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Como funciona um motor?

Dentro do motor existe um mecanismo chamado cilindro, dentro dele estão


posicionados: vela, bico injetor de combustível e pistão. A vela é responsável
por gerar faíscas dentro do cilindro e dar ignição no combustível liberado pelo
bico injetor. Esse processo gera uma explosão dentro do cilindro, com energia
suficiente para colocar o pistão em movimento. O pistão, por sua vez, provoca,
através de um sistema de engrenagens, a rotação do eixo do motor.

Etapas da combustão dentro do cilindro


De toda a energia gerada pela explosão, apenas 30% é convertida em energia
mecânica, e a grande parte dessa energia é dissipada na forma de calor, gerando
o aquecimento do motor. Outra parte da energia é utilizada no sistema de
refrigeração da água do radiador.
A energia mecânica gerada pelo motor é reaproveitada pelo alternador, que é
convertida em energia elétrica, suficiente para dar continuidade ao ciclo de
combustão e para o funcionamento de toda a parte elétrica do veículo.
MISTURA ENTRE AR E COMBUSTÍVEL É COMPRIMIDA E INCENDIADA PARA GERAR EXPLOSÃO E CAUSAR MOVIMENTO MECÂNICO

Para essas explosões ocorrem, é necessário combustível, oxigênio e


eletricidade. Ela dará ignição no vapor de ar e combustível acumulada dentro
do cilindro. Isso empurrará o pisão para baixo que, conectado a um
virabrequim, levará o movimento para a caixa de câmbio e até as rodas. O tipo
de propulsor a combustão mais comum tem quatro tempos, o chamado ciclo
Otto. Admissão, Compressão, Ignição e Exaustão. Esse ciclo ocorre a cada
rotação do motor, em frações de segundo. Na admissão, o pistão desce,
sugando ar e combustível para dentro do cilindro por meio das válvulas de
admissão. A compressão empurra a mistura para próximo do cabeçote, como
numa seringa com a saida tampada.
A ignição é dada pela centelha elétrica da vela, que explode a mistura e
empurra o pistão novamente para baixo, gerando movimento. Na exaustão, o
pistão sobe novamente empurrando os gases gerados pela explosão para fora
do cilindro através das válvulas de exaustão.
Partida: Os primeiros giros do motor, antes da “mágica” começar, são dados
pelo motor de partida. Ele movimenta o motor, enquanto o sistema de
injeção espirra os primeiros jatos de combustível na câmara de admissão.
Quando primeira explosão ocorre, o motor “pega” e todo o ciclo se inicia.
Por isso, se a bateria estiver fraca, o sistema de partida pode não ter força
suficiente para girar todas as partes móveis do motor sozinho. Isso vai
deixando as partidas mais “pesadas”, ou até as impossibilita.
Com o motor em funcionamento, é o alternador que mantém a tensão
necessária para a centelha das velas ocorrer. Se a peça também estiver
comprometida, o motor “morrerá”, já que a faísca será fraca ou inexistente,
insuficiente para manter o ciclo de ignições. O altetrnador também alimenta
todos os sistemas elétricos do carro, desde luzes a direção com assistência
elétrica, por exemplo. Ele é uma pequena usina de energia, capaz também de
recarregar a bateria – usada na partida.

O que é um cilindro: O cilindro de um motor é o local por onde se


desloca um pistão. ... O seu nome provém da forma que possui,
aproximadamente cilíndrica.
Os veículos automotores são movidos em razão da conversão de formas de
energia em energia mecânica, que é gerada nos motores a combustão e
transferida em forma de movimento para as rodas. Carros, motos e caminhões
utilizam motores a combustão, que diferenciam entre as modalidades de
acordo com a quantidade de cilindradas (cc). Existem motos de 150, 250, 400,
500, 600, 750, 1000 cilindradas entre outras. Já os carros apresentam em seus
modelos siglas, veja alguns exemplos: 1.0 (1000 cc), 1.4 (1.400 cc), 1.6 (1.600
cc), 2.0 (2.000 cc), 3.0 (3.000), 4.1 (4.100 cc).

O termo “cilindrada” vem de cilindro e é originalmente conhecido como o


volume de deslocamento do motor, isto é, a capacidade em volume da câmara
de um pistão. Os motores à combustão possuem cilindros (câmaras), onde
ocorrem a explosão (ar + combustível + faísca) que movimenta os pistões, os
quais estão ligados pela biela ao virabrequim, que recebe toda a força do
movimento dos pistões, transmitindo a energia mecânica para o volante do
motor que está conectada à caixa de velocidades (marchas), cuja a força motriz
será transmitida ou não. Na outra extremidade do virabrequim encontra-se
uma polia, responsável por colocar em movimento através de uma correia
outros equipamentos como a bomba de água, o motor do ar condicionado, a
bomba da direção hidráulica e etc.Esquema representativo de um motor a
combustão:

Medidas relacionadas a potência do motor: .

