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UniAGES

Centro Universitário
Bacharelado em Engenharia Agronômica

CARLA DANTAS DA SILVA

CULTURA DA SOJA (Glycine max):


uma abordagem sobre a viabilidade do cultivo no município de
Ribeira do Pombal (BA)

Paripiranga
2021
CARLA DANTAS DA SILVA

CULTURA DA SOJA (Glycine max):


uma abordagem sobre a viabilidade do cultivo no
município de Ribeira do Pombal (BA)

Monografia apresentada no curso de


graduação do Centro Universitário AGES
como um dos pré-requisitos para obtenção
do título de bacharel em Engenharia
Agronômica.

Orientador: Esp.Dalmo Moura Costa

Paripiranga
2021
CARLA DANTAS DA SILVA

CULTURA DA SOJA (Glycine max):


uma abordagem sobre a viabilidade do cultivo no município de
Ribeira do Pombal (BA)

Monografia apresentada como exigência


parcial para obtenção do título de bacharel em
Engenharia Agronômica à Comissão
Julgadora designada pela Coordenação de
Trabalhos de Conclusão de Curso do
UniAGES.

Paripiranga, 09 de Dezembro de 2021.

BANCA EXAMINADORA

Prof: Esp. Dalmo de Moura Costa


UniAGES

Prof: Fabio Luiz Oliveira de Carvalho


UniAGES

Prof: Wilson Deda Gonçalves Júnior


UniAGES
Silva, Carla Dantas, 1996
CULTURA DA SOJA (Glycine max): uma abordagem sobre a viabilidade do
cultivo no município de Ribeira do Pombal (BA)/ Carla Dantas da Silva. -
Paripiranga, 2021.
84 f.: il.

Orientador (a): Prof.Esp. Dalmo de Moura Costa.


Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia Agronômica) –
UniAGES, Paripiranga, 2021.
1. Glycine Max. 2. Implantação 3. Manejo. I. Título. II. UniAGES
AGRADECIMENTOS

Primeiramente gostaria de agradecer a Deus pela vida, pelas bênçãos


que tem me dado em todos estes anos e pelos momentos inesquecíveis que
passei durante os cinco anos de graduação. Encerro aqui mais um ciclo em
minha vida, com erros e acertos, mas acima de tudo com eterna gratidão por
tudo que vivi e tudo que aprendi.
À minha mãe Maria da Conceição e ao meu pai José Carlos que sempre
lutaram por mim e fizeram de tudo para que não me falte nada em ter um conforto
maior e melhor do que um dia já tiveram. Ao meu irmão mais novo Manoel Neto
por ser um presente em minha vida, ainda pequeno me ensinou muito, além de
me ensinar a ser uma boa irmã mais velha. Somos muito ligados e quem
conhece sabe muito bem disso
Aos meus avós paternos Dona Alaíde e Sr. Messias e meus avós
maternos Dona Valdecir e Messias por sempre fazerem parte da minha vida e
nunca deixaram de acreditar em mim como também nunca me esqueceram um
minuto sequer. Não tenho palavras para descrever o quanto sou grata por tê-los
comigo.
À minha tia Menaíde por tudo e por tanto, uma mulher incrível em minha
vida que se tornou como se fosse uma outra mãe. Esse meu ciclo que se termina
é graças a ela que me ajudou com tudo que podia, meus pais sozinhos não
conseguiriam, mas graças a ela pude chegar onde estou agora. Não tenho
palavras para descrever a gratidão que tenho, só me orgulho da mulher incrível
que é um exemplo de vida pra mim.
À patroa da minha tia a famosa Dona Miriam que mesmo sem nem me
conhecer pessoalmente me ajudou quando eu precisei. Quero evidenciar a
minha gratidão e admiração por ter sido tão boa, gentil e com certeza, ter um
coração repleto de luz bondade, seu nome merece estar aqui.
À Maria de Lourdes (Bah ou Babah) por ser essa pessoa tão incrível e
inspiradora, onde passa esmanja amor e encanta qualquer um com sua alegria
e simplicidade, obrigada por ser quem é, esse ser de luz com um coração maior
que o mundo e a minha tia Maria de Lourdes (Lulu) que mesmo estando longe e
tendo muito tempo que não temos contato, fez parte dessa minha luta e trajetória
me ajudando contribuindo para que pudesse chegar aqui.
Ao meu namorado Ícaro por também sempre acreditar em mim e me
animar todas as vezes que desacreditei da minha capacidade, imaginando ser
incapaz de poder alcançar os meus sonhos. A cada conquista celebrou comigo,
assim como nos meus piores momentos, foi meu reforço e estendeu a mão para
poder me apoiar.
Aos meus amigos de turma como também agora colegas de trabalho
Evandro de Jesus, Lindomar Moraes, Hugo Albuquerque, Cleiton Cerqueira,
Tiago Dantas, Mikaelle Carvalho, Joice Elias, Jariel Cleomar, Lucas Menezes
por me acompanharem nessa jornada e terem me ensinado um pouquinho que
cada um traz em sua bagagem. Agradeço por sempre me ajudarem, ter
estendido a mãos nos perrengues e, sem sombra de dúvidas, por terem
compartilhado comigo maravilhosos momentos de risadas e aprendizados,
vocês foram e são essenciais na minha vida.
Reforço meus agradecimentos para meus amigos Jariel Cleomar, Lucas
Menezes e Tiago Dantas dos quais tive maiores vínculos. Com vocês eu
compartilhei as melhores risadas, os melhores momentos e piores e com certeza
as fofocas. Eu sei que, com vocês, eu sempre poderei contar e não há distância
no mundo que faça mudar meu carinho por vocês. Vocês foram o melhor
presente que a agronomia me deu.
Às minhas companheiras de republica: Laís, Ana Gama, Ana Luísa
(AnaLu), Ana Cláudia e Laura. Vivemos juntas por um bom tempo e fica
impossível não criar vínculo. Compartilhei ótimas risadas e ótimos momentos,
conviver com outras pessoas não é fácil, mas apesar de tudo, sempre nos
entendemos muito bem e sempre foi nítido o carinho que conseguimos
compartilhar desde o início.
Aos meus professores Carlos Allan, Rafael Pombo, Lucimário Pereira e
Núria Mariana sem vocês eu não teria chegado até aqui, seus ensinamentos
foram e continuarão sendo essenciais e indispensáveis na minha vida, foram os
melhores professores que tive em toda minha jornada de estudante. Seguirei
cada passo e cada conselho dado assim como os levarei como inspirações na
minha jornada de trabalho.
RESUMO

O presente trabalho tem como objetivo principal: evidenciar a viabilidade da


produção da soja (Glycine max) no município de Ribeira do Pombal-BA,
procurando, assim, analisar as características geográficas e climáticas da região
para haver se há possibilidade da introdução da cultura no município. Dessa
forma, essa cultura é de suma relevância econômica para os demais agricultores
por ser de grande potencial produtivo e poder ser uma possível nova fonte de
renda, além passar por processos de beneficiamento e ser vendido para outros
produtores, agregando um maior valor à produção. Contudo, para que a Soja
possa desempenhar todo seu potencial produtivo, é essencial que as condições
ambientais atendam às necessidades da cultura e os manejos de implantação e
produção sejam feitas de forma correta pois são fatores essenciais para o
sucesso do cultivo.

PALAVRAS-CHAVE: Soja (Glycine max), Condições ambientais, Manejos de


Produção, Implantação, Beneficiamento.
ABSTRACT

This work has as main objective: to evidence the viability of soybean production
(Glycine max) in the municipality of Ribeira do Pombal (BA), thus, trying to
analyze the geographic and climatic characteristics of the region to determine
whether there is a possibility of introducing this crop in the municipality. Thus, this
crop is of great economic importance for other farmers because it has great
productive potential and can be a possible new source of income, in addition to
undergo for processing and being sold to other producers, adding greater value
to production. However, for soybean to be able to perform its full productive
potential, it is essential that the environmental conditions meet the needs of the
crop and that implementation and production management are done correctly, as
they are essential factors for the success of the crop.

KEYWORDS: Soybean (Glycine max). Environmental conditions. Production


Management. Implementation. Processing.
LISTAS

LISTA DE FIGURAS

1: Ranking da agricultura, valor de produção no ano de 2020 ......................... 14


2: Mapa temático da microrregião de Ribeira do Pombal-BA .......................... 19
3: Delimitação da região Semiárida brasileira. ................................................. 24
4: Plântula da soja. ........................................................................................... 27
5: Estádios vegetativos da cultura da soja fundamentado na escala fenológica
de Water R. Fer e Charles E. Caviness ........................................................... 29
6:Rendimento comparado de plantas C3 e C4 ................................................ 31
7: Soja sob plantio direto 8: Solo arado e gradeado .... 35
9: Lagarta-da-soja, (Anticarsia gemmatalis Hübner) ........................................ 42
10: Danos da lagarta-falsa-medideira (Chrysodeixis includens) na soja .......... 43
11: Lagarta-falsa-medideira (Chrysodeixis includens) ..................................... 43
12: Percevejo-verde (Nezara viridula); Percevejo-verde-pequeno (, Piezodorus
guildinii) e Percevejo-marrom(Euschistusheros). ............................................. 44
13: Lagarta-da-soja morta por Baculovirus anticarsia ...................................... 46
14: Sementes de soja com sintomas de deterioração por umidade. À esquerda:
sementes secas com enrugamento; no centro: sintoma .................................. 51

LISTA DE TABELAS

1: Dados pluviométricos do município de Ribeira do Pombal-Ba; Fonte: INEMA


http://www.inema.ba.gov.br .............................................................................. 21
2: Esquema ilustrativo da rotação de culturas.................................................. 38
3: Organização do processo de aquisição dos estudos. .................................. 56
4: Analítica para amostragem das 11 publicações reservadas para os resultados
e discussões..................................................................................................... 63
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .............................................................................................. 11
2 DESENVOLVIMENTO .................................................................................. 13
2.1 Referencial teórico ................................................................................. 13
2.1.1 Importância da soja para o agronegócio ....................................... 13
2.1.2 Cultura da Soja (Glycine max) ...................................................... 15
2.1.2.1 Cultivares da soja ...................................................................... 16
2.1.2.1.1 Cultivar RR.............................................................................. 17
2.1.2.1.2 Cultivar de soja Intacta® ......................................................... 17
2.1.2.1.3 Cultivar de soja convencional ................................................. 18
2.2 Caracterização da área de estudo-Município de Ribeira do Pombal-BA.
..................................................................................................................... 19
2.3 Mudanças climáticas na agricultura da região Nordeste ........................ 22
2.4 Fatores que influenciam a produtividade da soja ................................... 26
2.4.1 Morfologia e fisiologia da soja ....................................................... 27
2.4.2 Metabolismo ................................................................................. 29
2.4.3 Clima e temperatura ..................................................................... 31
2.4.4 Estresse hídrico e irrigação .......................................................... 32
2.4.5 Plantio ........................................................................................... 34
2.4.5.1 Rotação de culturas ................................................................... 37
2.4.5.2 Consórcio ................................................................................... 38
2.4.6 Adubação ...................................................................................... 39
2.4.7 Pragas .......................................................................................... 41
2.4.8 Doenças........................................................................................ 46
2.4.9 Plantas daninhas .......................................................................... 49
2.4.10 Colheita e pós-colheita ............................................................... 51
3 METODOLOGIA ........................................................................................... 55
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES .................................................................. 57
5 CONSIDERAÇOES FINAIS .......................................................................... 68
REFERÊNCIAS ................................................................................................ 70
11

1 INTRODUÇÃO

O cultivo da soja é exercido em todo o mundo, seu grão vegetal não é visto todos os dias
na mesa e no dia a dia do consumidor, mas graças a sua grande demanda industrial, se encontra
presente na alimentação de alguma forma. Uma ampla porcentagem de grãos dessa cultura é
processada por muitas indústrias em que são transformados em diversos produtos e entregues
aos consumidores podendo, então, estar presentes nas cozinhas, óleos, leite, proteína vegetal,
carne animal e até na produção dos biocombustíveis.
Existem muitos fatores contribuintes para o consumo mundial da soja e dentre eles, há um
crescente e grande poder aquisitivo da população nos países em processo de desenvolvimento,
há consequências em que ocorrem mudanças nos seus hábitos alimentares. Contudo, torna-se
notória a troca de cereais pela carne seja de origem bovina, suína ou de frango, resultando em
uma maior demanda de soja que chega a compor cerca de 70% da ração para esses animais.
Vale ressaltar sobre o crescente uso dos biocombustíveis fabricados a partir do grão, com isso,
traz como bom resultado o interesse mundial tanto na produção quanto no consumo de energia
renovável e limpa (FREITAS, 2011).
Poder alcançar a máxima produtividade nas lavouras, é um dos grandes objetivos dos
produtores para que assim também se possa alcançar o auge da sua produtividade. Para isso, é
necessário que sejam feitas técnicas de manejo juntamente com um clima favorável ao cultivo.
Tais técnicas que podem ser citadas desde o manejo do solo, plantas invasoras, pragas, doenças,
sementes de qualidade como também a escolha de cultivares que se desenvolvam melhor de
acordo com a região (CRUZ et al., 2016).
O município de Ribeira do Pombal - BA, com o passar dos anos, cresce cada vez mais,
não apenas nas atividades comerciais que dão valor e renda, mas também no ramo agrícola e
agropecuário, pois quando ocorre a feira do munícipio, grande parte dos feirantes são agricultores
da região, cultivam nas suas pequenas, médias e grandes propriedades no intuito de tirarem sua
renda mensal. O ramo agropecuário também cresce, com os criadores de animais cada vez mais
sérios e preocupados com a qualidade dos seus rebanhos afim de alimentá-los com produtos de
qualidade e que estejam acessíveis com relação ao seu poder aquisitivo.
Considerando o que foi exposto de que forma o agrônomo poderá intervir frente às
condições que o município favorece para a implantação da cultura de acordo com as necessidades
da mesma? Assim, o objetivo deste trabalho é fazer uma avaliação da possibilidade do cultivo da
12

soja (Glycine max L.) de qualidade nas propriedades do município de Ribeira do Pombal-BA, de
acordo com as condições edafoclimáticas e necessidade da cultura afim de trazer outra fonte de
renda como também uma novidade para a região com ênfase nos fatores determinantes para
alcançar boa produção como também nos fatores que possam prejudicar e trazer danos ao cultivo.
Como objetivos específicos, tem-se descrever e caracterizar a área de estudo, analisando as
condições climáticas e pluviométricas, visto que, a pesquisa trata da viabilidade da introdução da
cultura, além de conhecer a morfologia, fisiologia e metabolismo, para assim, entender o
comportamento do seu desenvolvimento de acordo com o ambiente, por fim, fazer uma análise
das condições ideais para o cultivo da soja visando não apenas às exigências da cultura, mas
também a melhor forma de plantio em todas as fases da planta.
Portanto, o trabalho trata de uma revisão integrativa da literatura tendo como relevância
tanto acadêmica e científica quanto social, por trazer questões associadas a uma nova cultivar para
a região sendo uma possível nova fonte de renda local para os aqueles que tem como sustento
as práticas agrícolas. Sabe-se que a soja possui uma grande cadeia produtiva no ramo do
agronegócio que vai desde o fornecimento da matéria prima, os vendedores, produtores rurais, as
revendas, o transporte como também cerealistas tendo outros envolvidos até chegar ao
consumidor final.
Com o decorrer dos anos e consequentemente com os avanços tecnológicos, os
produtores rurais estão cada vez mais tendo acessos as informações com relação a área do
agronegócio buscando, novidades como também bons resultados. Nesse tempo de buscarem
conseguir bons resultados diversas vezes são esquecidos os conceitos básicos para um bom
cultivo tais como: o conhecimento da cultura a ser introduzida, analise da região, do solo, as
necessidades da planta e boas práticas de manejo onde podem se deixam levar apenas pelo
possível lucro sem se darem conta que, para um cultura ser introduzida em um determinado local,
é necessário fazer levantamentos básicos e correlacioná-los com a sua localidade.
Diante do contexto, ressalta-se a importância desse estudo que está relacionado ao
município escolhido e à possível viabilidade da implantação da cultura. Esta trará benefícios para
a região em que podem originar maior ganho de produtividade agrícola, gerar não apenas renda
ao produtor, mas também possíveis novos empregos e um destaque para a cidade.
O trabalho é importante também a partir do momento que tem como intuito evidenciar a
importância de se obter conhecimento da cultura implantada, do local escolhido e com essas
informações fazer estudos e análises para verificar se a localidade, poderá atender as
necessidades básicas da cultura bem como auxiliar na implantação de outras que se adequem ao
município.
13

