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Rose Salgueiro <rosesalgueiroconcursos@gmail.

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Enc: 500 EXERCÍCIOS - CONCURSOS EDUCAÇÃO - PARTE I


27 de dezembro de
Rosemary Salgueiro Dias <rosemarysalgueirodias@yahoo.com.br>
2017 13:50
Responder a: Rosemary Salgueiro Dias <rosemarysalgueirodias@yahoo.com.br>
Para: Rose Salgueiro <rosesalgueirocursos@gmail.com>, Rosemary Salgueiro Dias
<rosemarysalgueirodias@gmail.com>, "rosesalgueiroconcursos@gmail.com"
<rosesalgueiroconcursos@gmail.com>

500 EXERCÍCIOS DE REVISÃO CONTEÚDO DA PARTE GERAL:


LEGISLAÇÃO EDUCACIONAL E CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS 

*Resolvam os exercícios com foco na concepção da LDB ATUAL!  Vamos


treinar para saber resolver todo e qualquer tipo de questão.
 
Está PROIBIDA a reprodução deste material por e-mail ou quaisquer outros
meios sem a autorização prévia de Rose Salgueiro.
 
As dúvidas deverão ser encaminhadas
para rosesalgueirocursos@gmail.com 

 
APOSTILA PARA TREINO COM EXERCÍCOS - ÁREA EDUCACIONAL

 
ORGANIZE SEUS ESTUDOS A PARTIR DA SEGUINTE ORGANIZAÇÃO
TEMÁTICA: (TEMAS DE MAIOR RELEVÂNCIA NO CONTEXTO
EDUCACIONAL ATUAL E QUE SÃO ABORDADOS NAS PROVAS DE
CONCURSOS)

 
CONTEÚDO/ TEMAS: (LEGISLAÇÃO EDUCACIONAL E
CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS)

 
As prova de conhecimentos pedagógicos buscam avaliar a capacidade de
análise dos candidatos em relação às temáticas relevantes à prática
educacional, tais como:
 
- Leis Gerais e específicas da educação -Formação e trajetória profissional
de educadores; -Currículo, formação humana e globalização do
conhecimento; -Tecnologias e Educação -Avaliação educacional:
Concepções e práticas; -Teorias da aprendizagem; -Educação e
diversidade cultural; -Educação inclusiva, Educação Especial e Atendimento
Educacional Especializado; -Educação integral; -Educação, escola e
sociedade contemporânea/ função social da escola; -A criança e o
adolescente como sujeitos de direitos; -Gestão democrática em instituições
de ensino públicas. Resolva as questões a partir de suas concepções e
conhecimentos atuais. Os autores presentes nesse material fazem parte do
debate pedagógico, dentre tantos outros que poderão ser abordaos em sua
prova.
 
*Lembre-se que, ainda que sejam abordados autores diferentes nas provas,
as concepções são as focadas na Legislação atual. Ao adquirir essa
apostila/ e-book, você terá direito a receber, gratuitamente, nosso
acompanhamento virtual via email para tira-dúvidas
 
Qualquer dúvida, escreva-nos: rosesalgueirocursos@gmail.com 

 
QUESTÕES:

 
1. “Sergio Boimare relata a experiência como professor do Centro
Psicoterapêutico de Virtrysur-Scène de uma turma constituída por alunos de
baixo desempenho e com distúrbios de comportamento, que não suportam
a estrutura escolar, com suas regras e leis, nem as pessoas encarregadas
de representá-la. Estima-se que 10% a 12% dos alunos sairão este ano das
escolas francesas sem dominar conhecimentos fundamentais. A maioria
desses alunos é tão inteligente, tão curiosa, quanto os demais, mas, apesar
de tantos anos passados nos bancos escolares, eles não chegarão a
apreender a ideia principal de um texto de cinco linhas, não aplicarão as
regras elementares da gramática e não conseguirão encadear duas etapas
de um raciocínio matemático. O que se pode esperar para mudar essa
situação que acentua as desigualdades sociais e culturais?”
 
De acordo com o texto acima, é correto afirmar, exceto:
 
a) O fracasso escolar não deve ser definido apenas em termos de
insuficiência.
 
b) O comportamento dos alunos também está relacionado a uma
organização psíquica singular.
 
c) Estes alunos “teimosos do aprender”, que apesar de muito inteligentes
não chegam a dominar os conhecimentos fundamentais veem despertar, na
situação de aprendizagem, temores muitas vezes primitivos.
 
d) Uma das possíveis explicações para este fracasso escolar, está
associada as primeiras experiências educativas desses alunos.
 
e) Com intuito de não se protegerem, os temores não impedem uma
organização intelectual e fazem com que estes alunos procurem o ato de
pensar

 
2. “Se quisermos que essas crianças reencontrem um pouco de liberdade
de pensamento, será preciso dar-lhes também a possibilidade de se
apoiarem em suas preocupações com a identidade e em suas crenças
antigas, sem o que não recuperaremos jamais em classe seu desejo de
saber, nem elas irão reconciliar-se plenamente com a capacidade de
aprender. Essa ambição é perfeitamente compatível com o quadro
pedagógico, se para isso utilizarmos uma mediação cultural, que pode ser
literária, artística, científica, filosófica, entre outros.” Qual é o objetivo dessa
mediação?
 
a) Num primeiro momento é dar significado e proporcionar interesse aos
saberes propostos, não mais lhes cortando as raízes pulsionais.
 
b) Apresentar uma possibilidade incompatível com o fato de instigá-las a
pensar.
 
c) Para a mediação ter efeito são necessário no mínimo 5 anos de trabalho
junto a essas crianças.
 
d) Para mudá-las não é necessário que o incentivo a criatividade aconteça
constantemente.
 
e) Trabalhar a partir da ausência de limites.

 
3. O fracasso escolar se origina ao redor de dois eixos em torno de duas
fontes que se reforçam e se alimentam mutuamente. Sobre os eixos é
correto afirmar, exceto:
 
a) A primeira fonte de dificuldade é de ordem psicológica.
 
b) Manifestam-se através da estabilidade psicomotora.
 
c) A segunda fonte de dificuldade se relaciona ao comportamento diante da
aprendizagem.
 
d) Estão associados ao início da tolerância frente à frustração, insuficiente
para suportar os questionamentos escolares.
 
e) O fracasso escolar tem início no momento em que a criança começa a
fazer parte do sistema de ensino.
 
4. O ponto comum entre crianças, em relação a leitura, parece ser a
impossibilidade de retirarem informações advindas do entendimento do
texto. O que pode estar relacionado a esta falta de interesse, exceto:
 
a) A tentativa de cruzar informações que obriguem o aluno a se desprender
daquilo que é visto.
 
b) Ao fazer com que os alunos levem em conta aquisições anteriores, para
antecipar, evocar imagens etc., despertando inquietações profundas e
antigas, levam-no a se defender, permanecendo agarrado ao chão, sem
querer se desvincular da forma para seguir rumo ao sentido.
 
c) A maioria das crianças da turma utilizava como arma os distúrbios de
caráter e comportamento.
 
d) São crianças que não são marcadas pelo abandono ou qualquer tipo de
violência, porém apresentam problemas comportamentais.
 
e) Estas crianças colocam de lado qualquer possibilidade de lembranças
que representem angústias, abandono ou violência.
 
5. “Quando uma criança que se defendia pela violência começa a
compreender que o pensamento é um recurso muitas vezes tão eficaz
quanto o ato de lutar contra a inquietação, o processo de mudança psíquica
se inicia; a onipotência já não é vital, o mundo interior pode começar a ser
observado.” Pode-se inferir através desta citação que:
 
I. O problema dessa criança é mais complexo.
 
II. Se ela evita pensar, é porque muitas vezes isso representa um perigo
para seu equilíbrio pessoal.
 
III. O equilíbrio incerto dessas crianças faz com que o pensar seja uma
prática garantida de sucesso.
 
Em relação as inferências acima, é correto afirmar que:
 
a) I, II e III estão corretas.
 
b) Somente a I está correta.
 
c) Nenhuma das inferências está correta.
 
d) A inferência III está correta.
 
e) As inferências I e II estão corretas.

 
6. A Constituição da República Federativa do Brasil promulgada em 1988,
pela primeira vez na história, inicia a explicitação dos fundamentos do
Estado brasileiro elencando os direitos civis, políticos e sociais dos
cidadãos. Também coloca claramente que os três poderes constituídos, o
Poder Executivo, o Poder Legislativo e o Poder Judiciário, são meios — e
não fins — que existem para garantir os direitos sociais e individuais. Assim,
constituem objetivos fundamentais da República, exceto:
 
a) Construção de uma sociedade livre.
 
b) Encetar a pobreza e marginalização.
 
c) Promover o bem de todos.
 
d) Asseverar o desenvolvimento nacional.
 
e) Arquitetar uma sociedade justa e solidária.

 
7. Por histórico não se entenda progressivo, linear, mas processos que
envolveram lutas, rupturas, descontinuidades, avanços e recuos. A
ampliação do rol dos direitos a serem garantidos constitui o núcleo da
história da modernidade. Dos direitos civis à ampliação da extensão dos
direitos políticos para todos, até a conquista dos direitos sociais e culturais:
este foi (e é) um longo e árduo processo. Tradicionalmente considerava-se
que direitos humanos e liberdades fundamentais eram direitos individuais,
próprios de cada ser humano, mas não das coletividades. Atualmente
cresce o consenso de que alguns direitos humanos são essencialmente
coletivos. Em relação aos direitos humanos atuais, pode-se assegurar, fora:
 
a) O direito a paz é considerado um direito coletivo.
 
b) O direito dos indígenas a terra.
 
c) O direito dos índios de não ser vítimas de políticas etnocidas.
 
d) O direito a cultura.
 
e) Todas as alternativas estão corretas.

 
8. Os Parâmetros Curriculares Nacionais, ao propor uma educação
comprometida com a cidadania, elegeram baseados no texto constitucional,
princípios segundo os quais orientam a educação escolar implicam, exceto:

 
a) Garantir a dignidade da pessoa humana.
 
b) Garantir a dignidade e possibilidade de exercício de cidadania a grupos
pré- determinados.
 
c) O governo seja co-responsável pela vida social.
 
d) É responsabilidade de todos a construção da democracia no Brasil.
 
e) Ampliação da democracia brasileira, com apoio de toda população.

 
9. Quais foram os critérios adotados para a eleição dos temas transversais,
fora:

 
a) Exclusão nacional.
 
b) Urgência social.
 
c) Favorecer a compreensão da realidade.
 
d) Colaborar para o entendimento da participação social.
 
e) Possibilidade de ensino e aprendizagem no ensino fundamental.

 
10. Ao invés de se isolar ou de compartimentar o ensino e a aprendizagem,
a relação entre os Temas Transversais e as áreas deve se dá de forma que:
 
a) As diferentes áreas não necessitam especificamente de contemplarem os
objetivos e conteúdos que os temas da convivência social propõem.
 
b) A perspectiva transversal aponta uma transformação da prática
pedagógica, pois rompe o confinamento da atuação dos professores às
atividades pedagogicamente formalizadas e amplia a responsabilidade com
a formação dos alunos.
 
c) Os temas constituem novas áreas, pressupondo um tratamento integrado
somente das áreas que tem aspectos em comum.
 
d) A inclusão dos temas implica da necessidade de um trabalho
assistemático e descontínuo no decorrer de toda a escolaridade.
 
e) A proposta de transversalidade traz a necessidade de a escola refletir e
atuar inconscientemente na educação de valores e atitudes somente em
algumas áreas.
 
11. A Ética diz respeito às reflexões sobre as condutas humanas. A
pergunta ética por excelência é: “Como agir perante os outros?”. Verifica-se
que tal pergunta é ampla, complexa e sua resposta implica tomadas de
posição valorativas. Pode-se inferir, exceto:
 
a) Na escola o tema Ética não está presente nas relações entre os
integrantes desse sistema.
 
b) O tema Ética encontra-se nas disciplinas do currículo.
 
c) O tema Ética também está presente nos demais temas transversais.
 
d) As diversas faces das condutas humanas devem fazer parte dos
objetivos maiores da escola comprometida com a formação para a
cidadania.
 
e) O tema Ética traz a proposta de que a escola realize um trabalho que
possibilite o desenvolvimento da autonomia moral, condição para a reflexão
ética.
 
12. Qual é a questão central da Moral e da Ética?
 
a) O homem viver em sociedade.
 
b) Porque os homens são do jeito que são?
 
c) Como as pessoas devem agir com elas mesmas?
 
d) Como as pessoas devem agir perante os outros?
 
e) Somente a resposta B está correta.
 
13. Em resumo, as regras morais devem apontar para uma possibilidade de
realização de uma “vida boa”; do contrário, serão ignoradas. Quanto a isso,
é correto afirmar, exceto:
 
a) Em relação ao êxito dos projetos de vida que cada pessoa determina
para si, os projetos variam muito de pessoa para pessoa, vão dos mais
modestos empreendimentos até os mais ousados.
 
b) Quanto à esfera moral, cada um tem a inclinação a legitimar valores e
normas morais que permitam justamente o êxito dos projetos de vida.
 
c) A imagem que uma pessoa tem de si mesma está impreterivelmente
associada a imagem que os outros fazem dela, e nada mais.
 
d) O respeito que uma pessoa tem de si mesma, está naturalmente
referenciado em parte pelo juízo que as outras pessoas fazem dela.
 
e) Algumas podem ser extremamente dependentes dos juízos alheios para
julgar a si próprias; outras menos.
 
14. O trabalho a ser realizado em torno do tema Ética durante o ensino
fundamental deve organizar-se de forma a possibilitar que os alunos sejam
capazes de:
 
a) Compreender o conceito de justiça baseado na heterogeneidade.
 
b) Adotar atitudes de respeito, necessárias para o convívio numa sociedade
antidemocrática.
 
c) Empregar o diálogo como forma de esclarecer conflitos individuais,
característica esta não pertencente ao conceito de coletivo.
 
d) Construir uma imagem positiva de si, o respeito próprio traduzido pela
confiança em sua capacidade de escolher e realizar seu projeto de vida e
pela legitimação das normas morais que garantam, a todos, essa
realização.
 
e) Assumir posições segundo o juízo de valor das outras pessoas.
 
15. A perspectiva ambiental consiste num modo de ver o mundo no qual se
evidenciam as interrelações e a interdependência dos diversos elementos
na constituição e manutenção da vida. À medida que a humanidade
aumenta sua capacidade de intervir na natureza para satisfação de
necessidades e desejos crescentes, surgem tensões e conflitos quanto ao
uso do espaço e dos recursos. Em relação a crise ambiental, é correto
afirmar exceto:
 
a) Os problemas atuais só podem ser resolvidos pela comunidade científica.
 
b) Para algumas pessoas a questão ambiental representa quase uma
síntese dos impasses que o atual modelo de civilização acarreta.
 
c) A crise ambiental é também uma crise civilizatória.
 
d) A superação dos problemas ambientais exigirá mudanças profundas na
concepção de mundo.
 
e) A percepção de que o ser humano não é o centro da natureza, portanto
deveria se comportar não como seu dono, mas, percebendo-se como parte
dela, para resgatar a noção de sua sacralidade, respeitada e celebrada por
diversas culturas tradicionais antigas e contemporâneas.
 
16. A perspectiva ambiental deve remeter os alunos à reflexão sobre os
problemas que afetam a sua vida, a de sua comunidade, a de seu país e a
do planeta. Para que essas informações os sensibilizem e provoquem o
início de um processo de mudança de comportamento, é preciso que o
aprendizado seja significativo, isto é, os alunos possam estabelecer
ligações entre o que aprendem e a sua realidade cotidiana, e o que já
conhecem. Nesse sentido, o ensino deve ser organizado de forma a
proporcionar oportunidades para que os alunos possam utilizar o
conhecimento sobre Meio Ambiente para compreender a sua realidade e
atuar nela, por meio do exercício da participação em diferentes instâncias.
De acordo com esta perspectiva, a organização do ensino deve se ater,
exceto:
 
a) Atividades dentro da escola.
 
b) Resgate dos vínculos individuais e coletivos com o espaço em que os
alunos vivem.
 
c) Mobilizá-los e envolvê-los para que solucionem problemas.
 
d) Inseri-los em movimentos ambientais comunitários.
 
e) Não implica na participação da comunidade na organização do ensino,
tendo em vista que esse é um problema do governo.
 
17. O nível de saúde das pessoas reflete a maneira como vivem, numa
interação dinâmica entre potencialidades individuais e condições de vida.
Não se pode compreender ou transformar a situação de um indivíduo ou de
uma comunidade sem levar em conta que ela é produzida nas relações com
o meio físico, social e cultural. Falar de saúde implica levar em conta:
 
I. Qualidade do ar que uma dada pessoa respira.
 
II. Consumismo desenfreado
 
III. Formas de inserção de parcelas iguais das pessoas no mundo do
trabalho, para análise científica.
 
IV. Estilo de vida, como se a pessoa é esquizofrênico ou apresenta
distúrbios mentais. Em relação as afirmações anteriores, é correto afirmar:
 
a) A opção III está correta.
 
b) As opções II, III e IV estão corretas.
 
c) A opção IV está incorreta.
 
d) Todas as opções estão incorretas.
 
e) As opções I e II estão incorretas.
 
18. Sobre o conceito de Saúde adotado pela Organização Mundial de
Saúde (OMS) em 1948, “Saúde é o estado de completo bem-estar físico,
mental e social e não apenas a ausência de doença.” , é correto afirmar,
exceto:
 
a) É uma realidade mundial.
 
b) É o símbolo de um compromisso a ser seguido.
 
c) Remete a ideia de uma saúde ótima.
 
d) Saúde não é um “estado estável”.
 
e) Possivelmente é inatingível e utópica já que a mudança, e não a
estabilidade, é predominante na vida.
 
19. Os objetivos gerais de saúde para o ensino fundamental são, afora:
 
a) Compreender que a saúde é um direito de todos e uma dimensão
essencial do crescimento e desenvolvimento do ser humano.
 
b) Compreender que a condição de saúde é produzida nas relações com o
meio físico, econômico e Sócio-cultural, identificando fatores de risco à
saúde pessoal e coletiva presentes no meio em que vivem.
 
c) Conhecer e utilizar formas de intervenção individual e coletiva sobre os
fatores desfavoráveis à saúde, agindo com responsabilidade em relação à
sua saúde e à saúde da comunidade.
 
d) Conhecer formas de acesso aos recursos da comunidade e as
possibilidades de utilização dos serviços voltados para a promoção,
proteção e recuperação da saúde.

e) Ultrapassar os limites do próprio corpo, para se adequar as


adversidades.

 
20. Ao tratar do tema Orientação Sexual, busca-se considerar a sexualidade
como algo inerente à vida e à saúde, que se expressa no ser humano, do
nascimento até a morte. Relaciona-se com o direito ao prazer e ao exercício
da sexualidade com responsabilidade. É correto afirmar sobre o respectivo
tema, exceto:
 
a) Engloba as relações de gênero.
 
b) Implica no respeito a si mesmo.
 
c) Inclui a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis.
 
d) Deve-se abordar a opção sexual das pessoas, tendo em vista a
interferência na vida social.
 
e) Abarca a questão da gravidez indesejada.
 
21. As manifestações afloram em:
 
a) A partir dos 12 anos em meninas.
 
b) A partir de 14 anos em meninos.
 
c) As letras a e b estão corretas.
 
d) Todas as faixas etárias.
 
e) A partir do 6 anos de idade em meninos e meninas.
 
22. Assim, como indicam inúmeras experiências pedagógicas, a abordagem
da sexualidade no âmbito da educação precisa ser clara, para que seja
tratada de forma simples e direta; ampla, para não reduzir sua
complexidade; flexível, para permitir o atendimento a conteúdos e situações
diversas; e sistemática, para possibilitar aprendizagem e desenvolvimento
crescentes. Pertencem aos objetivos gerai, exceto:
 
a) Respeitar a diversidade de valores, crenças e comportamentos relativos
à sexualidade, reconhecendo e respeitando as diferentes formas de atração
sexual e o seu direito à expressão, garantida a dignidade do ser humano.
 
b) Compreender a busca de prazer como um ato pertencente ao pecado,
mesmo que tenha uma dimensão da sexualidade humana.
 
c) Identificar e expressar seus sentimentos e desejos, respeitando os
sentimentos e desejos do outro.
 
d) Evitar uma gravidez indesejada, procurando orientação e fazendo uso de
métodos contraceptivos.
 
e) Consciência crítica e tomar decisões responsáveis a respeito de sua
sexualidade.  
 
23. Participam do Programa Nacional de Fortalecimento dos Conselhos
Escolares, fora: a) Conselho Nacional de Secretaria da Educação (Consed).
b) Confederação Nacional dos Trabalhadores (CNT). c) Fundo das Nações
Unidas para Infância (Unicef). d) Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento (PNUD). e) Organização das Nações Unidas para a
Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). 24. A função social da escola
pública está associada, exceto:
 
a) Formar o cidadão.
 
b) Construir conhecimentos, atitudes e valores que tornem o estudante
solidário, crítico, ético e participativo.
 
c) Socializar o saber sistematizado, historicamente acumulado, como
patrimônio universal da humanidade, fazendo com que esse saber seja
criticamente apropriado pelos estudantes, que já trazem consigo o saber
popular, o saber da comunidade em que vivem e atuam.
 
d) A escola pública poderá, dessa forma, não apenas contribuir
significativamente para a democratização da sociedade, como também ser
um lugar privilegiado para o exercício da democracia participativa, para o
exercício de uma cidadania consciente e comprometida com os interesses
da maioria socialmente excluída ou dos grupos sociais privados dos bens
culturais e materiais produzidos pelo trabalho dessa mesma maioria. e) A
escolha de dirigentes e a organização dos Conselhos Escolares, é função
social, porém possui caráter individualista.

 
25. “O Conselho Escolar tem papel decisivo na democratização da
educação e da escola. Ele é um importante espaço no processo de
democratização, na medida em que reúne diretores, professores,
funcionários, estudantes, pais e outros representantes da comunidade para
discutir, definir e acompanhar o desenvolvimento do projeto político
pedagógico da escola, que deve ser visto, debatido e analisado dentro do
contexto nacional e internacional em que vivemos.” O Projeto Político
Pedagógico com proposta global de prática educativa da escola pode ser
encontrado com outras nomenclaturas, as quais podem ser, exceto:
 
a) Projeto Pedagógico.
 
b) Plano escolar e acadêmico do Sistema de Ensino.
 
c) Projeto Educativo.
 
d) Plano de Ação da Escola.
 
e) Plano de Desenvolvimento da Escola.
 
26. O projeto político-pedagógico elaborado apenas por especialistas não
consegue representar os anseios da comunidade escolar, por isso ele deve
ser entendido como um processo que inclui as discussões sobre a
comunidade local, as prioridades e os objetivos de cada escola e os
problemas que precisam ser superados, por meio da criação de práticas
pedagógicas coletivas e da co-responsabilidade de todos os membros da
comunidade escolar. Esse processo deve ser coordenado e acompanhado
pelos Conselhos Escolares. Para elaboração coletiva desse projeto é
importante considerar, fora:
 
a) A experiência acumulada dos profissionais da educação.
 
b) Cultura da comunidade.
 
c) Deturpação de experiências profissionais.
 
d) Uma bibliografia especializada. e) Normas e diretrizes do sistema de
ensino.
 
27. É com a compreensão da natureza essencialmente político-educativa
dos Conselhos Escolares que estes devem deliberar, também, sobre a
gestão administrativo-financeira das unidades escolares, visando construir,
efetivamente, uma educação de qualidade social. Para o exercício dessas
atividades, é correto afirmar que os Conselhos têm a seguinte função,
exceto:
 
a) Deliberativas: quando decidem sobre o projeto político-pedagógico e
outros assuntos da escola, aprovam encaminhamentos de problemas,
garantem a elaboração de normas internas e o cumprimento das normas
dos sistemas de ensino e decidem sobre a organização e o funcionamento
geral das escolas, propondo à direção as ações a serem desenvolvidas.
Elaboram normas internas da escola sobre questões referentes ao seu
funcionamento nos aspectos pedagógico, administrativo ou financeiro.
 
b) Consultivas: quando têm um caráter de assessoramento, analisando as
questões encaminhadas pelos diversos segmentos da escola e
apresentando sugestões ou soluções, que poderão ou não ser acatadas
pelas direções das unidades escolares.
 
c) Fiscais (acompanhamento e avaliação): quando acompanham a
execução das ações pedagógicas, administrativas e financeiras, avaliando e
garantindo o cumprimento das normas das escolas e a qualidade social do
cotidiano escolar.
 
d) Mobilizadoras: quando promovem a participação, de forma integrada, dos
segmentos representativos da escola e da comunidade local em diversas
atividades, contribuindo assim para a efetivação da democracia participativa
e para a melhoria da qualidade social da educação.
 
e) Incisiva: o papel do projeto político pedagógico é decidir como vai ser o
funcionamento da escola, de maneira que as escolas públicas possam ter o
mesmo perfil, para que diante das diferenças possam ser encontradas
igualdade. Portanto, a princípio as normas internas e externas serão
decididas pelo Governo.
 
28. De modo geral, algumas funções dos Conselhos Escolares podem ser
identificadas como:
 
I. Elaboração do regime externo do Conselho Escolar.
 
II. Co-coordernar o processo de discussão, elaboração ou alteração do
Regimento Escolar.
 
III. Convocar assembléias-gerais da comunidade escolar ou de seus
segmentos.
 
IV. Propor e coordenar alterações curriculares na unidade escolar,
respeitada a legislação vigente, a partir da análise, entre outros aspectos,
do aproveitamento significativo do tempo e dos espaços pedagógicos na
escola. Em relação as alternativas acima, é certo afirmar que:
 
a) Somente a alternativa I está correta.
 
b) As alternativas I e II não estão corretas.
 
c) As alternativas I e III estão corretas.
 
d) A alternativa IV está incorreta.
 
e) Todas as alternativas estão corretas.
 
29. A aceleração é tal que hoje testemunhamos em uma mesma geração
mudanças enormes nas formas de comunicação dos seres humanos, no
fluxo de informação entre países e na inovação instrumental e tecnológica.
Isto reflete na escola: educar crianças hoje exige dos professores saberes
muito distintos do que se exigia dos professores que os ensinaram, há 20
ou 30 anos. A relação da criança com o adulto na escola é uma relação
específica, porque o professor não é, simplesmente, mais um adulto com
quem a criança interage – ele é um adulto com a tarefa específica de utilizar
o tempo de interação com o aluno para promover seu processo de
humanização. Em relação ao processo de humanização, podemos
corroborar:
 
a) É um processo pelo qual os seres humanos e alguns animais passam.
 
b) É um processo que somente alguns seres humanos passam, o qual esta
associado a algumas áreas da psicologia, psicolingüística e cognição.
 
c) É o processo pelo qual todo ser humano passa para se apropriar das
formas humanas de comunicação, para adquirir e desenvolver os sistemas
simbólicos, para aprender a utilizar os instrumentos culturais necessários
para as práticas mais comuns da vida cotidiana até para a invenção de
novos instrumentos, para se apropriar do conhecimento historicamente
constituído e das técnicas para a criação nas artes e criação nas ciências.
 
d) As alternativas a e b estão corretas.
 
e) É toda experiência humana, que de certa forma colabora para as
mudanças que os seres humanos sofrem cotidianamente, de maneira
inconsciente.
 
30. Em relação a memória explícita semântica, é válido afirmar, exceto:
 
a) Ela pode ser chamada de declarativa.
 
b) Faz parte do sistema conceitual humano, a qual é ativada a todo o
momento, sendo portanto de curta duração.
 
c) Inclui memórias que podem ser explicitadas através da linguagem.
 
d) É baseada em regras, pois todas as linguagens são organizadas por
padrões, o que implica na existência de padrões internos.
 
e) Por ser explicitada através da linguagem, na escrita os padrões
aparecem nas cinco dimensões da linguagem, embora apareçam, mais
fortemente, na sintaxe. Por isto, a sintaxe é o elemento forte, o
instrumentador da língua escrita.
 
31. Toda criança se desenvolve indo ou não à escola. O que é do domínio
do desenvolvimento humano não deixa de acontecer se a criança não for à
escola, ou se ela for e se encontrar em uma situação de não aprendizagem.
Assim, a memória infantil, a função simbólica, a percepção vão se
desenvolver segundo o caminho dado pela genética da espécie. Certas
aprendizagens são da alçada do desenvolvimento da espécie. O que não é
do domínio do desenvolvimento, precisa ser ensinado. As descrições abaixo
dependem do ensino, exceto:
 
a) O ser humano aprende a distinguir as cores que estão no seu meio.
 
b) O ser humano apropria-se da língua escrita.
 
c) O ser humano aprende a escrever matematicamente uma operação.
 
d) O ser humano aprende a formar conceitos de história e geografia.
 
   e) O ser humano aprende a ler e escrever.  
 
. 32. Existem algumas dimensões para se discutir a interdisciplinaridade e
currículo. No caso, pode ser: 
a) Dimensão acadêmica. 
b) Dimensão histórica. 
c) Dimensão cultura. 
d) Dimensão do desenvolvimento. 
e) Dimensão artística. 

33. Essa visão marcada pela desigualdade e hierarquização dos alunos


perante o conhecimento é uma marca da cultura escolar. Classificar é uma
rotina desde a hora de enturmar, até a hora de aprovar, reprovar. Há uma
espécie de incongruência na lógica escolar: partir da certeza de que os
alunos são desiguais em capacidades de aprender, mas organizar um
currículo único, igual, tendo como parâmetros os alunos tidos como mais
capazes. Assim os alunos são vistos, exceto: 
a) Inteligentes e desacelerados. 
b) Inteligentes e acelerados. 
c) Lentos e desacelerados. 
d) Normais ou “deficientes”. 
e) Hierarquicamente mais capazes, menos capazes, sem problemas ou
com problemas de aprendizagem. 
34. Ao currículo associam-se distintas concepções, que derivam dos
diversos modos de como a educação é concebida historicamente, bem
como das influências teóricas que a afetam e se fazem hegemônicas em
um dado momento. Diferentes fatores sócio-econômicos, políticos e
culturais contribuem, assim, para que currículo venha a ser entendido,
exceto: 
a) Os conteúdos a serem ensinados e aprendidos. 
b) As experiências de aprendizagem escolares a serem vividas pelos
alunos. 
c) Os planos pedagógicos elaborados por professores, o qual é responsável
direto por esta função. d) Os objetivos a serem alcançados por meio do
processo de ensino. 
e) Os processos de avaliação que terminam por influir nos conteúdos e nos
procedimentos selecionados nos diferentes graus da escolarização. 

35. Em relação aos processos empregados para a elaboração dos


conhecimentos escolares, é correto afirmar, exceto: 
a) A descontextualizção dos saberes e das práticas, que costuma fazer com
que o conhecimento escolar dê a impressão de “pronto”, “acabado”,
impermeável a críticas e discussões. 
b) Conhecimentos totalmente descontextualizados permitem que se
evidencie como os saberes e as práticas envolvem, necessariamente,
questões de identidade social, interesses, relações de poder e conflitos
interpessoais. 
c) A subordinação dos conhecimentos escolares ao que conhecemos sobre
o desenvolvimento humano. 
d) Os conhecimentos escolares costumam ser selecionados e organizados
com base nos ritmos e nas sequências propostas pela psicologia do
desenvolvimento. e) O processo de construção do conhecimento escolar
sofre, efeitos de relações de poder. 

36. Existe a necessidade de uma nova postura, por parte do professorado e


dos gestores, no esforço por construir currículos culturalmente orientados. A
seguir, propõe-se que se reescrevam os conhecimentos escolares, que se
evidencie a ancoragem social desses conhecimentos, bem como que se
transforme a escola e o currículo em espaços de crítica cultural, de diálogo
e de desenvolvimento de pesquisas. É certo afirmar sobre os princípios
para a construção do currículo, exceto: 
a) Elaborar currículos culturalmente orientados demanda uma nova postura,
por parte da comunidade escolar, de abertura às distintas manifestações
culturais. Faz-se indispensável superar o “daltonismo cultural”, ainda
bastante presente nas escolas. O professor “daltônico cultural” é aquele que
não valoriza o “arco-íris de culturas” que encontra nas salas de aulas e com
que precisa trabalhar, não tirando, portanto, proveito da riqueza que marca
esse panorama. 
b) Sugerimos que se procure, no currículo, reescrever o conhecimento
escolar usual, tendose em mente as diferentes raízes étnicas e os
diferentes pontos de vista envolvidos em sua produção. O que estamos
desejando, em vez disso, é que os interesses ocultados sejam identificados,
para que possamos, então, reescrever os conhecimentos. 
c) Um aspecto a ser trabalhado, diz respeito a se procurar fora da escola,
maneiras de promover ocasiões que desfavoreçam a tomada de
consciência da construção da identidade cultural de cada um de nós,
docentes e gestores, relacionando-a aos processos sócio-culturais somente
do contexto em que vivemos. 
d) Como intelectual que é, todo (a) profissional da educação precisa
comprometer-se com o estudo e com a pesquisa, bem como posicionar-se
politicamente. Precisa, assim, situarse frente aos problemas econômicos,
sócio-políticos, culturais e ambientais que hoje nos desafiam e que
desconhecem as fronteiras entre as nações ou entre as classes sociais. 
e) A pesquisa do (a) professor (a) da escola básica certamente difere da
pesquisa levada a cabo na universidade e os centros de pesquisa, o que,
entretanto, não a torna inferior. Estamos defendendo, em resumo, que se
torne o currículo, em cada escola, um espaço de pesquisa. 

37. Um dos aspectos fundamentais da avaliação formativa diz respeito à


construção da autonomia por parte do estudante, na medida em que lhe é
solicitado um papel ativo em seu processo de aprender. É correto afirmar
sobre esta avaliação, fora: 

a) Tem como foco o processo de aprendizagem. 


b) Tem como perspectiva a interação e o diálogo. 
c) Coloca no estudante a mesma responsabilidade do professor. 
d) O estudante, e não somente o professor, tem a responsabilidade por
seus avanços e suas necessidades. 
e) É necessário que o estudante conheça os conteúdos que irá aprender. 

38. É importante ressaltar também que os resultados advindos da aplicação


dos instrumentos são provisórios e não definitivos e que a simples utilização
de instrumentos diferenciados, já propicia uma vivência de avaliação distinta
da tradicional. Esses instrumentos podem ser: 
a) Trabalhos. 
b) Provas. 
c) Memorial.  
d) Portfólio. 
e) Todas as opções estão corretas. 

39. Os instrumentos que serão usados no processo de avaliação, sejam


referenciados nos programas gerais ou no estágio de desenvolvimento dos
estudantes reais existentes em uma sala de aula, devem partir de uma
especificação muito clara do que pretendem avaliar. A elaboração de um
instrumento de avaliação ainda deverá levar em consideração alguns
aspectos importantes, exceto: 

a) A linguagem a ser utilizada: abstrusa e intricada. 


b) Contextualização daquilo que se investiga. 
c) O conteúdo deve ter significado para quem está sendo avaliado. 
d) Estar coerente com os propósitos de ensino. 
e) Explorar a capacidade de leitura e escrita. 

40. Na reestruturação do MEC, o fortalecimento de políticas e a criação de


instrumentos de gestão para a afirmação cidadã tornaram-se prioridades,
valorizando a riqueza de nossa diversidade étnico-racial e cultural. A
constituição da Secad traduz uma inovação institucional. Pela primeira vez,
estão reunidos os seguintes programas, exceto: 
a) Programas de alfabetização. 
b) Programa de educação das artes cênicas. 
c) Coordenações de educação indígena. 
d) Educação no campo. 
e) Educação ambiental. 

41. A educação constitui-se um dos principais ativos e mecanismos de


transformação de um povo e é papel da escola, de forma democrática e
comprometida com a promoção do ser humano na sua integralidade,
estimular a formação de valores, hábitos e comportamentos que respeitem
as diferenças e as características próprias de grupos e minorias. Assim, a
educação é essencial no processo de formação de qualquer sociedade e
abre caminhos para a ampliação da cidadania de um povo. É correto
afirmar sobre os dados que apontam as desigualdades entre brancos e
negros na educação, exceto: 
a) Pessoas negras têm menor número de anos de estudos do que pessoas
brancas. 
b) Na faixa etária de 14 a 15 anos, o índice de pessoas negras não
alfabetizadas é 12% maior do que o de pessoas brancas na mesma
situação. 
c) Existem menos crianças brancas no mercado de trabalho do que negras. 
d) Existem mais crianças brancas e entre 10 e 14 anos na rua, do que
negras. 
e) As alternativas b e c estão corretas. 

42. A questão racial foi colocada na agenda nacional, devido a importância


de se adotarem políticas públicas afirmativas de forma democrática,
descentralizada e transversal. Para isso foi criada em 21 de março de 2003,
qual Secretaria: 
a) Secretaria de Ações Afirmativas. 
b) Secretaria de Políticas Raciais e Étnicas. 
c) Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial.
d) Secretaria Especial de Apoio a Igualdade Racial. 
e) Secretaria de Políticas Raciais. 

43. Cabe ao Estado promover e incentivar políticas de reparações, no que


cumpre ao disposto na Constituição Federal, Art. 205, que assinala o dever
do Estado de garantir indistintamente, por meio da educação, iguais direitos
para o pleno desenvolvimento de todos e de cada um, enquanto pessoa,
cidadão ou profissional. Cabe ao Estado e a sociedade o ressarcimento aos
descendentes de africanos negros, de quais danos sofridos durante o
regime escravista, exceto: 
 
a) Psicológico. 
b) Médico. 
c) Materiais. 
d) Sociais. 
e) Educacionais. 

44. É importante tomar conhecimento da complexidade que envolve o


processo de construção da identidade negra em nosso país. Processo esse,
marcado por uma sociedade que, para discriminar os negros, utiliza-se
tanto da desvalorização da cultura de matriz africana como dos aspectos
físicos herdados pelos descendentes de africanos. É preciso lembrar que o
termo negro começou a ser usado pelos senhores para designar
pejorativamente os escravizados e este sentido negativo da palavra se
estende até hoje. Contudo, o Movimento Negro ressignificou esse termo
dando-lhe um sentido político e positivo. Foram criados alguns motes no
final dos anos de 1970 e no decorrer dos anos de 1980 e 1990, o quais são,
exceto: 
a) Negro: a raça dominante. 
b) Negra, cor da raça brasileira. 
c) Negro que te quero negro. 
d) 100% negro! 
e) Não deixe sua cor passar em branco. 

45. O princípio da consciência política e histórica da diversidade deve


conduzir, exceto: 

a) A desigualdade básica de pessoa humana como sujeito de direitos. 


b) A compreensão de que a sociedade é formada por pessoas que
pertencem a grupos étnico-raciais distintos. 
c) Ao conhecimento e à valorização da história dos povos africanos e da
cultura afrobrasileira na construção histórica e cultural brasileira. 
d) A desconstrução, por meio de questionamentos e análises críticas,
objetivando eliminar conceitos, idéias, comportamentos veiculados pela
ideologia do branqueamento, pelo mito da democracia racial, que tanto mal
fazem a negros e brancos. 
e) A busca, da parte de pessoas, em particular de professores não
familiarizados com a análise das relações étnico-raciais e sociais com o
estudo de história e cultura afrobrasileira e africana, de informações e
subsídios que lhes permitam formular concepções não baseadas em
preconceitos e construir ações respeitosas. 

46. As ações educativas de combate ao racismo e as discriminações,


conduzem, exceto: 
a) A conexão dos objetivos, estratégias de ensino e atividades com a
experiência de vida dos alunos e professores, valorizando aprendizagens
vinculadas às suas relações com pessoas negras, brancas, mestiças, assim
como as vinculadas as relações entre negros, indígenas e brancos no
conjunto da sociedade. 
b) A crítica pelos coordenadores pedagógicos, orientadores educacionais,
professores, das representações dos negros e de outras minorias nos
textos, materiais didáticos, bem como providências para corrigi-las. 
c) Condições para professores e alunos pensarem, decidirem, agirem,
assumindo responsabilidade por relações étnico-raciais positivas,
enfrentando e superando discordâncias, conflitos, contestações, valorizando
os contrastes das diferenças. 
d) Menoscabar da oralidade, da corporeidade e da arte, por exemplo, como
a dança, marcas da cultura de raiz africana, ao lado da escrita e da leitura. 
e) Educação patrimonial, aprendizado a partir do patrimônio cultural afro-
brasileiro, visando a preservá-lo e a difundi-lo. 

47. Cumprir a Lei é, pois, responsabilidade de todos e não apenas do


professor em sala de aula. Exige-se, assim, um comprometimento solidário
dos vários elos do sistema de ensino brasileiro, tendo-se como ponto de
partida o presente parecer, que junto com outras diretrizes e pareceres e
resoluções, têm o papel articulador e coordenador da organização da
educação nacional. Face ao exposto e diante de direitos desrespeitados,
tais como, fora: 
a) O de sofrer discriminações por ser descendente de africanos. 
b) O de ter reconhecida a decisiva participação de seus antepassados e da
sua própria na construção da nação brasileira. 
c) O de ter reconhecida sua cultura nas diferentes matrizes de raiz africana. 
d) Diante de compromissos internacionais assumidos pelo Brasil em
convenções, entre outros os da Convenção da UNESCO, de 1960, relativo
ao combate ao racismo em todas as formas de ensino, bem como os da
Conferência Mundial de Combate ao Racismo, Discriminação Racial,
Xenofobia e Discriminações Correlatas de 2001. 
e) Diante do Decreto 1.904/1996, relativo ao Programa Nacional de Direitos
Humanos que assegura a presença histórica das lutas dos negros na
constituição do país. 

48. A presente Resolução institui Diretrizes Curriculares Nacionais para a


Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e
Cultura Afro-Brasileira e Africana, a serem observadas pelas Instituições de
ensino, que atuam nos níveis e modalidades da Educação Brasileira e, em
especial, por Instituições que desenvolvem programas de formação inicial e
continuada de professores. É correto afirmar sobre as Diretrizes, exceto: 
a) As Instituições de Ensino Superior incluirão nos conteúdos de disciplinas
e atividades curriculares dos cursos que ministram, a Educação das
Relações Étnico-Raciais, bem como o tratamento de questões e temáticas
que dizem respeito aos afrodescendentes, nos termos explicitados no
Parecer CNE/CP 3/2004. 
b) O cumprimento das referidas Diretrizes Curriculares, por parte das
instituições de ensino, não será considerado obrigatoriamente na avaliação
das condições de funcionamento do estabelecimento. 
c) As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações
Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e
Africanas constituem-se de orientações, princípios e fundamentos para o
planejamento, execução e avaliação da Educação, e têm por meta,
promover a educação de cidadãos atuantes e conscientes no seio da
sociedade multicultural e pluriétnica do Brasil, buscando relações étnico-
sociais positivas, rumo à construção de nação democrática. 
d) A Educação das Relações Étnico-Raciais tem por objetivo a divulgação e
produção de conhecimentos. 
e) O Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana tem por objetivo
o reconhecimento e valorização da identidade, história e cultura dos afro-
brasileiros, bem como a garantia de reconhecimento e igualdade de
valorização das raízes africanas da nação brasileira, ao lado das indígenas,
européias, asiáticas. 

49. O ensino sobre História e Cultura Afro-brasileira será obrigatório: 


a) Somente nos estabelecimentos de ensino médio. 
b) Somente nos estabelecimentos de ensino fundamental. 
c) Somente nos estabelecimentos de ensino médio público. 
d) Somente nos estabelecimentos de ensino fundamental público. 
e) Nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e
particulares. 

50. De acordo com a Lei nº 8.069, sobre o Estatuto da Criança e do


Adolescente, será considerado criança e adolescente, aqueles que
estiverem nas seguintes faixas etárias, respectivamente: 
a) Criança até 10 anos incompletos, adolescente entre 11 e 18 anos. 
b) Criança até 11 anos incompletos, adolescente entre 12 e 18 anos. 
c) Criança até 12 anos incompletos, adolescente entre 12 e 18 anos. 
d) Criança até 6 anos incompletos, adolescente entre 10 e 18 anos. e)
Criança até 10 anos incompletos, adolescente entre 12 e 18 anos. 

51. De acordo com o Art. 8º é assegurado à gestante, através do Sistema


Único de Saúde, o atendimento pré e perinatal. Sobre este direito é
incorreto afirmar: 
a) A gestante será encaminhada aos diferentes níveis de atendimento,
segundo critérios médicos específicos, sem necessariamente obedecer aos
princípios de regionalização e hierarquização do Sistema. 
b) A parturiente será atendida preferencialmente pelo mesmo médico que a
acompanhou na fase pré-natal. 
c) Incumbe ao poder público propiciar apoio alimentar à gestante e à nutriz
que dele necessitem. 
d) O poder público, as instituições e os empregadores propiciarão
condições adequadas ao aleitamento materno, inclusive aos filhos de mães
submetidas a medida privativa de liberdade. 
e) Os hospitais e demais estabelecimentos de atenção à saúde de
gestantes, públicos e particulares, são obrigados a manter registro das
atividades desenvolvidas, através de prontuários individuais, pelo prazo de
dezoito anos; identificar o recém-nascido mediante o registro de sua
impressão plantar e digital e da impressão digital da mãe, sem prejuízo de
outras formas normatizadas pela autoridade administrativa competente;
proceder a exames visando ao diagnóstico e terapêutico de anormalidades
no metabolismo do recém-nascido, bem como prestar orientação aos pais;
dentre outros. 

52. O direito a liberdade compreende alguns aspectos, de acordo com a Lei


nº 8.096, exceto: 
a) Ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços comunitários,
ressalvadas as restrições legais. 
b) Velar pela dignidade da criança e do adolescente. 
c) Participar da vida política, na forma da lei. 
d) Buscar refúgio, auxílio e orientação. 
e) Participar da vida familiar e comunitária, sem discriminação. 

53. O conceito de família natural, de acordo com a Lei nº8.096, consiste


em: 

a) A família natural é formada pelos pais ou qualquer deles e seus


descendentes. 
b) Aquela que vai para além da unidade pais e filhos. 
c) A família natural está relacionada aos pais adotivos. 
d) A família natural é constituída pelos parentes próximos. 
e) A família natural é composta pelos parentes os quais as crianças e
adolescentes convivem e mantém vínculo. 

54. É correto declarar sobre a guarda de adolescentes ou crianças, as


seguintes afirmações: 
I. A guarda confere a seu detentor o direito de opor-se a terceiros, inclusive
aos pais. 
II. A guarda destina-se a regularizar a posse de fato, podendo ser deferida,
liminar ou incidentalmente, nos procedimentos de tutela e adoção, inclusive
no de adoção por estrangeiros. 
III. Regularmente, deferir-se-á a guarda, fora dos casos de tutela e adoção,
para atender a situações peculiares ou suprir a falta eventual dos pais ou
responsável, podendo ser deferido o direito de representação para a prática
de atos determinados. 
IV. A guarda confere à criança ou adolescente a condição de dependente,
para todos os fins e efeitos de direito, inclusive previdenciários. 
Em relação as asseverações anteriores, qual das alternativas está
incorreta. 
a) II está correta. 
b) III está correta. 
c) IV e I estão corretas. 
d) II e I estão corretas. 
e) IV está correta. 

55. A adoção é medida excepcional e irrevogável, à qual se deve recorrer


apenas quando esgotados os recursos de manutenção da criança ou
adolescente na família natural ou extensa. Sobre a adoção é correto
afirmar, exceto: 
a) A adoção atribui a condição de filho ao adotado, com os mesmos direitos
e deveres, inclusive sucessórios, desligando-o de qualquer vínculo com pais
e parentes, salvo os impedimentos matrimoniais. 
b) Se um dos cônjuges ou concubinos adota o filho do outro, mantém-se os
vínculos de filiação entre o adotado e o cônjuge ou concubino do adotante e
com os respectivos parentes. 
c) É recíproco o direito sucessório entre o adotado, seus descendentes, o
adotante, seus ascendentes, descendentes e colaterais até o 4º grau,
observada a ordem de vocação hereditária. 
d) Podem adotar os ascendentes e os irmãos do adotando. 
e) Para adoção conjunta, é indispensável que os adotantes sejam casados
civilmente ou mantenham união estável, comprovada a estabilidade da
família. 

56. A adoção internacional de criança ou adolescente brasileiro ou


domiciliado no Brasil somente terá lugar quando restar comprovado: 
a) Que a colocação em família substituta é a solução adequada ao caso
concreto. 
b) que foram esgotadas todas as possibilidades de colocação da criança ou
adolescente em família substituta brasileira, após consulta aos cadastros
mencionados no art. 50 desta Lei. 
c) Em se tratando de adoção de adolescente, este foi consultado, por meios
adequados ao seu estágio de desenvolvimento. 
d) Em se tratando de adoção de adolescentes, o mesmo deve ser
consultado, desde que esteja preparado, mediante um parecer elaborado
pelo Conselho Tutelar. 
e) As Letras a, b e c estão corretas. 

57. A adoção internacional observará o procedimento previsto nos arts. 165


a 170 desta Lei, com as seguintes adaptações, exceto: 
a) A pessoa ou casal estrangeiro, interessado em adotar criança ou
adolescente brasileiro, deverá formular pedido de habilitação à adoção
perante a Autoridade Central em matéria de adoção internacional no país
de acolhida, assim entendido aquele onde está situada sua residência
habitual. 
b) a Autoridade Central do país de acolhida enviará o relatório à Autoridade
Central Federal Brasileira, com cópia para a Autoridade Central Estadual e
Municipal. c) o relatório será instruído com toda a documentação
necessária, incluindo estudo psicossocial elaborado por equipe
interprofissional habilitada e cópia autenticada da legislação pertinente,
acompanhada da respectiva prova de vigência. 
d) A Autoridade Central Estadual poderá fazer exigências e solicitar
complementação sobre o estudo psicossocial do postulante estrangeiro à
adoção, já realizado no país de acolhida. e) De posse do laudo de
habilitação, o interessado será autorizado a formalizar pedido de adoção
perante o Juízo da Infância e da Juventude do local em que se encontra a
criança ou adolescente, conforme indicação efetuada pela Autoridade
Central Estadual. 
58. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno
desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e
qualificação para o trabalho, assegurandolhes, fora: 
a) Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola. 
b) Direito de contestar critérios avaliativos, porém não podem recorrer às
instâncias escolares superiores. 
c) Direito de organização e participação em entidades estudantis. 
d) Acesso à escola pública e gratuita próxima de sua residência. 
e) As letras a, c e d estão corretas. 

59. É dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente, exceto: 


a) Ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele
não tiveram acesso na idade própria.  
b) Progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio. 
c) Atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência,
preferencialmente na rede regular de ensino. 
d) Atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a oito anos de
idade. 
e) Oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do adolescente
trabalhador. 

60. De acordo com a Lei nº 9.394, que estabelece as diretrizes e bases da


educação nacional, o ensino será ministrado com base nos seguintes
princípios, exceto: 
a) Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o
pensamento, a arte e o saber. 
b) Inexistência de instituições públicas e privadas ao mesmo tempo. 
c) Valorização do profissional da educação escolar. 
d) Gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da
legislação dos sistemas de ensino. 
e) Garantia de padrão de qualidade. 

61. Segundo a Lei nº 9.394, a organização da Educação Nacional, incumbe


a União, exceto: 
a) Elaborar o Plano Nacional de Educação, sem a colaboração de outros
órgãos governamentais. 
b) Organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições oficiais do
sistema federal de ensino e o dos territórios. 
c) Prestar assistência técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e
aos Municípios para o desenvolvimento de seus sistemas de ensino e o
atendimento prioritário à escolaridade obrigatória, exercendo sua função
redistributiva e supletiva. 
d) Estabelecer, em colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios, competências e diretrizes para a educação infantil, o ensino
fundamental e o ensino médio, que nortearão os currículos e seus
conteúdos mínimos, de modo a assegurar formação básica comum. 
e) Assegurar processo nacional de avaliação das instituições de educação
superior, com a cooperação dos sistemas que tiverem responsabilidade
sobre este nível de ensino. 
62. A Lei nº 9.394, da organização da Educação Nacional, prevê que o
Estado está encarregado, fora: 
a) Organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições oficiais dos
seus sistemas de ensino. 
b) Definir, com os Municípios, formas de colaboração na oferta do ensino
fundamental, as quais devem assegurar a distribuição proporcional das
responsabilidades, de acordo com a população a ser atendida e os recursos
financeiros disponíveis em cada uma dessas esferas do Poder Público. 
c) Autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar e avaliar,
respectivamente, os cursos das instituições de educação superior e os
estabelecimentos do seu sistema de ensino. 
d) Assumir o transporte escolar dos alunos da rede municipal. 
e) Assegurar o ensino fundamental e médio na idade obrigatória. 

63. Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do


seu sistema de ensino, terão a incumbência de, exceto: 
a) Elaborar e executar sua proposta pedagógica. 
b) Prover meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento. 
c) Articular-se com as famílias e a comunidade, criando processos de
integração da sociedade com a escola 
d) Informar pai e mãe, conviventes ou não com seus filhos, e, se for o caso,
os responsáveis legais, sobre a frequência e rendimento dos alunos, bem
como sobre a execução da proposta pedagógica da escola. 
e) Torna-se escusado notificar ao Conselho Tutelar do Município, ao juiz
competente da Comarca e ao respectivo representante do Ministério
Público a relação dos alunos que apresentem quantidade de faltas acima de
cinqüenta por cento do percentual permitido em lei. 

64. A educação básica, nos níveis fundamental e médio, será organizada de


acordo com as seguintes regras comuns: 
I. A carga horária mínima anual será de oitocentas horas, distribuídas por
um mínimo de duzentos dias de efetivo trabalho escolar, excluído o tempo
reservado aos exames finais, quando houver. 
II. Nos estabelecimentos que adotam a progressão regular por série, o
regimento escolar pode admitir formas de progressão parcial, desde que
preservada a seqüência do currículo, observadas as normas do respectivo
sistema de ensino.
III. Poderão organizar-se classes, ou turmas, com alunos de séries distintas,
com níveis equivalentes de adiantamento na matéria, para o ensino de
línguas estrangeiras, artes, ou outros componentes curriculares. 
Pode-se afirmar sobre as declarações acima: 
a) I está certo e II e III incorretos. 
b) I está incorreto. 
c) I e II estão corretos. 
d) I, II e III estão corretos. 
e) Todas as alternativas estão incorretas. 

65. A educação física, integrada à proposta pedagógica da escola, é


componente curricular obrigatório da educação básica, sendo sua prática
facultativa aos alunos, exceto: 
a) Que cumpra jornada de trabalho igual ou superior a seis horas. 
b) Maior de trinta anos de idade. 
c) Que estiver prestando serviço militar inicial ou que, em situação similar,
estiver obrigado à prática da educação física. 
d) Que seja portador de deficiência auditiva. 
e) Que tenha prole. 

66. O estudo da História e Cultura Afro-brasileira torna-se obrigatório nos


seguintes estabelecimentos, exceto: 
a) Estabelecimentos de ensino médio. 
b) Estabelecimentos de ensino fundamental.  
c) Estabelecimentos públicos. 
d) Estabelecimentos privados. 
e) Todas as alternativas estão corretas. 

67. Os conteúdos curriculares da educação básica observarão, ainda, as


seguintes diretrizes, exceto: 
a) A difusão de valores fundamentais ao interesse social, aos direitos e
deveres dos cidadãos, de respeito ao bem comum e à ordem democrática. 
b) Consideração das condições de escolaridade dos alunos em cada
estabelecimento. 
c) Desajustamento à natureza do trabalho na zona rural. 
d) Promoção do desporto educacional e apoio às práticas desportivas não-
formais. 
e) Orientação para o trabalho. 

68. O ensino fundamental obrigatório, com duração de 9 (nove) anos,


gratuito na escola pública, iniciando-se aos 6 (seis) anos de idade, terá por
objetivo a formação básica do cidadão, mediante as seguintes condições,
fora: 

a) O desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios


básicos o parcial domínio da leitura, da escrita e do cálculo. 
b) A compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da
tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade. 
c) O desenvolvimento da capacidade de aprendizagem. 
d) A aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e
valores. 
e) O fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade
humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social. 

69. O ensino médio, etapa final da educação básica, com duração mínima
de três anos, terá como finalidades, exceto: 
a) A consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no
ensino fundamental. 
b) Possibilitar ao aluno o prosseguimento dos estudos. 
c) A preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para
continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade
a novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores. 
d) O aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a
formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do
pensamento crítico. 
e) Priorizar o aprofundamento da educação de tecnologia básica, tendo em
vista a carência que existe no país. 

70. A educação profissional técnica de nível médio será desenvolvida nas


seguintes formas: 
I. articulada com o ensino médio; 
II. subseqüente, em cursos destinados a quem já tenha concluído o ensino
médio; 
III. os objetivos e definições contidos nas diretrizes curriculares nacionais
estabelecidas pelo Conselho Nacional do Tecnicismo. 
É correto afirma que: 
a) Somente I e II estão corretas. 
b) Somente a I está correta. 
c) Somente a II está correta.  
d) I, II e III estão corretas. 
e) II e III estão incorretas. 

71. A educação de jovens e adultos será destinada àqueles que não tiveram
acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio na
idade própria. É incorreto afirmar sobre este aspecto: 
a) Os sistemas de ensino assegurarão parcialmente aos jovens e aos
adultos, que não puderam efetuar os estudos na idade regular. 
b) Os sistemas de ensino assegurarão oportunidades educacionais
apropriadas, consideradas as características do alunado, seus interesses,
condições de vida e de trabalho, mediante cursos e exames. 
c) O Poder Público viabilizará e estimulará o acesso e a permanência do
trabalhador na escola. 
d) A educação de jovens e adultos deverá articular-se, preferencialmente,
com a educação profissional, na forma do regulamento. 
e) Os sistemas de ensino manterão cursos e exames supletivos, que
compreenderão a base nacional comum do currículo, habilitando ao
prosseguimento de estudos em caráter regular. 

