PAGINA PARA CAPA DE

BETTA
 NOTA DO AUTOR
Muitos são os artigos e
reportagens sobre a criação do
Betta Splendens. Cada artigo nos
orienta de maneira diferente e às
vezes até nos confunde, levando-
nos a crer que tudo que sabíamos
sobre o Betta está errado.
Pensando sobre isso, resolvi
compilar várias reportagens sobre o
Betta, transcrevendo-as, para
conhecimento, análise e conclusões
pessoais, sobre qual a maneira mais
correta de se criar o Betta. Algumas
são reportagens escritas há mais de
20 anos, outras mais recentes e
algumas recentíssimas.
Com base nessas
reportagens, algumas estrangeiras,
outras que tomei conhecimento
pela internet,etc.... vou tentar
transcrever detalhadamente todo o
processo
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de criação, reprodução e engorda
desse peixinho que é um dos mais
lindos, complicado e
temperamental.
Estou na lida com o Betta
e o Lebiste, já há algumas décadas
e, acredito, que isso me credencia a
expor minha opinião e experiência
pessoal que tive com o Splendens.
Experiências boas e desagradáveis,
também. Boas quando tudo vai
bem, de acordo com o planejado,
você cumpre metas e previsões e
desagradáveis quando o danado do
Betta inventa de não cooperar com
você e faz tudo ao contrário, não se
acasala direito, come os filhotes, a
fêmea não desova, etc.... Nesses
anos todos, fazendo-se um balanço,
as experiências agradáveis foram
em maior quantidade do que as
desagradáveis, portanto é uma
experiência que vale a pena.
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 BETTA SPLENDENS
O peixe de briga
INTRODUÇÃO
Qual de nós, sejamos aquaristas
iniciantes, hobbystas, ou até mesmo curiosos,
ainda não viu, e em seguida se apaixonou por
um peixinho solitário, colorido e majestoso?
Ao perguntar o nome deste peixe, o lojista diz
ser ele o Betta, o peixe de briga.
Assustados com tal explicação, e meio
constrangidos com tanta violência que cerca o
cotidiano de todos nós, principalmente nas
grandes cidades, perguntamos: como é que é?
peixe de briga? como é possível? Tão
bonitinho! Sim, geralmente é assim que
começa o início do romance entre milhões de
pessoas de todo o mundo e este fantástico peixe
chamado de Betta, peixe de briga, lutador
tailandês, siamese fighting e outros.
Nossa vontade é que você saiba um pouco
mais sobre este lindo peixe ornamental, sua
história, origem, distribuição geográfica,
melhoramento genético decorrente da sua
migração, sua anatomia e fisiologia, sua
reprodução, patologia, criação em larga escala,
mercado no Brasil e no mundo,
etc....Entretanto, não temos objetivo de tornar a
sua leitura algo compatível a um curso
acadêmico, pois não se trata disso,
abordaremos aspectos principais que agradem
ao leitor iniciante, e acrescente ao aquarista
mais experiente alguma colaboração que possa
leva-lo a aprimorar seus conhecimentos.
ORIGEM
O Betta vem originariamente do Sudoeste
Asiático, mais precisamente da Tailândia,
Camboja e Vietnã. A sua comercialização se
tornou bastante difundida no princípio, pela
farta ocorrência e facilidade de sua captura em
charcos e pântanos daquela região, bem como
nas imensas área de cultivo do arroz. Essa
produção extrativista tinha como característica
uma baixa produtividade em decorrência da
existência dos predadores naturais, tais como
pássaros, cobras e peixes maiores. Nas ilhas
que compõem o arquipélago foram descritas
várias espécies para o gênero Betta, porém a
mais conhecida pelos aquaristas do mundo todo
é o Betta Splendens. Pertencem a este gênero:
Betta Bellica (1884), Betta Brederi (1935),
Betta Coccina (1979), Betta Fasciata (1850),
Betta Imbellis (1975), Betta Macrostoma
(1910),Betta Picta(1846), Betta Pugnax (1850),
Betta Smaragdima (1972), etc... A maioria
destas espécies são selvagens, umas pouco
atraentes, outras, porém, possuem um colorido
muito intenso, como é o caso do Imbellis e o
Smaragdina. As cores mais sólidas do Betta
Splendens somente foram conseguidas através
de melhoramentos genéticos, feitos por bons
aquaristas de vários continentes. Este gênero
pode variar tanto na sua anatomia quanto em
seu temperamento. O fato de algumas destas
espécies terem sido utilizadas para fim de
disputa, entre dois exemplares machos, revela
um dado cultural dos nativos daquela região, tal
qual acontece no Brasil com os galos de briga.
Bettas podem conviver pacificamente em
aquários comunitários, bastando se sentirem
seguros numa determinada região do aquário,
sendo que o mesmo já não acontece na
presença de outro macho da mesma espécie.
Quando dois machos são colocados juntos para
brigar, num mesmo aquário, inicia-se um
violento combate, onde sempre um acaba
machucado ou até morto. As nadadeiras dos
lutadores, após o combate, ficam destroçadas,
porém elas se regeneram em cerca de um mês.
Sabemos, no entanto, que apesar de execrável,
existem atualmente no Brasil tribos de
adolescentes que infelizmente cultuam a prática
de colocar dois machos para brigar, fato
comum em condomínios fechados
ANATOMIA
O esqueleto do peixe de briga pouco difere de
outros peixes ósseos, porém seu tipo de
respiração ocorre diferentemente das demais delgado em relação ao grande tamanho das
espécies, devendo, portanto, o leitor ficar nadadeiras, ao passo que os peixes
atento a esta particularidade, pois é isto que anabolizados possuem um corpo bem maior.
permite ao Betta ser um dos de maior O fascínio que esse peixe exerce é, também,
popularidade. O Betta possui a respiração causado pelas cores desse peixe; enquanto
branquial, normal a qualquer outro peixe, alguns apreciam Bettas multicoloridos, outros
porém acrescida de um outro tipo que é a buscam as cores puras, demonstrando assim
respiração por intermédio do labirinto. toda a habilidade e cuidado do criador:
O labirinto é o órgão que se localiza na
cabeça do peixe, próximo aos opérculos e que Vermelhos: vermelhos puros são aqueles que
atinge seu desenvolvimento após a segunda só apresentam unicamente esta cor por todo o
semana de vida do alevino. Na respiração pelo corpo e também nas nadadeiras.
labirinto, o peixe sobe à superfície da água à
procura do oxigênio; respira, sendo que neste
momento o ar é comprimido no labirinto
passando o oxigênio nele contido para a
corrente sangüínea. É importante saber que este
tipo de respiração através do labirinto não
possui um papel de respiração acessória
simplesmente, mas participa ativamente de
todo o metabolismo do peixe, sendo vital à sua
sobrevivência.
É comum aos criadores profissionais, que 181 . Betta vermelho
ao embalar milhares de peixes num mesmo dia,
ocorra de um ou outro saquinho plástico furar, Amarelos: são, também, unicolores, não
e o peixe morrer afogado, dentro da apresentando qualquer outra cor em seu corpo,
embalagem. senão o amarelo puro. É uma mutação.

