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Marcos Moraes
Professor Autor
Marcos Moraes
Design Educacional
Deyvid Souza Nascimento
Renata Marques de Otero
Diagramação
Fernanda Paiva Furtado da Silveira
Coordenação
Terezinha Mônica Sinício Beltrão
Coordenação Executiva
George Bento Catunda
Terezinha Mônica Sinício Beltrão
Coordenação Geral
Paulo Fernando de Vasconcelos Dutra
Outubro, 2016
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) de acordo com ISDB
M827g
Moraes, Marcos.
Gestão Escolar: Curso Técnico em Secretaria Escolar: Educação a distância / Marcos
Moraes. – Recife: Secretaria Executiva de Educação Profissional de Pernambuco, 2018.
69 p.: il.
1. Gestão da educação
Sumário
Introdução .............................................................................................................................................. 6
1.Competência 1| Adquirir uma Visão Global do Processo de Evolução de Administração para Gestão
Escolar .................................................................................................................................................... 7
3.2.5. Biblioteca.............................................................................................................................................. 36
Referências ........................................................................................................................................... 58
Introdução
Olá, estudante!
Seja muito bem-vindo à disciplina de Gestão Escolar. Ao final desta disciplina você irá:
Adquirir uma visão global do processo de evolução de administração para gestão escolar;
Compreender a estrutura da escola e o funcionamento dos diversos segmentos, considerando os
preceitos legais; Identificar e distinguir as funções e atribuições dos profissionais da instituição
educacional; Identificar e caracterizar os diferentes estilos de gestão existentes na escola; e Colaborar
com a gestão escolar nas ações de planejamento, execução e acompanhamento de projetos e
programas educacionais.
Além disso, você notará o quanto o Secretário Escolar influencia efetivamente em todo o
processo administrativo dentro de uma Unidade de Ensino, desde seu contato pedagógico quanto
burocrático. Também aprenderá as leis e normas que norteiam sua função, assim como a
normatização de documentos da vida escolar.
Lembro que uma Escola só funciona perfeitamente se todos os segmentos trabalharem
unidos para o bem comum do estudante. E para isso é necessário conhecimento técnico e prático de
todas as suas competências.
Bons estudos!!!
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Competência 01
Você já pensou o quanto a educação mudou nas últimas décadas? Será que a
administração de uma unidade de ensino acompanhou essa evolução?
Nesta semana, iremos entender o que a educação e sua administração passou
para chegarmos à atualidade e com isso aprendermos as bases legais que
norteiam a administração escolar.
1.1 Conceito
1.1.1 Gestão
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Competência 01
AUTONOMIA
PARTICIPAÇÃO
DE TODOS GESTÃO TRANSPARÊNCIA
VALORIZAÇÃO
DOS SUJEITOS
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Competência 01
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Competência 01
Para nos apropriarmos e entendermos melhor nossa realidade, quando nos referimos a
educação e sua administração, precisamos obrigatoriamente fazer um passeio dentro da história do
Brasil, desde sua colonização, passando pela sua independência até os dias atuais.
A Constituição Brasileira é o marco histórico da educação no Brasil, foi promulgada em
1988 e é o resultado do processo de redemocratização do País que instituiu entre outras conquistas:
• A gratuidade e obrigatoriedade para o ensino fundamental, inclusive para os que a ele
não tiveram acesso na idade própria e a progressiva extensão para o ensino médio (art. 208, incisos I
e II).
• O regime de colaboração entre as esferas de governo – União, Distrito Federal, Estados,
Municípios – que terão responsabilidades específicas e se organizarão para coordenar e financiar os
diversos níveis e modalidades do ensino (art. 211, parágrafos 1º. e 2º).
• A gestão democrática do ensino público (art. 206, inciso VI).
• O financiamento da educação pela aplicação anual dos recursos arrecadados da receita
resultante de impostos, para serem gastos na manutenção e no desenvolvimento do ensino (art. 69
da LDB).
Saiba mais!
LDB: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm
ECA: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8069Compilado.htm
Constituição: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm
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Competência 01
I FASE
A primeira fase da história da educação foi marcada por novos movimentos educacionais
que buscavam melhorias nos níveis de escolaridade, porém a educação ainda não tinha tanta
importância para a sociedade sendo um recurso apenas para a classe alta.