72. A educação profissional e tecnológica abrangerá os seguintes cursos: 


I. de formação inicial e continuada; 
II. qualificação profissional; 
III. de educação profissional técnica de nível médio; de educação
profissional técnica de nível médio; 
IV. de educação profissional tecnológica de graduação e pós-graduação. 
É correto assegurar que: 
a) I está correta. 
b) I, II, III e IV estão corretas. 
c) I e II estão corretas. 
d) IV está incorreta. 
e) III e IV estão corretas. 

73. A educação superior tem por finalidade: 


a) Estimular a criação cultural e o desenvolvimento do espírito científico e
do pensamento reflexivo. 
b) Formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a
inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento
da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. 
c) Estimular o conhecimento dos problemas do mundo presente, tendo
como base os problemas Internacionais, devido a globalização. 
d) Promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos
que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do
ensino, de publicações ou de outras formas de comunicação.  
e) Suscitar o desejo permanente de aperfeiçoamento cultural e profissional
e possibilitar a correspondente concretização, integrando os conhecimentos
que vão sendo adquiridos numa estrutura intelectual sistematizadora do
conhecimento de cada geração. 

74. Os diplomas de cursos superiores reconhecidos, quando registrados,


terão validade nacional como prova da formação recebida por seu titular. É
correto afirmar sobre a afirmação anterior, fora: 
a) Os diplomas expedidos pelas universidades serão por elas próprias
registrados. 
b) Os diplomas expedidos pelas universidades serão conferidos por
instituições nãouniversitárias serão registrados em universidades indicadas
pelo Conselho Nacional de Educação. 
c) Os diplomas de graduação expedidos por universidades estrangeiras
serão revalidados por universidades públicas e privadas. 
d) Os diplomas de Mestrado e de Doutorado expedidos por universidades
estrangeiras só poderão ser reconhecidos por universidades que possuam
cursos de pós-graduação reconhecidos e avaliados, na mesma área de
conhecimento e em nível equivalente ou superior. 
e) As letras a, b e d estão corretas. 

75. As universidades são instituições pluridisciplinares de formação dos


quadros profissionais de nível superior, de pesquisa, de extensão e de
domínio e cultivo do saber humano, que se caracterizam por: 
I. produção intelectual institucionalizada mediante o estudo sistemático dos
temas e problemas mais relevantes; 
II. um terço do corpo docente, pelo menos, com titulação acadêmica de
mestrado ou doutorado; 
III. Metade do corpo docente em regime de tempo integral; 
IV. A produção intelectual está diretamente relacionada, tanto do ponto de
vista científico e cultural, quanto regional e nacional; 
É correto afirmar, exceto: 
a) I está correta. 
b) II está correta. 
c) IV está correta. 
d) III está incorreta. 
e) I, II e IV estão corretas. 

76. No exercício de sua autonomia, são asseguradas às universidades, sem


prejuízo de outras, as seguintes atribuições, exceto: 
a) Criar, organizar e extinguir, em sua sede, cursos e programas de
educação superior previstos nesta Lei, obedecendo às normas gerais da
União e, quando for o caso, do respectivo sistema de ensino. 
b) Exaurir os currículos dos seus cursos e programas, observadas as
diretrizes específicas pertinentes. 
c) Estabelecer planos, programas e projetos de pesquisa científica,
produção artística e atividades de extensão. 
d) Fixar o número de vagas de acordo com a capacidade institucional e as
exigências do seu meio. e) Conferir graus, diplomas e outros títulos. 

77. No exercício da sua autonomia, além das atribuições asseguradas pelo


artigo anterior, as universidades públicas poderão, exceto: 
a) Propor o seu quadro de pessoal docente, técnico e administrativo, assim
como um plano de cargos e salários, atendidas as normas gerais
pertinentes e os recursos disponíveis. 
b) Elaborar o regulamento de seu pessoal em conformidade com as normas
exclusivas concernentes. 
c) Aprovar e executar planos, programas e projetos de investimentos
referentes a obras, serviços e aquisições em geral, de acordo com os
recursos alocados pelo respectivo Poder mantenedor. d) Elaborar seus
orçamentos anuais e plurianuais. 
e) Adotar regime financeiro e contábil que atenda às suas peculiaridades de
organização e funcionamento. 

78. Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a


modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na rede
regular de ensino, para educandos com deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação. Haverá, quando
necessário, serviços de apoio especializado, na escola regular, para
atender às peculiaridades da clientela de educação especial. Os sistemas
de ensino assegurarão aos educandos com necessidades especiais
exceto: 
a) Currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização
específicos, para atender às suas necessidades. 
b) Terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o nível
exigido para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas
deficiências, e aceleração para concluir em menor tempo o programa
escolar para os superdotados. 
c) Professores com especialização adequada em nível médio ou superior,
para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular
capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns. 
d) Educação especial para o trabalho, visando a sua efetiva integração na
vida em sociedade, inclusive condições adequadas para os que não
revelarem capacidade de inserção no trabalho competitivo, mediante
articulação com os órgãos oficiais afins, bem como para aqueles que
apresentam uma habilidade superior nas áreas artística, intelectual ou
psicomotora. 

e) Acesso igualitário aos benefícios dos programas sociais essenciais


disponíveis para o respectivo nível do ensino regular. 

79. Consideram-se profissionais da educação escolar básica os que, nela


estando em efetivo exercício e tendo sido formados em cursos
reconhecidos, são: 
a) Professores habilitados somente em nível médio. 
b) Professores habilitados somente em nível superior para a docência na
educação infantil e nos ensinos fundamental e médio. 
c) Trabalhadores em educação são desnecessários diplomas de
pedagogia. 
d) Trabalhadores em educação, portadores de diploma de curso técnico na
área da pedagogia. 
e) Trabalhadores em educação com curso superior na área da pedagogia. 

80. Os sistemas de ensino promoverão a valorização dos profissionais da


educação, assegurando- lhes inclusive nos termos dos estatutos e dos
planos de carreira do magistério público, exceto: 
a) Ingresso inconspícuo por concurso público de provas e títulos. 
b) Aperfeiçoamento profissional continuado, inclusive com licenciamento
periódico remunerado para esse fim. 
c) Piso salarial profissional. 
d) Progressão funcional baseada na titulação ou habilitação, e na avaliação
do desempenho. 
e) Período reservado a estudos, planejamento e avaliação, incluído na
carga de trabalho. 

81. Serão recursos públicos destinados à educação os originários de,


exceto: 
a) Receita de transferências constitucionais e outras transferências. 
b) Receita de impostos próprios da União e dos Estados, fora os
Municípios. 
c) Receita do salário-educação. 
d) Receita de outras contribuições sociais. 
e) Receita de incentivos fiscais. 

82. Considerar-se-ão como de manutenção e desenvolvimento do ensino as


despesas realizadas com vistas à consecução dos objetivos básicos das
instituições educacionais de todos os níveis, compreendendo as que se
destinam a, fora: 
a) Remuneração e aperfeiçoamento do pessoal docente e demais
profissionais da educação. 
b) Aquisição, manutenção, construção e conservação de instalações e
equipamentos necessários ao ensino. 
c) Subvenção a instituições públicas ou privadas de caráter assistencial,
desportivo ou cultural. 
d) Amortização e custeio de operações de crédito destinadas a atender ao
disposto nos incisos deste artigo. 
e) Aquisição de material didático-escolar e manutenção de programas de
transporte escolar. 

83. A educação a distância gozará de tratamento diferenciado, que incluirá,


exceto: 
a) Custos de transmissão reduzidos em canais comerciais de radiodifusão
sonora. 
b) Custos de transmissão reduzidos em canais comerciais de sons e
imagens. 
c) Concessão de canais com finalidades exclusivamente educativas. 
d) Reserva de tempo mínimo, sem ônus para o Poder Público, pelos
concessionários de canais comerciais. 
e) Todas as alternativas estão corretas. 

84. O Distrito Federal, cada Estado e Município, e, supletivamente, a União,


devem: 
a) Matricular todos os educandos a partir dos 5 (seis) anos de idade no
ensino fundamental. 
b) Prover cursos remunerados presenciais aos jovens e adultos
insuficientemente escolarizados. 
c) Realizar programas de capacitação para todos os professores em
exercício. 
d) Utilizar os recursos da educação a distância para realizar programas de
capacitação. 
e) Integrar todos os estabelecimentos de ensino fundamental do seu
território ao sistema nacional de avaliação do rendimento escolar. 

85. Uma análise das desigualdades sociais, que relacione tanto os


problemas de distribuição de renda quanto os contextos de privação de
liberdades, é requerida para a construção da proposta de Educação
Integral. Essa construção, no Brasil, é contemporânea aos esforços do
Estado para ofertar políticas redistributivas de combate à pobreza. Nessa
perspectiva, faz-se necessário um quadro conceitual mais amplo para que a
pactuação de uma agenda pela qualidade da educação considere o valor
das diferenças, segundo o pertencimento étnico, a consciência de gênero, a
orientação sexual, as idades e as origens geográficas. Vale destacar, nesse
quadro, exceto: 
a) A influência dos processos de globalização. 
b) As mudanças no mundo do trabalho. 
c) As transformações técnico-científicas. 
d) As mudanças sócio-ambientais. 
e) Todas as alternativas estão corretas. 

86. É possível citar ainda experiências de Educação Integral em Tempo


Integral, na escola pública brasileira, a partir de propostas bastante
conhecidas que se transformaram em realidade. Uma dessas propostas é: 
a) Centro Educacional Ribeiro – São Paulo/ SP. 
b) Centro Educacional Carneiro Ribeiro – Salvador/ Bahia. 
c) Centro Educacional Vicente de Paula – Rio de Janeiro/RJ. 
d) Centros Integrados Carlos Ribeiro Rio de Janeiro/ RJ. 
e) Centro Educacional Hermínio Alves – Rio de Janeiro/ RJ. 

87. O programa Escola Integrada é coordenado pela Secretaria de


Educação em articulação com os outros setores, os quais são, exceto: 
a) Setores da Prefeitura. 
b) Parceria com Instituições de Ensino Superior. 
c) ONGs. 
d) Comerciantes. 
e) Funcionários Públicos. 

88. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) – Lei nº


9.394/96 – reitera os princípios constitucionais anteriormente expostos (Art.
2°) e, ainda, prevê, exceto: 
a) Ampliação rápida da jornada escolar do ensino fundamental para o
regime em tempo integral. 
b) A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na
vida familiar. 
c) A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na
convivência humana. 
d) A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem nas
instituições de ensino e pesquisa. 
e) A jornada escolar considerada o tempo integral como o período em que a
criança e o adolescente estão sob a responsabilidade da escola. 

89. A formulação de uma proposta de Educação Integral concretiza o ideal


de uma Educação Pública Nacional e Democrática, contextualizada
historicamente, portanto problematizada segundo os desafios, avanços e
limites do sistema educacional e da organização curricular no século XXI,
caminhando na direção oposta à da desescolarização social e da
minimização dos efeitos e das possibilidades do trabalho escolar. Pode-se
afirmar sobre a Educação Integral, exceto: 
a) conceber a perspectiva humanística da educação como formação integral
implica compreender e significar o processo educativo, como condição para
a ampliação do desenvolvimento humano. 
b) Para garantir a qualidade da educação básica é preciso considerar que a
concretude do processo educativo compreende, fundamentalmente, a
relação da aprendizagem das crianças e dos adolescentes com a sua vida e
comunidade. Para dar conta dessa qualidade, é necessário que o conjunto
de conhecimentos sistematizados e organizados no currículo escolar
também inclua práticas, habilidades, costumes, crenças e valores que estão
na base da vida cotidiana e que, articulados ao saber acadêmico,
constituem o currículo necessário à vida em sociedade. 
c) Educação Integral é fruto de debates entre o poder público, a
comunidade escolar e a sociedade civil, de forma a assegurar o
compromisso coletivo com a construção de um projeto de educação que
estimule o respeito aos direitos humanos e o exercício da democracia. 
d) A construção da oferta de Educação Integral está implicada na
participação social para orientar, influenciar e decidir sobre os assuntos
públicos. 
e) A formulação de uma proposta de Educação Integral está implicada na
oferta dos serviços públicos requeridos para atenção integral, conjugada à
proteção social, o que pressupõe políticas integradas (intersetoriais,
transversalizadas) que considerem, além da educação, outras demandas
dos sujeitos, articuladas entre os campos da educação, do desenvolvimento
social, da saúde, do esporte, da inclusão digital e da cultura. 

90. Em relação a formação de educadores na perspectiva da Educação


Integral, é correto declarar, exceto: 
a) O ensino é uma arte. Portanto, os educadores nascem predispostos a
trabalharem com a educação, sendo que no decorrer de suas vidas eles
incrementam esta forma artística. 
b) A atuação dos profissionais da educação não se deve limitar aos
espaços tradicionais da escola e, nesse sentido, ganha relevância a
valorização do trabalho e da cultura como princípios educativos. 
c) A compreensão da jornada de trabalho dos professores na perspectiva
da Educação Integral requer a inclusão de períodos de estudo, de
acompanhamento pedagógico, de preparação de aulas e de avaliação de
organização da vida escolar. 
d) A formação dos educadores incluí conteúdos específicos de formulação. 
e) A formação dos educadores exige o acompanhamento de projetos e de
gestão intersetorial. 

91. Existem linhas mestras de discussão do papel do Estado na efetivação


da Educação Integral em tempo integral, tal qual tratadas nos marcos
legais. Tais linhas são, exceto: 
a) as responsabilidades do Estado. 
b) O Estado com instância maior de exercício do poder público na condução
de políticas educacionais.  
c) O direito de todos os cidadãos à educação, mesmo que a qualidade seja
baixa. 
d) Espaço privilegiado no qual se concretizem as propostas educativas. 
e) A devida condução das políticas educacionais, tendo como premissa
maior a qualidade. 

92. Para isso, é importante que a escola reconheça os outros territórios do


exercício da vida, do conhecer e do fazer. Assim, a Educação Integral, em
questão, não se restringe à possibilidade de ampliação do tempo que a
criança ou o jovem passa na escola, mas à possibilidade de integração com
outras ações educativas, culturais e lúdicas presentes no território e
vinculadas ao processo formativo. É correto as possibilidades de integração
com outras ações educativas, podem ser, exceto: 
a) Circulação pela cidade. 
b) Ampliação contínua do repertório sociocultural. 
c) Expressão autônoma. 
d) Direito de crítica à sociedade.
e) Articulação de políticas públicas. 

93. A Educação Integral tem sido um ideal presente na legislação


educacional brasileira e nas formulações de nossos mais lúcidos
educadores. Iniciativas diversas, em diferentes momentos da vida pública
do país, levaram esse ideal para perto das escolas implantando propostas e
modelos de grande riqueza, mas ainda pontuais e esporádicos. O Ministério
da Educação, por meio das Secretarias de Educação Continuada,
Alfabetização e Diversidade (SECAD) e da Educação Básica (SEB), em
parceria com o FNDE, retomou esse ideal para, a partir do aprendizado com
experiências bem sucedidas, levá-lo como prática às redes de ensino dos
estados e municípios do país. Assim, a educação integral exige mais do que
compromissos, ou seja, impões condições que podem ser, exceto: 
a) Projeto pedagógico. 
b) Formação de seus agentes. 
c) Infra-estrutura. 
d) Meios para implantação da educação integral. 
e) Todas as alternativas estão corretas. 

94. Parte constitutiva do PDE, o programa Mais Educação, instituído


através da Portaria Interministerial n° 17 de 24 de abril de 2007, firmada
entre os Ministérios da Educação, do Desenvolvimento Social, dos
Esportes, da Ciência e Tecnologia, da Cultura e do Meio Ambiente, tem
como objetivo: 
a) A implementação da educação integral, tendo como base os projetos
educacionais específicos das escolas privadas. 
b) Criação da educação integral, parte de propostas pedagógicas para o
estabelecimento de um diálogo entre a escola e o mundo. 
c) A implementação de educação integral a partir da reunião dos projetos
sociais desenvolvidos pelos ministérios envolvidos – inicialmente para
estudantes do ensino fundamental nas escolas com baixo Ideb. 
d) Objetiva transformar a escola num espaço sócio-cultural específico de
alguns setores sociais.
e) As alternativas a, b e d estão corretas. 

95. Sobre a proposta metodológica do Programa Mais Educação, é correto


afirmar, exceto: 
a) Propõe um trabalho capaz de fazer dos programas de governo que
integram esta ação a um instrumento sensível de produção de
conhecimento e cultura. 
b) Considera as diversidades dos saberes que compõe a realidade social
brasileira. 
c) Possuí uma estrutura naturalmente aberta, mutável, capaz de assumir
vários contornos. 
d) Pretende apresentar um modelo a ser seguido. 
e) Quer compor diversos modelos porque nasce da riqueza de saberes
existentes no Brasil. 

96. A Mandala de Saberes que o programa Mais Educação apresenta,


como uma estratégia possível para o diálogo de saberes, na perspectiva da
educação integral, nasceu no Rio de Janeiro, em meio ao estado de sítio
que cerca as favelas cariocas, em uma experiência de educação integral
realizada por meio de ações dos Ministérios da Educação e da Cultura.
Assim, a Mandala representa para o programa Mais Educação: 
a) O símbolo da totalidade. 
b) Integração entre o homem, a cultura, a economia, a sociedade. 
c) Retrata as experiências das pessoas, relacionadas às escolas. 
d) Retrata o exterior. 
e) Funciona como ferramenta de auxílio à construção de estratégias
pedagógicas para educação integral capaz de promover condições de troca
entre saberes diferenciados. 

97. Antes de iniciar a construção da Mandala seria importante que nos


detivéssemos na compreensão da natureza dos saberes envolvidos. Trata-
se de esforço necessário para que possamos garantir que as trocas entre
saberes nos levem a uma prática pedagógica aberta ao contínuo processo
de transformação, que não se caracterize como espaço de dominação e
aprisionamento cultural/intelectual. Sobre os saberes, é incorreto afirmar: 
a) Entre escolas e comunidades circulam, pelo menos, dois grandes grupos
de saberes. 
b) Existem saberes avalizados pela sociedade através da produção
acadêmica, de teses, publicação de livros etc. 
c) São conhecimentos que se estruturam através do desenvolvimento de
idéias, que são sucessivamente reprocessados. 
d) Os saberes populares são cumulativos e lineares. 
e) Existem os saberes que têm a experiência como grande fonte. 

98. As pessoas vivem em algum lugar e tendem a viver naturalmente juntas.


Isso nos faz pensar em espaços mais ou menos delimitados de
complexidade social. Mesmo a menor cidade divide seus habitantes e suas
casas em grupos. Podemos chamar de comunidade os territórios ou bairros,
um conjunto de bairros, algumas ruas, mas. sempre são locais onde as
pessoas conseguem alguma familiaridade social, geográfica e histórica,
onde vivem processos sociais, econômicos e políticos relativamente
comuns. Cada lugar é, à sua maneira, o mundo... todos os lugares são
virtualmente mundiais. Mas, também, cada lugar, irrecusavelmente imerso
numa comunhão com o mundo, torna-se exponencialmente diferente dos
demais.” Os saberes comunitários representam o universo cultural local, isto
é, tudo aquilo que nossos alunos trazem para a escola, independentemente
de suas condições sociais. Esses saberes são os veículos para a
aprendizagem conceitual: queremos é que os  alunos aprendam através
das relações que possam ser construídas entre os saberes. Os alunos
devem, portanto, ser estimulados a usar seus saberes e idéias a fim de
formularem o saber escolar. Assim, são exemplos das áreas distintas de
saberes, exceto: 
a) Habitação. 
b) Corpo/vestuário. 
c) Brincadeiras. 
d) Narrativas locais. 
e) Somente as alternativas b e c estão corretas. 

99. São considerados saberes escolares, exceto: 


a) Curiosidade. 
b) Assistematização. 
c) O questionamento. 
d) O desafio. 
e) A revisão. 

100. Os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio, ajudou a


pensar na relação entre conteúdo e contexto, levando-nos a uma visão
interdisciplinar de nosso trabalho. Ele apresenta as disciplinas (Língua
Portuguesa, Estrangeira, Matemática, Geografia, História, Ciências, Artes e
Educação Física) estabelecendo a divisão do conhecimento escolar por
áreas que, quando reunidas, compartilham o mesmo objeto de estudo. A
abordagem aqui apresentada foi adaptada aos desafios do ensino
fundamental e assumiu a seguinte configuração, exceto: 
a) Desvios da sexualidade. 
b) Linguagens e códigos. 
c) Ciências da natureza. 
d) Sociedade. e) Cidadania. 
 
101. Na estratégia do Mais Educação os programas de governo são
mediadores de saberes, ou seja, apresentam as estratégias diferenciadas
para a caracterização da educação integral. Os diversos programas
possuem vocações e habilidades específicas; cada um deles é facilitador de
determinados aspectos da vida comunitária ou escolar. Fazem parte dos
programas do governo relacionados a educação integral, exceto:
 
a) Ministério dos Esportes.
 
b) Ministério da Educação – Com vidas.
 
c) Ministério da Ciência e Tecnologia.
 
d) Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.
 
e) Ministério do Desenvolvimento Integrado e Sustentável.

 
102. O Programa Segundo Tempo promove o acesso a atividades
esportivas e complementares no contra turno escolar, em espaços físicos
públicos ou privados, tendo como enfoque principal o esporte educacional.
Este programa tem como público alvo:
 
a) Adultos.
 
b) Idosos analfabetos.
 
c) Mulheres gestantes.  
 
d) Jovens em situação de risco.
 
e) Profissionais liberais.

 
103. O Programa Esporte Lazer e Cidadania é um Programa de incentivo às
atividades esportivas e de lazer. Tem como objetivo promover o acesso ao
esporte e ao lazer como direito social, tratando-os como Política Pública de
Estado a fim da garantir a universalização do acesso por meio de ações
continuadas, tendo como foco as escolas da rede pública que integrem o
Mais Educação. Este programa faz interface pedagógica com, exceto:
 
a) As escolas deverão viabilizar espaços esportivos próprios ou de
terceiros.
 
b) O Núcleo de Esporte Recreativo e de Lazer.
 
c) O Núcleo Científico e Tecnológico do Esporte e Lazer.
 
d) A Gestão Intersetorial no Território.
 
e) As famílias.

104. Qual é o principal objetivo do Programa Cultura Viva, pertencente ao


Ministério da Cultura:

a) Organizar e articular os pontos de cultura.


 
b) Favorecer o uso software livre para produção audiovisual.
 
c) Prover recursos para manifestações artísticas populares, prioritariamente
para a fruição, produção e difusão da diversidade cultural brasileira.
 
d) Promover a qualificação profissional. e) Promover a valorização dos
mestres da cultura popular.
 
105. O Centro de Referência Especializado de Assistência Social, integrado
ao Sistema Único de Assistência Social, constitui uma unidade pública
estatal, pólo de referência, coordenador e articulador da proteção social
especial de média complexidade. É responsável pela oferta de orientação e
apoio especializados e continuados a indivíduos e famílias com direitos
violados, direcionando o foco das ações para a família, na perspectiva de
potencializar e fortalecer a função protetiva. As interfaces pedagógicas
desse Centro são, exceto:
 
a) Acompanhamento dos processos de aprendizagem de crianças/jovens e
famílias em condições de vulnerabilidade social.
 
b) Inserção da escola na rede de proteção e no sistema de garantia de
direitos.
 
c) Promoção do envolvimento dos assistentes sociais e psicólogos nos
trabalhos das escolas.
 
d) Foco de atuação nas escolas, com a perspectiva de ampliar a
capacidade de proteção às suas crianças e adolescentes.
 
e) Acompanhamento de adolescentes em cumprimento de medida sócio-
educativa de liberdade assistida e de prestação de serviços à comunidade
através de ações capazes de integrá-los à comunidade (museus,
bibliotecas, clubes etc.) e à escola, ou seja, à vida social com outros jovens.

 
106. O Programa de Atenção Integral à Família (PAIF) combina ações e
serviços sócio-assistenciais de prestação continuada. Destina-se a
assegurar proteção social básica às famílias, por meio de mecanismos que
previnem o rompimento dos vínculos familiares e a violência no âmbito de
suas relações, garantindo o direito à convivência familiar e comunitária. O
PAIF é de atribuição exclusiva do poder público. Assim, a execução e a
gestão do PAIF são atribuições do Estado, cabendo aos municípios esta
responsabilidade. O PAIF é desenvolvido necessariamente no Centro de
Referência da Assistência Social – CRAS. O CRAS é uma unidade pública
estatal localizada em áreas com maiores índices de vulnerabilidade e risco
social, destinada ao atendimento sócio-assistencial de famílias. É
desonesto afirmar sobre o respectivo Programa:
 
a) As ações e serviços do PAIF potencializam a família como unidade de
referência dos indivíduos.
 
b) As ações e serviços do PAIF fortalecem os vínculos internos e externos
de solidariedade, por meio do desenvolvimento do convívio, socialização.
 
c) As ações e serviços do PAIF se efetivam nos territórios de abrangência
dos CRAS.
 
d) As ações e serviços do PAIF promovem vendas sociais e materiais às
famílias, com o objetivo de fortalecer o protagonismo e a autonomia das
famílias e comunidades.
 
e) Por meio da busca pró-ativa, o PAIF contribui para a vigilância social nos
territórios, possibilita às famílias o acesso à proteção social, ao mesmo
tempo em que permite aos gestores da política de assistência social a
efetividade de sua atuação, ressignificando os territórios vulneráveis, ao
identificar as situações de vulnerabilidade prioritárias e as potencialidades.
 
107. O PETI é um programa que visa contribuir para a erradicação do
trabalho infantil e tem a oferta de um Serviço Sócio-assistencial da Política
de Assistência Social, que integra as diversas ações intersetoriais do
Governo na defesa dos direitos fundamentais da criança e do adolescente,
garantindo o mínimo necessário para a sobrevivência da família e gerando
oportunidade para o desenvolvimento integral de seus filhos retirados do
trabalho. Articula o serviço sócio-educativo com as crianças e adolescentes
e suas famílias, e transferência de renda às famílias que tenham renda per
capita de até ½ salário mínimo. As características a seguir fazem parte do
PETI, exceto:
 
a) Para fazer parte do Programa, a criança (ou adolescente) não deverá
necessariamente deixar o trabalho e ter freqüência mínima de 85% nas
atividades de ensino regular e no Serviço Sócio-educativo do PETI.
 
b) Redução da evasão escolar, da reprovação e da distorção idade/série.
 
c) Enfrentamento da distância social e as escolas.
 
d) Fortalecimento dos vínculos do jovem com a família e a comunidade
através de ações concretas de apoio às famílias: debates, soluções de
pequenos conflitos, encaminhamento aos órgãos competentes.
 
e) Diminuição dos riscos de violência contra a criança, do uso de drogas, da
exploração sexual e da gravidez indesejada, através de campanhas de
esclarecimento, acompanhamento das condições sociais e provimento
deacesso à rede de serviços.

 
108. O Programa Casa Brasil Inclusão Digital que concretiza a oferta dos
meios, instrumentos e facilidades para que todos possam utilizar-se das
tecnologias disponíveis, tem como objetivo Proporcionar à população
menos favorecida a inclusão digital, através do acesso à tecnologia da
informação, com foco na qualificação profissional e acadêmica. Podemos
corroborar, fora:
 
a) O aparelhamento de escolas, bibliotecas e outras instalações públicas
com equipamentos necessários ao aprendizado da informática.
 
b) O público alvo deste Programa é comunidades com IDH mediano para
alto.
 
c) Desenvolvimento do acesso à tecnologia digital contextualizada.  
 
d) Implementação de bibliotecas digitais para pesquisa e ampliação do
acesso a fontes de referências.
 
e) Promoção da comunicação entre os membros da comunidade e entre
comunidades.

 
109. O programa Centros e Museus de Ciência do Brasil visa compartilhar
experiências, consolidar idéias e possibilitar intercâmbio entre os Centros e
Museus de Ciência de todo o Brasil. O público alvejado desse Programa é,
exceto:
 
a) Espaços universitários.
 
b) Museus de ciências.
 
c) Museus de arte em geral.
 
d) Centros de pesquisa.
 
e) Zoológicos.
 
110. O Programa Com vidas – Comissão de Meio Ambiente e Qualidade de
Vida, promove a educação integral nas escolas e nas comunidades através
de ações integradas à temática sócio-ambiental, especialmente à Agenda
21. Pode-se afirmar sobre o Programa, exceto:
 
a) Irá atender aos professores, funcionários públicos, alunos e a
comunidade.
 
b) Capacita educadores para o tema.
 
c) Estrutura centros de referência e pesquisa na área.
 
d) Promove a formação e atualização em direitos humanos para
professores.
 
e) Produz material atual sobre o tema para professores e estudantes.
 
111. O Programa Escola Aberta desenvolve atividades culturais e
esportivas nas escolas e em outros espaços comunitários nos finais de
semana. Este Programa tem parceria com: a) Unicef. b) Prefeituras. c)
Governos Estaduais. d) Unesco. e) Empresas municipais.
 
112. O Programa Juventude e Meio Ambiente tem como proposta incentivar
e aprofundar o debate sócio-ambiental com foco em políticas públicas,
deflagrando processos de formação de jovens e o fortalecimento dos
Coletivos Jovens de Meio Ambiente existentes em todo o país. Pode-se
afirmar a cerca desse programa, fora:
 
a) O público alvo desse programa são crianças que vivem em zonas de
risco.
 
b) Contribui para fortalecer ações juvenis, incentivar o debate da juventude
diante das questões relativas ao meio ambiente.
 
c) Pretende Deflagrar processos de ampliação e formação de lideranças
ambientalistas.
 
d) Pretende atender aos estudantes (jovens).
 
e) Dá apoio à formação juvenil (presencial e a distância) e apoio a
articulações em rede.

 
113. O Programa Pro Info busca implementar políticas de difusão de
tecnologia e comunicação nas escolas. Pode-se inferir sobre o Programa,
exceto:
 
a) Promove o uso pedagógico de Tecnologias da Informática e
Comunicação nas escolas.
 
b) Pretende implantar ambientes tecnológicos equipados com
computadores nas escolas.  
 
c) Pretende adquirir recursos digitais para as escolas públicas da educação
básica, do ensino fundamental e médio.
 
d) Capacitação dos professores, gestores e outros agentes educacionais
para a utilização pedagógica das tecnologias nas escolas e inclusão digital.
 
e) Propõe oferta de conteúdos educacionais multimídia e digitais, soluções
e sistemas de informação disponibilizados pela SEED-MEC.

 
114. O Ministério do Meio Ambiente tem como um de seus programas o
Municípios Educadores Sustentáveis, o qual visa transformar espaços
coletivos em “espaços educadores” através de ações integradas voltadas
para a mobilização social e a educação. Podemos afirmar sobre o
respectivo programa:

 
a) Tem como objetivo transformar espaços públicos em espaços
“educadores”, onde todos são co-responsáveis pela sustentabilidade.
 
b) Pretende atuar como Centros de Informação Ambiental.
 
c) Pretende implantar as salas verdes desenvolvem atividades articuladas à
cultura, educação e pesquisa.
 
d) O Programa busca estimular, orientar e apoiar a implementação de
viveiros florestais.
 
e) Destina-se a educadoras e educadores ambientais.

 
115. Para a implementação do programa Mais Educação, será necessário
que cada escola eleja um professor comunitário para desenhar a proposta
do projeto. O professor comunitário deve procurar criar um ambiente
agradável de confiança e respeito mútuo entre professores da escola e
membros da comunidade. Portanto, pertencem as sugestões de processos
facilitadores, exceto:
 
a) Criação de espaços de encontro (nas escolas ou outros espaços
comunitários) para que diferentes possam expressar-se e estabelecer
trocas.
 
b) Intercâmbio entre crianças e jovens, entre culturas e gerações.
 
c) Incentivo à promoção de organizações juvenis.
 
d) Incentivo a métodos de comunicação oral (debates, contação de
histórias) e escrita (leitura).
 
e) Incentivo a prevenção e rompimento o ciclo da violência.

 
116. De acordo com a Lei nº 10.639, o conteúdo programático sobre a
História e Cultura Afrobrasileira, que será veiculado nos estabelecimentos
de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares, consiste, exceto:
 
a) O estudo da História da África e dos Africanos.
 
b) a luta dos negros no Brasil, nos EUA e na Europa.
 
c) a cultura negra brasileira.
 
d) O negro na formação da sociedade nacional. e) Resgate da contribuição
do povo negro nas áreas social, econômica e política pertinente à História
do Brasil.

 
117. A Conferência Nacional da Educação (Conae), realizada no período de
28 de março a 1º de abril de 2010, em Brasília-DF, constituiu-se num
acontecimento ímpar na história das políticas públicas do setor educacional
no Brasil e contou com intensa participação da sociedade civil, de agentes
públicos, entidades de classe, estudantes, profissionais da educação e
pais/mães (ou responsáveis) de estudantes. Ao todo foram credenciados/as
3.889 participantes, sendo 2.416 delegados/as e 1.473, entre
observadores/as, palestrantes, imprensa, equipe de coordenação, apoio e
cultura. Podemos afirmar sobre Conae, exceto:
 
a) As conferências municipais, intermunicipais, distrital e estaduais que a
precederam, reuniram também diferentes segmentos, setores e
profissionais interessados na melhoria da qualidade da educação brasileira,
a partir do tema central: Construindo o Sistema Nacional Articulado de
Educação: o Plano Nacional de Educação, Diretrizes e Estratégias de Ação.
 
b) O processo de consolidação e de sistematização de todas as
deliberações e encaminhamentos decorrentes das conferências que
precederam à etapa nacional resultou na elaboração do Documento-Base
para a realização daConae, estruturado em dois volumes: Volume I, com
emendas aprovadas em cinco ou mais estados e VolumeII, emendas
passíveis de destaque (ou aprovadas em menos de cinco estados).
 
c) O presente documento é, pois, resultado das deliberações, majoritárias
ou consensuadas, nas plenárias de eixoe que foram aprovadas na plenária
final. Espera-se uma ampla divulgação, para que este documento venha a
se tornar o novo Plano Nacional da Educação.
 
d) O processo de mobilização que foi desencadeado nos municípios,
Distrito Federal, estados e as iniciativas crescentes e democráticas por
maior participação envolveu as conferências municipais, distrital e
estaduais, assegurando mais representatividade e participação ampliada na
Conferência Nacional.
 
e) Os resultados desse processo da Conae expressam as lutas
desencadeadas no País por meio de inúmeros movimentos sociopolíticos e
educacionais, destacando-se o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova,
a realização de conferências e congressos de educação, entre outros.

 
118. A Conferência Nacional de Educação teve como objetivo maior a
mobilização social em prol da educação – demanda histórica da sociedade
civil organizada, especialmente das entidades representativas do setor
educacional. É a partir desse compromisso que os documentos produzidos
durante o processo relacionam alguns desafios que o Estado e a sociedade
brasileira precisam enfrentar. Sobre estes desafios é incorreto afirmar que:
 
a) Construir o Sistema Nacional de Educação (SNE), responsável pela
institucionalização da orientação política comum e do trabalho permanente
do Estado e da sociedade para garantir o direito à educação.
 
b) Promover de forma inconstante o debate nacional, estimulando a
mobilização em torno da qualidade e valorização da educação básica,
superior e das modalidades de educação, em geral, apresentando pautas
indicativas de referenciais e concepções que devem fazer parte da
discussão de um projeto de Estado e de sociedade que inativamente se
responsabilize pela educação nacional, que tenha como princípio os valores
da participação democrática dos diferentes segmentos sociais e, como
objetivo maior a consolidação de uma educação pautada nos direitos
humanos e na democracia.
 
c) Garantir que os acordos e consensos produzidos na Conae redundem
em políticas públicas de educação, que se consolidarão em diretrizes,
estratégias, planos, programas, projetos, ações e proposições pedagógicas
e políticas, capazes de fazer avançar a educação brasileira de qualidade
social.
 
d) Propiciar condições para que as referidas políticas educacionais,
concebidas e efetivadas de forma articulada entre os sistemas de ensino.
 
e) Indicar, para o conjunto das políticas educacionais implantadas de forma
articulada entre os sistemas de ensino, que seus fundamentos estão
alicerçados na garantia da universalização e da qualidade social da
educação em todos os seus níveis e modalidades, bem como da
democratização de sua gestão.
 
119. Historicamente, o termo Sistema Nacional de Educação é utilizado,
quase sempre, de maneiras equivocadas, as quais podem ser, exceto:
 
a) Conjunto de “coisas”.
 
b) Conjunto de escolas, níveis ou etapas de ensino, programas pontuais e
específicos, nível de administração pública etc.
 
c) Uma forma de agrupar diferenças.
 
d) Uma forma de agrupar semelhanças, cuja lógica funcionalista lhe dá
sentido.
 
e) As alternativas b e d estão certas.
 
120. A construção do Sistema Nacional de Educação, por meio da
articulação entre os sistemas de ensino, deve considerar as bases da
educação nacional como fundamento para a concessão da educação no
setor privado. Assim, pode-se compreender que o Sistema Nacional de
Educação, em consonância com as competências específicas dos demais
sistemas, envolve ações de articulação, normatização e coordenação,
avaliação, tanto da rede pública quanto da rede privada de ensino. O
Sistema Nacional de Educação deve prover, exceto:
 
a) A necessária ampliação da educação obrigatória como direito do
indivíduo e dever do Estado, Governo Federal e das Comunidades.
 
b) A definição e a garantia de padrões mínimos de qualidade, incluindo a
igualdade de condições para acesso e permanência na escola.
 
c) A definição e efetivação de diretrizes nacionais para os níveis, etapas,
ciclos e modalidades de educação ou ensino.
 
d) Ambiente adequado à realização de atividades de ensino, pesquisa,
extensão, lazer e recreação, práticas desportivas e culturais, reuniões com
a comunidade. e) Equipamentos em quantidade, qualidade e condições de
uso adequadas às atividades educativas.

121. Foi objetivo da Conae bem como das conferências que a precederam
discutir e indicar diretrizes e estratégias de ação para a configuração de um
novo PNE. Ela constituiu um espaço privilegiado de decisões coletivas e é
protagonista da estratégia de participação da sociedade brasileira no
movimento de construção do novo Plano. A participação dos movimentos
sociais e da sociedade civil bem como da sociedade política propiciou as
condições necessárias para que o novo PNE se consolide como política de
Estado. Assim, considerando, exceto:
 
a) A temática da Conferência Nacional de Educação «Construindo o
Sistema Nacional Articulado de Educação - O Plano Nacional de Educação,
Diretrizes e Estratégias de Ação», bem como seus eixos temáticos.  
 
b) Os debates na Conae sobre a construção do novo PNE.
 
c) O princípio significativo do remoto PNE em relação à sua organicidade e
à articulação entre sua concepção e seu objeto final, excluindo potencial de
materialização na gestão e no financiamento da educação nacional.
 
d) A utilização secundária do PNE como referência para o planejamento das
ações, programas e políticas governamentais.
 
e) A necessidade de consolidação do regime de colaboração entre os
sistemas de ensino.
 
122. Na construção das diretrizes e estratégias de ação do novo PNE, a
Conae recomendou como balizamentos as seguintes concepções:

I. o PNE deve ser expressão de uma política de Estado que garanta a


continuidade da execução e da avaliação de suas metas frente às
alternâncias governamentais e relações federativas;
 
II. o Plano deve ser entendido como a única forma de materialização do
regime de colaboração entre sistemas e de cooperação federativa;
 
III. a vigência do novo PNE deve ser decenal (2011 a 2020), bem como a
dos demais planos dele consequentes;
 
IV. as conferências municipais, intermunicipais, estaduais, distrital e as
nacionais de educação sejam consideradas como espaços de participação
da sociedade na construção de novos marcos para as políticas
educacionais e, neste sentido, sejam compreendidas como loci constitutivos
e constituintes do processo de discussão, elaboração e aprovação do PNE;
 
V. o novo PNE deve avançar na correção de deficiências e lacunas do atual
Plano, como também contribuir para o aprimoramento e avanço das
políticas educacionais em curso no País.
 
Em relação as corroborações acima, é correto afirmar que:
 
a) I e II estão corretas.
 
b) III e IV estão incorretas.
 
c) II está incorreta.
 
d) IV está incorreta.
 
e) I, II e III estão corretas.
 
123. Tendo em vista a necessidade de efetivação e/ou consolidação de
políticas educacionais direcionadas à garantia de padrões de qualidade
social e de gestão democrática, destacamse as seguintes diretrizes a serem
consideradas, com vistas a um novo PNE como política de Estado, exceto:
 
a) Construção do Sistema Nacional de Educação que garanta uma política
nacional comum, cabendo ao Estado e Governo Federal coordenar essa
política, articulando os diferentes níveis e sistemas de ensino e exercendo
função normativa redistributiva e supletiva em relação às demais instâncias
educacionais, sem prejuízo das competências próprias de cada ente
federado.
 
b) O Sistema Nacional de Educação deverá contar com a efetiva
participação da sociedade civil e da sociedade política na garantia do direito
à educação.
 
c) Instituição, pela União, de um Sistema Nacional de Acompanhamento e
Avaliação do PNE e estabelecimento, em até um ano, dos mecanismos
necessários a sua implementação;  sua competência é definir as diretrizes e
diretrizes e orientações para que o Inep institua uma sistemática de coleta
de informações e indicadores educacionais.
 
d) O Sistema Nacional de Educação deverá prever a participação de
movimentos sociais e demais segmentos da sociedade civil e da sociedade
política por meio de instâncias colegiadas, como o Fórum Nacional de
Educação e o Conselho Nacional de Educação. e) Instituição de planos
decenais consequentes pelos estados, municípios e Distrito Federal, com
base no PNE, bem como criação de estrutura articulada de
acompanhamento e de avaliação desses planos.
 
124. Para garantir a construção de princípios e base para a efetivação de
políticas de Estado direcionadas à educação básica e superior de
qualidade, entende-se que, exceto:
 
a) As dimensões, intra e extra escolares, devem ser consideradas de
maneira articulada, na efetivação de uma política educacional direcionada à
garantia de educação básica e superior de qualidade para todos/as.
 
b) A construção de uma educação de qualidade deve considerar a
dimensão socioeconômica e cultural, uma vez que o ato educativo se dá em
um contexto de posições e disposições no espaço social (de conformidade
com o acúmulo de capital econômico, social e cultural dos diferentes
sujeitos sociais), de heterogeneidade e pluralidade sociocultural, que
repercutem e também se fazem presentes nas instituições educativas.
 
c) O reconhecimento de que a qualidade da educação básica e superior
para todos/as, entendida como qualidade social, implica garantir a
promoção e a atualização históricocultural em termos de formação sólida,
crítica, criativa, ética e solidária, em sintonia com as políticas públicas de
inclusão, de resgate social e do mundo do trabalho, tendo em vista,
principalmente, a formação sociocultural do Brasil.
 
d) As relações entre número de estudantes por turma, estudantes por
docente e estudantes por funcionário/a técnico/a-administrativo/a são
considerados aspectos irrelevantes as condições da oferta de educação de
qualidade, uma vez as médias dessa relação não são relevantes para
avaliar a qualidade da formação oferecida.
 
e) O financiamento público é fundamental para estabelecer condições
objetivas de oferta de educação de qualidade e para implementar educação
básica e superior pública de qualidade que respeite a diversidade,
envolvendo estudos específicos sobre os diferentes níveis, etapas e
modalidades educativas.
 
125. Uma política nacional de formação e valorização dos/ das profissionais
do magistério, pautada pela concepção de educação como processo
construtivo e permanente, implica, exceto:
 
a) Reconhecimento da especificidade do trabalho docente, que conduz à
articulação entre teoria e prática (ação/reflexão/ação) e à exigência de que
se leve em conta a realidade da sala de aula e da profissão e a condição
dos/das professores/as.
 
b) Integração e interdisciplinaridade curriculares, dando significado e
relevância aos conteúdos básicos, articulados com a realidade social e
cultural, voltados tanto às exigências da educação básica e superior quanto
à formação do/da cidadão/ã.
 
c) Favorecimento da construção do conhecimento pelos/as profissionais da
educação, valorizando sua vivência investigativa e o aperfeiçoamento da
prática educativa, mediante a participação em projetos de pesquisa e
extensão, desenvolvidos nas IES e em grupos de estudos na educação
básica. Deve-se garantir o tempo de estudo dentro da carga horária do/da
profissional, viabilizando programas de fomento à pesquisa, voltados à
educação básica, inclusive, assegurando aos/às profissionais com dupla
jornada um tempo específicos para estudos, reflexões e planejamentos.
 
d) Garantia do desenvolvimento de competências e habilidades para o uso
das tecnologias de informação e comunicação (TIC) na formação inicial e
continuada dos/das profissionais da educação, na perspectiva de
transformação da prática pedagógica e da ampliação do capital cultural
dos/das professores/as e estudantes.
 
e) Inadimplir os processos que consolidem a identidade dos/ das
professores/ as.
 
126. O quadro da política de formação de professores/ as que instigam a
construção de medidas fortes e eficientes no processo de formação
docente, algumas propostas e demandas estruturais altamente pertinentes
se apresentam, a fim de garantir as condições necessárias para o
delineamento desse sistema público, exceto:
 
a) Ampliar o papel da União na formação de docentes para a educação
básica e superior em suas etapas e modalidades.
 
b) Instituir um Fórum Nacional de formação dos/das profissionais do
magistério, por meio do qual a gestão democrática do sistema se viabilize.
 
c) Estabelecer regime de colaboração somente entre a União e o DF, no
sentido de articular as ações previstas e definir responsabilidades.
 
d) Criar mecanismos de fortalecimento do papel das instituições de ensino,
especialmente as universidades públicas, nos processos de formação inicial
e continuada de professores, reconstruindo a organização e a estrutura dos
cursos de licenciatura, garantindo a superação do ensino compartimentado
e contemplando a formação humanística.
 
e) Garantir plano de carreira e jornada ampliada, que contribuam para
elevar a formação de professores, de nível médio,das redes pública e
privada, para a formação em nível superior em instituições públicas de
ensino superior , bem como para implementar o ano sabático - tempo
necessário para o professor dedicar-se ao seu aperfeiçoamento
profissional. O afastamento, a cada sete anos, será considerado licença-
remunerada e autorizado, apenas, mediante um plano de estudo.
 
127. Na gestão do subsistema de formação, o Sistema Nacional de
Educação e demais sistemas de ensino (municipal, estadual, distrital e
federal), em sua corresponsabilidade, devem promover, facilitar e assegurar
acesso aos meios de formação inicial e continuada, por meio de medidas,
fora:
 
a) Reduzir a carga horária, sem perda salarial, para o/a professor/a que
participa da formação medial e descontínua.
 
b) Criar dispositivo legal que garanta a aplicação da dedicação exclusiva
dos/ das docentes em uma única instituição de ensino.
 
c) Garantir oferta de cursos, vagas, acesso e condições de frequência nas
instituições públicas de formação inicial, bem como a continuação de
escolaridade, como especializações, mestrados e doutorados.
 
d) Estabelecer diálogo com os/as profissionais da educação, estudantes,
mães, pais, responsáveis, comunidade e movimentos sociais, para a
construção e execução dos  programas de formação (inicial e continuada),
considerando os diversos interesses e fazeres bem como a
interdependência entre essas relações e entre os saberes.
 
e) Promover o acesso dos/das educadores/as a diversos meios e
equipamentos capazes de possibilitar, mais facilmente, a busca de
informações, conteúdos e vivências para a ampliação de conhecimento
pessoal (visitas, excursões, encontros, bibliotecas, computadores, internet).
 
128. Quanto às instituições de ensino dos sistemas municipais, estaduais e
distrital, sua corresponsabilidade está em promover, facilitar e assegurar o
acesso aos meios de formação inicial e continuada, por meio de medidas,
exceto:
 
a) Orientar e incentivar a prática educativa para a produção de
conhecimentos dentro da própria instituição.
 
b) Criar grupos envolvendo os/as profissionais da educação para estudos e
desenvolvimento de mecanismos, visando à melhoria do ensino.
 
c) Garantir o estudo desenraizado da política de educação ambiental,
estudo de libras, história da África e culturas afro-brasileiras (Lei n. 10.639,
alterada para n.11.645/08), cultura indígena, diversidade étnico-racial,
religiosa, orientação sexual e direitos humanos.
 
d) Implementar políticas para que as instituições da educação básica sejam
campo de estágio obrigatório para a formação inicial dos/das
licenciandos/as.
 
e) Efetivar processos de formação inicial e continuada dos/das docentes em
consonância com as atuais demandas educacionais e sociais e com as
mudanças no campo do conhecimento.
 
129. Destacam-se alguns encaminhamentos fundamentais para a
efetivação da formação e profissionalização dos/das demais profissionais
da educação:
 
I. Ampliar a oferta de cursos de pós-graduação lato sensu e stricto sensu
voltados à formação de especialistas– gestores/as e administradores/as da
educação, orientadores/as educacionais, Supervisores/as/coordenadores/
as pedagógicos/as, dentre outros – como espaço mais adequado a essa
formação.
 
II. Ampliar o curso técnico de nível médio de formação para os/as
funcionários/as da educação básica, nas redes estadual e municipal, bem
como garantir a criação de cursos de graduação que proporcionem a
continuidade da profissionalização em nível superior.
 
III. Ofertar cursos técnicos, por meio de acordos institucionais, na
modalidade presencial e EAD, para o pessoal de apoio das instituições de
ensino, garantindo a atualização e consolidação de sua identidade, visando
à melhoria do desempenho.
 
IV. Fortalecer a política de formação continuada para estudantes de
graduação que atuam nos órgãos separados das instituições e sistemas de
ensino, garantindo dependência financeira e administrativa para os
conselhos estaduais e municipais de educação e reafirmando-os como
órgãos de Estado.
 
É correto afirmar sobre as declarações anteriores:
 
a) Somente a IV está incorreta.
 
b) I e II estão incorretas.
 
c) I, II e III estão incorretas.
 
d) IV e II estão incorretas.  
 
e) Somente a I está certa.
 
130. Algumas medidas devem avançar na perspectiva de uma carga horária
máxima de 30h semanais de trabalho, com, no mínimo, um terço de
atividades extraclasses e piso salarial de R$ 1.800,00, atribuindo-se duas
vezes o valor do piso salarial, para professores com dedicação exclusiva.
Dessa maneira, algumas providências tornam-se urgentes, exceto:
 
a) Realização de concurso público no regime estatutário para
professores/as, especialistas e funcionários/as no ingresso na carreira e
preenchimento de cargos, com vagas reais.
 
b) Garanta a manutenção do dispositivo constitucional (art. 40, no que se
refere à isonomia salarial entre o pessoal da ativa e os/as aposentados/as).
 
c) Unificação dos planos de carreira, abrangendo funcionários/as de escola,
professores/as e especialistas em educação, assegurando remuneração
digna e condizente com as especificidades de cada profissão.
 
d) c) Pagamento de salários relativos à maior habilitação na carreira,
garantindo-se isonomia salarial relativa à mesma titulação nas demais
carreiras do serviço público.
 
e) Constituição de quadro de profissionais, especialmente de docentes,
para a substituição imediata de efetivos em licença de qualquer natureza,
regulamentando a seleção de professores/as substitutos/as, para que
tenham graduação na área do conhecimento dos/das professores/as que
forem substituir. 
 
131. Apesar dos recentes avanços conquistados pela sociedade brasileira
nos termos do ordenamento jurídico relativo às políticas educacionais, o
esforço para o cumprimento das metas do PNE ficará gravemente
prejudicado se alguns pontos críticos complementares e interdependentes
não forem garantidos, exceto:
 
a) Redefinição do modelo de financiamento da educação, considerando a
participação adequada dos diferentes níveis de governo (federal, estaduais,
distritais e municipais) relativa aos investimentos nas redes públicas de
educação.
 
b) Estabelecimento de referenciais de qualidade para alguns os níveis
educacionais específicos.
 
c) Definição do papel da educação superior pública no processo de
desenvolvimento do País, além do estabelecimento da autonomia
universitária com adequado financiamento (Artigo 55, LDB).
 
d) Aprimoramento dos mecanismos de acompanhamento e avaliação da
sociedade no que tange ao financiamento da educação, como: ampla
divulgação do orçamento público; acesso aos dados orçamentários e
transparência nas rubricas orçamentárias; e articulação entre as metas do
PNE e os demais instrumentos orçamentários da União, estados, Distrito
Federal e municípios.
 
e) Regulamentação do setor privado.
 
132. Prioritariamente, o regime de colaboração entre os sistemas de ensino,
tendo como um dos instrumentos o financiamento da educação, não pode
prescindir das seguintes ações, salvo:
 
a) Regulamentar o regime de colaboração entre os entes federados previsto
na Constituição Federal, estabelecendo o direito à educação gratuita e de
qualidade  social em todas as esferas administrativas, com garantia das
devidas condições para o seu funcionamento.
 
b) Construir o regime de colaboração entre os órgãos normativos dos
sistemas de ensino, fortalecendo a cultura do relacionamento entre o
Conselho Nacional de Educação, os conselhos estaduais, distrital e
municipais de educação.
 
c) Comprimir o investimento em educação pública em relação ao PIB.
 
d) Ampliar o atendimento dos programas de renda mínima associados à
educação, a fim de garantir o acesso e a permanência na escola a toda
população.
 
e) Garantir a autonomia (pedagógica, administrativa e financeira) das
escolas, bem como o aprimoramento dos processos de gestão, para a
melhoria de suas ações pedagógicas.
 
133. Para se fazer com que o Fundeb possa colaborar efetivamente para
elevar a qualidade da educação, a referência de investimento por
estudante/ano do fundo deve, necessariamente, passar a ser uma
verdadeira política de custo-aluno/a-qualidade, ancorada pela União e
construída em parceria com a sociedade civil, como uma das principais
referências no âmbito do financiamento da educação. O valor mínimo do
Fundeb, em cada nível, etapa e modalidade de educação, deve assim
garantir a presença, em todas as escolas públicas do País, dos padrões
mínimos de qualidade previstos no PNE e na LDB, além de outros que
precisam ser definidos no regime de colaboração. Algumas ações devem
ser asseguradas, para que o financiamento da educação básica,
especialmente Fundeb aconteçam devidamente, salvo:
 
a) Consolidar o Fundeb – garantindo recursos financeiros adequados por
estudante –, de modo que resulte em real ampliação dos recursos
vinculados à educação, incorporando, de forma adequada, impostos, taxas
e contribuições.
 
b) Alterar a lei do Fundeb no sentido de retirar o sistema de balizas que
limitam os fatores de ponderação do fundo a uma escala de 0,7 a 1,3.
 
c) Considerar as condições imaginárias e os custos de cada etapa e
modalidade de ensino, nos fatores de ponderação do valor por estudante do
Fundeb, considerando: relação estudante/turma; presença de infraestrutura
e insumos adequados; qualificação dos/das profissionais de educação;
presença de jornada em tempo condicional dos/das estudantes etc.
 
d) Fortalecer e regulamentar o papel fiscalizador dos conselhos de
acompanhamento e de avaliação do Fundeb, considerando a composição e
suas atribuições legais.
 
e) Apoiar a criação e/ou consolidação de conselhos estaduais, distrital e
municipais de educação, assegurando dotação orçamentária ao seu custeio
e à capacitação dos conselheiros/as, para garantir o acompanhamento e
controle social dos recursos vinculados à educação.
 
134. Com relação ao financiamento da educação superior, as seguintes
ações devem ser asseguradas:
 
a) Realizar estudos para estabelecer um Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento da Educação Superior Privado.  
 
b) Estabelecer parâmetros para a distribuição dos recursos entre as
instituições públicas e privadas que não considerem prioritariamente nem
essencial, as diversas atividades desenvolvidas pelas instituições.
 
c) Garantir recursos orçamentários para que as universidades públicas
possam redefinir e desfazer projetos de pesquisa, propiciando uma
autonomia relativa de pesquisa.
 
d) Alocar recursos financeiros específicos para a compressão da graduação
nas instituições públicas no período noturno e diurno, com a condição de
que o número de vagas nesse período seja 1/3 (um terço) do número total
de vagas.
 
e) Definir parâmetros que expressem a qualidade da instituição de
educação superior e estabelecer que o volume mínimo de recursos
financeiros seja alocado para que as atividades de ensino (graduação e
pós- graduação), pesquisa e extensão reflitam a qualidade estabelecida.
 
135. O financiamento tem como base e pressuposto as opções de política
fiscal e tributária. Por isso, nas reformas legais dessas áreas, deve ser
levada em conta a ampliação dos recursos à educação. De todo modo, é
preciso fiscalizar a arrecadação e garantir a correta aplicação por todos os
entes federados dos recursos devidos à área, promovendo-se a
transparência do uso nos recursos públicos. Além disso, o fim do superávit
fiscal e superávit primário devem resultar em benefício para o
desenvolvimento das políticas sociais. Torna-se necessário assim, a
realização de uma reforma tributária atual e renovada, tributando, exceto:
 
a) Capital especulativo.
 
b) Capital produtivo.
 
c) Grandes fortunas.
 
d) Capital financeiro.
 
e) Reduzir as disparidades regionais na distribuição da receita tributária.
 
