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Lucas Baumgratz-Gonçalves
Guarulhos - SP
2022
LUCAS BAUMGRATZ-GONÇALVES
Guarulhos - SP
2022
Na qualidade de titular dos direitos autorais, em consonância com a Lei de direitos
autorais nº 9610/98, autorizo a publicação livre e gratuita desse trabalho no Repositório
Institucional da UNIFESP ou em outro meio eletrônico da instituição, sem qualquer
ressarcimento dos direitos autorais para leitura, impressão e/ou download em meio
eletrônico para fins de divulgação intelectual, desde que citada a fonte.
Baumgratz-Gonçalves, Lucas.
Aprovação: ____/____/____
__________________________________________________
Prof. Dr. Orlando Vian Jr. - Presidente da Banca (orientador)
Universidade Federal de São Paulo
__________________________________________________
__________________________________________________
__________________________________________________
Profa. Dra. Maria Medianeira Souza - Suplente externa
Universidade Federal de Pernambuco
DEDICATÓRIA
Ao meu orientador, Prof. Dr. Orlando Vian Jr., pelos preciosos ensinamentos, por
acreditar no meu projeto, pela atenção e cuidado.
Aos professores, Dr. Paulo Eduardo Ramos e Dr. Rodrigo Esteves de Lima-Lopes,
pelas valiosas sugestões no exame de qualificação, que contribuíram para o aprimoramento
deste trabalho, e também pela disponibilidade para participação na banca de defesa.
Aos professores, Fabiano Broki, Isac Rodrigues e Roberta Santos, pelo ensino e
incentivo a animação e ao motion graphic.
À Profa. Ma. Lindsay Caroline de Brito Ribeiro, por acreditar no meu potencial e abrir
a oportunidade de atuar como docente.
Às amigas e colegas de trabalho, professoras Dra. Ana Maria Botelho e Ma. Maria
Angélica Gomes Maia, pela confiança e ensinamentos diários.
LA Linguística Aplicada
MG Motion Graphic
RS Relações Semânticas
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA 14
1. MOTION GRAPHIC: DEFINIÇÃO, ESTRUTURA E SUA POTENCIALIDADE
COMO FERRAMENTA EDUCACIONAL 20
1.1 MOTION GRAPHIC: DEFINIÇÃO E PROCESSO DE PRODUÇÃO 21
1.2 NOMENCLATURA 30
1.3 ELEMENTOS VISUAIS DO MOTION GRAPHIC 31
1.4 ELEMENTOS SONOROS DO MOTION GRAPHIC 41
1.5 O MOTION GRAPHIC EDUCATIVO, UM PANORAMA HISTÓRICO 48
2. UMA PERSPECTIVA MULTIMODAL E INTERDISCIPLINAR PARA A
ANÁLISE E COMPREENSÃO DO MOTION GRAPHIC 55
2.1 LINGUÍSTICA SISTÊMICO-FUNCIONAL 57
2.2 MODO SEMIÓTICO: DEFINIÇÕES E POSSIBILIDADES 69
2.3 GRAMÁTICA DO DESIGN VISUAL 75
2.4 RELAÇÕES SEMÂNTICAS 78
2.5 ANÁLISE DO DISCURSO MULTIMODAL SISTÊMICO-FUNCIONAL 83
3. METODOLOGIA DE PESQUISA 89
3.1 PERGUNTAS, OBJETIVOS E NATUREZA DA PESQUISA 89
3.2 A UNIDADE DE ANÁLISE 92
3.3 DEFINIÇÃO DO CORPUS DE PESQUISA 94
3.4 MECANISMOS DE ANÁLISE DE DADOS 98
4. APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS 105
4.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO VÍDEO ANALISADO 107
4.2 MODO IMAGEM EM MOVIMENTO 109
4.3 MODO EFEITOS SONOROS 126
4.4 MODO MÚSICA 134
4.5 RELAÇÕES ENTRE OS MODOS E SUAS FUNÇÕES 137
CONSIDERAÇÕES FINAIS 143
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 150
ANEXOS 159
ANEXO I
LISTA DAS PALAVRAS E SUAS FREQUÊNCIAS GERADAS PELO SOFTWARE
ANTCONC 159
ANEXO II
TABELA DE ANÁLISE DE METAFUNÇÕES DOS MODOS SEMIÓTICOS
VERIFICADOS NO CORPUS 160
14
INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA
No intuito de situar o percurso desta pesquisa, contextualizo minha atuação
profissional e acadêmica, pois, de certa forma, carrega uma das justificativas desta
pesquisa. Graduei-me em Audiovisual pelo Centro Universitário Senac em São Paulo.
Ainda em São Paulo, fui aluno de um curso livre na Faculdade Melies de Tecnologia
focado na produção de peças em animação Motion Graphic, o que me colocou no
mercado desta área, atuei durante anos como freelancer ou contratado por empresas.
Dando continuidade aos meus estudos acadêmicos, concluí uma pós-graduação em
Docência no Ensino Superior no formato lato-sensu, o que abriu portas para o
ingresso como docente no ensino superior em São José dos Campos, São Paulo.
Atualmente componho a equipe de docentes de cursos de Artes, mais
especificamente nos cursos de Licenciatura em Artes Visuais e Tecnólogo em Artes e
Mídias Digitais. Minha maior atuação é no curso de Artes e Mídias Digitais, onde
leciono disciplinas como Roteiro e Storyboard, Animação 2D, Efeitos Especiais,
Motion Graphic, entre outras. Um elemento que une todas essas disciplinas é a
linguagem da imagem em movimento. Ministrando a disciplina de Animação 2D e
Motion graphic que surgiram as primeiras inquietações e dúvidas que motivaram esta
pesquisa.
Na disciplina de Animação 2D, um dos conteúdos fundamentais são os doze
princípios da animação desenvolvidos pelo departamento de animação da Disney
durante seus primeiros anos, e registrado por dois de seus animadores, Frank
Thomas e Ollie Johnston, no livro The Illusion of Life. Segundo Krasner, “entender a
linguística do movimento exige uma consciência sobre alguns dos primeiros princípios
da animação que foram estabelecidos nos tempos de Disney"1 (KRASNER, 2008, p.
156).
Ao ministrar a disciplina, a pura descrição dos princípios da animação por meio
dos livros não se demonstrou eficiente para a compreensão dos alunos em sala de
aula sobre o funcionamento deles. A necessidade de exemplificá-los em movimento
surgiu de forma natural, como por exemplo o princípio Slow in and slow out segundo o
próprio livro The illusion of Life:
1
No original: Understanding the linguistics of motion mandates an awareness of some of the earliest
animation principles that were established back in the days of Disney (KRASNER, 2008, p. 156).
15
Além de muito técnica, devido aos termos típicos da área, tais como
“desenhos-chave”, “extremidades”, “intercalações”, não existe nenhuma
representação gráfica do conceito em Thomas e Johnston (1995). Para os alunos, a
explicação se demonstrou muito complexa e pouco elucidativa, e mesmo uma
paráfrase ou metalinguagem mais simplificada sobre o conceito não parecia tão
ilustrativa quanto um vídeo do fenômeno em questão. Percebi, na prática, que,
apenas quando demonstrado com um vídeo, o conceito passou a ser compreendido
pelos estudantes, que, em um segundo momento, voltando ao livro, puderam
compreender com mais propriedade o fenômeno da animação, tendo sido
comprovado posteriormente com exercícios executados em sala de aula. Daí surge a
primeira inquietação que me motivou a esta pesquisa, ou seja: qual vídeo deveria
escolher para melhor explicar e exemplificar os princípios da animação para os
alunos? Qual vídeo era mais bem produzido e explicava de forma mais clara e
completa? Como poderia analisar esses vídeos para chegar a alguma conclusão?
Em razão dessas inquietações, resolvi buscar por áreas do conhecimento que
envolvessem a linguagem e a comunicação e, dentre elas, deparei-me primeiramente
com os estudos cinematográficos de linguagem da montagem russa, propostos por
Kulechov e Eisenstein, conteúdo base do meu bacharelado em Audiovisual.
Posteriormente, na busca pela linguagem da imagem, deparei-me com os estudos da
Semiótica, principalmente pelo trabalho de Santaella. Por fim, por meio de mais
pesquisas, tomei conhecimento da Gramática do Design Visual (doravante GDV) de
Kress e van Leeuwen (2006), o que me levou a conhecer a Linguística
Sistêmico-Funcional (LSF doravante). Ambas as teorias serão mais aprofundadas
2
No original: Once an animator had worked over his poses (the “extremes”) and redraw them until they
were the best he could do, he naturally wanted the audience to see them. He timed these key drawings
to move quickly from one to the next, so that the bulk of the footage of the scene would be either on or
close to those “extremes.” By putting the inbetweens close to each extreme and only one fleeting
drawing halfway between the animator achieved a very spirited result, with the character zipping from
on attitude to the next. This was called Slow In and Slow Out, since that is the way the inbetweens were
timed (THOMAS; JOHNSTON, 1995, p. 62).
16
nesta dissertação, com destaque para a LSF e a GDV, que servem como base da
fundamentação teórica desta pesquisa. Portanto, este trabalho pretende aprofundar o
estudo nas relações entre os diversos modos semióticos que compõem um vídeo de
motion graphic, a fim de compreender suas interações e funções.
Outra justificativa para esta pesquisa é de uma perspectiva voltada ao campo
da educação e comunicação de uma forma geral. Os recursos audiovisuais de
animação digital estão cada vez mais acessíveis e mais recorrentes no cotidiano, por
meio de propagandas, aplicativos de celulares, vídeos de entretenimentos diversos,
como séries e plataformas de vídeo para internet. É natural que a educação se
aproprie destas ferramentas, pois são poderosas formas de transmissão de
informação. McLuhan e Fiore (1960, p.15) afirmam, em seu livro Revolução na
comunicação, que "É ilusório supor que existe qualquer diferença básica entre
entretenimento e educação. Sempre foi verdade que tudo o que agrada ensina mais
eficazmente." O estudo, desenvolvimento e o domínio das novas tecnologias de
comunicação dentro da academia é extremamente importante assim como a escrita,
com suas normas e formatações específicas, dentro dos trabalhos neste ambiente. É
fundamental o estudo sobre a necessidade de um melhor registro audiovisual do
conhecimento acadêmico. Além de ser essencial para um educador e para o aluno o
domínio dessa linguagem. Na concepção de Santaella:
Assim, podemos passar a chamar de leitor não apenas aquele que lê livros,
mas também o que lê imagens. Mais do que isso, incluo nesse grupo o leitor
da variedade de sinais e signos de que as cidades contemporâneas estão
repletas: os sinais de trânsito, as luzes dos semáforos, as placas de
orientação, os nomes das ruas, as placas de estabelecimentos comerciais
etc. Vou ainda mais longe e também chamo de leitor o espectador de cinema,
TV e vídeo. Diante disso, não poderia ficar de fora o leitor que viaja pela
internet, povoada de imagens, sinais, mapas, rotas, luzes, pistas, palavras e
textos (SANTAELLA, 2012, p. 10).
Os discentes utilizam cada vez mais a tecnologia, como também afirmam Rojo
e Moura (2012, p. 26): “nossos alunos já lidam visivelmente, com muito mais fluência
do que nós, migrados, com os novos dispositivos, tecnologias e ferramentas”. Os
autores completam o pensamento citando Lemke (2010[1998]1; s.p.): “precisamos
pensar um pouco em como as novas tecnologias da informação podem transformar
nossos hábitos institucionais de ensinar e aprender”.
Uma linha de pensamento também apresentada por Rojo e Moura (2012) é do
Grupo Nova Londres, composto por pesquisadores reunidos na cidade estadunidense
de Nova Londres, que desenvolveu, em 1996, um manifesto intitulado Uma pedagogia
dos multiletramentos - Desenhando Futuros Sociais (CAZDEN ET AL, 2021). No
manifesto, o grupo destaca a necessidade de a escola agregar, à sua pedagogia, os
novos letramentos emergentes na sociedade contemporânea devido, em grande
parte, às novas Tecnologias Digitais da Informação e da Comunicação (TDICs) e
incluir nos currículos a grande variedade de culturas presentes em sala de aula.
Acredito que minha pesquisa pode agregar também ao campo dos multiletramentos,
uma vez que o objetivo geral da pesquisa é uma proposta de análise para vídeos em
motion graphic que tenham um teor educativo ou informativo, criando com isso uma
possibilidade de uma leitura mais técnica e crítica para vídeos deste segmento.
Partindo, portanto, das dúvidas que motivaram minha pesquisa como qual tipo
de vídeo seria o mais adequado para exemplificar os conceitos da disciplina para os
alunos e como analisar esses vídeos, no intuito de constatar que poderiam funcionar
como um recurso pedagógico útil para a disciplina, chego ao seguinte objetivo de
pesquisa:
Para atingir tais objetivos, foi selecionado como corpus, por meio de uma
pesquisa prévia, o vídeo O Coronavírus Explicado & O Que Você Deve Fazer3,
publicado em 19 de março de 2020, pelo canal Kurzgesagt. A escolha deste vídeo se
deveu principalmente pelo seu relevante número de visualizações na plataforma
YouTube, onde ele está hospedado. Um aprofundamento desta justificativa é feito no
capítulo 3, Metodologia da pesquisa, na seção 3.3 Definição do Corpus de
Pesquisa.
Como forma de organizar as etapas de pesquisa, esta dissertação está dividida
em quatro grandes capítulos: Motion Graphic: Definição, estrutura e sua
potencialidade como ferramenta educacional, Uma perspectiva multimodal e
interdisciplinar para a análise e compreensão do Motion Graphic, ambos com o
propósito de criar um referencial teórico, Metodologia da Pesquisa e Análise e
discussão de dados. E sobre o conteúdo destes capítulos é possível apontar que, no
capítulo 1, Motion Graphic: Definição, estrutura e sua potencialidade como
ferramenta educacional, serão apresentados os principais conceitos e teóricos da
área de motion graphic e audiovisual que dão base para esta pesquisa. Para uma
melhor organização foi feita uma divisão de seções: Motion Graphic: definição e
processo de produção é dedicada a contextualizar a mídia na qual o objeto de
estudo se encontra e buscar uma definição do que é e não é motion graphic, baseado
em Krasner (2008) e Velho (2009); Nomenclatura tem o foco na definição do termo,
baseando-se em Krasner (2008); Elementos visuais do motion graphic apresenta
as principais ferramentas de comunicação que compõem esta mídia, trazendo como
base teóricos como Velho (2009), Krasner (2008) e Cardoso (2021) na área do motion
graphic, Dondis (2003) na abordagem da composição de imagem, e uma
contextualização do audiovisual baseada em Bernardet (1980), Field (2001),
3
Título original: Coronavirus explained & what you should do. O vídeo pode ser acessado no endereço:
https://youtu.be/BtN-goy9VOY. Acesso em: 28 de mai. 2021.
19
CAPÍTULO I
Para que seja possível uma análise de um recurso audiovisual tão múltiplo, é
necessário recorrer a diversas teorias de áreas distintas, classificando a abordagem
21
4
No original: Designing in time and space presents a set of unique, creative challenges that combine
the language of traditional graphic design with the dynamic visual language of cinema into a hybridized
system of communication (KRASNER, 2008, p. 156).
22
[...] do ponto de vista técnico, motion graphics poderia ser descrito, portanto,
como uma aplicação mista de tecnologias de computação gráfica e vídeo
digital; e no plano conceitual, como um ambiente privilegiado de exercício de
projeto gráfico através de imagens em movimento (VELHO, 2009, p. 18).
A partir destas duas óticas apontadas por Velho, é possível definir o conceito
de MG por dois vieses, um relativo à técnica e outro relativo à sua funcionalidade.
Atualmente, uma animação digital, ou seja, feita através de computadores ou
outros dispositivos eletrônicos, de gráficos e imagens vetoriais, de duas ou três
dimensões, usando a técnica de keyframe é considerada um MG. A técnica de
keyframe, ou quadro-chave, consiste em uma animação que se utiliza do
processamento do software escolhido para gerar quadros de intercalação, bastando
para o animador informar apenas os quadros-chave da animação. O animador pode
ainda controlar a velocidade de transição entre os quadros-chave, porém o software
sempre completa as intercalações. Esses quadros-chave contêm informações de
espaço (posição, rotação, escala, ponto de ancoragem, transparência) além de
informações de tempo e eventuais efeitos. Para ilustrar estes fenômenos, é possível
observar as Figuras 1, 2 e 3.
23
Fonte: print screen captado pelo autor a partir da tela do programa Adobe After Effects
A Figura 1 mostra uma tela do software Adobe After Effects. Na parte superior,
é possível observar a tela de pré-visualização da animação contendo apenas um
círculo azul e um fundo preto. As propriedades de posição, escala, rotação e
opacidade do objeto círculo estão representadas na parte inferior direita, onde está
escrito “Camada de forma 1”, sendo este o nome oficial do objeto no programa. No
canto inferior esquerdo, é possível identificar uma linha do tempo onde existem dois
losangos, circulados por vermelho (adicionado pelo autor para destacar esses
elementos) na linha referente à propriedade posição. Esses losangos são os
mencionados key frames ou quadros-chave da animação MG, eles contêm
informações de posição dentro do espaço 2D. No caso, o primeiro quadro-chave
contém o valor de 226,0 por 410,0 pixels6, isto é referente ao eixo x e y do espaço 2D
da imagem que podemos ver na tela de pré-visualização, que é dividida pela unidade
de espaço pixel. Neste ponto, estamos visualizando este instante onde o objeto
5
Vale pontuar que o software Adobe After Effects foi usado como exemplo por se tratar do software
mais popular do ramo, segundo Cardoso (2021, p. 152).