180 - Detalhe do labirinto 182 - Betta amarelo

Negro: o negro é uma cor muito rara e também

ASPECTOS FENOTÍPICOS muito difícil de fixar em razão das fêmeas
serem pouco férteis, ou até mesmo estéreis. É
recessivo.
Bettas variam fenotípicamente em
cores, tipos de caudas, nadadeiras e o tamanho
do corpo.
A proporção de tamanho entre o corpo e a
cabeça do peixe depende principalmente da
quantidade de espaço que o criador oferece ao
peixe e, também, do tipo de alimentação 183 - Betta Negro
oferecida. Sabe-se que Bettas alimentados com
Artemia salina adquirem um corpo mais
Albino: dentre os milhares de peixes criados
por nós, somente um único exemplar macho foi
visto, apresentando cegueira. Totalmente
desprovido de cor, apresentando olhos
vermelhos, era estéril. É um gene recessivo. É
mutação.

186A - Camboja azul-ácido

Mármore: é um peixe bastante cobiçado por

apresentar seu corpo marmorizado, sempre
composto por pigmentação preta ou verde. Nas
nadadeira geralmente ocorre uma cor branca
leitosa. É uma cor de difícil fixação.
184 - Betta albino

Azul Aço: é um lindo exemplar, apresentando a

cabeça escura, tendendo ao preto, seu corpo e
nadadeiras possuem um azul metálico tendendo
ao acinzentado.

187 - Betta Mármore

185 - Betta azul aço - ok

Camboja:esse Betta possui o corpo com
coloração creme e as nadadeiras na cor
vermelha, azul ou verde. Apesar de possuir
duas cores, este é um peixe puro, sendo
também recessivo.
Butterfly: possui diversas variedades de cores
no corpo, porém como característica marcante,
as nadadeiras apresentam ausência de
pigmentação. É sem dúvida um desafio para os
criadores de todo o mundo conseguir o inverso,
isto é, pontas das nadadeira coloridas e a parte
mais próxima do corpo branca.

