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SUMÁRIO

Fases da cicatrização ..........................................................................................1


Neurofisiologia da dor .........................................................................................3
Recursos térmicos ...............................................................................................5
Técnicas crioterapia ..............................................................................................7
Técnicas hipertermoterapia ....................................................................................10
Fototerapia
Infravermelho....................................................................................................13
Ultravioleta......................................................................................................14
Fotobiomodulação
Laser ............................................................................................................16
Ondas curtas .....................................................................................................20
Microondas ........................................................................................................23
Ultrassom ..........................................................................................................25
Parâmetros de correntes elétricas .....................................................................29
Corrente Galvânica ............................................................................................33
Correntes químicas ...........................................................................................35
TENS ..................................................................................................................37
Corrente interferencial ......................................................................................42
Eletroestimulação Neuromuscular .....................................................................45
FES .............................................................................................................48
Corrente Russa ...............................................................................................49
Corrente Aussie ...............................................................................................50
Microcorrentes ..................................................................................................51
Eletrodiagnóstico ...............................................................................................54
O processo de cicatrização é dividido em três para o terceiro espaço e consequente edema. A
fases: vasodilatação e aumento do fluxo sanguíneo são
responsáveis pelo calor e rubor.

Essa fase é o marco inicial da formação da cicatriz,


os fibroblastos e as células endoteliais são as células
predominantes e mais importantes. Ela inicia-se em torno do
terceiro dia após a lesão e é caracterizada pela:

✓ Angiogênese;
✓ Reepitelização;
Existe sobreposição dos estágios de reparo da
✓ Fibroplasia;
ferida, ou seja, não há definição clara entre o final de um
✓ Formação do tecido de granulação.
estágio e o início do estágio seguinte; é possível que porções
dos três estágios se sobreponham.

Nessa fase ocorre uma demanda de nutrientes e


É a primeira fase do processo cicatricial, inicia no
suprimento sanguíneo para o local da ferida, então ocorre
exato momento da lesão e dura cerca de três dias.O dano
a angiogênese, que é a formação de novos vasos sanguíneos.
tissular é o evento inicial que desencadeia todo o processo
de restauração.

Imediatamente, o corpo tenta fazer a hemostasia Nessa fase ocorre proliferação de células do
com a contração dos pequenos vasos próximos, agregação epitélio para que a ferida seja recoberta.
plaquetária, ativação da cascata de coagulação e formação
Queratinócitos, células epiteliais e células tronco
de uma matriz de fibrina que age como barreira para
epiteliais migram para o centro da ferida, induzindo a
impedir a contaminação.
contração, aproximação das bordas e neoepitelização da
Os neutrófilos e monócitos dão início ao processo lesão. Essa camada é fina e superficial, porém cria uma
com uma “limpeza” da ferida, que é o desbridamento, espécie de barreira para bactérias e corpos estranhos.
removendo os tecidos desvitalizados e fagocitando as
partículas e corpos estranhos. Além disso, os mastócitos
degranulados liberam fatores de crescimento, quimiocinas, A fibroplasia é a produção de colágeno pelos
citocinas, histamina e outros mediadores de vasodilatação e fibroblastos, que torna a ferida mais forte e resistente.
migração celular.
Depois do desbridamento da ferida, essas células
Essas substâncias vão tornar os vasos da região migram para o local e mediadores liberados principalmente
mais permeáveis, permitindo extravasamento de líquidos
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pelos macrófagos, intensificam a ativação dos fibroblastos O resultado é o fechamento completo da ferida,
e sua migração para o centro da ferida. com restauração da força mecânica e formação da cicatriz.
Finalmente, há a repigmentação e isso ajuda a restaurar a
Essas células, produzem uma nova matriz
cor normal da pele danificada, fechando o ciclo de
extracelular com grandes quantidades de fibronectina
cicatrização.
(responsável pela adesão da célula) e ácido hialurônico
(promove resistência à compressão).

Agora essa matriz permite a maturação dos neo-


vasos em capilares e os fibroblastos passam a secretar
maior quantidade de colágeno.

Ao final da fase proliferativa, a ferida está


recoberta com o tecido de granulação, ele é composto
basicamente pelos neo-vasos, fibroblastos, macrófagos e
colágeno frouxo, resultado da neo-angiogênese e fibroplasia.

A aparência do tecido é vermelha, com muitos


espaços vazios e granular, por possuir grande concentração
de vasos imaturos, exsudativos e que sangram facilmente.

Essa fase final se inicia após vinte e um dias da


Starkey, C. Recursos Terapêuticos em Fisioterapia.
lesão, podendo perdurar até um ano e é caracterizada pela
Barueri: Editora Manole, 2017.
deposição organizada de colágeno. É a de maior importância
clínica, no processo de cicatrização, pois é quando a ferida
https://www.sanarmed.com/fases-da-cicatrizacao-
recebe maior suporte.
colunistas
O colágeno tipo III produzido inicialmente, que é mais
fino e orientado paralelamente à pele, é substituído por um
colágeno mais espesso direcionado ao longo das linhas de
tensão, aumentando a força tênsil da lesão.

Os fibroblastos na periferia da ferida são


diferenciados em miofibroblastos, proteínas contráteis que
“puxam” as bordas, permitindo a contração das margens e
fechamento da lesão.Após a resolução do reparo, essas
células precisam ser destruídas, se não vai haver maior
síntese de matriz e contração da lesão, podendo resultar
em queloide (cicatriz hipertrófica).

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Neurofisiologia da dor
A dor nociceptiva é causada por lesões nos tecidos
do corpo, em geral ela é intensa, aguda ou latejante e
localizada.

Já a dor nociplástica é irradiada e está relacionada


a um distúrbio no processo de estímulo, desde o sistema
central até o periférico. Tem relação com doença ou
desordem que faz com que os centros superiores possam
estar enviando informações que excitam demais a região da
Depois que os potenciais de ação são gerados a
lesão.
partir de um receptor que foi estimulado, eles se propagam
✓ Exemplo: fibromialgia na fibra nervosa aferente até o corno posterior da medula
A dor neuropática: é um tipo de dor crônica que espinal.
ocorre quando os nervos sensitivos do sistema nervoso Os aferentes responsáveis pela transmissão da
central ou periférico são feridos ou danificados, tem relação dor são as fibras A-delta e C. As fibras A-delta são nervos
com o sistema somatossensorial. de pequeno diâmetro, levemente mielinizados, que
Nociceptores são terminações nervosas livres que transmitem pressão mecânica, extremos de temperatura
estão em grande parte dos nossos tecidos, cuja função é ou dor isquêmica. Essas fibras são responsáveis pelo que se
codificar e processar os estímulos nocivos. Há quatro conhece como dor “rápida”.
mecanismos principais que podem disparar os nociceptores: As fibras C são fibras aferentes de diâmetro
estimulação mecânica, térmica, química e polimodais pequeno, não mielinizadas, que também respondem à
(combinação de estímulos). pressão mecânica, extremos de temperatura e substâncias
✓ O limiar de dor é o nível (intensidade) de estímulo químicas (marcadores inflamatórios). A dor originada dessas
nocivo necessário para alertar a pessoa de uma fibras é referida como dor “lenta”, caracterizada por uma
ameaça potencial ao tecido. sensação de dor vaga, não localizada e difusa (dor
protopática).
TIPOS DE RECEPTORES
O receptor sensorial de terminações livres é um
nociceptor que capta a dor por meio de estímulos intensos
e substâncias químicas.

Os corpúsculos de Meissner, Merkel e Pacini são


mecanorreceptores sensíveis ao tato após um estímulo de
pressão.

Por fim, os receptores de Krause (frio) e de Ruffini


(calor) captam a temperatura.

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A substância cinzenta da medula espinal é dividida MODULAÇÃO DA DOR
em segmentos, chamada lâminas de Rexed. O mecanismo ascendente da teoria da comporta
O nervo aferente de primeira ordem (neurônio consiste em aumentar os impulsos não nociceptivos
nociceptivo específico) entra no corno posterior da medula provenientes da periferia, entrando na medula espinal, de
espinal e realiza sinapse com os interneurônios, na lâmina II modo a produzir o alívio da dor. Essa teoria sustenta que os
ou substância gelatinosa. Esse neurônio tem função de receptores de fibras A-beta (que conduzem estímulos não
modular a dor, de permitir a divergência do estímulo original dolorosos) podem diminuir a passagem dos estímulos
para outras vias no sistema nervoso e transmitem sinais da nociceptivos para os neurônios de segunda ordem.
atividade reflexa para os neurônios motores. No caso dos mecanismos descendentes de controle
Os neurônios de segunda ordem fazem sinapses da dor, ele acontece por meio dos opióides endógenos, no
com os neurônios de primeira ordem e são os principais qual o hipotálamo e amigdala ativam a substância cinzenta
responsáveis pela transmissão dos estímulos que sobem periaquedutal do mesencéfalo, por meio do
pela medula espinal até os centros superiores. Os impulsos neurotransmissor excitatório. Essa substância cinzenta
nociceptivos em geral cruzam a linha média da medula influencia o Núcleo Magno de Rafe do bulbo e ele começa a
espinal e seguem pelos tratos ascendentes até os centros mandar informações para medula de que é para “fechar as
superiores por meio da via neoespinotalâmica ou portas”.
paleoespinotalâmica.

O destino da via neoespinotalâmica é o córtex


somatossensorial, enquanto a via paleoespinotalâmica sobe
pela ponte até atingir o hipocampo e a amígdala, onde induz
a resposta afetiva à dor (sensação desagradável)

✓ A serotonina é liberada localmente no nível espinal,


inibindo de modo direto os neurônios de segunda
ordem e ativando de modo indireto os
interneurônios.

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Recursos terapêuticos térmicos
Os recursos terapêuticos térmicos transferem
calor da superfície mais quente para a superfície mais fria ✓ É a prática do uso de frio para alcançar objetivos
por meio da troca de energia cinética. terapêuticos, a faixa de temperatura está entre
As energias elétrica, química e magnética podem 5° e 16° C.
ser convertidas em energia térmica com uma eficiência de ✓ Os principais métodos desta forma de troca
100%, mas não é possível o inverso. térmica, são condução, convecção e evaporação.
✓ A aplicação de frio geralmente é utilizada quando
O controle da temperatura corporal é mantido por existe resposta inflamatória aguda, para prevenir
termorreceptores que se encontram na pele, no tecido lesão secundária e edema por ter efeito
profundo e no SNC, que vão emitir informações para o vasoconstritor.
hipotálamo que por sua vez, mantém a temperatura ✓ Pode ser utilizada antes de exercícios de amplitude
corporal em 37°C. de movimento, por promover a analgesia do local.
MECANISMO DE TRANSFERÊNCIA DE ENERGIA ✓ Também é utilizada após a atividade física para
TÉRMICA reduzir o metabolismo celular. Em atletas, a
Radiação: transferência de energia sem o uso de crioterapia é um tratamento preventivo de lesões
um meio, como o LASER. Todos os recursos terapêuticos maiores.
térmicos proporcionam energia radiante, temos como O principal efeito da crio em traumas agudos é a
exemplo os recursos condutivos que perdem parte de sua redução do metabolismo, isso evita uma lesão secundária de
energia por meio da radiação. Colocando-se a mão sobre uma outros tecidos por hipóxia, pois essa técnica reduz a
compressa quente úmida, o calor sentido na mão é o que necessidade de oxigênio. Na inflamação aguda, as respostas
está sendo perdido da compressa via radiação. vasculares ao frio afetam a permeabilidade da parede
Evaporação: a mudança do estado líquido para o celular, inibindo assim o acúmulo de líquido no interstício. A
estado gasoso requer que a energia térmica seja removida diminuição do fluxo sanguíneo associada à vasoconstrição e
do corpo. Os sprays congelantes são um exemplo de recurso a diminuição da taxa metabólica, também podem resultar em
terapêutico que opera por evaporação. uma menor acumulação de metabólitos e químicos irritantes
na área lesionada.
Condução: transferência de calor entre dois
objetos que se tocam, como compressas quentes e O frio é também um contrairritante e pode diminuir
aplicação de gelo. a sensação de dor pela estimulação dos receptores
térmicos, pela teoria da comporta. Além disso, a diminuição
Convecção: transferência de calor pelo movimento do metabolismo também está associada com a diminuição da
de um meio, como o turbilhão. velocidade de condução e aumento do limiar e tolerância a
dor.

