeu erro lógico ao fazer as impli-
cações para resolver a equação. Todas as implicações usadas são vá-
(p ∧ q) → p (p ∧ q) → q
p q p∧q lidas, independentemente do valor de x. O erro de Rafaela é achar
(A) (B) que fazendo isso estaria resolvendo a equação.
V V V V V Veja:
V F F V V
Sendo x – 1 = a e x + 1 = b, temos que a implicação a = b ⇒ a2 = b2
F V F V V é verdadeira.
F F F V V Observe que a recíproca é falsa, ou seja, a2 = b2 ⇒ a = b (F). Mas, se
Observe que B é verdadeiro toda vez que A é verdadeiro. a e b não fossem negativos, a mesma recíproca seria verdadeira.

Logo, B é uma implicação lógica de A, ou seja: A ⇒ B. Quando Rafaela usou implicações na tentativa de encontrar a solu-
ção da equação, ela encontrou apenas os candidatos que poderiam
12. Vamos construir a tabela-verdade com as proposições envol- ser ou não solução da equação.
vidas.
Note que, para resolver a equação, temos que testar os valores can-
didatos encontrados e ver quais servem.
p q r ¬p ¬r q ∧ ¬r
Nesse caso, ao testar x = 0 na equação original, concluímos que sua
V V V F F F solução é vazia:
V V F F V V
S = ∅ ou { }.
V F V F F F
V F F F V F
Módulo 14
F V V V F F
F V F V V V Exercícios Extras

F F V V F F 4. Para mostrar que as duas proposições compostas não são uma


equivalência lógica, basta verificar, por meio de uma tabela-verda-
F F F V V F
de, que elas não possuem os mesmos valores lógicos.
q ∧ ¬r deveria ser verdadeira sempre que ¬p for verdadeira. Obser-
Construindo a tabela-verdade com os elementos envolvidos, temos:
ve que isso não ocorre.
EM-L3-11-22

Logo, a implicação lógica não é válida.

184

101415254 CO EM VS INFI 22 123 LV 01 MI IMAT PR.indb 184 28/09/2021 10:59


p q r ¬p q∨r ¬p → (q ∨ r) q∧r ¬(q ∧ r) ¬(q ∧ r) → p
V V V F V V V F V
V V F F V V F V V
V F V F V V F V V
F V V V V V V F V
V F F F F V F V V
F V F V V V F V F
F F V V V V F V F
F F F V F F F V F

Como [¬p → (q ∨ r)] e [ ¬(q ∧ r) → p] não possuem os mesmos valores lógicos (em destaque na tabela), as proposições compostas não
constituem uma equivalência lógica.

Habilidade

Investigar e registrar, por meio de um fluxograma, quando possível, um algoritmo que resolve um problema.

5. A

Considere as proposições:

p: Pedro distribuiu amor.

q: Pedro colheu a felicidade.

p ∧ q: Pedro distribuiu amor e Pedro colheu a felicidade.

Uma sentença equivalente a p ∧ q é aquela que possui uma tabela-verdade igual a ela.

Portanto, a negação dessa sentença equivalente trará, em sua tabela-verdade, valores lógicos contrários à de p ∧ q.

É o que ocorre em Pedro não distribuiu amor ou Pedro não colheu felicidade, ou seja, ¬p ∨ ¬q.

Veja:

p q ¬p ¬q p∧q ¬p ∨ ¬q
V V F F V F
V F F V F V
F V V F F V
F F V V F V

Outra solução é utilizar o fato de que a negação de p ∧ q é ¬p ∨ ¬q, ou seja, ¬(p ∧ q) ¬p ∨ ¬q.

Exercícios Propostos

6. Considere as proposições:

p: Faça a matrícula.

q: Desista.

Se fizer a matrícula, então não desista: p → ¬q

Não faça a matrícula ou não desista: ¬p ∨ ¬q

Para mostrar que p → ¬q e ¬p ∨ ¬q são equivalentes, devemos provar que (p → ¬q) ↔ (¬p ∨ ¬q) é uma tautologia.
matemática

Construindo a tabela-verdade, temos:

p q ¬p ¬q p → ¬q ¬p ∨ ¬ q (p → ¬q) ↔ (¬p ∨ ¬q)


matemática e suas tecnologias

V V F F F F V
V F F V V V V
F V V F V V V
F F V V V V V

Da tabela-verdade, observa-se que (p → ¬q) ↔ (¬p ∨ ¬q) é uma tautologia.