- Educação tradicional, onde predomina a autoridade do professor;
- Educação jesuíta:
# 1808 - Família Real Portuguesa para o Brasil, prioriza a formação das elites governantes
e dos quadros militares;
# 1827, ainda priorizando a elite, foram construídas duas faculdades de direito (Recife e
São Paulo) para que os formandos assumissem os cargos principais de administração pública, na
política e também no jornalismo e na advocacia.
# 1889-1830, 1ª República, pensamentos liberais, contestação do modelo educacional
imperial. Várias escolas normais de formação de professoras foram criadas na tentativa de solucionar
o problema do analfabetismo que já era grande.
II FASE
Confronto entre o ensino público e o privado que, com o surgimento da escola nova,
influem as ideias liberais na educação, contrariando a educação tradicional. A tentativa de melhorar
o desenvolvimento educacional não é recente.
Marcos Históricos Após a Revolução de 1930:
- Criação do Ministério da Educação e a criação do capítulo da educação na Constituição
de 1934;
- Alteração da Constituição de 1937;
- 1º Projeto de Lei de 1948
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Competência 01
- LDB 1961
- MOBRAL (Movimento Brasil de Alfabetização) em 1970.
Todas estas medidas foram elaboradas e modificadas para adequar o ensino ao padrão
de qualidade esperado, visando à diminuição do analfabetismo e a garantia da educação para todos.
III FASE
Esta fase da história da educação, demarcada pelo período pós-64, inicia-se por uma
extensa etapa de educação autoritária do período militar em que o tecnicismo educacional prevalece.
Sem muitas informações devido à grande censura imposta nesse período.
IV FASE
Saiba mais!
Decreto-lei nº 477 de 26 de fevereiro de 1969.
Após os anos de 1985, surge uma transição que permanece até a atualidade, definindo o
mau desenvolvimento do país no que se refere ao termo “educação para todos”. Chegamos em 1988,
onde foi criada a Constituição Federal, a qual declara a educação como um direito de todos, como
um dever do Estado e da família. Ela visa ao pleno desenvolvimento da pessoa, ao seu preparo para
o exercício da cidadania e a qualificação para o trabalho. Nesse momento, a prioridade educacional
era a tentativa de solucionar o atraso referente à educação brasileira vinda desde os anos de 1960.
Depois da Constituição Federal, algumas tentativas ocorreram tentando solucionar esse
problema, porém, não obtiveram êxito. Dentre elas estão: o Programa Nacional de Alfabetização e
Cidadania (PNAC,) em 1990, e o Plano Nacional de Educação para todos, em 1994, a nova LDB que
complementava os princípios da Constituição de 1988, a criação do Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de valorização do magistério (FUNDEF) e, mais
recentemente, Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos
Profissionais da Educação (FUNDEB). Tais tentativas que não resolveram os problemas de atraso
educacional no Brasil e foram elaboradas devido à evolução do processo educativo. E esta situação
perpassa até os dias atuais.
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Competência 01
Todo esse processo de evolução da educação não acontece sozinho. Junto com ela, muda
o processo de atuação do governo no setor educacional e também dos profissionais da educação, ao
terem que mudar seu foco e método de trabalho no interior das instituições escolares visando
atender as exigências sociais.
Sendo assim, a administração da educação evoluiu concomitantemente junto com a
educação para acompanhar esse desenvolvimento, como veremos a seguir.
Assim como a educação teve todo um processo histórico, com a administração escolar
não foi diferente. Afinal, as instituições escolares dependiam dela para trabalhar de acordo com o
que a sociedade exigia em cada etapa de evolução. E os administradores, e atualmente gestores
educacionais, tiveram seus momentos de mudanças no trabalho dentro das unidades escolares de
forma que atendessem as expectativas da sociedade.
Cada período histórico houve uma forma de administração escolar e subdivide-os da
seguinte forma: O primeiro refere-se à administração no período colonial, a qual fora baseada no
direito romano. O segundo, Era Republicana, se divide em quatro fases. São elas: fase organizacional,
comportamental, desenvolvimentista e sociocultural. Cada uma correspondente a um modelo
específico de gestão da educação definido de acordo com cada época. Cabia, portanto, aos
educadores, se adaptarem aos períodos e gerirem as instituições escolares de forma que atendessem
às necessidades do momento.
