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Livro I - Fotointerpretacao
Livro I - Fotointerpretacao
Indaial – 2021
1a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2021
Elaboração:
Prof.ª Lilian Elizabeth Diesel
D564f
Diesel, Lilian Elizabeth
Fotointerpretação I. / Lilian Elizabeth Diesel. – Indaial:
UNIASSELVI, 2021.
231 p.; il.
ISBN 978-65-5663-408-1
ISBN Digital 978-65-5663-404-3
1. Fotogrametria aérea. - Brasil. II. Centro Universitário Leonardo da
Vinci.
CDD 526.9823
Impresso por:
Apresentação
A fotointerpretação é uma das principais técnicas de trabalho para
um profissional da área de geoprocessamento. Esta técnica permite a comu-
nicação entre o homem e a fotografia possibilitando, com isso, a identificação
dos elementos que se encontram presentes em uma fotografia aérea.
Bons estudos!
Prof.ª Lilian Elizabeth Diesel
NOTA
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há novi-
dades em nosso material.
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova diagra-
mação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também contribui
para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Acesse o QR Code, que levará ao AVA, e veja as novidades que preparamos para seu estudo.
REFERÊNCIAS....................................................................................................................................... 62
REFERÊNCIAS..................................................................................................................................... 152
REFERÊNCIAS..................................................................................................................................... 229
UNIDADE 1 —
CONCEITOS, NOÇÕES
E FUNDAMENTOS DA
FOTOINTERPRETAÇÃO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
CHAMADA
1
2
TÓPICO 1 —
UNIDADE 1
FUNDAMENTOS DA FOTOINTERPRETAÇÃO
1 INTRODUÇÃO
2 HISTÓRIA DA FOTOINTERPRETAÇÃO
3
UNIDADE 1 — CONCEITOS, NOÇÕES E FUNDAMENTOS DA FOTOINTERPRETAÇÃO
NOTA
4
TÓPICO 1 — FUNDAMENTOS DA FOTOINTERPRETAÇÃO
Segundo descreveu Jensen (2011), foi no ano de 1903, que Julius Neubronner
patenteou a câmera fotográfica que possibilitava ser acoplada ao peito de um pombo
correio. Com a decolagem desses pombos, era possível obter uma série de visadas de
distintos pontos de uma região específica. Eles realizam um voo em linha reta com
velocidade constante sendo que o percurso fotografado era definido anteriormente.
Na Figura 2, você consegue observar pombos correio com câmera acoplada ao peito.
FIGURA 2 – POMBOS CORREIO QUE REALIZAVAM FOTOGRAFIAS AÉREAS COM UMA CÂMARA
ACOPLADA EM SEU PEITO
5
UNIDADE 1 — CONCEITOS, NOÇÕES E FUNDAMENTOS DA FOTOINTERPRETAÇÃO
O uso da fotografia aérea de forma efetiva teve seu registro em três fatos
históricos de grande importância, o primeiro uso foi na Guerra Civil dos Estados
Unidos da América, o segundo uso na Primeira Guerra Mundial e o terceiro na
Segunda Guerra Mundial.
E
IMPORTANT
6
TÓPICO 1 — FUNDAMENTOS DA FOTOINTERPRETAÇÃO
A obtenção das fotografias aéreas com o uso de aviões teve seu reconheci-
mento no período da Primeira Guerra Mundial, pois foi através delas que se pôde
reconhecer as táticas militares utilizadas na guerra. Foram, portanto, construí-
dos mapas com maiores precisões que objetivavam a realização do planejamento
estratégico militar, fato este que fez toda a diferença, uma vez que detinham o
conhecimento de estradas, barreiras, movimentos de tropas e de materiais (AN-
DERSON, 1982). Este conhecimento era de fundamental importância para que as
forças militares pudessem evitar determinados ataques.
Jensen (2011, p. 77) apresenta em sua obra que “a Primeira Guerra Mun-
dial ficou conhecida pelos intensos combates baseados em trincheiras, estas que
eram cavadas nos campos de batalhas”. Na Figura 5, você pode observar uma
fotografia aérea vertical que demonstra as trincheiras.
7
UNIDADE 1 — CONCEITOS, NOÇÕES E FUNDAMENTOS DA FOTOINTERPRETAÇÃO
Houve um fato importante que ocorreu após a Guerra Civil dos Estados
Unidos da América, da Primeira Guerra Mundial, das publicações realizadas no
período de 1920 a 1930, dos avanços relacionados às novas tecnologias das câme-
ras fotográficas, dos aviões e da invenção dos outros instrumentos para a obten-
ção de fotografias aéreas com melhor qualidade e precisão, a definição e criação
de uma nova disciplina que passaria a se chamar Fotogrametria (ANDERSON,
1982). Esta disciplina auxiliaria tanto os militares quanto os pesquisadores na
obtenção de dados quantitativos de maior precisão.
8
TÓPICO 1 — FUNDAMENTOS DA FOTOINTERPRETAÇÃO
TUROS
ESTUDOS FU
9
UNIDADE 1 — CONCEITOS, NOÇÕES E FUNDAMENTOS DA FOTOINTERPRETAÇÃO
E
IMPORTANT
TUROS
ESTUDOS FU
10
TÓPICO 1 — FUNDAMENTOS DA FOTOINTERPRETAÇÃO
NOTA
11
UNIDADE 1 — CONCEITOS, NOÇÕES E FUNDAMENTOS DA FOTOINTERPRETAÇÃO
DICAS
O sensor CBERS faz parte de uma parceria entre China e Brasil. CBERSem
português significa satélite sino-brasileiro de recursos terrestres e suas imagens
estão armazenadas no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, e, da mesma
forma como ocorre com as imagens LANDSAT, elas podem ser obtidas gratui-
tamente. O lançamento do primeiro CBERS, chamado de CBERS-1, ocorreu em
1999. Na Figura 7, selecionamos uma imagem do CBERS, observe.
12
TÓPICO 1 — FUNDAMENTOS DA FOTOINTERPRETAÇÃO
3 CONCEITOS DA FOTOINTERPRETAÇÃO
13
UNIDADE 1 — CONCEITOS, NOÇÕES E FUNDAMENTOS DA FOTOINTERPRETAÇÃO
Fitz (2008, p. 118), por sua vez, traz um conceito de fotointerpretação que
trata da técnica em que se realizam os estudos das imagens fotográficas com o ob-
jetivo de se identificar, interpretar e de se obter informações dos fenômenos que
nela estão contidos. O autor descreve, ainda, que a fotointerpretação se encontra
estritamente vinculada com a aerofotogrametria, uma vez que elas podem ser
utilizar tanto as imagens tanto de satélite quanto às de radar.
14
TÓPICO 1 — FUNDAMENTOS DA FOTOINTERPRETAÇÃO
15
UNIDADE 1 — CONCEITOS, NOÇÕES E FUNDAMENTOS DA FOTOINTERPRETAÇÃO
técnicas interpretativas, Disperati, Santos e Zerda (2007) pontuam que neste tipo de
fotointerpretação são incluídas as técnicas da fotointerpretação direta e outros exa-
mes com maior grau de detalhamento, como é o caso do estudo tridimensional da
imagem e, também, as deduções relativas aos elementos que se encontram ocultos
em uma fotografia aérea, como exemplo as análises de levantamento de solo e geoló-
gicos obtidas através das redes de drenagem e do aspecto topográfico.
Analógica Digital
Formato: analógico Formato: digital
Interpretação visual Tratamento digital
Testes iniciais Pré-processamento
Trabalho de campo preliminar Realce
Confecção da chave de interpretação Trabalho de campo
Interpretação Classificação de padrões
Mapa preliminar Pós-processamento
Trabalho de campo Trabalho de campo
Exatidão do mapa Exatidão do mapa
FONTE: Machado e Kawakubo (2019, p. 26)
TUROS
ESTUDOS FU
16
TÓPICO 1 — FUNDAMENTOS DA FOTOINTERPRETAÇÃO
Como você pôde observar, são vários os autores que conceituam o tema
fotointerpretação, todos os conceitos estão certos, cabe a nós, enquanto estudio-
sos e profissionais da área, analisarmos e optarmos por aquele que for mais ade-
quado dentro do que conhecemos e defendemos como técnica fotointerpretativa.
17
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
• O uso da fotografia aérea, de forma efetiva, ocorreu na Guerra Civil dos Esta-
dos Unidos da América, Primeira Guerra Mundial e Segunda Guerra Mundial.
• Os veículos aéreos não tripulados são, hoje, outros métodos para a obtenção
das fotografias aéreas.
18
AUTOATIVIDADE
a) ( ) V – F – V – F.
b) ( ) V – V – F – F.
c) ( ) F – V – V – F.
d) ( ) F – V – F – V.
19
a) ( ) É o ato de examinar as imagens sem identificar os objetos e tampouco
determinar os significados.
b) ( ) É o ato de examinar as imagens com o fim de identificar objetos e deter-
minar seus significados.
c) ( ) É o ato de se prever o que está contido nas imagens sem a necessidade
de determinar seus significados.
d) ( ) É o ato de examinar e prever o que consta nas imagens sem a necessida-
de de determinar seus significados.
20
TÓPICO 2 —
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
• o avião e voo;
• a câmera;
• o filme;
• as condições atmosféricas;
• fotografias aéreas e imagens;
• Interpretação.
O avião, para que possa realizar a captura das fotografias aéreas, deve
manter durante todo o percurso de seu voo a mesma altura e velocidade constante.
Geralmente, os voos são realizados por solicitações contratuais de instituições
governamentais municipais, estaduais e federais, ou, ainda, por instituições
privadas. As empresas que têm permissão de realizarem estes voos pertencem
a organizações particulares e devem possuir especializações em mapeamentos
aéreos (LOCH; ERDA, 2007; CAZETTA, 2009; LOCH, 2008).
21
UNIDADE 1 — CONCEITOS, NOÇÕES E FUNDAMENTOS DA FOTOINTERPRETAÇÃO
Para que possamos obter fotografias aéreas, com o uso de um avião, por
exemplo, é necessário que ele percorra faixas estabelecidas e que cada uma delas
tenha entre 50 e 60% de sobreposição longitudinal e deverá, também, ter entre 10 a
30% de sobreposição lateral, é, portanto, desta forma, que teremos o recobrimento
total da área fotografada e obteremos a estereoscopia (CAZETTA, 2009; LOCH,
2008).Basicamente, para a obtenção de uma fotografia aérea, é necessário que se
tenha uma câmera aerofotogramétrica, uma vez que ela possui todos os princípios
de uma câmera fotográfica comum, a principal diferença entre essas câmeras está
relacionada ao seu tamanho e aos materiais técnicos que acompanham.
Porém, para que possam ser obtidas as fotografias da superfície terrestre ela
precisa conter certas especificidades como alta resolução, maior capacidade de filme
e também de fotografia, elas necessitam de um ativamento automático ou semiau-
tomático para que funcione nos intervalos determinados segundo a velocidade de
voo, deve ainda haver um nível de nave e um esférico que permita a realização dos
registros de todas as variações sofridas pelo avião durante o voo, precisa ter um es-
tatoscópico, ou seja, um altímetro diferencial, este aparelho tem a função de realizar
o registro das variações do voo; deve possuir um giroscópio, este aparelho possui a
finalidade de evitar que as oscilações – as quais, por ventura, possam ocorrer duran-
te o voo –interfiram, de alguma forma, na câmera (SOUZA et al., 2003).