186 - Betta Camboja 188 - Betta Butterfly

Azul - tem o corpo todo azul e esta, com
certeza, é a cor mais comum, porém uma das
mais belas.
188A - Betta Azul
Roxo - variedade do azul
Tipos de caudas: os Bettas possuem quatro
tipos de caudas:
Cauda normal: é chamada de selvagem; possui
um formato mais para o redondo e oval. Após
intenso melhoramento genético, conseguiu-se
um padrão mais bonito, apresentando um
formato de gota.
189 - Cauda normal
Delta e véu: foi um desenvolvimento genético
conseguido somente há anos atrás, chegando ao
Brasil através dos importadores. Este tipo de
cauda apresenta uma grande abertura tal qual
um Lebiste tipo A. Hoje já está fixada nas
criações profissionais do Brasil.
190 - Cauda véu
190A - Cauda Delta
Dupla cauda: ocorre a divisão caudal em dois
lóbulos, podendo ser simétricos perfeitos ou
não. Este exemplar nada tem a ver com o
rompimento da nadadeira caudal, proveniente
de um acidente eventual. Ocorre nos machos e
nas fêmeas.
191 - Dupla Cauda
A ESCOLHA DE EXEMPLARES
É fundamental estabelecer a diferença entre
escolher um exemplar para fins unicamente
decorativo, para ornamentação, ou para iniciar
uma criação própria.
A escolha de exemplares para fins
decorativos é de caráter estritamente pessoal
dispensando maiores comentários.
Caso a escolha do Betta tenha como finalidade
dar partida a uma nova criação, ou até mesmo
ampliar a linhagem de um criador profissional,
ai o interesse é entrar em contato direto com o
provedor de matriz para ter certeza de fazer
uma boa compra.
O comprador poderá exigir o Certificado
de Pureza do Betta (CPB), economizando
assim anos de trabalho de melhoramento
genético, até que se alcance o grau de pureza
desejado.
Como ocorre na maioria das ciências
biológicas, novas descobertas a cada dia
surgem, e na aquariofilia não poderia ser
diferente. Sempre que um profissional através
de sucessivos cruzamentos obtiver uma nova
variedade fixada, cabe a ele o direito de
escolher um nome para esta nova mutação,
bastando para isso, comunicar-se com a
comunidade científica, que irá avaliar o
resultado do trabalho e publicar a foto do
exemplar no atlas e demais publicações do
gênero, juntamente com o nome escolhido pelo
criador.
FÁCIL DE CRIAR
Quem ouve falar que o Betta é
chamado de peixe de briga, logo pergunta: mas
ele briga mesmo? Em linha gerais podemos
dizer que sim. Os Bettas machos são
incrivelmente valente e agressivos, mas
somente com outros machos de sua espécie.
Para observar essa valentia na prática, existe
uma experiência interessante: coloque um
espelho próximo do vidro do aquário. O Betta,
vendo sua imagem refletida, vai ataca-la
constantemente.
Originário da Tailândia, este peixinho
pertence à família dos Anabantídeos ou
Labirintídeos. Como todos os membros dessa
família, o Betta possui uma característica muito
especial: ele retira o oxigênio que necessita
diretamente do ar, apesar de se utilizar,
também, das brânquias para respirar o oxigênio
da água, como a maioria dos outros peixes. Por
isso, ele pode viver muito bem em quaisquer
condições, desde águas paradas e sujas, sem
oxigênio, até aquários pequenos sem filtros ou
plantas. Para respirar, ele sobe constantemente
à superfície da água e o formato de sua boca,
voltada para cima, ajuda muito nessa tarefa.
SÓ OS MACHOS BRIGAM
Quando está pronto para a briga, o macho
levanta suas nadadeiras, fica com as guelras
mais salientes e investe então contra seu
oponente, abocanhando-o e chegando até a feri-
lo gravemente. Por isso, não se deve estimular
esse tipo de disputa porque, no final, um ou
mesmo os dois lutadores, podem acabar
morrendo. Essas brigas, no entanto, só
acontecem entre os machos.
192 - Dois machos prontos para o ataque
Você pode criar tranqüilamente várias fêmeas
em um aquário que dificilmente elas brigarão.
Mas, fora do período de acasalamento, os
machos atacam até as fêmeas e, por isso,
aconselhamos manter esse brigão longe delas
se não estiver pronto para cruzar. Apesar dessa
violência é possível a criação de Bettas com
outros tipos de peixes no mesmo aquário, isto
porque esse nosso valente amigo só gosta
mesmo de brigar com outros de sua espécie.
LUTAS DE ATÉ 6 HORAS
Existem ainda hoje, pessoas que
promovem brigas de galos, cães e outros
bichos, o que é lamentável. Os animais não
deveriam servir para outro fim que não a
companhia do homem. O beta também é
forçado a participar de tais disputas,
principalmente em seu país de origem, a
Tailândia. Desde 1840 já existem registros de
lutas entre esses peixes, realizadas naquele
país.
Nesses combates os peixes chegam a lutar até
por 6 horas seguidas, parando apenas para
respirar na superfície. Esse momento da luta é
sagrado e os competidores se respeitam
mutuamente. Felizmente os promotores dessas
brigas dificilmente deixam os peixes se
matarem. Quando observam que um deles está
mais cansado, retiram-no imediatamente,
declarando o outro o campeão.
O NINHO DE BOLHAS
O sucesso na procriação do Betta, em cativeiro,
é um pouco difícil de se conseguir, porque o
alimento dos filhotes (microorganismos
existentes em águas paradas) não são
encontrados facilmente na água do aquário. No
entanto, com um pouco de sorte, você talvez
consiga e os filhotes cresçam e se
desenvolvam. Primeiro, você deve possuir um
macho e uma fêmea. Para distingui-los, saiba
que o macho apresenta as nadadeiras caudais e
anais mais desenvolvidas que a fêmea. Além
disso, somente ele tem cor, que pode ser
vermelha, verde, azul, ou qualquer combinação
entre essas.
O aquário de trinta litros é o ideal para que o
acasalamento aconteça. Fora esse período de
“casamento”, você pode criar os Bettas em
aquários individuais de 1 litro, encontrados nas
lojas do ramo. Nesses aquários, sem pedras ou
plantas, você deve colocar somente um Betta.
Se dois deles ocuparem o mesmo lugar, você já
sabe, é briga na certa. Como o Betta não
precisa de muito oxigênio, o filtro, plantas e
equipamentos de oxigenação da água são
dispensáveis. No aquário de procriação
(30litros) você deve colocar água a uma altura
de 10 cms. Isso é muito importante porque os
filhotes, ao nascerem, podem ir para o fundo do
aquário e, havendo muita água eles terão
dificuldade em subir à tona para respirar, além
da pressão que poderá mata-los.
Preparado o aquário você deve colocar o
macho em primeiro lugar. É ele que vai
construir o ninho de bolhas de ar misturada
com sua saliva. Ele coloca as bolhas na
superfície, uma ao lado da outra formando um
ninho de aproximadamente 5 a 10 cms. de
comprimento, por 2 cms. de altura. Quando o
ninho no aquário estiver pronto, você pode
colocar a fêmea no aquário, desde que ela
esteja com o ventre cheio de ovos (mais
gordinha). Somente assim ela estará pronta
para cruzar. Se a fêmea não estiver pronta, não
coloque junto do macho porque ele, com
certeza, vai querer ataca-la. Durante o
cruzamento o macho rodeia o corpo da fêmea,
comprimindo seu ventre. À medida que os ovos
vão sendo expelidos ele os fecunda e os leva
até o ninho de bolhas. Terminada a desova
você deve retirar a fêmea imediatamente para
que o macho não a ataque. Após a retirada da
fêmea, o macho fica como que de sentinela
observando para que nenhum dos ovos se
desprenda (os ovos são mais denso do que a
água e se caírem do ninho vão ao fundo). Nesse
período o papai Betta fica tão atento com os
futuros filhotes, que até deixa de comer. Eles
começarão a nascer de 24 a 48 horas, após a
postura dos ovos.
OS FILHOTES SÃO MINÚSCULOS
Após o nascimento o macho ainda ficará
vigiando para que nenhum filhote vá até o
fundo do aquário. Se isto acontecer ele os
levará à tona para que possam respirar
facilmente. Durante esse período de vigilância
o macho fica o tempo todo em posição
inclinada, com a boca voltada para cima.
Quando ele começar a ficar novamente na
horizontal e não mais se preocupar em cuidar
dos filhotes, chegou a hora de retira-lo. Isso vai
acontecer aproximadamente em 3 a 5 dias
após o nascimento dos peixinhos. Como eles
são de tamanho minúsculo, só conseguem se
alimentar de um conjunto de microorganismos
chamado infusório. O infusório é difícil de se
encontrar no aquário, existindo apenas em
águas de lagoa. Por isso, nas primeiras quatro
semanas de vida dos betinhas, você deverá
preparar esse infusório em casa. Para tanto
recolha 1 ou 2 litros de água de lagoa e um
pouco de capim gordura. Bata tudo isso no
liqüidificador e coloque em uma vasilha por 15
dias, aproximadamente. Você deve deixar que a
luz solar bata indiretamente nessa vasilha.
Após esses 15 dias o infusório já deve ter se
formado. Coloque então algumas gotas dessa
água da vasilha no aquário, 4 ou 5 vezes por
dia. Você pode perceber a presença do
infusório no aquário, pelo aparecimento de um
poeira que fica em suspensão na água. Não
coloque muitas gotas na água porque a
presença em excesso dos microorganismos