Nas décadas de 70 e 80, o sistema escolar foi marcado pelo centralismo, autoritarismo e
estruturas burocráticas-padrões. A unidade escolar era organizada de “fora para dentro”. O poder de
decisão da equipe escolar, nesta época, era praticamente inexistente sobre seus objetivos e até sobre
a estrutura e organização pedagógica e de equipe escolar.
Após esta era republicana, é proposto um novo paradigma da educação: o paradigma
multidimensional. Este é repleto de características e tem o objetivo de atender as necessidades da
escola que, com as mudanças da sociedade, passa a evoluir gradativamente exigindo outros meios
do processo administrativo.
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Competência 01
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Competência 01
Sugestão de Filmes
1. Quando sinto que já sei: Custeado por meio de financiamento coletivo, o filme
registra práticas inovadoras na educação brasileira. Os diretores investigaram
iniciativas em oito cidades brasileiras e colheram depoimentos de pais, alunos,
educadores e profissionais.
2. A Educação Proibida: Gravado em oito países da América Latina, o documentário
problematiza a escola moderna e apresenta alternativas educacionais em mais de
90 entrevistas com educadores. O filme é independente e foi financiado de forma
coletiva.
3. Fazendo Escola – A história e os caminhos da Gestão Escolar
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Competência 02
Nessa semana iremos descobrir quais são os segmentos que são encontrados dentro de
uma escola, sua composição, criação, função e atuação direta. Contudo, quando pensamos em
estrutura da escola e seus segmentos, imaginamos logo que estamos falando de cada setor que
funciona dentro de uma escola. Mas, ao contrário do que pensamos, quando nos referimos a
segmentos, estamos falando dos grupos que contribuem junto com a escola para que ela funcione de
maneira mais democrática.
2.1 Introdução
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Competência 02
CONSELHO ESCOLAR
GESTOR E EQUIPE
GESTORA
PROFESSORES /
ALUNOS
PAIS E COMUNIDADE
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Competência 02
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Competência 02
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Competência 02
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Competência 02
2.2.2 Atribuições
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Competência 02
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Competência 02
Descrição: Tirinha de uma representação de um conselho de classe, onde os integrantes dessa reunião discutem a
respeito de um aluno e decidem transferi-lo para outra escola, como resolução do problema.
Para cumprir seu papel, o Conselho de Classe exige que os professores tenham em mente
os alvos educacionais a serem desenvolvidos e avaliados no processo de aprendizagem dos alunos,
bem como estabeleçam princípios para a formação do caráter e da cidadania. Portanto, sua finalidade
dentro da escola é, de fato, compartilhar as dificuldades e os sucessos vividos, de modo que sejam
feitas as intervenções necessárias para garantir a fluidez do ensino-aprendizagem e a qualidade
educacional.
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Competência 02
2.4.1 Histórico
Criado em 1995, o Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) tem por finalidade prestar
assistência financeira, em caráter suplementar, às escolas públicas da educação básica das redes
estaduais, municipais e do Distrito Federal e às escolas privadas de educação especial mantidas por
entidades sem fins lucrativos, registradas no Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) como
beneficentes de assistência social, ou outras similares de atendimento direto e gratuito ao público.
O programa engloba várias ações e objetiva a melhoria da infraestrutura física e
pedagógica das escolas e o reforço da autogestão escolar nos planos financeiro, administrativo e
didático, contribuindo para elevar os índices de desempenho da educação básica.
Os recursos são transferidos independentemente da celebração de convênio ou instrumento
congênere, de acordo com o número de alunos extraído do Censo Escolar do ano anterior ao do
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Competência 02
2.4.2 Conceito
Associação civil com personalidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos,
representativa das escolas públicas, integrada por membros da comunidade escolar: pais, alunos,
funcionários, professores e membros da comunidade local.
2.4.3 Atribuições
Motivação da comunidade;
Convocação da Assembleia Geral;
Registro da UEX;
Inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ);
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Competência 02
Assembleia Geral:
Fundar a UEx;
Eleger e dar posse aos membros;
Discutir e aprovar o Estatuto.
Registro:
Cartório de Registro Civil de Pessoas Jurídicas;
Requerimento;
Estatuto;
Ata.
