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PAZ AO MUNDO!

PARÁBOLAS, CONTOS E FÁBULAS


(E a Questão da Tolerância) Os Fins Justificarão os Meios?

Rodolfo Domenico Pizzinga


www.rdpizzinga.pro.br

INTRODUÇÃO

Se se considerar plausível a existência de uma ÉTICA CÓSMICA, os múltiplos


códigos estabelecidos pelo homem nada mais são do que ref lexões morais relativas
passíveis de permanente atualização, que podem ou não, no todo ou em parte, estar em
conf ormidade com e s t a ÉTICA. Nesse sentido, a moral (tanto quanto a verdade) é
relativa: muda com os costumes e, conseqüentemente, com o evolver das civilizações.
Logo, aquele que se imobiliza e permanece af errolhado a um conceito, petrif ica a
consciência impedindo-a de perceber outros possíveis matizes do TECLADO
UNIVERSAL.

Por outro lado, em um momento histórico, certos f ins (justos ou injustos) podem ter
legitimado determinados meios (justif icáveis ou injustif icáveis); em outro, inexistindo
aqueles f ins os meios não mais se aplicam. Mas, como determinados f ins parecem ser
permanentes, apenas se modif icam os meios e as técnicas para que sejam alcançados
esses mesmos f ins. Como uma escada em espiral, voltam sempre a se f azer presentes
como que em um movimento helicoidal e em estágios ou planos mais elaborados e –
dependendo do f im em si
– muitas vezes mais torpes e tenebrosos.

Considerando, hipoteticamente, que possam existir dois tipos de f ins e dois tipos de
meios, a saber, f ins lícitos e f ins ilícitos, meios lícitos e meios ilícitos, um místico ou um
espiritualista da senda direita só poderá operacionalizar, em qualquer nível ou plano,
meios lícitos que estejam amalgamados e conduzam a f ins lícitos. Esta máxima, que é f
undamentalmente kantiana, é universal. Logo, não se restringe a este ou àquele
indivíduo, a este ou àquele grupo. É, repito, universal. Agnósticos, portanto, dela não
podem se evadir. Ninguém pode dela desdenhar.
Se não se considerar plausível a existência de uma ÉTICA CÓSMICA, se não se
considerar que o Universo se direciona teleologicamente para uma f inalidade e se, por
último, se se considerar que deus é uma mera criação homem, então, com razão
quadruplicada nossos pensamentos, palavras e atos devem ter por únic o padrão a
licitude, pois somos os únicos responsáveis pelas conseqüências dos movimentos que f
izermos. Este raciocínio é evidentemente o mesmo do primeiro caso.
Se, por último, nossa percepção da vida e do Universo é um misto das duas situações
anteriores, nada muda. O que não podemos, sob nenhuma alegação, é pôr a culpa no(s)
outro(s), na sociedade ou em Deus por nossa ignorância, nossos f racassos e nossas
incongruências. Meditações, declarações e ações não podem estar ancoradas em nada
que não seja legítimo e lícito. Temos que nos esf orçar para descobrir as causas que
geraram os ef eitos que nos atormentam, e, qualquer que seja a situação em que nos
enc o nt remo s , agir exclusivamente com base em imperativos categóricos.

VERDADE E A PARÁBOLA (CONTO JUDAICO)

Um dia, a Verdade decidiu visitar os homens, sem roupas e sem adornos, tão nua
como seu próprio nome.

E todos que a viam lhe viravam as costas de vergonha ou de medo, e ninguém lhe
dava as boas-vindas.

Assim, a Verdade percorria os confins da Terra, criticada, rejeitada e desprezada.

Uma tarde, muito desconsolada e triste, encontrou a Parábola, que passeava alegremente,
trajando um belo vestido e muito elegante.

— Verdade, por que você está tão abatida? — perguntou a Parábola.


— Porque devo ser muito feia e antipática, já que os homens me evitam tanto! —
respondeu a amargurada Parábola.

— Que disparate! — Sorriu a Parábola. — Não é por isso que os homens evitam
você. Tome. Vista algumas das minhas roupas e veja o que acontece.

Então, a Verdade pôs algumas das lindas vestes da Parábola, e, de repente, por toda
parte onde passava era bem-vinda e festejada.

Os seres humanos não gostam de encarar a Verdade sem adornos. Eles


preferem-na disfarçada.

O MONGE MORDIDO

Um monge e seus discípulos iam por uma estrada e, quando passavam por uma
ponte, viram um escorpião sendo arrastado pelas águas. O monge correu pela margem
do rio, meteu-se na água e tomou o bichinho na mão. Quando o trazia para fora do rio o
escorpião o picou. Devido à dor, o monge deixou-o cair novamente no rio. Foi então à
margem, pegou um ramo de árvore, voltou outra vez a correr pela margem, entrou no rio,
resgatou o escorpião e o salvou. Em seguida, juntou-se aos seus discípulos na estrada.
Eles haviam assistido à cena e o receberam perplexos e penalizados.

— Mestre, o Senhor deve estar muito doente! Por que foi salvar esse bicho ruim e
venenoso? Que se afogasse! Seria um a menos! Veja como ele respondeu à sua ajuda:
picou a mão que o salvava! Não merecia sua compaixão!
O monge ouviu tranquilamente os comentários e respondeu: — Ele agiu conforme sua
natureza e eu de acordo com a minha.

POR QUE AS PESSOAS SOFREM?

— Vó, por que as pessoas sofrem?


— Como é, minha neta?
— Por que as pessoas grandes vivem bravas, irritadas, sempre preocupadas com
alguma coisa?
— Bem, minha filha, muitas vezes porque elas foram ensinadas a viver assim.
—Vó...
—Oi...
Como é que as pessoas podem ser ensinadas a viver mal? Não consigo entender. Na
minha escola a professora só me ensina coisas boas.
— É que elas não percebem que foram convencidas a ser infelizes, e não
conseguem mudar o que as torna assim. Você não está entendendo, não é, meu amor?
—Não, Vovó.
— Você lembra da estorinha do Patinho Feio?
— Lembro.
— Então... o Patinho se considerava feio porque era diferente. Isso o deixava
muito infeliz e perturbado. Tão infeliz, que um dia resolveu ir embora e viver sozinho. Só
que o lago que ele procurou para nadar havia congelado e estava muito frio. Quando ele
olhou para o seu reflexo no lago, percebeu que ele era, na verdade, um maravilhoso
cisne. E, assim, se juntou aos seus iguais e viveu feliz para sempre.
— O que isso tem a ver com a tristeza das pessoas?
— Bem, quando nascemos, somos separados de nossa Natureza- cisne.
Ficamos, como patinhos, tentando aceitar o que os outros dizem que está certo. Então,
passamos muito tempo tentando virar patos.
— É por isso que as pessoas grandes estão sempre irritadas?
— É por isso! Viu como você é esperta?
— Então, é só a gente perceber que é cisne que tudo dará certo?
— Na verdade, minha filha, encontrar o nosso verdadeiro espelho não é tão fácil
assim. Você lembra o que o cisnezinho precisava fazer para poder se enxergar?
—O que?
— Ele primeiro precisou parar de tentar ser um pato. Isso significa parar de tentar
ser quem a gente não é. Depois, ele aceitou ficar um tempo sozinho para se encontrar.
— Por isso ele passou muito frio, não é, vovó?
— Passou frio, fome e ficou sozinho no inverno.
— É por isso que o papai anda tão sozinho e bravo?
— Não entendi, minha filha?
— Meu pai está sempre bravo, sempre quieto com a música e a televisão dele. Outro
dia ele estava chorando no banheiro...
Vó, o papai é um cisne que pensa que é um pato?
— Todos nós somos, querida. Em parte.
— Ele vai descobrir quem ele é de verdade?
— Vai, minha filha, vai. Mas, quando estamos no inverno, não podemos desistir,
nem esperar que o espelho venha até nós. Temos que exercer a humildade e procurar
ajuda até encontrarmos.
— E aí viramos cisnes?
— Nós já somos cisnes. Apenas temos que deixar que o cisne venha para fora e
tenha espaço para viver e para se manifestar.
— Aonde você vai?
— Vou contar para o papai o cisne bonito que ele é!
A boa vovó apenas sorriu!

AS SETE MARAVILHAS DO MUNDO


Um grupo de estudantes estudava as sete maravilhas do mundo. No f inal da aula, lhes
f oi pedido que f izessem uma lista do que consideravam as sete maravilhas. Embora
houvesse algum desacordo, prevaleceram os votos:

1) O Taj Mahal
2) A Muralha da China
3) O Canal do Panamá
4) As Pirâmides do Egito
5) O Grand Canyon
6) O Empire State Building
7) A Basílica de São Pedro

Ao recolher os votos, o prof essor notou uma estudante muito quieta. A menina ainda
não tinha virado sua f olha. O prof essor, então, perguntou à ela se tinha problemas com
sua lista.

Meio encabulada, a menina respondeu: — Sim, um pouco. Eu não consigo fazer a


lista, porque são muitas as maravilhas.

O prof essor disse: — Bem, diga-nos o que você já tem e talvez nós possamos
ajudá-la.

A menina hesitou um pouco, então leu: — Eu penso que as sete maravilhas do mundo
sejam:

1 — VER
2 — OUVIR
3 — TOCAR
4 — PROVAR
— SENTIR
6 — PENSAR
— COMPREENDER

A DIFERENÇA ENTRE O PARAÍSO E O INFERNO

Conta-se que um poeta estava um dia passeando ao crepúsculo em uma floresta,


quando, de repente, surgiu diante dele um dos maiores poetas de todos os tempos —
Virgílio. O homem tomou o maior susto de sua vida e começou a tremer sem parar.
Virgílio disse ao apavorado colega: — 'Tua alma está tomada pela covardia, que tantas
vezes pesa sobre os homens, os afastando de nobres empreendimentos, como uma besta
assustada pela própria sombra.' Mas, o destino estava sorrindo para ele, explicou Virgílio,
pois tinha sido escolhido para conhecer os segredos do Paraíso e do Inferno.
Utilizando seus poderes místicos, Virgílio transportou o poeta — ainda apavorado com
tão insólita experiência — ao velho e mítico rio de águas pantanosas e cinzentas que
circundava o submundo: O 'Rio Aqueronte'. Entraram em uma canoa e Virgílio instruiu o
poeta para remar até o Inferno, já que 'Caronte' não se encontrava por ali. Quando
chegaram, o poeta estava algo surpreso por encontrar um lugar semelhante à floresta
onde estavam, e não f eito de fogo e de enxofre nem infestado de demônios alados e
criaturas nojentas exalando fogo, como ele esperava.

Virgílio pegou o poeta pela mão e levou-o por uma trilha. Logo o poeta sentiu, à
medida em que se aproximavam de uma barreira de rochas e arbustos, o cheiro de um
delicioso ensopado. Junto com o cheiro, entretanto, vinham misteriosos sons de
lamentações e de ranger de dentes. 'Gritos de mágoa, brigas, queixas iradas em diversas
línguas formavam um tumulto que tinha o som de uma ventania.' Ao contornarem as
rochas, depararam-se com uma cena incomum. Havia uma grande clareira com muitas
mesas grandes e redondas. No meio de cada mesa havia uma enorme panela contendo o
ensopado cujo cheiro o poeta havia sentido, e cada mesa estava cercada de pessoas
definhadas e obviamente famintas. Cada uma segurava uma colher com a qual tentava
comer o ensopado. Entretanto, devido ao tamanho da mesa e por serem as colheres
muito grandes e com cabos três vezes mais compridos do que os braços das pessoas
que as usavam, estas ficavam impedidas de alcançar a panela no centro da mesa. Isto
tornava impossível, para qualquer uma daquelas pessoas famintas, de levar a comida à
boca. Havia muita luta e imprecações, enquanto cada pessoa tentava
desesperadamente pegar pelo menos uma gota do ensopado.

