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INTRODUÇÃO
Por outro lado, em um momento histórico, certos f ins (justos ou injustos) podem ter
legitimado determinados meios (justif icáveis ou injustif icáveis); em outro, inexistindo
aqueles f ins os meios não mais se aplicam. Mas, como determinados f ins parecem ser
permanentes, apenas se modif icam os meios e as técnicas para que sejam alcançados
esses mesmos f ins. Como uma escada em espiral, voltam sempre a se f azer presentes
como que em um movimento helicoidal e em estágios ou planos mais elaborados e –
dependendo do f im em si
– muitas vezes mais torpes e tenebrosos.
Considerando, hipoteticamente, que possam existir dois tipos de f ins e dois tipos de
meios, a saber, f ins lícitos e f ins ilícitos, meios lícitos e meios ilícitos, um místico ou um
espiritualista da senda direita só poderá operacionalizar, em qualquer nível ou plano,
meios lícitos que estejam amalgamados e conduzam a f ins lícitos. Esta máxima, que é f
undamentalmente kantiana, é universal. Logo, não se restringe a este ou àquele
indivíduo, a este ou àquele grupo. É, repito, universal. Agnósticos, portanto, dela não
podem se evadir. Ninguém pode dela desdenhar.
Se não se considerar plausível a existência de uma ÉTICA CÓSMICA, se não se
considerar que o Universo se direciona teleologicamente para uma f inalidade e se, por
último, se se considerar que deus é uma mera criação homem, então, com razão
quadruplicada nossos pensamentos, palavras e atos devem ter por únic o padrão a
licitude, pois somos os únicos responsáveis pelas conseqüências dos movimentos que f
izermos. Este raciocínio é evidentemente o mesmo do primeiro caso.
Se, por último, nossa percepção da vida e do Universo é um misto das duas situações
anteriores, nada muda. O que não podemos, sob nenhuma alegação, é pôr a culpa no(s)
outro(s), na sociedade ou em Deus por nossa ignorância, nossos f racassos e nossas
incongruências. Meditações, declarações e ações não podem estar ancoradas em nada
que não seja legítimo e lícito. Temos que nos esf orçar para descobrir as causas que
geraram os ef eitos que nos atormentam, e, qualquer que seja a situação em que nos
enc o nt remo s , agir exclusivamente com base em imperativos categóricos.
Um dia, a Verdade decidiu visitar os homens, sem roupas e sem adornos, tão nua
como seu próprio nome.
E todos que a viam lhe viravam as costas de vergonha ou de medo, e ninguém lhe
dava as boas-vindas.
Uma tarde, muito desconsolada e triste, encontrou a Parábola, que passeava alegremente,
trajando um belo vestido e muito elegante.
— Que disparate! — Sorriu a Parábola. — Não é por isso que os homens evitam
você. Tome. Vista algumas das minhas roupas e veja o que acontece.
Então, a Verdade pôs algumas das lindas vestes da Parábola, e, de repente, por toda
parte onde passava era bem-vinda e festejada.
O MONGE MORDIDO
Um monge e seus discípulos iam por uma estrada e, quando passavam por uma
ponte, viram um escorpião sendo arrastado pelas águas. O monge correu pela margem
do rio, meteu-se na água e tomou o bichinho na mão. Quando o trazia para fora do rio o
escorpião o picou. Devido à dor, o monge deixou-o cair novamente no rio. Foi então à
margem, pegou um ramo de árvore, voltou outra vez a correr pela margem, entrou no rio,
resgatou o escorpião e o salvou. Em seguida, juntou-se aos seus discípulos na estrada.
Eles haviam assistido à cena e o receberam perplexos e penalizados.
— Mestre, o Senhor deve estar muito doente! Por que foi salvar esse bicho ruim e
venenoso? Que se afogasse! Seria um a menos! Veja como ele respondeu à sua ajuda:
picou a mão que o salvava! Não merecia sua compaixão!
O monge ouviu tranquilamente os comentários e respondeu: — Ele agiu conforme sua
natureza e eu de acordo com a minha.
1) O Taj Mahal
2) A Muralha da China
3) O Canal do Panamá
4) As Pirâmides do Egito
5) O Grand Canyon
6) O Empire State Building
7) A Basílica de São Pedro
Ao recolher os votos, o prof essor notou uma estudante muito quieta. A menina ainda
não tinha virado sua f olha. O prof essor, então, perguntou à ela se tinha problemas com
sua lista.
O prof essor disse: — Bem, diga-nos o que você já tem e talvez nós possamos
ajudá-la.
A menina hesitou um pouco, então leu: — Eu penso que as sete maravilhas do mundo
sejam:
1 — VER
2 — OUVIR
3 — TOCAR
4 — PROVAR
— SENTIR
6 — PENSAR
— COMPREENDER
Virgílio pegou o poeta pela mão e levou-o por uma trilha. Logo o poeta sentiu, à
medida em que se aproximavam de uma barreira de rochas e arbustos, o cheiro de um
delicioso ensopado. Junto com o cheiro, entretanto, vinham misteriosos sons de
lamentações e de ranger de dentes. 'Gritos de mágoa, brigas, queixas iradas em diversas
línguas formavam um tumulto que tinha o som de uma ventania.' Ao contornarem as
rochas, depararam-se com uma cena incomum. Havia uma grande clareira com muitas
mesas grandes e redondas. No meio de cada mesa havia uma enorme panela contendo o
ensopado cujo cheiro o poeta havia sentido, e cada mesa estava cercada de pessoas
definhadas e obviamente famintas. Cada uma segurava uma colher com a qual tentava
comer o ensopado. Entretanto, devido ao tamanho da mesa e por serem as colheres
muito grandes e com cabos três vezes mais compridos do que os braços das pessoas
que as usavam, estas ficavam impedidas de alcançar a panela no centro da mesa. Isto
tornava impossível, para qualquer uma daquelas pessoas famintas, de levar a comida à
boca. Havia muita luta e imprecações, enquanto cada pessoa tentava
desesperadamente pegar pelo menos uma gota do ensopado.
O poeta ficou muito abalado com a terrível cena. Fechando os olhos, suplicou a
Virgílio que o tirasse dali. Em um momento eles estavam de volta à canoa e Virgílio
orientou o poeta como chegar até o Paraíso.
Quando chegaram, o poeta surpreendeu-se novamente ao ver uma cena que não
correspondia às suas expectativas. Aquele lugar era quase exatamente igual ao que eles
haviam acabado de visitar. Não havia grandes portões de pérolas nem bandos de anjos a
cantar. Novamente, Virgílio conduziu-o por uma trilha onde um cheiro de comida vinha de
trás de uma barreira de rochas e de arbustos. Desta vez, entretanto, eles ouviram cantos
e risadas quando se aproximaram. Ao contornarem a barreira, o poeta ficou muito
surpreso de encontrar um quadro idêntico ao que eles tinham acabado de deixar: grandes
mesas cercadas por pessoas com colheres de cabos desproporcionais e uma grande
panela de ensopado no centro de cada mesa.