Inscrição CNPJ:
Ficha de inscrição;
Ata;
Registro do Cartório;
CPF do Presidente.
Abertura de Conta:
Conta conjunta Presidente / Tesoureiro
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Competência 02
Descrição: Imagem de várias mãos impostas para cima, cada mão em uma cor diferente e uma mão segurando uma placa
onde está escrito: A voz do aluno na escola, protagonismo juvenil. Comemoração de uma vitória na formação de um
grêmio estudantil.
O gestor democrático deve ser o grande incentivador da criação e/ou implementação dos
grêmios estudantis. Os educandos têm assegurado pela Lei Federal n°. 7.398 de 04/11/1985, o direito
de se organizar livremente através de agremiações estudantis, devendo a Unidade Escolar, garantir
o espaço e dar condições para essa organização.
O Grêmio Estudantil tem como objetivo reunir o corpo discente da escola, para discutir e
defender os interesses individuais e coletivos, incentivar a cultura literária, artística e desportiva,
promover palestras e debates sobre questões de interesse do ensino.
No sentido de preservar o aspecto da organização em sua criação, alguns passos deverão
ser seguidos:
1º passo
27
Competência 02
4º passo
Organizar e realizar a eleição;
Apurar os votos e registrar em Ata todas as ocorrências;
Divulgar os resultados.
5º passo
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Competência 02
os recursos humanos que atuam diretamente dentro da escola, identificando a função de cada um
dentro da escola.
Sugestão de Filme
1. Entre os muros da escola
François Marin (François Bégaudeau) trabalha como professor de
língua francesa em uma escola de ensino médio, localizada na
periferia de Paris. Ele e seus colegas de ensino buscam apoio mútuo
na difícil tarefa de fazer com que os alunos aprendam algo ao longo
do ano letivo. François busca estimular seus alunos, mas o descaso e
a falta de educação são grandes complicadores.
https://www.youtube.com/watch?v=XHuvaPK98Lg
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Competência 04
Seja bem-vindo para mais uma competência. Nessa semana iremos descobrir as funções
que existem dentro de uma escola e as diferenças entre elas. Lembro que cada município ou estado
pode adotar uma forma diferente de organizar sua escola. Além disso, temos que deixar bem claro
que os cargos presentes dentro de cada realidade podem mudar, pode-se observar quadros
completos com também cargos acumulando mais de uma função na mesma escola.
Esse acúmulo de função é muito comum de ser encontrado em instituições de ensino das
redes públicas, sejam elas municipais, estaduais ou federais. Essa acumulação faz com que as vezes
o cargo perca sua identidade dentro da instituição e, consequentemente, sobrecarrega o funcionário.
Dentro da escola possuímos várias pessoas que trabalham em determinadas funções para
assegurar o pleno funcionamento da instituição, porém essas funções normalmente são definidas
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Competência 04
pela Secretaria de Educação com o objetivo de ajudar, trabalhar melhor e elaborar com objetividade
os programas de formação. Já ao diretor cabe fazer a gestão pedagógica, fortalecer o vínculo com a
comunidade, lidar com os recursos financeiros e materiais e cuidar do relacionamento com a
Secretaria e do clima organizacional. O coordenador pedagógico tem como dever principal fazer a
formação continuada dos professores.
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Competência 04
3.1.2 Gestão
O Gestor e os vice-gestores são eleitos de acordo com a legislação vigente. O gestor deve
conhecer e dinamizar a estrutura organizacional da Escola tendo como atribuições, em especial as
abaixo descritas:
• em conjunto com o Conselho Escolar e demais componentes da Equipe gestora,
participar e coordenar as discussões e a elaboração da Proposta Político Pedagógica da Escola, bem
como acompanhar sua execução;
• em conjunto com o Conselho Escolar e demais componentes da Equipe gestora,
participar e coordenar as discussões e a elaboração do Plano Anual, responsabilizando-se pela sua
execução.
• cumprir e fazer cumprir as disposições legais, as determinações de órgãos superiores e
as constantes deste Regimento;
• responsabilizar-se pela organização e funcionamento da Escola, perante os órgãos do
poder público municipal e a comunidade, responsabilizando-se pelos atos administrativos, bem como
pela veracidade das informações prestadas pela Escola;
• assinar expedientes e documentos da Escola e, juntamente com o secretário da Escola,
assinar toda documentação relativa à vida escolar dos alunos.