O espasmo muscular também pode ser reduzido


depois da crioterapia, pois o frio diminui a ativação do fuso
muscular.

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Já a rigidez tecidual aumenta com a queda da Após a aplicação do gelo, geralmente ocorre uma
temperatura, pelo aumento da viscosidade do líquido sinovial vermelhidão da área pela redução do metabolismo e pela
e diminuição da elasticidade do tecido conjuntivo. volta do calibre normal do vaso. Com o metabolismo baixo,
ocorre um retorno em excesso de oxigênio pelo sistema
Vasoconstrição venoso periférico, com isso ele se liga a hemoglobina
formando a oxihemoglobina e dando o aspecto
Diminuição do
fluxo sanguíneo
avermelhado para a pele.

EFEITOS Redução no
FISIOLÓGICOS metabolismo
PRICE
Diminuição da
inflamação ✓ Proteção ✓ Compressão
✓ Repouso ✓ Elevação
Diminuição da ✓ Crioterapia
dor e do
espasmo CONTRAINDICAÇÃO
✓ Alergias ao frio e hipersensibilidades
O tecido adiposo, o músculo esquelético, os ossos e ✓ Doença de Raynaud
o sangue têm diferentes níveis de condutividade térmica. O ✓ Diabetes
tecido adiposo age como um isolante para os tecidos ✓ Regiões com falta de sensibilidade
subjacentes, o que limita o grau de mudança de temperatura ✓ Em casos de circulação comprometida
nos tecidos mais profundos. Já o sangue e o músculo têm ✓ Feridas abertas
conteúdos de água relativamente altos, por isso eles ✓ Pele desvitalizada
absorvem e realizam facilmente mudanças de energia ✓ Áreas com tumor
térmica ou de temperatura. ✓ Precaução ao aplicar em locais com metais
implantados no paciente
✓ Cuidados com paciente com hipertensão arterial
✓ Gestantes (área do útero)

As mudanças fisiológicas no tecido em resposta à


aplicação de recursos terapêuticos térmicos, variam de
acordo com a intensidade do agente, da duração da
aplicação, do tamanho da área tratada e da condutibilidade
do tecido.

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TÉCNICAS CRIOTERAPIA
✓ É necessário fazer trocas constantes, pois em
temperatura ambiente o gel tem tendência a
aquecer naturalmente.
✓ O gelo precisa ser triturado, pois as pedras de gelo
provocam dor e pressão no local. A quantidade de
gelo deve ser maior que a área lesionada, deve
cobrir as regiões vizinhas.
✓ Antes da aplicação da técnica, é necessário
✓ A massagem auxilia no espasmo protetor que
realizar alguns testes: teste de sensibilidade, tátil,
ocorre quando se tem uma lesão muscular.
doloroso e de consciência.
✓ Antes da massagem pode-se aplicar vaselina no
✓ Muito importante realizar o teste de urticária ao
local para facilitar no deslizamento.
frio e verificar se há vermelhidão com petéquias e
✓ É feito movimentos de vai e vem no sentido da
coceira.
fibra muscular até o paciente sentir dormência na
região, esse tempo pode variar de 3 a 12 minutos.

✓ Pacientes com hipertensão é necessário aferir a


PA antes, durante e após a aplicação.
✓ A aplicação em área de nervos superficiais pode
gerar formigamento, indicando lesão nervosa. ✓ Técnica PNF: facilitação neuromuscular
✓ Cuidado se houver sensação de queimação em uma proprioceptiva é um método de tratamento
região pontual. fisioterapêutico, que consiste na aplicação de
✓ Não aplicar em proeminências ósseas, como patela, resistências manuais com o intuito de incentivar os
maléolos e olecrano. receptores neurais, para aumentar a amplitude de
movimentos funcionais e dar estabilidade corporal
aos pacientes.
✓ Área pequena: 20 minutos
✓ Primeiro é realizado a criomassagem, depois é feito
✓ Área maior (músculos profundos): 30/40 minutos
uma contração isométrica sustentada de 5 a 10
✓ Imediatamente após uma lesão: 30 a 40 minutos e
segundos e por fim o crioalongamento.
repetir a aplicação após 1 hora.
✓ Repetição de 3 a 5 vezes.

✓ Nunca pode ser aplicada diretamente na pele, pois


✓ Essa técnica é usada para melhorar a ADM.
o gel fica abaixo de 0° C e isso aumenta o risco de
✓ Após a aplicação do gelo é feito movimentos
queimaduras.
gradativos e progressivos com o paciente.
✓ Não é indicado fazer compressão om bolsa de gel.

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✓ É feito uma estimulação térmica para a diminuição
da dor, dando maior possibilidade para a realização
de exercícios.
✓ Ela pode ser iniciada nos casos em que o tecido
mole subjacente e o osso estão intactos e a dor
está limitando a quantidade de movimento funcional.

✓ É uma substância analgésica que produz efeito


instantâneo e temporário, com o intuito de
verificar se o atleta consegue retornar as
atividades.
✓ Aplicação em toda a área lesionada de 3 a 5 vezes.

✓ É preciso colocar mais gelo do que água.


✓ O membro tende a ficar contra a gravidade, por
isso tende a formação de edema.
✓ O choque térmico provoca uma queda muito grande
no metabolismo e isso evita efeitos deletérios do
treinamento, como microlesões e processos
inflamatórios.

✓ Para o membro superior existem protocolos de 30


segundos, 1 e 2 minutos.
✓ Para o membro inferior: 5, 7 e 12 minutos.

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aumentar o envio dos nutrientes necessários para a
cicatrização dos tecidos.

Quando os tecidos ricos em colágeno (tendão,


✓ É a prática do uso de calor para alcançar objetivos músculo e fáscia) são aquecidos, eles podem ser fisicamente
terapêuticos, a faixa de temperatura está entre alongados (deformação plástica). Com isso, ocorre aumento
40° e 45° C. Se passar dessa temperatura ocorre da extensibilidade, diminuição da viscosidade do tecido e
desnaturação proteica. melhora na ADM.
✓ Os principais métodos desta forma de troca
A dor mecânica é causada pelo aumento da
térmica, são radiação, condução e convecção.
pressão tecidual (edema) e pela tensão imposta aos nervos
no espasmo muscular. O aumento da circulação para a área
diminui esse edema e auxilia na remoção das substâncias
químicas que estão produzindo dor na área. A diminuição da
pressão mecânica sobre os nervos vai reduzir o ciclo dor-
espasmo-dor.

Fonte: STARKEY, C. 2017. O calor também tem efeito contrairritante,


✓ A aplicação de calor é indicada nos estágios podendo gerar um estado de analgesia e sedação pela
subagudo e crônico de lesões, para resoluções de estimulação das fibras nervosas e bloqueio na transmissão
hematomas (favorece a cicatrização dos tecidos), da dor.
redução de contraturas articulares e para dor e
Vasodilatação
espasmo muscular nos estágios subagudos e
crônicos. Aumento do
fluxo sanguíneo
O principal efeito é o aumento do metabolismo
EFEITOS Aumento no
celular e consequentemente, a demanda de oxigênio e FISIOLÓGICOS metabolismo
nutrientes das células aumentam também. A temperatura Diminuição da
dor e do
aumentada faz a hemoglobina do sangue liberar oxigênio, o espasmo
que ajuda no processo de cicatrização. Além disso, o Aumento da
aumento da taxa metabólica causa dilatação das arteríolas, extensibilidade

aumento do fluxo capilar e diminuição da viscosidade do CONTRAINDICAÇÃO


sangue e dos outros líquidos. ✓ Fase aguda de processos inflamatórios
O aumento da vasodilatação e da permeabilidade ✓ Trombose e distúrbios circulatórios
vascular podem aumentar o edema, porém a capacidade de ✓ Redução do nível de consciência, o indivíduo não
reabsorção é maior. Para isso, é indicado estimular o consegue fazer o teste de sensibilidade térmica
sistema linfático e circulatório. antes da aplicação da técnica.
✓ Órgãos genitais
A aplicação local de calor vai acelerar a inflamação,
✓ Intolerância ao calor
então o fluxo sanguíneo precisa ser aumentado para
✓ Perda da sensibilidade térmica
favorecer a remoção de resíduos celulares e para
✓ Estados febris
✓ Tumores
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Fonte: STARKEY, C. 2017.

TÉCNICAS DE HIPERTERMOTERAPIA
do procedimento, lavar e secar bem a região, verificar a
temperatura da cera e manter as articulações imóveis.

Os métodos que podem ser utilizados são:


✓ Mergulhar e embrulhar;
✓ Pincelar;
✓ Enfaixamento;

O método “mergulhar e embrulhar” é o mais


É necessário usar termostato para aferição e comum, o paciente deve permanecer com os dedos abertos
manutenção da temperatura, já que a cera deve estar e a mão é submersa cerca de 10 a 15 segundo. Depois retira
entre 50 a 55ºC. Além disso, é importante inspecionar a e deixa esfriar em temperatura ambiente por 10 a 15
área a ser tratada com: teste de sensibilidade, explicação segundos. Repete o procedimento de 7 a 12 vezes. Após
isso, envolver a área com saco plástico e toalha e deixar por

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cerca de 20 a 30 minutos. Caso resfrie antes, é necessário ✓ Inspecionar a área a ser tratada e realizar testes
retirar a parafina do local e jogar no lixo. de sensibilidade;
✓ Retirar os objetos plásticos e metálicos;
ATENÇÃO: nunca retornar a parafina utilizada na ✓ Cobrir o forno com toalha.
cuba. ✓ O tempo de aplicação é de 30 a 40 minutos a
partir da temperatura ideal e confortável para o
Algumas indicações para tratamento com esse
paciente.
método são: articulações dolorosas e rígidas, artrites e
artroses, área com pele ressecada e cicatrizes na pele.

O método “pincelar” é utilizado nas regiões difíceis ✓ Esse equipamento muitas vezes é pré-cinético, ou
de mergulhar na parafina, como ombro e joelho. A aplicação seja, após o aquecimento o paciente começa a
é realizada com um pincel que é submerso na parafina líquida fazer movimentos.
e passado na área de tratamento até formar uma camada ✓ O forno não interfere no funcionamento elétrico
grossa de parafina. do marcapasso.
Depois a região é coberta com um plástico ou
toalha, após 20 minutos retira-se a parafina e continua o
tratamento com outra técnica.
✓ Também é um equipamento de calor superficial e
Para o método “enfaixamento” serão utilizadas é preciso posicionar ele de 40 a 100 cm de
ataduras submersas na parafina em áreas como cotovelo, distância do local da aplicação.
punho, joelho e tornozelo. Coloca-se três ou quatro ✓ O tempo de tratamento varia de 20 a 30 minutos.
compressas para cada segmento e depois recobre-se com ✓ É necessário tampar o olho do paciente com óculos
plástico ou toalhas durante 20 minutos. apropriado ou uma toalha.
✓ Lei do cosseno: posicionar o infravermelho
perpendicular (90°) ao local de tratamento.

✓ Transferência de calor por convecção

É indicado para: redução de dor e rigidez articular,


contratura muscular crônica e quadros inflamatórios
crônicos. Antes de realizar o procedimento, é importante:
✓ Explicar o método ao paciente;
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O tempo de aplicação é de 15 a 20 minutos e o
turbilhão permite associar alongamentos e movimentação
✓ Alternar tratamento quente e frio com o objetivo
durante o tempo de imersão.
de gerar um bombeamento vascular e promover
A limpeza do equipamento deve ser feita após
uma analgesia pela ativação dos termorreceptores.
esvaziá-lo, com esponja e alvejante a base de cloro e
No entanto, para a diminuição do edema existem
enxaguando bem em seguida. Algumas indicações para o uso
técnicas mais eficazes do que o banho de
dessa terapia são:
contraste.
✓ Articulações dolorosas e rígidas;
✓ Artrites e artroses;
✓ Fraturas em fase crônica;
✓ 3/4 minutos na imersão quente e 1/2 minutos na ✓ Pré-cinesioterapia.
fria.
✓ Imersão quente: 33° a 40° C
✓ Imersão fria: 5° a 20° C
✓ Duração do tratamento: 20 a 30 minutos.
✓ O tratamento pode terminar com calor ou frio, vai Starkey, C. Recursos Terapêuticos em
Fisioterapia. Barueri: Editora Manole, 2017.
depender do efeito desejado e do objetivo pós-
tratamento. Em condições subagudas, é benéfico
terminar o tratamento após a exposição ao frio.