ATENCAO
“A falsa cor neste caso refere-se ao fato de que a paisagem é captada por este tipo
de filme não é produzida nas cores comumente vistas pelo olho humano” (CAZETTA, 2009, p. 79).
Os voos são planejados com uma devida antecedência, e como não é pos-
sível realizar uma previsão das condições atmosféricas em longo prazo, alguns fa-
tores atmosféricos podem, de alguma forma, comprometer a nitidez das imagens.
22
TÓPICO 2 —
23
UNIDADE 1 — CONCEITOS, NOÇÕES E FUNDAMENTOS DA FOTOINTERPRETAÇÃO
24
TÓPICO 2 —
25
UNIDADE 1 — CONCEITOS, NOÇÕES E FUNDAMENTOS DA FOTOINTERPRETAÇÃO
FIGURA 9 – IMAGEM WPM DO LITORAL NORTE DE SÃO PAULO - CARAGUATATUBA, SÃO SE-
BASTIÃO E PARTE DE ILHABELA
Com base nos descritos, é possível destacar que as propriedades técnicas uti-
lizadas para capturar as informações são compostas de elementos de linguagens que
de alguma forma permitem a realização da interpretação das imagens que foram ob-
tidas, e então podemos dizer que a técnica faz parte da linguagem (CAZETTA, 2009).
Visto isso, ponderamos que as formas para a obtenção das fotografias aéreas e as
imagens são distintas, porém, elas são possíveis de serem utilizadas para a realização da
interpretação técnica e visual para a realização de estudos do espaço (CAZETTA, 2009).
26
TÓPICO 2 —
27
UNIDADE 1 — CONCEITOS, NOÇÕES E FUNDAMENTOS DA FOTOINTERPRETAÇÃO
• nível básico;
• nível técnico;
• nível profissional;
• nível especializado.
O nível básico trata de interpretações mais evidentes, uma vez que fazem
uso do conhecimento que o indivíduo traz consigo, e, ao mesmo tempo, cobra
dele um pouco do conhecimento básico de análise de imagens. O fotointérprete,
quando dedicado às técnicas básicas que porventura venham a empregar durante
o processo de interpretação das imagens, pode obter um expressivo número de
informações em uma mesma foto, possibilitando que a fotointerpretação, que es-
teja sendo realizada no momento, seja quase exata (ANDERSON, 1982).
O conhecimento no nível básico deve estar relacionado aos aspectos que in-
fluenciaram no reconhecimento como a forma, sombra, tamanho, tonalidade, den-
sidade, declividade, textura, posição, adjacências. Na Figura 12, você, certamente,
consegue, de forma visual, identificar alguns dos aspectos de reconhecimento.
28
TÓPICO 2 —
29
UNIDADE 1 — CONCEITOS, NOÇÕES E FUNDAMENTOS DA FOTOINTERPRETAÇÃO
NOTA
30
TÓPICO 2 —
TUROS
ESTUDOS FU
Caro acadêmico, você estudará Mosaico na Unidade 2, Tópico 3, deste livro didático.
Concomitante ao mosaico, uma análise das fotografias aérea sem maior esca-
la deve ser realizada. Estas devem ser realizadas par a par com o uso de estereoscó-
pios e o profissional deverá ser rigoroso, analisando todos os pontos de interesse que
por algum motivo possam elevar o custo da obra, assim, o profissional fotointérprete
vai construindo o esboço de todos os pontos de sua diretriz ou linha (LOCH, 2008).
TUROS
ESTUDOS FU
• Declividade do rio.
• Tipos de solo.
• Topografia local.
• Estrutura rochosa.
31
UNIDADE 1 — CONCEITOS, NOÇÕES E FUNDAMENTOS DA FOTOINTERPRETAÇÃO
• Densidade demográfica.
• Avaliação da área em que a barragem ou o lago de inundação vai
atingir. Neste caso deve-se realizar a porcentagem das áreas que
poderão ser inundadas.
Com base no que lhe foi apresentado podemos dizer que a realização de uma
pesquisa que visa à construção de uma barragem exige inúmeras atividades de fo-
tointerpretação que devem ser realizadas. Portanto, para este profissional, é impor-
tante que ele tenha conhecimento em várias aéreas para que possa atuar neste estudo.
32
TÓPICO 2 —
NOTA
33
UNIDADE 1 — CONCEITOS, NOÇÕES E FUNDAMENTOS DA FOTOINTERPRETAÇÃO
DICAS
DICAS
34
TÓPICO 2 —
35
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
36
AUTOATIVIDADE
a) ( ) Cognoscibilidade e inteligibilidade.
b) ( ) Cognoscibilidade e conhecimento.
c) ( ) Inteligibilidade e acessibilidade.
d) ( ) Cognoscibilidade e interpretabilidade.
37
a) ( ) Nível básico, nível teórico, nível profissional, nível especializado.
b) ( ) Nível básico, nível teórico, nível intermediário, nível especializado.
c) ( ) Nível básico, nível técnico, nível profissional, nível especializado.
d) ( ) Nível iniciante, nível técnico, nível intermediário, nível avançado.
38
TÓPICO 3 —
UNIDADE 1
INTRODUÇÃO DA INTERRELAÇÃO
DA FOTOINTERPRETAÇÃO COM A
FOTOGRAMETRIA E AS DEMAIS DISCIPLINAS
1 INTRODUÇÃO
Bons estudos!
Muitas dessas técnicas são constituídas por medições realizadas nas fotogra-
fias aéreas, o que se constitui no objetivo da fotogrametria, como bem destaca Ander-
son (1982). O autor relata também que a “fotogrametria é usada na fotointerpretação
39
UNIDADE 1 — CONCEITOS, NOÇÕES E FUNDAMENTOS DA FOTOINTERPRETAÇÃO
do mesmo modo que a matemática é usada nas outras ciências: aplica-se muita mate-
mática em estudos florestais, econômicos etc.” (ANDERSON, 1982, p. 3).
ATENCAO
Para Loche Erba (2007, p. 80) “é a ciência que estuda e desenvolve instru-
mentos e metodologias que permitem obter medições confiáveis em fotogramas,
a partir das quais é possível elaborar cartas básicas e temáticas”.
NOTA
40
TÓPICO 3 — INTRODUÇÃO DA INTERRELAÇÃO DA FOTOINTERPRETAÇÃO COM A FOTOGRAMETRIA
E AS DEMAIS DISCIPLINAS
• Fotogrametria ordinária.
• Estereofotogrametria analítica.
• Estereofotogrametria automática.
• Fotogrametria digital.
DICAS
Para Coelho e Britto (2007, p. 23), a fotogrametria digital tem como “objetivo
principal a reconstrução automática do espaço tridimensional (espaço-objeto), a partir
de imagens bidimensionais (espaço-imagem)”. Os autores permitem concluir que a
fotogrametria digital automatizou a fotogrametria, uma vez que, atualmente, os pro-
cessamentos das informações fotogramétricas ocorrem de forma mais rápida e eficaz.
41
UNIDADE 1 — CONCEITOS, NOÇÕES E FUNDAMENTOS DA FOTOINTERPRETAÇÃO
O trabalho realizado por Rosenfeldt (2016), que traz como título a Integração
da geodésia, da fotogrametria e da fotointerpretação na construção de sistema cadastral para
a regularização fundiária plena. O autor relata que, nos últimos tempos, os sistemas de
administração de terras têm sido impulsionados pelos fatores tecnológicos devido
à necessidade de se ter uma gestão territorial e de governança adequados.
42
TÓPICO 3 — INTRODUÇÃO DA INTERRELAÇÃO DA FOTOINTERPRETAÇÃO COM A FOTOGRAMETRIA
E AS DEMAIS DISCIPLINAS
DICAS
43
UNIDADE 1 — CONCEITOS, NOÇÕES E FUNDAMENTOS DA FOTOINTERPRETAÇÃO
NOTA
44
TÓPICO 3 — INTRODUÇÃO DA INTERRELAÇÃO DA FOTOINTERPRETAÇÃO COM A FOTOGRAMETRIA
E AS DEMAIS DISCIPLINAS
DICAS
Na Figura 18, você pode observar o resultado obtido pelos autores com base
na interpretação das estruturas que condicionam o relevo local. Ainda, segundo os
autores, é possível “identificar as unidades geomorfológicas que compõem a serra
do Tepequém –RR (ALMEIDA; TAVARES JUNIOR; BESERRA NETA, 2012, p. 7).
46
TÓPICO 3 — INTRODUÇÃO DA INTERRELAÇÃO DA FOTOINTERPRETAÇÃO COM A FOTOGRAMETRIA
E AS DEMAIS DISCIPLINAS
47
UNIDADE 1 — CONCEITOS, NOÇÕES E FUNDAMENTOS DA FOTOINTERPRETAÇÃO
ATENCAO
NOTA
Silva (2003, p. 45), baseado em Goodchild (1991) e Carter (1989), esboçou uma definição
mais completa para SIG, observe:
48
TÓPICO 3 — INTRODUÇÃO DA INTERRELAÇÃO DA FOTOINTERPRETAÇÃO COM A FOTOGRAMETRIA
E AS DEMAIS DISCIPLINAS
As informações obtidas através das fotografias aéreas, bem como das ima-
gens de satélite ou de radar são hoje uma ampla base de inúmeros planos para
um sistema de informação geográfica, e a etapa a que se refere o processo de fo-
tointerpretação se constitui em uma das mais importantes formas para a obtenção
das informações espaciais (DISPERAT; SANTOS; ZERDA, 2007).
Mesmo com todo o avanço tecnológico existente para a aquisição das fo-
tografias e imagens, estando elas vinculadas às formas antigas ou às novas, ou a
diversos outros procedimentos, quer seja para a obtenção ou então para a extração
das informações através de tecnologias cada vez mais potentes para se manipular
os dados obtidos, é evidente que a fotointerpretação permanecerá tendo a sua pri-
mordial importância para a obtenção dos dados gerados, permitindo que discus-
sões que objetivem, por exemplo, a preservação do meio ambiente e da qualidade
de vida dos seres possa continuar a existir (DISPERAT; SANTOS; ZERDA, 2007).
49
UNIDADE 1 — CONCEITOS, NOÇÕES E FUNDAMENTOS DA FOTOINTERPRETAÇÃO
Disperati, Santos e Zerda (2007) ponderam que esta visão é prática mesmo
após o surgimento da terceira geração dos sistemas de informações geográficas
através dos sistemas que permitem o compartilhamento de informações entre
diversos atores presentes na sociedade.
50
TÓPICO 3 — INTRODUÇÃO DA INTERRELAÇÃO DA FOTOINTERPRETAÇÃO COM A FOTOGRAMETRIA
E AS DEMAIS DISCIPLINAS
Para que a validação dos padrões pudesse ser realizada através da fotoin-
terpretação, tendo como base os dados obtidos em campo, e de fotografias aéreas
resultantes de dois sobrevoos ocorridos em 2009. Estas fotografias, segundo a
autora, foram obtidas por meio de uma câmera digital, e seu relógio foi sincroni-
zado a um GPS (Sistema de Posicionamento Global), o que permitiu a geolocali-
zação das fotografias aéreas nas imagens (SANTOS, 2016).