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 Referencial teórico

2.1.1 Importância da soja para o agronegócio

A produção da soja, ao passar dos anos, conquistou grande valor econômico


no agronegócio onde cresce cada vez mais. No território nacional, a cultura é o
principal grão para comercialização, seu crescimento advém dos fatores de
consolidação da oleaginosa ser uma importante fonte de proteína vegetal, em
especial, para atender à grande demanda de setores voltados a produtos de origem
animal; oferta de novas tecnologias que ajudem não apenas a expandir como também
a explorar a produção de soja nas demais localidades do território nacional, visando
novas produções que ajudam não apenas a quem cultiva, mas também na economia
e na oferta do produto seja in natura ou derivado para atender a demanda populacional
(HIRAKURI e LAZZAROTTO, 2014).
Diante do exposto, o mercado da soja, em grande parte, é voltado para diversos
setores alimentícios desde a comercialização in natura, farelo, óleos, derivados e até
os biocombustíveis em que se encaixa no setor industrial de biodiesel. Então, em
qualquer ângulo do agronegócio observado, são perceptíveis os grandes avanços que
ocorreram ao passar dos anos, em que se tratando da soja, a sua expansão deve-se,
em boa parte, ao aumento da importância dos grãos e seus derivados para o mercado
interno e externo. Vale ressaltar que com o avanço das tecnologias e bons manejos
de produção que proporcionam sustentabilidade para o Brasil, a melhor governança
ajudou na maximização dos lucros do produtor (GAZZONI, 2012).
A expansão da soja no Brasil ocorreu nos meados dos anos 70 tendo interesse
na indústria dos óleos. Em 1975, a produção da cultura era feita com cultivares e
técnicas que vinham de fora do país especificamente, os Estados Unidos, porém, o
cultivo em grande escala apenas dava certo nas regiões do Sul em que as cultivares
obtinham ambientes com condições parecidas a seu verdadeiro país de origem. Com
isso, houve a criação da cultivar tropical para as regiões tropicais do solo brasileiro e,
logo após, houve outras criações de novas cultivares que possam se adaptar às
14

demais localidades trazendo estabilidade. Vale ressaltar que o cultivo trouxe para o
país um aumento no mercado de sementes dando estabilidade para uma maior
exploração econômica em regiões onde as terras não tinham nada além de matas e
cerrados (PONTES et al., 2009).
Nesse sentindo, pode-se considerar que a cadeia produtiva da soja ajudou e
ainda ajuda no setor econômico brasileiro, onde houve exploração para a
implementação do cultivo em outras regiões com cultivares criadas para uma melhor
adaptação e melhor produção, ressaltando que, além de ajudar no setor econômico
do país, ajuda também no setor regional da localidade escolhida e o produtor
responsável pelo cultiv,o usando as cultivares apropriadas e com técnicas de manejo
mais eficazes para o plantio (HIRAKURI e LAZZAROTTO, 2014).

Figura 1: Ranking da agricultura, valor de produção no ano de 2020


Fonte: CONAB (2020)

Enfatiza-se a região Nordeste, o enfoque deste trabalho, é caracterizada como


a terceira maior extensão do país como também a terceira maior economia. A sua
participação na Produção interno Bruto Brasileiro (PIB) foi cerca de 13% no ano de
2008, porém, a região continua tendo o PIB mais baixo com um grande nível de
pobreza. Sobre a produção de soja, é responsável por 17,3% do valor bruto da
produção (VPB), obteve uma expansão anual de 26,9%. A Bahia passou a ter grande
destaque mostrando representatividade na região, os principais municípios
responsáveis da região baiana na produção de soja são: São Desidério, Formosa do
15

Rio Preto, Luís Eduardo Magalhães e Barreiras. Esses cinco municípios, juntos,
possuem a responsabilidade de 75% da produção em todo o estado e 42,7% em toda
região Nordeste (DE SOUZA, 2012).
É perceptível que a região baiana tem se mostrado bastante produtiva no
plantio da soja apresentando grande expansão como também demanda do produto
em que tende a aumentar com o passar dos anos, um fator importante a ser
considerado para fazer planejamentos de produção.Com esses bons resultados da
produção de soja na região, haverá contribuição na melhora da economia do estado
consequentemente ajudando a combater a fome e pobreza que afeta toda a região
Nordeste em grande quantidade, pois o crescimento da economia além de importante,
é indispensável para a redução da fome e pobreza no mundo. Vale ressaltar que, com
o aumento do PIB de um país, em contribuição das atividades agrícolas, o efeito da
redução da fome é bem maior se comparar ao aumento do PIB sem a contribuição
das atividades agrícolas (BALERINI, 2013).

2.1.2 Cultura da Soja (Glycine max)

A soja é uma planta de origem asiática, o seu cultivo é totalmente diferente se


for comparado a uns cinco milênios atrás em que eram plantas tipo rasteiras
desenvolvidas próximas a rios e lagos, nomeada de soja selvagem (MOZZAQUATRO
et al., 2017). Com o passar dos anos, a sua evolução começou com o surgimento de
novas plantas das quais eram originárias do acasalamento natural entre duas sojas
silvestres, também domesticadas e aprimoradas pelos chineses (MORAES et al.,
2021). Como mencionado, é uma cultura de origem no continente asiático, mais
especificamente chinesa, muito rica em proteínas, em que a sua introdução na
agricultura foi feita há bastante tempo, com mais de 5.000 anos.
O primeiro registro dos grãos da soja foi feito no livro “Pen Ts’ao Kong Mu” em
que nesse livro havia descrições das plantas na China para o imperador Sheng-Nung.
Sua introdução no Ocidente apenas ocorreu por volta do século XV, no continente
Europeu com uma finalidade totalmente diferente da China, em que, no lugar do seu
uso para a alimentação, era feito para decoração nos jardins botânicos da França,
Inglaterra e Alemanha (BERTRAND et al., 1987). Ainda afirmam que, para os chineses
naquele tempo, a soja era um dos grandes pilares da agricultura, junto com o cultivo
16

do arroz, trigo, cevada e milheto. Seu papel perante a sociedade era muito importante
no país, pois era utilizada como objeto de empréstimo usuário e ainda era um dos
principais alimentos acumulados pelos monges budistas.
A cultura é típica de países temperados, foi tropicalizada e atualmente é uma
das culturas que mais se estabeleceu no território nacional. O início do seu cultivo
deu-se nos estados da região Sul nos meados de 1970, progredindo para uma
expansão na região do cerrado a partir da década de 80. Em 1990 as áreas onde se
encontravam o cultivo da soja já tinham um grande progresso na parte central do país
sendo bem associado à expansão da lavoura da soja no cerrado. Com o passar dos
anos e o progresso do cultivo, o Brasil nos anos de 2003 e 2004 se tornou um grande
exportador mundial, representando respectivamente 8% das exportações
(DOMINGUES et al., 2014).

2.1.2.1 Cultivares da soja

O aumento das áreas cultivadas e o aumento de produtividade se deve ao


melhoramento genético. O seu desenvolvimento, para a produção de novas cultivares,
tendem a promover melhorias na cadeia produtiva com relação ao aumento e
estabilidade da cultura. Entretanto, vale ressaltar a importância da avaliação dessas
cultivares pelas regiões produtoras pelo fato de que os genótipos introduzidos podem
afetar positivamente o desenvolvimento da planta em determinado local ou ser inviável
em demais localidades (CORREIA et al., 2017).
De acordo com os autores Silva e Duarte (2006), existem avaliações voltadas
para a identificação de cultivares que possuem maior estabilidade no desenvolvimento
e respostas previsíveis com relação às variações ambientais do qual vai depender do
ambiente de cultivo que poderá influenciar positivamente ou negativamente nas
características agronômicas da planta.
As cultivares sejam do tipo determinadas, semideterminadas ou
indeterminadas, possuem bom potencial de produção. Cultivares indeterminadas
tender a ter um processo reprodutivo maior em que positivamente tendem a se
recuperar melhor dos efeitos decorrentes do estresse hídrico, por escassez de água
ou excesso. Necessitam de um cuidado maior se tratando de desfolha e controle de
pragas nesse período (THOMAS, 2018).
17

Para a escolha da melhor cultivar que apresentará melhor desenvolvimento e


desempenho por região deverá ser feita uma série de testes com outras cultivares
fazendo, então, comparações com base nas características produtivas (CORREIA et
al., 2017).

2.1.2.1.1 Cultivar RR

A utilização da soja transgênica Roundup Ready© que possui resistência ao


glifosato foi uma grande revolução no mercado mundial da cultura da soja. Sua
implantação no Brasil teve autorização no ano de 2005, aprovada pela Lei da
Biossegurança. Nessa cultivar há a inoculação da sequência CP4 EPSPS no genoma
das cultivares comerciais, em que há a tolerância do ingrediente ativo do glifosato. A
utilização do herbicida glifosato é aplicada na pós-emergência na cultura da soja RR,
considerada como boa alternativa para o controle de plantas invasoras por causa da
sua viabilidade econômica (GRIS et al., 2013).
O glifosato é um herbicida que pertence ao grupo químico dos derivados da
glicina, possui amplo aspecto e também não seletivo para o controle das plantas
daninhas. Seu mecanismo de ação é capaz de inibir a enzima 5-enolpiruvil-chiqui-
mato-3-fosfato-sintase (EPSPs) uma enzima que atua na biossíntese de aminoácidos
aromáticos tais como a triptofano, fenilalanina e tirosina (CASTRO et al., 2017).
O estado nutricional da soja RR pode ser influenciado pelo glifosato com uma
diminuição nos teores da área foliar macro e micronutrientes. Os efeitos sobre a soja
transgênica são dependentes dos fatores com relação à variedade, grupo de
maturação e com a época de aplicação e dose, há também efeitos deletérios do efeito
do glifosato com relação à nodulação, há muitas variedades da soja transgênica no
território brasileiro (ZOBIOLE et al., 2012).

2.1.2.1.2 Cultivar de soja Intacta®

O uso dos inseticidas é de grande ajuda ao combate no controle de pragas se


forem usados de forma adequada, pois com o uso inadequado pode acarretar a
ineficiência do controle e também pode afetar os inimigos naturais dos quais ajudam
no controle das pragas, é importante dar entrada às estratégias para redução do uso
18

de herbicidas. Como alternativa há a utilização de cultivares resistentes a insetos, no


caso da soja, fez-se o uso da tecnologia transgênica através da introdução de um
gene que dão maior resistência às plantas da soja, então, chamada de Intacta®
(GOFFI et al., 2017).
Ainda, segundo Goffi et al., (2017) Plantas transgênicas possuem uma proteína
chamada de Cry1Ac, é derivada da bactéria Bacillus thuringiensis (Bt) oferece à soja
maior resistência aos insetos praga da ordem lepdoptera que atacam a cultura da soja.
Quando as lagartas forem se alimentar, ingerem essa proteína se ligará ao seu tubo
digestivo acarretando a morte da praga, pois promove o rompimento da membrana do
intestino médio.
As cultivares da soja que possuem a tecnologia Intacta® ficaram disponíveis
no Brasil há pouco tempo e o seu cultivo foi liberado de acordo com a legislação
brasileira no ano de 2010, porém a sua introdução no mercado foi por volta do ano de
2013. Com essa tecnologia, espera-se que haja uma queda dos problemas causados
pelas lagartas, como a lagarta-da-soja (Anticarsia gemmatalis), falsa-medideira
(Pseudoplusia includens e Rachiplusia nu), broca das axilas (Crocidosema aporema)
e lagarta das maçãs (Heliothis virescens). Essa tecnologia permitirá que o produtor
utilize menos inseticidas e como consequência positiva, a redução dos custos de
produção da sua lavoura elevando a sua produtividade e lucro. Vale ressaltar que,
para ter acesso e utilizar essa tecnologia, é imprescindível que se faça o pagamento
de taxas tecnológicas chamados de “royalties”, onde eleva seu custo de produção
(BASTOS,2020).

2.1.2.1.3 Cultivar de soja convencional

As sementes de soja que não possuem nenhum tipo de melhoramento genético


podem ser denominadas de convencionais. Seu cultivo em média necessita cerca de
duas a três aplicações de defensivos em mistura e, com isso, há aumento do custo da
mão-de-obra e da matéria prima durante todo o processo de produção (DE MELO et
al., 2016).
19

Um dos motivos para que os produtores deixassem de usar, cada vez mais,
sementes convencionais foi por causa do auto custo de herbicidas para plantas
daninhas que afetam as propriedades, o difícil controle de pragas que, na maioria das
vezes, adquirem resistência aos agrotóxicos obrigando os produtores a aumentarem
as dosagens para que a safra de soja convencional não seja perdida. Além do auto
custo para a produção e manejo o uso excessivo de produtos químicos, afetam
drasticamente todo o ambiente natural trazendo, então, a soja transgênica como uma
melhor opção e solução para o problema, além de garantir maior produtividade
(PELAEZ et al., 2004).

2.2 Caracterização da área de estudo - Município de Ribeira Do Pombal-BA

Figura 2: Mapa temático da microrregião de Ribeira do Pombal-BA


Fonte: GAMA e JESUS,2018.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), a


microrregião é pertencente à mesorregião Nordeste da Bahia com uma extensão
territorial de 8.237,3 km², com uma população a cerca de 342.890habitantes
(BRASIL, 2013; 2016), dividido nos municípios de: Adustina, Antas, Banzaê, Cícero
Dantas, Cipó, Fátima, Heliópolis, Itapicuru, Nova Soure, Novo Triunfo, Olindina,
Paripiranga, Ribeira do Amparo e Ribeira do Pombal totalizando em quatorze
municípios respectivamente.
O município de Ribeira do Pombal possui solos variáveis, distribuídos, ao
extremo da região Nordeste de Podzólico Vermelho Amarelo., um pouco mais de 10%,
20

distribuído ao extremo Norte e Nordeste são de Podzólico Vermelho Amarelo


Equivalente Eutrófico e, por fim, o Planossolo ao Leste com menos de 1% (EMBRAPA,
1973; EMBRAPA, 2006).
De acordo com Gama e Jesus (2018), afirma sobre os solos do município em
que se pode, então, concluir que os solos da região são constituídos por tipos
arenosos, quartzosos, profundos, permeáveis, pouco férteis e sua distribuição de
relevo muito plano além do Latossolo Vermelho Amarelo, em que também pode ser
encontrado em áreas de vegetação de floresta, como em campo cerrado, em relevo
que pode variar de plano a um forte ondulado, caracterizado por seu estágio
avançado de intemperização que são, então, formados por boa parte da fração areia-
quatzossa e argila com baixa atividade e baixa capacidade de troca catiônica. É
Vermelho-Amarelo (LV), possui baixa presença do teor de ferro e valores da relação
sílica/alumínio.
O clima da região da área de estudo é tropical do tipo Bsh, podendo ser
caracterizado como seco e quente, de acordo com a classificação Köppen. Sua
localização se encontra na mesorregião do nordeste baiano, a 271 km de Salvador,
na área do polígono das secas significando irregularidade na frequência das chuvas
tendo como temperatura média anual de 23ºC a 24.4ºC (GAMA e JESUS, 2018).
O clima tipo Bsh, ou seja, semiárido quente que está presente no Nordeste se
caracteriza por pouca quantidade de chuva e distribuição, pouca nebulosidade, muita
insolação, altos teores de evaporação assim como temperaturas médias elevadas,
baixa umidade relativa do ar, pouca quantidade de chuvas durante o ano mesmo.
Mesmo em épocas de chuva a irregularidade na distribuição da mesma ainda
permanece podendo deixar de ocorrer e com isso gerar seca na região (GANEM,
2017).
Segundo Dos Santos et al. (2012) com relação à precipitação da região, houve
registros de chuva em todos os meses do ano, variado de 85,0mm para seu máximo
no mês de abril e de 30,2mm para seu mínimo em outubro, podendo então totalizar
cerca de 745,5 mm durante o ano.
A seguir, tem-se a tabela com os dados pluviométricos do município de Ribeira
o Pombal-Ba decorrente dos últimos 10 anos:
21