Para iniciar, é necessário preparar o equipamento,


enchendo-o com água até cobrir a área a ser tratada e o
local de saída dos jatos. Nunca se deve ligar o termostato e
nem a turbina com o equipamento sem água. A temperatura
deve ser regulada entre 37 a 40ºC.
É importante explicar o método de tratamento,
instruir o paciente a não tocar nas partes elétricas e
inspecionar previamente a área a ser tratada.

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✓ Ao final da técnica, a pele deve parecer leve ou
É uma termoterapia superficial e os seus efeitos moderadamente quente ao toque, o grau de
biológicos estão relacionados com o aquecimento do local, hiperemia deve ser observado.
então pode ser utilizada para alívio de dor, diminuição da
rigidez, aumento da mobilidade articular e favorecimento da
regeneração tecidual. Trata-se de uma radiação
eletromagnética com comprimento de onda específico
(entre 0,7 e 1,5 µm/1,0 µm) e, naturalmente, ao interagir
com os tecidos humanos, haverá uma taxa de absorção e
de reflexão desse recurso. As fontes de radiação
infravermelha podem ser naturais (sol) ou artificiais
(geradores luminosos e não luminosos / lâmpadas).
Os geradores não luminosos são mais superficiais
e eles devem ser aquecidos 5 minutos antes da aplicação, ✓ Queimaduras – a dor e o desconforto relatados
enquanto o gerador luminoso penetra mais na pele e possui pelo paciente são parâmetros importante a serem
ação imediata. observados;
✓ Testículos: pode haver diminuição temporária da
contagem de espermatozoides;
✓ Sistema respiratório: em bebês expostos, foram
✓ Proteja os olhos do paciente;
identificados períodos de apneia;
✓ Colocar a lâmpada perpendicular (90°) à pele para
✓ Idosos podem ter sintomas de desidratação
máxima absorção;
(redução de PA, tontura, cefaleia);
✓ Manter a lâmpada entre 40 e 100cm da pele;
✓ Não tocar na lâmpada;
✓ Dosar a intensidade do calor gerado pela
sensibilidade térmica do paciente;
✓ Temperatura entre 40 e 45ºC por pelo menos
5min; ✓ Em pacientes com sensibilidade térmica deficiente;
✓ A aplicação pode continuar por mais tempo (entre ✓ Doença cardiovascular avançada;
10 e 20min) dependendo do tamanho do local, da ✓ Áreas com circulação periférica local
cronicidade e da natureza da lesão; comprometida;
✓ O paciente deve estar em posição confortável, ✓ Tecido desvitalizado;
com a pele descoberta, limpa e seca; ✓ Tecido maligno na pele;
✓ Não fazer a aplicação em locais com metais e nem ✓ Redução no nível de consciência e na cognição;
após radioterapia, por pelo menos 2 meses; ✓ Febre e doenças agudas de pele não devem
receber terapia com infravermelho.

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É uma radiação do espectro eletromagnético e A DEM é definida como dose mínima para produzir
possui absorção restrita (1 a 2mm de profundidade da pele uma vermelhidão (eritema), sendo usualmente testado no
humana). A maioria dos efeitos fisiológicos desencadeados antebraço. Para esse teste, tanto o terapeuta quanto o
por essa técnica é superficial e ela é mais aplicada em paciente precisam utilizar óculos de proteção. O restante do
doenças dermatológicas, como acne e psoríase. corpo precisa ser coberto com lençol ou toalha e é
A maior parte da absorção se dá na epiderme (80 necessário posicionar um pedaço de papel com 5 orifícios
a 90%) e o restante atinge a derme, gerando excitação sobre a área do teste.
química nas células dos tecidos expostos, o que causa A lâmpada é posicionada de 60 a 100cm
alterações fisiológicas. (geralmente 75cm) de distância do paciente, o mais
As alterações fisiológicas são resultado de evento perpendicularmente possível, para evitar a reflexão. Cada
fotoquímico, que provoca alteração da bioquímica do um dos 5 orifícios do papel é recoberto por 15s, de modo
metabolismo celular, afetando a síntese de DNA e RNA, que a pele seja exposta à radiação por 15, 30, 45, 60 e
levando a alterações na produção de proteínas e enzimas. 75s.

Os efeitos sobre o tecido humano são: reação Após isso, o paciente retorna em 24h e, se a área
inflamatória aguda no local, eritema, bronzeamento não apresentar eritema, significa que recebeu uma dose
(aumento na pigmentação da pele – melanina) e aumento da sub-eritemal. Já as áreas exibirem eritema, receberam a
espessura epidérmica. Além disso, participa na produção de dose ideal para a terapia (DEM).
vitamina D facilitando a absorção de cálcio nos ossos, por
isso essa técnica pode ser usada nas doenças relacionadas
ao metabolismo de cálcio.

Exemplo de aplicação de
luz UV na face para
tratamento de acnes.

✓ Eritema persistindo por 48h com descamação da


pele: dose eritemal de 1° grau;
✓ É preciso manter a lâmpada emissora limpa; ✓ Eritema persistindo de 48 a 72h com vermelhidão
✓ Determinar a dose eritemal mínima (DEM); dolorosa: dose eritemal de 2° grau e raramente
✓ Determinar o posicionamento da lâmpada – utilizada para tratamento;
distância e perpendicular em relação ao paciente. ✓ Eritema persistindo por mais de 72h com
vermelhidão e formação de bolhas: dose eritemal
de 3° grau, a qual é patológica e gera danos à pele.

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As doses de 2º e 3º graus são utilizadas para BEHRENS, BJ; BEINERT, H. Agentes físicos em reabilitação:
tratamento apenas em casos de infecções cutâneas teoria e prática baseada em evidências 3a ed. Editora:
persistentes. Editora Manole, 2018.

É importante salientar que a pele humana se


adapta à exposição de UV, por isso é preciso aumentar
gradualmente o tempo de exposição em 5s por aplicação,
mantendo a distância da lâmpada. Da mesma maneira, se o
paciente não comparece ao tratamento, é necessário
reduzir 5s por dia de afastamento, ou então retornar à
DEM.

✓ Aumento da produção de vitamina D;


✓ Estimulação, esterilização, bronzeamento,
hiperplasia e esfoliação da pele;
✓ Psoríase (técnica PUVA) – associação de droga e
UV;
✓ Recém-nascidos com icterícia;
✓ Distúrbios do metabolismo de cálcio e fósforo;
✓ Úlceras de pressão;
✓ Esterilização de ambientes e água.

✓ Pacientes fotossensíveis;
✓ Os pacientes com pelagra, uma dermatite por
deficiência de niacina;
✓ Os pacientes que têm dermatite secundária ao
lúpus eritematoso sistêmico (LES);
✓ Os pacientes com febre ou diabetes agudas;
✓ Pacientes com tuberculose ativa;
✓ Aqueles que tomam medicamentos identificados
como droga fotossensibilizante não devem receber
luz UV. (alguns antibióticos e diuréticos).

Vídeo aula sobre infravermelho e ultravioleta. Disponível


em: <https://www.youtube.com/watch?v=HdKtesUGisc>.

15
Fotobiomodulação
LASER: Amplificação da luz por emissão estimulada Os fótons emitidos durante a laserterapia de baixa
de radiação. Consiste em fótons de luz que se movem na intensidade ativam determinados receptores da pele que
mesma direção, frequência e comprimento de onda. estimulam ou inibem eventos fisiológicos. Estes efeitos são
provocados pela ativação de cromóforos, partes de uma
molécula (geralmente melanina e hemoglobina) que absorvem
luz com uma cor (comprimento de onda) específica. Em
✓ Monocromático: apenas 1 comprimento de onda e razão da especificidade dos cromóforos em absorver a
1 cor é emitida; energia luminosa, acredita-se que o comprimento de onda
determine quais receptores da pele são afetados.
✓ Coerência espacial: ondas de luz sincronizadas que
permite uma penetração bem mais profunda; O Laser usado pelo fisioterapeuta é o de baixa
potência e eles não produz efeitos térmicos. O tipo de
transferência energética se dá por radiação.

Fonte: BAHRENS; BEINERT, 2018.


O Laser de Hélio-Neônio (HeNe) e laser arsenieto
✓ Colimação: refere-se ao paralelismo do feixe, ou de gálio (AsGa) são considerados de baixa potência (frios)
seja, quanto mais paralelo ele for, maior é a porque seus níveis máximos de potência não são capazes
concentração de energia em uma área localizada. de produzir uma resposta térmica.
Essa característica permite que os lasers sejam O comprimento de onda dos lasers HeNe é 632,8
focados em pontos microscópicos, produzindo nm, caindo dentro do espectro de luz visível e emitindo uma
enormes densidades de energia na área do foco. luz vermelha brilhante, o pulso é contínuo e é indicado para
lesões superficiais. Já os lasers AsGa (Diodos
A profundidade de penetração do laser, o ponto semicondutores) têm comprimento de onda equivalente a
em que os fótons são absorvidos pelos tecidos, depende do 904,4nm, é usado no modo pulsado, a luz emitida é o
comprimento de onda da luz. Lasers com comprimentos de infravermelho não visível e é indicado para lesões mais
onda maiores (800 a 1.000 nm) penetram mais profundas.
profundamente nos tecidos do que aqueles com
Fonte: STARKEY, C. 2017.
comprimento de
onda menores (600
a 700 nm).

16
O laser de baixa intensidade pode reduzir a taxa e
a velocidade dos impulsos nervosos sensoriais nos nervos
Os lasers possuem efeitos terapêuticos na inflamados.
cicatrização do tecido e no manejo da dor, tanto aguda A diminuição da síntese de prostaglandinas também
quanto crônica, para tratamento de síndrome do túnel do pode contribuir para a diminuição da dor.
carpo, dor musculoesquelética no ombro e cervicalgia.
Nos tecidos humanos, os fotorreceptores
primários (cromóforos) incluem hemoglobina, COX, mioglobina
Acredita-se que muitos dos mesmos efeitos
e flavoproteínas.
biofísicos que auxiliam na cicatrização dos tecidos moles
A energia dos fótons absorvidos afeta a
melhorem a consolidação da fratura e a remodelação óssea
mitocôndria, estimulando a produção de ATP. A energia
por meio de um efeito indireto.
produzida pelo ATP altera a atividade em nível molecular,
Estes efeitos, incluindo o aumento da formação
incluindo a estimulação de curto prazo da cadeia de
capilar, a deposição de cálcio, o aumento da formação de
transporte de elétrons, a estimulação da cadeia respiratória
calo e a redução de hematoma. Ao se chocar com os
mitocondrial, o aumento da síntese de ATP e uma redução
tecidos, os fótons podem criar ondas de micropressão que
no pH intracelular e na produção de COX.
afetam a consolidação óssea de um modo semelhante aos
estimuladores de crescimento ósseo ultrassónicos.

O processo de cicatrização é reforçado pela


atividade fagocítica acelerada e pela destruição seletiva de
bactérias. Acredita-se que a absorção de fótons cause um São aqueles que ocorrem pela absorção de fótons
aumento da síntese de ATP, o que acelera o metabolismo
celular e estimula a liberação de radicais livres. A ✓ Estimula a liberação de substâncias pré-formadas
permeabilidade da membrana celular é alterada e há um no corpo, como histamina, serotonina e bradicinina;
aumento na atividade de fibroblastos, linfócitos e ✓ Interfere nas reações enzimáticas normais,
macrófagos. aumentando a mitose por estímulo na produção de
As circulações sanguínea e linfática são melhoradas ATP;
na área circundante da área de tratamento, promovendo o ✓ Diminui a produção de prostaglandinas, gerando o
crescimento de tecido de granulação e o crescimento de efeito anti-inflamatório;
novos capilares. ✓ Produção de glicina e prolina → colágeno →
Também se acredita que a laserterapia aumente o cicatrização;
conteúdo de colágeno e aumente a resistência à tração de ✓ Efeito fibrinolítico, evitando a má qualidade da
feridas em processo de cicatrização. cicatrização.