O poeta ficou muito abalado com a terrível cena. Fechando os olhos, suplicou a
Virgílio que o tirasse dali. Em um momento eles estavam de volta à canoa e Virgílio
orientou o poeta como chegar até o Paraíso.

Quando chegaram, o poeta surpreendeu-se novamente ao ver uma cena que não
correspondia às suas expectativas. Aquele lugar era quase exatamente igual ao que eles
haviam acabado de visitar. Não havia grandes portões de pérolas nem bandos de anjos a
cantar. Novamente, Virgílio conduziu-o por uma trilha onde um cheiro de comida vinha de
trás de uma barreira de rochas e de arbustos. Desta vez, entretanto, eles ouviram cantos
e risadas quando se aproximaram. Ao contornarem a barreira, o poeta ficou muito
surpreso de encontrar um quadro idêntico ao que eles tinham acabado de deixar: grandes
mesas cercadas por pessoas com colheres de cabos desproporcionais e uma grande
panela de ensopado no centro de cada mesa.

A única e essencial diferença entre aquele grupo de pessoas e o que eles tinham
acabado de deixar é que as pessoas deste segundo grupo estavam usando suas colheres
para alimentar umas às outras.
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O LENHADOR E A RAPOSA

Um lenhador acordava todos os dias às 6 horas da manhã e trabalhava


inteiro cortando lenha, só parando tarde da noite. Ele tinha um f ilho lind
poucos meses e uma raposa, sua amiga, tratada como bichano de estimação
sua total conf iança. Todos os dias, o lenhador — que era viúvo — ia trabalh
deixava a raposa cuidando do bebê. Ao anoitecer, a raposa f icava f eliz com a
chegada.

Sistematicamente, os vizinhos do lenhador alertavam que a raposa era


animal selvagem, e, portanto, não era conf iável. Quando sentisse f ome com
a criança. O lenhador dizia que isso era uma grande bobagem, pois a raposa
sua amiga e jamais f aria isso. Os vizinhos insistiam: Lenhador, abra os olho
raposa vai comer seu filho. Quando ela sentir fome vai devorar seu filho!

Um dia, o lenhador, exausto do trabalho e cansado desses comentá


chegou à casa e viu a raposa sorrindo como sempre, com a boca totalm
ensangüentada. O lenhador suou f rio e, sem pensar duas vezes, deu
machadada na cabeça da raposa. A raposinha morreu instantaneamente.
Desesperado, entrou correndo no quarto. Encontrou seu f ilho no be
dormindo tranqüilamente, e, ao lado do berço, uma enorme cobra morta.

O CALDEIREIRO

Um caldeireiro f oi contratado para consertar um enorme sistema de caldeiras de um na


vapor que não estava f uncionando bem. Após escutar a descrição f eita pelo engenheiro qu
aos problemas e de haver f eito umas poucas perguntas, dirigiu-se à sala de máquinas. O
durante alguns instantes, para o labirinto de tubos retorcidos. A seguir, pôs-se a escutar o r
surdo das caldeiras e o silvo do vapor que escapava. Com as mãos apalpou alguns tu
Depois, cantarolando suavemente só para si, procurou em seu avental alguma coisa e tiro
lá um pequeno martelo, com o qual bateu apenas uma vez em uma válvula verm
Imediatamente, o sistema inteiro começou a trabalhar com perf eição e o caldeireiro voltou
casa.

Quando o dono do navio recebeu uma conta de R$ 2.000,00 queixou-se de que o


caldeireiro só havia f icado na sala de máquinas
durante quinze minutos e solicitou uma conta pormenorizada.

Eis o que o caldeireiro lhe enviou: Total ................: R$ 2.000,00


Martelada ..........: R$ 0,50 Onde martelar ....: R$ 1.999,50

O VELHO POTE RACHADO


Um carregador de água, na Índia, levava dois potes grandes, am
pendurados em cada ponta de uma vara a qual ele carregava atravessada em
pescoço. Um dos potes tinha uma rachadura, enquanto o outro era perf e
sempre chegava cheio de água no f im da longa jornada entre o poço e a cas
Senhor para quem o carregador trabalhava. O pote rachado sempre chegava
água apenas pela metade.

Foi assim por dois anos. Diariamente, o carregador entregando um po


meio de água na casa de seu Senhor. Claro, o pote perf eito estava orgulhos
suas realizações. Porém, o pote rachado estava envergonhado de sua im
eição. Sentia-se miserável por ser capaz de realizar apenas a metade do qu
havia sido designado f azer.

Após perceber que por dois anos havia sido uma f alha amarga, o
rachado, um dia, f alou para o carregador à beira do poço: — Estou envergonh
Quero lhe pedir desculpas.

— Por que? — perguntou o homem. — De que você está envergonhado?

— Nesses dois anos — disse o pote — eu fui capaz de entregar ap


metade da minha carga, porque essa rachadura no meu lado faz com que a
vaze por todo o caminho que leva à casa de seu Senhor. Por causa do meu de
você não ganha o salário completo dos seus esforços.

O carregador f icou triste pela situação do velho pote, e, com compaixão,


u: — Quando retornarmos à casa do meu Senhor, quero que observes as flore
longo do caminho.

De f ato. À medida que eles subiam a montanha, o velho pote rachado n


muitas e belas f lores selvagens ao lado do caminho, e
isto lhe deu ânimo. Mas, no f im da estrada, o velho pote ainda se sentia
porque, mais uma vez, tinha vazado a metade da água, e, de novo, p
desculpas ao carregador por sua f alha.

O carregador, então, disse ao pote: — Você notou que pelo caminh


havia flores no seu lado do caminho? Notou ainda que a cada dia, enqu
voltávamos do poço, você as regava? Por dois anos eu pude colher flores
ornamentar a mesa do meu Senhor. Sem você ser do jeito que você é, ele
poderia ter essa beleza para dar graça à sua casa.
O SÁBIO SAMURAI

Perto de Tóquio, vivia um grande samurai, já idoso, que agora se dedica


ensinar Zen aos jovens. Apesar de sua idade, corria a lenda de que ainda
capaz de derrotar qualquer adversário.

Certa tarde, um guerreiro, conhecido por sua total f alta de escrúp


apareceu por ali. Era f amoso por utilizar a técnica da provocação. Esperava
seu adversário f izesse o primeiro movimento e, dotado de uma inteligê
privilegiada para observar os erros cometidos, contra-atacava com velocida
ulminante. O jovem e impaciente guerreiro jamais havia perdido uma
Conhecendo a reput aç ão do samurai, estava ali para derrotá-lo e aumenta
f ama.

Todos os estudantes se manif estaram contra a idéia, mas o velho e s


samurai aceitou o desaf io. Foram todos para a praça da cidade. Lá, o jo
começou a insultar o velho mestre. Chutou algumas pedras em sua direção, cu
em seu rosto, gritou todos os insultos que conhecia, of endendo, inclusive,
ancestrais. Durante horas f ez tudo para provocá-lo, mas o velho s
permaneceu impassível. No f inal da tarde, sentindo-se exausto e humilhad
impetuoso guerreiro desistiu e retirou-se.

Desapontados pelo f ato de o mestre ter aceitado tantos insultos e ta


provocações, os alunos perguntaram: — Como o senhor pôde suportar
indignidade? Por que não usou sua espada, mesmo sabendo que poderia per
luta, ao invés de se mostrar covarde e medroso diante de todos nós?
Se alguém chega até você com um presente, e você não o aceita, a q
pertence o presente? — perguntou o Samurai.

A quem tentou entregá-lo — respondeu um dos discípulos.

O mesmo vale para a inveja, a raiva e os insultos — disse o mestre. — Qu


não são aceitos, continuam pertencendo a quem os carrega consigo. A sua
interior, depende exclusivamente de você. As pessoas não podem lhe tir
serenidade, só se você permitir!

CONTO CHINÊS

Conta-se que, por volta do ano 250 a.C, na China antiga, um príncip
região norte do País estava às vésperas de ser coroado Imperador, mas
acordo com a lei, deveria se casar. Sabendo disso, resolveu f azer uma dis
entre as moças da corte, inclusive quem quer que se achasse digna de
proposta que não pertencesse à corte.
No dia seguinte, o príncipe anunciou que receberia, numa celebração espe
todas as pretendentes e apresentaria um desaf io. Uma velha senhora, serv
palácio há muitos anos, ouvindo os comentários sobre os preparativos, sentiu
leve tristeza, pois sabia que sua jovem f ilha nutria um sentimento de prof
amor pelo príncipe.

Ao chegar à casa e relatar o f ato à jovem f ilha, espantou-se ao saber qu


já sabia sobre o dasaf io e que pretendia ir à celebração.

Então, indagou incrédula: — Minha filha, o que você fará lá? Estarão prese
todas as mais belas e ricas moças da corte. Tire esta idéia insensata da cabeça
sei que você deve estar sofrendo, mas não transforme o sofrimento em loucura

A f ilha respondeu: — Não, querida mãe. Não estou sofrendo e muito m


louca. Eu sei perfeitamente que jamais poderei ser a escolhida. Mas é minha ú
oportunidade de ficar, pelo menos alguns momentos, perto do príncipe. Isto j
torna feliz.

À noite, a jovem chegou ao palácio. Lá estavam, de f ato, todas as mais b


moças com as mais belas roupas, com as mais belas jóias e com as
determinadas intenções. Então, inicialmente, o príncipe anunciou o desaf i
Darei a cada uma de vocês uma semente. Aquela que, dentro de seis meses
trouxer a mais bela flor, será escolhida minha esposa e futura Imperatriz da Chi

A proposta do príncipe não f ugiu às prof undas tradições daquele povo,


valorizava muito a especialidade de cultivar algo, sejam relacionamentos, costu
ou amizades.

O tempo f oi passando. E a doce jovem, como não tinha muita


habilidade nas artes da jardinagem, cuidava com muita paciência e ternura a
semente, pois sabia que se a beleza da f lor surgisse na mesma extensão de
amor, ela não precisaria se preocupar com o resultado.

Passaram-se três meses e nada surgiu. A jovem tudo tentara. Usara de t


os métodos que conhecia, mas nada havia nascido. Dia após dia ela percebia
vez mais longe o seu sonho; mas cada vez mais prof undo o seu amor. Por f im
seis meses haviam passado e nada havia brotado. Consciente do seu esf or
da sua dedicação, a moça comunicou à mãe que, independentemente
circunstâncias, retornaria ao palácio na data e na hora combinadas, pois
pretendia nada além de mais alguns momentos na companhia do príncipe.

Na hora marcada estava lá, com seu vaso vazio, bem como todas as o
pretendentes. Mas, cada jovem com uma f lor mais bela do que a outra, das
variadas f ormas e cores. Ela estava admirada. Nunca havia presenciado tão
cena.

Finalmente, chega o momento esperado e o príncipe passa a observar


uma das pretendentes com muito cuidado e atenção. Após passar por todas,
a uma, ele anunciou o resultado, indicando a bela jovem que não levara nenhu
lor como sua f utura esposa. As pessoas presentes na corte tiveram as
inesperadas reações. Ninguém compreendeu porque o príncipe havia esco
justamente aquela que nada havia cultivado.

Então, calmamente o príncipe esclareceu: — Esta foi a única que cultivou


que a tornou digna de se tornar uma Imperatriz. A flor da Honestidade. Pois, t
as sementes que entreguei eram estéreis.
INOCENTE OU CULPADO?

