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CONTATOS

PARTE 3
ÍNDICE DA PARTE 3
O Contato 6 - O discurso do agnós�co................................2
O agnós�co e os missionários medem as forças de suas
posições...............................................................................3
A prova da existência de um Deus
pessoal..................................................................................5
O encontro do Dr. Amoramon com o
agnós�co...............................................................................6
O homem é simplesmente um animal
bípede?..................................................................................7
A perplexidade do
agnós�co................................................................................8
A matéria enviada pelo Dr. Amoramon ao seu amigo
agnós�co.................................................................................10
A poligamia ou a mul�plicidade de esposas é um princípio de vida
.................................................................................................14
O Contato 7 - Uma carta
histórica!..................................................................................19
A resposta do irmão
Xavier......................................................................................21
O Contato 8 - O longo discurso introdutório do padre
católico....................................................................................27
A posição do Dr.
Amoramon...............................................................................28
A a�tude dos poderosos do mundo para com
Cristo........................................................................................31
A consolidação moderna do
catolicismo................................................................................32
A consolidação econômica d'A Igreja de Jesus Cristo dos
S.U.D............................................................... 34
O tratamento que a cristandade deu ao moderno profeta de
Deus..................................................................35
A verdadeira dimensão do
evangelho.........................................................35
O cumprimento da profecia de
Daniel................................................................36
Por que o Livro de Mórmon diz haver apenas duas
igrejas?..............................................................37
A poligamia e o celibato na
balança...............................................................39
O catolicismo e as suas
inversões................................................................41
O Contato 9 - Encontro do Dr. Amoramon com o livre-
pensador...............................................................45
O Dr. Amoramon fecha o seu
discurso.................................................................50
Sete pontos capitais no Plano de
Deus.......................................................................51
Os papeis isolados e o papel conjunto da Bíblia e do Livro de
Mórmon...................................................................51

CONTATO 6
O DISCURSO DO AGNÓSTICO
O AGNÓSTICO: Meus jovens quero que saibam o que significa ser um
agnós�co como eu. Vejam bem, eu não afirmo a inexistência de Deus;
muito menos afirmo de sua existência. Considero impossível saber se há
qualquer coisa além dos fenômenos naturais, observáveis por nossos
sen�dos. Em conseqüência, não aceito revelações sobrenaturais, vida após
a morte, religiões formais com suas autoridades eclesiás�cas, enfim, todos
esses sistemas que decorrem das crenças religiosas em geral.
O AGNÓSTICO E OS MISSIONÁRIOS MEDEM AS FORÇAS DE SUAS POSIÇÕES
MISSIONÁRIO: Nessas condições, temos certa dificuldade para entender a
diferença entre ser um agnós�co e ser um ateu. Estes úl�mos, afirmam
decididamente que Deus não existe; que é apenas um produto da
imaginação do homem, na sua inconformidade com a morte, numa
tenta�va desesperada de criar um mo�vo de esperança para a expecta�va
desgraçada do seu aniquilamento.
Já o Sr. declara nem crer nem descrer, o que é na verdade descrer em tudo
o que se refere às palavras que Deus terá dito ao Sr. para que venha a crer
Nele. Se Ele não houvesse falado e mandado registrar sua palavra, o Sr.
Estaria jus�ficado em sua posição vacilante, mas já que Ele o fez, o Sr.
pertence ao mesmo clube dos ateus, no nosso entendimento.
Por favor, não tome isso como ofensa, estamos apenas racionalizando um
pouco para desenvolver nossa conversa.
O AGNÓSTICO: Entendo perfeitamente sua dúvida. Talvez vocês
aceitassem melhor a posição dos racionalistas do século dezoito,
cognominados "os deístas". Eles aceitavam a Deus como uma fonte de
força cria�va e só. Eram como os atuais livres-pensadores, que rejeitam,
como eu, as religiões formais, revelações e autoridades eclesiás�cas; todas
elas como coisas incompa�veis com a razão; embora, também, não
neguem a mesma força cria�va dos deístas.
MISSIONÁRIO: O grande caso, é que permanece o fato de que a palavra
promulgada, classifica-os a todos como incrédulos, para os efeitos prá�cos
do Seu Plano de Salvação. Para Deus, o importante é que creiamos Nele,
como de fato é. Crer ser Ele aquilo que não é, é crer no que não existe. Os
idólatras fazem isso; então, qual é mais essa diferença? Por que não
admi�r também os idólatras do mesmo clube, dado à semelhança das
conseqüências finais?
O AGNÓSTICO: Por que esse Deus de vocês nos condenaria, pelo fato de só
crermos no que realmente comprovamos com os sen�dos que Ele mesmo
nos teria dado? Não percebem que, à luz da razão, esse Deus que criaram
estaria em posição incoerente?
MISSIONÁRIO: Nossos sen�dos não exis�riam, sem aquilo que lhes dá o
produto final - a mente. Não são os olhos que nos dão fundamentalmente
o entendimento da luz, é a mente que o dá. É ela que a compreende, não
diretamente os seus instrumentos sensi�vos. Isso é verdade para todos os
demais sen�dos.
Portanto, o que nos condenará, é o mal uso que dermos aos poderes que
Deus deu às nossas mentes, para provar-nos na habilidade individual de
buscá-lo e de encontrá-lo. É isso o que nos aproximará ou afastará Dele na
eternidade.
Veja estas palavras con�das no Livro da Sabedoria, 13: 1-l0:
"São insensatos por natureza aqueles que desconheceram a Deus e que ,
através dos bens visíveis, não puderam reconhecer Aquele que é, nem
reconhecer o Ar�sta, considerando suas obras;...
Se foi por estarem encantados pela sua beleza... saibam então quanto seu
Senhor prevalece sobre elas, porque é o Criador da beleza que fez estas
coisas.
Se o que os impressionou é a sua força e o seu poder, que eles
compreendam, por meio delas, que seu Criador é mais forte; pois é a
par�r da grandeza e da beleza das criações que, por analogia, se conhece
o seu autor.
Contudo, estes só incorrem numa ligeira censura, porque, talvez, eles
caíram no erro procurando a Deus e querendo encontrá-lo; vivendo entre
suas obras, eles as observaram com cuidado, e porque eles as
consideraram belas, deixaram-se seduzir pelo seu aspecto.
Ainda uma vez, entretanto, eles não são desculpáveis, porque, se eles
possuírem luz suficiente para poder perscrutar a ordem do mundo, como
não encontraram eles mais facilmente Aquele que é seu Senhor?"
Embora estas palavras tenham sido dirigidas aos idólatras, elas adaptam-
se bem a todos os que têm e cul�vam uma falsa idéia de Deus.
A mente é, pois, o sen�do espiritual que Deus nos deu para julgar todas as
coisas, quer temporais quer espirituais; em úl�ma instância, como já
demonstramos, todas as coisas terminam por ser espirituais, porque é a
mente que as julga.
Os nossos sen�dos �sicos, idolatrados por agnós�cos, ateus, teístas,
posi�vistas, pragmatas e outros mais, são meros instrumentos de contato
com as coisas do mundo, a serviço da mente - a en�dade grande
responsável por todas as decisões do homem.
Não prestaremos contas a Deus pelos sen�dos superficiais que temos, mas
pelo sen�do profundo da mente, que nos foi dado para aprendermos a
julgar com jus�ça as obras de Deus.
Através dos poderes da mente é que podemos encontrar Deus. Negar
nossa luz mental, classificando-a como um mero processo bioquímico
efetuado no cérebro, não nos eximirá de culpa pelo mal julgamento;
conforme descrito no Livro da Sabedoria, acima citado.
A PROVA DA EXISTÊNCIA DE UM DEUS PESSOAL
O AGNÓSTICO: Você quer dizer que devemos fazer prova da existência de
um Deus pessoal, como fazemos para obter prova das coisas �sicas que
pomos em inves�gação? As escrituras de vocês não dizem que Deus é
Espírito? Como então busca-lo como se fosse material?
MISSIONÁRIO: Nossas escrituras, tanto dizem que Ele é Espírito quanto
dizem que é matéria puríssima; porque tendo Ele existência, tem que ser
cons�tuído de alguma forma purificada de matéria em úl�ma instância.
Não seria justo que Deus nos desafiasse a buscá-lo, no terreno do
impra�cável, do inexistente, do impossível.
É exatamente por Ele ser espiritualmente encontrável, que as pessoas das
filosofias acima discu�das estarão sob Sua condenação, caso não se
arrependam.
Todos nessa categoria de incrédulos, agem como se só cressem nos
sen�dos, sem entretanto compreenderem o que eles são
fundamentalmente; negam a si mesmos as oportunidades que Deus lhes
deu para ampliar o entendimento Dele, o que é o principal mo�vo de
terem sido enviados a este mundo de provação.
O AGNÓSTICO: Devo confessar minha surpresa com o preparo filosófico
que demonstraram ao defender sua causa. Sendo tão jovens, onde
aprenderam conceitos tão profundos, a ponto de abalarem muitas das
minhas convicções?
MISSIONÁRIO: Na verdade, quem nos preparou para este encontro foi a
mesma pessoa que nos apresentou, o Dr. Amoramon, que conhece muito
bem o Sr. Somos preparados é para ensinar as palestras regulares que
contam sobre a restauração do evangelho, através do chamado do profeta
Joseph Smith, bem como a restauração do sacerdócio de Deus entre os
homens, e os trabalhos necessários realizar em prol da salvação dos vivos
e dos mortos.
Naturalmente, não teríamos condições nem mesmo de perguntar se o Sr.
ouviria nossa primeira palestra, antes deste encontro preliminar.
Agora é tempo de perguntar: O Sr. nos receberia outra vez em sua casa,
para começarmos as palestras?
O AGNÓSTICO: Sim, receberei vocês a começar da próxima quarta-feira.
Obrigado por terem vindo, e recomendações ao meu amigo Amoramon.
(Decorridos cerca de trinta dias, o Dr. Amoramon e seu amigo agnós�co
encontraram-se, em uma reunião social. O seguinte diálogo entre os dois
foi registrado no livro de recordações do elder Smith, conforme o relato do
primeiro, o autor de CONTATOS).
O ENCONTRO DO DR. AMORAMON COM O AGNÓSTICO
DR. AMORAMON: Como você se foi com a visita dos missionários?
O AGNÓSTICO: Eles já me visitaram umas quatro vezes mais. Você instruiu-
os muito bem sobre minha filosofia. No primeiro encontro, fui tomado de
surpresa, a ponto de quase não poder contestar suas palavras ou replicar
as respostas às questões que levantei. Foi pena que alguém que
conhecesse muito bem a filosofia de vocês, também não me houvesse
preparado. Isso tornaria o encontro muito mais instru�vo para ambas as
partes.
DR. AMORAMON: Para que alguém conhecesse muito bem a filosofia dos
mórmons, seria necessário, antes de tudo, ser um deles. Caso não fosse,
esse alguém não teria a luz do Espírito, que guia, instrui e dá aos mórmons
o testemunho da verdade sobre todas as coisas. Não poderia ser uma
pessoa que acreditasse na filosofia de quaisquer outros espíritos, quer
deste quer do outro mundo; e que simplesmente se informasse sobre as
"esquisi�ces" nas nossas crenças, como alguns dizem quando referem-se a
nós.
O AGNÓSTICO: Êpa! Pare um pouco meu amigo, foi isso exatamente o que
você fez. Sem ser um dos nossos, sem acreditar no espírito de nossa
filosofia, você informou-se sobre ela e transmi�u-a aos missionários. Será
que não armou uma arapuca e acabou por cair nela?
DR. AMORAMON: Nada disso, companheiro. Apenas quis demonstrar o
fato de que uma vela não pode acrescentar mais luz ao facho de um
holofote, pois só o inverso é possível. É possível que o Espírito de Deus
acrescente luz ao espírito do homem e suas filosofias, mas o inverso é
impossível. Um homem que recebeu o dom de julgar as coisas pelo
Espírito Santo, o mais poderoso holofote do universo, não pode ser
superado em julgamento por ninguém. De que forma, qualquer luzinha
menor poderia ser usada como dom para julgar o Holofote de Deus?
Onde houver um confronto de palavras, luzes, poder e inteligência,
sempre preponderará a Luz Maior.
Dessa forma, a luz que os missionários levaram à sua casa, jamais poderia
ser iluminada pela luz do agnos�cismo ou de qualquer outra filosofia da
terra ou do espaço.
Aliás, o apóstolo Paulo já discu�u esse assunto, e expressou-se melhor do
que nós, peço que examine o que ele diz em I Cor. 2:12-16.
O HOMEM É SIMPLESMENTE UM ANIMAL BÍBEDE?
O AGNÓSTICO: Então você acha que os missionários trouxeram luz maior,
ao tentarem convencer-me de que o majestoso Deus de que falam as
escrituras de vocês, tem um corpo semelhante ao do homem? Não acha o
amigo, que isso é idolatrar o corpo humano, a ponto de querer que o Deus
de vocês seja como nós? Se esse Deus exis�sse, não acha que escolheria
para si mesmo uma expressão de presença muito mais digna, poderosa e
honrável do que simplesmente a de um animal bípede como nós?
DR. AMORAMON: Aparentemente essa sua posição apresenta-se muito
forte. A primeira vista ela parece incontestável; em face das tremendas
limitações que iden�ficamos no corpo humano, como hoje o conhecemos;
sua dependência crí�ca do meio; sua fraqueza diante de qualquer variação
a menor ou a maior de temperatura, umidade, pressão, etc.; sua
fragilidade aos impactos de toda natureza; sua prisão gravitacional; enfim,
sua total submissão às leis da terra �sica, que o condenam ao desgaste e
morte.
Seria uma pobreza de espírito imaginar um Deus assim. Um ser que viesse
do pó e, em pouco tempo, a ele retornasse sem apelação; sem poder para
vencer a humilhante imposição da lei da morte corporal.
Mas, há um fato de implicações profundas a considerar. Veja bem: quanto
maior a dificuldade a vencer, maior a glória do vencedor, maior a honra, o
mérito, o poder (revelados diante das mul�dões impotentes).
Por mais que nos esforcemos, por mais imaginação que usemos, não
conceberemos maior dificuldade a vencer do que a corrupção do corpo e a
sua morte inapelável.