Os mecanismos propostos de redução da dor ✓ Potencialização da bomba de sódio e potássio,


incluem a alteração da velocidade de condução nervosa ou a favorecendo a manutenção do potencial de
diminuição do espasmo muscular. membrana.

17
São produzidos por eventos químicos causados pela Os lasers são utilizados para auxiliar na
interação dos fótons emitidos do laser e dos tecidos, cicatrização de feridas superficiais, incluindo ulcerações da
podendo produzir mudanças mais profundas do que os pele, incisões cirúrgicas e queimaduras. Acredita-se que a
efeitos primários. absorção de fótons cause um aumento da síntese de ATP,
acelerando o metabolismo celular.
✓ Microcirculação: o Laser proporciona uma Além disso, a permeabilidade da membrana é
paralisação dos esfíncteres pré-capilares devido a alterada e há aumento da atividade de fibroblastos, linfócitos
ação da histamina, favorecendo o aumento da e macrófagos. As circulações sanguíneas e linfáticas são
circulação. melhoradas na área que circunda o local que está sendo
tratado, promovendo o crescimento de tecido de granulação.
✓ Trofismo: o aumento da produção de ATP favorece Também se acredita que a laserterapia aumente o conteúdo
o aumento da mitose, colaborando para a de colágeno.
cicatrização dos tecidos. A laserterapia também é utilizada para diminuir as
dores aguda e crônica, porque altera a velocidade de
condução nervosa e diminui o espasmo muscular. Além disso,
a diminuição da síntese de prostaglandinas também pode
contribuir para a diminuição da dor. O laser também pode
ser aplicado em pontos-gatilho e pontos de acupuntura.
Os efeitos biofísicos que auxiliam na cicatrização de
tecidos moles (aumento da formação capilar, deposição de
cálcio, aumento da formação de calo e redução de
hematomas) também melhoram a consolidação de fraturas
e a remodelação óssea por meio de um efeito indireto.

Fonte: STARKEY, C. 2017. ✓ Olhos;


✓ Útero gravídico;
✓ Neoplasias ativas;
Analgésico
✓ Hemorragias;
Anti- ✓ Local com infecção;
inflamatório ✓ Gônadas;
Laser
✓ Cartilagem de crescimento.
Antiedematoso

Cicatrizante

18
Analgésico 2 a 4 J/cm2
✓ Pontual Anti-inflamatório 1 a 3 J/cm2
Cicatrizante 3 a 6 J/cm2
Circulatório 1 a 3 J/cm2

Aguda 1 a 3 J/cm2
Subaguda 3 a 4 J/cm2
✓ Contato direto com a pele: sempre colocar um Crônica 5 a 7 J/cm2
plástico filme no local de aplicação
✓ Contato indireto com a pele: principalmente quando
existe feridas abertas; O princípio Arndth-Schultz determina a dosagem
✓ Na borda da lesão. apropriada:

Os protocolos são baseados na quantidade de


energia emitida ao paciente medida em joules por
centímetros quadrados (J/cm2), o que é calculado por uma A – Doses insuficientes não irão estimular a resposta
fórmula que abrange o tempo de exposição, a potência do desejada;
laser e o tamanho da área em tratamento. B – Aumento da intensidade com resposta terapêutica, vai
Por exemplo, assumindo uma dose de tratamento chegar em um ponto em que a resposta se estabiliza;
de 5 J/cm2, com uma saída média de 1 mW em uma área C – A partir do ponto B, se aumentar ainda mais a
de um centímetro quadrado. O tempo total de tratamento intensidade ocorre um declínio na resposta celular, podendo
seria: gerar um processo de bioinibição com efeito deletério.
Duração do tratamento = 5 J/cm2 × 0,01 cm2
0,001 W
Duração do tratamento = 5.000 × 0,01 cm2
Duração do tratamento = 50 segundo Starkey, C. Recursos Terapêuticos em Fisioterapia. Barueri:
Editora Manole, 2017.
Os manuais que acompanham os equipamentos
sugerem os seguintes parâmetros: https://waltpbm.org/documentation-links/recommendations/

19
Diatermia por ondas curtas: é um tipo de radiação Existem dois tipos de geradores de diatermia por
eletromagnética que atua, geralmente, em uma frequência ondas curtas:
de 27,12 MHz, sendo classificada como alta frequência. Gera ✓ Geradores de campo de indução: colocar o paciente
aquecimento profundo, sendo aplicada em modos de saída no campo eletromagnético produzido pelo
contínuo ou pulsado. Se forem utilizados no modo pulsátil, não equipamento.
geram calor e por isso não são classificados como
diatérmicos.
A DOC contínua aumenta a temperatura do tecido
subcutâneo, por isso seu uso geralmente é limitado para
condições crônicas. Enquanto o modo pulsado pode ser usado
nas condições agudas e subagudas.
O campo de alta frequência faz com que as
moléculas com cargas oscilem, convertendo a energia
cinética em calor.
✓ Conversão como mecanismo de troca de energia.
Material mais rígido em forma de tambor, método de
transferência por radiação e maior efetividade em tecidos
mais profundos.

✓ Geradores de campo capacitivo: usa tecidos do


paciente no circuito elétrico. Esse não é indicado
para pacientes que possuem camada espessa de
tecido adiposo.

Materiais flexíveis recobertos de borracha ou discos


metálicos rígidos, contato direto, métodos de
A energia do ondas curtas possui uma boa
transferência por condução e maior efetividade em
interação com tecidos de baixa impedância, ou seja, que
tecidos não recobertos por gorduras.
possuem resistências à passagem da energia
eletromagnética
✓ Músculos
✓ Nervos
✓ Áreas com edema e hematoma ✓ Aumenta o fluxo sanguíneo;
✓ Ajuda no processo inflamatório;

20
✓ Aumenta a extensibilidade do tecido colagenoso ✓ Curativos úmidos, fita adesiva e cremes para a
profundo; pele devem ser removidos antes do tratamento.
✓ Diminui a rigidez articular; ✓ A aplicação de DOC na região pélvica feminina, no
✓ Diminui o edema e hematoma; abdome e na coluna lombar pode aumentar o fluxo
✓ Alivia dores e espasmos musculares; menstrual.
✓ Aumento do número de células brancas do sangue; ✓ Precauções com tecidos despitelizados;
✓ Melhora a cicatrização de tecidos do sistema ✓ A aplicação de DOC térmica tem as mesmas
nervoso. contraindicações de calor, incluindo inflamação
Os efeitos atérmicos são obtidos ao utilizar um aguda.
número baixo de pulsos, uma duração de pulso curta, uma ✓ Gestação: riscos de malformações;
intensidade média baixa de saída e uma potência menor que ✓ Tumores malignos: contraindicação total para o
38 W. A DOC atérmica altera o modo como os íons se ligam pulsado e contraindicação local para o contínuo;
a membrana celular, alterando a função celular. ✓ Olhos e testículos;
✓ Marcapasso ou outro dispositivo eletrônico
✓ Fagocitose;
implantado;
✓ Produção de proteínas;
✓ Hemorragias;
✓ Aceleração da resolução do processo inflamatório;
✓ Metal implantado;
✓ Perfusão microvascular;
✓ Insuficiência circulatória local: no caso do pulsado é
✓ Ativação de fatores de crescimento de
uma precaução e do contínuo uma contraindicação
fibroblastos.
total;
✓ Epilepsia;
✓ Contraindicação em local de epífises ativas.

✓ Condições subagudas e inflamatórias crônicas em


camadas profundas do tecido;
✓ Inflamações crônicas: artrite, bursite, tendinite,
✓ Contraplanar: as placas são coladas nos lados
osteoartrite;
opostos da região a ser tratada. Atinge tecidos
✓ Redução de edema;
mais profundos.
✓ Hematomas e contusões;
✓ Cicatrização de tecidos moles;
✓ Coplanar: as placas são colocadas no mesmo lado
✓ Regeneração de nervos;
da região a ser tratada. Atinge tecidos mais
✓ Pós-operatório;
superficiais.
✓ Dor aguda e crônica.

Ao utilizar o ondas curtas contínuo, é necessário


realizar o teste de sensibilidade térmica. Já no caso do
pulsado, só faz o teste se chegar a ter energia em um nível
alto que vai gerar produção de calor.
21
✓ Longitudinal: as placas são posicionadas uma de
frente para outra, fazendo com que o campo
Sempre colocar uns 3 minutos a mais, para dar o
eletromagnético se feche de forma longitudinal. É
tempo correto até encontrar a intensidade ideal do
utilizada para aquecer todo o segmento corporal.
paciente.

→ Crônico: 20 a 30 minutos
→ Subagudo: 5 a 15 minutos
→ Agudo: 5 minutos

Aumentar de 5 em 5 até o paciente sentir um


calor mais interno na região de aplicação.

✓ No modo pulsado, a intensidade fica no nível abaixo


✓ Mista: é o posicionamento menos utilizado, mas de quando o paciente sentir o calor.
geralmente se aplica em áreas de proeminências
ósseas.

Starkey, C. Recursos Terapêuticos em Fisioterapia. Barueri:


Editora Manole, 2017.

Podem ser administrados por 20 a 30 minutos e


podem ser repetidos conforme for necessário por 2
semanas.

Só é utilizada no modo pulsado.


→ Agudo: até 90 Hz
→ Subagudo: até 100/250 Hz

22
Diatermia por micro-ondas é um tipo de radiação
eletromagnética de alta frequência que atua, geralmente,
em uma frequência de 2450 MHz (122,5 mm) gerando Os dois são considerados recursos de
aquecimento mais superficial e 915 MHz (327 mm), gerando profundidade, no entanto, o microondas tende a ser mais
calor mais profundo. Toda a geração térmica do aparelho aplicado em musculatura mais superficial quando notamos
ocorre em função da liberação friccional da energia térmica. um pouco mais de gordura no paciente. Já o ondas curtas,
A penetração da onda é proporcional ao seu conseguimos direcionar ele para músculos mais profundos e
comprimento, ou seja, quanto maior for o comprimento da regiões articulares.
onda, mais profunda é sua penetração.
Alguns tecidos absorvem melhor as microondas por
possuírem maior condutibilidade elétrica, como os vasos
✓ Aumenta o fluxo sanguíneo;
sanguíneos, músculos, pele úmida, órgãos internos e olhos.
✓ Aumenta a extensibilidade do tecido colagenoso
profundo;
✓ Aumento do metabolismo;
O miolo do aparelho de microondas, uma válvula de ✓ Diminui a rigidez articular;
magnetron com múltiplas cavidades, transmite energia de ✓ Diminui o edema e hematoma;
microondas para uma, entre uma variedade de antenas ✓ Alivia dores e espasmos musculares;
(refletores) circulares ou retangulares de diferentes ✓ Aumento do número de células brancas do sangue;
tamanhos através de um cabo coaxial blindado. Por sua vez, ✓ Melhora a cicatrização de tecidos do sistema
a antena irradia microondas para a superfície da região a nervoso.
ser tratada da mesma maneira que uma antena de
transmissão comum.

✓ Condições subagudas e inflamatórias crônicas em


camadas profundas do tecido;
✓ Inflamações crônicas: artrite, bursite, tendinite,
osteoartrite;
✓ Redução de edema;
✓ Hematomas e contusões;
✓ Cicatrização de tecidos moles;
✓ Regeneração de nervos;
✓ Pós-operatório;
✓ Dor aguda e crônica.

