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A Graça Inefável

No amor não há medo antes o perfeito amor lança fora o medo; porque o medo
envolve castigo; e quem tem medo não está aperfeiçoado no amor. (1 João
4:18)

Narração:
Deus não só ama o pecador, como dá a ele oportunidade de tornar-se filho.

Ao determinar-mos quem vai desfrutar deste favor, estaremos diminuindo o real


alcançe de um atributo, visto que ainda estamos engatinhando para sua
definição, posto a nossa pequenêz. Não temos competência para limitar o que
é ilimitado, embora muitas vezes sentimos o incomodo de nossa própria
prepotência e querer estar, onde não é apropriado estar, ou adquirir algo que
não conseguimos dominar, assim caimos no engoldo de querer determinar
quem vai ao céu e quem vai ao inferno; Devemos ter a humildade de aceitar o
que já esta determinado, a real soberãnia de Deus em nos dá o direito de
escolher em fazer o mal, ou vivenciar o bem adquirido pela graça.

Sobre a peça para a meditação da diretora de peças ou


coordenação e atores:
Essa peça se trata da graça de Deus, que é magnífica e inefável, nela teremos alguns
personagens que nos trás a lembrança de um capítulo que contém nele três parábolas,
você já deve saber que se trata do capítulo quinze de Lucas, neste capítulo, publicanos
e pecadores se assentam próximo de Jesus para ouvir a sua doce palavra, toda via
provoca bastante indignação nos fariseus e escribas, os quais murmuravam dizendo:
este recebe pecadores e como com eles. Os escribas e fariseus não sabia que a graça
de Deus veio para todos, pois seus olhos estavam atados pelas ataduras do julgamento
e impiedade, e Jesus lhe propôs essas três parábolas, a ovelha que se perdeu porque
estava fora de casa, ou do seu redil, a dracma que se perde dentro de casa, e o filho
pródigo que se perdeu depois que saiu de casa, e trazendo para os dias de hoje
sabemos que ainda existem pessoas como essas parábolas perdidas e imersas no
pecado. Seja um ladrão que rouba para sustentar seus vícios e que está perdido fora
de casa, seja um evangélico que está perdido dentro da igreja por sua santidade ser
maior que a dos demais e causando a soberba de acreditar que a graça está apenas
para os que estão dentro de casa, ou do templo, e o filho de um pastor que se agarra
aos vislumbres da vida mundana, e que o sucesso e os prazeres desse mundo arrebata
seu coração depois de sair de casa, esse quadro é real e essa peça abordará pessoas
como essas, que estão perdidas e necessitando da graça, mas que muitas vezes a ideia
da graça na igreja é entendida de forma errada e acaba sendo seletiva apenas para os
que acham que estão em verdadeira santidade.
Você verá nessa peça que a graça veio para todos, e que onde abundou o pecado
superabundou a graça. Mas para alcançar a graça eu preciso está em pecado? Não
essa peça mostrar que não, pois em Romanos 6:1-2 Paulo faz essa mesma pergunta no
verso um, e ele mesmo responde no verso 2. De fato que quem alcançou a verdadeira
graça já está morto para o pecado, do contrário o que ele encontrou foi tudo menos a
graça de Deus. E o que é a verdadeira graça? Quem pode alcançar? Isaías 55:1
responde. Então, vamos a nossa peça?

Personagens:
• Ladrão (ovelha).
• Evangélico 1 (dracma).
• Evangélico 2 (irmão do filho pródigo).
• Evangélico 3 (filho pródigo).
• Pastor ou presbítero (Pai).
• Polícial
• Pastor da igreja.
• Jesus.

Peça:
Cena 1
O ladrão está sedento para satisfação do seu vício, ele olha ao seu redor, numa rua
escura e deserta, a procura de uma vítima, alguém para roubar e poder comprar mais
um pouco de droga e injetar em sua veia, ele anseia desesperadamente algum objeto
que possa ser trocado pelos seus 5 minutos de prazer, ele não encontra nenhuma
vítima, porém existe uma igreja, grande, bonita, conhecida por ser frequentada pelas
pessoas de grande escalão e com bastante dízimos, ele sabia pois tinha ido a um culto,
isso ele lembrou, existia várias coisas caras que poderia ser vendida e trocada por
droga, aquele jovem parte em direção aquela igreja, tenta arrombar o cadeado da
porta e levar consigo qualquer item de valor, porém ele não contava que naquele dia o
policial do 13° distrito estaria fazendo ronda naquele local, aquele policial era
impiedoso, conhecido por atirar em todos os bandidos no momento do assalto e
alegar legítima defesa, o policial se aproxima da igreja e ver o jovem invadindo o
templo, o policial movido pela fúria e ódio parte para cima do ladrão, com cautela e
atenção para não ser notado, ele chega a cinco metros de distância do ladrão, ele tava
com o violão da igreja, e enchendo sua mochila ou sacola com os microfones da igreja,
o policial da a voz de prisão.
Policial: - Parado não se mecha ou eu atiro em você, ou melhor um tiro não faria mal
em um vagabundo feito você.
Ladrão: - pelo amor de Deus policial, faz isso não, misericórdia.