6
Pixel, segundo o dicionário de Cambridge, é "a menor unidade de uma imagem numa televisão ou em
uma tela de computador". (tradução do autor a partir do original: the smallest unit of an image on a
television or computer screen. Disponível em: https://dictionary.cambridge.org/pt/dicionario/ingles/pixel
Acesso em: 07 jun. 2021.
24
Fonte: print screen captado pelo autor a partir da tela do programa Adobe After Effects
Na Figura 2, por sua vez, o print screen foi feito exatamente durante o
movimento, congelando a imagem no meio da ação do objeto. Na parte onde se
encontra a linha do tempo, é possível identificar que a régua que indica a posição na
linha do tempo se encontra no meio, entre os dois quadros-chave. Todo esse intervalo
entre os quadros-chave não foram animados pelo animador e sim completados
automaticamente pelo software. É possível observar também que, na Figura 2, o valor
de posição é diferente: se antes era 226,0 por 410,0, agora é 583,0, por 410,0,
alterando apenas o valor de X, portanto, deslocando-se apenas na horizontal. Vale
lembrar que, neste instante captado na tela, o círculo está em movimento e pela parte
superior da linha do tempo é possível afirmar que ele está no período de meio
segundo, e que o movimento completo até o segundo quadro-chave é de um
segundo.
25
Fonte: print screen captado pelo autor a partir da tela do programa Adobe After Effects
Funcional Narrativa
Informativa Entretenimento
Experimental Caricata
Racional Emotiva
Curta Longa
Capturado Gerado
Composto Composição
Espacial Cênico
Fonte: Adaptado pelo autor de Schlittler (2014, p. 04)
[...] é uma ação por conflito num tempo e espaço mais ou menos contínuo que
muda o valor de uma condição da vida do personagem em pelo menos um
valor de grau de importância perceptível (MCKEE, 2006, p. 35).
que existe a etapa de gravação de áudio, criação visual e o animatic, que, segundo
Cardoso (2021):
Por fim, o desfecho, onde de fato é feito o processo de: animação dos objetos
desenvolvidos na etapa de criação visual; edição e montagem, onde são cortados ou
adicionados trechos, junto ao áudio; Aplicação de efeitos, caso necessários; e a
finalização, que consiste na etapa de renderização, etapa na qual o computador
processa todo o projeto, compilando-o em um arquivo de vídeo.
30
1.2 NOMENCLATURA
Neste trabalho, é adotada a nomenclatura motion graphic por três motivos: por
ser utilizada por Krasner (2008), importante teórico internacional da área, e Velho
(2009), um dos primeiros autores a escrever sobre a área no âmbito acadêmico no
país; O uso comum do termo no meio profissional, apresentado por Cardoso (2021); e
também sua origem histórica. Segundo Krasner (2008):
7
No original: In 1960, Whitney founded Motion Graphics Inc. and produced openings for shows such as
Dinah Shore and Bob Hope. He also produced Catalogue, a compilation of the effects that he had
perfected with his analog computer. In 1974, John Whitney, Jr. and Gary Demos formed a Motion
Picture Products group which led to the first use of computer graphics for motion pictures while working
on the film Westworld (1973) (KRASNER, 2008, p. 19).
31
Velho (2009):
[...] proponho o entendimento do termo motion graphics como uma área de
criação que permite combinar e manipular livremente no espaço-tempo
camadas de imagens de todo o tipo, temporalizadas ou não (vídeo,
fotografias, grafismos e animações), juntamente com música, ruídos e efeitos
sonoros (VELHO, 2009, p.19).
Uma imagem estática em duas dimensões pode ser composta pelos elementos
destacados por Dondis (2003), seja ela uma fotografia, um desenho feito de qualquer
material, impressa ou em um monitor de vídeo, projetada digital ou analogicamente.
No programa Adobe After Effects, já citado aqui, é possível destacar os seguintes
elementos para alteração e animação de qualquer objeto: ponto de ancoragem,
posição, escala, rotação e opacidade, como é possível verificar na Figura 9:
Figura 9: Propriedades básicas para animação dentro do software Adobe After Effects
Fonte: print screen captado pelo autor a partir da tela do programa Adobe After Effects
33
Fonte: print screen captado pelo autor a partir da tela do programa Adobe After Effects
Fonte: print screen captado pelo autor a partir da tela do programa Adobe After Effects
8
No original: Every color sensation may be measured and defined by these three scales of hue, value,
and chroma (MUNSELL, 1913, p. 3).
35
Fonte: print screen captado pelo autor a partir da tela do programa Adobe After Effects
A partir dos três elementos na captura da tela na Figura 12, vemos que a
variação de matiz altera o que popularmente entendemos como tom da cor, a
variação de saturação compreende a intensidade desta cor, e a luminosidade o quão
clara ou escura ela é.
Tendo apresentado as perspectivas de Munsell (1913) e de Dondis (2003) e as
propriedades básicas do programa Adobe After Effects, em sua versão 2021, adoto
para este trabalho a perspectiva de que os elementos básicos da imagem em
movimento podem ser divididos em três grandes grupos: a forma, o movimento e a
cor. Para facilitar a visualização desses elementos, criei o diagrama na Figura 13, com
todos os elementos que selecionei como base para imagem em movimento.
36
Figura 14: Intersecção de objetos com opacidade em 50% e modo de mesclagem “luz suave”
Fonte: print screen captado pelo autor a partir da tela do programa Adobe After Effects
É bom deixar claro que essa nomenclatura de planos pode ter pequenas
alterações de acordo com a fonte, e que também não é regra, existe apenas para
facilitar a nomeação de planos muito comuns na indústria cinematográfica.
Na área de Cinema, quem determina o tempo a partir das unidades citadas é o
editor de vídeo. Tendo em vista que o corpus desta pesquisa é um vídeo, na
perspectiva de suporte midiático, é inevitável abordar uma das primeiras teorias sobre
a linguagem do cinema conhecida como efeito Kuleshov. Em 1919, foi fundada a
escola de cinema de Moscou, onde pesquisadores cineastas como Lev Kuleshov e
Sergei Eisenstein estudaram a linguagem da montagem cinematográfica. Um
experimento simples ajuda a compreender a essência da teoria russa, o efeito
Kuleshov, que leva o nome de seu autor.
O experimento é composto de uma série de três filmes curtos. O primeiro era
um plano de um personagem com uma feição inexpressiva, intercalando uma imagem
de um prato de comida; o segundo era esse mesmo plano do personagem
inexpressivo, intercalando, dessa vez, a imagem de um caixão de uma mulher; por fim
um o último era novamente o plano do personagem, porém com imagem de uma
mulher deitada. Dancyger (2006) afirma que o público, após assistir as imagens,
interpreta cada sequência da seguinte maneira: a primeira, como se o homem
estivesse com fome, a segunda, triste, e a última, é interpretada pelo público como o
40
desejo do homem pela mulher deitada. Essa relação de significado e montagem fica
mais clara na Figura 16.
O objetivo principal desta experiência, como pontua Journot (2005), era provar
que uma imagem não tem sentido por si só, mas que é a contextualização feita pela
montagem que lhe atribui significação.
Essa importância da montagem, enquanto formadora de significado, também
foi aprofunda por Sergei Eisenstein, segundo Bernardet (1980):
Ternura ou tristeza não são expressas pelo filme; elas resultam da reação do
espectador diante da justaposição de duas imagens. E como se não se
pudesse ver duas imagens seguidas sem estabelecer entre elas uma relação
significativa. Quem desenvolverá esta teoria da montagem é Eisenstein, para
quem de duas imagens sempre nasce uma terceira significação. Ele vê aí a
estrutura do pensamento dialético em três fases: a tese, a antítese e a síntese
(BERNARDET, 1980, p. 25).
9
Vídeo disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=MHcr19dejyw&ab_channel=Videomaker
Acesso em: 15 nov. 2021.
41
14). Este conceito é importante para construção de sentido nas composições visuais
no vídeo, seja ele motion graphic ou não. Um paralelo entre este conceito e a LSF
será traçado no capítulo de análise (cf. seção 4.2).
Esses sons podem ser diegéticos, ou seja, que apareçam em cena, ou não.
Ainda podem ter diversos níveis representativos distintos como: caricatos, abstratos
ou mesmo realistas. No caso do corpus, e de qualquer outra animação, o som não é
produzido de forma simultânea à imagem, como é feito em muitos casos no cinema.
As produções audiovisuais que se utilizam de pessoas reais costumam ter sons
gravados por meio de uma técnica chamada "som direto", em que um microfonista
grava os sons das falas dos atores e ou sons ambientes, assim como o cinegrafista
grava a imagem. Ambas as gravações são sincronizadas, diferentemente da
produção de áudio para animação em que, por não terem ações filmadas, tudo tem
que ser produzido, criado e gravado separadamente ao processo visual da animação.
Isso traz uma outra possibilidade de construção sonora para as produções de
animação de MG em relação a produções que se utilizam de filmagens reais. No MG,
tanto a imagem quanto o som não precisam ser necessariamente representações
realistas.
10
No original: While an editor is editing a film, he or she is also cutting, arranging, and adding various
sound elements. [...] sometimes a process known as foley is used, whereby an engineer will record
sound effects while watching a movie, to sync the sound effects to what he sees on-screen. So, for
footsteps, the engineer will wear shoes that are similar to the actor's shoes and walk across a surface
that is similar to the surface that was in the shot (BRAHA; BYRNE, 2011, p. 271).
42
Dois graus de verdade são elencados por van Leeuwen (1999) para
representação sonora: a naturalística e a abstrato-sensorial. A representação
naturalística é definida pelo critério de verossimilhança: quanto mais o som soar como
“o que se pode ouvir se estiver presente no evento representado” (VAN LEEUWEN,
1999, p. 182, tradução nossa11), mais ele é uma representação naturalística. Caso
contrário, temos a representação abstrato-sensorial, que conta com a presença
simultânea de uma representação abstrata e um efeito emotivo.
O meio de transmissão do som são as ondas sonoras através da oscilação do
ar. Esses níveis de representação só são possíveis com a manipulação das variantes
básicas das ondas sonoras, para isso é necessário entender as propriedades básicas
do som, que são: altura, intensidade, duração e o timbre.
A altura define o tom, a nota, de algum instrumento, é a frequência com que a
onda oscila. Segundo Ceschi (2015):
11
No original: [...] what one might hear if present at the represented event. (VAN LEEUWEN, 1999, p.
182)
43
É possível afirmar, portanto, que o timbre é o que torna cada som único e
diferenciável. Sintetizando as propriedades básicas do som, é possível observar suas
propriedades no Quadro 3:
44
É definida pela É definida pela É definida pelo tempo É definido pela forma
frequência de amplitude da onda. de duração da onda. da onda.
oscilações da onda,
medida em Hertz.
Fonte: Elaborado pelo autor com base em Wisnik (1999) e em van Leeuwen (1999)
Como muitos dos meus exemplos mostraram, o som pode ser usado para
representar nosso ambiente e para representar as ações e interações das
pessoas. Essas representações imitam sons ou, de forma mais abstrata,
destilam qualidades-chave deles. Mas se usarmos som para apresentar (para
agir ou interagir) ou representar (Martinec, 1996), o som é sempre dinâmico.
Os sons não são coisas, nem podem representar coisas. Os sons são ações e
só podem representar as ações de pessoas, lugares e coisas: os gritos dos
vendedores ambulantes, não os próprios vendedores, o farfalhar das folhas
das árvores, não as próprias árvores, o bater da água na borda, não o próprio
lago. As mensagens sonoras têm apenas verbos, por assim dizer. Os
substantivos são inferidos, não declarados (VAN LEEUWEN, 1999, p. 93
tradução nossa12).
Esse paralelo fica claro em uma versão fílmica feita em 2013, realizada por Gordon,
Pierre-Emmanuel Lyet, Corentin Leconte, junto à Orquestra Nacional da França,
Pierre et le loup13. Em todos os casos, os instrumentos também executam temas, que
mais precisamente podem ser chamados de motivos, que caracterizam os
personagens. Segundo Santaella (2001):
Esse fenômeno não se perdeu na cultura e está presente até hoje no cinema
contemporâneo, como por exemplo na obra do compositor John Williams que cria
motivos para os personagens de filmes em que faz a trilha sonora. Não é preciso ver
o tubarão para saber da aproximação dele no filme Jaws (SPIELBERG, 1975), basta
ouvir o tema criado para tal personagem, as contínuas notas tocadas por um naipe de
violoncelos e contrabaixos. Assim como a “Marcha Imperial” (Imperial March), com
suas trompas, anuncia o personagem Darth Vader, mesmo sem ele ainda ter
aparecido em cena em Star Wars (LUCAS, 1977).
Diferentemente dos efeitos sonoros, a música, e no caso do MG, a música
incidental14, num contexto ocidental, é formada por mais três elementos
13
Filme produzido por Camera Lucida Productions, disponível em:
http://www.cameralucida.fr/fr/spectacle-vivant/pierre-et-le-loup. Acesso em: 05 jul. 2021.
14
Música incidental: música usada em filmes, peças teatrais e programas de televisão para
acompanhar as cenas; música de cena. Dicionário Michaelis,:
https://michaelis.uol.com.br/moderno-portugues/busca/portugues-brasileiro/musica Acesso em: 15 jul.
2021.
46
O ritmo nada mais é do que uma divisão temporal. Cada ritmo tem uma divisão
temporal específica, o que pode torná-lo identificável, ou categorizável. Segundo
Wisnik (1999):
Braga (2002), por outro lado, indica que a harmonia existe para criar um
acompanhamento:
15
No original: For Fonagy and Magdics (1972: 304) melodies express emotions, in speech as well as in
music: 'emotions are expressed in European vocal and instrumental music by a melody configuration,
dynamics and rhythm similar to those of speech' (VAN LEEUWEN, 1999, p. 94).
47
CLARIDADE
OBSCURIDADE
Fonte: Adaptado pelo autor de Wisnik (1999, p. 237)
Wisnik (1999, p 237) propõe, baseado em Ricardo Breim, que existe uma
intenção em cada modo gregro, “que resolve de maneira original e estrutural a
questão da semântica desses modos”. Ramos (2008), em sua pesquisa com
humanos, comprovou essa relação de modos e andamentos em relação aos
sentimentos descritos pelos participantes como é possível verificar na Figura 17:
48
Sintetizando, segundo van Leeuwen (1999, p. 92), “No contexto certo, a música
pode ser uma chamada de prazer, a buzina do carro uma chamada de defesa
territorial, a sirene da polícia uma chamada de alarme e assim por diante16”. E, no
caso do MG, de uma forma geral, por ser considerada uma mídia audiovisual, ou seja,
que contém áudio e vídeo, as propriedades básicas aqui apresentadas nesta seção,
relacionadas tanto ao som quanto à imagem em movimento, podem ser considerados
como os elementos básicos que compõem um vídeo MG e passível de análise em
relação aos seus significados.
16
No original: In the right context, music can be a pleasure call, the car horn a territorial defence call,
the police siren an alarm call and so on (VAN LEEUWEN, 1999, p. 92).
49
surgiu logo na primeira metade do século XX, como por exemplo as produções dos
estúdios Walt Disney em parceria com a Office of the Coordinator of Inter-American
Affairs (OCIAA). Segundo Broda (2012), entre os anos de 1940 e 1945, existiu o
OCIAA, órgão criado pelo governo dos Estados Unidos que tinha a função de difundir
o American way of life e fortalecer as relações entre o país da América Latina durante
a II Guerra Mundial.
Unidos sobre a América Latina e, claro, a criação do INCE também com interesse de
controle político, porém, neste caso, em âmbito nacional.
Além da série Health for the Americas, é possível mencionar outras animações
com foco educativo que marcaram história, como é o caso de filmes como o
média-metragem Donald in Mathmagic Land (1959), conhecido no Brasil como Donald
no País da Matemágica, e o curta animado The Dot and the line (1965). Tanto na série
Health for the Americas, como em Donald no País da Matemágica e The Dot and the
line, é possível observar elementos que foram agregados aos vídeos de MG com
cunho educativo, como por exemplo o uso de narrador com voz fora de cena,
animação de objetos geométricos, texto com o intuito de ensino.
Na televisão, o gênero programas educativos se firmou com Sesame Street
(1969), conhecido no Brasil como Vila Sésamo. Segundo Souza (2000):
Mais uma vez temos uma situação em que as obras audiovisuais educativas
são utilizadas como forma de controle político por parte de interesses comerciais ou
governamentais, reforçando a importância da consciência e estudo do gênero, para
que se possa ter um olhar crítico sobre essas produções.
Apesar de não conter animações, nem MG, Sesame Street foi forte influência
para as demais produções televisivas para o gênero educativo. O MGE surge com a
união da narrativa do gênero da animação educativa emergente no período
mencionado da primeira metade do século XX, com o advento tecnológico que
possibilitou a existência da animação digital que formou o que compreendemos hoje
como MGE. Foi na televisão, inicialmente, que o MGE se formou, tanto por causa da
facilidade técnica de se produzir MG com ferramentas que já eram utilizadas para
51
Em 1974, o designer gráfico austríaco Hans Donner foi contratado por Walter
Clark na Rede Globo, sendo responsável pelo desafio de reformular a marca e
a comunicação visual inteira da emissora. [...] A identidade televisual criada por
Donner consagrou a emissora no mundo como referência em vanguardismo no
uso de computação gráfica. Devido à ausência de equipamentos e equipe
qualificada, os projetos eram criados em parceria com a New York Institute of
Technology e a Pacific Data Images, nos Estados Unidos. As vinhetas
exploravam a estética futurista de “flying logo” com efeitos tridimensionais,
metamorfose de formas, cores vibrantes, feixes de luz e texturas metálicas
(CARDOSO, 2021, p. 100-03).
Fonte: RSA ANIMATE: Drive: The surprising truth about what motivates us, 201018
17
Disponível em: https://youtu.be/9GorqroigqM. Acesso em: 18 jul. 2021.
