FGB LIVRO 1 Física

LIVRO DO
ENSINO MÉDIO
1
PROFESSOR
FORMAÇÃO
GERAL BÁSICA
É PROIBIDA A VENDA E REPRODUÇÃO DO MATERIAL SEM AUTORIZAÇÃO.

<AADDAA DDAA DDABACCBBACCBBACADCBCABCBAAD> FÍSICA
101415212
w w w.co c .co m. b r
101415212 CO EM 111 INFI 22 111 LV 01 MI DFIS PR CAPA.indd 1-2 03/09/2021 10:04

HORÁRIO SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA SÁBADO
ESCOLA:
DADOS
NOME:
TURMA: NÚMERO:
101415212 CO EM 111 INFI 22 111 LV 01 MI DFIS PR CAPA.indd 4 03/09/2021 10:04

LIVRO DO
ENSINO MÉDIO
1
PROFESSOR
FORMAÇÃO
GERAL BÁSICA
FÍSICA
w w w.co c .com . br
CO EM 111 INFI 22 111 LV 01 MI LCCN PR FRONTS_Vol 02.indd 1 08/09/2021 18:33

SISTEMA COC DE ENSINO
Vice-presidência de Educação Juliano de Melo Costa

Direção editorial de Alexandre Ferreira Mattioli
Educação Básica e Ensino Superior
Gerência de produtos editoriais Matheus Caldeira Sisdeli
Gerência de design Cleber Figueira Carvalho
Coordenação de produtos editoriais Cláudia Dourado Barbosa
Coordenação editorial-pedagógica Felipe A. Ribeiro
Coordenação de design Vanessa Cavalcanti
Coordenação editorial de conteúdo Luiz Molina Luz
Autoria Antônio Sérgio Castro
Editoria responsável Wagner Fonzi
Editoria de conteúdo Jônatas Carrero Bloch, Klaus Nogueira da Silva
Controle de produção editorial Lidiane Alves Ribeiro de Almeida
Assistência de editoria Vanessa Luz e Calil
Preparação e revisão gramatical Ana Lúcia Alves Vidal, Leandro Requena Pereira, Milena Contador Lotto
Organização de originais Luzia Lopez, Marisa Aparecida dos Santos e Silva
Editoria de arte Alexandre Silva, Juan Mariano Baldelomar Gutierrez, Ruddi Carneiro
Coordenação de pesquisa e licenciamento Maiti Salla
Pesquisa e licenciamento ristiane Gameiro, Heraldo Colon Jr., Maricy Queiroz, Paula Quirino,
C
Rebeca Fiamozzini, Sandra Sebastião, Selma Nagano da Silva
Ilustrações Carla Viana, Dayane Cabral, Estúdio K10
Capa e projeto gráfico Equipe Design Pearson (Product Design), APIS Design
Diagramação e arte final Diagrama Soluções Editoriais
Coordenação multimídia Alberto Rodrigues
Produção multimídia Cristian Zaramella
PCP George Romanelli Baldim, Paulo Campos Silva Jr.
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CO EM 111 INFI 22 111 LV 01 MI LCCN PR INICIAIS_21B FIS_VOL 02.indd 2 09/09/2021 20:25

SUMÁRIO
O

F O R M A Ç Ã
A L B Á S I C A
GER
PÁG.
r 21
FÍSICA Seto
9 DOS
C Í C I O S I N TEGRA
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270 E
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CO EM 111 INFI 22 111 LV 01 MI LCCN PR INICIAIS_21B FIS_VOL 02.indd 3 09/09/2021 20:29

U
CONHEÇA SE
LIVRO ELEMENTOS MULTISSEMIÓTICOS
MINISSUMÁRIO
Contém um índice dos Textos verbais, não verbais ou
tópicos da teoria. mistos que dialogam entre
si e procuram contextualizar
o conteúdo do capítulo,
estimulando a reflexão e o debate.
ORGANIZAÇÃO GERAL
ABERTURA DE CAPÍTULO
Estimula o envolvimento
do aluno com os assuntos
apresentados, criando um
espaço amplo e criativo que
introduz o conteúdo de forma
clara e engajadora.
HABILIDADES
Apresenta as habilidades
que serão desenvolvidas
no capítulo.
ORGANIZADOR VISUAL
Estrutura visual que propõe
Suporte teórico textual, organizado em tópicos revisão dos conceitos, das
hierárquicos que oferecem, sempre que possível, categorias e dos nomes
conexões multissemióticas, como citações, apresentados e estudados
fotos, ilustrações, gráficos, quadros, tabelas, no capítulo.
infográficos etc., para enriquecer e potencializar
o desenvolvimento das habilidades previstas.
CO EM 111 INFI 22 111 LV 01 MI LCCN AL INICIAIS.indd 4 08/09/2021 18:30

EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO

Exercícios planejados para serem resolvidos
MÓDULO individualmente, em sala de aula, colocando
Unidade mínima do conteúdo da em prática o conteúdo trabalhado.
programação, tem como função
sistematizar e facilitar a organização
das aulas e de sua revisão. Os
módulos sempre consideram o
desenvolvimento teórico e sua
aplicação em sala de aula, além das
tarefas para casa. Assim, é composto
de um roteiro de estudos e de
atividades organizadas segundo seu
propósito no planejamento da aula.
EXERCÍCIOS EXTRAS
Exercícios para complementar
a aplicação do conteúdo
estudado. É planejado para ser
resolvido, se houver tempo,
durante a aula, ou em casa
como estudo.
EXERCÍCIOS PROPOSTOS PARA CONFERIR

Exercícios de tarefa, reforço Permite ao aluno checar
ou aprofundamento, com rapidamente a aprendizagem
propósitos diferenciados, de conteúdos e conceitos
estes últimos organizados pontuais, porém fundamentais.
na lista Lidere!
Da teoria, leia os tópicos 1, 2 e 4.
Exercícios de: Tarefa Reforço Aprofundamento Lidere!
SEU ESPAÇO
Espaço reservado para anotações,
lembretes e rascunhos.
Seu Espaço

U
CONHEÇA SE
LIVRO
NOTA BIOGRÁFICA
Informações sobre estudiosos
que se destacaram no contexto

1. O QUE É HISTÓRIA?
do conteúdo trabalhado. do primeiro hominídeo até chegar ao Homo sapiens en-
volveu milhões de anos, com inúmeras ocorrências su-
A. Introdução cessivas ao longo do tempo decorrido; a história de um
evento envolvendo certa pessoa pode se estender por al-
A História cumpre um duplo papel no conjunto das
CAPÍTULO 1Ciências Humanas: o de protagonista e o de auxi- guns segundos, com poucas ocorrências nesse ínterim. É
isso: cada evento apresenta uma duração, a qual é im-
NOTA HISTÓRICA
liar. Como ciência, talvez junto com a Filosofia, que é
a ciência mater (mãe, em latim), desempenha o papel portante para a narrativa histórica, para a representação
Informações históricas
de fio condutor de todas as outras ciências nascidas adequada de cada história abordada.
ao longo da relacionadas
caminhada do ser ao humano
conteúdo.
em civilização. No mesmo sentido, o espaço é essencial para a com-
Conheça mais sobre o assunto lendo a resposta à preensão de um acontecimento histórico. O lugar pode
pergunta: O que é História?
NOTA HISTÓRICA informar as condições do episódio. É importante levar
2. O PENSAMENTO MÍTICO Os sofistas
em consideração certas noções de localização, o que re-
No módulo anterior, apresentamos a conceituação tra- quer conhecimento cartográfico, que nos informa a exis-
PARAatenienses
Eram professores de cidadãos IR ALÉM interessados em
dicional de conhecimento, que o delimita como uma aprender a desenvolver discursos convincentes para defen- tência de continentes, montes, rios, mares, oceanos,
relação entre sujeito cognoscente e objeto cognoscível, der suas propostasEm nasseu livro, o historiador
assembleias políticasEdward Hallet Carr introduz a seguin-
de Atenas. arquipélagos etc.
na qual o sujeito apreende intelectualmente o conteú- Mediante remuneração, os sofistas
te reflexão ensinavam
à pergunta retórica
“O que –
é História?”. Leia-a: Identificados tempo e espaço, há outra preocupação: a
CONEXÕES
do do objeto, constituindo uma crença justificada e arte de falar e argumentar com competência. Eles rece-
Quando tentamos responder à pergunta “Que é Histó-
beram críticas severas de Sócrates (470-399 a.C.) e Platão de evitar interpretações anacrônicas dos acontecimentos
verdadeira.
ria?” nossa descompromissados
(427-347 a.C.) que os consideravam resposta, consciente ou inconscientemente
passados, quer dizer, tentar compreender o passado uti-
A. Discussões acerca da noção de verdade reflete verdadeiros.
com a busca de conhecimentos nossa própria Porposição
esse mo-no tempo, e faz VOCABULÁRIO
parte da
lizando valores do presente, prática muito comum, por
nossa resposta a uma pergunta mais ampla: que visão
tivo, foram por muito tempo desprezados pela história da
Segundo essa definição de conhecimento, em que con- Filosofia. Atualmente, porém, recupera-se
nós temos em que vivemos? Explica termos
a contribuição
da sociedade específicos
exemplo, ouque recorrem a certos eventos histó-
em filmes
siste a verdade? A verdade realiza-se na correspon-
poética. De maneira CARR, dos sofistas para o pensamento filosófico.
geral, cada artista naïf Trad.
desenvolvetécnicos dentro estilo,
seudepróprio do contexto ricos para desenvolver sua narrativa de entretenimento.
livre de con-
dência entre sujeito e objeto, isto é, na convergência Edward Hallet. Que é História. de Lúcia Maurício
venções e sem compromisso com o rigor técnico
São Paulo:das
Paz eregras Emassimilação,
acadêmicas. muitas dessas películas que VOCABULÁRIO
retratam o mundo
entre o pensamento e as qualidades essenciais do ob-
O que é a verdade universal? Dizemos sobreque há
Alvarenga.
favorecendo
umaé História, devemos en-
Terra, 1996.
sua
jeto em investigação. Em linguagem direta: a verdade Ao nos questionarmos o que grego na Antiguidade costuma-se destacar a existên-
é a concordância entre intelecto e realidade. verdade universaltender quando existe um histórico
o momento conteúdoem daque compreensão
rea-vivemos, pois ele ajuda a e apropriação.
cia de exércitos formados por
Autodidata:pessoa que
centenas de milhares de
R.M. NUNES/ISTOCKPHOTO
se instrui sozinha, sem
lidade que é identificado compor aracionalmente
nossa explicação porsobre
todostalospergunta, o que pode ser guerreiros quando, na verdade,
ajuda de professores. eram de-
as sociedades
seres PARA
humanos. IR ALÉM
Diferentes
sintetizado seres humanos, utilizando
na constatação de que a História é o reflexo de seu mograficamente pequenas quando comparadas aos dias
Textossua
corretamente e imagens
capacidade
tempo. que
de inter-
observação
Tal percepção e seus compreender
permite-nos re- que são várias atuais. No entanto, tal efeito impacta o filme, prenden-
cursosrelacionam
intelectuais, asassimilam
o assunto
respostas os traços
para essenciaiscom
emquestão.
essa estudo de
do a atenção do espectador, objetivo final desse tipo de
determinado objeto cognoscente. Uma verdade uni-
versal, asportanto,
diferentes áreas do
é a verdade queconhecimento,
deve ser admi-
diversão. Isso, em última instância, dá EXPLORAR
PARA uma visão enga-
A preocupação cultural em escrever
emtoda aplicações do cotidiano e/ouque, a História acompa- nosa do passado a qual pode ser entendida como verda-
UI/SHUTTERSTOCK
tida por a humanidade, uma proposição

independentemente nha dea civilização
circunstâncias ocidental
e períodos desdehis- a Antiguidade. Passou deira por esse mesmo espectador. Conheça obras de
aprofundando o etapas,
assunto. arte naïf.
tóricos, é semprepor várias
verdadeira. evoluindo para uma abordagem cada
vez mais científica
Os sofistas, diferentemente e atrelada
da maioria dos às Ciências Humanas.
filó- Disponível em:
APLICAÇÕES <coc.pear.sn/0yDepZI>.
sofos gregos, rejeitam Nessa direção,
a ideia a compreensão
de que o pensamentodo processo histórico é
humano seja capaz um procedimento
de atingir verdades dinâmico: vai da coleta e análise pelos
universais, Incoerências históricas
indianos chamados de dravidianos, válidas para todos os seres humanos.
historiadores das fontes APLICAÇÕES
A concepção
históricas ao diálogo constante Desenhos animados que lidam com períodos históricos costu-
va a Península Indiana, já cultivavam PARA IR ALÉM de verdade prevalecente entre os sofistas recebe
com as ciências como um todo. Conceitos da as fontes his-
Aoa analisar mam ser amplas fontes de práticas anacrônicas, como ocorre
o que rapidamente se espalhou para denominação de relativismo.
tóricas, é necessário fazê-lodisciplina
com cuidadoaplicados
e método, mes- com Os Flintstones. Uso de automóveis no Paleolítico e a do-
Hoje tão importante para a humanidade, o nú-
Por volta de 2 000 a.C., vindos do in- Esse relativismo se manifesta abertamente no
mero zero foi o último númeromo porquecriado.
natural elas não correspondem fielmente aos eventos mesticação de dinossauros extintos muito antes da existência
ente, os arianos invadiram pelo norte
sofista Protágoras
A criação só ocorreu próximo do passados, de Abdera
século V a.C. (492-422 em
a.C.), situações
espe- humana são algumas das passagens equivocadas do desenho
península. Do confronto das culturas já Com
que são apenas vestígios desse passado que,
ana, nasceu a civilização hindu. Ti-
cialmente
10 algarismos, podemos representar em sua declaração
uma infini-
analisados, de que o ser do
humano cotidiano
possibilitam ao historiador construir um ce- ou e que reforçam esse conceito, exigindo atenção do historiador
dade de números. individual é a medida de todas as coisas, das que em sua análise. Na imagem, é possível perceber ainda outras
gua o sânscrito e como religião o ve-
Para a concepção clássica de conhecimento, o pensamento verdadeiro
nário que procure entenderem esseoutras
mesmo áreas
evento passado.
a reencarnação e em divindades quehumano. são e das que não são. situações anacrônicas, como a unidade familiar e o sedentaris-
reproduz conceitualmente o objeto no intelecto
as da natureza, mas também valores A História é,
O que ele pretendia mostrar com essa observação? então, uma do conhecimento.
representação do passado, é mo representado pela residência, ao fundo.
Hindu uma expressão de memória que envolve um discurso, é
entos humanos.
Dessa forma, uma proposição verdadeira 300discorre
a.C. A esse respeito, é interessante ler o que escreve o
ociedades indianas
sobre o objeto desenvolveram-se
exatamente como ele é, reproduzindo-o historiador da Filosofia a narrativa de algum
Giovanni Reale. evento. Construir tal representa-
le como
do Rioconceito.
Indo. A Emagricultura
sentido irrigada
inverso, uma proposição
Hindu é ção implicade“localizar”
A proposição fundamental Protágoras, o o maior
fato no tempo e no espaço, dizer
de to-
onomia, com destaque
falsa quando se atribui para o cultivo
a algo características500que
a.C. não
quando e onde
dos os sofistas, foi o axioma: “O ele
homemaconteceu.
é a medida Taldeprática permite ao his-
evada,
lhe são algodão e frutas.
imanentes, ou A criação
seja, trata-sede de uma represen-
vino, e omental
artesanato Árabe todas as coisas, toriador
das que sãocompreender
pelo que são, eos valores
das que nãodominantes em deter-
tação que têxtil e de utensí-
não condiz com a realidade do que
900 d.C.
amsefontes de riqueza. O comércio in- são pelo que minado não são”. momento
E por medida doProtágoras
passado deve e compará-lo com os fatos
AF ARCHIVE/ALAMY STOCK PHOTO
pretende conhecer. Árabe

vido com os povos do Oriente Médio, terPintura
entendido naïf presentes
anônima doem
a normalocalizada seu
juízo, cotidiano.
enquanto
no porem
Pelourinho, “coisas”
Salvador, Bahia.
FILOSOFIA
Convém observar, porém, que essa não(Espanha) é a única

os, intensificou a circulação de merca- 1000 d.C deve ter entendido todos os fatos em geral. O axioma
Em relação ao tempo, a explicação histórica remete ao
noção de verdade vigente nos círculos intelectuais.
speciarias. logo tornou-se celebérrimo e foi considerado, e é efeti-
A verdade é tema de intensas discussões Italiano filosóficas, encadeamento de vários acontecimentos em uma linha
ndiana, a estrutura social passou a ser Anotações
CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS
inexistindo consenso entre os estudiosos em torno 1400 d.C. vamente, a magna carta do relativismo ocidental. Com
meio do sistema de castas. A ideia de cas- cronológica que deve ser respeitada para a apresentação
dede sua definição.social fixo, sem mo- o princípio do homem-medida, Protágoras pretendia,
delo organização Atual
ser compreensível. A contagem do tempo é fundamen-
indubitavelmente, negar a existência de um critério ab-
Nada Antiguidade, especificamente
associada na filosofia grega,
EM-L1-41B-22
no caso Índia, diretamente tal em História.

surgiram os primeiros desacordos em torno da con- soluto que discriminasse o ser e oEla podeo verdadeiro
não-ser, ser feita em horas, dias, meses,
Os Flintstones. O desenho animado vale-se de liberdade criativa para
s famílias. O pertencimento a uma casta anos, décadas, séculos, milênios,
é apenasdependendo do evento
Os números fazem parte do legado cultural indiano.
cepção de verdade. No
as concepções da religião hindu. século V a.C., na cidade-Estado e o falso e, em geral, todos os valores: o critério imaginar uma família de classe média na Idade da Pedra Lascada.
de Atenas, os sofistas rejeitaram o pressuposto filosó- relativo, é o homem, objetooda narrativa
homem histórica. A história de transformação
individual.
tico, a Índia Antiga não formou um
o. fico de que existiam
Compreendia verdades
grande númerouniversais
de passíveis de REALE, Giovanni. História da filosofia antiga: das origens à Sócrates.
serem alcançadas
os independentes pelos seres
governados humanos.
por mo- C. América São Paulo: Loyola, 1993. p. 200.
12
ados rajás. Em época de guerra, reu- A chegada do ser humano à América é cercada de
o de um marajá. teorias e controvérsias. O continente americano,
mbém deixaram um vasto legado cul- PARA EXPLORAR
segundo os estudiosos, teria sido povoado entre
que nas ciências (Matemática), Artes 7
Dicas
100 000 a.C. e 10 000 sobre
a.C. Entre linksteorias,
as várias relacionados
a mais ao conteúdo
tura), Arquitetura e Literatura. A reli- aceita é a que diz que os primeiros grupamentos hu-
sto de dogmas e filosofias, era diversi- manos teriam chegadoem estudo
à América com peloo objetivo
Estreito de de possibilitar
destacado o vedismo, o bramanismo, Bering, entre o final
suadoampliação
Período Paleolítico
ou e início do
aprofundamento.
inismo. Neolítico.
ota realizada pelos primeiros humanos que chegaram à América

ALL MAPS
OCEANO GLACIAL ÁRTICO

Estreito de
Bering
o SIBÉRIA
ALASCA
ÁSIA RÚSSIA
OPA MONGÓLIA AMÉRICA

DO
NORTE
6 OCEANO
ARTE
ATLÂNTICO
OCEANO
LINGUAGENS E
CA
PACÍFICO
0°
CO EM
OCEANO 111 INFI 22 111 LV 01 MI LCCN AL INICIAIS.indd 6AMÉRICA 08/09/2021 18:30
ÍNDICO DO
ser humano tenha representa-do-a
GOODGNOM/ISTOCKPHOTO
como podemos observar na imagem
NOTA BIOGRÁFICA 3. TIPOS CELULARES

Matthias Jakob Schleiden Considerando o critério de organização celular, os se-
res vivos podem ser divididos em dois grupos:
Schleiden nasceu em Hamburgo (atualmente, na Alemanha),
em abril de 1804. Estudou na cidade de Heidelberg, onde de- • organismos procariontes: são constituídos de
senvolveu paixão por Botânica. Mesmo com formação acadê- células com organização muito simples, desprovi-
mica em Direito, optou por seguir carreira científica. Estudou das de envoltório nuclear (antigamente chamado
a estrutura de plantas e se tornou professor de Botânica na de carioteca) e têm citoplasma com poucas es-
Universidade de Jena, onde publicou a obra Contribuições à fi- truturas. São exemplos de seres procariontes as Rosa dos ventos.
togênese. No livro, Schleiden presumiu que as diversas partes bactérias e arqueas.
de uma planta eram compostas de células ou partes de uma.
• organismos eucariontes: têm células mais com- A rosa dos ventos contém quatro pontos principais,
Essa noção de que toda forma de vida é constituída por cé-
lulas é considerada um dos primeiros grandes postulados da plexas, com envelope nuclear e grande quanti- chamados de cardeais, separados por ângulos de 90
Biologia. Além disso, o cientista reconheceu a importância do dade de estruturas citoplasmáticas, como mito- graus entre eles: norte (N), sul (S), leste (L) e oeste (O).
núcleo para a divisão celular. Morreu no ano de 1881, na cidade côndrias, retículo endoplasmático, ribossomos, TECNOLOGIA
Há, ainda, as direções chamadas de pontos cola-
de Frankfurt, também na Alemanha. aparelho golgiense etc. Nesse grupo, encontra-
MUNDO DO TRABALHO mos grande diversidade de organismos, que di- Textos que
terais:associam
nordeste (NE), o conhecimento
sudeste (SE), noroeste (NO) e A Linha do Equador divide o planeta em dois
Norte e Sul. A imagem representa o grande m
sudoeste (SO); e os pontos subcolaterais: ENE (leste-

Theodor Schwann
ferem quanto à forma, ao tamanho e ao grau de que simboliza esse paralelo, em Quito, capita
Conexão
Schwann nasceu em 1810, na cidade de Neuss, na Prússia científico ou-nordeste),
complexidade. São exemplos de seres eucarion-
seu produto ao componente
ESE (leste-sudeste), ONO (oeste-noroeste),
(atualmente, na Alemanha). Graduou-se em Medicina pela
transdisciplinar
Universidade de Berlim, onde foi assistente do renomado
tes: protozoários, algas, fungos, plantas e animais. curricular
0SO(oeste-sudoeste), NNOou ao tema. NNE (nor-
(nor-noroeste),
Paralelos são linhas horizontais
-nordeste), SSE (sul-sudeste), SSO (sul-sudoeste).
fisiologista Johannes Peter Müller. Enquanto estudava subs- Há um grupo de seres vivos à parte dessa classifi- videm a Terra de 0 a 90 graus, para
que
tânciasdemonstra
responsáveis pela digestão no estômago, isolou uma cação, em razão de sua organização: os vírus. Trata-se graus para o sul. As linhas horizon
de organismos acelulares, sem metabolismo próprio e
aenzima
aplicação
e a chamou do de pepsina. Durante sua função como
professor na Universidade de Leuven, Bélgica, publicou a que têm apenas organização molecular.
jetadas em relação ao eixo central
ângulo que corresponde à sua latit
conteúdo
obra Pesquisas abordado
microscópicas em acordo com a estrutura e TECNOLOGIA latitude de referência, conhecida co
crescimento dos animais e plantas. Nela, Schwann expande a
pelas profissões,
teoria celular com aos organismos animais.
de Schleiden também APLICAÇÕES Bússola dor. Essa linha divide o planeta e
(hemi = metade), Norte e Sul.
base em suas técnicas
Foi o primeiro a observar que os processos fermentativos das
leveduras eram realizados por seres vivos. Na Universidade
O princípio de funcionamento dos antibióticos baseia-se na A bússola funciona a partir de uma agulha magnetizada que
Assim, a latitude 90 graus, por
diferença entre organismos procariontes e eucariontes. Tais aponta o polo terrestre, auxiliando na identificação dos pontos
edemetodologias.
Liège, Bélgica, o cientista estudou a contração muscular e
medicamentos agem especificamente em estruturas típicas de cardeais e colaterais. Para isso, existe dentro dela uma rosa ponto cuja projeção forma um âng
a estrutura das células nervosas, e foi quem cunhou o termo relação à Linha do Equador, confo
organismos procariontes. Isso afeta unicamente seu metabolis- dos ventos. As bússolas precisam ficar cobertas por vidro ou
metabolismo e elaborou suas definições. Schwann faleceu
mo, sem qualquer efeito sobre as células eucariontes, oferecendo plástico paraáurea
Proporção proteger a estrutura
e o retângulo deda agulha.
ouro gem a seguir.
4. Com o compasso, construa a circun
em 1882, na cidade de Colônia, também na Alemanha.
ação seletiva.
Chama-se retângulo áureo qualquer retângulo ABCD, com a o ponto médio do quadrado, tendo
do segmento traçado anteriorment 80
seguinte propriedade: ao suprimir dele um quadrado, como
LEITURA ABFE, o retângulo restante, CDEF, será semelhante ao retân- 5. Prolongue o lado inferior do quad
ADVENTTR/ISTOCKPHOTO
HAVESEEN/ISTOCKPHOTO
gulo original. circunferência.
O segmento obtido com o lado d
O mistério mais fascinante da vida talvez seja o meio no B a F b C
longamento mencionado Greenwi é o com
wic
wi
qual foi criada tamanha diversidade com base em tão
gulo de ouro.
pouca matéria física. A biosfera (conjunto de todos os
A largura é o lado do quadrado.
ecossistemas da Terra) constitui apenas cerca de 1 parte
ALL MAPS
Latitude
6. Dividindo o comprimento desse r
em 10 bilhões da massa do planeta. Está esparsamente 30 N
ra, verifique a aproximação do resu
distribuída em uma camada de 1 quilômetro de espes- Latitude 70 O
sura de terra, água e ar, que se estende por uma superfí- LEITURA 1,618.
Equador
cie de meio bilhão de quilômetros quadrados. Textos de livros, revistas,
Os vírus são seres acelulares de organização molecular. Graças a esse instrumento, a navegação marítima desenvol-
B
70º 60º 50º
F
1
Se o mundo tivesse o tamanho de um globo comum Sem escala, cores-fantasia. 40º 30º 20º
jornais etc. que apresentam veu-se por séculos, sem que houvesse qualquer outro tipo de
BIOLOGIA
de mesa e sua superfície fosse observada lateralmen- aparato tecnológico e, principalmente, a partir do século XIX, LONGITUDE
HIGHDOG/ISTOCKPHOTO
te à distância de um braço, nenhum traço da biosfera relação direta com o com o uso de um eletroímã, tornou-se ainda mais eficiente e
A E D
seria visível a olho nu. A vida, no entanto, dividiu-se em fácil de ser utilizada.
conteúdo trabalhado.
CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS

milhões de espécies, cada uma desempenhando papel Latitude e longitude
É possível construir uma espiral num retângulo áureo traçan-
único em relação ao todo. a
do-se uma linha seguindo a direção dos quadrados; tal espiral
A marca característica da vida é esta: a luta de uma imensa é denominada espiral áurea.
156
variedade de organismos de peso praticamente despre-
zível por uma quantidade infinitesimal de energia. A vida
opera com apenas 10% da energia solar que chega à super-
a a
fície da Terra, sendo essa parcela fixada pela fotossíntese. A
2
G
2
E
EM-L1-23B-22
WILSON, E. O. Diversidade da vida. São Paulo: 8

