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O serviço fica indisponível para os hackers até eles encontrarem uma nova brecha, o
que pode demorar algumas horas ou dias.
A Netflix afirmou que "emprega diversas táticas para prevenir e detectar atividades
fraudulentas".
"Nós usamos medidas administrativas, lógicas, físicas e gerenciais consideráveis
para resguardar as informações pessoais de nossos assinantes contra perda, roubo e
acessos, modificações e utilizações não autorizadas. Nós também encorajamos as
pessoas a desconfiar de ofertas de terceiros para planos especiais e descontos, e a
contatar nosso serviço de atendimento ao consumidor ou acessar netflix.com/security
para mais informações."
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Há diferentes níveis técnicos das pessoas que abastecem esses grupos. A maior parte
não tem quase nenhum conhecimento de informática e apenas distribui o produto
final.
Acima deles, estão os responsáveis por invadir ou conseguir acesso às maiores bases
de dados do Brasil, como o CadSUS ou de lojas virtuais como Submarino ou
Americanas, por exemplo.
que reúnem os dados obtidos com a invasão de diversos bancos de dados de sites
brasileiros.
Cobra-se por acesso avulso ou mensalidades. Um desses programas traz, por exemplo,
informações como número do Renavam, lista de parentes,
data de emissão da carteira de identidade, histórico de dívidas no SPC (Serviço de
Proteção ao Crédito), além das empresas e dos sócios do pesquisado.
De fácil uso, eles são vendidos por representantes - que geralmente ganham por
comissão e são recrutados nas próprias comunidades - a hackers com pouca ou quase
nenhuma experiência em computação.
As ofertas mais comuns são de acesso a serviços de streaming por valores bem abaixo
do mercado.
Um deles é o Netflix, cujo pacote mais completo é vendido oficialmente pela empresa
por R$ 45,90, é encontrado por valores entre R$ 7 e R$ 13, com validade de 30 dias.
Há também contas para serviços de streaming de música como Spotify.
Outra oferta muito popular nos grupos de Telegram é o IPTV, um programa capaz de
liberar até 18 mil canais de TV aberta e fechada do mundo inteiro. Esses pacotes
são vendidos a R$ 20 por mês, em média.
Alguns dos vendedores têm tanta confiança em seus produtos que permitem ao usuário
testar a "mercadoria" antes do pagamento.
Mas há também golpes cometidos pelos chamados lotters, que somem com o dinheiro sem
entregar o negociado e chegam a usar, por exemplo, geradores de comprovantes de
depósito falsos.
"A criminalidade está ganhando nessa briga de gato e rato. O direito é muito lento
e a tecnologia é muito rápida. A gente trata crime como a gente tratava na década
de 1940. A Polícia Federal é bem preparada e tem condições para lidar com crimes
cibernéticos, mas o policial civil não foi treinado para isso", afirmou Marco.
Ele afirma que o despreparo de policiais causa a chamada "cifra negra" - termo que
se refere aos crimes não declarados ou não descobertos, como, por exemplo, quando a
vítima não registra o crime porque acredita que ele ficará impune.
"Você chega numa delegacia comum e (os crimes cibernéticos) são tratados como
bobagem. É tratado como se aquilo não tivesse importância, como chacota.
Você não tem uma promotoria especializada em crimes cibernéticos. Foi criado o
Cyber Gaeco para investigar os crimes mais graves, mas não há uma promotoria
especializada nisso.
Não há uma Vara especializada. Não há uma Câmara dentro de um tribunal ou uma
Procuradoria especializada em crimes cibernéticos", afirmou o procurador.