18
Disponível em: https://youtu.be/u6XAPnuFjJc. Acesso em: 18 jul. 2021.
53
qualquer programa típico para produção de MG, porém também existem softwares
feitos especificamente para produção de vídeos deste gênero, é o caso do Doodley,
representado na Figura 20:
19
Disponível em: https://youtu.be/tZzAzR-jgMc. Acesso em: 18 jul. 2021.
54
CAPÍTULO II
Fuzer e Cabral (2014, p. 22) também defendem que, “em essência, o texto é
uma entidade semântica, isto é, um constructo de significados e, ao mesmo tempo,
uma troca social de significados”. Esta definição abre espaço para uma análise mais
ampla da formação de significado, onde os signos semióticos também compõem o
texto e podem ser analisados como tal.
Para entender o foco deste trabalho, é importante compreender os planos
comunicativos propostos por Halliday, conforme ilustrado na Figura 21.
20
No original: The term ‘text’ refers to any instance of language, in any medium, that makes sense to
someone who knows the language (HALLIDAY; MATTHIESSEN, 2014, p. 3).
59
21
No original: The basic unit of semantics is the text – language functioning in context, an instance of
the semantic system. A text is organized internally as patterns of logical,experiential,interpersonal and
textual meaning. At the same time, it is organized externally as a unit operating in context: the structure
of the context of situation that a text operates in is, as it were, projected onto the text (HALLIDAY, 2014,
p. 43).
61
A partir desta observação, fica clara a unidade de análise, que será tomada
para análise do corpus: a oração. Para que seja possível analisar, é preciso definir
cada uma das metafunções da linguagem definidas por Halliday e Matthiessen (2014).
A metafunção ideacional é formada por processos, participantes e eventuais
circunstâncias, este sistema é conhecido como transitividade. Numa perspectiva
tradicional, a transitividade é a relação dos verbos e seus complementos, no entanto,
na GSF a transitividade diz respeito a um sistema de descrição da oração composto
pelos processos, participantes e circunstâncias, como ilustram os componentes da
oração no Quadro 5:
Fonte: Traduzido e adaptado por Fuzer e Cabral (2014, p.41) de Halliday e Matthiessen (2004)
entidades distintas, temos a oração relacional. Elas são usadas principalmente para
caracterizar e identificar os participantes. Podem ser classificadas em três tipos:
intensivas, possessivas e circunstanciais. E podem se apresentar de dois modos:
atributivas e identificativas. Seus participantes são: Portador, Possuidor, Identificado,
Identificador.
No campo dos processos do dizer, existem as orações verbais. Sendo seus
participantes: Dizente, Verbiagem, Receptor e Alvo. Dizente é o falante, que pode ser
humano ou uma fonte simbólica; Verbiagem é o que é dito; a quem a mensagem é
dirigida é chamado de Receptor; Alvo é o participante atingido pelo processo do
dizente.
Para Halliday e Matthiessen (2014), os processos comportamentais
(tipicamente humano) são categorizados por fisiológico e psicológico, como respirar,
tossir, sorrir, sonhar e olhar. Seu participante é o Comportante, que normalmente é um
ser consciente, como é o caso do Experienciador.
As orações que representam algo que existe ou de fato acontece são as
orações existenciais. Um processo comum deste tipo de oração é “haver”, em sentido
de existir. Segundo Fuzer e Cabral (2014), a oração existencial não apresenta sujeito
na língua portuguesa e seu participante típico é o Existente, que pode ser uma
pessoa, objeto, instituição ou abstração.
No Quadro 6, existe uma sintetização dos tipos de orações descritos segundo
Halliday e Matthiessen (2014).
PROPOSIÇÃO PROPOSTA
Fonte: Adaptado de Fuzer e Cabral (2014, p. 105) e Halliday e Matthiessen (2004, p. 107)
Modo
Fonte: Elaborado pelo autor a partir do corpus da pesquisa
O resíduo, por sua vez, pode conter três elementos funcionais: Predicador,
Complemento e Adjunto. Porém, os três elementos não precisam aparecer sempre
em todas as orações. É possível existir somente o Predicador, ou dois complementos
e um número indefinido de Adjuntos. Segundo Fuzer e Cabral (2004, p. 110) “a ordem
típica no Resíduo é Predicador ^ Complemento ^ Adjuntos.” Vejamos o exemplo no
Quadro 8:
Modo Resíduo
Fonte: Elaborado pelo autor a partir do corpus da pesquisa
Modo Resíduo
Fonte: Elaborado pelo autor a partir do corpus da pesquisa
67
O que é tsunami?
Tsunamis são ondas gigantes com grande concentração de energia, que
podem ocorrer nos oceanos. Elas são provocadas por um grande
deslocamento de água que ocorre após uma movimentação de placas
tectônicas abaixo dos oceanos. Estes terremotos marítimos, conhecidos como
maremotos, deslocam uma grande quantidade de energia… (FUZER;
CABRAL, 2014, p. 129, itálicos no original).
● Fazer a ligação entre a oração que está sendo criada e as orações que
vieram antes dela no texto;
● Pela sua reiteração ao longo do texto, revelar o assunto em alguns tipos de
texto;
● Estabelecer um contexto para a compreensão do que vem a seguir - O Rema.
(FUZER; CABRAL, 2014, p. 131).
Tema Rema
Fonte: Elaborado pelo autor a partir do corpus da pesquisa
Ainda segundo as autoras, o Tema pode ser um grupo nominal (que indica o
participante da oração, um grupo adverbial ou um grupo preposicional (que podem
indicar circunstâncias) (FUZER; CABRAL, 2014, p. 132).
Existem ainda os tipos de Tema divididos em: Tema Tópico, Tema Textual,
Tema Interpessoal. Os tipos de tema podem ocorrer de forma simultânea em uma
oração gerando o que é entendido como Tema Múltiplo. Vejamos o exemplo do
Quadro 12:
Sobre o tema múltiplo, Fuzer e Cabral (2014, p. 138 a 139) pontuam que,
"quando apresenta um elemento interpessoal, tem-se o Tema interpessoal. Quando o
tema exerce a função de ligar orações, chama-se Tema textual.” No caso do Tema
Tópico, é quando realiza a função da estrutura de transitividade da oração.
A partir das perspectivas apresentadas sobre a GSF e as metafunções da
69
linguagem propostas por Halliday e Matthiessen (2014) e por Fuzer e Cabral (2014), é
possível analisar o texto verbal oral e escrito existente no corpus de análise desta
pesquisa.
22
No original: This is no easy task, because what is labelled a mode here is a complex of various
factors (FORCEVILLE, 2009, p. 4).
23
No original: In linguistics, ‘text’ thus means an instance of the linguistic system. However, the sense of
text is being extended to other semiotic systems, and scholars refer to instances of e.g. ‘visual semiotic’
systems as ‘(visual) texts’ (thus a painting would be a visual semiotic text) and they also refer to
‘multimodal texts’ – instances of more than one semiotic system. While this extended sense of ‘text’ is
still hard to find in dictionaries, it has clearly been established; for example, ACARA, the Australian
Curriculum and Assessment Authority glosses ‘multimodal text’ as ‘combination of two or more
communication modes (for example, print, image and spoken text, as in film or computer presentations)
(HALLIDAY; MATTHIESSEN, 2014, p. 46).
24
No original: Semiotic systems are systems capable of carrying or even (in the case of higher- order
semiotic systems such as language) of creating meaning (MATTHIESEN, 2008, p. 11).
70
que estabeleça diálogo com a LSF. Afinal, não faria muito sentido buscar uma
definição de um cognitivista como Forceville que, para sua definição de modo, parte
dos cinco sentidos básicos dos seres humanos. Kress (2014) propõe duas formas de
se definir um modo, uma social e uma formal, uma fundada na Semiótica Social, e
outra na LSF:
25
No original: Two other answers to the question “what is a mode?” are essential. One emphasizes the
social in social semiotics; the other emphasizes the formal requirements of a social semiotic theory of
communication. The first can be briefly stated: socially, a modo is what a community takes to be a mode
and demonstrates that in its practices; it is a matter for a community and its representational needs.
(KRESS, 2014, p. 65).
26
No original: Formally [...] In a Social semiotic theory any communication resource has to fulfil three
functions: to be able to represent what ‘goes on’ in the world - states, actions, events: the ideational
function; to represent the social relations of those engaged in communication: the interpersonal
function; and to represent both these as messagentities - texts - coherent internally and with their
environment: the textual function. If music of colour or layout meet these requirements, they are modes;
if they do not, then not. (KRESS, 2014 p. 60)
71
27
No original: Multimodal SFL analysis sees visual presentations as subject to the same generic
functional requirements as other communicative artefacts. Such artefacts are accordingly already
presumed to manage meaning-making in the three metafunctional domains. A photograph, for example,
may present simultaneously a representation of something occurring, an interpersonal appeal to the
viewer (as when a character in the photograph looks directly ‘out of’ the picture at the viewer), and a
textual organisation whereby some things are made more salient in the composition (by visual
prominence, position, selection of subject-matter, etc.) and others less so (BATEMAN, 2008, p.39).
28
No original: [...]the coexistence of more than one semiotic mode within a given context. More
generally, multimodality is an everyday reality. It is the experience of living; we experience everyday life
in multimodal terms through sight, sound, movement (GIBBONS, 2012, p. 8).
72
Figura 26: Logotipo “I Love New York” criada por Milton Glaser
29
No original: The evidence is that, despite the modern human communication system having evolved
in layers, what results is one integrated multi-modal communication system, as suggested by many
details of the whole assemblage. Evidence for this hypothesis is plentiful. For example, hand and mouth
are closely connected in the somatotopic organization of the human motor cortex (e.g. [99,100]), and a
very similar connection is also evident in the monkey motor cortex [101]. The hand–mouth connection is
further evidenced by overt human behaviour such as drawing or cutting something, which is frequently
accompanied by intricate movements of the tongue, lips or jaws. And although the hands are the major
articulators in sign languages, the mouth and face are always also involved. Neuroanatomical
asymmetries in the brains of non-human primates and the lateralization of both their vocal and their
gestural communicative signals [102 –104] further corroborate the notion of an early evolutionary link
between hand and mouth (LEVINSON; HOLLER, 2014, p. 05).
30
Disponível em:
https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2020/06/morre-o-designer-milton-glaser-que-desenvolveu-o-log
otipo-i-love-ny.shtml. Acesso em: 17 jul. 2021.
73
31
A cidade de New York (New York City) é geralmente referida por NYC, ao passo que o Estado de
New York (NY), é comumente referido como New York State.
74
32
No original: An example of complete integration is grammar and intonation. In English, and in many
other languages, intonation is in fact not a separate semiotic system but rather a medium of expression
deployed within the interpersonal and textual systems of the language. (see e.g. Halliday, 1967a;
Halliday & Greaves, 2008). An example of more or less complete independence would be the use of
images in early printed books in Europe: illustrations were not produced or even chosen by the author
as illustrations of points in the text but were instead added by the printer as decorations (HALLIDAY;
MATTHIESSEN, 2014, p. 48).
75
A Gramática do Design Visual (GDV) foi proposta por Gunther Kress e Theo
van Leeuwen no livro Reading Images em 1996, tendo uma segunda edição em 2006.
Os autores propõem nesta obra um olhar para o significado das imagens, partindo de
uma perspectiva da LSF proposta inicialmente por Halliday (1985), diferentemente de
outras teorias que partem apenas da semiótica, como apontam os autores:
33
No original: It is the case that our starting point has been the systemic functional grammar of English
developed by Michael Halliday, though we had and have attempted to use its general semiotic aspects
rather than its specific linguistically focused features as the grounding for our grammar. As Ferdinand de
Saussure had done at the beginning of the last century, we see linguistics as a part of semiotics; but we
do not see linguistics as the discipline that can furnish a ready-made model for the description of
semiotic modes other than language (KRESS; VAN LEEUWEN, 2006, p. 8).
76
articulado ou produzido como interpretado ou usado”, como apontado por Kress e van
Leeuwen (2001, p. 20, tradução nossa34).
A perspectiva de análise multimodal proposta por Kress e van Leeuwen (2006)
inclui as metafunções da linguagem abordadas na LSF e adaptadas, criando um
paralelo para a análise de imagens, como esquematizado no Quadro 13.
34
No original: We defined communication as a process in which a semiotic product or event is both
articulated or produced and interpreted or used (KRESS; VAN LEEUWEN, 2001, p. 20).
77
As RS, entre imagem e o texto escrito, propostas por Santaella (2012), podem
ser divididas de acordo com quatro características: Dominância, Redundância,
Complementaridade, Discrepância ou Contradição. A Dominância é a relação que
pode existir entre os códigos semióticos quando um deles é superior ao outro. Por
exemplo, na Figura 27, o foco é a ilustração, o conteúdo verbal escrito serve apenas
como uma legenda para as imagens.
Fonte: Retirado do livro The Illusion of Life (THOMAS; JOHNSTON, 1995, p. 109)
Fonte: René Magritte La Trahison des images (1929) retirado do site learner.org35
Para Painter, Martin e Unsworth (2013), os livros infantis são textos bimodais,
que contam com um componente visual e o texto verbal para construir sentido em sua
narrativa. No intuito de compreender melhor essa relação surge a Análise do Discurso
Multimodal Sistêmico-Funcional (ADMSF).
Diferentemente da RS propostas por Santaella (2012), que estabelecem
parâmetros para que se possa comparar a relação semântica entre os códigos
semióticos, a ADMSF foca num comparativo de localidade visual dos modos
semióticos encontrados nos livros infantis, por meio de uma comparação intermodal
35
Disponível no link:
https://www.learner.org/series/art-through-time-a-global-view/writing/la-trahison-des-images-ceci-nest-p
as-une-pipe/
Acesso em: 15 jul. 2021.
84
com base na metafunção textual proposta por Halliday e Matthiessen (2014). O layout
se torna o espaço de composição da mensagem onde é feito um paralelo com a
metafunção textual.
36
No original: As these books were examined metafunction by metafunction, it was necessary to
repeatedly expand the corpus to embrace maximum variation along a number of other dimensions that
emerged as relevant. For the interpersonal metafunction these included variation in angle and
‘focalisation’ of images, variation in depiction style (from cartoon-like to naturalistic) and variation in the
use of colour; for the textual metafunction, variation in page layout and the use of framing and bordering
devices was explored (PAINTER, MARTIN; UNSWORTH, 2013, p. 10).
37
No original: The Verbiage is the function that corresponds to what is said, representing it as a class of
thing rather than as a report or quote (HALLIDAY; MATTHIESSEN, 2004, p. 255).
85
Fonte: Traduzido e adaptado por Dias e Vian Jr. (2017) de Painter, Martin e Unsworth (2013, p. 93)
Fonte: Traduzido e adaptado por Dias e Vian Jr. (2017) de Painter, Martin e Unsworth (2013, p. 93)
Nesta perspectiva, a fala do personagem Chico Bento, na Figura 33, pode ser
classificada como integrada projetada com significado de locução. Também existem
desdobramentos relativos ao layout complementar, disposto de forma esquemática na
Figura 35.
87
Fonte: Traduzido e adaptado pelo autor de Painter, Martin e Unsworth (2013, p. 93)
CAPÍTULO III
METODOLOGIA DE PESQUISA
tipo de vídeo seria o mais adequado para exemplificar os conceitos da disciplina para
os alunos, além da questão sobre como analisar esses vídeos, no intuito de constatar
que poderiam funcionar como um recurso pedagógico útil para a disciplina.
A partir desses questionamentos, foram definidos os primeiros passos para
esta dissertação. Em minha área de formação, o audiovisual, a linguagem é
comumente estudada no campo do cinema. Dois dos maiores teóricos na área foram
os cineastas russos Lev Kuleshov e Sergei Eisenstein, respectivamente, professor e
aluno da primeira escola de cinema do mundo, o Instituto Técnico de Cinematografia
(GIK) fundado em 1919 em Moscou. A contribuição de ambos para área, porém, era
estritamente ligada ao estudo do significado da imagem e principalmente da
montagem cinematográfica.
Além do Cinema, a Semiótica também inicialmente revelou-se como um campo
promissor para auxiliar no desenvolvimento desta pesquisa, Kress e van Leeuwen,
por exemplo, se utilizam da Semiótica Social em suas pesquisas além da LSF, e
Santaella, outra autora que compõe a fundamentação teórica desta pesquisa, se
baseia na Semiótica peirciana. Tanto Santaella quanto Kress e van Leeuwen, em seus
estudos seminais, tinham um trabalho de pesquisa focado normalmente no estudo de
imagens estáticas, ou a evolução das imagens e das tecnologias, não levando em
consideração, nesse primeiro momento, imagens em movimento, tornando-se um dos
desafios desta pesquisa, que só foi possível graças à interdisciplinaridade assumida
na fundamentação teórica. No âmbito da LSF, encontrei possibilidades de melhor
estudar a integração de modos semióticos, principalmente por sua compreensão
abrangente do significado de texto como formador de sentido, afirmação já pontuada
no capítulo de fundamentação teórica desta dissertação (cf. seção 2.1). Pelo fato de
não encontrar uma forma de análise linguística já elaborada, ou utilizada por outros
autores para vídeos de animação explicativos, optei, a partir das teorias já
apresentadas da LSF e GDV, desenvolver uma proposta de análise, configurando-se,
assim como objetivo geral desta pesquisa:
Com base nas metafunções da LSF, a unidade de análise adotada deve ser a
oração, uma vez que as metafunções da linguagem propostas por Halliday se
encontram no estrato léxico-gramatical. Segundo Vian Jr. (2009):
Com essas duas perspectivas apontadas, fica claro que o significado da oração
é estruturado pelas metafunções, como também representado na Figura 21 da
fundamentação teórica (cf. seção 2.1). Para que seja possível uma comparação entre
os modos existentes, foi escolhida, principalmente, a perspectiva da metafunção
ideacional, partindo de seus componentes básicos: Processos, Participantes e
Circunstâncias. Não é possível verificar as relações interpessoais de uma oração sem
existir a metafunção ideacional, assim como não é possível analisar uma estrutura
textual sem a existência desses elementos. Optou-se, portanto, por analisar e
quantificar os componentes básicos da metafunção ideacional a fim de
posteriormente compará-los ao nível de representação e significado entre os modos
semióticos verificados no corpus.