23
✓ Ao utilizar o microondas, é necessário realizar o sempre colocar uns 3 minutos a mais,
teste de sensibilidade térmica.
para dar o tempo correto até encontrar a intensidade ideal
✓ É preciso afastar objetos metálicos e tecnológicos
do paciente.
da região a ser aplicada.
✓ O fisioterapeuta que aplica o tratamento não deve → Crônico: 20 a 30 minutos, o paciente deve sentir
um calor confortável
ficar na linha direta do feixe ou dentro da área a
2m da antena. → Subagudo: 5 a 15 minutos, o paciente deve sentir
um calor fraco
✓ Curativos úmidos, fita adesiva e cremes para a
pele devem ser removidos antes do tratamento. → Agudo: 5 minutos, não pode sentir calor
✓ A aplicação de DOC na região pélvica feminina, no
abdome e na coluna lombar pode aumentar o fluxo : de 4
menstrual.
a 10 cm de distância da área de tratamento. Quando o
✓ Precauções com tecidos despitelizados;
paciente tiver muito tecido adiposo, a distância pode ser
✓ A aplicação de microondas tem as mesmas
menor, como 2 cm. Já em proeminências ósseas a distância
contraindicações de calor, incluindo inflamação
deve ser maior que 10 cm.
aguda.
✓ Gestação: riscos de malformações;
✓ Local de tumores malignos;
✓ Olhos e testículos;
Starkey, C. Recursos Terapêuticos em Fisioterapia.
✓ Marcapasso ou outro dispositivo eletrônico Barueri: Editora Manole, 2017.
implantado;
✓ Hemorragias;
✓ Metal implantado;
✓ Insuficiência circulatória local;
✓ Contraindicação em local de epífises ativas.

✓ Queimaduras;
✓ Exacerbação de sintomas após o tratamento de
condições inflamatórias, distúrbios infecciosos,
áreas com bursite ou edema, condições
hemorrágicas, doença cardíaca grave;
✓ Insuficiência cardíaca ou interferência em
marcapassos cardíacos;
✓ Alastramento de patologias incluindo tumores,
tuberculose ativa e infecções agudas;
✓ Início de gestação (3 primeiros meses).
24
relacionada à frequência de emissão, ou seja,
O ultrassom é uma modalidade acústica que utiliza
quanto mais baixa a frequência, mais profunda a penetração
energia mecânica e não eletromagnética ou infravermelha
nos tecidos.
para produzir um aquecimento profundo. Além disso, o
ultrassom é capaz de produzir efeitos mecânicos, atérmicos ✓ Ultrassom de 1-MHz: penetra cerca de 5 cm.
e efeitos térmicos. ✓ Ultrassom de 3 MHz – é mais superficial, tem uma
profundidade efetiva de 2,5 a 3 cm.
Como todas as ondas sonoras, as ondas
ultrassônicas têm a possibilidade de reflexão, refração,
penetração e absorção.

A onda ultrassônica se propaga de forma


longitudinal em uma mesma direção, ela precisa de um meio
condutor como água ou gel, pois ela não se propaga no vácuo.
Quando entra em contato com os tecidos promove períodos
alternantes de baixa e alta pressão, gerando momentos de
rarefação (áreas de baixa pressão), que são espaçamento
das moléculas e momentos de aproximação (áreas de alta
✓ Tecidos que mais absorvem: tendão, cartilagem e
pressão), gerando compressão. São essas flutuações de
ossos;
pressões que transmitem a energia para dentro dos tecidos.
✓ Tecidos que menos absorvem: sangue e gordura.
Com isso, a energia acústica é transferida por uma molécula
que colide com outra, trocando energia cinética.
Quanto maior a frequência, menor o comprimento de onda,
menor a profundidade, maior a absorção e maior a
temperatura.

O ultrassom é produzido por uma corrente


alternada que flui através de um cristal alojado em um
transdutor. Quando uma corrente elétrica atua sob um
cristal, ocorre a contração e expansão desse cristal,
A frequência de emissão do ultrassom é medida gerando o efeito piezoelétrico. A vibração do cristal resulta
por mega-hertz, a maior parte dos aparelhos comerciais de na produção
ultrassom terapêutico oferecem emissões de 1 e/ou 3 MHz. mecânica de
ondas sonoras
A profundidade de penetração da energia
de alta
ultrassônica dentro dos tecidos está inversamente
frequência.

25
Pulsado: a emissão é intermitente, gerando efeitos
atérmicos. É mais utilizado em lesões agudas e voltadas para
regeneração tecidual.

encontro das ondas emitidas


com as ondas refletidas, que gera um superaquecimento e
danos celulares.

ocorre como resultado das mudanças


ERAs grandes produzem um feixe focado, colimado.
de pressão criadas pela onda ultrassónica. Os picos e
ERAs menores fornecem um feixe mais divergente. Ao
depressões ultrassónicos causam o acúmulo de gás e
tratar uma área localizada (um ponto-gatilho), deve-se usar
formação de bolhas microscópicas. Essas bolhas então
um feixe colimado. Já ao tratar uma área mais larga, como
pulsam dentro do campo ultrassônico podendo ser estável
uma distensão muscular, é indicado um feixe divergente.
ou instável:

quando as bolhas formadas no tecido


O campo próximo ou zona de Fresnel, é a porção se mantem estáveis e produzem os efeitos terapêuticos.
do feixe de ultrassom onde se concentra os ganhos
terapêuticos e mais hotpoints. quando as bolhas estouram, gerando

Já o campo distante ou zona de Fraunhouffer é a aumento na temperatura e danos teciduais.


porção onde tem pouco ou nenhum ganho terapêutico e
poucos hotpoints.

✓ Aumento da permeabilidade da membrana;


✓ Aumento do transporte de Ca ++ para dentro das
células;
✓ Estimula a degranulação dos mastócitos;
✓ Estimula a liberação de histamina e agentes
quimiotáticos;
✓ Aumento da síntese de proteínas;
✓ Regeneração tecidual;
✓ Síntese de colágeno;
Contínuo: a emissão de ondas é ininterrupta,
✓ Aumento do fluxo de fluídos;
gerando efeitos térmicos. Ele é mais utilizado em lesões
✓ Normalização do tônus;
crônicas.
✓ Angiogênese;
✓ Diminuição de edemas.

26
✓ Aumenta o metabolismo celular; ✓ Áreas isquêmicas ou com circulação deficiente;
✓ Aumenta a extensibilidade do colágeno; ✓ Patologias agudas para uso de ultrassom contínuo;
✓ Melhora propriedades viscoelásticas tissulares; ✓ Áreas hemorrágicas;
✓ Aumento da reação enzimática; ✓ Ao redor dos olhos, coração, crânio ou genitálias;
✓ Aumento da mobilidade articular; ✓ Gravidez (região pélvica e lombar);
✓ Diminui o quadro álgico. ✓ Tumor;
✓ Áreas infectadas;
✓ Marca-passo;
✓ Pacientes sem sensibilidade.
Na inflamação aguda: estimula a liberação de
serotonina e histamina, promove degranulação de
mastócitos e aumenta a permeabilidade ao cálcio, reduz a
ATPase da bomba Na/K (alívio da dor). De forma geral, o É o uso do ultrassom para auxiliar na difusão do
ultrassom acelera o processo de inflamação sem interferir medicamento pela pele. Acredita-se que a cavitação produza
nas fases seguintes do processo. pequenas aberturas no estrato córneo e aumente o
tamanho dos poros, permitindo a absorção do medicamento
Proliferação e formação do tecido de granulação:
pelos capilares subcutâneos.
estimula a secreção de fibroblastos pelos mastócitos,
aumenta a taxa de angiogênese e realiza contração de
lesões superficiais da pele.

Remodelação: aumenta a deposição de colágeno


tecidual, da força senil e elasticidade tecidual, reduzindo a
formação de tecido fibrótico sobre a cicatriz.

✓ Condições inflamatórias agudas – ultrassom


pulsado;
✓ Condições inflamatórias crônicas;
✓ Contraturas articulares;
✓ Espasmo muscular;
✓ Neuroma;
✓ Fibroses;
✓ Pontos-gatilhos;
✓ Lesões de meniscos;
✓ Esporão calcâneo.

27
N° de vezes que o cabeçote se encaixa sobre a lesão x
Fator de pulsação x 2 minutos →

N° de vezes que o cabeçote se encaixa sobre a lesão x


Fator de pulsação x 1 minutos →

✓ Soma-se o fator de pulsação, exemplo: 1:2 = 3

Para o tratamento de um tendão


patelar, crônico, com profundidade de 3 cm e 2 ERAs.

✓ Frequência utilizada: 1 MHz devido a profundidade


do tendão
✓ Taxa de pulsação: 50% (1:1) ou 100%
→ Geralmente, se for a primeira sessão do
paciente, inicia o tratamento com taxa de pulsação
de 50% e depois vai evoluindo.
✓ Tempo para 50%: 2 x 1:1 x 2 = 8 minutos
✓ Tempo para 100%: 2 x 2 = 4 minutos
✓ Intensidade: 0,53 se fosse em uma primeira
sessão, conforme o paciente evolui no tratamento
a intensidade vai aumentando.
✓ Ligar e desligar o aparelho sempre em contato com
a pele, nunca tirar o cabeçote da pele.

Starkey, C. Recursos Terapêuticos em Fisioterapia. Barueri:


Editora Manole, 2017.
Parâmetros
✓ Corrente contínua: fluxo de elétrons interrupto e
unidirecional

✓ Corrente alternada: fluxo de elétrons interrupto e


bidirecional

✓ Corrente pulsada: interrupção do fluxo de elétrons

O pulso elétrico possui:

A corrente pulsada ainda pode ser monofásica ou


bifásica, balanceada ou desbalanceada e simétrica ou
assimétrica:

✓ A – Intensidade ou amplitude
✓ B – Duração de fase
✓ C – Intervalo

29
✓ BC – Duração de pulso ✓ Em 150mA, paciente já começa a sentir (pode
relatar um formigamento, por exemplo) – utilizado
para alívio da dor;
✓ Em 300mA consegue alcançar o limiar motor. Se
Está relacionada com a atividade e os resultados
os eletrodos estiverem sobre o músculo, haverá
que se quer obter. Esses resultados podem ser o alívio da
contração – utilizado para ganho de força
dor, a ativdade funcional ou o ganho de força.
muscular.
Alguns aspectos subjetivos precisam ser É possível observar também que, ao aumentar a
observados para a definição da amplitude, sendo eles: duração de pulso (eixo x), o limiar sensitivo, motor e nocivo
✓ A inervação presente na região; ficam muito próximos, ou seja, se utilizar uma
amplitude/intensidade baixa (80mA, por exemplo) em um
✓ A porcentagem de gordura corporal. tempo de duração de 500µs, o paciente pode sentir
Se a área tiver menos gordura e a inervação for desconforto.
mais superficial, utiliza-se baixa intensidade ou baixa
amplitude. Se a área possuir maior quantidade de gordura e
uma invervação mais profunda, é necessário maior
intensidade ou amplitude para conseguir os efeitos É o tempo corrido entre o início e o término do
desejados. pulso elétrico (µs). Se esse tempo for muito longo, o paciente
pode sentir desconforto. Porém, se for muito curto, o
tratamento pode ser ineficaz. Dessa forma, é preciso
definir qual a duração ideal, observando a amplitude. O tempo
ideal é aquele que utiliza uma amplitude mais segura,
correndo menos riscos de ser nocivo.

No gráfico é possível observar que, quanto maior


a amplitude, mais nocivo são os efeitos para o paciente. O gráfico acima mostra a influência da duração do
pulso e da intensidade em diferentes músculos. No músculo
✓ Em 50mA, está sendo estimulada a região desnervado, por exemplo, é possível perceber que se deve
subsensitiva (paciente ainda não sente nada); utilizar uma amplitude maior e uma longa duração de pulso,
para que ele seja contraído.

30
Músculos inervados (<1ms):
Equivale ao período de estimulação e repouso. É
✓ TENS convencional com duração de 100/200 µs;
utilizado, por exemplo, quando se entra no limiar motor, mas
✓ EENM convencional com duração de 200 a 400
precisa ter um tempo entre uma contração e outra.
µs;
✓ Correntes interferenciais: 400 µs;
✓ Corrente russa: 200 µs.
Músculos parcialmente desnervados: 1 a 300 µs;

Músculos totalmente desnervados: > 300 µs.

É o número de pulsos elétricos em 1s, medida em


Hertz. As contrações voluntárias estão entre 30 a 70Hz.
Se a frequência for muito alta, pode ocorrer fadiga
precoce. Do contrário, se for muito baixa, pode acontecer
contrações isoladas.
É possível controlar o tempo de subida da
✓ As fibras nervosas sensoriais são estimuladas com intensidade do pulso, ou seja, quantos segundos irá levar até
facilidade entre 80 a 120Hz. chegar à máxima contração.
O gráfico a seguir mostra os efeitos do aumento
da frequência em Hz.