51
UNIDADE 1 — CONCEITOS, NOÇÕES E FUNDAMENTOS DA FOTOINTERPRETAÇÃO
lógico deve ser aprimorada e automatizada para que haja uma melhora na coleta
dos dados da variação do nível de água e que estes possam ser correlacionados
aos dados fotográficos em um referencial geodésico único.
Pires et al. (2015), por sua vez, demonstram através de seu trabalho que a
fotointerpretação é importante e necessária para a realização da análise e estudos
da estrutura da paisagem como forma de se estabelecer estratégias de conserva-
ção em fragmentos da Mata Atlântica com o uso da fotointerpretação e do sistema
de informação geográfica.
DICAS
52
TÓPICO 3 — INTRODUÇÃO DA INTERRELAÇÃO DA FOTOINTERPRETAÇÃO COM A FOTOGRAMETRIA
E AS DEMAIS DISCIPLINAS
LEITURA COMPLEMENTAR
Gabriela de Camargo
Kardillis Araújo Castro
Luiz Fernando Gomes
Pedro Rogério Giongo
INTRODUÇÃO
Nos últimos tempos, a preocupação com o meio ambiente tem sido motivo
de atenção cada vez maior devido à degradação que o homem vem causando ao
usar de forma irracional os recursos naturais (BATISTA; SILVA; SANTOS, 2010).
53
UNIDADE 1 — CONCEITOS, NOÇÕES E FUNDAMENTOS DA FOTOINTERPRETAÇÃO
54
TÓPICO 3 — INTRODUÇÃO DA INTERRELAÇÃO DA FOTOINTERPRETAÇÃO COM A FOTOGRAMETRIA
E AS DEMAIS DISCIPLINAS
MATERIAIS E MÉTODOS
Para identificação das classes temáticas, foram criados arquivos vetoriais, com
os nomes a cada classe, permitindo assim identificar e quantificar as áreas (Figura 3).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
FIGURA 2 – USOS DO SOLO MAPEADO NA REGIÃO DE ESTUDO COM IMAGEM GOOGLE EARTH 2010
56
TÓPICO 3 — INTRODUÇÃO DA INTERRELAÇÃO DA FOTOINTERPRETAÇÃO COM A FOTOGRAMETRIA
E AS DEMAIS DISCIPLINAS
TABELA 1 – DADOS DOS USOS DO SOLO COM AS RESPECTIVAS ÁREAS (HA), DA ÁREA DE
ESTUDO
A água foi identificada por abranger uma pequena área e apresentar tonali-
dade mais escura do que as demais, o que pode ser uma característica da água ou dos
sedimentos no fundo da represa, ainda com textura mais lisa e proximidade a mata.
57
UNIDADE 1 — CONCEITOS, NOÇÕES E FUNDAMENTOS DA FOTOINTERPRETAÇÃO
CONCLUSÃO
58
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
• Com todo o avanço tecnológico para que possamos obter fotografias aéreas e
imagens de satélite ou radar para que possamos extrair as informações e ma-
nipular os dados, fica claro que a fotointerpretação continua com a sua posi-
ção de destaque ao que se refere à arquitetura e ao funcionamento dos dados.
CHAMADA
59
AUTOATIVIDADE
61
REFERÊNCIAS
ANDERSON, P. S. Fundamentos para fotointerpretação. Rio de Janeiro: Socie-
dade Brasileira de Cartografia, 1982.
COELHO F., L. C. T.; NUNES, J. L.; BRITO, S. The E-foto project: an educatio-
nal digital photogrammetric workstation. In: ISPRS COMMISSION MID TERM
SYMPOSIUM ON NEW APPROACHES FOR EDUCATION AND COMMUNI-
CATION, 6., 2002, São José dos Campos. Proceedings [...]. São José dos Campos:
INPE, 2002. Disponível em: https://bit.ly/3pBbwBM. Acesso em: 4 fev. 2021.
62
COELHO, J. O. M.; ZAINE, J. E.; RODRIGUES, F. H. Análise fisiográfica, a partir de
técnicas de fotointerpretação, aplicada ao mapeamento geológico-geotécnico de obras
rodoviárias. Revista Brasileira de Cartografia, Uberlândia, v. 68, n. 10, p. 2063-2082,
30 dez. 2016. Disponível em: http://bit.ly/3bqF93P. Acesso em: 4 fev. 2021.
63
LOCH, C.; ERBA, D. A. Cadastro técnico multifinalitário: rural e urbano. Cam-
bridge, MA: Lincoln Institute of Land Policy, 2007.
64
ROSENFELDT, Y. A. Z. Integração da geodésia, da fotogrametria e da fotoin-
terpretação na construção de sistema cadastral para viabilizar a regularização
fundiária plena. 2016. 301 p. Tese (Doutorado em Engenharia Civil) – Universi-
dade Federal de Santa Catarina, Centro Tecnológico, Programa de Pós-Gradua-
ção em Engenharia Civil, Florianópolis, 2016. Disponível em: https://bit.ly/3ds-
meYX. Acesso em: 4 fev. 2021.
65
66
UNIDADE 2 —
FOTOINTERPRETAÇÃO E
OS DIFERENTES RECURSOS
TECNOLÓGICOS EMPREGADOS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
CHAMADA
67
68
TÓPICO 1 —
UNIDADE 2
Bons estudos!
• Região fotografada.
• Condições atmosféricas.
• Momento da tomada da foto.
• Ordem técnica.
• Qualidade do equipamento.
• Escala da foto.
A região fotografada é uma região que possui características próprias que po-
dem afetar a qualidade das imagens, o que inclui principalmente os fatores do clima
da região fotografada. Um dos principais aspectos que afetam as fotografias aéreas é
69
UNIDADE 2 — FOTOINTERPRETAÇÃO E OS DIFERENTES RECURSOS TECNOLÓGICOS EMPREGADOS
70
TÓPICO 1 — QUALIDADE, GEOMETRIA, PROCESSOS DE DESLOCAMENTO, PROJEÇÕES E AS COORDENADAS DAS
FOTOGRAFIAS AÉREAS
• A escala absoluta é obtida com base nos próprios valores numéricos da escala,
estes podem ser representados através de uma fração representativa, 1/50.000
por meio de um gráfico e ainda podem ser representados por uma expressão
que, no caso, dois centímetros equivalem a um quilômetro (ver Figura 1).
• Para a escala de comparação relativa é possível utilizar as palavras maior ou
menor. Desta forma, entre duas escalas distintas, a maior será aquela com a
maior fração representativa, ou seja, quando o denominador diminui a escala
aumenta, observe: “a escala de 1/60.000 é menor do que a escala de 1/40.000,
e esta, por sua vez é maior do que a de 1/100.000” (ANDERSON, 1982, p. 93).
• A escala de classificação arbitrária é a organização da escala absoluta em
grupos lógicos, com base nos seguintes termos: grande, média e pequena.
Observe o exemplo destacado por Anderson (1982, p. 93):
O escala grande: de 1:1 até 1:15000 (inclusive);
O escala média: de 1:15000 até 1:60000 (inclusive);
O escala pequena: de 1:60000 em diante.
71
UNIDADE 2 — FOTOINTERPRETAÇÃO E OS DIFERENTES RECURSOS TECNOLÓGICOS EMPREGADOS
FONTE: A autora
72
TÓPICO 1 — QUALIDADE, GEOMETRIA, PROCESSOS DE DESLOCAMENTO, PROJEÇÕES E AS COORDENADAS DAS
FOTOGRAFIAS AÉREAS
f
E=
H
0,153
E= = 0, 000125 ou 1:8.000
1,224
ATENCAO
Anderson (1982), por sua vez, apresenta a forma mais habitual da apre-
sentação da escala, representada pela letra S, fração representativa, observe:
1
100.000
Esta escala apresentada por Anderson (1982) pode ser também represen-
tada por 1/SN, sendo que o SN se refere ao número da escala ou scale number, que,
no caso, ele é o denominador da fração representativa, também chamada de DFR.
Os elementos contidos na equação da escala são três, sendo que dois deles
são necessários para que possamos identificar o terceiro número. Então, um dos
elementos que vamos necessitar é a medida da fotografia e o outro é a medida no
terreno, e o terceiro é o que desejamos conhecer, a escala (ANDERSON, 1982). Des-
sa forma, os dados de distância focal e da altura do voo, são os dados dos quais pre-
cisamos para obter a escala. Observe o exemplo de Anderson (1982, p. 91) a seguir:
“Se a distância focal (f) for 150 mm e a altura de voo for 6000 mm, então a
escala da fotografia aérea é de”:
f 150mm 1
S S S
H 6000000 40000
73
UNIDADE 2 — FOTOINTERPRETAÇÃO E OS DIFERENTES RECURSOS TECNOLÓGICOS EMPREGADOS
DICAS
TUROS
ESTUDOS FU
ATENCAO
Lembre-se, você estudou o valor de escala (S) que também pode ser represen-
tada por 1/SN, na página anterior!
Anderson (1982, p. 91) destaca ainda outra forma para se realizar esse
cálculo, utilizado unicamente o número referente ao denominador da escala que,
neste caso, é SN, e assim temos: a distância AB identificada no terreno é a mesma
distância ab que temos na fotografia, só que neste caso ela deve ser multiplicada
pelo número da escala (SN) da fotografia utilizada para a realização da medição,
assim, pelo denominador da fração representativa (DFR) da escala da fotografia.
74
TÓPICO 1 — QUALIDADE, GEOMETRIA, PROCESSOS DE DESLOCAMENTO, PROJEÇÕES E AS COORDENADAS DAS
FOTOGRAFIAS AÉREAS
AB ou ab = 0, 5 metros.
SN ou DFR ou S = 1.000 metros.
1º Exemplo:
= abfoto × SN
ABterreno
1
0,5 x
1000
0, 5 ÷1000 = 0, 0005
2º Exemplo:
= abfoto ÷ S
ABterreno
0, 5 ÷1000 = 0, 0005
E
IMPORTANT
Para Jensen (2011), a escala de uma fotografia aérea pode ser expressa de forma
verbal ou em fração representativa, chamada por alguns profissionais como adimen-
sional. Neste caso, temos: “1cm em uma fotografia aérea equivale a 200 m ou 20.000 cm
no solo”, e, portanto, a escala é expressa da seguinte maneira (JENSEN, 2011, p. 157):
75
UNIDADE 2 — FOTOINTERPRETAÇÃO E OS DIFERENTES RECURSOS TECNOLÓGICOS EMPREGADOS
76
TÓPICO 1 — QUALIDADE, GEOMETRIA, PROCESSOS DE DESLOCAMENTO, PROJEÇÕES E AS COORDENADAS DAS
FOTOGRAFIAS AÉREAS
NOTA
Sobre altitude de voo, observe o exemplo destacado por Anderson (1982, p. 90):
77
UNIDADE 2 — FOTOINTERPRETAÇÃO E OS DIFERENTES RECURSOS TECNOLÓGICOS EMPREGADOS
78
TÓPICO 1 — QUALIDADE, GEOMETRIA, PROCESSOS DE DESLOCAMENTO, PROJEÇÕES E AS COORDENADAS DAS
FOTOGRAFIAS AÉREAS
Então, para que possamos saber a quantidade de fotos para recobrir uma
área de 100 km² é necessário dividir o valor da área de cobertura de uma foto,
acompanhe:
Área 100
N=
fotos = = 105fotos ± 15%desegurança
Áreaúnica 0,95
Para o exemplo apresentado por Santos (2004) são necessárias 105 fotos
para recobrir uma área de 100 km².