A definição dos modos semióticos que compõem o vídeo utilizado como corpus
foi baseada em Kress (2014), levando em consideração os dois aspectos levantados
pelo autor para definição do modo, ou seja, o social e o formal, citados na
fundamentação teórica desta pesquisa (cf. seção 2.2). Considero que cada modo é
construído por orações, sejam elas verbais escritas, verbais oralizadas, imagéticas,
sonoras ou musicais. Sendo assim, levo em consideração que o vídeo em motion
graphic é formado por orações que ocorrem de forma simultânea por meio de
diferentes modos semióticos. As análises destas orações serão desenvolvidas de
forma qualiquantitativa no capítulo 4 onde os dados são apresentados, analisados e
discutidos.
38
No original: We use language to make sense of our experience, and to carry out our interactions with
other people. This means that the grammar has to interface with what goes on outside language: with
the happenings and conditions of the world, and with the social processes we engage in. But at the
same time it has to organize the construal of experience, and the enactment of social processes, so that
they can be transformed into wording. The way it does this is by splitting the task into two. In step one,
the interfacing part, experience and interpersonal relationships are transformed into meaning; this is the
stratum of semantics. In step two, the meaning is further transformed into wording; this is the stratum of
lexicogrammar (HALLIDAY; MATTHIESSEN, 2014, p, 25).
94
A partir dos dados obtidos nos dois sites ilustrados nas Figuras 36 e 37, foi
possível elencar os dez canais na plataforma YouTube com maiores acessos, como
ilustrado no Quadro 15. Os canais previamente levantados foram:
Esta descrição do canal, disposta em seu site oficial, reafirma o foco educativo
das produções, adequando-se ao foco inicial da pesquisa de buscar produtores de
39
In a nutshell é uma expressão da língua inglesa utilizada para resumir algo: “Você pode usar in a
nutshell para indicar algo que você está dizendo de uma forma muito curta, usando poucas palavras.”
Traduzido pelo autor do dicionário online Collins COBUILD, disponível em:
https://www.collinsdictionary.com/pt/dictionary/english/in-a-nutshell . Acesso em: 15 jul. 2021.
40
No original: Kurzgesagt – German for „In a nutshell“ is a Munich-based YouTube channel and design
studio with a unique perspective on design, color, and storytelling. We engage in information design
projects of all kind, but are best known for our distinctive animation videos. We want our work to raise
awareness for topics from the fields of science, space, technology, biology, history and philosophy. Our
goal is to inspire people to learn – and we believe humor and a good story to tell are just as important
as straight facts.
97
41
Título original: Coronavirus explained & what you should do. O vídeo pode ser acessado no
endereço: https://youtu.be/BtN-goy9VOY. Acesso em: 28 mai. 2021.
98
O vídeo tem como assunto central o vírus da COVID 19 que se espalhou pelo
mundo no ano de 2020, causando uma pandemia mundial. Foi lançado em 19 de
março de 2020, ainda no início do período pandêmico. Segundo os créditos finais do
vídeo, a elaboração de seu texto teve a colaboração de cerca de quatro especialistas
da área, entre doutores e professores, e um site de publicação de pesquisas, que é
sempre atualizado com novos dados, o ourworldindata.org.
(2) criação de uma tabela para cada oração do vídeo, contendo os modos
semióticos e as suas respectivas metafunções, sendo no modo verbal oral e
escrito na perspectiva da LSF e nos demais modos na perspectiva da GDV;
42
No original: [...] what is expressed in language through the choice between different word classes and
clause structures, may, in visual communication, be expressed through the choice between different
uses of color or different compositional structure (KRESS; VAN LEEUWEN, 2006, p. 2).
99
MODOS
Verbal escrito Em dezembro as autoridades notificaram o mundo por suas
(Legenda) de 2019, chinesas que um vírus estava se espalhando comunidades.
Verbal Oral.
(Narrador In December the chinese through their
canal fônico) 2019 authorities notified the world that a virus was spreading communities
Texto Ação das bolinhas
diegético vermelhas
“Dezembro de Delimitação aparecendo a partir
2019” do país e a Oculto. Irá do centro do país
Tarja azul com bandeira Balão de fala aparecer na Texto diegético:
Imagem em letras brancas referente ao com ponto de cena Bolinhas número progressivo
movimento sem serifa. país. exclamação. seguinte. vermelhas. de infectados. mapa do país
Som de duas
notas, uma
grave e outra
mais aguda,
Som simulando um
modulando do aviso. Como Som representativo
grave para o um aviso de de números sendo
agudo junto a notificação de alterados
Efeitos sonoros bandeira. celular. Melodia exponencial.
Função Finito e
Interpessoal Sujeito predicador
Tema Rema
Tema textual Tema Rema
Função Tema
Textual Rema
Fonte: Elaborado pelo autor com base nos dados da pesquisa
Valor de Valor de
informação: informação:
Centralizado para o Segue a ideia de
elemento país e o Dado e Novo.
que ocorre dentro Esquerda para
dele. direita.
Valor de Saliência: Cor Saliência: O
informação: vermelha ressalta ponto de Valor de
Topo = Ideal = elementos como a exclamação informação:
“December 2019” Bandeira do país e aparece em azul, Margem
Polarizado para os as bolinhas que contrastando com Saliência: Azul
textos diegéticos representam o vírus. o vermelho do escuro, não
Saliência: Pouco Estruturação: país e das saliente
saliente Contorno em branco bolinhas Estruturação: Valor de informação: Centralizado
Estruturação: representando a Estruturação: Plano de fundo, Saliência: Vermelho, contraste com o
Função Caixas de texto fronteira do país. Ligado ao país base para verde do país, saliente.
composicional complementando Bandeira vermelha pela ponta do outros Estruturação: Plano médio, um dos
(TEXTUAL) as informações central no país. balão de fala integrantes protagonistas da ação. Oculto
Fonte: Elaborado pelo autor com base nos dados da pesquisa
Como ainda não existe uma forma de análise dos modos efeitos sonoros e
música, com base nas metafunções da linguagem, foi necessário adaptar uma
análise. Portanto, a partir da GDV, foram acrescidas ou suprimidas formas de análise
de acordo com van Leeuwen (1999) e Wisnik (1999), teóricos da área da Linguística e
da Música apresentados na seção 1.4 Elementos sonoros do motion graphic. Para
fins de comparação, foi acrescida a oração exposta pelo modo verbal oral e foi
analisada apenas a função representacional (ideacional para a LSF), para facilitar o
comparativo com o modo verbal. Um exemplo é o Quadro 21:
CENA 1 - Período: de 00:00 a 00:07 | Duração: 00:07 sec | Modo: EFEITOS SONOROS
Modo:
Verbal Oral.
(Narrador
In December the chinese through their
canal fônico)
2019 authorities notified the world that a virus was spreading communities
Não Som de duas Não representado Glissando sonoro Não
representado notas, uma grave representado
e outra mais Som
aguda, simulando representativo de
um aviso. Como números sendo
Som modulando do um aviso de alterados
Modo: grave para o agudo notificação de Melodia
Efeitos sonoros junto a bandeira. celular. exponencial.
CAPÍTULO IV
43
Disponível em: https://dictionary.cambridge.org/pt/dicionario/ingles/in-a-nutshell. Acesso em: 03 jan.
2022.
108
44
Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=uFk0mgljtns&ab_channel=Kurzgesagt%E2%80%93InaNutshell
Acesso em: 30 jun. de 2021.
109
o roteiro, a primeira etapa a ser produzida para construção do vídeo, que é reescrito
diversas vezes e pode tomar um longo período da produção. E sem ele não é
possível iniciar a segunda parte de produção, que é a ilustração.
A segunda etapa, por sua vez, é a de criação visual com base no roteiro,
gerando primeiramente o storyboard e as ilustrações finais do vídeo para que,
posteriormente, sejam animadas, processo de produção esse pontuado na seção 1.1
Motion Graphic: definição e processo de produção. Mesmo antes da animação, é
gravada a voz do narrador, portanto, a animação é feita com base no tempo da edição
de áudio do narrador. Isto revela por si só a importância do texto narrado pelo locutor,
que, na perspectiva das RS proposta por Santaella (2012), enquadra o modo verbal
oral como dominante em relação aos demais modos. Essa relação de dominância vai
ficando clara do ponto de vista linguístico, também conforme a análise dos demais
modos vão sendo aprofundadas.
Não há, portanto, uma seção específica para o modo verbal, pois ele permeia
todo o vídeo, e as análises dos demais modos sempre serão comparativas em
relação à linguagem verbal, principalmente a narrada pelo locutor. Com base nessa
contextualização do MGE utilizado como corpus, passamos à análise dos demais
modos nas seções subsequentes.
Fonte: O Coronavírus Explicado & O Que Você Deve Fazer, Kurzgesagt, 2020
metafunções da GDV proposta por Kress e van Leeuwen (2006), podemos observar
que todos os elementos visuais que compõem um vídeo em MG, como referido no
capítulo 1 na seção sobre os elementos visuais que formam o vídeo em MG, isto é,
movimento, posição, escala, rotação, opacidade, cor, forma, geram a representação
dos participantes, processos e circunstâncias da cena em questão, como é possível
verificar no Quadro 23:
Assim como no exemplo já referido da logotipo “I Love New York” (cf. Figura
26, p.72), o texto diegético, por exemplo, se torna um elemento da oração, neste caso
o texto diegético December 2019 tem a função de circunstância, enquanto outros
elementos gráficos assumem a função de participantes. Na perspectiva da ADMSF de
Painter, Martin e Unsworth (2013), o texto diegético, chamado pelos autores de
verbiagem, faz parte do layout e sua relação intermodal com o modo visual é
integrada, como exposto no capítulo 2 na seção que aborda a ADMSF (cf. seção 2.5,
p. 86). Em todo caso, com exceção da legenda, o texto diegético do corpus é
integrado, porém foram detectados dois exemplos recorrentes, integrado incluído, ou
seja, expandido e instalado, e um segundo caso integrado como locução, ou seja,
projetado, como é possível verificar na Figura 40:
Fonte: Traduzido e adaptado por Dias e Vian Jr. (2017) de Painter, Martin e Unsworth (2013, p. 93)
No início desta pesquisa, existiam dúvidas se a cor, por exemplo, poderia ser
um modo no corpus e esta análise já deixa claro que não. A cor faz parte da
representação de um participante, circunstância ou processo na composição do
enquadramento, assim como os demais elementos fundamentais pontuados na seção
1.2 Elementos que compõem um motion graphic. Existe um paralelo entre as
palavras e os objetos representados na composição e é possível observar isso na
relação existente entre os modos verbal oral e imagem em movimento em
comparação aos seus participantes, processos e circunstâncias.
Partindo da representação dos participantes, no caso da cena 1, no modo
verbal oral the Chinese authorities, é representado pelo modo imagem em movimento
por dois elementos: a delimitação caricata da China e a representação também
caricata da bandeira chinesa. Observando separadamente o modo da imagem em
movimento, pode não ficar clara a ideia de autoridades chinesas, mas sim da nação
China como participante do processo da oração. Principalmente por não conter
nenhum signo que represente as autoridades chinesas, apenas a bandeira e a
delimitação do país indicam o país em si e não suas autoridades, indicando
diferenças na abordagem de cada modo. Essas diferenças podem ser observadas
durante todo o vídeo. De forma geral, a imagem em movimento oscila em
complementar o modo verbal oral e também ser redundante, usando como
perspectiva os tipos de Relações Semânticas de Santaella (2014). Em outros casos,
os participantes trazem informações de forma, características e até mesmo o nome do
participante como é possível observar na Figura 41:
Fonte: O Coronavírus Explicado & O Que Você Deve Fazer, Kurzgesagt, 2020
114
Neste trecho ilustrado na Figura 41, o modo verbal oral é composto da oração
apresentada no Quadro 24:
ORAÇÃO 13 - CENA 12 - Período: de 01:25 a 01:32 | Duração: 0:7 sec | Modos: VERBAL ESCRITO / VERBAL ORAL
Verbal Oral.
(Narrador
canal fônico) Corona connects to a specific receptor on its victim's membranes to inject its genetic material.
Função Participante Processo Processo
Ideacional Ator Material Participante Beneficiário Circunstância Material Participante Meta
Sujeito Finito Adjunto Finito Complemento
Função Interpessoal Predicador Predicador
(Modo oracional:
Declarativo) Complemento
Função Tema não Rema
Textual marcado
Fonte: Elaborado pelo autor a partir dos dados da pesquisa
Fonte: O Coronavírus Explicado & O Que Você Deve Fazer, Kurzgesagt, 2020
A forma com que algo é dito, ou seja, sua intenção, no modo oral é expresso
pela prosódia. Na imagem em movimento essa dimensão está provavelmente na
forma com que algo é representado. Caricata, realista, abstrata entre outras. No caso
do vídeo do corpus, é compreensível a tendência de representações mais caricatas,
afinal isso está ligado ao gênero educativo do vídeo, que como já mencionado na
seção sobre o modo verbal oral (cf. seção 4.1), firma uma linguagem mais
simplificada, no intuito de abranger um público geral de vários graus de escolaridade.
Outra observação importante em relação aos participantes é que, por muitas
vezes, são introduzidos juntos a uma caixa de texto diegética indicativa de seu nome
ou condição, como ilustrado na Figura 43:
116
Fonte: Elaborado pelo autor a partir do vídeo O Coronavírus Explicado & O Que Você Deve Fazer
ORAÇÃO 15 - CENA 13 - Período: de 01:38 a 01:47 | Duração: 0:6 sec | Modos: VERBAL ESCRITO / VERBAL ORAL
Verbal Oral.
(Narrador with more and more copies of the until it reaches a one final order,
canal fônico) It fills up original virus critical point and receives self-destruct.
Função Participante Processo Participante
Ideacional Ator Material Participante Meta Circunstância Processo Verbal Verbiagem
Sujeito Finito Predicador Adjunto Finito Predicador Complemento
Função Interpessoal
(Modo oracional:
Declarativo) Complemento
Função Tema não Rema
Textual marcado
Fonte: Elaborado pelo autor a partir dos dados da pesquisa
Fonte: Elaborado pelo autor a partir do vídeo O Coronavírus Explicado & O Que Você Deve Fazer
Fonte: Elaborado pelo autor a partir do vídeo O Coronavírus Explicado & O Que Você Deve Fazer
Esta cena é acompanhada pelas seguintes orações ditas pelo narrador The
worst case scenario for a fast pandemic begins with a very rapid rate of infection,
because there are no counter measures in place to slow it down.
Diferentemente dos exemplos das Figuras 39, 41, 42 e 43, aqui não há
nenhuma indicativa de um cenário, personagens ou situações. Mesmo na cena 33,
onde a palavra surface não determina qual superfície é, a imagem complementa essa
informação com possíveis superfícies. No caso da Figura 45, não. A imagem cria uma
situação diferente para contemplar a ideia da frase dita pelo narrador. The worst case
scenario for a fast pandemic begins é uma frase que engloba uma ideia não palpável.
Mesmo assim, a imagem tenta contemplar a ideia, como por exemplo, criar um
cenário que exemplifica a situação, como é o caso do estádio, demonstrar a
circunstância worst, tanto pela composição da aglomeração, quanto pela máscara de
cor circular, que gradativamente vai se expandindo na plateia do estádio, deixando
vermelho conforme se expande. Essa ação também contempla a segunda parte da
oração, onde temos there are no counter measures in place to slow it down, sendo
representada pelo movimento rápido de expansão desta máscara de cor que
consequentemente representa o contágio do vírus em questão.
Existem também informações que criam um diálogo com o espectador, ou um
diálogo interno dos participantes, por meio dos personagens representados por
pássaros no canal que aparecem nas imagens. Estes pássaros do canal como na
Figura 46, representam muitas vezes o próprio canal, ou, em alguns momentos, os
próprios espectadores. Para ter certeza sobre essa representação, é exigida do
espectador uma certa familiaridade com o programa Kurzgesagt, como no exemplo
apresentado na cena 3, captada na Figura 46:
120
Fonte: O Coronavírus Explicado & O Que Você Deve Fazer, Kurzgesagt, 2020
O narrador neste instante enuncia a seguinte oração: This virus is the Severe
Acute Respiratory Syndrome-Related Coronavirus 2 that causes the disease called
Covid-19 and that everyone simply calls coronavirus. No instante em que a palavra
coronavirus é dita, a figura de um passarinho entra no canto direito do quadro fazendo
o comentário Better, que se refere ao nome dado popularmente para o vírus em
comparação ao nome científico, que parece ser muito maior nesta comparação.
Trata-se, como se pode depreender, de um claro exemplo de popularização da
ciência, transformando termos científicos em metalinguagem compreendida pelos
espectadores. Estas informações extras parecem ser distintas de informações
puramente complementares, como é o caso da cena 13, Figura 43, onde a informação
complementar é uma indicativa. Talvez aqui seja um caso de existirem subcategorias
de relações intermodais dentro da categoria complementar, afinal, podem existir
informações complementares que contribuem para a compreensão do que é dito no
modo verbal oral, enquanto outras informações podem ser do nível comentário, como
é o caso desta situação na cena 3. Outra observação sobre o participante pássaro da
cena 3 é que ele cria uma relação visual com o espectador, segundo Kress e van
Leeuwen (2006), podemos definir que o participante pássaro é dizente, e o processo
do que é dito por ele está sendo definido pelo balão de fala. O contato visual do
personagem com o espectador a GDV define como vetor, criando uma relação
transicional entre o participante representado e o observador.