Policial: Deus? Eu sou ateu e remédio pra vagabundo é bala, mas já que você acredita
em Deus, vai pedindo pela sua vida que eu vou atirar em você agora e ligar pra SAMU,
se Deus for bonzinho mesmo ele vai te salvar.
O ladrão se sente extremamente arrependido e ora a Deus em alta voz pedindo que se
sua vida fosse poupada ele a entregaria a sua obra, e a vontade de Deus. O policial
atira e a misericórdia de Deus alcança aquele rapaz, o tiro não atinge nenhum órgão
interno, e a SAMU salva aquele homem. (Se a diretora Carolina achar por bem nesse
momento entra alguns figurantes e retira o jovem do local, com roupas brancas de
enfermeiro).

Ladrão: senhor me perdoa, tem misericórdia, não deixa eu morrer, eu juro que vou
mudar, socorro!!!
Barulho de um tiro. O policial chama a SAMU e vira as costas para o ladrão que está
jogado no chão.

O ladrão e o policial sai de cena.

Cena 2
Evangélicos entram no culto e começam a fofocar e falar mal de um novo
convertido.
Um mês depois o jovem está recuperado da bala, dois evangélicos da
igreja estão conversando e relembrando o assalto, quando um dos
evangélicos relata que aquele ladrão teria se convertido e estaria
congregando na sua igreja.
Evangélico 2: - Irmão você está sabendo que aquele ladrãozinho está
congregando na nossa igreja? A igreja que ele tentou roubar? É muita cara
de pau você não acha irmão? Não sei como a bala não atingiu um figado,
um coração de um camarada desses, se fosse no tempo do velho
testamento Deus fuminava ele vivo, é muita cara de pau mesmo dele.
Evangélico 1: Né isso irmão, nosso pastor não tem sabedoria não, ainda
vai colocar um cara desses pra dá testemunho, nunca vi um pastor sem
juízo, se ele orasse mesmo assim como eu oro, se jejuasse tanto quanto
eu ia ter sabedoria de que um cara desses não pode pisar no púlpito
santo.
Evangélico 2: é mesmo meu irmão, você tá certo.
Evangélico 1: Irmão mudando de assunto, eu queria pedir a sua oração,
sei que você é um vaso santo, um adorador cheio da graça de Deus, um
homem abençoado, filho do nosso querido presbítero/pastor Sandro,
nosso ancião da igreja, é que minha mãe tá muito mal, os médicos já
desenganou, eu fui em todas as orações da igreja, em todos os propósitos
mas não sei por que ele não me atendeu.
Inesperadamente o celular toca, era do hospital, sua mãe tinha tido uma
parada cardíaca, os médicos conseguiu reanimar, porém não sabiam se ela
sairia daquele quadro. O evangélico 1 pede a Deus para que mostre aonde
ele errou, ele roga pra que Deus o perdoe e ouça a sua oração, com o
coração quebrantado e triste por ver sua mãe a beira da morte ele pede
por um milagre.
O pastor da igreja da a oportunidade para o ladrão contar seu testemunho
de arrependimento.
O ladrão aparece na nave da igreja e vai até o altar e começa a falar.
Ex ladrão: Eu era como ovelha desgarrado do meu pastor, eu estava lá
fora no mundão, fazendo tudo que era errado, eu roubei, feri pessoas, eu
não tinha saída, mas o bom pastor buscou-me, bem longe do redil, e com
todo amor achou-me e me trouxe para sua presença, hoje estou feliz, e
tudo quanto oro a Deus ele tem me ajudado a alcançar, vários milagres ele
vez em minha vida, até curou minha irmã que estava com câncer, mas ele
fez tudo isso depois que me arrependi, e mudei meu coração, depois que
eu aprendi a amar meu próximo e a fazer o bem a ele, a graça me
alcançou. A paz do senhor a todos.