Conta uma lenda que, na Idade Média, um homem muito religioso


injustamente acusado de ter assassinado uma mulher. Na verdade, o auto
crime era uma pessoa inf luente no reino e, por isso, desde
o primeiro momento, se procurou um bode expiatório para acobertar o verdadei
assassino.

O homem injustamente acusado de ter cometido o assassinato f oi leva


julgamento. Ele sabia que tudo iria ser f eito para condená-lo e que teria po
chances de sair vivo das f alsas acusações. A f orca o esperava!

O juiz, que também estava conluiado para levar o pobre homem à m


simulou um julgamento justo, f azendo uma proposta ao acusado para
provasse sua inocência.

Disse o desonesto juiz: — Como o senhor, sou um homem profundam


religioso. Por isso, vou deixar sua sorte nas mãos de deus. Vou escrever em
papel a palavra INOCENTE e em outro a
palavra CULPADO. Você deverá pegar apenas um dos papéis. Aquele que você
escolher será o seu veredicto.

Sem que o acusado percebesse, o inescrupuloso juiz escreveu nos


papéis a palavra CULPADO, f azendo, assim, com que não houvesse altern
para o homem. O juiz, então, colocou os dois papéis em uma mesa e mand
acusado escolher um. O homem, pressentindo o embuste, f ingiu se concentra
alguns segundos a f im de f azer a escolha certa. Aproximou-se conf iant
mesa, pegou um dos papéis e rapidamente colocou-o na boca e o engoliu
presentes reagiram surpresos e indignados com tal atitude.

O homem, mais uma vez demonstrando conf iança, disse: — Agora basta olh
papel que se encontra sobre a mesa e saberemos que engoli aquele em que es
escrito o contrário.
O TESOURO OCULTO:
O Covarde, o Corajoso e o Ganancioso

Um homem, que vivia perto de um cemitério, uma noite, ouviu uma voz q
chamava de uma sepultura. Sendo covarde demais para, sozinho, investigar o
se passava, conf iou o ocorrido a um corajoso amigo que, após estudar o loc
onde saíra a voz, resolveu voltar à noite para ver o que aconteceria.

Anoiteceu. Enquanto o covarde tremia de medo, seu amigo f oi ao cemité


ouviu a mesma voz saindo de uma sepultura. O amigo perguntou à voz quem
o que desejava. A voz, vinda de baixo, respondeu: — Sou um tesouro ocu
decidi dar-me a alguém. Eu me ofereci a um homem ontem à noite, mas ele er
medroso que não veio me buscar. Por isso, dou-me a você que é merec
Amanhã de manhã, irei à sua casa com meus Sete Irmãos.

O homem corajoso disse: — Estarei esperando por vocês, mas, por f


diga-me como devo tratá-los. A voz explicou: — Iremos todos vestidos de mo
Tenha uma sala pronta para nós com água. Lave o seu corpo, limpe a sala e t
Oito cadeiras e Oito tigelas de sopa para nós. Após a refeição, você deverá con
cada um de nós a um quarto fechado, no qual nos transformaremos em p
cheios de ouro.

Na manhã seguinte, o homem corajoso lavou o corpo conf orme lhe


recomendado, limpou a sala como lhe f ora ordenado, e f icou à espera dos
monges. À hora aprazada, os oito monges apareceram, tendo sido receb
cortesmente pelo corajoso homem.
Depois que tomaram a sopa, ele os conduziu, um por um, aos quartos f echa
nos quais cada monge se transf ormou em um pote cheio de ouro.

*
Um homem muito ganancioso que vivia naquela mesma aldeia, ao t
conhecimento do incidente, desejou também ter para si os potes de ouro.
tanto, convidou os oito monges para virem até sua casa. Depois que eles tom
a ref eição, o ganancioso, esperando obter o almejado tesouro, conduziu cad
a um quarto f echado. Entretanto, ao invés de se transf ormarem em pote
ouro, os monges, enf urecidos com a cobiça do espertalhão, denunciara
ganancioso à polícia, que o prendeu.

Quanto ao covarde, quando ouviu que a voz da sepultura havia trazido riq
ao seu corajoso amigo, f oi até a casa dele e, avidamente, lhe pediu o
insistindo que era seu porque a voz f oi dirigida primeiramente a ele. Quan
medroso tentou pegar os potes, neles encontrou apenas cobras venen
erguendo as cabeças prontas para atacá-lo.

O rei, tomando conhecimento desse f ato, determinou que os potes perten


ao homem corajoso, dizendo: — Assim se passa com tudo neste mundo. Os
cobiçam sempre os bons resultados, mas são covardes ou ineptos para procurá
e, por isso, estão continuamente falhando. Não têm confiança nem coragem
enfrentar as intestinas lutas que ocorrem na mente. Só com determina
confiança e coragem se poderá dar início à Peregrinação que conduzi
verdadeira Paz Profunda e à Harmonia Interior.
BOM CORAÇÃO

No tempo do Buda vivia uma velha mendiga chamada Confiando na Ale


Ela observava os reis, príncipes e o povo em geral f azendo of erendas ao B
e a seus discípulos, e não havia nada que quisesse mais do que poder f az
mesmo. Saiu então pedindo esmolas, mas, no f im do dia não havia conseg
mais do que uma moedinha.

Levou a moedinha ao mercado para tentar trocá-la por algum óleo, m


vendedor lhe disse que aquilo não dava para comprar nada. Entretanto, qu
soube que ela queria f azer uma of erenda ao Buda, encheu-se de pena e deu-
óleo que queria. A mendiga f oi
para o mosteiro e acendeu a lâmpada. Colocou-a diante do Buda e f ez o seg
pedido: — Nada tenho a oferecer senão esta pequena lâmpada. Mas, com
oferenda, possa eu no futuro ser abençoada com a Lâmpada da Sabed
Possa eu libertar todos os seres das suas trevas, purificar todos os
obscurecimentos e levá-los à Iluminação.

Durante a noite, o óleo de todas as lâmpadas havia acabado. Mas a lâm


da mendiga ainda queimava na alvorada, quando Maudgalyayana — o discípu
Buda — chegou para recolher as lâmpadas. Ao ver aquela única lâmpada a
brilhando, cheia de óleo e com pavio novo, pensou: 'Não há razão para que
lâmpada continue ainda queimando durante o dia' , e tentou apagar a chama
os dedos, mas f oi inútil. Tentou abaf á-la com suas vestes, mas ela ainda ard
Buda, que o observava há algum tempo, disse: — Maudgalyayana: você
apagar essa lâmpada? Não vai conseguir. Não conseguiria nem movê-la daí
dirá apagá-la. Se jogasse nela toda a água dos oceanos, ainda assim
adiantaria. A água de todos os rios e lagos do mundo não poderia extinguir
chama.

— Por que não? — Perguntou o discípulo de Buda.

— Porque ela foi oferecida com devoção e com pureza de coraç


de mente. Essa motivação produziu um enorme benefício.

Quando o Buda terminou de f alar, a mendiga se aproximou e ele prof e


que no f uturo ela se tornaria um Perf eito Buda e seria conhecido como Lu
Lâmpada.

*
Em tudo, o nosso sentimento é o que importa. A intenção, boa ou
má, inf luencia diretamente nossa vida no f uturo. Qualquer ação, por mais sim
que seja, se f eita com coração, produz benef ícios na vida das pessoas.

CIDADE FANTASMA

Um grupo de viajantes, tendo ouvido f alar de uma cidade cheia de tesouros, parte para
rentar uma dif ícil jornada. Para chegar à cidade, teriam que percorrer uma estrada extremam
longa que atravessava desertos, f lorestas e terras perigosas. Nenhum trecho dessa estrada
seguro e os viajantes teriam de ter muita coragem e persistência para atingir sua meta.

Haviam completado mais da metade da jornada e acabado de sair de uma densa f lor
quando o guia que os conduzia, que conhecia bem o caminho, avisou que logo iriam
aventurar por um deserto.

O sol escaldante e as f ortes tempestades de areia provaram ser demais para eles
viajantes estavam tão cansados que começaram a perder a coragem e a querer desistir
tesouros em troca da segurança de seus lares que haviam deixado para trás. O guia, cont
estava determinado a levar todos, não importando como. Ele usou, então, seus pod
místicos, f azendo surgir uma cidade monumental no meio do deserto.

Inst ant aneament e, os viajantes tiveram uma visão f antástica.


Apareceu 'do nada' um lindo oásis repleto de árvores, por entre as quais v
uma cidade. Imediatamente, correram até lá com grande alegria. Todo o cans
todas as dores e todo o desânino desapareceram em um instante, para dar l
ao otimismo, à alegria e à esperança. Eles se banharam, saborearam com
deliciosas e dormiram tranqüilamente. Em suas conversas, nem cogitavam a
de desistir da jornada e de retornar aos seus lares.

Na manhã seguinte, logo que despertaram, f icaram estarrecidos ao ouvir o


lhes dizer que tinham de deixar aquele lugar maravilhoso e seguir viagem.

— Mas, este é exatamente o paraíso que procurávamos por tanto tempo


exclamou um deles.

Não. — respondeu o guia — Os senhores nem sequer alcançaram o prim


terço da jornada. Este é somente um ponto de descanso, um lugar para
refrescarem. Acreditem! O destino final é muito mais belo do que esta cidade e
está tão longe. Agora que tivemos tempo para descansar e relaxar, teremos
continuar nossa peregrinação.

Dito isso, a cidade desapareceu na areia.

O LOBO E O CORDEIRO
( La Fontaine)
Um cordeiro a sede matava Nas águas limpas de um regato.
Eis que se avista um lobo que por lá passava Em f orçado jejum, aventureiro in
E lhe diz irritado: — Que ousadia A tua, de turvar, em pleno dia,
A água que bebo! Hei de castigar-te!
— Majestade, permiti-me um aparte — Diz o cordeiro. — Vede:
Estou matando a sede Com água a jusante,
Bem uns vinte passos adiante De onde vos encontrais.
Assim, por conseguinte, Para mim seria impossível
Cometer tão grosseiro acinte.
— Mas turvas. E, ainda mais horrível,
Foi que falaste mal de mim no ano passado.
— Mas como poderia — pergunta assustado O cordeiro — se eu não era nasc
— Ah, não? Então deve ter sido Certamente teu irmão.
— Peço-vos perdão Mais uma vez.
Mas deve ser engano, Pois eu não tenho mano.
— Então, algum parente. Teus tios, teus pais...
Cordeiros, cães, pastores, Vós não me poupais;
Por isso, hei de vingar-me.
E o leva até o recesso da mata, Onde o esquarteja e come sem processo
A CIGARRA E A FORMIGA
(Joelmir Beting)

Concordar ou discordar do conteúdo do texto a seguir é privilégio de


um. Ref letir sobre ele é uma necessidade e um obrigação cidadã.

*
De f ora para dentro, o capital volátil reaparece e o capital prod
desacelera. Falam os números do primeiro trimestre,
divulgados quinta-f eira. Mas é preciso interpretar o que os números estão f al
para não se tirar conclusões desconectadas nem f azer projeções f urada
capital volátil, por semântica, é de caráter especulativo e/ou transitório. Entra
do País como quem, f ora de hábito, entra e sai da ducha f ria: sempre corre
Acionado por bancos e f undos, ele é movido a risco-país, sinalizador terceiri
d e qualidade duvidosa. Dá carona também a créditos de curtíssimo prazo
movimentos de cash-flow das transnacionais aqui estabelecidas. Nada contr
capital produtivo é internado, para f icar, pelas mesmas empresas transnacio
no desenvolvimento de s eus projetos e negócios da economia real. O retor
parcial e homeopático. Ao contrário dos juros, a repatriação de lucros
constitui exigível com data marcada.