Companhia das Letras, 2012. As bactérias e arqueas são procariontes. Os demais organismos celulares
são seres eucariontes. Sem escala, cores-fantasia.
13
C. Grandezas inversamente propor
Essa é uma 1das importantes questões filosóficas em
111
APRENDER SEMPRE 1 2
torno do conhecimento. Por ora, contudo, é imprescin-
APRENDER SEMPRE 1. Em sua condição de seres socioculturais, os seres humanos dível nos 5 APRENDER
determos
3
FAZENDO
no exame do conceito de conhe-
CO EM 01 INFI 12 1B LV 01 MI CHCN PR_23-B.indb 111 21/07/2021 16:54
a. procuram conhecer a realidade. cimento. O Procedimentos
trecho anteriormente simples que
citado reporta-se
Exercícios resolvidos e comentados, b. vivem unicamente de acordo com os instintos. à definição tradicional de conhecimento, que o com-
que possibilitam ampliar a c. desprezam o mundo ao seu redor. preende podem
como uma ser
relaçãorealizados
entre sujeitoem
Essas formas são consideradas estruturas de proporções per-
sala
cognos-
compreensão dos conteúdos. d. permanecem nos limites biológicos da existência. cente
feitas e,epor e/ou
objeto
esse em
cognoscível.
motivo, casa como
extremamente aplicação
agradáveis de se ver.
e. realizam plenamente a generosidade de sua natureza. O que significa sujeito cognoscente? Trata-se do su-
Atualmente,
jeito que conhece
principalmente
imediata
os princípios
na áreaou,
dopelo
doe daconhecimento.
da proporção
designmenos,
áurea são aplicados
é capaz de conhecer
Arquitetura.
Resolução um aspecto
Quando Para
da
construímos professores,
realidade
um em queopode-se
ou mesmo
retângulo aconjunto
razão entredo os real.
Os seres humanos, em sua condição social e cultural, procuram O sujeito do dos
comprimentos conhecimento, então,
lados maior e menor é oaoser
é igual humano.
número de E
conhecer a realidade. oouro,
queestamos
significa
indicar
construindo
laboratórios
objeto umcognoscível?
ou
Trata-seretân-
retângulo denominado do que é
Alternativa correta: A conhecido
gulo de ouro.ou simuladores virtuais.Nesse caso, são
do que se pode conhecer.
diversos os exemplos:
Testes psicológicos eclipse
concluíram lunar,
que esse números,
retângulo mente
é, entre to-
dos, o que mais
humana agrada à vista
e fisiologia humana.
animal, entre outros inúmeros
Proporção áurea e o retângulo de ouro objetos
4. Com o com possibilidade
compasso, de serem conhecidos.
construa a circunferência, cujo centro é
B.Chama-se
Conhecimento: sujeito cognoscente e objeto
retângulo áureo qualquer retângulo ABCD, com a o ponto médio do quadrado, tendo como raio a medida
ARTE cognoscível
seguinte propriedade: ao suprimir dele um quadrado, como do segmento traçado anteriormente.
RAWPIXELIMAGES/DREAMSTIME
ABFE,é,oenfim,
retângulo restante, CDEF, será semelhante ao retân- 5. Prolongue o lado inferior do quadrado até encontrar a Um carro de Fórmula 1, a uma v
O que
Diálogo do conteúdo com as diferentes o conhecimento? No Vocabulário técnico APRENDER FAZENDO
gulo original. expressões no circunferência.
120 km/h, dá uma volta completa
e crítico de filosofia, registra-se o seguinte:
campo da arte visando despertarAtoaB docuriosidade
pensamento
a e provocar
que penetra F e define
b o objeto
C do seu
O segmento
Construindo
longamento
um obtido
retângulo
mencionado
comdeoouro
lado do quadrado e o pro-
é olápis,
comprimento
nos em 4 minutos.
Material: uma folha de papel, um compasso e do
umaretân-
régua
a vontade de descobrir novas relações entre
conhecimento. o conteúdo
O conhecimento perfeito de uma coisa é, gulo de
ou esquadro ouro. Levando em consideração apenas
neste sentido, aquele que, subjetivamente considerado, A largura é o lado do quadrado. de e tempo, se esse automóvel do
apresentado e as diversas manifestações
não deixa nadaartísticas e na coisa conhecida ou
obscuro ou confuso
1. Desenhe um quadrado qualquer na folha (o lado desse
6. Dividindo média para 240 km/h, a volta será d
quadrado ovaicomprimento desse
ser a largura do retângulo
retângulo pela largu-
de ouro).
respectivas linguagens. que, objetivamente considerado, não deixa fora dele na 2. ra, verifique
Marque a aproximação
o ponto médio G dodo resultado
lado inferior com o número
do quadrado.
se a velocidade média baixar para
realidade à qual se aplica. 1,618. de média cai pela metade, de 120 k
3. Trace o segmento de reta que une esse ponto médio a um
o tempo gasto para completar a vo
LALANDE, André. Vocabulário técnico e crítico de filosofia. São Paulo: Bdos vértices do lado superior. F C
Proporção áurea e o retângulo de ouro Martins Fontes, 1999. p.193. 4. Com o compasso, construa a circunferência, cujo centro é
8 minutos.
Com baseretângulo
Chama-se nessa observação,
áureo qualquer se retângulo
alguém ABCD,
afirmarcomque
a o ponto médio do quadrado, tendo como raio a medida
conhece,
seguintepor exemplo,
propriedade: ao asuprimir
informática, somentecomo
dele um quadrado, pode- do segmento traçado anteriormente.
remos A
ABFE,admitir a perfeição
o retângulo desse
restante, CDEF, E
serásaber se nada
semelhante D
que se
ao retân- 5.Cada
Prolongue o lado inferior
área do conhecimento do objeto
tem seu quadrado até encontrar
específico. a
Os elementos
gulo original.
referir a esse tema for ignorado por tal pessoa. Sendo docircunferência.
ecossistema, por exemplo, são objeto de pesquisa dos biólogos.
É possível construir uma espiral num retângulo áureo traçan- O segmento obtido com o lado do quadrado e o pro-
assim,
do-seBparece-nos difícila direção
uma linha seguindo
a
que um indivíduo
dos
F quadrados;
b
possua um
tal espiral
C
a
longamento mencionado é o comprimento do retân-
conhecimento absoluto
é denominada espiral sobre algo.
áurea. gulo de ouro.
A largura é o lado do quadrado.
PARA IRoALÉM
6. Dividindo comprimento desse retângulo pela largu-
OAra, verifique
a a aproximação
conhecimento G
do resultado com o número
e seus aobjetos E b D
1,618. 2 2
8 É indispensável assinalar que um objeto de conhecimento
não
B consiste necessariamente em F algo material e inanima-
C
PRODUCTIONPERIG/DREAMSTIME
do. O próprio ser humano pode ser considerado um objeto

13
C. Grandezas
cognoscível.inversamente
Áreas do saberproporcionais
como a Psicologia, a Antropo-
1 logia e a Medicina procuram, sob diferentes perspectivas,
A 2 E D
1 elaborar conhecimentos sobre os vários aspectos dos se-
SJOERD VAN DER WAL/ISTOCK
5 res humanos. Acrescenta-se, ainda, que muitos estudiosos

É possível construir
3 uma espiral num retângulo áureo traçan-
distinguem os objetos de conhecimento em reais e ideais.
a
do-se uma linha seguindo a direção dos quadrados; tal espiral
FILOSOFIA
Objetos reais são aqueles efetivamente presentes no mundo

é denominada espiral áurea. e percebidos em nossas experiências cotidianas, como os
Essas formas são consideradas estruturas de proporções per- fenômenos naturais. Objetos ideais são exclusivamente pen-
7
ANAS E SOCIAIS APLICADAS
feitas e, por esse motivo, extremamente agradáveis de se ver. sados, existem em suas relações com o intelecto humano,
Atualmente,
Existe osconheça
alguém que princípios
tudoda proporção
sobre áurea são aplicados
informática? como os conceitos
a matemáticos.
a
A G E b D
principalmente na área do design e da Arquitetura. 2 2
8
Quando construímos um retângulo em que a razão entre os Sob esse prisma, a relação de conhecimento se efeti-
CO EM 111 INFI 22 111 LV 01 MI LCCN AL INICIAIS.indd 7 Podemos
comprimentos ainda ampliar
dos lados maior eamenor
constatação dessa de
é igual ao número difi- va na correspondência entre sujeito cognoscível e ob- 08/09/2021 18:31

FÍSICA É PROIBIDA A VENDA E REPRODUÇÃO DO MATERIAL SEM AUTORIZAÇÃO.
S D A N AT UREZA
FORM AÇÃ
O CIÊNCIA NOLOGIAS
C
SICA
GER AL BÁ 1 E SUAS TE
Setor 2
I ntrodução a escalar
CAPÍTULO 1 à cinemátic
PÁG.
MÓDULO 1 e unidades
2 1 G randezas

MÓDULO 2 entífica e ordem de
2 5 Notação
grande
za
ci
MÓDULO 3a escalar –
3 0 ic
Cinemát ásicos
Concei
tos b
ento uniforme (PARTE I)
Movim
CAPÍTULO 2
PÁG.
stan-
MÓDULO 4 escalar: média e in
4 4 Ve
ânea
t
locidade
aços
MÓDULO 5 ção horária dos esp
4 9 MRU – Fu
ÓDULO 6
n
,
M e relativa
5 3 lo c id ad
MRU – Ve ultrapassagens
encont
ros e
CO EM 111 INFI 22 111 LV 01 MI LCCN_FIS 21B_CAP1.indd 9 09/09/2021 20:18

CAPÍTULO
1 INTRODUÇÃO À
CINEMÁTICA ESCALAR
SUMÁRIO
1. Grandezas e unidades12
2. Sistemas de unidades14
3. Potências de dez15
4. Operações com potências de dez16
5. Notação científica e ordem
de grandeza16
6. Referencial17
7. Movimento e repouso17
8. Ponto material e corpo extenso18
9. Trajetória18
10. Deslocamento escalar
e distância percorrida19
HABILIDADES
• Construir questões, elaborar hipóteses, previsões
e estimativas, empregar instrumentos de
medição e representar e interpretar modelos
explicativos, dados e/ou resultados experimentais
para construir, avaliar e justificar conclusões no
enfrentamento de situações-problema sob uma
perspectiva científica.
• Comunicar, para públicos variados, em
diversos contextos, resultados de análises,
pesquisas e/ou experimentos, elaborando
e/ou interpretando textos, gráficos, tabelas,
símbolos, códigos, sistemas de classificação e
equações, por meio de diferentes linguagens,
mídias, tecnologias digitais de informação e
comunicação (TDIC), de modo a participar
e/ou promover debates em torno de temas
científicos e/ou tecnológicos de relevância
sociocultural e ambiental.
• Interpretar textos de divulgação científica que
tratem de temáticas das Ciências da Natureza,
disponíveis em diferentes mídias, considerando
a apresentação dos dados, tanto na forma
de textos como em equações, gráficos e/ou
tabelas, a consistência dos argumentos e a
coerência das conclusões, visando construir
estratégias de seleção de fontes confiáveis de
informações.
10

O
bservando a vista aérea da estonteante Dubai, deparamo-nos com inú-
meras dimensões: desde as grandes alturas dos arranha-céus, com seus
projetos arquitetônicos arrojados, aos minúsculos pontos, quase imper-
ceptíveis, das pessoas que caminham pela orla iluminada da marina, passan-
do pelos pontos luminosos borrados dos carros que se movem pelas pontes e
A VENDA E REPRODUÇÃO DO MATERIAL SEM AUTORIZAÇÃO.

avenidas ou ainda pelos diversos barcos ancorados. Por meio desse exercício
de observação, percebemos a necessidade de parâmetros para comparar essas
JANDALIPHOTO/ISTOCKPHOTO
dimensões. Ao quantificarmos essas medidas da altura dos prédios, do compri-
mento dos carros e barcos e da altura das pessoas, precisamos compreender as
proporções existentes entre elas. Você saberia dizer quantas vezes o compri-
mento de um navio de cruzeiro é maior que o comprimento de um carro? Ou,
ainda, quantas vezes a altura de um desses arranha-céus é maior que altura de
uma pessoa de estatura mediana?
Para conseguir responder a essas e a outras perguntas, é importante com-
preender o significado de cada grandeza, como elas se relacionam e, também,
conhecer os sistemas de medidas utilizados, além dos recursos matemáticos ne-
cessários para representá-las e compará-las, qualitativa e quantitativamente.
É PROIBIDA
FÍSICA CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS
11

1. GRANDEZAS E UNIDADES
SCIENCE HISTORY IMAGES / ALAMY STOCK PHOTO

Para descrever e estudar uma série de fenômenos fí-
sicos, a realização de medidas torna-se extremamente
importante. Tais medidas podem ser obtidas de ma-
CAPÍTULO 1
neira direta, por meio de algum instrumento especí-

fico, ou de maneira indireta, por meio de equações ou

representações geométricas.
No estudo da Física, chamamos de grandeza tudo
o que pode ser medido de forma direta ou indireta.
As grandezas descrevem, qualitativa e quantitativa-
mente, certas propriedades observadas na natureza. Barra de platina, usada como referência para o metro-padrão,
Na imagem de abertura do capítulo, por exemplo, é no Museu de Pesos e Medidas, em Paris, na França.
possível observar um entardecer no mês de agosto em
Dubai, quando as temperaturas chegam aos 40 °C. Nes- A partir de 1983, a definição de metro passou a ser
sa representação da grandeza temperatura, temos um a distância percorrida pela luz no vácuo, durante um
valor que a quantifica – o número 40 –, e uma unidade intervalo de tempo de 1/299 792 458 de segundo. A ve-
de medida – °C – para caracterizá-la qualitativamente.
locidade da luz no vácuo é c ≅ 299 792 458 m/s.
A. Unidades de medida A.2. Medidas de massa

Boa parte das grandezas físicas que utilizamos em Uma das primeiras escolhas para a unidade de mas-
nosso dia a dia pode ser caracterizada por um valor sa ocorreu em 1795, na França. O grama foi definido
numérico, seguido de uma unidade de medida, como como base, sendo o equivalente à massa de um cubo
vimos no exemplo da temperatura em Dubai. Além de água (a 0 °C), cujas arestas mediam um centésimo
disso, a mesma grandeza pode ser representada por de metro, ou seja, um centímetro. Diante das dificul-
diferentes unidades de medida.
dades em lidar com essa massa, tão pequena quando
Para compreender melhor essas unidades de medi- comparada às massas utilizadas no cotidiano, cin-
da, vamos analisar algumas grandezas, consideradas co anos depois, adotou-se um cubo maior de água,
fundamentais. agora com arestas de um decímetro, resultando, as-
sim, em uma unidade de massa mil vezes maior do
A.1. Medidas de comprimento que a do modelo anterior e, consequentemente, em
O comprimento é uma grandeza fundamental da Fí- um novo padrão: o quilograma. Ajustes foram feitos
sica, no campo da Mecânica. Além dele, a massa e o também na temperatura da água, que passou a ser
tempo também são considerados grandezas funda- de 4 °C, equivalente a seu estado estável de maior
mentais nessa área. densidade. Então, em 1799, construiu-se um cilin-
Desde a Antiguidade, o comprimento foi representado dro, composto por irídio e platina, com exatamen-
por várias unidades de medida diferentes, como côvado, te a mesma massa do cubo de água; acondicionado a
pé, braça, jarda, polegada, metro, centímetro, entre outras. mesma temperatura (4 °C), esse cilindro tornou-se o
Com o desenvolvimento e a maior integração das socie- novo padrão, sancionado pela Conferência Geral dos
dades, houve a necessidade de se padronizarem as medi- Pesos e Medidas em 1889.
das de grandezas. No início do século XIV, por exemplo, a
padronização tornou-se específica para cada tipo de ati-
ALEXLMX/ISTOCKPHOTO.COM
vidade econômica e foi motivada, sobretudo, por razões

fiscais da autoridade política de cada região. Naquela
época, a uniformização raramente ultrapassava os limi-
tes das cidades ou do país em que estava sendo utilizada.
Em 1791, na França, foi criado um sistema-padrão para
ser usado no mundo todo: o sistema métrico decimal.
Para a medida de comprimento, inicialmente, utilizou-
-se a distância entre o Polo Norte e o Equador terrestre, e
o metro foi definido como essa distância dividida por 107.
No Museu de Pesos e Medidas, em Paris, há uma
barra de platina, cujo comprimento é de um metro,
EM-L1-21B-22
Protótipo internacional do quilograma, padrão de referência

que serve como referência para o metro-padrão. Cada mundial desde o século XIX – cilindro maciço de platina
país utiliza uma cópia dessa barra para construir, por iridiada com 39 mm de altura e 39 mm de diâmetro, locali-
zado no Departamento Internacional de Pesos e Medidas.
exemplo, as réguas e as trenas.
12

Recentemente, em 2019, em busca de maior precisão
GEOGIF/SHUTTERSTOCK
para essa grandeza, cientistas conseguiram definir
um padrão imutável para o quilograma, em função da
constante de Plank.

A.3. Medidas de tempo
Após séculos de tentativas e erros na história da hu-
manidade, a contagem do tempo aperfeiçoou-se. Par-
tindo das noções de claro e escuro, das quatro esta-
ções do ano, das lunações, do mês lunar, até chegar ao
ano solar, as definições de tempo foram consolidadas Relógio atômico construído na cidade Brunswick, Alemanha.
com base no movimento da Terra. Assim, podemos

Já o relógio atômico, como o modelo construído na
usar as seguintes definições para algumas unidades
cidade de Brunswick, na Alemanha, apresenta um
de tempo: erro de 1 segundo em 2 milhões de anos. Tal precisão
• 1 ano = intervalo de tempo necessário para que a é conseguida com a utilização de vários instrumentos
Terra dê uma volta completa em torno do Sol (mo- trabalhando em conjunto.
vimento de translação);
• 1 dia = intervalo de tempo necessário para que a
PARA IR ALÉM
Terra dê uma volta completa em torno de seu pró-
prio eixo (movimento de rotação). Funcionamento dos relógios atômicos
O ano foi dividido em 12 meses, o dia em 24 horas; Diferentemente dos relógios antigos, que contavam as oscila-
ções completas de um pêndulo, ou dos relógios de pulso, que
cada hora foi dividida em 60 minutos e cada minuto, contam as oscilações produzidas por um cristal de quartzo, os re-
em 60 segundos. Temos, então, que: lógios atômicos contam transições de energia. Essas transições,
1 dia = 24 h = 24 · 60 min = 24 · 60 · 60 s chamadas de hiperfinas, ocorrem entre o estado fundamental
e o primeiro estado excitado dos átomos de césio. O número de
9 192 631 770 transições equivale a 1 segundo, padrão para a
Assim, o segundo foi definido como 1/86 400 do dia.
medida da grandeza tempo.
Em 1967, a definição internacional de tempo passou O primeiro relógio atômico, construído em 1946, tinha como base
a basear-se no relógio atômico de césio; hoje, um se- a contagem de transições hiperfinas do elemento césio 133, e seu
gundo – a grandeza física mais bem medida − equi- erro era de apenas 1 segundo em 300 mil anos. Já o primeiro a ser
comercializado, em 1956, foi o Atomichron NC-2001.
vale a 9 192 631 770 oscilações da frequência de resso-
nância do átomo de césio.
KARENFOLEYPHOTOGRAPHY/SHUTTERSTOCK
Apesar de os graus de complexidade serem eviden-
tes, a grande diferença entre um relógio convencional,
que atende bem a seu propósito, e um relógio atômico
está na precisão.
FRANCKREPORTER/ISTOCKPHOTO
Atomichron NC-2001, primeiro relógio atômico a ser

comercializado, em 1956.
É PROIBIDA
FÍSICA
Com toda essa sofisticação e complexidade, os relógios atô-

micos não permanecem apenas em laboratórios de pesquisas
avançadas. São comercializados, principalmente para compa-

nhias de aviação, que os utilizam para calibrar dispositivos GPS.
Já os relógios atômicos portáteis apresentam custos bem mais
baixos que aqueles utilizados em laboratórios avançados e são
utilizados em satélites e sistemas para a indústria aeronáutica.
Recentemente, a NASA colocou em funcionamento o relógio
Relógio convencional atômico Maser, acoplado ao já existente PHARAO, na Estação
Espacial Internacional (ISS). O conjunto, batizado de ACES, sigla
EM-L1-21B-22
em inglês para Conjunto de Relógios Atômicos Espaciais, apre-

Um relógio convencional apresenta um erro de 1 se- senta erro de 1 segundo a cada 300 milhões de anos.
gundo a cada dia.
13

2. SISTEMAS DE UNIDADES PARA IR ALÉM
Em Paris, em outubro de 1960, um grupo de cientistas Sempre que medimos algo, fazemos uma comparação com um
e pesquisadores, de diversas partes do mundo, ela- padrão. Com a utilização dos sistemas de unidades, podemos ir
borou o Sistema Internacional de Unidades (SI), que além em nossa análise, pois partimos de sete unidades funda-
CAPÍTULO 1
viria a ser o mais utilizado no planeta. Esse sistema mentais: comprimento, massa, tempo – vistas neste capítulo –,
passou a ser adotado no Brasil em 1962 e tornou-se temperatura, corrente elétrica, quantidade de matéria e inten-
obrigatório a partir de 1988, por determinação de uma sidade luminosa – que veremos posteriormente em nosso curso.
resolução do Conselho Nacional de Metrologia, Nor- De maneira geral, podemos representar a maioria das grandezas
malização e Qualidade Industrial, o CONMETRO. É esse em função das unidades fundamentais. Como exemplo, vamos
o sistema que utilizaremos em praticamente todas as analisar a grandeza velocidade, que será vista no próximo ca-
pítulo. No cotidiano, expressamos a velocidade dos veículos
etapas deste curso.
em movimento, utilizando quilômetros por hora (km/h). Logo,
Observe o quadro com a grafia e a simbologia de representamos a grandeza velocidade (v) por meio de duas das
cada uma das grandezas fundamentais. grandezas fundamentais. Veja.
distância
Unidades do SI v=
tempo
Grandeza Unidade Símbolo
Comprimento metro m Para a distância, representamos a grandeza física pela letra L
Massa quilograma kg e para o tempo usamos a letra T. Assim, podemos expressar a
grandeza velocidade como:
Tempo segundo s
L
Além do Sistema Internacional de Unidades, temos [v]= = L ⋅ T −1
T
o Sistema CGS, utilizado apenas por alguns países, in-
Adiante, encontraremos outras grandezas para analisarmos.
cluindo os EUA. Veja o quadro.
Unidades do CGS
Grandeza Unidade Símbolo NOTA HISTÓRICA
Comprimento centímetro cm Medidas na Antiguidade
Massa grama g Uma das medidas mais antigas conhecida pela humanidade
Tempo segundo s é o côvado, usado no Egito por volta de 3 000 anos antes de
Cristo. Essa unidade de comprimento corresponde à distância
No quadro seguinte, temos exemplos de múltiplos e do cotovelo à ponta do dedo médio.
submúltiplos que podem ser utilizados na representa-
ção dessas grandezas.
Múltiplos e
Prefixo Símbolo
Submúltiplos
1018 exa E
10 15
peta P
1012 tera T
10 9
giga G A unidade mais difundida na Antiguidade foi o pé; posterior-
106 mega M
mente, o pé foi dividido em doze partes (polegadas).
Todas as medidas de comprimento eram relacionadas com as
103 quilo k
dimensões do corpo, chamadas de medidas antropométricas
10 2
hecto h (nome derivado do grego anthropos, que significa “humano”,
101 deca da e metrikos, que significa “medição”).
10-1 deci d
10-2 centi c
10 -3
mili m
10-6 micro µ
10 -9
nano n
10-12 pico p
EM-L1-21B-22
10-15 femto f
10-18 atto a
14