Acontece que a compreensão dessa dificuldade só veio ao espírito porque
ele recebeu um instrumento para "simular" a queda e a morte. Se
permanecêssemos no estado de espírito, nunca saberíamos o que fosse a
miséria da corrupção e da morte, porque essas coisas não podem a�ngir
ao corpo de espírito, por ele vir direto da semente espiritual de Deus.
Vem então Deus ao mundo e, diante, da mul�dão impotente, revela o Seu
poder; vence todas as limitações �sicas da terra e subjuga o úl�mo inimigo
a vencer - a morte. Edifica Ele assim, perante nossa consciência, a honra, o
poder e a glória. Sem esse corpo de enormes limitações, espírito algum
compreenderia a plenitude da sabedoria, da inteligência, do
conhecimento, da fé, do julgamento, da jus�ça, da misericórdia e da
verdade que habitam no Espírito de Deus.
Ele não poderia dar-nos o testemunho de sua grandiosidade; e sem
aprendermos a admirar e honrar essa grandiosidade, não cresceríamos
espiritualmente, não faríamos jus à glória eterna que Deus nos preparou
desde o principio; não saberíamos usufruir dela, porque não teríamos
aprendido a incorporar às nossas mentes, as emoções e inteligência
espirituais, para a plena compreensão delas.
Quão grandes são essas coisas! Se o caro amigo confiasse só um pouco na
sabedoria de Deus, poderia, passo a passo, compreender os Seus
estupendos mo�vos.
A PERPLEXIDADE DO AGNÓSTICO
O AGNÓSTICO: É um enfoque interessan�ssimo! Nunca alguém
apresentou a mim as coisas nessa perspec�va. Mas, olhando-as agora
nesse prisma que acabou de mostrar, não lhe parece que o seu Deus,
embora agindo de boa fé, tenha acabado mesmo é por fazer do nosso
mundo uma grande farsa? Ele cria um simulacro da miséria e desgraça
espiritual e põe-nos a todos lá no fundo; depois desce Ele mesmo e vai
ainda mais fundo, antes de sair para o que vocês chamam de glória e
exaltação! Será que não haveria outro meio mais suave de fazer tudo isso?
DR. AMORAMON: Se há outro meio melhor, mais sábio e mais justo do
que esse, e Ele não o usou, então é porque não é Deus; pois, em tal caso,
haveria outro alguém mais capaz em sabedoria, conhecimento,
misericórdia e jus�ça que poderia ter feito as coisas melhor do que Ele fez.
Aliás, eu reconheço a dificuldade que nossos espíritos têm para
compreender a sabedoria desse plano, conhecido como o Plano da
Salvação e do Progresso Eterno.
Não poderia ser de outra forma, pois ele saiu das profundezas da mente
de Deus;
quem as pode alcançar, a não ser pelos dons do seu Espírito, que a sonda e
compreende?
Assim como hoje, aqui na mortalidade, há quem não concorde com o
Plano e o classifique como loucura, houve também na pré-mortalidade,
quem a ele se opusesse inteiramente, e até conseguisse arrebanhar
adeptos em grande número (as escrituras falam de um terço das hostes
espirituais).
Todo esse Plano, portanto, era fundamentado na passagem dos espíritos
por este corpo mortal que o amigo menospreza. Até mesmo Deus teria
que passar por ele. Vou enviar a você uma matéria escrita por um nosso
irmão. Ela refere-se à necessidade do espírito ter um corpo.
Ora, se o corpo que se desfez, não ressurgisse poderoso, para as glórias da
imortalidade e da vida eterna, não haveria vitória alguma, nem para Deus
nem para qualquer de nós. Se apenas Deus ressurgisse, Ele também não
teria plenitude de vitória, pois teria perdido seus filhos para o poder da
morte.
O autor da morte é aquele que se fez inimigo do Plano fundamentado nos
corpos mortais. É compreensível que ele deva empenhar-se em destruí-
los, conservá-los desfeitos no seio da terra, mantendo seus espíritos
separados de seus corpos �sicos pelo maior tempo que possa. Ele sabe
que seu poder sobre eles terminará, tão logo eles ressurjam para a
imortalidade.
A vitória de Deus exige que todos os mortais ressurjam, seja para honra e
glória ou seja para a condenação e desonra, pelos méritos individuais,
amparados pela jus�ficação que Deus pôs na graça de Sua redenção e
expiação (redenção �sica e salvação espiritual).
Espero que, agora, o caro amigo possa ter uma outra perspec�va da
preordenação deste "animal bípede", para usar sua expressão anterior;
espero que compreenda este fato maior: Nós somos o que somos
corporalmente, porque Deus é assim antes de nós; fomos feitos à sua
imagem e semelhança, pelas magníficas razões que acabamos de expor.
O AGNÓSTICO: Meu caro amigo! Já levantei essa questão diante de muitos
religiosos e sempre saí com a impressão de tê-los confundido. Pelo menos
não puderam ir além do apelar para a fé dogmá�ca e dizerem: É o que eu
acredito, mesmo sem saber o porquê. Mas, com você foi diferente,
porque, além de demonstrar sua fé, provou-me que sabe perfeitamente
no que confia.
Asseguro-lhe que considerarei com seriedade tudo o que me disse e
estudarei com atenção a teologia dos mórmons.
DR. AMORAMON: É uma pena que tantas excelentes pessoas, hoje
subme�das às falsas religiões do mundo, não tenham a mesma disposição
de espírito que você tem. É por isso que tão poucos são capazes de mudar,
mesmo em face da mais brilhante luz.
Deus diz: "Uma luz que resplandece nas trevas, e as trevas não a
compreendem".
Aproximaram-se outros convidados e a conversa foi interrompida.
O AGNÓSTICO: Parece que este seu suco de tomate traz mais sabedoria do
que o meu Ballan�ne, não é?
DR. AMORAMON: Realmente, posso dizer que minha inspiração era muito
menor, quando ainda bebia o espírito deste seu copo.
Os dois riram e entreolharam-se significa�vamente.
A MATÉRIA ENVIADA PELO DR. AMORAMON AO SEU AMIGO AGNÓSTICO
(p. 71 a 75 do livro A Verdade ao Alcance do Homem, Volume l)
NOTAS
1- Essa é a mecânica da transfiguração de Jesus. É a explicação da
preparação gradual de Moisés para que pudesse chegar a falar com Deus
face a face, sem que sua carne fosse consumida pelo poder que se irradia
do Espírito do Senhor.
"O Senhor se entre�nha com Moisés, face a face, como um homem fala
com o seu amigo..." (Êxodo 33:11); disse o Senhor: "A ele eu lhe falo face a
face... e ele contempla o rosto do Senhor."
(Números 12:8); "Moisés não sabia que a pele do seu rosto se tornara
brilhante, durante a sua entrevista com o Senhor.., tendo-o visto Aarão e
todos os israelitas...não ousaram se aproximar dele." (Êxodo 34:29-30).
Jesus deixou ao mundo a mensagem que fala da glória do corpo futuro:
"Se, pois todo o teu corpo es�ver na luz, sem mistura de trevas, ele será
inteiramente iluminado, como sob a brilhante luz de uma lâmpada." (Lucas
11:36).
Essas coisas servem para que compreendamos o significado da Escritura
quando diz: "Nosso Deus é um fogo devorador."
Toda carne que não es�ver preparada será literalmente consumida pela
presença do Senhor e seus anjos, no dia prome�do de sua segunda vinda.
Será uma questão da "voltagem e intensidade de corrente espiritual" e da
capacidade estrutural dos "condensadores" ou seja, dos corpos.
É prome�do que os justos resis�rão a esse grande e terrível dia, o qual
está próximo, mesmo às portas diz o Senhor!
2 - Há uma revelação moderna que relata o aparecimento de Cristo há
alguns milênios. Ele apresentou-se a um profeta chamado Mahonri
Moriancumen em Seu corpo de espírito, antes de ter vindo ao mundo pelo
ventre de Maria para tomar posse de um corpo de carne e ossos da
matéria orgânica terrena.
Ao apresentar-se o Senhor disse:
"E eis que este corpo que agora vês é o corpo do meu espírito; e o homem
foi por mim criado segundo o corpo do meu espírito; e assim como te
apareço em espírito, aparecerei ao meu povo na carne."
Note-se a construção que o Senhor deu a essas frases: "corpo do meu
espírito"; "... segundo o corpo do meu espírito"; "... te apareço em
espírito" (em substância espiritual).
Observemos que Ele privou-se de dizer: ... este corpo que agora vês é o
meu espírito; ou: ... este corpo que agora vês é o meu corpo espiritual.
Assim, Ele fez questão de tornar clara a diferença que existe entre o corpo
de espírito (corpo espiritual) e o espírito (como o componente inteligente,
mas ainda incorpóreo).
De acordo com Suas palavras o corpo pertencia ao espírito. São portanto
duas manifestações espirituais diferenciadas; embora oriundas da mesma
substância fundamental, as quais foram unidas pelo poder de Deus para
cumprir
Seus propósitos: O corpo de espírito e a inteligência (ou espírito) do
Senhor. Isso, para que a individualidade da Sua substância inteligente
pudesse vir a ter expressão compreensível e diferenciada em glória, diante
das outras inteligências menores.
Os corpos, com todas as suas faculdades, são o meio que Deus
desenvolveu para manifestação de todos os anseios e desejos das
individualidades incorpóreas fundamentais - as "centelhas" ou par�culas
de substância inteligente que se foram destacando do todo por
diferenciação, na aurora dos tempos eternos.
É por isso que Deus, também, tem um corpo, e se não �vesse não seria
Deus, porque teria menos do que nós.
Semelhantemente, no homem, o cérebro contém as idéias, mas ele
precisa do corpo para personificá-las e dar expressão á inteligência que flui
através do cérebro; para transformar em ação os anseios da substância
inteligente e eterna - o verdadeiro eu do indivíduo; para manifestar
presença, individualidade.
Um cérebro vivo, mas separado do corpo que possuiu, só teria idéias. Um
corpo vivo mas sem cérebro não atuaria, pois não haveria manifestação
possível daquela substância cons�tuinte do eu fundamental, por faltar-lhe
o veículo para o universo �sico - o cérebro.
O que é verdadeiro para o corpo natural, semelhantemente o é para o
corpo espiritual. Da mesma forma que o corpo natural do homem é
formado através da união com o corpo da mulher (pelo poder do fluído da
vida carnal - o sangue;) assim, também, terá sido gerado o corpo espiritual
do Senhor, por Seu Pai e Sua Mãe (pelo poder do fluído da vida espiritual
que corre nas veias de nossos Pais Espirituais, o qual, por lei gené�ca
semelhante à que conhecemos na carne natural, trouxe à existência
nossos corpos de espírito na eternidade). Espírito gerando espírito e
sangue gerando sangue.
Nossa essência inteligente é incriável, porém nossos corpos de espírito,
somente após terem sido organizados diretamente da substância espiritual
eterna, passaram a ser en�dades orgânicas eternas (isto é, a par�r do
tempo em que foram gerados).
Vimos que o homem é, fundamentalmente, espírito. Por isso,
eternamente, sua meta principal deve ser o desenvolvimento espiritual
para aumentar o poder do corpo e da mente espirituais; para dominar
tudo o que é conhecido como elemento (outra manifestação diferenciada
da substância fundamental).
Até conseguir, fortalecido pelo poder do ESPÍRITO, levantar da substância
terrena transformada, um corpo perfeito e imortal, cujos elementos
cons�tuintes permitam melhor integração com a irradiação da substância
do poder de Deus - o ESPÍRITO, e assim, acelerar em progressão
geométrica seu desenvolvimento.
Jesus Cristo foi o primeiro a fazê-lo. Veio ao mundo testemunhar essa
realidade do Plano de Salvação, que Deus estabeleceu para todos os
enviados a este mundo escola. E quem dentre nós não foi enviado? Até os
incrédulos o foram, mas não sabem!
Todos os corpos que se diluírem na terra mãe serão levantados no devido
tempo!
O poder dos corpos que levantaremos, será proporcional às qualificações
de poder adquiridos pelos nossos espíritos; as quais, terão relação direta
com a porção vivificante de Espírito que nos for concedida para a
recons�tuição dos nossos corpos de carne e ossos espirituais - função
direta das obras realizadas neste mundo. (E a compreensão dessas coisas é
parte das obras designadas: Vencer a ignorância de nós mesmos e de
nossa natureza eterna).
Está escrito: "Ninguém será salvo em ignorância",
Como também, acrescentamos: - ninguém será condenado em ignorância.
Portanto, neste mundo ou no mundo dos espíritos, nenhum filho de Deus
deixará de ouvir essas coisas para definir-se e ser julgado posteriormente.
A POLIGAMIA OU A MULTIPLICIDADE DE ESPOSAS É UM PRINCÍPIO DE
VIDA NOS MUNDOS CELESTIAIS?
3 - O PAI DE NOSSOS ESPIRITOS (1)
Sabemos com certeza: A despeito de haver incontável número de pais
carnais, cada um de nós tem dois pais possíveis entre todos eles: o mesmo
é verdade para todos os nossos irmãos nascidos da mesma união, sejam
eles quantos forem. Assim, semelhantemente, só teremos dois Pais
Eternos (se formos irmãos de uma mesma união nos mundos superiores,
sejamos quantos formos...até mesmo 120 bilhões).
Ora, se num casamento terreno houvesse apenas um pai e várias esposas
mães, os filhos gerados dessa união polígama não deixariam de ser irmãos
por parte de pai. Eles, porém, não se poderiam referir em comum aos seus
pais dizendo: - "nossos pais", mas diriam acertadamente: - "nosso pai".
Não parece estranho que as Escrituras refiram-se sempre a "Nosso Pai" e
nunca aos "Nossos Pais"?
Compreendam e aceitem a verdade os que �verem bastante inteligência:
nossos deuses não são "Nossos Pais", mas sim, "Nosso Pai" porque as
Mães são muitas; o Pai, porém, é um só!