O desempenho do motor de um automóvel é definido por duas grandezas. Elas


estão relacionadas entre si pela velocidade de rotação do motor: são o torque,
medido em Newton metros (Nm) ou em quilograma-forma metros (kgfm), e a
potência, calculada em quilowatts (kW) ou em cavalos-vapor (cv). Em países
que seguem o sistema métrico à risca, como Austrália e alguns países da
Europa, as medidas corretas de medição são respectivamente Nm e kW. Por
costume, usamos medidas diferentes no Brasil, mas nunca cometa o erro de
dizer que um carro tem cavalos. Todos eles estão em estábulos. O que o motor
de um carro tem são cvs, cavalos-vapor.
Para compreender ambos os conceitos, tentemos imaginar, por exemplo,
dois atletas de alta competição: um halterofilista e um velocista dos 100
metros. O primeiro necessita, acima de tudo, de muito torque, como a força
nas pernas que lhe dá tração e capacidade de explosão para levantar os
pesos do solo. Por outro lado, o atleta dos 100 metros, além do músculo
disponível, precisa de ter um ótimo fornecimento de ar nos pulmões para
ganhar e manter velocidade, o que podemos entender como boa entrega de
potência.
Em outras palavras, o halterofilista conta com torque. Em um motor, ele
representa a força disponível, dependendo diretamente da pressão gerada
pelos gases de combustão no interior dos cilindros e das dimensões do motor
(um motor com maior capacidade/cilindrada entrega um torque maior).
Já o velocista se vale da potência. No automóvel, ela nada mais é do que o
produto entre o torque disponível e a rotação, o que significa que, para um
mesmo torque, uma maior velocidade de rotação origina uma maior
potência.
A potência de um motor será a energia útil gerada por unidade de tempo,
que pode ser entendida, de forma muito simplista, como a capacidade de
aceleração. E não estará errado dizer que a potência condiciona a velocidade
máxima, enquanto o torque define a capacidade de arrancada e de retomar
velocidade. Resumindo, para automóveis iguais, com potências diferentes, o
mais potente cumpre o mesmo trajeto mais rapidamente (em estradas de
velocidade livre, como as autobahnen alemãs).
Para um bom desempenho, um motor precisa igualmente de boa força
(torque) e potência, havendo maior necessidade de potência ou de torque de
acordo com as exigências ou o estilo de condução.
O torque é o que faz as rodas se movimentarem. Se um motor consegue
gerar muita força, consegue puxar muito peso (lembra-se do halterofilista?).
Outros exemplos: uma máquina agrícola precisa que o seu torque máximo
seja o mais elevado possível de modo a que possa ter muita força para se
movimentar nos terrenos arenosos ou enlameados, exigentes para a
mecânica, a muito baixa velocidade. Pelo contrário, para os carros de
competição, pensados para atingir e manter velocidades incríveis, interessam
mecânicas que entreguem elevadas potências.
No meio do caminho, os nossos automóveis de todos os dias devem ter
valores equilibrados de potência e torque. Isto porque o motor deve estar
apto a estabelecer velocidades de cruzeiro respeitáveis em estradas, mas
também musculatura e elasticidade para ultrapassagens rápidas ou
retomadas de velocidade sem a necessidade de recorrer a reduções de
marcha a toda a hora.
Como se relacionam os cv e os kgfm
Esta é a parte mais complicada. Até porque, quando a rotação do motor sobe,
o torque diminui. E, ao contrário, quando o motor ganha velocidade, a sua
potência aumenta.

Ou seja, num automóvel, a potência é baixa a baixas rotações, e é o torque


que tem maior influência ao colocar tração no asfalto para fazer mover as
rodas. Já nas rotações intermédias, a potência sobe de forma considerável,
pois o veículo circula com mais velocidade e o torque deixa de ter tanta
influência.
Como funciona um motor V6 e por que é mais forte?
Motor em “V”

Um motor “V6” tem seis cilindros, três de cada lado. Esse formato economiza
espaço e permite encaixar mais do que quatro cilindros no motor. O aumento
no total de cilindrada pode garantir potência maior. É possível ter um veículo
com até 12 cilindros “em linha”, mas o problema é que seu motor fica grande
demais
Motor “em linha”

Esse típico motor “em linha” tem quatro cilindros, cada um com seu pistão. A
cada minuto, centenas de microexplosões dentro dos cilindros movimentam
os pistões para baixo e para cima fazendo várias engrenagens girarem e o
carro andar

Bem, não é o fato de um carro ter motor em “V” que o torna mais potente. A
cilindrada – o volume total dos cilindros do motor – é muito mais importante
nesse aspecto do que a forma como os cilindros estão dispostos, em “V” ou
“em linha”. Os motores dos automóveis funcionam com pequenas explosões
de gasolina misturada com ar comprimido, reação que ocorre exatamente
nos cilindros. As explosões movimentam um pistão, que por sua vez aciona
uma sequência de engrenagens que fazem o carro andar. Quanto maiores
forem as explosões, maior será a capacidade de o carro andar rapidamente.
Assim, quanto maiores forem as explosões, maior será a capacidade de o
carro andar rapidamente. Assim, quanto maior a cilindrada de um motor,
mais chances de a potência ser maior também. Normalmente, os carros de
passeio têm quatro cilindros. Se cada um deles tiver meio litro de capacidade
volumétrica, a cilindrada total do motor será de 2 litros, ou seja, é o tal carro
“2.0”.
E o que o motor em “V” tem a ver com essa história? Pois bem, nos motores
normais, os cilindros costumam ficar um atrás do outro, por isso são
chamados de “em linha”. Os carros V6, V8 etc. dispõem os cilindros metade
de cada lado do motor. Só esse formato, isoladamente, não traz nenhuma
garantia de potência maior, mas permite que mais cilindros caibam num
mesmo espaço de motor. E aí, sim, quanto mais cilindros o carro tiver, mais
cilindrada e potência ele pode ter.

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