ALFABETIZANDO
PARA PLENA LIBERDADE
Marcellus Ugiette
Suely Dantas
Jakeline Marinho
Maria José Arruda
1. SUMÁRIO
ALFABETIZAÇÃO PARA
PLENA LIBERDADE
Uma cartilha;
Sugestão de material áudio visual;
Textos especiais;
Os reclusos, em sua maioria, adentram no sistema prisional por exclusão social, por
viverem na periferia geográfica e econômica das cidades, e na prisão continuam no
mesmo processo de exclusão da proteção social do Estado, pelo que o retorno à
sociedade não os tem destinado outra opção senão aquela de agredir a sociedade
com a reincidência. A carência de professores, e falta de capacitação e
direcionamento daqueles poucos que existem, labora em sentido contrário aos reais
objetivos da alfabetização no sistema prisional.
O tratamento diferenciado daquelas pessoas que têm sua liberdade privada por
cometimento de um delito é necessário, e para tanto descrever, refletir, e exaltar
os direitos dos presos e suas garantias já estabelecidas na Lei de Execuções Penais,
devem sr prioridades.
AUDIOVISUAIS
Objetivos gerais
Identificar as vogais, associando-as com figuras, frutas, objetos e nomes de pessoas
apresentados.
Objetivos específicos
Alcançar a fixação das vogais.
Materiais didáticos
Baú das vogais, figuras, letras emborrachadas, bonecos de borracha, quadro de
emborrachado, imantógrafo, televisão.
Procedimento
Pedir que levem para a sala de aula alimentos, frutas, objetos e cores, ou qualquer coisa
que se iniciem por vogais, solicitando que mostrem individualmente o que trouxeram e explorar
cada um deles, além de mostrar que no baú das vogais existe uma variedade de coisas que
também se iniciam com vogais: abacaxi, abacate, escova, elefante, igreja, índio, óculos, osso,
uva, urso, etc, misturá-las e pedir que mostrem com que letra cada um se inicia.
Sugestões didáticas
Criar atividades extra-classe, visando melhorar a possibilidade de alfabetização.
2- Ditongos
Objetivos gerais
Analisar as vogais, reconhecendo-as através de figuras, objetos e nomes de pessoas.
Objetivos específicos
Alcançar a fixação das vogais para posteriormente formar ditongos a partir da junção das
vogais.
Materiais didáticos
Quadros de emborrachado com velcro, imantógrafo, baú de letras, televisão.
Procedimento
Usando cartazes, no próprio quadro ou no imantógrafo, associar vogais minúsculas,
maiúsculas e de imprensa com os objetos e figuras correspondentes.
Sugestões didáticas
Criar uma situação de atividade extra classe para que se atinja alfabetização a partir de
ditongos simples.
Objetivos gerais
Reconhecer as consoantes, fazendo comparações com figuras, objetos e nomes de
pessoas.
Objetivos específicos
Alcançar a fixação das consoantes para formar palavras a partir da junção delas com as
vogais.
Materiais didáticos
Figuras feitas com emborrachado, televisão para apresentação de cada consoante, baú
de letras, imantógrafo.
Procedimento
Usando cartazes, imantógrafo ou no próprio quadro, associar consoantes com objetos
correspondentes, explorando os sons delas com as figuras apresentadas
Sugestões didáticas
Criar uma situação de atividade para que se atinja a fixação das famílias silábicas.
4- Geometria Silábica
Objetivos gerais
Implementar e subsidiar a área de português, com alfabetização e matemática no que
diz respeito a cores e formas geométricas.
Objetivos específicos
Prender a atenção da turma para atingir a alfabetização através de jogos.
Materiais didáticos
Emborrachado, imantógrafo, letras de formas diversas, baú de letras e televisão para
demonstração das sílabas.
Procedimento
Separar a turma em duplas e distribuir 10 figuras com cada um. Indagar sobre as cores e
as formas geométricas, a seguir, encaixar as figura nas sílabas correspondentes.
Sugestões didáticas
Criar uma situação de atividade extra classe para que através de jogos a turma atinja a
alfabetização.
Objetivos gerais
Implementar a área de português, com assimilação dos sons das letras, mostrando que
eles nunca mudam, sempre se encerram com as vogais.
Objetivos específicos
Despertar na turma a curiosidade na mudança da consoante e permanência das vogais na
formação das sílabas.
Materiais didáticos
Quadro de pregas, emborrachado, imantógrafo, etc..
Procedimento
Colocar a turma com várias consoantes e fazê-los visualizar os sons já, sa, entre outros,
para perceberem que encerram com o mesmo som da vogal a, e assim sucessivamente.
Sugestões didáticas
Criar uma situação de atividade para que sejam visualizados os vários sons que terminam
da mesma forma.
Objetivos gerais
Reconhecer os sons das sílabas, para associar palavras, objetos, frutas e nomes de
pessoas que se iniciem com determinada família silábica.
Objetivos específicos
Explorar um universo de palavras para ampliar o vocabulário e o aprendizado naquela
sílaba estudada.
Materiais didáticos
Fantoches com sílabas fixadas em seu corpo.
Procedimento
Provocar a turma a citar palavras que iniciem ou terminem com a sílaba estudada,
através de estórias simples, levando-os a fixar sempre o som da sílaba dada.
Sugestões didáticas
Pedir para que eles contem estórias simples sobre algo que eles tenham vivido ou que
eles gostem, mas sempre direcionando para que sejam palavras nas sílabas estudadas.
Objetivos gerais
Subsidiar a área de português no que diz respeito à leitura de palavras.
Objetivos específicos
Prender a atenção da turma em leitura de forma interessante e divertida.
Materiais didáticos
Emborrachado.
Procedimento
Entregar dominós à turma dividida em grupos, levando-os a jogar e através dos jogos
podemos avaliar a aprendizagem em leitura de palavras feitas com as sílabas estudadas.
Sugestões didáticas
Criar uma situação de atividade extra classe para que através de dominós a turma atinja
a alfabetização.
8- Ficha de Palavras
Objetivos gerais
Implementar a área de português, para que eles procurem em meio a várias letras formar
as palavras desejadas.
Objetivos específicos
Chamar a atenção da turma para que coloquem as sílabas corretas na formação as
palavras.
Materiais didáticos
Emborrachado, imantógrafo, baú das letras, mini álbum seriado e televisão para
apresentação do alfabeto.
Procedimento
Colocar a turma com várias letras e fazê-los formar várias palavras, para avaliar a
alfabetização individualmente.
Sugestões didáticas
Criar uma atividade para que sejam visualizados os vários sons das palavras e para que
saibam escrever várias palavras, forçando-os a fazer um ditado mudo com palavras simples.
AUTO-ESTIMA
JUSTIÇA
A SUPERAÇÃO DOS
PROBLEMAS ENFRENTADOS PELO
REEDUCANDO DENTRO DO
SISTEMA
"Meu amigo não voltou do campo de batalha, senhor. Solicito permissão para ir buscá-lo" disse um soldado
ao seu tenente. "Permissão negada” replicou o oficial, “Não quero que arrisque a sua vida por um homem
que provavelmente está morto".
O soldado, ignorando a proibição, saiu e uma hora mais tarde regressou, mortalmente ferido, transportando
o cadáver de seu amigo. O oficial estava furioso: "Já tinha te dito que ele estava morto! Agora eu perdi dois
homens! Diga-me: Valeu à pena ir lá para trazer um cadáver?" E o soldado moribundo, respondeu: "Claro
que sim, senhor! Quando o encontrei, ele ainda estava vivo e pôde me dizer:". "Tinha certeza de que você
viria".
autor desconhecido
2- LIÇÃO DE VIDA
Quando criança, por causa de meu caráter impulsivo, tinha raiva a menor provocação. Na maioria das
vezes, depois de um desses incidentes me sentia envergonhado e me esforçava por consolar a quem tinha
magoado.