Os vice-gestores, coparticipantes da Gestão, têm a seu encargo, especialmente a
supervisão de apoio e multimeios, a substituição eventual do Diretor, tendo como atribuições, em
especial as abaixo descritas:
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Competência 04
A Supervisão Escolar é provida por profissional habilitado para tal e no caso de não haver
tal profissional na Escola a Equipe Diretiva, juntamente com o Conselho Escolar, definirão quem
ocupará tal função. A Supervisão Escolar tem como função coordenar a ação pedagógica de forma a
garantir o cumprimento da Proposta Político-Pedagógica, através do desenvolvimento do currículo
proposto. O supervisor escolar tem como principais atribuições:
• socializar o saber docente, estimulando a troca de experiências entre os segmentos da
comunidade escolar, a discussão e a sistematização da prática pedagógica, viabilizando o trânsito
teoria-prática, de forma a qualificar a prática docente;
• discutir permanentemente o aproveitamento escolar e a prática docente, buscando
coletivamente o conhecimento e a compreensão do processo ensino aprendizagem e suas
dificuldades, problematizando o cotidiano escolar e elaborando propostas de intervenção nessa
realidade;
• assessorar individual e coletivamente o corpo docente no trabalho pedagógico
interdisciplinar;
• coordenar e participar dos Conselhos de Classe, juntamente com o Superviso de
Orientação Educacional, tendo em vista a análise do aproveitamento da turma como um todo e do
aluno, levantando alternativas de trabalho e execução;
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Competência 04
A Orientação Educacional é provida por profissional habilitado, indicado pela Gestão com
aval do Conselho Escolar. A Orientação Educacional tem como principal função investigar e analisar a
realidade vivencial do educando inserido em sua comunidade de forma a garantir que a prática
docente possa contribuir no processo do seu desenvolvimento global, redirecionando
permanentemente o currículo. O Orientador Educacional tem como principais atribuições:
• estimular e promover iniciativas de participação e democratização das relações na
escola, visando a aprendizagem do aluno, bem como a construção de sua identidade pessoal e grupal;
• contribuir para que a avaliação se desloque do aluno para o processo pedagógico como
um todo, visando o replanejamento;
• coordenar o Conselho de Classe, juntamente com o supervisor, garantindo que o
mesmo seja participativo no âmbito da proposta pedagógica da escola, participando de seu
planejamento, execução e desdobramentos;
• assessorar o Conselho Escolar, Direção e Professores em assuntos pertinentes à
orientação escolar.
3.2.1.Coordenação de turno
A coordenação de turno é exercida por um professor, eleito por seus pares a partir da
apresentação de projeto de trabalho com o aval da Direção e do Conselho Escolar. O coordenador de
turno tem como principais atribuições o acompanhamento, coordenação e controle do horário das
atividades docentes a partir das orientações da supervisão e da Direção, assegurando o pleno
funcionamento da Escola.
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Competência 04
A Coordenação Cultural é exercida por um professor, eleito por seus pares a partir da
apresentação de projeto de trabalho com o aval da Direção e do Conselho Escolar. Competências do
Coordenador Cultural:
• promover a articulação entre os segmentos escolares: professores, alunos, funcionários,
pais e demais instâncias da escola: Conselho Escolar, Equipe Diretiva, Grêmio Estudantil e entre
outros, no sentido de promover a cultura-educação priorizando as atividades e projetos a serem
desenvolvidos conforme decisões do coletivo da escola;
• promover a integração entre a Escola, a comunidade e as demais instituições, tais como
universidades, entidades não governamentais, grupos artísticos, pessoas físicas e jurídicas, entre
outras, formando com elas parcerias;
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Competência 04
3.2.5. Biblioteca
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Competência 04
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Competência 04
3.6 Funcionários
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Competência 04
b) Atribuições do Cozinheiro:
• preparar e cozinhar alimentos e responsabilizar-se pela cozinha;
• encarregar-se de todos os tipos de cozimento em larga escala, da guarda e conservação
dos alimentos;
• fazer os pedidos de suprimento de material necessário à cozinha ou a preparação de
alimentos;
• cumprir as demais funções inerentes ao cargo.