EM-L3-11-22

Logo, “Se fizer a matrícula, então não desista” é equivalente a “Não faça a matrícula ou não desista”.

185

101415254 CO EM VS INFI 22 123 LV 01 MI IMAT PR.indb 185 28/09/2021 10:59


RESPOSTAS

7. C 8. C 9. E 10. B
11. Considere as proposições:
p: Paulo foi ao banco.
q: Paulo está sem dinheiro.
Se Paulo não foi ao banco, então ele está sem dinheiro: ¬p → q
Se Paulo não está sem dinheiro, então ele foi ao banco: ¬q → p
Para mostrar que essas duas últimas proposições são equivalentes, basta verificar que os valores lógicos de suas tabelas-verdade são
idênticos, ou que (¬p → q) ↔ (¬q →p) é uma tautologia.
Optamos em fazer a resolução para a tautologia da bicondicional.
Construindo uma tabela-verdade, temos:

p q ¬p ¬q ¬p → q ¬q → p (¬p → q) ↔ (¬q → p)
V V F F V V V
V F F V V V V
F V V F V V V
F F V V F F V

Como (¬p → q) ↔ (¬q → p) é uma tautologia, conclui-se que (¬p → q) e (¬q → p) são equivalentes. Portanto, fica provado que “Se Paulo
não foi ao banco, então ele está sem dinheiro” e “Se Paulo não está sem dinheiro, então ele foi ao banco” são equivalentes.

12. C
13. Considere as proposições:
p: Nesse jogo há juiz.
q: Há jogada fora da lei.
Se nesse jogo não há juiz, não há jogada fora da lei: ¬p → ¬ q (I).
Se há jogada fora da lei, então nesse jogo há juiz: q → p (II).
Para mostrar a equivalência, basta mostrar que I ↔ II é uma tautologia.
Construindo a tabela-verdade, temos:

p q ¬p ¬q ¬p → ¬q q→p (¬p → ¬q ) ↔ (q → p)
V V F F V V V
V F F V V V V
F V V F F F V
F F V V V V V
Como (¬p → ¬q ) ↔ (q → p) é uma tautologia, temos que as duas proposições do enunciado são equivalentes.
Habilidade
Investigar e registrar, por meio de um fluxograma, quando possível, um algoritmo que resolve um problema.
14. C
15. Observe que A possui duas proposições lógicas simples e B possui três.
Sendo assim, uma maneira é mostrar que A ↔ B é uma tautologia.
Para não construir uma tabela-verdade com 8 linhas de valores lógicos, podemos observar que em B: r → r tem sempre valor lógico (V).
Uma condicional é sempre verdadeira (tem valor lógico V) quando a segunda proposição é verdadeira.
Assim, [(p → q) → (r → r)] é sempre verdadeira.
Basta agora mostrar que a proposição A é sempre verdadeira para a bicondicional ser, então, uma tautologia e, portanto, A ⇔ B.

p q q→p p → (q → p)
V V V V
V F V V
F V F V
F F V V
EM-L3-11-22

p → (q → p) é uma tautologia, ficando então demonstrado que A ⇔ B.

186

101415254 CO EM VS INFI 22 123 LV 01 MI IMAT PR.indb 186 28/09/2021 10:59


16. D
17. D

Módulo 15
Exercícios Extras
4. E
Considere:
p: Alexandre tem 60 anos de idade.
¬p: Alexandre não tem 60 anos de idade.
q: Alexandre está aposentado.
¬q: Alexandre não está aposentado.
Condicional: Se Alexandre tem 60 anos de idade, então ele não está aposentado, ou seja, p → ¬q.
Contrapositiva: q → ¬p: Se Alexandre está aposentado, então ele não tem 60 anos de idade.
Habilidade
Utilizar os conceitos básicos de uma linguagem de programação na implementação de algoritmos
escritos em linguagem corrente e/ou matemática.
5. Vamos mostrar que (p → q) ↔ (¬q ↔ ¬p) é uma tautologia.
Construindo a tabela-verdade, temos:

p q ¬p ¬q p→q ¬q → ¬p (p → q) ↔ (¬q → ¬p)


V V F F V V V
V F F V F F V
F V V F V V V
F F V V V V V

Como (p → q) ↔ (¬q → ¬p) é uma tautologia, temos que a condicional p → q e sua contrapositiva
¬q → ¬p são proposições equivalentes.

