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Inflamatória
Proliferativa
Maturação
Uma ferida é representada pela perda de integridade da pele e tecidos moles
subjacentes, podendo ser aguda ou crônica.
As causas podem ser associadas a diversos mecanismos, desde trauma até lesões
isquêmicas.
Fase inflamatória
Imediatamente, o corpo tenta fazer a hemostasia com a contração dos pequenos vasos
próximos.
Nesse momento, há a agregação plaquetária, ativação da cascata de coagulação e
formação de uma matriz de fibrina.
Essa rede de fibrina age como barreira para tentar impedir a contaminação da ferida e
como base para o processo cicatricial.
Além disso, ela serve de apoio para a migração celular e estímulo para os fatores de
crescimento.
Os sinais da inflamação – rubor, calor, edema, dor – são resultado da resposta celular e
bioquímica no local, principalmente pelo recrutamento celular e aumento da
permeabilidade vascular.
Os neutrófilos e monócitos dão início ao processo com uma “limpeza” da ferida. É o
desbridamento, que remove os tecidos desvitalizados e fagocita as partículas
antagônicas e corpos estranhos.
Processos que iniciam em torno do terceiro dia após a lesão e dura algumas semanas.
Essa fase é caracterizada pela formação do tecido de granulação, e é o marco inicial da
formação da cicatriz.
Nas primeiras vinte e quatro a trinta e seis horas, para que a ferida seja recoberta, há a
proliferação de células do epitélio.
Queratinócitos, células epiteliais e células tronco epiteliais migram para o centro da
ferida. Induzindo a contração, aproximação das bordas e neoepitelização da lesão.
Essa camada é fina e superficial, porém cria uma espécie de barreira para bactérias e
corpos estranhos.
Fibroplasia
A fibroplasia é a produção de colágeno pelos fibroblastos, que torna a ferida mais forte e
resistente.
Essas células, nutridas pelos neo-vasos, produzem uma matriz extracelular com
grandes quantidades de fibronectina (responsável pela adesão da célula) e ácido
hialurônico (promove resistência à compressão), que substitui aquela inicialmente
formada na hemostasia.
A matriz é modificada mais uma vez para tornar o ambiente mais favorável à fixação e
imobilidade das células.
A aparência do tecido é vermelha, com muitos espaços vazios e granular, por possuir
grande concentração de vasos imaturos, exsudativos e que sangram facilmente.
Ao final da fase proliferativa, a ferida está recoberta com o tecido de granulação,
neovascularizada e em processo de regeneração.
Fase de maturação
Essa fase final se inicia após vinte e um dias da lesão, podendo perdurar até um ano.
Durante o período de remodelamento, o tecido de granulação termina de ser formado
para que inicie a maturação da ferida.
Ligações covalentes são formadas entre os feixes de colágeno, com aumento das
ligações transversas e melhor alinhamento dos feixes ao longo das linhas de tensão.
O novo colágeno sintetizado não será tão organizado como o da pele sadia.
Após atingir a estabilidade entre produção e destruição, que demora cerca de quatro
semanas, começa a fase de maturação do colágeno, que dura de meses a anos.
Após a resolução do reparo, essas células sofrem apoptose. Se essas células não
forem destruídas, vai haver maior síntese de matriz e contração da lesão, que pode
resultar em queloide (cicatriz hipertrófica).
Resultado da fase de maturação