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Competência 04
b) Atribuições do Secretário:
Atividades Atribuições
Atende os pais, alunos, professores, técnicos,
Realiza o atendimento servidores, representantes de órgãos públicos
e sociedade em geral.
Registra dados de escrituração escolar dos
alunos em documentos tais como: livro de
Conduz o expediente matrícula, fichas individuais, históricos
escolares, certificados de conclusão de curso,
transferência, censo escolar, entre outros.
Classifica e organiza no arquivo, estático ou
dinâmico, a escrituração escolar dos alunos, a
vida funcional dos servidores, informações
Organiza o arquivo
administrativas e financeiras, coletânea da
legislação educacional em vigor, bem como, a
correspondência recebida e expedida.
Redige, encaminha e arquiva memorandos,
ofícios, requerimentos, cartas, atas, circulares,
Prepara a documentação
portarias, relatórios, editais, ordens de serviço,
comunicações internas, etc.
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Competência 04
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Competência 04
Caro estudante, nessa semana iremos abordar os tipos de gestão que podem ser
observadas numa instituição educacional, algumas delas já estão ultrapassadas, pois não atendiam a
necessidade principal que era o aluno dentro da sociedade. Atualmente de forma meio que
padronizada, está se adotando um único tipo de gestão, pois ela, no momento, aparenta ser a mais
democrática quando se diz respeito à educação.
4.1 Introdução
Gestão (do latim gestio – Õnis) significa ato de gerir, gerência, administração.
Gestão é administração, é tomada de decisão, é organização, é direção. Relaciona-se com
a atividade de impulsionar uma organização a atingir seus objetivos, cumprir sua função,
desempenhar seu papel.
A gestão da Educação é responsável por garantir a qualidade de uma mediação no seio
da prática social global, que se constitui no único mecanismo de formação humana de cidadãos, que
é pela educação. A gestão preza em cumprir – uma educação comprometida com a “sabedoria” de
viver junto respeitando as diferenças, com a construção de um mundo mais humano e justo para
todos que nele habitam, independentemente de raça, cor, credo ou opção de vida.
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Competência 04
Uma gestão democrática requer a participação da comunidade escolar nos processos que
se evoluem em permanente formulação e em implementação coletiva de metas, objetivos,
estratégias e procedimentos da escola, quer sejam a respeito dos aspectos pedagógicos, quer sejam
relativos à gestão administrativa, dos recursos humanos e financeiros. Portanto, é necessário que a
gestão escolar seja compartilhada, coletiva, participativa, democrática e que todos juntos – diretor,
pais, comunidade, professores, alunos, funcionários – busquem caminhos, soluções para os entraves
e consigam realizar o sonho coletivo: “todos os alunos aprendendo”.
Neste sentido, a escola que se quer deve estar aberta ao diálogo, voltada para os anseios
da sociedade moderna e pautada nos preceitos democráticos – descentralização, participação e
transparência – onde a comunidade escolar possa construir propostas e alternativas que fortaleçam
a união em torno da gestão do ensino.
Garantir a eficácia escolar, isto é, possibilitar uma aprendizagem significativa aos alunos,
legitimando, dessa forma, o sistema escolar, tem sido o foco da gestão escolar, concretizado através
da construção do Projeto Político Pedagógico que elaborado coletivamente, pressupõe rupturas com
o autoritarismo.
A descentralização e a democratização da gestão ganharam força na década de 1980, por
meio das reformas legislativas, concentrando-se em três vertentes básicas da gestão escolar:
a) participação da comunidade escolar na seleção de diretores da escola;
b) criação de um colegiado / conselho escolar que tenha tanto autoridade deliberativa
quanto, poder decisório;
c) repasse de recursos financeiros às escolas e, consequentemente, aumento de sua
autonomia.
Assim é a gestão democrática. Foco de interesse de um ensino de qualidade, que
pressupõe participação coletiva e autonomia nas decisões, com o compromisso de tornar a escola
mais eficiente e eficaz, caracterizando um desafio na operacionalização das políticas públicas de
educação.