Exercícios Propostos
6. A
7. D
8. D
9. A

10. Considere:

p: O jogo começa às 17 horas.

q: O jogo terminará à noite.

Condicional:

p → q: “Se o jogo começa às 17 horas, então terminará à noite”.

Recíproca:

q → p: “Se o jogo terminará à noite, então começa às 17 horas”.


matemática

Inversa:

¬p → ¬q: “Se o jogo não começa às 17 horas, então não terminará à noite”.
matemática e suas tecnologias

Contrapositiva:

¬q → ¬p: “Se o jogo não terminará à noite, então não começa às 17 horas”.

11. Recíproca: ¬r → (p ∨ q)

Inversa: ¬(p ∨ q) → ¬(¬r) = (¬p ∧ ¬q) → r


EM-L3-11-22

Contrapositiva: ¬(¬r) → ¬(p ∨ q) = r → (¬p ∧ ¬q)

187

101415254 CO EM VS INFI 22 123 LV 01 MI IMAT PR.indb 187 28/09/2021 10:59


RESPOSTAS

12. A Veja:

13. D p q ¬p ¬p ∨ q p→q (¬p ∨ q) ↔ (p → q)


14. D V V F V V V
V F F F F V
15. A
F V V V V V
16. D
F F V V V V
17. Sejam as proposições:
Logo, “A indústria Ki Delícia não produz bebidas gasosas ou a po-
p: A indústria Ki Delícia produz bebidas gasosas. pulação de Paraisópolis é saudável” também pode ser interpretada
como a condicional “Se a indústria Ki Delícia produz bebidas gaso-
¬p: A indústria Ki Delícia não produz bebidas gasosas.
sas, então a população de Paraisópolis é saudável” (p → q).
q: A população de Paraisópolis é saudável.
Sua recíproca q → p é: “Se a população de Paraisópolis é saudável,
¬q: A população de Paraisópolis não é saudável. então a indústria Ki Delícia produz bebidas gasosas”.

Por meio de uma tabela-verdade ou de estudos anteriores de ne- Sua inversa ¬p → ¬q é: “Se a indústria Ki Delícia não produz be-
gação de proposições lógicas, temos que as proposições compostas bidas gasosas, então a população de Paraisópolis não é saudável”.
¬p ∨ q e p → q são equivalentes.
Sua contrapositiva ¬q → ¬p é: “Se a população de Paraisópolis não
é saudável, então a indústria Ki Delícia não produz bebidas gasosas”.

18. Considere as proposições:


p: Flávio gosta de filmes europeus.
q: Lúcia gosta de filmes asiáticos.
r: Gabriela gosta de filmes sul-americanos.
Afirmação de Roberto: Flávio gosta de filmes europeus e Lúcia gosta de filmes asiáticos ou Gabriela gosta de filmes sul-americanos, ou seja, p ∧ (q ∨ r).
Afirmação de Clarice: Flávio gosta de filmes europeus e Lúcia gosta de filmes asiáticos, ou Flávio gosta de filmes europeus e Gabriela gosta
de filmes sul-americanos, ou seja, (p ∧ q) ∨ (p ∧ r).
Como a questão permite usar qualquer recurso aprendido, vamos mostrar que p ∧ (q ∨ r) ↔ (p ∧ q) ∨ (p ∧ r) é uma tautologia.

Construindo a tabela-verdade, temos:

p q r q∨r p∧q p∧r p ∧ (q ∨ r) (p ∧ q) ∨ (p ∧ r) p ∧ (q ∨ r) ↔ (p ∧ q) ∨ (p ∧ r)


V V V V V V V V V
V V F V V F V V V
V F V V F V V V V
V F F F F F F F V
F V V V F F F F V
F V F V F F F F V
F F V V F F F F V
F F F F F F F F V

Como p ∧ (q ∨ r) ↔ (p ∧ q) ∨ (p ∧ r) é uma tautologia, temos que (p ∧ q) ∨ (p ∧ r) é equivalente a (p ∧ q) ∨ (p ∧ r). Logo, as afirmações de


Clarice e Roberto têm o mesmo significado.