As medidas antropométricas eram muito imprecisas. Utilizando o valor de 45 cm para 1 côvado, podemos estimar as
Na tentativa de padronizá-las, muitas vezes, usavam-se as dimensões da arca de Noé e, então, calcular quantos animais
medidas do corpo do rei local; no entanto, quando mudava o caberiam na arca.
rei, as medidas também mudavam. O côvado, por exemplo, Em metros, estima-se que a arca tenha sido construída com
era diferente em cada localidade: no Egito era de ≅ 52 cm, em as medidas de 135 m de comprimento, 22,5 m de largura e

Roma, ≅ 44 cm e, na Grécia, ≅ 46 cm. 13,5 m de altura, por andar. A área total dos 3 pisos é, então,
Os judeus não usavam um valor constante para o côvado − de 9 112,5 m2.
ammâ, em hebraico −, mas ficavam entre o grego e o romano, Agora, é preciso calcular a área média ocupada pelos animais.
com um valor aproximado de 45 cm. Os textos mais antigos da Qual seria um bom animal para referência nesse cálculo?
Bíblia (Velho Testamento) trazem muitas referências a essa an- Existem mais de 5 mil espécies de mamíferos – mais de 2 mil
tiga medida. Em Gênesis, Noé constrói uma arca de 3 andares são roedores; e há quase 10 mil espécies de aves. Assim, usare-
com as medidas de 300 côvados de comprimento, 50 côvados mos um felino, como o gato, encontrando a área média ocupa-
de largura e 30 côvados de altura. da pelos animais de 0,25 m2.
ARTYOM_ANIKEEV/ISTOCKPHOTO.COM
Dividindo a área total pela área média dos animais temos
36 450 animais – ou 18 225 casais, número inferior aos mais de
45 mil animais, somando casais de aves, mamíferos, répteis e
12 m anfíbios, que deveriam ser colocados na arca.
70 m
3. POTÊNCIAS DE DEZ
Além dos múltiplos e submúltiplos observados an-
teriormente, vamos analisar, gradativamente, uma
escala de tamanhos, desde aqueles mais comuns
em nossa vida até distâncias normalmente inima-
135 m gináveis.
10 m 102 m = 100 m 105 m = 100 km 106 m = 1 000 km

AYDINMUTLU/ISTOCKPHOTO.COM
LIBRE DE DROIT/ISTOCKPHOTO.COM
Edifício comum Quadra de cidade Cidade grande Estado

107 m = 10 mil km 109 m = 1 milhão de km 1011 m = 100 milhões de km 1013 m = 10 bilhões de km
MARCELCLEMENS/SHUTTERSTOCK
JOHAN SWANEPOEL/SHUTTERSTOCK
N E O 6 I A M/SHUTTERSTOCK
LIBRE DE DROIT/ISTOCKPHOTO.COM
IGORZH/SHUTTERSTOCK
É PROIBIDA
≅ diâmetro da Terra ≅ diâmetro da órbita da Lua ≅ distância entre a Terra e o Sol ≅ diâmetro do sistema planetário
FÍSICA
(12 700 km) (764 000 km) do Sol

1016 m = 10 trilhões de km 1021 m = 100 mil AL 1025 m = 1 bilhão de AL 1026 m = 10 bilhões AL
IGORZH/SHUTTERSTOCK
SCIENCE HISTORY IMAGES / ALAMY

STOCK PHOTO
LEV SAVITSKIY / SHUTTERSTOCK
EM-L1-21B-22
≅ limite do Sistema Solar ≅ tamanho da nossa galáxia, ≅ distância dos quasares ≅ tamanho do Universo
(um ano-luz AL) a Via Láctea
15

A utilização de potências de dez ajuda-nos não so-
mente com as dimensões muito grandes, mas também APRENDER SEMPRE
com as extremamente pequenas. 1. Com base no valor do diâmetro de cada micro-organismo,
Como exemplo, vamos pensar na distância média represente suas medidas, em metros.
entre a Terra e o Sol, que é de 149 600 000 000 metros. a. Bactéria: 5,0 µm
CAPÍTULO 1
Utilizando potências de 10 para expressar essa dis- b. Vírus: 350 ∙ 10–3 µm

tância, temos: Resolução
D = 149 600 000 000 m a. Bactéria: 5,0 µm = 5,0 ∙ 10–6 m
D = 1 496 · 100 000 000 m b. Vírus: 350 ∙ 10–3 µm = 3,5 ∙ 10–1 ∙ 10–6 = 3,5 ∙ 10–7 m
D = 1 496 · 108 m
D = 1,496 · 1011 m 5. NOTAÇÃO CIENTÍFICA E ORDEM DE GRANDEZA
Com essa reformulação, passamos a representar a
mesma distância com apenas um número (1,496) e uma
A. Notação científica
potência de dez (1011), seguidos de uma unidade de medi- Expressar um número em notação científica é um ar-
da (m). Assim, podemos estabelecer a seguinte fórmula: tifício algébrico, que nos permite analisar de maneira
clara e objetiva a ordem de grandeza que esse número
a ∙ 10n representa. Conforme vimos recentemente, a forma
de um número escrito em potência de dez é:
Em que a é um número real e n é um número inteiro.
a ∙ 10n
Repare que as potências de dez não modificam o va-
lor do número original.
Em que n é um número inteiro e a é um número
Exemplos
real. No entanto, se a estiver compreendido no in-
a. 0,0012 = 0,0012 · 100 = 0,012 · 10–1 = 0,12 · 10–2 = 1,2 · 10–3 tervalo entre um e dez, incluindo o um e excluindo o
b. 15 000 = 15 000 · 100 = 1 500,0 · 101 = 150,00 · 102 = dez (1≤ a < 10), podemos dizer que o número está em
= 15,000 · 103 = 1,5000 · 104 notação científica.
Esses exemplos mostram que podemos movimentar Como exemplo, a medida do diâmetro da Terra,
a vírgula entre as casas de um número, contanto que 12 700 km, em notação científica, é: 1,27 ∙ 104 km.
ajustemos a potência de dez. Para cada vez que move-
mos a vírgula para a esquerda, precisamos somar 1 ao
APRENDER SEMPRE
expoente. Para cada vez que a movemos para a direita,
precisamos subtrair 1 do expoente. 2. Escreva, para as medidas seguintes, os valores equivalentes
+
em notação científica.
← –
→
12,34 = 12,34 · 10 0 = 1,243 · 101 = 123,4 · 10 –1 a. Raio da Terra: 6 400 km
b. Raio do átomo de hidrogênio: 0,000 000 005 cm
c. Massa da Terra: 5 980 000 000 000 000 000 000 000 kg
4. OPERAÇÕES COM POTÊNCIAS DE DEZ d. Comprimento de uma hemácia (célula vermelha): 0,000 006 m
Para realizar operações com números escritos em for- Resolução
ma de potência de dez, basta aplicar as regras apre- a. 6,4 ∙ 103 km
sentadas na sequência. b. 5,0 ∙ 10–9 cm
• Para somar e subtrair: c. 5,98 ∙ 1024 kg
a ∙ 10b ± c ∙ 10b = (a ± c) ∙ 10b d. 6,0 ∙ 10–6 m
Exemplos
a. 7,22 · 104 + 46 · 102 = 7,22 · 104 + 0,46 · 104 = 7,68 · 104 B. Ordem de grandeza
b. 5,13 ∙ 10–3 – 13 ∙ 10–5 = 5,13 ∙ 10–3 – 0,13 ∙ 10–3 = 5,00 ∙ 10–3 Ao trabalharmos com uma grandeza física, nem sem-
pre precisamos usar seu valor com a máxima precisão
• Para multiplicar e dividir: possível. Basta, por vezes, apenas uma estimativa, que
geralmente pode ser representada pela potência que
a ∙ 10b ∙ c ∙ 10d = (a ∙ c) ∙ 10b+d melhor exprime o valor exato. Essa potência de dez
(a ∙ 10b) : (c ∙ 10d) = (a : c) ∙ 10b–d que chamamos ordem de grandeza.
Exemplos Para encontrar a ordem de grandeza de um número,
EM-L1-21B-22
a. 5,0 ∙ 10–3 · 3,0 · 104 = (5,0 · 3,0) · 10(–3 + 4) = 15 · 101 = 1,5 · 102 primeiro, devemos escrevê-lo em notação científica.
b. (12,0 · 105) : (2,0 · 108) = (12,0 : 2,0) · 10(5 – 8) = 6,0 · 10–3 Com o número em notação científica, vamos adotar
a seguinte regra:
16

• Se a < 3,16, a ordem de grandeza será 10n; 7. MOVIMENTO E REPOUSO
• Se a ≥ 3,16, então a ordem de grandeza será 10(n+1).
A escolha de um referencial antes do início de qualquer
Esse é o método da média algébrica, sendo que 3,16 é análise é fundamental, pois todo movimento é relativo.
o valor aproximado da raiz de 10 (média algébrica do Podemos dizer que um corpo se encontra em movimento
intervalo de 100 até 101). quando este muda de posição em relação ao referencial

escolhido. Caso isso não aconteça, podemos concluir que o
APRENDER SEMPRE corpo está em repouso em relação a esse referencial.
São comuns as situações em que um corpo, estando
3. Encontre a ordem de grandeza das medidas seguintes, defi-
nidas por um paisagista para um grande projeto de jardinagem. em movimento em relação a um referencial, encon-
a. Mudas de samambaia: 23 840
tra-se em repouso em relação a outro referencial.
b. Terra adubada: 306 kg Na imagem estroboscópica a seguir, obtida por um
c. Área gramada: 8 835 m2 fotógrafo, podemos observar que a esgrimista muda de
posição, em relação ao solo, da direita para a esquerda.
Resolução
a. 23 840 mudas de samambaia = 2,384 ∙ 104
MASTER1305/SHUTTERSTOCK
Ordem de grandeza = 104
b. 306 kg de terra adubada = 3,06 ∙ 102 kg
Ordem de grandeza = 102
c. 8 835 m2 de área gramada = 8,835 ∙ 103
Ordem de grandeza = 104 m2
4. Um estudante de Biologia observou, ao microscópio, a me-

dida do diâmetro de células complexas e de bactérias. Calcule
a ordem de grandeza da dimensão dessas células utilizando,
como referência, a unidade de medida metro.
a. Célula complexa: 46 µm Imagem estroboscópica
b. Célula de bactéria: 3,5 µm

Resolução
VOCABULÁRIO
a. 46 µm = 46 ∙ 10–6 m = 4,6 ∙ 10–5 m
Ordem de grandeza = 10–4 m Imagem estroboscópica: conjunto de imagens discretas que re-
b. 3,5 µm = 3,5 ∙ 10–6 m presentam posições sequenciais do movimento de um corpo. Tal
imagem é conseguida com a alternância entre iluminação intensa e
Ordem de grandeza = 10–5 m
nenhuma iluminação, mantendo-se o diafragma de uma máquina
fotográfica aberto durante certo intervalo de tempo.
Observação: existem outros métodos, dentre os Esgrimista: quem pratica o esporte da esgrima. A esgrima é um
quais podemos destacar aquele que utiliza o número esporte de combate com florete, sabre ou espada.
5,0 no lugar do 3,16. Como a ordem de grandeza é um
valor aproximado, não existem critérios rigorosos Podemos analisar os movimentos da Terra e da Lua
para sua determinação; no entanto, neste material, utilizando referenciais diferentes.
optamos pelo método da média geométrica, pois ele Observe as imagens a seguir.
é adotado pela maioria dos vestibulares. Para um astronauta observando a Terra da super-
fície da Lua, nosso planeta move-se em relação à Lua,
pois muda de posição à medida que o tempo passa, en-
6. REFERENCIAL
quanto ele está parado na superfície lunar. Nesse caso,
Ao estudarmos o movimento dos corpos em geral, é o referencial de observação é a Lua.
É PROIBIDA
FÍSICA
necessário escolhermos um ponto de referência deter-

PEEPO/ISTOCK
minado para essa análise. Isso não significa que não

podemos escolher outro ponto para esse estudo. O im-

portante é que, feita nossa escolha, a análise em an-
damento tenha sempre o mesmo ponto de referência
como padrão.
A esse ponto chamamos referencial, e toda e qual-
quer análise feita com base nele deve nos considerar
como os observadores colocados nesse ponto. Caso de-
EM-L1-21B-22
terminada situação não indique ou especifique o refe-

rencial a ser adotado, é fundamental que você o escolha,
antes de iniciar qualquer análise.
17

Para uma pessoa que observa a Lua da superfície Na imagem a seguir, contudo, a dimensão dos carros
da Terra, nosso satélite natural está em movimento, estacionados não é desprezível em relação à delimita-
pois muda de posição à medida que o tempo passa, en- ção das vagas que eles ocupam. Nesse caso, os carros
quanto essa pessoa está parada na superfície terres- são considerados corpos extensos.
tre. Neste caso, a Terra é o referencial de observação.
CAPÍTULO 1
DIY13/ISTOCKPHOTOS
ZOFF/SHUTTERSTOCK
É fato que a Lua, satélite natural da Terra, movimen- PARA EXPLORAR

ta-se ao redor de nosso planeta, assim como a Terra se
movimenta ao redor do Sol. Essas afirmações fazem Leitura do texto “Do ponto à loucura”
parte do conhecimento humano desde os estudos cien- GLEISER, Marcelo. “Do ponto à loucura”. Folha
tíficos de Copérnico e Galileu. Adiante esse assunto será de S.Paulo.
retomado em nosso curso. Disponível em: <coc.pear.sn/pck2CV0>.
Neste momento, o mais importante é ressaltar que
não existem estados de movimento absolutos ou de re-
pouso absoluto.
9. TRAJETÓRIA
8. PONTO MATERIAL E CORPO EXTENSO Ao longo de um movimento, um corpo ocupa inúmeras
Para uma caracterização adequada de um movimento posições no espaço. Um veículo que se desloca de uma ci-
qualquer, precisamos avaliar se as dimensões dos cor- dade a outra por meio de uma rodovia, por exemplo, passa
pos podem interferir na análise. Se as dimensões do por inúmeras placas de sinalização de quilometragem.
corpo analisado forem praticamente desprezíveis em Em condições normais, não é comum veículos deixa-
relação às distâncias que ele percorre, será denomina- rem marcas de pneu no asfalto, a não ser quando preci-
do ponto material. Se suas dimensões não forem des- sam frear bruscamente e com grande intensidade.
prezíveis em relação às distâncias que percorre, será
denominado corpo extenso. É importante destacar Na imagem seguinte, observando as marcas de
que um corpo pode ser considerado ponto material em pneu deixadas no asfalto, conseguimos identificar o
uma situação e corpo extenso em outra. caminho percorrido por um veículo durante uma frea-
da desse tipo. Essas marcas representam a trajetória
Observe as imagens seguintes.
realizada pelo veículo durante a freada.
Na vista aérea da ponte estaiada, localizada na cidade
de São Paulo, a dimensão dos carros que se deslocam
SUBJOB/ISTOCKPHOTOS
por ela é praticamente desprezível. Logo, os carros são

considerados pontos materiais.
GUSTAVOFRAZAO/ISTOCKPHOTOS
EM-L1-21B-22
Em outras palavras, definimos o conceito de trajetória

como o conjunto de posições ocupadas por um corpo ao
longo de determinado tempo. Além disso, e com base no
18

que vimos acerca dos referenciais, podemos concluir que
EDINALDO MACIEL/SHUTTERSTOCK
um movimento pode apresentar inúmeras trajetórias di-
ferentes, dependendo do referencial adotado.
Exemplo
Um avião que se move horizontalmente, com veloci-

dade constante, lança uma bomba, conforme mostra a
figura seguinte.
Placa de trânsito sinalizando a quilometragem de uma rodovia.
Nas rodovias, os departamentos de trânsito usam pla-

cas, conhecidas como marcos quilométricos, para identifi-
car a distância de pontos específicos em relação à origem
da rodovia. Nesses casos não se usam sinais positivos ou
negativos, mas sim as orientações norte e sul.
A variação de espaço de um corpo não deve ser con-
fundida com a distância percorrida por ele. A variação
de posição representa o comprimento do arco entre duas
posições, medido na trajetória descrita, entre determi-
Sob a perspectiva do piloto e desprezando a resistência nados instantes. Já o conceito de distância percorrida
do ar sobre o artefato, a bomba seguirá uma trajetória ver- representa, conforme seus termos indicam, a distância
tical em relação ao avião. Enquanto para um observador efetivamente percorrida pelo corpo entre esses instantes;
fixo na Terra, com visão perpendicular ao plano do avião, havendo mudança no sentido do movimento, a variação
a trajetória descrita pela bomba será curvilínea (chama-
de posição e a distância percorrida poderão apresentar
da, na Matemática, de parábola), a trajetória do avião será
valores diferentes.
retilínea. Portanto, o mesmo movimento, observado a par-
tir de dois referenciais diferentes, apresenta duas trajetó- A distância percorrida pode ser calculada como a
rias distintas. soma do módulo do deslocamento na ida com o módulo
do deslocamento na volta.
10. DESLOCAMENTO ESCALAR d = |∆sida| + |∆svolta|
E DISTÂNCIA PERCORRIDA
Um dos principais eixos rodoviários do país, a BR-101, Exemplo
tem início no município de Touros, no estado do Rio Uma partícula sai do espaço inicial s0 = 3 m e deslo-
Grande do Norte, e termina no município de São José ca-se, primeiramente, para a esquerda.
do Norte, no estado do Rio Grande do Sul.
t=0s
A rodovia passa por doze estados brasileiros e tem
sua trajetória seguindo o litoral. Ao nos deslocarmos
–2 –1 0 1 2 3 4 5 6 s(m)
por ela de seu início a seu final, percorreremos a dis-
tância de 4 650 km. Analisando esse movimento, po-
demos dizer que a posição inicial do percurso se en- Supondo que, no instante t1 = 2,0 s, o espaço ocupado
contra na cidade de Touros e chamar essa posição de pelo corpo seja s1 = –2,0 m e, no instante t2 = 5,0 s, o corpo
km 0 (quilômetro zero). Consequentemente, podemos encontre-se no espaço final s2 = 6,0 m, a variação de espaço
denominar a posição final do percurso, em São José do desse corpo no intervalo de tempo em questão é dada por:
Norte, como o km 4 650 do movimento realizado. ∆s = s2 – s0 = 6 – 3 = 3 m
É PROIBIDA
FÍSICA
Denominaremos s0 a posição ou o espaço inicial de Para determinar a distância percorrida, calculamos,

um deslocamento e chamaremos de s a posição fi- primeiro, os deslocamentos parciais.
nal. À diferença entre os espaços inicial e final que

ocuparmos, chamaremos de deslocamento escalar. Deslocamento na ida:
∆sida = –2 – 3 = –5 m
∆s = s – s0
|∆sida| = 5 m
Para o deslocamento, podemos ter: Deslocamento na volta:
• ∆s > 0: o móvel desloca-se, preferencialmente, no ∆svolta = 6 – (–2) = 8 m
mesmo sentido da trajetória; |∆svolta| = 8 m
EM-L1-21B-22
• ∆s < 0: o móvel desloca-se, preferencialmente, no Assim, a distância percorrida é:

sentido contrário ao da trajetória. d = |∆sida| + |∆svolta| = 5 + 8 = 13 m
19

JANDALIPHOTO/ISTOCKPHOTO
GRANDEZAS
Comprimento Massa Tempo Unidades de medida
Submúltiplos Múltiplos
mm g h
Sistemas de
unidade
cm min
m kg s SI CGS
EM-L1-21B-22
20

CAPÍTULO 1
MÓDULO 1 ■ GRANDEZAS E UNIDADES
Exercícios de APLICAÇÃO

1. Para uma partida de tênis, disputada em 3 sets, com 3. Considere a distância média entre a Terra e o Sol de
duração, respectivamente, de 38 min, 54 min e 44 min, 1 496 · 108 km e o diâmetro médio da Terra como
encontre o tempo de duração total da partida, em ho- 12 700 km. Calculando a razão entre esses dois va-
ras e em segundos. lores, podemos chegar a uma estimativa de quantas
Terras enfileiradas seriam necessárias para preen-
Resolução
cher a distância entre esses dois astros. O valor, em
Somando-se os tempos de cada set, temos: 38 + 54 + 44 = 136 min
notação científica, mais próximo dessa medida, é
Como cada hora tem 60 minutos, a duração da partida, em horas,
será de: a. 1 ∙ 106
136 b. 1 ∙ 107
≅ 2,27 horas
60 c. 1 ∙ 108
Para encontrar o tempo de duração da partida, em segundos,
d. 2 ∙ 107
temos:
136 ∙ 60 = 8 160 s e. 2 ∙ 108
Resolução
Registrando os valores em potências de 10 e dividindo um pelo
outro, temos:
1 496 ⋅ 10 8 1,496 ⋅ 1011
= ≅ 1,178 ⋅ 107
12 700 1,27 ⋅ 10 4
Alternativa correta: B
Habilidade
Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de
linguagem e representação usadas nas ciências físicas, químicas
ou biológicas, como texto discursivo, gráficos, tabelas, relações
2. Na placa de informações do interior de um elevador, matemáticas ou linguagem simbólica.
consta que a capacidade máxima de carga é de 560 000 g.
Considerando pessoas de 70 kg cada, encontre a quanti-
dade máxima de pessoas que o elevador pode suportar
em seu limite.
Resolução
560 000 g = 560 kg
Sendo assim;
560
= 8 pessoas
70
É PROIBIDA
EM-L1-21B-22
21

CAPÍTULO 1
Exercícios EXTRAS
CAPÍTULO 1
4. A numeração dos calçados é obtida por meio de uma 5. (UECE) Podem-se observar o dia e a noite em qual-
correspondência com o comprimento do pé. Geral- quer lugar onde se esteja. Sabe-se que esse fenôme-
mente, essa numeração corresponde a aproximada- no ocorre em qualquer parte do planeta, embora não
mente uma vez e meia o valor desse comprimento, em aconteça ao mesmo tempo em todos os lugares. Tal
centímetros. Com base nessa informação, a medida do fato é devido ao movimento que a Terra descreve em
comprimento do pé de uma pessoa que calça o núme- um período de
ro 40 é mais próxima, em centímetros, do número a. 24 horas, denominado translação.
a. 25 d. 28 b. 30 horas, denominado rotação.
b. 26 e. 29 c. 24 horas, denominado de rotação.
c. 27 d. 1 ano, denominado de translação.
Seu Espaço
Sobre o módulo
Neste módulo, é fundamental que os alunos se familiarizem com as principais grandezas que contemplam o início do estudo da Física.
A apropriação das unidades de referência do Sistema Internacional de Unidades será de extrema importância na caracterização completa
das grandezas que estudaremos nas próximas unidades.
Várias transformações de unidades são sugeridas, envolvendo as grandezas dentro de seus contextos.
Além disso, o trabalho com os múltiplos e submúltiplos das grandezas tem grande importância, principalmente com o auxílio e o suporte
nas conversões de unidades.
EM-L1-21B-22
22

Exercícios PROPOSTOS
Da teoria, leia os tópicos de 1, 1.A, 1.A.1, 1.A.2, 1.A.3, 2, 3 e 4. 10. Resolva as operações, utilizando o que você
Exercícios de: Tarefa Reforço Aprofundamento Lidere! aprendeu sobre potências de 10 e suas propriedades.

a. 8,0 · 105 · (–2,0 · 109)
6. Faça as devidas aproximações e represente os valo-
b. 24 · 1011 · 6,0 · 10–20
res em potências de 10.
8,0 ⋅ 1015
a. 3 000 000 000 c.
2,0 ⋅ 10 9
b. 532,54
d. 24 ⋅ 10 −20
11
c. 2 520,436
3,0 ⋅ 10
d. 0,000 000 000 004
e. 8,0 · 105 + 2,0 · 106
e. 0,000 343
f. 15 · 10–14 + 2,0 · 10–13
f. 0,812
11. Um eletricista, contratado para realizar toda a
7. (UEL-PR) Foi sugerida, para um grupo de estu- instalação elétrica de uma residência, fez uma lista
dantes de Astronomia, uma tarefa que consistia em de materiais na qual constavam vários tipos de fios,
determinar o tempo de duração da ocultação de de diversos comprimentos. Padronize as medidas no
uma estrela pelo disco da lua cheia. Os estudantes, sistema internacional de unidades, e dê a soma dos
com o auxílio de um telescópio e um cronômetro, comprimentos dos fios listados.
conseguiram observar tal fenômeno e fizeram as se-
guintes medidas: a estrela ocultou-se exatamente às Fio de bitola 10: 12 000 cm
21h54min16s e apareceu no lado oposto do disco lu- Fio de bitola 12: 54 m
nar às 22h36min48s. O tempo de duração do eclipse Fio de bitola 14: 245 000 mm
da estrela foi
a. 2 552 s d. 2 612 s 12. A maior hidrelétrica do Brasil, a Usina de Itaipu,
apresenta uma capacidade anual de geração de
b. 5 464 s e. 3 600 s
energia de 98 287 128 megawatts-hora. Atualmente,
c. 1 800 s existem, no mundo, diversas megausinas, entre elas
8. Efetue as transformações das unidades a seguir. a de Três Gargantas, na China, cuja capacidade é de
80 bilhões de kWh.
a. 12 km em m
Há opiniões divergentes a respeito de qual dessas
b. 678 mm em m
duas usinas é a maior do mundo.
c. 453 cm em m
Observe os dados da tabela seguinte para chegar a
d. 1 234 g em kg uma conclusão sobre essas divergências.
e. 7 Gg em g
f. 9 000 000 μs em s Três Gargantas Itaipu
Quantidade de
g. 2 h em min
concreto utilizado na 28 milhões de m3 14 milhões de m3
h. 18 000 s em h construção
Potência instalada 22,4 mil MW 14 milhões de kW