Varia de 1 a 10s para atingir o pulso. Pode ser


utilizado para promover maior conforto ao paciente e
também em quadros neurológicos como espasticidade.

O modo sincrônico de pulsos estimula os 2 locais em


✓ <10 = fibrilações;
que os eletrodos são instalados (por exemplo, se colocar um
✓ 10 a 20Hz: tremores;
eletrodo no bíceps e um no tríceps, não haverá percepção
✓ >20Hz: tetanização;
de movimento).
✓ 30 a 70Hz: faixa comum de aplicação;
✓ + de 70Hz: fadiga precoce sem aumento da O modo recíproco estimula um eletrodo de cada
contração muscular. vez, promovendo contração de um músculo e relaxamento
do outro, por exemplo.

31
Starkey, C. Recursos Terapêuticos em Fisioterapia.
Barueri: Editora Manole, 2017.

32
✓ Libera hidrogênio;
A corrente galvânica é uma corrente com fluxo
✓ Atrai íons positivos;
constante de elétrons em uma só direção. Esse fluxo não
✓ Promove vasodilatação e estimula a circulação;
sofre interrupção e nem varia sua intensidade.
✓ Hidrata os tecidos;
✓ Causa maior hiperemia;
✓ Corrente contínua; ✓ Analgesia;
✓ Corrente Direta; ✓ Amolece os tecidos;
✓ Unidirecional ou constante; ✓ Aumento da irritabilidade.
✓ Polarizada. Já no polo positivo, tem principalmente a atração
de cloro que quando reage com a água forma uma
(HCL). Por conta dessa acidez, esse polo tem mais risco
de queimação que o polo negativo.

✓ Liberação de oxigênio;
✓ Atrai íons negativos;
A: Período de fechamento do circuito; ✓ Provoca vasoconstrição;
✓ Desidratação no local;
B: Período de estado;
✓ Hiperemia mais difusa;
C: Período de abertura do circuito. ✓ Analgesia;
✓ Efeito bactericida;
✓ Anti-inflamatório;
✓ Endurece os tecidos;
✓ Diminui a sensibilidade gerando a sedação.

Eletrólise: quando passa uma corrente química,


ocorre uma dissociação das moléculas.

Eletroforese: movimento das partículas em direção


aos diferentes polos dependendo da carga elétrica que eles
apresentam.

Migração de moléculas carregadas eletricamente.

Polares: no polo negativo tem atração de sódio, que


vai se juntar com água formando NaHO e uma
. Essa reação então:

33
Efeitos interpolares: ocorrem no interior do tecido metabolismo, promover vasoconstrição, coagulação e
interposto, como aumento do metabolismo e ativação da sedação da dor inflamatória.
circulação.
Já em processos crônicos, em que o edema fica
endurecido, aplica-se o eletrodo negativo para ele promover
a vasodilatação circulatória, favorecer a troca de
A hiperemia é maior no polo negativo, ela ocorre
substâncias e eliminar o edema e aumentar a liquefação da
por estimulação dos nervos vasomotores. Ela influencia na
área.
oxigenação, irrigação, defesa e nutrientes para o local,
favorecendo o reparo tecidual.

O efeito analgésico aumenta o limiar de ✓ Endopróteses e osteosínteses;


excitabilidade das fibras nervosas, reduz pequenos edemas ✓ Marcapassos;
e reduz o tônus das fibras nervosas simpáticas, que são ✓ Gravidez;
condutoras da dor. ✓ Tumores;
✓ Pele com feridas;
Eletrosmose é a transferência de líquidos de um
✓ Alteração de sensibilidade.
polo para o outro que vai auxiliar na reabsorção de edema
e hidratação dos tecidos.

Toda corrente que apresentar a característica de


Método longitudinal: os eletrodos são colocados na fluxo constante, em uma direção só, ela permite o
porção distal e proximal do tecido. direcionamento de íons medicamentosos, chamado de
Método transversal: os eletrodos em faces Iontoforese.
contrárias do tecido. Esse método tem como vantagens não apresentar
Dosimetria: a intensidade ideal é aquela que produz agressões digestivas, o efeito maior é localizado, a aplicação
apenas sensação de formigamento. Como regra, para achar não gera dor e permite tratamentos longos. As
a dose média deve-se multiplicar a área do eletrodo ativo contraindicações estão relacionadas com o medicamento
pela constante 0,15. disponível e todas as outras contraindicações da aplicação
da corrente.
Ex: se o eletrodo tiver 48 cm, significa que terá
uma dose de 7,2 mA em todo o eletrodo. ✓ A esponja umedecida com o medicamento deve
ficar embaixo do eletrodo de mesma polaridade do
✓ O tempo de aplicação geralmente varia de 10 a 15 íon. Já do outro lado, coloca uma esponja umedecida
minutos. em água para fechar o circuito.

As principais finalidades são: ação hiperemiante e


trófica, analgésica e preparar o tecido para aplicação de
outras correntes.

Em processo agudo usa-se o eletrodo positivo para


diminuir a ação inflamatória, pois ele vai reduzir o

34
Corrente Farádica tem uma fase positiva triangular ✓ Correntes polarizadas: corrente química com uma
e a (Neo) Farádica tem duas fases triangulares, uma positiva fase só;
e outra negativa, com o objetivo de minimizar os efeitos ✓ Uso em analgesia, efeito circulatório, estimulações
químicos. neuromusculares.

Essa corrente foi criada a partir de uma corrente


alternada:

✓ Difásica fixa: retira a parte de baixo da corrente


alternada e coloca na parte de cima.
✓ Monofásica fixa: retira a parte de baixo da
corrente alternada.

✓ A duração de fase é muito longa, de 1 a 2 ms;


✓ Corrente pulsada;
✓ Frequência de 50 Hz;
✓ Usada como forma de eletrodiagnóstico clássico,
para identificar pontos motores;
✓ Técnicas de aplicação: para localizar os pontos
motores o eletrodo caneta é o ideal, mas também
podemos usar a técnica monopolar com o eletrodo
✓ Longa duração de pulso, de 5/10 ms;
ativo e menor no ventre muscular e o passivo e
✓ Frequência de 100 Hz;
maior fora da área.
✓ É uma corrente preparatória, que gera efeitos
circulatórios no local;
✓ Técnica monopolar: eletrodo negativo e menor fica
no local que deseja o efeito circulatório e o eletrodo
✓ Transtornos articulares que provoquem atrofia
positivo, maior, fica fora da técnica de tratamento.
por inatividade;
✓ Atrofias por imobilizações prolongadas;
✓ Sequelas musculares relacionadas a paralisia
periférica;
✓ A corrente monofásica fixa tem frequência de 50
✓ Pacientes com incapacidade de contração
Hz;
consciente;
✓ Duração de 5 ms;
✓ Para chegar na melhor amplitude de movimento.
✓ Utilizada para estimular o tecido conjuntivo, como
em casos de flacidez e celulites;
✓ Técnica monopolar

35
Monofásica e difásica fixas intercaladas,
promovendo os mesmos efeitos. A frequência fica variando
entre 50 e 100 Hz, sendo bom para gerar analgesia
temporária e rápida, como nos casos de dores mais agudas.
✓ No sentido transversal ou longitudinal;
Utiliza-se a técnica monopolar com o eletrodo positivo e
✓ Aplicação em pontos dolorosos, articulações,
menor no local.
músculos, trajeto do nervo e pontos motores;
✓ Tempo de aplicação entre 1 e 10 minutos;
✓ A intensidade deve ser agradável.

Oscilações de frequência e amplitudes, estimulando As correntes químicas devem ficar de 10 a 12 minutos


o limiar de fibras nervosas e sensitivas. Com isso é possível
gerar analgesia mais persistente, influenciando em dores
mais crônicas. Utiliza-se a técnica monopolar com eletrodo
positivo e menor no local.

Monofásica fixa com intervalo maior, sem


passagem de nenhuma corrente. Estimula a contração
muscular e tem efeito de bombeamento no sistema
circulatório. Utiliza-se a técnica bipolar com os dois eletrodos
no ventre muscular e o limiar de intensidade é o limiar motor.

Starkey, C. Recursos Terapêuticos em Fisioterapia.


Barueri: Editora Manole, 2017.

E. AGNE, Prof. Dr. Jones. Eletrotermoterapia Teoria e


✓ Tem a forma de pulso quadrado, com duração de
pulso de 2 ms e intervalo inter- pulso de 5 ms; Prática. Santa Maria: Orium, 2008. 347 p.

✓ Frequência de 143 Hz;


✓ Os principais efeitos são de analgesia e estimulação
da circulação sanguínea.
✓ Não é muito indicada para realizar contração
muscular, devido a sua frequência alta.

36
Estimulação elétrica nervosa transcutânea
✓ Tratamento não farmacológico para o alívio da dor; A TENS reduz a dor por meio de mecanismos
centrais e periféricos:
É um recurso não invasivo, com o objetivo de
controlar a dor pela despolarização dos nervos sensoriais, ✓ Central: ativa sítios da medula espinhal e do tronco
motores ou nociceptivos. O aparelho pode oferecer cerebral que utilizam os receptores opioides,
analgesia de dor aguda, crônica e cuidados paliativos de serotonérgicos e muscarínicos.
diferentes situações clínicas; ✓ Periféricos: no local de aplicação da TENS, os
receptores opioides e noradrenérgicos alfa–2
✓ O TENS é mais indicado na dor nociceptiva e
estão envolvidos na analgesia.
nociplástica
✓ Frequência baixa < 10 Hz
✓ Frequência alta >50 Hz A estimulação pelo TENS é capaz de estimular os
Corrente pulsada, bifásica, balanceada e pode ser nervos sensoriais e ativar mecanismos naturais de alívio da
simétrica ou assimétrica. As diferentes formas de ondas dor, como a liberação de opioides endógenos e a teoria das
podem ser usadas para melhorar o conforto, mas não comportas da dor.
interferem na analgesia. A percepção de dor do paciente é reduzida por
meio da diminuição da condutividade e transmissão de pulsos
nociceptivos oriundos das pequenas fibras de dor para o
sistema nervoso central. Ao afetar as grandes fibras
motoras, o TENS pode interferir com o padrão normal de
proteção do músculo (espasmo muscular), reduzindo ainda
mais os estímulos dolorosos.

A aplicação diária da TENS causa tolerância


analgésica aos receptores opioides espinhais no 4° dia, para
minimizar essa tolerância e não precisar aumentar a dose
de tratamento, é importante usar algumas estratégias:

✓ Frequência mista: aplicar, em uma mesma sessão,


Ativação seletiva de diferentes tipos de fibras nervosas; um TENS de alta e baixa frequência.
✓ Frequência alternada: um dia utiliza-se um TENS de
baixa frequência e no outro um de alta.

Dor aguda:

✓ Dor pós-operatória;
✓ Dor obstétrica;
37
✓ Dismenorréia;
✓ Dor musculoesquelética;
✓ Fraturas ósseas;
✓ Procedimentos dentários.
Esse tipo opera em frequência alta (80 a 100 Hz),
Dor crônica: intensidade baixa e duração menor de 200 µs.
✓ Lombar; , pois estimulam-se preferencialmente as
✓ Artrite; fibras de maior diâmetro (A-beta), fazendo com que a maior
✓ Coto e dor fantasma; parte da modulação da dor ocorra em nível medular.
✓ Neuralgia;
✓ Lesão de nervos periféricos;
✓ Angina de peito;
✓ Dor facial; Esse tipo de TENS opera em frequências menores
✓ Dor óssea metastática. de 10 Hz, em geral 1-4 Hz, porém com intensidade elevada
e duração maior que 200 µs.
, pois estimulam-se fibras de menor diâmetro (A-
✓ Região de genitais;
delta), onde se acredita que ocorra analgesia principalmente
✓ Doenças cardíacas e circulatórias;
no nível supraespinhal, com liberação de neuromediadores
✓ Em pacientes alérgicos a fita adesiva;
endógenos e opioides.
✓ Aplicação na parte interna da boca;
✓ Marcapasso cardíaco: somente na região que não
é indicado;
✓ 1° trimestre da gestação: não é indicado na região
lombar e abdominal; Esse subtipo opera em frequências de 70 a 100
✓ Epilepsia; Hz com salvas de 1 a 3 minutos. Sua intensidade é elevada e
✓ Áreas lesadas com feridas abetas, pele frágil e a analgesia é rápida, porém perdura por mais tempo. A
sem sensibilidade; manutenção ou eliminação da dor é baseada na liberação de
✓ Parte anterior do pescoço devido ao seio carotídeo. endorfinas e a sessão dura entre 20 e 30 minutos.