ANO JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ TOTAL

2001 160,8 122,2 124,6 10,4 22,6 26,3 31,2

2001 194,2 49,5 25,5 15 46 76,8 35,2 36,2 35,5 0,8 15,5 66,5 596,7

2003 16,8 8,5 126,5 86,5 73,8 43,2 36,8 23 110,5 0

2004 42,8 173,2

2005 107,2 59,5 8,5 0 100,2 13,8

2006 5,5 7,8 19 83,8 54 163,5 72,2 50,8 60,2 73,8 29,2 37,5 657,31

2007 5,8 122 101,2 68,5 78,5 67,8 53,5 44,8 29,8 15,2 25,5 8,5 621,1

2008 23,8 40,5 72 35,2 123,2 64,8 55,2 44,8 23,8 1,8 3,8 47,5 536,41

2009 70,8 14,5 0,5 53 95,2 66,2 66,2 62,5 23,2 98,2 0 39,5 589,8

2010 26,5 15,2 98,8 194,5 30 96 217 43,8 63

2011 47,5 165,5 120,2 62,5 47,8 44,8 36 12,5 59,5 69,5

2012 5 23,5 19 38,8 58,8

2013 43,5 1 2 45,8 112 66,2 102,2 60 51,2 89,2 43,8 116,8 733,7

2014 5 31 48,5 57,8 53,2 77 92,2 60,2 25,8 45,2 79,5 35,8 611,2

2015 22,5 49 22,5 24,5 167,2 63,5 63,2 83,8 9,2 10,5

2016 237,8 45,8 17 13 3 11,5

2017 0,5 168 22,5 10,2 49

2019 170,6 11,2 6 186,2 145,8 63 25,6 40 41,8 2

2020 66 44,8 98,8 2,2 0 0 0 3,4 19,6 6,8 74 0,2 315,8

2021 14,4 32,6 22,8 75 54,8 125,4 37,4

Média 51,73 48,18 65,21 53,35 69,85 81,06 83,23 53,7 36,48 32,64 42,19 32,85 650,47

Tabela 1: Dados pluviométricos do município de Ribeira do Pombal-B;


Fonte: INEMA http://www.inema.ba.gov.br

Ao observar a tabela, nota-se que nos últimos 10 anos, houve variações nos
índices pluviométricos do município, em que é perceptível uma diferença e
variabilidade tantos nos meses quanto nos anos demostrando diminuição na
quantidade de chuvas. É importante ressaltar que o conhecimento do comportamento
das precipitações de um determinado local é de grande auxílio para poder auxiliar
sobre os períodos mais críticos da localidade tendo condições para poder fornecer
informações que ajude na redução das possíveis consequências causadas pelas
inconstâncias das chuvas e secas (DE SIQUEIRA et al., 2007).
22

2.3 Mudanças climáticas na agricultura da região Nordeste

De acordo com Delazeri (2015) analisando os estudos do Intergovernment


Panel on Climate Change (IPCC) um dos efeitos mais discutidos e debatidos com
relação à atividade econômica sobre o meio ambiente, de fato, são as variações
climáticas causadas pelos gases do efeito estufa (GEE´S). Tornaram-se, cada vez
mais perceptíveis, que as atividades humanas alteram e contribuem para a
concentração dos GEE´S. O quinto relatório de avaliação, o IPCC traz um cenário
otimista em que haverá um aumento de temperatura de 1,7ºC relacionado aos níveis
pré-industriais, se as emissões dos gases persistirem em relação à atualidade. Já
numa visão e cenário pessimista, o aumento de temperatura pode chegar até 4,8°C
onde os países ainda em desenvolvimento sofrerão as maiores consequências que
os demais.
A procura de meios e métodos que ajudem a reduzir as emissões dos gases
do efeito estufa (GEEs) dos quais causam grandes danos ao meio ambiente é uma
preocupação que também atinge o ramo empresarial, uma consequência dos
impactos gerados tanto pelo aquecimento global quanto para as mudanças climáticas
podendo destacar principalmente daqueles dos quais sua produção depende dos
insumos naturais como seus principais recursos (DE ANDRADE et al., 2013).
Com o aumento dos gases do efeito estufa na alta troposfera sendo associada
com a destruição da camada de ozônio resulta numa transformação da composição
da camada atmosférica e também do mecanismo de seus gases. Nessa direção, além
do aumento da temperatura ser o indicador das mudanças climáticas, outros fatores
podem indicar as mudanças tais, por exemplo, diminuição de 10% da neve de todo o
planeta desde 1960 (QUEIRÓS et al., 2006).
Os efeitos do aquecimento global podem afetar de forma significativa a
produção de alimentos em que as perdas de produção alcançariam cerca de R$ 7,4
bilhões no ano de 2020, se agravando com o passar dos anos e esse valor aumentaria
até R$ 14 bilhões até 2070. Tirando a cana-de-açúcar, todas as culturas seriam
afetadas e consequentemente sofreriam uma redução das áreas de baixo custo
podendo-se destacar: soja, milho e café. As culturas do milho, arroz, feijão, algodão e
o girassol na região Nordeste sofrerão grande redução na área de baixo risco
23

acarretando também perdas de produção, já a mandioca obterá um ganho da área de


baixo risco, porém na região perderia sua produtividade (MARENGO, 2014).
No continente Brasileiro a elevação do nível do mar pode afetar todas as
regiões onde os desequilíbrios podem ocasionar alterações que causam aumento da
ocorrência e intensidade de enchentes e épocas secas, maior expansão de doenças
endêmicas, mudanças nos regimes hidrológicos, perdas na agricultura e as ameaças
na biodiversidade. É perceptível que tanto o meio ambiente quanto o homem sentem
os impactos causados pelas mudanças climáticas que preocupam toda a sociedade
(DOS SANTOS et al., 2013).
Assim, é perceptível que os impactos causados pela ocorrência das mudanças
climáticas em todo o planeta são extremamente preocupantes, podem trazer
transtornos e prejuízos na ordem econômica, social e no ramo agrícola da qual se
beneficia e depende dos recursos naturais oferecidos pelo planeta.
As mudanças climáticas produzem grandes impactos que não apenas podem
como já possuem reflexos no meio ambiente onde essas mudanças vêm afetando
padrões de precipitação e evapotranspiração nas regiões, onde tem repercutido e
afetado em todo regime hidrológico, biológico e agrícola (PINTO et al, 2008). Esses
impactos causados por conta dessas mudanças comprometem todo o funcionamento
do ecossistema e agrossistema fazendo mudanças e alterações na oferta dos serviços
ambientais onde consequentemente há redução do oferecimento de água, fertilidade,
conservação do solo dos quais são de grande importância no ramo agrícola para o
alcance de uma boa produção (DOS SANTOS et al., 2013).
O Brasil possui grande influência e importância no ramo da agricultura, está
entre um dos maiores produtores agrícolas do mundo. Isso pode ser explicado com
relação ao país que possui diversos fatores contribuintes ao seu favor como
vantagens no mercado, tais como as condições climáticas, pois em algumas regiões
tendem a permitir produção ao longo de todo o ano, obtendo assim vantagens
comerciais. Vale ressaltar que a prática da agricultura é dependente das condições
ambientais, porém com o passar dos anos, houve mudanças no ecossistema em que
atualmente presenciam-se mudanças dos eventos climáticos, desordenados com
aumentos de temperatura, sazonalidade nos índices pluviométricos, derretimento das
geleiras, casos de furacões, assim, há mudanças climáticas de todo o planeta
(MORAES, 2011).
24

Ainda de acordo com Moraes (2011), é evidente que os fatores edafoclimáticos


são essências para a agricultura, avalia-se, então, que qualquer alteração nos valores
e condições climáticas podem afetar todo o zoneamento agrícola, produtividade e
manejo que podem afetar modificando todo o cenário da agricultura trazendo
consequências econômicas, sociais e, sem sombra de dúvidas, ambientais.
As mudanças climáticas no Brasil interferem de forma negativa e dificulta o
acesso à água. As rápidas alterações climáticas vindas no decorrer dos anos com
combinações na forma da ausência ou então escassez das chuvas, altas
temperaturas e altos índices de evaporação junto com as competições para obter
recursos hídricos podem agravar de forma catastrófica uma crise. Vale ressaltar que
aqueles mais afetados com todos esses acontecimentos são as regiões onde
predominam maiores índices de temperaturas elevadas e baixas frequências de
chuvas, ou seja, afetam a população mais carente como os agricultores do semiárido
no Nordeste (MARENGO et al., 2011).

Figura 3: Delimitação da região Semiárida brasileira.


Fonte: (DELAZERI, 2015)

As regiões semiáridas são conhecidas por possuírem baixas precipitações,


deficiência hídrica, solos com baixo acúmulo de matéria orgânica e nutrientes,
salientando que se caracteriza pelo alto índice de pobreza, altos índices de
analfabetismo, indicadores socioeconômicos baixos, como também concentrada
estrutura hídrica produtiva e social, boa parte situa-se mais no meio rural (TEIXEIRA
e PIRES, 2017).
25

O Nordeste do Brasil possui cerca de aproximadamente 121.911.200hectares,


60.246.021 desses hectares é chamada de polígono das secas área que Ribeira do
Pombal está localizada. As irregularidades das chuvas, assim, como temperaturas
elevadas são características decorrentes que afetam oito estados que vão do Piauí
até a Bahia e um estado localizado na região sudeste do país, Minas Gerais. Com
relação aos fatores físicos característicos de uma paisagem semiárida, os solos rasos
e pedregosos cobertos da vegetação caatinga trazem desafios ao homem que usava
esses recursos para a sua sobrevivência (RAMALHO, 2013).
Para Pereira e Gonzalez (2014), as regiões Norte e Nordeste do país são as
regiões que possuem mais vulnerabilidade e as que mais são afetadas com relação
as mudanças climáticas. Se tratando da região Nordeste a quantidade das chuvas
diminuiriam cerca de 2-2,5 mm/dia até 2100, consequentemente afetaria, de forma
negativa, a agricultura e as pastagens não se esquecendo que também atinge o
pastoreio dos animais em campo.
Especificamente, o semiárido tem sua história voltada para a variabilidade
climática em destaque as secas. O semiárido é uma região com bastante insolação e
temperaturas elevadas com 300mm e 800mm em média. Contudo, há dois problemas
a retratar: um deles é grande variabilidade interanual e intra-anual, em que alguns
anos pode chover muito pouco, em poucos meses ou então semanas. O outro
problema são as altas taxas de evapotranspiração, resultam que o balanço hídrico
seja negativo em boa parte do ano (MENZES et al., 2011).
Além da insegurança hídrica que os efeitos da escassez de água trazem para
a agricultura, há tendências de sofrerem com o aumento das temperaturas e
consequentemente aumento da evapotranspiração, substituindo a vegetação
semiárida para uma vegetação de ambientes áridos. Esses acontecimentos tendem a
resultar em situações onde o mapa agrícola é afetado e a segurança alimentar tende
a diminuir, além de trazer resultados negativos com semelhança à relação comercial
em que a exportação de alimentos tende a cair (ROJAS e FABRE, 2017).
Diante do que foi exposto, é possível perceber que, conforme os
acontecimentos do aumento de temperatura e a diminuição da disponibilidade hídrica
na região semiárida, as mudanças no clima tendem a afetar e piorar de forma negativa
as condições climáticas, sociais e econômicas. Da quais agravam as questões de
pobreza, desigualdade de renda relacionadas às diversas variações climáticas
26

resultando na desistência dos moradores a permanecerem na zona rural fazendo com


que migrem para localidades urbanas.

2.4 Fatores que influenciam a produtividade da soja

Para obter uma lavoura com população adequada, depende de muitos fatores,
que variam de um bom preparo do solo, semeaduras feitas em épocas onde há melhor
e maior disponibilidade hídrica, a utilização correta de herbicidas, regulagem da
semeadora como a densidade e profundidade e, por fim, a obtenção de sementes com
alta qualidade e procedência (VAZQUEZ et al., 2008).
Segundo Vivan et al. (2013), a produtividade de uma cultura pode ser definida
pela interação genótipo ambiente, ou seja, entre o genótipo da planta, o ambiente de
produção e o seu manejo, então, quando ocorre a indisponibilidade de um desses
fatores para o desenvolvimento, a tendência é o surgimento da interferência dos
resultados, em que pode haver perdas na produção. Vale ressaltar que é importante
obter o conhecimento dos estádios de seu desenvolvimento e a fisiologia onde juntos
às interações com o ambiente possam alcançar elevados níveis de produtividade.
Diante disso, é essencial fazer o zoneamento agrícola para cada região que
determinará a melhor época de semeadura para cada município e, assim, possa
permitir um melhor desenvolvimento do cultivo. O fotoperíodo e a temperatura
possuem grande influência sobre o número de primórdios reprodutivos e a taxa de
desenvolvimento, estes refletem na estatura de planta o ciclo e o seu potencial na
produtividade de grãos (PEDROTTI, 2014).
Conforme Wink (2017), a fenologia depende de vários fatores
agrometereológicos em que as plantas possuem certa sensibilidade em cada estádio
que se encontra do seu desenvolvimento. A ideia é, para poder otimizar a
produtividade, é imprescindível que haja coincidência com os estágios fenológicos
críticos junto com as condições do ambiente mais favoráveis diminuindo o estresse
nos estágios mais vulneráveis e sensíveis.
O autor ainda enfatiza que, dentro dos fatores limitantes para a produção de
soja, pode-se dar destaque a época de semeadura, cultivares, adubação e o arranjo
de plantas. Para mais precisão sobre os fatores limitantes, vale ressaltar a falta da
27

integridade da área foliar, a captação da luz solar e a capacidade da translocação dos


fotoassimilados.

2.4.1 Morfologia, fisiologia da soja e fenologia

A soja é um vegetal herbáceo pertencente à família das Leguminosas, possui caule


híspido, não muito ramificado com raízes do tipo pivotante, seu caule é do tipo herbáceo, ereto,
revestido de pelos com altura média de 0,5 a 1,5 m. Possui três tipos de folhas: que são as
cotiledonares, as simples e as trifolioladas. Suas folhas são do tipo alternadas, com pecíolos
grandes de 7 a 15 cm de comprimento, suas flores são de fecundação autógama, com cores que
variam de branca, roxa ou intermediária. Essa cultura desenvolve vagens levemente arqueadas
que, de acordo com o amadurecimento, ocorre a mudança da cor verde para um marrom-claro,
contendo de uma a cinco sementes lisas, elípticas ou globosas, com coloração amarelo pálido, de
hilo preto, marrom ou amarelo-palha (SILVA, 2018). As sementes são arredondadas, achatadas
ou então, alongadas de cores e tamanhos diferentes (NOGUEIRA et al., 2013).
As flores da soja podem ser completas ou perfeitas, possui cálice e corola e órgãos sexuais
que são o gineceu e androceu, então, hermafrodita e esse tipo de flor favorece autofecundação.
Possui tamanho variando entre 3 a 10mm, inflorescência ocorre na parte das axilas das folhas
como também na parte do ápice das ramificações do caule. A abertura das flores ocorre no período
da manhã, influenciada por questões da temperatura e humidade (VIEIRA et al., 2010).

Figura 4: Plântula da soja.