Nos juros, a repatriação do empréstimo ocorre antes mesmo da conclusã


projeto ou da operação da empresa. Nos lucros, a remessa só ocorre
empresa apurar ganhos na atividade econômica e se quiser repatriar algu
ração desses ganhos. Até porque, se o Brasil dá lucro nos mercados de be
serviços operados por elas, o negócio é reaplicar todo o lucro aqui mesm
maioria delas tem f eito isso.

E mais: no capital produtivo de f ora para dentro, junto com a poup


externa desembarcam a tecnologia, a gestão, o emprego, o salário, o tribu
competição. O comparativo é acaciano, mas adequado para a leitura correta
números que se seguem.

No primeiro trimestre, entraram pelo capital produtivo exatos US$ 1,977 bi


Contra US$ 4,7 bilhões no mesmo período do ano passado. Um tombo de
Com boa explicação ou justif icativa na tremenda desvalorização do real de lá
cá. O dólar das múltis, no ponta a ponta, cresceu 43% em poder de compr
mercado interno.
No mesmo cotejo, o ingresso do capital volátil passou de US$ 149 milhõe
primeiro trimestre de 2002 para exatos US$ 1,965 bilhão aqui em 2003.
empate técnico com o capital produtivo.

Além do ef eito câmbio, a desaceleração estatística do investimento


transnacionais tem algo a ver, não com a 'queda da confiança das múltis no fu
da economia brasileira' , mas com a digestão de sucuri da 'grande invasão' nos
anos da Era FHC.

De 1995 a 2002, elas trouxeram para cá nada menos de US$ 143 bilhõe
dólar de 2001). Entre os 10 maiores emergentes, o Brasil só perdeu em recep
nesse longo período, para o pirotécnico advento da China, endereço de
terráqueo em cada cinco.

O importante é que o capital produtivo vai continuar, aí pela proa,


ingresso acima de US$ 12 bilhões por ano. O resto é desinf ormação.
UMA MANEIRA DE COMPREENDER O SIGNIFICADO DA
PAZ PROFUNDA

Havia um Rei que ofereceu um grande prêmio ao artista que f osse capa
captar em uma pintura a Paz Prof unda.

Muitos artistas apresentaram suas telas.

O Rei observou e admirou todas as pinturas, mas houve apenas duas de


ele realmente gostou e teve de escolher entre ambas.

A primeira era um lago muito tranqüilo. Este lago era um espelho perf eito
se ref letiam plácidas montanhas que o rodeavam. Sobre elas encontrava-se
Paraíso muito azul com tênues nuvens brancas.
Todos os que olharam para esta pintura pensaram que ela ref letia
a Paz Prof unda.

A segunda pintura também tinha montanhas. Mas estas eram escabros


estavam despidas de vegetação. Sobre elas havia um Paraíso tempestuos
qual se precipitava um f orte aguaceiro com relâmpago s e trovões. Monta
abaixo parecia retumbar uma espumosa torrente de água. Tudo isto se reve
nada pacíf ico.

Mas, quando o Rei observou mais atentamente, reparou que atrás da cas
havia um arbusto crescendo de uma f enda na rocha. Nes t e arbusto encontr
se um ninho. Ali, em meio ao ruído da violenta turbulência da água, estava
passarinho placidamente sentado no seu ninho... Em Prof unda Paz!

O Rei escolheu a segunda tela e explicou: — PAZ PROFUNDA não sign


estar em um lugar sem ruídos, sem problemas, sem trabalho árduo para realiza
livre das dores e das tentações da encarnação. PAZ PROFUNDA significa
apesar de se estar em meio a tudo isso, permanecemos calmos e confiante
SANTUÁRIO SAGRADO do NOSSO CORAÇÃO. Lá encontraremos a Verda
PAZ PROFUNDA. Em SILENCIOSA MEDITAÇÃO.
AHMAD MUSSAIN E O IMPERADOR

O Imperador Mahmud El-Ghazna passeava um dia com o sábio Ah


Mussain, que tinha reputação de ler pensamentos. O Imperador, há algum te
vinha tentando que o sábio f izesse diante dele uma demonstração de
capacidade. Como Ahmad se recusava a f azer a sua vontade, Mahmud h
decidido recorrer a um ardil para que o sábio, sem o perceber, exercesse
extraordinários dotes na sua presença.

— Ahmad — chamou o Imperador.

— Que desejas, Senhor?

— Qual é o ofício do homem que está perto de nós?

— É um carpinteiro.

— Como se chama?

— Ahmad, como eu.

— Será que comeu alguma coisa doce recentemente?

— Sim, comeu.

Chamaram o homem e ele conf irmou tudo o que o sábio havia dito.
— Tu — disse o Imperador — te recusaste a fazer uma demonstração dos te
poderes na minha presença. Percebeste que te forcei, sem
que o notasses, a demonstrar tua capacidade, e que o povo te transformaria
santo se eu contasse em público as revelações que me fizeste? Como é pos
que continues ocultando a tua condição de sufi e pretendas passar por um hom
qualquer?

— Admito que posso ler pensamentos — concordou Ahmad — mas o povo


percebe quando faço isso. Minha dignidade e meu amor- próprio não me perm
exercer esse dom com propósitos frívolos. Por isso meu segredo continua ignor

— Mas admites que agora mesmo acabas de usar teus poderes?

— Não, absolutamente não.

— Então como pudeste responder minhas perguntas


acertadamente?

— Facilmente, Senhor. Quando me chamaste, esse homem virou a cabeç


que me indicou que seu nome era igual ao meu. Deduzi que era carpinteiro por
neste bosque, só dirigia o olhar para árvores aproveitáveis. E sei que acabar
comer alguma coisa doce, porque vi que estava espantando as abelhas
procuravam pousar nos seus lábios. Lógica, meu Senhor. Nada de dons oculto
especiais.

ATREVIMENTO DE BILL GATES


Há poucos meses recebi um e-mail relatando que, em uma recente f eira d
ormática (COMDEX), Bill Gates (de todos nós) f ez uma inf eliz e impen
comparação entre a indústria de computadores e uma específ ica indú
automobilística, e declarou: — Se a GM tivesse evoluído tecnologicamente
quanto a indústria de computadores, estaríamos todos dirigindo carros
custariam 25 dólares e que fariam 1000 milhas por galão. (Algo em torno de
km/l – UM LIGEIRO EXAGERO).

A General Motors, respondendo na bucha o atrevimento, divulgou o seguin


comentário a respeito desta declaração:

SE A MICROSOFT FABRICASSE CARROS:

1) Todas as vezes que fossem repintadas as linhas das estradas você


que comprar um carro novo.

2) Ocasionalmente, dirigindo a 90 km/h, de repente, seu carro morreri


auto-estrada sem nenhuma razão aparente, e você teria apenas que aceitar is
religá-lo (desligar o carro, tirar a chave do contato, fechar o vidro, sair do c
fechar e trancar a porta, abrir e entrar no carro, sentar-se no banco, abrir o v
colocar a chave no contato e ligar) e... seguir adiante.

3) Ocasionalmente, a execução de uma manobra à esquerda, poderia


com que seu carro parasse e falhasse. Você teria então que reinstalar o motor
alguma estranha razão, você aceitaria isso também.

4 ) A Apple faria um carro em parceria com a Sun, confiável, cinco vezes


rápido e dez vezes mais fácil de dirigir. Mas apenas poderia rodar em 5%
estradas.
5 ) Os indicadores luminosos de falta de óleo, de gasolina e de bateria se
substituídos por uma simples ‘Falha Geral ou Defeito Genérico’.

6 ) Os novos assentos obrigariam a todos a terem o mesmo tamanho ‘defaul


bumbum.

7) ) Em um acidente, antes de entrar em ação, o sistema de ‘air


perguntaria: ‘Você tem certeza de que quer usar o ‘air bag?’.

8) No meio de uma descida pronunciada e perigosa, quando você liga


mesmo tempo o rádio, o ar condicionado e as luzes, ao pisar no freio, aparec
uma mensagem do tipo ‘este carro realizou uma operação ilegal e será desligad

9 ) Se desligar o seu carro 98 utilizando a chave, sem antes ter desliga


rádio ou o pisca-alerta, quando for ligá-lo novamente, ele iria checar toda
funções do carro durante meia hora, e ainda lhe daria uma bronca para não fa
novamente.

10 0 ) A cada novo lançamento de carro, você teria que reaprender a d


voltar à auto-escola e tirar uma nova carteira de motorista.

11) Para DESLIGAR seu carro, você teria que apertar o botão ‘Iniciar’...

PERDÃO DAS INJÚRIAS


No Evangelho de Mateus XVIII, 21 e 22 está escrito:

Pedro: — Senhor, até quantas vezes poderá pecar meu irmão contra mim, q
eu lhe perdoe? Até sete vezes?

Jesus: — Não te digo que até sete vezes, mas até SETENTA
VEZES SETE.

*******
REFLEXÕES

Por tudo que já vi e vivi, pelo que tenho aprendido nestes trinta e cinco anos de Rosa
minha particular visão e sensação do Universo e dos seres, eu não tenho alternativa: estou c
o mundo objetivo (Mundo da Concretização) é o mundo da ilusão, no qual vivem(?), comem
crêem, guerreiam, matam, vivisseccionam, estupram, classif icam, manipulam, (in)jus
atropelam, libertinam, dormem demais etc. os seres humanos em sua imensa maioria. A
organizações e para muitas pessoas é: os fins justificam os meios. Entenderam Macchiave
interesses. Leram? Entenderam? Péssimo. Faz em discursos exaltando a verdade e a v
virtude que não cumprem nem nelas pautam suas vidas. Não sabem (ou será que pressupõe
o paradigma agem assim?) que a verdade é relativa e só pode ser percebida no Silêncio
Interior t enho certeza de que, além de não saberem seu signif icado místico, nem desco
existir um Silêncio desta ordem. Mas , em cada Silêncio...
talvez uma 'atualização' de uma 'velha' verdade... Mas, mesmo assim (ou,
substantivamente por ser assim), isto é, pelo f ato de as verdades serem relativas e
produtos das consciências em processos variados e complexos de evolução
(reintegração) e das diversas culturas existentes em nosso Planeta e dos momentos
pelos quais passam tais culturas, não podemos simplesmente abdicar dos códigos
existentes (pessoais e coletivos) para justif icações de atitudes e práticas hipotéticas
contrárias ao Bem, ao Belo e ao Justo. Em uma palavra: ao Universal. A Microsof t
Corporation, por exemplo, é universal, mas não é Universal. Não é boa, não é bela, e
muito menos é justa. É necessária e útil. Fez-se assim. Foi permitido que assim
sucedesse. Dela, a Humanidade ainda depende. Não dependerá. Impérios nascem.
Impérios se desagregam. Será que somos todos uma mistura mal ajambrada de estupidez
com psicopatia? Não creio. Doações para manter o poder têm ef êmera duração. As
consciências, em sua estrutura mais íntima, não querem doações nem f avores; desejam
liberdade e conhecimento. A dependênc ia e os obséquios hipotéticos, no recesso de
suas personalidades-almas, as horroriza.