Órgãos Colegiados:
Conselho Escolar
Conselho de Classe
Grêmio Estudantil
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Competência 04
Unidade Executora
Base Legal:
44
Competência 04
A teoria básica que fundamenta muitos sistemas de gestão está relacionada à ideia que
os dirigentes das organizações formulam planos, põem em prática estes planos, avaliam as
consequências das ações e, finalmente, usam este controle para ajustar seus planos, fazendo com
que o ciclo: planejamento-ação-controle repita-se continuamente.
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Competência 04
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Competência 04
47
Competência 04
A educação democrática, norteada pela LDB (art. 3º.), compreende um ensino ministrado
pelos princípios de:
I – Igualdade de condições de acesso e permanência na escola;
II – Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte
e o saber;
III – Pluralismo de ideias e concepções pedagógicas;
IV – Respeito à liberdade e apreço à tolerância;
V – Coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
VI – Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
VII – Valorização do profissional da educação escolar;
VIII – Gestão democrática do ensino público, na forma da lei e da legislação dos sistemas
de ensino;
IX – Garantia de padrão de qualidade; valorização da experiência extraescolar;
X – Vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais (BRASIL, 1996).
48
Competência 04
A gestão de serviços de apoio, recursos físicos e financeiros trata das questões ligadas a
organização dos registros escolares, utilização das instalações e equipamentos, preservação do
49
Competência 04
Por recursos físicos, entende-se todos aqueles que dizem respeito às instalações e
equipamentos de uma escola: “sala de aula, laboratórios, quadras esportivas, cantina, cozinha,
banheiros, carteiras, armários, computadores e tudo mais que compõe o cenário físico, no qual as
atividades pedagógicas se desenvolvem”, cuja qualidade colabora para a melhoria dos resultados da
escola, ao propiciar melhores condições para a realização da Proposta Pedagógica da escola. “As
melhorias das instalações e dos equipamentos da escola devem ser um objetivo constante, mas
sempre bem ‘amarrado’ com o que ela se propõe a ser e a fazer”.
Daí a necessidade de se realizar o diagnóstico dos recursos físicos disponíveis, que
permita identificar os principais pontos a serem melhorados. O critério para a tal realização deve ser
a segurança e o bem-estar daqueles que frequentam a escola e a qualidade dos resultados
pedagógicos que se pretende alcançar. Deve constar de relatórios específicos.
50
Competência 04
Nessa semana vimos que a gestão democrática é forma principal para gerir uma unidade
de ensino, pois ela preza a participação de toda a comunidade escolar nas decisões da escola. Valoriza
o estudante e seu desenvolvimento como cidadão.
Próxima semana vamos aprender a construir um projeto pedagógico para a escola, desde
suas idealização, criação e aplicação.
Sugestão de Filmes
Bagdá Café
(Alemanha e EUA, 1987, Paris Filmes)
O filme ajuda a entender a construção de grupos e a contribuição do olhar de
quem chega, sem invadir o espaço do outro.
Ser e Ter
(França, 2002, Mais Filmes)
Sensível retrato da transição de alunos do universo familiar para um ambiente
em que o que conta é a individualidade. Bom ponto de partida para discutir a
importância da diversidade e ver como se estabelecem vínculos com o grupo.
Escritores da Liberdade
(EUA, 2007, Paramount Picturesl)
Filme riquíssimo para refletir sobre a organização do trabalho num sistema de
ensino, o caráter humanizador da escrita, os rituais de acolhimento da
professora em relação aos alunos e o papel do diretor.
Nenhum a Menos
(China, 1999, Columbia Pictures)
Indicado para discutir a responsabilidade do educador por todos os alunos e a
constituição de um grupo em busca de um ideal comum.
51
Competência 05
Nessa semana iremos nos apropriar de como podemos contribuir para as ações
planejadas dentro de uma escola, desde sua idealização até sua execução. Porém, para isso
precisamos entender como construir um projeto pedagógico, como planejar, como executar e
principalmente avaliar seus resultados.
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Competência 05
Assim, cada escola implementa no seu ritmo e tempo próprios e na dimensão das
vontades dos coletivos nela atuantes. Construir um projeto pedagógico da escola é mantê-la em
constante estado de reflexão e elaboração, numa esclarecida recorrência às questões relevantes do
interesse comum e historicamente requeridas.