Um dia, meu professor me viu pedindo desculpas depois de uma explosão de raiva, me entregou uma folha
de papel lisa e me disse:
- Amasse-a!
Com medo, obedeci e fiz com ela uma bolinha.
- Agora - voltou a dizer-me - deixe-a como estava antes.
É óbvio que não pude deixá-la como antes.
Por mais que tentei, o papel ficou cheio de pregas.
Então, disse-me o professor:
- O coração das pessoas é como esse papel...
A impressão que neles deixamos será tão difícil de apagar como esses amassados.
Assim aprendi a ser mais compreensivo e mais paciente. Quando sinto vontade de estourar, lembro deste
papel amassado.
A impressão que deixamos nas pessoas é impossível de apagar. Quando magoamos com nossas ações ou com
nossas palavras, logo queremos consertar o erro, mas é tarde demais.
autor desconhecido
3- CHAMAVA AMOR
AMOR andava sempre pela cidade, sem se preocupar com os outros, com as pessoas que andavam ao seu
lado ou a que horas voltaria para casa.
AMOR sempre foi muito simpático e encantador, falava com todos, mesmo não sabendo no que daria.
AMOR sempre reclamava que diziam que ele não prestava, ou que só fazia os outros sofrerem.
AMOR sabia que nem sempre levava alegria a todos, mas também sabia que ele não era ruim.
AMOR se descrevia como aquele cara, mal interpretado, que penetra e aniquila
corações, um misto de anjo e monstro, de felicidade e sofrimento, que todos sabem que
autor desconhecido
4- GANSOS
No outono, quando se vê bandos de gansos voando rumo ao sul, formando um grande "V" no céu, indaga-se o
que a ciência já descobriu sobre o porquê de voarem desta forma. Sabe-se que quando cada ave bate as
asas, move o ar para cima, ajudando a sustentar a ave imediatamente detrás. Ao voar em forma de "V" o
bando se beneficia de, pelo menos, 71% a mais de força de vôo, do que uma ave voando sozinha.
Pessoas que têm a mesma direção e sentido de comunidade podem atingir seus objetivos de forma mais
rápida e fácil, pois viajam beneficiando-se de um impulso mútuo.
Sempre que um ganso sai do bando, sente subitamente o esforço e a resistência necessários para continuar
voando sozinho. Rapidamente, ele entra outra vez em formação para aproveitar o deslocamento do ar
provocado pela ave que voa imediatamente a sua frente.
Se tivéssemos o mesmo sentido dos gansos, manter-nos-iamos em formação com os que lideram o caminho
para onde também desejamos seguir.
Quando o ganso líder se cansa, ele muda de posição, dentro da formação, e outro ganso assume a liderança.
5- O SÁBIO E A BORBOLETA
Havia um pai que morava com suas duas jovens filhas, meninas muito curiosas e inteligentes.
Suas filhas sempre lhe faziam muitas perguntas.
Algumas ele sabia responder, outras não fazia a mínima idéia da resposta.
Como pretendia oferecer a melhor educação para suas filhas, as enviou para passar as férias com um velho
sábio que morava no alto de uma colina.
Este, por sua vez, respondia todas as perguntas sem hesitar.
Já muito impacientes com essa situação, pois constataram que o tal velho era realmente sábio, resolveram
inventar uma pergunta que o sábio não saberia responder.
Passaram-se alguns dias e uma das meninas apareceu com uma linda borboleta azul e exclamou para a sua
irmã:
- Dessa vez o sábio não vai saber a resposta!
- O que você vai fazer? - perguntou a outra menina.
- Tenho uma borboleta azul em minhas mãos.
Vou perguntar para o sábio se a borboleta está viva ou morta.
Se ele disser que ela está morta, vou abrir minhas mãos e deixá-la voar para o céu.
Se ele disser que ela está viva, vou apertá-la rapidamente, esmagá-la e assim matá-la.
Como conseqüência, qualquer resposta que o velho nos der vai estar errada.
As duas meninas foram, então, ao encontro do sábio, que se encontrava meditando sob um eucalipto na
montanha.
A menina aproximou-se e perguntou:
Calmamente o sábio sorriu e respondeu:
- Depende de você... ela está em suas mãos.
Assim é a nossa vida, é o nosso presente e o nosso futuro.
Não devemos culpar ninguém porque algo deu errado.
O insucesso é apenas uma oportunidade de começar novamente com mais inteligência.
Somos nós os responsáveis por aquilo que conquistamos ou não.
Nossa vida está em nossas mãos --- como uma borboleta azul.
Cabe a nós escolher o que fazer com ela, só a nós; não deixe ninguém interferir nisso.
Nunca !!!
autor desconhecido
Um dia um pai de família rica levou seu filho para viajar ao interior com o firme propósito de mostrar o
quanto as pessoas podem ser pobres.
Eles passaram um dia e uma noite na fazenda de uma família muito pobre.
Quando retornaram da viagem o pai perguntou ao filho:
- Como foi a viagem?
- Muito boa, papai!
- Você viu como as pessoas podem ser? - o pai perguntou.
- Sim.
- E o que você aprendeu? - o pai perguntou.
O filho respondeu:
- Eu vi que nós temos um cachorro em casa, e eles têm quatro. Nós temos uma piscina que alcança o meio
do jardim; eles têm um riacho que não tem fim. Nós temos uma varanda coberta e iluminada com luz, eles
têm as estrelas e a lua. Nosso quintal vai até o portão de entrada, eles têm uma floresta inteira.
Quando o pequeno garoto acabou de responder, seu pai ficou estupefato.
O filho acrescentou:
- Obrigado pai, por me mostrar o quanto "pobres" nós somos!
MORAL DA HISTÓRIA:
Tudo o que você tem depende da maneira como você olha para as coisas.
Se você tem amor, amigos, família, saúde, bom humor e atitudes positivas para com a vida, você tem tudo!
Se você é "pobre de espírito", você não tem nada!
autor desconhecido
7- JUSTIÇA
Conta uma antiga lenda que na Idade Média um homem muito religioso foi injustamente acusado
de ter assassinado uma mulher. Na verdade, o autor era pessoa influente do reino e por isso, desde o
primeiro momento se procurou um bode expiatório para acobertar o verdadeiro assassino.
O homem foi levado a julgamento, já temendo o resultado: a forca. Ele sabia que tudo iria ser
feito para condená-lo e que teria poucas chances de sair vivo desta história.
O juiz, que também estava combinado para levar o pobre homem à morte, simulou um julgamento
justo, fazendo uma proposta ao acusado que provasse sua inocência.
Disse o juiz:
Sou de uma profunda religiosidade e por isso vou deixar sua sorte nas mãos do senhor. Vou escrever
em um pedaço de papel a palavra INOCENTE e noutro a palavra CULPADO. Você sorteará um dos papéis e
aquele que sair será o veredicto. O senhor decidirá seu destino, determinou o juiz.
Sem que o acusado percebesse, o juiz preparou os dois papéis, mas em ambos escreveu CULPADO
de maneira que, naquele instante, não existia nenhuma chance do acusado se livrar da forca.. Não havia
saída. Não havia alternativa para o pobre homem.
Transcrição: Arnaldi
8 - NOSSOS SONHOS
Ele era um jovem que morava no Centro Oeste dos Estados Unidos. Por ser filho de um domador de
cavalos, tinha uma vida quase nômade mas desejava estudar. Perseguia o ideal da cultura. Dormia nas
estrebarias, trabalhava os animais fogosos e nos intervalos, à noite, ele procurava a escola para iluminar a
sua inteligência.
Em uma dessas escolas, certa vez, o professor pediu à classe que cada aluno relatasse o seu sonho.