Continuando. Fazem (os seres humanos em sua imensa maioria) discursos sobre a
paz, quando, na verdade, estão, a cada dia, se preparando para a guerra. SI VIS PACEM,
PARA BELLUM. Comprar armas para se autodef ender é também um bom exemplo dessa
insanidade. A morte do 'outro' é o suicídio do 'mesmo'. Isto haveremos todos de aprender
um dia. Então: SI VIS PACEM, PARA PACEM. Condenam o que está acontecendo no
mundo, mas não perdem uma única oportunidade de levar algum tipo de vantagem sobre
os irmãos que estão ao lado. O Iraque é logo ali; não é lá longe. O Tibete, a Palestina e o
Af eganistão também. Então, minimamente, não pagar corretamente os direitos
constitucionais de uma empregada doméstica (que está bem pertinho) é um ótimo (mas
horrível) exemplo de apropriação indébita. Invadir é improcedente; s urripiar, idem. Muitos
tratam seus empregados — porque os consideram assim — como verdadeiros escravos e
lúmpenes. Mas, como? Lúmpenes ? Def endem, exoticamente e com ardor, seus deuses
e suas religiões, mas apóiam a guerra e o armamentismo de seus países. Chegam ao
ridículo da incongruência de orar a deus (e de até mandinga f azer) para que seus países
sejam vencedores nas guerras que f abricam. Esquecem que assim procedendo se
tornam cúmplices psíquicos de crimes de lesas-humanidades. Criticam as devassidões
alheias, mas não têm coragem de olhar para o próprio umbigo, pois nesta cicatriz
localizada no centro do abdômen há mais sujeira do que no Canal do Mangue ou no Rio
Tietê – que f oi o primeiro caminho de penetração para o interior de São Paulo (ontem,
limpo; hoje, imundo). Violam, por
exemplo, a f idelidade conjugal, mantendo relações ilusoriamente amorosas (e não
amorosas) f ora do casamento, tendo, todavia, o cuidado de não usar sabonete ou
xampu no f inal da f esta. Pode sujar. Hoje, o servir-se do diamante azul é considerado
gênero de primeira sexualidade. Olhar a imagem ref letida no espelho, sim; olhar nos
olhos da imagem ref letida no espelho, jamais. Dói! Falam e f of ocam sobre as
maracutaias e as manobras ilícitas públicas e privadas, mas não perdem uma só
oportunidade de ganhar algum por f ora de maneira igualmente ilícita e obscenamente
vergonhosa. Raros são aqueles que se recusam a participar de algo que seja ilegal ou
moralmente inaceitável ou inadmissível. Raros são também aqueles que declinam de
algum of erecimento via (f edorentíssima) tráf ico de horrenda inf luência. Recriminam e
censuram comportamentos, mas às escondidas praticam toda a sorte de ilidibilidades.
Não sei porque me lembrei do Bolero de Maurice Ravel. Talvez seja porque a coisa
cresce e parece (apenas parece) que não parará mais.

Não há quem não perceba as discrepâncias entre o que as pessoas f alam e o que
realmente f azem. A maioria tolera (entretanto, esta é uma f orma negativa de tolerar),
mas sabe. Se der para tirar uma casquinha, beleza. Como diz o ditado: Quem parte e
reparte e não fica com a melhor parte, ou é bobo ou não é da arte! Quem está
temporariamente em posição de 'poder ', quem tem 'poder ' temporário de barganha,
geralmente pega o melhor do bolo para si. Este é o velho paradigma competitivo: eu pego
mais, eu pego o melhor, eu adiciono, eu me locupleto. E o resto que se... dane! Eu penso
apenas nas minhas necessidades, e as sobras eu 'dou' para quem achar que devo dar,
pois, na realidade, já estou saciado, abarrotado e tenho até reservas. Os outros — isto
não é problema meu. Cada um que se vire. Aliás, a bem da verdade, isto não ocorre só
com quem está em posição de 'poder ' ou com quem tem 'poder ' de barganha. Com os
que têm esse 'poder ' é pior. Eu sei. Quem não sabe? Turif icar o 'poder ' e os poderosos,
assim, é uma prática generalizada pelos que não têm 'poder '. Mas, as pessoas não
gostam nem querem ser mandadas nem oprimidas pelos poderosos. Então, também por
isso, por medo, incensam os poderosos e o 'poder '. Ai, ai, ai, ai, ai. Como se deu a
Revolução de 64 no Brasil? Nicoló Macchiavelli, no século XV, explicou uma parte do
porquê: O povo, também, vendo não poder resistir aos poderosos, volta a estima a
um cidadão e o faz príncipe para estar defendido com a autoridade do mesmo.
Depois se arrepende. Gustavo G. Boog, que é Consultor de Empresas e Terapeuta
Floral, observa este lamentável comportamento na imensa maioria dos seres humanos.
Mas, não é isto uma constatação? Ainda que, romanticamente, se possa recordar os
índios, que pensavam nos impactos de suas decisões para as próximas sete
gerações, é f rancamente aceitável a proposta de redef inição do dito popular citado, of
erecido por Boog: Quem parte e reparte deve buscar que cada um tenha uma boa parte.
A esperteza é fazer isto com arte! Melhor do que uma boa parte será sempre UMA
PARTE JUSTA. Com a ESPERTEZA d o AMOR no CORAÇÃO. Isto vai longe. Ma s , eu
não quero f icar só dando exemplos que de todos são conhecidos. Falar em f
raternidade, eqüidade, tolerância, justiça, bondade etc. e não exercê-las é tão inútil
quanto tentar projetar uma máquina de enxugar gelo.

O príncipe, contudo, deve ser lento no crer e no agir, não se alarmar po


si mesmo e proceder por forma equilibrada, com prudência e humanidade
buscando evitar que a excessiva confiança o torne incauto e a demasiad
desconfiança o faça intolerável. (Nicoló Macchiavelli)

Gostaria de, rapidamente, abordar um tema que parece ter sido esquecido ou
deixado um pouco de lado: a questão da TOLERÂNCIA. A TOLERÂNCIA, em ampla
medida, está vinculada com as idéias errôneas de que o s fins justificam os meios e do
toma-lá-dá-cá. O f ato é que a f amosa f rase atribuída a Nicolaus Maclavellus ou Nicoló
Macchiavelli - 1469-1527 - (historiador, político e f ilósof o italiano, que aos 12 anos já
escrevia no melhor estilo e em latim) os fins justificam os meios (que aparece encoberta
na sua principal obra — O Príncipe, que é um manual de estratégia política e produzido
em cinco ou seis anos de meditação f orçada pelo exílio, depois de ter estado a estudar
a arte do Estado por quinze anos) é, geralmente, por conveniência mal interpretada,
ainda que seja o melhor resumo para sua maneira de pensar . A f rase é: Isso decorre de
se ver que os homens, naquilo que os conduz ao fim que cada um tem por objetivo, isto
é, glórias e riquezas, procedem por formas diversas: um com cautela, o outro com ímpeto,
um com violência, o outro com astúcia, um com paciência e o outro por forma contrária; e
cada um, por esses diversos meios, pode alcançar o objetivo. As ref lexões acabam
sempre no campo da contextualização, e cada um as interpreta de acordo com seus
interesses. Não deveria
ser assim. O Príncipe deve ser examinado com atenção e cuidado. Indiretamente, é um
libelo pela Democracia e pelo Libertarismo. Foi escrito pela redenção da Itália, que
esperava, segundo o entendimento do autor, por aquele que cuide das suas feridas e
ponha fim aos saques da Lombardia, às mortandades no Reino de Nápoles e na Toscana,
e a cure daquelas suas chagas já de há muito enfistuladas. E acrescenta Macchiavelli:
Vê-se como ela implora a Deus que lhe envie alguém que a redima dessas crueldades e
insolências bárbaras. Vê-se, ainda, toda ela pronta e disposta a seguir uma bandeira,
desde que haja quem a empunhe. O desejo de Nicoló era também separar os interesses
do Estado dos dogmas e interesses da Igreja. É possível perceber na obra que o autor,
da mesma f orma que pretendeu ensinar aos governantes, também procurou esclarecer
o povo de seu tempo, particularmente da Itália do Renascimento na qual reinava uma int
erminável balbúrdia. Enf im, a tirania imperava em pequenos principados, governados
despoticamente por casas reinantes sem tradição dinástica ou de direitos contestáveis.
A ilegitimidade do poder gerava situações de crise e instabilidade permanente, nas quais
somente o cálculo político, a astúcia e a ação rápida e f ulminante contra os adversários
seriam capazes de manter o príncipe. Por isso a obra f oi escrita. Não a aplaudo nem a
condeno. Aproveito o que tem de melhor.

Eu leio O Príncipe apenas com o Olho Interno. Não me interessa se f oi ou se não f


oi escrito em bases místicas. Isso não me constrange. Glórias e riquezas são meras
ilusões não- obrigatórias, mas aceitas e f estejadas, deste plano 'obrigatório' de
experiências pessoais e coletivas. E eu não estou preocupado nem com 'glórias' nem
com 'riquezas'. Um apartamento de cobertura na Praia de Ipanema é 'melhor ' do que
uma quitinete no subúrbio. Quem acha assim, se usar o princípio de que os fins justificam
os meios, f ará de tudo para adquirir um apartamento duplex e elegantíssimo na beira da
praia. Custe o que custar. Doa a quem doer. E, também, se se admitir que quaisquer f ins
justicam todos os meios, exterminar terroristas a qualquer custo e assassinar civis
inocentes é absolutamente, religiosamente e medonhamente aceitável. Custe o que
custar. Doa a quem doer. Esta pseudo-f ilosof ia político-ideológica, com aplicações
exclusivamente hipotéticas, levou os Estados Unidos a manter ditadores e assassinos
em todo o mundo: Pinochet, coronéis gregos e argentinos, Saddam e Bin Laden, por
exemplo, quando estes serviam e protegiam os interesses econômicos e militares
americanos. Quando deixaram de servir a esses interesses o porrete comeu solto.
Foram todos transf ormados em inimigos públicos number one .
A História f oi escrita de maneira semelhante do outro lado do Mundo. O f ins
justicam os meios — berravam os comunistas de todos os quadrantes da Terra,
esquecendo-se de que na União Soviética estava instalada uma ditadura f erocíssima e
que a invasão da Tchecoslováquia era um crime hediondo, desumano e vergonhoso.
Stalin, paranóica e cruelmente mandou matar mais de um milhão e meio de seres
humanos que f aziam oposição ao seu tirânico regime. Nikita Krutchev escapou por
'sorte'. Quem se lembra?

Uma ref lexão paralela: muitas obras, sejam cruéis ou apenas presumida e
aparentemente cruéis, possuem algo de místico e de espiritual. O Príncipe é uma dessas
obras. Os Protocolos dos Sábios do Sião, não. Os Protocolos dos Sábios do Sião são
admitidos como uma f raude — f abricada na antiga Rússia pela Okhrana (polícia secreta
czarista) — impingida aos Judeus, responsabilizando-os pelos males que aconteciam no
País. É um opúsculo apócrif o plagiado de uma novela do século XIX. Em 1888 f oi
publicado em Berlim o livro Biarritz, obra de f icção que descrevia um suposto complô
judaico para tomar o poder mundial. Em poucas décadas a narrativa passou a ser
considerada verídica, a no f im do século XIX f oi complementada pelos Protocolos dando
detalhes sobre a f alsa conspiração, na qual muitas pessoas já acreditavam piamente.
Entre as duas guerras mundiais, as tiragens dos Protocolos se aproximaram das tiragens
da Bíblia. O s Protocolos af irmam que uma cabala secreta judaica, tutelada por um um
conselho de anciãos judeus, conspirava para conquistar a Terra. Foi publicado
privadamente (pois o elemento principal do êxito é o segredo) em 1897 e tornado público
em 1905. A o longo do Segundo Império (1852-1870), encabeçado por Napoleão III,
muitos autores se caracterizavam particularmente por um anti-judaísmo cristão. A
derrota na Guerra Franco- Prussiana de 1870-1871, a tomada de Roma pelo governo
italiano quando da unificação — fato que irritou os católicos pela extinção dos estados
pontifícios — o levante Socialista da Comuna e o advento da Terceira República
alimentaram a propaganda anti-semita ainda mais. Popularizou-se uma simplista equação:
República = Maçonaria = Judeus. Adolf Hitler e seu grupo — que deram à ques t ão
judaica o lugar central na sua propaganda — us aram Os Protocolos para ajudar a justif
icar a exterminação de judeus durante a Segunda Guerra Mundial. O ilusório slogan 'O
direito é aquilo que é bom para o povo alemão', f oi copiado de uma passagem dos
Protocolos 'tudo o que beneficia o povo judaico é moralmente correto e sagrado'. O Führer
sabia os Protocolos de cor. De maneira parecida, o bolchevismo adulterou o pensamento
de Marx — que prof etizava a inevitável vitória f inal do proletariado — organizando seus
membros como 'proletários de nascença' e disseminando a f alaz idéia de que era
vergonhoso e escandaloso descender de qualquer outra
classe que não f osse a proletária. Inf elizmente, os Protocolos dos Sábios do Sião, na
atualidade, se tornou um best-seller nos países árabes. Quando tudo isso vai acabar?
SOMOS TODOS IRMÃOS. Bush, Sharon e Usama, um dia, haverão de compreender
esta irredutível LEI.