pode causar a fermentação . Após os 15 dias é
provável também, que a mistura da água e
capim apodreça, exalando mau cheiro. Se isto
acontecer não a coloque mais no aquário. Após
um mês de idade os filhotes já poderão comer
alimentos maiores, como o microvermes
(alimento encontrado em lojas especializadas).
O Betta atinge a idade adulta aos 3 meses de
idade e se alimenta de Tubifex (alimento vivo)
ou de artemia salina, ambos encontrados nas
lojas. Você pode também dar raspas de fígado.
A temperatura ideal da água é de 21 a 28 graus
e o tempo médio de vida de um Betta é de 2
anos.
A REPRODUÇÃO
Para começarmos a falar de reprodução de
Betta, é preciso deixar bem claro que sendo ele
um peixe de fácil manutenção, não o faz,
necessariamente, um peixe de fácil procriação
São inúmeras as pessoas que se queixam sobre
a grande dificuldade em reproduzi-los.
Pessoas que se decepcionam ao verem ninhadas
enormes, de mais de 300 alevinos, morrerem de
um dia para o outro, sem explicação aparente.
O aquário para a reprodução do Betta
deve ser todo de vidro, sem cascalho, sem filtro
biológico ou qualquer outro ornamento. O
motivo é que os ovos de Betta são mais densos
que a água, e quando eles se desprendem do
ninho vão ao fundo; caso o fundo do aquário
tenha cascalho os ovos se perderão.
O tamanho do aquário pode variar em função
do espaço disponível de cada um, mas para o
acasalamento e desova, quanto menor, melhor
poderá ser manejado. O mais recomendado e
usado é um aquário para 10 litros
aproximadamente ( 35 x 15 x 20 ).
Os equipamentos necessários são: uma calha
para iluminação com lâmpada de 25 W; um
termômetro para controle da temperatura; um
aquecedor com termostato para manter a
temperatura ideal; uma tampa para o aquário,
de maneira que a temperatura interna se
mantenha; um tufo de plantas soltas, dessas
que não requerem fixação, tais como a
Cabomba e Elódea.
O aquário deverá ser montado em um
lugar tranqüilo, sem muito trânsito de pessoas,
a água deverá estar em torno de 27 graus
Celsius e o pH próximo do neutro.
Estando pronto o aquário, é hora de
colocar o macho e em seguida a fêmea, só que
ela deve estar isolada em banho-maria, a fim de
se evitar a agressividade do macho para com
ela. Pode ser utilizado um pote de vidro (para
usados em conservas), bem limpos para deixar
a fêmea à vista do macho. A altura da água
deve ser baixa ( 10 a 15 cm), para que o pote
não flutue, impedindo a fêmea de sair.
O macho imediatamente abrirá as nadadeiras se
mostrando para a fêmea, rodeando o pote e
tentando uns ataques contra ela. Esse cortejo se
prosseguirá ao longo do dia, e aos poucos o
macho começará a construir um ninho de
bolhas pequeninas num canto do aquário, junto
às plantas. A fêmea apta à desova, deverá estar
“redonda” com o ventre cheio de ovos, uma
coloração forte, com algumas barras verticais
no corpo e o ovopositor apresentar um ponto
branco em sua extremidade.
A fêmea só deve ser solta quando o ninho
estiver grande, caso contrário se o macho não
demonstrar interesse na fêmea ou em construir
um ninho, este deve ser substituído
imediatamente. O prazo normal para a
construção do ninho é de aproximadamente um
dia. Normalmente a fêmea deve ser solta na
manhã seguinte, após 24/36 horas.
Para se ter uma idéia do que seria um
bom ninho, ele deve ter no mínimo 10 cm de
diâmetro. Existem machos que são bons
reprodutores mas que constróem ninhos
pequenos; outros que constróem belos ninhos
mas são tão agressivos que matam suas
parceiras antes da desova. É necessário que aos
poucos você conheça bem as características do
macho, acompanhando de perto os rituais de
cada desova. Aqueles que são muito violentos,
constróem ninhos minúsculos, comem seus
ovos ou os alevinos, estes devem ser
descartados do plantel de machos reprodutores.
Depois que soltamos a fêmea ela poderá
apanhar um pouco do macho, até que o
acasalamento aconteça. O macho deve aceitar a
fêmea e ela deve se dirigir para debaixo do
ninho em direção do ventre do macho. Nessa
hora o macho abraçará a fêmea com o seu
corpo em “U”, pressionando seu corpo num
ato trêmulo e singular. Após alguns abraços a
fêmea começará a soltar pequenos óvulos que
são fecundados no mesmo abraço pelo macho,
que em seguida os recolhe do fundo com a
boca e os coloca um a um em cada bolha do
ninho. Esse ritual se repete por várias horas e o
número de ovos pode variar de 100 a 600,
dependendo da idade e tamanho da fêmea.
Após o término do acasalamento o macho
perde o interesse pela fêmea, expulsando-a das
proximidades do ninho, para que não seja
danificado.
O macho cuidará, consertando e recolocando
algum ovo que se desprenda do ninho. O
mesmo cuidado continuará e ao final de 36
horas os alevinos começam a sair do ovo e cair
no fundo do aquário. O macho se encarregará
de todos os cuidados com os alevinos até que
eles estejam aptos a nadar e procurar seu
alimento sozinhos. Neste período de
aproximadamente três dias os alevinos se
alimentarão exclusivamente do saco vitelino e
ficarão pendurados numa posição vertical, no
ninho ou na parede do aquário, ou mesmo nas
plantas, se houver.
No momento que os alevinos tomam a
posição horizontal, é hora de retirar o macho,
caso contrário ele poderá devorar toda a prole.
Uma pedra porosa ligada fracamente deve ser
colocada para oxigenar a água, já que os
alevinos não nascem com o labirinto formado.
Alguns criadores defendem a idéia de se
alimentar os alevinos inicialmente com
infusórios, mas após vários estudos ficou
comprovado que ninhadas alimentadas somente
com náuplios de artemia obtinham um
resultado de mais de 90% de sobrevivência e
desenvolvimento normal até a fase adulta. Isso
foi adotado praticamente pela maioria dos
criadores, pois aqueles alevinos menores que
necessitariam de infusórios morreriam já na
primeira semana. Se fossem salvos seriam
aqueles filhotes que demorariam mais a
crescer, seriam menores e dificilmente se
tornariam grandes exemplares no futuro.
Os náuplios de artemia devem ser dados à
ninhada três vezes ao dia e em todos os cantos
do aquário, pois os alevinos de Bettas são
vagarosos e não correm atrás do seu alimento
como por exemplo um alevino de Lebiste que
já nasce com velocidade e esperteza.
O desenvolvimento é rápido e ao longo de 10
dias o seu tamanho dobra e no decorrer do
primeiro mês a ninhada pode ser transferida
para um aquário maior, ou simplesmente
dividida em vários outros aquários para
aumentar o espaço não prejudicando o
crescimento dos filhotes.
É preciso tomar cuidado nos primeiros 20 dias,
estágio crítico, onde os filhotes começam a
formar o labirinto e iniciar a sua respiração
aérea. O aquário deve sempre estar bem
tampado pois uma pequena tomada de ar frio
poderá ser fatal aos alevinos que estão
respirando o ar pela primeira vez.
Ao final de dois meses os menores podem
ser separados dos maiores e a alimentação pode
ser alternada para uma ração granulada, fina
ou qualquer alimento seja ele vivo ou não, que
caiba em sua boca.
Com três meses de idade os pequenos machos
podem ser identificados pela sua forte
coloração, corpo mais delgado e demonstrando
já pequena agressividade com seus irmãos.
Nessa hora eles podem ser colocados em potes
de vidro e alimentados separadamente. Se
tomadas as exigências de uma boa dieta e boas
condições de higiene com trocas regulares de
água, rapidamente você terá uma enorme
quantidade de jovens machos vermelhos ou
azuis, nos passando uma sensação gratificante
após tanto esforço e trabalho.
Uma seleção ao final de cinco meses deve ser
feita para garantir as melhores matrizes no
futuro.
O dH e o pH
SUA IMPORTÂNCIA NA REPRODUÇÃO
DO BETTA
Uma das propriedades químicas de maior
importância na reprodução, principalmente na
fecundação e eclosão dos ovos dos Bettas, é
sem dúvida a dureza da água (dH).
A dureza da água é a maior ou menor eclodidos e a maior quantidade de alevinos
quantidade de sais de cálcio ou de magnésio sobreviventes.
nela diluídos. Quanto menor a concentração de Aqueles que acrditam que a dureza da
sais, mais mole será a água; quanto maior, mais água é algo de menor importância devem saber
dura. que estão tendo prejuízos, pois se utilizarem a
A dureza é medida em graus. No Brasil água com o grau certo de dureza, irão
foi adotada como medição padrão, a dureza conseguir ninhadas mais numerosas, fortes e
alemã (dH), que é usada em uma escala de zero com o mínimo de perda.
a trinta: Para corrigir e baixar o dH, existe à venda um
pó dourado (resina sintética), que deve ser
Valores Classificação acondicionado em filtro externo ou interno
0 a 4dH muito mole entre duas camadas de lã perlon que, aos
5 a 8dH mole poucos, vai baixando o dH, deixando a água
9 a 12dH meio dura mole. Como podemos concluir, o grau de
13 a 18dH dura dureza é fundamental na procriação do Betta,
19 a 30dH muito dura bem como de outros peixes.

