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Autoconhecimento: sua importância para o cristão

“Se dissermos que não temos pecado algum, enganamos a nós mesmos, e a
verdade não está em nós.” (I Jo 1.8)

TEXTO: Números 13:25-33

INTRODUÇÃO

Amados irmãos e irmãs, o nosso objetivo é fortalecer a nossa identidade como


discípulos de Cristo para que possamos entender o nosso papel como família no seu
reino.

Pergunta de transição

Não podemos fazer isso sem, contudo, ter certeza de que conhecemos a nós mesmos.
Será que temos plena consciência de quem somos, com todas as nossas virtudes e os
nossos defeitos, com nossos dons e talentos? Será que esta visão que temos de nós
mesmos é a correta?

Descobrir nossos dons e talentos. Reconhecer nossos pontos fracos e pecados.


Entender o nosso papel no reino de Deus. Muitas pessoas evitam o autoconhecimento,
preferem enganar-se, mentindo para si mesmas ao invés de encarar a sua própria
realidade.

Quanto menos se conhecem, menos utilizam o seu potencial e menos produtivas se


tornam em sua família. Quem não conhece a si mesmo e não se aceita, dificilmente
saberá reconhecer e aceitar a família e o próximo.

O REAL VALOR DO SER HUMANO

· O humanismo é uma atitude filosófica que faz do homem o valor supremo e que vê
nele a medida de todas as coisas. O Humanismo contemporâneo, sobretudo os
existencialistas e de certas correntes marxistas, define o homem como o ser que é o
criador do seu próprio ser, pois o humano, através da história, gera a sua própria
natureza.

· Em parte está certo, porque o homem constrói a sua própria realidade através das
suas escolhas e atitudes.
· Há que se buscar a visão correta e bíblica. Deus valoriza o homem (Gn 1:31), embora
este seja pecador (Rm 3:9-23). Por amor ao ser humano, Deus se fez homem e morreu
em seu lugar (Jo 3:16).
A IMPORTANCIA DO AUTOCONHECIMENTO
As nossas ações são afetadas pela visão que temos de nós mesmos e da realidade que
nos cerca. Se nos enxergarmos pequenos e incapazes, essa visão limitará a nossa
atuação, na família, no mundo e na obra do Senhor. Se a visão que temos acerca de
nós mesmos for uma visão equivocada, baseada em traumas, complexos, informações
erradas transmitidas pelos nossos pais e baixa autoestima, dificilmente sentiremos que
temos algum valor, que podemos realizar grandes coisas.

Ilustração – mercado de barata

Isso aconteceu com os espias. Alguns olharam para o problema e se viram pequenos
demais e incapazes de superá-lo. outros olharam para o mesmo problema e confiaram
que eram capazes de realizar aquilo que parecia ser impossível. Além da baixa
autoestima por parte dos espias covardes, também existia a falta de confiança nas
promessas de Deus e no seu poder para lhe dar a terra que havia lhes prometido.

AS VÁRIAS VISÕES ACERCA DE NÓS MESMOS (Jo 1:19-23)


João Batista possuía uma visão correta acerca de si mesmo. Ele não pensava de si além
do que devia. Sabia que não era o Messias e que jamais poderia assumir uma
identidade que não era a dele.

Se João não soubesse quem era nem o seu real papel na história da salvação, seria a
pessoa errada, no lugar certo, fazendo a coisa errada. Ele não cumpriria o seu papel,
mas viveria num esforço inútil em ser quem não era e fazer o que não foi chamado
para fazer.

Quanto mais nos conhecemos e entendemos o nosso papel na familia e no Reino de


Deus, mas podemos estar certos de que estamos sendo as pessoas certas, no lugar
certo, fazendo a coisa certa, para a glória de Deus.

JOÃO ERA UM HOMEM SIMPLES, MAS COM UMA MENSAGEM PODEROSA. TEM
MUITA GENTE QUERENDO SER PODEROSO, MAS COM UMA MENSAGEM SIMPLORIA.

Primeira etapa do autoconhecimento 1 Coríntios 2:14-3:9


14 Ora,o homem natural não compreende as coisas do
Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode
entendê-las, porque elas se discernem
espiritualmente. 15 Mas o que é espiritual discerne bem
tudo, e ele de ninguém é discernido. 16 Porque quem
conheceu a mente do Senhor, para que possa instruí-lo?
Mas nós temos a mente de Cristo.
3 porque ainda sois carnais, pois, havendo entre vós
inveja, contendas e dissensões, não sois, porventura,
carnais e não andais segundo os homens?

Natural - Trata-se de pessoas que vivem a própria natureza do homem, que é o seu
estado pecaminoso.