TUDO + TODOS = TODO = UM = UNIDADE

Enf im, O Príncipe termina com uma citação de Petrarca (1304-1374): Virtude
contra furor/Tomará armas; e Faça o combater curto/Que o antigo valor/Nos itálicos
corações ainda não é morto. Sem comentar, citarei a seguir um pequeno excerto do
pensamento de Antonio Ozaí da Siva: Não se constrói uma nova sociedade utilizando-se
os mesmos recursos predominantes na velha estrutura social. Os marinheiros de
Kronstadt, os camponeses da Ucrânia e os trabalhadores oprimidos por um Estado e um
partido que governou ditatorialmente em seu nome que o digam. Neste caso, os fins já
são outros e muito diferentes dos enunciados. Dialeticamente, os meios também mudaram
e justificam-se pelos fins ora em pauta. Maquiavel tinha razão... Tinha?

Macchiavelli viveu durante a Renascença Italiana, o que esclarece grande parte das
suas idéias. E, assim, os fins justificam os meios só pode ter sentido se os f ins
determinarem os meios. Licitamente. Fraternalmente. Misticamente. Sempre. Este é o
meu entendimento. Se Nicoló pensou dif erente — e, em termos, pensou — eu, em
muitos pontos, ref lito e pondero dif erentemente dele. Dependendo do objetivo, os
planos devem ser traçados incluindo a f orma de como atingi-los. Sempre licitamente e
em termos de uma cidadania universal. Relendo este pequeno texto que escrevi, achei
que deveria explicar melhor o 'dependendo do objetivo' . Há muitos objetivos que não
precisam de planejamento. Por exemplo: se estou necessitando urinar (objetivo –›
urinar) não preciso planejar a urinação. Basta ir ao banheiro e urinar. Mas, de qualquer
maneira, eu só posso aceitar essa coisa de f ins misturados com meios e vice-versa da
maneira que expus. Ampliando: no âmbito da legitimidade cósmica e da legalidade
mística. De qualquer sorte, o grande Filósof o Alemão Immanuel Kant (1724-1804)
aprimorou ao limite este
entendimento: Faça para os outros aquilo que gostaria que todos fizessem para todos.
Isto é: Age de tal sorte que a máxima da tua vontade possa simultaneamente valer como
princípio de uma legislação universal. Nos Imperativos Categóricos a obrigação torna-se
o f im último e único de qualquer ação. Todos os atos virtuosos, assim, têm por f onte a
boa-vontade, o amor e o respeito ao outro, à sociedade e à Natureza como um todo. Se
todas as condutas humanas f orem inspiradas em Imperativos Categóricos, a moralidade
circunstancial — tão presente quanto abundante na contemporaneidade — não poderá
acontecer ou prosperar. Independerá de toda e qualquer situação ou de todo e qualquer
contexto. Temos todos que procurar agir kantianamente, não segundo os f ins
(geralmente quiméricos; algumas ou muitas vezes ilícitos) que estabelecemos como
prioritários, nem aplicando meios escusos (absconsus) para a consecução destes f ins,
mas segundo princípios universais. Tudo isso é muito dif ícil. Os homens, como escreveu
Macchiavelli, são sempre inimigos dos empreendimentos onde vejam dificuldades. Mas é
evidente que os planos devem ser traçados incluindo a f orma de como atingi- los. Só
que, indubitavelmente e irredutivelmente, como estabelece a Conf raternidade
Rosæ+Crucis (Ordem Fraternal e Escola de Misticismo que preserva e perpetua a
Tradição Rosacruz sob a linhagem e autoridade espiritual do Imperator Gary L. Stewart),
os fins não podem justificar os meios, se uns e outros f orem ilícitos e f raudulentos.
Então, f azendo uma certa salada de pensamentos (mas nem tanto!), penso que
Tolerância, Verdade, Virtude e Ética são uma só e a mesma coisa. Só que, neste Plano,
trabalha-se, ordinariamente, com tolerância calculada, verdade calculada, virtude
calculada e moral calculadíssima. Aliás, vou repetir e repetir: TUDO É UM. Ao se praticar
um ato condenável, também o estamos praticando contra nós próprios. Qualquer que
seja o ato. Somos, assim, comparsas de nós mesmos. Tudo esteve, está e estará
REGISTRADO. As regras, as normas, as leis, os contratos, os convênios e os decretos
circunstanciais que são criados só têm uma f inalidade: manter o poder conquistado e
as vantagens (ilícitas) auf eridas a qualquer custo. O resto é papo f urado. Tudo f ica
REGISTRADO. Mas, as pessoas, inf elizmente, acumulam ignorância com superstição
ou crendice e vão levando, porque deus é pai, é bom e perdoa. Domingo: de joelhos.
Segunda-f eira: orquestrações para a grande sacanagem semanal. Foi dada a largada
para a Grande Happy Hour ... Os próprios próceres de algumas religiões f azem coisas
que até os deuses em que acreditam, se existissem, f icariam envergonhados e
revoltados. Mas, lamentável e inf elizmente, aquele que engana sempre encontrará quem
se deixe enganar. (Nicoló). Para os que não têm religião, as justif icativas e os acordos
de consciência são outros. Tudo que f oi examinado até esta linha, obviamente, EXCLUI
os que não pensam nem agem desta f orma. Sejam religiosos ou
não. Por outro lado, não excluo alguns 'místicos' e 'iniciados' de nada do que f oi dito
anteriormente. Eu já vi e soube de coisas do arco-da-velha. Imperativos hipotéticos
também pululam em algumas f raternidades místicas e esotéricas. Tudo isso é muito
triste e lamentável, mas é f ato. Só não me peçam para participar dessas articulações ou
para ser membro de alguma comissão de investigação para julgar o que quer que seja.
Não aceito. Não julgo nada nem ninguém. Obrigo-me, apenas, a examinar, discutir,
esclarecer, ajudar no que f or preciso e of erecer o pouco de experiência que possuo.
Só. Cada um que medite sinceramente sobre o que pensa, diz e f az. A V O Z
SILENCIOSA não f icará muda. Uma conf issão: quando f aço uma besteira, toca uma
verdadeira sinf onia dentro da minha cabeça: — Rodolfo, até quando você vai ser um
tolinho? Já passou da hora de você deixar de ser um rosacruz e se tornar um ROSACRUZ
. Não adianta nada você escrever esse monte de coisas, e, em determinadas
circunstâncias, agir como se ainda estivesse em 1968. Lembre-se: 35 anos. Uma
advertência: não é pelo f ato, como ensina Macchiavelli, que quanto mais livremente [um
homem f ala], tanto mais facilmente serão aceitas suas opiniões, que, vez por outra,
relato um sentimento in pectore. Primeiro, não tenho a pretensão de convencer ninguém
de nada. Contraditaria tudo aquilo que penso a respeito de liberdade e de experiência
pessoal. Segundo, a f inalidade do site que me determinei, há mais ou menos um ano, a
colocar no ar é exclusivamente para produzir naqueles que lerem um texto ou outro que
tenho 'escrito' um momento de ref lexão. E, terceiro, como algumas vezes toco em
determinados assuntos pouco conhecidos, e nem todos que eventualmente possam vir
a ler uma destas monograf ias são místicos ou iniciados, não desejo, sob nenhuma
alegação, passar a errônea e inidônea imagem de que sou inf alível ou de que sou um
Rosacruz especial ou escolhido. Não sou. Cometo diversos equívocos nas coisas que
escrevo e, por isso, estou, sempre que percebo um erro, f azendo atualizações
(permanentes) nos textos. Sou, sim, um homem sincero, peregrinando em meio a
algumas dúvidas, algumas desilusões, alguns desânimos, alguns tropeços, algumas
quedas e poucas tentações. Tenho, todavia, uma dupla certeza: não estou só e vencerei
todos os meus demônios. Não serei devorado. Continuarei o trabalho que já comecei há
algum tempo por volta de 2090. Como Médico e Alquimista Místico. A vaidade e o
sentimento de separatividade já f oram eliminados do meu ser. Só isso. Como Nicoló
Macchiavelli, não temo a pobreza, não me amedronta a morte.

Antes de prosseguir, porém, devo esclarecer que, sob um aspecto místico mais prof
undo, não concordei integralmente com um ou outro exemplo de parábolas e de contos
que transcrevi anteriormente. (Por isso, em alguns, f iz alguns ajustes e acréscimos
segundo meu
entendimento.). À primeira vista, podem parecer perf eitos. Não importa. Cumprem um
papel. O que importa, exatamente, é que quem os produziu — e acredito que sob este
aspecto não haverá dis c repânc ia de opiniões — es t ava imbuído dos melhores
sentimentos de tolerância, de f raternidade e de amor pelo ser humano. O argumento de
que o inf erno está cheio de bem- intencionados não vale neste caso. E, estou conf
iante, para as modif icações que introduzi também não.

O s seres humanos não gostam de encarar a Verdade sem adornos. Eles a preferem
disfarçada. O Conto Judaico termina assim. A pergunta que se impõe é: O que é a
Verdade? Pratiquemos juntos um pouco de maiêutica e de heurística. Se equivalermos
Verdade e Consciência Cósmica, e se considerarmos a Consciência Cósmica como
ilimitada, então a Verdade será também ilimitada. Logo, ambas, Verdade e Consciência
Cósmica serão inatingíveis (não alcançáveis e não compreensíveis) em sua
integralidade. Uma comparação extravagante, entretanto assimilável, é imaginarmos
todas as moléculas existentes em nosso corpo, com quilhões de átomos, com zilhões
de elétrons. Certamente não poderemos jamais ter plena consciência do que f azem
estes zilhões de elétrons, no que concerne aos múltiplos movimentos a que estão
sujeitos. Cada padrão de vibração do elétron está relacionado a um estado com energia
def inida. O elétron, portanto, não gira em torno do núcleo, mas ressoa de formas
diferentes, dependendo da energia. Esses padrões vibratórios são os estados quânticos, e
os pulos entre as órbitas consistem em transições entre padrões vibratórios. De certa
forma, o átomo é como um instrumento musical, com apenas algumas notas possíveis,
cada uma correspondendo a um estado ou nível de energia. Uma conseqüência direta
desse modo de interpretar o elétron é que fica impossível dizer onde, precisamente, ele
está em um determinado momento. Do mesmo modo, não podemos dizer precisamente
qual a posição de uma onda do mar; apenas sua distribuição pelo espaço. Po r que será,
então, que algumas pessoas se acreditam onipotentes, invulneráveis e imorredouras?
Talvez, quem sabe, tenham conseguido obter a f órmula para conhecer onde estão e o
que f azem todos os elétrons do Universo(?!)

