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BIOLOGIA TESTE DEZEMBRO 2020 (Dif Celular e Reg de Tecidos)
BIOLOGIA TESTE DEZEMBRO 2020 (Dif Celular e Reg de Tecidos)
diferenciação celular
1. Diferenciação celular
A mitose garante que, a partir de uma célula, se formem duas células geneticamente iguais à
célula-mãe e geneticamente iguais entre si. Porém, estas novas duas células-filhas, podem
sofrer outras divisões. Assim, concluímos que todos os fenómenos de multiplicação,
crescimento e renovação celulares e de reprodução assexuada estejam associados e
dependentes de fenómenos mitóticos.
O ciclo celular pode repetir-se inúmeras vezes, de tal forma que a partir de uma célula pode
ser obtido um organismo multicelular (para isso tem de haver várias células com diferentes
funções e diferenciadas). Para esse processo da diferenciação ocorrer, tem de existir uma
célula inicial.
Após a fecundação, a célula irá passar por várias mitoses e citocineses sucessivas, de modo a
formar um organismo multicelular. O ovo (junção do espermatozoide e oócito) é a primeira
célula de um organismo e é capaz de originar células-filhas, as quais poderão depois originar
outras células ainda. Diz-se por isso que o ovo é totipotente, ou seja, tem todas as
potencialidades para originar outras células.
As primeiras divisões do ovo, originam células indiferenciadas, porque são muito semelhantes
entre si e à célula que lhes deu origem. Porém, à medida que os ciclos celulares se repetem, as
células iniciam um processo de diferenciação, até se tornarem células especializadas.
As células totipotentes, só o são assim designadas quando estão em forma do ovo, passando a
ser pluripotentes quando se dá a formação do blastocisto e durante o feto na barriga. Após
isso, passam a ser multipotentes no humano já nascido, tendo um potencial de diferenciação
restrito sendo constituintes já de tecidos formados. Mas isto não significa que o humano passe
a ter já toda as células diferenciadas, o processo continua a ocorrer, mas apenas em células de
cada tecido.
O processo de diferenciação nos organismos multicelulares envolve saber quais são as
características responsáveis pela construção do corpo e das plantas e dos animais. Essas
células são chamadas de células estaminais e apresentam as seguintes características:
Em síntese, há células:
Nas célula vegetais adultas, existem os meristemas, que são capazes de se dividir levando ao
crescimento de órgãos ou à regeneração de zonas lesadas.
Hipótese - Cada grupo de células perde parte dos seus genes, retendo apenas aqueles que
eram funcionais num determinado órgão.
Em 1950, J. Steward, trabalhando com cenouras, obteve plantas completas a partir de células
diferenciadas da raiz. Estavam dados os primeiros passos da clonagem, que inclui um conjunto
de procedimentos e técnicas através das quais se podem obter clones.
Clones:
o Podem ser definidos ao nível dos genes, das células ou mesmo dos indivíduos.
o Trata-se respetivamente de um conjunto de genes, de células ou de indivíduos
multicelulares, geneticamente idênticos entre si e que são todos descendentes de um
único ancestral [gene, célula ou indivíduo]. No caso das cenouras, as células
diferenciadas que se obtêm por divisão a partir das células iniciais, ao serem
removidas do seu local original e em condições apropriadas, podem originar um
grande número de organismos iguais entre si e ao seu único progenitor inicial.
Da experiência de Steward pode então concluir-se que uma célula diferenciada pode reverter
o seu processo de diferenciação e tornar-se de novo indiferenciada. Desta forma, estas células
podem originar todos os tipos de células especializadas necessárias para a produção de uma
nova planta. Isto implica que o processo de diferenciação não envolva necessariamente,
alterações irreversíveis do ADN.
Steward tentou realizar a mesma experiência, mas desta vez em células animais, porém
fracassou, pois as células apresentaram dificuldade em dividir-se, não formando um ser-vivo
completo.
Pode, assim, concluir -se que as células diferenciadas conservam todo o seu DNA, embora
apenas uma pequena parte desse DNA esteja ativa.
Experiência de Ian Wilmut – primeira clonagem manipulada pelo homem “ovelha Dolly”
Processo:
1. Foi transplantado uma célula das glândulas mamárias de uma ovelha para um ovulo de
outra.
2. Após se ter cultivado estas células num meio de cultura apropriado, este grupo parou
o ciclo celular em G1. Seguidamente, fundiu-se estas células com óvulos de ovelha, aos
quais se tinha removido o núcleo.
3. As células resultantes desenvolveram embriões e foram implantados noutra ovelha.
Desta forma tinha sido conseguido o primeiro clone de mamífero manipulado pelo
Homem.
O processo que conduziu à formação da ovelha Dolly exigiu uma reprogramação do núcleo de
uma célula diferenciada, tornando-a totipotente. Porém a ovelha não durou muito tempo,
envelhecendo precocemente.
Outras experiências provaram, tal como nas experiências em células vegetais, que se o núcleo
implantado proviesse de um embrião ou de um ser vivo mais novo, havia mais chances de
sucesso.