19. Do item anterior, temos a seguinte tabela-verdade:

p q r q ∨ r p ∧ q p ∧ r p ∧ (q ∨ r) (p ∧ q) ∨ (p ∧ r)
V V V V V V V V
V V F V V F V V
V F V V F V V V
V F F F F F F F
F V V V F F F F
F V F V F F F F
F F V V F F F F
EM-L3-11-22

F F F F F F F F

I. Posicionamento confirmando que as informações trocadas por Clarice e Roberto são verdadeiras.

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1o discurso: Quantidade de páginas Quantidade de etiquetas vermelhas

As informações trocadas entre Clarice e Roberto são verdadeiras, 5 2


porque conhecendo as preferências cinematográficas de Flávio, Lú-
cia e Gabriela, sei que Flávio gosta de filmes europeus, Lúcia gosta x 30
de filmes asiáticos e Gabriela gosta de filmes sul-americanos.
Assim: 2x = 30 ∙ 5 ⇒ x = 75

2o discurso: A última etiqueta vermelha será colocada na página 75.

As informações trocadas entre Clarice e Roberto são verdadeiras, a. Incorreta. Assinala essa alternativa quem troca as letras A por V
porque, conhecendo as preferências cinematográficas de Flávio, Lú- e V por A, ou seja, a sequência aparece com três vermelhas e duas
cia e Gabriela, sei que Flávio gosta de filmes europeus, Lúcia gosta amarelas. Indica-se maior atenção nos enunciados das questões,
de filmes asiáticos e Gabriela não gosta de filmes sul-americanos. para interpretação correta.

b. Incorreta. Assinala essa alternativa quem interpreta erradamente


3o discurso: o problema, achando que as cores das etiquetas são intercaladas,
ou seja, uma amarela e uma vermelha. Indica-se maior atenção nos
As informações trocadas entre Clarice e Roberto são verdadeiras, enunciados das questões para interpretação correta.
porque conhecendo as preferências cinematográficas de Flávio, Lú- c. Incorreta. Assinala essa alternativa quem interpreta que na 75a
cia e Gabriela, sei que Flávio gosta de filmes europeus, Lúcia não
página, já é início de uma nova sequência. Indica-se maior atenção
gosta de filmes asiáticos e Gabriela gosta de filmes sul-americanos.
nos enunciados das questões para interpretação correta.
II. Posicionamento confirmando que as informações trocadas por
2. B
Clarice e Roberto são falsas.
A primeira linha é uma sequência que vai aumentando de três em
1o discurso:
três. Logo, B = 13. A segunda linha é o quadruplo de seu correspon-
As informações trocadas entre Clarice e Roberto são falsas, porque dente na primeira linha. Logo, A = 10 ∙ 4 = 40 e A – B = 40 – 13 = 27.
conhecendo as preferências cinematográficas de Flávio, Lúcia e Ga-
briela, sei que Flávio não gosta de filmes europeus, Lúcia gosta de a. Incorreta. Assinala essa alternativa quem considera, equivoca-
filmes asiáticos e Gabriela gosta de filmes sul-americanos. damente, que B = 14. Indica-se maior atenção nos enunciados das
questões, para interpretação correta.