9. Os microscópios mais sofisticados já são capazes
de investigar átomos. Isso é o que aponta a nano- Turbinas 32 20
tecnologia. Grande parte dessas investigações busca
É PROIBIDA
FÍSICA
analisar estruturas de 1 a 100 nanômetros. O objetivo Vazão média 7 mil m3/s 8 mil m3/s
é produzir, por meio da manipulação de átomos, ma-
teriais mais resistentes e estáveis. A alternativa que Nessa disputa, Itaipu leva vantagem em relação à
apresenta as dimensões de 1 e 100 nanômetros, res- a. capacidade anual de geração de energia e à vazão
pectivamente, na unidade de comprimento adotada média.
no Sistema Internacional de Unidades, é b. potência instalada e à quantidade de turbinas.
a. 10–6 e 10–9 c. potência instalada e à capacidade de geração de
b. 10–6 e 10–6 energia.
c. 10–9 e 10–7 d. vazão média e à potência instalada.
EM-L1-21B-22
d. 10–9 e 10–3 e. vazão, à potência instalada e à capacidade de ge-

e. 10–9 e 10–9 ração de energia.
23

CAPÍTULO 1
13. A quantidade de armazenamento de dados em e. A volta de classificação da Fórmula 1 é de um mi-
CAPÍTULO 1
dispositivos portáteis cresce a cada dia. O fato de, des- nuto, vinte e nove segundos e seiscentos e deze-
de os primeiros compact discs, mais conhecidos como nove centésimos de segundo.
CDs, que possuíam capacidade de armazenar 700 MB,
até os mais sofisticados HDs, com capacidade acima de 16. (Enem) Dados divulgados pelo Instituto Nacional
120 TB, indica que teremos cada vez mais espaço para de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostraram o processo de
armazenamento, pois a capacidade dos dispositivos devastação sofrido pela Região Amazônica entre agosto
não para de crescer. de 1999 e agosto de 2000. Analisando fotos de satélites,
os especialistas concluíram que, nesse período, sumiu
Assinale a alternativa que apresenta corretamente a do mapa um total de 20 000 quilômetros quadrados de
quantidade de bytes armazenados em um HD de 120 TB. floresta. Um órgão de imprensa noticiou o fato com o
a. 1,2 ∙ 106 d. 1,2 ∙ 1014 seguinte texto: “O assustador ritmo de destruição é de
b. 1,2 ∙ 109 e. 1,2 ∙ 1015 um campo de futebol a cada oito segundos”.
c. 1,2 ∙ 1012 Considerando que um ano tem aproximadamente
32 · 106 s (trinta e dois milhões de segundos) e que
14. A distância entre o elétron e o próton no átomo a medida da área oficial de um campo de futebol é
de hidrogênio é cerca de 0,53 Å. Sendo 1 Å (angström) aproximadamente 10−2 km2 (um centésimo de qui-
igual a 10–10 m, assinale a alternativa que indica essa lômetro quadrado), as informações apresentadas
distância em metros (m). nessa notícia permitem concluir que tal ritmo de
desmatamento, em um ano, implica a destruição de
a. 5,3 · 10–11 uma área de
b. 5,3 · 10–10 a. 10 000 km2, e a comparação dá a ideia de que a de-
c. 5,3 · 10–1 vastação não é tão grave quanto o dado numérico
d. 5,3 · 1010 nos indica.
e. 5,3 · 10–11 b. 10 000 km2, e a comparação dá a ideia de que a
devastação é mais grave do que o dado numérico
15. (UEL-PR) De acordo com os dados da tabela e os nos indica.
conhecimentos sobre unidades e escalas de tempo, c. 20 000 km2, e a comparação retrata exatamente o
assinale a alternativa correta. ritmo da destruição.
d. 40 000 km2, e o autor da notícia exagerou na com-
Distância Tempo de paração, dando a falsa impressão de gravidade a
percorrida (m) prova um fenômeno natural.
Atletismo/corrida 100 9,69 s
e. 40 000 km2, e, ao chamar a atenção para um fato
realmente grave, o autor da notícia exagerou na
Nado livre 50 21,30 s comparação.
Atletismo/corrida 1 500 4 min 1,63 s
Nado livre 1 500 14 min 41,54 s Desafio

Volta de classifica- 17. (OBFEP) Índice pluviométrico indica a
ção de um carro da 5 200 1 min 29,619 s quantidade de chuva por metro quadrado que
Fórmula 1 cai em determinado local, em certo período. Por
exemplo, se o índice pluviométrico for de 30 mm, o
a. A diferença de tempo entre as provas de 1 500 m volume de água será 1 m2 x 0,030 m. Entre as 19 horas
do nado livre e de 1 500 m do atletismo é de dez do dia 1o de abril até a madrugada do dia 3 de abril,
minutos, quarenta segundos e novecentos e dez mi- o Serviço de Meteorologia computou, na cidade de
lésimos de segundo. La Plata – província de Buenos Aires –, um índice
b. O tempo da prova de 50 m do nado livre é de vinte pluviométrico de 450 milímetros. Se a área total da
e um segundos e trinta décimos de segundo. cidade de La Plata é da ordem de 840 km2, quantos
c. O tempo da prova de 1 500 m do nado livre é de litros de água desabaram no período citado?
quatorze minutos, quarenta e um segundos e qui- a. 3,8 · 1011 L
nhentos e quarenta centésimos de segundo. b. 3 800 000 L
d. A diferença de tempo entre as provas de 100 m do c. 3,8 · 105 L
atletismo e a de 50 metros do nado livre é de onze d. 3,8 · 109 L
segundos e sessenta e um centésimos de segundo.
EM-L1-21B-22
24

MÓDULO 2 ■ NOTAÇÃO CIENTÍFICA E ORDEM DE GRANDEZA

1. Várias medidas foram realizadas por um estudante de 3. (IFSP) Leia as notícias.
Engenharia que, infelizmente, não seguiu nenhum cri- A NGC 4151 está localizada a cerca de 43 milhões de anos-
tério para executar tais procedimentos. -luz da Terra e se enquadra entre as galáxias jovens que
Analise cada uma delas e reescreva-as em notação possuem um buraco negro em intensa atividade. Mas ela
científica. não é só lembrada por esses quesitos. A NGC 4151 é conhe-
a. 5 000 000 kW cida por astrônomos como o “olho de Sauron”, uma refe-
rência ao vilão do filme O senhor dos anéis.
b. 348,21 mm
Disponível em: <www1.folha.uol.com.br/ciencia/887260-galaxia-herda-
c. 0,003 7 m -nome-de-vilao-do-filme-o-senhor-dos-aneis.shtml>.
d. 0,018 kg
e. 2 600 s Cientistas britânicos conseguiram fazer com que um mi-
Resolução croscópio óptico conseguisse enxergar objetos de cerca
de 0,000 000 05 m, oferecendo um olhar inédito sobre o
a. 5 000 000 kW = 5 ∙ 106 kW
mundo nanoscópico.
b. 348,21 mm = 3,48 ∙ 102 mm
Disponível em: <http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/
c. 0,003 7 m = 3,7 ∙ 10-3 m
ultimas-noticias/bbc/2011/03/02/com-metodo--inovador-cientistas-
d. 0,018 kg = 1,8 ∙ 10-2 kg criam-microscopio-mais-potente-do-mundo.jhtm>.
e. 2 600 s = 2,6 ∙ 103 s Assinale a alternativa que apresenta os números em
destaque nos textos escritos em notação científica.
a. 4,3 · 107 e 5,0 · 108
b. 4,3 · 107 e 5,0 · 10–8
c. 4,3 · 10–7 e 5,0 · 10–8
d. 4,3 · 106 e 5,0 · 107
e. 4,3 · 10–6 e 5,0 · 10–7
Resolução
2. A distância média da Terra à Lua pode ser medida, com Sabemos que 1 milhão é equivalente a 106.
sucesso, desde a instalação de refletores na superfície Sendo assim, 43 milhões é equivalente a 43 · 106 ou 4,3 · 107
lunar, feita pelas missões Apolo 11, 14 e 15. Por meio de anos-luz.
um laser de rubi, a medida observada foi de 384 403 km. Já a medida de 0,000 000 05 m pode ser reescrita como 5,0 · 10–8 m.
Escreva essa distância em notação científica, apresen- Alternativa correta: B
tando seu resultado de acordo com o Sistema Interna- Habilidade
cional de Unidades (SI). Ao final, determine a ordem de Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de
grandeza dessa medida. linguagem e representação usadas nas ciências físicas, químicas
ou biológicas, como texto discursivo, gráficos, tabelas, relações
Resolução matemáticas ou linguagem simbólica.
d = 384 403 km = 384 403 ∙ 103 m
Colocando em notação científica, temos: 3,84 ∙ 108 m
Como 3,84 > 3,16 a ordem de grandeza é 109 m.
É PROIBIDA
EM-L1-21B-22
25

CAPÍTULO 1
Exercícios EXTRAS
CAPÍTULO 1
4. (UFRRJ) Determinada marca de automóvel possui 5. (UERJ) Um evento está sendo realizado em uma praia
um tanque de gasolina com volume igual a 54 litros. cuja faixa de areia tem cerca de 3 km de extensão e
O manual de apresentação do veículo informa que ele 100 m de largura. A ordem de grandeza do maior nú-
pode percorrer 12 km com 1 litro. Supondo-se que as mero possível de adultos que podem assistir a esse
informações do fabricante sejam verdadeiras, a ordem evento, sentados na areia, é de
de grandeza da distância, medida em metros, que o
a. 104
automóvel pode percorrer, após ter o tanque comple-
tamente cheio, sem precisar reabastecer, é de b. 105
a 100 d. 105 c. 106
b. 102 e. 106 d. 107
c. 103
Seu Espaço
Sobre o módulo
Neste módulo, é fundamental que os alunos desenvolvam a habilidade de realizar operações com grandezas em notação científica, além
de converter unidades de medida.
Com o uso da notação científica, é possível representar inúmeras grandezas, bem como fazer estimativas de sua ordem de grandeza.
O trabalho com ordens de grandeza permitirá aos alunos realizar estimativas, inclusive de valores não numéricos de medidas. Trata-se de
um recurso que permitirá aos alunos, em determinados contextos, avaliar as dimensões de uma grandeza sem a necessidade de apresentar
valores precisos, pois a consciência da dimensão será suficiente para compreender bem a grandeza.
Áreas como Astronomia e Física moderna, a serem vistas posteriormente em nosso curso, farão uso intenso da notação científica.
EM-L1-21B-22
26

Da teoria, leia os tópicos 5, 5.A, 5.B e 6. 10. Represente as medidas a seguir em notação
Exercícios de: Tarefa Reforço Aprofundamento Lidere! científica.

a. 0,045 s
6. Em textos acadêmicos escritos por profissionais b. 1 250 000 m
da área de exatas, encontramos muitos números ex-
c 48,7 min
pressos em notação científica, que consiste em deixar
o número no formato a ∙ 10n, em que 1 ≤ |a| < 10, e n é d 0,000 042 m
um número inteiro.
11. Após receber um relatório com medidas tomadas
Esse tipo de notação é usado na ciência porque por um estudante de Engenharia, represente-as cor-
a. o texto fica mais complexo, dificultando o enten- retamente em notação científica e dê sua ordem de
dimento por parte das pessoas leigas. grandeza.
b. é mais simples para escrever números muito gran- a. 467 000 mm
des ou pequenos. b. 0,0032 km
c. os cientistas não conhecem outra maneira de ex- c. 0,54 s
pressar números grandes. d. 83 500 m
d. assim é possível escrever números sem precisar
colocar as unidades de medida. 12. (IFPE) No passado, Pernambuco participou ati-
vamente da formação cultural, étnica, social e, até
e. não utiliza casas decimais para representar os nú-
mesmo, quantitativa da população brasileira. No Pe-
meros grandes.
ríodo Colonial, e com a chegada dos portugueses à
7. Efetue as operações seguintes e apresente o resul- região, em 1501, o território foi explorado por Gaspar
tado em notação científica. de Lemos, que teria criado feitorias ao longo da costa
da colônia, possivelmente na atual localidade de Iga-
a. 8,0 · 105 · 2,0 · 109 · 5,0 · 10–12
rassu. A partir daí a população da província só cres-
24 ⋅ 1011 ⋅ 2,0 ⋅ 10 9 ceu, porém, mesmo na época da ocupação holandesa
b. (1630-1654), os colonos contavam entre 10 e 20 mil
−6,0 ⋅ 10 −20
pessoas (não mencionamos aqui o grande quantita-
c. (–15 · 1013) · 5,0 · 10–13 tivo e mesmo pouco conhecido de indígenas que ha-
d. 9,0 · 106 · 9,0 · 105 bitavam toda a província). Hoje, o Brasil possui cerca
de 200 milhões de habitantes. Na Física, expressamos
8. (UCS-RS) A nanotecnologia é um dos ramos mais
a ordem de grandeza como o valor mais próximo de
promissores para o progresso tecnológico humano.
uma medida em potência de 10. Em uma estimativa
Essa área se baseia na manipulação de estruturas em
aproximada, podemos dizer que as ordens de gran-
escala de comprimento, segundo o que é indicado no
deza do quantitativo de habitantes em nosso país, na
próprio nome, na ordem de grandeza de
atualidade, e de colonos, no período holandês, são,
a. 0,001 m respectivamente,
b. 0,000 1 m a. 103 e 106
c. 0,000 001 m b. 106 e 103
d. 0,000 000 001 m c. 108 e 104
e. 0,000 000 000 000 001 m d. 108 e 105
É PROIBIDA
e. 1010 e 106
FÍSICA
9. (UFPE) Em um hotel com 200 apartamentos, o

consumo médio de água por apartamento é de 100
13. (Fuvest-SP) As células da bactéria Escherichia coli
litros por dia. Qual a ordem de grandeza do volume

têm formato cilíndrico, com 8 · 10−7 metros de diâmetro.
que deve ter o reservatório do hotel, em metros cú- O diâmetro de um fio de cabelo é de aproximadamente
bicos, para abastecer todos os apartamentos durante 1 · 10−4 metros.
um dia?
Dividindo-se o diâmetro de um fio de cabelo pelo
a. 101 diâmetro de uma célula de Escherichia coli, obtém-se,
b. 102 como resultado,
c. 103 a. 125 d. 1 000
EM-L1-21B-22
d. 104 b. 250 e. 8 000

e. 105 c. 500
27

CAPÍTULO 1
14. Passando em frente a uma casa que estava prestes a ser demolida, um mestre de
CAPÍTULO 1
obras observou que um dos muros laterais ainda estava totalmente inteiro. Sabendo
que a profundidade do terreno era de 32 m, e que o muro, de altura de 2 m, tinha sido
construído com uma fileira única de tijolos comuns maciços, estime a ordem de grande-
za do número de tijolos utilizados nesse muro.
15. (UFRGS-RS) Considere que o corpo de uma determinada pessoa contém 5,5 litros de
sangue e 5 milhões de glóbulos vermelhos por milímetro cúbico de sangue.
Com base nesses dados, é correto afirmar que o número de glóbulos vermelhos no corpo
dessa pessoa é
a. 2,75 ∙ 1019
b. 5,5 ∙ 1010
c. 5 ∙ 1011
d. 5,5 ∙ 1012
e. 2,75 ∙ 1013
16. (EBMSP-BA) Na opinião de especialistas, a descoberta do mecanismo da autofagia, que

levou ao Prêmio Nobel de Medicina 2016, pode contribuir para uma melhor compreensão de
patologias, como as vinculadas ao envelhecimento. Na maioria das patologias, a autofagia
deve ser estimulada, como nas doenças neurodegenerativas, para eliminar os aglomerados
de proteínas que se acumulam nas células enfermas.
A tabela mostra, aproximadamente, as faixas de frequência de radiações eletromagnéticas,
e a figura da escala nanométrica mostra, entre outras, as dimensões de proteínas e de cé-
lulas do sangue.
Faixas de frequência de radiações eletromagnéticas
Radiação Micro-ondas Infravermelho Ultravioleta Raios X Raios gama
Faixa de
108 – 1011 1012 – 1014 1015 – 1016 1017 – 1019 1020 – 1022
frequências (Hz)
Escala nanométrica
10–1 nm 1 nm 10 nm 100 nm 1000 nm 104 nm 105 nm 106 nm 107 nm 108 nm 109 nm
Bola de
DNA Nanotubos
de tênis
Formiga
carbono Bactérias Fio de
cabelo
Vírus Nanopartículas
Proteínas Células sanguíneas Criança
Com base na informação da escala nanométrica, comparando-se as dimensões de células

sanguíneas e de proteínas, pode-se afirmar que células sanguíneas são maiores do que pro-
teínas um número de vezes da ordem de
a. 108
b. 107
c. 106
EM-L1-21B-22
d. 105
e. 104
28

Desafio
17. (Cefet-SP) Uma pessoa percebeu que, durante 10 anos, para acender seu aquecedor, consumiu uma
caixa de palitos de fósforo a cada mês. Cada caixa apresenta, em média, 40 palitos. A ordem de grandeza do
número de palitos consumidos ao final dos 10 anos é

a. 10 d. 104
b. 102 e. 105
c. 103
Anotações
É PROIBIDA
EM-L1-21B-22
29

CAPÍTULO 1
MÓDULO 3 ■ CINEMÁTICA ESCALAR – CONCEITOS BÁSICOS
CAPÍTULO 1
1. (UFRJ) Heloísa, sentada na poltrona de um ônibus, 3. (Enem) Leia o texto.

afirma que o passageiro sentado à sua frente não se
O jardim de caminhos que se bifurcam
move, ou seja, está em repouso. Ao mesmo tempo,
Abelardo, sentado à margem da rodovia, vê o ônibus […] Uma lâmpada aclarava a plataforma, mas os rostos dos
passar e afirma que o referido passageiro está em meninos ficavam na sombra. Um me perguntou: o senhor
movimento. vai à casa do doutor Stephen Albert? Sem aguardar respos-
ta, outro disse: a casa fica longe daqui, mas o senhor não
De acordo com os conceitos de movimento e repouso
se perderá se tomar esse caminho à esquerda e se em cada
usados em Mecânica, explique de que maneira deve-
encruzilhada do caminho dobrar à esquerda.
mos interpretar as afirmações de Heloísa e Abelardo
BORGES, J. Ficções. Rio de Janeiro: Globo. Adaptado.
para dizer que ambas estão corretas.
Resolução
Quanto à cena descrita, considere que
Cada observador, com seu referencial definido, está correto em
sua afirmação. Para Heloísa, como passageira do ônibus, o outro I. o Sol nasce à direita dos meninos;
passageiro está em repouso em relação a ela. Para Abelardo, con- II. o senhor seguiu o conselho dos meninos, tendo
forme o ônibus muda de posição em relação a ele, o passageiro
está em movimento.
encontrado duas encruzilhadas até a casa.
Conclui-se que o senhor caminhou, respectivamente,
nos sentidos
a. oeste, sul e leste.
b. leste, sul e oeste.
c. oeste, norte e leste.
d. leste, norte e oeste.
e. leste, norte e sul.
Resolução
2. (UFU-MG) De um avião que voa de leste para oeste
Adotando as informações como referência, temos as seguintes
com velocidade constante, abandona-se uma bomba. condições:
Despreze o atrito com o ar e esboce a trajetória da
– o caminho fica à esquerda dos meninos;
bomba quando vista
– as duas encruzilhadas são perpendiculares (formam um ângulo
a. em relação a um observador fixo no solo; de 90°).
b. em relação a um observador no avião. Com base nessas condições e na informação de que o Sol nasce
a leste dos meninos, concluímos que o senhor, ao dobrar à es-
Resolução querda, caminhou no sentido sul e, na segunda encruzilhada,
a. Em relação ao observador no solo, este verá um arco de pará- ao dobrar à esquerda novamente, caminhou no sentido leste.
bola representando a trajetória da bomba. Alternativa correta: A
Habilidade
Construir questões, elaborar hipóteses, previsões e estimativas,
empregar instrumentos de medição e representar e interpretar
modelos explicativos, dados e/ou resultados experimentais para
construir, avaliar e justificar conclusões no enfrentamento de
situações-problema sob uma perspectiva científica.
b. Para o observador no avião, a trajetória da bomba será uma
linha reta.
EM-L1-21B-22
30

Exercícios EXTRAS
4. Um trabalhador percorre 20 km da sua casa até o Nesse intervalo de tempo,

local de trabalho. Qual é o deslocamento escalar e I. num referencial fixo na pista, os atletas têm velo-

a distância percorrida por esse trabalhador, durante cidades iguais;
uma semana, no percurso de ida e volta do trabalho? II. num referencial fixo em um dos atletas, a veloci-
Considere o percurso de ida, igual ao de volta e a jor- dade do outro é nula;
nada de trabalho de cinco dias por semana.
III. o movimento real e verdadeiro dos atletas é aque-
a. 0 km e 40 km le que se refere a um referencial inercial fixo nas
b. 20 km e 100 km estrelas distantes.
c. 40 km e 0 km Está(ão) correta(s)
d. 40 km e 40 km a. apenas I.
e. 0 km e 200 km b. apenas II.
5. (UFSM-RS) Numa corrida de revezamento, dois atle- c. apenas III.
tas, por um pequeno intervalo de tempo, andam jun- d. apenas I e II.
tos para a troca do bastão. e. I, II e III.
Seu Espaço
Sobre o módulo
Neste módulo, os alunos desenvolverão a habilidade de caracterizar o movimento e a trajetória dos corpos de acordo com o referencial
adotado. É importante compreenderem também que o referencial adotado pode estar em qualquer localização, e as situações de movi-
mento e repouso são relativas. Além disso, é importante saberem diferenciar corpo extenso de ponto material. Boa parte das análises de
movimento que os alunos verão posteriormente desprezará as dimensões dos corpos.
É importante que eles tenham plena capacidade de diferenciar deslocamento escalar e distância percorrida e saibam calcular os valores
desses conceitos, que serão utilizados para definir velocidade escalar no capítulo seguinte.
Para a resolução do exercício 18, orientar os alunos a apresentar suas estimativas por meio de potências de 10. Se julgar conveniente,
relembrar o tópico que apresenta as operações com potências de 10. Sugerir que elaborem um quadro para mostrar seus resultados, po-
dendo ser uma planilha de eletrônica, por exemplo, ou uma simples tabela. Sugerimos um tempo médio de três minutos para cada grupo
apresentar seus resultados.
No exercício 19, é importante que no levantamento de cada grupo estejam presentes os nanotubos de carbono, as nanoengrenagens, os
nanomotores, os nanorrobôs, as nanoesferas, as nanocápsulas, entre outros elementos. Na apresentação das medidas, a ordem de grandeza,
em metros, pode variar entre 10–8 e 10–11. Uma nanoengrenagem de poucos átomos, por exemplo, pode ter um diâmetro de 0,05 nm, que, em
notação científica é representado por 5 ∙ 10–11 m. Assim, sua ordem de grandeza é de 10–12. Existem inúmeras aplicações importantes dessas
estruturas. É fundamental que cada grupo defenda, sua escolha com argumentos pertinentes. Como exemplo, a utilização de nanorrobôs
para a liberação de susbtâncias químicas que atacam células cancerígenas, eliminando-as. Esse avanço ainda não está disponível, porém
é muito esperado pela área médica e farmacológica.
É PROIBIDA
EM-L1-21B-22
31

CAPÍTULO 1
CAPÍTULO 1
Da teoria, leia os tópicos de 7, 8, 9 e 10. Para completar corretamente o texto, as lacunas de-
Exercícios de: Tarefa Reforço Aprofundamento Lidere! vem ser preenchidas, respectivamente, por
a. Cinemática – velocidade – referencial

6. A foto é uma representação artística da Via Láctea. b. Dinâmica – velocidade – trajetória
A seta indica onde está o Sol.
c. Cinemática – deslocamento – trajetória
d. Dinâmica – deslocamento – referencial
e. Estática – trajetória – deslocamento
10. (Unimontes-MG) Dois aviões do grupo de acro-

bacias (Esquadrilha da Fumaça) são capazes de reali-
zar manobras diversas e deixam para trás um rastro de
fumaça. Nessas condições, para que os aviões descre-
vam duas semirretas paralelas verticais (perpendicula-
res ao solo, considerado plano), de tal sorte que o de-
Sol
senho fique do mesmo tamanho, os pilotos controlam
os aviões para que tenham velocidades constantes e
de mesmo módulo.
Considerando-se o mesmo sentido para o movimen-
O Sol pode ser considerado um ponto material? Explique. to dos aviões durante essa acrobacia, pode-se afirmar
corretamente que
7. (UFPA) Sabe-se que o conceito de movimento em a. os aviões não se movimentam em relação ao solo.
Física é relativo, ou seja, depende de um referencial.
Considerando essa afirmação, pode-se afirmar que, b. os aviões estão parados, um em relação ao outro.
para uma pessoa sentada numa cadeira de uma roda- c. um observador parado em relação ao solo está
-gigante, em movimento, a trajetória de outra pessoa acelerado em relação aos aviões.
que está sentada diametralmente oposta é d. um avião está acelerado em relação ao outro.
a. uma reta.
11. (EEAR-SP) O avião identificado na figura voa ho-
b. uma parábola. rizontalmente da esquerda para a direita. Um indiví-
c. um círculo. duo no solo observa um ponto vermelho na ponta da
d. um segmento de reta. hélice. Qual figura melhor representa a trajetória de
tal ponto em relação ao observador externo?
e. inexistente, porque não há movimento.
8. A figura representa a Via Marechal Rondon – cuja