121
Fonte: Elaborado pelo autor a partir do vídeo O Coronavírus Explicado & O Que Você Deve Fazer
O personagem pássaro, nas duas cenas da Figura 47, parece conversar com o
público, trazendo informações adicionais, que não estão sendo expressas pelo modo
verbal oral, tampouco pela composição visual, que se encontra atrás do pássaro.
Usando como base a ADMSF, o balão de fala pode ser classificado como uma
verbiagem integrada à locução (cf. Figura 40), porém a posição do pássaro e do balão
de fala parecem estar dispostos sobre a composição principal que está atrás,
colocando-se como uma interferência entre o vídeo e o espectador. Segundo a GDV,
esta aproximação seria, na função interativa, uma distância social aproximada, uma
atitude de envolvimento. Em relação à metafunção composicional, teríamos o pássaro
numa posição à margem do enquadramento, reforçando que não é a informação
principal da cena. Talvez, nessas situações, ocorram um certo ruído de informação,
principalmente para quem assiste o vídeo com legendas. A ocorrência de outro modo
verbal escrito, agora posicional na cena, e trazendo uma informação a mais ao que é
expresso pelo modo verbal oral, parece ser um excesso de informação para o
espectador. Porém, caso o espectador esteja assistindo individualmente, tem a
possibilidade de pausar o vídeo para ler a informação dita pelo personagem pássaro.
Uma última observação sobre a Figura 47 é que o conteúdo do balão de fala da cena
14 convida o espectador a verificar elementos paratextuais do vídeo, no caso, a
descrição do vídeo postado.
122
CENA 4 - Período: de 00:13 a 00:20 | Duração: 00:07 sec | Modos: VERBAL ESCRITO / VERBAL ORAL
Verbal Oral.
(Narrador
canal fônico)
What actually happens when it infects a human and what should we all do
Processo Processo
Função Material Circunstância Material Participante Processo Participan Processo
Ideacional Circunstância Criativo geral de Tempo Criativo Meta Material te Ator Material
Função Interpessoal Adjunto de Sujeito Complement Finito Sujeito Finito
(Modo oracional: Adjunto Finito Temporalidade Finito o Predicador Predicador
Interrogativo) modalidade Predicador Predicador
Tema textual Tema Rema Tema Tema Tópico Rema
tópico textual
Função Tema
Textual Rema
Fonte: Elaborado pelo autor a partir dos dados da pesquisa
Circunstâncias Grupos adverbiais de palavras Forma, movimento, posição, escala, rotação, opacidade,
dimensão, textura, linha, ponto, cor, matiz, luminosidade,
saturação. (Todos os elementos básicos da imagem em
movimento)
Fonte: Elaborado pelo autor a partir dos dados da pesquisa
Fonte: Elaborado pelo autor a partir do vídeo O Coronavírus Explicado & O Que Você Deve Fazer
Isto ocorre durante todo o vídeo, cada oração induz a uma transição de cena,
ou movimentação de câmera, alterando o enquadramento ou ainda alterando a
composição do quadro com inserção de mais participantes ou fenômenos, criando
uma relação intrínseca com a oração e o enquadramento/composição, como foi
indicado no Quadro 27.
Essa organização é diferente do apresentado no capítulo 1 na seção sobre os
elementos visuais que compõem os vídeos de MG (cf. seção 1.3). Segundo Kuleshov
e Eisenstein, a síntese dedutiva se forma a partir do corte entre uma imagem em
outra, como observado na Figura 16, porém não necessariamente isso precisa ocorrer
126
Os efeitos sonoros presentes no MGE sob análise compreendem, por sua vez,
um modo que se utiliza do canal auditivo para ser veiculado. Nesta análise, foi
definido como um modo distinto da música, ou do modo verbal oral, que também se
utilizam da dimensão sonora, por causa do seu consenso socialmente aceito, no
âmbito da produção de um vídeo, e por causa de suas características comunicativas
numa perspectiva formal, seguindo a lógica de Kress (2014) das definições de modo a
partir de um âmbito social e formal.
No quesito social, os efeitos sonoros existem em diversas mídias diferentes,
como por exemplo no teatro, em programas de rádio, no cinema e no audiovisual de
forma geral. Seu produtor é conhecido no Brasil como sonoplasta e, de forma geral,
no meio audiovisual, como sound designer ou engenheiro de som. Ele é responsável
por criar os sons não musicais de uma cena. No caso do corpus, a empresa
responsável por essa etapa é a Epic Mountain, conforme explicitado na seção 2.3 no
capítulo de metodologia da pesquisa.
127
CENA 1 - Período: de 00:00 a 00:07 | Duração: 00:07 sec | Modo: EFEITOS SONOROS
Modo:
Verbal Oral.
(Narrador
In December the chinese through their
canal fônico)
2019 authorities notified the world that a virus was spreading communities
Não Som de duas Não representado Glissando sonoro Não
representado notas, uma grave representado
e outra mais Som
aguda, simulando representativo de
um aviso. Como números sendo
Modo: Som modulando do um aviso de alterados
Efeitos grave para o agudo notificação de Melodia
sonoros junto a bandeira. celular. exponencial.
Função
Representacio Participante: Som Participante: Som Processo: Som
nal da Bandeira Processo: Som referente a bolinha referente a bolinha
(Ideacional) referente ao país de notificação aparecendo aparecendo
Existe uma ilusão interessante que ocorre com frequências altas e baixas no
mundo da imagem - as altas são mais altas e as baixas são mais baixas.
Instrumentos como sinos, pratos e cordas altas sempre parecem estar muito
mais altos entre os alto-falantes do que instrumentos, como baixos, bumbo e
sons de rap. Verifique em seu próprio sistema de som. Toque uma música e
ouça onde os sons de alta e baixa frequência parecem estar entre os
alto-falantes. A altura é especialmente perceptível em um carro. (GIBSON,
2005, p. 24, tradução nossa45).
45
No original: There is an interesting illusion that occurs with high and low frequencies in the world of
imaging—highs are higher and lows are lower. Instruments such as bells, cymbals, and high strings
always seem to be much higher between the speakers than instruments, such as bass guitars, kick
drums, and rap booms. Check it out on your own system. Play a song and listen to where high- and
low-frequency sounds seem to be between the speakers. Height is especially noticeable in a car
(GIBSON, 2005, p. 24).
46
No original: One area in which sounds were already 'designed' long before new technologies of
sampling and mixing began to move sound design into the mainstream, was the animated cartoon. In
animated cartoons sound is primary. While in most films music and sound effects are added after the
image track has been edited, in animated cartoons the soundtrack is designed before the images are
produced, something which has been derogatorily referred to as 'mickey-mousing' (VAN LEEUWEN,
1999, p. 168).
129
Partindo dos dois primeiros quadros da esquerda para direita e de cima para
baixo, na Figura 49, o personagem Pateta inicia seu salto. Nesse instante, a flauta de
êmbolo transmite um som que modula do agudo e que, de forma cadencial, vai se
tornando grave até que o personagem atinja a água no último quadro. Efeitos como
esses são comuns no cinema de animação e repercutem até hoje nas produções
audiovisuais animadas de forma geral. Os sons dos participantes podem variar em
47
Disponível em: https://youtu.be/SdIaEQCUVbk. Acesso em: 5 de jul. 2021.
130
Os efeitos sonoros, assim como a prosódia, tem suas formas definidas por
parâmetros muito próximos, segundo o professor Pablo Arantes, da Universidade
Federal de São Carlos, em sua participação na palestra “Prosódia: voz, estrutura e
expressão”48, elenca quatro dimensões básicas da prosódia, sendo elas:
Fonte: O Coronavírus Explicado & O Que Você Deve Fazer, Kurzgesagt, 2020
No momento desta cena, o narrador diz: None of this is fun. But looking at the
big picture, it is a really small price to pay. Levando em conta o contexto, None of this
is fun diz respeito às recomendações de atitudes a serem tomadas durante a
pandemia, citadas no vídeo anteriormente a essa cena. A composição visual cria uma
dualidade, sendo a imagem da esquerda se referindo à primeira frase, e a imagem da
direita referindo-se a segunda frase. A primeira frase afirma que as práticas de
isolamento social não são divertidas, ou seja, um tom negativo, e a segunda frase
parece tentar explicar para o público uma outra perspectiva, de que, apesar de não
ser divertido, será um preço pequeno a pagar pelo bem estar de todos, um tom mais
positivo aqui. Na dimensão sonora, existe um som com um timbre claro com uma
modulação ascendente, ou seja, para o agudo, remetendo a sons típicos de jogos
132
eletrônicos, em que o personagem principal consegue uma vida extra, som esse que
reafirma o tom positivo da afirmação dita pelo narrador, e pela animação do gráfico
crescente indicando uma alta na saúde coletiva, como indicado diegeticamente abaixo
do gráfico Collective Health. Este é um bom exemplo de como os efeitos sonoros
cumprem a função da intenção do texto. Segundo Azevedo (2007, p. 44), Tech (1988)
elenca seis funções que a entonação pode ter no discurso e uma delas é exatamente
esse tópico “expressão da atitude, a qual demonstra a intenção do falante durante o
discurso”, ela ainda reforça:
fenômenos que ocorrem com as células e vírus, os sons propostos pela animação
não condizem e nem se aproximam dos sons reais. É o que van Leeuwen (1999)
aponta como representação abstrato-sensorial, que preza por uma representação de
efeito emotivo. Os efeitos sonoros atuam como modo semiótico independente apenas
em algumas situações, em outras eles apenas se tornam um recurso semiótico da
imagem em movimento, como é o caso dos sons existentes para demarcar as
transições de cenas de enquadramentos. Ele não tem nenhuma interação direta com
o modo verbal oral, apenas a relação quase sempre redundante com a imagem em
movimento.
O Quadro 29 sintetiza o comparativo observado entre o modo Verbal oral e
quais elementos formadores deste modo concretizam as unidades básicas da
Metafunção Ideacional na perspectiva da GSF.
É viável afirmar também, com base no Quadro 29, sua íntima ligação com o
modo Imagem em movimento, uma vez que os objetos representados, muitas vezes,
geram som na cena, fazendo com que, em muitos casos, o modo Efeitos sonoros não
funcione de forma independente, e sim completamente integrado com o Modo
imagem em movimento.
134
49
Disponível em: https://youtu.be/DDsBHah-Rcw. Acesso em: 16 jul. 2021.
135
Criando uma analogia da linguagem verbal escrita com a forma musical, esta
pode ser comparada às divisões de versos de sonetos, que seguem uma estrutura
que conta com as duas primeiras estrofes seguindo A B B A, em seus versos, e C D
C e D C D, nas duas últimas estrofes.
Apenas com a análise da forma musical foi possível constatar que a música
não funciona sincronizada à oração composta pelo modo verbal oral como ocorre com
os demais modos. Ela é como uma oração à parte, criando um outro texto paralelo,
que funciona em outra divisão temporal. Uma frase musical, por exemplo, pode
ocorrer durante a execução de várias cenas. A música, portanto, foi dividida conforme
o Quadro 30:
Música Acompanha Música tema Tema A Tema a Tema B Tema b Música tema
mento
do programa do programa
50
Batidas por minuto, medida de divisão de tempo.
137
Fonte: O Coronavírus Explicado & O Que Você Deve Fazer, Kurzgesagt, 2020
51
No original: Sounds are actions and can only represent the actions of people, places and things (VAN
LEEUWEN, 1999, p 93).
140
De acordo com o Quadro 33, portanto, o modo verbal cumpre uma função de
informar, por meio da narração do locutor, que compõe as informações mais
pertinentes do vídeo, e cumpre o propósito central do vídeo de informar sobre a
pandemia da Covid-19; o modo da Imagem em movimento também estabelece a
função de informar, utilizando-se da representação imagética do que o narrador
propõe, formando, assim, a função de representação, e com ela a possibilidade de
indicar o grau de intenção da mensagem passada pelo vídeo; os efeitos sonoros
cumprem a função de representar, uma vez que, em grande parte, estão funcionando
de forma integrada ao modo Imagem em movimento, e também indica grau de
intenção, na alternância de seus elementos básicos como a variável altura ou timbre;
e o modo Música cumpre a função apenas de indicar grau de intenção, sendo
encarregado de trabalhar num campo mais topológico da mensagem, conduzindo o
espectador a possíveis emoções.
Outro ponto relevante a ser destacado é o paralelo sintático observado no
corpus. A partir da observação de participantes, processos e circunstâncias,
integrantes da metafunção ideacional da linguagem na perspectiva da GSF, foi
possível traçar o seguinte paralelo: se as palavras, no modo verbal oral e escrito, são
responsáveis por significar participantes, processos e circunstâncias, no modo
imagem em movimento, o elemento visual “forma” seria majoritariamente responsável
por representar participantes. O elemento movimento, criando dinâmica aos demais
elementos visuais, seria responsável por representar processos. E no caso das
circunstâncias, essa tarefa seria responsabilidade de todos os elementos visuais
pontuados, como já apresentado no Quadro 28, seção 4.2. Esta linha de pensamento
levou-me a concluir que a unidade oração, nos modos verbais, teriam um paralelo
com o elemento composição e enquadramento do modo imagem em movimento. No
141
Figura 52: Elementos componentes dos modos semióticos do vídeo de MGE analisado. Paralelo
Sintático e Semântico.
compreender que esse aspecto ocorre nos demais modos, como por exemplo nos
tipos de representações do modo imagem em movimento, abstrato, realista, caricato,
iconográfico entre tantas outras formas de representação. Na música, esse paralelo
existe na interpretação musical, na variação de timbres e ligação das notas. No som,
é possível destacar a intensidade com que tal som ocorre. E, no modo verbal escrito,
seria manifestado pela tipografia. Não existe escrita sem tipografia; não existe fala
sem prosódia, não existe representação sem uma forma de representá-la; não existe
música sem uma interpretação; não existe som sem sua intensidade. São elementos
inerentes a cada um desses modos.
Para colaborar com este paralelo sintático e semântico, Halliday (1985) afirma:
52
No original: Grammar goes beyond formal rules of correctness. It is a means of representing patterns
of experience. [...] It enables human beings to build a mental picture of reality, to make sense of their
experience of what goes on around them and inside them (Halliday, 1985 p. 101).
143
CONSIDERAÇÕES FINAIS
(1) Confirmação da GSF como uma gramática que transcende a linguagem verbal;
(2) Proposta de abordagem na análise de obras audiovisuais, leitura de imagem e
multiletramento;
(3) Exemplificação da importância de projetos interdisciplinares;
(4) Reforço da importância do Motion Graphic como forma de ensino dentro e fora
da sala de aula;
(5) Auxílio no ensino de Motion Graphic e Animação.
musical, para interpretá-la. Esta pesquisa foi certamente uma jornada numa leitura
mais aprofundada de cada modo semiótico existente no MGE, e acredito que possam
existir desdobramentos, a partir da análise proposta, para aprimorar os
multiletramentos e outros usos do MGE no ensino, principalmente no ensino superior,
como é meu caso e o que motivou esta pesquisa. Acredito que a fundamentação
teórica, encontrada nos capítulos I e II, por exemplo, ajuda um leitor de audiovisual a
expandir sua percepção e a observar uma construção de significados nos diferentes
modos semióticos trabalhados.
Minha trajetória também foi um fator importante para que a pesquisa fosse
possível. O fato de também trabalhar na área do MG deu a mim uma base para
enxergar a pesquisa não só numa perspectiva do analista, mas também do criador de
conteúdo dessa área. Como já conhecia as etapas de produção de uma peça em MG,
pude utilizar desta vantagem para compreender melhor o paralelo semântico entre os
modos analisados. Isto confirma a importância de projetos interdisciplinares. Somente
tendo uma bagagem de múltiplas áreas foi possível criar esta análise. Esta
interdisciplinaridade foi exigida pelo próprio corpus, que é uma obra multimodal e
criada por muitos profissionais, que trabalham em etapas diferentes do processo de
criação de uma animação como esta. Se estamos realmente vivendo a cultura da
convergência como propõe Jenkins (2009), é natural que existam pesquisas que
proporcionem a convergência de áreas de pesquisa. Mesmo parecendo distintas, as
áreas aqui abordadas encontram-se em um fator comum, a área da comunicação.
Compreendo que o MG, de forma geral, é uma evolução da linguagem gestual,
que foi possível com o advento das convergências de mídias. Uma possível evolução
da expressão popular “quer que eu desenhe?”. Ou seja, tem uma potencialidade
comunicativa, principalmente no que se diz respeito à educação, por trabalhar com
diversos estímulos sensoriais e emocionais. A ludicidade parece andar junto com a
animação, de forma geral, e pode ser considerada um elemento importante no
envolvimento dos espectadores com a informação transmitida por essa mídia. O MGE
é um bom exemplo do que McLuhan e Fiore (1960) pontuam como convergência da
comunicação e do entretenimento. Segundo Santos e Pereira (2019)
Outro objetivo foi o de descrever como se caracteriza cada modo que compõe
os sentidos no motion graphic analisado. Ao fim, depois de desenvolvida toda a
análise, foi possível caracterizar e compreender as funções exercidas por cada modo,
expostas na seção 3.5, principalmente com o Quadro 32 e Figura 52 como conclusão.