2o discurso: c. Incorreta. Assinala essa alternativa quem interpreta que na pri-


meira linha a soma dos valores dos três primeiros retângulos é
As informações trocadas entre Clarice e Roberto são falsas, porque igual à soma dos valores dos dois últimos, encontrando, assim, B
conhecendo as preferências cinematográficas de Flávio, Lúcia e Ga- = 2. Indica-se maior atenção nos enunciados das questões, para in-
briela, sei que Flávio gosta de filmes europeus, Lúcia não gosta de terpretação correta.
filmes asiáticos e Gabriela não gosta de filmes sul-americanos.
d. Incorreta. Assinala essa alternativa quem faz A + B em vez de
A – B. Indica-se maior atenção nos enunciados das questões, para
3 discurso:
o
interpretação correta.
As informações trocadas entre Clarice e Roberto são falsas, porque 3. C
conhecendo as preferências cinematográficas de Flávio, Lúcia e Ga-
briela, sei que Flávio não gosta de filmes europeus, Lúcia não gosta A sequência apresenta os múltiplos de 7 não negativos acrescidos
de filmes asiáticos e Gabriela não gosta de filmes sul-americanos. de duas unidades, ou seja, são os números que, divididos por 7,
deixam resto 2.
(Para esse item há ainda mais duas possibilidades de discurso).
80 = 11 ∙ 7 + 3, ou seja, na divisão de 80 por 7, o resto é 3.
20. Exemplo ou sugestão de resposta:
96 = 13 ∙ 7 + 5, ou seja, na divisão de 96 por 7, o resto é 5.
Grupo (I) propõe:
149 = 21 ∙ 7 + 2, ou seja, na divisão de 149 por 7, o resto é 2.
“Se o feijão é um legume, então o feijão é um vegetal”.
700 = 100 ∙ 7, ou seja, a divisão de 700 por 7 é exatamente 100 (note
Grupo (II) encontra a equivalente: que, nesse caso, o resto é 0).
A contrapositiva da proposição do grupo I, que é equivalente a ela, Logo, 149 pertence à sequência dada.
matemática

será: “Se o feijão não é um vegetal, então o feijão não é um legume”.


a. Incorreta. Assinala essa alternativa quem interpreta que o pró-
Trabalhe também com proposições falsas. ximo número é a soma dos cinco primeiros números da sequência,
que estão destacados no problema. Indica-se maior atenção nos
matemática e suas tecnologias

enunciados das questões para interpretação correta.


CAPÍTULO 6 b. Incorreta. Assinala essa alternativa quem entende que os nú-
meros da sequência são os múltiplos de 7 subtraídos de duas uni-
Para Conferir dades. Indica-se maior atenção nos enunciados das questões para
interpretação correta.
1. D
d. Incorreta. Assinala essa alternativa quem identifica que a se-
O padrão completo fecha-se em 5 páginas (A A A V V). Assim, a cada
EM-L3-11-22

quência aumenta de 7 em 7 e, portanto, deve-se ter um valor múlti-


5 páginas, são usadas 2 etiquetas vermelhas. Como a criança possui plo de 7. Indica-se maior atenção nos enunciados das questões para
30 etiquetas vermelhas, temos por uma regra de três que: interpretação correta.

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RESPOSTAS

Módulo 16 14. O número de quadrados escuros é 192 = 361.

Exercícios Extras 15. E

4. A 16. C

Observa-se que para os algarismos pares da segunda coluna, o crité- 17. C


rio usado é de que eles são duas unidades a menos do que os alga-
rismos pares nas posições correspondentes dos da primeira coluna. 18. a. Observe que cada quadrícula da linha de baixo da tabela
apoia-se em duas quadrículas da linha superior.
Assim, a sequência de algarismos pares na segunda coluna com o
ponto de interrogação será: x4y0z2. O valor de cada quadrícula na linha inferior é a média aritmética en-
tre os valores das duas quadrículas da linha superior que a apoiam.
Para os algarismos ímpares, o critério usado na segunda coluna, é 18 + 20 38
de que eles são os mesmos dos que aparecem na primeira coluna,
Assim, a 13a pessoa gastou, em reais, = = 19 .
2 2
porém colocados em ordem crescente de valores.
36 + 24 + 60 + 18 + 20 + 32 + 28 + 30 + 42 + 39 + 19 + 26 + 30
Observe que os algarismos ímpares da quarta linha e primeira co- b. =
13
luna são 3, 9, 1 e quando colocados em ordem crescente estarão na
404
sequência 1, 3, 9. = ≅ 31,08
13
Assim a sequência de algarismos ímpares na segunda coluna com o
Cada um deverá pagar 31,08 reais.
ponto de interrogação será 1m3n9p.
19. A resposta é pessoal.
Portanto, o número da quarta linha e segunda coluna da tabela é
143092. Veja uma sugestão de defesa para cada tipo de comanda.
Observação: pode haver outros critérios. Defesa de comandas do tipo I
Habilidade As comandas individuais inibem o consumo exagerado de certos
produtos de alguns participantes que, sabendo de antemão que
Identificar a regularidade de uma sequência numérica ou figural valores serão divididos por todos, não se preocupam em selecionar
não recursiva e construir um algoritmo por meio de um fluxograma seus pedidos considerando o valor.
que permita indicar os números ou as figuras seguintes. Por outro lado, ela é mais justa, pois cada um pagará exatamente
5. Sejam os elementos na terceira posição de cada linha, segundo o que consumiu. Se consumiu menos, é justo que pague menos; se
a tabela. consumiu mais, é justo que pague mais.
Defesa de comanda do tipo II
Linha 1 = 1 ∙ 3 = 3
Ao participar de confraternizações entre amigos, o principal objeti-
Linha 2 = 3 ∙ 3 = 9 vo é o da integração, em que valores não materiais se sobrepõem
aos materiais. Por isso, naquele momento, não há a preocupação
Linha 3 = 5 ∙ 3 = 15 em saber quem consumiu mais ou menos. O que importa ali é o
Linha 4 = 7 ∙ 3 = 21 momento.
Outra vantagem desse tipo de comanda é o de cada pessoa refletir
o que vai consumir (de acordo com o preço). É interessante, nesses
Linha n = (2 ∙ n – 1) ∙ 3 casos, treinar o cérebro e perceber a faixa de preço dos alimentos
que os amigos estão pedindo e, num gesto de coerência, tentar se-
Assim: guir o mais próximo deles. Esse é o espírito de uma confraterniza-
ção entre amigos.
Linha 92 = (2 ∙ 92 – 1) ∙ 3 = 549