O deslocamento devido ao relevo foi descrito por Anderson (1982, p. 95) que,
na forma real, um objeto que apresente altura como a de “uma árvore, um prédio, ou
uma montanha, por exemplo, tenha o seu topo na mesma posição planimétrica que a
da base, isso quer dizer que o topo se encontra diretamente acima da base”.
79
UNIDADE 2 — FOTOINTERPRETAÇÃO E OS DIFERENTES RECURSOS TECNOLÓGICOS EMPREGADOS
Este deslocamento ocorre para objetos presentes na fotografia aérea e que possu-
am altura distinta do datum do ponto nadir. Portanto, a posição do objeto é “lateralmente
deslocada em relação à sua própria base” (ANDERSON, 1982, p. 95), observe a Figura 5.
80
TÓPICO 1 — QUALIDADE, GEOMETRIA, PROCESSOS DE DESLOCAMENTO, PROJEÇÕES E AS COORDENADAS DAS
FOTOGRAFIAS AÉREAS
NOTA
DATUM: “Marco determinado por meios geodésicos, de alta precisão, que ser-
ve como ponto de referência para todos os levantamentos que venham a ser executados
sobre uma determinada área do globo terrestre” (TEIXEIRA; CHRISTOFOLETTI, 1997, p. 80)
TUROS
ESTUDOS FU
81
UNIDADE 2 — FOTOINTERPRETAÇÃO E OS DIFERENTES RECURSOS TECNOLÓGICOS EMPREGADOS
NOTA
Ponto Nadir: é a interseção da vertical que passa pelo centro de projeção com o pla-
no do negativo ou, então, o plano da fotografia. Normalmente, ele é representado com as letras “n”
e “N”, tanto na fotografia quanto no terreno, de forma respectiva. Quando se trata de uma fotografia
aérea vertical, o ponto nadir se confunde facilmente com o ponto principal (ANDERSON, 1982).
82
TÓPICO 1 — QUALIDADE, GEOMETRIA, PROCESSOS DE DESLOCAMENTO, PROJEÇÕES E AS COORDENADAS DAS
FOTOGRAFIAS AÉREAS
TUROS
ESTUDOS FU
83
UNIDADE 2 — FOTOINTERPRETAÇÃO E OS DIFERENTES RECURSOS TECNOLÓGICOS EMPREGADOS
DICAS
84
TÓPICO 1 — QUALIDADE, GEOMETRIA, PROCESSOS DE DESLOCAMENTO, PROJEÇÕES E AS COORDENADAS DAS
FOTOGRAFIAS AÉREAS
85
UNIDADE 2 — FOTOINTERPRETAÇÃO E OS DIFERENTES RECURSOS TECNOLÓGICOS EMPREGADOS
86
TÓPICO 1 — QUALIDADE, GEOMETRIA, PROCESSOS DE DESLOCAMENTO, PROJEÇÕES E AS COORDENADAS DAS
FOTOGRAFIAS AÉREAS
Você pode observar que não é necessário colocar a vírgula entre o grupo
dos três algoritmos, pois sabemos que a primeira metade dos dígitos está relacio-
nada à medição para a direita e a segunda metade com a medição realizada para
cima. Uma anotação de coordenadas deve sempre existir uma quantidade par de
objetos (ANDERSON, 1982).
87
UNIDADE 2 — FOTOINTERPRETAÇÃO E OS DIFERENTES RECURSOS TECNOLÓGICOS EMPREGADOS
Como vimos, o sistema CMM faz uso das medidas diretas e acima de
duas linhas de referência, e Anderson (1982) cita que este sistema é similar ao
sistema de coordenadas UTM (Universal Transversa de Mercator), e que se en-
contram impressas em mapas e cartas topográficos do Brasil. O autor pondera
que existem três diferenças, e que o profissional deve ficar atento pelo fato delas
serem consideradas fundamentais, observe: “medições de distância, orientação
de direções cardeais e o ponto de origem (000 000)” (ANDERSON, 1982, p. 82).
E
IMPORTANT
Se na fotografia aérea estiver definido o sistema UTM, ela terá o norte identifi-
cado em sua margem superior.
88
TÓPICO 1 — QUALIDADE, GEOMETRIA, PROCESSOS DE DESLOCAMENTO, PROJEÇÕES E AS COORDENADAS DAS
FOTOGRAFIAS AÉREAS
definir o centro fiducial (CF) de uma fotografia. “As marcas fiduciais são impressas
pelo cone interno da câmera métrica convencional”, durante o processo de obtenção
da fotografia aérea, as câmeras métricas possuem geralmente entre “4 e 8 marcas
fiduciais” (SANTOS, 2009, p. 49). Na Figura 11, é possível observar a marca fiducial,
o sistema de referência fiducial, bem como o cone da câmera métrica convencional.
Em que:
89
UNIDADE 2 — FOTOINTERPRETAÇÃO E OS DIFERENTES RECURSOS TECNOLÓGICOS EMPREGADOS
Em que:
90
TÓPICO 1 — QUALIDADE, GEOMETRIA, PROCESSOS DE DESLOCAMENTO, PROJEÇÕES E AS COORDENADAS DAS
FOTOGRAFIAS AÉREAS
Em que:
• Origem (O): a origem do sistema é o canto superior esquerdo.
• Eixo OC: direção horizontal e sentido positivo para a direita.
• Eixo OL: rotacionado 90° graus em relação ao eixo OC, sen-
tido horário.
• C, L: coluna e linha, respectivamente (SANTOS, 2009, p. 51).
NOTA
91
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
92
AUTOATIVIDADE
94
TÓPICO 2 —
UNIDADE 2
SISTEMAS FOTOGRÁFICOS
1 INTRODUÇÃO
Bons estudos!
95
UNIDADE 2 — FOTOINTERPRETAÇÃO E OS DIFERENTES RECURSOS TECNOLÓGICOS EMPREGADOS
DICAS
ATENCAO
Meneses e Almeida (2012, p. 18) destacam que cada raio colorido tem o
seu próprio comprimento de onda, “a inclinação de cada raio, ao emergir da ou-
tra face do prisma”, ocorre devido à relação existente entre o comprimento de
onda e o índice de refração do prisma.
97
UNIDADE 2 — FOTOINTERPRETAÇÃO E OS DIFERENTES RECURSOS TECNOLÓGICOS EMPREGADOS
98
TÓPICO 2 — SISTEMAS FOTOGRÁFICOS
99
UNIDADE 2 — FOTOINTERPRETAÇÃO E OS DIFERENTES RECURSOS TECNOLÓGICOS EMPREGADOS
100
TÓPICO 2 — SISTEMAS FOTOGRÁFICOS
TUROS
ESTUDOS FU
NOTA
101
UNIDADE 2 — FOTOINTERPRETAÇÃO E OS DIFERENTES RECURSOS TECNOLÓGICOS EMPREGADOS
102
TÓPICO 2 — SISTEMAS FOTOGRÁFICOS
4 CÂMERA AÉREA
A câmera aérea é composta basicamente de uma lente e de um plano nega-
tivo de exposição. E quando pensamos em lente de câmera fotográfica, logo imagi-
namos que se trata de uma lente somente, mas na verdade consiste em uma série
sequencial de lentes que em conjunto possuem o objetivo principal de minimizar
distorções e maximizar a focalização ótima da imagem, conforme descreve Ander-
son (1982). Desta forma, cada uma das lentes deste conjunto possui o seu próprio
centro ótico, é importante, destacar que, em um só centro ótico do conjunto das
lentes, é obtida a precisão das câmeras aerofotográficas (ANDERSON, 1982).
Anderson (1982) destaca que o raio de luz que atravessa o centro da lente,
é perpendicular ao plano da lente, e, portanto, é denominado de eixo ótico. En-
tão, como “o foco da lente é fixo e resulta de uma distância constante ao longo do
eixo ótico, do centro da lente até o plano do negativo, essa distância é chamada
normalmente de distância focal” (ANDERSON, 1982, p. 87). A distância focal é
representada pela letra f, e a distância principal pela letra c. Observe a equação a
seguir e a relação entre “f” e “c”:
103
UNIDADE 2 — FOTOINTERPRETAÇÃO E OS DIFERENTES RECURSOS TECNOLÓGICOS EMPREGADOS
Anderson (1982, p. 88) descreve que “os raios de luz chegam à câmera de
forma convergente, com um feixe de raios não paralelos. O funcionamento da
câmera fotográfica é similar ao olho humano, e esse fenômeno é denominado de
projeção central, em que o feixe de raios de luz forma um cone”.
104
TÓPICO 2 — SISTEMAS FOTOGRÁFICOS
105
UNIDADE 2 — FOTOINTERPRETAÇÃO E OS DIFERENTES RECURSOS TECNOLÓGICOS EMPREGADOS
Jensen (2011) pondera que o cone de montagem da lente tem a sua impor-
tância relatada, pois, é composto por uma objetiva com inúmeros elementos de
lentes com valores elevados e que projetam as imagens do mundo real, sem que
haja distorções do plano do filme. Segundo o autor, as câmeras métricas utiliza-
das para o mapeamento fazem uso de distintas objetivas em diversos campos de
visada angular. O campo de visada angular das câmeras de acordo com Jensen
(2011, p. 101) é de “<60°, com objetiva normal de 60°- 75°, com objetiva grande
angular é de 75°- 100°, e com supergrande angular é >100°”. Desta forma, quanto
mais largo o campo for, maior será a nossa área de cobertura, isso a depender da
altitude em que estiver sendo realizado o voo, ou seja, maior a altitude em que a
aeronave estiver acima do terreno, maior será a área a ser fotografada para uma
mesma objetiva; observe a Figura 20.
106
TÓPICO 2 — SISTEMAS FOTOGRÁFICOS
107
UNIDADE 2 — FOTOINTERPRETAÇÃO E OS DIFERENTES RECURSOS TECNOLÓGICOS EMPREGADOS
As câmeras digitais aéreas foram uma revolução para a coleta de dados aero-
fotogramétricos. Nelas há um sensor de imageamento que normalmente é um circuito
e encontra-se integrado de detector por carga acoplada CCD ou de semicondutor de
óxido de metal complementar. O detector do sensor irá converter a luz em elétrons
medidos e após convertidos nos valores de intensidade radiométrica (JENSEN, 2011).