O evangélico 1 ouve aquilo, e foi como flecha em sua mente, ele começa a
chorar e a entender qual era seu pecado, e o que ele precisava fazer para
alcançar o seu milagre, era necessário amar o próximo, aquele ladrão que
ele julgou.
O pastor encerra o culto e da a benção apostólica.
Pastor: irmão podem ir para suas casa, vão em paz e não contendem pelo
caminho.
Evangélico 1: Eu preciso mudar, preciso pedir perdão aquele homem, hoje
eu vejo que estava como uma dracma perdida dentro da igreja, mas com
meu coração cheio de julgamento e hipocrisia, perdão senhor, tem
misericórdia de mim e que tua graça me encontre.
Movido de íntima compaixão o ladrão vai até aquele irmão e pergunta se
ele tá bem.
Ex ladrão: irmão está tudo bem? Precisa de alguma coisa?
Evangélico 1: preciso sim, do seu perdão, eu te julguei irmão, eu tinha
raiva de você mesmo sem você me conhecer, eu duvidei do seu
arrependimento e te julguei, te critiquei, me perdoe.
Ex ladrão: calma irmão, está tudo bem, eu errei de fato, e mudei, e é por
isso que eu te perdoou, está tudo bem.
O celular toca novamente, o evangélico 1 atende desesperado, o ex ladrão
olha sem entender.
Evangélico 1: O quê? Um milagre aconteceu? Os exames mostrou uma
melhora inexplicável, minha mãe vai viver doutor? Graça a Deus! Graças a
Deus!! A Graça do senhor me alcançou, eu fui transformado, obrigado
meu Deus.
Os dois se abraçam e sai de cena.

Filho mais novo e pai entram em cena.