Fonte: (Farias, 2007)
28

A semente da soja possui a germinação do tipo hipógea, os cotilédones continuam abaixo


do solo e não há o desenvolvimento do hipocótilo e sim o do epicótilo. Os cotilédones são mais
carnosos e ricos em nutrientes onde são usados para a germinação e no estabelecimento inicial.
Vale ressaltar que necessitam de menos nutrientes para o desenvolvimento geralmente são
encontrados em solos mais pobres. Essas espécies também não precisam de tanta luz para seu
estabelecimento. Tais plantas que possuem esse tipo de germinação se estabelecem de forma
mais lenta, porém em compensação crescem mais rápido do que plantas com germinação epígea,
depois da fase de estabelecimento (GURGEL et al., 2012).
Para a implantação de uma lavoura, um dos pontos que devem ser bastante considerados
e de grande importância é o vigor das sementes, pois é um dos principais atributos com relação à
qualidade fisiológica. Sementes que possuem baixo vigor tendem a não alcançar boa
produtividade principalmente no crescimento inicial da cultura (SCHEEREN et al., 2010).
Os processos fisiológicos tanto da germinação quanto o vigor são influenciados pelos
teores de proteínas, lipídios, amido e açúcares onde as sementes de baixo vigor tem uma
velocidade de emergência inferior comparada com sementes de alto vigor. As sementes de soja,
vindas de outras cultivares, podem ter uma variância com relação à composição química por causa
das condições ambientais da qual possa estar inserida com potenciais reflexos em relação à
qualidade fisiológica (DELARMELINO-FERRARESI et al., 2014).
As plantas da soja possuem duas fases do seu desenvolvimento: a vegetativa
representada pelo V e a reprodutiva representada pelo F. Na fase vegetativa é subdividida em V1,
V2 e V3 indo até o Vn. Os dois primeiros estádios não contam, pois ambos são caracterizados
como estádio de emergência e estádio de cotilédone (VE e VC). O Vn caracteriza o último nó
formado onde “n” variar em função das condições do ambiente que se encontra (FARIAS et al.,
2007). Retrata, ainda, que esse sistema de divisão dos estádios da soja em reprodutivos e
vegetativos são uma metodologia proposta pelos estudos de Water R. Fer e Charles E. Caviness
em 1977 os estádios são de grande utilidade para pesquisadores, agentes das assistências tanto
técnicas quanto públicas e privadas, extensionistas e produtores. Utiliza-se em todo mundo
apresentando todas essas características.
29

:
Figura 5: Estádios vegetativos da cultura da soja fundamentado na escala fenológica de Water
R. Fer e Charles E. Caviness
Fonte: (FARIAS et al, 2007).

O estádio vegetativo representa a emergência dos cotilédones, depois da emergência o


hipocotilio que está curvo se endireita, para seu crescimento e os cotilédones se abrem e também
se expandem. No estádio VC os cotilédones estão abertos e expandidos, os seus bordos e as
folhas unifolioladas não se tocam, porém a planta continua dependente das reservas dos
cotilédones para as suas necessidades nutricionais (FARIAS et al., 2007).
Tratando-se dos estádios reprodutivos da cultura da soja eles se constituem de quatro
fases do seu desenvolvimento reprodutivo que são as fases do florescimento que vai do estádio
R1 ao R2, o desenvolvimento da vagem ocorrendo do estádio R3 e R4, os desenvolvimentos dos
grãos com os estádios R5 e R6 e por fim, a fase de maturação da planta, concluída pelos estádios
R7 e R8 (BERNIS e VIANA, 2015).
Durante todos os estádios, é importante que a planta esteja nutrida com boa disponibilidade
para a absorção de água e nutrientes através do solo ou então via foliar. Cada nutriente possui um
papel com relação ao metabolismo das plantas, qualquer desequilíbrio do seu fornecimento
podem causar sérios danos ao desenvolvimento como também poderá causar a morte. O
nitrogênio é o nutriente da qual a planta mais necessita, pois constitui-se de ácidos nucleicos,
proteína e as moléculas. Por causa do seu alto teor de proteínas nos grãos, consequentemente
há uma demanda maior da necessidade do Nitrogênio (BERNIS e VIANA, 2015).

2.4.2 Metabolismo

É uma planta do metabolismo fotossintético tipo C3, em que plantas pertencentes a este
ciclo fotossintético recebem esse nome pelo ácido 3-fosfoglicérico, formado após a fixação do CO2
abrangendo aquelas plantas que possuem somente a enzima Rubisco, que pertence ao Ciclo de
30

Calvin, uma alternativa para a fixação do carbono. As taxas de fotossíntese dessas plantas são
elevadas o tempo todo, atingem as taxas máximas de fotossíntese em baixos índices de radiação
solar. Vale ressaltar que são consideradas espécies que consomem muita água (VIEIRA et al.,
2010).
Os estômatos de plantas C3 se abrem durante o dia, quando a absorção de CO2 torna-se
necessária para que possa realizar a fotossíntese. A abertura dos estômatos ocorre em um
período que necessita de grande demanda respiratória onde a captação do CO2 para o processo
fotossintético vem acompanhado de uma alta perda de água (SILVEIRA, 2013).
A perda de água decorrente da evaporação, principalmente da área foliar, via os estômatos
abertos para a atmosfera se chama transpiração, quando gera tensões na translocação da água
na planta e também do movimento passivo da água do solo para a planta. Ao sofrer com a menor
disponibilidade de água, consequentemente ocorrerá uma certa diminuição da passagem de água
para a atmosfera vindo da planta em que consequentemente acarreta um novo ajuste metabólico.
Quando ocorre o fechamento estomático, apresenta-se como uma resposta ao déficit hídrico que
a planta sofre no campo onde gera limitação da difusão do CO2 para dentro das folhas como
também para evitar maiores perdas de água (FERRARI et al., 2017).
De acordo com Ferrari et al (2017), a difusão do CO2 é restringida acarretando numa baixa
concentração interna, afeta a fotossíntese da planta fazendo com que haja uma diminuição,
prejudicando o funcionamento do rubisco. Grandes concentrações do CO2 na atmosfera
favorecem o desenvolvimento das plantas, o mesmo é um componente básico da fotossíntese, o
aumento da sua concentração pode então promover alterações no metabolismo , crescimento e
também nos processos fisiológicos (LESSIN e GHINI, 2009).
O CO2 sob altas concentrações pode aumentar a fotossíntese líquida de plantas com
metabolismo C3 porque a enzima Rubisco participa tanto fixação de CO2 quanto na
fotorrespiração. Assim, quando ocorre um aumento da concentração ambiente do CO2 também
aumenta a concentração interna de CO2 e também a proporção CO2/O2 no sítio do Rubisco
favorecendo a carboxilação sobre a oxigenação na ribulose1,5-bifosfato. Vale ressaltar que as
elevadas concentrações do CO2 conseguem incrementar na assimilação em plantas tipo C3 pelas
razões da redução da fotorrespiração e o aumento da disponibilidade do substrato Rubisco
(FEITOSA, 2014).
31

Figura 6:Rendimento comparado de plantas C3 e C4


Fonte: BUCKERIDGE et al (2009)

Em resposta à diminuição da quantidade de água fornecida no solo resulta no processo de


expansão celular, processo do qual depende da turgência da planta. Quando ocorrem situações
em que o déficit hídrico é mais severo, outros processos fisiológicos são afetados tais como: efeitos
no acúmulo dos assimilados, redução da taxa de assimilação do carbono e o aumento da taxa
respiratória (FIOREZE et al., 2011).

2.4.3 Clima e temperatura

A cultura da soja possui melhor adaptação em regiões que possuam temperaturas entre
20°C e 30°C. 25°C é a temperatura para uma emergência rápida e uniforme. As regiões que
tenham temperaturas menores que 10°C não são boas para o cultivo da soja, pois suas baixas
temperaturas interferem no crescimento e desenvolvimento. A soja apenas florescerá se for
induzida a temperaturas acima de 13°C mas, se for submetida a temperaturas acima de 40°C,
ocorrerá o efeito adverso na sua taxa de crescimento, acarretando distúrbios na floração
consequentemente a diminuição na altura da planta e diminuição da capacidade de retenção das
vagens. Temperaturas elevadas também podem ocasionar maturação acelerada da soja, e
quando associadas a alta umidade podem interferir na qualidade dos grãos. Todos esses
problemas podem se agravar ao mesmo tempo, se a cultura sofrer déficits hídricos (FARIAS et al.,
2007).
Segundo Soares (2016), temperaturas muito altas interferem na germinação do polém
como também no crescimento do tubo polínico, além disso, os fatores de temperaturas elevadas
prejudicam o crescimento vegetativo. As temperaturas mais amenas reduzem as atividades
fotossintéticas e também o crescimento da planta por causa da diminuição da ativação e atividades
32

das enzimas diferente do que ocorre quando estão elevadas onde o primeiro efeito a acontecer é
o processo de fotólise da água. O desenvolvimento reprodutivo da soja é o período mais sensível
ao estresse, pois quando acontece durante o florescimento e a formação das vagens (estágio R1-
R4) há interferência no número de sementes e quando é no processo de enchimento de grãos
(estágio R5-R6) acontece a redução da massa de sementes.
Dito isto, para que haja melhor aproveitamento do desenvolvimento da cultura e seu
rendimento, é essencial que se tenha o máximo do aproveitamento das condições climáticas
oferecidas. E importante que o plantio seja feito em datas que se coincidam com os períodos
críticos da soja junto com os de máxima disponibilidade hídrica. A duração dos subperíodos das
fases do ciclo vegetativo da cultura depende da temperatura da qual é induzida em que estes
subperíodos tendem a obter um decréscimo à medida que há aumento das temperaturas.
A soja tem sensibilidade ao fotoperíodo essa sensibilidade pode variar de acordo com as
cultivares. Plantas que possuem sensibilidade aos fotoperíodos são denominadas de plantas de
dias curtos por terem o seu florescimento induzido quando há diminuição do fotoperíodo igual ou
então maior do que a cultivar exige. Com o avanço de novas tecnologias, há programas de
melhoramento genético em que foram obtidas plantas com genes capazes de prolongarem o
período juvenil e serem adaptadas a regiões tropicais (EMBRAPA 2011).

2.4.4 Estresse hídrico e irrigação

O início do estresse hídrico se dá quando a planta para de fazer ajustes dos processos
relacionados a absorção de água e transpiração e com isso, ocorrerá a limitação da transpiração
pelo fato da ausência e água no solo. A planta vai possuir uma taxa de transpiração maior do que
a taxa de absorção, nesse sentido, haverá perda de turgência tanto das células quanto dos tecidos
vegetais. É importante saber que o estresse hídrico pode ocorrer de duas formas diferentes no solo
que são a inundação ou estar seco. O solo estando seco pode-se, então, caracterizá-lo como um
déficit hídrico (LOPEZ e LIMA, 2015).
O déficit hídrico é o principal responsável pela perda de produção da soja, esse problema
está associado ao fato de que na germinação-emergência tanto o excesso quanto o déficit de água
ambos são prejudiciais para a obtenção da uniformidade na população de plantas. A semente no
mínimo precisa absorver cerca de 50% de seu peso em água para que se tenha uma boa
germinação, com relação ao conteúdo de água no solo o mesmo não pode ultrapassar os 85%
33

do total máximo de água disponível, mas também não pode ser inferior a 50%. A necessidade de
água que a planta precisa, aumenta de acordo com o seu desenvolvimento, atingindo o seu
máximo durante a floração-enchimento de grãos cerca de 7 a 8 mm/dia (BUAINAIN e VIEIRA,
2011).
Quando é submetida ao estresse, causado por deficiência de água, a planta possui pouco
desenvolvimento, apresentando pequena estatura, diminuição da área foliar , os entrenós curtos,
os tecidos vegetais tendem a ter um aspecto de murcha e os folíolos se fecham para diminuir a
exposição da área foliar. Com a severidade do estresse, ou seja, com o agravamento das secas
em muitos casos pode acarretar a morte da planta (FERRARI e SILVA, 2015).
A ocorrência de estresse hídrico na planta causa uma redução do potencial de água via
foliar como também abertura dos seus estômatos, consequentemente haverá menor regulação
dos genes que estão relacionados à fotossíntese e acesso ao CO2 (BARBOSA, 2017)
Para alcançar o máximo do potencial da produtividade de grãos, a soja necessita entre 450
e 850 mm por ciclo. A variabilidade da distribuição das chuvas também é um fator limitante para o
desenvolvimento da planta. Quando as instabilidades das precipitações aumentam, buscam-se
alternativas para amenizar ou solucionar o problema, uma delas é o uso da irrigação (SILVA,
2011).
É perceptível que a falta de água é extremamente prejudicial para o desenvolvimento das
plantas, assim, os produtores devem buscar melhorias com relação a este, adquiridas para
minimizar tais problemas que se forem manejadas de forma correta podem, então, repor a água
perdida pelo processo de evapotranspiração, evitando que a planta entre em estresse (BARBOSA,
2017).
De acordo com Gava et al (2016), uso da irrigação é umas das práticas mais eficazes para
se obter melhorias com relação à produtividade e qualidade dos grãos tendo como uma boa
vantagem é que as áreas irrigadas não terão problemas com relação às plantas não competirem
por água. Vale ressaltar que a cultura da soja (Glycine Max, (L.) Merrill.) é uma planta que possui
resistência ao estresse hídrico, porém essa condição não pode ocorrer nos estádios críticos da
planta tais como na sua fase inicial, na fase de floração e enchimento de grãos.
Segundo Barbosa (2017), com relação à Agência Nacional de Águas – ANA , o território
nacional possui cerca de a 29,6 milhões de hectares que podem ser irrigados, porém, apenas 6,11
milhões possuem o sistema de irrigação. Para que se possa aumentar a área irrigada é necessário
conscientizar os produtores da importância do correto manejo de irrigação nas lavouras, feito isso,
os resultados obtidos podem chegar até 90% de toda eficiência no uso dos recursos hídricos.
34

Nessa ótica, é essencial que seja determinado qual o momento ideal para fazer a realização da
irrigação nas propriedades.
Na irrigação há discussões sobre a possibilidade de evitar as perdas na produção da soja
utilizando a irrigação suplementar que consistirá na irrigação ser feita nos períodos mais críticos da
cultura e estando sob condições de déficit hídrico. A quantidade de água na irrigação deve atender
as necessidades da cultura de forma sustentável, planejada tanto para localidades com chuvas
significativas quanto para localidades com mais escassez (SILVA et al, 2020).
A escolha do método de irrigação a ser usado na área deve ser baseada de acordo com
as condições econômicas, ambientais, na viabilidade técnica e nos benefícios sociais. Estão
incluídos nos métodos de irrigação por aspersão em que a água é expelida para o ar pelo aspersor
simulando uma chuva artificial e o de irrigação localizada. No método da irrigação localizada a
água é aplicada no solo diretamente na raiz da planta em menor intensidade e com maior
frequência (PIMENTEL, 2021).

2.4.5 Plantio

A época de semeadura e o arranjo espacial são características que devem ser


colocadas em práticas e obterem total atenção pois ambos os fatores afetam o
rendimento, a arquitetura e o comportamento da planta. Com relação ao fator
econômico a época de semeadura é a prática de manejo da qual melhora o
desenvolvimento e o rendimento dos grãos com um número menor de recursos. Por
isso, é de grande importância o estudo da época de semeadura (MEOTTI et al, 2012).
Plantas que estejam mal distribuídas em campo não aproveitam os recursos
disponíveis tais como água, luz e nutrientes. Os espaços vazios entre as plantas
facilitam a infestação de plantas daninhas e diminui o porte da soja e com essa
redução acarreta redução da produtividade além de dificultar a colheita mecanizada
(GIBBERT et al, 2018).
O cultivo da soja pode ser feito pelo sistema de plantio direto e o convencional,
em que o Sistema de Plantio Direto(SPD) é de manejo em que a palha e os restos
vegetais são deixados propositalmente na superfície do solo, revolvido no sulco em
que são depositadas as sementes e os fertilizantes, diferente do plantio convencional
utilizado técnicas para o preparo do solo e controle fitossanitário, fazendo arações e
gradagem em que removem a vegetação do terreno, fazem destorroamento e
35

nivelamento, a semeadura, adubação e passada a etapa de plantio as culturas podem


então ser tratadas (FERREIRA et al, 2015).
O sistema de plantio direto torna-se uma boa opção para o cultivo da soja, pois
durante os períodos de seca, as plantas de cobertura do solo protegem a planta contra
variações de temperatura, diminui a evaporação de água, aumenta a infiltração da
água no solo, aumenta, assim, o teor de água disponível para as plantas, resultando
em maior resistência nos períodos de déficit hídrico. Vale ressaltar que nos períodos
chuvosos, a cobertura do solo reduz os impactos das gotas de chuva diminuindo as
perdas de solo pela erosão (PIRES et al., 2015).