O que desejariam para suas vidas. O jovem, tomado de entusiasmo, escreveu sete páginas. Desejava, no
futuro, possuir uma área de 80 hectares e morar numa enorme casa de 400 metros quadrados. Desejava ter
uma família muito bem constituída.
Tão entusiasmado estava, que não somente descreveu, mas desenhou como ele sonhava a casa, as
cocheiras, os currais, o pomar. Tudo nos mínimos detalhes. Quando entregou o seu trabalho, ficou
esperando, ansioso, as palavras de elogio do seu mestre.
Contudo, três dias depois, o trabalho lhe foi devolvido com uma nota sofrível. Depois da aula, o
professor o procurou e falou:
- O seu é um sonho absurdo. Imagine, você é filho de um domador de cavalos. Você será um simples
domador de cavalos. Escreva sobre um sonho que possa se tornar realidade e eu lhe darei uma
nota melhor.
O jovem foi para casa muito triste e contou ao pai o que havia acontecido. Depois de ouvi-lo, com
calma, o pai lhe afirmou:
- O sonho é seu, meu filho, faça o que quiser... essa decisão é sua: Persistir neste sonho ou procurar
outro.
O jovem meditou e, no dia seguinte, entregou a mesma página ao professor. Disse-lhe que ficaria
com a nota ruim mas não abandonaria o seu sonho.
Esta história foi contada para várias crianças pelo dono de um rancho de 80 hectares, uma enorme casa de
400 metros quadrados e uma família muito bem constituída, próximo de um colégio famoso dos Estados
Unidos o qual empresta para crianças pobres passarem os fins de semana.
Depois de terminar a história, o dono do rancho revelou ser o jovem que teve a nota ruim, mas não
desistiu do seu sonho.
(autor desconhecido)
9- CICATRIZES
Era uma vez um menininho que tinha um mau temperamento. O pai deu-lhe um saco de prego e
disse a ele que para cada vez que o menino perdesse a calma, ele deveria pregar um prego na cerca.
No primeiro dia, o menino pregou 17. Nas semanas seguintes, como ele aprendeu a controlar seu
temperamento, o nº de pregos pregados na cerca diminuiu gradativamente...
Ele descobriu que era mais fácil se segurar do que pregar aqueles pregos na cerca.
Finalmente chegou o dia que o menino não perdeu a calma em nenhum momento.
Ele então falou a seu pai sobre isto e o pai sugeriu que o menino agora tirasse da cerca, um prego por
cada dia que ele não perdesse a calma.
Os dias passaram e o menininho, então, estava finalmente pronto para dizer a seu pai que tinha
retirado todos os pregos da cerca.
O pai então o pegou pela mão e foram até a cerca.
O pai disse, “Você fez muito bem, meu filho, mas, veja só os buracos que restaram na cerca”. A cerca
nunca mais será a mesma!
Quando você fala algumas coisas com raiva, elas deixam cicatrizes como estas aqui.
Você pode enfiar a faca em alguém e retirá-la. Não importa quantas vezes você peça desculpa, a ferida
ainda esta lá.
Um ferimento verbal é a mesma coisa que um ferimento físico.
"Toda decisão acertada é proveniente de experiência. E toda experiência é proveniente de uma decisão
não acertada."
Encaminhado gentilmente por Vera Regina.
autor desconhecido
João era dono de uma bem sucedida farmácia numa cidade do interior. Era um homem bastante
inteligente mas não acreditava na existência de Deus ou de qualquer outra coisa além do seu mundo
material.
Um certo dia, estava ele fechando a farmácia quando chegou uma criança aos prantos dizendo que
sua mãe estava passando mal e que se ela não tomasse o remédio logo iria morrer. Muito nervoso, e após
insistência da criança, resolveu reabrir a farmácia pra pegar o remédio.
"Se ninguém disser qualquer coisa para me entreter", bradou um rei tirânico e já maltratado pela idade,
"cortarei a cabeça de todos os cortesãos."
Imediatamente, Nasrudin deu um passo à frente.
"Majestade, não me corte a cabeça. Farei alguma coisa."
"E o que podes fazer?"
"Eu posso... ensinar um asno a ler e escrever!"
Disse o rei:
"É melhor fazê-lo, ou te esfolarei vivo".
"Vou fazê-lo", disse Nasrudin, "mas isto me tomará dez anos!"
"Muito bem", disse o rei, "concedo-te os dez anos."
Assim que o rei se retirou, Nasrudin foi cercado pelos nobres da corte.
"Mullá", disseram, "é verdade mesmo que você pode ensinar um asno a ler e escrever?"
"Não", respondeu Nasrudin.
"Então", disse o mais sábio dos cortesãos, "você acaba de inaugurar uma década de tensão e ansiedade, pois
certamente será condenado à morte. Oh, que loucura! Preferir dez anos de sofrimento e contemplação da
morte ao machado do carrasco, que corta a cabeça num átimo..."
"Você não levou em conta apenas um pequeno detalhe", disse o Mullá. "O rei tem setenta e cinco anos e eu,
oitenta. Muito antes que o tempo se esgote, outros elementos terão entrado na história..."
O estacionamento estava deserto quando me sentei para ler embaixo dos longos ramos de um velho
carvalho.
Desiludido da vida, com boas razões para chorar, pois o mundo estava tentando me afundar...
E se não fosse razão suficiente para arruinar o dia, um garoto ofegante se chegou, cansado de brincar.
Ele parou na minha frente, cabeça pendente, e disse cheio de alegria:
- "Veja o que encontrei".
Na sua mão uma flor, e que visão lamentável, pétalas caídas, pouca água ou luz.
Querendo me ver livre do garoto com sua flor, fingi pálido sorriso e me virei.
Mas ao invés de recuar, ele se sentou ao meu lado, levou a flor ao nariz e declarou com estranha surpresa:
- "O cheiro é ótimo, e é bonita também... Por isso a peguei; ei-la, é sua".
A flor à minha frente estava morta ou morrendo, nada de cores vibrantes como laranja, amarelo ou
vermelho, mas eu sabia que tinha que pegá-la, ou ele jamais sairia de lá.
Então me estendi para pegá-la e respondi:
- O que eu precisava.
Mas, ao invés de colocá-la na minha mão, ele a segurou no ar sem qualquer razão.
Nessa hora notei, pela primeira vez, que o garoto era cego, que não podia ver o que tinha nas mãos.
Ouvi minha voz sumir, lágrimas despontaram ao sol enquanto lhe agradecia por escolher a melhor flor
daquele jardim.
- "De nada", ele sorriu.
E então voltou a brincar sem perceber o impacto que teve em meu dia. Me sentei e pus-me a pensar como
ele conseguiu enxergar um homem auto-piedoso sob um velho carvalho.
Como ele sabia do meu sofrimento auto-indulgente?
Talvez no seu coração ele tenha sido abençoado com a verdadeira visão. Através dos olhos de uma criança
cega, finalmente entendi que o problema não era o mundo, e sim EU.
E por todos os momentos eu que eu mesmo fui cego, agradeci por ver a beleza da vida e apreciei cada
segundo que é só meu.
E então levei aquela feia flor ao meu nariz e senti a fragrância de uma bela rosa, e sorri enquanto via
aquele garoto, com outra flor em suas mãos, prestes a mudar a vida de um insuspeito senhor de idade.
Descobri que o amor está na maneira como enxergamos as coisas, basta olharmos com carinho que tudo fica
mais reconfortante... Mesmo uma flor que está morrendo...
Desconhecido
Uma vez li alguma coisa a respeito de uma garota que pedia para a sua avó a solução de um problema
grave. A avó disse: "suba, arrume suas gavetas e após fazer isso você terá a solução".