136. A centralidade da Justiça social, Educação e Trabalho: Inclusão,
Diversidade e Igualdade, diz respeito à concepção de educação
democrática, que nesse sentido pode ser considerada o eixo político,
prático e pedagógico das políticas educacionais, com mecanismos que
assegurem a participação dos movimentos sociais e populares. Pretende-
se, portanto, que as questões ligadas à justiça social, ao trabalho e à
diversidade estejam presentes nas diversas instituições educativas e em
todos os níveis e modalidades de educação. No entanto, este quadro
representa um grande desafio, devido a uma sociedade que possui as
seguintes características, exceto:
 
a) Desigualdade social.
 
b) Disparidades de classes.
 
c) Diferenças de gênero.
 
d) Heterogeneidade étnico-racial.
 
e) Todas as alternativas estão corretas.
 
137. Na construção de um Sistema Nacional de Educação, é importante
que consideremos alguns eixos, exceto:
 
a) Papel do Estado na garantia do Direito de Qualidade.  
 
b) Qualidade da Educação, Gestão Democrática e Avaliação.
 
c) Financiamento da Educação.
 
d) Luta pela Reforma Tributária.
 
e) Formação e Valorização dos/ as Trabalhadores/ as da Educação.
 
138. As ações afirmativas são políticas e práticas públicas e privadas que
visam a correção de desigualdades e injustiças históricas, de caráter
emergencial, transitório, e passível de avaliação sistemática, face a
determinados grupos sociais, os quais podem ser:
 
I. Mulheres/ homens.
 
II. População LGBT.
 
III. Ciganos.
 
IV. Vendedores ambulantes.
 
Pode-se corroborar que as alternativas:
 
a) I e IV estão incorretas.
 
b) II e III estão incorretas.
 
c) I, II e III estão incorretas.
 
d) IV está incorreta.
 
e) III está incorreta.
 
139. As ações afirmativas ao serem implementadas poderão ser extintas no
futuro, desde que comprovada a superação da desigualdade original. Elas
implicam uma mudança cultural, pedagógica e política. Na educação, dizem
respeito ao direito a acesso e permanência na instituição escolar aos
grupos dela excluídos, em todos os níveis e modalidades de educação. As
ações afirmativas podem ser implementadas das seguintes maneiras, salvo:
 
a) Leis.
 
b) Programas.
 
c) Reserva de vagas.
 
d) Preferência.
 
e) Identificação.
 
140. Assim, ao pensar em políticas públicas que concorram para a justiça
social, educação e trabalho, considerando a inclusão, a diversidade e a
igualdade de forma concreta e radical, no contexto descrito, há que garantir
que tais políticas avalizam, exceto:
 
a) Garanta a educação inclusiva cidadã, da educação infantil até ensino
fundamental.
 
b) Garantam a formação inicial e continuada dos profissionais da educação
básica, voltada para a educação das relações étnico-raciais, educação
quilombola, a educação indígena, a educação ambiental, a educação do
campo, das pessoas com deficiência, de gênero e de orientação sexual,
com recursos públicos.
 
c) Avaliem, monitorem e aperfeiçoem as políticas de ações afirmativas já
instituídas, no ensino público e privadas, pelo Ministério da Educação.
 
d) Construam uma política de material didático e paradidático na
perspectiva da diversidade, mediante processo de avaliação da qualidade
das obras e em consonância com os princípios do PNLD. e) Contribuam e
garantam para a inserção de adolescentes, adultos e jovens com deficiência
no mundo do trabalho. 
 
141. As políticas públicas, quanto às relações étnico-raciais, deverão,
exceto:
 
a) Garantir o cumprimento integral dos artigos da Resolução 01/2004 do
CNE/CP e que sejam considerados os termos do Parecer CNE/CP 03/2004.
 
b) Construir um lugar efetivo, no Plano de Desenvolvimento da Educação,
para a educação das relações étnico-raciais, de acordo com a Lei nº
10.639/03 e suas modificações posteriores, bem como com a Resolução
CNE nº 01/2004, com o Parecer CNE nº 03/2004 e com o Plano Nacional
de Implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação
das Relações Étnico-Raciais e Ensino de História e Cultura Afro-Brasileiras.
 
c) Implementar, dentro da política de formação e valorização dos/das
profissionais da educação, a formação para gestores/as e profissionais de
educação, de acordo com a Lei n° 10.639/03 e suas diretrizes curriculares.
 
d) Introduzir, junto à Capes e ao CNPq, a educação das relações étnico-
raciais e a história e cultura africana, afro-brasileira e indígena, como uma
subárea do conhecimento dentro da grande área das ciências sociais e
humanas aplicadas.
 
e) Desenvolver políticas e ações, somente na educação básica e superior.
 
142. As políticas públicas, quanto à educação quilombola, deverão, exceto:
 
a) Garantir a elaboração de uma legislação específica para a educação
quilombola, com a participação do movimento negro quilombola,
assegurando o direito à preservação de suas manifestações culturais e à
sustentabilidade de seu território tradicional.
 
b) Assegurar que a alimentação e a infra-estrutura escolar quilombola
respeitem a cultura alimentar do grupo, podendo desconsiderar o cuidado
com o meio ambiente e a geografia local.
 
c) Promover a formação específica e diferenciada (inicial e continuada)
aos/às profissionais das escolas quilombolas, propiciando a elaboração de
materiais didático-pedagógicos contextualizados com a identidade étnico-
racial do grupo.
 
d) Garantir a participação de representantes quilombolas na composição
dos conselhos referentes à educação, nos três entes federados.
 
e) Instituir um programa específico de licenciatura para quilombolas, para
garantir a valorização e a preservação cultural dessas comunidades étnicas.
 
143. As políticas públicas, quanto à educação especial, deverão, exceto:
 
a) Garantir as condições políticas, pedagógicas e financeiras para uma
Política Nacional de Educação Especial Inclusiva.
 
b) Garantir a transformação dos sistemas educacionais em inclusivos e a
afirmação da escola como espaço fundamental na valorização da
diversidade e garantia de cidadania.
 
c) Incluir crianças, adolescentes, jovens e adultos com necessidades
educacionais especiais, no ensino básico e fundamental.
 
d) Garantir a participação da família e da comunidade nas instituições
educativas.
 
e) Expandir e fortalecer o atendimento educacional especializado, que deve
ser realizado no contraturno, disponibilizando acesso ao currículo e
proporcionando independência para a realização de tarefas e a construção
da autonomia. Esse serviço diferencia-se da atividade de sala de aula
comum, não sendo substitutivo à escolarização.  
 
144. As políticas públicas, quanto à educação no campo, deverão, exceto:
 
a) O princípio do respeito à diversidade cultural, nos termos da Declaração
Universal sobre a Diversidade Cultural, amplamente reproduzida no direito
brasileiro, é aplicável ao campo e à educação do campo para reconhecer as
diferenças e valorizar suas especificidades.
 
b) Assegurar uma política pública nacional de educação do campo e da
floresta como direito humano, superando as desigualdades socioespaciais,
étnico-raciais, de gênero, geracionais, de orientação sexual e de pessoas
com deficiências.
 
c) Garantir a oferta e financiamento da educação do campo no País, sem
considerar a diversidade e as desigualdades regionais.
 
d) Viabilizar as modalidades, como educação de jovens e adultos (EJA),
para o homem e a mulher do campo, nas localidades onde vivem e
trabalham, respeitando suas especificidades quanto aos horários e
calendário escolar.
 
e) Avaliar, monitorar e ampliar a oferta do ProJovem Campo e criar o
ProJovem da Floresta.
 
145. As políticas públicas, quanto à educação indígena, deverão, exceto:
 
a) Estimular a criação de mais cursos de licenciatura indígenas dentro da
própria estrutura das IES e não somente como programas específicos do
MEC, para garantir a ampliação da oferta de educação básica intercultural
nas escolas indígenas, principalmente nos anos finais do ensino
fundamental e no ensino médio.
 
b) Promover a formação inicial e habilitação de professores/as indígenas
das escolas indígenas, propiciando a elaboração e desenvolvimento de
propostas pedagógicas e materiais didático-pedagógicos coerentes com as
realidades e projetos de sustentabilidade dependente dos povos indígenas.
 
c) Garantir a participação dos povos indígenas em todos os momentos de
decisão, acompanhamento e avaliação relacionados à educação, com
representação na composição dos conselhos de educação, em nível
federal, estadual, distrital e municipal.
 
d) Proporcionar a autonomia pedagógica da escola em relação à
elaboração e desenvolvimento do projeto pedagógico e do calendário
específico de cada povo indígena.
 
e) Produzir e distribuir gratuitamente material didático e paradidático, livros,
revistas e outras publicações voltadas para a história indígena.
 
146. As políticas públicas, quanto à educação ambiental, deverão, exceto:
 
a) Criar e/ou ampliar e consolidar parcerias com universidades e órgãos de
fomento nos estados, para o financiamento de pesquisa nas diversas
temáticas relacionadas à educação do campo, tais como currículo e práticas
pedagógicas, sustentabilidade Sócioambiental, entre outras.
 
b) Introduzir a discussão sobre educação ambiental na política de
valorização e formação dos/das profissionais da educação.
 
c) Garantir, fortalecer e efetivar a implantação de políticas públicas e de
programas de educação ambiental, considerando-a como atividade
curricular obrigatória, nas instituições de educação básica, profissional e
tecnológica, e em todos os cursos de  licenciatura e de bacharelado, na
perspectiva dos projetos político-pedagógicos, mediante avaliações
contínuas e com profissionais preparados/as.
 
d) Articular as ações, projetos e programas de educação ambiental nas
esferas federal, estadual e municipal, em sintonia com as diretrizes do
Programa Nacional de Educação Ambiental (Pronea) e da Política Nacional
de Educação Ambiental (PNEA), de acordo com a Lei Nacional de
Educação Ambiental.
 
e) Assegurar a compra direta da merenda das escolas públicas com o/a
agricultor/ a familiar e as organizações familiares, produtoras de alimentos
orgânicos e agroecológicos, utilizando recursos federais, estaduais e
municipais, como uma ação de implementação da educação ambiental.
 
147. As políticas públicas, quanto ao gênero e à diversidade sexual,
deverão, fora:
 
a) Introduzir e garantir a discussão de gênero e diversidade sexual na
política de valorização e formação inicial e continuada dos/das profissionais
da educação nas esferas federal, estadual, distrital e municipal, visando ao
combate do preconceito e da discriminação de pessoas lésbicas, gays,
bissexuais, travestis, transexuais, mulheres, ao estudo de gênero,
diversidade sexual e orientação sexual, no currículo do ensino superior,
levando-se em conta o Plano Nacional de Políticas Públicas para a
Cidadania LGBT e o Programa Brasil sem homofobia.
 
b) Inserir uma concepção de sustentabilidade sócio-ambiental, articulada à
política e à orientação nacionais, que vêm sendo apontadas pelo Conselho
Nacional de Desenvolvimento Humano e suas diretrizes.
 
c) Assegurar que as instituições escolares sejam um espaço pedagógico
livre e seguro para todos/as, que garantam a inclusão, a qualidade de vida,
a liberdade de expressão e a promoção dos direitos humanos, a fim de que
se possa atuar nas diferentes entidades educacionais, promovendo a
articulação entre grupos, em redes de trabalho, com previsão em orçamento
anual, contribuindo para ampliar e democratizar o acesso à educação
superior, especialmente de mulheres negras e indígenas.
 
d) Ampliar os editais voltados para a pesquisa de gênero, incluindo neles a
discussão da diversidade e orientação sexual, e dotando-os de mais
financiamento. Estimular, no contexto das ações didático- metodológicas
das instituições escolares, o uso dos instrumentos de direito que tenham
como foco a questão de gênero e diversidade sexual.
 
e) Propor e garantir medidas que assegurem às pessoas travestis e
transexuais o direito de terem os seus nomes sociais acrescidos aos
documentos oficiais (diário de classe) das instituições de ensino.
 
148. As políticas públicas, quanto à educação de jovens e adultos, deverão,
fora:
 
a) Consolidar uma política de educação de jovens, adultos (EJA) e
idosos/as, concretizada na garantia da formação integral, da alfabetização e
das demais etapas de escolarização, ao longo da vida, inclusive para
aqueles/as em situação de privação de liberdade.
 
b) Garantir EJA em horários alternativos ao noturno, para que todos possam
retomar e seguir os seus estudos.
 
c) Consolidar a oferta do nível médio integrado ao profissional, bem como a
oferta de cursos superiores de tecnologia, bacharelado e licenciatura. 
 
d) Fomentar assistência a educandos/as com dificuldades de aprendizagem
detectadas por equipes especiais, após avaliação de rendimento em
período de escolarização, bem como a garantia de participação em
programas de formação para o trabalho.
 
e) Garantir as condições estruturais para a efetividade das ações
desenvolvidas pelo programa Brasil Alfabetizado, tais como: contratação de
professores/as, compra de material didático, adequação de espaços físicos,
disponibilidade de transporte e alimentação escolar e complementação de
recursos financeiros dos orçamentos federal, estadual, distrital e municipal.
 
149. As políticas de Educação de Jovens e Adultos (EJA), ao serem
implementadas, deverão ainda considerar as seguintes dimensões:
intersetorialidade, controle social, concepções de EJA, formação de
educadores/as, aspectos didático-pedagógicos, gestão pública e dados da
EJA. Estas deverão compreender diversas estratégias de ação. O Controle
Social em EJA está relacionado, exceto:
 
a) Assegurar que as secretarias de estado da educação atuem junto aos
conselhos estaduais de educação, para procederem à regulamentação do
conjunto das diretrizes educativas do campo, publicadas pelo Conselho
Nacional de Educação (CNE), e, onde houver conselho municipal de
educação, estimulem/apóiem os municípios para assim procederem.
 
b) Criar fórum inconstante para discussão da implementação e
consolidação das metas da educação do campo nos planos estaduais e
municipais.
 
c) Estimular a presença de representantes do movimento do campo nos
fóruns da EJA, fomentando a discussão da educação no/do campo nos
fóruns.
 
d) Considerar a demanda social por formação específica para EJA, na
definição dos editais de contratação de professores/as, para atuar nos
cursos de licenciatura. e) Estabelecer critérios para normatização e
fiscalização da oferta de EJA .
 
150. As Políticas Públicas em EJA garantem, salvo:
 
a) Garantir participação econômica e impresumível na gestão das políticas
públicas de EJA.
 
b) Garantir a qualidade da educação de jovens e adultos por meio de
políticas públicas de Estado, no que concerne a aspectos estruturais e
pedagógicos, possibilitando a permanência e continuidade de estudos,
formação inicial e continuada de educadores/ as, favorecendo o exercício
da cidadania.
 
c) Garantir políticas públicas que garantam a democratização do acesso a
bens culturais, privilegiando aqueles produzidos pela comunidade local.
 
d) Garantir políticas de acesso e permanência a estudantes de EJA no
ensino fundamental e médio, assim como acesso à universidade pública e
gratuita.
 
e) Garantir aos/às educandos/as condições de apoio à permanência na
escola com alimentação adequada no período de escolarização; transporte
público e escolar quando necessário; material específico para EJA;
professores/as habilitados/as; instalações apropriadas; projeto pedagógico
adequado, entre outros aspectos.
 
151. A Gestão Pública no EJA está relacionada aos seguintes aspectos,
exceto:
 
a) Acompanhar as condições de oferta da EJA nas unidades escolares, no
sentido de garantir sua qualidade social.
 
b) Estabelecer, em curto prazo, políticas de formação inicial e continuada
em nível de graduação e pós-graduação voltadas a profissionais que atuam
na EJA, com o concurso das universidades estaduais e federais, com hora
de formação remunerada e equipes multidisciplinares nas escolas, para
atuar com educandos/as de EJA, admitindo-se o envolvimento de
segmentos governamentais e não governamentais, por meio de parcerias.
 
c) Garantir merenda, energia elétrica/solar, construção e melhoria da infra-
estrutura dos espaços pedagógicos a educandos/as e educadores/as, de
modo a favorecer a qualidade de ensino-aprendizagem, especialmente para
populações do campo.
 
d) Implementar sistema de documentação escolar com registro de situações
de aprendizagem dos educandos/as, promovendo formas de atendimento
da educação profissional inclusiva na modalidade EJA e reconhecendo
competências profissionais como conteúdos e saberes portados por jovens
e adultos, de modo a alterar a forma de produzir currículo na escola.
 
e) Assegurar a adequação física das escolas bem como material didático-
pedagógico que atenda necessidades educacionais especiais em parceria
com setores especializados.
 
152. As Políticas Públicas quanto à Educação Prisional, asseguram, exceto:
 
a) Reconhecer a educação das pessoas privadas de liberdade como direito
humano.
 
b) Garantir mais intensamente, a articulação entre o Ministério da Justiça,
secretarias de segurança pública ou de administração penitenciária e de
educação, em relação à educação nas prisões.
 
c) Ampliar o atendimento escolar em todas as unidades penitenciárias,
reconhecendo também os/as trabalhadores/as e os/as gestores/as do
sistema como sujeitos de EJA, e efetivar a garantia do direito à educação,
além de melhores condições de reintegração social dos/as internos/as.
 
d) Assegurar a educação profissional integrada à educação básica de
jovens, adultos/as, mulheres e crianças nos presídios.
 
e) Fomentar, em parceria com MJ, levantamento de demanda de
escolarização na modalidade EJA entre internos/as penitenciários/as e
demais trabalhadores/as e gestores/as penitenciários/as, reconhecendo-
os/as como sujeitos da EJA em todas as unidades penitenciárias,
garantindo compatível oferta pública de ensino durante a privação de
liberdade e adequada formação continuada para educadores/as e
professores/as envolvidos/as nessa especificidade.
 
153. Em relação à educação religiosa, pode-se asseverar, exceto:
 
a) Inserir, no Programa Nacional do Livro Didático, de maneira explícita, a
orientação para introdução da diversidade cultural-religiosa, porém somente
as que forem de maior conhecimento populacional, serão catalogadas.
 
b) Desenvolver e ampliar programas de formação inicial e continuada sobre
diversidade cultural-religiosa, visando superar preconceitos, discriminação,
assegurando que a escola  seja um espaço pedagógico laico para todos, de
forma a garantir a compreensão da formação da identidade brasileira.
 
c) Inserir os estudos de diversidade cultural-religiosa no currículo das
licenciaturas.
 
d) Ampliar os editais voltados para pesquisa sobre a educação da
diversidade culturalreligiosa, dotando-os de financiamento.
 
e) Garantir que o ensino público se paute na laicidade, sem privilegiar rituais
típicos de dadas religiões (rezas, orações, gestos), que acabam por
dificultar a afirmação, respeito e conhecimento de que a pluralidade
religiosa é um direito assegurado na Carta Magna Brasileira.
 
154. A escola historicamente se caracterizou pela visão da educação que
delimita a escolarização como privilégio de um grupo, uma exclusão que foi
legitimada nas políticas e práticas educacionais reprodutoras da ordem
social. A partir do processo de democratização da escola, evidencia-se o
paradoxo inclusão/exclusão quando os sistemas de ensino universalizam o
acesso, mas continuam excluindo indivíduos e grupos considerados fora
dos padrões homogeneizadores da escola. Assim, sob formas distintas, a
exclusão tem apresentado características comuns nos processos de
segregação e integração, que pressupõem a seleção, naturalizando o
fracasso escolar. Sobre esse fracasso, podemos afirmar, exceto:
 
a) A partir da visão dos direitos humanos e do conceito de cidadania
fundamentado no reconhecimento das diferenças e na participação dos
sujeitos, decorre uma identificação dos mecanismos e processos de
hierarquização que operam na regulação e produção das desigualdades.
 
b) A problematização do fracasso escolar explica os processos normativos
de igualdade dos alunos em razão de suas características intelectuais,
físicas, sociais, culturais e linguísticas.
 
c) A educação especial se organizou tradicionalmente como atendimento
educacional especializado substitutivo ao ensino comum, evidenciando
diferentes compreensões, terminologias e modalidades que levaram à
criação de instituições especializadas, escolas especiais e classes
especiais. Essa organização, fundamentada no conceito de
normalidade/anormalidade, determina formas de atendimento clínico-
terapêuticos fortemente ancorados nos testes psicométricos que, por meio
de diagnósticos, definem as práticas escolares para os alunos com
deficiência.
 
d) No Brasil, o atendimento às pessoas com deficiência teve início na época
do Império, com a criação de duas instituições: o Imperial Instituto dos
Meninos Cegos, em 1854, atual Instituto Benjamin Constant – IBC, e o
Instituto dos Surdos Mudos, em 1857, hoje denominado Instituto Nacional
da Educação dos Surdos – INES, ambos no Rio de Janeiro. No início do
século XX é fundado o Instituto Pestalozzi (1926), instituição especializada
no atendimento às pessoas com deficiência mental; em 1954, é fundada a
primeira Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais – APAE; e, em
1945, é criado o primeiro atendimento educacional especializado às
pessoas com superdotação na Sociedade Pestalozzi, por Helena Antipoff.
 
e) Em 1973, o MEC cria o Centro Nacional de Educação Especial –
CENESP, responsável pela gerência da educação especial no Brasil, que,
sob a égide integracionista, impulsionou ações educacionais voltadas às
pessoas com deficiência e às pessoas com superdotação, mas ainda
configuradas por campanhas assistenciais e iniciativas isoladas do Estado.
 
155. A Lei nº 10.436/02 reconhece a Língua Brasileira de Sinais – Libras
como meio legal de comunicação. Diante dessa declaração é incorreto
assegurar:
 
a) A lei determina que devem ser garantidas formas institucionalizadas de
apoiar seu uso.
 
b) Deve ser acrescida nos cursos de Psicologia.
 
c) Deve ser incluída nos cursos de fonoaudiologia.
 
d) Deve ser acrescida nos cursos de licenciaturas. e) As letras c e d estão
corretas.
 
156: A Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência,
aprovada pela ONU em 2006 e da qual o Brasil é signatário, estabelece que
os Estados-Partes devem assegurar um sistema de educação inclusiva em
todos os níveis de ensino, em ambientes que maximizem o
desenvolvimento acadêmico e social compatível com a meta da plena
participação e inclusão, adotando medidas para garantir, exceto:
 
a) As pessoas com deficiência não sejam excluídas do sistema educacional
geral sob alegação de Deficiência.
 
b) As crianças com deficiência não sejam excluídas do ensino fundamental
gratuito.
 
c) As crianças com deficiência sejam incluídas no ensino fundamental
dispensável.
 
d) As pessoas com deficiência possam ter acesso ao ensino fundamental
inclusivo.
 
e) As pessoas com deficiência possam ter acesso ao ensino fundamental
gratuito, com qualidade, em igualdade de condições com as demais
pessoas na comunidade em que vivem.
 
157. Contrariando a concepção sistêmica da transversalidade da educação
especial nos diferentes níveis, etapas e modalidades de ensino, a educação
não se estruturou na perspectiva da inclusão e do atendimento às
necessidades educacionais especiais, limitando, o cumprimento do princípio
constitucional que prevê a igualdade de condições para o acesso e
permanência na escola e a continuidade nos níveis mais elevados de
ensino. Para reverter este quadro, quais atitudes devem ser tomadas, salvo:
 
a) Garantir o acesso à educação básica.
 
b) Garantir a oferta do atendimento especializado em escolas separadas.
 
c) Garantir acessibilidade nos prédios escolares.
 
d) Garantir a formação docente para o atendimento às necessidades
educacionais especiais dos alunos.
 
e) Reestruturar as escolas de ensino regular e de educação especial.
 
158. A educação especial é uma modalidade de ensino que perpassa todos
os níveis, etapas e modalidades, realiza o atendimento educacional
especializado, disponibiliza os recursos e serviços e orienta quanto a sua
utilização no processo de ensino e aprendizagem nas turmas comuns do
ensino regular. O atendimento educacional especializado tem como função,
afora:
 
a) Identificar, elaborar e organizar recursos pedagógicos e de acessibilidade
que eliminem as barreiras para a plena participação dos alunos,
considerando as necessidades específicas.
 
b) Desenvolver atividades no atendimento educacional especializado, que
se diferenciem daquelas realizadas em sala de aula comum.  
 
c) Fazer com os alunos sejam mais autônomos e independentes na escola
e fora dela.
 
d) Existem muitas atividades que podem ser implementadas nas escolas, e
portanto a tecnologia assistiva seria um recurso dispensável.
 
e) O atendimento educacional especializado é acompanhado por meio de
instrumentos que possibilitem monitoramento e avaliação da oferta
realizada nas escolas da rede pública e nos centros de atendimento
educacional especializado públicos ou conveniados.
 
159. A interface da educação especial na educação indígena, do campo e
quilombola deve assegurar que os recursos, serviços e atendimento
educacional especializado estejam presentes nos projetos pedagógicos
construídos com base nas diferenças socioculturais desses grupos. Assim,
na educação superior seria preciso algumas providências para efetivar a
educação especial, as quais são, fora:
 
a) Ações que facilitem o acesso dos alunos.
 
b) Ações que promovam a permanência dos alunos.
 
c) Ações que promovam a participação passiva dos alunos.
 
d) Planejamento e organização de recursos e serviços para a promoção
arquitetônica.
 
e) Planejamento e organização de recursos que garantam o
desenvolvimento de todas as atividades que envolvam o ensino, a pesquisa
e a extensão.
 
160. Cabe aos sistemas de ensino, ao organizar a educação especial na
perspectiva da educação inclusiva, disponibilizando as seguintes funções,
exceto:
 
a) Intérprete de Libras.
 
b) Tradutor.
 
c) Monitor de alunos com necessidades de apoio nas atividades de higiene.
 
d) Cuidador de alunos que necessitem de ajuda com a alimentação.
 
e) Atividades que exijam auxílio instável no cotidiano escolar.
 
161. A violência sexual contra crianças e adolescentes é uma grave
ameaça ao direito à vida. Trata-se da pior forma de violência contra
crianças e adolescentes, pois, fere a ética e transgride os tabus e as regras
sociais e familiares de convivência mútua. Este tipo de violência caracteriza-
se por ser uma relação de poder perversa50 e desestruturante e por tratar-
se de uma violação dos direitos humanos universais e dos direitos
peculiares à pessoa em desenvolvimento: direito à integridade física e
psicológica, ao respeito, à dignidade, ao processo de desenvolvimento
físico, psicológico, moral e sexual sadio e à proteção integral, tendo se
mostrado cada vez mais assustadora. Em setembro de 2006, o município
de Betim – Minas Gerais realizou o Seminário Municipal “A importância da
mobilização da sociedade no combate à exploração e ao abuso sexual”
onde os diversos atores da rede construíram o Plano Municipal de
Enfrentamento à Violência Sexual Infanto-Juvenil, que seria avaliado em
setembro de 2008. Este Plano é composto por seis eixos, como o Eixo de
Mobilização e Articulação. É incorreto afirmar sobre este eixo:
 
a) Pretende assegurar preventivas contra violência sexual, possibilitando
que as crianças e adolescentes sejam educados para o fortalecimento da
sua autodefesa.
 
b) Pretende fortalecer as articulações nacionais.
 
c) Comprometer a sociedade civil no enfrentamento dessa problemática.  
 
d) Divulgar o posicionamento do Brasil em relação ao sexo turístico e ao
tráfico para fins sexuais.
 
e) Avaliar os impactos e resultados das ações de mobilização.
 
162. Em 2009, o município de Betim – Minas Gerais construiu um novo
Plano Municipal de Enfrentamento à Violência Sexual Infanto- Juvenil,
publicado e distribuído em meados de 2010, o qual contempla as ações
necessárias para a efetivação do Protocolo no município. Foi criada
também a Comissão Operativa Local – COL – cuja função é monitorar e
avaliar a execução do POL para que este seja efetivado. São objetivos
desse protocolo, exceto:
 
a) Contribuir para a redução da violência sexual infanto-juvenil no município
de Betim.
 
b) Sensibilizar entidades, profissionais e a comunidade para a importância
da denúncia, assistência e prevenção da violência contra crianças e
adolescentes.
 
c) Capacitar os profissionais diretamente envolvidos no atendimento às
crianças e adolescentes para a percepção da violência contra este grupo
populacional e para o desenvolvimento do trabalho integrado e intersetorial.
 
d) Evitar a vitimização das crianças e adolescentes com direitos sexuais
violados.
 
e) Oferecer às vítimas e suas famílias o atendimento necessário para a
superação da violência.
 
163. Todo ato ou omissão praticado por pais, parentes ou responsáveis
contra criança e/ou adolescente que, sendo capaz de causar à vítima dor ou
dano de natureza física, sexual e/ou psicológica. Implica, de um lado, uma
transgressão do poder/dever de proteção do adulto. De outro, leva a
coisificação da infância, isto é, a uma negação do direito que crianças e
adolescentes têm de serem tratados como sujeitos e pessoas em condição
peculiar de desenvolvimento. Qual tipo de violência foi descrito acima?
 
a) Violência domiciliar.
 
b) Violência contra crianças e adolescentes.
 
c) Violência doméstica contra crianças e adolescentes.
 
d) Violência sexual contra crianças e adolescentes.
 
e) Somente a letra b está correta.
 
164. Trata-se de uma violação do direito da criança e do adolescente ao
exercício de sua sexualidade, ainda em desenvolvimento. O adulto ou o
adolescente mais velho visa a satisfação unilateral de seus desejos sexuais,
e através de um poder arbitrário, desestrutura a identidade da vítima. Pode
ocorrer de várias formas: (...) por contato físico, ou seja, carícias não
desejadas, penetração oral, anal ou vaginal, com pênis ou objetos,
masturbação forçada, dentre outros; e sem contato físico, por exposição
obrigatória a material pornográfico, exibicionismo, usos de linguagem
erotizada em situação inadequada. Qual tipo de violência foi descrito
acima?
 
a) Violência física contra crianças e adolescentes.
 
b) Exploração sexual comercial contra crianças e adolescentes.
 
c) Violência sensual contra crianças e adolescentes.  
 
d) Abuso ou ofensa sexual contra crianças e adolescentes.
 
e) Nenhuma das alternativas está correta.
 
165. Existe um tipo de violência que se caracteriza pela utilização sexual de
crianças e adolescentes para obtenção do lucro. Não necessariamente as
vítimas são recompensadas em dinheiro. Pode haver troca de favores ou
fornecimento de mercadorias (alimentos, roupas, cosméticos etc.). São
formas de exploração sexual: a prostituição, a pornografia, o turismo sexual
e o tráfico de pessoas para fins sexuais. A que tipo de violência o texto
acima se refere?
 
a) Violência prostituída.
 
b) Violência pornográfica.
 
c) Explorador sexual.
 
d) Exploração do tráfico de pessoas para fins sexuais.
 
e) Exploração sexual comercial.
 
166. Toda criança ou adolescente quando está em sofrimento, seja devido à
vivências subjetivas, seja devido a alguma forma de violência, apresenta
sinais de que não está bem, mesmo quando não verbaliza. O objetivo de
descrever tais sinais neste Protocolo é instrumentalizar os profissionais para
detectar casos em potencial, a fim de notificá-los, e não o de definir o perfil
de vítimas e agressores. O fenômeno da violência sexual não está ligado a
uma classe social, etnia ou ao uso e abuso de álcool e drogas, mas, pode
acontecer em todas as classes sociais, podendo ou não estar relacionada a
outros fatores (financeiros, econômicos, sociais, culturais etc.). São
considerados sinais de alerta em relação a vítima, exceto:
 
a) Uma série de problemas de saúde sem causa aparente, como dor de
cabeça, erupções na pele, vômitos e outros dificuldades digestivas. Todos
esses problemas são de fundo psicológico e/ou emocional e são
denominados “enfermidades psicossomáticas”.
 
b) Dificuldade de engolir devido à inflamação causada por gonorréia na
garganta ou reflexo de engasgo hiperativos e vômitos (sexo oral).
 
c) Ganho ou perda de peso, visando afetar a atratividade do agressor.
 
d) Medo ou mesmo pânico de certa pessoa ou sentimento generalizado de
desagrado quando a criança é deixada sozinha em algum lugar com
alguém. e) Traumatismo físico ou lesões corporais, por uso da violência
física.
 
167. São considerados sinais no comportamento ou provas imateriais, em
relação algum abuso sexual sofrido por crianças ou adolescentes, os quais
estão associados a sexualidade, exceto:
 
a) Interesse ou conhecimentos súbitos e não usuais sobre questões
sexuais.
 
b) Expressão de afeto sensualizada ou mesmo certo grau de provocação
erótica, inapropriado para a idade.
 
c) Desenvolvimento de brincadeiras sexuais persistentes com amigos,
animais e brinquedos.
 
d) Masturbar-se compulsivamente.
 
e) Mudanças bruscas de comportamento, agressividade, raiva,
principalmente dirigida contra irmãos e um dos pais não incestuoso.
 
 168. É preciso levar em conta que a violência sexual poderá ocorrer entre:
adultos/crianças, adultos/adolescentes, adolescentes/crianças,
adolescentes/adolescentes e crianças/crianças. Existem literaturas que
sugerem que sejam observadas a diferença das idades cronológicas.
Entretanto, optamos por não adotar apenas este referencial, mas,
considerar que a violência sempre pressupõe uma relação de desigualdade
(dominador e dominado, superior e inferior etc.) seja ela de poder,
conhecimento, experiência, recursos, entre outros. Assim, será no caso a
caso que avaliaremos se houve ou não violência sexual. Dessa maneira,
existem alguns indicadores na conduta de pais ou responsáveis, os quais
podem ser, salvo:
 
a) As famílias incestuosas tendem a ser quietas, relacionam-se pouco. Os
pais tendem a ser autoritários e as mães, submissas.
 
b) O autor de abuso tende a ser extremamente protetor, zeloso ou
possessivo com a criança e/ou adolescente, negando-lhes contatos sociais
normais.
 
c) O sofredor do abuso pode vir a crer que o contato sensual é uma forma
de amor familiar.
 
d) O autor do abuso pode acusar a criança de promiscuidade ou sedução
sexual ou ainda acreditar que ela tenha atividade sexual fora de casa.
 
e) O autor de abuso pode contar histórias, referindo-se a outro autor da
agressão, a fim de proteger um membro da família.
 
169. A atenção à violência sexual é condição que requer abordagem
intersetorial e interdisciplinar, com importante interface com questões
policiais e judiciais. Algumas informações são fundamentais para os
profissionais que atendem crianças e adolescentes em situação de violência
sexual, as quais podem ser, exceto:
 
a) A Lei nº 10.778, de 24 de novembro de 2003, estabelece a notificação
compulsória, no território nacional, dos casos de violência sexual, atendidos
em serviços públicos e privados de saúde. Segundo o artigo 245 do ECA,
“deixar o médico, professor ou responsável por estabelecimento de atenção
à saúde e de ensino fundamental, pré- escola ou creche, de comunicar às
autoridades competentes os casos de que tenha conhecimento, envolvendo
suspeita ou confirmação de maus tratos contra criança ou adolescente”,
constitui infração administrativa. Além disso, a notificação compulsória é
fundamental para o dimensionamento do fenômeno da violência sexual e
suasconseqüências, contribuindo para implantação de políticas públicas de
intervenção e prevenção do problema.
 
b) Nos casos de crianças e adolescentes menores de 18 anos, a suspeita
de abuso sexual, deve ser comunicada facultativamente primeiro ao
Conselho Tutelar, depois ao Juizado da Infância e da Juventude, sem
prejuízo de outras medidas, independentemente da vontade dos pais ou
representantes legais.
 
c) A comunicação do fato deverá ser feita, preferencialmente, por escrito e,
sempre que possível assinada em conjunto pelo profissional e pelo gestor
da instituição, a fim de partilhar responsabilidades.
 
d) Não há impedimento legal ou ético para que o médico preste a
assistência que entender necessária, incluindo-se o exame ginecológico e a
prescrição de medidas de profilaxia, tratamento e reabilitação.
 
e) A denúncia nas delegacias registra a violência para o conhecimento da
autoridade policial – que determina a instauração do inquérito e da
investigação – e só poderá ser feita pelos familiares da vítima ou pelo
Conselho Tutelar. O laudo produzido a partir do Exame de Corpo de Delito,
realizado no PML – Posto Médico Legal – é documento elaborado para
prova criminal. A exigência de apresentação destes documentos para
atendimento nos serviços de saúde é incorreta e ilegal.
 
170. Os profissionais da rede governamental e não-governamental que
oferecem atendimento às crianças e adolescentes deverão estar
capacitados e sensibilizados para identificar sinais de violência neste
público e fazer a notificação, garantindo a inserção destes nos serviços de
proteção e assistência do município. É fundamental que os profissionais
tenham conhecimento e postura ética para realizar os seguintes, exceto:
 
a) Colher a criança/adolescente identificando a demanda trazida,
enfatizando à história relatada.
 
b) Assegurar atendimento médico de urgência (Hospital Público Regional de
Betim ou Maternidade Pública) prioritariamente até 72 horas, podendo ser
encaminhado até 5 dias.
 
c) Assegurar o atendimento interdisciplinar, sempre que possível, a fim de
resguardar o profissional e prestar atendimento de melhor qualidade ao
usuário, principalmente durante o exame físico.
 
d) Assegurar o encaminhamento ao Centro de Referência Especializado de
Assistência Social – CREAS, que realizará o acompanhamento psicossocial
do indivíduo e de sua família, bem como a centralização dos dados
estatísticos. Sempre que forem necessárias outras intervenções, o CREAS
encaminhará o caso à rede de saúde mental infanto-juvenil e demais
parceiros.
 
e) Notificar o caso ao Conselho Tutelar por escrito e/ou por telefone (esta
notificação é compulsória).
 
171. O atendimento pediátrico de urgência que deve ser feito em crianças e
adolescentes de ambos os sexos com idade de 0 a 14 anos, deve
acontecer da seguinte forma, exceto:
 
a) Ao acolher a criança ou o adolescente, avaliar a gravidade da lesão e, se
necessário, solicitar interconsulta.
 
b) Informar sobre o que será realizado, sem falar de cada etapa do
atendimento e a importância de cada conduta, respeitando a opinião da
vítima ou recusa em relação a algum procedimento.
 
c) Abrir o prontuário e registrar detalhadamente todos os procedimentos e
orientações.
 
d) Se do sexo feminino, realizar anamnese clínica tocoginecológica
minuciosas, investigar se já teve a menarca e se sim, dar ênfase na
regularidade do ciclo, data da última menstruação (DUM), uso de
contraceptivo.
 
e) Se a adolescente estiver grávida, solicitar interconsulta com
ginecologista.
 
172. O atendimento clínico de urgência realizado em adolescentes do sexo
masculino acima de 14 anos, deve ser feito da seguinte maneira, fora:
 
a) Ao acolher o adolescente, avaliar a gravidade da lesão e,
impreterivelmente solicitar interconsulta.
 
b) Informar sobre o que será realizado em cada etapa do atendimento e a
importância de cada conduta, respeitando a opinião da vítima ou recusa em
relação a algum procedimento.
 
c) Abrir o prontuário e registrar detalhadamente todos os procedimentos e
orientações. Fazer exame físico completo com avaliação externa da
genitália e região anal, avaliar presença de secreções e/ou sangue nos
orifícios naturais ou qualquer outra lesão externa.
 
d) Realizar quimioprofilaxia para Doenças Sexualmente Transmissível
(DST), para HIV – Vírus da Imunodeficiência Humana e para Hepatite B
conforme protolocol. e) Avaliar a necessidade de realizar profilaxia para
tétano.
 
173. O atendimento ginecológico de urgência realizado em adolescentes do
sexo feminino acima de 14 anos, deve ser efetivado da seguinte maneira,
afora:
 
a) Informar sobre o que será realizado em cada etapa do atendimento e a
importância de cada conduta, respeitando a opinião da vítima ou recusa em
relação a algum procedimento.
 
b) Abrir o prontuário e registrar detalhadamente todos os procedimentos e
orientações.
 
c) Realizar anamnese clínica tocoginecológica minuciosa, investigar se já
teve a menarca e se sim, dar ênfase na regularidade do ciclo, data da última
menstruação (DUM), uso de contraceptivo.
 
d) Não é necessário fazer a coleta de material, na vítima do sexo feminino,
para identificação do agressor, devido a exposição da mesma.
 
e) Emitir relatório detalhado sobre o atendimento (as profilaxias e os
exames realizados), descrição do caso e entregá-lo ao responsável. O
profissional deverá orientá-lo a apresentar este relatório em consulta
agendada na UBS ou SEPADI – Serviço de Prevenção e Assistência a
Doenças Infecciosas – que funciona nas dependências do CRE Divino
Ferreira Braga.
 
174. Durante o atendimento realizado pelo assistente social, a criança ou
adolescente vítima de abuso sexual, está pautada em, exceto:
 
a) Acolher somente a criança ou adolescente.
 
b) Informar sobre o que será realizado em cada etapa do atendimento e a
importância de cada conduta, respeitando a opinião da vítima ou recusa em
relação a algum procedimento.
 
c) Verificar as providências já tomadas pelos responsáveis (atendimento
médico de urgência, obtenção do Boletim de Ocorrência Policial e
realização do Exame de Corpo de Delito) e orientar quanto a importância do
cumprimento destas.
 
d) Identificar as redes de apoio à vítima de violência sexual – familiar e/ou
social – e a realização dos encaminhamentos necessários.  
 
e) Notificar, por escrito ou por telefone, a ocorrência ou suspeita da
violência ao Conselho Tutelar, com cópia para o CREAS, visando assegurar
o monitoramento do caso.
 
175. Nos casos em que o agressor é localizado e devidamente identificado,
deverão ser feitos esforços no sentido de viabilizar a realização dos
exames, o mais rapidamente possível, uma vez que conhecer as sorologias
do mesmo pode evitar o uso desnecessário da quimioprofilaxia para HIV e
Hepatite B pela vítima. Assim, os exames a serem realizados no agressor ,
quando identificado, são, exceto:
 
a) Anti-HIV – teste rápido e convencional.
 
b) HBsAg.
 
c) Anti-HCV.
 
d) VDRL.
 
e) Hepatite B.
 
176. Em relação as orientações sobre a assistência às crianças e
adolescentes com gravidez decorrente de estupro, devem ser esclarecidos
sobre as alternativas legais quanto ao destino da gestação, sobre as
possibilidades de atenção nos serviços de saúde, bem como os possíveis
riscos clínicos provenientes desta gestação ou de sua interrupção. É direito
dessas pessoas serem informadas da possibilidade de interrupção da
gravidez, conforme Decreto Lei nº 2848, art. 128, inciso II do Código Penal.
Da mesma forma e com a mesma ênfase, devem ser esclarecidas do direito
e da possibilidade de manterem a gestação até o seu término, garantindo-
se os cuidados pré-natais apropriados para a situação. Neste caso, também
devem receber informações completas e precisas sobre alternativas após o
nascimento, que incluem a escolha entre permanecer com a criança e
inseri-la na família, ou proceder com os mecanismos legais de adoção.
Nesta última hipótese, os serviços de saúde devem providenciar as
medidas necessárias junto às autoridades que compõem a rede de
atendimento para garantir o processo regular de adoção. É incorreto afirmar
sobre as orientações:
 
a) São absolutamente capazes de exercer pessoalmente os atos da vida
civil, os maiores de 16 anos que não puderam exprimir sua vontade.
 
b) Os menores de 16 anos são representados pelos pais.
 
c) Os adolescentes entre 16 e 18 anos são considerados relativamente
incapazes, e precisam ser assistidos pelos pais na vida civil.
 
d) Se a gestante for menor que 18 e maior que 16 anos, não poderá
sozinha consentir com o abortamento. Os pais deverão dar o seu
consentimento para o ato.
 
e) Sob a perspectiva da saúde, abortamento é a interrupção da gravidez até
a 20ª ou 22ª semanas de gestação e com produto da concepção pesando
menos que 500g.
 
177. Existem alguns documentos necessários para realizar o abortamento,
os quais são, exceto:
 
a) Autorização por escrito dos representantes legais e da grávida quando
for o caso, na presença de duas testemunhas (não podem ser funcionários
do hospital).
 
b) Declaração assinada pelos representantes legais responsabilizando-se
pela veracidade de suas informações sobre o fato ocorrido.  
 
c) Cópia do laudo do PML se houver.
 
d) Relatório de algum outro atendimento médico anterior à época do fato se
houver.
 
e) Cópia do CPF e Identidade.
 
178. O SEPADI atende à população em geral para as atividades de
prevenção, testagem e aconselhamento em HIV/Aids, sífilis e hepatites
virais. Prevê assistência às vítimas de violência sexual, vítimas de acidentes
ocupacionais com material biológico, bem como o acompanhamento aos
portadores de doenças infecciosas (HIV/Aids, Hepatite B e C, Sífilis
Congênita, Toxoplasmose etc.). Para as vítimas de violência sexual é
fundamental assegurar a realização de exames para verificar possíveis DST
– Doenças Sexualmente Transmissíveis – realizando o aconselhamento e o
acompanhamento sorológico. No SEPADI serão realizados, exceto:
 
a) Acolhimento e aconselhamento da vítima e/ou responsável.
 
b) Informar sobre o atendimento que será realizado e a importância de
seguir as orientações durante o acompanhamento.
 
c) Oferta dos exames de Sífilis (VDRL), Hepatite B (HBsAg) e anti-HBC
total, Hepatite C (anti-HCV) e HIV (anti-HIV) com definição do esquema de
testagem conforme especificidade do caso.
 
d) Nos casos em que violência tiver ocorrido no prazo de até 14 dias avaliar
com infectologista ou enfermeira se há indicação de quimioprofilaxia para
Hepatite B e encaminhar (conforme protocolo).
 
e) Encaminhamento da família para acolhimento no CREAS, somente com
agendamento prévio.
 
179. No atendimento de infectologia, Para agendar a consulta, deverá ser
observada a idade do paciente: infectologista infantil (crianças e
adolescentes até 14 anos) e infectologista adulto (adolescentes acima de 14
anos). Assim, na primeira consulta deverá ser feito, fora:
 
a) Avaliar os efeitos colaterais dos antirretrovirais e a necessidade de
realização de exames laboratoriais.
 
b) Avaliar as sorologias realizadas no momento da violência sexual (garantir
o fluxo de encaminhamento destes exames para o SEPADI).
 
c) Orientar para procurar UBS para receber segunda dose da vacina de
hepatite B se vacinação foi iniciado após o abuso.
 
d) Em caso de adolescentes, orientar uso de preservativo nas relações
sexuais.
 
e) Orientar para não realizar doações de sangue ou órgãos, não engravidar
ou amamentar.
 
180. A Unidade Básica de Saúde – UBS 1 ou UBS 2 – (mais próxima da
residência) deverá acolher e acompanhar a criança ou o adolescente em
situação de violência sexual e sua família nos casos em que esta tenha
ocorrido após o 5º dia e nos casos de violência sexual crônica. Assim,
durante o atendimento pelo/ a Assistente Social e/ ou Enfermeiro, os
mesmos deverão agir das seguintes formas, fora:
 
a) Acolher os pais e/ou responsáveis e, se necessário, a criança ou
adolescente.  
 
b) Informar sobre o que será realizado em cada etapa do atendimento
clínico e a importância de cada conduta, respeitando a opinião da vítima ou
recusa em relação a algum procedimento.
 
c) Notificar, somente por escrito, a ocorrência ou suspeita da violência ao
Conselho Tutelar, com cópia para o CREAS, visando assegurar o
monitoramento do caso.
 
d) Agendar consulta com o infectologista no SEPADI nos casos em que
houver resultado positivo para HIV e/ou Hepatites Virais.
 
e) Encaminhar a ficha de notificação para o Serviço de Vigilância
Epidemiológica, preenchida pelo médico.
 
181. O CERSAMI tem como objetivo atender as crianças e adolescentes
portadores de sofrimento mental. É regido pelos princípios do SUS e da
reforma psiquiátrica. Dentro da estrutura do SUS é considerado, hoje, como
um serviço de média complexidade, sendo referência para o atendimento
de urgência psiquiátrica em Betim e demais municípios do consórcio
intermunicipal de saúde que compreendem a micro-região do Médio
Paraopeba. São dispositivos do serviço, exceto:
 
a) O acolhimento é realizado durante todo o período de funcionamento do
serviço, exceto às sextas-feiras pela manhã, quando acontece a reunião
semanal da equipe. Entretanto, os casos de urgência serão acolhidos
mesmo neste horário.
 
b) O Permanência-dia é o acompanhamento de casos em crise e/ou de
maior complexidade. Os usuários são buscados em casa, mesmo que a
família tenha recursos próprios para fazê-los ao serviço.
 
c) Todos os casos de suspeita ou confirmação de violência sexual infanto-
juvenil deverão ser notificados ao Conselho Tutelar pela instituição.
 
d) Nos casos em que o acompanhamento já era realizado no CERSAMI e
durante o mesmo for detectada alguma forma de violência sexual, este
serviço continuará como referência.
 
e) Quando a criança ou adolescente é encaminhada(o) pelo Conselho
Tutelar e não está sendo acompanhada(o) pelo CREAS, caberá ao
CERSAMI referenciar o caso ao CREAS.
 
182. Os Conselhos Tutelares são órgãos de Defesa/proteção à vítima e de
responsabilidade do agressor. Conforme o art. 131 do Estatuto da Criança e
do Adolescente – ECA – Lei 9069/90, o Conselho Tutelar é o órgão
“encarregado pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da
criança e do adolescente”, sendo que, para isto deve requisitar serviços
públicos nas diversas áreas de atendimento. São atribuições do Conselho
Tutelar nos casos de suspeita de violência sexual contra crianças e
adolescentes, exceto:
 
a) Receber denúncias de casos de violência sexual, real ou presumida,
contra crianças ou adolescentes do município de Betim, avaliar a situação
denunciada, através de busca ativa, e aplicar a(s) medida(s) de Proteção
pertinentes ao caso, bem como registrá-lo no SIPIA – Sistema de
Informações para Infância e Adolescência.
 
b) Verificar se a violência tem características de abuso crônico ou se
ocorreu há menos de cinco dias. No primeiro caso, o encaminhamento à
saúde poderá ser feito concomitantemente aos demais. No segundo caso,
há prioridade do encaminhamento para atendimento médico de urgência.
 
c) Verificar se o suposto autor do fato é criança ou adolescente a fim de
lhes garantir as Medidas de Proteção cabíveis, não devendo
impreterivelmente notificar os pais.  
 
d) Solicitar, sempre que necessário, junto à autoridade judiciária, Medida
Cautelar de afastamento do agressor do lar, conforme o art. 130 do ECA,
sem o prejuízo de outras medidas.
 
e) Encaminhar os pais e/ou responsáveis para efetivar a representação na
Delegacia, orientando-os sobre a possibilidade de responderem
judicialmente por negligência e/ou conivência caso não a façam. É preciso
esclarecer à família que o Exame de Corpo de Delito não substitui a
assistência médica.
 
183. A delegacia de Orientação e Proteção à Família de Betim é órgão de
Defesa/proteção à vítima e de responsabilidade do agressor. Trata-se de
uma Organização Pública voltada para a apuração das infrações penais e
sua autoria e da promoção do bem-estar social e familiar das vítimas.
Podemos afirmar sobre este órgão, exceto:
 
a) O público alvo é a família (pai, mãe, filhos).
 
b) Esta Delegacia Especializada, a partir dos três núcleos instalados, quais
sejam: o preventivo, coercitivo e o preventivo de reincidência (este em fase
de planejamento).
 
c) Esta Delegacia busca oferecer às vítimas e seus familiares o apoio
adequado e eficaz para a resolução do conflito, primando pela dignidade e
segurança dos mesmos, através de um atendimento de alta qualidade e
viabilização dos encaminhamentos que se fizerem necessários.
 
d) Através de um acolhimento humanizado da criança ou adolescente e de
seus pais e/ou responsáveis, a Delegacia providenciará, juntamente com
outros órgãos, a defesa e proteção da vítima e a responsabilização do(a)
agressor(a).
 
e) O Núcleo Preventivo tem como foco a criança ou adolescente em
situação de violência.
 
184. Segundo o GUIA Passo a Passo, material produzido pelo antigo
Instituto Telemig Celular, através do Programa Pró-Conselho, “o Conselho
Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente é um órgão criado por
determinação do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8069/90),
devendo, obrigatoriamente, fazer parte do Poder Executivo Municipal.” No
enfrentamento da violência sexual infanto-juvenil, nas suas diversas formas,
é responsável por elaborar e implementar políticas destinadas à prevenção
do fenômeno e ao atendimento das vítimas, tendo as seguintes atribuições
exceto:
 
a) Participar da elaboração do Plano Operativo Local – POL, monitorando e
avaliando sua efetivação.
 
b) Recomendar ao Executivo a criação e/ou ampliação de programas e
serviços de atenção à criança e ao adolescente no município, sempre que
necessário.
 
c) Monitorar as instituições, apoiando o desenvolvimento das atividades e o
cumprimento das obrigações previstas neste protocolo.
 
d) Incentivar e sempre que possível fomentar planos de trabalhos e/ou
projetos que preconizem a erradicação da violência sexual no município.
 
e) Tem o poder de destituir e suspender domínio familiar.
 
185. O Ministério Público atua na área da infância e juventude com a
finalidade de garantir a defesa dos direitos de crianças e adolescentes. Para
tanto, o Promotor de Justiça pode adotar diversas providências, como
propor ações, fora:
 
a) Pedidos de guarda, ou adoção.
 
b) Investigação de paternidade.
 
c) Para obter vagas em creche, pré-escola, ensino fundamental. d) Realizar
capacitações continuadas para os Conselheiros Tutelares.
 
e) Colocação em programas de apoio à criança e sua família:
complementação de renda, apoio social e psicológico, tratamento do
alcoolismo e drogadição.
 
186. A Rede de Ensino é composta por:
 
I. Escolas públicas.
 
II. Escolas particulares.
 
III. Escolas estaduais.
 
IV. Escolas privadas apenas do ensino fundamental.
 
É incorreto afirmar:
 
a) IV está incorreto.
 
b) II está correto.
 
c) III está correto.
 
d) I corretos.
 
e) II está incorreto.
 
187. Conforme o parágrafo único do art. 101 do ECA, “o abrigo é medida
provisória e excepcional,utilizável como forma de transmissão para a
colocação em família substituta, não implicando privação de liberdade”. Isto
significa que tanto as entidades de acolhimento, quanto o CREAS e o
Judiciário deverão, conforme suas atribuições e competências, verificar a
possibilidade de retorno à família de origem, trabalhando-a para o possível
retorno da criança ou adolescente e para a superação da violação de
direitos. Verificada a impossibilidade de retorno à família de origem,
autoridade judiciária indicará a colocação em família substituta. As
intervenções deverão contar com o auxílio do Conselho Tutelar que embora
não execute as Medidas, poderá intervir no caso sempre que necessário e
contribuir com o estudo social do mesmo com as informações que julgar
necessárias. No caso de abrigamento de criança ou adolescente vítima de
violência sexual, a entidade deverá, exceto:
 
a) Verificar relatório circunstanciado elaborado pelo Conselho Tutelar (que
poderá conter como anexo relatório técnico de programa oficial de
acompanhamento à família), constando todos os dados identificatórios da
criança ou adolescente acolhido e, se possível, outros documentos
pessoais (certidão de nascimento, cartão de vacina, comprovante de
matrícula escolar, dados dos responsáveis, endereço residencial e
telefone).
 
b) Não é permitido receber os objetos pessoais das crianças.
 
c) Verificar quais as providências já tomadas, observando o Protocolo já
estabelecido a fim de proceder ao que estiver pendente.

d) Elaborar relatório para a Equipe de Referência Técnica de Alta


Complexidade, informando sobre o abrigamento da criança ou adolescente,
bem como a justificativa do Conselho Tutelar para a aplicação de tal
medida.
 
e) Verificar junto à autoridade judiciária, se há restrições à visitação da
família e em caso negativo, garantir a convivência familiar e comunitária.
 
188. São considerados crimes contra a dignidade sexual:
 
I. Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter
conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato
libidinoso. Pena - reclusão, de 6 (seis) a 10 (dez) anos.
 
II. Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave ou se a vítima é
menor de 18 (dezoito) ou maior de 14 (catorze) anos: Pena - reclusão, de 8
(oito) a 12 (doze) anos.
 
III. Se da conduta resulta morte: Pena - reclusão, de 12 (doze) a 50 (trinta)
anos.
 
É correto afirmar que:
 
a) I está errada.
 
b) II está incorreta.
 
c) I e II estão parcialmente corretas.
 
d) III está devidamente explicada.
 
e) I, II e III estão perfeitamente plausíveis.
 
189. O assédio sexual está associado ao fato de constranger alguém com
intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o
agente de sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes
ao exercício de emprego, cargo ou função. A penalidade para este tipo de
crime é:
 
a) 1 (um) a 5 (cinco) anos de detenção.
 
b) 1 (um) a 3 (três) anos de detenção.
 
c) 1 (um) a 2 (dois) anos de detenção.
 
d) 2 (dois) a 5 (cinco) anos de detenção.
 
e) 1 (um) a 4 (quatro) anos de detenção.
 
190. É correto afirmar sobre a prostituição ou outra forma de exploração
sexual:
 
a) Induzir ou atrair alguém à prostituição, resulta em reclusão de 1 a 5 anos,
com multa.
 
b) Facilitar, impedir ou dificultar que alguém abandone a prostituição, resulta
em reclusão de 3 a 5 anos.
 
c) Se o agente é ascendente, padrasto ou madrasta, a reclusão é de 2 a 6
anos.
 
d) Se o agente é irmão ou enteado, a reclusão é de 2 a 5 anos.
 
e) É considerado crime manter, por conta própria ou de terceiro,
estabelecimento em que ocorra exploração sexual, haja, ou não, intuito de
lucro ou mediação direta do proprietário ou gerente.
 