ANGEL DIBILIO/SHUTTERSTOCK
origem é considerada a Praça da Sé, em São Paulo –,

com algumas cidades e seus respectivos marcos quilo-
métricos.
São Paulo Bauru Lins Araçatuba

0 325 445 535 s (km)
a. Determine o deslocamento escalar de um carro a. c.

que vai de Bauru até Araçatuba e retorna a Lins.
b. Determine o deslocamento escalar de um carro b. d.
que vai de Bauru até São Paulo.
9. (Unifor-CE) Considere o texto contendo lacunas. 12. (UEPB) Um professor de Física, verificando em
Na Mecânica, o estudo descritivo do movimento rece- sala de aula que todos os seus alunos encontram-se
be o nome de _________. Nesse estudo, à mudança sentados, passou a fazer algumas afirmações para
de posição de um corpo, em relação a um sistema de que eles refletissem e recordassem alguns conceitos
sobre movimento.
EM-L1-21B-22
referências, dá-se o nome de _________, enquanto

_________ é a linha que indica as posições sucessivas Das afirmações seguintes, formuladas pelo professor,
ocupadas pelo corpo. a única correta é:
32

a. Pedro (aluno da sala) está em repouso em relação 16. (UEM-PR) Ao longo de uma estrada, um veícu-
aos demais colegas, mas todos nós estamos em lo passa primeiramente pelo marco quilométrico 45
movimento em relação à Terra. km, em seguida, pelo marco quilométrico 120 km e,
b. Mesmo para mim (professor), que não paro de an- depois, pelo marco quilométrico 60 km. Podemos afir-
mar que o deslocamento e a distância percorrida pelo

dar, seria possível achar um referencial em relação
veículo são, respectivamente,
ao qual eu estivesse em repouso.
a. 10 km; 90 km d. 25 km; 135 km
c. A velocidade dos alunos que eu consigo observar
b. 15 km; 135 km e. 30 km; 90 km
agora, sentados em seus lugares, é nula para qual-
quer observador humano. c. 20 km; 90 km
d. Como não há repouso absoluto, nenhum de nós
está em repouso, em relação a nenhum referencial. Desafio
e. O Sol está em repouso em relação a qualquer refe- 17. (FCC-SP) Um trem todo construído de acrílico
rencial. transparente passa por uma estação ferroviária com
velocidade constante. Um dos vagões está ocupado
13. (UPE) Fenômenos naturais, que são alvos de es- por um cientista que faz experimentos de queda
tudo da física, ocorrem a todo momento e em todos livre com uma bolinha. Essas experiências consis-
os lugares. Observá-los, após as aulas, abre o nosso tem em deixar a bolinha cair e medir, a intervalos
olhar sobre o porquê de cada acontecimento. O estu- de tempo bem precisos, a posição da bolinha com
do da cinemática, mais especificamente do Repouso, relação ao piso do trem. Na estação, outro cientista
pode ser observado em qual evento da natureza a observava a atuação de seu colega. As figuras que
seguir, estando o aluno sentado no banco da praça? melhor indicam a trajetória da bolinha, como foi ob-
servada pelos dois cientistas, no trem e na estação,
a. Um pássaro dando voo rasante até o chão.
respectivamente, são
b. Durante a frenagem de uma abelha ao posar.
a.
c. Queda de uma maçã de uma árvore.
d. Um carro parado esperando o semáforo abrir.
e. Rotação das hélices de um ventilador com veloci-
dade constante.
14. Em uma aula prática em laboratório, um estudan-

Trem Estação
te mediu a massa de uma forma cúbica de madeira e
registrou o valor 1 275,34 μg. Como as medidas feitas b.
deveriam ser padronizadas no Sistema Internacional
de Unidades, qual é a ordem de grandeza dessa medi-
da, em conformidade com o SI?
15. (UEM-PR) Um trem move-se com velocidade hori-

zontal constante. Dentro dele estão o observador A e
Trem Estação
um garoto, ambos parados em relação ao trem. Na es-
tação, sobre a plataforma, está o observador B, parado c.
em relação a ela. Quando o trem passa pela platafor-
ma, o garoto joga uma bola verticalmente para cima.
Desprezando a resistência do ar, podemos afirmar que
É PROIBIDA
FÍSICA
01. o observador A vê a bola se mover verticalmente

para cima e cair nas mãos do garoto.
Trem Estação
02. o observador B vê a bola descrever uma parábola
e cair nas mãos do garoto. d.
04. os dois observadores veem a bola se mover numa
mesma trajetória.
08. o observador A vê a bola descrever uma parábola
e cair atrás do garoto.
EM-L1-21B-22
16. o observador B vê a bola se mover verticalmente Trem Estação

e cair atrás do garoto.
33

CAPÍTULO 1
e. Após cada um realizar sua estimativa, registrem o
CAPÍTULO 1
resultado total e comparem, por meio de porcen-

tagem, quanto de tempo cada categoria utiliza, em
relação ao dia de 24 horas.
Finalizada a estimativa, cada grupo deverá apresen-

tar seu resultado por meio de um único slide num
programa de apresentação eletrônica.
Faça junto
Trem Estação
19. A nanotecnologia já está presente na produção
Faça junto de cosméticos e de materiais mais resistentes e, em
breve, promoverá grandes avanços no tratamento
18. Vamos fazer uma estimativa do tempo diário que de diversos tipos de câncer. Basicamente são estu-
utilizamos para diversas atividades que realizamos. dados e estruturados elementos com dimensões
Para isso, reúnam-se em grupos de 4 alunos. Cada par- entre 1 e 1 000 nm. Reúnam-se em grupos de três
ticipante do grupo ficará responsável por estimar o colegas e, utilizando seus smartphones, pesquisem
tempo diário, em segundos, dedicado a cada uma das e relacionem, pelo menos duas estruturas cada,
categorias relacionadas a seguir: possíveis pelo desenvolvimento da nanotecnologia.
– sono; Para cada estrutura relacionada, escrevam os valo-
res de suas medidas em nanômetros e em notação
– atividade esportiva;
científica. Elejam a estrutura que considerarem mais
– estudos; importante para a sociedade e escolham um mem-
– entretenimento. bro da equipe para apresentá-la à turma.
Anotações
EM-L1-21B-22
34

PARA
CONFERIR
1. Leia o texto. a. vertical. d. hiperbólica.

b. oblíqua. e. parabólica.
Quando os seres humanos começaram a negociar, surgiu a c. semicircular.
necessidade da criação de um sistema de pesos e medidas.
[…] Isso significa que alguém (quase sempre o governo) 3. Uma família que mora na cidade de Campina Grande
teria que estabelecer e manter um sistema padronizado de
(km 135 – BR-230) parte em férias para a cidade de
Sousa, (km 446 – BR-230), onde seus parentes orga-
pesos e comprimentos.
nizaram uma festa para recepcioná-los. Após par-
TREFIL, J.; HAZEN, R. M. Física viva. v. 1. Rio de Janeiro: LTC, 2006.
tirem de Campina Grande, já na cidade de Pombal
(km 390 – BR-230), recebem a ligação de um amigo
Com base no texto, podemos concluir que da família que reside em Patos (km 329 – BR-230).
a. o sistema de pesos e medidas foi uma invenção do O amigo quer uma carona exatamente para a cidade
governo. de Sousa, onde também tem parentes. Em nome da
amizade, a família faz o retorno em Pombal, de volta a
b. a criação de um sistema de pesos e medidas tor- Patos, para buscar o amigo, seguindo novamente para
nou as transações comerciais mais justas. Sousa após seu embarque.
c. antes da criação de um sistema de pesos e medi- O deslocamento realizado pela família e a distância
das não havia comércio entre os povos. percorrida, de Campina Grande até Sousa, são, res-
d. a criação de um sistema de pesos e medidas deu pectivamente,
início às negociações entre os seres humanos. a. 311 km e 433 km
2. (UESB-BA) Um avião, voando com velocidade cons- b. 311 km e 372 km
tante e próximo à superfície da Terra, abandona um c. 433 km e 311 km
objeto. Despreze o efeito do ar. Para um observador d. 135 km e 372 km
parado no solo, a trajetória do objeto é e. 135 km e 433 km
Seu Espaço
É PROIBIDA
EM-L1-21B-22
35

CAPÍTULO
2 MOVIMENTO UNIFORME (PARTE I)

SUMÁRIO
1. Velocidade escalar média38
2. Medindo a velocidade38
3. Velocidade instantânea38
4. Movimento uniforme39
5. MRU – Função horária dos espaços40
6. MRU – Classificação41
7. MRU – Velocidade relativa,
encontros e ultrapassagens42
HABILIDADES
• Comunicar, para públicos variados, em
diversos contextos, resultados de análises,
pesquisas e/ou experimentos, elaborando
e/ou interpretando textos, gráficos, tabelas,
símbolos, códigos, sistemas de classificação e
equações, por meio de diferentes linguagens,
mídias, tecnologias digitais de informação e
comunicação (TDIC), de modo a participar
e/ou promover debates em torno de temas
científicos e/ou tecnológicos de relevância
sociocultural e ambiental.
• Interpretar textos de divulgação científica que
tratem de temáticas das Ciências da Natureza,
disponíveis em diferentes mídias, considerando
a apresentação dos dados, tanto na forma
de textos como em equações, gráficos e/ou
tabelas, a consistência dos argumentos e a
coerência das conclusões, visando construir
estratégias de seleção de fontes confiáveis de
informações.
• Construir questões, elaborar hipóteses,
previsões e estimativas, empregar instrumentos
de medição e representar e interpretar
modelos explicativos, dados e/ou resultados
experimentais para construir, avaliar e justificar
conclusões no enfrentamento de situações-
-problema sob uma perspectiva científica.
36

ALFONSO DE TOMAS/SHUTTERSTOCK

A
o se deslocar por ruas e avenidas de grandes cidades, eventualmente, você
passará por alguns dispositivos instalados em pequenos postes ou totens.
São os radares, instalados em todo o Brasil, até mesmo nas rodovias. Segun-
do os departamentos de trânsito, eles têm função educativa, para que os motoris-
tas se conscientizem da necessidade de dirigir dentro dos limites de velocidades
estabelecidos. Entretanto, parte dos motoristas insiste em dirigir acima dos limites
permitidos onde não há radares e reduz a velocidade apenas quando se aproxima
de algum desses dispositivos.
Na tentativa de acabar com esses excessos, a cidade de São Paulo e o Distrito Fe-
deral começaram a instalar radares que medem a velocidade média dos veículos.
Para isso, foram selecionados trechos de avenidas e estradas em que dois radares,
a uma distância fixa um do outro, capturam informações dos veículos em dois mo-
É PROIBIDA
física
mentos distintos. Conhecendo-se a distância entre esses dois radares e o limite de

velocidade permitido no trecho, chega-se ao tempo mínimo necessário para que o
ciências da natureza e suas tecnologias
veículo percorra a distância entre eles respeitando o limite estabelecido. Se o tem-

po for menor do que esse mínimo necessário, significa que sua velocidade média
estava além da permitida. Inicialmente, essas medições estão gerando apenas
advertências, como medida educativa.
Projetos como esse podem influenciar de maneira positiva a consciência dos mo-
toristas. Respeitando as velocidades máximas estabelecidas, é possível melhorar
a segurança de pedestres, motoristas e passageiros, diminuindo os riscos de aci-
dentes e mortes no trânsito e o fluxo em avenidas e estradas, além de reduzir o
consumo de combustíveis e as emissões de poluentes.
37

1. VELOCIDADE ESCALAR MÉDIA
∆s s − s0
Ao estudarmos a velocidade de um corpo, estamos vm = =
∆t t − t 0
considerando a rapidez com que ele muda de posição
em relação a um referencial (∆s) e em um intervalo de
CAPÍTULO 2
tempo (∆t).
Analisando a relação entre esse deslocamento e o Em situações cotidianas observamos, na grande

intervalo de tempo, podemos concluir que: maioria das cidades, velocidades que variam de 40 km/h
a 70 km/h. Já nas estradas, as velocidades podem che-
∆s gar até 120 km/h.
vm =
∆t Apesar da unidade de velocidade km/h ser muito
utilizada, no Sistema Internacional de Unidades, a
em que vm é a velocidade média durante esse deslo- medida-padrão é o m/s.
camento. Para compararmos adequadamente medidas de ve-
Considerando o deslocamento de um veículo cuja locidade em km/h e em m/s, precisamos entender a
velocidade média é de 80 km/h, podemos concluir seguinte relação.
que, em média, esse veículo percorre 80 km a cada
hora. Porém, não podemos garantir que essa velo-
cidade permaneceu constante durante todo o deslo- 1 km 1 000 m 1
= = m/s
camento. 1h 3 600 s 3,6
Outro fator importante é que a velocidade média não
depende da trajetória realizada pelo veículo, podendo
Por exemplo, a velocidade de 108 km/h corresponde
ser retilínea ou curvilínea. A velocidade média depen-
de apenas das posições inicial e final do deslocamento  108 
à velocidade de 30 m/s  = 30  .
e do intervalo de tempo decorrido entre elas.  3,6 
De maneira prática, temos:
2. MEDINDO A VELOCIDADE
Analisando o deslocamento realizado por um móvel, m/s para km/h ⇒ multiplicar por 3,6
de acordo com sua trajetória, para um intervalo de · 3,6
tempo ∆t, temos as seguintes possibilidades:
• ∆s > 0 ⇒ vm > 0 (A favor da orientação da trajetória.)
m/s km/h
3,6
∆s
+
s0 s km/h para m/s ⇒ dividir por 3,6
• ∆s < 0 ⇒ vm < 0 (Em oposição à orientação da tra-

jetória.) 3. VELOCIDADE INSTANTÂNEA
Diferentemente da velocidade média, a velocidade ins-
Δs tantânea é aquela observada em determinado instante,
+ como a indicada pelo velocímetro de um veículo.
s s0
CRÉDITO DE IMAGEM
• ∆s = 0 ⇒ vm = 0 (Neste caso, o móvel permaneceu

em repouso ou retornou, ao final do deslocamen-
to, para sua posição inicial.)
+
s0
s
EM-L1-21B-22
Para o cálculo da velocidade média, a razão entre o des-

locamento e o intervalo de tempo pode ser escrita assim:
38

Na imagem anterior, observamos um velocímetro seja, tendendo a zero (∆t → 0), podemos considerar a velo-
indicando a velocidade de um veículo como 76 km/h. cidade como aquela em que o veículo se encontra naque-
Além da observação, por meio direto, do velocíme- la fração de momento, isto é, sua velocidade instantânea.
tro, a velocidade instantânea pode ser obtida pelos
radares móveis, que são encontrados em ruas e ave-
4. MOVIMENTO UNIFORME

nidas de grandes cidades e, também, em estradas.
Esses dispositivos podem detectar a velocidade de Ao analisarmos diversos tipos de movimentos presen-
um veículo a centenas de metros de distância, por tes em nosso cotidiano, começaremos pelo mais simples.
meio de uma tecnologia cuja explicação será aborda- Caminhando em um parque ou, ainda, sobre uma estei-
da no estudo das ondas sonoras. ra em uma academia, podemos manter um ritmo cons-
tante, de maneira que nossa velocidade praticamente não
se altera por algum tempo. Na esteira, por exemplo, pode-
mos configurar seu mecanismo para uma velocidade de
corrida específica e, assim, mantê-la durante um período,
conforme as necessidades do nosso treinamento.
ZU_09/ISTOCKPHOTO.CO
SKYNESHER/ISTOCKPHOTOS
Já os radares fixos medem a velocidade escalar
média dos automóveis em um percurso de cerca de
3 metros. Para isso, colocam-se na pista três senso-
res chamados de laços. Ao passar pelo primeiro laço,
o veículo aciona o cronômetro, que para no segundo
laço; se houver excesso de velocidade, o cálculo é re- A esse movimento, cuja velocidade escalar instantâ-
feito do segundo para o terceiro laço e, então, a câme- nea, diferente de zero, não sofre alterações durante um
ra é acionada. intervalo de tempo, chamamos de movimento uni-
forme (MU). Concluímos, nesse caso, que o móvel ob-
servado percorre distâncias iguais em tempos iguais.
Esse tipo de movimento, além de ser o mais simples
dos que analisaremos, também pode ser observado
em outras situações: como na maior parte do trajeto
de um trem em viagem por uma ferrovia (descon-
siderando os momentos de partida e chegada); nas
rodovias quando o velocímetro do veículo mantém a
L3 L2 L1 mesma indicação de velocidade durante determina-
do tempo; nos aviões em velocidade de cruzeiro etc.
O movimento uniforme pode descrever trajetórias
em linhas retas ou curvilíneas.
É PROIBIDA
Para um trecho de rodovia cuja velocidade máxima per- VOCABULÁRIO

mitida seja de 110 km/h (≅ 30,6 m/s), e os sensores estejam Velocidade de cruzeiro: velocidade do avião com o motor funcio-
separados por uma distância de 3,00 metros, o intervalo nando no regime mais apropriado, isto é, desenvolvendo o máximo
de tempo entre o acionamento dos sensores será de: do seu rendimento.
∆s 3
vm =
∆t
⇒ 30,6 =
∆t
⇒ ∆t ≅ 0,098 s A. Trajetória retilínea
EM-L1-21B-22
Observando um elevador panorâmico, em uma descida

Analisando a equação da velocidade média para uma em linha reta, sem paradas entre dois andares distantes,
condição em que o intervalo de tempo é bem pequeno, ou podemos afirmar que ele percorre distâncias iguais em
39

tempos iguais, ou seja, desce com velocidade constante,
METAMORWORKS/SHUTTERSTOCK
realizando movimento retilíneo uniforme (MRU).
CAPÍTULO 2
TAMISCLAO/SHUTTERSTOCK
ZAPP2PHOTO/SHUTTERSTOCK
B. Trajetória curvilínea
Na imagem seguinte, podemos observar pessoas se di-
vertindo em um dos brinquedos radicais de parques de
diversão. No “chapéu mexicano”, as pessoas acomodam-se
em pequenas cadeiras suspensas, que giram juntamente
com o anel superior da estrutura do brinquedo. Quando a
velocidade atinge um valor determinado, ela se mantém
constante durante algum tempo, fazendo com que todas
as pessoas no brinquedo realizem, juntas, um movimen-
to circular uniforme (MCU), neste caso, durante esse in-
tervalo, com velocidade constante.
Veremos, adiante em nosso curso, detalhes específi- Já em testes por grandes fabricantes de veículos e indústrias
cos do MCU. de tecnologia, os carros autônomos prometem ir muito além
do simples controle de velocidade, tendo o domínio total do
veículo. Assim, motoristas vão se tornar meros usuários dos
veículos, precisando apenas indicar seu destino e deixando que
os carros os levem até ele.
RAWF8/ISTOCKPHOTOS
5. MRU – FUNÇÃO HORÁRIA DOS ESPAÇOS

Após identificar um movimento como uniforme, é
importante termos um instrumento que nos permita
caracterizá-lo e, também, prever como estará em ou-
tros momentos da análise. Para isso, o uso de equações
matemáticas básicas pode nos ajudar. Com elas, rela-
cionamos as grandezas espaço, tempo e velocidade.
Assim, conhecendo a velocidade de um móvel, sabere-
APLICAÇÕES mos identificar sua posição em relação ao referencial
Piloto automático
escolhido, em qualquer instante de tempo.
As primeiras versões de piloto automático, implementadas Observe a imagem de um móvel em movimento
em veículos, são bem diferentes daquelas que equipam aviões uniforme.
comerciais. Sua função, nos veículos, resume-se ao controle e
à manutenção de determinada velocidade, selecionada pelos t0 = 0 t
motoristas. Sua utilização é bastante cômoda, principalmente v v
em rodovias, onde, após identificar o limite de velocidade
permitido, os motoristas podem ativá-lo para evitar a s0 s
necessidade de controlar e alterar a velocidade por meio do
acelerador. Caso seja necessário aumentar a velocidade, ou
EM-L1-21B-22
Partindo da equação da velocidade, que estudamos

frear, por alguma questão de tráfego, basta pisar no respectivo
pedal para assumir novamente o controle manual da velocidade. anteriormente, em que ∆s = s – s0, e considerando o
instante inicial como t0 = 0, temos:
40

∆s v
v=
∆t
v ⋅ (t − t 0 ) = s − s0
v ⋅ t = s − s0 – +

Ou ainda:
TECNOLOGIA
s = s0 + v ⋅ t O trânsito nas grandes cidades representa, cada vez mais,
um desafio para as administrações públicas. Criar possibili-
função horária dos espaços – MRU dades e alternativas que melhorem o fluxo de veículos é um
dos caminhos para minimizar o tempo gasto no tráfego. Um
A essa equação damos o nome de função horária do mecanismo já bastante utilizado é o chamado “onda verde”.
movimento ou função horária dos espaços. Trata-se de um sistema de sincronismo de semáforos utilizado
para gerenciar a fluidez do tráfego de veículos em avenidas
Como exemplo, vamos analisar o movimento de
de grande movimentação e pode ser utilizado em avenidas de
um carrinho de controle remoto. Em uma pista plana, sentido único ou duplo.
marcamos posições no chão desde um ponto inicial
ALF RIBEIRO/SHUTTERSTOCK
até uma distância de 50 m. Ao analisarmos o movi-
mento do carrinho por essa pista, verificamos que, a
partir do momento em que ele passa pela posição 10 m,
mantém uma velocidade constante de 2 m/s.
Com essas informações, podemos escrever sua fun-
ção horária e, consequentemente, descrever seu movi-
mento em qualquer instante a partir dos 2 s.
Assim, a equação dos espaços é escrita da seguinte
forma:
s = 10 + 2 ⋅ t
De forma simples, esse sistema permite que, após a abertu-
ra do sinal verde em determinado cruzamento, o veículo, ao
Para sabermos onde esse carrinho se encontrará
se aproximar do cruzamento seguinte, encontre novamente
em outros instantes, basta utilizar a equação horária, um sinal verde, e assim sucessivamente. Porém, é necessário
substituindo o tempo sugerido. Por exemplo: manter uma velocidade constante, para que o percurso ocorra
• no instante t = 2 s, temos: sem interrupções.
s = 10 + 2 ⋅ (2) ⇒ s = 14 m
• no instante t = 10 s, temos:
APRENDER SEMPRE
• s = 10 + 2 ⋅ (10) ⇒ s = 30 m
1. Um ponto material descreve um movimento uniforme e suas
• no instante t = 20 s, temos:
posições obedecem à função horária s = 4 + 5 · t, em unidades
s = 10 + 2 ⋅ (20) ⇒ s = 50 m do SI. Determine
a. o espaço (ou posição) inicial;
b. a velocidade escalar.
6. MRU – CLASSIFICAÇÃO
Resolução
Por convenção, quando a velocidade de um móvel é Comparando a função dada com a função horária dos espaços,
positiva (v > 0), significa que ele está se deslocando no temos:
É PROIBIDA
mesmo sentido da orientação da trajetória. Chamamos
FÍSICA
s = s0 + v0 · t
esse tipo de movimento de movimento progressivo. s=4+5·t
a. s0 = 4 m
v b. v = 5 m/s
2. Analisando o movimento de um carro em uma rodovia, es-

– + tabeleceu-se a seguinte equação horária para seu movimento:
s = 120 + 30 · t
Em contrapartida, quando a velocidade de um móvel é Com base na equação, encontre a posição inicial do carro,a
sua velocidade, e. indique se ele está se deslocando a favor
EM-L1-21B-22
negativa (v < 0), significa que ele está se deslocando em

da orientação da trajetória ou contra ela. Utilize o Sistema
sentido oposto ao da orientação da trajetória. Chamamos Internacional de Unidades como padrão.
esse tipo de movimento de movimento retrógrado.
41

2o caso: veículos no mesmo sentido (|v1| > |v2|).
Resolução
De acordo com a equação, temos:
s0 = 120 m vrel = |v1| – |v2|
v = 30 m/s
CAPÍTULO 2
Como a velocidade é positiva, o deslocamento está a favor da