Carnal - Então, perceba que Paulo não está dizendo que os irmãos em Corinto eram
pessoas do mundo. Eles eram convertidos, batizados, e haviam recebido o Espírito
Santo, mas ainda eram:

• imaturos;
• bebês recém nascidos na fé;
• cristãos em estágio inicial da fé;
• neófitos que tinham muito pela frete até começar a produzir fruto
espiritual.
Espiritual - Em oposição ao homem natural, o homem espiritual é sobrenatural; isto é,
que vai além das leis naturais, que não podem ser conhecidas senão pelo Espírito de
Deus.

Segunda etapa – clareza de sua realidade

O AUTOENGANO (1 Jo 1:8)
É possível estarmos enganados a respeito de quem somos, não somente pelas
informações equivocadas que ajudaram a moldar o nosso “eu”, como também pela
falta de uma autoavaliação sincera que nos faça entender quem realmente somos.
· É possível enganarmos a nós mesmos. O pior autoengano não é aquele que acredita
em informações erradas a nosso respeito, mas aquele que sabe que não somos aquilo
que afirmamos ser, quando lá no fundo sabemos que estamos mentindo.
· Enganamos a nós mesmos quando:
1) não nos conhecemos como de fato somos;
2) não admitimos as nossas falhas e a necessidade de mudança;
3) quando temos uma visão errada de nós mesmos;
4) quando não queremos mudar.

Fariseus e saduceus
Fariseus era um grupo religioso muito muito influentes entre os judeus,
eles ostentavam as suas posições, ostentavam ser cumpridores da lei, tidos como
homens santos, mas na pratica eram falsos e mentirosos.
Exigiam do povo uma carga que nem ele mesmo era capaz de suporta,
valorizava mais as tradições e as doutrinas da religião judaísmo do que as próprias
escrituras.
Os saduceus faziam parte de uma seita compostas por pessoas ricas
poderosas e influentes. Porem não acreditavam no poder do evangelho nem em nada
do sobrenatural.
Utilizavam a religião para se infiltrar entre os poderosos e políticos.

O grande ponto de interesse nesse contexto era que esses religiosos


eram dominados pelo auto engano e pela falta de conhecimento sobre si mesmo. Eles
não tinha conciencia de que estavam perdidos e de que precisavam de um salvador.

Terceira etapa - Se não houver reconhecimento do pecado tampouco haverá


arrependimento.
Produzi, pois fruto digno de
arrependimento; mateus 3:8
Só o estado espiritual é possível produzir tais frutos, nisso percebemos que travamos
guerras erradas, perdemos tempo guerreando no campo de batalha errado e com
exercito errado.
E eu, em verdade, vos batizo com água,
para o arrependimento; mas aquele que
vem após mim é mais poderoso do que eu;
cujas alparcas não sou digno de levar; ele
vos batizará com o Espírito Santo, e com
fogo.

Mateus 3:11

O batismo no espirito é o selo e a plenitude do de Deus em nós. Isso significa


revestimento de poder, força, coragem, intrepidez e audácia para viver tau qual
viveu o senhor Jesus na terra.
Já o batismo no fogo é considerado uma provação severa que acontece após esse
selo espiritual. É certo que todos os seguidores da palavra de Deus passarão por
grandes provações por causa da fé.

Meus irmãos, considerem motivo de


grande alegria o fato de passarem por
diversas provações,
pois vocês sabem que a prova da sua fé
produz perseverança.
E a perseverança deve ter ação completa,
a fim de que vocês sejam maduros e
íntegros, sem lhes faltar coisa alguma.
Se algum de vocês tem falta de sabedoria,
peça-a a Deus, que a todos dá livremente,
de boa vontade; e lhe será concedida.
Peça-a, porém, com fé, sem duvidar, pois
aquele que duvida é semelhante à onda do
mar, levada e agitada pelo vento.
Não pense tal homem que receberá coisa
alguma do Senhor;
é alguém que tem mente dividida e é
instável em tudo o que faz.

Tiago 1:2-8

A NOVA IDENTIDADE QUE DEUS NOS DÁ (Sl 139:13-17)

13até que todos cheguemos à


unidade da fé e ao conhecimento do Filho
de Deus, a varão perfeito, à medida da
estatura completa de Cristo, Efésios 4:13

9. CONCLUSÃO

A Palavra de Deus nos ensina a amar ao próximo como a nós mesmos. Como
poderemos nos amar sem nos conhecermos, sem nos aceitarmos, sem nos
compreendermos? E se não nos conhecemos, não nos aceitamos, não nos
compreendemos, como poderemos fazer isso com o nosso próximo? O
autoconhecimento é de suma importância no amor fraternal. Mas não é o
conhecimento pelo conhecimento. Ele deve nos impulsionar a buscar santidade e
obediência a Deus; deve nos fazer conhecer o nosso papel no seu reino e nos levar a
servir. Em primeiro lugar, porém, deve estar o conhecimento de Deus: quanto mais
conhecemos a Deus, mais sabemos acerca de nós mesmos e da sua vontade para nós.

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