Os deuses vivem leis que não devem ser aplicadas a homens vivendo sob
determinadas condições espirituais, a não ser que sejam mandados
expressamente, para cumprir propósito acima da compreensão comum,
atendendo às sábias razões de Deus, inalcançáveis às mentes
embrutecidas pelas con�ngências malignas que as dominam neste mundo.
Através dos mais puros e dignos servos do Senhor, a verdade divina da lei
superior da mul�plicidade de esposas foi, periodicamente, ao longo dos
vários milênios da história dos filhos carnais de Adão, revelada aos
homens deste planeta (Abraão, lsaac, Jacó, Moisés...Joseph Smith). A
pluralidade de esposas nunca seria abençoada pelo Senhor se fosse
considerada como prá�ca pecaminosa nos exemplos abaixo relacionados:
"Sarai tomou Agar, sua escrava egípcia,..,e deu-a por mulher a seu marido"
(porque Sarai era estéril e não podia garan�r posteridade a Abraão);
Abraão... tomou outra mulher chamada Cetura ...", Raquel deu sua serva
Bala à Jacó, e a outra esposa (Lia) deu a serva Zelfa; a primeira por não ser
fecunda inicialmente e
a outra por ter perdido a fecundidade.
Todos esses eventos estão descritos no Livro de Gênesis16: 3-4; 25:1- 2, 6;
29: 23-35; 30: 3-9.
Outros exemplos podem ser encontrados em 2 Crônicas 13:21, e 2 Samuel
2:2; 12: 8; 12: 9-12 e, finalmente em Isaias 4: 1 que atesta a futura adoção
do casamento plural por ocasião da volta do Senhor no início do sé�mo
milênio.
Com tudo isso em mente, é que Paulo disse estas palavras:
"Tudo é puro para os que são puros, mas para os homens sem fé nem
integridade, nada é puro: até o seu próprio espírito e sua consciência são
contaminados." (Tito 1:15)
Deus não seria o mesmo, ontem, hoje e para sempre, se não
restabelecesse, também, nos nossos dias, o que fez periodicamente ao
longo dos milênios antecedentes ao nosso e, como as escrituras atestam,
essa lei será restaurada novamente, no milênio próximo.
Não pelo homem, mas pelo próprio Senhor (Isaias 4:1). (Veja apêndice 1
no AVAH 1o- Volume).
E por que não é permi�do aos homens viverem agora sob a lei da
mul�plicidade de esposas? - Porque não há propósito atualmente e
porque o homem tornou-se corrupto, decaído e incompetente; porque,
levianamente, despreza as leis de Deus e porque está sendo provado por
uma lei de obediência para, através dela (aqueles que puderem) venham a
ser tornados competentes, puros, libertos e possam ser admi�dos aos
mundos do amor verdadeiro onde o Pai habita, para desfrutarem a mesma
vida plena que Ele vive.
Observemos bem o escrito em Gênesis 1: 26:28:
"Façamos o homem á nossa imagem e semelhança...Deus criou o homem
à sua imagem; ... e criou-os homem e mulher. Deus os abençoou..." (essa
benção uniu-os em casamento pela palavra divina e o poder que ela
encerra).
Vemos claramente: Para ser criado à semelhança de Deus, foi necessário
criar uma mulher e uni-la ao homem. Logo, é Deus quem declara ter
mulher e não nós.

Entendamos isso: Compreender que a lei da mul�plicidade das esposas é


uma lei eterna, superior e aceitável diante de Deus, não é advogar sua
adoção no mundo de hoje, absolutamente. Não a advogamos.
Há os que compreendem e ensinam essa verdade mas não a pra�cam por
obediência (da mesma forma que a pra�cariam se por Deus fosse dada a
ordem, como já o foi muitas vezes no passado). Há, em contraposição, os
que condenam esses ensinamentos mas, farisaicamente, pra�cam a
"poligamia do mundo" através da irresponsabilidade do adultério.
Não é possível selecionar sem organizar um sistema de provas. Não é
possível organizar um sistema de provas individuais sem estabelecer um
sistema de dificuldades para serem vencidas. As provas de obediência,
forçosamente, exigirão privações de determinadas coisas. Não se deseja o
que não atrai. Não atrai o que não se insinua e a�ça os sen�dos. Não se
insinua, aquilo que não tem um agente de incitação, um veículo de
promoção e convite.
Assim, se a lei de Deus em vigor neste mundo fosse a poligamia, o homem,
para ser provado, deveria ser incitado, atraído, pela monogamia, e vice-
versa.
Estando em vigor a lei da monogamia (embora saibamos que a lei da
poligamia vigore nos mundos eternos) o homem deve ser incitado a
desobedecer a monogamia aqui no mundo temporal. ora, qual o homem
neste mundo que não se sente atraído pela poligamia?
Mas, estando sob o convênio eterno, se ceder a ela sem ter sido ordenado,
terá sido derrotado pela prova e, por isso, será condenado a não conhecer
a vida sob essa lei na eternidade; porque terá menosprezado a palavra do
seu Testador.
Da mesma forma, no reino em que habita o Pai a lei é não roubar, não
matar, não adulterar, não levantar falso testemunho, não cobiçar os
pertences do próximo; a lei é amar a Deus sobre todas as coisas e ao
próximo como a si mesmo e guardar o dia consagrado.
Portanto, neste mundo, o homem deve ser incitado a antagonizar-se com
essa lei; para lutar e vencer pela obediência, ou danar-se pela
desobediência; no grau em que a cometer, depois de obter conhecimento
dela.
Não há razão, portanto, para alguém ficar escandalizado com a doutrina,
que ensina: "O homem poderá ser ligado à sua esposa nesta vida e por
toda a eternidade, se o for pelo poder de selamento que existe na palavra
de Deus."

Se não for dessa forma, lamentavelmente, será mesmo como dizem em


algumas igrejas: "... até que a morte vos separe..."
Não porque exista poder para isso nesta palavra, mas, simplesmente,
porque o que não é feito com a autoridade verdadeira do sacerdócio de
Deus, não pode mesmo ter poder para além desta vida ...ironicamente os
sacerdotes que pronunciam estas palavras: "...até que a morte vos
separes...", estão certos. Mas não sabem bem porque!
Ora, o Senhor ensinou que alguns homens - os verdadeiros e justos -
viriam a ser feitos como Deus é. E como acabamos dever Deus tem esposa.
De que maneira, então, poderia o homem a vir a ser como Deus é, a não
ser que tenha esposa na eternidade?
O homem não pode suportar essa doutrina porque, neste mundo, nas
palavras de Deus, tornou-se, "carnal, sensual e diabólico".
Se já é muito di�cil para o homem neste estado aceitar que Deus tenha
um corpo, quão mais di�cil será aceitar que Ele tenha uma esposa, e quão
mais di�cil ainda será entender que Ele tenha muitas esposas!
Os homens que não a�ngirem esse status não terão esposa alguma na
eternidade; serão feitos como os anjos ministradores para todo o sempre;
permanecendo separados e solteiros (mas, por favor! Não ponhamos asas
nos anjos, eles não precisam delas... são só intrigas da oposição para
tentar levar ao ridículo as coisas de Deus).
Isso, também, foi ensinado pelo Senhor na passagem em que os saduceus
tentaram confundi-lo, trazendo um exemplo estranho - o da mulher que
não deu descendência a sete irmãos que com ela casaram
consecu�vamente. A resposta do Senhor para o caso apresentado foi:
"... na ressurreição, os homens não terão mulheres, nem as mulheres
maridos; mas serão como os anjos de Deus..." (Mateus 22:30)
Contradição? Não, nenhuma!
Porque não há mesmo união matrimonial depois da ressurreição - o ato ou
ordenança do casamento não pode ser mais realizado depois da
ressurreição. O homem que quiser ter sua esposa na eternidade terá que
ser unido na mortalidade e selado a ela pelo poder e autoridade de Deus.
Essa é uma ordenança da vida mortal;
"... o que ligares na terra será ligado nos céus, e o que desligares na terra
será desligado nos céus..."
Por essas palavras de Jesus a Pedro e depois que este foi inves�do do
poder do alto no Pentecostes, todo casamento ou qualquer outra
ordenança realizados com a autoridade e poder de selamento aqui na
terra, automa�camente serão reconhecidos e ligados nos céus... e não
haverá quem os desligue, a não ser por meio do mesmo poder e
autoridade e por ordenança realizada na mortalidade. (Ver o final do
apêndice 17 no AVAH, 1o- Volume).
O Homem que não for ligado aqui por esse poder, não mais poderá sê-lo
na ressurreição - exatamente como o Senhor ensinou em Mateus 22:30.
Era o caso dos sete irmãos hipoté�cos, os quais foram casados com aquela
mulher, porém fora do alcance da autoridade e poder de selamento (não
havia sido ainda restaurado àquela altura do ministério).
Além de tudo, aquela gente não teria condição alguma de compreender
tal doutrina. Eles não estavam preparados para aceitar as coisas ensinadas
por Jesus quando ele lhes falava dos assuntos terrenos, quanto mais
quando lhes falasse das coisas profundas dos céus, somente discerníveis
por comunhão com o Espírito que tudo sonda e compreende.
Da mesma forma, Jesus não tentou explicar a Pilatus o que era a verdade;
preferiu calar-se. No entanto, aos Seus discípulos ensinara ser Ele mesmo
o caminho, a verdade e a vida... , porque estes poderiam discernir Suas
palavras sob a influência do Seu espírito, mas Pilatus não, pois não
acreditava na doutrina da salvação.
O CONTATO 7
UMA CARTA HISTÓRICA!
NOTA DO ELDER SMITH : (conforme consta no seu livro de recordações)
Resolvi registrar aqui, uma cópia das cartas trocadas entre o nosso irmão
Xavier e um outro que se tornou dissidente. Fiz isso, devido à importância
das respostas dadas pelo irmão Xavier ao irmão dissidente.
Ele deixou-se influenciar pela conduta vil de um irmão, que se tornou
homicida, para condenar a Igreja como falsa; esqueceu-se de considerar o
esforço abnegado, a jus�ça, a perseverança, os testemunhos de Joseph e
Hyrum Smith, por seu sangue derramado na cadeia de Carthage;
esqueceu-se de buscar inspiração na conduta da liderança da Igreja, desde
a sua fundação em 1830.
Como ele, muitos irmãos irrefle�dos mostram-se apressados em condenar
a Igreja, tão logo observam qualquer mau procedimento de alguns poucos
membros.
Em vez de pautarem-se no exemplo do grande número de bons para
integrar-se, preferem, inadver�damente, deixar que suas vidas sejam
conduzidas para fora da Igreja, pelo procedimento excepcional de uns
poucos maus.
Muitos esquecem das palavras de Jesus e dos seus apóstolos, quando
dizem que se introduzirão lobos vorazes entre as ovelhas, e que eles não
pouparão o rebanho. Esquecem que o joio estará misturado ao trigo, e
que só no final ele será separado, atado e queimado.
A CARTA AO IRMÃO XAVIER:
(Esta carta está também reproduzida no livro AS CARTAS DE AMORAMON)
"Meu caro amigo Xavier
Foi com sa�sfação que recebi sua carta, a qual agradeço e passo a
respondê-la:
Toda essa literatura já é do meu conhecimento, pois eu já há 12 anos
aproximadamente que estudo os fundamentos da Igreja Mórmon,
chegando recentemente à conclusão que o prezado amigo já conhece. Por
não haver prova em contrário, con�nuo com a certeza absoluta na mesma
posição anterior, e agora com uma diferença: com A CERTEZA ABSOLUTA.
É sabido que Salt Lake City através desses 150 anos aproximadamente vem
desesperadamente usando todos os meios possíveis e envidando todos os
esforços para fazer crer ao mundo a veracidade da Igreja. Eles jamais
conseguirão o que tanto desejam, porque simplesmente as provas não
existem.
A Igreja Mórmon me lembra muito e é muito parecida com o fundador da
Igreja de Cientologia - sr. L. Ron Hubbard (1911-1986). Ele faleceu em
janeiro deste ano, e pela ocasião da sua prisão, ele pronunciou uma frase
que mostrou ser profé�ca:
"Se alguém quiser fazer um milhão, que funde sua própria religião"
Foi exatamente isso que o Joseph Smith fez, depois de ter tentado uma
série de modos de vida sem sucesso. Ver a revista Planeta No- 163. Aliás
os Estados Unidos são bastante pródigos em Igrejas desse �po, falsos
profetas e vigaristas religiosos.
Lamento você ter perdido seu tempo, mas morrerei acreditando só em
Deus e nada mais. Se algum dia você chegar ao meu estado de espírito,
você reconhecerá que trabalhou bem, mas sob uma falsa doutrina. Me
admira muito, você uma pessoa de certo nível intelectual (um oficial) e
acreditar em tanta tolice. Isso também não é para admirar, porque quando
o indivíduo chega a um certo grau de fana�smo, ele passa a ser outra
pessoa, totalmente diferente da realidade. Estou lhe dizendo isso porque
sou seu amigo, e vejo que você atualmente não é você anteriormente.
Se o próprio Jesus Cristo lhe aparecesse em pessoa e lhe anunciasse que a
Igreja Mórmon é falsa, mesmo assim você con�nuaria nela. Digo que sua
reação seria esta, porque devido ao seu estado mental e emocional não
poderia ser outra.
O obje�vo desta minha carta é simplesmente lhe dar minha opinião sobre
a veracidade da Igreja Mórmon e mais nada.
Reconheço no mormonismo algumas coisas úteis que eu aproveito, mas
sua essência é aquilo que você já sabe.
Você sabia que existem 4 �pos de mórmons?
1o- Os que não acreditam, mas dizem acreditar (os hipócritas)
2o- Os que não acreditam, mas juram acreditar com o propósito de
aproveitar das vantagens, materiais que a Igreja oferece (aproveitadores)
3o- Os que acreditam realmente e crêem em tudo que lhes dizem na Igreja
(estes são os verdadeiros mórmons, só existem uns 20 por cento)
4o- Os que realmente não acreditam e têm a coragem de dizer o que
sentem porque detestam a hipocrisia. Eu estou enquadrado nesta
categoria.
Con�nue escrevendo, sua correspondência será sempre bem vinda. Não
pretendia escrever tanto, mas o �po da sua carta o exigia.