E mais. Quando alguém se ref ere a um deus qualquer, ou à(s) dita(s) verdade(s) que
presume dele derivar, está, nada mais, nada menos, interpretando com sua razão
humana — portanto limitada — alguma(s) presumida(s) verdade(s), que pode(m) ou não
estar aparentada(s) com a Verdade Cósmica. Uma extravagância um pouco mais
extravagante será questionar se realmente existe uma Verdade Cósmica. Revisitarei este
assunto mais adiante.
Isto, que ao primeiro e superf icial exame, pode parecer uma sandice, nos remete
para a questão da tolerância. Ora, sandice ou não-sandice, quem é quem para impor
suas presumidas verdades a quem? Qual a razão de algumas religiões e seus conf rades
acreditarem e divulgarem a f alácia de que eles estão salvos, porque são o povo
escolhido do deus que eles acreditam como o pai e o criador, e os outros, de outras
religiões, e os que não possuem religião alguma, estarem irremediavelmente
condenados e perdidos? Isto, salvo entendimento mais (ou menos) generoso, é uma
mistura sof ística de intolerância, de ignorância, de preconceito, de malquerença e de f
anatismo. No mínimo. Ora, na presunção de que pudessem haver dois ou mais deuses
criadores (primeiros uns) do Universo e das criaturas — nos moldes em que são
apresentados por essas religiões — ou seriam iguais, ou seriam dif erentes. Se f ossem
iguais atuariam como se f ossem um; se f ossem dif erentes, ou se anulariam, ou o mais
poderoso seria o deus maior e o chef e dos outros deuses. Deixo umas questões teosóf
icas para ref lexão: Quais os mecanismos ou leis que o Primeiro Um Ilimitado utilizaria
para criar o que é limitado? Teria o Primeiro Um Ilimitado consciência de Si? Se o
Universo dilata e contrai ininterruptamente, es s e Primeiro Um I limit ado perderia ou
aumentaria sua onipotência nas contrações? Perderia onipotência nas dilatações por f
icar supostamente mais diluído? O que é onipotência? Existe onipotência? Qual a dif
erença entre os conceitos atribuídos aos vocábulos inf inito, f inito, ilimitado e limitado?
Existirá, de f ato, um Primeiro Um? Haverá uma Verdade e uma Ética universais
irredutíveis?

Uma árvore. Uma árvore imensa com um tronco muito grosso. Um marceneiro ou
um artesão. Árvore —› potência. Se e quando o marceneiro e/ou o artesão decidirem
transf ormar o tronco da árvore em móveis ou em objetos usados em decoração de
interiores, o tronco da árvore terá sido transmutado. Móveis e objetos de decoração —›
ato.

POTÊNCIA DETERMINAÇÃO ATO

De qualquer sorte, essa questão da salvação — absolutamente incompreendida, por


sinal — nada pode ter com qualquer deus, exceto com o D'US INTERNO DE NOSSOS
CORAÇÕES.
Mesmo que alguém acredite piamente que sua religião é a melhor e a verdadeira, os
subterf úgios, medonhos na maioria das vezes, utilizados pelos que a prof essam para
cooptar e manter aderentes, são totalmente injustif icáveis. De uma maneira geral, todos
acabam mais ou menos f anatizados e doentes. O f eitiço em boa-f é (ou em má-f é – o
que é dantesco) acaba virando contra os f eiticeiros. Os f ins não justif icam nem
poderão jamais justif icar os meios. A verdade de alguém é derivada da experiência e da
cultura pessoais desse alguém. Não d a experiência e da cultura do(s) outro(s). Se a
experiência é pessoal e intransf erível, a verdade individual também o é. Por outro lado —
e aí é que está o busílis — em nome de muitas verdades monstruosidades f oram e vêm
sendo cometidas, 'obrigando', inclusive, algumas pessoas a usar as mesmas armas dos
poderosos: os f ins legitimando os meios. Uma palavra para meditar: RETARDAMENTO.
Outra: ESFINGE. E mais outra: ILUSÃO.

Eu estou cansado de f alar em guerras; por isso, darei um único exemplo de indif
erença, de preconceito e de desamor, todos f ilhotes não adulterinos (portanto
legitimíssimos) da intolerância: pedof ilia. O Houaiss assim def ine pedof ilia: perversão
que leva um indivíduo adulto a s e sentir sexualmente atraído por crianças; prática efetiva
de atos sexuais com crianças (p.ex., estimulação genital, carícias sensuais, coito etc.).
Para qualquer um de nós, que nos dizemos 'normais' , a pedof ilia é um horror e é
abominável. O Houaiss a def ine como perversão. Tudo bem. Tudo bem coisíssima
nenhuma. Vou mexer em casa de insetos himenópteros, da f amília dos vespídeos e
pompilídeos, sociais ou solitários, geralmente maiores e dotados de f errão,
distinguindo-se das vespas por manterem as asas anteriores longitudinalmente dobradas
quando estão pousados. Marimbondos. Perversão? Quem escreveu este verbete no
Houaiss (e quem concorda com ele) está, como se dizia no tempo em que adão era
cadete, mais por f ora do que umbigo de vedete. Talvez até pense que lobotomizar todos
os pervertidos seja a solução ideal. Não estão satisf eitos com a lobotomização já em
andamento no mundo: o da globalização neoliberal, que está af astando, cindindo e
arrancando os seres humanos de suas raízes e lançando todos nós em uma vala comum.
A vala da dependência. A meta da maldita inteligência que está por trás desta coisa f étida é
f azer com que todos acreditem que, no mínimo, a história inexiste. Querem que
engulamos de qualquer maneira a cultura lobotomizante do Pato Mickey Donald
Patinhas. E, se a coisa f icar preta, Arnold e Silvester salvarão o mundo. Na época em
que eu era garoto, meu herói era o Possante, um ratão que voava e enchia de porrada os
gatos sem- vergonha.
O negócio é lobotomizar. Não podemos esperar.
Globalizar. Sempre globalizar.
Integralizar. Totalizar. Fracassar, nem pensar.
Roubar, ludibriar e assassinar.
Todos os meios: usar. Temos todos que obrar. Sem descanso, sem parar.
Não importa o mundo chorar.
Pode até espernear. Reclamar e denunciar. Vamos nos locupletar.
Conspirar, acumular, enricar.
Deus haverá de indultar. Deus haverá de desculpar. Deus haverá de perdoar.

Recentemente, um amigo querido, militar, contou-me que um jovem of icial do local


onde trabalha f oi f lagrado em seu computador f uncional com três quartos do seu HD
de 80 gigabytes com f otos, f imes etc. mostrando práticas pedóf ilas (nem sei se é
assim que devo me expressar). Inclusive havia antecedentes que apontavam para esse
dito 'impulso patológico' . 'Impulso patológico' é uma designação ou conceito utilizado no
domínio da Psicologia. Perversão é preconceito: aquele cara é um pervertido, um pedóf
ilo. A pedof ilia pode ser, e geralmente é, um mero sintoma de uma entidade nosológica
(Nosologia é o ramo da Medicina que estuda e classif ica as doenças). Então, um pedóf
ilo é um ser cosmicamente desarmonizado e doente. [Até gostaria de propor — e estou
propondo — o conceito de IMPULSO DESARMÔNICO em lugar de 'impulso patológico'].
Nunc a um criminoso ou um pervertido. Comentarei isso mais abaixo. A f orça armada
acabou prendendo o jovem of icial para submetê-lo a não sei quantos julgamentos:
militares e civis. Contrito, ouvi a história e, na ocasião, disse ao meu amigo mais ou
menos o seguinte: — Amigo: será um crime se a f orça armada na qual você serve
vier a julgar e ef etivamente punir — qualquer que seja a punição — esse of icial.
Pessoas como ele não podem ser simplesmente presas, julgadas, condenadas e
sentenciadas a anos em
prisões, que acabarão por transf ormá-las de doentes em esposas liquidadas e
destruídas para o resto da vida. O que elas precisam é de apoio, compreensão,
amor e, principalmente, de tratamento psicológico. Eu não sei se uma encarnação
será suf iciente para corrigir esse desvio. O que vem de longe demorará 'longes'
para ser reestruturado. Mas sei que punição e prisão só contribuirão para
deteriorar irreversivelmente a personalidade de indivíduos portadores desses
'impulsos desarmônicos'. Aliás, prisão, em qualquer caso, só tem duas f
inalidades: af astar o inf rator do convívio social, geralmente transf ormando-o em
um ser inaproveitável, e dar uma f alsa sensação de segurança à sociedade.

Quanto ao jovem of icial, dito pedóf ilo, no primeiro julgamento pegou oito anos de
cana. Faltam (acho que) mais dois julgamentos. Onde isso parará? Eu me emocionei
muito quando meu amigo me contou esse drama, e também, quando, meses depois, me
transmitiu o veredicto do primeiro julgamento. Até, ingenuamente(?!), em nossa primeira
conversa sobre o assunto — que se prolongou por quase duas horas — me of ereci para
ir conversar com os responsáveis pelo inquérito policial-militar. Claro, meu amigo sorriu,
me deu um f orte abraço e um beijo, e agradeceu. Só um Rosacruz idiota e romântico
como eu (mas eternamente Rosacruz) poderia propor uma 'tolice' destas. O jovem of icial
já estava condenado antes do julgamento. Bolero, de Ravel. O Rodolf o que vá a missa
com suas idéias Rosacruzes ou para o raio que o parta. E, a pergunta clássica, em
situações como essas, não poderia f altar: — E se o assédio acontecesse com um filho
seu? Como você agiria? Eu sempre respondo da mesma maneira para tudo: Roubados, f
urtados, lesados, assassinados, assediados e estuprados são, porque a LEI é a LEI.
Nada acontece no Universo ao arrepio da LEI. Mas, ai dos ladrões, ai dos assassinos, ai
dos estupradores. Ai também dos que os julgam. Eu não os julgarei por nada. Nem se
meus f ilhos f orem as 'vítimas'. Por isso, jamais, sob nenhuma alegação, f arei como o
lobo: Cordeiros, cães, pastores, vós não me poupais; por isso, hei de vingar-me. E o leva
até o recesso da mata, onde o esquarteja e come... Enquanto o lobo dominar o Rei,
vertigens, doenças e ilusões serão a lei. Antes de encerrar este parágraf o, desejo
expressar minha discordância com relação à essas cíclicas e sistemáticas campanhas,
principalmente televisivas, contra padres pedóf ilos. Para quem é adversário (meramente
por preconceito) da Igreja Católica, isso é um prato cheio. Esses padres são tão doentes
e desarmonizados quanto o jovem of icial processado. O que seus superiores
eclesiásticos não podem f azer é tentar abaf ar o caso e transf erir o religioso de
paróquia. Isso é equivalente a tirar o sof á da sala ou jogar o lixo para debaixo do tapete.
O que
f izeram em uma paróquia, sem sombra de dúvida, f arão em todas as outras. Padre, tenente
or, têm que receber apoio especializado + compreensão + amor + solidariedade + o que f o
iniciarem o processo de ajustamento e de reencontro com seus Eus Superiores. Sem
explicações que poderiam tumultuar esta linha de raciocínio, direi, apenas didaticamente
sexuais (de qualquer ordem) são oriundos de vidas anteriores (masculinas e f em
imoderadamente aos prazeres do sexo. Isto não é, portanto, perversão; é submiss
inconsciente à astralidade. Deve ser corrigida. Em O Príncipe, Macchiavelli ensina ao Mag
Medice: ...a ofensa que se faz ao homem deve ser tal que não se possa temer vinganç
maior do que criminalizar o que não é crime, mas desarmonia determinada por inconsciênci
advertência d e Macchiavelli, vingança como necessária compensação. Os entrechoque
entre pessoas situam-se, por detrás dos interesses econômicos, políticos, religiosos e pes
vingança-compensação. O ciclo vai-e-vem só terminará quando houver compreensã
vinganças-compensações f orem alquimizadas em TOLERÂNCIA, FRATERNIDADE e A
alquimizado em GERMANO e em CONSCIÊNCIA CÓSMICA. Mas, quando alguém
consciente e lícita e o outro f ica of endido, nenhum temor deve invadir a consciência do jus
muito cuidado e estar sempre alerta ao se tomar qualquer atitude. O que é realmente
realmente justiça?