191. Podemos afirmar sobre o tráfico internacional de pessoa para fim de
exploração sexual:
 
a) Promover ou facilitar a entrada, no território nacional, de alguém que nele
venha a exercer a prostituição ou outra forma de exploração sexual, ou a
saída de alguém que vá exercê-la no estrangeiro, resulta em reclusão de 1
a 4 anos.
 
b) Aliciar ou comprar a pessoa traficada, assim como, tendo conhecimento
dessa condição, transportá-la, transferi-la ou alojá-la, resulta na reclusão de
1 a 4 anos.
 
c) Promover ou facilitar o deslocamento de alguém dentro do território
nacional para o exercício da prostituição ou outra forma de exploração
sexual, resulta em reclusão de 2 a 6 anos.
 
d) Se o crime é cometido com o fim de obter vantagem econômica, aplica-
se a reclusão de 1 a 4 anos, com multa.
 
e) As alternativas a e b estão corretas.
 
192. Em relação ao estupro de vulnerável, pode-se afirmar:
 
a) Ter conjunção carnal com menor de 14 anos resulta na reclusão de 8 a
15 anos.
 
b) Praticar atos libidinosos com menores de 14 anos resulta na reclusão de
1 a 8 anos.
 
c) Praticar conjunção carnal ou atos libidinosos com alguém, que por
enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento
para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer
resistência, não é considerada um crime hediondo.
 
d) Se as condutas em relação ao estupro de vulnerável resultam em lesão
corporal de natureza grave, a pena para este tipo de crime Vaira de 5 a 45
anos.
 
e) Se as condutas em relação ao estupro de vulnerável resultam em morte,
o agente é condenado a prisão perpétua.
 
193. Existem outras formas de violência contra criança e adolescente, que
podem ser, exceto:
 
a) Violência estrutural.
 
b) Maus tratos.
 
c) Negligência e abandono.
 
d) Violência institucional.
 
e) Todas as alternativas estão corretas.
 
194. A política de implementação dos ciclos pode ser caracterizada como
suscetível a diversos ajustes. As Portarias e Programas da Secretaria
Municipal de Educação podem exemplificar esse processo, exceto:
 
a) É a Portaria SEMED nº 14, de 09 de novembro de 2005, que “define
critérios de avaliação escolar, progressão continuada e dá outras
providências”.
 
b) A Portaria SEMED estabelece limites máximos para retenção de alunos.
 
c) Programa de Recuperação e Reforço Escolar (Portaria SEMED nº
14/2005) foi construído para incrementar o apoio aos alunos que enfrentam
limites na progressão de suas aprendizagens, durante o ano letivo.
 
d) Portaria SEMED nº 11 de 16 de agosto de 2006 define a nova estrutura
de atendimento e funcionamento dos ciclos de ensino aprendizagem e dá
outras providências.
 
e) A Portaria SEMED institui ciclo de 2 anos.
 
195. As interpretações iniciais sobre a aprendizagem ocorreram no séc. XIX
e tinham como referência estudos médicos e biológicos do funcionamento
humano. Esses estudos defendiam a maturação do indivíduo de forma
gradual. Para os estudiosos dessa visão maturacional, a herança genética é
o elemento primordial para a aprendizagem e as novas aquisições
comportamentais e cognitivas emergem das alterações na maturação das
estruturas físicas e dos processos fisiológicos do organismo. O que
podemos inferir sobre esta lógica:
 
a) Todas as pessoas compreendem os conceitos escolares.
 
b) Nessa proposta nota-se uma perspectiva inclusiva.
 
c) As avaliações escolares não serviam para medir a capacidade intelectual
dos alunos.
 
d) As tarefas escolares não são para todos.
 
e) Todas as alternativas estão corretas.
 
196. A concepção ambientalista da aprendizagem influenciou muitos
procedimentos avaliativos utilizados pelas escolas. Podemos corroborar,
exceto:
 
a) Por mais que a biologia contribua para o desenvolvimento dos sujeitos, é
da necessidade de adaptar-se ao ambiente que emerge a aprendizagem.
 
b) A prioridade dessa pedagogia é o reforço dos comportamentos.
 
c) A avaliação diagnóstica é fundamental para o trabalho do professor.
 
d) Essa pedagogia é marcada pela valorização de conceitos apontados pela
avaliação como ainda não adquiridos.
 
e) Enfatiza a ação nas relações entre sujeitos e o ambiente.
 
197. Em relação aos registros, para essa política de ensino, os analítico-
descritivos são os que melhor traduzem a perspectiva de avaliação
formativa, orientando que os docentes mantenham cadernos de notas para
o uso do cotidiano escolar, elabore dossiês ou portfólio com seus alunos.
Em uma recente revisão da literatura, abrangendo 25 teses e dissertações
nas escolas organizadas em ciclos, foram sistematizadas, exceto:
 
a) As práticas avaliativas vêm sofrendo mudanças no sentido da avaliação
formativa.
 
b) As práticas avaliativas mudaram à medida começam a relacionar o
desempenho do aluno à sua trajetória de vida e situação sociocultural.
 
c) Nas escolas cicladas ainda não apareceu a melhoria no auto-conceito
dos alunos a respeito de sua capacidade de aprender.
 
d) Apesar dos ganhos da avaliação formativa e processual, a lógica
classificatória continua predominando nas concepções e práticas escolares.
 
e) A análise dos registros descritivos demonstra a prática persistente de
julgar o aluno e seu desempenho em termos como ótimo”, “não faz nada”
ou “escreve bem”, ao invés de registrar as aquisições verificadas no
processo e aos apectos a serem melhorados.
 
198. Quais são as funções cabíveis ao alfabetizador:
 
a) Desenvolvimento de aspectos psicossociais.
 
b) Desenvolvimento de aspectos econômicos.
 
c) Contração de aspectos cognitivos.
 
d) Compressão da linguagem.
 
 e) Contração da produção do conhecimento.
 
199. Embora o Referencial Curricular esteja organizado em competências e
habilidades, anteriormente, em sua versão de 2002, sua arquitetura estava
formatada por metas e habilidades – nomenclatura típica da “pedagogia dos
resultados”. Há que se destacar que, nos debates da época, a concepção
de metas e habilidades foi utilizada como proposta curricular para os ciclos
de formação, porque os docentes ao analisarem as concepções relativas às
metas em oposição às competências compreenderam que, exceto:
 
a) Os currículos por disciplinas buscam dar a si mesmos uma imagem de
extensão e abrangência em relação aos conteúdos prestigiados
socialmente. Enquanto que, as competências promovem uma redução
drástica dos conteúdos.
 
b) Sua interligação com a linguagem e metas próprias para a formação de
mão de obra para o mundo do trabalho.
 
c) A formação por competências é herdeira do enfoque do desempenho
totalitário.
 
d) A sua concepção de avaliação seria a de desempenho, gerando testes e
certificações.
 
e) Esse modelo tende a reduzir as possibilidades de improvisação, a
imprevisibilidade e a multidimensionalidade da prática educacional, inclusive
tornando mais possível o controle externo dessa prática.
 
200. Em sua versão de 2006, durante a análise dos documentos, a
Comissão Multidisciplinar (composta de docentes do Ensino Fundamental,
pedagogos, direção, dentre outros funcionários), refletiram que, de alguma
forma, as discussões correntes apontavam para um sentido supra-
disciplinar do currículo. Isso é, refletiam de alguma forma as discussões
decorrentes sobre a existência de conteúdos culturais relevantes em nossa
sociedade que, dificilmente, poderiam ser reduzidos às disciplinas definidas
pela legislação educacional. Assim, não havia como continuar com a
utilização da nomenclatura metas e habilidades. A justificativa para tanto se
apoiava nos seguintes argumentos, salvo:
 
a) as aprendizagens que os alunos levam para a escola não são
competências e habilidades.
 
b) As aprendizagens que os alunos levam para dentro da escola são a
aplicação das informações visando a sua própria sobrevivência.
 
c) Seu potencial integrador dos conhecimentos a serem abordados na
escola e de suas possibilidades na geração de aprendizagens significativas.
 
d) Seu impacto na avaliação que tem como parâmetro a formação para
educandos e educadores.
 
e) As competências não se resumem a apenas uma unidade de sentido
podendo caracterizar uma alternativa razoável para a organização dos
currículos da escola básica.

201. A ética origina-se da relação entre os indivíduos na/com a sociedade, sendo o cerne
da ética as escolhas e as decisões de fóro íntimo que cada indivíduo toma. Assim, no
plano da moral, referimo-nos à questão do dever e, no plano da ética, à questão da
felicidade. A ética estabelece, portanto, no campo de juízo de valor (moral) acionado por
um sistema de crenças, valorações, avaliações sobre as coisas, as pessoas e as
situações, enunciando, desse modo normas que determinam nossos comportamentos, atos
e sentimentos. Assim, o sujeito ético é aquele capaz de, exceto: 
a) Ser consciente de si e dos outros. 
b) Ser dotado de vontade, capacidade para orientar desejos, sentimentos. 
c) Ser responsável por suas ações. 
d) Ser responsável por avaliar suas ações e responder por elas. 
e) Ser consciente de que o outro é incapacitado. 
202. A exploração da linguagem aparece no currículo de Betim em diversas disciplinas,
sobretudo nas habilidades voltadas para o desenvolvimento da leitura. Assim, a leitura é
compreendida nas disciplinas da seguinte forma, salvo: 
a) Geografia: leitura de imagens e documentos cartográficos (globos, gráficos, tabelas e
mapas) de diferentes fontes, de modo a interpretar, analisar, relacionar e sistematizar
novas informações. 
b) História: “linguagem cartográfica na leitura de mapas, bem como de representação
cartográficas, historicamente construída. 
c) História geográfica: a proposta inclui a leitura de “imagens e esquemas que representem
a temporalidade histórica, atentando para elementos da exploração de elementos próprios
das linguagens musical e cinematográfica, percebendo a representação das diversas
épocas realizadas por elas próprias e por épocas posteriores”. 
d) Artes: “atitudes críticas em relação às imagens veiculadas em diversas mídias”.
e) Língua portuguesa: a concepção é que o aluno vai construindo sua proficiência como
leitor à medida que põe em funcionamento seus conhecimentos prévios e sua capacidade
de pressuposição e inferências, de modo a ser capaz de processar não apenas o que foi
dito no texto, mas também os implícitos, os não-ditos”.
 
203. O objetivo central da pesquisa no Ensino Fundamental é promover, junto ao aluno,
uma postura de investigação em relação aos assuntos variados. Para tanto, é necessário
um “problema ou pergunta de pesquisa, compreendida aqui como uma situação que o
indivíduo ou grupo quer ou precisa resolver e para a qual não dispõe de um caminho rápido
e direto que o leve à solução” (LESTER apud POZO, 1998.p.150). Um dos motivos de se
incluir a pesquisa no currículo é permitir que os alunos sejam capazes, por eles mesmos,
de resolver não só problemas escolares, mas também problemas cotidianos, por meio de
técnicas, instrumentos e estratégias próprias para cada área do conhecimento. No decorrer
do processo de análise da competência “prática sistemática de pesquisa na resolução de
problemas”, existem alguns tipos de pesquisa no currículo de Betim. São elas, exceto:
 
a) Documental: realizada em fontes variadas encontradas em igrejas, partidos políticos,
sindicatos, instituições, escolas, delegacias, universidades, como: cartas, fotos, diários e
documentos.
 
b) Bibliográfica: realizada em material impresso como livros, dicionários, enciclopédias,
jornais, revistas, internet, dentre outras fontes.
 
c) Experimental: realizada através de experimentos onde o aluno observa, coleta dados e
os analisa
 
d) Social: que diz respeito a sociedade, relacionada ao intercurso da entidade dividia em
classes graduadas.
 
e) Pesquisa de campo: desenvolvida por meio da observação direta em atividades extra
classe onde o aluno realiza entrevistas, assiste às palestras com especialistas em
determinado assunto, visita aos museus e exposições.
 
204. Algumas regiões, estados e até países criaram ambientes e redes que, além das
famílias, que ajudam os jovens a querer ser bem sucedidos academicamente. Este livro é
sobre um país – Cuba – onde mesmo os alunos das escolas do ensino fundamental das
zonas rurais parecem aprender mais do que os alunos das famílias das classes média
urbana do restante da América Latina. Isso é bastante notável porque Cuba é pobre em
recursos, apresentando baixos níveis de consumo material. As razões do sucesso
acadêmico cubano emergem de diversos fatores: contexto escolar altamente estimulante
para o progresso acadêmico; a administração centralizada e hierárquica; a imposição de
um currículo e métodos de ensino rigidamente supervisionados, o sentido de competência
dos professores por transmitirem um currículo nacional bem definido. A experiência cubana
suscita questões importantes relativas aos outros países, inclusive em relação aos
altamente desenvolvidos: quão responsável deve ser o governo pela criação de ambientes
que ajudem as crianças a se concentrarem no desempenho acadêmico? Existe um
equilíbrio entre o valor que as sociedades de mercado atribuem à opção individual e o valor
que atribuem à garantia que todas as crianças – independentemente da condição
socioeconômica – recebam um ensino que qualidade? A urgência e as idéias para
melhorar a qualidade da escola difundiram-se entre os países em desenvolvimento. O foco
na qualidade educacional e no desempenho do aluno na escola foi alimentado por testes
internacionais. Neste estudo decidiu-se focalizar a questão do desempenho dos alunos e
qualidade de ensino a partir dos seguintes critérios, exceto:
 
a) Países desenvolvidos.
 
b) Utilização de diferentes níveis de análise entre os países, visando compreender o
porquê em alguns países os alunos parecem aprender mais.
 
c) Estudo comparativo entre três países: Cuba, Chile e Brasil.
 
d) O primeiro nível de análise é o impacto geral da família, dos insumos familiares e das
diferenças do contexto social “comunitário” têm no sucesso acadêmico. e) O segundo nível
de análise é o da organização do sistema escolar nesses três países e seus vínculos “para
cima” (com o contexto comunitário) e “para baixo” (com o ensino e aprendizagem em sala
de aula) na cadeia organizacional.
 
205. Existem diferenças significativas nos contextos sociais dos seus sistemas
educacionais e isso, influencia a forma como a educação é organizada. Em relação ao
Brasil é incorreto afirmar:
 
a) É o maior país da América Latina, marcado por enorme diversidade de população, renda
percapta, clima e níveis de pobreza.
 
b) A população do sul é mais de origem européia, com uma região mais industrializada,
enquanto a região do nordeste se constitui em sua maioria de afro-descendente, de base
econômica agrícola.
 
c) De 1964 ao início da década de 80, o Brasil teve um governo militar repressivo, que
chegou ao poder através de um golpe de Estado. Os militares, ao assumirem o poder,
mantiveram a política econômica de “substituição das importações”, que dominava o
pensamento latino-americano nesse período, mas deram a ela um colorido conservador e
nacionalista.
 
d) O sistema universitário no final dos anos 60 teve a criação de diversas instituições
privadas, sendo que, para que alguém tivesse acesso às mesmas não era necessário fazer
o exame de admissão, que no caso era o vestibular.
 
e) Nos anos (compreendidos entre 1994 e 2002) houve uma expansão considerável do
ensino médio e implantação de reformas financeiras para subsidiar a educação – Fundo de
Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental (FUNDEF).
 
206. Em relação a educação do Chile, é correto afirmar, exceto:
 
a) O sistema educacional desenvolveu-se de uma forma única na década de 90.
 
b) Nas décadas de 70 e 80, o regime militar implantou uma reforma administrativa que
descentralizou o controle formal dos serviços públicos, incluindo a educação pública, para
mais de 300 municípios. Assim, os municípios tiveram certo poder para alocar recursos e
administrar as escolas de sua jurisdição.
 
c) O governo civil chileno foi derrubado pelos militares em um golpe de Estado no ano de
1973.
 
d) Os militares implantaram um sistema de vales-educação (vouchers), que deu às famílias
o poder de escolher para a educação de seus filhos entre as escolas privadas
subvencionadas com dinheiro público ou escolas geridas pelo município.
 
e) Os militares também regionalizaram as universidades, excluindo o governo da
obrigatoriedade do financiamento da educação superior.
 
207. A partir da década de 50 o governo Cubano foi transformado, devido a instalação de
um governo comunista. É correto afirmar sobre Cuba, exceto:
 
a) O governo Cubano se comprometeu claramente comprometido com a igualdade de
renda, educação de massa de qualidade, o fim do analfabetismo adulto e a saúde pública
universal.
 
b) O governo cubano que emergiu da revolução era hierárquico e não democrático, ou
seja, o partido comunista dirige a economia e a sociedade, alocando recursos, distribuindo-
os de forma direta renda e outros benefícios econômicos, como habitação, alimentos e
serviços sociais.
 
c) A carência de moradias e o controle rígido sobre a distribuição de empregos significam
pouca mobilidade espacial.
 
d) O consumo per capto é baixo, e por isso grande parte da população está na pobreza.  
 
e) Depois que os regimes socialistas da Europa do Leste naufragaram e com o embargo
econômico dos Estados Unidos, o projeto socialista cubano ficou sob ameaça de falência.
 
208. Em relação as provas que os estudantes fazem em Cuba, é incorreto afirmar:
 
a) As provas são muito parecidas com as que existem no Brasil e Chile.
 
b) O governo utiliza o resultado da prova somente para sua própria avaliação interna.
 
c) Os resultados das provas não são divulgados.
 
d) Os resultados são discutidos no governo, com base para as decisões organizacionais.
 
e) Os resultados das provas agem sobre uma escola específica ou sobre todo o sistema
educacional.

 
209. Os estudantes de qualquer lugar levam para a escola a influência das suas relações
familiares e a sabedoria (ou ignorância) de suas famílias sobre a educação. Sobre Cuba
pode-se afirmar, fora:
 
a) A educação é considerada como um nivelador social.
 
b) A sociedade é rigidamente controlada. As opções individuais existem, mas são mais
limitadas.
 
c) Acesso universal à escola.
 
d) Todas as mulheres que trabalham têm acesso a creche.
 
e) A creche e a educação infantil é um direito de caráter subjetivo para a família, ou seja,
não é obrigatório.
 
210. A educação no Brasil é considerada um nivelador social. Sobre isso é incorreto
afirmar:
 
a) As crianças com baixa renda do Brasil vão com muito menos recursos dos que os
encontrados nas regiões de áreas mais afluentes.
 
b) O acesso ao ensino é limitado.
 
c) As crianças têm mais opções, porém é muito mais provável que vivam na miserabilidade
ou na marginalidade.
 
d) Pouca mobilidade espacial, o que permite que as crianças dêem continuidade aos
estudos na mesma escola, sem interrupções.
 
e) Os professores possuem autonomia em sala de aula.
 
211. O ambiente social comunitário em que se desenrola o ensino também, pode ser
importante para o desempenho acadêmico, principalmente para crianças que vivem em
situações familiares que não são tão favoráveis. Em relação a situação educacional do
Chile é certo corroborar, afora:
 
a) Acesso à escola por meio de vouchers para escolas privadas subvencionadas e escolas
públicas.
 
b) As crianças têm mais opções, porém é muito mais provável que vivam na miserabilidade
ou na marginalidade.
 
c) Supervisão direta do Estado sobre a ação do professor sem sala de aula.
 
d) Currículo nacional obrigatório.
 
e) Escolas para atender os alunos de 02 a 04 anos (obrigatoriedade).

 
212. Segundo Coleman (1988), as relações e as redes que aumentam a produtividade dos
indivíduos ou o desempenho acadêmico (o que, por sua vez, aumenta a produtividade) são
definidas como capital social. Aplicando esse conceito à criação do capital humano  da
próxima geração, Coleman sustentou que a origem familiar do estudante é “analiticamente
separável, no mínimo em três componentes diferentes: capital financeiro, capital humano e
capital social”, com o capital social sendo as “relações entre as crianças e os pais (capital
familiar)”, capital humano ( nível de escolaridade dos pais). O capital social gerado pelos
Estados socialistas exortou a supressão da individualidade em troca do bem social maior,
definido pelo fim da exploração capitalista, pelos incrementos da produção e pela melhoria
dos serviços sociais. Em relação aos Estados socialistas, é incorreto afirmar:
 
a) Esses Estados socialistas não foram tão bem sucedidos como as sociedades
capitalistas na conexão entre capital social e produtividade econômica individual e coletiva.
 
b) O socialismo de Estado não é tão bom em matéria de acumulação de capital quanto o
capitalismo. Mas apesar dessas deficiências, os Estados socialistas tiveram mais êxito no
desenvolvimento da educação em massa de qualidade, saúde pública universal e de outros
serviços sociais.
 
c) As famílias confiam na capacidade do Estado para produzir educação de qualidade para
todos.
 
d) O Socialismo complementa a distribuição da educação em massa e outros serviços
sociais melhor do que o individualismo e a competitividade louvados pelos sistemas
capitalistas. e) Cuba é definida como uma sociedade “livre e democrática”.
 
213. Os pesquisadores adicionaram outros elementos à pesquisa: o grau de autonomia do
diretor da escola, se a escola é particular ou pública, urbana ou rural. Foram empregadas
algumas variáveis representativas do capital social coletivo, as quais podem ser, exceto:
 
a) Se o estudante freqüentou a escola.
 
b) A etnia do estudante.
 
c) Se o estudante trabalha depois da escola (dentro ou fora de casa).
 
d) A quantidade de brigas em sala de aula reportadas pelos alunos da classe.
 
e) A origem socioeconômica média dos estudantes da escola.
 
214. As estimativas relativas ao desempenho dos alunos de cada país (Chile, Cuba e
Brasil), sugerem o seguinte, salvo:
 
a) As meninas tiraram notas mais baixas em matemática do que os meninos ( exceto Cuba
e México) e mais altas em linguagem ( exceto na Bolívia).
 
b) A relação positiva entre a educação dos pais e o desempenho do estudante é
estatisticamente significativa em cada um dos países.
 
c) O capital social familiar, principalmente as expectativas dos pais em relação à
escolaridade do filho (número de anos de educação) e o índice de quantidade de livros em
casa, geralmente tem um impacto expressivo sobre o desempenho do estudante na escola.
 
d) Em geral, os insumos escolares específicos são de extrema relevância para explicar o
desempenho dos alunos em matemática.  
 
e) As variáveis do capital social gerado pelo Estado, como o capital social familiar, são
importantes para explicar as diferenças de desempenhos entre os alunos.
 
215. Nas equações e simulações dos pesquisadores há indicações de que o que o
contexto social – que definimos como capital social – é muito importante para explicar
porque alguns alunos de alguns países (particularmente em Cuba) tiram notas muito
maiores do que os outros países da América Latina. Isso é verdade mesmo quando
estimamos o desempenho de cada aluno na quarta série, usando como controle o
desempenho médio da terceira série da mesma escola. Mas especificamente, as
estimativas indicam, exceto:
 
a) A freqüência do trabalho infantil fora de casa, um importante indicador do grau do capital
social gerado pelo Estado. O trabalho infantil fora de casa é praticamente inexistente em
Cuba, em vivo contraste com os países da nossa amostra, apesar da renda per capta
menor e da riqueza média individual menor em Cuba. Esse fato ajuda a explicar, em parte,
as diferenças entre as notas altas na prova dos alunos cubanos na escola primária e as
notas mais baixas dos estudantes dos outros países.
 
b) Os níveis muito baixos de brigas em sala de aula relatados em Cuba explicam os
melhores resultados dos alunos cubanos.
 
c) A autonomia do diretor da escola também parece ser um fator importante, porque explica
diretamente as diferenças de desempenho dos estudantes dos países.
 
d) A crença sobre os efeitos positivos e significativos da Educação Infantil no sucesso
acadêmico no Ensino Fundamental não é, em geral, confirmada pela pesquisa. No entanto,
a definição de pré-escola é vaga e, provavelmente, só está medindo alunos que
freqüentaram o maternal.
 
e) Da mesma forma, a crença sobre a escola particular como mais eficaz do que a escola
pública tão pouco se confirmou.

216. Em Cuba, os professores têm mais conhecimento do conteúdo em virtude da maior


quantidade de conteúdo que aprendem no ensino fundamental e médio. O sistema
educacional cubano também apresenta a enorme vantagem ao recrutar para o magistério
os melhores alunos do Ensino Médio, pois os mercados privados não determinam as
estruturas salariais cubanas. Em Cuba, as reformas propostas pelo governo e o currículo
nacional, estão intimamente ligados à formação do professor e ao desenvolvimento
profissional, pois ambos são dirigidos pelo Ministério da Educação e garantem que a
formação dos professores esteja focada na transmissão eficaz do currículo nacional. Além
da formação inicial, a maior parte da preparação dos professores acontece no trabalho,
onde são orientados de perto pelos professores mais experientes e pelos diretores das
escolas. O trabalho desses supervisores é definido especificamente, visando a garantia de
que os professores ensinem o currículo obrigatório de forma eficaz. Diante do exposto,
somos levados a concluir que Cuba oferece às crianças mais oportunidade de
aprendizagem do que o Brasil e faz isso, sobretudo das seguintes maneiras, salvo:
 
a) O currículo brasileiro não aborda tanto conteúdo quanto alguns livros didáticos (em
Cuba), mas basicamente, todos os estudantes brasileiros estudam todo o conteúdo
especificado no currículo.
 
b) Os professores da escola primária cubana têm um nível mais alto de conhecimento de
conteúdos especialmente em ciências e matemática, por causa dos maiores níveis de
matemática que aprendem no ensino médio.
 
c) A formação do professor cubano é organizada rigidamente em torno do ensino de um
currículo nacional obrigatório.
 
d) Toda escola cubana está focada no ensino e na responsabilidade principal dos gestores
escolares.
 
e) Toda escola cubana assegura que os alunos estão alcançando os objetivos acadêmicos
claramente especificados.

 
217. Chile e Cuba têm um currículo nacional obrigatório. O MEC do Brasil, aprova um
conjunto de livros didáticos que estão de acordo com os PCNs. Quanto ao currículo,
considerando os livros didáticos, pode-se afirmar, exceto:

a) Em Cuba o livro didático é apenas um suplemento para o professor.


 
b) No Brasil e no Chile o livro didático parece ser um roteiro para o professor.
 
c) Existem muitas semelhanças nos livros didáticos brasileiros.
 
d) O livro didático chileno é inferior aos de Cuba e Brasil.
 
e) As letras a e d estão corretas.

 
218. O quanto os alunos aprendem na escola depende muito dos conceitos aos quais eles
são expostos, da quantidade de tempo que eles se dedicam ao estudo desses conceitos e
de quão eficiente são esses professores para comunicar esses conceitos. Tanto a
cobertura do currículo como a “qualidade” dessa cobertura são cruciais em relação à
oportunidade de aprender. Se os alunos e professores faltam com muita freqüência, ou o
docente é incapaz de ensinar conceitos–chaves, ou utiliza métodos para o tempo passar
em sala de aula, os alunos não aprenderão muita coisa. No entanto, essas condições
prevalecem com regularidade nas escolas latino-americanas. Elas refletem baixas
expectativas e uma gestão totalmente inadequada do sistema educacional. Em relação a
supervisão do trabalho do professor, é incorreto declarar:
 
a) Os professores principiantes obtêm uma supervisão confusa em suas escolas.
 
b) Os professores do Chile e do Brasil ganharam o “direito” de ter quase total autonomia
em suas salas de aula.
 
c) Os professores do Chile e do Brasil são observados rigidamente dentro e fora de sala de
aula.
 
d) Em geral, não se espera que os gestores do Brasil e do Chile sejam líderes
pedagógicos.
 
e) Por motivos ideológicos, Brasil e Chile não reforçam a supervisão direta, preferindo o
controle indireto através de avaliação externa.
 
219. O instrumento de observação inclui diversas categorias que são empregadas para
dividir a aula em segmentos de tempo. Usamos o instrumento para formular perguntas
simples: como cada classe utiliza seu tempo com as subcategorias para observação e
anotações. Para lidar com as limitações de nossa análise, adicionamos outros
componentes ao esquema básico de classificação de segmento, exceto:
 
a) Em primeiro lugar, classificamos o nível geral de atenção e participação dos estudantes
em sala de aula a cada 10 minutos, ao longo de uma escala de quatro pontos, variando de
“desatento” até “muito atento”.
 
b) Atividades com os alunos julgadas em na escala somente “centrada no aluno”.
 
c) Materiais utilizados em sala de aula: folhas de atividades, livros didáticos e materiais de
aprendizagem.
 
d) Condição física da sala de aula ( espaço, iluminação carteiras e som).
 
e) Presença de materiais criados pelos alunos afixados nas paredes ( nenhum, pouco,
muitos, não é possível informar).
 
220. Outro instrumento utilizado para analisar as fitas de vídeo contendo quatro elementos
principais: proficiência matemática da lição, nível de demanda cognitiva, formato ou
objetivo da matemática. A proficiência na matemática é uma expressão que abrange
competência, conhecimento e capacidade em matemática. Pode-se identificar elementos
que captam o que acredita-se ser necessário para alguém aprender, como os seguintes,
salvo:
 
a) Compreensão conceitual: entendimento dos conceitos, operações e relações em
matemática.
 
b) Fluência no processo: habilidade de realizar procedimento de modo flexível, acurado,
eficiente e apropriado.
 
c) Competência estratégica: capacidade de formular, representar e solucionar problemas
matemáticos.
 
d) Disposição produtiva: inclinação para considerar a física e química como sensata, útil e
compensadora, junto com a crença no empenho e na própria eficácia. e) Raciocínio
adaptativo: capacidade de pensamento lógico, reflexão e justificação.
 
221. A produção brasileira sobre o currículo sempre sofreu influências de estudos
norteamericanos. Dos livros de Bobbitt e Kilpatrick, por volta de 1918, aos atuais sempre
foram utilizados por pesquisadores brasileiros para se estudar o currículo, o foco são os
teóricos críticos. Para Pinar (1995), citado por Moreira (2005), existem algumas fases na
teoria crítica norte-americana, as quais são elas, exceto:
 
a) Década de 1970, estudos que focalizaram aspectos subjetivos, realçando a natureza
social do currículo e buscando entender como os indivíduos constroem significados nas
interações com outros indivíduos e com diferentes formas culturais, ressaltando o currículo
como mecanismo de reprodução das desigualdades sociais. A categoria classe deixa de
receber prioridade antecipada e passa a integrar sofisticada matriz analítica composta por
três dinâmicas sociais: classe, gênero e raça, e três esferas: cultura, economia e política.
 
b) Influência de Paul Willis (1983), que tomou por objeto as atitudes de resistência de doze
rapazes da classe trabalhadora inglesa às determinações e exigências escolares. Esse
estudo auxiliou a percepção de que o processo de reprodução não se dá sem a
participação ativa e reativa do sujeito.  
 
c) Afirma-se ser desnecessário um quadro mais irresoluto do que a escola faz na
sociedade capitalista, ou seja, não é necessário analisar a maneira como a escola participa
dos processos de acumulação, legitimação e produção, porque isso não influencia em
nada.
 
d) Priorizam a associação entre a linguagem crítica à linguagem da possibilidade, apelando
para o professor se tornar um intelectual transformador. Propõe-se para isso, que o
currículo para a formação de professores inclua discussões sobre poder, linguagem,
cultura e história, bem como o estímulo à participação de lideranças críticas na construção
de políticas e propostas emancipatórias.
 
e) Uma nova feição da teoria curricular crítica se delineia, com a colaboração do
pósestruturalismo, dos estudos de gênero, da psicanálise, dos estudos ambientais, dos
estudos culturais e dos estudos de raça. O controvertido diálogo entre “neos” e “pós”
domina a etapa, contribuindo para que se veja a tendência como enfrentando perigosa
crise. O pensamento de Foucault, muito utilizado nessa fase, oferece possibilidades de
análise aos curriculistas, discutindo o nexo currículo-poder e alertando para o fato de que a
luta contra o poder cria novas relações de poder. O autor defende a apropriação crítica dos
estudos “neos” e “pós”, preseervando o compromisso com a emancipação, característica
da teoria crítica de currículo.
 
222. A educação da juventude, a sua relação com a escola, tem sido alvo de debates que
tendem a cair numa visão apocalíptica sobre o fracasso da instituição escolar, com
professores, alunos e suas famílias culpando-se mutuamente. Para a escola e seus
profissionais, o problema situa-se na juventude, no seu pretenso individualismo de caráter
hedonista e irresponsável, dentre outros adjetivos, que estaria gerando um desinteresse
pela educação escolar. Para os jovens, a escola se mostra distante dos seus interesses,
reduzida a um cotidiano enfadonho, com professores que pouco acrescentam à sua
formação, tornando- se cada vez mais uma “obrigação” necessária, tendo em vista a
necessidade dos diplomas. Parece que assistimos a uma crise da escola na sua relação
com a juventude, com professores e jovens se perguntando a que ela se propõe. Sobre a
condição juvenil no Brasil, é correto afirmar, exceto:
 
a) Uma primeira constatação é a existência de uma nova condição juvenil no Brasil. O
jovem que chega às escolas públicas, na sua diversidade, apresenta características,
práticas sociais e um universo simbólico próprio que o diferenciam e muito das gerações
anteriores.
 
b) Do latim, conditio refere-se à maneira de ser, à situação de alguém perante a vida,
perante a sociedade. Mas, também, se refere às circunstâncias necessárias para que se
verifique essa maneira ou tal situação.
 
c) Existe uma dupla dimensão presente quando falamos em condição juvenil.
 
d) Refere-se ao modo como uma sociedade constitui e atribui significado a esse momento
do ciclo da vida, no contexto de uma dimensão histórico-geracional, mas também à sua
situação, ou seja, o modo como tal condição é vivida a partir dos diversos recortes
referidos às diferenças sociais – classe, gênero, etnia etc.
 
e) Leva-se em conta também que essa condição juvenil vem se construindo em um
contexto de profundas transformações sócio-culturais ocorridas no mundo ocidental nas
últimas décadas, fruto da ressignificação do tempo e espaço e da reflexividade, dentre
outras dimensões, o que vem gerando uma nova arquitetura do social.
 
223. Os jovens tendem a transformar os espaços físicos em espaços sociais, pela
produção de estruturas particulares de significados. Sobre o tempo e o espaço, pode-se
inferir, salvo:
 
a) Em relação ao sentido que os jovens atribuem ao lugar onde vivem, a periferia não se
reduz a um espaço de carência de equipamentos públicos básicos ou mesmo da violência,
ambos reais. Muito menos aparece apenas como o espaço funcional de residência, mas
surge como um lugar de interações afetivas e simbólicas, carregado de sentidos.
 
b) Aliada ao espaço, a condição juvenil expressa uma forma própria de viver o tempo.
 
c) Há predomínio do tempo presente, que se torna não apenas a ocasião e o lugar, mas
também a única dimensão do tempo que é vivida sem maiores incômodos e sobre a qual é
possível concentrar atenção.
 
d) A presença de uma lógica baseada na reversibilidade, expressa no constante “vaivém”
presente em todas as dimensões da vida desses jovens.
 
e) A reversibilidade é baseada na monotonia do cotidiano vivida pelos jovens.
 
224. Na freqüência cotidiana à escola, o jovem leva consigo o conjunto de experiências
sociais vivenciadas nos mais diferentes tempos e espaços que, como vimos, constituem
uma determinada condição juvenil que vai influenciar, e muito, a sua experiência escolar e
os sentidos atribuídos à ela. Por outro lado, a escola que ele freqüenta apresenta
especificidades próprias, não sendo uma realidade monolítica, homogênea. Sobre escola e
juventude, pode-se inferir, exceto:
 
a) Podemos afirmar que a unidade escolar apresenta-se como um espaço peculiar que
articula diferentes dimensões. Institucionalmente, é ordenada por um conjunto de normas e
regras que buscam unificar e delimitar a ação dos seus sujeitos. No cotidiano, porém,
convive com uma complexa trama de relações sociais entre os sujeitos envolvidos –
alunos, professores, funcionários, pais – que incluem alianças e conflitos, imposição de
normas e estratégias, individuais ou coletivas, de transgressão e de acordos; um processo
de apropriação constante dos espaços, das normas, das práticas e dos saberes que dão
forma à vida escolar.
 
b) O jovem se torna aluno em um processo no qual interferem a condição juvenil, as
relações intergeracionais e as representações daí advindas, bem como uma determinada
cultura escolar. O “tornar-se aluno” significa tanto a submissão a modelos prévios, ao
contrário, consiste em construir sua experiência como tal e atribuir um sentido a este
trabalho.
 
c) A sala de aula também torna-se um espaço onde é visível a tensão entre o ser jovem e o
ser aluno. Nela ocorre uma complexa trama de relações de alianças e conflitos entre
alunos e entre estes e os professores, com imposições de normas e estratégias individuais
e coletivas de transgressão.
 
d) A tensão entre ser aluno e ser jovem se manifesta também na relação com o
conhecimento e os processos de ensino-aprendizagem. Dessa forma, a relação dos jovens
pobres com a escola expressa uma nova forma de desigualdade social, que implica o
esgotamento das possibilidades de mobilidade social para grandes parcelas da população
e novas formas de dominação.  
 
e) A escola, no entanto, não é uma instituição estática, sendo palco de tensões entre
propostas inovadoras e tendências imobilistas. Nesse contexto, nos últimos anos vêm
proliferando no Brasil a implantação de novas propostas político-pedagógicas nos sistemas
oficiais de ensino, principalmente no âmbito municipal, patrocinadas por gestões de perfil
progressista.
 
225. É necessário que o formando, desde o princípio mesmo de sua experiência
formadora, perceba-se também como sujeito da produção do saber e se convença
definitivamente de que ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades
para sua produção ou sua construção. Sobre a docência, é incorreto afirmar:
 
a) Se na experiência de minha formação, que deve ser permanente, começo por aceitar
que o formador é o sujeito em relação a quem me considero o objeto, que ele é o sujeito
que me forma e eu, o objeto por ele formado, me considero como um paciente que recebe
os conhecimentos-conteúdos-acumulados pelo sujeito que sabe e que são a mim
transferidos.
 
b) É preciso que, pelo contrário, desde os começo do processo, vá ficando cada vez mais
claro que, embora diferentes entre si, quem forma se forma e re-forma ao formar e quem é
formado forma-se e forma ao ser formado. É neste sentido que ensinar não é transferir
conhecimentos, conteúdos nem formarão é ação pela qual um sujeito criador dá forma,
estilo ou alma a um corpo indeciso e acomodado.
 
c) Não há docência sem discência, as duas se explicam e seus sujeitos, apesar das
diferenças que conotam não se reduzem à condição de objeto, um do outro. Quem ensina
aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender.
 
d) O educador democrático deve negar-se o dever de, na sua prática docente, reforçar a
capacidade crítica do educando, sua curiosidade, sua insubmissão.
 
e) Faz parte de sua tarefa docente do educador não apenas ensinar os conteúdos mas
também ensinar a pensar certo. Daí a impossibilidade de vir a tornar-se um professor
crítico se, mecanicamente memorizador, é muito mais um repetidor de frases e idéias do
que um desafiador.
 
226. É correto afirmar sobre a sentença: Ensinar não é transferir conhecimento, exceto:
 
a) Saber que ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua
própria produção ou sua construção.
 
b) Quando entro em uma sala de aula devo estar sendo um ser aberto a indagações, à
curiosidade, às perguntas dos alunos, as suas inibições; um ser crítico e inquiridor, inquieto
em face da tarefa que tenho - a de ensinar e não a de transferir conhecimento.
 
c) No momento em que os seres humanos foram criando o mundo, inventando a linguagem
com que passaram a dar nome às coisas que faziam com a ação sobre o mundo; já não foi
possível existir sem assumir o direito e o dever de optar, de decidir, de lutar, de fazer
política.
 
d) O fato de me perceber no mundo, com o mundo e com os outros me põe numa posição
em face com o mundo que é a de quem nada tem a ver com ele.
 
e) A consciência do inacabamento nos insere no momento permanente de busca. Na
verdade, seria uma contradição se, inacabado e consciente do inacabamento, o ser
humano não se inserisse em tal movimento. É neste sentido que estar no mundo
necessariamente significa estar co o mundo e com os outros.
 
227. A segurança com que a autoridade docente se move implica outra, a que se funda na
sua competência profissional. Nenhuma autoridade profissional se exerce ausente dessa
competência. É correto afirmar sobre a questão do ensinar ser uma especialidade humana,
exceto:
 
a) Existem professores cientificamente preparados, mas autoritários a toda prova.
 
b) A incompetência profissional desqualifica a autoridade do professor.
 
c) Ensinar é testemunhar aos alunos o quanto é fundamental respeitá-los e se respeitar
enquanto tarefas que jamais dicotomizem.
 
d) Outro saber que é considerado irrelevante, é ter consciência que a educação é uma
forma de intervenção no mundo.
 
e) Na prática do ensino a liberdade e a autoridade são essenciais.
 
228. O mito da avaliação é decorrente de sua história que vem perpetuando fantasmas do
controle e do autoritarismo há muitas gerações. Sobre o mito da avaliação é incorreto
corroborar:
 
a) É desnecessário desestabilizar práticas rotineiras e automatizadas a partir de uma
tomada de consciência coletiva sobre significado dessa prática.
 
b) A teoria da avaliação educacional, no Brasil, sofreu uma grande influência dos estudos
norte-americanos.
 
c) A avaliação deve julgar o comportamento dos alunos, pois o que se pretende em
educação é justamente modificar tais comportamentos.
 
d) O processo avaliativo à verificação das mudanças ocorridas, previamente delineadas em
objetivos definidos pelo professor.
 
e) Cabe ao sistema educacional e em especial ao professor buscar embasamentos
teóricos que possibilitem a permanência das práticas avaliativas como inerente ao
processo de ensino e aprendizagem, rompendo com a visão quantitativa, classificatória e
arbitrária da avaliação.
 
229. Os termos testes e medidas são definidos de forma vaga, e as respostas não revelam
consenso entre os profissionais da educação. Existem alguns equívocos sobre os termos
relacionados à prática avaliativa, os quais podem ser, exceto:
 
a) A expressão medida, em educação, adquiriu uma conotação ampla e difusa: há
questões envolvendo alunos que é impossível mensurar, como comprometimento,
interesse, participação. Ao mensurar as atitudes ou conhecimentos que não há escalas e
variáveis possíveis, os professores agem de forma arbitrária, utilizando juízo de valor.
 
b) Estabelecem-se notas e conceitos através de métodos impressionistas ou por
comparação, incorrendo em arbitrariedades: ligado ao primeiro equívoco, já que os
conceitos e notas dos alunos não correspondem a pontos referenciais determinados,
valendo a impressão geral do professor.
 
c) O termo conceito assume, na escola, significado de medida: Criados para maximizar os
efeitos dos escores finais dos alunos, desvalorizando o processo de aprendizagem. Além
disso, encaminhar para a análise aspectos afetivos e psicomotores ao lado dos aspectos
cognitivos.
 
d) A medida assume muitas vezes papel absoluto nas decisões de eliminação: os
educadores aceitam e utilizam as notas sem refletirem sobre os impactos classificatórios e
excludentes das mesmas.
 
e) O teste é entendido como instrumento de constatação e mensuração e não de
investigação: os professores aplicam testes para ver se o aluno aprendeu o que foi
ensinado, medir conhecimento.
 
230. Se a educação é um direito humano, fundamental e, portanto, deve ser colocado à
disposição de todos os seres humanos, é obvio a conclusão de que as pessoas com
deficiência também são seus titulares. Em se tratando de crianças e adolescentes, com e
sem deficiência, seu direito à educação só estará totalmente preenchido, exceto:
 
a) Se o ensino recebido visar ao pleno desenvolvimento da pessoa e seu preparo para a
cidadania.
 
b) For ministrado em estabelecimentos oficiais de ensino.
 
c) Tais estabelecimentos não forem separados por grupos de pessoas.
 
d) Quando se fala do direito em educação inclusiva o objetivo é simplesmente garantir às
pessoas com deficiência, o acesso a esse direito humano, comum e fundamental.
 
e) Para ter sucesso garantido, a escola tem que ter divisões dos diversos tipos de alunos.
 
231. Sobre o atendimento educacional especializado ou educação especial com um direito
a mais para pessoas com deficiência, é indevido afirmar:
 
a) O AEE é um tratamento diferenciado, mas que não exclui as pessoas com deficiência
dos demais princípios e garantias relativas à educação.
 
b) É preciso como acréscimo e pode ser o instrumento de concretização do direito à
educação em estabelecimentos oficiais e não separados por grupos de pessoas.
 
c) A primeira maneira de executar o AEE mais conhecida é aquela baseada na
organização de escolas separadas, chamadas escolas de especiais ou especializadas,
substituindo o acesso a escola comum.
 
d) Os defensores do modelo AEE acreditam que os alunos com deficiência deveriam
freqüentar um ambiente plural, coletivo, “dispensados” do direito do Ensino Fundamental
obrigatório, nos princípios defendidos pela Constituição Federal de 88.
 
e) A segunda maneira é defendida pelos movimentos da inclusão escolar. Esta maneira
trata o AEE como apoio e complemento, destinado a oferecer aquilo que há de específico
na formação de um aluno com deficiência sem impedi-lo de freqüentar o ensino regular.
 
232. Quando os serviços de educação especial substituem totalmente os serviços oficiais
comuns, fica caracterizada a negação ou restrição do direito. Esta negação encontra
respaldo, exceto:
 
a) Crenças tradicionais no sentido de que o ambiente de ensino, quanto mais
especializado.  
 
b) O que se tem percebido PE que quanto mais ampla é a formação humana inclusive
emocional e cidadã mais a escola recebe com sucesso a todos.
 
c) As escolas tradicionais alegam um antigo despreparo para receber alunos com
deficiências físicas, mas dizem estar preparados para receber alunos com deficiência
auditiva, porém não estão.
 
d) Existe uma constante alegação de que a inclusão escolar é muito boa, mas não pode
servir para alunos que têm deficiências muito graves.
 
e) As escolas tradicionais nada ou pouco fazem no sentido de virem a se preparar,
permanecendo as “escolas especiais” como alternativa.
 
233. Outra questão é que o Ensino Fundamental é de matrícula obrigatória, o AEE, não.
Sendo facultado aos pais este direito. Ou seja, ele jamais poderia ser imposto pelo sistema
de ensino sua matrícula condição para efetivação da matrícula. Em resumo, pode-se inferir
sobre o AEE, ou Educação Especial, salvo:
 
a) Não é o único direito das pessoas com deficiência, todo ser humano é titular do direito à
educação, que vise ao pleno desenvolvimento humano e o preparo para o exercício da
cidadania.
 
b) Não deve se adotado de forma obrigatória.
 
c) Deve ser oferecidos preferencialmente no mesmo ambiente (sala de aula) freqüentado
pelos demais alunos.
 
d) Se for oferecida a parte, que isto ocorra sem impedir ou dificultar o acesso a sala de aula
comum.
 
e) Se parece com atendimento clínico, daí surgem necessidades especiais.
 
234. Se ainda não conseguimos avançar em sua direção, é porque, certamente, pesam
muito essas contendas e esses desencontros entre os que se dispõem a progredir, a
revirar as escolas comuns e especiais do avesso, e os que querem conservá-las como
estão, para garantir outros benefícios, para impedir avanços, para barrar o novo. O maior
desafio é convencer os pais e os professores deveriam ser guardiões desse direito. Há
ainda a considerar a resistência das organizações sociais às mudanças e às inovações
que, pela rotina e pela burocracia nelas instaladas, enrijecem suas estruturas, arraigadas
às tradições e à gestão de seus serviços. Serviços que fragmentam e distanciam,
categorizam e hierarquizam seus assistidos, e claro, há que se admitir que elas têm fins
próprios e são fim em si mesmas. Apesar dos avanços, ainda vigoram, diferente do que
determina a constituição, alguns possíveis encaminhamentos escolares para alunos com
deficiência, salvo:
 
a) Os dirigidos, unicamente ao ensino especial.
 
b) Os que implicam uma inserção parcial.
 
c) Os que implicam a integração de alunos em salas de aula insólita, mas com condições
especiais.
 
d) Os que determinam a inclusão total e incondicional de todos os alunos com deficiência.

e) A transformação das escolas para atender as pessoas com deficiência.  


 
235. Para ensinar a turma toda: parte-se da certeza de que as crianças sempre sabem
alguma coisa, de que todo educando pode aprender, mas no tempo e do jeito que lhe são
próprios. Sendo fundamental, exceto:
 
a) Que o professor nutra uma elevada expectativa em relação à capacidade dos alunos de
progredir e não desista nunca de buscar meios que possam ajudá-los a vencer os
obstáculos escolares, explorar talentos, atualizar possibilidades, desenvolver
predisposições naturais de cada aluno. As dificuldades e limitações são reconhecidas, mas
não conduzem/restringem o processo de ensino.
 
b) Propor atividades fechadas e igualitárias.
 
c) Que a avaliação do desenvolvimento dos alunos também muda, para ser coerente com
as outras inovações propostas. Acompanha-se o percurso de cada estudante, apreciam-se
seus progressos na organização dos estudos; no tratamento das informações e na
participação na vida social da escola.
 
d) Uma reestruturação do projeto pedagógico-escolar como um todo e das reformulações
que esse projeto exige da escola, para que esta se ajuste a novos parâmetros de ação
educativa. Não se pode encaixar um projeto novo em uma velha matriz de concepção do
ensino escolar.
 
e) Proposição de atividades que possam ser abordadas por diferentes níveis de
compreensão e de desempenho dos alunos e em que não se destaquem os que sabem
mais ou os que sabem menos.
 
236. Entende-se que como pano de fundo para que a inclusão de fato aconteça, que o
professor deve se formar com nova postura: o conhecimento de como o aluno aprende, a
ousadia de acreditar em seus talentos, e acima de tudo, o gosto de ser professor. Os
obstáculos, claro, são muitos, dentre eles destacamos, afora:
 
a) O excesso de políticas públicas adequadas.
 
b) O grande número de escolas sem as mínimas condições de acessibilidade física.
 
c) A falta de equipamentos e materiais didáticos indispensáveis ao atendimento das
necessidades especiais dos alunos.
 
d) A inexistência de projetos sérios de formação continuada.
 
e) A normalidade que encaramos o fato de um professor que educar médicos e
engenheiros ganhar no final de sua carreira, o salário mínimo.
 
237. Durante muito tempo, a restrição do atendimento de crianças com autismo a
instituições de intervenção clínica e escolas especiais reforçou sua tendência ao
isolamento, privando-as da possibilidade de convivência com sua geração, em ambientes
mais espontâneos que retratassem a vida em sociedade. O prejuízo qualitativo na
interação social, manifestado pelo menos em dois dos seguintes aspectos, exceto:
 
a) Prejuízo acentuado no uso de múltiplos comportamentos não-verbais, tais como
contanto visual direto, expressão facial, posturas corporais e gestos para regular a
interação social.
 
b) Fracasso em desenvolver relacionamento com seus pares.  
 
c) Falta de tentativa espontânea de compartilhar prazer, interesses ou realizações com
outras pessoas.
 
d) Falta de reciprocidade social.
 
e) Compleição de sintonia emocional.
 
238. Em relação ao atendimento a crianças com autismo, os prejuízos qualitativos na
comunicação, manifestados por pelo menos um dos aspectos, exceto:
 
a) Atraso parcial do desenvolvimento da linguagem falada.
 
b) Não acompanhamento de outras formas de compensar a falta de comunicaçãogestos ou
mímicas.
 
c) Em indivíduos com fala adequada, acentuado prejuízo na capacidade de iniciar ou
manter uma conversação.
 
d) Uso estereotipado e repetitivo da linguagem ou linguagem idiossincrática.
 
e) Falta de jogos ou brincadeiras de imitação social, vaiadas, espontâneas, apropriadas ao
seu nível de desenvolvimento.
 
239. Sobre o atendimento a crianças com autismo, os padrões restritos e repetitivos de
comportamento, interesses e atividades, manifestados por, pelo menos, um dos aspectos,
salvo:
 
a) Preocupação insistente com um ou mais padrões estereotipados e restritos de interesse,
anormais em intensidade ou foco.
 
b) Adesão real e flexível a rotinas ou rituais específicos e não funcionais.
 
c) Maneirismos motores estereotipados.
 
d) Preocupação persistente com partes de objetos.
 
e) As letras a e c estão certas.
 
240. A primeira Oficina participativa – realizada em 2004, um workshop em três fases e
contou com 81 pessoas. Entre os participantes estavam usuários finais, pessoas com
deficiência e profissionais da universidade. Trouxe resultados para o acesso, permanência,
e prosseguimento nos estudos universitários e a criação do Portal Todos Nós. É incorreto
afirmar sobre o Portal Todos Nós:
 
a) Possui um ambiente virtual inclusivo.
 
b) Tem objetivo divulgar o projeto, suas ações e produção para comunidade interna da
faculdade.
 
c) Almeja atuar como canal de comunicação acessível entre a equipe do projeto e a
comunidade.
 
d) Pretende fomentar a troca de idéias e experiências sobre a inclusão no ensino superior.
 
e) Objetiva disponibilizar informações.
 
241. As crianças estabelecem uma comunicação visual com o mundo exterior desde os
primeiros meses de vida, pois são estimuladas a olhar para tudo o que está em sua  volta.
O ato de ver possibilita a atividade exploratória em um determinado espaço, a associação
de som e imagem, a imitação de gestos ou comportamentos, a percepção e a integração
de formas, contornos, tamanhos, cores e imagens. Em relação ao atendimento educacional
especializado para alunos cegos ou com baixa visão, é incorreto corroborar:
 
a) A percepção do ambiente é restrita e o vazio do olhar precisa ser preenchido com outras
modalidades de percepção e de experiências não-visuais.
 
b) As crianças cegas necessitam do contato físico.
 
c) As crianças cegas necessitam de de cuidados adicionais e diferentes formas de
mediação para conhecer, reconhecer e atribuir significado às coisas, aos objetos, ruídos,
eventos da natureza e ás diversas situações do cotidiano.
 
d) As formas de mediação estão relacionadas ao desenvolvimento de outros sentidos.
 
e) A cegueira completa caracteriza-se pela instabilidade e pelas oscilações entre o ver e o
não ver, devido a interferência de múltiplos fatores orgânicos, emocionais e ambientais.
 
242. É correto afirmar sobre o Sistema Braille, exceto:
 
a) Criado por Louis Braille, em 1825, na França, o Sistema Braille baseia-se na
combinação de 66 pontos que representam as letras, números e outros símbolos.
 
b) A combinação dos pontos é obtida pela disposição dos seis pontos básicos.
 
c) A escrita é realizada por meio de uma reglete ( régua em madeira ou plástico) um
punção(instrumento em madeira ou plástico, no formato de pêra, com uma ponta metálica)
que faz o movimento de perfuração da direita para a esquerda para produzir a escrita em
relevo.
 
d) A escrita em relevo e a leitura tátil não exigem destreza tátil.
 
e) O aprendizado do Braille deve acontecer paralelo ao processo de alfabetização.
 
243. A inclusão de alunos com deficiência mental nas escolas comuns contempla a oferta
do AEE de forma complementar e em horário diferente daquele estabelecido pelo ensino
regular. Dessa forma, não se reproduz nesse atendimento o mesmo conteúdo e nem
tampouco a metodologia adotada pela escola comum. Pode-se afirmar sobre o
atendimento educacional especializado para pessoas com deficiência mental (DM), exceto:
 
a) Todo o trabalho é pautado na necessidade dos alunos, de forma coletiva.
 
b) Não existe um consenso entre as variadas disciplinas sobre a definição e a etiologia
desse diagnóstico.
 
c) Os tipos de atendimento se misturaram, não ficando demarcado o que seria próprio da
escola comum, da escola especial ou da área de saúde, levando a normalização das
pessoas, como se estivesse tratando de uma doença, também implícita uma adaptação a
um padrão adotado.
 
d) O fundamento dessa prática era: se o aluno com DM teria dificuldades em lidar com o
raciocínio abstrato, deveria se trabalhar com atividades concretas facilitadas e repetitivas
para que assim ele assimilasse o conteúdo proposto.  
 
e) O Atendimento Educacional Especializado para alunos DM deve estar centrado na
dimensão subjetiva do processo de conhecimento, complementando o conhecimento
acadêmico e o ensino coletivo que caracterizam a escola comum.
 
244. Na perspectiva da educação inclusiva o espaço, escolar deverá também se organizar
como aquele que oferece o serviço de Tecnologia Assistiva – TA e esta prática deverá ser
implementada nas salas de recursos multifuncionais. A TA é assim apresentada pela
SEESP/MEC, salvo:
 
a) È um termo usado para identificar todo o arsenal de recursos e serviços que contribuem
para proporcionar ou ampliar habilidades funcionais de pessoas com deficiência e
conseqüentemente promover a vida independente e a inclusão.
 
b) O recurso é o equipamento utilizado pelo aluno e que lhe permite ou favorece o
desempenho de uma tarefa. E o serviço de TA na escola é aquele que busca resolver as
dificuldades funcionais deste aluno, encontrando alternativas para que ele participe e atue
positivamente nas várias atividades do contexto escolar.
 
c) TA na escola é buscar, com opções esgotáveis, uma alternativa para que o aluno realize
o que deseja ou precise.
 
d) È conhecer e criar novas alternativas para a comunicação, escrita, mobilidade, leitura,
brincadeiras e artes, com a utilização de materiais escolares e pedagógicos especiais. È a
utilização do computador como alternativa de escrita, fala e acesso ao texto.
 
e) Após identificar que o aluno obteve sucesso com a utilização do recurso de TA, o
professor especializado deverá providenciar que este seja transferido para a sala de aula
ou permaneça com o aluno, como um material pessoal.
 
245. A TA – Tecnologia Assistiva - se organiza em modalidades e esta forma de
classificação varia conforme diferentes autores. Podemos citar, exceto: a) Auxílios para
vida diária e vida prática. b) Comunicação aumentativa e alternativa. c) Recursos de
acessibilidade ao computador. d) Acontece devido as inadequações de postura. e)
Adaptações em veículos escolares.
 