Experimentei perguntar para as pessoas mais velhas se realmente existe uma conexão e perguntei certa vez
para a minha avó o que tinha a ver a gaveta com os problemas e ela muito sabiamente me falou que a
gaveta desarrumada é o espelho da vida, então toda vez que você está com alguma coisa bagunçada,
alguma área de sua vida manifesta bagunça. Toda vez que você está com alguma coisa desorganizada, essa
desorganização se reflete na sua vida.
Lembre, você é um reflexo de Deus, um reflexo do universo. Você tem um mundo dentro de si. Sua casa é
um reflexo de seus estados emocionais. Se você tem dentro de si reflexo do mundo, quando está
desorganizado interiormente, manifesta isto exteriormente.
Quando essa manifestação exterior veio antes, você pode reorganizar o seu mundo interno mostrando
simbolicamente que está arrumando externamente.
O universo funciona assim: o que está dentro, está fora.O que está em cima, está embaixo.O que está de
um lado, está de outro. Então se você lembrar sempre que pode influenciar o interior com o exterior e vice-
versa, você tem a chave para a organização total.
No momento em que você limpa a sua gaveta e joga fora aquilo que não presta, está reprogramando
simbolicamente o seu interior. É uma das melhores chaves para conseguir serenidade e respostas para
problemas muito difíceis.
Arrume suas gavetas. Com certeza vai ajudar você a encontrar solução para muitos de seus problemas.
Uma vida nova de gavetas limpas!
autor desconhecido
15- UMA SIMPLES GOTINHA
Havia uma gota em uma nascente do rio. Era uma simples gota, nada mais do que isso. Mas, na sua
insignificância, tinha um sonho. Sonhava em, após vencer a correnteza, virar mar.
Ora, quanta pretensão! Uma gota, uma simples gota, virar mar? Era difícil, sabia ela, porém não impossível.
E agarrando-se a esse fio de esperança, seguiu o seu curso natural de rio, sempre pensando no dia em que
certamente encontraria o oceano.
16- A VERDADE
Certa vez um sultão sonhou que havia perdido todos os dentes. Ele acordou assustado e mandou
chamar um sábio para que interpretasse o sonho.
- Que desgraça, senhor! - exclamou o sábio. Cada dente caído representa a perda de um parente de vossa
majestade!
- Mas que insolente, gritou o sultão. Como se atreve a dizer tal coisa?!
E ele chamou os guardas e mandou que lhe dessem cem chicotadas. Mandou também que chamassem
outro sábio, para interpretar o mesmo sonho. E o outro sábio disse:
- Senhor, uma grande felicidade vos está reservada!!! O sonho indica que ireis
viver mais que todos os vossos parentes!
A fisionomia do sultão se iluminou-se e ele mandou dar cem moedas ao sábio.
-Quando este saía do palácio um cortesão perguntou:
- Como é possível? A interpretação que você fez foi a mesma do seu colega.
No entanto ele levou chicotadas e você moedas de ouro! Lembra-se sempre, amigo - respondeu o
sábio- tudo depende da maneira de dizer as coisas. E esse é um dos grandes desafios da humanidade.
É daí que vem a felicidade ou a desgraça; a paz ou a guerra. A verdade sempre deve ser dita, não
resta a menor dúvida, mas a forma como ela é dita é que faz toda a diferença.
A verdade deve ser comparada a uma pedra preciosa. Se a lançarmos no rosto de alguém, pode
ferir, provocando revolta. as se a envolvemos numa delicada embalagem e a oferecermos com ternura,
certamente será aceita com facilidade.
Desconhecido
Conta a lenda que um velho sábio, tido como mestre da paciência, era capaz de derrotar
qualquer adversário.
Certa tarde, um homem conhecido por sua total falta de escrúpulos apareceu com a intenção
de desafiar o mestre da paciência. O velho aceitou o desafio e o homem começou a insultá-lo. Chegou a
jogar algumas pedras em sua direção, cuspiu em sua direção e gritou todos os tipos de insultos.
18- A CAIXINHA
Há um tempo atrás, um homem castigou sua filhinha de 3 anos por desperdiçar um rolo de papel
de presente dourado. O dinheiro andava escasso naqueles dias, razão pela qual o homem ficou furioso ao
ver a menina envolvendo uma caixinha com aquele papel dourado e colocá-la debaixo da árvore de Natal.
Apesar de tudo, na manhã seguinte, a menininha levou o presente ao seu pai e disse:
- Isto é para você, paizinho!
Ele sentiu-se envergonhado da sua furiosa reação, mas voltou a "explodir" quando viu que a caixa estava
vazia. Gritou, dizendo:
- Você não sabe que quando se dá um presente a alguém, a gente coloca alguma coisa dentro da
caixa?
A pequena menina olhou para cima, com lágrimas nos olhos, e disse:
- Oh, Paizinho, não está vazia. Eu soprei beijos dentro da caixinha. Todos para você.
O pai quase morreu de vergonha, abraçou a menina e suplicou que ela o perdoasse. Dizem que o
homem guardou a caixa dourada ao lado de sua cama por anos e sempre que se sentia triste, chateado,
deprimido, ele tomava da caixa um beijo imaginário e recordava o amor que sua filha havia posto ali.
De uma forma simples, mas sensível, cada um de nós humanos temos recebido uma caixinha
dourada, cheia de amor incondicional e beijos de nossos pais, filhos, irmãos e amigos.Ninguém poderá ter
uma propriedade ou posse mais bonita e importante que esta.
autor desconhecido
19- AS SETE MARAVILHAS DO MUNDO
Em uma sala de aula, haviam várias crianças; quando uma delas perguntou a professora:
- Professora, o que é o AMOR ?
A professora sentiu que a criança merecia uma resposta a altura da pergunta inteligente que
fizera. Como já estava na hora do recreio, pediu para que cada aluno desse uma volta pelo pátio da escola
e trouxesse o que mais despertasse nele o sentimento de amor. As crianças saíram apressadas e, ao
voltarem, a professora disse:
- Quero que cada um mostre o que trouxe consigo.
A primeira criança disse:
- Eu trouxe esta FLOR, não é linda ?
A segunda criança falou:
- Eu trouxe esta BORBOLETA - veja o colorido de suas asas, vou colocá-la em minha coleção.
A terceira criança completou:
- Eu trouxe este FILHOTE DE PASSARINHO - ele havia caído do ninho junto com
outro irmão. Não é uma gracinha ?
E assim as crianças foram se colocando.
Terminada a exposição, a professora notou que havia uma criança que tinha ficado quieta o tempo todo.
Ela estava vermelha de vergonha, pois nada havia trazido.
A professora se dirigiu a ela e perguntou:
- Meu bem, por que você nada trouxe ?
E a criança timidamente respondeu:
- Desculpe, professora. Vi a FLOR, e senti o seu perfume, pensei em arrancá-la,
mas preferi deixá-la para que seu PERFUME exalasse por mais tempo. Vi também a BORBOLETA, leve,
colorida... ela parecia tão feliz, que não tive coragem de aprisioná-la. Vi também o PASSARINHO, caído
O sol anunciava o final de mais um dia e lá, entre as árvores, estava Andala, um pardal que não se
cansava de observar Yan, a grande águia.
Seu vôo preciso, perfeito, enchia seus olhos de admiração. Sentia vontade em voar como a águia,
mas não sabia como o fazer. Sentia vontade em ser forte como a águia, mas não conseguia assim ser.
Todavia, não cansava de seguí-la por entre as árvores só para vislumbrar tamanha beleza.
Um dia estava a voar por entre a mata a observar o vôo de Yan, e de repente a águia sumiu da sua
visão. Voou mais rápido para reencontrá-la, mas a águia havia desaparecido. Foi quando levou um enorme
susto: deparou de uma forma muito repentina com a grande águia a sua frente.