Figura 7: Soja sob plantio direto Figura 8: Solo arado e gradeado


Fonte: KURTZ, Paulo Odilon Fonte: Ramon Costa Alvarenga

Para que esse sistema seja efetivado, é fundamental que se solucionem os


problemas por ocasião da sua instalação como os de compactação do solo, baixa
disponibilidade de matéria orgânica, pouca fertilidade, presença de plantas daninhas,
maior consumo de energia ocasionada pela escolha inadequada de maquinários. O
revolvimento do solo deve ser mínimo, as máquinas para a semeadura devem cortar
a palhada superficialmente e abrir o sulco para colocar o fertilizante na dosagem certa
como também a profundidade e posições corretas. Logo após, o sulco deve ser
fechado e em seguida, aberto para que as sementes possam ser colocadas (CASÃO
JUNIOR e CAMPOS, 2004)
É importante que se faça a correção da acidez do solo, através da calagem,
pois esse é um dos primeiros passos para poder alcançar e adquirir altas
produtividades em áreas recém descobertas, lembrando de não haver descuido em
áreas já cultivadas. A disponibilidade de nutrientes no solo também é um dos fatores
que mais afetam a produtividade, pode se apresentar naturalmente elevado, como
36

também pode-se construir ou, então, recuperar fazendo o manejo correto do solo
(OLIVEIRA et al., 2008).
Para ocorrer uma boa condução da lavoura de soja foram geradas novas
tecnologias de plantio em que se destacam gradativamente, como o plantio cruzado,
plantio em fileira dupla e plantio adensado. Independentemente de qual escolha seja
feita o plantio deve possuir um bom manejo e planejamento adequado, pois esses
dois fatores são quem determinam o sucesso ou insucesso da produtividade de
qualquer lavoura (BISINELLA e SIMONETTI, 2017).
O plantio cruzado possui a finalidade de obter ganhos produtivos, esse tipo de
semeadura tende a distribuir as sementes em linhas paralelas da mesma forma que é
realizado o método convencional, seguida de uma nova distribuição na área, em
sentindo perpendicular ao primeiro plantio às linhas formam um ângulo de 90º
desenvolvendo como se fosse uma linha de xadrez. Há também relatos que a
produtividade da soja aumenta quando se faz uma redução do espaçamento entre
linhas junto com à redução da densidade proporcionado melhor distribuição das
plantas e produtividade (ANDRADE et al., 2016).
Segundo Carvalho et al. (2013), no método convencional geralmente utilizam-
se combinações de espaçamentos de 40 a 50 cm com a população de mais ou menos
40 plantas. No método da redução do espaçamento entre linhas tem sido uma prática
vantajosa em que muitos experimentos obtiveram rendimentos. O adensamento de
plantas provoca aumento de temperatura e umidade do ar, proporcionando ao
ambiente o desenvolvimento de doenças, pois promove aos patógenos um ambiente
favorável para a disseminação e maximização da infestação (ROESE et al., 2012).
A semeadura feita em fileira dupla, permite haver alta intensidade de
penetração de luz, de agroquímicos no dossel, ocasionando um aumento a taxa
fotossintética, sanidade e a longevidade das folhas próximas ao solo podendo
melhorar e acelerar a produtividade dos grãos de soja. Esse tipo de semeadura é feito
em muitos países podendo destacar como principal os Estados Unidos. A
probabilidade de infestação de plantas daninhas nesse arranjo pode ser maior por
causa do menor fechamento do dossel referente ficarem mais expostas à
luminosidade (BALBINOT et al., 2014).
37

2.4.5.1 Rotação de culturas

A rotação de culturas tem recebido reconhecimento com o passar do tempo


mediante o ponto de vista técnico se tratando de um cultivo de desenvolvimento
sustentável. Nessa ótica, é primordial o uso de várias culturas com diferentes raízes
agressivas e abundantes, uma vantagem para o produtor tendo como destaque o
aumento da produção de grãos (THOMAS e COSTA, 2010).
Aderiu-se, no Brasil, o sistema de rotação de culturas por causa do sistema de
plantio direto, este é um dos princípios básicos do sistema. A rotação de culturas não
consiste em fazer isto com diversas culturas em uma área, envolve um bom manejo
para que dê certo. A utilização de material orgânico é indispensável para esse
processo, pois os restos vegetais que ficam sobre o solo se decompõem contribuindo
para a fertilidade do solo junto ao desenvolvimento da planta (AMADO et al, 2002).
O sistema de plantio direto unido ao sistema de rotação de culturas dá ao solo
melhor estrutura, em que se deve atentar à escolha da cultura, à matéria orgânica do
solo e à sua textura, pois esses três fatores são muito importantes para atender a boa
produtividade. Bons cuidados com o solo e o correto manejo irão influenciar sobre
qualidade e estrutura em relação à água, nutrientes e desenvolvimento das raízes
(MOTTIN et al., 2016).
A rotação possui muitas vantagens com relação à monocultura sendo um deles
a infestação de plantas daninhas. A monocultura favorece a incidência das plantas
invasoras, surgimento de pragas e doenças dentro da lavoura. Contudo, a rotação é
bem-vinda e traz muitos benefícios se tratando do solo diminuindo as pragas,
doenças, incidências de plantas daninhas, consequentemente também diminuirá nos
custos (Santos et al., 2014).
Feita de forma correta e bem planejada, essa prática acarreta em resultados
positivos como a dependência de insumos. Esses resultados ocorrem em
consequência da promoção de nutrientes, a eficiência do ciclo e o uso dos recursos
naturais como a água da qual auxilia na manutenção de produtividade do solo e
também no controle de pragas e doenças. Pode também influenciar na ocorrência de
algumas plantas daninhas, pois alguns organismos se desenvolvem mais uma planta
do que em outra (MELLO, 2015).
A escolha correta das espécies para a cobertura de solo para a rotação precisa
ser adaptada para cada região, com ciclos compatíveis com a entre safra das
38

principais cultivares comerciais com resistência a pragas, doenças, raízes profundas


que possam romper a compactação do solo e produzir biomassa que proporcione
cobertura do solo. As espécies mais indicadas a serem utilizadas como adubo verde
são aveia, milheto, diversas espécies de forrageiras, tremoço e girassol. O tremoço
possui grande capacidade de fixação de nitrogênio do ar. Se tratando dos benefícios
decorrentes pela utilização dessas culturas, vale ressaltar a elevação do teor de
carbono no solo e menores perdas por lixiviação dos nutrientes solúveis em forma de
nitrato (GONÇALVES et al., 2007).

SOJA MILHO

TRIGO TREMOÇO

Tabela 2: Esquema ilustrativo da rotação de culturas


Fonte: Criação do autor (produzido em 2021)

2.4.5.2 Consórcio

O consórcio propõe o cultivo de mais de uma espécie em uma determinada


área afim de obter maior produtividade. A exigência nutricional das plantas
consorciadas pode sofrer alterações por conta da interação das plantas em
comparação à adubação feita na monocultura. No consórcio, a soja se beneficia
fornecendo nitrogênio vinda da fixação biológica que atende a sua exigência, além de
melhorar a fertilidade do solo, o ponto negativo é que a fixação biológica feita pela
cultura não atende às necessidades de consorte e, além disso, é essencial fornecer
adubações com outros nutrientes com maiores teores (MARQUES et al., 2021). De
acordo com Cunha et al., (2014) na maioria dos estudos feitos, são usadas na
adubação dos consórcios iguais dosagens de nutrientes recomendadas na
monocultura.
Assim, corrigidas nutricionalmente, as plantas em consorte tendem a ter maior
índice de produção e de rendimento podendo ser então destinadas à nutrição animal.
O consórcio de milho e soja se torna viável para a produção e silagem sendo esta
uma boa estratégia para a alimentação animal em sistemas de criação intensiva para
39

a produção de carne e leite, pois permite a armazenagem em grande quantidade no


intuito de fornecer aos animais nas épocas em que a forragem se encontra mais
escassa e com baixa qualidade nutricional (KLEIN et al., 2018).
Para o sucesso no estabelecimento do consórcio, é importante cautela na
escolha das cultivares visando entender que haverá competitividade entre as plantas
por espaço e recursos para o desenvolvimento e crescimento das plantas. Nessa
análise, é essencial haver grau de compatibilidade, característica de crescimento e as
competições por água, luz e nutrientes para que não haja interferência na
produtividade (HIRAKURI et al., 2012).
Para a consorciação com a soja, é importante o uso de cultivares adequadas
e adaptadas a esse tipo de sistema, isso se dá pelos motivos de que o consorciamento
de culturas possui características fisiológicas distintas dos monocultivos e necessita
de cultivares com diferentes comportamentos no intuito da adequada adaptação ao
consórcio (DE REZENDE et al., 2011).
De acordo com Garcia (2016), a utilização de leguminosas consorciadas com
gramíneas é uma estratégia para a fixação biológica de Nitrogênio que auxilia os
teores e a disponibilidade do mesmo no solo, deixando disponível para a próxima
cultura sucessora no sistema de plantio direto além da possibilidade da ensilagem do
material no intuito de buscar um alimento de boa qualidade nutricional.
Além de poderem contribuir com a fixação de nitrogênio, as leguminosas
podem induzir a solubilização e o acúmulo de outros nutrientes na rizosfera como
também nos vegetais que estão acima do solo. Essas também podem diminuir a
emissão dos gases do efeito estufa como o dióxido de carbono e o oxido nitroso
comparado com a fertilização mineral com nitrogênio, obtendo um papel importante
com relação ao sequestro de carbono no solo (MORAIS e MEURER, 2015)

2.4.6 Adubação

As plantas retiram da natureza todos os nutrientes dos quais são necessários


para seu total desenvolvimento e sobrevivência, tendo os orgânicos como o Carbono
(C), Oxigênio (O), Hidrogênio (H) e os minerais. São divididos em dois grupos que são
os macronutrientes e os micronutrientes. (Ca), Magnésio (Mg) e Enxofre (S). E os
micronutrientes, classificam-se o Boro (B), Cloro (Cl), Cobre (Cu), Ferro (Fe),
Manganês (Mn), Molibdênio (Mo), Zinco (Zn) e Níquel (Ni) (DOMINGOS et al., 2015).
40

Na cultura da soja, o Nitrogênio (N) é o nutriente do qual possui maior demanda


e quantidade principalmente na fase reprodutiva, a maior parte está destinado para os
grãos, enquanto a menor fica distribuída entre as folhas, caules e raízes. A adubação
nitrogenada feita por fertilizantes não é tão utilizada pelos agricultores, pois a fixação
biológica desse macronutriente tornou-se uma melhor alternativa para o seu
fornecimento. Assim, a inoculação das bactérias do gênero Bradyrhizobium são
utilizados, mas existem fatores que podem atrapalhar o funcionamento adequado das
mesmas com relação ao processo de fixação de nitrogênio tais como: estresse hídrico,
solos encharcados, compactação e níveis de acidez e fertilidade muito baixos.
Quando se está submetida às condições impróprias para um bom funcionamento
dessas bactérias, o fornecimento de nitrogênio via fertilizantes torne-se uma
alternativa eficiente para as lavouras (BAHRY et al., 2013).
Segundo Tavares et al., (2013) depois do Nitrogênio, o potássio é o segundo
nutriente mais absorvido pela planta na cultura da soja, possui atuação em muitos
aspectos estruturais, fisiológicos e bioquímicos das plantas. Uma suplementação
adequada contribui na estrutura da planta em que ajuda a dificultar na penetração de
patógenos e diminui a incidência ao acamamento. Apresenta ação enzimática como
é um dos responsáveis pela abertura e fechamento dos estômatos e faz a regulação
osmótica dos tecidos. A deficiência desse nutriente causa clorose interneval, necrose
nas bordas no ápice das folhas mais velhas.
Ainda é retratado que junto com a baixa disponibilidade desse nutriente há
também as chances das perdas ocorrerem por lixiviação quando é aplicado
diretamente no solo, principalmente se este solo for arenoso, é importante reforçar e
potencializar a importância do conhecimento e estudos sobre alternativas de formas
como também fontes de aplicação para diminuir as perdas e os problemas envolvendo
a adubação com potássio (TAVARES et al., 2013).
O desenvolvimento da parte aérea da planta depende do sistema radicular com
relação ao seu crescimento e também estabelecimento. A planta precisa de altas
dosagens de fósforo no solo já no início do seu crescimento porque no estádio inicial
do seu desenvolvimento, tem pouca capacidade de exploração no solo. Sua
deficiência pode afetar a fotossíntese e a respiração, além da síntese do ácido
nucleico e da proteína. Sua deficiência tem como resultado baixa estatura das plantas,
emergência tardia das folhas, menores brotos, menor desenvolvimento das raízes e
41

por consequência perdas em toda a produtividade (HANSEL, 2013 ;GRANT et al.,


2001).
O enxofre é absorvido na forma de sulfato, além dele ser essencial das
proteínas, ajuda a manter a coloração verde das folhas, nodulação das fabáceas,
estimula na formação das sementes e também no crescimento das plantas. A sua
deficiência é de fácil visão em que as folhas mais novas ficam no tom de amarelado e
as suas nervuras mais claras, colmos e caules escuros e também amarelados com
decréscimo no desenvolvimento das plantas. A indisponibilidade desse nutriente se
dá devido à utilização de adubos que na sua composição não contem enxofre, como
solução, pode-se ser substituído por fontes tradicionais tais como supersimples e o
sulfato de amônio (PRIMO et al., 2012).

2.4.7 Pragas

Os insetos-pragas são seres que constituem cerca de 80% de todas as


espécies do reino animal destacando-se que fazem parte de um dos grupos mais bem
sucedidos do reino animal. Esses seres podem se desenvolver em qualquer ambiente
e desde muito tempo, o homem luta contra os insetos-pragas dos quais atacam os
vegetais tendo como principais aqueles vegetais que são destinados principalmente
para a alimentação humana e animal. O surgimento pode favorecer um certo
desequilíbrio no ambiente proporcionando, então, uma grande demanda de pragas na
localidade (NEGREIRO et al., 2004).
Diversas espécies de insetos e ácaros atacam a cultura da soja e se alimentam
de suas folhas causando grandes prejuízos a lavoura em que provocam redução da
área foliar. Entre muitas espécies que causam danos a cultura as lagartas
(principalmente os noctuídeos) e os coleópteros (principalmente os crisomelídeos) são
os mais importantes podendo dar destaque à lagarta-da-soja , (Anticarsia gemmatalis
Hübner), por conta da sua grande frequência nas regiões de todo o país, a largarta-
falsa-medideira (Chrysodeixis includens) e algumas espécies de Spodoptera são bem
destacados como os principais desfoliadores da cultura (MOSCARDI, 2012).
A lagarta-da-soja é considerada a principal praga desfoliadora da cultura onde
toma um grande risco para as lavouras, pois essa praga se alimenta do limbo foliar
podendo causar até 100% da perda de produtividade, possui uma coloração verde,
42

seus movimentos são semelhantes a lagarta-falsa-medideira, e tem cinco pares de


pernas abdominais (CAMPOS et al., 2019).
As fêmeas dessa espécie podem colocar seus ovos na parte inferior das folhas,
ramos e também nos pecíolos. Cada fêmea pode por cerca de 1000 ovos e 80%
destes são colocados com oito a dez dias de vida. Pode-se, então, afirmar a rapidez
da multiplicação e ovoposição desses insetos, é fundamental obter cuidado e
conhecimento para o seu combate. A fase larval dura até 25 dias, mas isso dependerá
das condições de temperatura em que se encontra. O ciclo biológico dessa lagarta,
ou seja, da fase larval até estar adulta é com cerca de 24 dias, mas isso dependerá
das temperaturas (STECCA, 2011).
É importante destacar que, quando a lagarta atinge seu terceiro estádio, já
provoca perfurações nas folhas, porém as nervuras e centrais e laterais ficam intactas.
Nos seus três primeiros estádios, o consumo da área foliar da planta não é grande,
mas quando o inseto atinge seu quarto até sexto estádio o seu consumo aumenta
drasticamente em que as lagartas podem consumir até 95% de toda a folha (DOS
SANTOS et al., 2016).