246. Através do serviço de TA na escola, o professor especializado, exceto:
 
a) Atuará de forma individual, assim como o professor da classe comum.
 
b) Identificará qual o melhor recurso de TA, considerando a necessidade de seu aluno.
 
c) Capacitará o aluno a utilizar a TA.
 
d) Levará formação e informações aos professores das salas de aula comuns.
 
e) Trabalhará com a escola comum para que o recurso seja implementado na sala de aula.
 
247. A formação de professores passa por uma redefinição das competências e das
principais funções a eles atribuídas. A formação inicial, bem como a formação continuada
de professores visando a inclusão de todos os alunos e o acesso deles ao  ensino superior,
faz com que o cotidiano da escola e da sala de aula exija do professor, exceto:
 
a) Seja capaz de organizar as situações de aprendizagem considerando a igualdade entre
os alunos.
 
b) Competência para organizar tempos e espaços de aprendizagem, nos vários
agrupamentos.
 
c) Ofereça uma variedade e uma seqüenciação organizada de atividades considerando as
diferenças.
 
d) Deve se situar como mediador.
 
e) Deve ter consciência de que outro elemento importante da abordagem educacional é o
espaço.
 
248. Em relação a inclusão escolar – desafios e perspectivas - considerando a perspectiva
da Escola de Todos, é pertinente verificar em que medida a escola contempla, salvo:
 
a) Elaboração e fortalecimento dos projetos políticos – pedagógicos incentivando a ação
colegiada.
 
b) Sala de aula como eixo de ensino e aprendizagem para todos criando oportunidades
constantes de estudo e pesquisa.
 
c) Trabalho com as diferenças em sala de aula, no contexto da diversidade cultural.
 
d) Organização dos tempos e espaços com características individuais, somente em
pequenos grupos.
 
e) Revisão do processo de avaliação e de seus resultados ( progressão continuada,
organizada em ciclos, quanto aos ritmos de aprendizagem).
 
249. A escola é um campo propício para a discussão política. Dessa forma, ao dizer que o
educador deve fazer de seu ato educativo uma atividade política, Paulo Freire afirma que a
educação só pode contribuir para o crescimento geral da pessoa, do sujeito, do cidadão, do
aluno se significar um espaço para expor idéias. Assim, surge o conceito de educação
problematizadora, política, em que a realidade é clarificada ao mesmo tempo em que se
educa. Assim, existem várias formas de se entender como é o Planejamento – Plano –
Projeto, os quais são considerados uma tipologia, exceto:
 
a) Compreende a idéia de que sem um mínimo de conhecimentos das condições
existentes numa determinada situação e sem um esforço de previsão das alterações
possíveis, nenhuma ação de mudança será eficaz. Nesse sentido trivial, qualquer indivíduo
é um planejador.
 
b) Processo de desequilíbrio entre meios e fins, entre recursos e objetivos, na busca da
melhoria do funcionamento do sistema educacional.
 
c) Processo de tomada de decisões sobre a ação. Processo que num planejamento
coletivo envolve busca de informações, elaboração de propostas, encontros de discussão,
reuniões de decisão e avaliação permanente.
 
d) Processo de previsão e racionalização de emprego dos meios materiais e dos recursos
humanos disponíveis, a fim de alcançar objetivos concretos, em prazos determinados e em
etapas definidas, a partir do conhecimento e avaliação científica da situação original.  
 
e) Processo de análise crítica que o educador faz de suas ações e intenções, onde ele
procura ampliar sua consciência em relação aos problemas do seu cotidiano pedagógico, a
origem deles, à conjuntura na qual aparecem e quais as formas para a superação dos
mesmos.
 
250. O Planejamento escolar está embasado, salvo:
 
a) É um processo de racionalização, organização e coordenação da ação docente,
articulando a atividade escolar e a problemática do contexto social.
 
b) Planejamento global da escola é o nível do planejamento que corresponde às decisões
sobre a organização, funcionamento e proposta pedagógica da escola. É o que mais
requer a participação do conjunto da comunidade.
 
c) Plano global da instituição. Compõe-se por marco referencial, diagnóstico e
programação. Envolve somente a dimensão pedagógica.
 
d) Processo de análise crítica que o educador faz de suas ações e intenções.
 
e) O educador procura ampliar a sua consciência em relação aos problemas de seu
cotidiano pedagógico, à origem deles, à conjuntura na qual aparecem e quais as formas
para a superação dos mesmos.
 
251. Em 1920, surge a chamada Escola Humanística da Administração que trabalha com
conceitos da delegação de autoridade, com autonomia do empregado, com a confiança e
abertura, com ênfase nas relações humanas e com a dinâmica interpessoal grupal,
acentuando princípios como ‘moral elevado’, ‘liderança’, ‘dinâmica de grupo’, ‘participação’,
e ‘comunicação’ entre os grupos. Nesse movimento de inovações, surge a Teoria
Neoclássica de Administração, a partir de um ecletismo que aproveita a contribuição de
todas as demais teorias. Essa teoria enfatiza os aspectos práticos da administração e a
busca de resultados concretos e palpáveis, estabelecendo normas de comportamento
administrativo e acentuando a busca do alcance dos objetivos e a produção de resultados.
Além disso, por causa de seu ecletismo, absorve o conteúdo de quase todas as outras
teorias administrativas. Na Teoria Neoclássica da administração, o planejamento tem as
seguintes características, exceto:
 
a) É sempre voltado para o futuro.
 
b) É um processo instável e interrompido.
 
c) Visa a racionalidade da tomada de decisões.
 
d) Visa selecionar entre várias alternativas um curso de ação.
 
e) Função administrativa que interage dinamicamente com as demais.
 
252. Existem alguns reflexos das teorias administrativas no planejamento educacional, bem
como conceitos que servem para aprofundar as reflexões sobre o pensamento
administrativo e seus reflexos no planejamento educacional. Nas instituições escolares
relaciona vários enfoques, exceto:
 
a) Enfoque jurídico: caracteriza-se por sugerir práticas normativas e legalistas, que
enfatizam a ordem e um sistema fechado de administração. Esse enfoque sofre a
influência da Igreja Católica e Protestante, do positivismo francês e dos modelos europeus
que enfatizam a necessidade de ordem, de organização centralizada e do equilíbrio nas
gestões administrativas.  
 
b) Enfoque tecnocrático: forte predomínio de quadros técnicos preocupados pela adoção
de soluções racionais para resolver problemas organizacionais e administrativos. Outro
aspecto importante é a dicotomia entre política e administração.
 
c) Enfoque comportamental: tende a resgatar a dimensão humana da administração a
partir a Sociologia, Psicologia e Psicologia Social. É a partir daí que as dinâmicas de grupo,
a desenvolvimento organizacional, a análise transicional e a formação de líderes tomam
força na gestão empresarial e, logo depois, na gestão educacional. A concepção da
educação como ato pedagógico e não meramente um ato ou prática comercial, é uma
manifestação desse enfoque de administração, só que numa perspectiva fenomenológica.
 
d) Enfoque sociológico: é decorrente do fracasso do enfoque desenvolvimentista, incapaz
de atender ao otimismo educacional e pedagógico que via a educação como fator de
desenvolvimento econômico e humano. Esse enfoque defende a concepção de uma
administração fundamentada em valores culturais e políticos devidamente
contextualizados. Propõem que os problemas educacionais sejam resolvidos no contexto
sociopolítico mais amplo. Esse enfoque assume a busca de uma administração da
educação de caráter interdisciplinar, uma prática educacional mais explicitada,
evidenciando as relações de dominação social e a diferença entre as classes sociais.
 
e) Enfoque desenvolvimentista: políticas educacionais de empresas particulares traduzidas
em planos e metas da educação.
 
253. Paulo Freire definiu a Escola Cidadã como “aquela que se assume como um centro de
direitos, como um centro de deveres. O que caracteriza a escola cidadã é uma formação
para a cidadania”. Para a Escola Cidadã a escola é lócus central do processo educativo
associada diretamente à questão da Gestão Democrática do Ensino Público. Em uma
pesquisa encomendada pelo conselho Nacional de Secretários de Educação, em 1987 o
Instituto Paulo Freire levantou alguns parâmetros da gestão democrática do Ensino
Público, salvo:
 
a) Capacitar todos os segmentos: docentes e alunos.
 
b) Consultar a comunidade escolar: a gestão democrática implica em uma permanente
consulta, divulgação de informações, debates, seminários, dentre outros, visando a
formação de uma cultura participativa.
 
c) Institucionalizar a gestão democrática: as Secretarias de Educação precisam discutir e
definir suas políticas, estabelecendo leis próprias que garantam organicamente a
participação de todos.
 
d) Lisura nos processos de definição da gestão: a escolha dos dirigentes escolares precisa
ser transparente. A fixação de normas, sua ampla divulgação e discussão do processo de
escolha, bem como a fiscalização, são fatores decisivos.
 
e) Agilização das informações e transparência nas negociações.
 
254. Existem Princípios, objetivos e características do projeto político pedagógico da escola
que o planejamento deve levar em conta, exceto:
 
 a) Todas as ações propostas para a elaboração do PPP da escola relacionam-se com os
princípios norteadores do planejamento dialógico.
 
b) O PPP deve partir da avaliação objetiva das necessidades e expectativas de todos os
segmentos escolares.
 
c) Deve proporcionar a melhoria da organização administrativa, pedagógica e financeira da
escola e também a modificação da coordenação dos serviços, sua própria estrutura formal
e o estabelecimento de novas relações pessoais, interpessoais e institucionais.
 
d) Deve ser elaborado em termos de curtos prazos.
 
e) Deve proporcionar a reflexão da prática pedagógica dos professores e as respectivas
teorias que a embasa.
 
255. Esse momento de interpretar, de entender o estar sendo de cada escola, o estar
sendo de todos que, direta ou indiretamente, estão envolvidos com o trabalho ali realizado.
Essa fase exige alguns passos, como questões a serem levantadas sobre a avaliação dos
resultados do ano anterior, exceto:
 
a) Quais foram os principais problemas que dificultaram a realização de nossa proposta
pedagógica.
 
b) Quais foram os índices de evasão de nossa escola.
 
c) Quais as principais dificuldades enfrentadas na sala de aula.
 
d) Quais as principais dificuldades enfrentadas pela escola e pelos diferentes segmentos
escolares.
 
e) Se houve participação do coletivo, é relevante questionar somente como isso aconteceu.
 
256. O que pode ser feito para superar a indisciplina e a violência que estão altos nas
escolas?
 
a) Dar curso sobre avaliação da escola.
 
b) Avaliar os alunos de forma rígida.
 
c) Seguir o sistema tradicional.
 
d) Conversar com os professores para que eles falem mais alto dentro de sala de aula.
 
e) Organizar palestras nas escolas, reunião com os pais e definir normas com e para os
alunos.
 
257. Como a construção do PPP é um processo e não apenas um produto, a estrutura
básica de um registro de um projeto pode variar de uma escola para outra. É importante
que apareça no registro as subjetividades, suas vivências e seus sentimentos. Embora os
registros sejam diversos, segue o modelo de uma estrutura básica para o registro do PPP,
que está embasado, exceto:
 
a) Identificação do projeto: Nome do projeto, identificação geral da escola, período de
duração do projeto, número de alunos, de professores, de funcionários.
 
b) Histórico e Justificativa: registrar como se deu o processo de articulação dos segmentos
escolares para a realização do planejamento e como foram tomadas as decisões coletivas.
A seguir faz-se a apresentação do PPP, incluindo uma síntese do marco referencial,
relacionada às escola que temos e às prioridades e ações que temos que pretendemos
implementar em nossa escola. Devemos demonstrar a  relevância de nossas propostas, as
prioridades e sua validade política e técnica, descrevendo o alcance social que as ações do
projeto alcançarão.
 
c) Objetivos Gerais e Específicos: Os objetivos gerais representam o desdobramento do
objetivo geral tendo em vista uma proposta voltada para os direitos, interesses e
necessidades do aluno. Os objetivos específicos devem reportar-se aos objetivos do
sistema ao qual a escola está ligada (propósitos da escola e as prioridades estabelecidas
com a etnografia da escola).
 
d) Metas: devem ser quantificadas e detalhadas segundo a localização, onde e quando vai
ocorrer a ação). As metas devem ser enumeradas em consonância com as atividades que
serão desenvolvidas durante o período de execução do projeto.
 
e) Recursos: Uma unidade escolar envolve recursos humanos, materiais e financeiros. É
importante abrir um subitem para cada um desses grupos de recursos. 
 
258. Os PCNS estão alicerçados na Constituição Federal de 1998, na LDB nº9394/96 e,
por conseguinte, comprometidos com a cidadania defendida nessas leis. Apresentam
alguns princípios que deverão orientar a educação escolar do País ( BRASIL: 1998:21),
quais sejam, afora:
 
a) Princípios da dignidade da pessoa humana: respeito aos direitos humanos, repudio à
discriminação de qualquer tipo.
 
b) Igualdade de direitos: mesma dignidade e direitos para todos, garantindo-se o princípio
da equidade, ou seja, deve ser levado em conta somente as igualdades para que o que se
planeja seja alcançado.
 
c) Participação: cidadania ativa, ampliação da democracia.
 
d) Co- responsabilidade pela vida social pelo poder público.
 
e) Co- responsabilidade pela vida social dos grupos sociais.
 
259. A organização da escola em ciclos e a abordagem qualitativa da avaliação no
município de São Paulo (1989-1992) apresentavam as seguintes características, exceto:
 
a) A organização em ciclos rompe com a rígida seriação anual, com notas e médias, com
um sistema de avaliação igualitário.
 
b) Muda a postura em relação ao processo do conhecimento.
 
c) Procura tornar a escola mais compatível com o processo de conhecimento do educando,
respeitando seu ritmo e suas experiências, os avanços que realizou e os que está próximo
de alcançar.
 
d) Essa concepção foi amadurecendo à medida em que foram desenvolvidos trabalhos de
formação permanente dos educadores da Rede Municipal, a partir de 1989. e)
Desenvolvimento de práticas interdisciplinares com os educandos, debruçando-se sobre o
conhecimento numa perspectiva crítica.
 
260. A organização da escola em ciclos (1989-1992) está fundamentada nas seguintes
bases filosóficas e históricas, exceto:
 
a) a fonte de conhecimento está na interação ente o sujeito e o objeto (interacionismo).
 
b) os conhecimentos construídos na escola pelo educando devem estar vinculados com a
práxis.  
 
c) o trabalho escolar deve desenvolver-se a partir da realidade e experiência do educando,
até ultrapassá-la.
 
d) Desenvolvimento de instrumentos críticos do conhecimento universal acumulado como
um conhecimento que vai se construindo.
 
e) A organização do ciclo deverá ser inicialmente 1ª, 2ª e 3ª séries do Ensino Fundamental.
 
261. De acordo como caderno intitulado Avaliação dos processos formadores dos
educadores (SME/BH: 1996), a avaliação é contínua, dinâmica ( utilização de diferentes
instrumentos e reflexão sobre seus resultados) e investigativa. Para esse fim, são
sugeridos os seguintes procedimentos de avaliação:
 
a) Observação.
 
b) Registro.
 
c) Provas.
 
d) Análise dos resultados.
 
e) Avaliação feita por outras pessoas sobre um determinado indivíduo.
 
262. O currículo da escola por Ciclos de Formação estrutura-se a partir de fontes que se
articulam na organização do processo de ensino aprendizagem e dos seus espaços e
tempos:
 
I. Fonte sócio-antropológica: traz as representações da realidade vividas pela comunidade,
apontando suas contradições e conflitos;
 
II. Fonte epistemológica: tem na interdisciplinaridade o princípio articulador entre as áreas
do conhecimento que estudarão os conceitos inerentes às representações da realidade
pela comunidade;
 
III. Fonte sócio-psicopedagógica: respeita os estágios de desenvolvimento do ser humano
enquanto ser biológico e social;
 
IV. Fonte filosófica: princípios da escola comprometida com as classes populares.
 
É correto afirmar, exceto:
 
a) I e II estão certos.
 
b) II e III estão certos.
 
c) III e IV estão certos.
 
d) I, II, III e IV estão certos.
 
e) II, III e IV estão certos.
 
263. O ensino por ciclos é considerado uma alternativa par ao sucesso escolar. Nesse
sentido, o currículo é ação, é trajetória, é caminhada construída coletivamente de forma
diferenciada em cada realidade escolar. Por outro lado, os Ciclos de Formação são
organizados por Complexos organizados da seguinte forma, salvo:
 
a) Investigação do interesse particular de cada ciclo.
 
b) Definição dos complexos no coletivo do ciclo.
 
c) Formulação de princípios por áreas de conhecimento.
 
d) Elaboração de plano de trabalho da área de conhecimento e de cada ciclo.
 
e) Compatibilização e re-elaboração no coletivo do ciclo.
 
264. Conforme atestam alguns estudados realizados (Martins, 1996; Zaluar, 1999; Peralva,
1997a, 2000), o tema da violência, sobretudo aquela que ocorre nos grandes centros
urbanos na sociedade brasileira, é parceiro do processo de democratização, à medida que,
a partir do início dos anos 1980, essa questão eclode com força no debate público. Isso
acontece, de um lado, porque demandas latentes adquiriram visibilidade nos espaços
possibilitados pela distensão política, propiciando maior abertura para as questões que
afetavam a qualidade de vida da população das periferias das grandes cidades, onde a
segurança constituía problema importante e até hoje não resolvido. De outro, tratava-se,
naquele momento, de lutar por uma maior democratização das instituições oficiais –
sobretudo do aparelho de segurança – resistentes aos novos rumos trilhados pelo país.
Mas é preciso reconhecer que a elevação da violência à condição de problema nacional no
debate público decorre também de sua disseminação e diversificação no âmbito da
sociedade civil. É incorreto afirmar sobre a violência no espaço público:
 
a) É no quadro de uma ampla demanda de segurança por parte dos moradores das
periferias dos centros urbanos que o fenômeno da violência nos estabelecimentos
escolares torna-se visível e passa a acompanhar a rotina do sistema de ensino público no
Brasil, desde o início dos anos 1980. Nesse momento, a mídia, sobretudo a imprensa
escrita e a televisão, age como espaço possível de ressonância de denúncias que
afetavam a vida dos estabelecimentos escolares situados na periferia de cidades como
São Paulo. Em geral, o tom predominante era o de expor as precárias condições dos
prédios quanto aos equipamentos mínimos de proteção. Eram denunciadas, também, as
constantes depredações dos edifícios e invasões, observadas nos períodos ociosos, em
especial nos fins de semana.
 
b) A cidade de Salvador - BA constitui um bom exemplo da disseminação das demandas
de segurança nos estabelecimentos situados em regiões periféricas. As reivindicações
dirigidas aos primeiros governos eleitos pelo voto popular, no início dos anos 1980,
reuniram professores, alunos e pais que buscavam melhores condições de funcionamento
das unidades escolares. As respostas, em geral, resultavam em algumas medidas como:
policiamento nas áreas externas, zeladorias, muros, iluminação nas áreas externas e
pátios escolares, grades em janelas, portões altos, etc.
 
c) Nesses primeiros anos da década de 1980 observa-se certo consenso em torno da idéia
de que as unidades escolares precisavam ser protegidas, no seu cotidiano, de elementos
estranhos, os moradores dos bairros periféricos, atribuindo a eles a condição de marginais
ou delinqüentes. Tratava-se assim de uma concepção de violência expressa nas ações de
depredação do patrimônio público, especialmente, e, em menor grau, no medo da invasão
dos prédios por adolescentes ou jovens moradores, aparentemente sem vínculo com a
unidade escolar.
 
d) Marcada pela conjuntura, a discussão da violência da escola esteve indissociavelmente
ligada à questão democrática. De certo modo tratava-se de buscar um modelo mais
democrático de gestão dos estabelecimentos, incorporando alunos, pais e demais usuários
na tomada de decisões. Buscava-se uma instituição mais aberta, menos autoritária em
suas práticas e propiciadora de melhores condições de permanência dos alunos mais
pobres no sistema formal de ensino.  
 
e) Durante a década de 1980 e início dos anos 1990 o tema da segurança passa a
predominar no debate público. Os eixos fortes que articulavam a discussão da escola
pública em torno de uma desejada abertura democrática se arrefecem.
 
265. Os diagnósticos e algumas pesquisas de natureza descritiva sobre a violência escolar
são produzidos ao longo da década de 1990 por algumas organizações não-
governamentais e entidades de profissionais da educação (sindicatos docentes e
associações de diretores de escolas), seguidos por alguns estudos empreendidos por
organismos públicos. As pesquisas nos anos de 1990 sobre violência mostram, exceto:
 
a) Os levantamentos nacionais observados no final da década de 1990 apresentam uma
peculiaridade. Não são estudos voltados de modo privilegiado para o exame das relações
entre violência e escola. Os mais freqüentes são grandes surveys que se realizam com
jovens moradores de capitais, onde suas relações com a violência são examinadas no
interior de outras variáveis. Registra-se apenas um único studo nacional realizado sobre
condições de trabalho com professores da rede de ensino público, no qual o tema da
violência e segurança nas escolas é abordado.
 
b) Parte significativa de diagnósticos quantitativos sobre juventude tem sido conduzida por
organizações governamentais e por alguns institutos de pesquisa.
 
c) A primeira pesquisa realizada pela UNESCO com jovens de Brasília apontava que esses
segmentos estavam mais envolvidos do que as meninas em situações de agressões
físicas, discussões e ameaças ou intimidações no interior da escola. Desses três tipos de
conduta, a mais freqüente incidia sobre as discussões (quase 55% do total de
entrevistados se envolvia com esse tipo de prática muitas vezes ou às vezes, ocorrendo
poucas diferenças entre homens e mulheres).
 
d) O levantamento realizado em 1997 (Abramovay e outros, 1999) envolvendo jovens das
cidades da periferia de Brasília indicava que para 37,3% desses segmentos a escola não
era local de violência; quase metade considerava a instituição como âmbito de média
violência; e 16%, de muita violência. Esses jovens classificaram como muito violentos: a
televisão, os bailes, festas e shows.
 
e) Embora os resultados sejam bastante fragmentários, é possível considerar que os anos
1990 apontam mudanças no padrão da violência observada nas escolas públicas, atingindo
não só os atos de vandalismo, que continuam a ocorrer, mas as práticas de agressões
interpessoais, sobretudo entre o público estudantil. Dentre estas últimas, as agressões
verbais e ameaças são as mais freqüentes. O fenômeno alcança as cidades médias e
regiões menos industrializadas e não é evitado a partir de medidas de segurança interna
aos estabelecimentos.
 
266. É incorreto afirmar sobre o Windows XP:
 
a) O Windows XP um sistema operacional.
 
b) O sistema operacional é um programa (software) encarregado pelo funcionamento do
computador.
 
c) É através do Windows XP que todos os comandos solicitados pelo usuário são
entendidos pela máquina (hardware).
 
d) Um computador sem um sistema operacional é considerado uma máquina operante e
com utilidade.  
 
e) O Windows possui várias outras versões além da XP, tais como: Windows 3.11, 95, 98,
ME.
 
267. O botão Iniciar é o principal elemento da Barra de Tarefas. Ele dá acesso,
principalmente:
 
a) Menu Iniciar.
 
b) Meus documentos.
 
c) Minhas imagens.
 
d) Minhas músicas.
 
e) Meu computador.
 
268. O mouse é um dispositivo que permite a entrada de dados ele é chamado também de
dispositivo apontador de dados, devido ao fato que o usuário pode escolher as informações
na tela e selecioná-las utilizando o ponteiro do mouse. O mouse padrão possui dois botões
que serão utilizados na operação do windows XP. O botão esquerdo e o botão direito. Em
relação ao botão direito e esquerdo é correto afirmar, exceto:
 
a) O botão esquerdo serve para acionar o clique duplo.
 
b) O botão esquerdo serve para acionar clique simples.
 
c) O botão direito serve para arrastar e soltar.
 
d) O botão direito serve para auxiliar o usuário em determinadas tarefas conforme a
posição que o ponteiro do mouse se encontra, através do menu de atalho.
 
e) O botão esquerdo serve para acionar pressionar e permite que o usuário movimente
objetos na tela de um local para outro.
 
269. Todo e qualquer tipo de informação armazenada no computador, chamamos de
Arquivo. Tudo o que temos armazenado no nosso HD, Disquete e CD são arquivos. Todo
arquivo é formado por, exceto:
 
a) Ícone.
 
b) Excel.
 
c) Nome.
 
d) Ponto.
 
e) Extensão.
 
270. Quando realizamos uma pesquisa de arquivos, podemos usar vários critérios para se
refinar (filtrar) a nossa pesquisa. É correto afirmar sobre a pesquisa de arquivos, exceto:
 
a) Localizar todos os arquivos do Microsoft Word – Forma: *DOC.
 
b) Localizar todos os arquivos do Microsoft Excel – Forma:*XLS.
 
c) Localizar todos os arquivos que comecem com a letra A do Microsoft Word –
Forma:*A.*O*.
 
d) Localizar todos os aplicativos (programas) – Forma: *EXE.
 
e) Localizar todos os arquivos com o nome ASSESS – Forma: ASSESS.*
 
271. Sobre a forma de navegar na internet, é correto afirmar, salvo:
 
a) A "navegação" na Internet é feita através de um browser (programa que visualiza as
páginas - ex: Netscape).  
 
b) Esta navegação deve ser feita com o mouse utilizando os links, que devem ser clicados
com o botão esquerdo do mouse apenas uma vez.
 
c) Se você tem um endereço Internet para visitar (ex:http://www.buscas.com.br), você pode
ir direto para esta página digitando-a no seu browser num campo destinado para isso e
teclando enter.
 
d) Para voltar a página que acaba de ser acessada, basta clicar na barra de tarefas do seu
browser no botão que indica com uma seta para esquerda Voltar ou Back. No Netscape e
Internet Explorer este é o terceiro botão da barra de tarefas que fica na parte de cima do
browser.
 
e) No Netscape e Internet Explorer este campo se localiza normalmente acima da página
com o título de Location ou Open.
 
272. É incorreto afirmar sobre o que são negócios virtuais:
 
a) São empresas que oferecem serviços e vendem produtos através da web.
 
b) As revistas virtuais Exibem uma amostra da última edição publicada e possibilitam ao
cliente a compra da edição e também a fazer uma assinatura da revista através da própria
Web.
 
c) As lojas virtuais Possibilitam ao cliente fazer suas compras através da web em
supermercados, lojas de softwares, lojas de livros e CDs, etc.
 
d) São atalhos para outras páginas. e) Home banking são Serviços prestados por diversos
bancos, que possibilitam ao cliente fazer transferências, solicitação de talão de cheques e
demais serviços via web.
 
273. Sobre hacker é correto afirmar, salvo:
 
a) Quer dizer machado.
 
b) Quer dizer cortar em pedaços de maneira bruta.
 
c) Quer dizer dirigir, controlar eficientemente.
 
d) Os interneteiros preferem chamar os larápios de sistemas de "crackers", aquele que
racha ou fende alguma coisa.
 
e) Na vida digital este termo é usado para as pessoas que conhecem superficialmente os
computadores e podem entrar em qualquer sistema.
 
274. Sobre a Microsoft Word, é incorreto afirmar:
 
a) A Microsoft Word é o editor de texto mais utilizado no mundo.
 
b) O programa acompanha o pacote Microsoft Office e fornece uma grandiosa quantidade
de itens que lhe permitirá criar documentos profissionais.
 
c) Este excelente programa é dotado de características comuns.
 
d) Os documentos criados no Word são longos, requer formatação especial para áreas de
texto distintas.
 
e) Além de contar como uma infinidade de formatações, o Word possui corretor ortográfico,
ferramentas para tradução, dicionário de sinônimos entre outras ferramentas que serão
úteis nas diversas tarefas do dia-a-dia.
 
275. Sobre o Microsoft Excel é correto afirmar, exceto:
 
a) A Microsoft Excel é sem dúvida o melhor e mais fácil programa para manipulação de
planilhas eletrônicas.
 
b) Em sua versão 2002 (XP), o programa trás uma interface mais leve, com tons de cores
mais suaves, ficando mais flexível e intuitivo, com mudanças voltadas para novos usuários
e atendendo pedidos de usuários fieis do programa.
 
c) O usuário pode utilizar formulas e funções que facilitarão operações específicas ao
trabalhar com diversos valores.
 
d) O aprimoramento do produto faz do Excel uma excelente ferramenta para desenvolver
planilhas profissionais.
 
e) O Excel XP possui um recurso de dissimilação dos dados digitados nas células.
 
276. Um Sistema Operacional é um programa que tem por função controlar os recursos do
computador e servir de interface entre ele e o usuário. Essa definição é mostrada em
qualquer livro que fale a respeito desse tipo de software. Um sistema operacional é,
portanto, um programa que tem a obrigação de controlar a máquina, permitindo-nos
comandá-la através de ordens pré-definidas. Sem um sistema operacional, por exemplo,
não seria possível usar uma planilha eletrônica, um editor de textos ou mesmo acessar a
Internet. O Linux é um sistema operacional, como já foi dito, e, por isso, tem a função de
controlar o computador e permitir que o usuário dê comandos a ele. Esses recursos não
são somente do Linux, o nosso velho conhecido Windows também os têm. Pode-se inferir
sobre o Linus, exceto:
 
a) O Linus é um software livre.
 
b) Os desenvolvedores do Linux, Linus Torvalds (criador), classificaram o Linux numa
licença chamada GNU GPL (General Public License – Licença Pública Geral), da FSF
(Free Software Foundation – Fundação do Software Livre).
 
c) Este sistema operacional GNU deveria ser compatível com o sistema operacional UNIX,
em função disso ele utiliza o mesmo código fonte.
 
d) Atualmente, o sistema operacional GNU com o Linux é conhecido como GNU/Linux.
 
e) O projeto solicita aos utilizadores que se refiram ao sistema completo GNU/Linux),
embora a maioria das pessoas se refira ao sistema apenas como Linux por uma questão
de comodidade.

277. Os usuários dos Softwares Livres têm seus direitos garantidos devido a critérios da
GPL, salvo:
 
a) Um Software Livre poderá ser usado para qualquer finalidade.
 
b) Um Software Livre poderá ser estudado plenamente.
 
c) Para estudar um Software Livre não é necessário ter o código do programa.
 
d) Um Software Livre poderá ser alterado em sua totalidade.
 
e) Um Software Livre poderá ser distribuído (copiado) livremente, sem a exigência de
pagamento de licença de uso em nenhum dos casos.
 
278. As principais distribuições do Linus são basicamente a mesma coisa, porque se
baseiam num único centro, o Kernel. É correto afirmar, exceto:  
 
a) Conectiva Linux: é a distribuição da empresa brasileira Conectiva. Um dos mais
amigáveis Linux para o Brasil apresenta uma interface de instalação muito boa.
 
b) Red Hat: Uma distribuição americana que recentemente deixou de ser distribuída
gratuitamente. A empresa Red Hat simplesmente fornece seu Linux para servidores de
rede, não mais para usuários de computadores.
 
c) Slackware: considerada por muitos como a melhor distribuição de todas, por ser a mais
estável é mais recomendado para servidores.
 
d) Suse Linux: uma distribuição alemã, também muito famosa. Traz diversos programas
para usuários finais.
 
e) Mandrake Linux: também muito fácil de usar, dando preferência aos usuários finais, o
MandrakeLinux só não pode ser usado em casa por qualquer usuário.
 
279. É incorreto afirmar sobre os tipos de usuários:
 
a) O Linux admite a existência de diversos usuários. Os cadastros dos usuários que o
sistema possui são feitos em registros exclusivos chamados contas (ou contas de usuário).
 
b) O Linux consiste, entre outras informações, no Login e a senha.
 
c) Há várias formas de criar contas de usuário no Linux depois que o sistema está em
funcionamento, sendo que a conta não é criada quando o Linus é instalado no computador,
a conta da pessoa que tem direito afazer qualquer coisa no sistema: o Administrador ou
Super Usuário (ROOT).
 
d) O usuário restrito funciona da seguinte forma: Cada usuário, tendo seu login, tem seu
acesso restrito a arquivos e a certos acessos ao sistema e ao computador.
 
e) O usuário grupo: para se conectar ao sistema Linux, podendo utilizar seus recursos, um
usuário precisa ter uma conta(Login e Senha) e que uma dessas contas é especial porque
fornece, a seu detentor, o direito de fazer qualquer coisa no computador (root). Mas
também existe um grupo de usuários que pode compartilhar arquivos atribuindo a eles
certos tipos de privilégios de acesso que, obviamente, é chamado de GRUPO. Quem
estiver dentro do grupo vai ter acesso aos recursos que o forem fornecidos ao grupo todo.
 
280. Existem três tipos de operações para os arquivos e diretórios, as quais são:
 
I. Escrever: permite, ao seu detentor, não modificar o conteúdo de um arquivo, e assim o
arquivo é mantido intacto desde o momento em que está começando a ser criado (salvá-
lo). Esse direito está vinculado ao direito de ler o arquivo.
 
II. Ler: permite que o detentor desse privilégio possa apenas ler o conteúdo de um arquivo,
sem poder alterá-lo (salvar). Na imagem acima o grupo financ tem o direito de ler o arquivo.
 
III. Executar: define que o arquivo poderá ser executado como um programa qualquer pelo
usuário. É correto corroborar:
 
a) I está incorreta.
 
b) II está incorreta.
 
c) III está incorreta.
 
d) II e I estão certas.
 
e) III e I estão certas.  
 
281. A maioria das questões sobre Linux são referentes aos comandos de teclado. Sobre
os comandos básicos, pode-se corroborar:
 
I. shutdown -h now Este comando faz com que o computador seja desligado em um
determinado momento. Ex: shutdown -h 5 - Desligar em 5 minutos
 
II. shutdown -r now O computador será reiniciado em um determinado momento. Ex:
shutdown -r 7 - Reiniciar em 7 minutos
 
III. reboot Reinicia o computador É correto afirmar:
 
a) I está incorreta.
 
b) II está incorreta.
 
c) III está incorreta.
 
d) I e II estão incorretas.
 
e) I, II e III estão certas.
 
282. Sobre a manipulação de processos no sistema, pode-se inferir:
 
I. ps (listar) Esse comando lista alguns processos em andamento.
 
II. kill (Matar)Comando que finaliza um processo.
 
III. killall (Matar/Nome) Esse comando finaliza o processo pelo determinado nome.
 
IV. w (Usuário) Comando que mostra todos os usuário logados.
 
É correto afirmar:
 
a) I esta certa.
 
b) II esta incorreta.
 
c) III esta incorreta.
 
d) I esta incorreta.
 
e) IV está incorreta.
 
283. Os cargos públicos são acessíveis a todos os brasileiros, observadas as condições
prescritas em leis, decretos, regulamentos e instruções baixadas pelos órgãos
competentes. Os cargos públicos de Betim são providos por, exceto: a) Nomeação. b)
Promoção. c) Reintegração. d) Lucratividade. e) Reversão. 284. A nomeação de cargos
públicos em Betim será feita conforme, exceto:
 
a) Em caráter efetivo, quando se tratar de cargo de classe singular ou de carreira.
 
b) Em comissão, quando se tratar de cargo que, em virtude de lei, assim deva ser provido.
 
c) Em substituição, no impedimento legal e temporário do ocupante de cargo efetivo e de
função gratificada.
 
d) Compete somente ao Governador prover, por decreto, os cargos públicos.
 
e) O funcionário substituto só poderá ter exercício no cargo para o qual tenha sido
nomeado.

   284.  A nomeação de cargos públicos será feita conforme, exceto:  

a) Em caráter efetivo, quando se tratar de cargo de classe singular ou de


carreira. 

b) Em comissão, quando se tratar de cargo que, em virtude de lei, assim


deva ser provido.  

c) Em substituição, no impedimento legal e temporário do ocupante de


cargo efetivo e de função gratificada. 

d) Compete somente ao Governador prover, por decreto, os cargos


públicos. 

e) O funcionário substituto só poderá ter exercício no cargo para o qual


tenha sido nomeado. 
 
285. Sobre os concursos públicos, é incorreto afirmar:
 
a) A primeira investidura em cargo de provimento efetivo efetuar-se-á mediante concurso
público de provas ou títulos ou de provas e títulos, conforme o estabelecido nesta lei ou em
instruções próprias.
 
b) A aprovação em concurso cria direito à nomeação, mas esta, quando se der, respeitará
a ordem de classificação dos candidatos habilitados.
 
c) Terá preferência para nomeação, em caso de empate na classificação, o candidato já
pertencente ao serviço da Prefeitura Municipal de Betim, e havendo mais de um com este
requisito, o mais antigo.
 
d) Se ocorrer empate de candidato não pertencente ao serviço da Prefeitura Municipal de
Betim, decidir-se- á em favor do mais jovem.
 
e) Realizado o concurso, será expedido, pelo órgão de pessoal, o certificado de habilitação
do qual deverá constar a classificação do concursado.
 
286. O Art. 8º Lei nº 884, de 12/02/1969 dispõe sobre o Estatuto dos Funcionários,
assegura que na realização dos concursos, sem prejuízo de outras exigências ou
condições, a orientação básica, afora:
 
a) Será publicado o edital para provimento de qualquer cargo enquanto não se extinguir o
período de validade de concurso anterior, havendo somente candidato aprovado e
convocado para a investidura.
 
b) Independerá de limite de idade a inscrição em concurso, de ocupante de cargo de
provimento efetivo.
 
c) O concurso, uma vez aberto, deverá estar homologado no prazo de 12 meses.
 
d) Compete ao Prefeito homologar o concurso.
 
e) Os editais deverão estabelecer exigências e condições que possibilitem a comprovação,
por parte do candidato, das qualificações e requisitos constantes das especificações da
classe a que concorre.
 
287. O Art. 9º da Lei nº 884, de 12/02/1969 dispõe sobre o Estatuto dos Funcionários,
define que o ocupante, em substituição de cargo cujo provimento efetivo dependa de
habilitação em concurso, será inscrito de ofício, no primeiro que se realizar, qualquer que
seja o tempo de serviço. Em relação ao que está previsto, pode-se inferir, exceto:
 
a) A aprovação da inscrição dependerá do preenchimento, pelo substituto, das exigências
estabelecidas para o concurso.  
 
b) Homologado o concurso, serão exonerados os substitutos que tenham deixado de
cumprir o disposto no parágrafo anterior.
 
c) Homologado o concurso, serão exonerados todos os substitutos que a ele concorreram
e que, se aprovados, somente serão nomeados obedecida a ordem de classificação.
 
d) O exercício em substituição não isenta de exigência de concurso para nomeação efetiva
o seu ocupante, qualquer que seja o tempo de serviço.
 
e) É sancionada a nomeação de candidato habilitado em concurso, após expiração do
prazo de sua validade.
 
288. De acordo com a Lei nº 884, de 12/02/1969 dispõe sobre o Estatuto dos Funcionários,
Só poderá ser empossado em cargo público quem satisfizer os seguintes requisitos:
 
a) Ser brasileiro.
 
b) Ter completado 18 anos de idade;
 
c) Estar quites com as obrigações militares.
 
d) É permitido que a conduta dúbia.
 
e) Ter atendido às condições especiais prescritas em lei, decreto, regulamento ou
instruções para determinados cargos integrantes de classe singular ou de série de classes.
 
289. De acordo com a Lei nº 884, de 12/02/1969 dispõe sobre o Estatuto dos Funcionários
da Prefeitura de Municipal, são competentes para dar posse, exceto: 
 
a) O Prefeito Municipal.
 
b) Chefes de Departamento.
 
c) Chefes de Divisões.
 
d) O chefe de Órgão de Pessoal da Prefeitura aos demais funcionários.
 
e) Todas as alternativas estão corretas.
 
290. De acordo com a Lei nº 884, de 12/02/1969 dispõe sobre o Estatuto dos Funcionários
da Prefeitura, sobre o exercício do cargo, pode-se inferir, exceto:
 
a) Terá início dentro do prazo de 30 (trinta) dias contados.
 
b) Da data da publicação do decreto no órgão oficial da Prefeitura ou, em sua falta, por
edital afixado nos locais costumeiros no caso de reintegração e designação para função
gratificada.
 
c) A promoção e o acesso não interrompem o exercício, que é contado na nova classe a
partir da data da publicação do decreto respectivo.
 
d) O funcionário, quando licenciado ou afastado em virtude de férias a qualquer título,
casamento, luto pelo falecimento de pai, mãe, cônjuge, filho ou irmão deverá entrar em
exercício imediatamente após o término da licença ou afastamento.
 
e) As letras b,c e d estão corretas.
 
291. De acordo com a Lei nº 884, de 12/02/1969 dispõe sobre o Estatuto dos Funcionários
da Prefeitura, é incorreto afirmar sobre questões relacionadas ao funcionário:  
 
a) O afastamento do funcionário de seu órgão para ter exercício em outro só se verificará
mediante prévia autorização do Prefeito Municipal, para fim determinado e prazo certo, por
indicação do órgão de pessoal.
 
b) O Prefeito poderá alterar a lotação do funcionário, para atender conveniências do
serviço.
 
c) 0 funcionário que não entrar em exercício dentro do prazo será empregado do cargo.
 
d) Preso em flagrante ou preventivamente, pronunciado por crime comum ou funcional ou
ainda condenado por crime inafiançável ou processo no qual não haja pronúncia, o
funcionário será afastado do exercício, até decisão final passada em julgado.
 
e) Competem ao chefe do órgão em que for lotado o funcionário, comunicar ao órgão de
pessoal o não cumprimento do disposto no artigo 20, seus itens e parágrafos, para que
seja processada a exoneração do funcionário.
 
292. Estágio probatório é o período de permanência condicional, em serviço, do funcionário
nomeado em virtude de concurso, período durante o qual é apurada a conveniência ou não
de sua confirmação no cargo. Parágrafo Único – O período de estágio probatório será
fixado em decreto do Prefeito Municipal, tendo em vista a natureza do trabalho de cada
classe ou de grupo delas. No período de estágio probatório, apurar-se-ão os seguintes
requisitos, exceto:
 
a) Idoneidade moral.
 
b) Descontinuidade do serviço.
 
c) Assiduidade.
 
d) Quantidade e qualidade no trabalho.
 
e) Disciplina.
 
293. De acordo com a Lei nº 884, de 12/02/1969 dispõe sobre o Estatuto dos Funcionários
da Prefeitura, é incorreto afirmar sobre o estágio probatório:
 
a) 0 chefe onde sirva o funcionário sujeito ao estágio probatório, 60 (sessenta) dias antes
do término deste, informará ao órgão de pessoal sobre o estagiário, tendo em vista os
requisitos enumerados no parágrafo único do artigo anterior, concluindo ou não pela sua
confirmação.
 
b) Se o parecer do chefe imediato do estagiário for desfavorável à sua permanência, fica
ratificado o ato de nomeação.
 
c) Se o parecer da chefia for contrário à confirmação dele terá o estagiário vista por cinco
dias, para oferecer, por escrito, a sua defesa, se o quiser.
 
d) Julgando o parecer e a defesa, o órgão de pessoal, se considerar conveniente a
exoneração do estagiário, encaminhará ao Prefeito o respectivo decreto.
 
e) A apuração dos requisitos de que trata o artigo 29 deverá processar-se de tal modo que
a exoneração do funcionário possa ser feita antes de findo o período de estágio.
 
294. De acordo com a Lei nº 884, de 12/02/1969 dispõe sobre o Estatuto dos Funcionários
da Prefeitura, é incorreto declarar sobre da substituição:
 
a) A substituição será sempre automática.  
 
b) A competência para a substituição automática será fixada pelo Prefeito em decreto.
 
c) A substituição remunerada, entretanto, dependerá sempre de ato do Prefeito.
 
d) O substituto, se funcionário, perderá durante o tempo da substituição, o vencimento ou
remuneração do cargo de que for ocupante, salvo no caso de função gratificada e opção.
 
e) Em caso excepcional , atendida a conveniência da administração, o titular de cargo ou
função de direção ou chefia poderá ser nomeado ou designado, cumulativamente, como
substituto em outro cargo ou função da mesma natureza, até que se verifique a nomeação
ou designação do titular, e, nesse caso, só perceberá o vencimento correspondente a um
cargo ou a uma função.
 
295. As linhas de promoção são indicadas nas especificações do Plano de Classificação de
Cargos da Prefeitura. As promoções serão realizadas semestralmente, desde que
verificada a existência de vaga. É correto declarar, exceto:
 
a) Somente poderá concorrer à promoção o funcionário que contar, pelo menos 365 dias
de efetivo exercício na classe, no semestre correspondente.
 
b) Quando o número de vagas for superior ao de candidatos, ou quando não houver
candidato que satisfaça a exigência do parágrafo anterior, poderão concorrer à promoção
os funcionários que contarem pelo menos 183 dias de efetivo exercício na classe.
 
c) O funcionário promovido não deve reiniciar a contagem de tempo na classe superior,
para efeito de nova promoção.
 
d) Quando não decretada no prazo legal, a promoção produzirá seus efeitos a partir do
último dia do respectivo semestre.
 
e) O merecimento do funcionário é adquirido na classe.
  
296. Para comprovar merecimento, para efeito de promoção deverá o funcionário satisfazer
os seguintes requisitos, salvo:
 
a) Possuir qualificações necessárias para o desempenho de sua função.
 
b) Possuir aptidões necessárias para desempenho das atribuições da classe superior.
 
c) Será apurado ordinariamente por meio de provas escritas.
 
d) Será apurado exclusivamente por meio de provas escritas, práticas orais, nos termos e
condições que constar das instruções baixadas pelo órgão de pessoal.
 
e) Demonstrar, positivamente, eficiência, assiduidade, pontualidade, espírito de
colaboração, urbanidade no trato e outros requisitos que forem, em cada caso ou em geral,
indicados pelo órgão de pessoal, através de instruções.
 
297. No caso de igualdade na apuração de merecimento adotar-se-á como fator de
desempate, sucessivamente, exceto:
 
I - o fato de ter o funcionário participado em operações de guerra.
 
II - tempo de serviço na classe.
 
III - tempo de serviço na carreira.
 
IV - tempo de serviço na Prefeitura, qualquer que tenha sido a natureza da função ou da
nomeação.
 
V - o que tiver mais tempo de serviço público.  
 
VI - o funcionário, casado ou viúvo, que tiver maior número de filhos menores de 18 anos.
 
É correto afirmar:
 
a) I, II e III estão incorretas.
 
b) IV, III e V estão incorretas.
 
c) V e VI estão incorretas.
 
d) Somente a I, II, III, IV e V estão corretas.
 
e) I, II, III, IV, V e VI estão corretas.
 
298. Não poderá concorrer à promoção, afora:
 
a) O funcionário que não estiver em exercício na Prefeitura, ressalvada a hipótese do artigo
62.
 
b) O servidor que estiver em estágio probatório.
 
c) O servidor que, no período, houver sofrido penalidade de suspensão ou destituição de
função gratificada.
 
d) O funcionário de que trata o item III poderá concorrer novamente à promoção dois anos
após o término do cumprimento da penalidade.
 
e) O funcionário classificado à promoção que vier a sofrer pena de suspensão ou
destituição de função gratificada, não será promovido, só podendo concorrer a nova,
depois de decorrido o prazo de que trata o parágrafo anterior.
 
299. De acordo com a Lei nº 884, de 12/02/1969 dispõe sobre o Estatuto dos Funcionários
da Prefeitura, a transferência é a movimentação do funcionário de um cargo para outro de
denominação diferente, observada a existência de vaga O funcionário poderá ser
transferido, salvo:
 
a) De uma para outra série de classe.
 
b) De um cargo de classe singular para outro de série de classe.
 
c) De um cargo de classe singular para outro de natureza diferente.
 
d) De um cargo de série de classes para outro de classe singular.
 
e) A transferência, atendida a conveniência do serviço e respeita da sempre a qualificação
exigida, será feita a pedido do funcionário ou de ofício.
 
300. A reintegração, que decorrerá de decisão administrativa ou judiciária passada em
julgado, é o reingresso no serviço público municipal da Prefeitura do funcionário demitido,
com ressarcimento dos prejuízos decorrentes do afastamento. De acordo com a Lei nº 884,
de 12/02/1969 dispõe sobre o Estatuto dos Funcionários da Prefeitura, pode-se inferir
sobre a reintegração, exceto:
 
a) A decisão administrativa que determinar a reintegração do funcionário será sempre
proferida em recurso involuntário do interessado, interposto tempestivamente.
 
b) A reintegração será feita no cargo anteriormente ocupado.
 
c) Não sendo possível fazer a reintegração pela forma prescrita, será o reintegraste posto
em disponibilidade, no cargo que exercia, com provento igual ao vencimento ou
remuneração que percebia na data do afastamento.
 
d) Reintegrado o funcionário, quem lhe houver ocupado o lugar será exonerado, ou, se
ocupava outro cargo, a este será reconduzido, sem direito a indenização.  
 
e) O funcionário reintegrado será submetido à inspeção médica e aposentado, quando
incapaz, no Cargo em que houver sido reintegrado.
 
301. A Reversão é o reingresso no serviço público municipal da Prefeitura  do funcionário
aposentado, quando insubsistentes os motivos da aposentadoria ou quando conveniente à
administração. De acordo com a Lei nº 884, de 12/02/1969 dispõe sobre o Estatuto dos
Funcionários da Prefeitura, para que a reversão se efetive, é necessário que o aposentado,
exceto:
 
a) não haja completado 70 (setenta) anos de idade, à época da reversão.
 
b) seja julgado apto em inspeção médica.
 
c) A reversão far-se-á somente no cargo em que se deu a aposentadoria.
 
d) A reversão dará direito, para nova aposentadoria, à contagem do tempo em que o
funcionário esteve aposentado.
 
e) A reversão far-se-á a pedido ou de ofício.
 
302. O aproveitamento é o reingresso no serviço público da Prefeitura  de funcionário em
disponibilidade. É incorreto afirmar:
 
a) Ocorrendo a hipótese do artigo, será obrigatório o aproveitamento do funcionário em
cargo de classe mesmo que a natureza e vencimento não sejam compatíveis com as do
anteriormente ocupado.
 
b) o aproveitamento dependerá de comprovação de capacidade física e mental,
comprovada em inspeção médica, nos termos desta lei .
 
c) Os funcionários em disponibilidade terão preferência para o preenchimento das vagas
que se verificarem nos quadros do funcionalismo.
 
d) Havendo mais de um concorrente à mesma vaga, terá preferência o de mais tempo de
disponibilidade.
 
e) Havendo empate o de mais tempo de serviço na Prefeitura, será reingressado.
 
303. Vacância é o tempo em que deixa de estar provido um cargo ou função gratificada. De
acordo com a Lei nº 884, de 12/02/1969 dispõe sobre o Estatuto dos Funcionários da
Prefeitura, a vacância do cargo decorrerá de, exceto:
 
a) Exoneração.
 
b) Demissão.
 
c) Posse de outro cargo de acumulação facilitada.
 
d) Aposentadoria.
 
e) Falecimento.
 
304. De acordo com a Lei nº 884, de 12/02/1969 dispõe sobre o Estatuto dos Funcionários
da Prefeitura, dar-se-á a exoneração, salvo:
 
a) A pedido.
 
b) De ofício.
 
c) Quando se tratar de provimento em comissão ou em substituição.
 
d) Quando satisfeitas as condições do estágio probatório.
 
e) Quando o funcionário não entrar em exercício dentro do prazo legal.
 
305. De acordo com a Lei nº 884, de 12/02/1969 dispõe sobre o Estatuto dos Funcionários
da Prefeitura  e o Art. 62, será considerado de efetivo exercício, para todos os efeitos, o
afastamento em virtude de, exceto:
 
a) Férias a qualquer título.
 
b) Casamento, até 8 (oito) dias, contados da realização do ato civil.
 
c) Luto por falecimento do pai, mãe ou filho, até 8 (oi to) dias, a contar do falecimento.
 
d) Licença por acidente em serviço ou doença profissional.
 
e) Moléstia comprovada, até o máximo de 2 (dois) dias no mês, nos termos do artigo 111.
 
306. De acordo com a Lei nº 884, de 12/02/1969 dispõe sobre o Estatuto dos Funcionários
da Prefeitura, para qualquer efeito, computar-se-á integralmente, exceto:
 
a) o tempo de serviço público federal, estadual ou municipal, inclusive autárquicos.
 
b) o período de serviço nas forças armadas.
 
c) o tempo de serviço prestado como extra-numerário, ou sob qualquer outra forma de
admissão, mesmo que não seja remunerado pelos cofres públicos.
 
d) o tempo em que o funcionário esteve legalmente afastado do cargo, salvo para o caso
de tratamento de interesse particular.
 
e) O tempo de serviço não prestado à Prefeitura somente será computado à vista de
certidão passada pelo órgão competente, com firma reconhecida.
 
307. O funcionário ocupante de cargo de provimento efetivo adquire estabilidade tão logo
confirmado no cargo, cumprido o estágio obrigatório. É incorreto afirmar sobre estabilidade,
exceto:
 
a) As pessoas podem ser efetivadas ou adquirir estabilidade, como funcionário, caso não
sejam aprovadas e classificadas em concurso.
 
b) A estabilidade diz respeito ao serviço público e não ao cargo, ressalvando-se à
administração, em qualquer tempo, o direito de aproveitar o funcionário em outro cargo, de
acordo com as suas qualificações.
 
c) O funcionário perderá o cargo, quando estável, no caso de sua extinção ou no de ser
demitido mediante processo disciplinar em que se lhe tenha assegurado ampla defesa.
 
d) O funcionário em estágio probatório somente será exonerado do cargo após a
observância do artigo 30, ou demitido mediante processo disciplinar quando este se
impuser antes de concluído o estágio.
 
e) Não adquirirão estabilidade, qualquer que seja o tempo de serviço, o funcionário
nomeado em substituição e o nomeado em comissão.
 
308. De acordo com a Lei nº 884, de 12/02/1969 dispõe sobre o Estatuto dos Funcionários
da Prefeitura, o funcionário gozará, obrigatoriamente, 30 (trinta) dias consecutivos de férias
por ano, de acordo com a escala organizada pela chefia e comunicada ao interessado. É
incorreto afirmar sobre as férias ordinárias:  
 
a) As férias serão reduzidas a 20 (vinte) dias quando o funcionário contar, no período
aquisitivo anterior mais de 15 (quinze) faltas não justificadas ao trabalho, obedecendo o
disposto no parágrafo único do artigo.
 
b) Somente depois de 12 (doze) meses de exercício o funcionário adquirirá direito à férias.
 
c) Durante as férias o funcionário terá direito ao vencimento e a todas as vantagens, salvo
gratificação por serviço extraordinário.
 
d) É vedada, em qualquer hipótese, a conversão de férias em dinheiro.
 
e) É proibida a acumulação de férias salvo por imperiosa necessidade do serviço e pelo
máximo de dois períodos, atestada a necessidade de ofício pelo chefe do órgão em que
servir o funcionário.
 
309. De acordo com a Lei nº 884, de 12/02/1969 dispõe sobre o Estatuto dos Funcionários
da Prefeitura, após cada quinquênio de efetivo exercício no serviço público da Prefeitura,
conceder-se-á ao funcionário que as requerer, férias-prêmio de três meses, com todos os
direitos e vantagem de seu cargo efetivo, salvo gratificação por serviço extraordinário.
Pode-se inferir sobre as férias – Prêmio, exceto:
 
a) Os direitos e as vantagens serão as do cargo em comissão, quando o comissionamento
abranger 5 (cinco) anos ininterruptos, no mesmo cargo.
 
b) Após cada quinquênio de efetivo exercício no serviço público municipal, ao servidor que
as requer, serão concedidas férias-prêmio de 03 (três) meses, com os vencimentos e
vantagens do cargo, admitida sua conversão em espécie, sendo obrigatório ao servidor.
 
c) São devidas à viúva e aos herdeiros necessários do servidor em caso de falecimento
deste, ocorrido quando na atividade, os vencimentos e vantagens correspondentes a
período de férias-prêmio não gozadas e não contadas em dobro.
 
d) Completado o quinquênio poderá o servidor optar pela conversão em espécie, no
máximo de um período por ano, equivalente a 03 ( três) meses, cujo pagamento ocorrerá
no mês de seu aniversário, requerido previamente.
 
e) São devidos ao meeiro e aos herdeiros necessários ao servidor, por ocasião do óbito,
ocorrido na atividade, os vencimentos e vantagens em espécie correspondentes a períodos
de férias-prêmio não gozadas, não convertidas em espécie e não contadas em dobro,
desde que já adquiridas à época.
 
310. Não se concederão férias-prêmio, se houver o beneficiário no qüinqüênio, exceto:
 
a) Sofrido pena de suspensão.
 
b) Faltado ao serviço, sem justificativa, por mais de 10 (dez) dias.
 
c) Gozado licença.
 
d) Para tratamento de saúde, por prazo superior a 180 (cento e oitenta) dias, consecutivos
ou não.
 
e) Por motivo de doença em pessoas da família, por mais de 120 (cento e vinte) dias
consecutivos ou não.
 
311. De acordo com a Lei nº 884, de 12/02/1969 dispõe sobre o Estatuto dos Funcionários
da Prefeitura, conceder-se-á licença, salvo:
 
a) para tratamento de saúde.
 
b) por motivo de doença em pessoa da família.
 
c) para repouso à gestante.
 
d) Licença maternidade e licença-paternidade.
 
e) Ao funcionário casado.
 
