- Como a Pesquisa Operacional pode servir de auxílio para tomada de decisão do Engenheiro de Produção no chão de fábrica? A Pesquisa Operacional pode ser definida como o processo de avaliar alternativas para se resolver um determinado problema, a partir da otimização de sistemas e tomada de decisão. Assim, para que essa otimização aconteça, se faz uso de simulação por meio de softwares e modelagem matemática. O processo de resolução de problemas por meio da Pesquisa Operacional, segue algumas fases iniciando pela observação, formulação do problema, construção do modelo científico para obtenção da solução, analise de dados e resultados e por fim a implementação. Normalmente, a maioria das problemáticas se dão pela alocação de recursos escassos, principalmente no chão de fábrica, os quais não são suficientes para atender uma determinada demanda. Nessas situações, tendo acesso e conhecimento a Pesquisa Operacional e suas técnicas de modelagem matemática e operações, o engenheiro de produção pode atuar de forma mais eficiente, vindo a tomar decisões corretas no ambiente de trabalho, proporcionando um sistema mais produtivo ao chão de fábrica. Ou seja, a Pesquisa de Operacional vai servir de auxilio na tomada de decisão de um Engenheiro de Produção a partir do momento que ele faz uso de um conjunto de técnicas e metódos visando melhorar a utilização dos recursos limitados que aparecem como problema e a partir disso conseguir analisar os dados e implementar as soluções.
Resumo – 1º Capitulo Livro do Hillier
Referência: Hillier, Frederick S; Lieberman,, Gerald J. Introdução à pesquisa operacional. Tradução Ariovaldo Griesi; revisão técnica João Chang Junior. - São Paulo: McGraw-Hill, 2006.
No primeiro capítulo do livro Introdução a pesquisa operacional, os autores Hillier
e Lieberman falam sobre as origens da pesquisa operacional, a natureza e os impactos da mesma. Eles iniciam trazendo as origens e o cenário da Revolução Industrial, onde o mundo vivenciou um crescimento exponencial das organizações em decorrência principalmente do aumento de divisão do trabalho. Embora isso tenha muitos pontos positivos, eles retratam problemas nessa especialização do trabalho, onde as empresas passam a perder a visão do todo e acabam tendo conflitos em relação aos seus objetivos. Exemplo disso, é que a medida de que a complexidade dos processos e da especialização vai aumentando, se torna mais difícil alocar os recursos disponíveis, que se tornam escassos. Daí que surge a Pesquisa Operacional (PO), com o intuito de encontrar o melhor caminho para solucionar problemas como esse. Para além disso, os autores mostram que a origem da PO está nos primórdios da 2ª guerra mundial, onde havia-se uma necessidade grande de alocar de forma eficiente os recursos da guerra entre as operações. A partir daí surgem as primeiras equipes de cientistas que pesquisavam sobre operações militares e proporcionaram vitórias de outras guerras, a partir da pesquisa sobre a melhor forma de administrar os comboios. Com o fim da guerra e o sucesso da PO, ela foi sendo buscada para aplicações em outras áreas e ganhou rápida disseminação nos diversos segmentos como industrial, comercial e até governamental. Os autores citam dois fatores que foram cruciais para esse crescimento rápido da PO, o primeiro deles foi o grande progresso feito pelas melhorias implementadas das técnicas da PO e exemplo disso foi o método simplex, que traz solução de problemas com programação linear e foi desenvolvido em 1947. Para além disso, várias ferramentas- padrão da PO, como programação linear, programação dinâmica, teoria das filas e teoria do inventário, se desenvolveram em meados de 1950. O segundo fator citado foi a revolução computacional que requer grande processamento de cálculos. Fazer a mão demoraria muito e seria fora de cogitação, por isso o surgimento de computadores eletrônicos mais rápidos que o ser humano, impulsionou ainda mais a PO. Prova disso, é que hoje em dia milhões de pessoas tem acesso a softwares de PO. Se tratando agora da natureza da pesquisa operacional, como o próprio nome já diz, a pesquisa operacional trata de problemas voltados a como conduzir uma operação em uma organização, da melhor forma. Assim, a gama de aplicações é muito grande, podendo ser aplicável em praticamente todas as áreas, como o autor dá exemplos de áreas que a PO já alcança. Essa pesquisa se dá em etapas, que iniciam pela observação, partindo para formulação do problema, coletando dados relevantes para construir um modelo científico e matemático, se atentando sempre a um problema real. Segundo os autores, feito isso, tem-se a hipótese de que esse modelo é uma representação precisa das características essenciais da situação e de que as conclusões obtidas do modelo também são válidas para o problema real. Por fim, são realizadas experimentações para testar essa hipótese e validar o modelo. Assim, para ter um resultado positivo, a PO precisa fornecer conclusões positivas para o tomador de decisão. A PO tenta encontrar a melhor solução possível, também conhecida como solução ótima para o problema. Dito isso, observa-se o grande impacto que ela tem na melhoria dos processos das organizações e o aumento da produtividade em diversos países é prova disso. O autor expõe uma tabela com dados de aplicações reais da PO e nela é possível perceber a diversidade de organizações e aplicações. Para resolver problemas, a PO faz uso de algoritmos que são muito eficientes e o autor cita alguns desses. O Courseware de PO, contido no CD-ROM é uma ferramenta necessária para implementação. Nele, possui o programa Tutor PO, um tutor pessoal para auxiliar no uso dos algoritmos. Além disso, possui um pacote de software chamado Tutorial IOR, implementado em Java. Hoje em dia, se faz muito uso do Excel para formar pequenos modelos de PO em formato de planilha. O Excel Solver por exemplo, é usado para solucionar esses modelos. Além disso, existe também o CPLEX, que é um pacote de software usado para solucionar problemas de PO extensos e desafiadores.