Esta foi uma dúvida inicial e, acredito, uma reflexão importante sobre um texto
multimodal, ou seja, a função que cada modo exerce neste texto, o porquê daquele
modo existir, o que ele agrega ao significado do texto. E uma conclusão importante é
que cada modo semiótico tem sua função e funciona de forma complementar aos
demais no âmbito geral para a composição dos sentidos no MGE como um todo. É o
caso da música, por exemplo, que tem um foco na sugestão de emoções ao passo
que o texto é narrado. Por outro lado, a narração tem o propósito de informar e a
imagem em movimento de representar visualmente, dar referência espacial, do
conteúdo exposto pelo modo verbal oral. É uma relação simbiótica, que compreender
a função de cada um dos modos é importante tanto para o leitor quanto para os
desenvolvedores deste tipo de texto multimodal.
Por último, outro objetivo foi propor um modelo metodológico de análise de
vídeos em motion graphic. Não existia um modelo metodológico como o proposto
nesta pesquisa. Foi necessário uma construção a partir da somatória de outros
métodos de análises existentes. A fundamentação teórica, apesar de em um primeiro
momento parecer polarizada, entre a contextualização do MG, imagem em movimento
e a LSF, demonstra-se coerente com as relações criadas na última seção de análise
(cf. seção 4.5) sobre as relações entre os modos semióticos analisados.
Principalmente com os paralelos criados entre os modos semióticos. Um possível
trunfo deste modelo apresentado é a integração de áreas de conhecimento
aparentemente distintas, unidas principalmente pela possibilidade criada pela LSF de
compreender a linguagem para além do sistema verbal/linguístico.
Sobre possíveis desdobramentos desta pesquisa, parto de uma definição de
Krasner(2008) que considera,
53
No original: Motion is a universal language. In motion graphics, it can have more impact than the
actual content being animated. The method that you choose to move an element across the screen can
enhance its meaning. For example, a line of text that animates slowly across the frame while fading up
from black might imbue it with a sense of mystery and calmness. If the same text flips over and then
whizzes across the screen, it may express a sense of playfulness, urgency, or perhaps, instability. The
motion itself can be the message (KRASNER, 2008, p. 137).
149
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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WISNIK, José Miguel. O Som e o Sentido: Uma outra história das músicas. São
Paulo: Companhia das Letras: Círculo do Livro, 1999
158
ANEXOS
1 68 the
2 54 to
3 43 and
4 40 a
5 29 it
6 28 of
7 21 is
8 17 cells
9 17 in
10 15 that
11 15 they
12 14 are
13 14 more
14 13 corona
15 12 can
16 12 on
17 12 this
18 12 with
19 11 not
20 11 you
159
ANEXO II
TABELA DE ANÁLISE DE METAFUNÇÕES DOS MODOS SEMIÓTICOS VERIFICADOS NO CORPUS
Print screen da CENA 1 - Período: de 00:00 a 00:07
CENA 1 - Período: de 00:00 a 00:07 | Duração: 00:07 sec | Modo: EFEITOS SONOROS
Modo:
Verbal Oral.
(Narrador
canal fônico)
In December 2019 the chinese authorities notified the world that a virus was spreading through their communities
161
ORAÇÃO 2 - CENA 2 - Período: de 00:7 a 00:13 | Duração: 00:06 sec | Modo: VERBAL ORAL
Verbal Oral.
(Narrador
canal fônico) In the following months, it spread to other countries, with cases doubling within days.
Função
Ideacional Circunstância de Tempo Processo Material Participante Meta Participante Ator Processo Material Circunstância de Tempo
162
ORAÇÃO 3 - CENA 3 - Período: de 00:13 a 00:20 | Duração: 00:07 sec | Modo: VERBAL ORAL
Verbal Oral. the Severe Acute
(Narrador Respiratory
canal fônico) Syndrome-Related that
This virus is Coronavirus 2, that causes the disease, called Covid-19 and everyone simply calls coronavirus.
Função Participante Processo Participante Participante Participante Processo Participante
Ideacional Identificador Relacional Identificado Processo Material Participante Meta Processo Material Meta Ator Circunstância Material Meta
Função Adjunto Finito e Predicador Complemento Finito e Complemento Sujeito Adjunto Finito e Complemento
Interpessoal conjuntivo Predicador Predicador
(Modo
oracional: Finito e
Declarativo) Predicador Sujeito
Tema não Rema
marcado Rema Tema
Função
Textual Tema Rema
ORAÇÃO 3 - CENA 4 - Período: de 00:13 a 00:20 | Duração: 00:07 sec | Modo: VERBAL ORAL
Verbal Oral. (Narrador
canal fônico)
and
What actually happens when it infects a human what should we all do
Função Circunstância Circunstância de Processo Material Participante Meta Processo Participante Ator Processo Material
163
ORAÇÃO 4 - CENA 6 - Período: de 00:33 a 00:43 | Duração: 0:10 sec | Modo: VERBAL ORAL
Verbal Oral.
(Narrador
canal fônico) A vírus is really just a hull around genetic material and a few proteins, arguably not even a living thing.
Função Participante Processo
Ideacional Portador Relacional Circunstância Participante atributo Circunstância Participante atributo
Função Sujeito Complemento Adjunto
Interpessoal Complemento
(Modo
oracional:
Declarativo) Finito Adjunto modalidade
Tema não
marcado Tema tópico Rema
[pessoas
Rema generalização]
Função Tema Rema
Textual
ORAÇÃO 5 - CENA 7 - Período: de 00:43 a 00:45 | Duração: 0:2 sec | Modo: VERBAL ORAL
Verbal Oral.
(Narrador
canal fônico) It can only make more of itself by entering a living cell.
164
Função Modal
Ideacional Participante Ator Circunstância Processo Material Participante Meta Circunstância? Processo Material Circunstância localização lugar
Função Sujeito Predicador Complemento Adjunto Finito Predicador complemento
Interpessoal
(Modo
oracional:
Declarativo) Adjunto
Tema não marcado Tema Textual Tema tópico
[Vírus] Rema [Vírus] Rema
Função Tema
Textual Rema
ORAÇÃO 6 - CENA 8 - Período: de 00:45 a 00:50 | Duração: 0:5 sec | Modo: VERBAL ORAL
Verbal Oral.
(Narrador
canal
fônico) Corona may spread via surfaces, but it `s still uncertain how long it can survive on them.
Função Participant Processo Circunstânci Participante Participante Processo Participante Participante Processo Processo Participant
Ideacional e Ator Material a localização Meta Portador Relacional atribuído Circunstância Circunstância Material Material Material e Meta
Função Sujeito adjunto complemento Sujeito Finito Predicador Adjunto Adjunto sujeito finito predicador compleme
Interpessoa nto
l
(Modo
oracional: Finito
Declarativo) Modal Predicador
Tema não Tema textual Tema tópico Rema
marcado Rema
Função
Textual Tema Rema
ORAÇÃO 7 - CENA 9 - Período: de 00:50 a 00:53 | Duração: 0:3 sec | Modo: VERBAL ORAL
165
Verbal Oral.
(Narrador
canal fônico) It‘s main way of spreading seems to be droplet infection,
Função
Ideacional Participante Ator Processo material Circunstância Participante Meta
Função Sujeito Finito Predicador Ajunto
Interpessoal Complemento
(Modo
oracional:
Declarativo)
Tema Rema
Função Tema
Textual
ORAÇÃO 7 parte2 - CENA 9 - Período: de 00:53 a 00:59 | Duração: 0:6 sec | Modo: VERBAL ORAL
Verbal Oral.
(Narrador
canal fônico) when people cough or if you touch someone who is will and then your face, say rubbing your eyes or nose.
ORAÇÃO 8 - CENA 10 - Período: de 00:59 a 01:04 | Duração: 0:5 sec | Modo: VERBAL ORAL
Verbal Oral. (Narrador
canal fônico) The virus starts it’s journey here, and then hitches a ride as a stowaway deeper into the body.
Função Participante Circunstância de Circunstância de Participante
Ideacional Ator Processo Material Participante Meta Localização Tempo Processo Material Meta Circunstância de modo Participante Meta
Sujeito Finito Predicador Adjunto Finito Predicador Complemento Adjunto Complemento
Função Interpessoal
(Modo oracional:
Declarativo) Complemento Adjunto
Tema não Rema Tema Tema tópico Rema
marcado Textual
Função Tema Tema
Textual
ORAÇÃO 9 - CENA 10 - Período: de 01:05 a 01:10 | Duração: 0:5 sec | Modo: VERBAL ORAL
Verbal Oral. (Narrador
canal fônico) Its destinations are the intestines, the spleen or the lungs, when it can have the most dramatic effect.
Função Atributo Circunstancial Localização Atributo Circunstancial
Ideacional Participante Portador Processo Relacional atributivo Participante Portador Processo Relacional Modo
Sujeito Sujeito Finito Predicador Complemento
Função Interpessoal
(Modo oracional: Complemento
Declarativo) Finito
Tema não marcado Tema Rema
Rema
Função Tema Rema
Textual
ORAÇÃO 10 - CENA 10 - Período: de 01:10 a 01:15 | Duração: 0:5 sec | Modo: VERBAL ORAL
167
ORAÇÃO 11 - CENA 11 - Período: de 01:16 a 01:19 | Duração: 0:3 sec | Modo: VERBAL ORAL
Verbal Oral. (Narrador
canal fônico) The lungs are lined with billions of epithelial cells.
Função
Ideacional Participante Possuidor Processo Relacional possessivo Participante Possuído
Sujeito Finito Predicador
Função Interpessoal
(Modo oracional:
Declarativo) Complemento
Função Tema não marcado Rema
Textual
ORAÇÃO 12 - CENA 11 - Período: de 01:19 a 01:25 | Duração: 0:8 sec | Modo: VERBAL ORAL
Verbal Oral. (Narrador
canal fônico) These are the border cells of your body, lining your organs and mucosa waiting to be infected.
Processo
Função Participante Relacional Atributo Circunstancial
Ideacional Portador Atributivo Localização Processo Material Participante Meta Processo Relacional Atributo Circunstancial modo
168
ORAÇÃO 13 - CENA 12 - Período: de 01:25 a 01:32 | Duração: 0:7 sec | Modo: VERBAL ORAL
Verbal Oral. (Narrador
canal fônico) Corona connects to a specific receptor on its victim's membranes to inject its genetic material.
Função Participante Processo
Ideacional Ator Material Participante Beneficiário Circunstância Participante Ator Participante Meta
Sujeito Finito Predicador Adjunto Finito Predicador Complemento
Função Interpessoal
(Modo oracional:
Declarativo) Complemento
Função Tema não Rema
Textual marcado
ORAÇÃO 14 - CENA 13 - Período: de 01:32 a 01:38 | Duração: 0:6 sec | Modo: VERBAL ORAL
Verbal Oral. (Narrador
canal fônico) The cell, ignorant of what's happening, executes the new instructions, which are pretty simple: copy and reassemble.
Função
Ideacional Participante Ator Circunstância Processo Material Circunstância Participante Escopo
Sujeito Adjunto Adjunto Complemento
Função Interpessoal
(Modo oracional:
Declarativo) Finito Predicador
169
ORAÇÃO 15 - CENA 13 - Período: de 01:38 a 01:47 | Duração: 0:6 sec | Modo: VERBAL ORAL
Verbal Oral. (Narrador
canal fônico) It fills up with more and more copies of the original virus until it reaches a critical point and receives one final order self-destruct.
Função
Ideacional Participante Ator Processo Material Participante Meta Circunstância Processo Verbal Participante Verbiagem
Sujeito Finito Predicador Adjunto Finito Predicador Complemento
Função Interpessoal
(Modo oracional:
Declarativo) Complemento
Função Tema não Rema
Textual marcado
ORAÇÃO 16 - CENA 13 - Período: de 01:47 a 01:53 | Duração: 0:6 sec | Modo: VERBAL ORAL
Verbal Oral.
(Narrador
canal fônico) The cell sort of melts away, releasing new corona particles ready to attack more cells.
Textual
ORAÇÃO 17 - CENA 14 - Período: de 01:53 a 01:56 | Duração: 0:3 sec | Modos: VERBAL ORAL
Verbal Oral. (Narrador canal fônico)
The number of infected cells grows exponentially.
Processo Material
Função Ideacional Participante Ator Transformativo Circunstância de Modo
Sujeito Predicador
Função Interpessoal
(Modo oracional:Declarativo) Adjunto
Tema Rema
Função Textual
ORAÇÃO 18 - CENA 14 - Período: de 01:57 a 02:03 | Duração: 0:6 sec | Modo: VERBAL ORAL
ORAÇÃO 19 - CENA 14 - Período: de 02:03 a 02:11 | Duração: 0:8 sec | Modo: VERBAL ORAL
Verbal Oral.
(Narrador
canal fônico) The virus has not caused too much damage yet but corona is now going to release a real beast on you: your own immune system.
Função Participante Processo Participante Participante Circunstância Participante
Ideacional Ator Material Circunstância Meta Ator Circunstância Processo Material Atributo Beneficiário Meta
Função Sujeito Finito e Sujeito Adjunto Finito e predicado Adjunto Complemento
Interpessoal predicado
(Modo oracional:
Declarativo) Adjunto Complemento
Tema não Tema Rema
marcado
Função Tema Rema
Textual
ORAÇÃO 20 - CENA 15 - Período: de 02:11 a 02:18 | Duração: 0:7 sec | Modo: VERBAL ORAL
Verbal Oral.
(Narrador
canal fônico) The immune system, while there to protect you, can actually be pretty dangerous to yourself, and needs tight regulation.
Função Circunstância Processo Participante Processo
Ideacional Participante Portador Atributo Relacional Circunstância Atributo Atributo? material Circunstancia
Função Sujeito Finito e Adjunto Complemento Finito e Adjunto
Interpessoal predicado predicado
(Modo oracional:
Declarativo) Finito Modal Adjunto
Tema não marcado Rema Tema Rema
ORAÇÃO 21 - CENA 15 - Período: de 02:18 a 02:26 | Duração: 0:8 sec | Modo: VERBAL ORAL
Verbal Oral.
(Narrador
canal fônico) And as immune cells pour into the lungs to fight the virus, Corona infects some of them and creates confusion
Função Participante Processo Participante
Ideacional Participante Ator Processo material Participante Meta Beneficiário Participante Ator material Beneficiário Participante Meta
Função Sujeito Finito Predicador Sujeito Finito Complemento
Interpessoal Predicador
(Modo oracional:
Declarativo) Complemento
Tema não marcado Rema Tema Rema
ORAÇÃO 22 - CENA 15 - Período: de 02:26 a 02:32 | Duração: 00:06 sec | Modo: VERBAL ORAL
Verbal Oral.
(Narrador tiny information proteins called cytokines.
canal fônico) Cells have neither ears nor eyes, they communicate mostly via
Função Participante
Ideacional Participante Portador Processo Relacional Participante Atributo Dizente Processo Verbal Circunstância Participante Meta
Função Sujeito Finito Predicador Finito Predicador Adjunto Complemento
Interpessoal
(Modo oracional:
Declarativo) Complemento Sujeito
Tema não marcado Rema Rema
Tema
Função Tema
Textual Rema
173
ORAÇÃO 23 - CENA 15 - Período: de 02:32 a 02:36 | Duração: 00:04 sec | Modo: VERBAL ORAL
Verbal Oral.
(Narrador
canal fônico) Nearly every important immune reaction is controlled by them.
Função
Ideacional Circunstância Participante Ator Processo Material Participante Meta
Função Adjunto Sujeito Complemento
Interpessoal
(Modo oracional:
Declarativo) Finito Predicador
Função Tema textual Tema tópico
Textual Rema
ORAÇÃO 24 - CENA 15 - Período: de 02:36 a 02:41 | Duração: 00:05 sec | Modo: VERBAL ORAL
Verbal Oral.
(Narrador and yell
canal fônico) Corona causes infected immune cells to overreact bloody murder.
Função
Ideacional Participante Ator Processo Material Processo Beneficiário Recebedor Participante Meta
Função Interpessoal Sujeito Finito Predicador
(Modo oracional:
Declarativo) Complemento
Função Tema não marcado Rema
Textual
ORAÇÃO 25 parte 1 - CENA 15 - Período: de 02:41 a 02:45 | Duração: 00:04 sec | Modos: VERBAL ORAL
Verbal Oral.
(Narrador In a sense, it puts the immune system into a fighting frenzy
174
canal fônico)
Função Participante Beneficiário
Ideacional Circunstância Participante Ator Processo Material Recebedor Participante Meta
Função Adjunto Sujeito
Interpessoal
(Modo oracional:
Declarativo) Finito Predicador Complemento
Tema textual Tema Tópico
Rema
Função Tema
Textual Rema
ORAÇÃO 25 parte 2 - CENA 15 - Período: de 02:45 a 02:49 | Duração: 00:04 sec | Modo: VERBAL ORAL
Verbal Oral.
(Narrador
canal fônico) and sends way more soldiers than it should, wasting its resources and causing damage.
Função
Ideacional Processo Material Participante Meta Circunstância Modo Processo Material Participante Meta Circunstância Modo
Função Sujeito predicador Complemento Complemento Adjunto
Interpessoal
(Modo
oracional:
Declarativo) Adjunto Sujeito Predicador
Tema textual Tema Tópico Rema
Rema Tema não marcado
Função Tema Rema
Textual Rema Tema
175
ORAÇÃO 26 - CENA 16 - Período: de 02:49 a 02:53 | Duração: 00:04 sec | Modo: VERBAL ORAL
Verbal Oral. (Narrador
canal fônico) Two kinds of cells in particular wreak havoc.
Função
Ideacional Participante Circunstância modo Processo Material
Função Interpessoal Sujeito Adjunto
(Modo oracional:
Declarativo) Finito
Tema não marcado
Rema
Tema
Função
Textual Rema
ORAÇÃO 27 - CENA 16 - Período: de 02:53 a 02:58 | Duração: 00:05 sec | Modo: VERBAL ORAL
Verbal Oral.