Cumprimentos para todos os irmãos da ala do Jardim Botânico."
A RESPOSTA DO IRMÃO XAVIER:
21 de abril de 1986
Escrevo numa data histórica e espero que esta carta seja também histórica
no nosso relacionamento.
"Que nos venha a liberdade, ainda que tardia."
Você tem sido para mim um caso especial e um moto de progresso. Aliás,
cada indivíduo, é um universo. Não há impressões digitais iguais nem
também mentes iguais em qualquer parte.
Algumas coisas que escreveu na úl�ma carta ajudaram-me bastante para
aprofundar as reflexões. Especialmente sobre a variedade de a�tudes dos
homens diante da I.J.C.S.U.D.
Passo a considerar as mais significa�vas:
Os mórmons que acreditam na mensagem, baseando-se nas palavras e
literatura daqueles que são favoráveis à Igreja, estão em posição tão
insegura quanto os que não acreditam, baseando-se nas palavras e
literatura dos que são contra. Tanto uns
quanto outros não sabem, apenas crêem numa ou noutra coisa.
Meu caro amigo, por mais que eu tenha insis�do na tecla ainda não
consegui transmi�r o tom da melodia que tenho em mente. Mas, pelo
Senhor Jesus Cristo, desta vez vou conseguir!
Se o mormonismo for o verdadeiro cris�anismo como prega; exatamente
como no cris�anismo do meridiano dos tempos e no da mais remota
idade, ninguém poderá sabê-lo com o �po de a�tude que você assumiu
em relação a ele: - pretender obter
provas segundo os homens. Deus não opera dessa forma, Sua verdade é
propriedade exclusiva e não pode ser provada por argumentos humanos,
quer de cien�stas quer de profetas.
Entenda meu amigo, Ele determinou que isso seria feito pelo testemunho
do Seu Espírito.
"Bem aventurado és Simão, filho de Jonas, porque quem t'o revelou não
foi carne e sangue, mas meu Pai que está no céu."
Teologicamente falando, é pueril exigir as comprovações da carne e do
sangue para o que Deus pôs acima deles.
Você se ufana de só acreditar em Deus. Mas, ocorre que acreditar é uma
coisa bem diversa de compreender sua mente (passo a passo). Isso é
muito mais sério e importante; o apóstolo Paulo compreendia muito bem
as duas naturezas de mentes, a natural e a espiritual. Ele ensinou com
autoridade e conhecimento de causa, que o homem natural não
compreende as coisas do espírito de Deus porque elas se discernem
espiritualmente... que o homem espiritual, porém, julga (bem) todas as
coisas e não pode ser superado em julgamento por ninguém, porque
possui a mente de Cristo (pelo dom do Espírito Santo - que compreende
todas as coisas porque sonda as profundezas da mente do Senhor).
Crer em Deus é um bom passo na senda da salvação, mas é essencial
con�nuar progredindo, aderindo de corpo e alma à Sua causa, através de
submeter-se ao Seu sistema de trabalho.
É vã a palavra do homem que declara amá-lo quando trabalha contra Ele...
mesmo inconscientemente.
É possível crer sem saber, mas é impossível saber sem antes crer. Porque
Deus não o permite.
As provas humanas terão poder, no máximo, para permi�r que creiamos
ou não creiamos, o crer é um degrau abaixo do saber. Muitos que apenas
alcançaram o dom de crer pensam, por isso, já ter alcançado o do saber.
Não compreendem que estão tomando por saber aquilo que vem do seu
in�mo ou do ín�mo alheio. Não entendem que o saber só lhes pode vir
quando comunicado desde o ín�mo de Deus pelo poder do Seu Espírito.
Por não O buscarem para obter a certeza real, acabam por alienar o
Espírito do processo e inconscientemente, negam o Seu poder. Seu
julgamento natural passa a ser outro Deus pagão ... que perecerá na
babilônia.

Só os que alcançaram o dom de saber conseguirão julgar com jus�ça essas


coisas.
Para sabermos, é preciso que Deus consinta.
É óbvio que Ele ainda não consen�u que você soubesse que o
mormonismo é o verdadeiro cris�anismo. Ao desprezar o dom de crer que
Ele lhe ofertou, você desceu de volta ao degrau inferior onde esteve por
tantos anos... é uma terrível atração que precisa vencer.
Isso lhe aconteceu, porque deixou novamente que a dialé�ca humana
agisse poderosamente sobre a sua mente e produzisse o efeito de pensar
que sabe que o mormonismo é uma fraude. Com tal a�tude mental, o
resultado só poderia ser este que desenvolveu: Confiar mais no Planeta
(revista) que nas Escrituras.
Quando você declara saber com certeza absoluta pelo seu processo
racionalista, nem percebe com isso estar contrariando toda dialé�ca da
própria escola que adotou. Pois ela ensina que nosso racionalismo não
pode alcançar as certezas absolutas - com o que concordo plenamente.
O absoluto pertence ao Espírito... ou Ele se manifesta ou a certeza do
homem nas coisas de Deus não passa de treva. Portanto, eu agora afirmo
solene e humilde:
Não estou mais no degrau de crer apenas, subi para o degrau do saber que
A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Úl�mos Dias é a única verdadeira.
Realmente é como você escreveu: A Igreja vem envidando todo esforço
para fazer os homens crerem que a obra é verdadeira, mas nunca
conseguiram ou conseguirão provar.
É exatamente isso! Toda a Igreja concorda com você!
Se quaisquer de nós es�véssemos tentando provar essas coisas com nosso
meios naturais (palavras e literatura), não teríamos entendimento das
escrituras e muito menos da mente do Senhor.
Estaríamos tentando exorbitar do nosso chamado, que não passa de
envidarmos todo nosso esforço no sen�do de fazer crer .... para o Espírito
de Deus poder operar o seu sistema de fazer saber.

Fazer crer é a tarefa da Igreja, fazer saber é reservado a Deus pelo Espirito
Santo.
Em contrapar�da, os inimigos usam todas as formas de argumentação
para convencer os homens da falsa idéia de que sabem ser falsa a
mensagem da Restauração.
Ambas as dialé�cas têm atuação poderosa diante da fragilidade humana, e
são úteis para conduzir os homens que buscam sinceramente, a um estado
de dúvida sã, que possa dar-lhes o entendimento de que não é possível
julgar as coisas de Deus por si sós, e pelo conhecimento natural do
homem; que é preciso apelar a Deus para que lhes dê aquela sabedoria
superior, que a opinião racionalista jamais poderá dar... Como os humildes
sempre fizeram.
Você está muito certo quando diz que no meu estado atual, mesmo que o
Senhor Jesus Cristo me aparecesse declarando ser falsa a Igreja eu não
acreditaria.
É verdade! O mesmo aconteceria com todo aquele que houvesse
experimentado a visitação de fogo do Espírito que Dele dá o testemunho
legal segundo as escrituras. Para esses, e só esses, seria mais fácil duvidar
da veracidade da aparição exterior, do que daquela experiência interior
muito mais marcante, convincente e sobretudo legal.
Se a aparição porem viesse acompanhada do testemunho de fogo e me
dissesse que a Igreja era falsa; então, tudo estaria perdido para mim e
toda humanidade...nosso Deus seria mutável, inconstante, confuso. Teria
prestado dois testemunhos antagônicos.
Realmente caro amigo, Deus cruzou nossos caminhos para que fizéssemos
algo de bom um pelo outro. Você não avalia quanto o fez por mim ao
abrir-me sua mente. Você fez-me ver muito melhor, quão forte é minha
posição, quão consistente é meu testemunho e quão valioso é meu
conhecimento no Senhor.
Espero que possa aproveitar de mim o que aproveitei de você.
Para mim, nosso relacionamento produziu mais luz. Nesse aspecto,
bendita seja a oposição.
Assim, a escritura ensina que ninguém pode dizer com verdadeiro
conhecimento de causa que Jesus é o Cristo,. a não ser pelo testemunho
do Espírito Santo.

Quem o afirma por simples crença, não pode dizer que sabe sem estar
men�ndo. sua capacidade de dizer não é autoridade, é tão válida quanto a
afirmação dos que dizem ser Jesus apenas um grande filósofo, que não
ressuscitou ou que não é filho literal de Deus.
Quem recebe esse testemunho pelo Espírito, passa do crer ao saber, mas
só o sabe para si mesmo. Não pode transmi�r esse saber para outro. só
dessa maneira Deus poderia manter selado tal conhecimento. Para
concedê-lo por Seu critério aos que fizerem jus, ao se apresentarem com
espírito contrito e coração quebrantado na fé que Ele aprova.
Você fez uma boa classificação para enquadrar os membros da Igreja.
Apenas não usou a categoria número 5 - a dos que sabem. Dessa forma,
demonstrou ter ó�mo espírito observação dentro dos limites que
alcançou. Mas não pôde chegar à quinta categoria...simplesmente porque
não lhe foi permi�do subir esse degrau e não sabe que ele existe.
"E haverá entre eles quem nela não creia, por mais que faça o homem por
declara-la." 3 Nefi 21:9
Prezado amigo, volte a subir o degrau do crer e peça a Deus humildemente
que o leve ao do saber...
"O Espírito encerra a minha fala e eu me lamento por causa da
incredulidade...ignorância e obs�nação dos homens, pois que não
procuram o saber, nem entendem o grande entendimento quando lhes é
dado claramente, sim tão simples quanto possível." 3 Nefi 32:7
Querido amigo não permita que Deus se veja obrigado a enquadrá-lo em
nenhuma dessas escrituras que nos deu.
Por favor, não esqueça de perguntar a Deus se escrevi movido pelo
espírito de fana�smo ou na clareza que a Ele deleita.
P.S. Devo concordar com você e com o Sr. L. Ron Hubbard.
Se as falsas religiões têm poder para fabricar milhões quão maior poder
terá a verdadeira para fazê-lo. E está fazendo agora ... pois o Reino Milenar
de Cristo não será edificado sem a consagração do povo santo. Se seu
embrião já é rico com o dízimo, quão mais rico será quando for
desenvolvido o poder da consagração!
É evidente que as falsas igrejas devem proliferar em torno da verdadeira.
Será mais autên�co o valor dos que optarem pela escolha certa. E os que
se omi�rem, também, terão exercido escolha... e muito mal.
Quem, pois, se poderá furtar ao teste?
Se es�vermos sempre procurando ver a imagem da Igreja pelos reflexos do
joio que dela se fez parte e cresce junto com o trigo, acabaremos por
perder a perspec�va do seu fundador e atribuí-la ao destruidor. Mas se a
virmos pelos reflexos do trigo viçoso que nela está, saberemos que o joio
será ex�rpado, atado e queimado no devido tempo do Senhor... só o trigo
será aproveitado.
O CONTATO 8
(Este contato não foi respondido por nós, os missionários, mas sim pelo Dr.
Amoramon, que nos acompanhou; embora o padre haja se dirigido a nós
principalmente. Talvez por julgar-nos mais moldáveis do que o Dr. nas suas
cãs)
O LONGO DISCURSO INTRODUTÓRIO DO PADRE CATÓLICO
O PADRE CATÓLICO: - Como vocês podem ver, meus jovens, o catolicismo
evoluiu muito, na maneira de lidar com a sociedade como um todo. Hoje,
estamos mais próximos de todas as camadas sociais, compreendendo-as e
fazendo-nos compreender; integrando nossos esforços para resolver, junto
aos governantes, os problemas sócio-econômicos nacionais e
internacionais; buscando soluções prá�cas para resolvê-los. O Papa João
Paulo II tem percorrido o mundo, levando o evangelho de Cristo às
mul�dões e chamando ao arrependimento os grandes da terra, para que
se unam a nós neste esforço restaurador, único capaz de trazer a paz e a
prosperidade à humanidade.
Vocês, também, já consideraram nosso esforço ecumênico?
Já levaram em conta a aproximação que conseguimos com os ortodoxos?
Não vêem nisso aquela grande restauração anunciada por Pedro em Atos
3:19-23? O grande retorno dos dispersos para o seio da Igreja Mãe, para
que ela obtenha novamente o governo sobre as nações, como aconteceu
no século XII? Naquele tempo, ela era obedecida pelos reis cristãos da
terra; ela dirigia o des�no dos povos.
Em face desses fatos, não lhes parece que a restauração que vocês pregam
é inteiramente improcedente, porque desnecessária? .
Percebem que o trabalho tentado fazer por vocês será eclipsado pelo
nosso?
Vejam mais esta evidência: Somos hoje no mundo, quase um bilhão de
católicos; nosso esforço ecumênico nos unirá em propósito às maiores
organizações religiosas e filantrópicas do mundo. Isso resultará em
cons�tuirmos um exército enorme e eficiente, para levar nossa mensagem
aos bilhões de seres humanos que ainda não conhecem nosso Salvador.
Não seria melhor que vocês também se unissem a nós nesse mesmo
esforço, em vez de desgastar-se nesta aventura sem respaldo, em que
estão desperdiçando suas vidas e sua fé em Cristo?
Por que combater nossa doutrina, em vez de procurar compreende-la no
que lhes for possível, e aceitar seus mistérios como pontos de fé?

DR. AMORAMON: - Padre, peço licença para responder pelos missionários.


Eles não estão preparados para responder com muitos detalhes, a todas as
questões levantadas pelas inúmeras denominações que têm contato,
através das pessoas que encontram. A mensagem dos missionários deve
ser simples e direta.
Eles não são enviados para falar muitas palavras; mas, aquelas que levam
às pessoas, serão testemunhadas pelo Espírito Santo aos seus corações;
simplesmente, se usarem de sinceridade diante de Deus, ao perguntar-Lhe
se elas não são verdadeiras.
A POSIÇÃO DO DR. AMORAMON
Foram muitas as frentes que o Sr. levantou, ao fazer o seu discurso.
Agradeço pela franqueza que usou para conosco, pois, ela nos porá à
vontade para usar da mesma franqueza ao fazermos nosso discurso, ou
réplica se preferir.
