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Problemas ambientais urbanos

Os problemas ambientais urbanos são um conjunto de fenômenos potencializados pela ação humana no meio.
Os problemas ambientais urbanos são fenômenos que impactam diretamente no meio ambiente das cidades. Em
muitas situações, esses fenômenos possuem causas naturais, mas que são potencializadas pela ação do homem, assim
como pela acentuada transformação da natureza. Os elementos motivadores desses problemas ambientais nas
cidades estão centrados em questões relacionadas à intensa modificação do espaço natural pelas atividades
produtivas.

Os principais problemas ambientais urbanos são:

poluição, ilhas de calor, inversão térmica, chuva ácida, enchentes e deslizamentos de terra.

No Brasil esses problemas estão intimamente ligados à expansão desordenada dos centros urbanos. Os problemas
ambientais urbanos geram consequências econômicas e ambientais, como o impacto na disponibilidade e na

Resumo sobre problemas ambientais urbanos

As transformações advindas da atuação dos humanos no meio ambiente provocaram um conjunto de impactos
ambientais nas cidades.

O crescimento da urbanização e da industrialização gerou uma grande pressão sobre os recursos naturais, como a
água e o solo.

Os problemas ambientais urbanos estão atrelados ao impacto causado pelas atividades produtivas no meio ambiente.

Os principais problemas ambientais urbanos são: poluição, ilhas de calor, inversão térmica, chuva ácida, enchentes e
deslizamentos de terra.

Os diferentes tipos de poluição, como a poluição do ar, das águas e do solo, são problemas ambientais urbanos muito
comuns nas cidades brasileiras.

No Brasil há ainda o registro de muitos eventos de enchentes e deslizamentos de terra, especialmente durante o
verão.

Videoaula sobre os problemas ambientais urbanos

Motivos dos problemas ambientais urbanos

Os problemas ambientais urbanos são resultantes do processo de intervenção antrópica no ambiente natural. As
constantes transformações realizadas pelo homem na natureza produzem impactos que alteram a estrutura dos
diversos sistemas naturais. Portanto, a intervenção antrópica é o elemento disparador dos problemas ambientais
registrados nas cidades, que vêm sendo cada vez mais intensificados por meio da expansão da ação humana.

Esse cenário foi intensificado ao longo do tempo por meio de diversos períodos histórico-econômicos que marcaram a
humanidade. O processo de urbanização, caracterizado pela mudança da população do campo para as cidades,
resultou em um crescimento exacerbado e muitas vezes desordenado dos centros urbanos. Logo, a expansão das
cidades e suas respectivas populações gerou uma grande pressão sobre os ecossistemas naturais.

Por sua vez, o processo de industrialização também foi um disparador do aumento do impacto ambiental nas cidades.
O crescimento da busca por matérias-primas para as indústrias, por exemplo, culminou em uma ampla predação dos
recursos naturais, inclusive os presentes em áreas urbanas. Ademais, a necessidade de fornecimento de fontes de
energia para as indústrias gerou grandes impactos no meio ambiente.

Atualmente, os motivos atrelados aos problemas ambientais urbanos continuam intimamente ligados à ação humana
no meio. O advento da globalização, caracterizada, entre outros, pela massificação do consumo, contribuiu para uma
maior pressão sobre os recursos naturais. Por sua vez, o acúmulo do impacto do homem no meio ambiente ao longo
do tempo resultou em problemas de grande escala, como as mudanças climáticas marcadas pelo aquecimento global.

Principais problemas ambientais urbanos

Os problemas ambientais urbanos estão relacionados à atuação do homem sobre o meio ambiente urbano, em
especial no desenvolvimento das atividades produtivas. Nesse contexto, destacam-se problemas tipicamente ligados
ao contexto das cidades, como a poluição, a ilha de calor, a inversão térmica, a chuva ácida, além da intensificação de
fenômenos como as enchentes e os deslizamentos de terra. A lista abaixo apresenta os principais problemas
ambientais urbanos.