A única e essencial diferença entre aquele grupo de pessoas e o que eles tinham
acabado de deixar é que as pessoas deste segundo grupo estavam usando suas colheres
para alimentar umas às outras.
7
O LENHADOR E A RAPOSA
O CALDEIREIRO
Após perceber que por dois anos havia sido uma f alha amarga, o
rachado, um dia, f alou para o carregador à beira do poço: — Estou envergonh
Quero lhe pedir desculpas.
CONTO CHINÊS
Conta-se que, por volta do ano 250 a.C, na China antiga, um príncip
região norte do País estava às vésperas de ser coroado Imperador, mas
acordo com a lei, deveria se casar. Sabendo disso, resolveu f azer uma dis
entre as moças da corte, inclusive quem quer que se achasse digna de
proposta que não pertencesse à corte.
No dia seguinte, o príncipe anunciou que receberia, numa celebração espe
todas as pretendentes e apresentaria um desaf io. Uma velha senhora, serv
palácio há muitos anos, ouvindo os comentários sobre os preparativos, sentiu
leve tristeza, pois sabia que sua jovem f ilha nutria um sentimento de prof
amor pelo príncipe.
Então, indagou incrédula: — Minha filha, o que você fará lá? Estarão prese
todas as mais belas e ricas moças da corte. Tire esta idéia insensata da cabeça
sei que você deve estar sofrendo, mas não transforme o sofrimento em loucura
Na hora marcada estava lá, com seu vaso vazio, bem como todas as o
pretendentes. Mas, cada jovem com uma f lor mais bela do que a outra, das
variadas f ormas e cores. Ela estava admirada. Nunca havia presenciado tão
cena.
O homem, mais uma vez demonstrando conf iança, disse: — Agora basta olh
papel que se encontra sobre a mesa e saberemos que engoli aquele em que es
escrito o contrário.
O TESOURO OCULTO:
O Covarde, o Corajoso e o Ganancioso
Um homem, que vivia perto de um cemitério, uma noite, ouviu uma voz q
chamava de uma sepultura. Sendo covarde demais para, sozinho, investigar o
se passava, conf iou o ocorrido a um corajoso amigo que, após estudar o loc
onde saíra a voz, resolveu voltar à noite para ver o que aconteceria.
*
Um homem muito ganancioso que vivia naquela mesma aldeia, ao t
conhecimento do incidente, desejou também ter para si os potes de ouro.
tanto, convidou os oito monges para virem até sua casa. Depois que eles tom
a ref eição, o ganancioso, esperando obter o almejado tesouro, conduziu cad
a um quarto f echado. Entretanto, ao invés de se transf ormarem em pote
ouro, os monges, enf urecidos com a cobiça do espertalhão, denunciara
ganancioso à polícia, que o prendeu.
Quanto ao covarde, quando ouviu que a voz da sepultura havia trazido riq
ao seu corajoso amigo, f oi até a casa dele e, avidamente, lhe pediu o
insistindo que era seu porque a voz f oi dirigida primeiramente a ele. Quan
medroso tentou pegar os potes, neles encontrou apenas cobras venen
erguendo as cabeças prontas para atacá-lo.
*
Em tudo, o nosso sentimento é o que importa. A intenção, boa ou
má, inf luencia diretamente nossa vida no f uturo. Qualquer ação, por mais sim
que seja, se f eita com coração, produz benef ícios na vida das pessoas.
CIDADE FANTASMA
Um grupo de viajantes, tendo ouvido f alar de uma cidade cheia de tesouros, parte para
rentar uma dif ícil jornada. Para chegar à cidade, teriam que percorrer uma estrada extremam
longa que atravessava desertos, f lorestas e terras perigosas. Nenhum trecho dessa estrada
seguro e os viajantes teriam de ter muita coragem e persistência para atingir sua meta.
Haviam completado mais da metade da jornada e acabado de sair de uma densa f lor
quando o guia que os conduzia, que conhecia bem o caminho, avisou que logo iriam
aventurar por um deserto.
O sol escaldante e as f ortes tempestades de areia provaram ser demais para eles
viajantes estavam tão cansados que começaram a perder a coragem e a querer desistir
tesouros em troca da segurança de seus lares que haviam deixado para trás. O guia, cont
estava determinado a levar todos, não importando como. Ele usou, então, seus pod
místicos, f azendo surgir uma cidade monumental no meio do deserto.
O LOBO E O CORDEIRO
( La Fontaine)
Um cordeiro a sede matava Nas águas limpas de um regato.
Eis que se avista um lobo que por lá passava Em f orçado jejum, aventureiro in
E lhe diz irritado: — Que ousadia A tua, de turvar, em pleno dia,
A água que bebo! Hei de castigar-te!
— Majestade, permiti-me um aparte — Diz o cordeiro. — Vede:
Estou matando a sede Com água a jusante,
Bem uns vinte passos adiante De onde vos encontrais.
Assim, por conseguinte, Para mim seria impossível
Cometer tão grosseiro acinte.
— Mas turvas. E, ainda mais horrível,
Foi que falaste mal de mim no ano passado.
— Mas como poderia — pergunta assustado O cordeiro — se eu não era nasc
— Ah, não? Então deve ter sido Certamente teu irmão.
— Peço-vos perdão Mais uma vez.
Mas deve ser engano, Pois eu não tenho mano.
— Então, algum parente. Teus tios, teus pais...
Cordeiros, cães, pastores, Vós não me poupais;
Por isso, hei de vingar-me.
E o leva até o recesso da mata, Onde o esquarteja e come sem processo
A CIGARRA E A FORMIGA
(Joelmir Beting)
*
De f ora para dentro, o capital volátil reaparece e o capital prod
desacelera. Falam os números do primeiro trimestre,
divulgados quinta-f eira. Mas é preciso interpretar o que os números estão f al
para não se tirar conclusões desconectadas nem f azer projeções f urada
capital volátil, por semântica, é de caráter especulativo e/ou transitório. Entra
do País como quem, f ora de hábito, entra e sai da ducha f ria: sempre corre
Acionado por bancos e f undos, ele é movido a risco-país, sinalizador terceiri
d e qualidade duvidosa. Dá carona também a créditos de curtíssimo prazo
movimentos de cash-flow das transnacionais aqui estabelecidas. Nada contr
capital produtivo é internado, para f icar, pelas mesmas empresas transnacio
no desenvolvimento de s eus projetos e negócios da economia real. O retor
parcial e homeopático. Ao contrário dos juros, a repatriação de lucros
constitui exigível com data marcada.
