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Determinantes
I. Introdução
A teoria dos determinantes teve origem em meados do século XVII, quando
eram estudados processos para resolução de sistemas lineares de equações.
hoje em dia, embora não sejam um instrumento prático para resolução de siste-
mas, os determinantes são utilizados, por exemplo, para sintetizar certas expres-
sões matemáticas complicadas.
II. Definição de determinante (n 3)
Consideremos o conjunto das matrizes quadradas de elementos reais. Seja
M uma matriz de ordem n desse conjunto. Chamamos determinante da matriz M (e
indicamos por det M) o número que podemos obter operando com os elementos de
M da seguinte forma:
Exemplo:
M 5 [6] ⇒ det M 5 6.
3 ⫺1
⫽ 3 ⭈ 2 ⫺ 4( ⫺ 1) ⫽ 10
4 2
cos x sen x
⫽ cos x ⭈ cos y ⫺ sen x ⭈ sen y ⫽ cos (x ⫹ y)
sen y cos y
det M 5 a11 ? a22 ? a33 1 a12 ? a23 ? a31 1 a13 ? a21 ? a32 2 a13 ? a22 ? a31 2 a11 ?
? a23 ? a32 2 a12 ? a21 ? a33
Exemplo:
1 3 4
5 2 2 3 5 4 2 9 1 80 2 8 1 12 2 30 5 49
1 4 2
1 3 4 1 3
5 2 23 5 2
1 4 2 1 4
28 12 230 4 29 80
EXERCÍCIOS
252. Calcule os determinantes:
23 2 2 13 7 3i 1
a) 1 b) c)
2 11 5 5 2
2
sen x – cos x
b)
cos x sen x
log a log b
a) b) 2m2 2m4 2 m
1 1
m m3 2 1
2 4
255. Sendo A 5 (aij) uma matriz quadrada de ordem 2 e aij 5 j 2 i2, qual é o determi-
nante da matriz A?
b) 2x x 2 2 5 11
4x 1 5 3x 2 1
x2 2 1
50
21 x2
258. Sendo x e y, respectivamente, os determinantes das matrizes não singulares
a b 22a 2c y
e , calcule .
c d 23b 3d x
1 1 0 1 3 2 23 1 7
a) 0 1 0 b) 2 1 0 22 c) 2 1 23
0 1 1 2 5 1 5 4 2
2 log 5 5 log 5 5
261. Calcule o valor do determinante D 5 5 log 5 125 log 5 25 .
8 log 3 27 log 3 243
1 2 3
262. Se somarmos 4 a todos os elementos da matriz A 5 1 1 m , cujo determi-
1 1 1
nante é D, qual é o determinante da nova matriz?
0 3x 1
265. Determine o conjunto solução da equação 0 3 x
2 5 0.
x
4 3 3
2 sen x 2 8 25
266. Se 0 x 2π, determine o menor valor de x tal que: 0 2 sen x cotg x 5 0.
0 0 cos x
sen2 x sen2 x 0
A 5 cos2 x
2
cos y sen y ?
2
r2 0 r2
268. Chama-se traço de uma matriz quadrada a soma dos elementos da diagonal
principal. Sabendo que o traço vale 9 e o determinante 15, calcule os elemen-
tos x e y da matriz:
1 2 3
0 x z
0 0 y
III. Menor complementar e complemento
algébrico
64. Definição
Consideremos uma matriz M de ordem n 2; seja aij um elemento de M.
Definimos menor complementar do elemento aij, e indicamos por Dij, como sendo o
determinante da matriz que se obtém suprimindo a linha i e a coluna j de M.
65. Exemplos:
4 3 4
1º) Seja M 5 2 1
5 e calculemos D11, D21, D31.
3 3 2
Temos:
4 3 4
, então D11 5 1 5
5 213
2 1 5 3 2
3 3 2
4 3 4
, então D21 5 3 4
5 26
2 1 5 3 2
3 3 2
4 3 4
, então D31 5 3 4
5 11
2 1 5 1 5
3 3 2
Temos: 5 6 , então D 5 7 5 7
12
7
8
5 6
, então D22 5 5 5 5.
7
8
66. Definição
Consideremos uma matriz de ordem n 2; seja aij um elemento de M. Defini-
mos complemento algébrico do elemento aij (ou cofator de aij) e indicamos por Aij,
o número (21)i 1 j ? Dij.
Exemplo:
2 3 2 2
Seja M 5 1 4 8 e calculemos A11, A12, A13.
7 5 3
Temos:
2 3 22
, então A 5 (21)1 1 1 4 8
5 228.
1 4 8 11
5 3
7 5 3
2 3 22
, então A 5 (21)1 1 2 1 8 5 53.