Poluição

A poluição é considerada um dos principais problemas ambientais urbanos. A sua identificação é recorrente nas
cidades. A poluição é dividida conforme a sua tipologia, sendo as mais comuns a poluição do ar, da água, do solo, além
da poluição visual e sonora.

A poluição do ar é muito comum nos grandes centros. Ela é causada pela emissão de gases poluentes provenientes
principalmente dos veículos de transporte e das unidades industriais. Os gases emitidos por esses elementos
produzem diversos problemas ambientais, como a perda da qualidade do ar, e também prejuízos para a saúde da
população, como o ocasionamento de diversos problemas respiratórios. A concentração de poluição do ar visível no
horizonte, muito comum nas grandes cidades, é devidamente chamada de smog.

Por sua vez a poluição da água, nesse caso dos cursos e reservatórios de água que cortam as cidades, é um fenômeno
comum. Ela é ocasionada pela emissão indevida de resíduos poluentes líquidos e sólidos, principalmente de
residências e indústrias. Tal situação é agravada nas cidades pela ausência de políticas públicas em torno do acesso à
água potável, tratamento de esgoto e destinação correta do lixo urbano. Esse tipo de poluição resulta em um grande
impacto ambiental nos sistemas hídricos e contribui para o aumento de doenças.

Já a poluição do solo está atrelada à destinação incorreta de resíduos em terrenos diversos. A deposição incorreta de
lixos, materiais de refugo e entulhos em lotes e terrenos urbanos é um elemento comum na paisagem das cidades. A
contaminação do solo é extremamente prejudicial ao meio ambiente urbano, uma vez que atinge também as fontes
de água e os sistemas vegetais presentes nas cidades. O acúmulo de lixo também provoca o aumento de doenças e de
animais peçonhentos.

Por fim, a poluição visual e sonora também são bastante recorrentes nos centros urbanos. A poluição visual refere-se à
disposição indevida de letreiros de indústrias e comércios, assim como campanhas publicitárias, que interferem na
paisagem da cidade. Já a poluição sonora está atrelada ao alto volume de ruídos produzidos, em especial pelo trânsito.
Esses tipos de poluição acarretam na perda do bem-estar e da qualidade de vida da população.

Ilha de calor

As ilhas de calor são um fenômeno tipicamente urbano. A sua ocorrência está ligada à intensificação da ocupação do
solo urbano, principalmente por meio da construção de grandes avenidas, residências, prédios comerciais e demais
equipamentos urbanos.

Esse cenário resulta em um aumento pontual da temperatura, justamente ocasionado pela grande ocupação do solo
urbano por elementos antrópicos. A diminuta presença de áreas verdes também contribui diretamente para esse
fenômeno.

Inversão térmica

A inversão térmica é um fenômeno natural, mas que é intensificado pelas ações humanas, em especial pelo acúmulo
de poluição na atmosfera. Desse modo, a concentração de poluentes impede a troca natural das camadas de
temperatura do ar. Logo, a inversão térmica provoca uma concentração atípica do ar frio e pesado mais próximo da
superfície. Esse fenômeno impede a dissipação de poluentes na atmosfera, ou seja, resulta em uma paisagem
acinzentada comum nos grandes centros.

Chuva ácida

A chuva ácida é um fenômeno pontual que ocorre em regiões densamente urbanizadas e industrializadas. Os
poluentes emitidos pelas atividades humanas, como pelas indústrias, reagem com a água da chuva presente na
atmosfera. Logo, há a ocorrência de precipitações com níveis de acidez muito elevados. As chuvas ácidas são
extremamente prejudiciais para as plantações e determinadas construções humanas.

Enchentes e deslizamentos de terra


A ocupação desordenada do solo urbano desencadeia a intensificação de fenômenos naturais, como as enchentes e
as erosões. A ocorrência de grandes volumes de precipitações ocasiona eventos de enchentes, que são intensificados
por meio da intensa impermeabilização do solo e da canalização dos rios. A alteração dos leitos naturais dos cursos de
água e a sua ocupação desenfreada são os principais elementos disparadores das enchentes nos centros urbanos.