Figura 9: Lagarta-da-soja, (Anticarsia gemmatalis Hübner)


Fonte: Moscardi et al., 2012

A lagarta-falsa-medideira tem como características coloração verde-claro com


linhas brancas no seu dorso, na região abdominal tem três pares de pernas falsas que
resulta no seu deslocamento de forma rápida, semelhante a medir palmos. Possui alta
capacidade reprodutiva, ou seja, se espalha e infesta bem rápido, em que, na
deposição dos ovos, estes são inseridos na base das folhas no período da noite e com
pouco tempo ocorre a eclosão dos ovos (CARVALHO et al., 2012). As lagartas dessa
espécie possuem um alto poder de desfolha por se alimentarem das folhas da soja,
porém não se alimentam das nervuras o que se confere a uma aparência de
rendilhado nas folhas e dessa maneira, prejudicam o rendimento foliar da cultura.
Essa praga se adapta e se beneficia mais no seu desenvolvimento e multiplicação em
43

climas tropicais favorecidas em épocas de seca. As lavouras que não possuem


manejo adequado e inimigos naturais são as mais atacadas e prejudicadas.

Figura 10: Danos da lagarta-falsa-medideira (Chrysodeixis includens) na soja


Fonte: Moscard et al., 2012.

Figura 11: Lagarta-falsa-medideira (Chrysodeixis includens)


Fonte: Araújo, Sebastião José de, 2018.

Os percevejos fitófagos (Nezara viridula, Piezodorus guildinii e Euschistus


heros) conhecidos como o percevejo-verde, percevejo-verde-pequeno e o percevejo
marrom também são considerados umas das principais pragas da cultura no Brasil,
essas pragas se alimentam dos grãos afetando diretamente a qualidade e a
produtividade da cultura. Quando provocam murcha e também má formação dos
grãos e vagens, a soja não amadurece e permanece de coloração verde nas épocas
de colheita (FREITAS, 2011).
O percevejo-verde é um inseto que se adapta melhor em regiões mais frias, é
polígrafo e a sua atividade pode permanecer durante todo o ano nas condições
favoráveis para o seu desenvolvimento. Como características, possui cor de tom verde
em todo corpo de formato oval. Este inseto-praga entra em hibernação em cascas das
árvores ou em outros lugares que servem como abrigos depois da colheita da soja e
nesta fase, há uma mudança de coloração ficando castanho arroxeado. Quando
44

adulto, o percevejo possui coloração verde e seu tamanho entre 12mm a 17mm,
possui manchas vermelhas nos últimos segmentos das antenas. A fêmea posta seus
ovos nas folhas e a quantidade de ovos varia em torno de 70 a 100 ovos por postura
(DEGRANDE et al., 2010).
O percevejo-verde-pequeno, quando adulto, mede 9mm, como característica
possui uma listra no sentido transversal de cor marrom-avermelhada na parte do tórax,
seus ovos são escuros dispostos em massas de fileiras duplas contendo de 15 a 20
ovos, são depositados nas vagens, na parte inferior das folhas, na haste principal e
nos ramos laterais. Essa espécie possui tolerância aos inseticidas. No verão, essa
espécie pode chegar até três gerações da soja (DEGRANDE et al., 2010).
O percevejo-marrom é uma praga chave na cultura da soja em muitos lugares
do Brasil principalmente em regiões mais quentes. Os ovos dessa praga são
depositados sobre as folhas e vagens, sua eclosão ocorre com cerca de 7 dias ou
menos. Para o desenvolvimento completo deste inseto, ou seja, da fase ninfa até a
fase adulta tem duração de até 38 dias. Vale ressaltar que este inseto pode colonizar
a soja nas fases V6-V8, nessa época, saem da diapausa, ou então, dos hospedeiros
alternativos. Dessa forma, a sua população tende a aumentar provocando danos no
período R5.1-R6, ou seja, no período de enchimento dos grãos (RIBEIRO et al., 2016).
A intensidade dos danos que são causados pelos percevejos, dependerá da
espécie como também do estádio de desenvolvimento da planta. Nas fases R5-R6
das quais são o período do enchimento dos grãos da soja, os percevejos podem ser
encontrados em maior quantidade na lavoura. Estes insetos se alimentam dos grãos
em que resulta no atrofiamento e consequentemente menor peso e baixa qualidade
(CAMPOS et al., 2019).

Figura 12: Percevejo-verde (Nezara viridula); Percevejo-verde-pequeno (,


Piezodorus guildinii) e Percevejo-marrom(Euschistusheros).
Fonte: Jovenil José da Silva
45

É muito importante ressaltar que a biologia dos insetos possui uma correlação
com a oferta térmica em que quando acontecem pequenas alterações ocasionando
um aumento de temperatura ainda que seja mínima, acontecerá a redução da duração
do ciclo do inseto, colonização mais precoce e também aumento do número de
gerações de insetos pragas, como a Agemmatalis, em certos cultivos (GAZZONI,
2012).
De acordo com Conte et al. (2014), as densidades populacionais das pragas
são descendentes das condições climáticas e do manejo adotado nas lavouras, porém
quando atingem altos índices que causem grandes danos às pragas necessitam de
um controle. O manejo integrado de pragas visa usar táticas de controle de forma
isolada ou associada junto às estratégias que consistem nas tomadas de decisão
otimizando o controle de todas as classes de pragas de uma maneira sustentável sem
a utilização exclusiva de inseticidas, também viável economicamente.
Mesmo que o MIP tenha como base muitas formas de controle de pragas, ainda
que usadas de formas integrada, as principais táticas de controle são química e
biológica. A biológica, ressalta-se sobre sua importância, pois a estratégia é feita pela
incrementação, liberação e conservação dos inimigos naturais de determinadas
pragas podendo ser parasitoides, predadores e também microrganismos dos quais
são capazes de deter esses insetos invasores, evitando maiores perdas e danos na
plantação tendo como principal vantagem, não permitir a existências de resíduos
tóxicos no ambiente (OLIVEIRA e ÁVILA, 2010).
O desconhecimento sobre as vantagens do controle biológico da soja ainda é
um problema atual, associado ao fato de que em grande parte o agente de controle
possui um pequeno tamanho que dificulta na sua visualização e o seu efeito benéfico,
infelizmente não é nem visto e nem percebido pelos agricultores. Portanto, a
divulgação de informações sobre a importância e os benefícios desse método de
controle é muito relevante, pois os produtores rurais poderão estar mais cientes ao
acesso às tecnologias resultando na redução de produtos químicos, redução no custo
da produção da cultura, como também menores proporções e intensidades dos riscos
de contaminação na água e no solo (SIMONATO et al., 2014). A amostragem é um
método utilizado para que possa ser feita a verificação da população de pragas e
também dos inimigos naturais existentes numa lavoura em que os mais utilizados
pelos agricultores nas propriedades são a rede entomológica e o pano-de-batida (DOS
SANTOS et al., 2016).
46

Os autores ainda relatam que a cultura da soja é um dos maiores exemplos a


ser citado quando o assunto é sobre os programas de controle biológico podendo dar
como exemplo o programa MIP-Soja desenvolvido pela Embrapa Soja (CNPSo) -
Centro Nacional de pesquisa de soja junto a outras instituições, desenvolveu-se,
então, o uso do Baculovirus anticarsia para o controle da lagarta-da-soja.

Figura 13: Lagarta-da-soja morta por Baculovirus anticarsia


Foto: Daniel R. Sosa-Gómez.

Os vírus do Baculovírus são os mais estudados por possuírem maior facilidade


de serem encontrados na natureza como também a sua capacidade de causar
epizootias no campo do qual ajuda no controle do nível populacional dos insetos,
deixando-os abaixo do nível de danos econômicos. Esses vírus possuem muitas
vantagens com relação ao uso dos inseticidas químicos em que seu manuseio pode
ser feito pelo MIP. Uma de suas vantagens é a sua alta especificidade com relação
ao hospedeiro não sendo prejudicial aos insetos benéficos presentes, outra vantagem
desses patógenos é a boa persistência ao ambiente e, por fim, é que podem ser
produzidos no insetos-hospedeiro, em que dispensará a mão-de-obra intensiva e
consequentemente terá menos custos (PESSÔA, 2012).

2.4.8 Doenças

A cultura da soja é de grande importância para o Brasil onde o terror dos


agricultores está relacionado às doenças da soja que trazem perdas na produtividade
da cultura e aumento nos custos de produção. Muitas doenças já foram identificadas,
47

sua importância econômica dependerá das condições edafoclimáticas de cada região


onde a cultura for implantada (TONNELO, 2017).
As doenças estão classificadas entre os principais fatores que limitam e
prejudicam o rendimento e produção da cultura. São especificamente 40 doenças
causadas por fungos, bactérias, vírus e nematoides que já forem identificados no
território brasileiro, em que os danos registrados anualmente podem chegar a cerca
de até 20%, porém existem doenças que podem prejudicar a produção e ocasionar
danos de até 100% (HENNING et al, 2014).
A grande maioria das doenças sejam da parte aérea ou de solo são
ocasionadas pelo transporte ou transmissão através das sementes. É importante que
estas sejam de alta qualidade e certificadas, porém a ocorrência do uso de sementes
certificadas é baixa. No intuito de economizar são mais utilizadas as sementes
próprias, razão muito preocupante, pois em grande parte dos casos o processo de
beneficiamento das sementes é feito de forma inadequada (JUHASZ, 2013).
O tratamento químico de sementes é a forma mais utilizada para o controle
patógenos que podem se propagar pelas sementes O tratamento químico apenas
será eficiente se o produto utilizado for capaz de acabar com os patógenos presentes
nas sementes, não ser perigoso e nem prejudicial às plantas, nem para o homem e a
natureza, possuir estabilidade, aderência e cobertura, não pode ser corrosivo, não ser
de custo elevado, fácil acesso, além de ser compatível com outros produtos
(LUDWING et al., 2011).
A ferrugem asiática da soja (Phakopsora pachyrhizi) é uma das principais
doenças da cultura podendo surgir em qualquer estádio de desenvolvimento sendo
altamente destrutiva para o cultivo. A doença foi relatada pela primeira vez no Brasil
no ano de 2001, com o passar dos anos, constatou-se em todas as regiões produtoras
do país. Seus sintomas provem de pequenos pontos escuros no tecido sadio da folha,
a coloração é de tom esverdeado a um cinza-esverdeado. O melhoramento genético
é a forma mais viável para o controle dessa doença, utilizando cultivares resistentes,
porém o controle químico ainda é o mais usado e o mais eficiente (ALVES e JULIATTI,
2018).
Os fungicidas utilizados para o controle das doenças são pertencentes aos
grupos das estrobilurinas, triazois e carboxamidas. Por mais que haja cultivares que
possuam resistência genética aindaé utilizado o controle químico com o uso do uso
dos fungicidas pois a resistência genética não é totalmente efetiva principalmente do
48

fungo possuir grande variabilidade genética. Vale ressaltar que ainda não há muitas
cultivares que possuam resistência à doença e à sua utilização, mas sempre estará
associada à utilização do controle químico (MARQUES, 2014).
O fungo Rhizoctonia solani é um dos principais patógenos que atacam a cultura
da soja nas fases iniciais de desenvolvimento, é um habitante natural do solo em que
a planta se infecta através de ferimentos ou revestimento do micélio, se tornando mais
agressivo com temperaturas a cerca de 15ºC a 18ºC como também em solos úmidos.
A planta infectada possui lesões de coloração marrom avermelhada, tanto na raiz
principal quanto na base do hipocótilo das plantas jovens. Na ocorrência de grande
severidade, o desenvolvimento fica comprometido induzindo à morte da planta. Na
fase de emergência a doença produz cancros fundos nas plântulas, ocasionando o
estrangulamento e consequentemente o dampingoff de pré e pós emergência (LES et
al., 2020).
A Septoriose ou mancha-parda, causada pelo fungo Septoria glycines é uma
doença de final de ciclo, mas também ocorre no início da cultura, podendo ser de
baixa ou alta severidade. Seu desenvolvimento acontece em altas temperaturas e
umidade relativa. A planta doente apresenta machas necróticas e o halo de tom
amarelo nas folhas, pode causar desfolha prematura e uma má formação nas vagens.
É necessário muito cuidado com relação às sementes e aos restos culturais, pois o
fungo pode sobreviver em ambos os ambientes (ITO, 2013).
A antracnose (Colletotrichum dematium), é uma doença do qual o seu patógeno
produz manchas necróticas e escurecimento nas nervuras, afeta diretamente o
desenvolvimento da planta do qual pode ser agravado se o patógeno estiver sob
condições favoráveis para o seu desenvolvimento tais como as altas temperaturas de
28ºC a 34ºC, altos índices pluviométricos principalmente nos estágios finais da cultura.
As sementes podem ser as principais fontes de inoculo do patógeno. Quando
infectadas, possuem manchas deprimidas de cor castanho-escuro e as plantas que
forem originárias podem apresentar necrose dos cotilédones que consequentemente
se estendem para o hipocódilo e assim ocorre tombamento. Vale ressaltar que a
doença também pode ser transmitida pela parte aérea da planta (MENDES et al.,
2014).
A mancha-alvo (Corynespora cassiicola) é uma doença do qual seu
desenvolvimento acontece nas temperaturas em torno de 18ºC, 20ºC e 30ºC como
também sob elevados teores de umidade. Seus sintomas podem ser notados nas
49

folhas com pequenas pontuações de cor amarela progredindo para manchas maiores
de cor castanha em que se formam anéis no centro é necrótico envolvido por um halo
de cor amarela, semelhante a um alvo, daí veio o nome da doença. O patógeno pode
sobreviver a restos culturais, sementes e outras plantas hospedeiras, então, é de
suma importância cuidados nos sistemas de manejo de plantio direto com relação às
coberturas utilizadas para a implementação da cultura (COSTA, 2020).
O mofo-branco (Sclerotinia sclerotiorum) é uma doença de grande risco
produtivo nas lavouras e o seu desenvolvimento se torna mais propício a temperaturas
muito baixas e altos índices umidade, o florescimento é a melhor fase do
desenvolvimento da doença, mas pode infectar qualquer parte da planta. Ao ser
infectada, a planta tende a apresentar sintomas na área foliar de murcha e seca das
folhas, podridão aquosa na haste, com tom de verde-claro que muda para o tom de
castanho-avermelhado, mas seu principal sintoma é a formação de micélios brancos
bem visíveis que podem se espalhar rapidamente. O fungo sobrevive aos restos
culturais e no solo permanecendo durante anos podendo causar problemas para
culturas futuras (ARRUDA, 2014).
Depois que a doença infesta, toda a área praticamente se torna impossível a
erradicação do fungo naquele local é, então, a principal medida de controle a
prevenção da doença, ou seja, evitar que a mesma chegue à lavoura. Quando a
doença é constatada na propriedade é importante que seja feita o manejo integrado
no intuito de reduzir o número de inóculo por área. O uso de sementes sadias e o
tratamento de sementes com fungicidas são as melhores alternativas para medidas
de controle (PAULA JUNIOR et al., 2014).