A mente das pessoas deste século, tornou-se por demais complicada. Para
as coisas da religião, assumiu a�tude ro�neira; tornou-se apá�ca, alheia
ao espírito de busca da verdade. Acomodada às tradições herdadas,
deixou-se cercar por uma
muralha de tradições erradas e desinformação. Por isso, muitas vezes é
necessário usar um verdadeiro aríete de palavras, para tentar ir demolindo
gradualmente essa grossa muralha. Até que a pessoa possa enxergar um
pouco mais longe, com os olhos da mente, a veracidade do que
comunicamos.
Veja padre. o seu discurso, do começo ao fim, revela a muralha de
desinformação que o Sr. deixou construírem em torno de si; e também a
convicção com que se empenha em ajudar a erguê-la em volta de outras
ví�mas como o Sr.. Por favor, não se ofenda, estamos usando da mesma
franqueza que usou para conosco.
Vou tentar analisar e responder organizadamente ao seu discurso, e com a
maior obje�vidade possível.
Realmente, podemos dizer que o catolicismo sempre procurou moldar-se
ao gosto das gerações que passam. Sempre esteve perto das classes que
no mundo, demonstraram ter poder sobre as massas.
A história secular e eclesiás�ca provam indisputavelmente que o impulso
inicial do catolicismo, foi dado por um poderoso do mundo, o rei
Constan�no, no quarto século. Ele agiu por interesse polí�co, em proteção
de uma igreja que já era muito mais romana do que cristã. Tanto prova,
que o monarca fez-se o cabeça da igreja, sem nem mesmo ser ba�zado e,
pra�cou grossa blasfêmia ao nomear seus oficiais eclesiás�cos.
A par�r desses dias, até o final do século quinze, desenvolveu-se o poder
espiritual e a influência do catolicismo em todo o mundo, culminando esse
poder entre os séculos dez e quinze; tendo o seu ápice entre os séculos
doze e treze.
Foi exatamente esse período, de seis séculos de hegemonia do
catolicismo, que os historiadores seculares denominaram "a idade negra".
Foi um tempo de morte para as letras, a arte, as ciências; foi quando o
analfabe�smo era quase geral em todo o mundo.
Não posso estender-me mais sobre esse período agora, mas peço que
examine um pequeno extrato que lhe darei ao terminar minha explanação.
O PADRE: Pelo visto, o Sr, só pretende focalizar os erros humanos que
existem em qualquer igreja, em vez de focalizar as obras dos santos
católicos que viveram nesse enorme período. Pretende com isso destruir a
obra de Cristo e dos seus santos?
DR. AMORAMON: De forma alguma, padre. Uma igreja deve ser julgada é
pelo comportamento de sua liderança inspirada. Se ela bebe do Espírito de
Deus, suas obras são justas, verdadeiras, edificantes. Se ela bebe apenas
do espírito dos eruditos do mundo, ela é boa para os sábios segundo o
mundo, e o povo acostuma-se a aceitá-la, por confiar neles ou por simples
comodidade e conformismo. O pior, porém, acontece quando ela bebe do
espírito maligno, através de sua liderança "inspirada". Aí vem o resultado
terrível que vimos anteriormente.
Quanto aos santos que citou, pelo seu próprio cognome - "santos", o que
significa separados do mundo, darei a resposta:
Eles eram separados das obras da igreja do mundo, pelo Espírito de Deus,
que a tudo sonda e compreende. De fato, eles pertenciam a Deus não à
Igreja Católica, mancomunada com rei Constan�no, na destruição que ela
fez da verdadeira Igreja de Jesus Cristo.
Não pretendo destruir o que Cristo fundou, pois isso o catolicismo já o fez
há aproximadamente mil e setecentos anos. . .
Quando a iniqüidade da igreja a�ngiu o máximo, aconteceu o movimento
conhecido como a Reforma. O resultado foi a divisão e subdivisão do
poder vociferante do catolicismo, e determinando o declínio da influência
que ele exercia sobre tudo e todos.
No pensamento dos doutores católicos, foi esse movimento de Lutero o
que deu origem à apostasia anunciada pelo apóstolo Paulo. No seu falho
julgamento, o "avô" da apostasia foi o bispo de Constan�nopla, e os pais,
os reformadores do século dezesseis. Mais tarde vieram os "�os", da Igreja
Anglicana, encabeçados por Henrique VIII.
Agora, então, de acordo com a visão católica, o movimento ecumênico
está inaugurando o tempo da restauração de todas as coisas, anunciada
pelo apóstolo Pedro em Atos 3:19-23.
Entra a seguir o caro padre, com sua matemá�ca esmagadora: um bilhão
que se junta a outros bilhões, enquanto nós, mal chegamos a oito milhões
(em 1998)
Prezado Padre: vou demonstrar ao Sr. quão longe da verdade está essa
interpretação:
Naturalmente, os líderes do catolicismo da era moderna deveriam
encontrar uma explicação para palavras tão contundentes, enunciadas
pelos dois proeminentes apóstolos da Igreja primi�va, Pedro e Paulo.
Se teria que haver indubitavelmente uma apostasia, os teólogos católicos
deveriam encontrar uma; qualquer que fosse, desde que o es�gma não
caísse sobre eles mesmos.
Para tal, a reforma de Lutero foi um prato feito, era só servir. O Sr. está
tentando servi-lo a nós.
Pelo menos, já temos aí um ponto de concordância: A Igreja fundada por
Cristo sofreria uma apostasia. Resta porém, determinar quem
personificaria essa apostasia. Quando ela aconteceu? .
A ATITUDE DOS PODEROSOS DO MUNDO PARA COM CRISTO
Atente para este fato: A Igreja fundada por Cristo, jamais teve poder ou
influência sobre os reis da terra. Pelo contrário, até ao terceiro século, foi
abertamente perseguida e marginalizada. Já no primeiro século, entre 44
D.C. e 96 D.C., quinze dos que foram chamados ao apostolado, foram
mar�rizados, excetuando João, que foi banido para a ilha de Patmos. Foi
quando aconteceu um fato altamente significa�vo. Mas que tem passado
despercebido pelos estudiosos da História Eclesiás�ca :
A úl�ma revelação do Novo Testamento, o Apocalipse, foi dada por Cristo
ao apóstolo João, já banido em Patmos por Roma. Nesse tempo, os
sucessivos cabeças da igreja romana foram Linus, Cletus e Clemente.
Por que o Senhor não deu a nenhum deles a revelação?
Não é di�cil concluir que o Senhor não reconhecia mais a igreja que se
instalou em Roma como a Sua Igreja.
Agora, olhe para a saga da igreja romana. Ela teve poder quase total sobre
o mundo, e hoje con�nua gozando do apoio de presidentes e
governadores.
Mas por que meios ela desenvolveu o seu poder e as suas posses? Foi pela
jus�ça do evangelho, pregada aos poderosos; ou foi por fraude,
conspiração, homicídio, confisco, e todas as armas da malignidade? Não
foram todas essas coisas que incorporaram a ela posses de terras, e
tesouros de toda natureza?
O Sr. não precisa responder porque os historiadores já o fizeram.
O PADRE: Isso são coisas de um passado muito remoto, a Igreja mudou
muito desde aqueles dias. Vejam o exemplo dado por Pio XII, João XXIII,
Paulo VI e modernamente João Paulo II. Que grande par�cipação eles
�veram na busca de soluções para os problemas mundiais nestes nossos
dias tormentosos!
A CONSOLIDAÇÃO ECONÔMICA MODERNA DO CATOLICISMO
DR. AMORAMON: Infelizmente devo lembrá-lo de que estamos falando de
apostasia, por isso, não podemos deixar de nos referir ao passado. Mas,
para sa�sfazê-lo, falarei de um passado mais recente. Vou referir-me ao
Tratado de Latrão:
Em 1929, o ditador Benito Mussolini realizou uma manobra diplomá�ca
que faria dele na Itália um moderno Constan�no. Entregou ao Papa Pio XI
um cheque de oitenta e sete milhões de dólares e uma escritura de
quatrocentos e quarenta mil metros quadrados em Roma, que deu
nascimento ao Estado de Va�cano.
A capital mundial do catolicismo, nasceu da "generosidade" do Par�do
Fascista Italiano, pelas mãos de um ditador oportunista que em breve
ajudaria Hitler a lançar o mundo na Segunda Guerra Mundial. Sem falar no
mor�cínio pavoroso que realizou na Abissínia. O cardeal Pietro Gasparri foi
designado para servir de intermediário entre a Santa Sé e o fascismo.
O modus vivendi foi sacramentado pelo Tratado de Latrão. Assim,
Mussolini comprou a consciência do papa Pio XI, com terras, dinheiro e
promessas de apoio polí�co.
Realmente, é como o Sr. disse no seu discurso: "... O catolicismo evoluiu
muito na maneira de lidar com a sociedade como um todo..." .
A Igreja Católica encontrou a maneira de conviver com o fascismo
corruptor e despó�co de Mussolini, e depois com o nazismo; no entanto,
não foi molestado também pelas potências ocidentais, nem mesmo em
face dos terríveis conflitos da segunda Guerra Mundial.
Os poderosos do mundo respeitaram a capital espiritual da Igreja Mãe,
como o Sr. a chama; porque, com exceção dos japoneses, os exércitos
envolvidos eram cons�tuídos de cristãos; formados em grande parte na
escola do catolicismo e do protestan�smo... a Mãe e suas Filhas rebeldes.
Sobre elas, Jesus Cristo fez uma analogia pesada no Livro do Apocalipse, a
qual preferimos não citar.
O PADRE: Entendo muito bem a que metáforas o Sr. se refere, e tenta
associar a nós. Nesse caso, por que também não se inclui nelas?
Alguns anos atrás, já ouvi esta�s�cas declaradas por líderes mórmons,
dizendo que a maioria dos membros conver�dos ao mormonismo, são
oriundos da minha Igreja. Na época, diziam ser de trinta e cinco mil por
ano. Por que então não considerar que vocês também são daquelas filhas
do catolicismo?
DR. AMORAMON: Que excelente entrada o Sr. deu, padre! Que grande
oportunidade nos deu para mostrar nossa verdadeira posição!
Asseguro-lhe que responderei plenamente a essa sua oportuníssima
réplica, mas o farei no decorrer da exposição, não agora imediatamente.
Não quero perder o fio da meada.
Como dizíamos, lá estavam os cristãos de todas as nações em beligerância,
matando-se, torturando-se, encarcerando-se; faziam todas essas coisas,
em nome do "Cristo" romano, plantado, direta ou indiretamente, nas
igrejas de toda a terra.
Tratado de Latrão permi�u que o pequeno estado papal, dentro do Estado
Italiano, conseguisse a consolidação econômica, mesmo aos trancos e
barrancos.
Antes de ocorrer a unificação da Itália, os papas viviam como senhores
feudais. sua economia formou-se inicialmente do rendimento proveniente
de intrigas, confiscos e usurpações gerais. Também, em porção
significa�va, de manobras escusas e falcatruas espirituais, como a venda
da indulgência e a doutrina da supererogação. Modernamente, as ações
não são tão violentas ou tão claramente discerníveis, mas a corrupção
con�nua a ser secretamente operada. Os oitenta e sete milhões de
dólares doados por Mussolini, foram gradualmente sendo infiltrados; a
Igreja tornou-se acionista junto a incontáveis negócios escusos no mundo
todo, mas tudo secretamente.
Ul�mamente, esses negócios levaram a desfechos trágicos, como os dos
banqueiros Michele Sindona e Roberto Calvi, o primeiro foi condenado a
vinte e cinco anos de cadeia, o segundo foi encontrado morto, numa ponte
em Londres.
Naturalmente, o dinheiro é limpo quando parte das mãos dos fiéis, e há
muitas obras cristalinas que são man�das pelo catolicismo em todo o
mundo. Mas o fundamento desse poder, efe�vamente, não pode ter vindo
de Deus, porque Ele não edifica seu Reino de jus�ça sobre alicerces de
iniqüidade.
Agora sim padre! vamos começar a responder sua úl�ma réplica. Vamos
apresentar ao Sr. a outra base para comparação, após o que, o Sr.
entenderá o porquê de não podermos jamais, em jus�ça, sermos
considerados como daquelas filhas do catolicismo.
A CONSOLIDAÇÃO ECONÔMICA D'A IGREJA DE JESUS CRISTO DOS S. U.D.
Vamos examinar a forma pela qual foi consolidado o poder econômico d’ A
Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Úl�mos Dias:
Em 24 de julho de 1847, o presidente Brigham Young, conduzido por
revelação de Deus, entrou no Vale do Lago Salgado com um grupo de 148
pessoas, em busca de consolidar a Igreja na terra.
A 29 de agosto de 1877, depois de dedicar-se a essa consolidação, desde
1832, dentro dos mais dignos princípios de re�dão e jus�ça, ele faleceu.
De acordo com a História da nossa Igreja, podemos considerar que ela só
conseguiu sua consolidação defini�va em 1930, numa árdua luta de
século.
Nossa Igreja lutara arduamente por seus direitos diante da federação
americana, representada por toda a cristandade do mundo, eivada de
desinformação e preconceitos de toda ordem. Até que foi ob�do
livramento da opressão estatal, e as relações entre a Igreja e o Estado
americano foram estabelecidos defini�vamente.
Nossa Igreja alcançou sua consolidação do lado ocidental do Atlân�co, ao
mesmo tempo que o catolicismo ganhava sua capital mundial no lado
oriental (1930 e 1929 respec�vamente).
Uma, venceu a terrível perseguição do Estado americano, pela re�dão,
sofrendo toda espécie de injus�ças. A outra, associou-se por
conveniência, conivência e injusta convivência, a um despó�co regime.
Qual das duas teria agido pelo Espírito de Deus?
Assim, quando o Sr. fala em restauração, onde pretende chegar? Ao puro
evangelho de Cristo ou de volta ao poder que o catolicismo exerceu
despo�camente sobre as nações antes da reforma de Lutero?
Dizemos isso porque a palavra restauração deve ser entendida como a
volta a um estado anterior. Aplicada ao evangelho de Cristo, será
entendida como a volta ao estado de pureza que o Senhor entregou a Sua
Igreja aos seus discípulos; e mais, a volta àquela mesma condição inicial
de rejeição de parte do mundo e suas filosofias, rejeição dos seus
verdadeiros princípios, leis e convênios. Ou isso ou não seria uma
restauração. Porque o espírito do mundo, representado nas miríades de
suas igrejas e filosofias, jamais se harmonizará com a verdadeira doutrina
de Cristo. E é exatamente por isso que o mundo está condenado por Deus
a sofrer Seus julgamentos nos úl�mos dias.