Tentou conter o seu vôo, mas foi impossível, acabou batendo de frente com o belo pássaro. Caiu
desnorteado no chão e quando voltou a si, pode ver aquele pássaro imenso bem ao seu lado observando-o.
Sentiu um calafrio no peito, suas asas ficaram arrepiadas e pôs-se em posição de luta.
A águia em sua quietude apenas o olhava calma e mansamente, e com uma expressão séria,
perguntou-lhe:
- Por que estás a me vigiar, Andala?
- Quero ser uma águia como tu, Yan. Mas, meu vôo é baixo, pois minhas asas são
curtas e vislumbro pouco por não conseguir ultrapassar meus limites.
- E como te sentes amigo sem poder desfrutar, usufruir de tudo aquilo que está
além do que podes alcançar com tuas pequenas asas?
- Sinto tristeza. Uma profunda tristeza. A vontade é muito grande de realizar
este sonho.
O pardal suspirou olhando para o chão e disse:
- Todos os dias acordo muito cedo para vê-la voar e caçar. És tão única, tão
bela. Passo o dia a observar-te.
- E não voas? Ficas o tempo inteiro a me observar? - indagou Yan.
- Sim. A grande verdade é que gostaria de voar como tu voas, mas as tuas alturas
são demasiadas para mim e creio não ter forças para suportar os mesmos ventos que, com graça e
experiência, tu cortas harmoniosamente.
- Andala, bem sabes que a natureza de cada um de nós é diferente, e isto não
quer dizer que nunca poderás voar como uma águia. Sê firme em teu propósito e deixa que a águia que vive
em ti possa dar rumos diferentes aos teus instintos. Se abrires apenas uma fresta para que esta águia que
está em ti possa te guiar, esta dar-te-á a possibilidade de vires a voar tão alto como eu. Acredita!
E assim, a águia preparou-se para levantar vôo, mas voltou-se novamente ao
pequeno pássaro que a ouvia atentamente:
Tenho um amigo, chamado Monty Roberts, que tem um rancho em San Isidro. Ele me emprestou
sua casa para realizar eventos com a finalidade de levantar dinheiro para programas em prol dos jovens em
perigo.
Da última vez em que estive lá, ele se apresentou dizendo:
“Quero dizer-lhes porque deixo Jack usar minha casa”. Isso remonta a uma história de um jovem
rapaz, filho de um treinador de cavalos itinerante, que vivia de estrebaria em estrebaria, de pista de
corridas em pista de corridas, de fazenda em fazenda e de rancho em rancho, treinando cavalos.
Conseqüentemente, o curso de segundo grau do garoto era constantemente interrompido. Quando estava
no último ano, lhe pediram que escrevesse sobre o que queria ser e fazer quando crescesse.
Naquela noite, este garoto escreveu sete páginas sobre seu objetivo de algum dia possuir um
rancho de cavalos. Descreveu seus sonhos com riqueza de detalhes e até fez o desenho de um rancho de
oitenta hectares, mostrando a localização de todos os prédios, as estrebarias e a pista. Então, desenhou em
detalhes a planta baixa de uma casa de quatrocentos metros quadrados, que edificaria nos oitenta hectares
do rancho de seus sonhos.
Ele colocou seu coração no projeto e no dia seguinte entregou-o ao professor. Dois dias depois
recebeu sua folha de volta. Na página frontal havia um grande F vermelho e uma mensagem que dizia:
‘Procure-me depois da aula.’
O garoto do sonho foi ver o professor depois da aula e perguntou:
- Por que recebi um F?
O professor disse:
- Este é um sonho irreal para um rapaz como você. Você não tem dinheiro, vem de uma família itinerante.
Não tem recursos. Ter um haras requer muito dinheiro. Você tem que comprar a terra. Tem que comprar os
primeiros animais e, mais tarde, terá que pagar impostos enormes. Não há como você possa realizar isso
algum dia. – e o professor acrescentou:
- Se reescrever estas folhas com um objetivo mais realista, reconsiderarei sua nota.
O garoto foi para casa e pensou muito naquilo. Perguntou a seu pai o que deveria fazer. Se pai
disse:
- Olhe, filho, você tem que decidir isso sozinho. No entanto, acho que é uma decisão muito
importante para você.
Finalmente, depois de sentar-se diante do trabalho por uma semana, o garoto devolveu o mesmo
papel, sem fazer nenhuma mudança. E declarou:
Conta a lenda que uma jovem mariposa de corpo frágil e alma sensível voava ao sabor do vento
certa tarde, quando viu uma estrela muito brilhante e se apaixonou.
Voltou imediatamente para casa, louca para contar à mãe que havia descoberto
o que era o amor, mas a mãe lhe disse friamente:
- Que bobagem, filha! As estrelas não foram feitas para que as mariposas possam
voar em torno delas. Procure um poste ou um abajur e se apaixone por algo assim. Foi para isso nós fomos
criadas.
Decepcionada, a mariposa resolveu simplesmente ignorar o comentário da mãe e permitiu-se ficar
de novo alegre com a sua descoberta e pensava:
- Que maravilha poder sonhar!
Na noite seguinte, a estrela continuava no mesmo lugar, e ela decidiu que iria
subir até o céu, voar em torno daquela luz radiante e demonstrar seu amor. Foi muito difícil ir além da
altura com a qual estava acostumada, mas conseguiu subir alguns metros acima do seu vôo normal.
Entendeu que, se cada dia progredisse um pouquinho, iria terminar chegando à estrela, então armou-se de
paciência e começou a tentar vencer a distância que a separava de seu sonho.
Esperava com ansiedade que a noite descesse e, quando via os primeiros raios da
estrela, batia ansiosamente suas asas em direção ao firme propósito.
Sua mãe ficava cada vez mais furiosa e dizia:
- Estou muito decepcionada com a minha filha. Todas as suas irmãs e primas já têm lindas queimaduras nas
asas, provocadas por lâmpadas! Você devia deixar de lado esses sonhos inúteis e arranjar um que possa
atingir.
A jovem mariposa, irritada porque ninguém respeitava o que sentia, resolveu
sair de casa. Mas, no fundo, como aliás sempre acontece, ficou marcada pelas palavras da mãe e achou que
ela tinha razão.
Por algum tempo, tentou esquecer a estrela, mas seu coração não conseguia
Uma nova igreja fora construída e as pessoas vinham de todas as partes para admirá-la. Passavam
horas admirando a beleza da obra!
Lá em cima, no madeiramento do telhado, um pequeno prego à tudo assistia. E ouvia as pessoas
elogiando todas as partes da encantadora estrutura - exceto o prego!
Sequer sabiam que estava lá, e ele ficou irritado e com ciúmes.
- Se sou tão insignificante, ninguém sentirá minha falta!
Então o prego desistiu de sua vida, deixou de fazer pressão e foi deslizando até cair ao chão.
Naquela noite choveu e choveu muito. Logo, onde faltava um prego, o telhado começou a ceder,
separando as telhas. A água escorreu pelas paredes e bonitos murais.
O gesso começou a cair, o tapete estava manchado e a bíblia estava arruinada pela água.
Tudo isto porque um pequeno prego desistira de seu trabalho!
Conta uma velha lenda dos índios Sioux, que uma vez, Touro Bravo, o mais valente e honrado de
todos os jovens guerreiros, e Nuvem Azul, a filha do cacique, uma das mais formosas mulheres da tribo,
chegaram de mãos dadas, até a tenda do velho feiticeiro da tribo.
- Nós nos amamos e vamos nos casar - disse o jovem. E nos amamos tanto que queremos um
feitiço, um conselho, ou um talismã... alguma coisa que nos garanta que poderemos ficar sempre juntos...
que nos assegure que estaremos um ao lado do outro até encontrarmos a morte. Há algo que possamos
fazer?