∴ k = 549
CAPÍTULO 7
Exercícios Propostos
Para Conferir
6. A
1. A
7. A
Considere as premissas:
8. B
P1: Se economizo, então compro um apartamento.
9. D
10. O 18o termo é 1 280. P2: Economizo ou não viajo.

11. A próxima figura é idêntica à primeira. P3: Não compro um apartamento.

12. D Começando por P3, concluímos que “Comprar um apartamento”


tem valor lógico falso. Assim, a condicional “Se economizo, então
13. X = 43 compro um apartamento” tem a segunda proposição, “Compro um
Habilidade apartamento”, com valor lógico falso.
Em P1, a condicional tem valor lógico falso somente se ocorrer V → F.
EM-L3-11-22

Identificar a regularidade de uma sequência numérica recursiva e


construir um algoritmo por meio de um fluxograma que permita Dessa maneira, como a segunda proposição é falsa, a primeira de-
indicar os números seguintes. verá ser falsa também. Assim, não economizo.

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Em P2, temos uma disjunção, em que a primeira proposição, “econo- tamente o raciocínio (II), porém, não entende que, no raciocí-
mizo”, é falsa. A disjunção é falsa somente se ocorrer F → F. Logo, nio (I), utiliza-se uma situação específica para uma conclusão
para que essa disjunção seja verdadeira, devemos ter F → V, ou generalizada. Indica-se a retomada dos estudos dos módulos
seja, não viajo. 17 e 18.

Resumo: Não compro o apartamento; não viajo; não economizo. d. Incorreta. Assinala essa alternativa quem confunde os conceitos
de dedução com indução. Indica-se a retomada dos estudos dos
b. Incorreta. Assinala essa alternativa quem considera, equivoca- módulos 17 e 18.
damente, que a proposição P1 V → F tem valor lógico verdadeiro,
ou seja, “Economizo” tem valor lógico verdadeiro. Como P2 é uma
disjunção e a primeira proposição é verdadeira (conclusão erra-
da), a segunda opção é indiferente, optando então por uma al- Módulo 17
ternativa que tem “Economizo”. Indica-se refazer exercícios que
Exercícios Extras
envolvam a condicional.
4. E
c. Incorreta. Assinala essa alternativa quem não usa o raciocínio
lógico por meio de operadores. Pensa simplesmente que, como o Considere as proposições:
apartamento não foi comprado e pressupõe que viajou, gastou.
Logo, não economizou. Indica-se rever todo o conteúdo de lógica P1: Se Jonas briga com Marta, então Marta vai ao cinema.
e as operações com conectivos e condicionais, além de refazer os
exercícios do módulo 17. P2: Se Marta vai ao cinema, então Carlos fica em casa.