De 1995 a 2002, elas trouxeram para cá nada menos de US$ 143 bilhõe
dólar de 2001). Entre os 10 maiores emergentes, o Brasil só perdeu em recep
nesse longo período, para o pirotécnico advento da China, endereço de
terráqueo em cada cinco.
Havia um Rei que ofereceu um grande prêmio ao artista que f osse capa
captar em uma pintura a Paz Prof unda.
A primeira era um lago muito tranqüilo. Este lago era um espelho perf eito
se ref letiam plácidas montanhas que o rodeavam. Sobre elas encontrava-se
Paraíso muito azul com tênues nuvens brancas.
Todos os que olharam para esta pintura pensaram que ela ref letia
a Paz Prof unda.
Mas, quando o Rei observou mais atentamente, reparou que atrás da cas
havia um arbusto crescendo de uma f enda na rocha. Nes t e arbusto encontr
se um ninho. Ali, em meio ao ruído da violenta turbulência da água, estava
passarinho placidamente sentado no seu ninho... Em Prof unda Paz!
— É um carpinteiro.
— Como se chama?
— Sim, comeu.
Chamaram o homem e ele conf irmou tudo o que o sábio havia dito.
— Tu — disse o Imperador — te recusaste a fazer uma demonstração dos te
poderes na minha presença. Percebeste que te forcei, sem
que o notasses, a demonstrar tua capacidade, e que o povo te transformaria
santo se eu contasse em público as revelações que me fizeste? Como é pos
que continues ocultando a tua condição de sufi e pretendas passar por um hom
qualquer?
11) Para DESLIGAR seu carro, você teria que apertar o botão ‘Iniciar’...
Pedro: — Senhor, até quantas vezes poderá pecar meu irmão contra mim, q
eu lhe perdoe? Até sete vezes?
Jesus: — Não te digo que até sete vezes, mas até SETENTA
VEZES SETE.
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REFLEXÕES
Por tudo que já vi e vivi, pelo que tenho aprendido nestes trinta e cinco anos de Rosa
minha particular visão e sensação do Universo e dos seres, eu não tenho alternativa: estou c
o mundo objetivo (Mundo da Concretização) é o mundo da ilusão, no qual vivem(?), comem
crêem, guerreiam, matam, vivisseccionam, estupram, classif icam, manipulam, (in)jus
atropelam, libertinam, dormem demais etc. os seres humanos em sua imensa maioria. A
organizações e para muitas pessoas é: os fins justificam os meios. Entenderam Macchiave
interesses. Leram? Entenderam? Péssimo. Faz em discursos exaltando a verdade e a v
virtude que não cumprem nem nelas pautam suas vidas. Não sabem (ou será que pressupõe
o paradigma agem assim?) que a verdade é relativa e só pode ser percebida no Silêncio
Interior t enho certeza de que, além de não saberem seu signif icado místico, nem desco
existir um Silêncio desta ordem. Mas , em cada Silêncio...
talvez uma 'atualização' de uma 'velha' verdade... Mas, mesmo assim (ou,
substantivamente por ser assim), isto é, pelo f ato de as verdades serem relativas e
produtos das consciências em processos variados e complexos de evolução
(reintegração) e das diversas culturas existentes em nosso Planeta e dos momentos
pelos quais passam tais culturas, não podemos simplesmente abdicar dos códigos
existentes (pessoais e coletivos) para justif icações de atitudes e práticas hipotéticas
contrárias ao Bem, ao Belo e ao Justo. Em uma palavra: ao Universal. A Microsof t
Corporation, por exemplo, é universal, mas não é Universal. Não é boa, não é bela, e
muito menos é justa. É necessária e útil. Fez-se assim. Foi permitido que assim
sucedesse. Dela, a Humanidade ainda depende. Não dependerá. Impérios nascem.
Impérios se desagregam. Será que somos todos uma mistura mal ajambrada de estupidez
com psicopatia? Não creio. Doações para manter o poder têm ef êmera duração. As
consciências, em sua estrutura mais íntima, não querem doações nem f avores; desejam
liberdade e conhecimento. A dependênc ia e os obséquios hipotéticos, no recesso de
suas personalidades-almas, as horroriza.
Continuando. Fazem (os seres humanos em sua imensa maioria) discursos sobre a
paz, quando, na verdade, estão, a cada dia, se preparando para a guerra. SI VIS PACEM,
PARA BELLUM. Comprar armas para se autodef ender é também um bom exemplo dessa
insanidade. A morte do 'outro' é o suicídio do 'mesmo'. Isto haveremos todos de aprender
um dia. Então: SI VIS PACEM, PARA PACEM. Condenam o que está acontecendo no
mundo, mas não perdem uma única oportunidade de levar algum tipo de vantagem sobre
os irmãos que estão ao lado. O Iraque é logo ali; não é lá longe. O Tibete, a Palestina e o
Af eganistão também. Então, minimamente, não pagar corretamente os direitos
constitucionais de uma empregada doméstica (que está bem pertinho) é um ótimo (mas
horrível) exemplo de apropriação indébita. Invadir é improcedente; s urripiar, idem. Muitos
tratam seus empregados — porque os consideram assim — como verdadeiros escravos e
lúmpenes. Mas, como? Lúmpenes ? Def endem, exoticamente e com ardor, seus deuses
e suas religiões, mas apóiam a guerra e o armamentismo de seus países. Chegam ao
ridículo da incongruência de orar a deus (e de até mandinga f azer) para que seus países
sejam vencedores nas guerras que f abricam. Esquecem que assim procedendo se
tornam cúmplices psíquicos de crimes de lesas-humanidades. Criticam as devassidões
alheias, mas não têm coragem de olhar para o próprio umbigo, pois nesta cicatriz
localizada no centro do abdômen há mais sujeira do que no Canal do Mangue ou no Rio
Tietê – que f oi o primeiro caminho de penetração para o interior de São Paulo (ontem,
limpo; hoje, imundo). Violam, por
exemplo, a f idelidade conjugal, mantendo relações ilusoriamente amorosas (e não
amorosas) f ora do casamento, tendo, todavia, o cuidado de não usar sabonete ou
xampu no f inal da f esta. Pode sujar. Hoje, o servir-se do diamante azul é considerado
gênero de primeira sexualidade. Olhar a imagem ref letida no espelho, sim; olhar nos
olhos da imagem ref letida no espelho, jamais. Dói! Falam e f of ocam sobre as
maracutaias e as manobras ilícitas públicas e privadas, mas não perdem uma só
oportunidade de ganhar algum por f ora de maneira igualmente ilícita e obscenamente
vergonhosa. Raros são aqueles que se recusam a participar de algo que seja ilegal ou
moralmente inaceitável ou inadmissível. Raros são também aqueles que declinam de
algum of erecimento via (f edorentíssima) tráf ico de horrenda inf luência. Recriminam e
censuram comportamentos, mas às escondidas praticam toda a sorte de ilidibilidades.