Observe o Sr., que no Meridiano dos Tempos, o evangelho de Cristo era
despres�giado pelos reis da terra. Ele não podia ser aplaudido, nem pelos
poderosos nem pela grande mul�dão, porque ele trazia a "incômoda"
verdade de Deus, da qual, os homens naturais são inimigos. Portanto,
quando houver uma grande mul�dão aplaudindo um "evangelho",
desconfiemos dele.
O TRATAMENTO QUE A CRISTANDADE DEU AO MODERNO PROFETA DE
DEUS
Sendo restaurado à terra o verdadeiro evangelho, ele deverá encontrar a
mesma má disposição do mundo, manifestada contra ele no ministério de
Cristo, pois Ele não mudou...nem mudou o mundo no seu relacionamento
com Deus.
É por isso que o mundo, representado por uma turba mascarada, com
integrantes da cristandade do mundo e de uma sociedade secreta,
assassinou o profeta Joseph Smith e o patriarca Hyrum Smith em 1844.
Enquanto os Papas são por ele pres�giados. É por isso que, entre cerca de
quinhentos prelados que assumiram o trono papal até hoje, foram
assassinados, por punhal e veneno, exatamente aqueles que revelaram
disposição de corrigir os horrores que reinavam no clero dirigente. Mas
eles não foram mortos pelo mundo exterior à igreja romana, e sim pelos
seus próprios eclesiás�cos - cardeais e jesuítas.
Hoje, a Igreja Romana se foi transformando, pela evolução do seu esposo,
o mundo.
A obra social das igrejas, em geral, não está na pauta dessa nossa resposta.
Há esforços notáveis e meritórios, que tem o nosso respeito.
A VERDADEIRA DIMENSÃO DO EVANGELHO
Mas o verdadeiro evangelho de Cristo é muito, muito mais do que todas
essas obras sociais, do mundo.
Ele é um sistema de governo, primeiro planetário e depois universal, sua
ação abarca a mortalidade e a imortalidade; a terra �sica, o mundo dos
espíritos e o mundo pós ressurreição. É o único sistema capaz de
transformar o mundo todo numa grande obra social, econômica, cultural e
espiritual. Ele não é apenas um acanhado sistema de esforços isolados, de
comunidades religiosas e de indivíduos filantropos, os quais são uma gota
insignificante no oceano de carências mundiais, de injus�ça, miséria e
fome.
O evangelho de Cristo não é aparência de religiosidade, ele é poder de
transformação planetária por autên�ca mudança espiritual do indivíduo;
ele não é dedicação parcial ou ro�neira, é vivência permanente, entrega
integral, em espírito de consagração, ao Governo revelado por Deus para
dirigir a sociedade planetária no sé�mo milênio, e complementar o Plano
de Salvação, tanto para os vivos quanto para os mortos.
O catolicismo, junto com todos os que se unirem a ele, jamais poderão
viver essa plenitude do evangelho; porque não saberão como fazê-lo; pois,
somente a revelação de Deus traz o conhecimento total e a capacidade
para realizar essa obra, em cada uma das dispensações do evangelho ao
mundo.
Por todas as coisas aqui expostas é que não podemos aceitar seu convite -
o ecumenismo convocado pelo mundo. E já provamos que o catolicismo é
religião do mundo, não faz parte dos planos de Deus.
O convite de Deus ao "ecumenismo" só tem uma direção: É a fé no
verdadeiro Cristo, arrependimento, ba�smo, confirmação e dom do
Espírito Santo. O único caminho é se tornar membro d’ A Igreja de Jesus
Cristo dos Santos dos Úl�mos Dias. Ela é aquela pedra que se desloca da
montanha sem intervenção de mão humana, e que a�ngindo a estátua
(símbolo dos poderes do mundo) no seu ponto de apoio, tritura-o na base;
fazendo vir abaixo toda aquela atemorizante estrutura; reduzindo-a a
migalhas levadas pelo vento e desaparecendo como a poeira.
O CUMPRIMENTO DA PROFECIA DE DANIEL
Mas aquela pedra deslocada, inicialmente pequena, acaba por
transformar-se numa grande montanha e ocupar toda a terra.
Caro padre, peço que examine Daniel 2:26-45,considere o nosso discurso,
e diga, das duas igrejas, qual é a que personifica a pedra do sonho do rei
Nabucodonosor? Qual das duas personifica a apostasia profe�zada por
Paulo, e qual delas iden�fica-se com a restauração de todas as coisas
predita por Pedro?
O Sr. talvez ache estranho o fato de nos referirmos apenas às nossas duas
igrejas, quando há milhares delas em toda a terra. Mas, o fato a
compreender é que: se há uma Igreja verdadeira, todas as demais são
falsas; se a Igreja mãe, a única que reivindica estar na linha do sacerdócio
de Deus, for falsa, todas as demais, suas filhas ou não, estão fora de
qualquer cogitação.
POR QUE O LIVRO DE MÓRMON DIZ HAVER APENAS DUAS IGREJAS?
É por isso que o Livro de Mórmon nos ensina que há apenas duas igrejas, a
do Cordeiro de Deus e a do Mundo; quem não pertencer à Igreja do
Cordeiro, pertencerá â Igreja do Mundo.
Ora, se a Igreja do Mundo opõe-se à do Cordeiro, e luta contra Ele por
adeptos, a quem pertence a primeira?
Deus diz (no Livro de Mórmon) que ela pertence ao diabo, estará Ele
errado no seu raciocínio circular?
O PADRE: Essas suas palavras são muito duras, permita-me dizer que sua
franqueza, agora, foi além do que se pode classificar como virtude. De
forma circular, da mesma forma, o Sr. está insinuando que eu sou um
ministro do diabo e o meu rebanho é cons�tuído de demônios: O Espírito
de Deus não ensinaria tal barbaridade, e quem a ensina não pode ser
Dele.
DR. AMORAMON: Eu daria ao Sr. plena razão, caso fosse correta essa
interpretação que deu às minhas palavras. Sim, eu teria falado pelo
espírito do diabo. Deus define o diabo como o pai das men�ras, quando
comparado a Ele, o Pai da Verdade. Assim, o papel do diabo é lançar
cor�nas de men�ras; o de Deus é mostrar a Verdade. Quem adere à Igreja
Verdadeira, age conscientemente, porque sua intenção é obedecer a Deus;
quem o fizer inconscientemente, em verdade não entrou para a Igreja.
Agora, observe bem: quem entra para uma igreja de cultos satânicos, sabe
conscientemente que tornou-se adepto do diabo, sua clara intenção é
servi-lo. Falamos aqui daqueles cultos escandalosos, que não deixam
sombra de dúvida sobre o seu mentor.
Há outro caso porém: quando os cultos são falsos, mas bem mais su�s,
estudados, modificados, adaptados às circunstâncias, de forma a atrair os
espíritos mais refinados e devotos.
É possível que excelentes filhos de Deus adiram inconscientemente às
igrejas falsas, na firme intenção de servir à Deus. Ele sabe disso e envia-
lhes a verdade para que possam superar o inimigo, o qual, os detém com
seus sistemas falsos. Deus não manda pregar o evangelho a demônios,
mas aos seus filhos vi�mados por eles. Quem vi�ma aos filhos de Deus é a
doutrina do Demônio, o Sr. é um filho amado por Deus, bem como toda a
sua congregação.
Essa é uma parte um tanto di�cil de interpretar corretamente da leitura do
Livro de Mórmon, quando Deus ensina que só há duas igrejas, a de Deus e
a do Demônio, e que, quem não pertencer à de Deus, pertencerá à do
Demônio.
Além do mais, caro padre, se o Sr. julga que a sua Igreja é a Igreja
verdadeira de Jesus Cristo, e nós não pertencemos a ela, a que espírito
estaremos servindo?
O seu dever é levar-nos para onde julga estar a salvação, se puder. Se o Sr.
não nos julga como sendo demônios, de que forma pensar que nós assim
o julgamos?
O PADRE: Aceito sua explicação. Reconheço que o interpretei mal. Porém,
o Sr. deve reconhecer também que seu discurso foi por demais duro, e
muito di�cil para um católico suportar até o fim, sem sen�r-se ofendido,
aborrecido ou molestado. O Sr. acusou nossa liderança de pra�car grossa
iniqüidade, século após século, do remoto passado ao quase presente, em
Pio XI.
Ora, parece que o Sr. esqueceu da terrível iniqüidade pra�cada pela Igreja
Mórmon no século passado, na execrável poligamia, abraçada pela
liderança.
Se nós não somos a Igreja de Jesus Cristo verdadeira, devido àquela an�ga
liderança, de que forma vocês se poderiam qualificar como sendo, com
seus líderes polígamos?
DR. AMORAMON: Reconheço que meu discurso foi duro. Mas se o foi, não
se deu pela dureza do meu coração, mas pelas questões que o Sr. mesmo
levantou; elas dispararam o canhão da verdade.
Agora, o Sr, novamente levantou uma questão grandemente desafiadora.
Ela exige uma resposta a altura, que certamente ofenderá ainda mais a
quem não es�ver preparado.
Isso faz-me lembrar das palavras que Cristo ouviu dos discípulos, quando
ensinou os símbolos do pão e do vinho sacramentais, em João 6.51-60:
"Duras são essas palavras, quem as pode ouvir?"
É curioso, aqueles que iriam seguir a Cristo suportaram-nas bem!
A POLIGAMIA E O CELIBATO NA BALANÇA
O PADRE: Não creio que o Sr. sequer possa se defender de tal conivência
com os pais da poligamia mórmon. Muito menos poderá jus�ficá-los e,
quanto a esse assunto, ainda menos argumentos terá para diminuir a
grandeza do catolicismo, no testemunho do seu celibato, em diametral
oposição à poligamia.
DR. AMORAMON: Já esperávamos que o Sr. guardasse sua "melhor
munição" para a descarga final. Ao esgotá-la, se não formos aba�dos,
então seu poder estará exaurido e nossa marcha prosseguirá. .
Para começar a responder-lhe, queremos declarar que aceitaremos
plenamente que a liderança pioneira da nossa Igreja tenha come�do essa
grossa iniqüidade, ao adotar o casamento plural ou poligâmico, como
queira chama-lo.
Mas, para isso, impomos uma pequena condição: Alguém deve provar a
nós, que o acontecido neste mesmo planeta, desde o ministério de Abraão
ao desaparecimento de Moisés, período de aproximadamente 576 anos;
em que também viveram Isaque e Jacó, todos eles diletos homens de
Deus; repe�mos, alguém terá que provar a nós a iniqüidade come�da por
eles, ao receberem muitas esposas e concubinas; uma vez que elas lhes
foram dadas por Deus; por lermos nas escrituras que �veram Seu
beneplácito; ou por estar explicitamente declarado que elas foram dadas a
Saul, David e Salomão pelas mãos dos profetas Samuel e Natam.
Quem disser que aqueles homens cometeram iniqüidade, tendo eles
cumprido a vontade de Deus no assunto de múl�plas esposas, a quem
estará acusando, além do Mandante?
Seria sem dúvida grossa iniqüidade deles, se Deus não os houvesse
mandado. Mas qual o crente das escrituras que poderia sequer pensar em
tal possibilidade?
Ah! Já ouvimos muitos dizerem: os desígnios de Deus são impenetráveis;
suas razões são mais altas que as nossas; não podemos entendê-las todas.
Ora muito bem! Então, por que tão apressadamente julgam e condenam
nossos líderes? Com que autoridade afirmam que Deus não os mandou?
Podemos conhecer e compreender os propósitos de Deus de duas formas,
inapelavelmente únicas: a primeira é que Ele os revele, a segunda é que
nós acreditemos que Ele o fez depois de obter um testemunho. Acreditar
no que Ele não fez ou não acreditar no que efe�vamente fez, não nos
levará a conhecimento algum.
Veja o Sr. padre, os propósitos que Deus revelou ao mundo
modernamente, no concernente àqueles polígamos das escrituras do
Velho Testamento, e o esclarecimento que fez, ao declarar assim ter agido,
desde o princípio da Criação até agora (1832):
"Abraão recebeu concubinas, e elas lhe geraram filhos; e foi-lhe imputado
como jus�ça, porque elas lhe foram dadas e ele obedeceu a minha lei;
assim também, Isaque e Jacó nada mais fizeram do que as coisas que
foram mandadas...Davi também recebeu muitas esposas e concubinas,
assim como Salomão e Moisés, meus servos, e muitos outros dos meus
servos, desde o princípio da criação ATÉ AGORA; e em nada pecaram, a
não ser naquilo que não receberam de mim."
Caro padre, o Sr. falou na grandeza do celibato, em contraposição à
poligamia, na sua "iniquidade". No entanto, o Sr. vê nas escrituras bíblicas
a poligamia divinamente ins�tuída como mandamento, nas circunstâncias
que Deus vê necessidade de ins�tuí-la. Não lhe parece que a iniqüidade
reside é em pra�car o celibato, o qual, Ele jamais mandou?
Não percebe o Sr, a terrível inversão da palavra de Deus?
Não consegue enxergar que Deus sanciona o que o Sr. veta, e veta o que o
Sr. sanciona?
Assim como, um dos nossos profetas disse sabiamente que o maior
milagre de Deus é mudar (para a luz) o coração dos homens, eu, o Dr.
Amoramon, o parodio dizendo: O maior milagre de satanás é impedir que
o homem enxergue a luz de Deus ... e, quando ele a vê, induzi-lo a fugir
dela.
O CATOLICISMO E AS SUAS INVERSÕES
O número de inversões completas que o catolicismo faz da palavra de
Deus é muito grande. Para exemplificar, enumeraremos algumas delas ao
final. São tão clamorosas, que se tornam um testemunho perfeito de
nossa paródia - É um milagre satânico portentoso, o fato de que um
grande número de filhos de Deus, que nascem com sua luz interior, não
sejam capazes de discernir tão clamorosas inversões, e acabem por
obedecer ao Men�roso.