✓ Não utilizar associado com recursos térmicos, pois


a crioterapia, por exemplo, diminui a velocidade de
Considerado o tipo de TENS com maior intervalo de
condução nervosa e isso pode afetar na dosimetria
frequência (50 a 150 Hz), duração de pulso (150 a 500 µs)
do TENS. Além disso, a sensação e percepção do
e maior probabilidade de operar na faixa dos 300. Sendo
paciente também está alterada após a aplicação
assim, a intensidade é elevada e, consequentemente, alguns
dos recursos térmicos.
pacientes relatam uma sensação desagradável.
✓ Não utilizar próximo a corrente de alta frequência;
✓ Evitar proeminências ósseas;
✓ Tecidos neoplásicos.

38
Simples: a dor do paciente está entre os dois eletrodos do Modular entre baixa e alta
canal A e entre os dois do canal B A mais alta tolerada
Mínimo de 20 – 30 min
No local da dor
Durante atividade física ou
exercício
Alta frequência durante o
uso de opioides

Starkey, C. Recursos Terapêuticos em Fisioterapia. Barueri:


Cruzado: a dor está no centro de todos os canais Editora Manole, 2017.

E. AGNE, Prof. Dr. Jones. Eletrotermoterapia Teoria e


Prática. Santa Maria: Orium, 2008. 347 p.

39
Exemplo de posicionamento dos eletrodos

40
41
Criada em 1950 por Hans Nemec, a corrente
interferencial surgiu para reduzir o incômodo provocado
pela alta tensão que a pele é submetida, que é a impedância.
Ou seja, quanto maior a frequência, menor a impedância.

A corrente interferencial é o resultado da


interferência entre duas correntes com frequências
diferentes, ou seja, a interferência de uma corrente em
outra, produz uma terceira corrente.

✓ Dor mais disseminada: modo vetorial

✓ É uma corrente de média frequência: 4000 a


4200 Hz

✓ Dor localizada: modo normal

✓ Alívio da dor;
✓ Melhora da circulação;
✓ Drenagem de edema;
✓ Se o equipamento tiver ciclo on/ off e tempo de
subida e descida, também pode ser utilizada para
fortalecimento muscular e estimulações funcionais.
✓ Frequência portadora de 4000Hz para efeito
analgésico e aumento da circulação.
✓ Frequência portadora de 2000Hz produz maior
efeito excitomotor.
O próprio equipamento fornece uma corrente
chamada portadora (f1) podendo ser de 2000 Hz ou 4000
Hz. Já a corrente moduladora (f2) é ajustada pelo
fisioterapeuta.

42
✓ Na forma trapezoidal, o aparelho mantem a
frequência durante 1 segundo.
✓ O Sweep é a frequência acrescentada na base, no
caso do exemplo seria 30Hz.
✓ AMF altas, entre 100 e 150Hz, gera parestesia e
são indicadas para processos agudos.
✓ AMF baixas, entre 20 a 50Hz, gera batimentos e
pancadinhas, são indicadas para processos
crônicos, contrações musculares e nos processos
circulatórios.

O espectro de frequência é uma gama de


frequências de tratamento, todas elas automáticas e
ritmicamente modificadas.

Por exemplo, se escolhemos uma AMF de 10Hz e


somamos um espectro de 10Hz, a corrente começa com ✓ Tetrapolar: quatro eletrodos em 2 canais, utiliza-
uma AMF de 10Hz e passa sucessivamente por todas as se essa aplicação em lesões maiores e dispersas.
frequências até 20Hz, depois diminui gradativamente até
10Hz.

Alguns equipamentos podem oferecer estes


programas como forma de minimizar os efeitos de
acomodação.

Triangular Processo ✓ Tetrapolar com varredura automática: consiste em


6:6 agudo variar a intensidade de um dos circuitos entre 50
Quadrada e 100% do valor máximo ajustado, aumentando a
SLOPE Crônico
1:1 área de estimulação efetiva.
Trapezoidal
Sub agudo
1:5:1:5 ✓ Bipolar: a interferência é formada no próprio
equipamento, sendo distribuída entre dois eletrodos
Slope na forma triangular: AMF base de 90Hz e de mesmo canal. Esse método está indicado para
incrementamos 30Hz para a variação. Então a frequência tratar processos álgicos delimitados e pontuais.
levará 6 segundos para variar de 90 até 120Hz e também
6 segundos para retornar a 90Hz.

43
✓ Em áreas abdominais de gestante, principalmente
no primeiro trimestre;
✓ Tumor maligno;
✓ Tecidos sensibilizados;
✓ Olhos e testículos;
✓ Implante ativo;
✓ Hemorragia no local;
✓ Insuficiência circulatória local ter cuidado;
✓ Epilepsia;
✓ Tecidos desvitalizados;
✓ Epífise ativa.

Starkey, C. Recursos Terapêuticos em Fisioterapia. Barueri:


Editora Manole, 2017.

E. AGNE, Prof. Dr. Jones. Eletrotermoterapia Teoria e


Prática. Santa Maria: Orium, 2008. 347 p.

http://ibramed.com.br/site/pdf/Linha_Neurodyn.pdf

44
Correntes excito-motoras não químicas
✓ EENM = NMES

A eletroestimulação elétrica neuromuscular (EENM)


é uma forma de eletroterapia capaz de produzir contrações
musculares com objetivos funcionais, sendo usada para
Durante as contrações musculares voluntárias, os
reeducação muscular, redução da espasticidade, redução do
neurônios motores do tipo I, de pequeno diâmetro e de
ritmo de atrofia e fortalecimento muscular.
fibras lentas, são os primeiros a se contrair.
Além disso, essas correntes também são usadas
A utilização da estimulação elétrica inverte a ordem
para prevenção da inibição artrogênica: quando temos lesão
em que as fibras musculares são recrutadas para a
em uma articulação, o SNC percebe e “desliga” os músculos
contração. Ou seja, faz com que os neurônios motores do
que atuam naquela articulação, como uma forma de
tipo II, de grande diâmetro e de fibras rápidas, deflagrem
preservar a articulação que está machucada naquele
uma contração antes das fibras do tipo I. Uma vez que as
momento. Porém, essa inibição muscular a longo prazo gera
fibras do tipo II são capazes de produzir mais força, a força
fraqueza muscular na região. A eletroestimulação é
de contração é aumentada.
importante pois ela atua na despolarização do moto neurônio
inferior, ou seja, ela ativa uma via que o próprio paciente Com a estimulação elétrica, é possível ativar todas
desativou como forma de prevenção de novas lesões. as unidades motoras simultaneamente que estão abaixo dos
eletrodos. Já a contração muscular voluntária, depende
✓ É importante sempre atuar com a estimulação + o
muito da carga, quanto maior for a carga, maior ativação e
movimento dentro das condições do paciente.
unidades motoras (estimulação assíncrona de unidade
motora). A corrente elétrica é mais sincronizada, pois tudo
que está abaixo do eletrodo vai ser estimulado.

✓ Contração muscular

✓ Alterações vasculares

✓ Fortalecimento →

✓ Em músculos desnervados, é necessário uma carga


elétrica maior, usar pulsos de subida lenta e
velocidade menor;

45
✓ Sobre a região torácica;
✓ Impulsos mais curtos, menores que 150 ms e
✓ No local do marcapasso;
frequências baixas, ao redor de 20Hz estimulam
✓ No seio carotídeo;
fibras tipo I.
✓ Em pacientes hipotensos e hipertensos deve-se
✓ Impulsos maiores, na faixa de 300 ms e
aferir a pressão arterial antes, durante e depois.;
frequências elevadas, como 50Hz estimulam fibras
✓ Distúrbios vasculares;
tipo II.
✓ Neoplasma ou infecções;
✓ Tronco de mulheres grávidas;
✓ Casos em que não há uma fixação óssea segura do
músculo;
✓ Crianças, idosos e indivíduos com transtornos
mentais.
A estimulação elétrica neuromuscular (EENM)
estimula o músculo através do nervo periférico intacto, ou
seja, que não apresenta distúrbios de excitabilidade elétrica,
com o objetivo de restaurar, manter ou melhorar sua
capacidade funcional.
A duração mais adequada para estimular as fibras
Exemplo: corrente russa.
motoras varia de 150 – 500 µs. Os impulsos bifásicos de
150 – 300 µs são os mais efetivos. Já a estimulação elétrica funcional é uma forma de
estimular músculos desprovidos de controle motor ou com
uma insuficiência contrátil, com objetivo de produzir um
✓ Frequências entre 5-10Hz promovem vibração movimento funcional e substituir uma órtese convencional.
muscular, sendo bom para ativar a circulação. Exemplo: FES.
✓ Frequências de 30-70 Hz geram contrações
prolongadas e estáveis.

✓ Rampa de subida: o tempo varia de 0,5 a 2


segundos
✓ Fase de estimulação ou contração – on
✓ Rampa de descida: o tempo varia de 0,5 a 2
segundos
✓ Fase de repouso (off): o tempo é igual ou superior
ao da contração.

46
Exemplos de Eletroestimulação

200 µs 10Hz 6-8s / 8-10 s 4-5 minutos

5-10s / 10- 15 - 20
200-300 µs 20 - 50Hz 15s minutos

Se possível, colocar uma


250-300 µs 50 - 70Hz 5-10s 10 - 20 resistência como peso ou a
minutos própria mão do
fisioterapeuta.
300-500 µs 100 - 150Hz 3s / 20-30s 15 - 20
minutos
Indicada para finalizar a
200 µs 2-3Hz 2-3 minutos sessão de potencialização
muscular
10-15 Indicada na contratura
200-250 µs 1-2Hz minutos muscular paravertebral e
torcicolo
200-250 µs 30Hz 5s / 7s 15 minutos
Indicação para a redução das
contrações espásticas na
250 µs 40Hz 7s / 10s 20 minutos musculatura agonista. Nesse
caso, os eletrodos devem
ser colocados sobre os
músculos antagonistas.

47
✓ Tempo Off: 12 a 18 segundos;
FES ✓ Duração da sessão: 30 a 60 minutos, duas vezes
Functional Eletrical Estimulation = Estimulação elétrica ao dia;
funcional ✓ Colocação dos eletrodos: próximo aos pontos
motores;
✓ Corrente de baixa frequência. ✓ Indicações: atrofias por desuso.
✓ Corrente pulsada, bifásica, balanceada e pode ser
simétrica ou assimétrica.

✓ Tempo On: 10 a 15 segundos;


✓ Tempo Off: 40 a 60 segundos;
✓ Duração da sessão: 30 minutos, 3 vezes ao dia
durante um mês;
✓ Indicações: pacientes hemiplégicos espásticos.

Alternancia
Recíproco
Modo de entre canais
Apresenta possibilidades de variação do tempo dos estimulação Saída
Síncrono
impulsos elétricos, permitindo que a mesma possa ser simultanea
empregada tanto na estimulação muscular sadia ou até com
comprometimento neurológico moderado.

✓ Osteoporose;
✓ Calcificação articular;
✓ Lesões tróficas;
✓ Frequência: maior que 20Hz; ✓ Espasticidade muito severas (4 na escala de
✓ Tempo On: cerca de 6 segundos; Asworth);
✓ Tempo Off: cerca de 12 segundos; ✓ Baixo Q.I. ou estado cognitivo que não permita a
✓ Duração da sessão: para manter ADM – 30 a 60 sensação e descrição do estímulo elétrico;
minutos; para ganhar ADM – realizar várias ✓ Tomar cuidado com idade abaixo de 15 e acima de
sessões curtas de 15 a 30 minutos durante o dia; 50 anos;
✓ Colocação dos eletrodos: nos músculos agonistas ao ✓ Intolerância ao estímulo.
movimento limitado;

✓ Frequência: entre 20Hz e 50Hz;


✓ Tempo On: 4 a 6 segundos;

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Corrente russa ✓ O tempo Off é igual ou superior ao tempo On.
✓ Se for um atleta, por exemplo, fica mais tempo
✓ Corrente de média frequência. em contração e menos tempo em repouso. Já se
✓ Corrente alternada, senoidal, bifásica com uma for uma pessoa sedentária, fica menos tempo em
frequência de 2500 a 5000 Hz e duração de contração e mais em repouso.
bursts de 10ms (longa duração).