Para medir a dureza da água, existem kits de

medição já fabricados no Brasil. Embora sejam ===============================
um pouco difíceis de serem encontrados,
mesmo nas melhores casas do ramo.
Na Europa e Estados Unidos e em outros
lugares do mundo, criadores profissionais e
amadores já aceitaram, há muito tempo, que o
dH correto na reprodução pode ser mais
importante que o pH.
No Brasil ainda estamos engatinhando na arte
de produzir peixes e a maioria dos criadores
ignora este fato tão importante. Por outro lado,
a desinformação e a dificuldade em encontrar o
kit de medição da dureza faz com que muitos
criadores, novos e velhos, acabem por esquecer
o que aprenderam nos livros e esquecem a
medição da dureza.
Quanto ao pH, sabemos que ele pode
variar um pouco, com grande margem de
tolerância, tanto por parte dos adultos como dos
jovens e recém nascidos.
Na maioria dos livros sobre a criação do Betta,
vemos citações e recomendações sobre o pH,
mas sobre o dH não há citação alguma. Estudos
mais detalhados e publicações mais elaboradas,
afirmam que o dH ideal para a reprodução do
Betta é 3 dH.
Em experimentos realizados, em dH
inferior a 3, poucos ovos eclodiram; acima de
5/9 dH, ao final de uma semana, poucos
alevinos sobraram; com o dH em 3 (água
mole), houve o maior número de ovos
 BETTAS NEGROS
OS ANJOS NEGROS NO
MUNDO DOS BETTAS
É bastante comum entre criadores de
Betta, acharem que já sabem tudo sobre a
genética e as variedades de cores estabelecidas
em padrões previsíveis.
Os Bettas negros já existem há muitos
anos, mas somente em 1930 eles apareceram no
mercado e só em 1960 foram estudados de
maneira minuciosa. Eles não eram totalmente
negros, como uma Molinésia preta, mas
portadores da cor negra. Segundo estudos de
criadores americanos, eles acham que existem
5 fatores curiosos e intrincados sobre o Betta
negro, que ainda precisam ser esclarecidos na
sua totalidade:
193 - Betta Negro
1)-as listras, manchas e outros caracteres
pretos, que são vistos em Bettas de outras
cores, também podem ser notados nos Bettas
negros.
2)-os Bettas vermelhos tem células de
pigmento vermelho que parecem exatamente
como melanófaros.
3)-extrações de pigmentos, como o hidróxido
de amônia, revelam consideráveis quantidade
do pigmento “pterina” em ambos, vermelhos e
negros;
4)quando se examina os Bettas negros,
minuciosamente, eles parecem ser negros, onde
outros são vermelhos;
5)-bastante perceptível é que se pode notar,
frequentemente, Butterfly do pigmento perto da
extremidade das nadadeiras ou pontas brancas.
A conclusão que se pode tirar disso tudo,
é que negros e vermelhos são duas versões de
um mesmo pigmento. Que seria outra coisa em
vez de melanina? Se isso tudo for verídico, é
perfeitamente possível que os negros não sejam
totalmente melânicos. Poderá até existir uma
pterina vermelha e uma pterina preta, ou
tenhamos uma melanina preta e outra
vermelha.
Como essas duvidas ainda não estão
totalmente esclarecidas, teremos que aguardar
uma posição categórica dos estudiosos.
Enquanto isso, os cruzamentos continuam
sendo feitos, envolvendo machos pretos e
fêmeas vermelhas. A previsão era que o
vermelho imprimisse mais tons marrons aos
negros. Até pode ser, mas também pode não
ser. Pode ser uma maneira de acentuar o
pigmento comum, se é que é comum, tornando-
o mais intenso. O resultado de tais
acasalamentos, produziram Bettas
avermelhados com bastante quantidade de
cores metálicas e multicoloridos. Entretanto,
surgiram negros na segunda geração.
Os estudiosos sugerem outros cruzamentos,
para minimizar a cor metálica, como o
cruzamento com amarelos. As fêmeas de
linhagem negra são sempre cobertas de cor
irisdescente, por isso que o cruzamento com
fêmeas amarelas e vermelhas é recomendado.
O Betta negro, intitulado de melânico, é a
linhagem real negra. Geneticamente é uma
simples mutação de genes. Acasalamentos com
não melânicos, produzem alevinos normais e
na segunda geração produzem 25% de
melânicos puros, o que prova ser recessivo o
gene da cor negra.
Os machos melânicos são perfeitos para
reprodução (não se tornam estéreis), desde que
as fêmeas usadas sejam normais ou híbridas.
Podemos identificar as combinações
necessárias de caracteres, cores, tais como
aumento de profundidade, distribuição e
densidade do negro e a eliminação de tudo que
se misture ao negro, como o vermelho,
amarelo, verde e azul.
Se conseguíssemos reduzir as irisdescências e
obter negros na primeira geração, teremos dado
um salto grande. Nesse ponto a quantidade de
Bettas criados seria muito maior e a seleção de
matrizes reprodutoras seria mais rigorosa,
escolhendo-se os melhores.
Eu nunca vi, pessoalmente, um Betta
inteiramente negro. Tomei conhecimento do
negro através de revistas japonesas. A beleza
de um Betta puro, nas cores que conhecemos,
como o vermelho, o azul, o verde é fantástico,
imagina o que deve ser um Betta puro negro?!
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 UMA VISÃO EMPRESARIAL
Na criação de peixes de corte a engorda de
alevinos é uma prática muito comum. Todavia,
na criação de peixes ornamentais esta prática é
um tanto nova, principalmente para nós
brasileiros.
Antes de entrarmos no aspecto reprodutivo do
Betta é importante deixar claro, que produção
de Bettas em alta escala é coisa para
profissional. Acontece que, mesmo tendo
dominado toda a técnica, obedecendo sempre
os três fundamentos básicos da aquariofilia,
que são: o monitoramento da qualidade da
água, a alimentação e a higiene, você pode ser
surpreendido.
Piscicultura ornamental não pode ser
deixada nas mãos de gerentes, encarregados ou
seja lá quem for, sem você estar preparado para
administrar prejuízos. Estamos falando dessa
forma, não para desencorajar quem quer
experimentar reproduzir o Betta, o que é
relativamente fácil. Toda a dificuldade este em
administrar uma criação do princípio, meio e
fim. É fundamental ter muita persistência e
muito amor.
TIPOS DE CRIAÇÃO
Vários modelos de criação de Bettas foram
testados em todo o mundo, e não existe
necessariamente uma forma única para se
apresentar.
É necessário antes de iniciar uma grande
criação, um prévio estudo do local, tipo de
solo, temperatura média anual, existência de
fontes confiáveis de água e energia elétrica,
potencial biológico aproveitável, predadores,
tipo de recurso humano disponível e,
finalmente, a distância entre o polo produtor e
o consumidor.
Analisar com critério adequado cada item
é fundamental para o sucesso do
empreendimento. A fase de implantação de
uma piscicultura de grande porte costuma levar
de três a cinco anos. Chegar ao final desta etapa
e verificar que houve erro na escolha do local
pode ser desastroso. Muitas vezes acaba o
piscicultor, nesta fase, fazendo tarefas
pertinentes a engenheiro civil, hidráulico,
elétrico, geólogo, etc...
Isso ocorre na maioria das vezes por falta de
um dimensionamento inicial feito
corretamente.
A maior parte das criações no Brasil, tem
caráter individual ou até mesmo familiar, são
feitas em fundo de quintal e quando a pessoa
percebe tem peixes por aqui, por ali, e por toda
parte.
MODELO ASIÁTICO
Este parece ser muito interessante, pelo visto é
o que apresentou melhores resultados até agora.
Consiste no sistema de parceria e cooperativa.
Existe uma grande produção de alevinos, feita
em laboratórios especializados. Estes alevinos
são entregues aos cooperados, geralmente
famílias de camponeses, que acabam de criar os
peixes que então serão comprados pelo
laboratório, o qual se encarrega de os
classificar e preparar para exportação,
principalmente para os Estados Unidos
MODELO DESENVOLVIDO
PELA AQUA-RIO
Como existe uma significativa diferença entre o
custo brasileiro e o asiático, pegamos somente
o interessante do modelo asiático e adaptamos
à nossa realidade.
Como nem sempre é economicamente viável
manter uma estufa aquecida, adquirir cistos de
artemia salina, fazer eclosões diárias, alimentar
os alevinos de Betta várias vezes ao dia, etc...
hoje você tem mais uma opção: poderá
comprar os alevinos, leva-los para casa e
acabar de cria-los até o ponto de venda.
Essa forma de criação há muito tempo já é
explorada comercialmente em outros
segmentos da aquicultura, como na criação de
camarões, peixes de corte, etc... Cada um se
especializa numa função com melhores chances
de sucesso para ambos. A grande diferença é
que esta modalidade está disponível pela
primeira vez entre uma empresa e um
particular. O modelo é simples pois permite
que o particular leve os alevinos para casa,
acabe de criar os peixes e posteriormente venda
os peixes para quem pagar melhor. Muitas
vezes o morador de uma cidade média pode
obter um ótimo preço na sua própria região ,
encontrando assim o seu nicho de mercado.
Hoje ocorre no Brasil uma grande
importação de Bettas, devido à produção