O PADRE: O Sr. é o maior inimigo do catolicismo que eu jamais encontrei.
Nesses poucos minutos de conversa, o que fez foi inves�r contra nossa fé e
nossa doutrina. Afinal, o Sr, demonstra pensar que nada do que temos
realizado tenha qualquer valor. É muito curiosa essa sua capacidade de
inverter as coisas, para condenar o catolicismo e jus�ficar o mormonismo.
Além do mais, que bem resultaria para o mundo, se a poligamia dos
mórmons fosse permi�da con�nuar, da parte da Federação americana?
DR. AMORAMON: Realmente, padre! Eu me ufano de ser o maior inimigo
do catolicismo. Exatamente porque sou o maior amigo dos católicos!
Cristo é o maior amigo dos homens, exatamente porque é o maior inimigo
do pai das men�ras. Ele não comba�a os homens, senão as doutrinas que
os contaminavam e diminuíam seus status como filhos de Deus.
Eu não declarei sem valor as boas obras que tenham realizado, quer os
católicos quer qualquer outra denominação religiosa. Mas, cada obra tem
seu próprio mérito, alcance e propósito.
Para o propósito de alcançar a vida eterna, qualquer obra, por melhor que
seja aos olhos dos homens, não presta; se ela não obedecer a ordem, as
ordenanças, os princípios e convênios estabelecidos por Deus. Porque não
é Ele que se deverá moldar aos filhos, mas os filhos ao Pai.
Quanto à minha capacidade de inverter as coisas, segundo a sua
perspec�va, sinto dizer que não concordo; porque, na minha perspec�va,
tenho capacidade é para reverter as coisas ao seu estado verdadeiro, na
exata proporção da inversão conspirada. Este é o Espírito da Restauração.
O que me deu essa capacidade foi a revelação de Deus aos profetas que
chamou nos úl�mos dias, e a inspiração individual a que tenho direito,
pelo dom do Espírito Santo que me foi conferido ao ser confirmado um
membro desta Igreja.
Quanto ao bem que resultaria para o mundo, se a nossa poligamia
patriarcal não fosse interrompida, eu preferiria responder, primeiramente
usando os fatos modernos, mas em forma de perguntas.
Eu colocaria as aqui seguintes:
Em que foi transformado este nosso mundo, sem o concurso da poligamia
patriarcal que os mórmons estavam começando a pra�car nos meados do
século passado?
De que forma, aquele princípio do casamento plural, por revelação de
Deus a um profeta, poderia contribuir para que nosso mundo hoje fosse
melhor?
Não poderíamos receber melhor resposta, quanto ao que foi feito deste
nosso mundo sem o concurso do casamento patriarcal, do que nos dá a
telinha mágica que todos temos em nossas casas. Ela está pronta vinte e
quatro horas por dia, para nos informar das crises e desgraças de todas as
naturezas em que o mundo foi transformado.
O PADRE: Por favor, Dr. Amoramon! Pretende o Sr, demonstrar que o tal
casamento poligâmico patriarcal teria resolvido esse problema?
DR. AMORAMON: Só posso estar certo de uma coisa: é que o seu celibato
não melhorou em nada a condição deste mundo. Mas deixe-me antes
fazer um retrospecto e uma análise grosseira de alguns acontecimentos
em Utah, na América do Norte:
Lá, na época final da prá�ca da poligamia pela nossa Igreja, só dois por
cento dos mórmons eram polígamos, proporção essa que foi
aproximadamente a mesma todo o tempo. Os membros da Igreja
representavam em Utah, oitenta e cinco por
cento dos votantes, os gen�os e apóstatas apenas quinze por cento. Estes
úl�mos, através de manobras an�cons�tucionais junto ao Congresso,
conseguiram desqualificar para o voto, além dos dois por cento de
polígamos, também os demais oitenta e três; pela vergonhosa alegação de
que, embora não fossem polígamos, criam no princípio. Eles envenenaram
o Congresso e terminaram por torná-lo tão iníquo quanto eles próprios.
Num cálculo grosseiro que fizemos, se os dois por cento de polígamos
mórmons fossem man�dos durante os úl�mos cento e sessenta anos, hoje
teríamos cerca de dois bilhões de mórmons no mundo em vez de oito
milhões (em 1998). O Sr, porém, deve entender que falamos apenas dos
nascidos na Igreja, através das uniões polígamas; e se considerarmos os
que seriam conver�dos?
Já imaginou que enorme força espiritual e polí�ca esse exército de mentes
representaria nas decisões deste mundo? Certamente a história do
planeta seria bem diferente da que conhecemos!
O PADRE: Dr, O Sr. está falando em poligamia ou em polí�ca? Parece que o
Sr. gosta de confundir os seus interlocutores. O que tem o evangelho a ver
com casamentos plurais, e estes com eleitores e polí�ca?
DR. AMORAMON: Padre, pensei haver sido suficientemente explícito; vejo
que não fui. Veja bem: o obje�vo dos casamentos plurais não pode ser
justo, a não ser que seja para cumprir mais rapidamente o Plano de Deus
na terra. Esse obje�vo é mul�plicar geometricamente o número de
portadores do sacerdócio. Há dois processos de fazer crescer a Igreja e o
seu sacerdócio. Um deles é muito mais lento e di�cil - o proseli�smo puro
e simples, o outro, além de rápido, propicia que o proseli�smo seja
o�mizado, ao ser empregado em conjunto.
Quando usado o método dos casamentos plurais, a Igreja cresce
rapidamente de dentro para fora, tanto em quan�dade quanto em
qualidade. Observe bem que só dois por cento dos mórmons pra�caram a
poligamia e que, no Velho Testamento, a alusão aos polígamos aponta
para os mais espiritualizados, os profetas. Aí estava sendo garan�da por
Deus, a qualidade junto à quan�dade, no crescimento da Igreja; porque os
filhos seriam corretamente instruídos no temor de Deus, e preparados
para as responsabilidades do sacerdócio em suas famílias patriarcais,
devido às qualificações dos pais.
A poligamia seria um mal, até mesmo se generalizada entre os membros
da Igreja; porque haveria a possibilidade de que, por falhas e despreparo
entre eles, terminassem por mal instruir ou perder o controle sobre os
filhos, os quais se poderiam desviar do caminho com mais facilidade.
Poligamia no mundo, fora da Igreja? Nem pensar! Deus jamais mandou ou
mandaria isso.
O Sr. pode agora entender que os casamentos múl�plos a comando de
Deus, só poderiam mesmo ser para os líderes, principalmente?
Nesse ponto, veja o Sr. que tremenda contradição: Enquanto Deus
encaminha seus mais diletos servos para o casamento patriarcal - para
exatamente mul�plicar seus instrumentos de ação na terra e acelerar a
execução do seu Plano de Salvação; o catolicismo ensina a "virtude e a
grandeza" do celibato do seu sacerdócio!
Que enorme, que completa inversão da verdade! Não posso ser mais claro
do que fui agora, padre.
Que entrave terrível para Deus, se o catolicismo adotasse a poligamia no
seu clero! Nesse aspecto, o celibato, podemos dizer, até que favorece o
Plano de Deus... Porque forma menos adeptos do erro.
O PADRE: É, o Sr. foi claro agora; como sempre, não perdeu a
oportunidade para desmerecer ainda mais nossa doutrina.
DR. AMORAMON: Já disse anteriormente: Não sou eu que estou
conduzindo as respostas; são as questões que o Sr. tem levantado. Elas é
que conduzem a minha fala. As respostas sucedem ás questões. Mesmo
quando empregamos o método socrá�co; quando o professor, já sabendo
as respostas, faz perguntas para que os alunos cheguem a elas por si
mesmos.
O Sr. pergunta se falo do evangelho ou de polí�ca. Primeiro, preciso saber
se entendemos o termo da mesma forma. Veja, o dicionário diz que
polí�ca é a arte de governar. Ora, nesse sen�do, o evangelho é polí�ca,
porque ensina como os homens se devem autogovernar para poderem
bem governar os outros.
O Reino de Deus é um sistema de governo, ao qual os homens devem
decidir-se a obedecer, para poderem viver em sua presença. O que o Sr.
poderia ter contra essa nossa visão?
O PADRE: É. Devo reconhecer que o Sr, está certo neste aspecto.
NOTA DO ELDER SMITH:
A reunião foi encerrada neste ponto. O padre deu-nos a mão, sen�mos
que ela estava fria. Percebemos nos seus olhos uma expressão de
angús�a, mas havia também mescla de obs�nação. Estava estampada sua
luta interior, bem como a injusta decisão que tomaria.
Seguimos para casa levados pelo Sr. Amoramon. Ele guardou silêncio no
trajeto; despediu-se com um forte aperto de mão; mas, mergulhado em
suas reflexões, não abriu a boca uma só vez sequer, desde que nos
despedimos do padre.
O CONTATO 9
ENCONTRO DO DR. AMORAMON COM O LIVRE - PENSADOR
(Os missionários acompanharam-no nessa reunião preliminar)
DR. AMORAMON: Prezado Sr., estou aqui, acompanhando os missionários
para apresentá-los ao Sr., a pedido do nosso amigo comum Gert Folz. Ele
achou aconselhável termos este encontro preliminar.
O LIVRE-PENSADOR: Eu assen� em receber os missionários, pela amizade
que tenho com o Gert, ele conhece muito bem minha posição. Peço sua
licença para dirigir minhas palavras aos próprios missionários, já que
esperava a visita deles, embora o Sr. seja também bem-vindo. Esclareço
que o Gert me disse que poderia apertar vocês com as perguntas que
quisesse.
- Meus jovens e caro Dr., prezo muito minha liberdade de pensar e agir; se
adotasse o pensamento de vocês, não estaria mudando meu modo de ser
e agir? Não estaria renunciando à minha preciosa liberdade?
Não seria esse, exatamente, o caso de vocês, se deixassem de crer no que
advogam, para viver a liberdade de pensar que vivo? Não é, portanto,
muito mais digno para todos, que cada um tenha sua própria filosofia, sua
maneira par�cular de ver todas as coisas, de ter sua própria realidade e
metas?
Vocês não percebem a injus�ça que existe em saírem pelo mundo,
tentando mudar a cabeça das pessoas já bem estruturadas, na maioria das
vezes, muito mais experientes e vividas do que vocês?
Ademais, a história do mormonismo ainda carrega a peja da poligamia e
da discriminação racial. Vocês não se podem libertar dessa verdade
histórica, como um rabo enorme que deverão arrastar pela vida.
DR. AMORAMON - Sr., os missionários não são enviados, nem são
treinados, para discu�r as filosofias do mundo. Eles trazem, aos que
pensam como o mundo ensinou a pensar, uma mensagem de Deus para os
nossos dias; para que possamos aceitar Seu convite, e comecemos a
pensar com uma liberdade diversa daquela que experimentamos - a
liberdade segundo a Mente de Quem não vai pelos caminhos do mundo, e
cujos pensamentos são mais altos.
O Sr, começou seu discurso por um ponto capital. Dou-lhe toda razão, pelo
valor que dá à sua liberdade de pensar. É exatamente este, o ponto crucial
de toda a filosofia dos céus e do inferno; ela não poderia deixar de estar
presente na terra, envolvendo-nos de todos os lados. É por isso que
nascem, crescem e se acabam as nações; os povos, as famílias e os
indivíduos; é por isso que há Deuses e demônios, anjos, arcanjos e
querubins; é por isso que há reis, imperadores, presidentes e todos mais...
A liberdade de pensar e agir! A liberdade de colher...(?) De colher o quê?
Seria ela a de tudo colher?
Não, caro Sr! Exatamente aí, quando chega o momento de colher, termina
a liberdade do homem. É exatamente aí, aonde Deus alicerçou Sua
liberdade perfeita, porque plena. É onde termina a liberdade daqueles que
plantaram onde quiseram, e o que quiseram; daqueles que semearam da
sua própria sabedoria, e se negaram a semear no Espírito de Deus.
Ao chegar o tempo da colheita, perderão aquilo que imputaram como de
maior valor - estarão restringidos a colher daquilo mesmo que houverem
plantado, nada mais além disso.
Qual, então, a liberdade em que devemos permanecer agora, para sermos
verdadeiramente libertos por toda a eternidade?
- É naquela que permi�rá colher a plenitude do bem e do melhor, por
havermos plantado, no terreno propício, a semente do Espírito; para
podermos colher os dividendos da plenitude, sem ter nada de perdas a
lamentar!
A liberdade que o Sr. tem construído, tem poder para levá-lo à plenitude
da colheita?
Não! Só a liberdade que está na mente de Deus o tem!
É por isso que os missionários estão hoje aqui: para convidá-lo, em nome
do Cristo, a inves�gar a veracidade do que dizemos, e construir o potencial
para vir a colher da plenitude.
Se eles não �verem a mente de Cristo em si mesmos; então, não terão
nada de bom a lhe trazer. Se o Sr. não condescender, pelo menos por um
momento, à influência desse Espírito, o qual nos dá a mente de Cristo,
então não poderá perceber a verdadeira liberdade de pensar; con�nuará
subme�do à mente do mundo, a mente do homem natural. Estou agora
falando do Testemunho do Espírito Santo.
O LIVRE-PENSADOR: Afinal, o que estão pretendendo fazer comigo? Não
estarão querendo submeter meu pensamento ao de vocês?
Devo convencer-me de que vocês também falam por essa mente de Cristo,
a qual está acima de nossa própria mente e pensamentos? Se eu me
convencesse por mim mesmo, por sua pregação, teria cedido
voluntariamente a uma lavagem mental; dessa forma estaria demonstrado
que não haveria, no processo, nada além de uma auto-lavagem mental,
pura e simples.
Onde haveria lugar para o Testemunho do Espírito Santo de que falam?
DR. AMORAMON: É exato o que o Sr. Concluiu - ou falamos pela mente de
Cristo, por testemunho individual, ou o que dizemos é falso diante de Deus
e de nós mesmos; embora pudesse parecer verdadeiro às nossas mentes
carnais.