2.4.9 Plantas daninhas

A interferência ocasionada pelas plantas infestantes é um dos fatores mais


importantes e limitantes com relação à produtividade e qualidade dos produtos
agrícolas. A intensidade da interferência é variável de acordo com as suas
circunstâncias, mas é definido de acordo com resultados dos prejuízos que foram
causados pela comunidade das plantas daninhas seja diretamente pela competição
entre plantas com relação à absorção de água e nutrientes, fatores alelopáticos,
50

interferência na colheita, ou então de forma indireta, podendo hospedar pragas e


patógenos causadores de danos na cultura (VITORINO, 2013).
De acordo com Minozzi et al. (2016), quando a cultura da soja atinge cerca de
10 a 50 dias da sua emergência, é nesse tempo que a planta está mais sensível e
sujeita à competição com as plantas daninhas. Então, desenvolveu-se a soja tolerante
ao glifosato denominada de RR, essa tecnologia foi rapidamente pelo agricultor.
Apenas no Brasil na safra de 2011/2012, cerca de 87% de todo o cultivo da soja,
utilizou-se essa tecnologia. O uso se torna possível com relação ao do glifosato
quando é feita após a emergência das plantas do qual mostra como uma nova
alternativa de controle com relação à eficiência, funcionalidade, viabilidade econômica
sem se esquecer do mais fácil manejo.
Atualmente, as daninhas que possuem resistência ao glifosato preocupam
bastante os produtores em suas lavouras. Dentre as espécies, podem-se citar como
exemplos das que possuem resistências a Buva (Coniza Bunariensis), Leiteira
(Euphorbia heterophylla), Poaia (Richardia Brasiliensis), Azevém (Lolium Multiflorum)
e Corriola (Ipomoea Sp.) (MINOZZI et al., 2016). Essa resistência aos herbicidas pode
ser caracterizada por uma resistência herdável em que a planta consegue sobreviver
mesmo após a exposição ao produto químico. Para que haja prevenção desse
problema, é importante que se tenha conhecimento do mecanismo de ação do qual
será utilizado, não apenas isso como também é viável que seja feita a rotação de
culturas, uso de equipamentos devidamente higienizados evitando assim a
disseminação de sementes, redução e monitoramento de plantas suspeitas de serem
resistentes antes da multiplicação são também fatores indispensáveis que auxiliam no
manejo das plantas daninhas resistentes (BARROS, 2011).
A seleção dos biótipos das plantas invasoras resistentes aos herbicidas pode
ser influenciada pela intensidade do uso, eficiência junto à sua persistência,
especificidade do mecanismo de ação, baixa eficiência dos métodos de controle
alternativos comparados com os químicos. Assim, vale levar em consideração que as
práticas agronômicas como rotação do mecanismo de ação do herbicida, a rotação
de culturas e associação de métodos de controle devem são essenciais e precisam
ser adotadas para poder diminuir a ocorrência dos casos de resistência aos herbicidas
(ULGUIN et al., 2013).
51

2.4.10 Colheita e pós-colheita

A colheita é muito importante no processo produtivo da soja principalmente pelos riscos


que a lavoura está destinada, pois o processo é muito delicado, é fundamental fazê-la no momento
adequado. Antes de tudo para que se possa, então reduzir as perdas, é indispensável que se
saibam as causas podendo ser físicas ou fisiológicas tais como: topografia e superfície do solo,
cultivares não adaptadas, retardamento da colheita, umidade, inadequação do espaçamento e da
densidade (LORINI et al, 2020).
A colheita deve ser efetuada próximo do ponto da maturidade fisiológica das
sementes, no momento em que seu grau de umidade e as condições climáticas do
local favorecerem. As sementes do campo, na maioria das vezes, possuem teor de
água incompatível com o manuseio e armazenamento, precisando do processo de
secagem artificial (DA SILVA et al., 2011).
O processo de maturação de uma semente possui diversas alterações morfológicas,
fisiológicas e funcionais. No processo de formação e maturação, verifica-se se há alterações de
massa da matéria seca, o grau de umidade, tamanho, germinação e o vigor sendo que a qualidade
de uma semente se dá e é observada no estádio da maturidade fisiológica na soja ocorre no
estádio R7. Este é importante, pois nesse estágio, a semente não possui mais dependência
fisiológica da planta e, a partir disso, sofre mais influência das condições ambientais (LAMEGO et
al., 2013).
O grau de umidade é um importante fator contribuinte para a perda de qualidade das
sementes em que quando ocorre de forma mecanizada, as sementes colhidas que possuam alto
teor de umidade tem um decréscimo na sua viabilidade. As que possuem baixo teor de umidade
também sofrem perdas na sua qualidade, pois ficam sujeitas ao trincamento que irá refletir no
rompimento dos tecidos contribuindo também para a perda de viabilidade. É importante que, para
a realização da colheita mecanizada, o teor de umidade das sementes esteja entre 12% a 14%.
(DE CARVALHO & NOVEMBRE, 2012).

Figura 144: Sementes de soja com sintomas de deterioração por umidade. À esquerda:
sementes secas com enrugamento; no centro: sintoma
Fonte: José de Barros França-Neto
52

O processo de secagem é uma das principais operações a serem feitas no período de pós-
colheita dos grãos, pois pode possibilitar um melhor e seguro armazenamento por um período
mais longo de tempo. No decorrer do processo retira-se a água, promovendo alterações nas
caraterísticas físicas como também mudanças qualitativas indesejáveis (coloração, oxidação,
trinca/ou quebra dos grãos), esse processo também irá minimizar os riscos da venda do produto
(BOTELHO, 2015).
A secagem feita quando a colheita dos grãos é realizada antes do prazo indicado ou
quando são colhidos com alta umidade acarreta num fator crítico de danos. Essa etapa conduzida
de forma inadequada ou a falta da mesma é uma das principais causas de deterioração dos grãos
durante o armazenamento (REGINATO et al, 2014).
Esse processo de secagem pode ser feito de forma natural ou artificial, mas a escolha
dependerá do volume das sementes. Feitas de forma natural, as sementes serão secadas por
radiação solar e o vento como mediador nos grãos em campo. Na forma artificial, a fonte de calor
é vinda dos aparelhos mecânicos ou elétricos. O uso desses métodos é imprescindível para
manter a qualidade, porém o método e o tipo do secador do qual será utilizado irá depender do
nível de produção, das condições do ambiente e a qualidade desejada (PEREIRA e DAMACENO,
2015).
Os parâmetros que devem ser analisados são a temperatura do ar e o tempo de secagem.
Por conta deste processo, é imprescindível que haja uma procura de alternativas de secagem que
possuam menor custo visando aos desperdícios que podem acontecer durante o cultivo além dos
sistemas que diminuam a degradação ambiental como também aqueles que promovem maior
eficiência energética no momento da secagem (PEREIRA e DAMACENO, 2015).
Uma semente de qualidade é adquirida de acordo com os resultados das condições do
seu cultivo no campo, após a colheita, as sementes possuem, no meio dos lotes, materiais
indesejáveis que precisam ser removidos para facilitar e obter melhor rendimento na secagem,
armazenagem e posteriormente a semeadura. Nesse processo conhecido como beneficiamento;
utilizam-se equipamentos para a separação dos materiais considerados indesejáveis e transporte
de sementes diminuindo danos mecânicos não causando misturas (CONRAD, 2016).
O beneficiamento de sementes possui grande relevância na produção de sementes de
qualidade, é feito um conjunto de operações que a semente é submetida desde a sua recepção
da unidade de beneficiamento até as etapas de embalagem e distribuição. Estes processos visam
melhorar as características físicas do lote das sementes. O caminho que a semente percorre
durante esse processo é longo e geralmente são causadas injúrias mecânicas provocadas pelo
manuseio onde dão abertura a agentes patogênicos (DA SILVA et al., 2011).
53

Os equipamentos de transporte, secagem, limpeza e classificação devem fazer com que


as sementes tenham fluxo contínuo, desde a chegada até o embarque e distribuição. A sequência
do arranjo dos equipamentos não deve afetar a qualidade das sementes, é importante o descarte
de poeiras e matérias indesejáveis retiradas nas operações de limpeza e classificação de
sementes (REGINATO et al., 2014).

Figura 15:Sequência da unidade de beneficiamento da soja


Fonte:(Budet e Vilela, 2007).

Para o beneficiamento das sementes de soja, utilizam-se os equipamentos de pré-limpeza,


secador, máquina de ar, separador de espiral, padronizadora por largura e a mesa de gravidade.
As sementes colhidas são enviadas para a UBS, onde passam pela máquina de pré-limpeza para
retirar as impurezas. Para redução do grau de umidade, as sementes são enviadas a um secador.
Em seguida, são passadas pela máquina de ar ou pela de pré-limpeza que separará as sementes
por tamanho além de completar a operação de remoção das impurezas, logo após as sementes
seguem para o separador em espiral separando as sementes de acordo com sua forma
(FRANÇA-NETO et al, 2016).
Depois que saem dos espirais, as sementes vão para o padronizador, equipamento de
peneiras planas de furos em forma de círculo, classificam a semente pelo tamanho. Assim que for
padronizada por tamanho, a semente passará pela mesa dessimétrica que separará a semente
menos densa, de menor vigor. Estes materiais indesejáveis encontrados nos lotes das sementes
também precisam ser removidos até a etapa final de produção da semente (FRANÇA-NETO et
al., 2016).
O armazenamento de sementes é um dos fatores mais importantes no quesito de
qualidade, pois essa etapa é fundamental para a característica fisiológica e nutricional das
sementes. O período de armazenagem de grãos pode levar alguns meses podendo prolongar
para anos, é de grande importâncias que os produtos estejam armazenados em locais adequados
54

Esse processo precisa ser compatível com as características e a quantidade das sementes, pois
assim será possível haver melhor controle e manejo no período em que as sementes estão
armazenadas (DE LIMA et al., 2013)
Quando as sementes de soja são mantidas em condições de armazenamento com
temperaturas entre 20 a 25 °C, e umidade relativa do ar de 65 a 70%, auxilia na permanência de
germinação por um período de 6 a 8 meses. Em condições mais drásticas com temperaturas não
recomendadas, ocorrem quedas de germinação em um período menor, de 60 a 90 dias. Podendo
ser ainda mais curto, dependendo dos níveis iniciais de vigor e as condições de temperatura e
umidade relativa do ar no período de armazenamento (KAEFER et al., 2019).
55

3 METODOLOGIA

O estudo científico abordado trata-se de uma revisão integrativa da literatura


com abordagem qualitativa, elaborado no Centro Universitário AGES, em
Paripiranga/Bahia. A revisão integrativa consiste numa metodologia que proporciona
sintetizar os resultados de pesquisas de algum tema em questão de uma forma mais
organizada e abrangente, ou seja, traça uma análise do conhecimento já existente em
outras pesquisas feitas, gerando novos conhecimentos que são pautados em outros
trabalhos (BOTELHO et al., 2011).
A produção da monografia aconteceu entre os meses de agosto a novembro
de 2021. Utilizaram-se os seguintes descritores: “estresse hídrico na cultura da soja”,
época de semeadura para o cultivo da soja”, “tecnologia de sementes”, “manejo
fitossanitário na cultura da soja”. No período da produção, foram realizadas pesquisas
sistemáticas diante do tema proposto do trabalho. Os limites temporais utilizados
foram de 2010-2020 onde tiveram como base de dados Scientific Electronic Library
Online (SciELLO), Base de dados de pesquisa agropecuária (BDP@), Sistema Aberto
e Integrado e Informação à Agricultura (Sabiia Embrapa) , Acesso Livre à Informação
Científica da Embrapa (Alice Embrapa) e Repositório de Informação Tecnológica da
Embrapa (Infoteca-e).
Reuniram-se 95 estudos no total na primeira seleção, destes, foram excluídos
os duplicados sobrando 64 publicações. Em seguida, houve avaliação dos títulos e
dos resumos gerando a exclusão dos estudos que não atendiam às exigências da
pesquisa sobrando 20 estudos. Estes foram analisados a leitura na íntegra, em
seguida, fez-se a exclusão dos estudos que não atendiam ao proposto nesta
pesquisa. Assim, restaram somente 11 estudos, dos quais foram reservados para a
produção dos resultados e discussões, os dados podem ser observados na tabela a
seguir:
56

Organização do processo de
aquisição dos estudos
95 estudos - Base de dados: SciELLO,
Identificação BDP@(Base de dados de pesquisa
agropecuária0, Sabiia Embrapa, Alice Embrapa
e Infoteca-e.

Após exclusão de estudos repetitivos restaram


Triagem 64 publicações. 23 estudos permaneceram
posterior a apreciação de titulos e leitura dos
resumos.

4 1 e s t u d o s n ã o v e r s a v a m s o b r e o tema
Elegibilidade correspondente ao pesquisado após leituras
dosresumos.

Incorporação 20 estudos analisados após leitura completar e


exclusão dos que não satisfaziam aos
objetivos. 11 estudos reservados apenas para
os resultados e discussões.
Tabela 3: Organização do processo de aquisição dos estudos.
Fonte: Dados do autor (desenvolvido em 2021).
57

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Na tabela a seguir serão apresentadas as características dos artigos utilizados,


demonstrando dados analíticos, informando títulos, autores/anos, métodos e
conclusões dos documentos que foram selecionados para elaboração desta etapa.
Dessa forma, com a aplicação de uma análise sintetizada, é possível verificar as
principais contribuições dos autores em relação ao tema do trabalho.

Títulos dos Autores/Anos Métodos Conclusões


estudos
Risco climático (Monteiro et al., A metodologia É indicado
para soja no 2015). usada no seguinte aumento de
Brasil em estudo fez-se com temperatura em
cenários de um cálculo da todo território
mudanças estimativa da nacional, redução
climáticas no disponibilidade nas precipitações
período 2011- hídrica para a resultando um
2040 cultura da soja agravamento das
utilizando o restrições hídricas
aparelho de modelo para a produção
Bipzon. Foram agrícola no futuro.
realizadas A região
simulações para os semiárida é
ciclos de cultivo, a considerada de
partir dos resultados alto risco se
das simulações, fez- estendendo por
se o índice de todos os estados
satisfação das do Nordeste por
necessidades de conta dos poucos
água e também o meses de chuva e
mapa de risco. altos índices de
elevadas
temperaturas, ou
seja, regiões das
quais já possuem
problemas com
temperaturas e
ocorrências das
chuvas são as que
mais sofrerão com
as consequências
das mudanças
climáticas.
58

Efeito do (Oliveira et al., Estudo feito a partir Percebeu-se que


Estresse Hídrico 2020). de experimentos o déficit hídrico
em Cultivo de utilizando uma causou perdas na
Soja cultivar de soja a produção de todo
EMBRAPA o ciclo, diminuindo
BRS7581 RR a a área foliar como
submetendo ao também
estresse ao hídrico rendimento.
em diferentes Ainda, concluiu-
níveis. se que pode
utilizar déficits de
até 50% da ETc
sem que afetem a
produtividade
Efeito do (Correia et al., Estudo experimental De acordo com os
estresse hídrico 2018). de campo utilizando estudos e os
nas fases cinco tipos de experimentos
vegetativa e genótipos (1Ea15, feitos, o estresse
reprodutiva da 2Ha11, 2la4, BR16 hídrico na fase
soja sobre o e BR184) da cultura reprodutiva da
rendimento de da soja com e sem cultura reduz a
grãos genes de tolerância produção de
à seca para que grãos da mesma
possam determinar em todos os
a influência do genótipos
regime hídrico da estudados, porém
qual estão alguns genótipos
condicionadas ao sofrem mais com
campo. o estresse que
outros. Pode-se
concluir que há
genótipos mais
resistentes com
relação a menor
disponibilidade de
água para a
cultura. Tal fato
não significa que
esteja isento às
consequências
com relação ao
rendimento,
porém os
genótipos mais
resistentes são os
mais indicados
para as
localidades com
menor índices
pluviométricos
59

valendo ressaltar
que, ainda assim,
a cultura com este
genótipo
necessita de um
correto manejo e
atenção desde o
início da
produção.