d. Incorreta. Assinala essa alternativa quem considera que, na pro- P3: Se Carlos fica em casa, então Paula briga com Carlos.
posição P1, V → F tem valor lógico verdadeiro, ou seja, “Economi- P4: Paula não briga com Carlos.
zo” tem valor lógico verdadeiro. Confunde em P2 a disjunção com
a conjunção. Portanto como a primeira proposição é verdadeira Começamos a análise do problema pela única proposição simples,
(conclusão errada), a segunda opção precisa ser verdadeira tam- que é a P4.
bém. Indica-se refazer exercícios que envolvam disjunção, conjun-
ção e condicional. Assim, temos que “Paula não briga com Carlos” é verdadeira.

2. D Em P3, temos uma condicional em que a segunda proposição, “Pau-


la briga com Carlos” é falsa, como visto anteriormente.
O argumento (I) é inválido. A conclusão não decorre necessariamen-
te das premissas. Não é porque os professores têm grandes respon- Uma condicional é falsa quando ocorre V → F. Daí, para P3 ser ver-
sabilidades que são membros do parlamento. dadeira, devemos ter a primeira proposição falsa, pois F → F = V.
Assim, “Carlos não fica em casa”.
O argumento (II) é válido. É um argumento válido, porém não é
sólido (a primeira premissa é falsa porque nem todos os animais Em P2, temos uma condicional em que a segunda proposição, “Car-
ladram). los fica em casa”, é falsa, como visto anteriormente. Analogamente
à P3, temos que “Marta não vai ao cinema”.
a. Incorreta. Assinala essa alternativa quem interpreta corretamen-
te o raciocínio (II), porém interpreta errado o raciocínio (I), não con- Em P1, temos uma condicional em que a segunda proposição, “Mar-
siderando que, tendo os professores grandes responsabilidades, ta vai ao cinema”, é falsa, como visto anteriormente. Analogamente
não necessariamente são parlamentares. Indica-se a retomada dos à P3, temos que “Jonas não briga com Marta”.
estudos dos módulos 17 e 18.
Resumindo:
b. Incorreta. Assinala essa alternativa quem interpreta correta-
Paula não briga com Carlos; Carlos não fica em casa; Marta não vai
mente o raciocínio (I), porém interpreta de maneira errada o ra-
ao cinema e Jonas não briga com Marta.
ciocínio (II), não levando em conta que uma premissa falsa pode
levar a uma conclusão válida. Indica-se a retomada dos estudos Habilidade
dos módulos 17 e 18.
Resolver um mesmo problema utilizando diferentes algoritmos.
c. Incorreta. Assinala essa alternativa quem interpreta erradamen-
te os dois raciocínios, não considerando que, tendo os professores 5. Se todo homem usa terno e Reginaldo é homem, uma conclusão
grandes responsabilidades, não necessariamente são parlamenta- para que o argumento seja válido é que “Reginaldo usa terno”.
res e, no argumento (II), não leva em conta que uma premissa falsa
pode levar a uma conclusão válida. Indica-se a retomada dos estu- Exercícios Propostos
dos dos módulos 17 e 18. 6. Pela premissa 1, Regina não mudou de cidade.
matemática

3. C Pela premissa 2, temos uma condicional, em que o segundo valor


O raciocínio (I) é indutivo, pois de situações particulares temos uma lógico é falso, já que pela premissa 1, Regina não mudou de cida-
conclusão generalizada. de. Logo, para que essa condicional seja verdadeira, devemos ter
matemática e suas tecnologias

o primeiro valor lógico falso (na condicional F → F é verdadeiro e


O raciocínio (II) é dedutivo, pois de uma situação geral temos uma V → F é falso).
conclusão de uma situação específica.
Logo, Regina não foi aprovada no concurso.
a. Incorreta. Assinala essa alternativa quem compreende correta-
mente o raciocínio (I), porém não entende que, no raciocínio (II), 7. B
utiliza-se uma situação geral para uma conclusão particular. Indica-
8. B
EM-L3-11-22

-se a retomada dos estudos dos módulos 17 e 18.