nacional ser menor que o consumo. Estima-se
um total de dez mil peixes importados todos os
meses.
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 HISTÓRICO/ORIGEM DO
BETTA
O Betta Splendens tem muitos nomes
populares, espalhados pelo mundo. No Brasil é
conhecido como beta e peixe de briga, em
outros países tem a alcunha de combatente,
siamês, pez luchador, Siamese fighting, etc...
O nome científico é Betta Splendens
e teve sua classificação em 1910, por C.T.
Regan. Foi sugerido esse nome (Betta), porque
na região do Sião, hoje a Tailândia, local de sua
origem, vivia uma tribo muito guerreira
denominada Ikan Bettah, que tinha o
comportamento agressivo, parecido com o do
beta.
O beta vive em charcos, arrozais e
águas pobre de oxigênio; pode chegar a 8 cm
de comprimento, tem a boca voltada para cima,
o que facilita apanhar pequenos insetos na
superfície da água. Vive em torno de 2 a 3 anos
(já tive beta que viveu 46 meses) e com 6
meses de idade já são adultos e estão aptos a
procriar.
O macho se diferencia da fêmea por
apresentar nadadeiras maiores, o corpo é mais
colorido e maior do que a fêmea; as cores
podem ser o azul, vermelho, verde e mesclas
dessas cores. As fêmeas apresentam uma faixa
transversal no corpo, é menor do que o macho.
Podem ser coloridas, também.
A temperatura para se manter o beta
pode variar de 22 a 30 graus Celsius e o beta,
como os demais peixes, é um animal
pecilotérmico, isto é, tem o sangue frio. É
sempre bom lembrar que quanto mais alta a
temperatura, mais rápido é o desenvolvimento
e, também, o apetite, comendo mais. O pH da
água pode sofrer uma pequena variação de 6,8
a 7,2 e gosta de água velha, descansada e sem
movimento. A dureza da água (dH) varia de 6 a
8. A alimentação pode ser ração
industrializada, granulada, mas o beta prefere
alimentos vivos, tais como a artemia salina,
Tubifex, drosófilas. Os betas aceitam muito
bem artemia salina congelada, coração de boi,
fígado de boi em pequenos pedaços, etc... Duas
refeições diárias ao beta são suficientes para
mante-lo saudável e bonito.
Em aquários comunitários o beta não se adapta
muito bem, não que isso seja motivo para não
coloca-lo em aquários comunitários, mas é
recomendável que não se faça, pois ele
procurará um canto do aquário e passará a
maior parte do tempo escondido e parado. Por
outro lado, as fêmeas se dão muito bem em
aquários comunitários, tanto com sua espécie
como com outras espécies. Em aquários
comunitários de fêmeas de betas, no momento
que você as junta, elas provocarão umas às
outras, até desferindo algumas “mordidas” em
alguma mais desavisada, mas tudo não passa de
provocação e logo em seguida estarão todas
bem e “amigas”.
ANATOMIA E COMPORTAMENTO
O beta doméstico é bem diferente do
beta selvagem, encontrado nos charcos da
Tailândia. Para se chegar no beta doméstico
foram necessários vários cruzamentos e longos
anos de tentativas. O beta apresenta
externamente os olhos, boca, ânus, nadadeiras
dorsal, caudal e ventrais (ou pélvicas),
brânquias e opérculo.
Na presença de outro macho ele abre
todas as nadadeiras, como forma de intimidar o
inimigo, apresentando-se, aos olhos do
oponente, em tamanho maior do que o natural.
Coloque cartolinas entre os pequenos aquários
de betas, de modo que um não possa ver o
outro. Se eles ficarem se olhando o dia todo,
ficam estressados não se alimentando
corretamente. Mas é saudável que um veja o
outro por alguns minutos durante o dia, para
“despertar” a agressividade, melhorando, com
isso, o interesse por fêmeas e, também, para
avivar as cores.
Os betas pertencem à família dos Anabantídeos
e são parentes do Tricogaster, colisas, peixe-
do-paraíso e beijadores. A característica
princial dessa família, é apresentar um órgão
denominado de labirinto, que os auxilia na
respiração, retirando diretamente do ar o
oxigênio necessário para sua sobrevivência.
Essa respiração acessória é que lhe
proporciona a condição necessária para viver
em águas pobres em oxigênio, conseguindo
sobreviver em águas lamacentas onde outro
peixe sucumbiria. Além desse tipo de
respiração e beta também respira normalmente
como outro peixe qualquer, ou seja, através da
respiração branquial.
Na respiração pelo labirinto o peixe
sobe à tona e apanha uma pequena bolha de ar.
Essa bolha de ar vai para o labirinto, que é um
órgão formado por um conjunto de vasos
capilares onde o sangue flui intimamente
próximo ao ar, efetuando a troca gasosa. Na
respiração branquial o peixe engole uma
golfada d'água rica em oxigênio. Essa água
passa pelas brânquias, retendo o oxigênio e
devolvendo à água o gás carbônico com a água
e, também, anidrido.
194 - detalhes do labirinto
A respiração branquial e a respiração através
do labirinto, estão intimamente ligadas, não
podendo ser independente uma da outra. Já
ocorreu caso de beta morrer afogado por não
conseguir subir à tona para respirar.
O órgão labirinto só se forma no beta,
entre a segunda e terceira semana de vida e o
sucesso do desenvolvimento dos alevinos está
diretamente relacionado com os cuidados que
se deve tomar nessa fase de desenvolvimento.
Por isso é que é muito importante manter o
aquário aquecido, tampado e o ar úmido, para
o betinha , ao tomar a primeira golfada de ar,
não sofra um choque térmico e morra.
Os betas se apresentam nas cores
verde (pura), azul (pura), azul marinho
(híbrido), Branco (mutação), vermelho (pura),
Preto (melânico) normalmente compostos por
uma base azul e a extremidade do corpo preta.
Não existe o beta inteiramente negro. Pode
apresentar ainda o laranja, violeta, amarelo, que
são híbridos; albino (mutação) de olhos
vermelhos; celofane (característica de albino
com olhos negros); camboja (ausência de
pigmentação escura no corpo) podendo ser
corpo creme e nadadeiras vermelhas, azuis ou
verdes; mármore, apresenta corpo e nadadeiras
branco-leitosa com pigmentos negros e
manchas definidas.
Cruzamentos que podemos realizar com o beta,
cujo resultado podemos prever:
-Mármore X mármore = celofane ou
camboja negro.
-Azul-aço X azul-aço = azul esverdeado ou
azul real.
-Azul metálico X verde = azul metálico
-Verde x verde = todos verdes
-Verde X azul = 50% verdes e 50% azuis
-Azul x azul = 25% azul metálico, 50% azuis e
25% verdes
-azul x azul metálico = azul metálico.
Quanto ao tipo de caudas o beta pode
apresentar a cauda redonda, normal ou em
gota, cauda véu delta, dupla cauda e
nadadeiras em pente. Às vezes pode acontecer
das nadadeiras dos betas fecham e eles tem
dificuldade em abri-las; isso acontece quando a
água está muito ácida. É importante manter
esse tipo de observação.
Existem três tamanhos normais de betas. Os
pequenos que atingem até 4 cm de
comprimento, os médios com 6 cm. e os
grandes que pode atingir até 8 a 9 cm. Os
grandes não são muito bons para reproduzir,
além de não construírem ninhos sólidos.
REPRODUÇÃO
Betta Splendens é um peixe ovíparo, a fêmea
solta os ovos na água e o macho os fecunda,
acontecendo o desenvolvimento do ovo
externamente. Cada óvulo é fertilizado por um
único espermatozóide e o seu desenvolvimento
é bastante rápido. Em aproximadamente 18
horas já estão formadas a cabeça e o saco
vitelino do embrião. Quando o ovo eclode, 24
horas aproximadamente, os alevinos tem como
fonte de alimentos única e exclusivamente o
saco vitelino, que os impede de nadar com
desenvoltura. À medida que as reservas do saco
vitelino vão se acabando o alevino consegue
nadar melhor.
195 - Fêmea de Betta. Note as listras
transversais
O acasalamento e reprodução são
tarefas relativamente fáceis e vamos descrevê-
las, passo a passo, para que todos possam
entender corretamente todas as fases do
acasalamento, reprodução e cuidados com os
alevinos:
1-O ambiente - O tamanho do aquário vai
variar em função do tempo que os alevinos
ficarão no mesmo aquário. Vamos supor que os
filhotes permanecerão no mesmo aquário por
um período de 60 dias. Em um aquário
medindo 50 x 30 x 30, com tampa, coloque
aproximadamente 10 cm de água. Instale um
termostato com aquecedor e uma lâmpada de
15 watts, pendurada sobre o aquário, de
maneira que ela possa ficar acesa 24 h por dia,
durante uns 10 dias, para facilitar o trabalho do
macho ao cuidar do ninho. Coloque no aquário
algumas poucas plantas soltas, que não exijam
fixação, tais como a Cabomba ou Elódea. Para
evitar fungos no aquário, pingue um fungicida,
seguindo a orientação do fabricante, à venda
nas lojas. Coloque o aquário em um canto
sossegado, onde não haja muito trânsito de
pessoas, para que os peixes não se assustem.
Cumpridas essas etapas, solte o macho que
você deseja acasalar.
2. O casal - Alguns autores orientam para que
se coloque a fêmea em um vidro, desses de
conserva, e se coloque o vidro dentro do
aquário (em banho maria). Eu não recomendo
que se faça isso, porque quando você retirar o