As câmeras digitais fazem uso das objetivas com diafragma que servem
para controlar o flstop, com obturador para controlar o tempo de exposição, e com
um mecanismo para focalização. O fstop refere-se à velocidade do obturador e à
abertura do diafragma em uma câmera. Contudo, a maior diferença das câmeras
digitais consiste no uso de uma matriz uni ou bidimensional de CCD ao invés de
um filme. Desta forma, a objetiva focaliza a luz proveniente da cena sobre a matriz
de detectores que podem ser uni ou bidimensionais, e os fótons de luz que ilumi-
nam cada um dos detectores é que produzem a carga elétrica que está diretamente
relacionada com a quantidade de energia radiante incidente. Então, o sinal analó-
gico é eletronicamente amostrado e convertido em um valor digital de brilho que
varia de 8 bit (valores de 0-255) a 12 bit (valores de 0 a 4095) (JENSEN, 2011).
108
TÓPICO 2 — SISTEMAS FOTOGRÁFICOS
O resultado é uma imagem gerada com base em uma luz azul refletida pela
superfície, outra gerada a partir da luz verde refletida pela superfície e uma última
imagem gerada a partir da luz vermelha refletida pela superfície. Desta forma, as três
imagens individuais, em preto e branco, são gravadas na memória de acesso aleató-
rio (RAM) elas poderão ser compostas em uma imagem colorida com o uso da teoria
aditiva de cores a fim de se produzir uma imagem colorida normal. Também é pos-
sível ter detectores sensíveis à radiação no infravermelho próximo (JENSEN, 2011).
• Os drones foram classificados para fins recreativos e não devem ser usados
em locais densamente povoados.
• Os VANTs, por sua vez, foram desenvolvidos para serem utilizados de forma
comercial e podem ser utilizados em pesquisas científicas.
109
UNIDADE 2 — FOTOINTERPRETAÇÃO E OS DIFERENTES RECURSOS TECNOLÓGICOS EMPREGADOS
NOTA
Os VANTs, segundo Eisenbeiss (2009 apud LINS, 2019, p. 31), “são veícu-
los aéreos não tripulados, motorizados e reutilizáveis que podem voar autôno-
ma, semiautônoma ou manualmente, conduzidos por um piloto, a partir do solo,
usando um controle remoto”. Zanetti (2017, p. 9) destacando o Departamento
Norte Americano (DOD) tem a definição de VANT como:
Lins (2019) descreve que os VANTs são utilizados com maior frequência
para as análises de pequenos e médios objetos, principalmente nas áreas urbanas,
devido a sua resolução espacial, como também, pela facilidade em atualizar as
imagens (resolução temporal) e ainda pelo seu baixo custo quando comparado
com uma imagem orbital, e a qualidade geométrica (resolução espacial) das ima-
gens correspondem à necessidade para estes tipos de uso.
110
TÓPICO 2 — SISTEMAS FOTOGRÁFICOS
No VANT de asa fixa, a sua decolagem em geral ocorre com o auxílio de uma
catapulta, e seu pouso pode ser realizado com o auxílio de um paraquedas, ou ainda
pode pousar de barriga. Este tipo de VANT apresenta maior autonomia de voo quan-
do comparado com o multirrotor, portanto, a duração de seu voo é de aproximada-
mente 50 minutos, sendo ele indicado para uso em áreas mais extensas (LINS, 2019).
Lins (2019) descreve que o termo drone se trata de uma expressão co-
mum muito utilizada para descrever os pequenos multirrotores, até VANTs de
aplicações militares. Assim, o termo drone não é utilizado na regulamentação
da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil). Só possui autorização para ope-
rar um drone o indivíduo que estiver de posse de uma autorização emitida pela
ANAC, segundo a Instrução Suplementar nº 21-002A (ANAC, 2017).
pelos GNSS (Global Navigation Satellite System) e INS (Inertial Navigation System),
responsáveis pelo posicionamento e direcionamento da plataforma, e, também,
dos sistemas de sensores, cuja função principal é a captação de dados espaciais,
espectrais, temporais, dentre outros (SCHEIBEL et al. 2019).
112
TÓPICO 2 — SISTEMAS FOTOGRÁFICOS
Zaidan (2010) descreve ainda que os grãos de brometo de prata que per-
maneceram foram os que receberam mais luz, e, portanto, criam uma imagem ne-
gativa, em que as áreas mais claras são representadas pelas tonalidades de cores
mais escuras, observe a Figura 25, que se refere a uma imagem negativa.
Para Zaidan (2010, p. 13) “a imagem positiva pode ser produzida em material
fotográfico transparente ou opaco”. Portanto, a imagem positiva quando produzida em
material transparente recebe o nome de diapositivo fotográfico e quando ela é produzi-
da em material opaco ela recebe o nome de fotografia, segue um exemplo na Figura 27.
113
UNIDADE 2 — FOTOINTERPRETAÇÃO E OS DIFERENTES RECURSOS TECNOLÓGICOS EMPREGADOS
114
TÓPICO 2 — SISTEMAS FOTOGRÁFICOS
115
UNIDADE 2 — FOTOINTERPRETAÇÃO E OS DIFERENTES RECURSOS TECNOLÓGICOS EMPREGADOS
Por outro lado, os filmes coloridos são mais sensíveis aos fenômenos at-
mosféricos como as névoas, poluições atmosféricas e aos extremos das tempera-
turas podendo ocasionar alterações nas imagens obtidas (SANTOS, 2007).
116
TÓPICO 2 — SISTEMAS FOTOGRÁFICOS
E
IMPORTANT
Nos filmes coloridos é preciso considerar o princípio da fotografia colorida, a qual con-
siste na reprodução de qualquer cor com base em uma mistura de três cores primárias: azul, verde
e vermelho, ou seja, estamos nos referindo ao sistema RGB – Red, Green e Blue. Portanto, a mistura
dessas cores, ou o processo de adição de uma cor sobre a outra em medidas distintas, chama-se
“Processo Aditivo”, segundo Zaidan (2010). Vamos observar os sistemas de cores aditivas, e você
pode observar as cores primárias e a obtenção de novas cores através do processo de adição.
117
UNIDADE 2 — FOTOINTERPRETAÇÃO E OS DIFERENTES RECURSOS TECNOLÓGICOS EMPREGADOS
118
TÓPICO 2 — SISTEMAS FOTOGRÁFICOS
Neste subtópico, você estudou a constituição dos filmes, vamos agora es-
tudar a estereoscopia.
7 ESTEREOSCÓPIO
119
UNIDADE 2 — FOTOINTERPRETAÇÃO E OS DIFERENTES RECURSOS TECNOLÓGICOS EMPREGADOS
120
TÓPICO 2 — SISTEMAS FOTOGRÁFICOS
121
UNIDADE 2 — FOTOINTERPRETAÇÃO E OS DIFERENTES RECURSOS TECNOLÓGICOS EMPREGADOS
Existem ainda outros recursos utilizados, porém cabe destacar que eles não
substituem os métodos de estereoscopia de lente e de espelho. Dos novos recursos,
os mais usuais são os polarizados passivos e ativos, e, nas Figuras 37 e 38, você pode
observar um exemplo de polarização passiva e um sistema de polarização ativa.
122
TÓPICO 2 — SISTEMAS FOTOGRÁFICOS
ATENCAO
123
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
124
AUTOATIVIDADE
125
5 Nos últimos anos o avanço tecnológico para a área da fotointerpretação
permitiu o surgimento de novos equipamentos para a aquisição dos dados
como foi o caso dos Veículos Aéreos não Tripulados (VANTs) e as Aerona-
ves Remotamente Pilotadas (ARPs). Os VANTs permitem a aquisição dos
dados da superfície da terrestre com um menor custo e com uma maior faci-
lidade de operação e obtenção de imagens em alta resolução. Portanto, com
base no exposto e nos conhecimentos adquiridos em seus estudos, disserte
sobre os tipos de veículos aéreos não tripulados de asa fixa e multirrotores.
126
TÓPICO 3 —
UNIDADE 2
1 INTRODUÇÃO
2 VISÃO ESTEREOSCÓPICA
Tal característica permite que as imagens recebidas por cada um dos olhos se
tornem uma só, ocasionando, além da visão bidimensional, a sensação de profundidade.
127
UNIDADE 2 — FOTOINTERPRETAÇÃO E OS DIFERENTES RECURSOS TECNOLÓGICOS EMPREGADOS
129
UNIDADE 2 — FOTOINTERPRETAÇÃO E OS DIFERENTES RECURSOS TECNOLÓGICOS EMPREGADOS
130
TÓPICO 3 — ESTEREOSCOPIA, OBTENÇÃO DAS FOTOGRAFIAS AÉREAS, MOSAICO, ÍNDICE DAS FOTOGRAFIAS
Outro exemplo foi apresentado por Santos (2007, p. 69) que relata “uma
fila de postes: notamos que a sua altura diminui com o afastamento dos postes”.
O autor descreve ainda que: “Olhando a estrada, as suas margens parecem con-
vergir para um ponto” (SANTOS, 2007, p. 69). E, para finalizar os exemplos apre-
sentados, temos o seguinte: “As montanhas distantes apresentam cor azulada,
enquanto que as próximas apresentam cor verde” (SANTOS, 2007, p. 69).
131
UNIDADE 2 — FOTOINTERPRETAÇÃO E OS DIFERENTES RECURSOS TECNOLÓGICOS EMPREGADOS
133
UNIDADE 2 — FOTOINTERPRETAÇÃO E OS DIFERENTES RECURSOS TECNOLÓGICOS EMPREGADOS
De uma forma geral, as fotografias são obtidas por meio de aviões, e em ca-
sos mais específicos são utilizados helicópteros para a obtenção. Quando utilizado
o avião para a obtenção das fotografias aéreas, a posição no instante da tomada das
fotografias do terreno que aparece abaixo da câmera é classificada como vertical.
134
TÓPICO 3 — ESTEREOSCOPIA, OBTENÇÃO DAS FOTOGRAFIAS AÉREAS, MOSAICO, ÍNDICE DAS FOTOGRAFIAS
135
UNIDADE 2 — FOTOINTERPRETAÇÃO E OS DIFERENTES RECURSOS TECNOLÓGICOS EMPREGADOS
Para que seja possível ter o ponto principal da primeira fotografia incluí-
do na segunda fotografia, se faz necessário que o recobrimento seja de 50 a 60%
conforme demonstrado na Figura 45 (ANDERSON, 1982).
136
TÓPICO 3 — ESTEREOSCOPIA, OBTENÇÃO DAS FOTOGRAFIAS AÉREAS, MOSAICO, ÍNDICE DAS FOTOGRAFIAS
NOTA
A linha de voo é formada entre a ligação existente entre o PP1 com o PP2,
e é denominada de fotobase, sendo ela medida em milímetros e trata-se de uma
distância relativa. A aerobase refere-se à distância absoluta real existente entre as
estações em que foram tiradas as fotos aéreas, e suas medidas são realizadas em
metros ou quilômetros (ANDERSON, 1982).