(Narrador
canal fônico) First, neutrophils, which are great at killing stuff, including our cells.
Função
Ideacional Circunstância Participante Ator Circunstância Processo Material Participante Meta
Função Ajunto Sujeito
Interpessoal
(Modo oracional:
Declarativo) Finito
Função Tema Textual Tópico
Textual Rema
176
Tema
Rema
ORAÇÃO 28 - CENA 17 - Período: de 02:58 a 03:04 | Duração: 00:06 sec | Modo: VERBAL ORAL
Verbal Oral.
(Narrador
canal fônico) As they arrive in their thousands, they start pumping out enzymes that destroy as many friends as enemies.
Função
Ideacional Participante Ator Processo Material Atributo resultativo Participante Ator Processo Material Meta
Função Interpessoal Sujeito Finito
(Modo oracional:
Declarativo) Resíduo Sujeito Finito Resíduo
Tema Rema
Tema Rema
Função Tema
Textual Rema
ORAÇÃO 29 parte 1 - CENA 18 - Período: de 03:04 a 03:09 | Duração: 00:05 sec | Modo: VERBAL ORAL
Verbal Oral. (Narrador
canal fônico) The other important type of cells that go into a frenzy are killer T-cells,
Função
Ideacional Circunstância Participante Portador Circunstância causa Processo Relacional Intensivo Atributo
Função Interpessoal Ajunto Sujeito
(Modo oracional:
Declarativo) Complemento Finito Resíduo
177
ORAÇÃO 29 parte 2 - CENA 19 - Período: de 03:09 a 03:13 | Duração: 00:05 sec | Modo: VERBAL ORAL
Verbal Oral. (Narrador
canal fônico) which usually order infected cells to commit controlled suicide.
Função
Ideacional Participante Dizente Circunstância Processo Verbal Comando Receptor Verbiagem
Função Interpessoal Ajunto Sujeito
(Modo oracional:
Declarativo) Finito Resíduo
Tema Textual Tema Tópico
Rema
Função Tema
Textual Rema
ORAÇÃO 30 - CENA 19 - Período: de 03:13 a 03:17 | Duração: 00:04 sec | Modo: VERBAL ORAL
Verbal Oral. (Narrador
canal fônico) Confused as they are they start ordering healthy cells to kill themselves too.
Função
Ideacional Circunstância modo Participante Dizente Processo Verbal Comando Receptor Verbiagem
Função Interpessoal Ajunto Sujeito
(Modo oracional:
Declarativo) Finito Resíduo
178
ORAÇÃO 31 - CENA 19 - Período: de 03:17 a 03:23 | Duração: 00:07 sec | Modo: VERBAL ORAL
Verbal Oral. (Narrador do, and the more healthy lung tissue
canal fônico) The more and more Immune cells arrive, The more damage they they kill.
Função Processo
Ideacional Circunstância modo Participante Ator Processo Material Circunstância Participante ator Meterial Participante Meta
Função Interpessoal Ajunto Sujeito
(Modo oracional:
Declarativo) Finito Adjunto Sujeito Finito Resíduo
Tema Textual Tema Tópico
Rema Tema Textual Tema Tópico Rema
Função Tema
Textual Rema
ORAÇÃO 32 - CENA 20 - Período: de 03:24 a 03:30 | Duração: 00:06 sec | Modo: VERBAL ORAL
Verbal Oral. (Narrador permanent irreversible damage, that leads to
canal fônico) This might get so bad that it can cause lifelong disabilities.
Função
Ideacional Participante Ator Processo material Atributo resultativo Participante Ator Processo Material Escopo processo
Função Interpessoal Sujeito Finito
(Modo oracional:
Declarativo) Resíduo Sujeito Finito Resíduo
179
ORAÇÃO 33 - CENA 20 - Período: de 03:31 a 03:34 | Duração: 00:04 sec | Modo: VERBAL ORAL
Verbal Oral. (Narrador
canal fônico) In most cases, the immune system slowly regains control.
Função
Ideacional Circunstância Participante Ator Atributo resultativo Processo material Participante Meta
Função Interpessoal Adjunto Sujeito
(Modo oracional:
Declarativo) Complemento Finito Resíduo
Tema Textual
Tema Tópico Rema
Função Tema
Textual Rema
ORAÇÃO 34 - CENA 20 - Período: de 03:35 a 03:41 | Duração: 00:06 sec | Modo: VERBAL ORAL
Verbal Oral. (Narrador
canal fônico) It kills the infected cells, intercepts the viruses trying to infect new ones and cleans up the battlefield.
Função
Ideacional Participante Ator Processo Material Participante meta, Processo material Participante Meta
Função Interpessoal Sujeito Finito
(Modo oracional:
Declarativo) Resíduo Finito Resíduo
180
Função Tema
Textual Rema
ORAÇÃO 35 - CENA 20 - Período: de 03:41 a 03:42 | Duração: 00:01 sec | Modo: VERBAL ORAL
Verbal Oral. (Narrador canal fônico)
recovery begins
Tema
Função Textual Rema
ORAÇÃO 36 - CENA 21 - Período: de 03:42 a 03:48 | Duração: 00:06 sec | Modo: VERBAL ORAL
Verbal Oral. (Narrador
canal fônico) The majority of people infected by Corona will get through it with relatively mild symptoms.
Função
Ideacional Circunstância quantidade Processo Material Processo Material Escopo-Processo
Função Interpessoal Adjunto sujeito
(Modo oracional:
Declarativo) Finito Resíduo
Função Tema textual Tema tópico
Textual Rema
181
Tema
Rema
ORAÇÃO 37 - CENA 22 - Período: de 03:48 a 03:51 | Duração: 00:03 sec | Modo: VERBAL ORAL
Verbal Oral. (Narrador
canal fônico) But many cases become severe or even critical.
Função
Ideacional Participante Portador Processo Material Atributivo Participante Atributo
Função Interpessoal Adjunto sujeito
(Modo oracional: Conjuntivo
Declarativo) Finito Resíduo
Tema textual Tema tópico
Rema
Função Tema
Textual Rema
ORAÇÃO 38 parte 1 - CENA 23 - Período: de 03:51 a 03:55 | Duração: 00:04 sec | Modo: VERBAL ORAL
Verbal Oral. (Narrador
canal fônico) We don't know the percentage because not all cases have been identified
Função
Ideacional Participante Elemento Interpessoal Processo Mental Perceptivo Participante atributo Circunstância causa
Função Interpessoal Sujeito Adjunto
(Modo oracional:
Declarativo) Finito Complemento Adjunto
Tema não marcado Rema
Função Tema
Textual Rema
182
ORAÇÃO 38 parte 2 - CENA 24 - Período: de 03:55 a 04:00 | Duração: 00:04 sec | Modo: VERBAL ORAL
Verbal Oral. (Narrador
canal fônico) but it 's safe to say that there is a lot more than with the flu
Função Participante Processo Relacional
Ideacional Possuidor/Dizente Possessivo Possuído Processo Verbal Relato
Função Interpessoal Adjunto Sujeito
(Modo oracional: conjuntivo
Declarativo) Finito Complemento Finito Resíduo
Tema Textual Tema tópico
Rema
Função Tema
Textual Rema
ORAÇÃO 39 - CENA 25 - Período: de 04:00 a 04:05 | Duração: 00:05 sec | Modo: VERBAL ORAL
Verbal Oral.
(Narrador In more
canal fônico) severe cases, Millions of epithelial cells have died and with them, the lungs' protective lining is gone.
Processo Processo
Função Relacional Relacional
Ideacional Circunstância Participante Possuidor Possessivo Possuído Circunstância Participante Relacional Atributivo Atributo
Função Adjunto Sujeito
Interpessoal
(Modo
oracional:
Declarativo) Finito Complemento adjunto Sujeito Finito Complemento
Tema Textual Tema tópico
Rema Tema Textual Tema tópico
Função Tema
Textual Rema
183
ORAÇÃO 40 - CENA 26 - Período: de 04:05 a 04:13 | Duração: 00:05 sec | Modo: VERBAL ORAL
Verbal Oral.
(Narrador
canal fônico) That means that the alveoli, tiny air sacs via which breathing occurs, can be infected by bacteria that aren't usually a big problem.
Função Processo Relacional
Ideacional Circunstância Participante Possuidor Circunstância Atributivo Participante Atributo Circunstância Causa
Função Adjunto Sujeito
Interpessoal
(Modo
oracional:
Declarativo) Complemento Finito Complemento Resíduo
Tema Textual Tema tópico
Rema
Função Tema
Textual Rema
ORAÇÃO 41 - CENA 27 - Período: de 04:13 a 04:16 | Duração: 00:03 sec | Modo: VERBAL ORAL
Verbal Oral. (Narrador
canal fônico) Patients get pneumonia.
Função
Ideacional Participante Ator Processo Material Escopo-Entidade
Função Interpessoal Sujeito Finito
(Modo oracional:
Declarativo) Complemento
Função Tema não marcado
Textual Rema
184
Tema
Rema
ORAÇÃO 42 - CENA 27 - Período: de 04:16 a 04:20 | Duração: 00:04 sec | Modo: VERBAL ORAL
Verbal Oral. (Narrador and patients need ventilators to survive.
canal fônico) Respiration becomes hard or even fails,
Função Processo Relacional
Ideacional Participante Portador Atributivo Atributo Circunstancial Participante Ator Processo Material Participante Meta
Função Interpessoal Sujeito Finito
(Modo oracional:
Declarativo) Complemento Sujeito Finito Complemento
Tema não marcado
Rema Tema não marcado Rema
Função Tema
Textual Rema
ORAÇÃO 43 - CENA 28 - Período: de 04:20 a 04:26 | Duração: 00:06 sec | Modo: VERBAL ORAL
Verbal Oral. (Narrador [The immune and made millions of antiviral weapons.
canal fônico) The immune system has fought at full capacity for weeks system]
Função
Ideacional Participante Ator Processo Material Escopo-processo Processo Material Participante Meta
Função Interpessoal Sujeito Finito
(Modo oracional:
Declarativo) Complemento Finito Complemento
Tema não marcado
Rema Tema Rema
Função
Textual
185
Tema
Rema
ORAÇÃO 44 - CENA 28 - Período: de 04:26 a 04:30 | Duração: 00:06 sec | Modo: VERBAL ORAL
Verbal Oral. (Narrador it is overwhelmed.
canal fônico) [The immune system] And as And as thousands of bacteria rapidly multiply,
Função Processo Circunstância Participante Processo
Ideacional Participante Ator/Portador Relacional Atributo circunstancial modo Processo Material Portador Relacional Atributo
Função Interpessoal Sujeito Adjunto Finito
(Modo oracional:
Declarativo) Complemento Finito Complemento
Tema
Rema Tema Rema
Função Tema
Textual Rema
ORAÇÃO 45 - CENA 28 - Período: de 04:30 a 04:36 | Duração: 00:06 sec | Modo: VERBAL ORAL
Verbal Oral. (Narrador is very likely.
canal fônico) They enter the blood and overrun the body; if this happens, death
Função Participante Processo
Ideacional Participante Ator Processo Material Participante Meta Circunstância modo portador Relacional Atributo
Função Interpessoal Sujeito Finito Complemento Adjunto
(Modo oracional:
Declarativo) Sujeito Finito Complemento
Função Tema não marcado
Textual Rema Tema Rema
186
Tema
Rema
ORAÇÃO 46 - CENA 29 - Período: de 04:37 a 04:42 | Duração: 00:05 sec | Modo: VERBAL ORAL
Verbal Oral. it ‘s much more dangerous.
(Narrador
canal fônico) The Corona virus is often compared to the flu, but actually,
Função Processo Processo
Ideacional Participante Portador Relacional Atributo Circunstância Participante portador Relacional Atributo
Função Interpessoal Sujeito Finito Complemento Adjunto
(Modo oracional:
Declarativo) adjunto conjuntivo Sujeito Finito Complemento
Tema não marcado
Rema
Tema Rema
Tema
Função
Textual Rema
ORAÇÃO 47 - CENA 29 - Período: de 04:42 a 04:46 | Duração: 00:04 sec | Modo: VERBAL ORAL
Verbal Oral.
(Narrador
canal fônico) While the exact death rate is hard to pin down during an ongoing pandemic,
Função
Ideacional Circunstância Participante Portador Processo Relacional Atributo Circunstância de tempo
Função Interpessoal Adjunto Sujeito Finito Complemento
(Modo oracional:
Declarativo) Resíduo
187
Tema
Função Rema
Textual
ORAÇÃO 48 - CENA 30 - Período: de 04:46 a 04:51 | Duração: 00:05 sec | Modo: VERBAL ORAL
Verbal Oral.
(Narrador
canal fônico) we know for sure that it 's much more contagious and spreads faster than the flu.
Função Participante Participante
Ideacional Experienciador Processo Mental Circunstância grau Portador Processo Relacional Atributo
Função Sujeito Finito Complemento Sujeito
Interpessoal
(Modo
oracional:
Declarativo) Finito Resíduo
Tema não marcado Tema
Rema Rema
Tema
Função
Textual Rema
ORAÇÃO 49 - CENA 31 - Período: de 04:51 a 04:56 | Duração: 00:05 sec | Modo: VERBAL ORAL
Verbal Oral.
(Narrador
canal fônico) There are two futures for a pandemic like Corona: fast and slow.
Função
Ideacional Participante Portador Processo Relacional Atributo Circunstância
(Modo
oracional:
Declarativo)
Tema não marcado
Rema
Tema
Função
Textual Rema
ORAÇÃO 50 - CENA 31 - Período: de 04:56 a 05:02 | Duração: 00:06 sec | Modo: VERBAL ORAL
Verbal Oral.
(Narrador
canal fônico) Which future we will see depends on how we all react to it in the early days of the outbreak.
Função
Ideacional Circunstância Participante Experienciador Processo Mental Oração
Função Adjunto Finito Complemento Resíduo
Interpessoal
(Modo
oracional:
Declarativo)
Tema Textual Tema Tópico Rema
Tema Rema
Função
Textual
ORAÇÃO 51 - CENA 32 - Período: de 05:02 a 05:06 | Duração: 00:04 sec | Modo: VERBAL ORAL
Verbal Oral.
(Narrador
canal fônico) A fast pandemic will be horrible and cost many lives;
189
Função
Ideacional Participante Portador Processo Relacional Atributivo Atributo Circunstancial
Função Sujeito Finito Complemento
Interpessoal
(Modo
oracional:
Declarativo)
Tema não marcado
Rema
Tema
Função
Textual Rema
ORAÇÃO 52 - CENA 32 - Período: de 05:06 a 05:10 | Duração: 00:04 sec | Modo: VERBAL ORAL
Verbal Oral.
(Narrador
canal fônico) a slow pandemic will not be remembered by the history books.
Função
Ideacional Participante Portador Processo Relacional Atributivo Atributo Circunstancial
Função Sujeito Finito Complemento
Interpessoal
(Modo
oracional:
Declarativo)
Tema não marcado
Rema
Tema
Função
Textual Rema
190
ORAÇÃO 53 - CENA 33 - Período: de 05:10 a 05:18 | Duração: 00:08 sec | Modo: VERBAL ORAL
Verbal Oral. (Narrador The worst case with a very rapid rate of no counter measures in place to slow it
canal fônico) scenario for a fast pandemic begins infection because there are down.
Processo Processo
Função Participante Relacional Participante Relacional
Ideacional Circunstância Portador Atributivo Atributo Circunstancial Portador Atributivo Atributo Circunstancial
Função Interpessoal Adjunto Sujeito Finito Complemento adjunto
(Modo oracional: conjuntivo
Declarativo)
Tema Textual Rema Tema Rema
Tema tópico
Tema
Função Rema
Textual
ORAÇÃO 54 - CENA 33 - Período: de 05:18 a 05:20 | Duração: 00:02 sec | Modo: VERBAL ORAL
Verbal Oral. (Narrador
canal fônico) Why is this so bad?
Função
Ideacional Processo Relacional Atributivo Participante Portador Atributo
Função Interpessoal Adjunto Sujeito Finito Complemento
(Modo oracional:
Interrogativa)
Tema Textual Rema
Tema tópico
Tema
Função Rema
Textual
191
ORAÇÃO 55 - CENA 34 - Período: de 05:20 a 05:24 | Duração: 00:04 sec | Modo: VERBAL ORAL
Verbal Oral. (Narrador
canal fônico) In a fast pandemic, many people get sick at the same time.
Função
Ideacional Circunstância Participante Portador Processo Relacional Atributivo Atributo Circunstancial
Função Interpessoal Adjunto Sujeito Finito Complemento
(Modo oracional:
Declarativo)
Tema Textual Rema
Tema tópico
Tema
Função Rema
Textual
ORAÇÃO 56 - CENA 34 - Período: de 05:24 a 05:29 | Duração: 00:05 sec | Modo: VERBAL ORAL
Verbal Oral. (Narrador
canal fônico) If the numbers get too large, health care systems become unable to handle it.
Função
Ideacional Circunstância Participante Portador Processo Relacional Atributivo Atributo Circunstancial
Função Interpessoal Adjunto Sujeito Finito Complemento
(Modo oracional:
Declarativo)
Tema Textual Rema
Tema tópico
Tema
Função Rema
Textual
192
ORAÇÃO 57 - CENA 35 - Período: de 05:29 a 05:34 | Duração: 00:05 sec | Modo: VERBAL ORAL
Verbal Oral.
(Narrador enough resources, like medical staff or
canal fônico) There aren't equipment like ventilators, [Resources] left to help everybody.