É o tempo que o pulso vai trabalhar, isso previne a


inibição de Wedenski ou tetanização do músculo.

✓ Paciente que é muito fraco: 10%


✓ Paciente mais forte e treinado: 20%

✓ Modo sincronizado: eleva e interrempo os canais


simultaneamente.
✓ Modo alternado ou recíproco: alternancia da
50 pulsos de 10 milissegundos, sendo repetido 50 vezes e estimulação entre grupos de canais impares e
sempre com o intervalo = 2500Hz. pares;
✓ Estimulações sequencial: a corrente é emitida em
um canal e em seguida no canal vizinho.
✓ Estimulação progressiva: eleva e mantem a dose do
canal 1, em seguida repete o mesmo para o canal
✓ Fibras do tipo I: 30 – 50Hz
2, 3 e 4.
✓ Fibras do tipo II: 50 – 100Hz
✓ Padrão: 50Hz

✓ Esse parâmetro não é modificado no aparelho

✓ Para fortalecimento muscular de fraturas não


consolidadas, rupturas de tendões, músculos e
ligamentos;

49
✓ Tumores no local; ✓ Frequência portadora: 4000Hz.
✓ HÁ e diabetes descompensados; ✓ Duração de Bursts: 4 ms.
✓ Cardiopatas, presença de marcapasso; ✓ Sensação de formigamento.
✓ Gestantes;
✓ Alergia a corrente;
✓ Alterações de sensibilidade no local.

Corrente AUSSIE
✓ Corrente de média frequência, alternada, senoidal,
bifásica com uma frequência de 1000Hz com
duração de bursts de 2 ms ou ela pode ser de
4000 Hz com duração de bursts de 4ms. ✓ Mioenergética: coloca dois eletrodos, um na região
✓ Bursts de curta duração proximal e outra distal do ventre muscular.
✓ Ponto motor: um eletrodo proximal ou distal no
ventre muscular e outro eletrodo no ponto motor.

Essa corrente pode ser usada para flacidez,


analgesia, drenagem, estimulação motora e sensorial.
Ao aparecer esses sinais deve interromper o
tratamento:

✓ Diminui a vivacidade da contração;


✓ Diminui o desenvolvimento de tensão isométrica;
✓ Frequência 50Hz.
✓ Presença de tremor, dor e rigidez muscular.
✓ Frequência portadora: 1000Hz.
✓ Duração de Bursts: 2 ms.
✓ Tempo total de aplicação até 30 minutos.
✓ Visualizar contração muscular.
Starkey, C. Recursos Terapêuticos em Fisioterapia. Barueri:
Editora Manole, 2017.

E. AGNE, Prof. Dr. Jones. Eletrotermoterapia Teoria e


Prática. Santa Maria: Orium, 2008. 347 p.
✓ Frequência 10Hz para drenagem e de 100 a 120Hz
para analgesia.
http://ibramed.com.br/site/pdf/Linha_Neurodyn.pdf

50
A técnica de microcorrentes é também chamada ✓ Aumento da produção de colágeno nas primeiras
de MENS, em razão do termo em inglês Micro Electro Neuro semanas;
Stimulation, ou MES, que se refere a Micro Estimulador ✓ Eleva o gradiente de oxigênio transcutâneo;
Electro de microcorrentes. Utiliza uma corrente de baixa ✓ Ação sobre o sistema linfático.
intensidade com unidade de medida de microamperagem.
Com a aplicação da técnica de microcorrentes,
Sua estimulação é considerada subsensorial, uma ocorre uma reação elétrica local que desencadeia alterações
vez que não chega a atingir as fibras sensoriais químicas, fazendo com que a resistência do tecido lesionado
subcutâneas. Dessa maneira, o paciente não terá sensações seja reduzida e a diferença de potencial local normalizada
de formigamento, as quais geralmente estão associadas aos de modo que o tecido seja capaz de recuperar seu
procedimentos de eletroterapia. funcionamento natural, atuando diretamente no auxílio ao
processo de cicatrização local.

A aplicação da corrente elétrica no tecido lesado


restabelece a eletricidade normal das células, normalizando
o transporte de íons e o seu potencial elétrico, e permitindo
que o tecido lesado tenha condições de restabelecer a
produção de ATP a níveis normais.

A ação das microcorrentes induz movimentação


Pulsos retangulares que revertem periodicamente a das proteínas em direção aos vasos linfáticos e conforme
polaridade há aumento na concentração de proteínas plasmáticas no
interior dos vasos linfáticos, há redução dos líquidos nos
espaços intersticiais, contribuindo para a redução do edema.
✓ A intensidade da microcorrentes pode ser
controlada na faixa de 10 a 1000 µA, enquanto a
frequência é controlada na faixa de 0,5 Hz a ✓ Cicatrização de ulcerações (crônicas);
900Hz. ✓ Queimaduras;
✓ Longos períodos de estimulação; ✓ Fiminuição da dor;
✓ Aplicações no alívio da dor, controle de edemas e ✓ Acnes;
cicatrização de feridas. ✓ Involução cutânea;
✓ Pós-operatório de cirurgia plástica;
✓ Estética: rugas, celulites, estrias;
✓ Restabelecimento da bioeletricidade dos tecidos
corporais após lesão tecidual;
✓ Aumentam a velocidade de cicatrização;
✓ Síntese de ATP; ✓ Alergia ou irritação à corrente elétrica;
✓ Gravidez;

51
✓ Marca-passo e doenças cardíacas;
✓ Neoplasias;
✓ Pacientes que apresentem tendência à
cicatrização inestética, como queloides ou
Tem o objetivo de normalizar o pH da pele e o
cicatrizes hipertróficas, não devem ser
potencial de membrana celular. É realizada em PO imediato,
submetidos à técnica de microcorrentes com fins
edema e cicatrização.
de estimulação sobre a cicatriz, pois nesse caso
pode haver aumento do tecido cicatricial na região ✓ Utiliza-se eletrodos de placas de borracha
de maneira irregular; condutiva;
✓ Pessoas com disfunções de sensibilidade; ✓ A aplicação é feita uma vez por semana;
✓ Presença de próteses metálicas no local de ✓ Utilizar 100Hz e 500 µA;
aplicação. ✓ Tempo de aplicação: 30 minutos.

Na utilização da aplicação automática, ocorre a


colocação de eletrodos fixos aderidos à pele em pontos Tem o objetivo de estimular a mitocôndria a
específicos de acordo com os objetivos de tratamento. Para produzir ATP e aumentar a energia celular para sintetizar
essa modalidade de tratamento, utilizam-se eletrodos colágeno. Em pacientes com predisposição a quelóides e
convencionais da eletroterapia, de borracha, silicone ou acnes graves, utilizar somente a técnica de normalização.
autoadesivos.
✓ Utiliza-se eletrodos de placas de borracha
A técnica de aplicação manual consiste em uma condutiva;
aplicação dinâmica, na qual o profissional realiza a ✓ Utilizar 1Hz e 50 µA;
movimentação dos eletrodos na pele do cliente. Nesse caso, ✓ Tempo de aplicação: 30 minutos.
utilizam-se eletrodos que não serão fixados na pele do
cliente, mas, sim, aqueles tipo sonda, chamados de
bastonetes ou cotonetes.

✓ Para aumento da circulação sanguínea →


manobras suaves, lentas e com leve pressão.
✓ Para redução de edema → manobras com leve
pressão e mais rápidas, no sentido do fluxo linfático
pelo organismo, de distal para proximal.
✓ Para aumento da síntese de elastina e colágeno →
movimentos de vai e vem, afastando sem pressão
e aproximando com pressão média.

Tem o objetivo de normalizar o pH da pele e o


potencial de membrana celular. É realizada manobras de 3 a
5 movimentos no mesmo traço.

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✓ Utiliza-se eletrodos do tipo caneta e gel condutor ✓ Utiliza-se eletrodos do tipo caneta e gel condutor
neutro; neutro;
✓ Aplicar o eletrodo realizando microalongamentos ✓ Aplicar uma caneta fixa e a outra deslizando,
obedecendo as linhas da pele e direção das fibras obedecendo a direção das fibras e as linhas da pele;
musculares; ✓ Aplicação uma vez por semana;
✓ A aplicação é feita uma vez por semana; ✓ Utilizar 1Hz e 50 µA;
✓ Utilizar 100Hz e 500 µA; ✓ Tempo de aplicação: 5 minutos em cada hemiface.
✓ Tempo de aplicação: 5 minutos cada hemiface.

Tem o objetivo de dilatar os capilares para melhora


da oxigenação tecidual. A manobra é realizada 3 vezes em Starkey, C. Recursos Terapêuticos em Fisioterapia. Barueri:

cada hemiface. Editora Manole, 2017.

✓ Aplicar após a normalização; E. AGNE, Prof. Dr. Jones. Eletrotermoterapia Teoria e


✓ Utiliza-se eletrodos do tipo caneta e gel condutor Prática. Santa Maria: Orium, 2008. 347 p.
neutro;
✓ Aplicar a caneta realizando “cobrinhas” por toda a http://ibramed.com.br/site/pdf/Linha_Neurodyn.pdf
face;
✓ Utilizar 100Hz e 100 µA;
✓ Tempo de aplicação: 5 minutos em cada hemiface.

Tem o objetivo de estimular a mitocôndria a


produzir ATP e aumentar a energia celular para sintetizar
colágeno. É realizado de 3 a 5 movimentos em cada traço.

✓ Aplicar após a nutrição;

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Procedimentos elétricos que visam a captação de no local e depósito de fibrose. Isso tudo contribui para
potencial de ação ou resposta do tecido excitável. O diminuição da força muscular e maior sensibilidade a traumas.
eletrodiagnóstico pode ser dado por:

Estimulação: através do eletrodiagnóstico clássico Reobase: intensidade mínima que gerou uma
(corrente farádica) ou cronáxico. Eletrodos sobre a contração. Deve ter um valor baixo, se for um valor alto
superfície do musculo, passando corrente elétrica que vai significa que pode ser uma lesão mais grave.
permitir contrair o músculo ou não. A análise é da resposta
Cronaxia: menor duração de pulso que teve uma
motora que vai surgir por meio da estimulação
contração muscular que foi duas vezes o valor da reobase.
Detecção ou captação: também chamada de É o valor de duração de pulso mais adequado para ser feito
eletroneuromiografia, que é a ausência de corrente elétrica a reabilitação elétrica, sem precisar aumentar tanto a
para o músculo, ele só faz a captação da resposta de intensidade ao ponto de gerar desconforto.
contração.
✓ Valores entre 1 e 3 ms: desnervação parcial leve
O eletrodiagnóstico tem como objetivo determinar ✓ Entre 3 e 6 ms: desnervação parcial moderada
a duração de pulso elétrico que devera ser utilizado para ✓ Entre 6 e 30 ms: desnervação parcial grave
estimular um músculo. ✓ Valores superiores a 30 ms: desnervação total
Ele é feito por um gerador universal de corrente, Acomodação: deve ser uma corrente com pulso
capaz de produzir correntes quadradas e exponenciais de triangular ou pulso exponencial, colocar a corrente na maior
duração variável, podendo ser de 0,01 até 1000 ms. duração de pulso. Deve ter um valor alto, indicando que o
sarcolema integra está se acomodando ao estímulo
produzido.
O eletrodiagnóstico de cronaxia vai permitir a
avaliação de qual tipo de lesão:

✓ Neuropraxia: bloqueio transitório de condução de


informações localizadas, como a compressão de
✓ Normal: 2,7 a 6,0
algum nervoso. → Lesão leve ✓ Degeneração parcial: 1,1 a 2,6
✓ Axonotmese: danos suficientes para promover a ✓ Degeneração total: 1,0
ruptura do axônio → lesão moderada
✓ Neurotmese: ruptura total do nervo periférico →
Lesão bem mais grave, o prognostico de
recuperação não é favorável.

Com a denervação muscular, o músculo fica sem


contratilidade voluntária, gerando déficit de microcirculação

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