Para a situação exposta, temos o 1° caso, logo:

orientação da trajetória.
vrel = |120| + |–80|
v rel = 120 + 80
7. MRU – VELOCIDADE RELATIVA, ENCONTROS v rel = 200 km/ h
E ULTRAPASSAGENS
Na análise dos movimentos simultâneos de móveis,
que se deslocam pela mesma trajetória ou por trajetó- B. Encontros
rias paralelas, podemos observar três tipos de situação: Para sabermos em que instante os veículos, do exemplo,
o cruzamento, ou encontro, desses móveis; a ultrapas- vão se encontrar, basta considerarmos a distância entre
sagem de um deles; ou, ainda, a manutenção da distân- as duas cidades, ∆s = 100 km, e a velocidade relativa,
cia entre eles. Para o estudo dessas situações, vamos vrel = 200 km/h. Com essas duas informações, encontra-
utilizar dois caminhos. Análise das funções horárias e mos o intervalo de tempo pela equação da velocidade:
da velocidade relativa.
∆s 100
v rel = ⇒ 200 =
A. Velocidade relativa ∆t ∆t
Para entender o conceito de velocidade relativa, va- 100
∆t = = 0,5 h
mos analisar os movimentos a seguir. 200
Dois veículos partem de duas cidades diferentes –
um de São Paulo e o outro de Campinas –, cada um em Portanto, eles se cruzarão após 0,5 h do início de seus
direção à cidade de partida do outro. Eles saem exata- movimentos.
mente no mesmo horário: às 10 horas. Vamos considerar Com o tempo de encontro, ainda podemos obter a loca-
a distância entre eles de 100 km. O veículo que sai de lização em que o cruzamento acontecerá. Basta utilizar-
São Paulo realiza o trajeto com velocidade constante de mos a função horária dos espaços, para qualquer um dos
120 km/h, e o que sai de Campinas percorre o trecho com veículos, e considerar o tempo gasto até o cruzamento.
velocidade constante de 80 km/h. Como utilizam a mes- Para o veículo que partiu de São Paulo, temos:
ma estrada, a rodovia Bandeirantes, em algum momen-
to de seus deslocamentos, certamente, irão se cruzar. s1 = s01 + v1 · t
Para encontrarmos em que instante isso ocorrerá, s1 = 0 + 120 · 0,5
precisamos, primeiramente, observar que eles se deslo- s1 = 60 km
cam em sentidos opostos. A consequência desse fato nos Se fizermos o mesmo para o veículo que partiu de
indica que a velocidade de um dos veículos será repre- Campinas, teremos:
sentada de maneira negativa, por se deslocar em senti-
do contrário ao do outro veículo. Adotaremos o sentido s2 = s02 + v2 · t
positivo para a velocidade do veículo que parte de São s2 = 100 – 80 · 0,5
Paulo. A justificativa para isso você encontrará no boxe s2 = 60 km
“Para ir além”. Assim, a velocidade do veículo que parte Observe que o valor obtido é o mesmo para os dois
de São Paulo será considerada como 120 km/h, e a do veículos.
veículo que parte de Campinas, como –80 km/h.
Sabemos que a distância entre os dois veículos, no
momento em que iniciam o movimento, é de 100 km, PARA IR ALÉM
e que eles se aproximam, a cada instante, com uma As rodovias brasileiras se classificam em três níveis: federal, es-
velocidade, que é chamada de velocidade relativa. tadual e municipal; sua nomenclatura está relacionada a esses
O módulo da velocidade relativa pode ser calculado níveis. As rodovias federais, por exemplo, têm sua nomenclatura
em dois casos distintos: representada pelas letras BR, seguidas de três algarismos. Assim,
se estivermos em viagem pela BR-101, significa que estamos em
1o caso: veículos em sentidos opostos. uma rodovia longitudinal, pois o primeiro algarismo – 1 – desse
número indica que a estrada cruza o país de Norte a Sul. Além disso,
EM-L1-21B-22
v rel = | v1 | + | v 2 | saberemos que essa estrada começa no ponto mais a leste de Bra-
sília, pois os dois algarismos seguintes, 01, indicam essa condição.
42

C. Ultrapassagens
BR BR BR BR De maneira semelhante à que usamos para anali-
010 020 030 040
sar o encontro de móveis – por meio da velocidade
BR BR BR BR relativa –, vamos, agora, observar como as ultra-
050 060 070 080 passagens podem ser entendidas. Além de termos

de encontrar a velocidade relativa, precisamos
Se estivermos na BR-040, significa que estamos em uma estra-
também considerar todos os deslocamentos até a
da radial que parte de Brasília (o primeiro 0 nos indica isso), e os
ultrapassagem estar completa. A diferença, é que
dois algarismos seguintes (40) fazem referência à posição mais
longitudinal, com base em uma variação no sentido horário, e na maioria dos casos as dimensões dos corpos de-
a uma ordem crescente do litoral para o interior (entre 01 e 49) vem ser consideradas.
a leste de Brasília, e à continuação dessa ordem (entre 51 e 99) Observe a ilustração a seguir, que indica o momento
a oeste de Brasília. inicial de uma ultrapassagem entre dois caminhões.
Também existem estradas que cruzam o país de maneira
transversal, sendo o algarismo 2 seu primeiro representante;
os algarismos seguintes seguem a mesma lógica daqueles uti- 0 L1 L1 L2 L1 + L2
lizados para as rodovias longitudinais.
A vA
O marco zero das rodovias costuma ser o centro da cidade de t=0 vB
B
início delas, ou a divisa entre os estados.
São Paulo contém uma das maiores malhas rodoviárias da Amé- +
rica Latina. O sistema composto pelas rodovias Anhanguera,
Bandeirantes e Washington Luís é considerado o maior corredor
financeiro do país.
Caminhão A: L1 = 25 m de comprimento e velocidade
vA = 25 m/s
DADO PHOTOS/SHUTTERSTOCK
Caminhão B: L2 = 20 m de comprimento e velocidade

vB = 15 m/s
Calculando a velocidade relativa entre eles, para veí-
culos no mesmo sentido, temos:
vrel = |25| – |15|

vrel = 10 m/s
Observe agora a ilustração correspondente ao mo-

mento final da ultrapassagem, em que sA = sB.
Rodovia dos Bandeirantes – São Paulo

sA = sB
ALF RIBEIRO/SHUTTERSTOCK
A
t
B
+
Podemos perceber que o caminhão A teve que per-

correr uma distância correspondente a soma dos com-
primentos dos dois caminhões. Logo, o tempo de ultra-
passagem pode ser calculado, por:
É PROIBIDA
FÍSICA
∆s
v rel =
Rodovia Anhanguera – Ribeirão Preto ∆t

(L A + L B )
v rel =
Semelhante aos critérios federais de nomenclatura, as rodo- ∆t
vias estaduais também são representadas por letras (sigla dos (25 + 20)
estados) e números. 10 =
∆t
A rodovia paulista Anhanguera (SP-330), por exemplo, tem seu
∆t = 4,5 s
início na cidade de São Paulo e atinge o marco quilométrico 453 km
EM-L1-21B-22
na divisa com o estado de Minas Gerais. Além disso, faz parte do

sistema da BR-050, que liga Brasília a Santos, no litoral paulista. Portanto, o término da ultrapassagem ocorrerá no
instante 4,5 s.
43

CAPÍTULO 2
MÓDULO 4 ■ VELOCIDADE ESCALAR: MÉDIA E INSTANTÂNEA
CAPÍTULO 2
1. Um estudante da cidade de Brasília leva, da sua casa 3. (UNISC-RS) Um passageiro de ônibus está transitan-
ao colégio, em torno de meia hora a pé. Determine a do, com velocidade constante, pela Tabaí Canoas no
velocidade média que ele desenvolve, sabendo que sentido Santa Cruz do Sul-Porto Alegre, quando vê
esse percurso é de 1,5 km. uma placa indicando que faltam 12 km para chegar ao
Restaurante Grenal. A partir desse momento, ele mar-
Resolução
ca o tempo até passar pela frente desse restaurante. O
Pela equação da velocidade média:
tempo marcado foi de 10 minutos. Qual foi a velocida-
∆s 1,5 de nesse trajeto?
vm = = = 3km/h
∆t 0,5
a. 50 km/h
b. 68 km/h
c. 72 km/h
d. 80 km/h
e. 120 km/h
Resolução
Primeiramente, encontramos o valor do tempo de 10 minutos
correspondente na unidade de medida horas.
10 minutos correspondem a exatamente 1/6 de hora.
Assim, pela equação da velocidade média, temos:
2. Celular e direção não combinam. Estudos mostram vm = ∆s = 12 = 72 km/h

∆t 1
que uma pessoa ao volante pode levar até 5 segundos 6
para pegar o celular e atender a uma chamada. Parece Alternativa correta: C
pouco mas, se analisarmos o deslocamento feito por Habilidade
um carro a uma velocidade de 60 km/h – limite da Construir questões, elaborar hipóteses, previsões e estimativas,
maioria das avenidas em grandes cidades –, o impacto empregar instrumentos de medição e representar e interpretar
dessa ação pode ser perigoso, pois, nesse intervalo de modelos explicativos, dados e/ou resultados experimentais para
5 s, o deslocamento do carro será de aproximadamen- construir, avaliar e justificar conclusões no enfrentamento de
te _______ metros. situações problema sob uma perspectiva científica.
Resolução
É possível encontrar o deslocamento utilizando a equação da
velocidade. Assim:
v = ∆s ⇒ 30 = ∆s
∆t 3,6 5
∆s ≅ 83,3 m
EM-L1-21B-22
44

Exercícios EXTRAS
4. (UFPR) A utilização de receptores GPS é cada vez

mais frequente em veículos. O princípio de funciona-

mento desse instrumento é baseado no intervalo de Los Angeles
OCEANO
tempo de propagação de sinais, por meio de ondas
Trópico de Câncer ATLÂNTICO
eletromagnéticas, desde os satélites até os recepto-
res GPS. Considerando a velocidade de propagação da
onda eletromagnética como sendo de 300 000 km/s e Equador
que, em determinado instante, um dos satélites en-
contra-se a 30 000 km de distância do receptor, qual
é o tempo de propagação da onda eletromagnética Trópico de Capricórnio
emitida por esse satélite GPS até o receptor? São Paulo
a. 10 s d. 0,01 s
Meridiano de
OCEANO
Greenwich
b. 1 s e. 0,001 s
PACÍFICO
c. 0,1 s
N
5. Um avião sai de Los Angeles às 6 horas e percorre OCEANO
Círculo Polar Antártico
10 800 km até chegar a São Paulo. Sendo a veloci-
dade média do avião 900 km/h e considerando, o –10h –9h –8h –7h –6h –5h –4h –3h –2h –1h 0h
fuso horário representado no mapa, qual é o horá-
rio de chegada do avião a São Paulo?
Seu Espaço
Sobre o módulo
Neste módulo, trazemos as primeiras impressões sobre a velocidade média e a velocidade instantânea. É importante ressaltar que podemos
observá-las a todo momento no movimento de carros, motociclistas e pessoas. O intuito é dar subsídios aos alunos para que desenvolvam
a habilidade de associar a solução de problemas referentes a transportes com o desenvolvimento tecnológico dessa área.
Não há necessidade de um aprofundamento maior, já que o conceito de velocidade será utilizado em diversos momentos posteriores. Fazer
comparações entre os movimentos que ocorrem em ruas e avenidas, demonstrando como sua velocidade é maior ou menor dependendo
do contexto.
A utilização de recursos matemáticos é básica, sem envolver cálculos complexos neste momento.
A contextualização é frequente e necessária para que a aprendizagem dos alunos seja significativa.
Na web
Simulador de movimento. Disponível em: <coc.pear.sn/tRHNYIf>.
É PROIBIDA
EM-L1-21B-22
45

CAPÍTULO 2
CAPÍTULO 2
Da teoria, leia os tópicos de 1, 2 e 3. po gasto no percurso entre um radar e outro. Sabe-se que
Exercícios de: Tarefa Reforço Aprofundamento Lidere! a velocidade média é calculada como sendo a razão entre a
distância percorrida e o tempo gasto para percorrê-la.

6. A velocidade de cruzeiro de certo avião comer- O teste realizado mostrou que o tempo que permite uma
cial é de 800 km/h. Considere que esse avião pos- condução segura de deslocamento no percurso entre os
sa manter essa velocidade durante 1h30min em dois radares deveria ser de, no mínimo, 1 minuto e 24 se-
linha reta. Qual é a distância percorrida por esse gundos. Com isso, a CET precisa instalar uma placa antes
avião em quilômetros? do primeiro radar informando a velocidade média máxi-
ma permitida nesse trecho da via. O valor a ser exibido na
7. (EEAR-SP) Uma aeronave F5 sai da base aé- placa deve ser o maior possível, entre os que atendem às
rea de Santa Cruz às 16h30 para fazer um sobre- condições de condução segura observadas.
voo sobre a Escola de Especialistas de Aeronáutica Disponível em: <www1.folha.uol.com.br/>. Acesso em: 11 jan. 2014.
(EEAR), no momento da formatura de seus alunos
do Curso de Formação de Sargentos. Sabendo que
A placa de sinalização que informa a velocidade que
o avião deve passar sobre o evento exatamente às
atende a essas condições é
16h36 e que a distância entre a referida base aérea
e a EEAR é de 155 km, qual a velocidade constan- a. 25 km/h d. 102 km/h
te, em km/h, que a aeronave deve desenvolver para b. 69 km/h e. 110 km/h
chegar no horário previsto? c. 90 km/h
10. (UFRJ) João fez uma pequena viagem de carro

de sua casa, que fica no centro da cidade A, até a casa
de seu amigo Pedro, que mora na entrada da cidade B.
SÃO PAULO Para sair de sua cidade e entrar na rodovia que conduz
RIO DE JANEIRO
à cidade em que Pedro mora, João percorreu uma dis-
EEAR
tância de 10 km em meia hora. Na rodovia, ele manteve
Mangaratiba Base aérea uma velocidade escalar constante até chegar à casa de
de Santa
Cruz Pedro. No total, João percorreu 330 km e gastou quatro
Paraty
Ilha Grande
horas e meia.
a. Calcule a velocidade escalar média do carro de
João no percurso dentro da cidade A.
0 20 km OCEANO ATLÂNTICO
b. Calcule a velocidade escalar constante do carro na
Trópico de Capricórnio
45º O
rodovia.
a. 1 550 11. (Enem) Uma cidade foi construída de forma pla-

b. 930 nejada e apresenta todos os quarteirões quadrados,
de tamanhos iguais e medindo 100 m cada um. Um
c. 360
automóvel sai de um ponto A, que fica em determi-
d. 180 nado cruzamento de duas ruas, com destino a um
ponto B, que também fica no cruzamento de duas
8. A velocidade máxima utilizada no transporte de
ruas. Para isso, ele percorre, em trajeto retilíneo, 5
carga fluvial é 10 nós. Considerando um trecho nave- quadras, vira à direita e percorre mais 2 quadras. Em
gável de 2 500 km, qual é a menor quantidade de dias seguida, vira à esquerda e percorre mais 4 quadras,
necessários para o transporte? vira à direita e percorre mais 4 quadras e, por fim, vira
Dado: 1 nó ≅ 0,5 m/s à direita e percorre 1 quadra, chegando ao ponto B.
Sabendo que o intervalo de tempo gasto nesse per-
9. (Enem) curso foi de 160 s, qual foi a velocidade escalar média,
em km/h, desenvolvida pelo automóvel para efetuar o
A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) de São Pau- percurso do ponto A até o ponto B?
lo testou em 2013 novos radares que permitem o cálculo a. 10,0
da velocidade média desenvolvida por um veículo em um
trecho da via.
b. 20,0
c. 36,0
EM-L1-21B-22
As medições de velocidade deixariam de ocorrer de manei-

ra instantânea, ao se passar pelo radar, e seriam feitas a d. 72,0
partir da velocidade média no trecho, considerando o tem- e. 90,0
46

12. (Encceja) João quer viajar de trem desde a estação velocidade máxima permitida, qual será o tempo ne-
Brás em São Paulo até a estação de Jundiaí, no mesmo cessário, em horas, para a realização da entrega?
estado. Ele procurou na internet e encontrou no sítio da a. 0,7 d. 2,0
companhia de trem a informação que consta no quadro
b. 1,4 e. 3,0
seguinte.

c. 1,5
14. (Acafe-SC) Em um bairro da grande Florianópolis

foi realizada uma prova de minimaratona. Os organi-
zadores pensaram em fazer uma prova semelhante ao
Ironman, porém, com dimensões reduzidas. O percur-
so da prova está mostrado no mapa e as medidas são:
VIAGEM PONTO A PONTO – SUGESTÃO DE ROTEIRO
800 m do percurso da natação, 4 000 m do percurso do
Estação Inicial – Brás ciclismo e 1 500 m do percurso da corrida. A prova come-
Estação Final – Jundiaí çou com 1 volta no percurso da natação, em seguida 5
Tempo estimado de viagem: 1 h 50 min voltas no percurso do ciclismo e, finalmente, 3 voltas no
percurso da corrida. (L = largada e C = chegada)
CPTM
Embarque na estação Brás. Siga até Luz.
Linha 0
Terra
Ciclismo
↓ Na estação Luz, transfira para a
CPTM Linha A – CPTM (Transferência gratuita)
Corrida
CPTM
Siga até Francisco Morato
Linha A
L/C
Na estação Francisco Morato,
↓ transfira para a linha A Extensão –
L
Natação
CPTM (Transferência gratuita). C
CPTM Mar
Linha A Siga até Jundiaí
Extensão Assim, a alternativa correta é
a. todos os atletas que participaram da prova tive-
Nota: Este roteiro de viagem é gerado de forma auto- ram a mesma velocidade escalar média.
mática, de acordo com as estações informadas. O tem- b. na prova de corrida, cada atleta realizou um deslo-
po estimado de viagem é baseado no regime normal camento de 4 500 m metros.
de operação e não leva em conta fatos eventuais que c. se um atleta realizou a natação em 10 minutos,
possam gerar atrasos. sua velocidade média foi de, aproximadamente,
Em um período de regime normal de operação, sendo 1,3 m/s.
a distância entre as duas estações igual a 120 km, o d. na prova de ciclismo, o primeiro colocado realizou
valor aproximado do módulo da velocidade média de- um espaço percorrido de 20 000 metros e um des-
senvolvida no percurso é de locamento de 0 (zero) metros.
a. 75 km/h d. 50 km/h
15. (Encceja) Uma placa de sinalização de uma es-
b. 65 km/h e. 82 km/h
trada indica que o próximo posto de combustível está
c. 55 km/h a 16 quilômetros de distância. Se um motorista manti-
É PROIBIDA
ver velocidade média de 80 km/h logo após ter lido a
FÍSICA
13. (Enem) Uma empresa de transportes precisa efe-

tuar a entrega de uma encomenda o mais breve pos- placa, chegará ao posto de combustível em
sível. Para tanto, a equipe de logística analisa o trajeto a. 3 minutos d. 12 minutos

desde a empresa até o local da entrega. Ela verifica b. 6 minutos e. 15 minutos
que o trajeto apresenta dois trechos de distâncias di-
c. 9 minutos
ferentes e velocidades máximas permitidas diferentes.
No primeiro trecho, a velocidade máxima permitida é 16. (PUC-PR) Nas regiões Sul e Nordeste do litoral da
de 80 km/h e a distância a ser percorrida é de 80 km. Inglaterra, existem construções em concreto em forma
No segundo trecho, cujo comprimento vale 60 km, a de refletores acústicos que foram utilizadas durante as
velocidade máxima permitida é 120 km/h.
EM-L1-21B-22
décadas de 1920 e 1930 para a detecção de aeronaves

Supondo que as condições de trânsito sejam favoráveis inimigas. O som produzido pelas aeronaves é refletido
para que o veículo da empresa ande continuamente na pela superfície parabólica e concentrado no ponto de
47

CAPÍTULO 2
foco, onde um vigia ou um microfone captava o som.
Desafio
CAPÍTULO 2
Com o desenvolvimento de aeronaves mais rápidas e

de sistemas de radares, os refletores tornaram-se ob- 17. (ITA-SP) No sistema de sinalização de trânsito
soletos. Suponha que um vigia posicionado no centro urbano chamado de “onda verde”, há semáforos com
de um refletor comece a escutar repentinamente o dispositivos eletrônicos que indicam a velocidade a
ruído de um avião inimigo que se aproxima em missão ser mantida pelo motorista para alcançar o próximo
de ataque. O avião voa a uma velocidade constante de sinal ainda aberto. Considere que de início o painel
540 km/h numa trajetória reta coincidente com o eixo indique uma velocidade de 45 km/h. Alguns segun-
da superfície parabólica do refletor. Se o som emitido dos depois ela passa para 50 km/h e, finalmente
pelo motor do avião demora 30,0 s para chegar ao re- para 60 km/h. Sabendo que a indicação de 50 km/h
fletor, a que distância o avião se encontra do refletor no painel demora 8,0 s antes de mudar para 60 km/h,
no instante em que o vigia escuta o som? Considere então a distância entre os semáforos é de
que a velocidade do som no ar é de 340 m/s. a. 1,0 ∙ 10-1 km
a. 14,7 km b. 2,0 ∙ 10-1 km
b. 10,2 km c. 4,0 ∙ 10-1 km
c. 6,00 km d. 1,0 km
d. 5,70 km e. 1,2 km
e. 4,50 km
Anotações
EM-L1-21B-22
48

MÓDULO 5 ■ MRU – FUNÇÃO HORÁRIA DOS ESPAÇOS

1. (Mackenzie-SP) Uma partícula descreve um movi- 3. Um veículo, partindo do km 50 de uma rodovia, deslo-
mento retilíneo uniforme, segundo um referencial ca-se no sentido crescente das marcações quilométri-
inercial. A equação horária da posição, com dados no cas, com uma velocidade de 80 km/h. A função horária
SI, é x = −2 + 5 · t. Nesse caso, podemos afirmar que a para o movimento desse veículo e o marco quilométri-
velocidade escalar da partícula é co que ele passará após duas horas de viagem, respec-
a. −2 m/s e o movimento é retrógrado. tivamente, são
b. −2 m/s e o movimento é progressivo. a. s = 50 + 80 ∙ t e 60 km
c. 5 m/s e o movimento é progressivo. b. s = 50 + 80 ∙ t e 180 km
d. 5 m/s e o movimento é retrógrado. c. s = 50 – 80 ∙ t e 60 km
e. −2,5 m/s e o movimento é retrógrado. d. s = 50 – 80 ∙ t e 210 km
e. s = 50 + 80 ∙ t e 210 km
Resolução
De acordo com a função horária, temos: s0 = −2 m e v = 5 m/s. Resolução
Sendo v > 0, significa que a partícula se move no sentido crescen- Escrevendo a função horária, temos:
te das posições e, portanto o movimento é progressivo. s = s0 + v ∙ t ⇒ s = 50 + 80 ∙ t
Alternativa correta: C Utilizando a função horária para o tempo de 2 h, temos:
s = 50 + 80 ∙ 2 = 210 km
Assim, após duas horas, o veículo estará no marco quilométrico
210 km.
Alternativa correta: E
2. (Fuvest-SP) Uma menina, segurando uma bola de tê- Habilidade
nis, corre com velocidade constante, de módulo igual a Construir questões, elaborar hipóteses, previsões e estimativas,
10,8 km/h, em trajetória retilínea, em uma quadra plana empregar instrumentos de medição e representar e interpre-
e horizontal. Em certo instante, a menina, com o braço tar modelos explicativos, dados e/ou resultados experimentais
para construir, avaliar e justificar conclusões no enfrentamento
esticado horizontalmente ao lado do corpo, sem alterar de situações-problema sob uma perspectiva científica.
o seu estado de movimento, solta a bola, que leva 0,5 s
para atingir o solo. As distâncias sm e sb percorridas,
respectivamente, pela menina e pela bola, na direção
horizontal, entre o instante em que a menina soltou a
bola (t = 0 s) e o instante t = 0,5 s, valem (Desconsidere
os efeitos dissipativos.)
a. sm = 1,25 m e sb = 0 m
b. sm = 1,25 m e sb = 1,50 m
c. sm = 1,50 m e sb = 0 m
d. sm = 1,50 m e sb = 1,25 m
e. sm = 1,50 m e sb = 1,50 m
Resolução
A velocidade de 10,8 km/h corresponde, em unidades do SI, a
É PROIBIDA
FÍSICA
3 m/s.
Tanto a velocidade da menina, quanto a da bola na horizontal,
são iguais a 3 m/s.