E o velho emocionado ao vê-los tão jovens, tão apaixonados e tão ansiosos por uma palavra, disse:
- Tem uma coisa a ser feita, mas é uma tarefa muito difícil e sacrificada. Tu, Nuvem Azul, deves
escalar o monte ao norte dessa aldeia, e apenas com uma rede e tuas mãos, deves caçar o falcão mais
vigoroso do monte... e trazê-lo aqui com vida, até o terceiro dia depois da lua cheia. E tu, Touro Bravo -
continuou o feiticeiro - deves escalar a montanha do trono, e lá em cima, encontrarás a mais brava de
todas as águias, e somente com as tuas mãos e uma rede, deverás apanhá-la trazendo-a para mim, viva!
Os jovens se abraçaram com ternura, e logo partiram para cumprir a missão recomendada... no dia
estabelecido, à frente da tenda do feiticeiro, os dois esperavam com as aves dentro de um saco.
O velho pediu, que com cuidado as tirassem dos sacos... e viu eram verdadeiramente formosos
exemplares.
- E agora o que faremos? - perguntou o jovem - as matamos e depois bebemos a honra de seu
sangue? Ou as cozinhamos e depois comemos o valor da sua carne? - propôs a jovem.
- Não! - disse o feiticeiro, apanhem as aves, e amarrem-nas entre si pelas patas com essas fitas de
couro. Quando as tiver bem amarradas, soltem-nas, para que voem livres.
O guerreiro e a jovem fizeram o que lhes foi ordenado, e soltaram os pássaros. A águia e o falcão,
tentaram voar mas apenas conseguiram saltar pelo terreno. Minutos depois, irritadas pela incapacidade do
vôo, as aves arremessavam-se entre si, bicando-se até se machucar.
Foi então que o velho desamarrou os pássaros e disse:
29 - A LAGARTINHA
Havia uma lagartinha que tinha muito medo de sair por aí e morrer pisoteada pelos homens. Por
isso, foi-se fechando. As plantas também a rejeitavam, achando que ela só queria comer suas folhas. Mal
sabiam que essa lagartinha gorda, e que rasteja, pedindo ajuda, poderia ser aquela borboleta que viria
ajudar a polinizar as flores dessas mesmas plantas.
Mas, a lagartinha só chorava, apertada, em sua tristeza, até que uma coruja, aquela ave que só
consegue enxergar a noite, quando tudo está escuro, disse a ela:
- Pare de chorar, faça alguma coisa ! Aí dentro de você mora uma linda borboleta, deixe-a sair. Ela
pode voar, ser aceita pelos homens e pelas plantas, ver lá de cima o que você vê daqui debaixo, mudar de
jardim e tudo o mais.
A lagartinha, então, pediu ajuda. Como poderia se tornar borboleta? A coruja, sábia amiga, disse-
lhe que era necessária uma metamorfose, de mudança, em que precisava se fechar num casulo para
empreender esforços, que viriam dores, mas só as necessárias para fazer as mudanças. Mas o que
realmente era preciso era coragem e pensamento positivo. Que poderia ser livre, bem aceita, e voar leve,
por onde desejasse. Que pensasse em ser borboleta o tempo todo e tudo poderia ir mudando, até que, mais
rápido do que ela imaginasse, ela sairia do casulo como uma borboleta.
Um fazendeiro, que lutava com muitas dificuldades, possuía alguns cavalos para ajudar nos
trabalhos em sua pequena fazenda.Um dia, seu capataz veio trazer a notícia de que um dos cavalos havia
caído num velho poço abandonado.
O fazendeiro foi rapidamente ao local do acidente e avaliou a situação.
Certificando-se de que o animal não se machucara, mas, pela dificuldade e o alto custo de retirá-lo do
fundo do poço, achou que não valeria a pena investir numa operação de resgate.
Tomou então a difícil decisão: determinou ao capataz que sacrificasse o animal, jogando terra no
poço até enterrá-lo, ali mesmo.
E assim foi feito: os empregados, comandados pelo capataz, começaram a jogar terra para dentro
do buraco de forma a cobrir o cavalo.
Mas, à medida que a terra caía em seu dorso, o animal sacudia e ela ia se acumulando no fundo,
possibilitando ao cavalo ir subindo. Logo, os homens perceberam que o cavalo não se deixava enterrar,
mas, ao contrário, estava subindo à medida que a terra enchia o poço, até que enfim, conseguiu sair.
Sabendo do caso, o fazendeiro ficou muito satisfeito e o cavalo viveu ainda muitos anos servindo
ao dono da fazenda.
Se você estiver ''lá embaixo'', sentindo-se pouco valorizado, quando, já certos de seu
desaparecimento, os outros jogarem sobre você terra da incompreensão, da falta de oportunidades e de
Estavam duas crianças patinando em cima de um lago congelado. Era uma tarde nublada e fria e as
crianças brincavam sem preocupação.
De repente, o gelo se quebrou e uma das crianças caiu na água.
A outra criança vendo que seu amiguinho se afogava debaixo do gelo, pegou uma pedra e começou
a golpear com todas as suas forças, conseguindo quebrá-lo e salvar seu amigo.
Quando os bombeiros chegaram e viram o que havia acontecido, perguntaram ao menino:
- Como você fez isso? É impossível que você tenha quebrado o gelo com essa pedra e suas mãos tão
pequenas!
Nesse instante apareceu um ancião e disse:
- Eu sei como ele conseguiu.
Todos perguntaram:
- Como?
O ancião respondeu:
- Não havia ninguém ao seu redor para lhe dizer que não poderia fazer!
32- "O QUE VOCÊ É" É TÃO IMPORTANTE QUANTO "O QUE VOCÊ FAZ"
Era uma tarde ensolarada de sábado em Oklahoma City. Meu amigo e pai orgulhoso, Bobby Lewis
estava levando seus dois garotos para jogar minigolfe. Ele foi até o sujeito na bilheteria e disse:
- Quanto é a entrada?
O jovem respondeu:
- Três dólares para o senhor e três dólares para cada garoto acima de seis anos. A entrada é livre
para as crianças de seis anos ou menos. Quantos anos eles têm?
Bobby respondeu:
- O mais novo tem três e o mais velho tem sete, então, acho que eu lhe devo seis dólares.
O homem da bilheteria disse:
- Ei, o senhor acabou de ganhar na loteria ou coisa parecida? O senhor poderia ter economizado
três dólares. Poderia ter dito que o mais velho tinha seis anos e eu não saberia a diferença.
Bobby respondeu:
- É, pode ser, mas os meus filhos saberiam.
Em tempos desafiadores, quando a ética é mais importante que nunca, certifique-se de dar um
bom exemplo a todos com quem trabalha e vive.
Extraído do livro "Canja de Galinha para a Alma" de Jack Canfield & Mark Victor Hanse
Em uma cidade interiorana havia um homem que não se irritava e não discutia com ninguém.
Sempre encontrava saída cordial, não feria a ninguém, nem se aborrecia com as pessoas. Morava
em modesta pensão, onde era admirado e querido.
Para testá-lo, um dia seus companheiros combinaram levá-lo à irritação e à discussão numa
determinada noite em que o levariam a um jantar.
Trataram todos os detalhes com a garçonete que seria a responsável por atender a mesa reservada
para a ocasião. Assim que iniciou o jantar, como entrada foi servida uma saborosa sopa, da qual o homem
gostava muito.
A garçonete chegou próximo a ele, pela esquerda, e ele, prontamente, levou seu
prato para aquele lado, a fim de facilitar a tarefa de servir.
Mas ela serviu todos os demais, e quando chegou a vez dele, foi para outra mesa.