vidro o volume da água do aquário diminuirá
bruscamente e danificará o ninho de bolhas
feito pelo macho. Já tive fêmeas rejeitadas pelo
macho, justamente por causa desse pequeno
detalhe. Para contornar esse problema, fiz um
“L” de vidro, com 15 x 10 cm., que coloco no
canto do aquário, como se fosse um
chiqueirinho para a fêmea. Como o “L” tem
duas faces, encostando num canto do aquário,
aproveito as outras duas faces do aquário e faço
um quadrado, onde coloco a fêmea para que o
macho possa ficar em contato visual com ela.
Esse procedimento é importante, pois se você
soltar diretamente a fêmea no aquário, junto
com o macho, ele poderá estranha-la e ataca-la.
Quando o macho e a fêmea estiverem prontos
para serem juntados, é só erguer o “L” de
dentro do aquário e a fêmea estará solta, sem
alterar o volume de água do aquário não
danificando o ninho.
3.O ninho - O macho fará o ninho de bolhas,
que varia no tamanho, tendo em media 8 cm de
diâmetro e 5 a 6 camadas de bolhas,
constituídas de ar e saliva do peixe. A
construção do ninho pode demorar até um dia.
Durante a construção o macho está no seu
resplendor, com as cores vivas, as nadadeiras
abertas e se torna mais ativo; com freqüência
se aproxima da fêmea, que está presa em seu
cubículo, para corteja-la, abrindo os opérculos
e efetuando um bailado diante dela. Quando o
ninho estiver pronto é hora de soltar a fêmea.
Quando a fêmea está pronta para o
acasalamento, apresenta de 3 a 5 listras
verticais em seu corpo; a listra transversal,
horizontal, desaparece dando lugar às listras
verticais.
Solta a fêmea, o macho a forçará ir para
debaixo do ninho. Alguns machos se utilizam
da violência para conduzir a fêmea para o
ninho. Por alguns momentos o macho ficará um
pouco agressivo, mas imediatamente muda
seu comportamento empurrando a fêmea para o
ninho.
196 - Macho preparando o ninho de bolhas
196A - Macho preparando o ninho
4.O acasalamento - O acasalamento poderá
demorar até 24 h, no máximo, após se soltar a
fêmea. Com a fêmea debaixo do ninho, o
macho a abraçará, dobrando seu corpo em
forma de “U” e envolvendo o abdômen da
fêmea. Nos primeiros abraços o número de
ovos será pequeno e à medida que os abraços
vão se prolongando a quantidade de ovos
também aumenta. O macho dará um total de 8
a 10 abraços na fêmea e poderá demorar até
uma hora nessa tarefa; os ovos são de cor
branco amarelado e variam no total entre 300 a
1000.
197 - Macho "abraçando" a fêmea.
À medida que a fêmea vai soltando os ovos.,
eles vão diretamente para o fundo, pois são
mais densos que a água; conforme vão ao
fundo o macho os apanha e leva para o ninho,
tarefa que extenua o vigor físico do macho,
pois são incontáveis viagens até o fundo do
aquário, para apanhar ovos e os levar para o
ninho. Por isso que é importante manter a
lâmina d'água em nível mínimo possível. A
fêmea auxilia na tarefa de conduzir os ovos até
o ninho.
198 - Fêmea começando a desova.
199 - Fêmea "soltando" ovos em maior
quantidade
5.O nascimento - Terminada a desova, retire
imediatamente a fêmea, pois o macho poderá
feri-la com sua agressividade, porque o seu
interesse, doravante, será única e
exclusivamente o ninho, os ovos e os alevinos.
O macho não se alimentará até o quarto ou
quinto dia após os alevinos nascerem.
A eclosão dos ovos ocorrerá entre 24 e 48 h
após a desova, dependendo da temperatura da
água. Com o nascimento dos alevinos, o ninho
ficará com uma cor mais escura, acinzentado;
as pequenas larvinhas permanecerão no ninho,
na posição vertical (pendurados), durante 3 a 4
dias, absorvendo o saco vitelino, única fonte de
alimento nessa fase.
O macho ficará em vigília, cuidando das
larvinhas, apanhando-as no fundo do aquário,
nos vidros, ou em qualquer outro lugar que
estejam, reconduzindo-as ao refúgio do ninho.
Após esse período de 3 a 4 dias, o macho vai
perdendo o interesse pelos alevinos; estes
deverão estar nadando com desenvoltura e na
posição horizontal; é hora, então, de retirar o
macho. Se o macho permanecer por mais
tempo junto com os alevinos, ele poderá
devora-los a todos, portanto, é necessário
efetuar essa observação diária.
Quando retirar o macho, deixe ligada uma
pedra porosa, bem fraquinha, apenas para
quebrar a película de gordura no espelho
d'água; é importante para que os betinhas
possam dar a primeira respirada.
À medida que os alevinos vão crescendo, vá
acrescentando água no aquário até completa-lo,
observando que o crescimento dos alevinos não
é homogêneo, retirando os maiores do aquário,
para não prejudicar o desenvolvimento dos
menores.
6.Alimentação dos alevinos - Quando os
alevinos estiverem nadando na horizontal, é
hora de iniciar a alimentação dos pequeninos.
Nessa fase a boca do betinha é minúscula.
Alguns criadores recomendam oferecer como
primeira alimentação, o infusório. Eu começo
alimentando os alevinos com náuplios, sem dar
infusório, raramente o utilizo.
Infusório são animais microscópicos,
unicelulares que abundam águas estagnadas,
onde haja matéria orgânica vegetal em
decomposição. Você pode preparar o seu
infusório, adicionando à água qualquer um
desses vegetais: folhas secas de alface ou
couve; grãos de cereais; casca seca , preta e
mofada de banana; fezes de galinha; casca de
nabo, levedura de cerveja, espinafre batido no
liqüidificador, etc.... De todas essa receitas, a
que melhor se saiu foi o espinafre batido no
liqüidificador. Em dois dias você tem infusório
à vontade.
O período mais crítico da vida dos
betinhas é o primeiro mês de vida. É nesse
período que ele passa por transformações
anatômicas muito crítica e qualquer descuido,
por parte do criador, poderá morrer. Nesse
período convém alimentar os alevinos da
seguinte maneira: a partir do momento em que
estiverem nadando na horizontal, dê infusório
e náuplios 4 ou 5 vezes ao dia, durante 5 dias; a
partir de então, suspenda o infusório e continue
alimentando os filhotes somente com náuplios
de artemia salina até o trigésimo dia.; daí em
diante alimente-os normalmente. Ao alimentar
os alevinos, coloque uma pequena porção em
cada canto do aquário, pois os betinhas são
meio preguiçosos e não correm atrás da
comida.
CURIOSIDADES E DICAS SOBRE O
BETTA
-Não efetue acasalamentos de betas com menos
de 6 meses de idade.
-Procure retirar o macho do aquário de criação
com a mão, pois a rede pode aprisionar
alevinos.
-Com 45 dias de idade já é possível realizar a
sexagem dos betinhas.
-Evite criar fêmeas separadamente, como os
machos, pois elas se tornam agressivas e
podem bater no macho, quando do
acasalamento. Vivendo comunitariamente elas
se tornam mais sociáveis e passivas.
-Mantenha 1 fêmeas para cada litro d'água, em
aquários comunitários.
-Alimente a fêmea com fartura logo após o
parto; as fêmeas bem alimentadas podem
desovar a cada 15 dias e quanto mais
desovam, mais crescem.
-Antes do acasalamento, alimente o casal com
alimentos vivos (artemia salina).
-Os machos que cuidam do ninho pela primeira
ou segunda vez, não devem ser assustados; se
isso acontecer, podem comer todos os ovos
ou alevinos.
-Evite a mistura de cores na hora do
acasalamento; procure cruzar peixes puros.
-Os primeiros alevinos a se formarem, na
ninhada, geralmente são bons reprodutores.
-Cuidado: machos menores que as fêmeas, não
conseguirão dar o abraço e, ainda, costumam
apanhar delas.
-A fêmea estará pronta para o cruzamento
quando o seu corpo apresentar listras verticais e
aparecer um ponto branco no seu oviduto.
-A troca de água, dos recipientes dos betas, faz
com que eles cresçam mais rápido e evita a
acidez, que pode provocar o colamento das
nadadeiras dos betas.
-Pode ocorrer dos machos comerem os ovos;
isso é normal se os ovos estiverem fungados,
mas se esta atitude se repetir em outro
cruzamento, isso pode ser hereditário e
transmitido aos seus filhos.
-Mas se você insistir em querer criar com o
“canibal”, tome a seguinte providência: logo
após a desova, retire a fêmea e o macho;
baixe a coluna d'água para 2cm no máximo e
instale uma pedra porosa bem fraca; pingue
algumas gotas de azul de metileno, ou outro
fungicida qualquer; os ovos eclodirão,
mas só que em número bem reduzido.
-Pode acontecer de fêmeas abortarem; isso
ocorre quando a fêmea fica por um longo
período sem se acasalar.
-Se uma fêmea demorar mais de 72 h. para
desovar, troque de fêmea, pois poderá estar
com problemas.
-Algumas fêmeas ajudam os machos a recolher
os ovos e coloca-los no ninho.
-Bettas jovens são melhores construtores de
ninhos e a qualidade da água influi na
construção de um bom ninho.
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 OUTRAS ESPECIES DE BETTAS Betta coccina - Cor marron escuro
avermelhado, tamanho de 10 cm, pH 7 e dH 10.
Além do Betta Splendens, temos vários outros
indivíduos de espécies diferentes que compõem
o gênero ao qual ele pertence. São eles:

Betta akarensis - apresenta uma cor marron

claro, atinge o comprimento máximo de 5 cm, 204
exige água de pH 7 e dH 8.

Betta edithae - cor marron clara com

irisdicências esverdeadas, tamanho de 10 cm,
pH 7 e dH 10; o macho é que faz a incubação
bucal dos ovos.

200

Betta bleeckeri - cor marron pastel, chega aos 205

12 centímetros, pH 6 e dH 1.

Betta bellica - cor marrom avermelhada, mede Betta foerschi - tamanho de 6,5 cm, pH 7 e dH
10 cm, pH 7 e dH 8; é mais bonito do que o 10, cor vermelha com faixas escuras.
splendens.

202

Betta brederi - cor marron acinzentado, 206

comprimento de 6 cm, pH 7 e dH 8; a
incubação é bucal, efetuada pelo macho.

Betta brownorum

206A
203
Betta imbelis - cor azul escuro com as Betta pugnax - Apresenta o corpo cinza
nadadeiras vermelhas nas extremidades, azulado com faixas escuras, pH 7,2 e dH 10;
tamanho de 5cm, pH 7 e dH 8. tamanho 10cm.

210

Betta smaragdina - Apresenta o corpo

207 vermelho com pontos azuis ou verdes; pH e dH
7, 7 cm.

Betta macrostoma - corpo escuro e nadadeiras

tingidas de vermelho, comprimento de 12
centímetros, pH 7 e dH8, a incubação bucal é
feita pelo macho.

211

Betta taeniata - Corpo alaranjado marron, com

nadadeiras pequena; pH 7 e dH 8 , tamanho 8
cm.
208
Betta tessyae - Corpo alaranjado com pintas
pretas; tamanho 10 cm; pH 7 e dH 8.
Betta picta - cor marron escuro com faixas
escuras transversais; pH 7 dH 7 , tamanho 7
cm.

213

Betta unimaculata - Cor marron alaranjado

claro; tamanho 11 cm; pH 7 e dH 10, incubação
bucal.
209

213A
VARIEDADES DE BETTAS SPLENDENS

217 - Negro

217A - Negro Melânico - femea - infértil

214 –Celofane Negro

218 - Verde Turquesa - macho

215 - Opaco
218A - Verde Turquesa - fêmea

215A - Branco Opaco - fêmea

219 - Azul Real - macho

216 - Branco Opaco - macho 219A - Azul Real - fêmea

 223A - Opaco Verde - fêmea

220 - Azul-aço - macho

224 - Opaco Azul

220A - Azul-aço - fêmea

225 - Opaco Marmore

221A - Camboja Vermelha - fêmea

225A - Opaco Verde - Marmore - fêmea

222 - Amarelo - macho 226 - Multicolor

222A - Amarelo - fêmea

227 - Chocolate

223 - Opaco Verde - macho

228 - Azul
 233 - Vermelho
229 - Salamandra

234 - Butterfly Negro

230 - Vermelho

235 - Turquesa

231 - Butterfly Azul Púrpura

236 - Meia-lua Negro

232 - Salamandra Azul

237 - Meia-lua Azul-aço
 238 - Meia-lua Azul - fêmea
242 - Cauda Raiada Azul - macho

239 - Cauda Raiada Vermelho - fêmea

243 - Branco

239A - Cauda Raiada Vermelho - macho

240 - Cauda Raiada Azul-aço - macho

241 - Cauda Raiada Negro

400 – Descendência do Betta Splendens

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