137
UNIDADE 2 — FOTOINTERPRETAÇÃO E OS DIFERENTES RECURSOS TECNOLÓGICOS EMPREGADOS
(a)
(b)
FONTE: Anderson (1982, p. 60)
138
TÓPICO 3 — ESTEREOSCOPIA, OBTENÇÃO DAS FOTOGRAFIAS AÉREAS, MOSAICO, ÍNDICE DAS FOTOGRAFIAS
Apoio planimétrico:
• Em cada par de fotografias, devem figurar pelo menos três pontos
facilmente identificáveis;
• Esses pontos devem estar o mais afastado possível entre si, porém
não muito próximos das bordas das fotografias para evitar a redu-
ção da nitidez dos pontos situados nessas regiões;
• Devem ser escolhidos em posições elevadas, para facilidade
de intervisibilidade com os vértices da triangulação básica ou
pelo levantamento com o GPS. (LOCH; ERBA, 2007, p. 85)
TUROS
ESTUDOS FU
Os pontos a que Loch e Erba (2007, p. 85) se referem podem ser “confluência
de riachos, cruzamentos de cercas ou outros pontos que sejam de fácil identificação nas
fotografias”. A seleção é realizada com base no exame estereoscópico das fotografias.
139
UNIDADE 2 — FOTOINTERPRETAÇÃO E OS DIFERENTES RECURSOS TECNOLÓGICOS EMPREGADOS
Os pontos, segundo Loch e Erba (2007), devem ser marcados em uma có-
pia do fotoíndice para que sejam utilizadas para o levantamento no terreno dos
pontos planimétricos e altimétricos.
Os mosaicos não controlados segundo Santos (2004) são obtidos pela mescla-
gem e ajuste realizados entre os detalhes comuns que existem nas margens das ima-
gens aéreas. Segundo o autor, para esse tipo de mosaico não se usam pontos de referên-
cia no solo e as fotografias utilizadas não necessitam passar por técnicas de retificação.
O tipo de mosaico não controlado faz uso de uma técnica simples e ele pode
ser produzido de forma rápida, mas apresentará distorções decorrentes do deslo-
camento planimétrico dos objetos, pela irregularidade do terreno, e, também, pela
possível diferença de escala que pode ocorrer ao longo da superfície. Este tipo de
mosaico apresenta, ainda, uma precisão bastante reduzida (SANTOS, 2004).
140
TÓPICO 3 — ESTEREOSCOPIA, OBTENÇÃO DAS FOTOGRAFIAS AÉREAS, MOSAICO, ÍNDICE DAS FOTOGRAFIAS
Os índices das fotografias aéreas têm como principal objetivo realizar a classi-
ficação e a numeração das inúmeras fotografias aéreas tiradas a cada ano. Os índices
das fotografias são classificados basicamente em fotoíndice fotográfico, fotoíndice de
margens e o fotoíndice de pontos principais e linhas de voo (ANDERSON, 1982).
141
UNIDADE 2 — FOTOINTERPRETAÇÃO E OS DIFERENTES RECURSOS TECNOLÓGICOS EMPREGADOS
ATENCAO
142
TÓPICO 3 — ESTEREOSCOPIA, OBTENÇÃO DAS FOTOGRAFIAS AÉREAS, MOSAICO, ÍNDICE DAS FOTOGRAFIAS
5 PARALAXE ESTEREOSCÓPICA
143
UNIDADE 2 — FOTOINTERPRETAÇÃO E OS DIFERENTES RECURSOS TECNOLÓGICOS EMPREGADOS
144
TÓPICO 3 — ESTEREOSCOPIA, OBTENÇÃO DAS FOTOGRAFIAS AÉREAS, MOSAICO, ÍNDICE DAS FOTOGRAFIAS
145
UNIDADE 2 — FOTOINTERPRETAÇÃO E OS DIFERENTES RECURSOS TECNOLÓGICOS EMPREGADOS
LEITURA COMPLEMENTAR
1 Introdução
2 Objetivos
3 Revisão da literatura
146
TÓPICO 3 — ESTEREOSCOPIA, OBTENÇÃO DAS FOTOGRAFIAS AÉREAS, MOSAICO, ÍNDICE DAS FOTOGRAFIAS
As duas imagens visuais são conduzidas por estímulos elétrico são cé-
rebro que, aceitando a disparidade de uma pequena distância horizontal entre
elas, as une resultando em uma imagem tridimensional. Assim, cada olho ob-
serva apenas uma imagem e posteriormente ocorre a formação do modelo tridi-
mensional do objeto observado. Na observação monocular, isto é, efetuada com
apenas um olho, não ocorre a formação do modelo tridimensional do local obser-
vado, dificultando as medições, principalmente as diferenças de profundidade
entre objetos, a qual passa a ser feita na perspectiva de objetos e no encobrimento
parcial entre os objetos. Dessa forma, a observação em 3D só e factível através
da observação binocular de duas imagens do mesmo local obtidas de posições
diferentes, sendo que cada olho deve observar apenas uma imagem (ANDRADE,
1998; TAVARES; FAGUNDES, 1995; ROQUES; PESCE, 2004).
147
UNIDADE 2 — FOTOINTERPRETAÇÃO E OS DIFERENTES RECURSOS TECNOLÓGICOS EMPREGADOS
O anáglifo por impressão em papel, face ao aspecto prático pode ser dis-
ponibilizado mais facilmente, tem sido usado em revistas infantis e também como
meio de propaganda comercial principalmente em produtos alimentícios infantis.
Além disso, Davies e Bolas (1973) utilizaram a técnica para ensinar a lei-
tura e a interpretação de mapas topográficos. Nos casos citados, sempre houve a
disponibilidade dos óculos (feitos em papelão) com lentes coloridas para a res-
pectiva observação em 3D.
FONTE: DISPERATI, A. A.; OLIVEIRA FILHO, P. C. de. Uso de anáglifos digitais como ferramenta
auxiliar em fotointerpretação ambiental Revista Ciências Exatas e Naturais, Guarapuava, v. 7, n. 2,
jul./dez. 2005. Disponível em: http://bit.ly/3pASSKc. Acesso em: 25 ago. 2020.
148
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
CHAMADA
149
AUTOATIVIDADE
151
REFERÊNCIAS
ANAC – AGÊNCIA NACIONAL DE AVIAÇÃO CIVIL. Instrução suplementar
– IS nº 21-002, revisão A. Brasília, DF: ANAC, 2017. Disponível em: https://bit.
ly/3kazbrw. Acesso em: 4 fev. 2021.
152
JUNIOR, E. R. A. Mosaicagem de imagens digitais. Dissertação (Mestrado em
Ciências Cartográficas) – Faculdade de Ciências e Tecnologia. Universidade
Estadual Paulista. Presidente Prudente. São Paulo. Brasil, 2002. Disponível em:
https://bit.ly/3sjPtS2. Acesso em: 13 out. 2020.
153
SCHEIBEL, C. H., SILVA, L. G. da; PAES, G. Utilização de aeronaves remotamente
pilotadas em análise espaço temporal dos cultivares experimentais de eucalipto. In:
CONGRESSO BRASILEIRO DE EUCALIPTO, 4., 2019, Salvador. Anais [...]. Salva-
dor: UFBA, 2019. Disponível em: https://bit.ly/3upgRQ7.Acesso em: 13 out. 2020.
154
UNIDADE 3 —
APLICAÇÕES PRÁTICAS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
CHAMADA
155
156
TÓPICO 1 —
UNIDADE 3
A FOTOINTERPRETAÇÃO, AS ETAPAS E OS
ESTÁGIOS, OS ASPECTOS E OS ELEMENTOS
BÁSICOS E A METODOLOGIA
1 INTRODUÇÃO
Bons estudos!
157
UNIDADE 3 — APLICAÇÕES PRÁTICAS
Um dos aspectos do fator humano abordado por Loch (2008) e que auxilia
no processo da fotointerpretação são as chamadas chaves. A chave é um material
considerado de referência e muito utilizado para auxiliar no processo de identifi-
cação e determinação do significado dos objetos para o fotointérprete.
Vamos aqui pontuar dois tipos de chaves que foram apresentadas por
Loch (2008): as chaves de nível técnico e as de caráter intrínseco.
No caso das chaves diretas, elas são muito usadas para identificar os fenômenos
discretos, identificados de forma direta na fotografia. As chaves associativas, por sua
vez, são utilizadas para a realização da dedução das informações que não são possíveis
de serem identificadas de forma direta em uma fotografia, e, neste caso, é necessário
o uso de objetos vizinhos para que o fotointérprete possa identificá-los (LOCH, 2008).
158
TÓPICO 1 — A FOTOINTERPRETAÇÃO, AS ETAPAS E OS ESTÁGIOS, OS ASPECTOS E OS ELEMENTOS BÁSICOS E A METO-
DOLOGIA
descreve Anderson (1982), e que fazem parte do método sistemático. Estas etapas
são a foto leitura, a foto análise e a fotointerpretação.
3.1 DETECÇÃO
TUROS
ESTUDOS FU
160
TÓPICO 1 — A FOTOINTERPRETAÇÃO, AS ETAPAS E OS ESTÁGIOS, OS ASPECTOS E OS ELEMENTOS BÁSICOS E A METO-
DOLOGIA
Desta forma, o processo de delimitação pode ser classificado de três formas dis-
tintas que, segundo Anderson (1982, p. 16), são: “de confiança, de moderada confiança
e de pouca confiança”. Esta classificação apresentada pelo autor é muito importante,
principalmente na fotointerpretação correlativa. Anderson (1982) destaca que os ma-
pas fotoanalíticos são exemplos de mapas que podem ser elaborados desta forma.
3.4 DEDUÇÃO
De uma forma habitual podemos dizer que a dedução possui seu lugar na clas-
sificação. O processo de dedução pode ser realizado em níveis distintos. Primeiro, des-
taca-se o processo com objetos ou elementos que se encontram claramente visíveis, nes-
te caso, a dedução tende a condicionar o intérprete a conclusões, ou então, as hipóteses
funcionais devido a diferenças e as similaridades que apresentam (ANDERSON, 1982).
3.5 CLASSIFICAÇÃO
161
UNIDADE 3 — APLICAÇÕES PRÁTICAS
3.6 IDEALIZAÇÃO
DICAS
162
TÓPICO 1 — A FOTOINTERPRETAÇÃO, AS ETAPAS E OS ESTÁGIOS, OS ASPECTOS E OS ELEMENTOS BÁSICOS E A METO-
DOLOGIA
• Localização
163
UNIDADE 3 — APLICAÇÕES PRÁTICAS
1. Tom claro: terra arada para o plantio, aéreas sem vegetação, aflo-
ramentos rochosos e terrenos arenosos.
2. Tom intermediário: vegetação rasteira, pastagem, culturas anuais etc.
3. Tom escuro: áreas úmidas, solos orgânicos, alagadiços, vegetação
arbórea densa etc.