A importância da (Silva e Aguila, Este trabalho se trata A época de


época de 2020). de uma revisão de semeadura é um
semeadura para o literatura do tipo dos principais
sucesso da narrativa. Esse tipo fatores que possui
cultura da soja de revisão não efeito no sucesso
utiliza uma da produtividade
metodologia definida da soja com
para o grande influência
desenvolvimento no
onde fica a escolha desenvolvimento
dos autores, a da cultura.
identificação e a Semeaduras feitas
seleção dos seus fora de época
estudos para a podem afetar o
análise de porte da planta,
interpretação e uma seu ciclo e
adequada consequentemente
fundamentação seu rendimento,
(CORDEIRO et al., acarretando
2007). aumento das
perdas de
produção.
Efeitos da época (Cruz et al., A metodologia deste O cultivo feito em
de semeadura 2010). trabalho foi a base de épocas
sobre a experimentos feitos preferenciais da
composição em campo cultura tenderam a
química e a experimental, aumentar os teores
produtividade de utilizando cinco de óleo e reduzir os
grãos de diversas cultivares de soja teores de proteína,
cultivares de soja (Msoy 8411, BRS aqueles de
no Oeste da Corisco, BRS 263, semeadura tardia
Bahia BRS Barreiras, Msoy não obtiveram
9350) em quatro resultados maiores
repetições para para a soja no
avaliar seus teores Oeste da Bahia.
de óleo e proteínas. Os teores de
60

proteínas e óleo
encontrados na
semente de soja
podem ser
influenciados pelo
ambiente do qual
está inserido
dando destaque na
fase do
enchimento de
grãos onde a
exposição da
cultura da soja em
determinadas
épocas expõe a
planta ao estresse
ambiental no
campo.
Desempenho de (Conceição et al., O estudo foi feito de O tratamento
plântulas e 2014). forma experimental adequado das
produtividade de com duas etapas sementes
soja submetida a com experimento em proporciona
diferentes laboratório e em melhor e maior
tratamentos campo utilizando três qualidade
químicos nas cultivares de soja fisiológica da
sementes precoce (NA 4823 planta a
RG, BMX Turbo RR protegendo contra
e Fundacep 62 RR) patógenos. Com
submetidas a os resultados dos
diferentes estudos,
tratamentos. percebeu-se que
as sementes
tratadas com
fungicida e
inseticida e
micronutrientes
não tiveram efeitos
tóxicos nas
sementes, maior
proteção das
sementes no
campo, é eficiente
no controle dos
patógenos como
também não
obtiveram efeitos
significativos com
relação à
produtividade.
61

Eficiência (Henning et al., Fez-se um Os rendimentos


agronômica do 2015). experimento com dos grãos foram
tratamento de tratamento de afetados com
sementes de soja sementes na cultivar relação às
com fungicidas, BRS 359 RR em condições de seca
inseticida e laboratórios, casa de e temperaturas
bioestimulador. vegetação e em elevadas na fase
campo. do enchimento de
grãos da soja mas
foi retratado
diferença de
estatísticas com
relação aos
tratamentos.
Conclui-se que,
dentre os vários
produtos utilizados
no experimento, o
Broadacre® CMZ e
o Braodacre®
Extra não afetaram
a fase da
emergência e o
desenvolvimento
das plântulas, não
caracterizado com
um problema e nas
condições de
estresse hídrico
não foram vistos
efeitos
significativos com
relação ao
enchimento de
grãos, não sendo
um resultado
diferente dos
demais se tratando
das condições de
estresse já que
todos os
experimentos
tiveram seu
rendimento
afetado.
62

Influência do (Serra et al., Desenvolveu-se um A utilização do


glifosato na 2011). experimento em glifosato afeta a
eficiência casa de vegetação fixação biológica
nutricional do utilizando a cultivar do Nitrogênio em
nitrogênio, de soja a ‘P98R31 cultivares RR por
manganês, ferro, RR’ das quais as causa da
cobre e zinco em sementes foram intolerância das
soja resistente inoculadas por duas bactérias ao
ao glifosato. bactérias. A ingrediente ativo
aplicação do causando
glifosato foi feita no diminuição dos
estádio V3 e a coleta teores de massa
dos resultados no seca dos nódulos
estádio V8. em que a massa
seca diminui a
partir do aumento
da dosagem de
glifosato.
A importância da (Alves e Aguila, A metodologia do A fixação biológica
fixação biológica 2020). trabalho procedeu de nitrogênio é
para a cultura da de uma revisão de importante porque,
soja literatura narrativa. com o seu uso, são
Esse tipo de revisão alcançados bons
não utiliza uma índices produtivos
metodologia definida com menor custo
para o de produção além
desenvolvimento em que o ambiente
que fica a escolha também é
dos autores a favorecido.
identificação e a
seleção dos seus
estudos para a
análise de
interpretação e uma
adequada
fundamentação
(CORDEIRO et al.,
2007).
63

Fixação (Cerezini et al., Experimento As condições de


biológica de 2012). realizado na estresse hídrico
nitrogênio em Embrapa Soja sob influenciaram e
genótipos de condições comprometeram
soja com controladas, as plantas de
diferentes níveis utilizando cinco genótipo padrão
de tolerância ao genótipos de soja acarretando
estresse hídrico dos quais três menores acúmulos
genótipos possuíam de N na área foliar
maior tolerância e da planta diferente
manter FBN em dos genótipos dos
condições de seca quais a capacidade
os outros dois de manter a
submetidos com e fixação biológica
sem indução ao submetidos à seca
estresse hídrico. demostrando
maior resistência
quando há fatores
adversos no
ambiente.
Comparação do (Lucas et al., O inventário do O manejo
desempenho 2018). sistema integrado tanto de
ambiental da convencional pragas quanto o de
soja em sistema cinstruiu-se por meio doenças é a
convencional e de consultas a melhor alternativa
em manejo produtores da de manejo, pois
integrado de microbacia do tende a diminuir o
pragas e de Ribeirão Lagosta, no uso dos
doenças (mip- município de agrotóxicos,
mid) por meio da Rolândia – PR, e o consequentemente
metodologia de inventário do tende a melhorar o
avaliação do sistema MIP-MID, desempenho do
ciclo de vida feito por meio de ambiente para o
(ACV) dados obtidos junto cultivo da soja
ao programa valendo ressaltar
estadual de boas da importância da
práticas agrícolas. escolha correta de
insumos para
poder ajudar no
desempenho
ambiental.
Tabela 4: Analítica para amostragem das 11 publicações reservadas para os resultados e discussões.
Fonte: Criação do autor (Produzido em 2021).
64

De acordo com os estudos e exploração dos documentos, verificou-se a


sensibilidade da cultura da soja em resposta às condições ambientais da qual a cultura
está inserida, nota-se o quanto o desenvolvimento da planta é afetado para alcançar
boa produtividade. De acordo com as análises feitas por Monteiro et al., (2015), as
mudanças climáticas afetam todo o planeta trazendo grandes danos e na agricultura
não é diferente, pois os efeitos dessa mudança alteram a produtividade agrícola. A
área em estudo deste trabalho está localizada na região Nordeste no polígono das
secas, ou seja, é uma área semiárida nordestina, regularmente enfrenta problemas
de estiagem. Regiões que já possuem problemas com regularidade das chuvas e
temperaturas mais elevadas são as que mais sofrem com os efeitos do aquecimento
global em que agravam ainda mais as condições climáticas já existentes na região,
assim, dificultando as atividades agrícolas decorrentes de cada localidade.
Comparando com os estudos de Monteiro et al., (2015); Henning et al., (2015);
conceição et al., (2014), tais mudanças climáticas decorrentes dos efeitos do
aquecimento global poderão causar impactos no cultivo dos grãos de soja, por ser
uma cultura sensível a elevadas temperaturas e a poucos índices pluviométricos. Tais
mudanças climáticas causarão variações entre clima e temperatura. Tornam-se
importante os avanços tecnológicos e a utilização destes na lavoura, das quais
auxiliem no desenvolvimento da cultura em ambientes e situações adversas podendo
citar a tecnologia de sementes vinculadas às estratégias e conhecimentos existentes
para melhor e correto manejo da cultura.
Os autores Oliveira et al., (2020); Correia et al., (2018) demonstram que cultura
da soja é bastante afetada pelos fatores hídricos. As áreas que não possuem irrigação
ficam dependentes dos fatores ambientais principalmente com relação às variações
das distribuições de chuvas sendo então um dos fatores que acarretam riscos na
produção, valendo ressaltar que no período reprodutivo e do enchimento de grãos as
plantas da soja sofrem maiores danos. Para que os danos causados por esses fatores
sejam menores, são produzidas cultivares que tenham melhores adaptações nos
demais ambientes De acordo com o resultado dos estudos desses autores, em ambos
experimentos, as cultivares estudadas tiveram interferência em seus
desenvolvimentos com relação ao estresse hídrico, obtiveram menor número com
relação ao rendimentos dos grãos sendo que dentre as cultivares umas se
sobressaíram mais que outras, ainda que estando sob déficit hídrico mostrando maior
65

tolerância em situações de escassez de água. Deve-se considerar que mesmo


possuindo maiores tolerâncias ao déficit hídrico, essas cultivares não ficam isentas
das interferências causadas por essas condições.
Silva e Aguila, (2020) demonstraram em seu trabalho que outro fator de
extrema importância para o sucesso do cultivo da soja está relacionado às épocas de
semeadura isso porque quando a cultura é semeada dentro do período indicado, o
seu comportamento reagirá de forma positiva com os fatores ambientais. As fases de
germinação e emergência das plântulas acontecem de melhor forma quando a época
de semeadura se concilie e coincida com o período do ano de determinada região
para obter melhor e maior probabilidade de armazenamento de água. Se tratando das
fases reprodutivas e do enchimento de grão não é diferente ambas precisam de uma
boa distribuição pluviométrica no decorrer do desenvolvimento junto com os níveis
adequados de temperatura e radiação solar.
No trabalho de Cruz et al. (2010), constata-se que não apenas o seu rendimento
como também os teores de óleo e proteína dos grãos podem ter herança por conta da
sua genética, porém são bastante influenciáveis pelos fatores do ambiente. A soja
cultivada em determinada época pode ser exposta ao estresse no campo
principalmente em uma fase especifica da qual exerce maiores exigências podendo
durar em todo o processo de cultivo. Concluiu-se que, as semeaduras feitas no
período exigido, promovem aumentar os teores de óleo e diminuem os teores de
proteína diferente das semeaduras tardias que não tiveram maiores produtividades.
Os estudos de Conceição et al., (2014) corroboram que o tratamento de
sementes traz benefícios ao que se refere sobre a qualidade de cultivo e a proteção
contra patógenos indesejados. Plantas destinadas a campo com suas sementes
tratadas com fungicidas e polímeros possuem bons resultados com relação à proteção
das sementes e plântulas como também para o estabelecimento e manutenção do
estande, porém podem ocorrer resultados sem tanta relevância com relação à
produtividade, pois as condições ambientais da qual a cultura foi inserida podem afetar
o seu processo em seu tempo no campo. Quando há períodos de estiagem não
havendo condições favoráveis, pode ocorrer retardamento da emergência das
plântulas, consequentemente, as sementes ficam sujeitas à exposição ao ataque de
patógenos indesejados mostrando a ação do tratamento naquela situação. Por essa
razão, no intuito de proteger as sementes contra contras demais adversidades, os
produtos fitossanitários como os fungicidas, inseticidas são aplicados nas sementes.
66

Os autores Conceição et al., (2014); Henning et al., (2015) abordam análises


semelhantes no decorrer dos seus estudos sobre a utilização do tratamento de
sementes sob condições favoráveis para o desenvolvimento da cultura, a qual
contribui para a germinação e também a emergência de plântula pode não haver
respostas positivas com relação aos tratamentos podendo apresentar fitotoxidade,
mas submetidas há campo sob condições ambientais desfavoráveis, as respostas se
tornam maiores. O rendimento dos grãos ainda é influenciado pelas condições
térmicas e pluviométricas, assim como sua qualidade genética que possui duas fases
críticas e ocorre da semeadura até a emergência; a segunda é a floração e o
enchimento de grãos. Se em quaisquer dessas fases houver um déficit hídrico,
ocorrerão problemas no desenvolvimento e rendimento.
Nos estudos feitos por Alves e Aguila, (2020); Cerezini et al., (2012), o
nitrogênio é essencial para o desenvolvimento da soja, atua no incremento da
fitomassa, é o nutriente mais demandado para o alcance de altas produtividades. A
fixação biológica do Nitrogênio é prejudicada com a aplicação do glifosato, pois os
microrganismos fixadores desse nutriente, os Bradyrhizobium possuem a enzima
EPSPS, suscetível ao glifosato e em altas doses afeta o crescimento e possivelmente
a morte. Outro fator que pode prejudicar a fixação biológica desse nutriente está
correlacionado aos fatores ambientais dando destaque às temperaturas, pois quando
muito altas, afetam a sobrevivência das bactérias. É primordial conciliar e utilizar
genótipos que possuam capacidade de manter a fixação biológica como também
possuam tolerância ao estresse hídrico e altas temperaturas para que não haja a
inibição da translocação e assimilação do N-ureído na parte área, nos nódulos inibindo
a atividade nitrogênas e resultando em menores quantidades de Nitrogênio essenciais
na planta.
Por meio de inventário e pela consulta com outros produtores, o estudo de
Lucas et al., (2019) pode reafirmar que o manejo e controle fitossanitário nas
produções agrícolas sempre foi algo preocupante devido aos riscos trazidos ao meio
ambiente com a utilização de produtos químicos que possuem toxidade. O manejo
integrado de pragas e doenças é essencial para a sustentabilidade, assim,
melhorando o desempenho ambiental. Tratamentos feitos de forma convencional
tendem a utilizar níveis elevados de agrotóxicos como também maiores quantidades,
sua utilização na lavoura pode afetar o desempenho ambiental como destaque o solo
e a água. Combinados com os fatores ambientais o uso de tratamentos convencionais
67

pode acarretar na resistência dos inimigos da lavoura dificultando ainda mais o


controle. As técnicas de manejo integrado tanto para doenças quanto para as pragas
é o melhor meio de controle para ajudar e contribuir no desempenho ambiental no
cultivo da soja visando compreender e saber fazer a escolha e o uso de insumos.
68

5 CONSIDERAÇOES FINAIS

A construção deste trabalho de conclusão de curso, em seu início, houve


muitas fontes de pesquisa e publicações devido à cultura da soja ser um tema diverso
e seu cultivo ser de grande demanda justamente por ser uma das principais culturas
do país, pois os produtos são responsáveis pelo crescimento do agronegócio,
principalmente na economia.
Existem diversos fatores de produção e técnicas de manejo que influenciam no
desenvolvimento da soja. É salutar entender e saber como esses fatores influenciam
e afetam a cultura para alcançar bons resultados no final. O município de Ribeira do
Pombal-BA é uma região localizada no sertão nordestino, já conhecido pelo baixo
índice pluviométrico e altas temperaturas durante todo o ano. Evidencia-se que o
município apresenta certas variações pluviométricas decorrentes com o passar dos
anos das quais em alguns dados obtidos o índice pluviométrico diminui. A cultura da
soja precisa de 450 a 850mm por ciclo. De acordo com os dados obtidos, o município
atende à demanda da necessidade hídrica que a planta exige, porém deve-se levar
em consideração os fatores das mudanças climáticas decorrentes em que há
inconsistência da quantidade de chuvas.
No ano de 2020, o índice pluviométrico decaiu para 315,5mm, ressaltando que
nos períodos chuvosos do município não houve incidência de chuvas mostrando a
inviabilidade da introdução da cultura naquele ano. O fenômeno do aquecimento
global em que as regiões das quais mais possuem problemas correlacionado com
pouca quantidade de chuva e elevadas temperaturas tendem a sofrer mais com esse
fenômeno que prejudica tanto no setor de produtividade agrícola quanto no setor
econômico.
Evidencia-se a importância do conhecimento da cultura e do seu
comportamento diante o ambiente, a soja é uma cultura de metabolismo C3
significando que possui grande necessidade de demanda hídrica para poder
desempenhar todo seu potencial produtivo principalmente no seu desenvolvimento
inicial, floração e enchimento de grãos, assim, sensível à falta de água como também
a temperaturas elevadas.
De acordo com os dados obtidos e estudados, a implantação da cultura da soja
se torna viável ao município dependendo das condições ambientais que oferece. Seria
69

de boa escolha que seja feito um cultivo de forma irrigada para que, no manejo de
irrigação, possa fazer como um meio de manutenção, pois a cultura não suporta
estresse hídrico constantes nas três primeiras fases se tornando uma opção a
manutenção hídrica na fase de floração ou enchimento de grãos das plantas para que
assim não haja perdas de produção.
Para tal, o produtor necessitaria de um poder aquisitivo maior com relação ao
cultivo da soja tanto para o manejo da cultura quanto para a aquisição de sementes
de boa qualidade e variedades tolerantes ao déficit hídrico, mas vale ressaltar da
aquisição do conhecimento sobre o desenvolvimento e comportamento da cultura no
ambiente para que assim possa-se fazer o manejo mais adequado.
70

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