Não sei porque me lembrei do Bolero de Maurice Ravel. Talvez seja porque a coisa
cresce e parece (apenas parece) que não parará mais.
Não há quem não perceba as discrepâncias entre o que as pessoas f alam e o que
realmente f azem. A maioria tolera (entretanto, esta é uma f orma negativa de tolerar),
mas sabe. Se der para tirar uma casquinha, beleza. Como diz o ditado: Quem parte e
reparte e não fica com a melhor parte, ou é bobo ou não é da arte! Quem está
temporariamente em posição de 'poder ', quem tem 'poder ' temporário de barganha,
geralmente pega o melhor do bolo para si. Este é o velho paradigma competitivo: eu pego
mais, eu pego o melhor, eu adiciono, eu me locupleto. E o resto que se... dane! Eu penso
apenas nas minhas necessidades, e as sobras eu 'dou' para quem achar que devo dar,
pois, na realidade, já estou saciado, abarrotado e tenho até reservas. Os outros — isto
não é problema meu. Cada um que se vire. Aliás, a bem da verdade, isto não ocorre só
com quem está em posição de 'poder ' ou com quem tem 'poder ' de barganha. Com os
que têm esse 'poder ' é pior. Eu sei. Quem não sabe? Turif icar o 'poder ' e os poderosos,
assim, é uma prática generalizada pelos que não têm 'poder '. Mas, as pessoas não
gostam nem querem ser mandadas nem oprimidas pelos poderosos. Então, também por
isso, por medo, incensam os poderosos e o 'poder '. Ai, ai, ai, ai, ai. Como se deu a
Revolução de 64 no Brasil? Nicoló Macchiavelli, no século XV, explicou uma parte do
porquê: O povo, também, vendo não poder resistir aos poderosos, volta a estima a
um cidadão e o faz príncipe para estar defendido com a autoridade do mesmo.
Depois se arrepende. Gustavo G. Boog, que é Consultor de Empresas e Terapeuta
Floral, observa este lamentável comportamento na imensa maioria dos seres humanos.
Mas, não é isto uma constatação? Ainda que, romanticamente, se possa recordar os
índios, que pensavam nos impactos de suas decisões para as próximas sete
gerações, é f rancamente aceitável a proposta de redef inição do dito popular citado, of
erecido por Boog: Quem parte e reparte deve buscar que cada um tenha uma boa parte.
A esperteza é fazer isto com arte! Melhor do que uma boa parte será sempre UMA
PARTE JUSTA. Com a ESPERTEZA d o AMOR no CORAÇÃO. Isto vai longe. Ma s , eu
não quero f icar só dando exemplos que de todos são conhecidos. Falar em f
raternidade, eqüidade, tolerância, justiça, bondade etc. e não exercê-las é tão inútil
quanto tentar projetar uma máquina de enxugar gelo.
Gostaria de, rapidamente, abordar um tema que parece ter sido esquecido ou
deixado um pouco de lado: a questão da TOLERÂNCIA. A TOLERÂNCIA, em ampla
medida, está vinculada com as idéias errôneas de que o s fins justificam os meios e do
toma-lá-dá-cá. O f ato é que a f amosa f rase atribuída a Nicolaus Maclavellus ou Nicoló
Macchiavelli - 1469-1527 - (historiador, político e f ilósof o italiano, que aos 12 anos já
escrevia no melhor estilo e em latim) os fins justificam os meios (que aparece encoberta
na sua principal obra — O Príncipe, que é um manual de estratégia política e produzido
em cinco ou seis anos de meditação f orçada pelo exílio, depois de ter estado a estudar
a arte do Estado por quinze anos) é, geralmente, por conveniência mal interpretada,
ainda que seja o melhor resumo para sua maneira de pensar . A f rase é: Isso decorre de
se ver que os homens, naquilo que os conduz ao fim que cada um tem por objetivo, isto
é, glórias e riquezas, procedem por formas diversas: um com cautela, o outro com ímpeto,
um com violência, o outro com astúcia, um com paciência e o outro por forma contrária; e
cada um, por esses diversos meios, pode alcançar o objetivo. As ref lexões acabam
sempre no campo da contextualização, e cada um as interpreta de acordo com seus
interesses. Não deveria
ser assim. O Príncipe deve ser examinado com atenção e cuidado. Indiretamente, é um
libelo pela Democracia e pelo Libertarismo. Foi escrito pela redenção da Itália, que
esperava, segundo o entendimento do autor, por aquele que cuide das suas feridas e
ponha fim aos saques da Lombardia, às mortandades no Reino de Nápoles e na Toscana,
e a cure daquelas suas chagas já de há muito enfistuladas. E acrescenta Macchiavelli:
Vê-se como ela implora a Deus que lhe envie alguém que a redima dessas crueldades e
insolências bárbaras. Vê-se, ainda, toda ela pronta e disposta a seguir uma bandeira,
desde que haja quem a empunhe. O desejo de Nicoló era também separar os interesses
do Estado dos dogmas e interesses da Igreja. É possível perceber na obra que o autor,
da mesma f orma que pretendeu ensinar aos governantes, também procurou esclarecer
o povo de seu tempo, particularmente da Itália do Renascimento na qual reinava uma int
erminável balbúrdia. Enf im, a tirania imperava em pequenos principados, governados
despoticamente por casas reinantes sem tradição dinástica ou de direitos contestáveis.
A ilegitimidade do poder gerava situações de crise e instabilidade permanente, nas quais
somente o cálculo político, a astúcia e a ação rápida e f ulminante contra os adversários
seriam capazes de manter o príncipe. Por isso a obra f oi escrita. Não a aplaudo nem a
condeno. Aproveito o que tem de melhor.
Uma ref lexão paralela: muitas obras, sejam cruéis ou apenas presumida e
aparentemente cruéis, possuem algo de místico e de espiritual. O Príncipe é uma dessas
obras. Os Protocolos dos Sábios do Sião, não. Os Protocolos dos Sábios do Sião são
admitidos como uma f raude — f abricada na antiga Rússia pela Okhrana (polícia secreta
czarista) — impingida aos Judeus, responsabilizando-os pelos males que aconteciam no
País. É um opúsculo apócrif o plagiado de uma novela do século XIX. Em 1888 f oi
publicado em Berlim o livro Biarritz, obra de f icção que descrevia um suposto complô
judaico para tomar o poder mundial. Em poucas décadas a narrativa passou a ser
considerada verídica, a no f im do século XIX f oi complementada pelos Protocolos dando
detalhes sobre a f alsa conspiração, na qual muitas pessoas já acreditavam piamente.