• Tamanho
164
TÓPICO 1 — A FOTOINTERPRETAÇÃO, AS ETAPAS E OS ESTÁGIOS, OS ASPECTOS E OS ELEMENTOS BÁSICOS E A METO-
DOLOGIA
• Forma
165
UNIDADE 3 — APLICAÇÕES PRÁTICAS
• Textura
166
TÓPICO 1 — A FOTOINTERPRETAÇÃO, AS ETAPAS E OS ESTÁGIOS, OS ASPECTOS E OS ELEMENTOS BÁSICOS E A METO-
DOLOGIA
• Padrão
167
UNIDADE 3 — APLICAÇÕES PRÁTICAS
168
TÓPICO 1 — A FOTOINTERPRETAÇÃO, AS ETAPAS E OS ESTÁGIOS, OS ASPECTOS E OS ELEMENTOS BÁSICOS E A METO-
DOLOGIA
• Densidade
• Declividade
169
UNIDADE 3 — APLICAÇÕES PRÁTICAS
FIGURA 8 – DECLIVIDADE
• Sombra
170
TÓPICO 1 — A FOTOINTERPRETAÇÃO, AS ETAPAS E OS ESTÁGIOS, OS ASPECTOS E OS ELEMENTOS BÁSICOS E A METO-
DOLOGIA
Na figura, você pode observar a sombra das pessoas e bancos (Figura 9a), som-
bra da placa de sinalização (Figura 9b), a sombra das Pirâmides de Gisa (Figura 9c), e a
sombra em uma imagem que demonstra a altura dos objetos (Figura 9d) (JENSEN, 2011).
• Adjacências
171
UNIDADE 3 — APLICAÇÕES PRÁTICAS
172
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
173
AUTOATIVIDADE
a) ( ) F – V – V – V.
b) ( ) V – V – V – F.
c) ( ) F – V – F – V.
d) ( ) V – F – V – F.
174
c) ( ) A ordem secundária é composta pelos elementos altura, densidade e
profundidade.
d) ( ) A ordem secundária é composta pelos elementos localização, textura e
densidade.
5 A fotointerpretação é uma técnica que vem sendo cada vez mais utilizada
pelas distintas áreas do conhecimento e para isso se faz necessário uma
metodologia sistemática. O uso de uma metodologia permite que possa-
mos traduzir o empírico em uso concreto e sistemático, propiciando ainda
a troca de experiências adquiridas durante o processo de interpretação das
fotografias aéreas e das imagens de satélite. Portanto, com base no exposto
e nos conhecimentos adquiridos com seus estudos, disserte sobre o uso de
uma metodologia para a fotointerpretação.
175
176
TÓPICO 2 —
UNIDADE 3
1 INTRODUÇÃO
O estudo das fotografias aéreas e o uso de imagens obtidas por outros senso-
res são de primordial importância, uma vez que é através delas que o fotointérprete
consegue extrair as informações para a realização dos seus trabalhos e estudos.
Portanto, os assuntos abordados aqui permitirão que você tenha uma base de
conhecimento necessária para as próximas etapas de seu aprendizado. Bons estudos!
A fotografia aérea vertical resulta quando o eixo ótico da câmera irá “coin-
cidir com a vertical” (ZAIDAN, 2010, p. 20) do local que está sendo fotografada,
na hora em que a fotografia está sendo tirada. As fotografias aéreas verticais, se-
gundo Zaidan (2010), além de serem muito utilizadas para as análises de fotoin-
terpretação, elas são também utilizadas para a elaboração das bases de dados
digitais para uso no geoprocessamento.
177
UNIDADE 3 — APLICAÇÕES PRÁTICAS
Zaidan (2010, p. 21) pondera que o “ângulo normalmente oscila entre 90°
e 270°” para a tomada das fotografias aéreas, e, em alguns casos, pode ser maior
nas fotografias ou imagens obtidas através de satélites.
178
TÓPICO 2 — TIPO DE FOTOGRAFIAS AÉREAS, USO DE OUTROS SENSORES, RESTITUIÇÃO E GEORREFERENCIAMENTO DAS
FOTOGRAFIAS AÉREAS
179
UNIDADE 3 — APLICAÇÕES PRÁTICAS
ATENCAO
180
TÓPICO 2 — TIPO DE FOTOGRAFIAS AÉREAS, USO DE OUTROS SENSORES, RESTITUIÇÃO E GEORREFERENCIAMENTO DAS
FOTOGRAFIAS AÉREAS
Temba (2000, p. 8) descreve que, para a realização da “edição das cartas to-
pográficas de precisão”, faz-se necessário a reconstituição da exata posição de cada
uma das fotografias na hora exata em que elas foram tiradas. Para este procedimen-
to, o autor descreve como sendo a orientação interior do modelo estereoscópico. A
orientação relativa refere-se à reconstrução da posição que uma fotografia apresen-
ta em relação à outra e a localização de ambas as fotografias em relação a um deter-
minado terreno. Vamos acompanhar a descrição de cada um destes procedimentos:
• Orientação interior
• Orientação relativa
• Orientação absoluta
181
UNIDADE 3 — APLICAÇÕES PRÁTICAS
Portanto, para que possamos elaborar um mapa com base em fotografias aéreas
faz-se necessário seguir algumas etapas como: “1) restituição do modelo; 2) compilação
das feições extraídas do modelo estereoscópico; e 3) edição” (ZAIDAN, 2010, p. 44).
Com isso, será possível realizar as medições das coordenadas do ponto no esté-
reo modelo, assim como, a execução das compilações das feições da imagem, as formas
de representação do terreno por meio das curvas de nível, e também, dos pontos cotados.
182
TÓPICO 2 — TIPO DE FOTOGRAFIAS AÉREAS, USO DE OUTROS SENSORES, RESTITUIÇÃO E GEORREFERENCIAMENTO DAS
FOTOGRAFIAS AÉREAS
183
UNIDADE 3 — APLICAÇÕES PRÁTICAS
4.1 LANDSAT
DICAS
184
TÓPICO 2 — TIPO DE FOTOGRAFIAS AÉREAS, USO DE OUTROS SENSORES, RESTITUIÇÃO E GEORREFERENCIAMENTO DAS
FOTOGRAFIAS AÉREAS
4.2 SPOT
O sistema Spot faz parte de uma associação entre a França, Suécia e Bélgi-
ca e tem como principal objetivo a construção de um arquivo que possa ser dis-
ponível em uma base de dados mundial para a exploração da superfície da Terra,
e que possibilite ainda a construção de um arquivo que permita a realização de
análises estereoscópicas com finalidades para as áreas da fotointerpretação, car-
tografia e a atualização cadastral em escala de 1:100.000 e 1:50.000 (LOCH, 2008).
A seguir, você pode observar uma imagem Spot.
DICAS
Caro acadêmico, para maiores informações do sistema Spot, você pode aces-
sar o manual do usuário. Neste manual, você encontrará informações do modelo espectral
e geométrico, a forma de aquisição das imagens entre outras informações, basta que você
acesse o endereço: https://bit.ly/3aKujq4.
185
UNIDADE 3 — APLICAÇÕES PRÁTICAS
4.3 RADAR
É um sistema ativo e sua operação ocorre na faixa de rádio ou micro-on-
das. Radar significa Radio Detection anda Ranging e tem a sua tradução como “De-
tecção e Localização por Ondas de Rádio” (LOCH, 2008, p. 80).
186
TÓPICO 2 — TIPO DE FOTOGRAFIAS AÉREAS, USO DE OUTROS SENSORES, RESTITUIÇÃO E GEORREFERENCIAMENTO DAS
FOTOGRAFIAS AÉREAS
4.4 CBERS
O programa CBERS é uma parceria entre o Brasil e a China na área técnico
científica espacial. A principal missão do programa Cbers, no caso o Cbers 3 e 4, é
a coleta dos dados para o monitoramento e estudos tanto dos fenômenos naturais
quanto dos antrópicos ocorridos na superfície da Terra (EPIPHANIO, 2011).
Alguns fatores que fazem parte da missão Cbers 3 e 4 foram relatados por
Epiphanio, (2011, p. 2), observe:
a) adquirir imagens pancromáticas de alta resolução da superfície terrestre;
b) adquirir imagens de alta resolução nas bandas do visível, infraverme-
lho próximo, infravermelho de ondas curtas e infravermelho termal;
c) adquirir imagens da superfície terrestre com grande frequência;
d) receber e retransmitir dados de estações terrenas de coleta de dados;
e) monitorar o ambiente do satélite quanto à irradiação por partículas.
Na Figura 20, você pode observar uma imagem do CBERS 4-A, referente
à LhaSa, província do Tibete.
187
UNIDADE 3 — APLICAÇÕES PRÁTICAS
Como sistemas sensores têm ainda o MOMS (Modular Opto Eletronic Mul-
tiespectral Scanner), ele é um sistema óptico eletrônico lançado pela Alemanha. O
satélite JERS, satélite japonês para os recursos da Terra e o RADARSAT, canadense,
projetado para o oceano, terra, gelo e tem uma órbita quase polar (LOCH, 2008).
DICAS
188
TÓPICO 2 — TIPO DE FOTOGRAFIAS AÉREAS, USO DE OUTROS SENSORES, RESTITUIÇÃO E GEORREFERENCIAMENTO DAS
FOTOGRAFIAS AÉREAS
Longley et al. (2013, p. 124) destaca que “os termos utilizados para de-
terminar a atribuição das localizações das informações são inúmeros. Os termos
apresentados foram: georreferenciar, geolocalizar e geocodificar”. Para a reali-
zação de uma referência geográfica é preciso estar atento para alguns requisitos:
1. ela precisa ser única, portanto, deve haver “somente uma localiza-
ção associada a uma dada referência geográfica;
2. o seu significado possa ser compartilhado entre as pessoas que tra-
balhem com tais informações, e que elas possam ser utilizadas em
sistemas de informações geográficas (LONGLEY et al., 2013, p. 124).
189
UNIDADE 3 — APLICAÇÕES PRÁTICAS
NOTA
190
TÓPICO 2 — TIPO DE FOTOGRAFIAS AÉREAS, USO DE OUTROS SENSORES, RESTITUIÇÃO E GEORREFERENCIAMENTO DAS
FOTOGRAFIAS AÉREAS
tes no terreno de determinados pontos. São inúmeros os modelos que podem ser
adotados para realizar esta transformação, e devem ser adotados no mínimo três
pontos de controle, porém, recomenda-se a adoção de mais pontos.
GEORREFERENCIAMENTO
191
UNIDADE 3 — APLICAÇÕES PRÁTICAS
• Aplicativo Georreferenciador
192
TÓPICO 2 — TIPO DE FOTOGRAFIAS AÉREAS, USO DE OUTROS SENSORES, RESTITUIÇÃO E GEORREFERENCIAMENTO DAS
FOTOGRAFIAS AÉREAS
193
UNIDADE 3 — APLICAÇÕES PRÁTICAS
194
TÓPICO 2 — TIPO DE FOTOGRAFIAS AÉREAS, USO DE OUTROS SENSORES, RESTITUIÇÃO E GEORREFERENCIAMENTO DAS
FOTOGRAFIAS AÉREAS
A) O algoritmo Linear é usado para criar o world-file, é diferente dos outros al-
goritmos, e não transforma verdadeiramente o raster. Este algoritmo provavel-
mente não será suficiente se estiver trabalhando com material digitalizado;
B) A transformação de Helmert executa um simples escalonamento e transfor-
mações de rotação;
C) O algoritmo Polinomial 1-3 está entre os algoritmos mais utilizados intro-
duzidos para coincidir com a origem e o destino dos pontos de controle. O
algoritmo polinomial mais amplamente utilizado é a transformação polino-
mial de segunda ordem, o que permite alguma curvatura. A transformação
polinomial de primeira ordem (afim) preserva a colinearidade e permite
apenas o escalonamento, translação e rotação;
D) O algoritmo Suavizador em Lâminas Finas (TPS) é o método mais moder-
no de georreferenciamento, que permite introduzir deformações locais nos
dados. Este algoritmo é útil quando originais de baixa qualidade estão a ser
georreferenciado; e
E) A transformação Projectivaé uma rotação linear e de translação de coordenadas.