Já os deslizamentos de terra são resultantes da ocupação irregular, em especial das encostas, que são sistemas
ambientais muito frágeis. A retirada da cobertura vegetacional, junto com a construção de casas e estruturas diversas,
resulta na dificuldade de infiltração da água do solo. Logo, há um aumento da velocidade do fluxo da água, que, por
consequência, desencadeia eventos erosivos.

Problemas ambientais urbanos brasileiros

A partir da listagem acima, afirma-se que no Brasil ocorrem todos os problemas urbanos elencados, em menor ou
maior escala. O processo de urbanização brasileiro ocorreu de forma desestruturada, principalmente em razão da
industrialização tardia, que culminou no crescimento desordenado das cidades. No mais, a ação humana no ambiente
natural, marcada pela ausência de políticas de planejamento e pela desobediência das legislações ambientais, resultou
em um cenário urbano caracterizado pelas agressões ao meio ambiente.

O crescimento desordenado das cidades brasileiras foi primordial para a intensificação dos problemas ambientais
urbanos locais. Os mais comuns estão ligados à poluição em suas diversas formas, com destaque para a poluição da
água e do solo. O Brasil é um país que apresenta graves problemas em termos de saneamento básico. A estrutura de
distribuição de água e coleta de esgoto ainda é precária em grande parte do país.

Ademais, as políticas de tratamento de resíduos sólidos ainda são insuficientes, fato que se traduz, inclusive, na
formação de lixões. Já os problemas relacionados à poluição do ar, visual e sonora estão atrelados às zonas mais
densamente povoadas, como em cidades médias e grandes, além de zonas industriais.

Por sua vez, nas grandes cidades brasileiras, há a recorrência de fenômenos como a inversão térmica e as ilhas de
calor. Nas grandes metrópoles do país, como São Paulo, esses fenômenos são muito comuns e frequentemente
registrados pela mídia. O crescimento exacerbado das cidades, a ausência de áreas verdes e os grandes níveis de
poluição são os principais elementos disparadores desses fenômenos.

Já a chuva ácida, no contexto brasileiro, está restrita às áreas mais industrializadas do país. No Brasil, o município de
Cubatão, localizado na região da Serra do Mar, no estado de São Paulo, ficou conhecido nacionalmente no fim do
século passado pelo registro de precipitações muito ácidas, em razão da elevada concentração de indústrias
poluidoras na cidade.

Já as enchentes e os deslizamentos de terra são problemas urbanos extremamente comuns nas cidades brasileiras.
Esses fenômenos são registrados desde cidades pequenas até as grandes metrópoles, em especial durante o verão.
A ocupação desordenada dos centros urbanos, marcada pela instalação de equipamentos nas margens dos rios e nas
encostas, resulta em grandes desastres naturais, frequentemente divulgados pela mídia. Esses problemas ambientais
ocorrem em grande escala pelo país e também são fruto da grande desigualdade social presente na sociedade
brasileira. A ausência de políticas de distribuição de renda, de construção de habitações populares e de criação de
áreas de proteção ambiental também influenciam na recorrência desses problemas.

Quais os efeitos dos problemas ambientais urbanos?

As consequências dos problemas ambientais urbanos envolvem diversas esferas. Primeiramente, destaca-se o prejuízo
ambiental causado por esses fenômenos. São desencadeados pelos problemas ambientais urbanos a perda da
qualidade do ar, da água e do solo, a alteração das estruturas biológicas desses sistemas ambientais, além da redução
da biodiversidade e do impacto no hábitat de diversas espécies. Sendo assim, há uma grande perda em termos
ambientais, cenário que merece preocupação, em especial devido ao conjunto de adversidades climáticas vivenciadas
na atualidade.

Por sua vez, os problemas ambientais também provocam muitas perdas econômicas e humanas. A chuva ácida, por
exemplo, impacta diretamente nas plantações agrícolas, enquanto o trânsito produz uma perda de qualidade de vida e
de produtividade dos trabalhadores. Por sua vez, a poluição ocasiona a ocorrência de diversas doenças, desde
moléstias de veiculação hídrica até problemas respiratórios. Já as enchentes e os deslizamentos provocam um grande
número de perdas de vidas humanas todos os anos.

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