Então, em 0,5 s, a menina e a bola percorrem a mesma distância
horizontal.
Assim, temos:
Δsmenina = Δsbola = v ∙ Δt
Δsmenina = Δsbola = 3 ∙ 0,5 = 1,5 m
Alternativa correta: E
EM-L1-21B-22
49

CAPÍTULO 2
Exercícios EXTRAS
CAPÍTULO 2
4. (Unitau-SP) Um automóvel percorre uma estrada De posse desses dados, é possível concluir que o carri-
com função horária x = –40 + 80 · t, onde x é dado em nho se deslocou com velocidade constante de ______,
km e t em horas. O automóvel passa pelo km zero após regido pela função horária dos espaços ________.
a. 1,0 h c. 0,5 h e. 2,5 h A alternativa que corresponde corretamente ao preen-
b. 1,5 h d. 2,0 h chimento da frase é:
a. –5 cm/s e s = 10 ∙ t
5. Após realizar um experimento com um carrinho se
b. –5 cm/s e s = 5 ∙ t
movendo sobre um trilho de ar, um estudante de física
registrou os seguintes dados, na tabela: c. 5 cm/s e s = –5 ∙ t
d. 5 cm/s e s = –10 ∙ t
s (cm) 0 10 20 30 40 50 e. 5 cm/s e s = 5 ∙ t
t (s) 0 2 4 6 8 10
Seu Espaço
Sobre o módulo
Neste módulo, analisaremos as características do movimento uniforme. É possível observá-lo em inúmeras situações em nosso dia a dia,
pois se trata de um dos movimentos mais simples, que pode ser descrito por pura observação, mas também por equações horárias, que
identificam as posições de um móvel em qualquer instante de tempo. Partiremos do conceito de velocidade média, com base em desloca-
mentos orientados, para deduzir a chamada função horária dos espaços.
Classificaremos ainda, quanto à orientação das trajetórias, os movimentos progressivo e retrógrado. É importante atentar ao fato de que
no MU a velocidade escalar média é igual à velocidade instantânea, e a aceleração escalar média é igual a zero, independentemente da
forma de sua trajetória.
EM-L1-21B-22
50

Da teoria, leia os tópicos 4, 4.A, 4.B, 5 e 6. t=0 t=1h t=2h t=3h

Exercícios de: Tarefa Reforço Aprofundamento Lidere!
km 20 km 50 km 80 km 110

6. De acordo com a Mecânica clássica, é possível Com o espaço s em quilômetros e o tempo t em horas, es-
prever a posição futura de um móvel se forem co- creva a função horária dos espaços para esse movimento.
nhecidas as condições iniciais de seu movimento e a
expressão analítica que o descreve. Um corpo ocupa 11. (UFAC) Um objeto realiza um MU e sua função
diferentes posições sobre uma trajetória, de acor- horária é s = 27 – 9,0 ∙ t (SI). Pedem-se
do com a função s = –14 + 2. Determine as posições a. a posição inicial;
ocupadas pelo corpo nos instantes 2 s e 11 s. Calcule b. a velocidade inicial;
também o deslocamento escalar nesse intervalo de
c. a posição no instante t = 2,0 s;
tempo.
d. o instante em que o móvel passa na origem.
Considere todas as medidas no Sistema Internacional
de Unidades. 12. (Acafe-SC) Um caminhão de 15 m de compri-
mento, movendo-se com velocidade escalar cons-
7. (EESJC-SP) Uma partícula tem equação horária dos
tante de 20,0 m/s, atravessa totalmente uma ponte
espaços dada por: s = 100 – 20 · t (SI)
retilínea em um tempo de 10,0 s. O comprimento da
a. Qual é a trajetória da partícula? ponte é de
b. Em que instante a partícula passa pela origem dos a. 20 m
espaços? b. 185 m
8. Uma formiga movimenta-se em cima de uma c. 200 m
régua, com velocidade constante de 0,5 cm/s, cami- d. 215 m
nhando do início para o final da régua. No início do e. 220 m
movimento (t = 0), a formiga encontra-se em cima da
marca 5 cm. 13. (Cefet-SC) Às 13h30, partiu um ônibus de Flo-
a. Registre a equação dos espaços da formiga em rianópolis em direção a Laguna. A distância entre as
função do tempo. cidades é de 100 km, e o motorista manteve uma
velocidade média de 60 km/h ao fazer esse percur-
b. Calcule quanto tempo a formiga leva para chegar so. A que horas o ônibus chegou a Laguna?
ao final da régua (s = 30 cm).
a. Às 15h10
9. (Fatec-SP) A tabela fornece, em vários instantes, a b. Às 14h50
posição s de um automóvel em relação ao km zero da c. Às 14h30
estrada em que se movimenta.
d. Às 15h50
e. Às 16h10
s (km) 200 170 140 110 80 50
t (h) 0 2 4 6 8 10 14. (Fuvest-SP) Uma composição ferroviária com

19 vagões e uma locomotiva desloca-se a 20 m/s.
Sendo o comprimento de cada elemento da compo-
A função horária que nos fornece a posição do auto- sição ferroviária igual a 10 m, qual é o tempo que o
móvel, com as unidades fornecidas, é trem gasta para ultrapassar
É PROIBIDA
FÍSICA
a. s = 200 + 30 ∙ t a. um sinaleiro?
b. s = 200 – 30 ∙ t b. uma ponte de 100 m de comprimento?
c. s = 200 + 15 ∙ t
15. (EsPCEx-SP) Um trem de 150 m de comprimen-
d. s = 200 – 15 ∙ t to desloca-se com velocidade escalar constante de 16
e. s = 200 – 15 ∙ t2 m/s. Esse trem atravessa um túnel e leva 50 s desde a
entrada até a saída completa de dentro dele. O com-
10. (UFAC) Um automóvel desloca-se em uma estra- primento do túnel é de
da retilínea com velocidade constante. A figura mostra
a. 500 m d. 950 m
EM-L1-21B-22
suas posições, anotadas com intervalos de 1 h, conta-

dos a partir do quilômetro 20, onde se adotou o ins- b. 650 m e. 1 100 m
tante t = 0. c. 800 m
51

CAPÍTULO 2
16. (UFSCar-SP) Dois irmãos estudam em uma
vida passou a sugerir estratégias para salvar a raça
CAPÍTULO 2
escola localizada a 2 km de sua casa, percorrendo

humana de uma possível extinção, entre elas, a
uma estrada em linha reta. Laura levantou cedo e foi
mudança para outro planeta. Em abril de 2018, uma
caminhando com velocidade constante de 4 km/h.
empresa americana, em colaboração com a NASA,
Francisco dormiu demais e saiu 15 minutos mais tar-
lançou o satélite TESS, que analisará cerca de vinte

de, fez o percurso correndo-o com velocidade média
mil planetas fora do sistema solar. Esses planetas or-
de 8 km/h.
bitam estrelas situadas a menos de trezentos anos-
É correto afirmar -luz da Terra, sendo que um ano-luz é a distância
a. Laura chegou 10 minutos mais cedo que Francisco. que a luz percorre no vácuo em um ano. Considere
b. Laura chegou 15 minutos mais cedo que Francisco. um ônibus espacial atual que viaja a uma velocidade
c. Os dois irmãos chegaram juntos. média v = 2,0 · 104 km/s. O tempo que esse ônibus
levaria para chegar a um planeta a uma distância de
d. Laura chegou 5 minutos mais tarde que Francisco.
100 anos-luz é igual a
e. Laura chegou 10 minutos mais tarde que Francisco.
(Dado: A velocidade da luz no vácuo é igual a
c = 3,0 · 108 m/s.)
Desafio
a. 66 anos
17. (Unicamp-SP) O físico inglês Stephen Hawking b. 100 anos
(1942-2018), além de suas contribuições impor-
tantes para a Cosmologia, a Física teórica e sobre c. 600 anos
a origem do Universo, nos últimos anos de sua d. 1 500 anos
Anotações
EM-L1-21B-22
52

MÓDULO 6 ■ MRU – VELOCIDADE RELATIVA, ENCONTROS E ULTRAPASSAGENS

1. Dois veículos movem-se em uma rodovia, com velo- 3. Pensando no final de semana, um casal de namora-
cidades de 108 km/h e 54 km/h. Cada um ocupa uma dos planejou se encontrar, logo após o trabalho, em
das pistas, porém, em sentidos contrários, sendo o um shopping da cidade. Ambos trabalham na mesma
primeiro no sentido da orientação da trajetória, e o se- avenida onde se localiza o shopping, e estão a 1 000 m
gundo contra essa orientação. Neste caso, determine a um do outro, estando o shopping entre eles.
velocidade relativa de aproximação entre eles. Considere as velocidades de caminhada do rapaz e da
Resolução namorada como 1,5 m/s e 1,0 m/s, respectivamente;
vrel = |v1| + |v2| = 108 + 54 = 162 km/h que ambos iniciam seus movimentos no mesmo ins-
tante; e que quando se encontrarem, estarão exata-
mente defronte ao shopping. O momento em que se
encontrarão e a distância do trabalho do rapaz em re-
lação ao shopping são, respectivamente,
a. 4,5 min; 600 m
b. 4,5 min; 800 m
c. 6,7 min; 600 m
d. 6,7 min; 800 m
e. 11 min; 200 m
Resolução
2. (IFBA) Dois veículos A e B trafegam numa rodovia pla- Primeiro, vamos calcular a velocidade relativa entre os dois,
na e horizontal, obedecendo às seguintes equações considerando que o rapaz se desloca no sentido da orientação
horárias cujas unidades estão expressas no Sistema da trajetória.
Internacional de medidas (SI): Assim, temos:
xA = 200 + 10 ∙ t e xB = 1000 – 30 ∙ t vrel = |vrapaz | + |vmoça|
Ao analisar estes movimentos, pode-se afirmar que a vrel = 1,5 + 1,0 = 2,5 m/s
velocidade relativa de afastamento dos veículos, em Então, o tempo até o encontro será dado por:
km/h, vale
1 000
a. 20 vrel = ∆s ⇒ 2,5 =
∆t ∆t
b. 40 ∆t = 400 s ≅ 6,7 min
c. 80 Considerando a velocidade do rapaz, temos:
d. 100
∆s1 ∆s1
e. 144 vrapaz = ⇒ 1,5 =
∆t 400
∆s1 = 600 m
Resolução
vrel = |v1| + |v2| Alternativa correta: C
vrel = 10 + 30 = 40 m/s = 144 km/h Habilidade
Alternativa correta: E Construir questões, elaborar hipóteses, previsões e estimativas,
empregar instrumentos de medição e representar e interpretar
construir, avaliar e justificar conclusões no enfrentamento de
É PROIBIDA
FÍSICA
situações-problema sob uma perspectiva científica.

EM-L1-21B-22
53

CAPÍTULO 2
Exercícios EXTRAS
CAPÍTULO 2
4. (Fuvest-SP) Marta e Pedro combinaram encontrar-se 5. (UERJ) Em um longo trecho retilíneo de uma estrada,
em um certo ponto de uma autoestrada plana, para um automóvel desloca-se a 80 km/h e um caminhão
seguirem viagem juntos. Marta, ao passar pelo marco a 60 km/h, ambos no mesmo sentido e em movimen-
zero da estrada, constatou que, mantendo uma veloci- to uniforme. Em determinado instante, o automóvel
dade média de 80 km/h, chegaria na hora certa ao pon- encontra-se a 60 km atrás do caminhão. O intervalo
to de encontro combinado. No entanto, quando ela já de tempo, em horas, necessário para que o automóvel
estava no marco do quilômetro 10, ficou sabendo que alcance o caminhão é cerca de
Pedro tinha se atrasado e, só então, estava passando a. 1
pelo marco zero, pretendendo continuar sua viagem
b. 2
a uma velocidade média de 100 km/h. Mantendo es-
sas velocidades, seria previsível que os dois amigos se c. 3
encontrassem próximos a um marco da estrada com d. 4
indicação de
a. km 20 c. km 40 e. km 60
b. km 30 d. km 50
Seu Espaço
Sobre o módulo
Neste módulo, analisaremos situações cotidianas que envolvam comparações entre velocidades, com o objetivo de descrever corretamente
e prever situações que envolvem as melhores práticas no trânsito.
Analisaremos as vantagens e os riscos decorrentes do encontro de móveis e, também, das ultrapassagens.
O conceito de velocidade relativa será bastante útil na determinação de deslocamentos e, também, do momento de encontro entre móveis.
Apresentar situações reais de trânsito, por meio das quais é possível avaliar o comportamento de motoristas não só diante do controle de
velocidade e da organização do tempo para percursos diversos, mas também com relação a ultrapassagens e travessias de pontes e túneis.
EM-L1-21B-22
54

Da teoria, leia os tópicos 7, 7.A, 7.B e 7.C. Qual alternativa apresenta a melhor condição para
Exercícios de: Tarefa Reforço Aprofundamento Lidere! uma ultrapassagem segura?

a. Acelerar o máximo possível para ultrapassar.
6. (UERJ) Dois automóveis, M e N, inicialmente a b. Ter uma distância boa em relação ao veículo que
50 km de distância um do outro, deslocam-se com trafega em sentido oposto e acelerar o máximo
velocidades constantes na mesma direção e em sen- possível.
tidos opostos. O valor da velocidade de M, em relação
c. Avaliar somente a distância entre você e o veículo
a um ponto fixo da estrada, é igual a 60 km/h. Após
que trafega em sentido oposto.
30 minutos, os automóveis cruzam uma mesma linha
da estrada. d. Avaliar a velocidade relativa entre você e o veículo
no sentido oposto, diante da distância que os se-
Em relação a um ponto fixo da estrada, a veloci- para.
dade de N tem o seguinte valor, em quilômetros
e. Ultrapassar o limite de velocidade determinado
por hora,
para a rodovia.
a. 40 b. 50 c. 60 d. 70
10. (FGV-SP) Um batalhão de infantaria sai do
7. (UFPR) Em uma caminhada por um parque, uma quartel para uma marcha de exercícios às 5 ho-
pessoa, após percorrer 1 km a partir de um ponto ras da manhã, ao passo de 5 km/h. Depois de uma
inicial de uma pista e mantendo uma velocidade hora e meia, uma ordenança sai do quartel de jipe
constante de 5 km/h, cruza com outra pessoa que para levar uma informação ao comandante da
segue em sentido contrário e com velocidade cons- marcha, ao longo da mesma estrada, e a 80 km/h.
tante de 4 km/h. A pista forma um trajeto fechado Quantos minutos a ordenança levará para alcan-
com percurso total de 3 km. Calcule quanto tempo çar o batalhão?
levará para as duas pessoas se encontrarem na pró-
a. 11 min d. 3,5 min
xima vez.
b. 1 min e. 6 min
8. (UDESC) Dois caminhões deslocam-se com ve- c. 5,625 min
locidade uniforme, em sentidos contrários, em uma
rodovia de mão dupla. As velocidades do primeiro 11. Duas composições de trens do metrô se deslo-
caminhão e do segundo, em relação à rodovia, são cam, em trilhos paralelos, em uma região distante de
iguais a 40 km/h e 50 km/h, respectivamente. Um estações. Cada composição tem 35 m de comprimen-
caroneiro, no primeiro caminhão, verificou que o se- to. Uma delas, por estar levando mais passageiros, em
gundo caminhão levou apenas 1,0 s para passar por função do horário de pico e sentido, tem velocidade de
ele. O comprimento do segundo caminhão e a veloci- 54 km/h, e a outra, com menos passageiros, se desloca
dade dele em relação ao caroneiro mencionado são, no sentido oposto e, está a 72 km/h. Qual é o tempo
respectivamente, iguais a decorrido do momento em que o controlador observa
a. 25 m e 90 km/h o início do cruzamento entre os trens até o momento
em que o final das composições se alinham?
b. 2,8 m e 10 km/h
c. 4,0 m e 25 m/s 12. (Acafe-SC) Filas de trânsito são comuns nas
d. 28 m e 10 m/s grandes cidades, e duas de suas consequências são:
e. 14 m e 50 km/h o aumento no tempo da viagem e a irritação dos
motoristas. Imagine que você está em uma pista du-
9. Grande parte dos motoristas aprovados em pla e enfrenta uma fila. Pensa em mudar para a fila
É PROIBIDA
FÍSICA
exames de direção, tirando sua primeira carteira da pista ao lado, pois percebe que, em determinado
de habilitação, nunca dirigiram em estrada. Ao en- trecho, a velocidade da fila ao lado é 3 carros/min,
sinar novos motoristas a dirigir apenas no trânsito enquanto a velocidade da sua fila é 2 carros/min.
da cidade, as autoescolas não os preparam para Considere o comprimento de cada automóvel igual
ações importantes relacionadas ao tráfego em ro- a 3 m. Assinale a alternativa correta que mostra o
dovias, por exemplo. Além de lidarmos com valores tempo, em min, necessário para que um automóvel
de velocidade maiores dos que os da cidade, em da fila ao lado, que está a 15 m atrás do seu, possa
estradas, é comum precisarmos tomar decisões alcançá-lo.
sobre ultrapassagens, por exemplo, e essas deci- d. 4
a. 2
EM-L1-21B-22
sões, apesar de muitos de nós sequer perceber, le-

vam em conta conceitos físicos importantes, que, b. 3 e. 6
bem aplicados, permitem ultrapassagens seguras. c. 5
55

CAPÍTULO 2
13. (UESPI) Um passageiro perdeu um ônibus que emissor / receptor de ultrassom
CAPÍTULO 2
saiu da rodoviária há 5,0 min e pegou um táxi para

alcançá-lo.
O ônibus e o táxi descrevem a mesma trajetória e seus
10 cm
movimentos são uniformes. A velocidade escalar do

ônibus é de 60 km/h e a do táxi é de 90 km/h. O in-
tervalo de tempo necessário ao táxi para alcançar o A
ônibus é de
a. 5,0 min d. 20 min
b. 10 min e. 25 min
a. Suponha a não existência de qualquer tipo de le-
c. 15 min são no interior da massa encefálica. Determine o
14. (UFRJ) Dois trens, um de carga e outro de pas- tempo gasto para registrar o eco proveniente do
ponto A da figura.
sageiros, movem-se nos mesmos trilhos retilíneos,
em sentidos opostos, um aproximando-se do outro, b. Suponha, agora, a existência de uma lesão. Saben-
ambos com movimentos uniformes. O trem de carga, do que o tempo gasto para o registro do eco foi de
de 50 m de comprimento, tem uma velocidade de 0,5 · 10–4 s, calcule a distância do ponto lesionado
módulo igual a 10 m/s e o de passageiros, uma ve- até o ponto A.
locidade de módulo igual a v. O trem de carga deve
Desafio
entrar num desvio para que o de passageiros possa
prosseguir viagem nos mesmos trilhos, como ilustra 17. (Unicamp-SP) Esteiras rolantes horizontais são
a figura. No instante focalizado, as distâncias das frequentemente instaladas em grandes aeroportos
dianteiras dos trens ao desvio valem 200 m e 400 m, para facilitar o deslocamento das pessoas em longos
respectivamente. corredores. A figura seguinte mostra duas esteiras ro-
lantes que se deslocam em sentidos opostos com ve-
locidades
  constantes em relação ao piso em repouso
(v e1 e v e2 ) e de mesmo módulo, igual a 1,0 m/s. Em
Trem de passageiros Desvio Trem de carga
v 10 m/s
um mesmo instante, duas pessoas (representadas
por A e B), que se deslocavam com velocidade cons-
tante de módulo igual a vA = 1,5 m/s e vB = 0,5 m/s
400 m 200 m 50 m em relação ao piso e em sentidos contrários, entram
nas esteiras e continuam caminhando como anterior-
mente, como mostra a figura. As esteiras rolantes têm
Calcule o valor máximo de v para que não haja colisão. comprimento total de 120 m.
a. Calcule o tempo necessário para que a pessoa A
15. (UFGRS-RS) Um projétil, com velocidade cons-
chegue até a outra extremidade da esteira rolante.
tante de 300 m/s, é disparado em direção ao centro de
um navio que se move com velocidade constante de 10 b. Quanto tempo depois de entrarem nas esteiras
m/s, em direção perpendicular à trajetória do projétil. as pessoas A e B passam uma pela outra?
Se o impacto ocorrer a 20 m do centro do navio, a que
distância dele foi feito o disparo do projétil? A
a. 150 m vA
b. 300 m
c. 600 m
d. 3 000 m
ve2
e. 6 000 m
120 m
16. (UERJ) Observe, na figura adiante, que a região
de tecido encefálico a ser investigada no exame é limi-
ve1
tada por ossos do crânio. Sobre um ponto do crânio se
apoia o emissor/receptor de ultrassom.
Dados
Velocidade do som no tecido encefálico = 1 540 m/s vB
EM-L1-21B-22
Velocidade do som no osso = 3 360 m/s B
Espessura do osso na caixa craniana = 1 cm
56

RESPOSTAS
CAPÍTULO 1 O movimento descrito no texto é o responsável por caracterizar o

dia e a noite, tem a duração de 24 horas, e é denominado rotação.
Para Conferir
Exercícios Propostos
1. B
6. a. 3 ∙ 109

Foi a criação de um sistema de pesos e medidas que tornou as tran-
sações comerciais mais justas. b. 5,32 ∙ 102
a. Incorreta. De acordo com o texto, o governo quase sempre se in- c. 2,52 ∙ 103
cumbia de estabelecer e manter em vigor um sistema padronizado
d. 4 ∙ 10–12
de pesos e medidas.
e. 3,43 ∙ 10–4
c. Incorreta. Foi o comércio entre os povos que deu origem à neces-
sidade da adoção de um sistema de pesos e medidas. f. 8,12 ∙ 10–1
d. Incorreta. As negociações aconteciam muito antes da criação dos 7. A
sistemas de medidas.
8. a. 12 000 m
2. E
b. 0,678 m
Como o avião se move horizontalmente, o objeto abandonado cai,
c. 4,53 m
ao mesmo tempo em que se desloca para frente, resultando em
uma trajetória parabólica. d. 1,234 kg
a. Incorreta. Essa seria a trajetória observada por um observador e. 7 ∙ 109 g
no avião.
f. 9 s
b. Incorreta. Essa seria a trajetória observada pelo observado em
g. 120 min
repouso no solo, caso a velocidade vertical fosse constante.
h. 5 h
c. Incorreta. O aluno confundiu uma parábola com uma semi cir-
cunferência. 9. C
d. Incorreta. O aluno confundiu uma parábola com uma hipérbole. 10. a. –16 ∙ 1014
3. A b. 144 ∙ 10-9
O deslocamento é de: ∆s = 446 – 135 = 311 km c. 4 ∙ 106
A distância percorrida é dada por: d. 8 ∙ 1031
(390 – 135) + (390 – 329) + (446 – 329) = 255 + 61 + 117 = 433 km
e. 28· 105
b. Incorreta. O aluno calculou de forma incorreta a distância percor-
rida sem considerar o retorno. f. 3,5 · 10–13
c. Incorreta. O aluno confundiu distância percorrida com variação 11. L = 419 m

de espaço. 12. A
d. Incorreta. O aluno confundiu espaço inicial com variação de espa- 13. D
ço e calculou a distância percorrida sem considerar o retorno.
14. E
e. Incorreta. O aluno confundiu espaço inicial com variação de es-
paço. 15. D
Módulo 1 16. E
Exercícios Extras 17. A
4. C Módulo 2
É PROIBIDA
FÍSICA
Se o número do calçado corresponde a uma vez e meia o compri- Exercícios Extras

mento do pé, para uma pessoa que calça o número 40, teremos:
4. E
N 40
L= = ≅ 26,7 cm
1,5 1,5 Com base nos 54 litros, temos:
Habilidade 54 · 12 = 648 km, ou 648 ∙ 1 000 = 648 000 m
Construir questões, elaborar hipóteses, previsões e estimativas, Escrevendo essa medida em notação científica, temos: 6,48 · 105 m.
empregar instrumentos de medição, e representar e interpretar Assim, a ordem de grandeza dessa medida é de 106 m.
EM-L1-21B-22
construir, avaliar e justificar conclusões no enfrentamento de situa- Habilidade

ções-problema sob uma perspectiva científica.
Interpretar textos de divulgação científica que tratem de temáticas
5. C das Ciências da Natureza, disponíveis em diferentes mídias, consi-
57
CO EM 111 INFI 22 111 LV 01 MI LCCN_FIS 21B_RES Corte.indd 57 09/09/2021 20:22

RESPOSTAS
derando a apresentação dos dados, tanto na forma de textos como Habilidade

em equações, gráficos e/ou tabelas, a consistência dos argumentos
e a coerência das conclusões, visando construir estratégias de sele- Construir questões, elaborar hipóteses, previsões e estimativas,
ção de fontes confiáveis de informações. empregar instrumentos de medição, e representar e interpretar
5. C
construir, avaliar e justificar conclusões no enfrentamento de si-

A área da faixa de areia disponível pode ser encontrada por: tuações-problema sob uma perspectiva científica.
A=c·L 5. D
A = 3 000 · 100 I. Correta. No momento da passagem do bastão, a distância entre
A = 3 · 10 m 5 2 os atletas e um ponto fixo varia com mesmo valor no mesmo inter-
valo de tempo.
Considerando que uma pessoa sentada ocupa uma área de aproxi-
madamente 0,35 m2, o número de pessoas que poderão ocupar a II. Correta. A distância entre os atletas não varia.
faixa de areia disponível será calculado por:
III. Incorreta. O referencial pode estar em qualquer lugar.
3 ⋅ 10 5
N= = 8,6 ⋅ 10 5
0,35 Exercícios Propostos
Como 8,6 > 3,16, a ordem de grandeza da quantidade de pessoas 6. O Sol pode ser considerado um ponto material se comparado às
é de 106. dimensões da Via Láctea.
7. C
8. a. d = 120 km
6. B
7. a. 8,0 ∙ 103 b. Δs’ = –325 km

9. C
b. –8,0 · 1040
10. B
c. –7,5 ∙ 101
d. 8,1 ∙ 1012 11. B
8. D 12. B
9. A 13. D
10. a. 0,045 = 4,5 ∙ 10–2 s 14. OG = 10–6
b. 1 250 000 = 1,25 ∙ 106 m 15. 03 (01 + 02)
c. 48,7 = 4,87 ∙ 101 min 16. B
d. 0,000 042 = 4,2 ∙ 10–5 m 17. C
11. a. 106 18. Como exemplo, se a estimativa para o tempo de sono for de 8 h,
os alunos deverão representar esse tempo como 28 800 s e, escre-
b. 10–2 vendo esse número em potências de 10, como 2,88 ∙ 104 s.
c. 100 19. Como exemplo, podemos citar: os nanotubos de carbono, as na-
noengrenagens, os nanomotores, os nanorrobôs, as nanoesferas, as
d. 105 nanocápsulas, entre outros elementos.
12. C Na apresentação das medidas, a ordem de grandeza, em metros,
13. A pode variar entre 10–8 e 10–11. Uma nanoengrenagem de poucos
átomos, por exemplo, pode ter um diâmetro de 0,05 nm, que, em
14. OG = 104 notação científica, é representado por 5 ∙ 10–11 m. Assim, sua ordem
de grandeza é de 10–12.
15. E
CAPÍTULO 2
16. E
Módulo 4
17. D
Exercícios Extras
Módulo 3
4. C
Exercícios Extras
Sendo constante a velocidade de propagação das ondas eletromag-
4. E néticas, encontramos o intervalo de tempo por meio de:
EM-L1-21B-22
O deslocamento escalar é nulo, visto que o espaço final é igual ao v = ∆s ⇒300 000 = 30 000
∆t ∆t
inicial. A distância percorrida em um dia é 40 km e em uma semana
∆t = 0,1 s
útil é 200 km (40 · 50).
58