Existem várias opções que devem ser definidas para o arquivo raster
(georreferenciado) de saída.
195
UNIDADE 3 — APLICAÇÕES PRÁTICAS
9. Iniciando a transformação:
10. Observações:
196
TÓPICO 2 — TIPO DE FOTOGRAFIAS AÉREAS, USO DE OUTROS SENSORES, RESTITUIÇÃO E GEORREFERENCIAMENTO DAS
FOTOGRAFIAS AÉREAS
197
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
198
AUTOATIVIDADE
199
4 As fotografias aéreas tiveram a sua classificação definida com base em al-
guns critérios e um deles é a geometria – a orientação do eixo da câmera.
A classificação das fotografias aéreas baseadas na geometria é subdividida
em vertical e obliqua. A fotografia vertical é mais utilizada para as técnicas
fotointerpretativas. Portanto, com base no exposto e nos conhecimentos ad-
quiridos com seus estudos, disserte sobre as fotografias aéreas verticais.
200
TÓPICO 3 —
UNIDADE 3
1 INTRODUÇÃO
Nesta unidade, vamos abordar de forma inicial as aplicações práticas das
etapas, estágios, aspectos dos elementos básicos, e, da metodologia. O conheci-
mento obtido com estes temas irá contribuir para que possamos compreender
melhor os assuntos que complementarão esta unidade.
Bons estudos!
201
UNIDADE 3 — APLICAÇÕES PRÁTICAS
Achegada dos satélites e suas imagens não fez com que as técnicas de análise
de fotografias aéreas verticais, a fotointerpretação, fosse extinta, pelo contrário, a fotoin-
terpretação “adotou” para ela a banda infravermelho e o sistema digital, além de deixar
cada vez mais evidente que as fotografias aéreas verticais são de extrema importância
para os estudos das mais diversas áreas do conhecimento (CAZETTA, 2009).
202
TÓPICO 3 — ANÁLISE DIGITAL E FOTOINTERPRETAÇÃO APLICADA
NOTA
203
UNIDADE 3 — APLICAÇÕES PRÁTICAS
204
TÓPICO 3 — ANÁLISE DIGITAL E FOTOINTERPRETAÇÃO APLICADA
FIGURA 22 – OVERLAY
205
UNIDADE 3 — APLICAÇÕES PRÁTICAS
3 ANÁLISE DIGITAL
A análise digital das fotografias aéreas, imagens de satélite ou radar é de-
pendente do uso de computadores e de softwares de processamento digital. Os
softwares para o processamento de imagens devem conter recursos como zoom,
digitalização/vetorização de pontos, linhas e polígonos fechados, bem como deve
permitir que possam ser realizados o realce da imagem, a determinação do compri-
mento das linhas, áreas dos polígonos fechados, a realização da correção geométri-
ca e o registro da imagem, e a classificação da imagem pelos distintos procedimen-
tos automáticos possíveis. Estes recursos encontram-se presentes nos softwares de
processamento digital de imagens (DISPERATI; SANTOS; ZERDA, 2007).
ATENCAO
Batista e Dias (2005) relatam que para criar uma imagem em um deter-
minado software existe a necessidade de realizar a associação de uma escala de
níveis de cinza para cada um dos valores de número digital (ND) em cada um dos
pixels. Os valores altos que forem identificados para os números digitais irão re-
ceber a tonalidade mais clara de cinza, e os valores mais baixos de ND receberão
as tonalidades mais escuras de cinza.
Na Figura 23, você pode observar como funciona a imagem formada por pixels.
206
TÓPICO 3 — ANÁLISE DIGITAL E FOTOINTERPRETAÇÃO APLICADA
Para Batista e Dias (2005, p. 40) são duas as abordagens consideradas como
sendo principais para a realização da interpretação da fotografia digital ou imagem.
207
UNIDADE 3 — APLICAÇÕES PRÁTICAS
208
TÓPICO 3 — ANÁLISE DIGITAL E FOTOINTERPRETAÇÃO APLICADA
Nas aéreas que serão analisadas na classificação supervisionada deverão ser se-
lecionadas amostras que servirão de treinamento, um conjunto de pixels, e serão consi-
derados como os mais representativos das classes de interesse dentro da área de análise.
Essas classes são, portanto, definidas de forma a priori a etapa que consi-
dera o processo de classificação objetiva o enquadramento de cada um dos pixels a
uma das classes. Assim, todos os pixels das amostras que se encontram em treina-
mento de uma das classes selecionadas constituirão o conjunto que compreende o
treinamento da classe, isto ocorre, por meio de parâmetros estatísticos (IBGE, 2000).
O método da mínima distância, por sua vez, se faz com o uso da estatística
para realizar a classificação. Este método utiliza a “medida de distância Eucli-
diana de cada pixel à média de cada agrupamento” (SANTOS; DALLMANN;
LEANDRO, 2019, p. 344). Como este tipo de método analisa cada pixel, ele tende
a ser mais preciso. Porém, este tipo de método possui como desvantagem a dis-
persão de valores referentes à reflectância sobre as médias.
209
UNIDADE 3 — APLICAÇÕES PRÁTICAS
DICAS
Na Figura 25, você pode observar uma imagem que demonstra a classifi-
cação de paralelepípedo e do método da máxima verossimilhança.
210
TÓPICO 3 — ANÁLISE DIGITAL E FOTOINTERPRETAÇÃO APLICADA
211
UNIDADE 3 — APLICAÇÕES PRÁTICAS
212
TÓPICO 3 — ANÁLISE DIGITAL E FOTOINTERPRETAÇÃO APLICADA
E
IMPORTANT
As classificações dos pixels nas áreas urbanas, por possuírem feições com maio-
res detalhes, maior variação dos níveis de cinzas e um tamanho reduzido dos alvos cons-
tantes nestas áreas os autores optaram pela classificação manual. Para as áreas rurais foi
aplicada a classificação não supervisionada com uma aceitação de 95% de confiança.
213
UNIDADE 3 — APLICAÇÕES PRÁTICAS
214
TÓPICO 3 — ANÁLISE DIGITAL E FOTOINTERPRETAÇÃO APLICADA
DICAS
Após estas etapas, teve início o processo de articulação dos mosaicos de ortofotos
referentes aos anos de 1957 e 1978 e a imagem do ano de 1996 foi disponibilizada pela
Secretaria de Desenvolvimento Urbano (SEUDR) da Prefeitura Municipal de Chapecó
contendo os mosaicos articulados (ENGLER; LOCH, 2016).Com a reunião de todos
os ortofotos necessários, foi realizada, primeiramente, a fotointerpertação visual
e, com base nela, foram realizadas, de forma manual, a vetorização da rede viária
compreendendo os recortes temporais através do software ArcGIS.
215
UNIDADE 3 — APLICAÇÕES PRÁTICAS
DICAS
O artigo de Engler e Loch (2016) intitulado Análise temporal da rede viária ur-
bana de Chapecó/SC utilizando a fotointerpretação, aborda o processo de conformação
que a cidade de Chapecó passou devido às instalações e influências de agroindústrias
existentes na cidade. Disponível em: http://bit.ly/3dRixwf.
Para que Covizzi, Camargo e Gobbi (2017) pudessem atingir o objetivo proposto,
realizaram a fotointerpretação das fotografias aéreas dos anos de 1972,1994 e 2010. Na
Figura 29, é possível observar as cartas de uso, cobertura da terra referente à microbacia
do Córrego Pium e APPs dos cursos de água dos três anos analisados pelos autores.
217
UNIDADE 3 — APLICAÇÕES PRÁTICAS
DICAS
218
TÓPICO 3 — ANÁLISE DIGITAL E FOTOINTERPRETAÇÃO APLICADA
LEITURA COMPLEMENTAR
1 Introdução
219
UNIDADE 3 — APLICAÇÕES PRÁTICAS
2 Fundamentação teórica
220
TÓPICO 3 — ANÁLISE DIGITAL E FOTOINTERPRETAÇÃO APLICADA
3 Materiais e métodos
221
UNIDADE 3 — APLICAÇÕES PRÁTICAS
4 Resultados
222
TÓPICO 3 — ANÁLISE DIGITAL E FOTOINTERPRETAÇÃO APLICADA
5 Discussão
223
UNIDADE 3 — APLICAÇÕES PRÁTICAS
Para a análise dos resultados da classificação, foi gerada uma malha com
280 pontos aleatórios, estratificados entre as classes, e 59 pontos com intervenção,
apoiados por interpretação visual das imagens de alta resolução, com GSD 0,10
m (ano 2007), totalizando 339 pontos.
224
TÓPICO 3 — ANÁLISE DIGITAL E FOTOINTERPRETAÇÃO APLICADA
Total Pixel
129 29 58 123 339
verdade
Acurácia
93,8% 37,9% 79,3% 90,2%
produtor
Acurácia
85,3%
global
Kappa (0-1) 0,78
FONTE: Rosenfeldt (2016)
6 CONCLUSÕES
FONTE: ROSENFELDT, Y.et al. Classificação do uso e cobertura do solo utilizando fotointerpre-
tação orientada aos objetos e máxima verossimilhança para apoiar a regularização fundiária. In:
SIMPÓSIO BRASILEIRO DE SENSORIAMENTO REMOTO, 19., 2019, Santos. Anais[...]. São José dos
Campos: INPE, 2019. Disponível em: http://bit.ly/3dFUAb8. Acesso em: 4 fev. 2021.
225
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
CHAMADA
226
AUTOATIVIDADE
227
4 A fotointerpretação seja ela por processos analógicos ou digitais propor-
ciona ao indivíduo um olhar do alto, um olhar de cima, um olhar em que
temos as condições de nos tornarmos os gestores do território, porém, isso é
possível devido às técnicas que permitem um enquadramento da paisagem
em distantes escalas. Portanto, com base no exposto e nos conhecimentos
adquiridos com seus estudos, disserte sobre os aspectos da fotointerpreta-
ção analógica e digital.
228
REFERÊNCIAS
ALVES, E. A.; MACHADO, A. V. Manual do operador QGIS – QGIS 2.4.0 –
Chugiak. Brasília, DF: Centro de Imagens e Informações Geográficas do Exérci-
to, 2014 (Curso de Fotogrametria e Sensoriamento Remoto).
229
EPIPHANIO, J. C. N. CBERS-3/4: características e potencialidades. In: Simpósio
Brasileiro de Sensoriamento Remoto, 15., 2011, Curitiba. Anais [...]. Curitiba:
INPE, 2011. Disponível em: https://bit.ly/3dKOQNj. Acesso em: 4 fev. 2021.
230
ROSENFELDT, Y. et al. Classificação do uso e cobertura do solo utilizando
fotointerpretação orientada aos objetos e máxima verossimilhança para apoiar
a regularização fundiária. In: Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto,
19., 2019, Santos. Anais [...]. São José dos Campos: INPE, 2019. Disponível em:
https://bit.ly/3dFUAb8. Acesso em: 10 nov. 2020.
231