9. E
b. Incorreta. Assinala essa alternativa quem compreende corre-

191

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RESPOSTAS

10. Pela premissa 2, sabe-se que Regina não joga basquete. A alternativa a é verdadeira, pois, na região IV, há pelo menos um
elemento.
A premissa 1 é uma disjunção. Uma disjunção só é falsa se ambas
as proposições são falsas. A alternativa b é falsa, pois a região II pode não conter elementos.

Sabemos da premissa 2, que Regina não joga basquete. Assim, o A alternativa c é falsa, pois pode haver pelo menos um elemento em II.
primeiro valor lógico dessa disjunção é falso, o que faz com que o A alternativa d é falsa, pois pode não haver elementos em II.
segundo seja verdadeiro.
A alternativa e é falsa, pois pode haver pelo menos um elemento
Logo, Gabriela joga basquete. na região II.

Uma conclusão para que se tenha o argumento válido é “Gabriela Habilidade


joga basquete”.
Resolver um mesmo problema utilizando diferentes algoritmos.
11. D
5. C
12. Começando por F3, temos que uma conjunção é verdadeira se
ambas as proposições são verdadeiras. As conclusões de a, b e d estão corretas.
Conclusão: Gavião saiu da cidade; Falcão saiu da cidade. A conclusão da alternativa e está errada.
Em F1, temos uma condicional em que a primeira proposição, “Ga- A conclusão da alternativa c, está correta, porém é uma falácia, por-
vião e Falcão saíram da cidade”, é verdadeira. que uma das premissas parte de um pressuposto falso. O correto
A condicional é falsa somente se tivermos V → F. Dessa maneira, seria dizer que a maioria das crianças gosta de balas.
para que ela seja verdadeira, devemos ter a segunda proposição Exercícios Propostos
verdadeira.
6. D – I – I – D
Conclusão: O dinheiro não ficou com Gavião.
7. B 8. A 9. C
Em F2, temos uma condicional em que a segunda proposição, “O
dinheiro ficou com Gavião”, é falsa. Logo, para que essa condicional 10. D – D – I – I
seja verdadeira, a primeira proposição, “Havia um caixa eletrônico
em frente ao banco”, deverá ser falsa também, pois na condicional 11. D
F → F é verdadeiro. 12. C
Conclusão: Não havia um caixa eletrônico em frente ao banco. 13. D – I – D – D – I
Em F4, temos uma disjunção, em que a primeira proposição, “Havia 14. A 15. D 16. C
um caixa eletrônico em frente ao banco”, é falsa. Uma disjunção é
falsa somente se ocorrer F ∨ F. Logo, para que ela seja verdadeira, a 17. Essa questão abrange raciocínio lógico e diagramas de Venn.
segunda proposição, “O dinheiro foi entregue à mulher de Gavião”,
deverá ser verdadeira. Vamos transportar as informações nas regiões de um diagrama de
Venn composto por quatro conjuntos.
Conclusão: O dinheiro foi entregue à mulher de Gavião.
Não é muito usual aparecerem problemas com essa quantidade de
Portanto, fica demonstrado que a proposição é verdadeira. informações, sendo assim um bom exercício para visualizar esse
Habilidade tipo de diagrama.

Resolver um mesmo problema utilizando diferentes algoritmos.


AE CC
13. A 7
0 0
14. A 15. C 16. E 17. D
Módulo 18 11 0
Exercícios Extras 8 2 0
0 4
4. A

Podemos verificar a alternativa verdadeira construindo um diagra-


6
ma de Venn para tal situação. x y
ECO
AP
G A R

AE = 7 + 8 + 11 + 2 = 28
I II V
III IV
CC = 11 + 2 + 4 = 17

Logo, AE − CC = 11.
VI 18. Uma sentença possível é: André foi à festa de Bernardo e Daniel
que foi à festa de Fernando que foi à festa de Bernardo e Elisa
Se alguns A são R, então a região IV contém pelo menos um elemento.
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que foi à festa de Cristina, que como Bernardo, não foi à festa de
ninguém.

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LIVRO DO
ENSINO MÉDIO

1
PROFESSOR

ITINERÁRIO
FORMATIVO

<AADDAA DDAA DDABACCBBACCBBACADCBCABCADAB> MATEMÁTICA


101415254
w w w.co c .co m. b r

101415254 CO EM VS INFI 22 123 LV 01 MI IMAT PR CAPA.indd 1-3 14/09/2021 16:22:08

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