Assim, todo e qualquer procedimento dif erente do que f oi apresentado e sugerido é q


crime, demonstração clara de desconhecimento da UNIDADE CÓSMICA. Crime de
Compreensão. Falta de Fraternidade. Falta de Amor. Falta de Solidariedade. E Falta de
concordar comigo acrescente algumas Faltas aí porque f altam algumas. Ou muitas. Pedo
Não é perversão. E não é 'impulso patológico'.

Deve, ainda, um príncipe mostrar-se amante das virtudes, dand


oportunidade aos homens virtuosos e honrando os melhores numa arte. A
mesmo tempo, deve animar os seus cidadãos a exercer pacificamente a
suas atividades no comércio, na agricultura e em qualquer outra ocupaçã
de forma
que o agricultor não tema ornar as suas propriedades por receio de que a
mesmas lhe sejam tomadas, enquanto o comerciante não deixe de exercer
seu comércio por medo das taxas. Deve, além disso, instituir prêmios para o
que quiserem realizar tais coisas e os que pensarem, em por qualquer form
engrandecer a sua cidade ou o seu Estado. Ademais, deve, nas época
convenientes do ano, distrair o povo com festas e espetáculos. E, porque tod
cidade está dividida em corporações de artes ou grupos sociais, deve cuid
dessas corporações e desses grupos, reunir-se com eles algumas vezes —
dar de si prova de humanidade e munificência — mantendo sempre firme, nã
obstante, a majestade de sua dignidade, eis que esta não deve faltar em cois
alguma.

Nicoló Macchiave

Em um dos contos que reproduzi, o monge disse: Ele agiu conforme sua natureza e e
minha. Uns são escorpiões; outros monges. Uns são pedóf ilos; outros mahatmas. Alguns
ins justif icam os meios; outros que os f ins não podem justif icar os meios. Uns potes estão
estão inteiros e, em certa medida, perf eitos. Alguns são medrosos; outros são cor
gananciosos. E assim, os homens ofendem ou por medo ou por ódio. Ou por ganância. U
outros: capital produtivo. Uns: General Motors; outros: Microsof t. Uns são mitômanos; ou
para viver a(s) verdade(s) reconhecida(s) em consciência. Alguns são sovinas; outros são
patos; outros são cisnes. Uns, gatos; outros, ratos; alguns, Possantes. Uns são
desonestos. Flores não podem ser colhidas se f orem utilizadas sementes estéreis.
provavelmente! Alguns são agressivos; outros mantêm a serenidade em todas as ocasiõe
perdoar sete vezes é muito; outros admitem que perdoar setenta vezes sete é pouco. Mui
vezes. Quatrocentas e noventa vezes. Muito bom. Alguns poucos compreendem. Não julga
Outros... SOMOS TODOS UM.
Minérios e minerais, microorganismos, vegetais, animais, homens, seres de outros
sistemas e dimensões... Neste Planeta, particularmente, os animais são nossos irmãos
mais próximos. Precisamos parar de devorá-los, vivisseccioná-los, estuprá-los e matá-los.
SALVAD AL TORO RODANERO ¡CONDENADO A MUETE EN HONOR A LA VIRGEN
DE LA PEÑA! How is it
possible that in 2004 non human animals are still tortured and killed? How is it possible that
Spain that pretends to be a civilized country allows the existence of such a barbaric and
savage spectacle like this? We don't understand that in the 21st century, hundreds of men
with medieval spears chase a bull stabbing him to death. Algumas coisas são piores do
que outras. Dentre as pio res , uma delas é o preconceito; outra, é permanecer neutro.
Até quando vamos permitir também que trucidem, atormentem e traguem os nossos
irmãos 'animais' ? Sugiro e recomendo um passeio pelo site ALMA ANIMAL, do R+C
Latino Portal da Ordo Svmmvm Bonvm, que roda em:

ht t p://svmmvmbonvm.org/almanimal.ht m

Os animais ditos irracionais são nossos irmãos menores, assim como os homens
são os irmãos menores dos 13 Irmãos Maiores da R+C Eterna e Invisível que
promove a evolução da consciência nos Planos de Manifestação. É nosso dever
defender os animais.

Mestre Apis Fundadora da Ordem de Maat


A TOLERÂNCIA MÍSTICA com as idéias, os comportamentos e as ditas f raquezas
humanas só poderá ser exercida se, no coração, tivermos a experiência d a UNIDADE
CÓSMICA. TOLERÂNCIA com tudo e com todos, inclusive, com aqueles que agem
pensando que o s fins justificam os meios. Então, mais, muito mais, do que perdoarmos
até setenta vezes sete, o u mais do que isso, u m dia compreenderemos e não
julgaremos nada nem ninguém. Isto não signif ica que devamos f icar de braços
cruzados deixando o pau cantar de qualquer jeito. Não. Devemos combater o Bom
Combate. E como é isso? Conversando, dialogando, explicando, ensinando,
escrevendo, debatendo. Tendo também a coragem de reconhecer nossos próprios erros
e f altas. Enf im, amorosamente tentando educar os sedentos de sangue e de justiça a
qualquer preço. Pedóf ilo pervertido: cadeia nele. Et cetera: f uzila o cara. Não. De jeito
nenhum. A VIDA vive e insiste em VIVER. Trinta minutos depois da morte (transição ou
passagem) a VIDA continua VIVA. No CORAÇÃO. Quando nossa Grande Hora chegar
constataremos esta Lei.

...é defeito comum dos homens na bonança não se preocupar com a


tempestade...

Nicoló Macchiave

...são de três espécies as inteligências: uma que entende as


coisas por si, a outra que discerne o que os outros entendem e a terceira qu
não entende nem por si nem por intermédio dos outros...

Nicoló Macchiave

Todos os desvios de comportamento, sem exceção, são oriundos de ignorâncias m


nós praticamos contra a Natureza e contra o Universo. Somos parte da COISA, mas an
'devoramos' e 'dissipamos' a COISA, porque não sabemos que a COISA e nós próprios
COISA, e que esta COISA não pode ser, em essência, devorada, dissipada ou mac
condenamos e punimos — nessa linha de raciocínio — estamos condenando e punindo a nó
TODOS SOMOS UM. Em todos nós há um pouco de tudo. Inclusive de pedof ilia. Averno, p
estão em nosso interior. Se não conseguimos compreender isto, então, caramba, minimame
açamos de tudo que estiver ao nosso alcance para que o Estado, ao invés de determinar
construção de institutos prisionais de segurança máxima, construa também hospitais es
cuidar de indivíduos portadores de 'impulsos patológicos '. Quando esses 'impulsos p
reconhecidos e considerados como IMPULSOS DESARMÔNICOS, todas as ditas 'patol
'impulsos' serão tratados como desequilíbrios originados em encarnações anteriores, e '
exemplo, a lobotomia e a leucotomia não serão sequer cogitados. (A lobotomia e a l
utilizadas em pacientes de instituições asilares brasileiras, entre 1936 e 1956). Estas té
trevas), f elizmente, encontram-se atualmente em desuso. [Recomendo, para os que nã
assistam o f ilme Um Estranho No Ninho (One Flew Over the Cuckoo's Nest ), drama
marcou os anos 70, protagonizado por Jack Nicholson e Louise Fletcher. Direção de Milo
matéria, também, o óbvio ensinamento de Macchiavelli é impecável: ...no princípio é fáci
diagnóstico, mas com o decorrer do tempo, se a enfermidade não foi conhecida nem trata
diagnóstico e difícil a cura. Ignorância misturada com acobertamento só podem piorar as co
de uma f raqueza, ou de um (considerado) impulso 'patológico' e não auxiliar a quem precisa
escusar-se de
procurar auxílio adequado é permitir que o necessitado suf oque ou acabar suf ocando
em areia movediça. Mais uma encarnação (presuntivamente) jogada no lixo? É preciso
coragem e humildade para olhar nos olhos da imagem ref letida no espelho. Pedof ilia nem
é uma coisa vergonhosa, nem muito menos é uma perversão. Como disse, é uma
desarmonia. Como tal deve ser entendida; como tal deve ser examinada e tratada.

Por último, se ainda não tivemos, mesmo que tenuemente, a experiência pessoal de
uma COMUNHÃO CÓSMICA, usemos nossa inteligência para dar soluções concertadas
para os problemas que nos af ligem e nos rodeiam. Perdoar ainda que não seja a situação
ideal — pois o ato de perdoar está vinculado inconscientemente à sensação de
onipotência — é melhor e pref erível do que julgar, condenar e punir. Tratar como crime as
atitudes dos outros é muito f ácil e cômodo. Compreender é um estágio mais avançado.
Quando compreendermos, não mais julgaremos nem precisaremos perdoar. A
TOLERÂNCIA, assim, começa pelo PERDÃO e termina pela COMPREENSÃO. Mas, deve
ser exercitada em todos os níveis. O Meu D'US não é o Seu; mas o NOSSO D'US É
NOSSO. Façamos, simbolicamente, como os arqueiros hábeis, como está escrito n'O
Príncipe, ...que, considerando muito distante o ponto que desejam atingir e sabendo
até onde vai a capacidade de seu arco, fazem mira bem mais alto do que o local
visado, não para alcançar com sua flecha tanta altura, mas para poder, com o auxílio
de tão elevada mira, atingir o seu alvo. O A LV O e o MAIS ALTO estão DENTRO. Em
nossos CORAÇÕES. PAZ PROFUNDA. Perdão e auxílio para todos os necessitados e
para todos os que sof rem. E perdão pela minha ignorância.

*******
EXPANSÃO do UNIVERSO
A expansão do Universo acontece hoje mais rapidamente do que no 'passado'. As
galáxias estão se af astando da Terra tanto mais depressa quanto mais af astadas se
encontram da própria Terra. A desconhecida 'energia escura' empurra o Universo centrif
ugamente e acelera o processo de expansão. Entretanto, o Universo não está
em processo de expansão no seio de algo ignoto. O Universo é. Não f oi, nem será.
Não f oi criado, nem será destruído. Por isso, nunca poderemos conhecer a origem do
Universo. Humildade! O que não teve princípio e não terá f im não poderá ser jamais
integralmente conhecido. Humildade! Mas, há um f ato interessante. A Terra se encontra
a 150 milhões de quilômetros do Sol. A velocidade da luz no vácuo é de 300.000
quilômetros por segundo. Isto f az com que a luz 'gaste' aproximadamente 8 'longos'
minutos para sair do Sol e alcançar o nosso Planeta. Como os f ins podem justif icar os
meios? Humildade! Ininterruptamente, a edif icação (mânvântâra) do Universo prossegue
de f orma não-teleológica. Durante a expansão, todos os objetos se af astam uns dos
outros e a luz vai aumentando de comprimento de onda. Entretanto, tempo e espaço são
ilusões da mente objetiva! Como conciliar, então, ciência e metaf ísica — a
FiloShOPhIa Primeira?

! HUMILDADE !
! TOLERÂNCIA !
! AMOR !
! FRATERNIDADE !
! JUSTIÇA !
! BELEZA !
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PAZ PROFUNDA

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