Habilidade para construir, avaliar e justificar conclusões no enfrentamento
de situações-problema sob uma perspectiva científica.
Interpretar textos de divulgação científica que tratem de temá-
ticas das Ciências da Natureza, disponíveis em diferentes mídias, 5. E
considerando a apresentação dos dados, tanto na forma de tex-
tos como em equações, gráficos e/ou tabelas, a consistência dos De acordo com a tabela, podemos concluir que o movimento se ini-

argumentos e a coerência das conclusões, visando construir es- cia na posição s0 = 0 (t0 = 0).
tratégias de seleção de fontes confiáveis de informações.
Além disso, a velocidade pode ser calculada por:
5. ∆s 50 − 0
v = = = 5 cm/s
∆t 10 − 0
10 800
v = ∆s ⇒ 900 = Assim, a função horária pode ser escrita como:
∆t ∆t
∆t = 12 h s = 0 + 5 ∙ t ou s = 5 ∙ t
Quando o avião aterrissar em São Paulo, teremos o seguinte horário
em Los Angeles: 6. Δs = 18 m
tL = 6 + 12 = 18 horas 7. a. retilínea
Considerando-se a diferença de fuso, o horário da chegada a b. t = 5 s

São Paulo será:
8. a. s = 5 + 0,5 ∙ t
tS = 18 + 5 = 23 horas
b. t = 50 s
9. D
6. Δs = 72 000 km
10. s = 20 + 30 ∙ t
7. A 11. a. s0 = 27 m
8. Δt = 5,8 dias b. v0 =–9 m/s
9. C c. s = 9 m
10. a. vm = 20 km/h d. t = 3 s
b. v = 80 km/h 12. B
11. C 13. A
12. B 14. a. Δt = 9,5 s

b. t = 15 s
13. C
15. B
14. D
15. D 16. C
16. D 17. D
17. D Módulo 6
Módulo 5 Exercícios Extras

4. D
Exercícios Extras
A velocidade relativa entre Marta e Pedro é:
4. C
vrel = |100| – |80| = 20 km/h
Passar pelo km zero significa passar pela origem das posições, ou Logo, podemos calcular o tempo de encontro:
É PROIBIDA
seja, x = 0.
FÍSICA
vrel = ∆s
Sendo assim, utilizando a equação horária do enunciado, temos: ∆t
20 = 10
x = –40 + 80 ∙ t ∆t
0 = –40 + 80 ∙ t Δt = 0,5 h
40 = 80 ∙ t Utilizando a velocidade de Pedro, podemos calcular a posição de
encontro:
t = 0,5 h
vPedro = ∆s
Habilidade ∆t
100 = s ∆
EM-L1-21B-22
Construir questões, elaborar hipóteses, previsões e estimativas, 0,5

empregar instrumentos de medição, e representar e interpre-
tar modelos explicativos, dados e/ou resultados experimentais Δs = 50 km
59

RESPOSTAS
Habilidade Exercícios Propostos
Construir questões, elaborar hipóteses, previsões e estimativas, em- 6. A

pregar instrumentos de medição, e representar e interpretar mode- 7. Δt = 20 min
los explicativos, dados e/ou resultados experimentais para construir,
8. A
avaliar e justificar conclusões no enfrentamento de situações-proble-

ma sob uma perspectiva científica. 9. D
5. C 10. E
De acordo com as funções horárias do espaço para cada um, 11. 2 s

considerando a origem dos movimentos a posição do carro a 12. C
60 km do caminhão, temos:
13. Δt = B
scarro = s0carro + v carro ⋅ t ⇒ scarro = 0 + 80 ⋅ t
14. vP = 16 m/s
scaminhão = s0caminhão + v cam ⋅ t ⇒ scaminhão = 60 + 60 ⋅ t
15. C
Quando o carro alcançar o caminhão, ambos estarão ocupando a
mesma posição. Assim, teremos: 16. a. Δt = 1,36 · 10–4 s
scarro = scaminhão b. d = 0,034 m
80 ⋅ t = 60 + 60 ⋅ t
17. a. ΔtA = 48 s
20 ⋅ t = 60
t =3h b. t = 30 s
EM-L1-21B-22
60

Anotacoes.indd 1
ANOTAÇÕES
09/09/2021 20:34
EXERCÍCIOS
INTEGRADOS
1. Observe o esquema a seguir, em que se apresentam Resolução
alguns fatores do ambiente em que vive uma deter- No MRU, a velocidade é constante. Dessa forma, velocidade e a varia-
minada espécie de ave. ção do tempo não podem ser nem diretamente nem inversamente
proporcionais. O mesmo ocorre para a velocidade e o deslocamento
Luz escalar.
∆S
Como v = é constante, o deslocamento escalar e a correspon-
Temperatura Solo ∆t
dente variação do tempo são grandezas diretamente proporcionais.
Gafanhotos Aves Plantas Alternativa correta: B
Cigarras Água 3. (UFG-GO) O sistema de coordenadas geográficas,

Lagartas
usado na elaboração de mapas, consiste numa rede
de paralelos e meridianos, cujos valores, em graus, es-
Com base no esquema anterior constrói-se o conjun- tabelecem as latitudes e longitudes, respectivamente.
to F = {luz, solo, plantas, água, lagartas, cigarras, ga- Analise o quadrado apresentado a seguir, com 2 cm
fanhotos, temperatura} e os subconjuntos A e B de F, de lado, formado por paralelos e meridianos.
em que A tem como elementos os fatores abióticos do
1oW 0o
ambiente e B tem como elementos os fatores bióticos
0o
do ambiente.
Nessas condições, o conjunto A é 0,5 cm
a. {luz, solo, água, temperatura}. A

0,5 cm
b. {luz, solo, água, plantas}.
c. {solo, cigarras, planta, luz}.
d. {plantas, lagartas, cigarras, gafanhotos}.
e. {plantas, lagartas, cigarras, gafanhotos, luz, solo,
água, temperatura}.
Resolução
F = {luz, solo, plantas, água, lagartas, cigarras, gafanhotos, tem 1oS
peratura}
Os fatores bióticos referem-se aos seres vivos de um ambiente e no O ponto A indicado na figura apresenta como coorde-
esquema são as plantas, as lagartas, as cigarras e os gafanhotos. Os nadas geográficas, aproximadamente,
fatores abióticos estão relacionados aos elementos físicos e químicos
do ambiente que interagem com os seres vivos, no caso, a luz, o solo,
a. latitude 0°30’ norte e longitude 1°30’ oeste.
a água e a temperatura. b. latitude 1°25’ sul e longitude 0°35’ leste.
A = {luz, solo, água, temperatura} c. latitude 0°15’ sul e longitude 0°45’ oeste.
B = {plantas, lagartas, cigarras, gafanhotos} d. latitude 1°45’ norte e longitude 1°15’ leste.
Alternativa correta: A
e. latitude 0°35’ norte e longitude 0°25’ oeste.
2. Em um movimento retilíneo e uniforme, em relação Resolução
à velocidade, ao deslocamento escalar e à correspon-
Para o ponto A indicado na figura, temos:
dente variação do tempo, pode-se afirmar que
1oW 0o
a. o deslocamento escalar e a velocidade são gran-
0o
dezas diretamente proporcionais.
b. o deslocamento escalar e a correspondente varia- 0,5 cm
ção do tempo são grandezas diretamente propor-
0,5 cm A
cionais.
c. o deslocamento escalar e a correspondente varia-
ção do tempo são grandezas inversamente pro-
porcionais.
d. a variação do tempo e a velocidade são grandezas
diretamente proporcionais.
e. a variação do tempo e a velocidade são grandezas
inversamente proporcionais. 1oS
270
CO EM 111 INFI 22 111 LV 01 MI LCCN INTEGRADOS.indd 270 08/09/2021 18:35

I. Latitude sul oxigénio pelo sistema circulatório. Composto de 4 moléculas pro-

teicas de estrutura terciária e 4 grupamentos heme que contém o
1° y ferro, cada íon ferro é capaz de se ligar frouxamente a uma molécula
=
2 cm 0,5 cm de oxigênio.
0,5 ⋅ 1° Alternativa correta: E
y= = 0,25°
2
0,25° = 0,25 ⋅ 60' = 15' 5. Dois atletas A e B disputam uma corrida. Eles partem
II. Longitude oeste de um mesmo local que é adotado como origem dos
espaços. A trajetória é orientada no sentido dos movi-
1° x mentos. Suas funções horárias são respectivamente:
=
2 cm 1,5 cm
1,5 ⋅ 1° sA = 5 · t e sB = 4 · t,
x= = 0,75°
2 para sA e sB em metros e t em segundos. Como trata-
0,75° = 0,75 ⋅ 60' = 45'
-se de uma prática esportiva de resistência, esses dois
Logo, o ponto A apresenta como coordenadas geográficas: atletas fizeram consumo de sais minerais.
latitude 0°15’ sul e longitude 0°45’ oeste. Em relação às informações do texto, assinale a alter-
Alternativa correta: C nativa correta.
4. Os sais minerais, substâncias inorgânicas, têm fun- a. A deficiência do mineral sódio (Na) pode ocasionar
ções diversificadas. Nos seres vivos, eles podem ser hipotermia.
encontrados de três formas. Como, por exemplo, dis- b. O elemento químico sódio pertence ao grupo dos
solvidos na água do corpo na forma de íons; na forma metais alcalinoterrosos.
de cristais; ou associados a moléculas orgânicas. Des- c. Os atletas atingem o ponto de chegada com uma
se modo, podemos concluir que, dos sais minerais diferença de tempo de 50 segundos.
encontrados sob a forma de íon, d. A velocidade escalar média, em km/h, do atleta A é
a. o sódio apresenta-se sempre em concentrações 8 km/h.
maiores dentro da célula do que fora dela. e. A velocidade escalar média do atleta A que se mo-
b. o cloro (C) é um metal que possui a camada de veu sempre no mesmo sentido foi de 18 km/h, em
valência com 7 elétrons, enquanto o sódio (Na) é certo intervalo de tempo. Isso significa que este
um não metal que possui a camada de valência atleta percorreu necessariamente 18 km em cada
com 1 elétron. Quando esses dois íons entrarem hora.
em contato, automaticamente há possibilidade de Resolução
entrarem em equilíbrio (deu match). Atleta A: para sA = 1 000 m, temos: 1 000 = 5 · tA ⇒ tA = 200 s.
c. os íons nada mais são que espécies químicas que Atleta B: para sB = 1 000 m, temos: 1 000 = 4 · tB ⇒ tB = 250 s.
apresentam o número de prótons igual ao de elé- Os atletas atingem o ponto de chegada com uma diferença de tempo
trons. de 250 s – 200 s = 50 s.
a. Falso. A deficiência do mineral sódio no sangue pode levar à de-
d. na forma de cristais, podemos encontrar o ferro
sidratação, ocasionar câimbra e hiponatremia (redução severa nos
na hemoglobina, molécula responsável pelo trans- níveis de sódio do sangue).
porte de oxigênio no organismo. b. Falso. O elemento químico sódio pertence ao grupo dos alca-
e. o fósforo, elemento não metal, é um importante linos (IA).
∆S 1
constituinte dos ossos e dentes, componente do d. Falso. vm = = = 18 km/h
∆t 0,0555
DNA e RNA, e essencial para a transferência de e. Falso. É possível que o atleta A tenha percorrido 18 km em cada
energia no interior das células. hora.
Resolução Alternativa correta: C
A concentração de sódio é maior no meio extracelular que no intra-
celular. 6. (OBC) Os sais minerais, encontrados nos mais va-
O cloro é um não metal, enquanto o sódio é um metal. riados alimentos, desempenham função importante
Os íons são espécies químicas que apresentam o número de prótons na saúde do homem, podendo estar dissolvidos na
diferente do de elétrons e, por isso, têm carga elétrica. forma de íons nos líquidos corporais, formando cris-
O ferro associado a hemoglobina (molécula orgânica) não se encontra tais encontrados no esqueleto, ou ainda combinados
na forma de cristais, porque, em Química, o estado físico dos cristais é com moléculas orgânicas.
sólido. A hemoglobina (frequentemente abreviada como Hb) é uma me-
taloproteína (íons metálicos na estrutura) que contém ferro, presente A alternativa que relaciona corretamente o sal mineral
nos glóbulos vermelhos (eritrócitos) e que permite o transporte de com sua função no organismo é
271

EXERCÍCIOS
INTEGRADOS
a. K – participa dos hormônios da tireoide. 8. (Unicamp-SP)
b. F – constitui, juntamente com o Ca, o tecido ósseo TEXTO 1

e os dentes. Entre todas as palavras do momento, a mais flamejante
c. P – participa da constituição da hemoglobina, pro- talvez seja desigualdade. E nem é uma boa palavra, inco-
teína encontrada nas hemácias. moda. Começa com des. Des de desalento, des de deses-
pero, des de desesperança. Des, definitivamente, não é um
d. C – fortalece os ossos e os dentes e previne as
bom prefixo.
cáries.
Desigualdade. A palavra do ano, talvez da década, não
e. Ca – auxilia na coagulação sanguínea.
importa em que dicionário. Doravante ouviremos falar
Resolução muito nela.
Quando há algum sangramento em nosso corpo, células chamadas De-si-gual-da-de. Há quem não veja nem soletre, mas está
plaquetas secretam uma enzima chamada tromboplastina que, em
escrita no destino de todos os busões da cidade, sentido
conjunto com os íons cálcio (Ca2+), atua na conversão da protrombina
em trombina, e essa enzima ativada então acelera a produção dos centro/subúrbio, na linha reta de um trem. Solano Trinda-
filamentos de fibrina, que impedem o vazamento de sangue do feri- de, no sinal fechado, fez seu primeiro rap, “tem gente com
mento, promovendo a coagulação. O cálcio também atua em várias fome, tem gente com fome, tem gente com fome”, somen-
outras reações do metabolismo e compõe a estrutura dos ossos. Os te com esses substantivos. Você ainda não conhece o So-
íons potássio (K+) atuam em diversas reações do organismo e na ma-
nutenção do equilíbrio osmótico das células, nesse caso, juntamente lano? Corra, dá tempo. Dá tempo para você entender que
com íons sódio (Na+) e cloro (C–), mas não fazem parte da composição vivemos essa desigualdade. Pegue um busão da Avenida
dos hormônios da tireoide, que contêm átomos de iodo (I). O flúor (F) Paulista para a Cidade Tiradentes, passe o vale-transporte
previne as cáries diminuindo a desmineralização dos dentes, mas não na catraca e simbora – mais de 30 quilômetros. O patrão
faz parte da estrutura desses órgãos. Os íons fósforo (P3–) e derivados,
jardinesco vive 23 anos a mais, em média, do que um hu-
por sua vez, não estão presentes na molécula de hemoglobina (uma
proteína responsável pelo transporte de gás oxigênio do sangue aos maníssimo habitante da Cidade Tiradentes, por todas as ra-
tecidos), que contém átomos de ferro (Fe2+) em sua composição. zões sociais que a gente bem conhece. Evitei as estatísticas
Aternativa correta: E nessa crônica. Podia matar de desesperança os leitores, os
números rendem manchete, mas carecem de rostos huma-
7. Observe as expressões e responda à questão. nos. Pega a visão, imprensa, só há uma possibilidade de
fazer a grande cobertura: mire-se na desigualdade, talvez
ax2 + bx + c = 0
não haja mais jeito de achar que os pontos da bolsa de
E = mc2 valores signifiquem a ideia de fazer um país.
C2SO4 SÁ, Xico. A vidinha sururu da desigualdade brasileira. Em El
País, 28/10/2019. Disponível em: <https://brasil.elpais.com/
brasil/2019/10/28/opinion/1572287747_637859.html?fbclid
=IwAR1VPA7qDYs1Q0Ilcdy6UGAJTwBO_snM DUAw4yZpZ3z-
OLENADESIGN/ISTOCK
yA1ExQx_XB9Kq2qU>. Acesso em: 25 maio 2020. Adaptado.

Assinale a alternativa que identifica corretamente
recursos linguísticos explorados pelo autor nessa
crônica.
a. Uso de verbos no imperativo, linguagem informal,
Sinais e expressões usados pelas disciplinas das ciên-
texto impessoal.
cias exatas ou nas transcrições da escrita musical são
exemplos de b. Marcas de coloquialidade, uso de primeira pessoa,
linguagem objetiva.
a. línguas.
c. Marcas de oralidade, uso expressivo de recursos
b. metáforas.
ortográficos, subjetividade do autor.
c. intertextos.
d. Uso de variação linguística, linguagem neutra,
d. linguagens. apelo ao tom coloquial.
e. paralelismos.
Resolução
Resolução A crônica explora os seguintes recursos linguísticos: o uso de expres-
As expressões apresentadas são exemplos de diferentes usos da lin- sões de oralidade em “busões”, “simbora” etc. O uso de recursos orto-
guagem, que é constituída de códigos convencionados para a comu- gráficos ao pontuar o prefixo des-, além de apresentar a divisão silábica
nicação. A língua é um dos tipos de linguagem, a única que se utiliza da palavra desigualdade. Por fim, podemos identificar a subjetividade
de palavras, e se divide em escrita e falada. do autor em sua narrativa marcada pelo uso da primeira pessoa.
Alternativa correta: D Alternativa correta: C
272

9. (UECE) Antes do surgimento do pensar racional- TEXTO 2

-filosófico, os povos antigos possuíam outra forma de É o mapa mais antigo que sobreviveu até hoje, foi
explicação do mundo: o pensamento mítico. Consi- encontrado na região da Mesopotâmia e representa o
derando as características do conhecimento mítico, mapa de Ga-Sur. Desenhado por volta de 2300 a.C., em
atente para o que se afirma a seguir e assinale com V um tablete de argila cozida, medindo 7 centímetros, tão
o que for verdadeiro e com F o que for falso. pequeno que cabe na palma da mão, ele representa o rio
( ) A mitologia foi a segunda forma de explicação Eufrates cercado por montanhas.
sobre o mundo, sucedendo as explicações forne-
OLIVEIRA, Ceurio. Cartografia Histórica, 2000. Adaptado.
cidas pelas ciências dos antigos povos, como a
agrimensura e a astrologia. A indicação do mapa e o texto demonstram que essa
região histórica e geográfica está, hoje, localizada
( ) Os mitos eram transmitidos por gerações, prin-
cipalmente através da forma narrativa e faziam a. no Egito.
parte da tradição cultural de um povo, não sen- b. no Iraque.
do originários da criação por parte de um indiví-
duo específico. c. na Arábia Saudita.
( ) A mitologia explicava a origem do mundo e de- d. no Nepal.
pendia da adesão, pelas pessoas, de um con- e. no Irã.
junto de verdades tidas como inquestionáveis e
Resolução
imunes à crítica.
A região da Mesopotâmia está localizada em território iraquiano.
( ) Baseado, principalmente, nas forças da natureza
Alternativa correta: B
– physis –, as mitologias antigas, ao contrário das
religiões que as sucederam, evitavam o recurso 11. Observe a imagem da pintura A Liberdade guiando
às forças sobrenaturais como fonte de explica- o povo, de Eugène Delacroix, e leia o fragmento da
ção da existência.
epopeia Os lusíadas, de Luís Vaz de Camões.
A sequência correta, de cima para baixo, é
MUSEU DO LOUVRE
a. F – V – V – F c. F – V – F – V
b. V – F – V – F d. V – F – F – V
Resolução
Tanto o conhecimento filosófico quanto o científico se desenvol-
veram depois do conhecimento mítico, que foi a primeira forma
que o ser humano encontrou para explicar o mundo. Quanto ao
uso de explicações fundamentadas a partir de forças sobrenatu-
rais, isso é uma característica geral do pensamento mítico.
Alternativa correta: A
10. (UNESP) Observe a figura.

Mapa da Mesopotâmia
Disponível em: <https://www.louvre.fr/en/mediaimages/

le-28-juillet-la-liberte-guidant-le-peuple-28-juillet-1830-2>.
BRITISH MUSEUM
TEXTO 1
CANTO VII
Quereis levar a palma vencedora,
Já sois chegados, já tendes diante
A terra de riquezas abundante.
A vós, ó geração de Luso, digo,

Que tão pequena parte sois no inundo;
Não digo ainda no mundo, mas no amigo
Curral de quem governa o céu rotundo;
Vós, a quem não somente algum perigo
Estorva conquistar o povo imundo,
273

EXERCÍCIOS
INTEGRADOS
Mas nem cobiça, ou pouca obediência 12. (UNESP) Um dos mais antigos registros escritos co-
Da Madre, que nos céus está em essência; nhecidos surgiu no Egito. A região foi também berço
do Estado e da diferenciação social. Escrever requeria
anos de aprendizado e apenas alguns poucos, como
Vós, Portugueses, poucos quanto fortes,
os escribas, dedicavam-se a essa tarefa. Nos dias
Que o fraco poder vosso não pesais; atuais, o conceito de analfabetismo mudou. A Unes-
Vós, que à custa de vossas várias mortes co adota a noção de analfabeto funcional: pessoa
A lei da vida eterna dilatais: capaz de escrever e de ler frases simples, mas que
não consegue usar informações escritas para satisfa-
Assim do céu deitadas são as sortes,
zer suas necessidades diárias e para desenvolver seu
Que vós, por muito poucos que sejais, conhecimento. Explique para que servia a escrita no
Muito façais na santa Cristandade: Egito Antigo e relacione o conceito contemporâneo
Que tanto, ó Cristo, exaltas a humildade! de analfabetismo com a ideia de exclusão social.
Disponível em: <https://oslusiadas.org/vii/>. Acesso em: set. 2019. Resolução
No Egito Antigo, o domínio da escrita era de uma minoria e servia
para controlar administrativa e burocraticamente os excedentes de
Com base nos seus conhecimentos sobre gêneros lite-
produção, perpetuar, por meio dos textos religiosos, os mitos e os
rários, qual semelhança você observa entre a imagem conceitos sagrados egípcios e, por fim, documentar a história, como
da pintura e o fragmento do poema? pode ser observado pelas inscrições (hieróglifos) encontradas nas
Resolução paredes das tumbas e dos templos egípcios.
Tanto a imagem da pintura quanto o fragmento do poema reme- Atualmente, o analfabetismo funcional compromete a compreensão
tem a feitos heroicos históricos, além de serem importantes fontes de um texto e sua relação com episódios e fatos do nosso cotidiano.
históricas. A pintura de Delacroix comemora a Revolução de Julho O indivíduo fica alienado em relação à questão social e tem uma difi-
de 1830, na França, com a queda de Carlos X. O poema épico de culdade muito grande em encontrar espaço no mercado de trabalho,
Camões narra os feitos heroicos do povo português durante as cada vez mais competitivo, disputado e exigente no que diz respeito
Grandes Navegações. à qualificação profissional.
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Vice-presidência de Educação Juliano de Melo Costa

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EXERCÍCIOS PROPOSTOS PARA CONFERIR

CO EM 111 INFI 22 111 LV 01 MI LCCN AL INICIAIS.indd 5 08/09/2021 18:30

que se destacaram no contexto

tida por a humanidade, uma proposição

pretende conhecer. Árabe

Convém observar, porém, que essa não(Espanha) é a única

no caso Índia, diretamente tal em História.

ota realizada pelos primeiros humanos que chegaram à América

OCEANO GLACIAL ÁRTICO

OPA MONGÓLIA AMÉRICA

NOTA BIOGRÁFICA 3. TIPOS CELULARES

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CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS

WILSON, E. O. Diversidade da vida. São Paulo: 8

do. O próprio ser humano pode ser considerado um objeto

5 res humanos. Acrescenta-se, ainda, que muitos estudiosos

Objetos reais são aqueles efetivamente presentes no mundo

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ento uniforme (PARTE I)

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SCIENCE HISTORY IMAGES / ALAMY STOCK PHOTO

neira direta, por meio de algum instrumento especí-

fico, ou de maneira indireta, por meio de equações ou

A. Unidades de medida A.2. Medidas de massa

vidade econômica e foi motivada, sobretudo, por razões

Protótipo internacional do quilograma, padrão de referência

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com base no movimento da Terra. Assim, podemos

Atomichron NC-2001, primeiro relógio atômico a ser

Com toda essa sofisticação e complexidade, os relógios atô-

avançadas. São comercializados, principalmente para compa-

em inglês para Conjunto de Relógios Atômicos Espaciais, apre-

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10 m 102 m = 100 m 105 m = 100 km 106 m = 1 000 km

Edifício comum Quadra de cidade Cidade grande Estado

(12 700 km) (764 000 km) do Sol

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Utilizando potências de 10 para expressar essa dis- b. Vírus: 350 ∙ 10–3 µm

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4. Um estudante de Biologia observou, ao microscópio, a me-