Caso o Sr. concluísse, por razão comum (carnal), que nossas palavras são
da mente de Cristo, embora essas palavras sejam verdadeiras, sua postura
passaria a ser falsa, a par�r do momento em que declarasse sabê-lo por
testemunho do alto. O Sr. não poderia testemunhar a outras pessoas que
fala pela mente de Cristo, pois saberia que fala por sua própria razão
carnal.
Isso não lhe autorizaria a prestar testemunho em verdade e jus�ça, pois
estaria men�ndo para si mesmo, embora o que dissesse pudesse ser
verdadeiro.
"Ninguém pode dizer que Jesus é o Cristo, a não ser pelo Espírito Santo."
(Ninguém pode dizer que sabe ser Jesus o Cristo, a não ser que disso
receba revelação do Espírito Santo - quem apenas pensa que Ele é o Cristo,
não pode dizer que sabe disso um passo mais além da sua opinião
individual. A manifestação do Espírito é esse mais além que dá ao homem
a autoridade para dizer que sabe)
O LIVRE-PENSADOR: É muito profundo o que o Dr. acaba de comunicar!
Compreendo que Deus, realmente, teria que agir assim, com isso que
vocês chamam de testemunho. Pois, só dessa forma poderia o homem
reconhecer, de fato, que recebeu do alto; que não está subme�do às suas
próprias racionalizações; que algo mais poderoso do que as convicções
pessoais entrou no processo.
Para ser verdade o que falam, reconheço que esse testemunho deve ser
parte dos assuntos de Deus, ou isso ou não haverá convicção justa de
qualquer verdade superior neste mundo.
DR. AMORAMON: "Bem-aventurado és, Simão, filho de Jonas; porque
quem t'o revelou não foi carne e sangue, mas meu Pai que está nos
céus..." "...e sobre esta pedra (o testemunho do Espírito) eu edificarei a
minha Igreja, e as portas (a mente carnal) do inferno não prevalecerão
contra ela."
A mente natural do homem, compreende muito pouco dessas coisas ou
entende completamente errado.
Agora, eu gostaria de responder às perguntas finais que fez, sobre
poligamia e discriminação racial.
É verdadeiramente uma pena, que a grande maioria das pessoas dirija sua
curiosidade em relação aos mórmons, focalizando esses dois assuntos; em
lugar de atentarem para a beleza da sua teologia e entendimento das
coisas de Deus.
O "rabo enorme" que, nas suas palavras, devemos carregar, em verdade
tem sido carregado é pelas pessoas do mundo. Só que esse rabo não
pende do lugar convencional; e sim envolve a cabeça e desce desde a
nuca; não tem pelos, mas sim, elos de uma corrente pesada, impedindo
que suas mentes se expandam - são as correntes do inferno.
Se exis�r uma luz brilhante num ambiente, as trevas não podem habitar
ali. A poligamia e a "discriminação" históricas, pertencem ao mesmo
ambiente onde brilha a luz da teologia mórmon, nelas não pode haver
trevas. A palavra que o Sr. usou - discriminação, está mal colocada. Ela
deveria ser priorização.
Durante o ministério mortal de Jesus, ele não discriminou os gen�os ou
gregos, como os chamavam os judeus; Ele, sim, deu prioridade ao povo
judeu, na ordem de convidar ao convênio do evangelho.
O mesmo aconteceu agora entre nós, foram chamados ao convênio - com
prioridade - primeiramente, os gen�os descendentes de José, por seus
filhos Efraim e Manassés; só depois, a par�r de 1978,
começaram a ser chamados os descendentes de Noé por seu filho Cam,
pai de Canaan, o gerador da semente negra depois do dilúvio.
Desta feita, agora nos úl�mos dias, os judeus serão chamados por úl�mo -
"Os primeiros serão os úl�mos e os úl�mos serão os primeiros."
Veja Sr., onde havia trevas envolvendo sua mente, agora há luz, por efeito
de melhor conhecimento adquirido de todo esse assunto.
Agora, vamos à poligamia. Há várias maneiras de abordar esse assunto.
Desta vez, vou abordá-lo de modo bem diverso do que fiz anteriormente:
As escrituras são claras quando aprovam e quando desaprovam a
poligamia. Quando ela é ins�tuída por Deus através dos Seus profetas, é
justa, quando não, ela é injusta. Atente para este caso peculiar:
Maria, a mãe de Jesus, era descendente de David, um rei polígamo por
mandamento ao profeta Natam, que lhe deu inúmeras esposas.
Por Maria, Jesus aceitou o cognome de filho de David, ou seja, da
descendência mortal de David. Foi isso desonra para Jesus e Maria?
A poligamia justa dos reis de Israel, fora ins�tuída para mul�plicar
rapidamente o povo de Israel e o sacerdócio de Deus na terra. Enquanto
eles se a�veram somente às esposas a eles designadas por Deus, através
dos profetas, eles es�veram limpos diante de Deus.
O mesmo aconteceu entre os mórmons precursores, durante os primeiros
sessenta anos da Igreja (não mais do que 2% receberam mandamento
para os casamentos plurais). Se isso é a verdade, nossa poligamia era luz.
O Sr. terá que descobrir por si mesmo. Há algo ainda que não posso deixar
passar:
Esse fato tem sido ignorado até agora, mas é de grande importância para
compreender que, nas corretas circunstâncias, os casamentos plurais não
podem ser tomados como iniqüidade.
Veja bem o Sr., seja qual for a interpretação que os entendidos queiram
dar à parábola das dez virgens, das lâmpadas, do óleo e do noivo,
permanece o fato da figura escolhida por Cristo para comunicar sua lição.
Escolheria ele uma figura de iniqüidade para ensinar as verdades do Reino
de Deus?
A figura não era a de dez virgens e um noivo? O noivo não recebeu cinco
delas e fechou a porta?
O noivo é Cristo, as noivas os membros fiéis da Igreja. Mas a figura era
mesmo de cinco virgens. Cometeu Cristo iniqüidade, ao apresentar tal
parábola, tal figura de linguagem - um noivo desposando cinco virgens?
O LIVRE-PENSADOR: Foi uma boa resposta. Novamente, tudo converge
para a necessidade do tal testemunho! Vejo claramente que assim deve
ser. Compreendo agora o porquê da insistência dos missionários nesse
ponto. Reconheço ser fundamental para o sistema de formação do Corpo
de Cristo.
O DR. AMORAMON FECHA O SEU DISCURSO
DR. AMORAMON: Progredimos muito no nosso relacionamento até este
ponto. Porém, gostaria de dizer alguma coisa mais, antes dos missionários
iniciarem suas palestras ao Sr., na próxima semana, caso o consinta.
Gostaria que o Sr. tomasse conhecimento de uma palestra que fiz para um
auditório de duzentas pessoas, em setembro de1991.
Era previsto que eu falasse sobre o tema "Os mórmons e a América
An�ga".
Comecei dizendo do receio que �nha de que a audiência tomasse minhas
palavras como sendo um simples relato regional, caso não os preparasse
para recebe-las amplamente, como devem ser avaliados os episódios
relatados do relacionamento de Deus com Seus filhos.
Não haveria liberdade de mentes, se as coisas que eu comunicasse fossem
tomadas apenas regionalmente; seu significado não seria corretamente
avaliado, e onde es�ver o erro, não estará o Espírito de Deus.
Eu esclareci:
Antes de entrarmos no nosso tema, vamos abrir e ampliar nossa mente.
Os atos de Deus são eternos e universais. Não são temporais nem
regionais. Qualquer episódio do evangelho, aparentemente regional, deve
ser avaliado e compreendido como um elo do Grande Ato de Deus ou não
será justa nossa apreciação dele.
O Grande Ato, em relação a nós, é o Plano de Progresso Eterno para os
nossos espíritos. Num super resumo, que deve estar sempre presente na
mente dos que desejam compreender a mente do Eterno por Seu Espírito:
SETE PONTOS CAPITAIS NO PLANO DE DEUS
1 - A eternidade pré-mortal dos espíritos humanos.
2 - A criação espiritual.
3 - A queda e a vida temporal do homem.
4 - A promessa de Deus à semente de Abraão (Gen.1-8)
5- A dispersão da semente de Abraão por toda a Terra (a semeadura da
palavra e da semente literal, para a salvação de todos os povos da Terra
que aceitarem o convite de Deus) (II Reis 17; 1 Cron. 36:11-20; Tiago 1:1)
6- A reunião espiritual e coligação �sica do povo de Israel disperso e dos
demais que aderirem ao convênio de Abraão (Israel deve vir de todas as
nações e os judeus voltarão a Jerusalém, Isa 11: 11-13; Apoc. 18: 4-8; 3 Ne
20:29-46)
7 - A salvação para a imortalidade e vida eterna, na eternidade pós-morte.
OS PAPÉIS ISOLADOS E O PAPEL CONJUNTO DA BÍBLIA E DO LIVRO DE
MÓRMON
NO PLANO DE DEUS
Tudo o que Deus fala e nos revela, tem o propósito de dar cumprimento a
esse Plano. As Suas ações, nos nossos dias, estão dirigidas à grandiosa fase
da reunião espiritual do povo de Israel e à sua coligação para formar a
nação Milenar sob a teocracia de Cristo. De que forma?
É a nossa Biblia, o instrumento de Deus para reunir espiritualmente o povo
dos nossos dias, numa só fé, num só ba�smo, num só conhecimento de
Jesus Cristo e, assim, vir a coligá-lo para a teocracia de Cristo?
Vamos deixar que os Srs. respondam nas suas consciências, mas ao final
desta exposição.
Deus semeou a promessa feita a Abraão, dispersando a semente do seu
povo por toda a super�cie da terra, para formar globalmente uma
semente literal dele.
Pelas escrituras que viriam a cons�tuir a Bíblia, nas mãos dos dispersos,
Deus
semeou sua palavra, colocando em toda a terra a semente espiritual da
verdade. Deus não dispersou sua palavra, como fez ao povo de Israel, Ele
difundiu-a entre os povos da terra. Porém, os homens dispersaram as
palavras reveladas, nas suas miríades de interpretações par�culares. Cristo
veio, no Meridiano dos Tempos, para reunir o povo e a palavra do Velho
Testamento, numa Lei Maior, através das palavras de um novo livro e
convênio - o Novo Testamento. Mas o povo, cole�vamente falando,
rejeitou-O. Por isso, con�nuou disperso, e a dispersão da palavra
con�nuou a ampliar-se e a consubstanciar-se nas crescentes miríades de
interpretações par�culares (contra as escrituras).
Poderá a Bíblia, por si só, fazer reverter essa marcha à dispersão? É ela o
livro da coligação? O livro que Deus des�nou a esta fase do Seu Plano?
Respondam a isso, os lógicos e os teólogos deste mundo!
Monteiro Lobato, num rasgo de inspiração, disse: "Forma-se uma nação,
com homens e livros."
Deus formará Sua nação Milenar, com o concurso de um outro testamento
de Jesus Cristo, que virá em socorro do Velho e do Novo Testamentos,
livrando-os do mal que os homens lhes fizeram, através das suas falsas
interpretações, interpolações e cancelamentos.
É o Livro de Mórmon que está des�nado por Deus para a obra da reunião
espiritual do povo na palavra da verdade, para depois coligá-lo. Para que?
- Para salvá-lo da ignorância da verdade, do pecado contra as leis de Deus
e das mortes, �sica e espiritual.
Deus, observando Seus filhos transitando por este mundo, os vê com amor
e apreensão, e manda seus servos chamá-los à grande reunião que
precede o Grande Final. Mas eles seguem, agarrados às suas Bíblias, para a
ampla dispersão, cegos à Sua luz, surdos à sua voz. Paradoxalmente
seguem em liberdade de ação, mas em escravidão de mentes, por não
darem ouvidos à verdade que os poderia salvar.
A Bíblia cumpre sua parte no Plano, a de levar por todo o mundo o
conhecimento do Deus único, como o instrumento de um povo disperso.
Veio então o Livro de Mórmon, para cumprir sua parte no Plano, a de
reunir espiritualmente, em todos os cantos da terra, os dispersos, e a
coligá-los nas terras que lhes serão dadas por herança, nos territórios de
Sião (que significa: onde habita a jus�ça de Deus).
Quem pode contestar isso diante da visão �sica que testemunhamos em
toda a terra, já as portas do Grande Milênio da Jus�ça?
Mul�dões, com Bíblias nas mãos, seguem em incontáveis direções para
ouvir a diversidade de pregações de uma mul�dão de mestres e de
pastores autoproclamados.
Por outro lado, um povo peculiar, com a Bíblia e o Livro de Mórmon
solidamente ligados, segue numa única direção, para ouvir a unidade de
pregação de um único Espírito, por pastores divinamente comissionados,
pelo próprio Deus e Seus anjos.
Não é isso uma indicação �sica da verdade que pregamos?
Depois disso, eu discorri sobre o tema proposto.
O LIVRE-PENSADOR: Eu devo ser honesto. Confesso que não conhecia
pra�camente nada dessas coisas que me disse. Se elas forem verdadeiras,
admito que não estarei construindo minha verdadeira liberdade, até que
saiba por mim mesmo e pelo Espírito Santo. Se isso é aplicável a mim,
forçosamente o será para toda a humanidade que não buscar esse
conhecimento. Será uma coisa verdadeiramente dramá�ca ignorar tudo
isso, se for verdade.
Está bem, aceitarei as palestras dos missionários mórmons.
DR. AMORAMON: Agora sim! Quando os missionários lhe derem os
detalhes da restauração do evangelho para a coligação do povo, sei que
não perderá nenhum deles, mas, o que é mais importante, não se perderá
neles. Poderá manter a mente expandida, focalizando a grandiosidade do
Plano de Deus.
Quando os missionários desafiarem o Sr. para o ba�smo, esqueça da idéia
do falso ba�smo nas igrejas da dispersão.
Agora sei que poderá manter sua mente fixa na importância da fase do
Plano de Deus em que o Sr. foi enviado à esta vida.
Muito obrigado por me ter ouvido.
NOTA
A execução deste trabalho foi uma experiência memorável. Ao refle�r
sobre o conteúdo, sen�mos um espírito de confiança ainda maior na
fortaleza de nossa posição como membro d’ A Igreja de Jesus Cristo dos
Santos dos Úl�mos Dias.
O AUTOR

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