Entre as duas guerras mundiais, as tiragens dos Protocolos se aproximaram das tiragens
da Bíblia. O s Protocolos af irmam que uma cabala secreta judaica, tutelada por um um
conselho de anciãos judeus, conspirava para conquistar a Terra. Foi publicado
privadamente (pois o elemento principal do êxito é o segredo) em 1897 e tornado público
em 1905. A o longo do Segundo Império (1852-1870), encabeçado por Napoleão III,
muitos autores se caracterizavam particularmente por um anti-judaísmo cristão. A
derrota na Guerra Franco- Prussiana de 1870-1871, a tomada de Roma pelo governo
italiano quando da unificação — fato que irritou os católicos pela extinção dos estados
pontifícios — o levante Socialista da Comuna e o advento da Terceira República
alimentaram a propaganda anti-semita ainda mais. Popularizou-se uma simplista equação:
República = Maçonaria = Judeus. Adolf Hitler e seu grupo — que deram à ques t ão
judaica o lugar central na sua propaganda — us aram Os Protocolos para ajudar a justif
icar a exterminação de judeus durante a Segunda Guerra Mundial. O ilusório slogan 'O
direito é aquilo que é bom para o povo alemão', f oi copiado de uma passagem dos
Protocolos 'tudo o que beneficia o povo judaico é moralmente correto e sagrado'. O Führer
sabia os Protocolos de cor. De maneira parecida, o bolchevismo adulterou o pensamento
de Marx — que prof etizava a inevitável vitória f inal do proletariado — organizando seus
membros como 'proletários de nascença' e disseminando a f alaz idéia de que era
vergonhoso e escandaloso descender de qualquer outra
classe que não f osse a proletária. Inf elizmente, os Protocolos dos Sábios do Sião, na
atualidade, se tornou um best-seller nos países árabes. Quando tudo isso vai acabar?
SOMOS TODOS IRMÃOS. Bush, Sharon e Usama, um dia, haverão de compreender
esta irredutível LEI.
Enf im, O Príncipe termina com uma citação de Petrarca (1304-1374): Virtude
contra furor/Tomará armas; e Faça o combater curto/Que o antigo valor/Nos itálicos
corações ainda não é morto. Sem comentar, citarei a seguir um pequeno excerto do
pensamento de Antonio Ozaí da Siva: Não se constrói uma nova sociedade utilizando-se
os mesmos recursos predominantes na velha estrutura social. Os marinheiros de
Kronstadt, os camponeses da Ucrânia e os trabalhadores oprimidos por um Estado e um
partido que governou ditatorialmente em seu nome que o digam. Neste caso, os fins já
são outros e muito diferentes dos enunciados. Dialeticamente, os meios também mudaram
e justificam-se pelos fins ora em pauta. Maquiavel tinha razão... Tinha?
Macchiavelli viveu durante a Renascença Italiana, o que esclarece grande parte das
suas idéias. E, assim, os fins justificam os meios só pode ter sentido se os f ins
determinarem os meios. Licitamente. Fraternalmente. Misticamente. Sempre. Este é o
meu entendimento. Se Nicoló pensou dif erente — e, em termos, pensou — eu, em
muitos pontos, ref lito e pondero dif erentemente dele. Dependendo do objetivo, os
planos devem ser traçados incluindo a f orma de como atingi-los. Sempre licitamente e
em termos de uma cidadania universal. Relendo este pequeno texto que escrevi, achei
que deveria explicar melhor o 'dependendo do objetivo' . Há muitos objetivos que não
precisam de planejamento. Por exemplo: se estou necessitando urinar (objetivo –›
urinar) não preciso planejar a urinação. Basta ir ao banheiro e urinar. Mas, de qualquer
maneira, eu só posso aceitar essa coisa de f ins misturados com meios e vice-versa da
maneira que expus. Ampliando: no âmbito da legitimidade cósmica e da legalidade
mística. De qualquer sorte, o grande Filósof o Alemão Immanuel Kant (1724-1804)
aprimorou ao limite este
entendimento: Faça para os outros aquilo que gostaria que todos fizessem para todos.
Isto é: Age de tal sorte que a máxima da tua vontade possa simultaneamente valer como
princípio de uma legislação universal. Nos Imperativos Categóricos a obrigação torna-se
o f im último e único de qualquer ação. Todos os atos virtuosos, assim, têm por f onte a
boa-vontade, o amor e o respeito ao outro, à sociedade e à Natureza como um todo. Se
todas as condutas humanas f orem inspiradas em Imperativos Categóricos, a moralidade
circunstancial — tão presente quanto abundante na contemporaneidade — não poderá
acontecer ou prosperar. Independerá de toda e qualquer situação ou de todo e qualquer
contexto. Temos todos que procurar agir kantianamente, não segundo os f ins
(geralmente quiméricos; algumas ou muitas vezes ilícitos) que estabelecemos como
prioritários, nem aplicando meios escusos (absconsus) para a consecução destes f ins,
mas segundo princípios universais. Tudo isso é muito dif ícil. Os homens, como escreveu
Macchiavelli, são sempre inimigos dos empreendimentos onde vejam dificuldades. Mas é
evidente que os planos devem ser traçados incluindo a f orma de como atingi- los. Só
que, indubitavelmente e irredutivelmente, como estabelece a Conf raternidade
Rosæ+Crucis (Ordem Fraternal e Escola de Misticismo que preserva e perpetua a
Tradição Rosacruz sob a linhagem e autoridade espiritual do Imperator Gary L. Stewart),
os fins não podem justificar os meios, se uns e outros f orem ilícitos e f raudulentos.
Então, f azendo uma certa salada de pensamentos (mas nem tanto!), penso que
Tolerância, Verdade, Virtude e Ética são uma só e a mesma coisa. Só que, neste Plano,
trabalha-se, ordinariamente, com tolerância calculada, verdade calculada, virtude
calculada e moral calculadíssima. Aliás, vou repetir e repetir: TUDO É UM. Ao se praticar
um ato condenável, também o estamos praticando contra nós próprios. Qualquer que
seja o ato. Somos, assim, comparsas de nós mesmos. Tudo esteve, está e estará
REGISTRADO. As regras, as normas, as leis, os contratos, os convênios e os decretos
circunstanciais que são criados só têm uma f inalidade: manter o poder conquistado e
as vantagens (ilícitas) auf eridas a qualquer custo. O resto é papo f urado. Tudo f ica
REGISTRADO. Mas, as pessoas, inf elizmente, acumulam ignorância com superstição
ou crendice e vão levando, porque deus é pai, é bom e perdoa. Domingo: de joelhos.