Ele esperou calmamente e em silêncio, que ela voltasse. Quando ela se aproximou outra vez, agora
pela direita, para recolher o prato, ele levou outra vez seu prato na direção da jovem, que novamente se
distanciou, ignorando-o.
Após servir todos os demais, passou rente a ele, acintosamente, com a sopeira fumegante,
exalando saboroso aroma como quem havia concluído a tarefa e retornou à cozinha.
Naquele momento não se ouvia qualquer ruído. Todos o observavam discretamente, para ver sua
reação.
Educadamente ele chamou a garçonete, que se voltou, fingindo impaciência e lhe disse:
- O que o senhor deseja?
Ao que ele respondeu, naturalmente:
- A senhora não me serviu a sopa.
Novamente ela retrucou, para provocá-lo, desmentindo-o:
- Servi sim senhor!
Ele olhou para ela, olhou para o prato vazio e limpo e ficou pensativo por alguns
segundos.
Todos pensaram que ele iria brigar. Suspense e silêncio total.
Mas o homem surpreendeu a todos, ponderando tranqüilamente:
- A senhorita serviu sim, mas eu aceito um pouco mais!
autor desconhecido
Um de nossos amigos estava caminhando ao pôr-do-sol em uma praia deserta. À medida que
caminhava, começou a avistar um outro homem a distância. Ao se aproximar do nativo, notou que ele se
inclinava, apanhando algo e atirando na água. Repetidamente, continuava jogando coisas no mar.
Ao se aproximar ainda mais, nosso amigo notou que o homem estava apanhando estrelas-do-mar
que haviam sido levadas para a praia e, uma de cada vez, as estava lançando de volta à água.
Nosso amigo ficou intrigado. Aproximou-se do homem e disse:
- Boa tarde, amigo. Estava tentando adivinhar o que você está fazendo.
35- COMPARAÇÃO
Certo dia, um samurai, que era um guerreiro muito orgulhoso, veio ver um mestre Zen. Embora
fosse muito famoso, ao olhar o mestre, sua beleza e o encanto daquele momento, o samurai sentiu-se
repentinamente inferior.
Ele então perguntou ao mestre:
- Por que estou me sentindo inferior? Apenas um momento atrás tudo estava bem. Quando aqui
entrei, subitamente me senti inferior e jamais me sentira assim antes. Encarei a morte muitas vezes, mas
nunca experimentei medo algum. Por que estou me sentindo assustado agora?
O mestre falou:
- Espere. Quando todos tiverem partido responderei.
Durante todo o dia pessoas chegavam para ver o mestre, e o samurai estava ficando mais e mais
cansado de esperar. Ao anoitecer, quando o quarto estava vazio, o samurai perguntou novamente:
- Agora você pode me responder por que me sinto inferior?
O mestre o levou para fora. Era uma noite de lua cheia e a lua estava justamente surgindo no
horizonte. Ele disse:
- Olhe para estas duas árvores: a árvore alta e a árvore pequena ao seu lado. Ambas estiveram
juntas ao lado de minha janela durante anos e nunca houve problema algum. A árvore menor jamais disse à
maior: 'Por que me sinto inferior diante de você?' Esta árvore é pequena e aquela é grande, este é o fato, e
nunca ouvi sussurro algum sobre isso.
O samurai então argumentou:
- Isto se dá porque elas não podem se comparar.
E o mestre replicou:
- Então não precisa me perguntar. Você sabe a resposta. Quando você não compara, toda a
inferioridade e superioridade desaparecem. Você é o que é, simplesmente existe. Um pequeno
arbusto ou uma grande e alta árvore não importa. Você é você mesmo. Uma folhinha de relva é
tão necessária quanto a maior das estrelas. O canto de um pássaro é tão necessário quanto
qualquer Buda, pois o mundo será menos rico se este canto desaparecer. Simplesmente olhe à sua
volta. Tudo é necessário e tudo se encaixa. É uma unidade orgânica: ninguém é mais alto ou mais
baixo, ninguém é superior ou inferior. Cada um é incomparavelmente único. Você é necessário e
basta. Na Natureza, tamanho não é diferença. Tudo é expressão igual de vida.
autor desconhecido
Havia duas vizinhas que viviam em pé de guerra. Não podiam se encontrar na rua que era briga na
certa.
Depois de um tempo, dona Maria descobriu o verdadeiro valor da amizade e resolveu que iria fazer
as pazes com dona Clotilde. Ao se encontrarem na rua, muito humildemente, disse dona Maria:
- Minha querida Clotilde, já estamos nessa desavença há anos e sem nenhum motivo aparente.
Estou propondo para você que façamos as pazes e vivamos como duas boas e velhas amigas.
Dona Clotilde, na hora estranhou a atitude da velha rival, e disse que iria pensar no caso. Pelo
caminho foi matutando: 'Essa dona Maria não me engana, está querendo me aprontar alguma coisa e eu não
vou deixar barato. Vou mandar-lhe um presente para ver sua reação.'
Chegando em casa, preparou uma bela cesta de presentes, cobrindo-a com um lindo papel, mas
encheu-a de esterco de vaca.
- Eu adoraria ver a cara da dona Maria ao receber esse 'maravilhoso' presente. Vamos ver se ela vai
gostar dessa.
Mandou a empregada levar o presente a casa da rival, com um bilhete:
"Aceito sua proposta de paz e para selarmos nosso compromisso, envio-te esse lindo presente."
Dona Maria estranhou o presente, mas não se exaltou.
- Que ela está propondo com isso? Não estamos fazendo as pazes? Bem, deixa pra lá.
Alguns dias depois dona Clotilde atende a porta e recebe uma linda cesta de presentes coberta
com um belo papel.
- É a vingança daquela asquerosa da Maria. Que será que ela me aprontou! - pensou dona Clotilde.
Qual não foi sua surpresa ao abrir a cesta e ver um lindo arranjo das mais belas flores que podiam
existir num jardim, e um cartão com a seguinte mensagem:
"Estas flores é o que te ofereço em prova da minha amizade. Foram cultivadas com o esterco que
você me enviou e que proporcionou excelente adubo para meu jardim. Afinal, Cada um dá o que tem em
abundância em sua vida."
37 - A PAZ
Certa vez houve um concurso de pintura e o primeiro lugar seria dado ao quadro que
melhor representasse a paz. Ficaram, dentre muitos, três finalistas igualmente empatados.
O primeiro retratava uma imensa pastagem com lindas flores e borboletas que bailavam
no ar acariciadas por uma brisa suave. O segundo mostrava pássaros a voar sob nuvens brancas
como a neve em meio ao azul anil do céu. O terceiro mostrava um grande rochedo sendo açoitado
pela violência das ondas do mar em meio a uma tempestade estrondosa e cheia de relâmpagos.
Mas para surpresa e espanto dos finalistas, o escolhido foi o terceiro quadro, o que
retratava a violência das ondas contra o rochedo. Indignados, os dois pintores que não foram
escolhidos, questionaram o juiz que deu o voto de desempate:
- Como este quadro tão violento pode representar a paz, Sr. Juiz?
E o juiz, com uma serenidade muito grande no olhar, disse
38 - A CORAGEM DE EXPERIMENTAR
Um famoso senhor com poder de decisão, gritou com um diretor da sua empresa porque estava
com ódio naquele momento.
O diretor, chegando em casa, gritou com sua esposa, acusando-a de que
estava gastando demais, porque havia um bom e farto almoço à mesa.
Sua esposa gritou com a empregada que quebrou um prato.
A empregada chutou o cachorrinho no qual tropeçara.
O cachorrinho saiu correndo e mordeu uma senhora que ia passando pela rua, porque estava
atrapalhando sua saída pelo portão.
Essa senhora foi à farmácia para tomar vacina e fazer um curativo e gritou com o farmacêutico,
porque a vacina doeu ao ser-lhe aplicada.