Embora não existam modelos a serem seguidos na construção do projeto escolar, a título
de sugestão, podemos citar algumas etapas que são comuns aos Projetos Político-Pedagógicos das
escolas públicas do Paraná:
Apresentação;
Identificação da Escola, mediante o diagnóstico da realidade;
Objetivos;
Fundamentação teórica ou conceitual;
53
Competência 05
54
Competência 05
Por isso, procuramos chamar a atenção para o fato de que o Projeto Político-Pedagógico,
como algo construído e reconstruído coletivamente, é um dos elementos mais importantes para a
gestão democrática. Considerado como o eixo central da organização do trabalho na escola, o Projeto
Político-Pedagógico deve articular os aspectos administrativos (plano de ação do diretor/escola e
55
Competência 05
regimento escolar) aos aspectos pedagógicos (currículo, métodos, avaliação, formação continuada) e
ao objetivo, assegurando a unidade teórica e metodológica no trabalho didático e pedagógico, a
unidade na organização do trabalho escolar e a coerência entre o planejado e o executado nas
práticas escolares.
Sugestão de Filmes
Projeto Político Pedagógico:
https://www.youtube.com/watch?v=TANsgCttGWA
https://www.youtube.com/watch?v=-MsfrBYe8CM
https://www.youtube.com/watch?v=9hA26JiB29
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Considerações Finais
Então para termos uma escola de sucesso, devemos trabalhar para uma gestão
democrática, onde todos os segmentos dentro de uma unidade de ensino trabalhem em comum
acordo na construção de um projeto político-pedagógico, onde contemple todas as dimensões dos
alunos. Para que valorize o estudante e o seu papel dentro da sociedade como ator principal de
mudança.
E com isso terminamos esse módulo, espero que tenham se apropriado de todas as
informações repassadas e que possam ser replicadas em qualquer instituição de ensino, seja ela
federal, estadual, municipal, pública ou privada.
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Referências
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CARVALHO, Elma Júlia Gonçalves de. Autonomia da Gestão Escolar: Democratização e Privatização,
Duas Faces de Uma Mesma Moeda. Piracicaba, Tese de Doutorado, Programa de Pós-Graduação em
Educação da Universidade Metodista de Piracicaba, 2005.
FERREIRA, Naura Syria Carapeto. Gestão Educacional e Organização do Trabalho Pedagógico. Curitiba:
IESDE, 2003.
LIBÂNEO, José Carlos; OLIVEIRA, João Ferreira de; TOSCHI, Mirza Seabra. Educação Escolar: políticas,
estrutura e organização. São Paulo: Cortez, 2003.
ROMÃO, José Eustáquio. Dialética da Diferença: O Projeto da Escola Cidadã Frente ao Projeto
Pedagógico Neoliberal. SÃO Paulo: Cortez, 2000.
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TEIXEIRA, Lúcia H. G. (coord.). O diretor da unidade escolar frente a tendências presentes na gestão
da escola pública de Minas Gerais. Juiz de Fora: UFJF/SEE-MG, 2003. Relatório de pesquisa.
VEIGA, Ilma Passos Alencastro. Perspectivas para reflexão em torno do Projeto Político Pedagógico.
In: VEIGA, Ilma Passos Alencastro; RESENDE, Lúcia Maria G. de (orgs.). Escola: Espaço do Projeto
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VEIGA, Ilma Passos. Projeto Político da Escola: uma construção coletiva. In: VEIGA Ilma A. Passos (org.)
Projeto Político- Pedagógico da Escola: uma construção possível. 10ª ed., Campinas, SP: Papirus, 1995.
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http://www.conteudoescola.com.br/component/content/article/30/152-o-conselho-de-classe-
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GENTILE, Paola; ANDRADE, Cristiana. Avaliação nota 10. Nova Escola On-
line.http://revistaescola.abril.com.br/planejamento-e-avaliacao/avaliacao/avaliacao-nota-10-
424569.shtml
Síntese das Inovações Introduzidas no PDDE, referentes a Escolas Públicas pela Resolução nº 17, de
19 de abril de 2011, do Conselho Deliberativo do FNDE, publicada no Diário Oficial da União (DOU) nº
76, de 20 de abril de 2011, e disponível no sítio www.fnde.gov.br.
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