Segunda-f eira: orquestrações para a grande sacanagem semanal. Foi dada a largada
para a Grande Happy Hour ... Os próprios próceres de algumas religiões f azem coisas
que até os deuses em que acreditam, se existissem, f icariam envergonhados e
revoltados. Mas, lamentável e inf elizmente, aquele que engana sempre encontrará quem
se deixe enganar. (Nicoló). Para os que não têm religião, as justif icativas e os acordos
de consciência são outros. Tudo que f oi examinado até esta linha, obviamente, EXCLUI
os que não pensam nem agem desta f orma. Sejam religiosos ou
não. Por outro lado, não excluo alguns 'místicos' e 'iniciados' de nada do que f oi dito
anteriormente. Eu já vi e soube de coisas do arco-da-velha. Imperativos hipotéticos
também pululam em algumas f raternidades místicas e esotéricas. Tudo isso é muito
triste e lamentável, mas é f ato. Só não me peçam para participar dessas articulações ou
para ser membro de alguma comissão de investigação para julgar o que quer que seja.
Não aceito. Não julgo nada nem ninguém. Obrigo-me, apenas, a examinar, discutir,
esclarecer, ajudar no que f or preciso e of erecer o pouco de experiência que possuo.
Só. Cada um que medite sinceramente sobre o que pensa, diz e f az. A V O Z
SILENCIOSA não f icará muda. Uma conf issão: quando f aço uma besteira, toca uma
verdadeira sinf onia dentro da minha cabeça: — Rodolfo, até quando você vai ser um
tolinho? Já passou da hora de você deixar de ser um rosacruz e se tornar um ROSACRUZ
. Não adianta nada você escrever esse monte de coisas, e, em determinadas
circunstâncias, agir como se ainda estivesse em 1968. Lembre-se: 35 anos. Uma
advertência: não é pelo f ato, como ensina Macchiavelli, que quanto mais livremente [um
homem f ala], tanto mais facilmente serão aceitas suas opiniões, que, vez por outra,
relato um sentimento in pectore. Primeiro, não tenho a pretensão de convencer ninguém
de nada. Contraditaria tudo aquilo que penso a respeito de liberdade e de experiência
pessoal. Segundo, a f inalidade do site que me determinei, há mais ou menos um ano, a
colocar no ar é exclusivamente para produzir naqueles que lerem um texto ou outro que
tenho 'escrito' um momento de ref lexão. E, terceiro, como algumas vezes toco em
determinados assuntos pouco conhecidos, e nem todos que eventualmente possam vir
a ler uma destas monograf ias são místicos ou iniciados, não desejo, sob nenhuma
alegação, passar a errônea e inidônea imagem de que sou inf alível ou de que sou um
Rosacruz especial ou escolhido. Não sou. Cometo diversos equívocos nas coisas que
escrevo e, por isso, estou, sempre que percebo um erro, f azendo atualizações
(permanentes) nos textos. Sou, sim, um homem sincero, peregrinando em meio a
algumas dúvidas, algumas desilusões, alguns desânimos, alguns tropeços, algumas
quedas e poucas tentações. Tenho, todavia, uma dupla certeza: não estou só e vencerei
todos os meus demônios. Não serei devorado. Continuarei o trabalho que já comecei há
algum tempo por volta de 2090. Como Médico e Alquimista Místico. A vaidade e o
sentimento de separatividade já f oram eliminados do meu ser. Só isso. Como Nicoló
Macchiavelli, não temo a pobreza, não me amedronta a morte.
Antes de prosseguir, porém, devo esclarecer que, sob um aspecto místico mais prof
undo, não concordei integralmente com um ou outro exemplo de parábolas e de contos
que transcrevi anteriormente. (Por isso, em alguns, f iz alguns ajustes e acréscimos
segundo meu
entendimento.). À primeira vista, podem parecer perf eitos. Não importa. Cumprem um
papel. O que importa, exatamente, é que quem os produziu — e acredito que sob este
aspecto não haverá dis c repânc ia de opiniões — es t ava imbuído dos melhores
sentimentos de tolerância, de f raternidade e de amor pelo ser humano. O argumento de
que o inf erno está cheio de bem- intencionados não vale neste caso. E, estou conf
iante, para as modif icações que introduzi também não.
O s seres humanos não gostam de encarar a Verdade sem adornos. Eles a preferem
disfarçada. O Conto Judaico termina assim. A pergunta que se impõe é: O que é a
Verdade? Pratiquemos juntos um pouco de maiêutica e de heurística. Se equivalermos
Verdade e Consciência Cósmica, e se considerarmos a Consciência Cósmica como
ilimitada, então a Verdade será também ilimitada. Logo, ambas, Verdade e Consciência
Cósmica serão inatingíveis (não alcançáveis e não compreensíveis) em sua
integralidade. Uma comparação extravagante, entretanto assimilável, é imaginarmos
todas as moléculas existentes em nosso corpo, com quilhões de átomos, com zilhões
de elétrons. Certamente não poderemos jamais ter plena consciência do que f azem
estes zilhões de elétrons, no que concerne aos múltiplos movimentos a que estão
sujeitos. Cada padrão de vibração do elétron está relacionado a um estado com energia
def inida. O elétron, portanto, não gira em torno do núcleo, mas ressoa de formas
diferentes, dependendo da energia. Esses padrões vibratórios são os estados quânticos, e
os pulos entre as órbitas consistem em transições entre padrões vibratórios. De certa
forma, o átomo é como um instrumento musical, com apenas algumas notas possíveis,
cada uma correspondendo a um estado ou nível de energia. Uma conseqüência direta
desse modo de interpretar o elétron é que fica impossível dizer onde, precisamente, ele
está em um determinado momento. Do mesmo modo, não podemos dizer precisamente
qual a posição de uma onda do mar; apenas sua distribuição pelo espaço. Po r que será,
então, que algumas pessoas se acreditam onipotentes, invulneráveis e imorredouras?
Talvez, quem sabe, tenham conseguido obter a f órmula para conhecer onde estão e o
que f azem todos os elétrons do Universo(?!)
E mais. Quando alguém se ref ere a um deus qualquer, ou à(s) dita(s) verdade(s) que
presume dele derivar, está, nada mais, nada menos, interpretando com sua razão
humana — portanto limitada — alguma(s) presumida(s) verdade(s), que pode(m) ou não
estar aparentada(s) com a Verdade Cósmica. Uma extravagância um pouco mais
extravagante será questionar se realmente existe uma Verdade Cósmica. Revisitarei este
assunto mais adiante.