312. De acordo com a Lei nº 884, de 12/02/1969 dispõe sobre o Estatuto dos Funcionários
da Prefeitura, a licença para tratamento de saúde será a pedido ou de ofício. É incorreto
afirmar sobre a licença para tratamento de saúde:
 
a) No curso da licença, o funcionário abster-se-á de qualquer atividade remunerada, ou
mesmo gratuita, sob pena de cassação imediata da licença, com perda total dos
vencimentos correspondentes ao período já gozado e demissão por abandono do cargo.
 
b) Durante a licença, o funcionário poderá ser examinado, a requerimento ou de ofício.
 
c) Durante a licença, o funcionário é obrigado a reassumir imediatamente seu cargo se for
considerado apto para o trabalho, sob pena de se apurarem como faltas os dias de
ausência.
 
d) Em todos os casos é indispensável a inspeção médica, que deverá realizar-se, sempre
que necessário na residência do funcionário.
 
e) O funcionário que se recusar a submeter a inspeção médica será punido com pena de
suspensão, que cessará tão logo se verifique a inspeção.
 
313. De acordo com a Lei nº 884, de 12/02/1969 dispõe sobre o Estatuto dos Funcionários
da Prefeitura, será com vencimento integral a licença concedida ao funcionário, exceto:
 
a) Para tratamento de saúde.
 
b) Atacado de tuberculose ativa, alienação mental, neoplasia maligna, pênfico, cegueira,
lepra, paralisia ou cardiopatia grave.
 
c) Acidentado em serviço.
 
d) Atacado de doença profissional.
 
e) Entende por doença profissional a que se deve atribuir, como relação de causa e efeito,
às condições inertes ao serviço ou a fatos neles ocorridos.
 
314. De acordo com a Lei nº 884, de 12/02/1969 dispõe sobre o Estatuto dos Funcionários
da Prefeitura, O funcionário poderá obter licença por motivo de doença na pessoa de sua
família, desde que, exceto:
 
a) Prove ser indispensável sua assistência pessoa e esta não possa ser prestada
simultaneamente com o exercício do cargo.
 
b) Consideram-se pertencentes à família do funcionário, além do cônjuge ou filhos,
quaisquer pessoas que vivam à suas expensas e constem de seu assentamento individual.
 
c) Provar-se-á a doença mediante inspeção médica.
 
d) A licença de que trata este artigo será concedida com vencimento durante os 2 (dois)
primeiros meses e com 50% (cinqüenta por cento) de desconto.
 
e) A licença de que trata este artigo será concedida sem vencimento de 12 (doze) até 24
(vinte e quatro) meses.  
 
315. De acordo com a Lei nº 884, de 12/02/1969 dispõe sobre o Estatuto dos Funcionários
da Prefeitura, é incorreto afirmar sobre a licença maternidade:
 
a) A funcionária gestante serão concedidos 3 (três) meses de licença com vencimento,
mediante a inspeção médica.
 
b) A licença será concedida a partir do oitavo mês de gestação salvo prescrição médica em
contrário.
 
c) Será concedida licença à servidora gestante por um período de 180 (cento e oi tenta)
dias consecutivos, com desconto na remuneração.
 
d) A licença poderá ter início no primeiro dia do oitavo mês da gestação, salvo antecipação
por prescrição médica.
 
e) Ocorrido o parto, sem que tenha sido requerida a licença maternidade, poderá esta ser
concedida mediante apresentação da certidão de nascimento e vigorar a partir da data do
evento.
 
316. De acordo com a Lei nº 884, de 12/02/1969 dispõe sobre o Estatuto dos Funcionários
da Prefeitura, pode-se inferir sobre a licença paternidade, exceto:
 
a) Será concedida licença paternidade ao servidor por um período de 15 (quinze) dias
consecutivos, sem prejuízo da remuneração.
 
b) A licença-paternidade inicia-se na data do nascimento da criança.
 
c) É vedado ao servidor exercer qualquer atividade remunerada durante todo o período da
licença- paternidade.
 
d) Se a criança nascer viva, prematuramente, antes de ser concedida a licença, o início
desta se contará a partir da data do parto.
 
e) A licença-paternidade inicia-se uma semana após a data do nascimento da criança,
obrigatoriamente mediante a apresentação da certidão de nascimento.
 
317. De acordo com a Lei nº 884, de 12/02/1969 dispõe sobre o Estatuto dos Funcionários
da Prefeitura, pode-se afirmar sobre a licença ao servidor militar, exceto:
 
a) Ao funcionário convocado para o serviço militar e outros encargos de segurança
nacional será concedida licença sem vencimento.
 
b) A licença para serviço militar será concedida à vista do documento oficial que comprove
a incorporação.
 
c) Do vencimento será descontada a importância que o funcionário perceber na qualidade
de incorporado, salvo se houver optado pelas vantagens do serviço militar.
 
d) Ao funcionário desincorporado conceder-se-á prazo não excedente de 7 (sete) dias para
reassumir o exercício, sem perda de vencimento e, se o não retorno exceder a trinta dias,
será o mesmo demitido, por abandono de cargo.
 
e) Ao funcionário, oficial da reserva, aplica-se às disposições do artigo anterior, durante os
estágios previstos pelo regulamento militar, quando o estágio for remunerado, assegurar-
se-á o direito de opção, relativamente aos vencimentos.
 
318. Segundo a Lei nº 884, de 12/02/1969 dispõe sobre o Estatuto dos Funcionários da
Prefeitura, é incorreto afirmar sobre a licença para trato de interesses particulares:
 
a) O funcionário estável poderá obter licença sem vencimentos, para o trato de interesses
particulares, pelo prazo máximo de 2 (dois) anos.  
 
b) O requerente aguardará, sem que esteja trabalhando, a concessão da licença, sob pena
de demissão por abandono do cargo.
 
c) Será negada a licença, quando inconveniente aos interesses do serviço.
 
d) O funcionário poderá, a qualquer tempo, desistir da licença.
 
e) Quando o interesse do serviço exigir, a licença poderá ser cassada, a juízo do prefeito.
 
319. Além do vencimento, poderão ser deferidas tão somente as seguintes vantagens,
exceto:
 
I- ajuda de custo;
 
II- semestralidades;
 
III- auxílio para diferença de caixa;
 
IV- abono de família;
 
V- auxílio-doença;
 
VI- gratificação.
 
É correto afirmar:
 
a) I e II estão incorretas.
 
b) II e III estão corretas.
 
c) II, III e IV estão corretas.
 
d) V e VI estão incorretas.
 
e) I, III, IV e V estão corretas.
 
320. Segundo a Lei nº 884, de 12/02/1969 dispõe sobre o Estatuto dos Funcionários da
Prefeitura, a consignação em folha poderá servir à garantia de, exceto:
 
a) Quantias devidas à Fazenda Pública.
 
b) Contribuição para montepio, pensão ou aposentadoria, desde que sejam em favor de
instituições oficiais.
 
c) Cota para cônjuge ou filho, em cumprimento de decisão judicial.
 
d) Contribuição para aquisição de casa própria, por intermédio de Institutos de Previdência
e Assistência, Caixas Econômicas e demais estabelecimentos integrantes do sistema
financeiro de habilitação.
 
e) Quando designado para servir em qualquer órgão da União, dos Estados, dos
Municípios e de suas autarquias, entidades de economia mista, empresas públicas ou
fundações, ressalvadas as exceções previstas em lei.
 
321. Segundo a Lei nº 884, de 12/02/1969 dispõe sobre o Estatuto dos Funcionários da
Prefeitura, o funcionário perderá, exceto:
 
a) O vencimento do dia, se não comparecer ao serviço, exceto se o motivo ilegal.
 
b) 1/3 (um terço) do vencimento quando comparecer ao serviço dentro da hora seguinte à
marcada para o início dos trabalhos, ou quando se retirar dentro da última hora do
expediente.
 
c) 1/3 (um terço) do vencimento durante o afastamento por motivo de suspensão, prisão
preventiva, prisão administrativa, pronúncia por crime comum ou denúncia por crime
funcional, ou ainda, condenação por crime inafiançável em processo no qual não haja
pronúncia, com direi to à diferença, se absolvido.
 
d) 2/3 (dois terços) do vencimento durante o período do afastamento em virtude de
condenação, por sentença definitiva, de pena que não determine demissão.
 
e) Os vencimentos totais durante o afastamento por motivo de suspensão preventiva ou
prisão administrativa decretada em caso de alcance ou malversação de direitos públicos.
 
322. Em relação as diárias e segundo a Lei nº 884, de 12/02/1969 dispõe sobre o Estatuto
dos Funcionários da Prefeitura, pode-se afirmar, exceto:
 
a) A título de indenização das despesas de viagem.
 
b) Garantia de despesas como a alimentação e pousada.
 
c) Concederá diária durante o período do trânsito.
 
d) Não concederá quando o deslocamento constituir exigência permanente do cargo ou
função.
 
e) A concessão de diárias e seu valor serão regulamentados por decreto do Prefeito.
 
323. Segundo a Lei nº 884, de 12/02/1969 dispõe sobre o Estatuto dos Funcionários da
Prefeitura, será concedido abono-família ao funcionário ativo ou inativo, exceto:
 
a) Pelo cônjuge do sexo feminino que não exerça atividade remunerada.
 
b) Pelo cônjuge do sexo masculino, quando inválido ou mentalmente incapaz, sem renda
própria.
 
c) Por filho estudante, menor de 24 anos, que freqüente curso superior, ou menor de 21
(vinte e um) anos que frequentar curso secundário ou superior, em estabelecimento de
ensino oficial ou particular, e que não exerça atividade remunerada e nem tenha renda
própria.
 
d) Por filho menor de 16 anos e que não exerça atividade remunerada nem tenha renda
própria
 
e) Por filho inválido ou mentalmente incapaz, sem renda própria.
 
324. Segundo a Lei nº 884, de 12/02/1969 dispõe sobre o Estatuto dos Funcionários da
Prefeitura, conceder-se-á gratificação, exceto:
 
a) De função.
 
b) Pela participação em órgão de deliberação individual.
 
c) Pela prestação de serviço extraordinário.
 
d) Pelo exercício do encargo de membro auxiliar de comissão de concurso.
 
e) Pelo exercício de encargo de professor ou auxiliar de curso legalmente instituído, para
treinamento ou aperfeiçoamento de funcionários.
 
325. Segundo a Lei nº 884, de 12/02/1969 dispõe sobre o Estatuto dos Funcionários da
Prefeitura, a função gratificada se destina a atender a encargos de chefia, assessoramento,
secretariado e a outros não incluídos no Plano de Classificação de Cargos da Prefeitura
Municipal de Betim. É incorreto afirmar, exceto:
 
a) A função gratificada não constitui emprego, mas simples vantagem acessória do
vencimento, e a importância a ser paga pelo desempenho corresponderão à   diferença
entre o valor estabelecido para o símbolo respectivo do funcionário designado para exercê-
la.
 
b) Quando o servidor for ocupante de cargo não abrangido pelo Plano de Classificação de
Cargos da Prefeitura, a diferença será calculada entre o símbolo da função gratificada e o
vencimento do cargo respectivo.
 
c) Algumas funções gratificadas poderão ser criadas sem que haja recurso orçamentário
próprio.
 
d) A classificação, criação e reclassificação das funções gratificadas será feita mediante
decreto do Prefeito e obedecerá ao princípios de hierarquia funcional, importância, vulto e
complexidade das respectivas atribuições.
 
e) A analogia das funções decorre da identidade entre todos os princípios mencionados no
parágrafo 4º.

326. Segundo a Lei nº 884, de 12/02/1969 dispõe sobre o Estatuto dos Funcionários da
Prefeitura  e para efeito deste Estatuto determinar-se-á:
 
I – a hierarquia funcional, pelo símbolo do cargo em comissão a que a função gratificada se
subordinar, indicativo da posição da mesma na escala administrativa;
 
II – a importância, pela situação orçamentária da unidade administrativa considerada, bem
como pela influência na execução da política da Prefeitura;
 
III – o voto, pela quantidade de cargos lotados na unidade administrativa sob a jurisdição
da função gratificada, ocupados ou vagos;
 
IV – a complexidade, pelo nível de responsabilidade dos cargos lotados, na respectiva
unidade administrativa.
 
Pode-se inferir, exceto:
 
a) I e II estão incorretos.
 
b) II e III estão incorretos.
 
c) III e IV estão incorretos.
 
d) Somente I, II e III estão certos.
 
e) I, II, III e IV estão certos.
 
327. Segundo a Lei nº 884, de 12/02/1969 dispõe sobre o Estatuto dos Funcionários da
Prefeitura, a gratificação pela prestação de serviços extraordinários será, salvo:
 
a) Posteriormente determinada pelo Prefeito.
 
b) pago por hora de trabalho prorrogado ou antecipado.
 
c) Quando paga por hora de trabalho prorrogado ou antecipado, a gratificação
corresponderá ao valor hora da jornada de trabalho acrescida de 20% (vinte por cento).
 
d) Se o serviço extraordinário tiver início ou ultrapassar das 22 horas, o valor da hora será
acrescido de 25% (vinte e cinco por cento). (Redação dada pela Lei nº 1088, de
18/07/1975).  
 
e) Não poderá receber gratificação por serviço extraordinário o funcionário que exercer
cargo de direção ou função gratificada.
 
328. Segundo a Lei nº 884, de 12/02/1969 dispõe sobre o Estatuto dos Funcionários da
Prefeitura, é incorreto afirmar sobre o adicional por tempo de serviço:
 
a) Para cada quinquênio de efetivo exercício no serviço público municipal, será atribuído ao
funcionário um adicional do respectivo vencimento.
 
b) O adicional será devido a partir do dia imediato àquele em que o funcionário contar o
tempo de serviço exigido.
 
c) O adicional será calculado sobre o vencimento do cargo inativo.
 
d) O funcionário que exercer, cumulativamente, mais de um cargo, terá direito ao adicional
com relação a cada cargo, mas os períodos anteriores à acumulação, quando computados
para efeito de uma concessão, não serão considerados para concessão em outro cargo.
 
e) O funcionário continuará a perceber, na aposentadoria, o adicional em cujo gozo se
encontrava na atividade.
 
329. Segundo a Lei nº 884, de 12/02/1969 dispõe sobre o Estatuto dos Funcionários da
Prefeitura, é correto corroborar sobre as concessões, salvo:
 
a) Sem prejuízo do vencimento, ou qualquer direito ou vantagem, o funcionário poderá
faltar ao serviço até 8 (oito) dias consecutivos por motivo de casamento.
 
b) Sem prejuízo do vencimento, ou qualquer direito ou vantagem, o funcionário poderá
faltar ao serviço até 8 (oito) dias consecutivos por motivo de falecimento do cônjuge, pais,
filhos ou irmãos.
 
c) Ao funcionário licenciado para tratamento de saúde que tiver de afastar-se do município,
por imposição de laudo médico oficial, poderá ser concedido transporte.
 
d) Será concedido transporte à família de funcionário falecido em serviço fora do município
de Betim.
 
e) O vencimento e o provento sofrerão descontos além dos previstos em lei. 330. Segundo
a Lei nº 884, de 12/02/1969 dispõe sobre o Estatuto dos Funcionários da Prefeitura, do
direito a Petição pode-se inferir, exceto:
 
a) É assegurado ao funcionário o direi to de requerer ou representar.
 
b) O requerimento, dirigido à autoridade competente para decidi-lo, será obrigatoriamente
examinado pelo órgão de administração de pessoal, que o encaminhará à decisão final.
 
c) O requerimento deverá ser decidido no prazo de 20 (vinte) dias improrrogáveis.
 
d) O pedido de reconsideração será dirigido à autoridade que houver expedido o ato ou
proferido a primeira decisão, não podendo ser renovado. e) O pedido de reconsideração
não terá efeito positivo.  
 
331. Segundo a Lei nº 884, de 12/02/1969 dispõe sobre o Estatuto dos Funcionários da
Prefeitura, o funcionário será aposentado, exceto:
 
a) Compulsoriamente, aos 70 (setenta) anos de idade.
 
b) A pedido, após 35 (trinta e cinco) anos de serviço, se do sexo masculino, ou 30 (trinta)
anos se do sexo feminino.
 
c) Por invalidez.
 
d) A aposentadoria por invalidez será sempre precedida de licença por período não
excedente de 24 (vinte e quatro) meses, até mesmo quando o laudo médico concluir pela
incapacidade definitiva para o serviço público.
 
e) Será aposentado o funcionário que, depois de 24 (vinte e quatro) meses de licença para
tratamento de saúde, for considerado inválido para o serviço público. 
 
332. Segundo a Lei nº 884, de 12/02/1969 dispõe sobre o Estatuto dos Funcionários da
Prefeitura, o aposento receberá proventos integrais:
 
I – nos casos do nº II do artigo 154;
 
II – quando invalidado em conseqüência de acidente no exercício de suas atribuições,
salvo virtude de doença profissional;
 
III – quando acometido de tuberculose ativa, alienação mental, neoplasia maligna,
cegueira, lepra, pênfigo foliáceo, paralisia e cardiopatia grave.
 
É correto afirmar:
 
a) I está incorreto.
 
b) II está incorreto.
 
c) I e III estão incorretos.
 
d) II e I estão certos.
 
e) II e III estão certos.
 
333. Segundo a Lei nº 884, de 12/02/1969 dispõe sobre o Estatuto dos Funcionários da
Prefeitura, os proventos dos inativos serão revistos sempre que houver reajuste dos
vencimentos dos servidores estatutários da ativa, obedecidos os mesmos percentuais.
Pode-se  inferir:
 
I – o cálculo do reajustamento far-se-á sobre o padrão de vencimento correspondente ao
cargo que serviu de base à aposentadoria ou equivalente;
 
II – até atingir a idade de 65 (sessenta e cinco) anos, o reajustamento assegurará ao
aposentado proventos correspondentes a 80% (oitenta por cento) do padrão de
vencimento;
 
III – a partir do limite de idade previsto, o cálculo se fará sobre o total do padrão de
vencimento.
 
É correto corroborar:
 
a) I e II estão incorretas.
 
b) II e I estão incorretas.
 
c) I e III estão incorretas.  
 
d) II está incorreta.
 
e) III está incorreta.
 
334. Segundo a Lei nº 884, de 12/02/1969 dispõe sobre o Estatuto dos Funcionários da
Prefeitura, é vedada acumulação remunerada:
 
a) A de juiz e um cargo de magistério.
 
b) A de dois cargos de magistério.
 
c) A de um cargo de magistério com outro técnico ou científico.
 
d) A de dois cargos privativos de médico.
 
e) Em qualquer dos casos, a acumulação é permitida mesmo que não haja correlação de
matérias e compatibilidade de horário.
 
335. Segundo a Lei nº 884, de 12/02/1969 dispõe sobre o Estatuto dos Funcionários da
Prefeitura, é incorreto afirmar sobre o regime disciplinar de acumulação: 
 
a) Empossado em mandato eletivo municipal, o servidor será imediatamente afastado do
cargo.
 
b) O funcionário poderá exercer mais de uma função gratificada e participar de mais de um
órgão de deliberação coletiva.
 
c) Verificada em processo administrativo julgado pelo Prefeito, acumulação proibida, e
provada boa-fé, o funcionário optará por um dos cargos; se não o fizer dentro de 15
(quinze) dias, será exonerado de qualquer deles, a critério da administração.
 
d) Provada má-fé, o funcionário será demitido de todos os cargos.
 
e) Se a acumulação proibida for com cargo de outra entidade estatal ou paraestatal, será o
funcionário demitido do cargo municipal.
 
336. Segundo a Lei nº 884, de 12/02/1969 dispõe sobre o Estatuto dos Funcionários da
Prefeitura, são deveres do funcionário:
 
I – descuidado administrativo;
 
II – assiduidade;
 
III – pontualidade;
 
IV – discrição;
 
V – urbanidade;
 
VI – observar as normas legais e regulamentares;
 
VII – obedecer às ordens superiores, mesmo quando manifestamente ilegais;
 
VIII – representar à autoridade superior sobre irregularidade de que tiver ciência em razão
do cargo;
 
IX – zelar pela economia e conservação do material que lhe for confiado;
 
X – fazer pronta comunicação a seu chefe imediato do motivo de seu não comparecimento
ao serviço.
 
É correto afirmar:
 
a) I e VII estão incorretas.
 
b) II, III, IV e V estão incorretas.
 
c) VI, VII, VIII estão incorretas.
 
d) IX, X estão incorretas.
 
e) I, V, VI, VII, VIII estão incorretas.
 
337. Segundo a Lei nº 884, de 12/02/1969 dispõe sobre o Estatuto dos Funcionários da
Prefeitura, ao funcionário é proibido, exceto:
 
a) Referir-se de modo depreciativo em informação, parecer ou despacho, às autoridades e
atos da administração pública sendo-lhe permitido, porém, em trabalho assinado, criticá-los
no ponto de vista doutrinário ou de organização do serviço. Retirar, sem prévia permissão
da autoridade competente, qualquer documento ou objeto da repartição.
 
b) Desempenhar atribuições diversas da pertinente à sua classe, salvo os casos previstos
em lei.
 
c) Participar de gerência ou administração de empresa comercial ou industrial, exceto
sociedade de economia mista ou empresa pública.
 
d) Exercer comércio ou participar de sociedade comercial exceto como acionista, quotista
ou comanditário.
 
e) Está liberado para empregar material da repartição em serviço particular.
 
338. Segundo a Lei nº 884, de 12/02/1969 dispõe sobre o Estatuto dos Funcionários da
Prefeitura, são dentre outros, motivos determinantes de destituição de chefia, exceto:
 
a) Atestar falsamente a prestação de serviço extraordinário.
 
b) Não cumprir ou tolerar que se descumpra a jornada de trabalho.
 
c) Promover ou tolerar o desvio irregular de função.
 
d) Adiantar a instrução ou andamento de processo.
 
e) Coagir ou aliciar subordinados com objetivo de natureza político-partidária.
 
339. Segundo a Lei nº 884, de 12/02/1969 dispõe sobre o Estatuto dos Funcionários da
Prefeitura, a pena de demissão será aplicada nos casos de, exceto:
 
a) Crime contra a administração pública, nos termos da lei penal.
 
b) Fazer pronta comunicação a seu chefe imediato do motivo de seu não comparecimento
ao serviço.
 
c) Incontinência pública e escandalosa, vícios de jogos proibidos e embriaguez habitual.
 
d) Ofensa física em serviço contra funcionário ou particular, salvo se em legítima defesa.
 
e) Lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio público.  
 
340. Segundo a Lei nº 884, de 12/02/1969 dispõe sobre o Estatuto dos Funcionários da
Prefeitura, será cassada a disponibilidade se ficar provado em processo que o funcionário,
salvo:
 
a) Praticou, quando em atividade, qualquer das faltas para as quais é cominada, neste
Estatuto, pena de demissão.
 
b) For condenado por crime cuja pena importaria em demissão se estivesse em atividade.
 
c) Aceitou legalmente cargo ou função pública.
 
d) Praticou usura ou advocacia administrativa.
 
e) Será igualmente cassada a disponibilidade ao funcionário que não assumir no prazo
legal o exercício do cargo em que for aproveitado.
 
341. Segundo a Lei nº 884, de 12/02/1969 dispõe sobre o Estatuto dos Funcionários da
Prefeitura, para a imposição de penas disciplinares são competentes, afora:
 
I - O prefeito, nos casos de demissão, cassação de aposentadoria e de disponibilidade e
suspensão superior a 30 (trinta) dias;
 
II - o chefe de órgão imediatamente subordinado ao Prefeito, em que tenha exercício o
funcionário, nos casos de suspensão disciplinar até 15 (quinze) dias;
 
III - o chefe imediato do funcionário, nos casos de advertência verbal e repreensão.
Parágrafo Único – A pena de destituição de chefia será aplicada pelo Prefeito.
 
É correto afirmar:
 
a) I está incorreta.
 
b) I e II estão incorretas.
 
c) II e III estão incorretas.
 
d) I e III estão incorretas.
 
e) I, II, III estão incorretas.
 
342. Segundo a Lei nº 884, de 12/02/1969 dispõe sobre o Estatuto dos Funcionários da
Prefeitura, é incorreto afirmar sobre o processo disciplinar:
 
a) A autoridade que tiver ciência de qualquer irregularidade no serviço público é obrigada a
denunciá-la ou promover-lhe a apuração imediata, por meios sumários, ou mediante
processo disciplinar, assegurada ampla defesa ao indiciado.
 
b) O processo precederá a aplicação das penas de suspensão por mais de 30 (trinta) dias,
destituição de chefia, demissão, cassação de aposentadoria ou de disponibilidade.  
 
c) São competentes para determinar a instauração do processo disciplinar os chefes dos
órgãos diretamente subordinados ao Prefeito Municipal.
 
d) Promoverá o processo uma comissão, designada pela autoridade que o houver
determinado e composta de três funcionários estáveis e que não estejam, na ocasião,
ocupando cargo ou exercendo função de que sejam demissíveis “ad nutum”.
 
e) A título de atos preparatórios do termo inicial do processo disciplinar, poderá a comissão
realizar uma investigação profunda e sindicâncias, manifestando o sigilo, sempre que
necessário.
 
343. Segundo a Lei nº 884, de 12/02/1969 dispõe sobre o Estatuto dos Funcionários da
Prefeitura, é correto afirmar sobre a prisão administrativa, exceto:
 
a) Cabe ao prefeito ordenar a prisão administrativa, quando necessária.
 
b) O Prefeito comunicará o fato à autoridade judiciária competente.
 
c) O Prefeito providenciará no sentido de ser realizado com urgência o projeto de tomada
de contas.
 
d) A prisão administrativa não excederá de 60 (sessenta) dias.
 
e) Cabe ao Prefeito, fundamentadamente e por escrito, ordenar a prisão administrativa do
responsável por dinheiro e valores pertencentes à Fazenda Municipal ou que se achem à
guarda deste, no caso de alcance ou omissão em efetuar as entradas nos devidos prazos.
 
344. Segundo a Lei nº 884, de 12/02/1969 dispõe sobre o Estatuto dos Funcionários da
Prefeitura, é incorreto afirmar sobre a suspensão preventiva:
 
a) O Prefeito poderá determinar a suspensão preventiva do funcionário até 60 (sessenta)
dias, para que este não venha a influir na apuração da falta cometida.
 
b) Findo o prazo de que trata o artigo, cessarão os efeitos da suspensão preventiva,
exceto, quando o processo não estiver concluído.
 
c) No caso de alcance ou malversação de dinheiro, o afastamento se prolongará até a
decisão final do processo disciplinar.
 
d) O funcionário terá direito à contagem de tempo de serviço relativo ao período em que
tenha estado preso administrativamente ou suspenso preventivamente, se do processo não
resultar pena disciplinar ou esta se limitar a repreensão.
 
e) O funcionário terá direito a contagem do período de afastamento que exceder ao prazo
de suspensão disciplinar aplicada.
 
345. Segundo a Lei nº 884, de 12/02/1969 dispõe sobre o Estatuto dos Funcionários da
Prefeitura, é correto afirmar sobre o capítulo único das disposições gerais, exceto:
 
a) Os funcionários poderão manter associação para fins beneficentes, recreativas e de
economia e cooperativismo, vedada, porém, a fundação de sindicato de classe.  
 
b) Os prazos previstos neste Estatuto serão todos contados por dias corridos.
 
c) Nenhum tributo municipal gravará o vencimento, provento ou outra qualquer vantagem
do funcionário, bem como os atos ou títulos referentes à sua vida funcional.
 
d) O funcionário candidato a cargo eletivo, desde que exerça cargo de chefia, será
afastado com vencimentos, a partir da data em que for feita sua inscrição perante a Justiça
Eleitoral até o dia seguinte do pleito.
 
e) Para todos os efeitos previstos neste Estatuto e em leis da Prefeitura, os exames de
sanidade física e mental serão obrigatoriamente realizados por médico da Prefeitura e, na
sua falta, por médico credenciado pelo Prefeito.
 
346. Para Vygotsky e outros estudiosos da psicologia, o que facilita o desenvolvimento da
linguagem, do pensamento e da atenção é o processo de interação social, isto é, a
conversa com os vizinhos, com os amigos, com os familiares, com professores em sala de
aula. É correto afirmar sobre a descoberta da leitura, afora:
 
a) A palavra, nessa perspectiva, não é uma representação à parte, sendo a própria ação.
Por isso, é fundamental que a criança se aproprie da palavra como modo de isolar da
totalidade os dados individuais, direcionando o olhar para o objeto entre os demais
elementos do contexto e coordenando sua própria ação. Falando, desloca-se do aqui e
agora, e ordena pensamento, porque a estrutura da linguagem verbal é analítica. Ao
arranjar a sequência de palavras, a criança organiza o mundo para si e toma consciência
do que sabe, pensa e sente.
 
b) De outro, as ingerências do meio e as relações grupais propiciam as experiências que
vão levá-la a encontrar seus iguais. É, pois, na interação com o real que ela constrói uma
representação de si mesma e do mundo. Nesse sentido, o ato de ler é uma mobilização
dos mecanismos internos do sujeito, aliada aos estímulos oferecidos pelas condições do
ambiente em que ele vive.
 
c) O realismo intelectual pode ser tão intenso na mente infantil que leva a criança a
reproduzir o papel somente dos elementos concretos invisíveis.
 
d) Quando a criança chega aos sete anos, aproximadamente, ela está em plena fase do
jogo simbólico, e a literatura pode desempenhar um papel importante no desenvolvimento
cognitivo, pois ativa a função simbólica no leitor através de jogos de linguagem, que
geralmente vêm acompanhados do poder imagético da ilustração, tanto na prosa como na
poesia.
 
e) A literatura pode contribuir para que a criança tenha contato com textos mais
elaborados, mesmo não tendo a capacidade de leitura totalmente contemplada, permitindo
o jogo simbólico, permitindo que elas elaborem os significados do mundo a partir de
processos do imaginário que não restringem à lógica formal que caracteriza o domínio da
escrita. Segundo Piaget, por volta de sete anos, a criança é capaz não só de raciocinar na
base dos objetos, mas também de apoiar-se em hipóteses e proposições. Levar em conta
todo o desenvolvimento infantil até chegar a essa fase é tarefa de todos nós, que nos
envolvemos com a formação do leitor.  
 
347. Ao autor-adulto cabe adequar a produção às peculiaridades existenciais e cognitivas
da criança. Pode-se adaptar obras destinadas a adultos, como também, adequação de
obras infantis já existentes, superando a distância entre o autor e o público alvo. Adaptar
ao assunto significa, exceto:
 
a) Escolher os temas.
 
b) Indicar histórias.
 
c) Sugerir fatos.
 
d) Usar uma linguagem incoerente com o nível da criança.
 
e) Escolher assuntos que estejam de acordo com interesses e capacidades de
compreensão das crianças.
 
348. A literatura infantil, a exemplo de outras modalidades de arte, lida com a compreensão
do real e pode conceder ao pequeno leitor a possibilidade de desdobramento de suas
capacidades afetivas e intelectuais, desde que bem-adaptada às condições da criança. É
incorreto corroborar sobre os contos infantis por excelência:
 
a) Quando se compromete com as necessidades e os interesses de seu destinatário, o
texto infantil transforma-se num meio de acesso à realidade e facilita a ordenação das
experiências existenciais do sujeito.
 
b) A ausência de elementos mágicos e o recurso à fantasia têm sido procedimentos
recorrentes na literatura infantil para conquistar o leitor.
 
c) Mudaram leitores, hábitos e gostos, mas a fantasia continua sendo um ingrediente
precioso na sedução do leitor, o conto de fadas ocupa este lugar.
 
d) A magia e o encanto que os contos de fadas transmitem até hoje estão no fato de que
eles não falam à vida real, mas à vida como ela ainda pode ser vivida, apresentando
situações humanas possíveis ou imagináveis. Os exageros fantásticos, como ficar preso
numa garrafa por séculos, dão aos contos veracidade psicológica, enquanto que
explicações realistas podem parecer mentirosas na ótica infantil.
 
e) O outro grupo de obras infantis que se vale da fantasia envolve uma vasta produção que
inclui histórias de ficção científica, de animais, do cotidiano, de terror, de suspense, de
dramas existenciais, enfim, um rol de narrativas que trazem elementos fantásticos ou
mágicos com ingredientes constitutivos do texto.
 
349. A poesia infantil, assim como as narrativas escritas para as crianças, tem sua origem:
 
a) No incomum.
 
b) Na raridade popular.
 
c) No hábito de fazer verbos.
 
d) Em rimas civilizadas e atuais.
 
e) No extraordinário.
 
350. Os textos podem apresentar algumas dificuldades para os leitores infantis, as quais
podem ser:
 
I. Quanto à forma: o leitor é desestimulado quando não há uma extensão média nas frases
e/ou palavras e quando estas não são frequentemente repetidas.
 
II. Quanto ao conteúdo: ocorrem dificuldades para o leitor quando não há adequação do
assunto tratado à fase de escolarização.  
 
III. quanto ao efeito: há desinteresse se faltam elementos que provoquem atração
emocional ou identificação entre obra e leitor.
 
É correto afirmar:
 
a) I está incorreta.
 
b) II está certa.
 
c) III está incorreta.
 
d) Somente I e II estão corretas.
 
e) Somente a III está correta.
 
351. Pode-se falar em idades de leitura, desde a mais simples até a mais complexa,
considerando a fase do desenvolvimento em que a criança se encontra. Necessariamente,
essas etapas não são rígidas e podem se manifestar em momentos diferentes na vida de
cada um, as quais são elas, salvo:
 
a) Pré-leitura: Durante o período preparatório para a alfabetização em que a criança
desenvolve capacidades e habilidades que a tornarão aptas à aprendizagem da leitura: a
construção dos símbolos e o desenvolvimento da linguagem oral e da percepção permitem
o estabelecimento de relações entre as imagens e as palavras. Os interesses voltam-se,
nesta fase, para histórias curtas e rimas, em livros com muitas gravuras e pouco texto
escrito, que permitem a descoberta do sentido muito mais através da linguagem visual do
que da verbal.
 
b) Leitura compreensiva: É o período correspondente ao modelo da alfabetização, em que
a criança começa a decifrar o código escrito e faz uma leitura silábica e de palavras. A
motivação para ler é muito grande, e a escolha recai sobre livros semelhantes aos da etapa
anterior, agora decodificadores pelo novo leitor. Os textos deve estimular a fantasia, a
criatividade e o raciocínio do leitor iniciante.
 
c) Leitura interpretativa: O aluno evolui da simples compreensão imediata à interpretação
das idéias do texto, adquirindo fluência no ato de ler. A aquisição de conceitos de espaço,
tempo e causa, bem como o desenvolvimento das capacidades de classificar, ordenar e
enumerar dados que permita ao estudante se aprofundar mais nos textos e volte-se para
as leituras mais exigentes. Momento para explorar os contos de fadas, as fábulas, os mitos
e as lendas.
 
d) Iniciação à leitura crítica: Momento que os estudantes atingem a adolescência e o que
Piaget denomina de estágio do desenvolvimento das operações intelectuais abstratas. A
capacidade de discernimento do real e a maior experiência de leitura favorecem o exercício
de habilidades críticas e permitem ao leitor não só interpretar os dados fornecidos pelo
texto, como também se posicionar diante deles, organizando seus referenciais éticos e
morais.
 
e) Leitura crítica: O aluno elabora seus juízos de valor e desenvolve a percepção dos
conteúdos estéticos. Insensível aos problemas sociais, o jovem interroga-se sobre suas
possibilidades de atuação na adolescência. A busca da identidade individual e o ínfimo
exercício da leitura têm como dividendo uma postura crítica diante dos textos, através da
comparação das ideias, da conclusão, da tomada de posições.
 
352. O método recepcional consiste no desenvolvimento algumas etapas, as quais são
elas, salvo:
 
a) Determinação do horizonte de expectativas: Partindo de conversas espontâneas, de
entrevistas ou questionários, o professor levanta quais são os valores dos estudantes e
quais são os seus interesses quanto à leitura. Este levantamento permite prever temas
e  estratégias de trabalho que partam da realidade dos alunos, para depois providenciar
situações que provoquem ruptura e transformação de seus horizontes de expectativa.
 
b) Atendimento do horizonte de desesperança: O professor não deve proporciona aos
estudantes experiências com obras que satisfaçam as preferências das crianças, porque
isso vai contra as regras da escola tradicional.
 
c) Ruptura do horizonte de expectativas: o educador introduz textos e atividades de leitura
que problematizem as convicções e os costumes dos alunos, matérias e propostas que
apresentem maiores exigências a eles, tanto no seu conteúdo quanto na sua forma e na
abordagem.
 
d) Questionamento do horizonte de expectativas: Aqui, ocorre a comparação entre as duas
etapas anteriores. Os alunos devem analisar e comparar o que foi lido e debater seu
próprio comportamento em relação às suas leituras.
 
e) Ampliação do horizonte de expectativas: Essa etapa resulta da anterior, pois cada
estudante percebe que as leituras feitas dizem respeito à visão de mundo que ele possui.
Assim, o leitor toma consciência das alterações e aquisições da experiência com a
literatura.
 
353. Sobre a pedagogia tradicional, é incorreto afirmar:
 
a) É uma proposta de educação centrada no professor.
 
b) A função do professor se resume a ensinar e corrigir matéria.
 
c) A metodologia se baseia na exposição escrita dos conteúdos numa seqüência flexível.
 
d) Enfatiza a necessidade de exercícios repetidos para garantir a memorização dos
conteúdos.
 
e) A função primordial da escola, nesse modelo, é transmitir conhecimentos que colaborem
na formação geral do aluno.
 
354. Sobre a pedagogia renovada, podemos inferir, afora:
 
a) Liga-se ao movimento da Escola Nova ou Escola Ativa.
 
b) Teve influência no Brasil a partir da década de 20.
 
c) Possui como princípio norteador a valorização do indivíduo como ser livre, ativo e social.
 
d) O centro da atividade escolar não é o professor nem os conteúdos disciplinares, mas
sim o aluno, como ser ativo e curioso.
 
e) A idéia de um ensino guiado pelo interesse dos alunos acabou, em muitos casos, por
desconsiderar a necessidade de um trabalho planejado, perdendo-se de vista o que deve
ser ensinado e aprendido.
 
355. É incorreto afirmar sobre a pedagogia libertadora:
 
a) Tem suas origens nos movimentos de educação popular que ocorreram no final dos
anos 50 e início de 60, quando foram interrompidos pelo golpe de 64.
 
b) Teve seu desenvolvimento retomado no final dos anos 70 e início dos anos 80.
 
c) Nessa proposta, as atividades escolares pautam-se em discussões de temas sociais e
políticos.
 
d) Analisam-se os problemas, seus fatores determinantes e organizam-se formas de
atuação para transformar a realidade social e política.
 
356. O professor exerce o papel de experimentador de atividades separado dos alunos.
Uma análise das propostas curriculares oficiais feitas pela Fundação Carlos Chagas,
aponta como grandes diretrizes uma perspectiva democrática e participativa, e que o
ensino fundamental deve se comprometer com a educação necessária para a formação de
cidadãos críticos, autônomos e atuantes. No entanto, a maioria das propostas apresenta
um descompasso entre os objetivos anunciados e o que é proposto para alcançá-los; entre
os pressupostos teóricos e a definição de conteúdos e aspectos metodológicos. Sobre a
organização dos Parâmetros Curriculares Nacionais, podemos inferir, salvo:
 
a) A estrutura dos Parâmetros Curriculares Nacionais buscou contribuir para superação
dessa contradição. Organiza-se por área e por ciclo, procurando garantir coerência entre
os pressupostos teóricos, objetivos e os conteúdos, mediante sua operacionalização em
orientações didáticas e critérios de avaliação.
 
b) Nos Parâmetros Curriculares Nacionais, optou-se por um tratamento ordinário das áreas
em função da irrelevância instrumental de cada uma, mas contemplou-se também a
incoerência entre elas.
 
c) Quanto ao modo de incorporar esses temas ao currículo, propõe-se um tratamento
transversal, tendência que se manifesta em algumas experiências nacionais e
internacionais, em que as questões sociais se integram na própria concepção teórica das
áreas.
 
d) Os Parâmetros Curriculares Nacionais apresentam o conteúdo de tal forma que se
possa adequá-los as particularidades dos Estados e Municípios de modo a constituir um
corpo de conteúdos consistentes e coerentes com os objetivos.
 
e) A opção de organização da escolaridade em ciclos, tendência predominante nas
propostas mais atuais, é aprovada pelos Parâmetros Curriculares Nacionais. O arranjo em
ciclos é uma tentativa de superar a segmentação excessiva produzida pelo regime seriado
e de buscar princípios de orientação que possibilitem maior integração do conhecimento.
 
357. A proposta de organização do conhecimento, nos Parâmetros Curriculares Nacionais,
está em harmonia com o disposto no Artigo 26 da LDB 9.394/96, que assim se pronuncia:
“Os currículos do ensino fundamental e médio devem ter uma base nacional comum, a ser
complementada, em cada sistema de ensino e estabelecimento escolar, por uma parte
diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da
economia e da clientela.” Assim, a LDB deixa claro, exceto:
 
a) Deve-se trabalhar com áreas parecidas, para ter coerência.
 
b) Contempla uma formação plena dos alunos.
 
c) Devem-se contemplar os conhecimentos clássicos e à realidade social e política, dando
especial enfoque ao ensino da história do Brasil.
 
d) Explicita também a necessidade de haver uma base comum de conhecimentos para
todos e o tratamento de questões específicas de cada localidade.
 
e) As diferentes áreas de conhecimento e o tratamento transversal de questões sociais
constituem uma representação ampla e plural dos campos de conhecimento e de cultura
de nosso tempo.  
 
358. No ensino fundamental, o eixo da discussão, no que se refere ao fracasso escolar,
tem sido a questão da leitura e da escrita. Sobre o ensino da língua portuguesa, pode-se
corroborar, salvo:
 
a) Nos anos 70 o conhecimento disponível levava a buscar no aluno o fracasso escolar,
visto que para uma grande maioria o ensino parecia funcionar. Assim, pensava-se que os
alunos que fracassavam tinham algum déficit. Uma boa ilustração dessa abordagem são os
exercícios de “prontidão “.
 
b) No início dos anos 80, começaram a circular, entre educadores, livros e artigos que
davam conta de uma mudança na forma de compreender o processo de alfabetização;
deslocavam a ênfase habitualmente posta em “como se ensina” e buscavam a descrever
“como se aprende”. Tiveram grande impacto os trabalhos que relatavam resultados de
investigações, em especial a psicogênese da língua escrita.
 
c) Os resultados dessas investigações também permitiram compreender que a
alfabetização é um processo baseado em perceber e memorizar.
 
d) O ensino da Língua Portuguesa tem sido marcado por uma sequenciação de conteúdos
que se poderia chamar de aditiva: ensina-se a juntar sílabas( ou letras) para formar
palavras, a juntar palavras para formar frases e a juntar frases para formar textos.
 
e) É preciso superar algumas concepções sobre o aprendizado inicial da leitura. A principal
delas é a de que ler é simplesmente decodificar, converter letras em sons, sendo a
compreensão conseqüência natural dessa ação. Por conta concepção equivocada a escola
vem produzindo grande quantidade de “leitores” capazes de decodificar qualquer texto,
mas com enormes dificuldades para compreender o que tentam ler.
 
359. No ensino da Matemática, destacam-se dois aspectos básicos: um consiste em
relacionar observações do mundo real com representações (esquemas, tabelas, figuras);
outro consiste em relacionar essas representações com princípios e conceitos
matemáticos. Nesse processo, a comunicação tem grande importância e deve ser
estimulada, levando-se o aluno a “falar” e a “escrever” sobre Matemática, a trabalhar com
representações gráficas, desenhos, construções, a aprender como organizar e tratar
dados. Sobre o ensino da matemática, pode-se inferir, exceto:
 
a) A aprendizagem em Matemática não está ligada à compreensão direta do significado;
aprender o significado de um objeto ou acontecimento pressupõe vê-lo em suas relações
com outros objetos e acontecimentos.
 
b) O tratamento dos conteúdos em compartimentos estanques e numa rígida sucessão
linear deve dar lugar a uma abordagem em que as conexões sejam favorecidas e
destacadas. O significado da Matemática para o aluno resulta das conexões que ele
estabelece entre ela e as demais disciplinas, entre ela e seu cotidiano e das conexões que
ele estabelece entre os diferentes temas matemáticos.
 
c) O conhecimento matemático deve ser apresentado aos alunos como historicamente
construído e em permanente evolução. O contexto histórico possibilita ver a Matemática
em sua prática filosófica, científica e social.
 
d) Recursos didáticos como jogos, livros, vídeos, calculadoras, computadores e outros
materiais têm um papel importante no processo de ensino e aprendizagem.  Contudo, eles
precisam estar integrados a situações que levem ao exercício da análise e da reflexão, que
é a base da atividade matemática.
 
e) O professor torna-se organizador da aprendizagem; para desempenhá-la, além de
conhecer as condições socioculturais, expectativas e competência cognitiva dos alunos,
precisará escolher o(s) problema(s) que possibilita(m) a construção de conhecimentos/
procedimentos e alimentar o processo de resolução, sempre tendo em vista os objetivos a
que se propõe atingir.
 
360. Sobre o ensino de história, podemos afirmar, exceto:
 
a) Os métodos de ensino aplicados nas aulas de História em aulas dinâmicas, as quais
previam a intensa participação dos alunos.
 
b) Ensinar história era transmitir os pontos estabelecidos nos livros de acordo com o
programa oficial. Dessa forma, a História permanece distante dos interesses do aluno,
presa às fórmulas prontas do discurso dos livros didáticos ou relegada a práticas
esporádicas determinadas pelo calendário cívico.
 
c) A proposta do ensino da História é em torno de objetivos específicos, sendo um dos
mais relevantes o que se relaciona à constituição da noção de identidade. Assim, é
primordial que o ensino da História estabeleça relações entre identidades individuais,
sociais e coletivas, entre as quais as que se constituem como nacionais. d) O ensino de
História tende a desempenhar um papel mais relevante na formação da cidadania,
envolvendo a reflexão sobre a atuação do indivíduo em suas relações pessoais com o
grupo de convívio, suas afetividades e sua participação no coletivo.
 
e) Os fatos históricos podem ser traduzidos, por exemplo, como sendo aqueles
relacionados aos eventos políticos, às festas cívicas e às ações de heróis nacionais, fatos
esses apresentados de modo isolado do contexto histórico em que viveram os
personagens e dos movimentos de que participaram.
 
361. De acordo com os PCNs, no que se refere a orientações didáticas, propõe-se que o
professor, exceto:
 
a) Valorize, inicialmente, os saberes que os alunos já possuem sobre o tema abordado,
criando momento de troca de opiniões e informações.
 
b) Avaliem essas informações identificando quais podem ser enriquecidas.
 
c) Proponha novos questionamentos, organize pesquisa e investigações.
 
d) Selecione material de fonte de informação semelhantes para serem estudados em sala
de aula. e) Proponha que os estudos se materializem em produtos culturais, como livros,
murais, exposições, teatro, maquetes, etc.

362. Sobre o ensino de Geografia, podemos inferir, exceto:


 
a) O ensino de Geografia se traduziu, e muitas vezes ainda se traduz, pelo estudo
descritivo das paisagens naturais e humanizadas, de forma dissociada do espaço vivido
pela sociedade e das relações contraditórias de produção e organização do espaço.
 
b) Os procedimentos didáticos adotados promoviam principalmente a descrição e a
memorização dos elementos que compõem as paisagens sem, contudo, esperar que os
alunos estabelecessem relações, analogias ou generalizações. Pretendia-se ensinar uma
Geografia partidária.  
 
c) As sucessivas mudanças e debates em torno do objeto e método da Geografia como
ciências, presentes no meio acadêmico, tiveram repercussões diversas no ensino
fundamental. Positivas de certa forma, já que foram um estímulo para a inovação e
produção de novos modelos didáticos. Mas, também negativas, pois a rápida incorporação
das mudanças produzidas pelo meio acadêmico provocou a produção de inúmeras
propostas didáticas, descartadas a cada inovação.
 
d) Independentemente da perspectiva geográfica, a maneira mais comum de se ensinar
Geografia tem sido pelo discurso do professor ou pelo livro didático. Este discurso sempre
parte de alguma noção ou conceito chave e versa sobre algum fenômeno social, cultural ou
natural que é descrito e explicado, de forma descontextualizada do lugar ou do espaço no
qual se encontra inserido. Após a exposição ou trabalho de leitura, o professor avalia, pelos
exercícios de memorização se os alunos aprenderam o conteúdo.
 
e) Abordagem atual da Geografia tem buscado práticas pedagógicas que permitam
apresentar aos alunos os diferentes aspectos de um mesmo fenômeno em diferentes
momentos da escolaridade, de modo que os alunos avancem na compreensão e
complexidade dos fenômenos. Essas práticas envolvem procedimentos de
problematização, observação, registro, descrição, documentação, representação e
pesquisa dos fenômenos naturais, sociais e culturais que compõem a paisagem e o espaço
geográfico, na busca e formulação de hipóteses e explicações das relações, permanências
e transformações que aí se encontram em interação.
 
363. Mostrar a Ciências como um conhecimento que colabora para a compreensão do
mundo e suas transformações, para reconhecer o homem como parte do universo e como
indivíduo, é a meta que se propõe para o ensino da área na escola fundamental. Sobre as
Ciências Naturais, pode-se inferir, afora:
 
a) Para o ensino das Ciências Naturais torna-se desnecessária a construção de uma
estrutura geral da área que favoreça a aprendizagem significativa do conhecimento
historicamente acumulado.
 
b) A história das Ciências também é fonte importante de conhecimento na área. A história
das idéias científicas e a história das relações do ser humano com seu corpo, com os
ambientes e com os recursos naturais devem ter lugar no ensino, para que se possa
construir com os alunos uma concepção interativa de Ciências e Tecnologia não-neutras,
contextualizada nas relações entre as sociedades humanas e a natureza.
 
c) Pela abrangência e pela natureza dos objetos de estudo das Ciências, é possível
desenvolver a área e forma muito dinâmica, orientando o trabalho escolar para o
conhecimento sobre fenômenos da natureza, incluindo o ser humano e as tecnologias mais
próximas e mais distantes, no espaço e no tempo. Estabelecer relações entre o que é
conhecido e as novas idéias, entre o comum e o diferente, entre o particular e o geral,
definir contrapontos entre os muitos elementos no universo de conhecimentos são
processos essenciais à estruturação do pensamento, particularmente do pensamento
científico.
 
d) Se a intenção é que os alunos se apropriem do conhecimento científico e desenvolvam
uma autonomia no pensar e no agir, é importante conceber a relação  de ensino e
aprendizagem como uma relação de sujeitos, em que cada um, a seu modo e com
determinado papel, está envolvido na construção de uma compreensão dos fenômenos
naturais e suas transformações, na formação de atitudes e valores humanos.
 
e) Em Ciências Naturais são procedimentos fundamentais aqueles que permitem a
investigação, a comunicação e o debate de fatos e idéias. A observação, a
experimentação, a comparação, o estabelecimento de relações entre fatos ou fenômenos e
idéias, a leitura e a escrita de textos informativos, a organização de informações por meio
de desenhos, tabelas, gráficos, esquemas e textos, a proposição de suposições, o
confronto entre suposições e entre ela e os dados obtidos por investigação, a proposição e
solução de problemas, são diferentes procedimentos que possibilitam a aprendizagem.
 
364. É correto afirmar sobre os temas transversais, exceto:
 
a) Para estar em harmonia com as demandas atuais da sociedade, é necessário que a
escola trate de questões que interferem na vida dos alunos e com as quais se vêem
confrontados no seu dia-a-dia. As temáticas sociais vêm sendo discutidas e
freqüentemente são incorporadas aos currículos das áreas, especialmente nos de História,
Geografia e de Ciências Naturais.
 
b) Algumas propostas sugerem o tratamento transversal de temáticas sociais na escola,
como forma de contemplá-las na sua complexidade, sem restringi-las à abordagem de uma
única área.
 
c) Os temas transversais que compõem os PCN são Ética, Saúde, Meio Ambiente,
Pluralidade Cultural, Orientação Sexual e Trabalho e Consumo.
 
d) A abrangência dos temas transversais significa que os temas transversais devam ser
tratados diferentemente em todos os lugares.
 
e) Além das adaptações dos temas transversais, é importante que sejam desenvolvidos
temas locais de acordo com a necessidade e realidade de cada contexto social, político,
econômico e cultural.
 
365. De acordo com os PCNs, a questão central das preocupações éticas é:
 
a) Relações entre os agentes da escola.
 
b) A relação entre professores, alunos e funcionários de uma escola.
 
c) Construção dos princípios de respeito mútuo.
 
d) Análise dos diversos valores presentes numa sociedade.
 
e) Convívio escolar.
 
366. O nível de saúde das pessoas reflete a maneira como vivem, numa interação
dinâmica entre potencialidades individuais e condições de vida. Não se pode compreender
ou transformar a situação de um indivíduo ou de uma comunidade sem levar em conta que
ela é produzida nas relações com o meio físico, social e cultura. Falar sobre saúde implica
levar em consideração, exceto:
 
a) Construção do respeito mútuo.
 
b) Qualidade do ar que se respira.
 
c) Consumismo desenfreado.
 
d) Degradação social.
 
e) Desnutrição.  
 
367. Pode-se inferir sobre a organização da escolaridade em ciclos, afora:
 
a) Com a adoção dos ciclos, os conhecimentos adquiridos na escola passam por um
processo de construção e reconstrução contínua e não por etapas fixadas e definidas no
tempo.
 
b) A lógica da opção por ciclos consiste em evitar que o processo de aprendizagem tenha
obstáculos inúteis, desnecessários e nocivos.
 
c) Para a concretização dos ciclos como modalidade organizativa, é necessário espaço e
tempo destinado à realização de reuniões de professores, para discutir os diferentes
aspectos do processo educacional.
 
d) A organização por ciclos tende evitar as freqüentes rupturas e excessiva fragmentação
do percurso escolar, assegurando a continuidade do processo educativo, dentro do ciclo e
na passagem de um ciclo ao outro, ao permitir que os professores realizem adaptações
sucessivas da ação pedagógica às diferentes necessidades dos alunos.
 
e) Na década de 80, vários Estados e Municípios reestruturaram o ensino fundamental a
partir da organização de etapas escolares fixas.
 
368. Os Parâmetros Curriculares Nacionais estão organizados em ciclos de dois anos,
mais pela limitação circunstancial em que estão inseridos do que por justificativas
pedagógicas, pois da forma como estão aqui organizados, os ciclos não trazem
incompatibilidade com a atual estrutura do ensino fundamental. Assim, o 1º ciclo se refere
às primeira e segunda séries; o 2º ciclo, às terceira e quarta séries; o 3º ciclo, às quinta e
sexta séries; e o 4º ciclo, a sétima e oitava séries. Os principais objetivos da organização
escolar em ciclos consiste, salvo:
 
a) Refletir sobre qual é a formação que se pretende que os alunos obtenham, que a escola
deseja proporcionar e tem possibilidades de realizar, sendo, nesse sentido pontos de
referência que devem orientar a atuação educativa em todas as áreas, ao longo da
escolaridade obrigatória.
 
b) Concretizam intenções educativas relacionadas as capacidades que devem ser
desenvolvidas pelos alunos ao longo da escolaridade. c) Os objetivos educacionais são
definidos em termos da inflexibilidade do sistema social e escolar.
 
d) A definição dos objetivos educacionais define-se de acordo com as capacidades, porque
uma vez desenvolvidas, podem se expressar numa variedade de comportamentos.
 
e) Os objetivos se definem em termos de capacidades de ordem cognitiva, física, afetiva,
de relação interpessoal e inserção social, ética e estética, tendo em vista uma formação
ampla.
 
369. Os Parâmetros Curriculares Nacionais propõem uma mudança de enfoque em relação
aos conteúdos curriculares: ao invés de um ensino em que o conteúdo seja visto como fim
em si mesmo, o que se propõe é um ensino em que o conteúdo seja visto como meio para
que os alunos desenvolvam as capacidades que lhes permitam produzir e usufruir dos
bens culturais, sociais e econômicos.
 
Pode-se inferir, exceto:  
 
a) O projeto educacional expresso nos Parâmetros Curriculares Nacionais demanda uma
reflexão sobre a seleção de conteúdos, como também exige uma ressignificação, em que a
noção de conteúdo escolar se amplia para além de fatos e conceitos, passando incluir
procedimentos, valores, normas e atitudes.
 
b) Os conteúdos de natureza conceitual, que envolvem a abordagem de conceitos, fatos e
princípios, referem-se à desconstrução ativa das capacidades intelectuais para operar com
símbolos, signos, idéias, imagens que permitem representar a ficção.
 
c) Conteúdos procedimentais envolvem, por parte dos alunos, a construção de
instrumentos para analisar, por si mesmos, os resultados que obtêm e os processos que
colocam em ação para atingir as metas a que se propõem. Por exemplo, para realizar uma
pesquisa, o aluno pode copiar um trecho da enciclopédia, embora não seja o procedimento
mais adequado. É preciso auxiliá-lo, ensinando os procedimentos apropriados, para que
possa responder com êxito a tarefa que lhe foi proposta.
 
d) Conteúdos de natureza atitudinal, que incluem normas, valores e atitudes, que
permeiam todo o conhecimento escolar. Ensinar e aprender atitudes requer um
posicionamento claro e consciente sobre o que e como se ensina na escola. Esse
posicionamento só pode ocorrer a partir do estabelecimento de intenções do projeto
educativo da escola, para que se possa adequar e selecionar conteúdos básicos e
necessários.
 
e) Dada a diversidade existente no país, é natural e desejável que ocorram alterações no
quadro de conteúdos propostos nos PCN tendo em vista que a definição dos conteúdos a
serem tratados, em cada sala de aula, deve considera o desenvolvimento de capacidades
adequadas às características sociais, culturais e econômicas particulares de cada
localidade. Assim, a definição de conteúdos neste documento é uma referência
suficientemente aberta para técnicos e professores analisarem, refletirem e tomarem
decisões, resultando em aplicações ou reduções de certos aspectos, em função das
necessidades de aprendizagem de seus alunos.
 