O evangélico 3 entra, ele é filho mais novo do pastor/presbítero Sandro,
um pastor que já não dirige mais igreja, mas também é membro da igreja,
o evangélico 3 entre em cena, o pai dele está lá, arrumando uns
documentos, arrumando algum objeto enquanto o filho mais novo se
aproxima dele, todo temeroso, e um pouco impaciente, e começam a
conversar.
Evangélico 3: pai tenho pensado em algo a um certo tempo, e estou
decidido, pai eu tenho direito a boa parte de tudo que o senhor
conquistou, eu li no testamento que o senhor fez, mas eu não aguento
mais trabalhar pro senhor, esse negócio de carpinteiro não dá certo pra
mim, eu mereço coisa maior, eu sinto, eu quero minha herança, eu quero
ser um grande empreendedor, já vejo, meu nome nos jornais, o mais novo
jovem milionário de Maceió.
Pastor Pai: tudo bem filho, se é o que deseja te darei uma herança.
Disse o pai extremamente triste.
O filho pega uma maleta de dinheiro/ bolsa de couro, e sai com toda sua
parte da herança.
Depois disso o evangélico 2, o irmão mais velho entra em cena, bastante
revoltado, e indaga o pai.
Evangélico 2: como pode pai o senhor fazer isso, meu irmão é novo, e não
sabe nada da vida, ele chega pede o dinheiro e o senhor dá, sem mais nem
menos, sem colocar esse menino no lugar dele.
Pastor-pai: calma filho, tudo terminará bem, Deus está no controle da
vida do teu irmão, tudo é permissão de Deus, eu sei que a graça do senhor
vai alcançar ele.
Evangélico 2: como ele vai ficar bem? E o senhor fala em graça? Depois do
que ele fez Deus terá graça dele? Pai ele rejeitou o senhor, ele te
abandonou pai.
Pastor pai: filho Deus sabe de todas as coisas.
O irmão mais velho sai, cheio de descontentamento, e triste por seu irmão
ter abandonado ele e o pai, o pai sai de cena logo depois, e o filho mais
novo entra em cena, com amigos (figurantes) babado e um pouco fora da
realidade. Ele fala de tudo que fez no dia e da sua grande aposta em umas
ações de risco que prometiam valer muito dinheiro.
Evangélico 3: Eu nunca estive tão bem, tô me sentindo meio tonto, mas to
nem aí, eu quero é aproveitar, agora tô rico, cheio da grana, tenho amigos
de verdade, tenho uma gatinha, tô aqui curtindo na casa dela, eu tô de
bem com a vida, sem falar que amanhã aquelas ações vai valer duas vezes
mais e eu vou ter tanto dinheiro que vou comprar um carro topadão
hehehe, eu vou curtir demais né não galera?
Os figurantes gritam: é isso aí moral, uhuuuuuu...
O jovem recebe uma ligação, e descobre que perdeu todo o seu dinheiro,
a empresa que vendia suas ações entrou em falência, e todo seu dinheiro
foi perdido, ele entra em loucura, e começa a gritar e a chorar.
Evangélico 3: Ta de palhaçada mano? Eu fiquei pobre? Como assim eu
perdi tudo, seu vacilão você me disse que não tinha como a empresa
entrar em falência.
Desliga o celular com muita raiva e tristeza.
Evangélico 3: Não pode ser galera, eu fiquei pobre, perdi tudo, o Caio
disse que eu ia ficar muito rico, não pode ser, e agora o que eu faço, gente
me ajuda, Carla você pode me ajudar né? Eu paguei aquela sua dívida
lembra?
Carla balança a cabeça negativamente e sai.
Evangélico 3: Fernando, cara me dá uma força, seu pai tem uma grande
empresa, ele pode me dá um emprego, ajuda aí, eu te ajudei tanto amigo.
Figurante: sai fora cara, que amigo o quê, aonde um filho de carpinteiro
sabe administrar a empresa do meu pai, cai fora.
Outros figurantes sai.
Evangélico 3: só restou você, minha namorada, você não vai me
abandonar né? Me ajuda, será que teu pai não pode me arrumar um
emprego?
Figurante responde: Sai fora, a gente só tinha um lance, não quero um
pobretão feito você, pode sair da minha casa.
O filho fica triste, e depois de ir embora ele pensa em alta voz:
Evangélico 3: Meu pai, será que ele me aceita como um de seus
ajudantes? Nem que seja pra eu varrer o chão da loja, ou que eu cuide do
jardim da casa, como fui ambicioso e sem noção em ter deixado a igreja,
meus amigos de verdade, meu pai que sempre me ajudou em tudo, com
faculdade e grana pra me manter, será que encontro perdão do meu pai?
Será que Deus me perdoa?
O filho sai de cena e já se prepara pra entrar de novo, enquanto isso o pai
e um de seus empregados entram em cena e começam a conversar sobre
o culto.
Pastor pai: É meu amigo Bruno, a igreja realmente precisa conhecer a
verdadeira graça de Deus, as pessoas estão como os fariseus e escribas do
capítulo 15 de Lucas, se dizem Santos, julgam seus irmãos, se alguém vai
ao invés de falar do perdão de Deus, da graça e que ainda a esperança
para eles, preferem virar as costas e fazer escândalos espalhando os
pecados.
Empregado: é pastor Sandro, lembra daquela sua pregação em Isaías 55:1
? Onde o senhor falou tremendamente através de você, onde a verdadeira
graça é entregue a nós sedentos e necessitados da santa palavra, e que
mesmo sem condições de pagar pelo perdão de Jesus o senhor daria água
aos sedentos de graça, você repetia para os não evangélico: vós que não
tem dinheiro, vinde, comprar, sem dinheiro e sem preço, eita glória foi
uma benção.
O filho vai se aproximando deles, cheio de arrependimento e tristeza.
O pai ver o filho se aproximando de longe, e se enche de alegria, o filho
levanta cabeça e ver o pai, correndo ao seu encontro, eles se abraçam e o
filho diz.
Evangélico 3: pai perdão, pequei contra ti, e contra ao nosso Deus, deixa
eu trabalhar como seu empregado.
Pastor-pai: filho não se preocupe, Bruno meu trabalhador, vai lá pega uma
roupa limpa que meu filho tá sujo, coloca aquele meu anel no dedo dele,
manda Zuleide fazer aquele estrogonofe e um bolo de cenoura com
chocolate bem quentinho, porque como diz na bíblia: o meu filho estava
perdido e foi achado, estava morto e reviveu.
E começaram a se alegrar, e rirem, mas o filho mais velho que ia entrando
viu seu irmão e não quis se juntar a ele, o pai vendo aquilo foi até ele, e
deixando seu empregado Bruno conversando com seu filho mais novo, foi
até o mais velho para conversar.
Evangélico 2: pai o senhor recebeu ele assim, com festa, depois dele ter
gastado tudo, depois dele ter nos desapontado, eu não acredito que o
senhor não deu nem uma Pisa nesse caba? E eu pai que trabalho tanto, o
senhor nunca me recebeu assim com um jantar desse.
Pastor-pai: meu filho, sempre tu está comigo, e tudo que eu tenho é teu,
mas teu irmão ele aprendeu agora o que é a verdadeira graça, ele tava
morto e reviveu, estava perdido e foi achado.
Evangélico 2: então pai quer dizer que eu tenho que ser um pecador como
ele pra receber essa graça que o senhor tanto fala, eu tenho que sair por
aí gastar tudo e encher a cara pra receber a graça?
Pastor-pai: filho em Romanos 6:1 Paulo diz: Que diremos, pois?
Permanecemos no pecado, para que a graça seja mais abundante? E paulo
mesmo responde no verso dois: de modo nenhum! Nós que estamos
mortos para o pecado, como viveremos ainda nele? Filho quando a graça
nos encontra morremos para o pecado, teu irmão mudou.
Evangélico 2: perdão pai, tenho sido muito soberbo, e me achando tão
sábio e correto com a lei, mas ainda não reconheço o quanto estou sendo
egoísta, acho que agora entendo a verdadeira graça, me perdoe pai,
vamos dar graças pela vida do meu irmão.

Fim

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