Isto, que ao primeiro e superf icial exame, pode parecer uma sandice, nos remete
para a questão da tolerância. Ora, sandice ou não-sandice, quem é quem para impor
suas presumidas verdades a quem? Qual a razão de algumas religiões e seus conf rades
acreditarem e divulgarem a f alácia de que eles estão salvos, porque são o povo
escolhido do deus que eles acreditam como o pai e o criador, e os outros, de outras
religiões, e os que não possuem religião alguma, estarem irremediavelmente
condenados e perdidos? Isto, salvo entendimento mais (ou menos) generoso, é uma
mistura sof ística de intolerância, de ignorância, de preconceito, de malquerença e de f
anatismo. No mínimo. Ora, na presunção de que pudessem haver dois ou mais deuses
criadores (primeiros uns) do Universo e das criaturas — nos moldes em que são
apresentados por essas religiões — ou seriam iguais, ou seriam dif erentes. Se f ossem
iguais atuariam como se f ossem um; se f ossem dif erentes, ou se anulariam, ou o mais
poderoso seria o deus maior e o chef e dos outros deuses. Deixo umas questões teosóf
icas para ref lexão: Quais os mecanismos ou leis que o Primeiro Um Ilimitado utilizaria
para criar o que é limitado? Teria o Primeiro Um Ilimitado consciência de Si? Se o
Universo dilata e contrai ininterruptamente, es s e Primeiro Um I limit ado perderia ou
aumentaria sua onipotência nas contrações? Perderia onipotência nas dilatações por f
icar supostamente mais diluído? O que é onipotência? Existe onipotência? Qual a dif
erença entre os conceitos atribuídos aos vocábulos inf inito, f inito, ilimitado e limitado?
Existirá, de f ato, um Primeiro Um? Haverá uma Verdade e uma Ética universais
irredutíveis?
Uma árvore. Uma árvore imensa com um tronco muito grosso. Um marceneiro ou
um artesão. Árvore —› potência. Se e quando o marceneiro e/ou o artesão decidirem
transf ormar o tronco da árvore em móveis ou em objetos usados em decoração de
interiores, o tronco da árvore terá sido transmutado. Móveis e objetos de decoração —›
ato.
Eu estou cansado de f alar em guerras; por isso, darei um único exemplo de indif
erença, de preconceito e de desamor, todos f ilhotes não adulterinos (portanto
legitimíssimos) da intolerância: pedof ilia. O Houaiss assim def ine pedof ilia: perversão
que leva um indivíduo adulto a s e sentir sexualmente atraído por crianças; prática efetiva
de atos sexuais com crianças (p.ex., estimulação genital, carícias sensuais, coito etc.).
Para qualquer um de nós, que nos dizemos 'normais' , a pedof ilia é um horror e é
abominável. O Houaiss a def ine como perversão. Tudo bem. Tudo bem coisíssima
nenhuma. Vou mexer em casa de insetos himenópteros, da f amília dos vespídeos e
pompilídeos, sociais ou solitários, geralmente maiores e dotados de f errão,
distinguindo-se das vespas por manterem as asas anteriores longitudinalmente dobradas
quando estão pousados. Marimbondos. Perversão? Quem escreveu este verbete no
Houaiss (e quem concorda com ele) está, como se dizia no tempo em que adão era
cadete, mais por f ora do que umbigo de vedete. Talvez até pense que lobotomizar todos
os pervertidos seja a solução ideal. Não estão satisf eitos com a lobotomização já em
andamento no mundo: o da globalização neoliberal, que está af astando, cindindo e
arrancando os seres humanos de suas raízes e lançando todos nós em uma vala comum.
A vala da dependência. A meta da maldita inteligência que está por trás desta coisa f étida é
f azer com que todos acreditem que, no mínimo, a história inexiste. Querem que
engulamos de qualquer maneira a cultura lobotomizante do Pato Mickey Donald
Patinhas. E, se a coisa f icar preta, Arnold e Silvester salvarão o mundo. Na época em
que eu era garoto, meu herói era o Possante, um ratão que voava e enchia de porrada os
gatos sem- vergonha.
O negócio é lobotomizar. Não podemos esperar.
Globalizar. Sempre globalizar.
Integralizar. Totalizar. Fracassar, nem pensar.
Roubar, ludibriar e assassinar.
Todos os meios: usar. Temos todos que obrar. Sem descanso, sem parar.
Não importa o mundo chorar.
Pode até espernear. Reclamar e denunciar. Vamos nos locupletar.
Conspirar, acumular, enricar.
Deus haverá de indultar. Deus haverá de desculpar. Deus haverá de perdoar.
Quanto ao jovem of icial, dito pedóf ilo, no primeiro julgamento pegou oito anos de
cana. Faltam (acho que) mais dois julgamentos. Onde isso parará? Eu me emocionei
muito quando meu amigo me contou esse drama, e também, quando, meses depois, me
transmitiu o veredicto do primeiro julgamento. Até, ingenuamente(?!), em nossa primeira
conversa sobre o assunto — que se prolongou por quase duas horas — me of ereci para
ir conversar com os responsáveis pelo inquérito policial-militar. Claro, meu amigo sorriu,
me deu um f orte abraço e um beijo, e agradeceu. Só um Rosacruz idiota e romântico
como eu (mas eternamente Rosacruz) poderia propor uma 'tolice' destas. O jovem of icial
já estava condenado antes do julgamento. Bolero, de Ravel. O Rodolf o que vá a missa
com suas idéias Rosacruzes ou para o raio que o parta. E, a pergunta clássica, em
situações como essas, não poderia f altar: — E se o assédio acontecesse com um filho
seu? Como você agiria? Eu sempre respondo da mesma maneira para tudo: Roubados, f
urtados, lesados, assassinados, assediados e estuprados são, porque a LEI é a LEI.
Nada acontece no Universo ao arrepio da LEI. Mas, ai dos ladrões, ai dos assassinos, ai
dos estupradores. Ai também dos que os julgam. Eu não os julgarei por nada. Nem se
meus f ilhos f orem as 'vítimas'. Por isso, jamais, sob nenhuma alegação, f arei como o
lobo: Cordeiros, cães, pastores, vós não me poupais; por isso, hei de vingar-me. E o leva
até o recesso da mata, onde o esquarteja e come... Enquanto o lobo dominar o Rei,
vertigens, doenças e ilusões serão a lei. Antes de encerrar este parágraf o, desejo
expressar minha discordância com relação à essas cíclicas e sistemáticas campanhas,
principalmente televisivas, contra padres pedóf ilos. Para quem é adversário (meramente
por preconceito) da Igreja Católica, isso é um prato cheio. Esses padres são tão doentes
e desarmonizados quanto o jovem of icial processado. O que seus superiores
eclesiásticos não podem f azer é tentar abaf ar o caso e transf erir o religioso de
paróquia. Isso é equivalente a tirar o sof á da sala ou jogar o lixo para debaixo do tapete.