370. A inserção da criança de 06 anos no Ensino Fundamental é uma conquista histórica,
principalmente para as das camadas populares. São muitos os paradoxos e desafios que
envolvem a infância. Se um por um lado nunca se produziu tantos estudos sobre a criança,
por outro temos dificuldade de lidar com a infância e com a juventude. Pode-se deduzir,
exceto:
 
a) A ideia de infância sempre existiu de forma parecida.
 
b) A construção histórica e social da infância, cujo papel e forma de organização se
concretizam de diferentes formas para cada tipo de sociedade.
 
c) Uma das principiais reconceitualizações da infância aconteceu na sociedade capitalista,
na medida em que são redimensionados a inserção e papel da criança na sociedade
urbano-industrial.
 
d) Atualmente, a denúncia sobre o desaparecimento da infância inquieta os educadores.
Principalmente quando nos deparamos com a desigualdade social, a pobreza, o trabalho
infantil, a violência, traz para a era pós industrial outras indagações, como, estará a
infância desaparecendo?
 
e) A idéia de infância sempre foi demarcada por contradições. Na era industrial a classe
média traz para esta fase a concepção de moralização (treinar, conduzir e controlar) e, ao
mesmo tempo de paparicação (ingenuidade, pureza).  
 
371. Relacionando as crianças e a cultura infantil é possível entender a infância a partir
alguns eixos, os quais podem ser, exceto:
 
a) A criança cria cultura, brinca e nisso reside sua singularidade.
 
b) A criança é colecionadora, dá sentido ao mundo e, produz história.
 
c) A criança organiza a ordem.
 
d) A criança estabelece uma relação crítica com a tradição.
 
e) A criança pertence a uma classe social.
 
372. Nunca se falou tanto na infância como na atualidade. Esse contexto trouxe reflexos
sobre a sociedade atual. Quanto à escola, encontramo-nos em um momento de
questionamento de concepções e práticas pedagógicas. Assim é importante que ao refletir
sobre essas questões, o ensino Fundamental perceba que a infância não está mais apenas
na Educação infantil, mas nos anos iniciais do Ensino Fundamental. Em relação aos
espaços da infância e a infância nos espaços, pode-se afirmar, exceto:
 
a) É preciso perceber que a infância tem um papel de destaque na sociedade e a
apropriação dos espaços é realizada a partir de uma necessidade, marcada pela
desigualdade social.
 
b) Na atualidade, nota-se que todas as crianças têm acesso a educação.
 
c) Pensar sobre a infância na escola e na sala de aula é um grande desafio para o ensino
fundamental que, ao longo de sua história, não tem considerado o corpo, o universo lúdico,
os jogos e as brincadeiras como prioridade.
 
d) O desafio da escola é compreender as múltiplas linguagens da criança, traduzindo esse
entendimento no redimensionamento dos tempos espaços escolar, considerando a
importância do ato de brincar.
 
e) A brincadeira é essencial enquanto estratégia que favorece o encontro e convivência de
diferentes culturas, a expressão das emoções e formas de significar o mundo, os tempos e
espaços visando a construção de autonomia.
 
373. Esses diferentes domínios de significados constituem espaços de criação,
transgressão, formação de sentidos e significados que fornecem aos sujeitos, autores ou
contempladores, novas formas de inteligibilidade, comunicação e relação com a vida,
reproduzindo-a e tornando-a objeto de reflexão. Existem possibilidades diferenciadas do
homem dialogar com o mundo, as quais são, afora:
 
a) Artes visuais.
 
b) Artes plásticas.
 
c) Dança.
 
d) Teatro.
 
e) Ciências ocultas.
 
374. As Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental, é o documento que
propõe uma direção para que as escolas reflitam sobre seu processo pedagógico. Como
eixos das propostas pedagógicas das escolas, as Diretrizes definem os seguintes
princípios, exceto:
 
a) Princípios Éticos da Autonomia.  
 
b) Princípios da Solidariedade e do Respeito ao bem particular.
 
c) Princípios Políticos dos Direitos e Deveres da Cidadania.
 
d) Princípios do Exercício da Criticidade e do Respeito à Ordem Democrática.
 
e) Princípios Estéticos da Sensibilidade, Criatividade e Diversidade de Manifestações
Artísticas e Culturais.
 
375. Na nossa sociedade, a participação social é intensamente mediada pelo texto escrito
e os que dela participam se apropriam não apenas de suas convenções lingüísticas, mas,
sobretudo, das práticas sociais em que os diversos gêneros textuais circulam. Desse
modo, Bakhtin (2000, p. 279) chama a atenção de que “cada esfera de utilização da língua
elabora seus tipos relativamente estáveis de enunciados”. Ou seja, em cada tipo de
situação de interação, deparamo-nos com gêneros textuais diferentes e distintos modos de
usá-los. Qualquer cidadão lê e escreve cumprindo finalidades diversas e reais. Precisamos
garantir esse mesmo princípio, ao iniciarmos os estudantes no mundo da escrita. Desse
modo, deve-se contemplar:
 
a) Situações de interação mediadas pela escrita em que se busca causar algum efeito
sobre interlocutores em diferentes esferas de participação social: circulação de
informações cotidianas, como, por exemplo, por meio de escrita e leitura de textos
jornalísticos; comunicação direta entre pessoas e/ou empresas, mediante textos epistolares
(cartas, convites, avisos); circulação de saberes gerados em diferentes áreas de
conhecimento, por meio dos textos científicos; orientações e prescrições sobre como
realizar atividades diversas ou como agir em determinados eventos, mediante textos
instrucionais; compartilhamento de desejos, emoções, valoração da realidade vivida,
expressão da subjetividade, por meio dos textos literários; divulgação de eventos, pro dutos
e serviços, mediante textos publicitários, entre outros.
 
b) Situações voltadas para a construção e a sistematização do conhecimento,
caracterizadas, sobretudo, pela leitura e produção de gêneros textuais usados como auxílio
para organização e memorização, quando necessário, de informações, tais como
anotações, resumos, esquemas e outros gêneros que utilizamos para estudar temas
diversos.
 
c) Situações voltadas para auto-avaliação e expressão “para si próprio” de sentimentos,
desejos, angústias, como forma de auxílio ao crescimento pessoal e ao resgate de
identidade, assim como ao próprio ato de investigar-se e resolver seus próprios dilemas,
com utilização de diários pessoais, poemas, cartas íntimas (sem destinatários).
 
d) Situações em que a escrita é utilizada para automonitoração de suas próprias ações,
para organização do dia-a-dia, para apoio mnemônico, tais como agendas, calendários,
cronogramas, entre outros.
 
e) Todas as alternativas estão corretas.
 
376. Para a garantia de que os alunos tenham acesso aos gêneros textuais diversos que
apresentem características diversas, propõe-se uma classificação de textos com fins
didáticos. É correto afirmar, exceto:
 
a) Textos da ordem do narrar, que seriam aqueles destinados à recriação da realidade, tais
como contos, fábulas, lendas.  
 
b) Textos da ordem do relatar, que seriam aqueles destinados à documentação e à
memorização das ações humanas, tais como notícias, diários, relatos históricos.
 
c) Textos da ordem do experienciar ações, que seriam os que se destinam a desconstruir
as atividades e a prescrever e desregular modos de comportamento, tais como receitas,
regras de jogo, regulamentos
 
d) Textos da ordem do expor, destinados à construção e à divulgação do saber, tais como
notas de enciclopédia, artigos voltados para temas científicos, seminários, conferências.
 
e) Textos da ordem do argumentar, que se destinam à defesa de pontos de vista, tais como
textos de opinião, diálogos argumentativos, cartas ao leitor, cartas de reclamação, cartas
de solicitação.
 
377. Sabemos que durante muito tempo o ensino do nosso sistema de escrita foi feito de
uma maneira mecânica, repetitiva, na qual os estudantes eram levados a memorizar
segmentos das palavras (letras ou sílabas) ou mesmo palavras inteiras, sem entender a
lógica que relacionava as partes pronunciadas (pauta sonora) e a seqüência de letras
correspondente. Assim, é necessário que o estudante faça a correspondência entre as
partes faladas e as partes escritas das palavras. É incorreto afirmar sobre a apropriação do
sistema alfabético de escrita de maneira lúdica e reflexiva:
 
a) Nas escritas alfabéticas, essa empreitada envolve entender: o que a escrita representa
das palavras faladas (isto é, que as letras representam os sons e não os significados ou
outras características físicas das coisas às quais aquelas palavras orais se referem); como
a escrita cria essas representações (isto é, que a escrita funciona “traduzindo”, por meio
das letras, segmentos sonoros pequenos, os fonemas, que estão no interior das sílabas).
 
b) Para desenvolver essas capacidades, é preciso focar os signos gráficos do sistema
alfabético. O fato de as letras serem estáveis, de aparecerem sempre na mesma posição
no interior de uma palavra escrita, ajuda a criança ou o adolescente a desenvolver as
capacidades de analisar a palavra oral (aquela a que a notação escrita se refere) em seus
segmentos menores. Torna-se, portanto, insignificante para os estudantes conhecer as
letras e repetir sobre suas relações com os sons.
 
c) para dominar a notação alfabética, o estudante precisa entender as relações entre o
todo escrito e o todo falado, ou seja, entre as palavras faladas e as palavras escritas, e
entre as partes do escrito (sílabas e letras) e as do falado (sílabas e fonemas, que
correspondem às menores unidades das palavras). Para compreender o funcionamento da
escrita alfabética, ela ou ele precisa considerar relações de ordem, de permanência e
relações de termo a termo.
 
d) Em várias atividades de reflexão sobre o sistema de escrita, a tomada de consciência
acerca desses princípios ocorre quando os estudantes também percebem que a sílaba,
que pode ser segmentada oralmente, possui regularidades que facilitam a sua
representação (ou notação) gráfica. Perceber que em toda sílaba de nossa língua há uma
vogal é uma aprendizagem importante e parece favorecer a tarefa de tentar encontrar as
outras unidades no interior desse segmento.
 
e) Outras estratégias didáticas que podem auxiliar as crianças e os adolescentes a se
apropriar do sistema alfabético de escrita assumem a forma de brincadeiras com a língua.  
 
378. A organização do trabalho pedagógico caracteriza-se como uma dimensão muito
importante para o desenvolvimento do projeto político-pedagógico da escola. O projeto
político pedagógico, como sabemos, é um instrumento que nos dá direções, nos aponta
caminhos, prevendo, de forma flexível, modos de caminhar. Pode-se inferir sobre a escola
com um espaço social pedagogicamente organizado, afora:
 
a) O projeto é um eixo organizador da ação de todos que fazem parte da comunidade
escolar.
 
b) Um projeto político-pedagógico é como uma radiografia do movimento que a escola
realiza e pretende realizar para alcançar seu objetivo mais importante: educar, promovendo
a produção de conhecimentos e a formação de pessoas íntegras e integradas à sociedade
por meio da participação cidadã, de forma dependente e acrítica.
 
c) Os critérios de organização das crianças em classes/turmas/grupos e de arrumação das
carteiras, dos grupos e dos materiais nas salas de aula; o planejamento do tempo para
brincadeiras livres e da hora da refeição; a programação de atividades e os modos como
elas são propostas e desenvolvidas – tudo isso influencia na forma como o projeto
pedagógico se desenrola.
 
d) Todos aqueles que integram a comunidade escolar precisam participar da organização
do trabalho pedagógico.
 
e) Todos podem agir para que o trabalho pedagógico de ensinar e aprender aconteça;
todos se beneficiam dele e se comprometem com ele. A integração família-escola
desempenha papel de destaque nesse processo. É certo que nem todas as famílias
participam, ou podem participar, da mesma maneira, mas vale a pena incluí-las no
planejamento escolar, por meio de solicitações sobre seus modos de funcionamento, seus
gostos, suas histórias, profissões, tudo isso está ligado às histórias de vida das crianças.
 
379. Entre as muitas marcas que caracterizam os modos de lidar com os conteúdos,
conhecimentos, tempos e espaços que organizam a escola, está o que chamamos de
organização discursiva Tal organização se expressa:
 
I. no movimento discursivo das aulas – falando, ouvindo, escrevendo, lendo, das mais
variadas maneiras.
 
II. nos padrões de textos que caracterizam a escola e são produzidos por ela.
 
É correto afirmar:
 
a) I está incorreta.
 
b) II está incorreta.
 
c) I e II estão incorretas.
 
d) I está certa.
 
e) I e II estão certas.
 
380. A língua oral não é falada de forma homogênea pela população brasileira. As pessoas
utilizam a língua de maneiras diferentes. Pode-se inferir, exceto:
 
a) Os linguistas chamam este fenômeno de variação linguística.  
 
b) As diferentes maneiras de falar uma mesma língua são chamadas de variedades
lingüísticas.
 
c) A variação acontece em todos os níveis da língua: sintático (p.ex. determinadas
construções e modos de organizar o discurso são mais usados, ou menos usados, em
determinadas variedades da língua); semântico (p.ex. usam-se palavras e expressões
diferentes para designara mesma coisa; ou certas palavras e expressões têm valores
diferentes em diferentes variedades); morfológico (p.ex. palavras derivadas ou compostas
são formadas em determinada variedade, mas não existem em outras); e fonológico (p.ex.
diferentes maneiras de pronunciar as palavras, diferentes sotaques e entonações, nas
diferentes variedades).
 
d) Do ponto de vista da lingüística, somente algumas variedades são legítimas e corretas.
 
e) A questão, entretanto, é complicada porque, do ponto de vista social, as variedades não
têm o mesmo valor: uma variedade da língua é considerada “a certa, a melhor” e, com
base nela, avaliam-se outras que, ligadas a grupos sociais populares, são consideradas
negativamente.
 
381. A tendência da língua oral é ir-se afastando da linguagem escrita, uma vez que essa
última é alterada de forma muito lenta, enquanto a primeira está em permanente mudança.
Embora seja natural que as crianças, no começo da aprendizagem, busquem estabelecer
referências entre a fala (que conhecem) e a escrita (que querem conhecer), é importante ir
mostrando às crianças que há vários modos de falar, mas só há um modo de escrever, do
ponto e vista ortográfico. Podemos corroborar sobre a relação da língua oral, língua escrita
e a aprendizagem da escrita, afora:
 
a) Para escrever, é preciso, também, ter um conhecimento textual: o modo como cada tipo
de texto se organiza no papel, as diferentes características discursivas dos diversos tipos
de texto (partes que os compõem, tempos verbais característicos etc.), informações
relevantes, modos de iniciá-los, de terminá-los, entre tantas outras. Tais características são
rígidas e existem determinados padrões que se vão constituindo culturalmente, uma vez
que a escrita tem uma longa história social.
 
b) Para a produção de textos é o conhecimento de mundo: ninguém dá o que não tem. É
preciso conhecer o tema, fato ou assunto sobre o qual se vai falar ou escrever, para que se
alcance coesão temática, para que se construam textos relevantes.
 
c) Tentando ler os vários sinais da realidade, incluindo caracteres da escrita, as crianças
vão se aproximando de modos de ler. Aprende-se a ler com a leitura. Quando a criança
entra na escola, a sua leitura de mundo já está bastante desenvolvida. O espaço da sala
de aula deve ser um espaço de formação de leitores. Um espaço, portanto, com muitas
leituras.
 
d) Aos poucos, com intervenções significativas do(a) professor(a) e de outras crianças e
adultos, a leitura da criança vai se ampliando e antecipando significados, identificando
elementos já mais familiares e suas relações, perguntando aos colegas e aos professores,
enfim, criando estratégias de leitura que lhe vão permitindo arriscar mais e melhor.
 
e) Quando a criança aprende a escrever, forçosamente, analisa a linguagem verbal, o que
a leva a ampliar, também, os conhecimentos da linguagem oral. Do mesmo modo, é
preciso conversar muito com as crianças: sobre as intenções de quem  escreve, para que e
para quem se escreve, sobre os conhecimentos construídos e em construção. É preciso,
enfim, reafirmar incessantemente a condição das crianças como produtoras de sentido e,
logo, como autoras e leitoras. 
 
382. A escola é considerada um espaço de aprendizagem, portanto, o ato de aprender está
embasado, exceto:
 
a) Aprender com prazer.
 
b) Aprender brincando.
 
c) Brincar aprendendo.
 
d) Aprender a crescer.
 
e) Aprender a brincar.
 
383. Tradicionalmente, as práticas de avaliação desenvolvidas na escola têm se
constituído em práticas de exclusão. Avalia-se para medir a aprendizagem dos estudantes
e classificá-los em aptos ou não aptos a prosseguir os estudos. Para que não tenhamos
essa prática excludente, é preciso que os professores reconheçam a necessidade de
avaliar com diferentes finalidades, exceto:
 
a) Conhecer as crianças e os adolescentes,\considerando as características da infância\e
da adolescência e o contexto\extra-escolar.
 
b) Conhecê-los em atuação nos tempos e\espaços da escola, identificando as
estratégias\que usam para atender às demandas\escolares e, assim, alterar,
quando\necessário, as condições nas quais é\realizado o trabalho pedagógico.
 
c) Abduzir os conhecimentos prévios dos\estudantes, nas diferentes áreas do
conhecimento\e trabalhar a partir deles.
 
d) Identificar os avanços e encorajá-los a continuar construindo conhecimentos nas
diferentes áreas do conhecimento e desenvolvendo capacidades.
 
e) Conhecer as hipóteses e concepções deles sobre os objetos de ensino nas diferentes
áreas do conhecimento e levá-los a refletir sobre elas.
 
384. Em relação ao trabalho desenvolvido pelo professor é necessário que ele seja
avaliado a partir do da aprendizagem do aluno, nos seguintes aspectos, salvo:
 
a) Se o estudante está excluído do processo educativo, não existe uma necessidade real
para averiguar este fato exclusivo.
 
b) Se o estudante está realizando as tarefas propostas e, em caso negativo, quais são os
motivos para a não-realização.
 
c) Se o(a) professor(a) está adotando boas estratégias didáticas e, em caso negativo, quais
são os motivos para a não-adoção.
 
d) Se o(a) professor(a) utiliza recursos didáticos adequados e, em caso negativo, quais são
os motivos para a não-utilização.
 
e) Se ele(a) mantém boa relação ou não com os meninos e meninas e os motivos para a
manutenção dessas relações de aprendizagem.
 
385. A ampliação do ensino fundamental para nove anos e a questão do tempo escolar
exige alguns cuidados a serem considerados, exceto:
 
a) A ampliação do ensino fundamental para nove anos representa um avanço
importantíssimo na busca de inclusão e êxito das crianças das camadas populares em
nossos sistemas escolares.
 
b) Ao iniciarem o ensino fundamental um ano antes, aqueles estudantes passam a ter mais
oportunidades para cedo começarem a se apropriar de uma série de conhecimentos, entre
os quais tem um lugar especial o domínio da escrita alfabética e das práticas letradas de
ler-compreender e produzir textos.
 
c) Torna-se desnecessário não perder tempo, não deixar para os anos seguintes o que
devemos assegurar desde a entrada das crianças, aos seis anos, na escola.
 
d) A partir de uma concepção de que devemos assegurar a todos a possibilidade de
aprendizagem e de que a escola não deve se ater apenas aos aspectos cognitivos do
desenvolvimento, veremos que a reprovação tem impactos negativos.
 
e) O impacto negativo das reprovações, provocam, muitas vezes, a evasão escolar e a
baixa auto-estima, o que dificulta o próprio processo de aprendizagem posterior.
 
386. Afim de que as informações observadas não se dispersem, ou seja, esquecidas e
para que tenhamos melhores condições de refletir sobre o ensino e a aprendizagem,
necessitamos proceder ao registro periódico da situação de cada estudante em relação aos
objetivos traçados nos diferentes eixos de ensino. Empregando instrumentos variados, as
práticas avaliativas mais defendidas atualmente compartilham esse ponto: o registro escrito
de informações mais qualitativas sobre o que as crianças e os adolescentes estão
aprendendo. As formas de registro qualitativo escrito permitem que, exceto:
 
a) Os professores comparem os saberes alcançados em diferentes momentos da trajetória
vivenciada.
 
b) Os professores acompanhem individualmente, de forma particular, os progressos dos
estudantes com quem trabalham a cada ano.
 
c) Os estudantes realizem auto-avaliação, refletindo, dessa forma, sobre os próprios
conhecimentos e sobre suas estratégias de aprendizagem, de modo que possam redefinir
os modos de estudar e de se apropriar dos saberes.
 
d) As famílias acompanhem sistematicamente os estudantes, podendo, assim, dar
sugestões à escola sobre como ajudar as crianças e os adolescentes e discutir suas
próprias estratégias para auxiliá-los.
 
e) Os coordenadores pedagógicos (assistentes pedagógicos, equipe técnica) conheçam o
que vem sendo ensinado/aprendido pelos estudantes e possam planejar os processos
formativos dos professores.
 
387. Algumas redes de ensino vêm adotando modalidades de registros escritos mais
qualitativos, tornando-os instrumentos primordiais no acompanhamento da aprendizagem e
na tomada de decisões para o avanço qualitativo das aprendizagens dos estudantes.
Podemos inferir sobre tais modalidades, exceto:
 
a) Deve-se ter clareza sobre o que é necessário que os estudantes aprendam em cada
etapa escolar, o que constitui um direito deles.
 
b) Não deixar o tempo passar”, mas sim monitorar de maneira descontínua o progresso
dos estudantes.  
 
c) Para que tenhamos clareza sobre o que ensinar e avaliar e, finalmente, para que o
estudante e sua família tenham voz, devem participar efetivamente do processo de
avaliação.
 
d) Necessitamos garantir que as famílias conheçam as expectativas da escola em relação
às crianças e aos adolescentes em cada unidade e série (ou ano) e acompanhem a
trajetória percorrida, podendo se posicionar junto à professora, à turma e à escola.
 
e) Se o estudante e sua família sabem aonde a escola quer chegar, se estão envolvidos no
dia-a-dia de que são os principais beneficiários, poderão participar com mais investimento
e autonomia na busca do sucesso nessa empreitada que é a aprendizagem do aluno.
 
388. A linguagem não é apenas comunicação ou suporte de pensamento, é,
principalmente, interação entre sujeitos; é lugar de negociação de sentidos, de ideologia,
de conflito, e as condições de produção de um texto (para quê, o quê, onde, quem, com
quem, quando, como) constituem seus sentidos, para além de sua matéria formal –
palavras, linhas, cores, formas, símbolos. A linguagem é constitutiva do sujeito, ou seja, faz
parte do processo de identidade pessoal e social de cada pessoa e, por isso, a escola
precisa considerá-la na formação de pessoas que sejam capazes de compreender mais e
melhor o mundo, inclusive transformando-o. O estudo das linguagens, na escola, é, ainda,
fundamental tanto para as aprendizagens dos conteúdos escolares, quanto para a
ampliação a participação cidadã do estudante na sociedade. É com esse pressuposto que
o presente texto procura articular suas sugestões didáticas às discussões dos demais
textos, considerando, exceto:
 
a) A singularidade da infância, na direção de fazer a “entrada” da criança de seis anos no
ensino fundamental ser perda para as demais.
 
b) O brincar como “um modo de ser e estar no mundo”, levando em conta a função
humanizadora da cultura e sua contribuição para a formação da criança.
 
c) As linguagens verbais, artísticas e cientificas como articuladoras de uma prática
multidisciplinar, num contexto de letramento.
 
d) O texto (nas várias linguagens), a partir do que os estudantes já conhecem, como
usuários da língua, mesmo aqueles que ainda não têm autonomia para decifrar o escrito.
 
e) As relações entre letramento e alfabetização, para que se garanta que a criança se
alfabetize numa perspectiva letrada.
 
389. Por entender que a realidade precisa ser observada, analisada, comparada e
reinserida no todo, tendo em vista o processo, as contradições e as aproximações
sucessivas, o planejamento pedagógico do (a) professor (a) começa, coletivamente, a
partir do que toda a escola pensa e realiza em seu projeto pedagógico. O planejamento da
escola contempla, exceto:
 
a) Organização das crianças em classes.
 
b) Definição de objetivos por série ou ano.
 
c) Planejamento do tempo.  
 
d) Dar preferência as brincadeiras livres, de forma aleatória.
 
e) Planejamento do espaço e materiais.
 
390. Para contribuir na organização do tempo pedagógico, a atividade permanente, ou
seja, trabalho regular, diário, semanal ou quinzenal, o qual objetiva uma familiaridade maior
com um gênero textual, um assunto/tema de uma área curricular. Podemos inferir sobre
esta atividade, salvo:
 
a) Momento em que se discutem assuntos/ temas de interesse das crianças.
 
b) Momento reservado às notícias que mais chamaram a atenção das crianças na semana.
 
c) Momento em que se retoma, de forma sucinta, o trabalho desenvolvido e se auxiliam as
crianças no relato e na síntese do que aprenderam.
 
d) Momento reservado para as crianças conhecerem um artista específico (músico, poeta,
pintor, escultor etc.), sua obra, sua vida.
 
e) Momento em que se lê mensalmente É momento de o leitor experiente ajudar a ampliar
o repertório dos leitores iniciantes. Para as crianças.
 
391. As sequências didáticas pressupõem um trabalho pedagógico organizado em uma
determinada seqüência, durante um determinado período estruturado pelo (a) professor(a),
criando-se, assim, uma modalidade de aprendizagem mais orgânica. Os planos de aula,
em geral, seguem essa organização didática. São sugestões para esta organização
didática, exceto:
 
a) Ao ler fábula, trabalhar com as estratégias de leitura, no sentido de a criança ir tomando
consciência de que o processo de ler prevê seleção, antecipação, inferência e verificação
de aspectos do texto que se lê.
 
b) Ao ler os textos em sala de aula, o momento depois da leitura é marcado, por atividades
cujo objetivo é trazer o repertório do leitor (seus conhecimentos prévios) para a
compreensão textual, discutindo os elementos contextualizadores do texto: autor, portador,
título, sumário, capas, assunto/tema, ilustrações.
 
c) As brincadeiras de ontem e hoje tem como objetivo compreender o brincar como ação
humana fundamental para o desenvolvimento da pessoa e dos grupos sociais, em
diferentes épocas e espaços.
 
d) A sequência didática relacionada as brincadeiras antigas e atuais prevêem um produto
final cujo planejamento tem objetivos claros, dimensionamento do tempo, divisão de tarefas
e, por fim, a avaliação final em função do que se pretendia.
 
e) Projetos como, Nossa cidade, nossa casa, é uma mostra que expresse a cultura e a
produção artística do bairro, da cidade ou do município em que a escola se localiza. O
acervo pode ser verbal (oral e/ou escrito), imagético (fotografias, colagens, desenhos etc.),
fílmico (gravações em fitas de vídeo). Pode ser também uma exposição de obras da cultura
local: esculturas, quadros, peças de tecido, utensílios variados etc.
 
392. As atividades destinadas à sistematização de conhecimentos das crianças ao fixarem
conteúdos que estão sendo trabalhados. Em relação à alfabetização, são os conteúdos
relativos à base alfabética da língua ou ainda às convenções da escrita ou aos
conhecimentos textuais. Assim, a oficina de produção de textos para projetos, por exemplo,
é marcada, exceto:  
 
a) Seleção de gêneros textuais, para os estudantes escrevam de forma crítica.
 
b) Seleção de textos jornalísticos, para despertar o senso jornalístico que existe dentro de
cada aluno ou aluna.
 
c) Fazer com a boa leitura faça parte do cotidiano dos alunos alunas.
 
d) Indicar clássicos literários.
 
e) As letras a, c e d estão corretas.
 
393. São considerados filmes relacionados a infância e a cultura, exceto:
 
a) A hora da estrela.
 
b) Adeus meninos.
 
c) Anna dos 6 aos 18.
 
d) Quanto tudo termina.
 
e) Coleção crianças criativas.
 
394. São considerados filmes relacionados a crianças, adultos e à gestão da educação
para a infância, salvo:
 
a) Abril despedaçado.
 
b) Sociedade dos poetas mortos.
 
c) O carteiro e o poeta. d) O nome da rosa.
 
e) Dá um sorriso para mamãe. 395. São considerados vídeos relacionados aos “Contextos
de aprendizagem do trabalho docente”, salvo:
 
a) Vídeos Multrio.
 
b) As crianças respondem.
 
c) Os Multoches.
 
d) E se eu fosse um bicho?
 
e) O divertido mundo dos bichos.
 
396. Podemos corroborar sobre a resenha, exceto:
 
a) É um resumo.
 
b) É a síntese das propriedades de um objeto, levantando seus aspectos relevantes.
 
c) É o resumo crítico de um acontecimento.
 
d) A finalidade da resenha “dirige” sua elaboração: para quem é? onde será publicada?
 
e) Resenha crítica traz apreciações, julgamentos de quem a elaborou sobre as idéias do
autor, o valor da obra, além de um resumo que apresente os pontos essenciais da obra
resenhada.
 
397. Com o Renascimento (sé. XV e XVI), e sobretudo, com o uso da imprensa na Europa,
a preocupação com os leitores aumentou. A alfabetização passou a ter uma grande
importância. A consequência disso foi o aparecimento das cartilhas. Pode-se inferir sobre
as primeiras obras de alfabetização que surgiram na Europa entre os séculos XV e XVIII,
exceto:
 
a) Jan Hus (1374- 1415) – propôs uma ortografia padrão para a língua tcheca e apresentou
o abc de Hus: um conjunto de frases de cunho religioso voltada para a alfabetização do
povo.
 
b) Valentim Ickelsamer (1525) Fez de sua obra “o mundo sensível em gravuras”, publicada
em 1658, um livro de alfabetização em que a lições vinham acompanhadas de gravuras.
 
c) São João Batista de La Salle (1720) – publicou o regulamento: “Conduta das Escolas
Cristãs”. Em sua proposta o ensino era dividido em “lições”, cada uma tendo três partes.
Uma destinada a alunos principiantes, outra aos médios e a terceira aos avançados. A
primeira lição era a tábua do alfabeto; a segunda, a tábua das sílabas; a quarta, o segundo
livro, para aprender a soletrar e a silabar; a quinta, ainda no segundo livro, cuidava para
quem já sabia silabar perfeitamente. No terceiro livro, os alunos aprendiam a ler com
pausas. Para ensinar ortografia os alunos copiavam cartas modelo e documentos
comerciais para aprenderem, ao mesmo tempo, coisas úteis para a vida. Nesse modelo de
ensino, aparece uma distinção clara entre ler e escrever. A leitura era dirigida para as
coisas religiosas; a escrita, para o trabalho na sociedade.
 
d) Jose Hamel – após a Revolução Francesa, surgiu o Ensino Mútuo – os alunos aprendem
em aulas de 15 minutos, estudando exercícios fáceis e em coro ao redor das lousas
colocadas nas paredes da sala. O ensino é nitidamente coletivo . O ensino para muitos
alunos em uma classe deu origem às escolas infantis, jardins de infância ou escola
maternal.
 
e) Robet Owen (1771-1858) – iniciou a escolarização dos filhos dos operários de sua
fábrica têxtil na Escócia.
 
398. Sobre as cartilhas da língua portuguesa, pode-se compreender:
 
I. João de Barros – escreveu a gramática mais antiga, publicada em 1540. Junto com a
gramática publicou a Cartinha ( mesmo que cartilha), no sentido de esquema. Orientação.
A Cartinha de João de Barros trazia o alfabeto, depois as “taboas” ou “tabelas” com todas
as combinações de letras que eram usadas para escrever todas as sílabas das palavras da
língua portuguesa.
 
II. Antonio Feliciano Castilho – publicou em 1850 a cartilha famosa: “Método Portuguez
para o Ensino do Ler e Escrever”. Uma de suas características mais importante é a
utilização do alfabeto pictural ou icônicos.
 
III. João de Deus (1830-1896) – publicou Cartilha Maternal ou Arte de Leitura: utilizava um
modo de escrever letras com destaque dentro das palavras, desenhando-as com hachuras;
dessa forma, o aprendiz se concentrava no que de novo era apresentado.
 
É correto afirmar:
 
a) Somente a I está incorreta.
 
b) Somente a III está correta.
 
c) I e II estão incorretas.
 
d) III e II estão incorretas.
 
e) II está correta.
 
399. No Brasil, depois da grande influência da Cartilha Maternal, apareceram inúmeras
outras. Entre elas, existem alguns tipos bem marcantes, com métodos e estratégias
diferentes de conduzir o processo de alfabetização. Sobre esses métodos e estratégias,
podemos inferir, exceto:  
 
a) O método sintético partia-se do alfabeto para a soletração e silabação, seguindo uma
ordem hierárquica crescente de dificuldades, desde a letra até o texto.
 
b) O método analítico assume maior importância na década de 30 quando a psicologia
passa a fazer testes de maturidade psicológica e a condicionar o processo a resultados
obtidos nesses estudos.
 
c) O método misto, ou seja, cartilhas que misturam estratégias dos métodos sintéticos e
analítico.
 
d) Método estruturalista surge na década de 40, e tem como foco estruturar as sentenças
da língua.
 
e) No final dos anos 90, têm surgido obras que se classificam como construtivistas e que
se propõem a aplicar os ensinamentos da psicogênese da língua escrita de Emilia Ferreiro
e Ana Teberosky ao processo de alfabetização programada através de livro didático.
 
400. Sobre as cartilhas de alfabetização é incorreto corroborar:
 
a) As primeiras cartilhas escolares até cerca de 1950, davam ênfase à leitura.
 
b) O que era considerado irrelevante é o ensino do abecedário.
 
c) A leitura era feita através da decifração e de identificação de palavras, por meio dos
quais os alunos aprendiam as relações entre letras e sons, seguindo a ortografia da época.
 
d) A cartilha baseada na leitura passou, em seguida por uma modificação radical, quando a
escola começou a se dedicar à alfabetização dos alunos pobres, carentes de recursos
materiais e culturais na vida familiar, que empregavam dialetos diferentes da fala culta.
 
e) A cartilha baseada na leitura passou a enfatizar à produção escrita do aluno e não mais
a leitura. leitura.
 
401. Ensinar é um ato coletivo: pode-se ensinar um grande número de pessoas presentes
em uma aula, conferência, etc. Quem ensina procura transmitir informações que julga
relevantes, organizadas de forma razoável visando a aprendizagem dos ouvintes. Aprender
é um ato individual: cada um aprende de acordo com o seu metabolismo intelectual. A
aprendizagem não se processa paralelamente ao ensino. O que é importante para quem
ensina, pode não parecer importante para quem aprende. A ordem de aprendizagem é
criada pelo indivíduo, de acordo com sua história de vida e, raramente, acompanha passo
a passo a ordem de ensino. A educação não pode viver só de ensino (professor
transmitindo o conhecimento, geralmente a partir de aula expositivas), como também. Não
pode viver só da aprendizagem, deixando os alunos descobrir tudo por si mesmos e livres
para fazerem o que bem entenderem. Deve haver um equilíbrio entre os dois tipos de
atividades: o professor deve ensinar, mas deve permitir a participação ativa do aluno no
processo de ensino. Assim, podemos dizer que há dois métodos: o de ensino e de
aprendizagem, e que todos os outros derivam dessas duas vertentes. Sobre esses
métodos é incorreto afirmar:
 
a) O método voltado para o ensino interpreta a situação inicial do aluno como início
absoluto de tudo.
 
b) O método voltado para a aprendizagem tem uma técnica que consiste em explicações
adequadas. A aprendizagem depende de entender o que se quer saber  e, quanto maior e
mais abrangente for esse entendimento, maior e melhor será o processo de aprendizagem.
 
c) O método voltado para o ensino tem uma técnica que consiste na atividade do
desmonta-e-monta da linguagem, em todos os níveis e de todas as formas possíveis.
 
d) A base do método voltada para o ensino é a reflexão sobre a aprendizagem. Assim, é
voltado para a reflexão, concebendo a linguagem como expressão do pensamento.
 
e) O método voltado para a aprendizagem considera que a memória faz parte de um
processo de reflexão, trazendo para a prática do aprendiz todos aqueles conhecimentos
necessários para que ele tome as decisões corretas.
 
402. Sobre o método de aprendizagem podemos inferir:
 
I. A situação de cada aprendiz é diferente porque cada um tem a sua própria história de
vida e de conhecimentos.
 
II. Hierarquia: do fácil para o difícil.
 
III. O ensino nunca será um caminho linear, bem definido. Antes, será um modo de
progredir “circular”.
 
IV. Quando uma pessoa aprende algo, ela automaticamente sabe e , portanto, não precisa
“fixar”.
 
É correto afirmar: a
 
) I e II estão corretas.
 
b) II e III estão corretas.
 
c) I, III e IV estão corretas.
 
d) I está incorreta.
 
e) II, III e IV estão incorretas.
 
403. A avaliação e a promoção são atividades pedagógicas sem as quais a escola não
sobrevive, mas isso não significa que sejam utilizadas da melhor forma.
 
a) A avaliação deve contemplar um julgamento sobre o que os alunos fazem para aprender
e o que o professor faz para ensinar, para que o ensino e a aprendizagem ocorram da
melhor forma possível.
 
b) A promoção julga a conveniência ou não de um aluno passar para o próximo ano
escolar.
 
c) O surgimento das notas e especialmente dos conceitos surgiu para pontuar o que o
aluno produzia de “certo” e “errado”, com o argumento de que sem notas os alunos não
estudam e não existe uma competição que os estimule. As notas, refletindo um julgamento
de valor funcionam bem para as avaliações escolares.
 
d) A nota só entrou na escola quando a prática pedagógica tirou a aprendizagem como
alvo e colocou o ensino em seu lugar. Ou seja, as notas surgiram quando os alunos
começaram a reproduzir o que o mestre ensinava, do jeito que era ensinado, deixando de
lado as opiniões individuais.  
 
e) De acordo com o autor, o rendimento escolar não é razão suficiente para reprovar
ninguém. Algumas considerações são pontuadas em defesa dessa postura: a nota serve
para que o interesse em passar de ano se torne o objetivo maior da educação, deixando a
idéia de formação num plano secundário e mesmo dispensável.
 
404. As expectativas do professor em relação a seus alunos no final do primeiro ano
deveriam ser, exceto:
 
a) Saber ler algo novo que lhe é apresentado.
 
b) Produzir textos espontâneos, considerando os erros gramaticais.
 
c) Ser capaz de corrigir individualmente um texto, de modo a eliminar erros de ortografia,,
com o auxílio de um dicionário ou fichário de palavras.
 
d) Participar das atividades escolares.
 
e) Reproduzir, oralmente, os textos que lê.
 
405. Sobre a cartilha e fala é correto afirmar, exceto:
 
a) A variação lingüística: a cartilha ignora a diversidade lingüística e não considera os
dialetos trazidos para a sala de aula pelos alunos.
 
b) O idioleto do professor: é um dialeto artificial, sem vida na sociedade. Assim, a tendência
do professor alfabetizador é falar “e” quando o som seria “i”. Por exemplo: em vez de “leiti”,
o professor fala “Le-itê”.
 
c) A silabação: tudo gira em torno da silabação. Alguns levam para a própria fala essa
pronúncia silabada, o que descaracteriza a fala natural, não considerando o ritmo e a
entonação necessários, comprometendo a compreensão geral dos textos. A cartilha ensina
os alunos a silabarem e depois exigem que ele leia com fluência.
 
d) Observando a fala para escrever: quando as crianças vão aprender a ler e a escrever, a
única referência de conhecimento que possuem é a própria fala. A cartilha ignora isso e
induz os alunos a interpretarem os fenômenos fonéticos da fala a partir da escrita das
palavras e não na realidade fonética.
 
e) Confusão entre fala e escrita: as cartilhas são foneticamente bem escritas. Um exemplo
disso é considerar como a mesma coisa a sílaba BA das palavras “banho” e “batata”.
 
406. É incorreto declarar sobre o processo de alfabetização:
 
a) O trabalho escolar da primeira série tem muitos objetivos, mas o principal deles é
alfabetizar as crianças.
 
b) A alfabetização é uma das coisas mais importantes que as pessoas fazem na escola e
na vida. Alfabetizar é ensinar a ler e a escrever.
 
c) A escrita é o segredo da alfabetização, porque a leitura é decorrência do conhecimento
que se tem para escrever.
 
d) Na alfabetização não é preciso ensinar ninguém a falar: todos são falantes nativos do
português, cada qual usufruindo do dialeto da região em que nasceu e viveu e que é
partilhado pelas pessoas com quem convive. Ensinar a norma culta da língua deve ser uma
preocupação da escola. Porém, essa deverá ser uma atividade secundária, tecnicamente
falando, com relação à aprendizagem da leitura e da escrita.  
 
e) Ao contrário do que se pensa, para alguém ser alfabetizado, não precisa aprender a
escrever, mas sim aprender a ler. Ou seja, no processo de alfabetização o professor
poderia prescindir da escrita, mas não da leitura. Em outras palavras, a alfabetização
realiza-se quando o aprendiz descobre como o sistema de escrita funciona, isto é, aprende
a ler, a decifrar a escrita.
 
407. Para quem sabe ler, a decifração é algo mecânico, assim como o controle fonético dá-
se naturalmente para quem já aprendeu a falar. A partir dessa constatação o autor propõe
apresentar os principais pontos que uma pessoa precisa conhecer para saber ler. É correto
afirmar, exceto:
 
a) Conhecer a língua na qual foram escritas as palavras – é o último requisito para
aprender a ler. O fato de uma criança saber o que está escrito numa determinada palavra e
não outra ajuda muito a refletir sobre seus conhecimentos da escrita e da leitura e a ousar
um processo de decifração.
 
b) Conhecer o sistema de escrita – distinguir um desenho ( figurativo ou abstrato) de uma
manifestação da escrita. O desenho representa algo do mundo (ou relativo a ele) e a
escrita representa a linguagem oral (uma palavra).
 
c) Conhecer o alfabeto – contar um pouco da história do alfabeto é, talvez, a melhor forma
de apresentálo às crianças.
 
d) Conhecer as letras – as letras são unidades que representam os sons vocálicos ou
consonantais que constituem as palavras.
 
e) Conhecer a categorização gráfica das letras – distinção entre as diversas formas de
representar uma mesma letra ( maiúscula caixa alta, maiúscula cursiva, minúscula, gótica,
etc). As letras são categorias abstratas que desempenham uma determinada função no
sistema, que é preencher um determinado lugar na escrita das palavras.
 
408. Sobre a decifração da escrita, pode-se inferir:
 
I. Conhecer a categorização funcional das letras – não se pode escrever qualquer letra em
qualquer posição numa palavra.
 
II. Conhecer a ortografia – ela controla a categorização gráfica e funcional, muito mais do
que o princípio alfabético. Saber que a ortografia congelou o modo de escrever as palavras
ajuda muito os alunos a não tentar fazer do alfabeto um sistema de transcrição fonética e
perceber que a fala segue variações dialetais, neutralizadas na escrita pela ortografia.
 
III. Conhecer as relações entre letras e sons (princípios de leitura) - para saber que som
uma letra tem, é preciso relacioná-la com seu nome (som básico) e em seguida estudar o
seu contexto (letras que vêm antes e depois), para saber se existe alguma regra especial
que modifica o som básico em função do contexto.
 
IV. Conhecer a linearidade da fala e da escrita – quando falamos pronunciamos os
elementos segmentais (vogais e consoantes) e os elementos prosódicos (entoação, ritmo,
volume, velocidade, acento, etc) todos ao mesmo tempo e variando a cada momento. Mas,
na escrita, fazemos algumas alterações.
 
É incorreto afirmar:
 
a) I está incorreta.
 
b) II está incorreta.  
 
c) III está incorreta.
 
d) Somente II e IV estão corretos.
 
e) I, II, III e IV estão corretos.
 
409. É necessário que o professor saiba que as dificuldades e facilidades para ler não são
as mesmas quando se trata de escrever. Dessa forma, quando se fala de decifração,
subtende-se leitura. As letras que representam as vogais são as mais fáceis de decifrar.
Dentre elas, destacam-se as letras “i” e “u”, pois não sofrem modificações quando são
pronunciadas. A vogal “A” muda a sua qualidade vocálica quando se junta a ela a
nasalização ( observe lá e lã). As vogais “e” e “o” são as mais difíceis, uma vez que mudam
os valores fonéticos ( pronuncia-se “i” e escreve com “ê”). Em relação às consoantes que
são mais fáceis de decifrar, podemos agrupá-las em três grupos:
 
1. primeiro grupo: H e dígrafos CH, LH, NH, mais C e J – a letra H só ocorre no início das
palavras e assume o som da vogal que vem logo depois. Os dígrafos resultam num valor
fonético de fácil controle para o falante. 2. segundo grupo: P, B, T, D, F e V – representam
valores fonético fáceis quando estão no final das palavras. 3. terceiro grupo: L e Z – no
início das palavras sempre terão os sons de “Lê” e de Zê”. É correto corroborar:
 
a) 2 está incorreto.
 
b) 1 e 2 estão incorretos.
 
c) 2 e 3 estão incorretos.
 
d) 1 está incorreto.
 
e) 3 está incorreto.
 
410. O que é considerado mais difícil de decifrar?
 
a) Letra D.
 
b) Letra A.
 
c) Letra W.
 
d) Os casos de juntura intervocabular envolvendo R,S,Z e M.
 
e) Letra H.
 
411. É considerado mais difícil de escrever, exceto:
 
a) O som de CHÊ pode ser escrita com CH ou X (casa, rapaz, extra, desde).
 
b) L com som de U – (balde, mel).
 
c) O som de “ÇÊ” que pode ser escrito com S, Ç, C ( somente diante d e I e E).
 
d) O som de “JÊ” se confunde na escrita apenas quando está diante de I ou de E – quando
pode ser escrito com G ou com J.
 
e) Letra S (sapo, selva, psicologia, passo, mesa, satanás, mesmo. Besta, Tomás).  
 
412. Finalmente, para ler são necessários alguns conhecimentos e, para escrever, além
dos relacionados à leitura, são necessários conhecimentos complementares. Para o aluno,
quando se vai ler é importante, exceto:
 
a) Usamos os nomes de letras para saber o som que a letra tem. A letra A tem o nome de
“a” e os som de “A”. A letra “ÇÊ” tem o nome de “CÊ” e o som de “ÇÊ”.
 
b) Uma letra pode ter mais de um som, representando sons diferentes.
 
c) Escrita da nasalidade vocálica (cama, campo, pente, onça, enluarada, junta).
 
d) A letra “A” também tem o som de “”.
 
e) A letra “C” tem o som de “ÇÊ” somente quando vier antes das letras “I” e “E”. Nos
demais casos (diante de A, O, U, R, L ou de qualquer outra consoante) terão o som de
“KÊ”.
 
413. Para o aluno aprender a ler e a escrever, alguns conhecimentos são prioritários e
outros serão adquiridos com o tempo. Quando se vai escrever é importante considerar,
exceto:
 
a) É preciso descobrir a palavra, anexando-a da frase.
 
b) Saber a ordem das sílabas na palavra.
 
c) Para cada segmento (vogal/consoante), é necessário escrever uma letra, partindo dos
conhecimentos adquiridos na leitura.
 
d) Ficar atento aos problemas causados pela variação linguística: quem é falante do dialeto
culto tem um tipo de dificuldade, quem é falante de outro tipo de dialeto, tem outro tipo de
dificuldade.
 
e) Checar o que se escreveu com a forma gráfica das palavras de acordo com o
estabelecido pela ortografia, ou seja, aprender a ter dúvidas ortográficas.
 
414. Em vez de começar o trabalho com letras e palavras escritas ortograficamente, pode-
se mostrar aos alunos que eles conseguem ler outros sistemas de escrita, por exemplos os
pictogramas. Pode-se mostrar a diferença entre desenho e escrita. Uma figura é um
desenho quando é usada para representar um objeto do mundo e é uma escrita quando
usada para representar uma palavra da linguagem oral. São sugestões de atividades para
a alfabetização, salvo:
 
a) Utilização da escrita pictográfica: escrita de códigos enigmáticos e mensagens secretas.
 
b) Inventar um código servindo-se de pictogramas: o professor deve acompanhar o
trabalho dos alunos, mostrando-lhe como o sistema que estão inventando funciona - coisas
iguais escritas da mesma maneira, coisas diferentes precisam de formas diferentes ou de
marcas diferenciadoras, tendo o cuidado de permitir que outras pessoas possam interpretar
e ler.
 
c) contar para os alunos a história da escrita.
 
d) primeiros problemas com a decifração: são eles: variação linguística, a aquisição da
linguagem oral e da escrita, as noções básicas de fonética e fonologia, o modo como a
fala, a escrita e a leitura funcionam e quais os seus usos, o que é decifrar uma escrita e
como fazê-lo, o que é ortografia e como resolver dúvidas ortográficas, como é um texto na
linguagem oral e na linguagem escrita, como analisar erros. Quanto ao trabalho específico
de decifração da escrita e das técnicas para aprender a ler, há um exercício muito utilizado
pelos linguistas, que ajuda os alunos a detectar o segmentos fonéticos da fala, para depois
relacioná-los às letras do alfabeto: são os  denominados pares mínimos ( caça/casa;
mar/mas; conserto/concerto). Com o par mínimo falado, destacam-se os sons que
distinguem uma palavra da outra; com o par mínimo escrita, distinguem-se as letras
diferentes que representam um mesmo som. Perceber as diferenças no meio às
igualdades é um requisito muito importante em todo o trabalho linguístico.
 
e) categorização gráfica das letras: é importante frisar que as letras devem ser escritas, se
possível, da mesma forma.
 
415. Quando se fala da leitura, incluíram-se muitos fatos relativos à escrita, porque um
processo necessariamente implica o outro. As noções básicas da escrita do ponto de vista
gráfico e funcional, são aprendidas no processo de aprendizagem da leitura. Assim,
existem algumas sugestões para o trabalho a ser realizado com a escrita, as quais são,
afora:
 
a) Os alunos podem colecionar letras fazendo álbuns de recortes: uma folha para cada
letra. Depoisdispõem-se as folhas em ordem alfabética e tem-se um pequeno dicionário.
 
b) Promover as leituras previstas somente.
 
c) Descobrindo que a escrita representa a fala: relacionar os símbolos com os textos.
 
d) Sistema ideográfico e fonográfico: No primeiro caso, se escreve a partir do significado,
procurando depois os sons que esses significados têm. Ex; quando fazemos um
pictograma figurativo e depois dizemos a palavra que essa escrita representa, estamos
diante de uma escrita ideográfica. Na escrita fonográfica, escreve-se a partir dos sons que
as palavras têm na linguagem oral. As relações entre letras e sons podem ser
estabelecidas de várias formas, através de sílabas, vogais, consoantes.
 
e) Contar a história da escrita: privilegiando as letras e os números.
 
416. Sobre o trabalho com a escrita, podemos inferir:
 
I. Traçar letras com gabaritos como fazem os letristas.
 
II. Localização da escrita no espaço: a sequência das letras de uma palavra deve respeitar
a ordem que vai de cima para baixo, estabelecer o lado certo do papel.
 
III. Copiar não ajuda a aprender: Fazer cópias, principalmente de alguns exemplos que o
professor explica na lousa, não colabora na aprendizagem.
 
IV. Escrita espelhada: o professor deve apresentar as letras escritas em vidros ou plásticos
transparentes para mostrar como vemos as letras do lado certo e da forma espelhada.
 
V. Explicar o que é ortografia: incentivar os alunos a produzirem as escritas espontâneas,
visando sempre a redação de um texto, seja ele curto ou longo. Como atividade de escrita,
é essencial que os alunos aprendem (e pratiquem) primeiro a escrita e ponham-se a
escrever como eles acham que deve ser. Somente depois, de já familiarizados com o ato
de escrever, serão levados a reconsiderar o que fizeram, em função das normas
ortográficas.
 
É correto afirmar:
 
a) I e II estão incorretos.
 
b) II e III estão incorretos.
 
c) III está incorreto.
 
d) IV e V estão incorretos.  
 
e) V está incorreto.
 
417. Na vida real as pessoas não pronunciam palavras isoladas. Quando alguém se põe a
falar, sua intenção é dar uma informação completa e isso acontece através de um texto.
Somente em circunstâncias especiais, em um contexto específico, as pessoas dizem
palavras isoladas, mas sempre inseridas em um contexto ( Ex: se alguém fizer uma
pergunta posso responder apenas com um “sim” ou “não”). O tamanho do texto varia. As
pessoas falam o que acham que precisam falar, organizando o conteúdo e o estilo de texto
de acordo com a sua vontade. Em relação a produção de textos espontâneos é incorreto
corroborar:
 
a) Na vida real, quando as pessoas utilizam a linguagem estão mais preocupadas com o
que vão fazer com ela, como vão despertar idéias e reações no seu interlocutor, do que
falar certo ou errado. Essa preocupação só surge quando as circunstâncias sociais de uso
da linguagem trazem à consciência do falante o peso que a sociedade atribui à oralidade,
seus preconceitos.
 
b) Usar a linguagem como um material que se pode dissecar, analisar, comparar é uma
típica atividade escolar e não um uso comum. O mundo da linguagem é o mundo dos
textos. Por essa razão o professor dever criar situações em sala de aula em que
predominem o texto. Há diferenças notáveis entre o modo como produzimos nossos textos
orais e nossos textos escritos, dentro das exigências escolares ou em determinadas
circunstâncias culturais.
 
c) Para aprender a falar as crianças precisam estudar os sons da fala isoladamente e
depois agrupá-los, formando sequências que começam por padrões mais complexos e
depois vão até os mais simples. As crianças aprendem a falar usando a linguagem no seu
contexto natural e na sua forma mais plena e abrangente possível. O mesmo pode-se
aplicar à linguagem escrita.
 
d) Em relação à seleção dos textos a serem utilizados pelos alunos, o professor precisa
tomar alguns cuidados, como o de incentivar seus alunos a ler e a escrever textos e não
apenas palavras isoladas. Sempre que possível, é importante usar textos do que palavras
isoladas.
 
e) O professor precisa dar explicações, dizendo o que está fazendo e o que pretende fazer
e mostrando o funcionamento da linguagem através de discursos orais. Mas para tanto, é
necessário fazer uns cortes e pensar a linguagem de outro jeito, através de regras que
consideram uma questão por vez, de maneira isolada.
 
418. Um texto tem dois aspectos: um externo e um interno. Pode-se inferir sobre o aspecto
interno:
 
I. O aspecto interno é o planejamento textual.
 
II. O aspecto interno fundamenta-se em juntar o que se quer dizer com o modo como isso
vai ser dito, seguindo uma determinada ordem.
 
III. O aluno que vai escrever um texto precisa aprender a fazer o planejamento textual.
 
IV. Na produção dos primeiros textos pelas crianças, é imprescindível ficar tratando de
planejamento de texto.
 
É correto afirmar.
 
a) IV está incorreta.
 
b) I está incorreta.  
 
c) III está incorreta.
 
d) II está incorreta.
 
e) II e III estão incorretas.
 
419. Um texto tem dois aspectos: um externo e um interno. É correto afirmar sobre os
aspectos externos, exceto:
 
a) Os aspectos externos à estrutura dos textos referem-se à forma de apresentação.
 
b) Um texto escrito tem características próprias de organização espacial sobre o papel.
Nesse contexto deve ser considerado a ordem, a organização, a legibilidade,
características de um tipo de texto que o diferencia dos demais ( receita, poema, bula,
dentre outros).
 
c) Outro aspecto importante na aprendizagem da escrita é a auto-correção que pode ser
feita em duplas, individualmente ou coletivamente.
 
d) Desde a alfabetização o professor deve desenvolver atividades de produção de textos
dentro de um contexto no qual o aluno tenha o professor como interlocutor singular.
 
e) Desde a alfabetização pode-se fazer textos que irão ser reunidos em um livrinho de
histórias, poesias, de pesquisa de classe. A redação de cada aluno seguirá instruções no
que se refere aos aspectos externos do texto.

420. Em se tratando de linguagem é preciso distinguir o certo, o errado e o diferente. Do


ponto de vista da escrita, está errado tudo o que vai contra a ortografia e as normas gerais
do nosso sistema de escrita. A escrita tem um estilo próprio, sendo que as pessoas têm
liberdade dentro dessas regas: um tem letra mais bonita, outro não, sendo importante
resguardar a legibilidade. Porém escrever sem seguir a ortografia está errado. Escrever
sem levar em conta certas exigências culturais também está errado. Por exemplo: escrever
uma carta comercial em gíria. Os erros que as crianças cometem são frutos de uma
decisão errada que tomaram. Uma decisão é o resultado prático de um processo de
reflexão sobre um determinado assunto. São considerados erros relativos à escrita e à
leitura, exceto:
 
a) Interpretação semântica das palavras: o realismo nominal (na escrita, o estabelecimento
de relação objeto e tamanho) é um erro que surge da forma inadequada que os
pesquisadores entrevistam as crianças.
 
b) A figura como interpretador do texto escrito: ao mostrar um texto sem figura para o
aluno, a maior prova de que ele sabe muito bem a diferença entre a escrita e a figura, está
justamente no fato dela confessar que não sabe ler.
 
c) Quantidade de letras que formam uma palavra: os pesquisadores da psicogênese
através de testes descobriram que as crianças diziam que uma escrita deve ter no mínimo
três letras, que não podiam ser iguais. Essa afirmação, para Cagliari, contradiz o fato de
haver muitas crianças que simulam espontaneamente a escrita de um texto e apresentam
enorme repetição de uma mesma letra.
 
d) Aprendendo sozinho por níveis: alguns pesquisadores acreditam que, deixando a
criança exposta a atividades de escrita, elas vão por si mesmas, fazendo uma mudança
conceitual cada vez mais avançada, passando por níveis cada vez mais sofisticados de
interpretação da  escrita. Cagliari aponta que a intervenção do professor é essencial para a
aprendizagem da escrita e que as crianças não precisam passar, necessariamente, por
esses estágios.
 
e) Explicitação da decifração na leitura: as crianças constroem hipóteses baseadas em dois
pontos de vista semelhantes: um é o do método a que são submetidas, outro é a da
decisão coletiva, baseada nos conhecimentos que possuem, na argumentação para chegar
ao resultado ou conclusão pessoal. O primeiro tipo de hipótese predomina quando o aluno
é alfabetizado pelo método das cartilhas.
 
