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Fabiano Ostapiv1
Edson Domingos Fagundes2
RESUMO
O trabalho tem por objetivo: (i) apresentar a cadeia produtiva chinesa do bambu mossô
(Phyllostachys pubescens), considerando os aspectos históricos, culturais e tecnológicos
envolvidos no seu cultivo, manejo e comercialização; (ii) traçar um esboço da situação mundial,
brasileira e paranaense do setor bambuzeiro; (iii) delinear um cenário possível para iniciar o
desenvolvimento da cadeia produtiva do bambu no Paraná; (iv) indicar perspectivas a serem
projetadas para os diversos segmentos da economia que podem vir a receber benefícios de
possíveis parcerias tecnológicas e comerciais, tendo como parceiro principal a China, líder
mundial deste setor; e, finalmente, (v) discutir a importância estratégica do treinamento e
capacitação no processo de desenvolvimento sustentado da cadeia produtiva do bambu.
Palavras chave: Bambu mossô; Cadeia produtiva; Desenvolvimento sustentado.
ABSTRACT
The study aims at: (i) introducing the productive chain of the moso bamboo (Phyllostachys
pubescens), considering the historical, cultural and technological aspects involved in its
growing, management and trade; (ii) draw the profile of the bamboo culture sector for world,
Brazil and Paraná; (iii) outline a possible scenario for the development of the bamboo
productive chain in Paraná; (iv) indicate perspectives to be projected for the various economic
segments that could benefit from possible technological and commercial partnerships, with
China – a world leader of this sector - in special; and, finally, (v) discuss the strategic
importance of training and capacitating in sustained development process of productivity
bamboo chain.
1
Professor do Departamento de Mecânica – UTFPR. Mestre em Eng. Mecânica e Materiais UTFPR.
fabianoostapiv@utfpr.edu.br
2
Professor de Língua Alemã do Centro Acadêmico de Línguas Estrangeiras – UTFPR. Doutor em
Letras, Estudos Lingüísticos – UFPR. edsondfagundes@utfpr.edu.br
Key words: Moso bamboo, productive chain, sustained development.
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Apresentamos, a título de ilustração, a relação das principais sociedades mundiais dedicadas ao
bambu: INBAR (International Network for Bamboo and Rattan), IBA (International Bamboo
Association), ABS (American Bamboo Society), BSA (Bamboo Society of Australia), EBS (European
Bamboo Societies). Além destas, há ainda as sociedades latino-americanas como a Red Chilena del
Bambu, a Bambu-brasileiro, a BAMBUSC (Associação Catarinense do Bambu), Instituto do Bambu
INBAMBU (Instituto do Bambu, Maceió-Al).
só nos dá a dimensão da preocupação que no mundo inteiro tem sido dedicada ao
bambu nos diferentes continentes e que, ao mesmo tempo, nos leva a questionar a razão
pela qual aqui no Brasil, o bambu ainda não ganhou esse papel de um dos grandes
atores para o desenvolvimento de culturas e tecnologias sustentáveis. A resposta para tal
questão está no fato de que ainda estamos trilhando e construindo este caminho.
Outra questão que se apresenta, à medida que constatamos haver no mundo todo um
interesse significativo pelo bambu, especialmente de países que não são produtores
desta importante matéria-prima, como é o caso da Europa; é que estes países se
constituem em importantes mercados de consumo e podem vir a ser, além da China,
importantes parceiros em projetos que envolvam o cultivo, a industrialização e a
exportação do bambu e de seus derivados.
Na Figura 2 são mostrados alguns produtos estruturais reconstituídos, fabricados a
partir do bambu, testados em laboratórios na Alemanha. Com isso procuramos chamar a
atenção para a viabilidade técnica deste tipo de produto de engenharia.
FONTE: CONBAM
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Para a primeira colheita do bambu mossô são necessários pelo menos cinco anos; já para espécies
entouceirantes, é possível obter resultados em três anos.
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No Paraná existe um Projeto de Lei, de autoria da Deputada Estadual Cida Borguetti, incentivando o
plantio e uso do bambu no estado.
12. Criação de sistemas de comunicação entre as comunidades, cooperativas,
governo e universidades.
13. Treinamento e educação de trabalhadores com foco na cultura do bambu.
CONCLUSÃO