O farmacêutico, chegando em casa, gritou com sua mãe, porque o jantar não estava do seu
agrado.
Sua mãe, tolerante, um manancial de amor e perdão, afagou seus cabelos e beijou-o na testa,
dizendo-lhe:
- Filho querido, prometo-lhe que amanhã farei os seus doces favoritos.Você trabalha muito, está
cansado e precisa de uma boa noite de sono. Vou trocar os lençóis da sua cama, pôr outros bem limpinhos e
cheirosos para que você descanse em paz. Amanhã você vai se sentir melhor.
E abençoou-o, retirando-se e deixando-o sozinho com os seus pensamentos.
Naquele momento, rompeu-se o círculo do ódio, porque ele esbarrou-se com a TOLERÂNCIA, o
CARINHO, o PERDÃO e o AMOR.
Se você está, ou se colocaram você em um círculo do ódio, lembre-se de que com TOLERÂNCIA,
CARINHO, PERDÃO e AMOR pode-se quebrá-lo.
autor desconhecido
40 - O LENÇOL SUJO
41 - O BISCOITO
Certo dia uma moça estava à espera de seu vôo na sala de embarque de um aeroporto.
Como ela deveria esperar por muitas horas, resolveu comprar um livro para matar o tempo.
Também comprou um pacote de biscoitos.
Então ela encontrou uma poltrona numa parte reservada do aeroporto para que pudesse descansar
e ler em paz e ao lado dela sentou-se um homem.
Quando ela pegou o primeiro biscoito, o homem também pegou um. Ela se sentiu indignada, mas
não disse nada.
Ela pensou consigo mesma: "Mas que cara-de-pau! Se eu estivesse em outro local, lhe daria um
tapa na cara para que ele nunca mais se esquecesse".
Para cada biscoito que ela pegava, o homem também pegava um. Aquilo a deixava tão furiosa que
ela não conseguia reagir.
Até que restava apenas um biscoito e ela pensou: "O que será que o abusado vai fazer agora?"
Então o homem dividiu o biscoito ao meio, deixando a outra metade para ela.
Aquilo a deixou irada e bufando de raiva. Ela pegou o seu livro e as suas coisas e dirigiu-se ao
embarque. Quando sentou-se confortavelmente em seu assento, para surpresa dela, o seu pacote de
biscoitos estava ainda intacto dentro de sua bolsa.
Ela sentiu muita vergonha, pois quem estava errada era ela e já não havia mais tempo para pedir
desculpas. O homem dividiu os seus biscoitos sem se sentir indignado, ao passo que isto a deixou muito
transtornada.
Quantas vezes em nossas vidas somos nós que estamos comendo os biscoitos dos outros e não
temos a menor consciência de que os errados somos nós mesmos ?
autor desconhecido
Uma sábia e conhecida anedota árabe diz que, certa feita, um sultão sonhou que havia perdido
todos os dentes. Logo que despertou, mandou chamar um adivinho para que interpretasse seu sonho.
- Que desgraça, senhor! - exclamou o adivinho - Cada dente caído representa a perda de um
parente de vossa majestade.
- Mas que insolente - gritou o sultão, enfurecido - Como te atreves a dizer-me semelhante coisa?
Fora daqui!
43 - A OSTRA E A PÉROLA
autor desconhecido
Uma filha se queixou a seu pai sobre sua vida e de como as coisas estavam tão difíceis para ela.
Ela já não sabia mais o que fazer e queria desistir. Estava cansada de lutar e combater. Parecia que assim
que um problema estava resolvido um outro surgia.
Seu pai, um cozinheiro, levou-a até a cozinha dele. Encheu três panelas com água e colocou cada
uma delas em fogo alto. Em uma ele colocou cenouras, em outra colocou ovos e, na última pó de café.
Deixou que tudo fervesse, sem dizer uma palavra.
A filha deu um suspiro e esperou impacientemente, imaginando o que ele estaria fazendo.
Cerca de vinte minutos depois, ele apagou as bocas de gás. Pescou as cenouras e as colocou em
uma tigela. Retirou os ovos e os colocou em uma tigela. Então pegou o café com uma concha e o colocou
em uma tigela. Virando-se para ela, perguntou:
- Querida, o que você está vendo?
- Cenouras, ovos e café. - ela respondeu.
Ele a trouxe para mais perto e pediu-lhe para experimentar as cenouras.
Ela obedeceu e notou que as cenouras estavam macias.
Ele, então, pediu-lhe que pegasse um ovo e o quebrasse. Ela obedeceu e depois de retirar a casca
verificou que o ovo endurecera com a fervura.
Finalmente, ele lhe pediu que tomasse um gole do café. Ela sorriu ao provar seu aroma delicioso.
- O que isto significa, pai?
Ele explicou que cada um deles havia enfrentado a mesma adversidade, a água fervendo, mas que
cada um reagira de maneira diferente.
A cenoura entrara forte, firme e inflexível, mas depois de ter sido submetida à água fervendo, ela
amolecera e se tornara frágil.
Os ovos eram frágeis - sua casca fina havia protegido o líquido interior, mas depois de terem sido
fervidos na água, seu interior se tornara mais rijo.
O pó de café, contudo, era incomparável; depois que fora colocado na água fervente, ele havia
mudado a água.
Ele perguntou à filha:
- Qual deles é você, minha querida? Quando a adversidade bate à sua porta, como você responde?
Você é como a cenoura que parece forte, mas com a dor e a adversidade você murcha, torna-se frágil e
perde sua força? Ou será você como o ovo, que começa com um coração maleável, mas que depois de
alguma perda ou decepção se torna mais duro, apesar de a casca parecer a mesma? Ou será que você é
como o pó de café, capaz de transformar a adversidade em algo melhor ainda do que ele próprio?
autor desconhecido
Há muito tempo atrás, um casal de velhinhos que não tinha filhos, morava em uma casinha humilde de
madeira, tinham uma vida muito tranqüila, alegre, e ambos se amavam muito. Eram felizes.
Até que um dia...
Aconteceu um acidente com a senhora, ela estava trabalhando em sua casa quando começou a pegar
fogo na cozinha e as chamas atingem todo o seu corpo. O esposo acordou assustado com os gritos e vai a
sua procura, quando a vê coberta pelas chamas imediatamente tenta ajudá-la. O fogo também atinge seus
braços, e mesmo em chamas, consegue apagar o fogo.
Quando chegaram os bombeiros já não havia muito da casa, apenas uma parte, toda destruída.
Levaram rapidamente o casal para o hospital mais próximo onde ficaram internados em estado grave.
Algum tempo depois aquele senhor menos atingido pelo fogo saiu da UTI e foi ao encontro de sua amada.
“O Homem não morre quando deixa de viver, mas sim quando deixa de amar...”
Charles Chaplin
- Mestre, como faço para não me aborrecer? Algumas pessoas falam demais, outras são ignorantes.
Algumas são indiferentes. Sinto ódio das que são mentirosas. Sofro com as que caluniam.
- Pois viva como as flores - advertiu o mestre.
- Como é viver como as flores? - perguntou o discípulo.
- Repare nestas flores - continuou o mestre, apontando lírios que cresciam no jardim.
- Elas nascem no esterco, entretanto, são puras e perfumadas. Extraem do adubo malcheiroso tudo
que lhes é útil e saudável, mas não permitem que o azedume da terra manche o frescor de suas pétalas. É
justo angustiar-se com as próprias culpas, mas não é sábio permitir que os vícios dos outros o importunem.
Os defeitos deles são deles e não seus. Se não são seus, não há razão para aborrecimento. Exercite, pois, a
virtude de rejeitar todo mal que vem de fora. Isso é viver como as flores.
autor desconhecido