Função Participante Processo Relacional Participante
Ideacional Portador Atributivo Atributo Ator Circunstância Processo Material Participante Beneficiário
Função Sujeito Finito Complemento Sujeito Adjunto Finito Complemento
Interpessoal
(Modo
oracional:
Declarativo)
Tema não marcado Tema Rema
Rema
Tema
Função
Textual Rema
ORAÇÃO 58 - CENA 35 - Período: de 05:34 a 05:36 | Duração: 00:02 sec | Modo: VERBAL ORAL
Verbal Oral. (Narrador
canal fônico) People will die untreated.
Função
Ideacional Participante Portador Processo Relacional Atributivo Atributo
Função Interpessoal Sujeito Finito Complemento
(Modo oracional:
Declarativo)
Tema não marcado
Rema
Função Tema
Textual
193
Rema
ORAÇÃO 59 - CENAS 36 e 37 - Período: de 05:36 a 05:42 | Duração: 00:05 sec | Modo: VERBAL ORAL
Verbal Oral. (Narrador
canal fônico) And as more health care workers get sick themselves, the capacity of health care systems falls even further.
Função
Ideacional Circunstância Participante Ator Processo Material Atributo resultativo
Função Interpessoal Adjunto Sujeito Finito Complemento
(Modo oracional:
Declarativo)
Tema Textual Rema
Tema Tópico
ORAÇÃO 60 - CENA 38 - Período: de 05:42 a 05:49 | Duração: 00:07 sec | Modo: VERBAL ORAL
Verbal Oral. (Narrador
canal fônico) If this becomes the case, then horrible decisions [we] will have to be made about who gets to live and who doesn't.
Função
Ideacional Circunstância Participante Meta Participante Ator Processo Material Atributo resultativo
Função Interpessoal Adjunto Complemento Sujeito Finito Complemento
(Modo oracional:
Declarativo)
Tema Textual Tema Tópico Rema
Tema Interpessoal
Função
Textual
194
Tema Rema
ORAÇÃO 61 - CENA 38 - Período: de 05:49 a 05:53 | Duração: 00:04 sec | Modo: VERBAL ORAL
Verbal Oral. (Narrador
canal fônico) The number of deaths rises significantly in such a scenario.
Função
Ideacional Participante ator Processo Material Atributo resultativo Circunstância
Função Interpessoal Sujeito Finito Complemento Adjunto
(Modo oracional:
Declarativo)
Tema não marcado
Rema
Função Tema
Textual Rema
ORAÇÃO 62 - CENAS 38 e 39 - Período: de 05:53 a 06:01 | Duração: 00:08 sec | Modo: VERBAL ORAL
Verbal Oral. (Narrador
canal fônico) To avoid this, the world, -that means all of us , needs to do what it can to turn this into a slow pandemic.
Função
Ideacional Circunstância Participante Meta Processo Material Atributo resultativo
Função Interpessoal Adjunto Sujeito Finito Complemento
(Modo oracional:
Declarativo)
Tema Textual Tema Tópico
Rema
Função Tema Rema
Textual
195
ORAÇÃO 63 - CENA 40 - Período: de 06:01 a 06:04 | Duração: 00:08 sec | Modo: VERBAL ORAL
Verbal Oral. (Narrador
canal fônico) A pandemic is slowed down by the right responses.
Função
Ideacional Participante Meta Processo Material Participante Ator
Função Interpessoal Sujeito Finito Complemento
(Modo oracional:
Declarativo)
Tema não marcado Rema
Função Tema
Textual Rema
ORAÇÃO 64 - CENAS 40 e 41 - Período: de 06:04 a 06:11 | Duração: 00:08 sec | Modo: VERBAL ORAL
Verbal Oral. (Narrador so that everyone who gets crunch point with
canal fônico) Especially in the early phase, sick can get treatment and there 's no overwhelmed hospitals.
Função Processo Relacional
Ideacional Circunstância Participante ator Processo material Participante meta Participante Portador atributivo Atributo
Função Interpessoal Adjunto Sujeito Finito Complemento Sujeito Finito Complemento
(Modo oracional:
Declarativo)
Tema textual Tema Tópico Rema Tema Rema
ORAÇÃO 65 - CENA 42 - Período: de 06:11 a 06:19 | Duração: 00:08 sec | Modo: VERBAL ORAL
Verbal Oral. (Narrador Since we don't have a vaccine
canal fônico) for Corona, we have to socially engineer our behaviour, to act like a social vaccine.
Função
Ideacional Circunstância Participante Existente Processo Existencial Experienciador Fenômeno Circunstância
Função Interpessoal adjunto Sujeito Finito Complemento Resíduo
(Modo oracional:
Declarativo)
Tema textual Tema Tópico Rema
ORAÇÃO 66 - CENAS 42 e 43 - Período: de 06:19 a 06:21 | Duração: 00:02 sec | Modo: VERBAL ORAL
Verbal Oral. (Narrador
canal fônico) This simply means things:
Função Processo Relacional
Ideacional Participante Portador Circunstância Identificado Atributo
Função Interpessoal Sujeito Adjunto Finito Complemento
(Modo oracional:
Declarativo)
Tema não marcado
Rema
Função Tema
Textual Rema
197
ORAÇÃO 67 - CENA 43 - Período: de 06:21 a 06:26 | Duração: 00:04 sec | Modo: VERBAL ORAL
Verbal Oral. (Narrador
canal fônico) [we] Not getting infected and [we] Not infecting others.
Função Participante Processo Relacional
Ideacional Portador Atributivo Atributo Participante Portador Processo Relacional Atributivo Atributo
Função Interpessoal Sujeito Finito Complemento Sujeito Finito Complemento
(Modo oracional:
Declarativo)
Tema Tema Rema
Rema
Função Tema
Textual Rema
ORAÇÃO 68 - CENA 44 - Período: de 06:26 a 06:30 | Duração: 00:04 sec | Modo: VERBAL ORAL
Verbal Oral. (Narrador
canal fônico) Although it sounds trivial, the very best thing you can do is to wash your hands.
Função Processo Relacional
Ideacional Circunstância Circunstância modo Participante Portador Atributivo Atributo
Função Interpessoal Adjunto Adjunto Sujeito Finito Resíduo
(Modo oracional:
Declarativo)
Tema Textual Tema Tópico
Tema Textual Rema
Função Rema
Textual Tema
ORAÇÃO 69 - CENA 44 - Período: de 06:30 a 06:33 | Duração: 00:03 sec | Modo: VERBAL ORAL
198
ORAÇÃO 70 - CENA 45 - Período: de 06:33 a 06:37 | Duração: 00:04 sec | Modo: VERBAL ORAL
Verbal Oral. (Narrador
canal fônico) The corona virus is encased in what is basically a layer of fat;
Função
Ideacional Participante Portador Processo Relacional Atributivo Atributo Circunstância
Função Interpessoal Adjunto Finito Complemento Adjunto
(Modo oracional:
Declarativo)
Tema não marcado
Rema
Função Tema
Textual Rema
ORAÇÃO 71 - CENA 45 - Período: de 06:37 a 06:44 | Duração: 00:07 sec | Modo: VERBAL ORAL
Verbal Oral. (Narrador
soap breaks that fat apart and leaves it unable to infect you.
199
canal fônico)
Função
Ideacional Participante Ator Processo Material Participante Meta Processo Material Participante Meta
Função Interpessoal Sujeito Finito Complemento Adjunto conjuntivo
(Modo oracional:
Declarativo)
Tema não marcado
Rema
Função Tema
Textual Rema
ORAÇÃO 72 - CENA 45 - Período: de 06:44 a 06:47 | Duração: 00:03 sec | Modo: VERBAL ORAL
Verbal Oral. (Narrador and with the mechanical
canal fônico) It also makes your hands slippery, motions of washing, viruses are ripped away.
Função Participante Processo Processo
Ideacional Portador Circunstância Relacional Atributo Circunstância Causa Participante portador Relacional Atributo
Função Interpessoal Sujeito adjunto Finito Complemento Complemento Sujeito Finito Predicador Resíduo
(Modo oracional: Predicador
Declarativo)
Tema não Tema textual Tema tópico Rema
marcado Rema
Função Tema
Textual Rema
ORAÇÃO 73 - CENA 46 - Período: de 06:47 a 06:53 | Duração: 00:06 sec | Modo: VERBAL ORAL
Verbal Oral. (Narrador
canal fônico) To do it properly, wash your hands as if you've just cut up some jalapeños and want to put in your contact lenses next.
200
Função
Ideacional Circunstância Participante Portador Processo Relacional Atributo
Função Interpessoal Adjunto Sujeito Finito Predicador Complemento
(Modo oracional:
Declarativo)
Tema Textual Rema
Tema Tópico
Função Tema Rema
Textual
ORAÇÃO 74 - CENA 47 - Período: de 06:53 a 07:00 | Duração: 00:06 sec | Modo: VERBAL ORAL
Verbal Oral. (Narrador
canal fônico) The next thing is social distancing, which is not a nice experience, but a nice thing to do
Função
Ideacional Participante Portador Processo Relacional Atributo Circunstância modo
Função Interpessoal Sujeito Finito Complemento Resíduo
(Modo oracional:
Declarativo)
Tema não marcado
Rema
Função Tema
Textual Rema
ORAÇÃO 75 - CENA 47 - Período: de 07:00 a 07:03 | Duração: 00:03 sec | Modo: VERBAL ORAL
Verbal Oral. (Narrador
canal fônico) This means: no hugging, no handshakes.
Função
Ideacional Participante Portador Processo Relacional Atributivo Atributo
Função Interpessoal Sujeito Finito Complemento
(Modo oracional:
Declarativo)
201
ORAÇÃO 76 - CENA 48 - Período: de 07:03 a 07:09 | Duração: 00:06 sec | Modo: VERBAL ORAL
Verbal Oral.
(Narrador
canal fônico) If you can stay at home, [you] stay at home, to protect those who need to be out for society to function:
Função
Ideacional Circunstância Participante Ator Processo Material Participante Meta Circunstância
Função Adjunto Sujeito Finito Complemento Resíduo
Interpessoal
(Modo oracional:
Declarativo)
Tema não marcado
Rema
Função Tema
Textual Rema
ORAÇÃO 77 - CENA 49 - Período: de 07:09 a 07:16 | Duração: 00:07 sec | Modo: VERBAL ORAL
Verbal Oral.
(Narrador from doctors to cashiers, or
canal fônico) police officers; you depend on all of them, they all depend on you to not get sick.
Função Participante Processo
Ideacional Circunstância Ator Material Participante Meta Participante Ator Processo Material Participante Meta Circunstância
(Modo
oracional:
Declarativo)
Tema textual Tema Tópico Tema Rema
Rema
Função Tema
Textual Rema
ORAÇÃO 78 - CENA 50 - Período: de 07:16 a 07:24 | Duração: 00:08 sec | Modo: VERBAL ORAL
Verbal Oral. from travel restrictions or
(Narrador actual orders to stay at
canal fônico) On a larger level, there are quarantines, which can mean different things, home.
Processo
Função Relacional Processo Relacional
Ideacional Circunstância Participante Portador Atributivo Atributo Participante Portador Atributivo atributo Circunstância
Função Adjunto Sujeito Finito Complemento Sujeito Finito Complemento Resíduo
Interpessoal
(Modo
oracional:
Declarativo)
Tema textual Tema Tópico Tema Rema
Rema
Função Tema
Textual Rema
ORAÇÃO 79 - CENA 51 - Período: de 07:24 a 07:28 | Duração: 00:04 sec | Modo: VERBAL ORAL
Verbal Oral.
(Narrador Quarantines are not great to experience and certainly not popular.
203
canal fônico)
Função
Ideacional Participante Portador Processo Relacional Atributivo Atributo Circunstância
Função Sujeito Finito Complemento Adjunto
Interpessoal
(Modo
oracional:
Declarativo)
Tema não marcado
Rema
Função Tema
Textual Rema
ORAÇÃO 80 - CENA 51 - Período: de 07:28 a 07:34 | Duração: 00:06 sec | Modo: VERBAL ORAL
Verbal Oral. (Narrador and specially the researchers working on medication and
canal fônico) But they buy us, vaccinations, crucial time
Função Participante Beneficiário
Ideacional Participante Ator Processo Material Recebedor Circunstância Participante Meta
Função Interpessoal Adjunto conjuntivo Sujeito Finito Complemento Adjunto Complemento
(Modo oracional:
Declarativo)
Tema textual Tema tópico Rema
ORAÇÃO 81 - CENA 51 - Período: de 07:34 a 07:38 | Duração: 00:04 sec | Modo: VERBAL ORAL
204
Verbal Oral.
(Narrador
canal fônico) So if you are put under quarantine, you should understand why, and respect it.
Função
Ideacional Participante Ator Processo Material Escopo-Processo Participante Portador Processo Relacional Atributivo Atributo
Função Adjunto Sujeito Finito Complemento Sujeito Finito Resíduo
Interpessoal conjuntivo
(Modo oracional:
Declarativo)
Tema textual Tema tópico Rema Tema Rema
ORAÇÃO 82 - CENA 52 - Período: de 07:38 a 07:40 | Duração: 00:02 sec | Modo: VERBAL ORAL
Verbal Oral.
(Narrador
canal fônico) None of this is Fun.
Função
Ideacional Participante Portador Processo Relacional Atributivo Atributo
Função Sujeito Finito Complemento
Interpessoal
(Modo oracional:
Declarativo)
Tema não marcado
Rema
Função Tema
Textual Rema
205
ORAÇÃO 83 - CENA 52 - Período: de 07:40 a 07:45 | Duração: 00:02 sec | Modo: VERBAL ORAL
Verbal Oral. (Narrador
canal fônico) But looking at the big picture, it is a really small price to pay.
Função Processo Relacional
Ideacional Circunstância Participante Portador Atributivo Atributo
Função Interpessoal Adjunto conjuntivo Adjunto Sujeito Finito Complemento
(Modo oracional:
Declarativo)
Tema textual Tema Tópico Rema
ORAÇÃO 84 - CENA 53 - Período: de 07:45 a 07:49 | Duração: 00:04 sec | Modo: VERBAL ORAL
Verbal Oral. (Narrador
canal fônico) The question of how pandemics end, depends on how they start;
Função
Ideacional Participante Ator Circunstância Processo Material Participante Meta
Função Interpessoal Sujeito Adjunto Finito Complemento
(Modo oracional:
Declarativo)
Tema não marcado
Rema
Função Tema
Textual Rema
206
ORAÇÃO 85 - CENA 53 - Período: de 07:49 a 07:53 | Duração: 00:04 sec | Modo: VERBAL ORAL
Verbal Oral. (Narrador
canal fônico) if they start fast with a steep slope, they end badly.
Função
Ideacional Circunstância Participante Ator Processo Material Participante Meta Circunstância
Função Interpessoal Adjunto Sujeito Finito Complemento REsíduo
(Modo oracional:
Declarativo)
Tema Textual Tema Tópico Rema
ORAÇÃO 86 - CENA 54 - Período: de 07:53 a 07:57 | Duração: 00:04 sec | Modo: VERBAL ORAL
Verbal Oral. (Narrador
canal fônico) if they start slow with a not-so-steep slope, they end okay-ish.
Função
Ideacional Circunstância Participante Ator Processo Material Participante Meta Circunstância
Função Interpessoal Adjunto Sujeito Finito Complemento Resíduo
(Modo oracional:
Declarativo)
Tema Textual Tema Tópico Rema
ORAÇÃO 86 - CENA 55 - Período: de 07:57 a 08:04 | Duração: 00:04 sec | Modo: VERBAL ORAL
207
Verbal Oral.
(Narrador in all of our hands, literally and
canal fônico) And, in this day and age, it really is figuratively.
Função Processo Residual
Ideacional Circunstância Processo Material Circunstância Atributivo Circunstância Localidade
Função Interpessoal Adjunto conjuntivo Adjunto Sujeito Adjunto Finito Complemento
(Modo oracional:
Declarativo)
Tema Textual Tema tópico Rema
ORAÇÃO 87 Parte1 - CENA 56 - Período: de 08:04 a 08:09 | Duração: 00:04 sec | Modo: VERBAL ORAL
Verbal Oral.
(Narrador
canal fônico) [we] [offer] A huge thanks the experts who helped us on short notice with this video,
Função Processo Participante Participante
Ideacional Participante Ator Material Meta Participante Beneficiário Participante ator Processo Material Beneficiário Participante Meta
Função Sujeito Finto Complemento Sujeito Finito Complemento
Interpessoal
(Modo oracional:
Declarativo)
Tema Rema Tema Rema
ORAÇÃO 87 Parte2 - CENA 56 - Período: de 08:09 a 08:17 | Duração: 00:08 sec | Modo: VERBAL ORAL
208
Verbal Oral.
(Narrador Our World In Data, on the world's largest problems and how to make progress solving
canal fônico) specially the online publication for research and data them.
Função
Ideacional Circunstância Participante Ator Circunstância Processo Material Participante Meta
Função Adjunto Sujeito Adjunto Finito Complemento
Interpessoal
(Modo oracional:
Declarativo)
Tema Textual Tema tópico Rema
ORAÇÃO 88 - CENA 56 - Período: de 08:17 a 08:19 | Duração: 00:08 sec | Modo: VERBAL ORAL
Verbal Oral.
(Narrador Check out
canal fônico) [You] their site.
Função
Ideacional Participante ator Processo Material Participante Beneficiário
Função Adjunto Sujeito Adjunto
Interpessoal
(Modo oracional:
Comando)
Tema
Rema
Função Tema
Textual Rema
209
ORAÇÃO 89 - CENA 56 - Período: de 08:19 a 08:23 | Duração: 00:04 sec | Modo: VERBAL ORAL
Verbal Oral.
(Narrador also
canal fônico) It includes a constantly updated page on the Corona pandemic
Função circunstância
Ideacional Participante Ator Processo Verbal Verbiagem
Função Sujeito adjunto Finito Complemento
Interpessoal
(Modo oracional:
Declarativo)
Tema não marcado
Rema
Função Tema
Textual Rema