1 4 8 12
7 3
7 5 3
2 3 22
, então A 5 (21)1 1 3 1 4 5 223.
1 4 8 13
7 5
7 5 3
IV. Definição de determinante por recorrência
(caso geral)
Já vimos no tópico II a definição de determinante para matrizes de ordem 1, 2
e 3. Vamos agora, com o auxílio do conceito de cofator (complemento algébrico), dar
a definição de determinante, válida para matrizes de ordem n qualquer.
5 a11 ? A11 1 a21 ? A21 1 a31 ? A31 1… 1 an1 ? An1 5 ∑ ai1 ? Ai1.
i51
67. Exemplos:
a b
1º) 5 a ? A 11 1 c ? A 21 5 a ? ( 2 1)2 ? d 1 c ? ( 2 1)3 ? b 5 ad 2 bc
c d
a b c
2º) d e f ⫽ a ⭈ A 11 ⫹ d ⭈ A 21 ⫹ ⭈ A 31 5
g h i
e f b c b c
5 a ? ( 2 1)2 ? 1 d ? ( 2 1)3 ? 1 g ? ( 2 1)4 ? 5
h i h i e f
5 a(ei 2 hf) 2
d(bi 2 ch) 1 g(bf 2 ce) 5 aei 1 dhc 1 gbf 2 gce 2 dbi 2 ahf, que
coincide com a definição dada no tópico II (ver regra de Sarrus).
3 1 2 22
0 2 0 4
3º) 5 3 ? A 11 1 0 ? A 21 1 0 ? A 31 1 0 ? A 41 5
0 4 1 22 123 12 4 4 3 12 4 4 3
0 0 0
0 1 3 3
2 0 4
5 3 ? A 11 5 3 ? ( 2 1) ? 4 1 2 2 5 3 ? 62 5 186
2
1 3 3
1 2 1 1
2 1 4 3
4º) 5 1 ? A 11 1 2 ? A 21 1 3 ? A 31 1 4 ? A 41 5
3 0 0 2
4 3 2 25
1 4 3 2 1 1 2 1 1 2 1 1
5 0 0 2 22 ? 0 0 2 1 3 ? 1 4 3 5 24 ? 1 4 3 5
3 2 25 3 2 25 3 2 25 0 0 2
68. Observação
Notemos que, no exemplo 4º, quando a 1ª coluna não possui zeros, o cálculo
do determinante torna-se trabalhoso. Isso pode ser atenuado, de certo modo, com o
teorema que veremos a seguir.
EXERCÍCIOS
269. Seja
2 4 3
M = 5 2 1 ; calcule D21, D22, D23.
23 7 2 1
2 4 1 0
6 22 5 7
M=
21 7 2 4
0 3 21 210
271. Seja
1 21 0 0
0 2 22 1
M= ; calcule D13, D24, D32, D43.
3 3 4 1
4 5 7 6
272. Seja
1 0 2 0
1 23 4 0
M 5 ; calcule D11, D22, D33, D44.
5 2 21 2
22 2 0 3
2 1 3
273. Determine o cofator do elemento a23 da matriz A 5 1 2 1 .
0 1 2
274. Calcule os determinantes das matrizes abaixo, usando a definição:
1 0 21 3 2 4 2 4
2 3 4 2 0 1 1 0
a) M 5 b) M 5
0 2 5 1 1 0 2 3
4 1 0 0 3 0 1 0
V. Teorema fundamental (de Laplace)
O determinante de uma matriz M, de ordem n 2, é a soma dos produtos dos
elementos de uma fila qualquer (linha ou coluna) pelos respectivos cofatores.
Isto é,
a) Se escolhermos a coluna j da matriz M
EXERCÍCIOS
275. Calcule os determinantes das matrizes abaixo utilizando o teorema de Laplace.
1 2 3 4 5
3 4 2 1
0 a 21 3 1
5 0 21 22
a) M 5 d) M 5 0 0 b 2 3
0 0 4 0
0 0 0 c 2
21 0 3 3 0
0 0 0 d
x 0 0 0 0 0
0 a b 1
0 a y 0 0 0 0
1 0 0 l p z 0 0 0
b) M 5 e) M 5
a a 0 b m n p x 0 0
b
1 b a 0 c d e y 0
a b c d e z
1 3 2 0
3 1 0 2
c) M 5
2 3 0 1
0 2 1 3
0 a 1 0
1 b 21 1
D=
2 c 0 21
0 d 1 0
1 2 3 24 2
0 1 0 0 0
277. Calcule o valor do determinante 0 4 0 2 1 .
0 25 5 1 4
0 1 0 21 2