O que
f izeram em uma paróquia, sem sombra de dúvida, f arão em todas as outras. Padre, tenente
or, têm que receber apoio especializado + compreensão + amor + solidariedade + o que f o
iniciarem o processo de ajustamento e de reencontro com seus Eus Superiores. Sem
explicações que poderiam tumultuar esta linha de raciocínio, direi, apenas didaticamente
sexuais (de qualquer ordem) são oriundos de vidas anteriores (masculinas e f em
imoderadamente aos prazeres do sexo. Isto não é, portanto, perversão; é submiss
inconsciente à astralidade. Deve ser corrigida. Em O Príncipe, Macchiavelli ensina ao Mag
Medice: ...a ofensa que se faz ao homem deve ser tal que não se possa temer vinganç
maior do que criminalizar o que não é crime, mas desarmonia determinada por inconsciênci
advertência d e Macchiavelli, vingança como necessária compensação. Os entrechoque
entre pessoas situam-se, por detrás dos interesses econômicos, políticos, religiosos e pes
vingança-compensação. O ciclo vai-e-vem só terminará quando houver compreensã
vinganças-compensações f orem alquimizadas em TOLERÂNCIA, FRATERNIDADE e A
alquimizado em GERMANO e em CONSCIÊNCIA CÓSMICA. Mas, quando alguém
consciente e lícita e o outro f ica of endido, nenhum temor deve invadir a consciência do jus
muito cuidado e estar sempre alerta ao se tomar qualquer atitude. O que é realmente
realmente justiça?
Nicoló Macchiave
Em um dos contos que reproduzi, o monge disse: Ele agiu conforme sua natureza e e
minha. Uns são escorpiões; outros monges. Uns são pedóf ilos; outros mahatmas. Alguns
ins justif icam os meios; outros que os f ins não podem justif icar os meios. Uns potes estão
estão inteiros e, em certa medida, perf eitos. Alguns são medrosos; outros são cor
gananciosos. E assim, os homens ofendem ou por medo ou por ódio. Ou por ganância. U
outros: capital produtivo. Uns: General Motors; outros: Microsof t. Uns são mitômanos; ou
para viver a(s) verdade(s) reconhecida(s) em consciência. Alguns são sovinas; outros são
patos; outros são cisnes. Uns, gatos; outros, ratos; alguns, Possantes. Uns são
desonestos. Flores não podem ser colhidas se f orem utilizadas sementes estéreis.
provavelmente! Alguns são agressivos; outros mantêm a serenidade em todas as ocasiõe
perdoar sete vezes é muito; outros admitem que perdoar setenta vezes sete é pouco. Mui
vezes. Quatrocentas e noventa vezes. Muito bom. Alguns poucos compreendem. Não julga
Outros... SOMOS TODOS UM.
Minérios e minerais, microorganismos, vegetais, animais, homens, seres de outros
sistemas e dimensões... Neste Planeta, particularmente, os animais são nossos irmãos
mais próximos. Precisamos parar de devorá-los, vivisseccioná-los, estuprá-los e matá-los.
SALVAD AL TORO RODANERO ¡CONDENADO A MUETE EN HONOR A LA VIRGEN
DE LA PEÑA! How is it
possible that in 2004 non human animals are still tortured and killed? How is it possible that
Spain that pretends to be a civilized country allows the existence of such a barbaric and
savage spectacle like this? We don't understand that in the 21st century, hundreds of men
with medieval spears chase a bull stabbing him to death. Algumas coisas são piores do
que outras. Dentre as pio res , uma delas é o preconceito; outra, é permanecer neutro.
Até quando vamos permitir também que trucidem, atormentem e traguem os nossos
irmãos 'animais' ? Sugiro e recomendo um passeio pelo site ALMA ANIMAL, do R+C
Latino Portal da Ordo Svmmvm Bonvm, que roda em:
ht t p://svmmvmbonvm.org/almanimal.ht m
Os animais ditos irracionais são nossos irmãos menores, assim como os homens
são os irmãos menores dos 13 Irmãos Maiores da R+C Eterna e Invisível que
promove a evolução da consciência nos Planos de Manifestação. É nosso dever
defender os animais.
Nicoló Macchiave
Nicoló Macchiave
Por último, se ainda não tivemos, mesmo que tenuemente, a experiência pessoal de
uma COMUNHÃO CÓSMICA, usemos nossa inteligência para dar soluções concertadas
para os problemas que nos af ligem e nos rodeiam. Perdoar ainda que não seja a situação
ideal — pois o ato de perdoar está vinculado inconscientemente à sensação de
onipotência — é melhor e pref erível do que julgar, condenar e punir. Tratar como crime as
atitudes dos outros é muito f ácil e cômodo. Compreender é um estágio mais avançado.
Quando compreendermos, não mais julgaremos nem precisaremos perdoar. A
TOLERÂNCIA, assim, começa pelo PERDÃO e termina pela COMPREENSÃO. Mas, deve
ser exercitada em todos os níveis. O Meu D'US não é o Seu; mas o NOSSO D'US É
NOSSO. Façamos, simbolicamente, como os arqueiros hábeis, como está escrito n'O
Príncipe, ...que, considerando muito distante o ponto que desejam atingir e sabendo
até onde vai a capacidade de seu arco, fazem mira bem mais alto do que o local
visado, não para alcançar com sua flecha tanta altura, mas para poder, com o auxílio
de tão elevada mira, atingir o seu alvo. O A LV O e o MAIS ALTO estão DENTRO. Em
nossos CORAÇÕES. PAZ PROFUNDA. Perdão e auxílio para todos os necessitados e
para todos os que sof rem. E perdão pela minha ignorância.
*******
EXPANSÃO do UNIVERSO
A expansão do Universo acontece hoje mais rapidamente do que no 'passado'. As
galáxias estão se af astando da Terra tanto mais depressa quanto mais af astadas se
encontram da própria Terra. A desconhecida 'energia escura' empurra o Universo centrif
ugamente e acelera o processo de expansão. Entretanto, o Universo não está
em processo de expansão no seio de algo ignoto. O Universo é. Não f oi, nem será.
Não f oi criado, nem será destruído. Por isso, nunca poderemos conhecer a origem do
Universo. Humildade! O que não teve princípio e não terá f im não poderá ser jamais
integralmente conhecido. Humildade! Mas, há um f ato interessante. A Terra se encontra
a 150 milhões de quilômetros do Sol. A velocidade da luz no vácuo é de 300.000
quilômetros por segundo. Isto f az com que a luz 'gaste' aproximadamente 8 'longos'
minutos para sair do Sol e alcançar o nosso Planeta. Como os f ins podem justif icar os
meios? Humildade! Ininterruptamente, a edif icação (mânvântâra) do Universo prossegue
de f orma não-teleológica. Durante a expansão, todos os objetos se af astam uns dos
outros e a luz vai aumentando de comprimento de onda. Entretanto, tempo e espaço são
ilusões da mente objetiva! Como conciliar, então, ciência e metaf ísica — a
FiloShOPhIa Primeira?
! HUMILDADE !
! TOLERÂNCIA !
! AMOR !
! FRATERNIDADE !
! JUSTIÇA !
! BELEZA !
! BEM !
WEBSITES CONSULTADOS
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/artig o s /artig o s _vie w.as p ?a=249 &p =2
PAZ PROFUNDA