421. Os problemas de escrita oriundos das dificuldades com as letras e as respectivas
hipóteses que levaram a esses resultados:
 
a) A forma gráfica das letras: a legibilidade pode afetar a decifração dos textos. Uma das
razões para começar pela leitura e usar apenas letras maiúsculas é evitar que o aluno
cometa enganos dessa natureza.
 
b) Escrita espelhada: escrever as palavras em recipientes transparentes e mostrar para os
alunos as formas e significados diferentes que as palavras adquirem quando escritas de
forma espelhada.
 
c) Segmentação indevida e Formas Morfológicas diferentes (ex: drento, tabesseiro,
barboleta): a leitura descontínua é uma boa solução para ajudarem os alunos na
segmentação das palavras nos textos.
 
d) A letra representa o som de seu próprio nome (ex: aparecu, lfate): o professor deve
chamar a atenção para o fato de que as sílabas serem constituídas de consoantes e
vogais.
 
e) Escrita pela metade (Ex: pisicre em vez de bicicleta, briza em vez de princesa): os
alunos precisam fazer comparações entre o que escrevem e o que deveriam escrever, com
uma análise detalhada.
 
422. São considerados erros na estruturação de textos, exceto:
 
a) A variação lingüística: são 03 tipos de erros mais comuns – erro causado pela forma
lexical diferente que certas palavras têm em certos dialetos (ex: dretu, fumu); erro causado
pela pronúncia estabelecida para certos elementos fonéticos, como çértu, gatin; erros
oriundos da má formação da concordância (ex: nóis vai).
 
b) Uso de pronomes: Ex: eu vi ele, ela viu eu.
 
c) Sintaxe: troca de pronomes e conjunções como: “que” em vez de “em que”.
 
d) Repetição: o professor deve mostrar que há recursos para se evitar repetições
desnecessárias.
 
e) Ideias conectadas.
 
423. O ditado é uma atividade linguística muito comum em certas situações sociais. É
muito comum as pessoas se encontrarem em situações nas quais não sabem como
escrever determinadas palavras ou até mesmo entender o que foi dito. Nessas
circunstâncias as pessoas checam seus conhecimentos e habilidades linguísticas
controlando o que escrevem. Pode-se inferir sobre o ditado é a cópia, exceto:
 
a) Ditado e cópia são atividades independentes.
 
b) Os professores acreditam que o ditado serve para transmitir informações úteis, testar as
dificuldades de realização de escrita, avaliar o desempenho, revelando os conhecimentos
já dominados a respeito da escrita, além de ser uma prática que  constrange os alunos,
obrigando-os a estudar. Nesse último aspecto o ditado é uma prática que envolve mistério
– não se sabe qual palavra o professor vai ditar – gerando ansiedade.
 
c) Os ditados podem ser fonéticos ou semânticos. Na alfabetização, a prática comum de
ditados tem como finalidade real avaliar o desempenho dos alunos para constatar se já
dominaram o que foi ensinado. O ditado não é uma boa forma de avaliação. Ele pode fazer
parte das aulas, mas com objetivos diferentes: despertar o interesse dos alunos pelos
estudos e tornar a aula mais animada (Ex: os meninos ditam para as meninas e as
meninas ditam para os meninos).
 
d) Escrever o que se dita com intenção de avaliar o desempenho dos alunos é sempre
indesejável, mas fazer ditados de textos interessantes para os alunos guardarem pode ser
uma prática muito saudável. Na alfabetização essa prática tem o inconveniente de
apresentar muitas dificuldades em relação à ortografia. Os alunos acabam errando demais,
e o professor e aluno terão um trabalho a mais corrigindo. Nesses casos, a melhor solução
é a simples cópia.
 
e) Os ditados mudos e outras formas semelhantes de induzir os alunos a escreverem são
aconselháveis, desde que ocasionais para não limitar a escrita a palavras ou frases. Uma
prática que deve começar desde a alfabetização é o ensino das formas de se anotar o que
se ouve.
 
424. Alfabetizar é, em sua essência, ensinar alguém a ler, ou seja, decifrar a escrita.
Escrever é uma decorrência desse conhecimento e não o inverso. Apenas depois que o
alunos se tornaram fluentes na leitura, ou seja, sabem decifrar a escrita com facilidade, o
uso da leitura como busca de informações torna-se o objetivo mais importante. É incorreto
afirmar sobre a leitura:
 
a) Ao ler, a pessoa organiza as idéias em sua mente para montar a estratégia linguística do
que vai dizer em voz alta ou simplesmente para sua reflexão pessoal ou pensamento.
 
b) Na leitura, como o leitor está diante de um texto pensado e produzido por outra pessoa,
é preciso respeitar os elementos básicos desse texto. O correto é uma leitura na qual o
leitor decifra o que está escrito, se apropria das idéias que descobriu no texto, elabora
todos esses conhecimentos como se fossem seus e, segundo a lei de fidelidade ao literal
do texto, passa a dizer o que leu numa fala que traduz o texto e revela seu modo de
interpretá-lo.
 
c) No início da alfabetização as crianças ao lerem os primeiros textos, misturam o literal do
texto com a interpretação que fazem dele. Por exemplo: o professor mostra uma frase
como: “Maria comeu o bolo”. A criança lê: “Era uma vez uma menina que fazia aniversário
e queria comer um bolo. Ela se chamava Maria e o bolo estava muito gostoso”. Um aluno
que lê desse modo é um excelente leitor; sabe decifrar o que está escrito, sabe se
apropriar de uma mensagem de texto e acrescenta o seu mundo mental ao que o texto
representa para ele. O único problema desse aluno é o da fidelidade textual que deve ser
observada, sem deixar de lado a própria reflexão que corre paralelo à mensagem do autor
no texto.
 
d) Quanto aos tipos de leitura – silenciosa ou em voz alta – a segunda tem um valor
enorme na escola. Em nossa cultura, frequentemente os leitores são obrigados a ler um
texto em voz alta. Ler dessa forma é uma prática incomum da escola. Na vida real, esse
tipo de leitura está mais restrita a locutores e atores. Na verdade, a leitura em voz alta
deveria chamar-se “leitura para um público ouvinte”.
 
e) A palavra leitura tem sido usada para representar, metaforicamente, toda atividade que
envolve a produção de fala e pensamento. Assim, ouve-se que alguém precisa “ler o
mundo”, “ler as mãos”, “ler as estrelas”. Já dissemos que o leitor precisa começar
decifrando a escrita e descobrindo que palavras estão escritas. Porém, como a palavra
está geralmente inserida em um contexto de uso de linguagem, a leitura abrange um texto
em que há muitas palavras e frases, tornando a descoberta de significados mais complexa.
 
425. Há um tipo de interpretação de texto em que as pessoas são levadas a deduzir
implicações de diversas ordens, como reflexões filosóficas, ideológicas, dentre outras.
Outro tipo de análise do discurso está voltado para o estudo dos mecanismos linguísticos
que possibilitam a um texto ter determinada característica. Outro estilo de análise de
discurso são os estudos da linguística textual e de análise da conversação. A linguística
textual está mais preocupada com os mecanismos de coerência e coesão, que fazem com
que o texto seja uma unidade e tenha uma estrutura bem montada. Linguisticamente,
estudar as estruturas que dão forma a um texto é a melhor manterá de fazer uma
interpretação de texto. Em relação a análise do discurso, pode-se inferir, exceto:
 
a) Ao observar os usos da linguagem, notamos que quando uma pessoa conversa com a
outra não precisa ficar fazendo perguntas de vez em quando para saber se seu interlocutor
está entendendo ou não. Quando o interlocutor não entende algo, ele simplesmente faz
uma pergunta para resolver suas dúvidas. Porém, certo tipo de pergunta ou grande
quantidade delas, denotam que algo errado está acontecendo. Perguntas que procuram
interpretar um texto são diferentes daquelas que aparecem naturalmente nas conversas.
 
b) Como a linguagem não é um exercício lógico e completo de informações, falantes e
ouvintes, têm sempre opções de dizer o que pretendem e de tirar de um texto toda sorte de
interpretações. Os usos sociais da linguagem, todavia, encarrega-se de estabelecer certos
limites para que esta seja um instrumento útil aos homens. Um desses limites é a
interpretação literal. O principio da literalidade exige que todo falante e ouvinte tenham
como ponto de partida e referência básica para toda e qualquer interpretação o texto. Por
interpretação literal entenda-se o uso que se faz das palavras. Portanto, se alguém disser:
“o pé da cadeira quebrou”, a palavra “pé” aqui não tem o sentido de uma parte do corpo
humano . quando ocorrem interpretações diferentes sobre um mesmo fato ou enunciado é
porque todo o texto precisa ser entendido dentro de um contexto lingüístico, de coesão,
coerência e, depois, referencial, ou seja, do mundo em que o texto se insere.
 
c) A escola deve ensinar apenas um determinado conteúdo aos seus alunos, deve ensiná-
los a estudar esse conteúdo. Ou seja, precisa cuidar atentamente do modo como os alunos
estudam. Uma das estratégias para tanto é que uma leitura extenuante de um texto, até
esgotar as possibilidades de interpretação do mesmo.
 
d) Uma atividade que deve ser cultivada pela escola é o debate. Nesse caso, o texto
representa apenas algumas idéias em discussão. Os alunos não responderão à perguntas
de identificação, pelo contrário, irão apoiar ou rejeitar o que autor disse, tendo em vista os
argumentos entram na discussão que realizam naquele momento. A grande vantagem
do  debate sobre a interpretação de texto é que permite que as pessoas possam responder
levando em conta aquilo que ouvem e, dessa forma, elaborar por etapas um documentário
mais completo a respeito do que pensam.
 
e) Na alfabetização, o mais importante é dar chance aos alunos de ler e escrever o máximo
possível, como atividade individual. Um professor alfabetizador não precisa se preocupar
em trabalhar os textos de maneira mais técnica: o melhor é produzi-los e ler. Outra questão
vinculada à interpretação de texto é o ensino da gramática. Reduzir o ensino de português
à análise gramatical é um erro. Querer tirar todo o ensino gramatical dos textos é
catastrófico.
 
426. A interpretação se apresenta das seguintes formas, exceto:
 
a) Análise literal de palavras, frases, temas ou assuntos tratados.
 
b) Estudos etimológicos.
 
c) Análise exegética.
 
d) Análise sequencial;
 
e) Comentários pessoais dos mais diversos tipos, extrapolações de natureza filosófica,
ideológica, etc.
 
427. O que não tem faltado, na história da língua portuguesa, é gente interessada em
mudar a ortografia. Até chegarmos ao final do século passado, a situação veio se agravar.
Era comum encontrar livros e material impresso com diversas formas de grafar as palavras.
É incorreto corroborar sobre a ortografia da língua portuguesa.
 
a) A primeira reforma ortográfica oficial no Brasil aconteceu em 1812.
 
b) Em 1929, a Academia Brasileiras de Letras propõe um novo sistema ortográfico.
 
c) Um novo esforço de unificação dá-se em 1931, com a participação das duas academias,
chegando-se a um acordo em 30/04, ficando como base (regras) o estabelecido na
ortografia portuguesa de 1911. O decreto 20.028, de 02/08/1931, ocasião em que Getúlio
Vargas torna oficial o uso da ortografia oficial em documento e na escola. Em 1937, o
ministro Gustavo Capanema solicitou de uma comissão especial um novo projeto de
reforma ortográfica, que foi aprovado em 23/02/1938, pelo decreto lei 292, introduzindo
novas normas de acentuação.
 
d) Nas aulas de Português a ortografia tem sempre um papel muito importante. Algumas
pessoas acham que é na alfabetização que os alunos devem aprender a ortografia de
todas as palavras. Sendo que o critério mais comum para a aprovação ou reprovação na
alfabetização o julgamento que se tem sobre o conhecimento que o aluno tem da ortografia
das palavras.
 
e) Se de um lado temos a hipervalorização da ortografia, por outro temos a ação de
pedagogos e professores que passaram de um extremo ao outro. Antigamente exigiam
ortografia com todo o rigor. Depois, com as novas tendências pedagógicas, passaram a
entender que a ortografia não é importante e que o aluno poderia escrever da forma que
quisesse desde que escrevesse.
 
428. A visão que hoje temos da infância e do lugar que a criança ocupa em nossa
sociedade é fruto de uma longa construção histórica, durante a qual a criança passou a
ocupar um novo lugar social. Verifica-se que, na sociedade medieval européia, a criança
não era percebida como afetiva e cognitivamente diferente do adulto. A criança participava
das  atividades coletivas de seu grupo social, através das quais exercia seu aprendizado
para a vida adulta. O universo infantil não era destacado do universo adulto. Da mesma
forma que a criança participava de atividades, como o trabalho, partilhava vivências e
produtos culturais, como jogos brincadeiras, histórias. Sobre a infância, pode-se inferir,
exceto:
 
a) A construção da idéia de especificidade da infância é diretamente relacionada à
constituição da escola moderna, espaço privilegiado de aprendizagem e preparação para o
mundo adulto.
 
b) A visão de que a criança deveria ocupar espaços diferenciados e destacados da
sociedade adulta determinaram a construção de saberes sobre a infância, de
conhecimentos que definissem as características supostamente intrínsecas à criança que
dirigissem as práticas de socialização.
 
c) A infância constitui uma categoria universal.
 
d) Historicamente impôs-se no campo da psicologia e das práticas pedagógicas a visão de
um processo universal, biológico e natural. Os manuais de desenvolvimento infantil irão
descrever e classificar padrões de comportamento e conduta supostamente universais,
associados a cada faixa etária, os quais constituiriam a base da vida adulta.
 
e) Cada criança vive a experiência infantil no interior de uma determinada cultura que lhe
dá significação. Ou seja, os padrões de desenvolvimento são aí definidos pelo repertório de
saberes, valores e práticas dados pela cultura, sendo impossível definir um padrão
universal.
 
429. Apesar de imaturo, o ser humano possui, todavia, ao nascer, uma série de habilidades
e um ritmo acelerado no desenvolvimento de outras capacidades, as quais facilitam o seu
crescimento e adaptação progressiva ao ambiente em que vivem, principalmente às
pessoas com as quais convive. Pode-se inferir sobre as prontidões do ser humano para se
relacionar, exceto:
 
a) Do ponto de vista motor, reflexos como o de agarrar, suar, busca e preensão do seio
estão intimamente associados ao contato do bebê com a mãe.
 
b) Com relação ao aparelho visual, desde as primeiras horas de vida, os bebês
demonstram sua capacidade de realizar discriminações visuais, por meio da imitação de
expressões faciais.
 
c) Quanto ao sistema auditivo, crianças de dois a três dias são capazes de distinguir a voz
de sua própria mãe da voz de outra mulher, mostrando preferência pela primeira. Esta
preferência se dá não apenas pela voz materna, mas também por uma forma de fala da
mãe denominada “baby-talk”.
 
d) Utilizando seu sistema olfativo, recém-nascidos que são amamentados no peito
conseguem reconhecer os odores de sua mãe quando comparado com os de outras
mulheres. e) Todo este conjunto de habilidades do bebê tem um sentido: dificultar a sua
interação e adaptação ao ambiente em que vive.
 
430. Para Piaget, o desenvolvimento é adaptação, a busca de um equilíbrio entre o
organismo e as “perturbações”, os desafios que o ambiente apresenta a ele, como
pessoas, situações, necessidades e objetos novos. Sobre esta visão é correto afirmar,
exceto:  
 
a) Cada nova ação ou conhecimento irá se construir a partir de outros esquemas de ação
ou cognitivos anteriormente construídos pela criança, ampliando-os ou transformando-os.
 
b) A criança, a partir do esquema de ação que já tem sedimentado irá construir uma nova
forma, tendo como referência a transformação desse esquema de ação anteriormente
construído.
 
c) Pode-se dizer que a criança só é capaz de perceber o mundo e atuar sobre ele a partir e
na dimensão dos esquemas de ação que pretende construir, os quais irão ampliando e
transformando, ou seja, desenvolvendo rapidamente.
 
d) Certos aspectos do meio só se tornam estímulo, objeto de interação para a criança, se
ela tiver esquemas de ação capazes de assimilá-los.
 
e) O mecanismo de interação da criança com o ambiente é constituído por um movimento
em aspiral ascendente, cujos pólos são a assimilação e a acomodação.
 
431. Segundo Piaget, o desenvolvimento do indivíduo se processa através de uma
seqüência de estágios de complexificação crescente, que abrange tanto o gradual
amadurecimento do organismo quanto a evolução da construção de estruturas ou
esquemas de ação. Ele divide os sete primeiros anos de vida da criança em dois grandes
estágios: o estágio sensório – motor, que abrange os dois primeiros anos, e o estágio pré –
operatório. Podemos inferir sobre estes estágios:
 
I. No primeiro estágio, a principal característica é a construção dos esquemas de ação
iniciais, originários dos reflexos e instintos, e que formarão a base para esquemas mais
complexos, já vinculados com as funções mentais superiores.
 
II. O segundo estágio se caracteriza pela entrada da criança no simbólico.
 
III. No segundo estágio a criança se torna capaz de interiorizar suas ações, diferenciando
objetos de seus representantes, libertando o pensamento do controle exclusivo da
percepção. Consegue formar representações de brinquedos, peças de vestuário, casa.
 
É correto afirmar:
 
a) I está incorreto.
 
b) II está incorreto.
 
c) III está incorreto.
 
d) Somente I e II estão corretos.
 
e) I, II e III estão corretos.
 
432. Para os profissionais que trabalham com a educação infantil é importante
compreender de que maneira a criança desenvolve cada uma dessas linguagens. É
através desse conhecimento que poderemos organizar um trabalho que considere as
diferentes maneiras de construir o percurso sociocultural de cada ser humano. Essa visão
da criança tem por base uma concepção de desenvolvimento e aprendizagem, que vem
sendo elaborada desde o início do século 20 com os trabalhos de Wallon e Vygotsky, cujas
idéias se pautam por alguns princípios, exceto:
 
a) Desenvolvimento se faz do social para o indivíduo – somos sujeitos de cultura.
 
b) Aprende-se na relação com o outro e essa aprendizagem promove o desenvolvimento.  
 
c) No caminho do desenvolvimento há sempre espaço para o imprevisível, o inesperado.
 
d) Não há linearidade no desenvolvimento, ou melhor, não se trata de fases que se
sobrepõem a outras até que o sujeito se torne um adulto, mas esse desenvolvimento é
dialético, pleno de crises, marcado pela história individual de cada ser humano.
 
e) Todas as alternativas estão corretas.
 
433. Vamos agora, focalizar nosso olhar na maneira pela qual a criança constrói
conhecimentos que fazem parte do seu dia-a-dia e aqueles a que ela tem acesso no
interior de uma instituição educativa. Na interação do cotidiano, por exemplo, os adultos e
as crianças estão envolvidos em tarefas sem prestarem atenção à atividade intelectual que
estão desenvolvendo, enquanto vivenciam a situação. Por outro lado, as interações
ocorridas na escola entre as professoras e as crianças possuem uma orientação
intencional e explícita, no sentido de proporcionar o aprendizado de conhecimentos
sistematizados que foram produzidos ao longo da história da humanidade. Esses
conhecimentos denominados formais ou escolares não se fazem de forma espontânea,
mas requer a organização de estratégias específicas que envolvem uma multiplicidade de
linguagens. Podemos inferir, exceto:
 
a) O ser humano já nasce em sociedade e desde seu nascimento está sujeito a práticas
sociais do seu meio de cultura. Essas práticas, por sua vez, são construídas historicamente
ao longo do percurso da humanidade. O processo de socialização, portanto, abrange bem
mais que a formação de hábitos e atitudes para a vida em sociedade; envolve a vivência de
ritos, valores e a compreensão da produção humana. Assim, podemos discutir com as
crianças, desde bem pequenas, sobre a diversidade dos usos e funções de instrumentos
culturais relativos à alimentação, como por exemplo: come-se da mesma maneira em todos
os lugares do mundo.
 
b) Um mundo novo se abre diante das crianças quando problematizamos, ou seja,
colocamos em questão o simples ato de comer nosso.

c) Geralmente as professoras pensam a prática na educação infantil de duas maneiras


bastante conectadas, ou seja, de um lado pensa-se que a creche ou pré-escola é lugar de
tomar conta das crianças e as deixar livres para brincar espontaneamente, sem nenhuma
intervenção dos adultos. De outro, na tentativa de fazer um trabalho educativo, muitos
profissionais, bem intencionados, procuram dar uma dimensão “escolarizada” ao trabalho
com as crianças pequenas.
 
d) Maioria das vezes percebe-se que as professoras reproduzem modelos das escolas
tradicionais, especialmente no que diz respeito às séries iniciais.
 
e) Escolarizar se resume a ensinar as primeiras letras e números, “fazer continhas”, treinar
a coordenação motora e o esquema corporal. Ou seja, a visão que esses profissionais têm
do ensinar revela a tradição de que “ensinar é transmitir conhecimentos”.

434. Construir conhecimento sobre o mundo físico ou social requer da professora:  


 
I. a escuta do grupo de crianças.
 
II. a participação efetiva das crianças na escolha do que irão investigar, na formulação das
perguntas, no planejamento, na forma de registrar e de fazer sínteses.
 
III. Saber que as crianças pequenas não são capazes de engajar num trabalho de
investigações de questões importantes.
 
É correto declarar:
 
a) I e III estão certas.
 
b) II e III estão certas.
 
c) I e II estão incorretas.
 
d) III está incorreta.
 
e) I e III estão incorretas.
 
435. A arte infantil é essencialmente:
 
a) Disciplinada.
 
b) Específica.
 
c) Lúdica.
 
d) Biológica.
 
e) Tranqüila.
 
436. O processo artístico seria, exceto:
 
a) O processo de criação.
 
b) É um modo de criação e de construção de diferentes formas de expressão humana.

 
c) No adulto, o processo artístico é intencional, embora isto não signifique que seu lado
inconsciente ou espontâneo seja excluído. d) Para as crianças a expressão artística tem
um desenvolvimento que avança rapidamente.
 
e) A atividade artística favorece a descentralização da criança, mobiliza seu interesse pelo
outro e pela cultura, promovendo situações de aprendizagem.
 
437. A organização do trabalho pedagógico em instituições de educação infantil é um dos
problemas cruciais colocados para a educação infantil hoje, e existe pouco investimento
nesse sentido. Pode-se inferir sobre a organização do trabalho pedagógico:
 
I. Em geral, temos visto teorizações sobre essa questão ou abordagens centradas em um
ou outro aspecto da organização do trabalho, não fornecendo aos educadores, sobretudo
aos mais experientes, uma visão mais específica dos elementos.
 
II. A forma como as tarefas se organizam no cotidiano reflete as crenças e concepções
daqueles que as desenvolvem, havendo, portanto, inúmeras possibilidades de reflexão e
intervenção pedagógica.
 
É correto afirmar:
 
a) I está incorreto.
 
b) II está incorreto.
 
c) I está correto.
 
d) II e I estão corretos.
 
e) Nenhuma das alternativas está certa.
 
438. Em relação ao trabalho pedagógico na creche, é correto afirmar, exceto:
 
a) Privilegiar o desenvolvimento harmônico e integrado da criança.
 
b) Valorizar o pensamento, a ação, a afetividade, a sociabilidade, os valores morais, a
corporeidade, o lúdico.
 
c) Criação de espaços diversos para interlocução com as instâncias educativas escassas.
 
d) A criança como um ser humano possui natureza singular, sente e pensa o mundo de um
jeito muito próprio.
 
e) A educação infantil integra duas dimensões: educar e cuidar.
 
439. A chegada das crianças para a creche é sempre um fator de ansiedade para todos:
crianças, pais e professores. Um cuidado especial com o período de adaptação é
extremamente importante para garantir um atendimento de qualidade. Com o objetivo de
tornar mais amena a adaptação, a creche deve se propor a organizá-la de acordo com a
necessidade de cada criança. É importante que a escola organize um processo gradual
para o período de adaptação, como, exceto:
 
a) Estabelecer datas e/ ou horários diferentes para a entrada das crianças.
 
b) Possibilitar nos primeiros dias ou quando se fizer necessário, a permanência da mãe ou
alguém com quem a criança tenha um vínculo afetivo forte. Deve-se ressaltar, entretanto,
que este tempo de permanência em sala deve ter um limite.
 
c) Propiciar momentos junto com um irmão que também freqüente a escola.
 
d) Permitir que a criança traga de casa um objeto querido.
 
e) Ampliar rapidamente o tempo de permanência na escola.
 
440. Existem alguns cuidados básicos de saúde com as crianças nas creches, os quais
devem ser considerados, afora:
 
a) O atendimento aos cuidados básicos faz parte da rotina diária da criança.
 
b) A preocupação de que construam anacronicamente habilidades para o autocuidado.
 
c) Com as crianças menores a higiene e a troca de fraldas ocorrem em momentos
determinados e sempre que houver necessidade.
 
d) Da retirada das fraldas à utilização do vaso sanitário, as crianças vivenciam o processo
de controle dos esfíncteres, iniciando-se normalmente entre 18 e 24 meses. e) A
escovação de dentes ocorre sempre após os horários de lanche e almoço, quando há,
visando à formação de hábito de higiene bucal.
 
441. São criados espaços e condições para efetivação de um trabalho de formação
continuada dos professores. Esse espaço abrange atividades sistemáticas de naturezas
diversas, as quais são, exceto:
 
a) Supervisões.
 
b) Observações.  
 
c) Palestras.
 
d) Visitas a outras instituições.
 
e) Seguimento do que é tradicional e não inovador.
 
442. Etnomatemática é hoje considerada uma sub-área da História da Matemática e da
Educação Matemática, com uma relação muito natural com a Antropologia e as Ciências
da Cognição. É evidente a dimensão política da Etnomatemática. Precisamente, a
Etnomatemática é:
 
a) É a matemática praticada por grupos culturais, tais como comunidades urbanas e rurais,
grupos de trabalhadores, classes profissionais, crianças de uma certa faixa etária,
sociedades indígenas, e tantos outros grupos que se identificam por objetivos e tradições
comuns aos grupos.
 
b) Possui caráter antropológico.
 
c) Etnomatemática tem um indiscutível foco político.
 
d) Etnomatemática é embebida de ética, focalizada na recuperação da dignidade cultural
do ser humano.
 
e) Esta relacionada a dignidade do indivíduo, quando a mesma é violentada pela exclusão
social, que se dá muitas vezes por não passar pelas barreiras discriminatórias
estabelecidas pela sociedade dominante, inclusive e principalmente, no sistema escolar.
 
443. Pode-se inferir sobre a dimensão histórica da Etnomatemática, exceto:
 
a) Etnomatemática é uma das manifestações do novo renascimento.
 
b) É importante notar que a aceitação e incorporação de outras maneiras de analisar e
explicar fatos e fenômenos, como é o caso da etnomatemáticas, se dá sempre em paralelo
com outras manifestações da cultura.
 
c) Devem ser feitas reflexões necessariamente interculturais sobre a história e a filosofia da
matemática.
 
d) Deve-se pesquisar sobre como a matemática se situa hoje na experiência, individual e
coletiva, de cada indivíduo.
 
e) As idéias matemáticas, particularmente comparar, classificar, quantificar, medir, explicar,
generalizar, inferir e, de algum modo, avaliar, são formas de pensar, presentes em toda a
espécie humana.
 
444. Sobre a dimensão epistemológica, pode-se inferir:
 
I. A matemática [ ocidental ] é vista como a culminância de um desenvolvimento seqüencial
e único do pensamento humano. Essa percepção, que ele classifica como mitologia,
confunde-se com as epistemologias dominantes.
 
II. A matemática começa a se organizar como um instrumento de análise das condições do
céu e das necessidades do cotidiano.
 
III. A cultura, que é o conjunto de comportamentos compatibilizados e de conhecimentos
compartilhados inclui valores. Numa mesma cultura, os indivíduos dão as mesmas
explicações e utilizam os mesmos instrumentos materiais e intelectuais no seu dia-a-dia.
 
É correto afirmar:
 
a) I está incorreto.
 
b) II está correto.
 
c) III está correto.
 
d) I está correto.
 
e) I, II e III estão corretos.
 
445. Em relação a Etnomatemática na civilização humana, é incorreto afirmar sobre o
caráter holístico da educação, a qual em geral depende de variáveis que se aglomeram em
direções muito amplas:
 
a) O aluno que está no processo educativo como um indivíduo procurando realizar suas
aspirações e responder às suas inquietudes.
 
b) As estratégias dessa sociedade para realizar essas expectativas.
 
c) Dar lugar ao aluno disciplinado, a qual a tradicional escola funcionava.
 
d) Os agentes e os instrumentos para executar essas estratégias.
 
e) O conteúdo que é parte dessa estratégia.
 
446. Sobre os gêneros textuais é incorreto afirmar:
 
a) Já se tornou trivial a idéia de que os gêneros textuais são fenômenos históricos,
profundamente vinculados à vida cultural e social. Fruto de trabalho coletivo, os gêneros
contribuem para ordenar e estabilizar as atividades comunicativas do dia-a-dia. São
entidades sócio-discursivas e formas de ação social incontornáveis em qualquer situação
comunicativa.
 
b) Caracterizam-se como eventos textuais altamente maleáveis, dinâmicos e plásticos.
Surgem emparelhados a necessidades e atividades socioculturais, bem como na relação
com inovações tecnológicas, o que é facilmente perceptível ao se considerar a quantidade
de gêneros textuais hoje existentes em relação a sociedades anteriores à comunicação
escrita.
 
c) Uma simples observação histórica do surgimento dos gêneros revela que, numa primeira
fase, povos de cultura essencialmente oral desenvolveram um conjunto limitado de
gêneros. Após a invenção da escrita alfabética por volta do século VII A. c., multiplicam-se
os gêneros, surgindo os típicos da escrita.
 
d) A partir do século XV, os gêneros expandem-se com o flores cimento da cultura
impressa para, na fase intermediária de industrialização iniciada no século XVlII, dar início
a uma grande ampliação. Hoje, em plena fase da denominada cultura eletrônica, com o
telefone, o gravador, o rádio, a TV e, particularmente o computador pessoal e sua
aplicação mais notável, a intemet, presenciamos uma explosão de novos gêneros e novas
formas de comunicação, tanto na oralidade como na escrita.
 
e) Caracterizam-se muito mais por suas peculiaridades do que por suas funções
comunicativas, cognitivas e institucionais lingüísticas e estruturais.
 
447. Usamos a expressão tipo textual para designar uma espécie de construção teórica
definida pela natureza lingüística de sua composição. Em geral, os tipos textuais abrangem
as seguintes categorias, exceto:
 
a) Narração.
 
b) Argumentação.
 
c) Escritos fantasiosos.  
 
d) Descrição.
 
e) Injunção.
 
448. Usamos a expressão gênero textual como uma noção propositalmente vaga para
referir os textos materializados que encontramos em nossa vida diária e que apresentam
características sócio-comunicativas definidas por conteúdos, propriedades funcionais, estilo
e composição característica. São exemplos de gêneros textuais:
 
I. Telefonema.
 
II. Sermão.
 
III. Carta comercial.
 
IV. Bilhete.
 
V. Romance.
 
VI. Bula de remédio.
 
É correto afirmar:
 
a) I está incorreto.
 
b) II, III e IV estão certos.
 
c) V e VI estão incorretos.
 
d) V e I estão incorretos.
 
e) IV e VI estão incorretos.
 
449. Pode-se inferir sobre os tipos textuais:
 
i. São constructos teóricos definidos por propriedades lingüísticas intrínsecas;
 
ii. constituem seqüências linguísticas ou sequências de enunciados e são textos empíricos;
 
iii. sua nomeação abrange um conjunto limitado de categorias teóricas determinadas por
aspectos lexicais, sintáticos, relações lógicas, tempo verbal;
 
iv. designações teóricas dos tipos: narração, argumentação, descrição, injunção e
exposição.
 
É correto afirmar:
 
a) ii está incorreto.
 
b) i está incorreto.
 
c) iv está incorreto.
 
d) iii está incorreto.
 
e) i e iv estão incorretos.
 
450. Sobre os gêneros textuais, pode-se corroborar:
 
I. realizações lingüísticas concretas definidas por propriedades sóciocomunicativas;
 
II. constituem textos empiricamente realizados cumprindo funções em situações
comunicativas;
 
III. sua nomeação abrange um conjunto aberto e praticamente ilimitado de designações
concretas determinadas pelo canal, estilo, conteúdo, composição e função;
 
IV. exemplos de gêneros: telefonema, sermão, carta comercial, carta pessoal, romance,
bilhete, aula expositiva, reunião de condomínio, horóscopo, receita  culinária, bula de
remédio, lista de compras, cardápio, instruções de uso, outdoor, inquérito policial, resenha,
edital de concurso, piada, conversação espontânea, conferência, carta.eletrônica, bate-
papo virtual, aulas virtuais etc.
 
É correto declarar:
 
a) I está incorreto.
 
b) II está incorreto.
 
c) Somente a III está correta.
 
d) Somente a IV está correta.
 
e) I, II, III e IV estão corretas.
 
451. Antes de analisarmos alguns gêneros textuais e algumas questões relativas aos tipos,
seria interessante definir mais uma noção que vem sendo usada de maneira um tanto
vaga. Trata-se da expressão domínio discursivo. Pode-se inferir sobre domínio discursivo,
exceto:
 
a) A expressão domínio discursivo designa uma esfera ou instância de produção discursiva
ou de atividade humana.
 
b) Os domínios são textos discursivos.
 
c) Os domínios propiciam o surgimento de discursos bastante específicos.
 
d) Do ponto de vista dos domínios, falamos em discurso jurídico, discurso jornalístico,
discurso religioso etc., já que as atividades jurídica, jornalística ou religiosa não abrangem
um gênero em particular, mas dão origem a vários deles.
 
e) Constituem práticas discursivas dentro das quais podemos identificar um conjunto de
gêneros textuais que, às vezes} lhe são próprios (em certos casos exclusivos) como
práticas ou rotinas comunicativas institucionalizadas.
 
452. A questão da intertextualidade inter-gêneros evidencia-se como uma mescla de
funções e formas de gêneros diversos num dado gênero e deve ser distinguida da questão
da heterogeneidade tipológica do gênero, que diz respeito ao fato de um gênero realizar
várias seqüências de tipos textuais (por exemplo, o caso da carta pessoal citada). Em
princípio, isto não deve trazer dificuldade interpretativa, já que o predomínio da função
supera a forma na determinação do gênero, o que evidencia a plasticidade e dinamicidade
dos gêneros. Resumidamente, em relação aos gêneros, temos:
 
I. intertextualidade inter-gêneros == um gênero com a função de outro.
 
II. heterogeneidade tipológica == um gênero com a presença de vários tipos.
 
III. Hibridez entre textos == inter-gêneros.
 
É correto afirmar:
 
a) I está incorreto.
 
b) II está incorreto.
 
c) III está correto.
 
d) I e II estão incorretos.
 
e) I, II e III estão incorretos.
 
453. Muitas vezes, em situações orais, os interlocutores discutem a respeito do gênero de
texto que estão produzindo ou que devem produzir. Trata-se de uma
negociação  tipológica. As designações sugeridas pelos falantes não são suficientemente
unitárias ou claras, nem fundadas em algum critério geral para serem consistentes. Em
relação a isso, os interlocutores seguem alguns critérios, que em geral designam seus
textos, exceto:
 
a) Canal.
 
b) Meio de comunicação.
 
c) Critérios formais.
 
d) Origem do conteúdo.
 
e) Critérios simples.
 
454. Contar piadas fora de lugar é um caso de inadequação ou violação de normas sociais
relativas aos gêneros textuais. Isso quer dizer que não há só a questão da produção
adequada do gênero, mas também um uso adequado. Esta não é uma questão de etiqueta
social apenas, mas é um caso de adequação tipológica, que diz respeito à relação que
deveria haver, na produção de cada gênero textual, entre os seguintes aspectos, salvo:
 
a) Natureza da informação.
 
b) Origem do conteúdo veiculado.
 
c) Nível de linguagem.
 
d) Tipo de situação em que o gênero se situa.
 
e) Finalidade dos objetivos não parametrizados.
 
455. Existem alguns gêneros textuais encontrados na mídia impressa. Esses são comuns
em provas do Centro de Seleção e de Promoção de Eventos -Universidade de Brasília
(CESPE-UNB), por exemplo. É incorreto afirmar sobre esses gêneros textuais:
 
a) A notícia é um relato de fatos ou acontecimentos atuais, geralmente de importância e
interesse para a comunidade, sem comentários pessoais, opiniões ou interpretações por
parte de quem escreve. Os títulos são chamativos (manchetes) para atrair a atenção de
quem lê. No início do texto, freqüentemente, aparece um pequeno resumo com as
informações essenciais do fato noticiado (lide).
 
b) A reportagem é texto de caráter opinativo, escrito de maneira impessoal e publicado sem
assinatura. Possui estrutura semelhante à de um texto dissertativo, de intenção persuasiva.
Nele os editores do veículo expressam, formalmente, sua opinião a cerca dos mais
diversos assuntos, principalmente, os mais polêmicos e atuais.
 
c) O artigo de opinião, assim como o editorial também é um texto de caráter opinativo.
Porém, ao invés de representar a opinião do veículo em que está sendo divulgado, tem
caráter pessoal. Logo, deve vir assinado pelo autor, que se responsabiliza pelo conteúdo,
ou seja, pelas opiniões apresentadas.
 
d) A crônica jornalística aborda assuntos e acontecimentos do dia-a-dia, apreendidos pela
sensibilidade do cronista e desenvolvidos de forma pessoal por ele. Geralmente, contém
ironia e humor, já que seu objetivo principal é fazer uma crítica social ou política. Luís
Fernando Veríssimo e João Ubaldo Ribeiro são exemplos atuais desse tipo de texto.
 
e) A resenha crítica apresenta o conteúdo de uma obra. Indica-se a forma de abordagem
do autor a respeito do tema e da teoria utilizada. É uma análise crítica, pois encerra um
conceito  de valor emitido pelo resenhista sobre a obra em questão. Pode-se fazer uma
resenha crítica sobre um livro, um show, um espetáculo teatral, entre outros.
 
456. Segundo a autora, o grande problema de nosso país é, como sempre foi, a
alfabetização. A ascensão social via escolaridade é uma ilusão... mas uma ilusão fecunda,
porque embora nada garanta que a escolaridade seja o caminho certo para a melhoria de
vida, a luta coletiva pelo direito à escola, entre outros direitos historicamente negados,
potencializa as classes populares para a conquista de uma cidadania ativa, indicando
avanços no sentido de democratização da sociedade. A escola deve, então, se tornar um
espaço de, exceto:
 
a) Potencialização das classes populares.
 
b) Alfabetizando a todos e todas.
 
c) Dar aceso à leitura e à escrita.
 
d) Perder-se pela imposição de uma cultura que desqualifica a outra.
 
e) Lugar da democratização.
 
457. A escola é considerada um divisor de águas fortíssimo no Brasil. Pode-se inferir sobre
este fato, exceto:
 
a) O Brasil é o único país que temos notícia de ter uma prisão diferente para quem tem
nível superior.
 
b) Os dados apresentados em outubro de 2000 pela CEPAL – Comissão Econômica para a
América Latina e Caribe – aponta par ao Brasil como um dos países com mais fortes
desigualdades sociais.
 
c) Segundo o CEPAL, somente os trabalhadores brasileiros, em relação a seus
empregadores, apresentam o mais baixo nível de escolaridade da América Latina.
 
d) Apenas 9% atingem o nível superior (gerentes, diretores, altos funcionários públicos e
particulares, empregadores); com nível médio estão 13,9% da população (técnicos e
funcionários administrativos); 60% com mais baixa escolaridade (trabalhadores braçais,
domésticos e agrícolas).
 
e) Se analisarmos os indicadores educacionais vamos entender o que vem acontecendo
com os afro-descendentes no Brasil. Aqui, a população analfabeta funcional com mais de
15 anos é de 30,5%, deste total, o percentual entre os brancos é de 22,7%, enquanto os
afrodescendentes é de 41,7%, chegando a 57% no nordeste.
 
458. A possibilidade de criar, esse diferencial do ser humano, permitiu a essa espécie um
permanente produzir-se em todos os diferentes espaços-tempos. Se estão alfabetizando,
estão alfabe-criando. Sobre a criação do alfabetizando, é incorreto corroborar:
 
a) A vida é feita de criação e a criação feita de vida foram mutuamente se alimentando nos
desafios cotidianos. Sem a vida sobram desafios evidenciando o quanto a observação, o
desejo, a ação curiosa potencializam o criar, isso ainda não acontece hegemonicamente na
escola. Há vários depoimentos de estudantes que relatam como eram altas suas
expectativas em relação à entrada na escola e de como viram “murchar” o entusiasmo com
que ali chegaram, ávidos por aprender a ler e escrever.  
 
b) O aprendizado humano pressupõe uma natureza social específica e um processo
através do qual as crianças penetram na vida intelectual das pessoas com quem convivem.
 
c) A condição de ser leitor é inerente ao ser humano, uma vez que realiza um cotidiano de
exercício de familiarização e apropriação do código, se alfabe-criando.
 
d) Criação e mudança são movimentos separáveis, por isso fazem parte do universo do
alfabetizando.
 
459. Criar é sair da esterilidade da repetição, o que torna especial a circunstância que
permite surgir algo novo, inusitado, que traz um sentido tanto para o autor, tanto para os
que tomam contato com sua criação. Observando o processo da criação do novo em
artistas e cientistas, foi proposto parâmetros básicos para sua compreensão, os quais são,
exceto:
 
a) A criação é um estado de tensão permanente entre o caos e a ordem.
 
b) O ato criativo se daria em um momento puramente caótico e incompreensível.
 
c) Processo de criação está intimamente ligado à capacidade de percepção de matizes.
 
d) O sujeito se sustente, por um tempo, em um estado de vazio para que novos estados de
percepção possam se conectar e formar um novo conceito, uma nova imagem, uma nova
ordem.
 
e) As letras d e c estão corretas.
 
460. As classes populares aprenderam, na luta cotidiana pela sobrevivência, diferentes
formas cognitivas de ler o mundo, ler o espaço, ler a história: formas que traduzem uma
epistemologia da existência, que se expressam tanto no discurso, na sintaxe e na
semântica, quanto em seus sonhos e desejos. Articular alfabetização e geografia é refletir
sobre, exceto:
 
a) Homem.
 
b) Natureza.
 
c) Cultura.
 
d) Sociedade.
 
e) Situação da mulher.
 
461. O desafio que se coloca para a escola e para a educação no final do século XX é o de
educar para a sabedoria, para a humanização, para a tomada de decisões, para o
exercício da cidadania. Assim, a educação para a sabedoria, deve fundamentar-se em
alguns pontos interdependentes, exceto: a) Formação intelectual. b) A informação. c)
Decisões sem informações. d) Educação moral. e) Educação do comportamento.  
 
462. As crianças ou adolescentes das escolas públicas de hoje fazem parte de um
contingente da sociedade de mais de 2 milhões de brasileiros com idade entre 10 a 14
anos que trabalham para reforçar o orçamento familiar. São essas crianças que continuam
a desafiar uma prática alfabetizadora comprometida que procura dialogar com as
experiências vividas pelos alunos e alunas fora do ambiente escolar. Sobre o ambiente
alfabetizador, é incorreto corroborar:
 
a) Desde a década de 70 que foram realizadas numerosas pesquisas que deslocavam a
discussão sobre alfabetização mudando o foco de análise: da professora que ensina e dos
métodos e técnicas de alfabetizar, passava a pesquisar a criança que se alfabetiza e seu
processo de construção de conhecimento sobre a língua escrita.
 
b) O uso cotidiano e sistemático de situações de leitura e de escrita em seu universo
cultural marca, desde o primeiro momento, as explorações das crianças em relação à
escrita e à leitura e neste processo elas vão criando sentidos e se tornando “naturalmente”
usuárias da linguagem escrita.
 
c) Em cada classe de alfabetização deve haver um “canto ou área de leitura” onde se
encontrem não só livros bem editados e ilustrados, como qualquer tipo de material que
contenha a escrita (jornais, revistas, dicionários, embalagens de medicamentos, etc).
Quanto mais variado esse material, mais adequado para realizar diversas atividades de
exploração, classificação, busca de semelhanças e diferenças (...) a variedade de materiais
não só é recomendada (melhor dizendo, indispensável) no meio rural, mas em qualquer
lugar onde se realize uma ação alfabetizadora.
 
d) Uma boa parte das professoras, vindas de uma experiência de organização para
“cantos” sem que isso significasse, de fato, a construção de novas práticas pedagógicas
que contribuíssem para que as crianças interagissem com este objeto cultual, apropriando-
se dele. Do mesmo modo que se traveste a velha cartilha e o velho método em método de
propaganda, também se encontram hoje professoras que se valem da literatura infantil
como “material de alfabetização”.
 
e) Existe um ambiente alfabetizador universal, que dê atenda às necessidades de qualquer
criança, em qualquer tempo e lugar. O ambiente alfabetizador tem que ser dado e situado.
 
463. Em um seminário no ano de 2000, realizado no curso de Pós graduação em
Alfabetização dos Alunos das Classes Populares, uma professora-cursista, negra, ao
observar seu entorno, exclamou: “Nossa, eu nunca vi tanta professora negra na
universidade, ainda mais num curso de pós graduação!”. Sobre a invisibilidade que a
escola ainda não vê, em relação as “tias negras” em sala de aula, exceto:
 
a) Nas últimas décadas a literatura pedagógica oficial tem sido farta em apontar a
proletarização do magistério e algumas de suas conseqüências paradoxais, polarizando, as
vantagens e desvantagens dessa proletarização. Porém, se proliferam estudos acadêmicos
sobre a perda do status doente, a dessacralização do magistério e da própria instituição
escolar, acarretou uma progressiva minimização do papel social do professor.
 
b) Ler o enegrecimento docente à luz da complexidade remete ao exercício de
compreendê-lo para além da questão da proletarização do magistério. É claro que numa
sociedade como a nossa, com uma formação tão elitista, patrimolianialista, sexista, racista,
profundamente excludente, se ressinta de uma territorialidade mais democrática, que
compartilhe valores de igualdade.
 
c) Uma das hipóteses mais recorrentes no pensamento pedagógico brasileiro atual é de
que as mudanças ocorridas na constituição da categoria magistério se devem,
principalmente, ao processo de proletarização, que geralmente é confundida com a perda
do status da carreira professoral, perda salarial e queda no sentimento de potência,
inerente à perda do lugar social antes ocupado pela professora.
 
d) A irrelevância das “tias baianas” na recuperação historiográfica das “memórias coletivas,
em especial das mulheres negras, habitantes da cidade do Rio de Janeiro no começo do
século, pode trazer pistas importantes para pensar o papel civilizatório da professora
negra, em termos de resgate da sua identidade cultural e de seus alunos.
 
e) A sociabilidade educadora, tão cara às tias negras do começo do século, pode ser
resgatada e complexificada à luz de pesquisas sobre o que denominou de “figura de
apego”.
 
464. A reconstrução da cultura escolar sobre o processo de avaliação tem sido um desafio
que coloca em discussão tanto os conhecimentos sobre a avaliação quanto o processo de
pesquisa sobre o cotidiano escolar. O movimento que caracteriza as práticas escolares
cotidianas explicita a impossibilidade de se reduzir a avaliação a um conjunto de momentos
estanques que costuram fragmentos do processo de ensino aprendizagem, perspectiva
que limita de os sujeitos construírem conhecimentos num movimento dialógico. Em relação
a avaliação, pode-se inferir que a mesma possui caráter:
 
a) Transdisciplinar.
 
b) Limitado.
 
c) Adstrito.
 
d) Cingido.
 
e) Concentrado.
 
465. Freqüentemente professores precisam modificar a dinâmica de sala por causa de
imprevistos. O planejado é atravessado pela imprevisibilidade. Sala de aula, um lugar onde
se cruzam saberes e desejos diversos que convida ao diálogo. Assim, o cotidiano da sala
de aula marcado pelo:
 
a) Concreto.
 
b) Palpável.
 
c) Real.
 
d) Inesperado.
 
e) Dissimulado.
 
466. Sobre a avaliação, podemos inferir, exceto:
 
a) É atribuição de um único valor que acaba por expor a insuficiência e o reducionismo da
prática educativa.
 
b) A avaliação classificatória como prática de investigação se configura pelo
reconhecimento dos múltiplos saberes.  
 
c) A avaliação é um processo que indaga os resultados.
 
d) A avaliação é um procedimento que retrata os trajetos percorridos.
 
e) A avaliação é um elemento importante da dinâmica da inclusão e exclusão, escolar e
social.
 
467. Na nossa experiência como formadores de docentes, percebemos que algumas
professoras acreditam que não é necessário ensinar tão cedo tais conteúdos. Outras não
se sentem autorizadas a ensinar ciências nas séries iniciais. O ato de ensinar ciências gera
uma relação de tensão em sala de aula, o que produz nas professoras sentimentos de
angústia e aflição, de acordo com relatos delas mesmas. Na disciplina “Fundamentos e
Metodologias das Ciências Naturais” de um dos cursos de Pedagogia, os é comum
encontrar afirmações como as que se seguem, salvo:
 
a) São consideradas estratégias predominantemente e utilizadas a exibição de vídeos, a
leitura de livros didáticos, o estudo dirigido, o uso de questionários e a escrita de resumos.
 
b) As estratégias que as professoras experientes utilizam para ensinar um conteúdo que
lhes é pouco familiar são eficazes.
 
c) As professoras são capazes de mobilizar saberes das outras áreas de conhecimento
para desenvolver atividades significativas.
 
d) Frequentemente desenvolvem atividades experimentais.
 
e) É comum encontrar professores que não dominam conceitos básicos que ensinam,
como as causas do dia e da noite, as estações do ano e as fases da lua, o circuito e a
corrente elétrica.
 
468. Muitos professores desenvolvem estratégias docentes que lhes proporcionam uma
sensação de segurança que os faz pensar que ensinar ciências é fácil. São os casos em
que optam por:
 
I. dar ênfase significativa aos conteúdos ligados à área de ciências da natureza;
 
II. conteúdos que apresentam maior domínio, como são os tópicos relativos à saúde,
alimentos e higiene;
 
III. seguir o livro didático passo a passo;
 
IV. dar aulas expositivas em vez de fomentar o diálogo e o questionamento das coisas e de
seus porquês.
 
É correto afirmar:
 
a) II está incorreto.
 
b) III está incorreto.
 
c) I está incorreto.
 
d) IV está incorreto.
 
e) I, II e III estão incorretos.  
 
469. Quando os pesquisadores e formadores de professores afirmam que as professoras
não dominam os conteúdos da área de ciências, por certo, estão falando dos conteúdos
conceituais. Sendo assim, só nos restaria concluir que as professoras não os tendo, não
sabem ou não podem ensinar ciências para as crianças. Para avançarmos nessa
discussão é preciso ampliar nossa compreensão do que se entende por conteúdos
escolares e sobre o que significa ensinar ciências para as crianças. Assim, é incorreto
afirmar:
 
a) As pesquisas e projetos de formação inicial e continuada devem desconversar sobre a
primeira dimensão dos conteúdos, isto é, a do domínio de conceitos científicos.
 
b) Para ensinar, basta dominar os conceitos. Se estivermos de acordo que é precário o
conhecimento dos conteúdos conceituais das professoras sobre ciências e que esse nível
de ensino deve-se ocupar em ensinar conceitos científicos, o único caminho que nos resta
para sanar tais dificuldades é o de ensinar Física, Química, Biologia e Astronomia para as
professoras, de modo que tenham um conhecimento especializado sobre essas disciplinas.
 
c) Os conteúdos conceituais se referem à compreensão ou domínio dos conceitos
científicos.
 
d) Os conteúdos procedimentais são da ordem do saber fazer, no caso das professoras, do
saber ensinar ou mediar a aprendizagem.
 
e) Os conteúdos atitudinais se referem ao saber ser “com” e “sobre” as crianças, isto é,
compreender o universo infantil com seus interesses e possibilidades.
 
470. O ensino de ciências nas séries iniciais tem um papel importante no desenvolvimento,
desde que possibilite às crianças a oportunidade de expressarem seus modos de pensar,
de questionar e de explicar o mundo. Sobre o ensino por investigações nas séries iniciais,
pode-se inferir, salvo:
 
a) O papel do professor é o de um companheiro de viagem, mais experiente nos caminhos,
na leitura dos mapas, no registro e na sistematização das experiências vividas.
 
b) Nos primeiros encontros das crianças com a aprendizagem de ciências, a linguagem
científica é introduzida no plano social da sala de aula de modo que todos possam usar as
palavras e ir recheando-as de sentido próprio. No processo de formação e evolução
conceitual das crianças, a professora não precisa ter um domínio aprofundado do conceito
em questão. Contudo, há que se ter disponibilidade e capacidade de fazer propostas e
orientar os alunos na aprendizagem das idéias que se quer introduzir. Cabe a ela
apresentar as idéias gerais a partir das quais um determinado processo de investigação
possa se estabelecer, procurando selecionar, organizar, hierarquizar e problematizar os
conteúdos estudados.
 
c) As crianças têm grande curiosidade sobre o mundo natural. Não se cansam de
perguntar o porquê, mesmo que os adultos se mostrem impacientes em responder às suas
perguntas. Estão sempre disponíveis para testar suas hipóteses e apresentam
características importantes para que sejam construídos novos conhecimentos. No entanto,
é comum encontrarmos situações escolares em que as crianças ficam entregues à sua
própria sorte. São elas, em última instância, que têm que dar coerência ao fluxo de
informação que lhes chega pela interação com o mundo ou proveniente das aulas
transmissivas.  
 
d) A ciência adota métodos e teorias, processos e produtos. Os processos da ciência
provêem de conceitos, teorias e fatos, enquanto que os produtos provêem da forma como
os conceitos e teorias são construídos são seus conceitos, teorias e fatos.
 
e) Situações-problema, quando introduzidas adequadamente, guiam e acompanham todo o
processo de investigação, o que permite a construção de novos conhecimentos do que
está sendo investigado. Nessa perspectiva, o professor de ciências desempenha o papel
de guia. Ele propõe e discute questões, contribui no planejamento de investigação dos
alunos, orienta no levantamento de evidências, auxilia no estabelecimento de relações
entre evidências e explicações teóricas, possibilita a discussão e a argumentação entre os
colegas, promove a sistematização do conhecimento. Conseqüentemente, o professor dá
ao aluno a oportunidade de vivenciar suas experiências com parcimônia, na medida em
que a construção dos sentidos pessoais é permanentemente confrontada com a
significação social das idéias em circulação. Tal confronto e regulação das idéias devem-se
ao fato de o professor ter o papel de crítico da comunidade científica e de responsável, em
última instância, pelas idéias em circulação.
 
471. Quando os educadores ouvem falar sobre este fenômeno de não-conservação,
pensam inevitavelmente sobre o que significa ensinar o número em sala de aula. Enfocarei
a maneira pela qual o professor pode usar a Teoria de Piaget de uma forma prática
discutindo alguns tópicos, como os seguintes:
 
I. A destruição do número.
 
II. Objetivos para “ensinar” número.
 
III. Princípios de ensino.
 
IV. Situações escolares que o professor pode usar para “ensinar” números.
 
Estão corretos:
 
a) II está incorreto.
 
b) III está incorreto.
 
c) I está incorreto.
 
d) II e I estão corretos.
 
e) III e IV estão incorretos.
 
472. Piaget estabeleceu uma distinção fundamental entre três tipos de conhecimento
considerando suas fontes básicas e seu modo de estruturação. Sobre o conhecimento
físico e lógico-matemático, é incorreto afirmar:
 
a) O conhecimento físico é o conhecimento dos objetos da realidade externa.
 
b) O conhecimento de que a plaqueta caíra quando a deixarmos solta no ar é um exemplo
de conhecimento físico.
 
c) O número é a relação criada mentalmente por cada indivíduo.
 
d) A criança progride na construção do conhecimento lógico-matemático pela coordenação
das relações simples que anteriormente ela criou entre os objetos.
 
e) O conhecimento lógico-matemático consiste na coordenação de relações.  
 
473. Sobre a construção do conhecimento físico e do conhecimento lógico-matemático ser
considerados uma abstração reflexiva e empírica, é correto afirmar, salvo:
 
a) Na teoria de Piaget, a abstração da cor a partir dos objetos é considerada de natureza
muito diferente da abstração do número. As duas são, de fato, tão diferentes que até se
distinguem por termos diferentes. Para a abstração das propriedades a partir dos objetos,
Piaget usou o termo abstração empírica (ou simples). Para a abstração do número, ele
usou o termo abstração reflexiva.
 
b) Na abstração empírica, tudo o que a criança faz é focalizar certa propriedade do objeto e
ignorar as outras.
 
c) O termo abstração construtiva poderia ser mais fácil de entender do que abstração
reflexiva, para indicar que esta abstração é uma construção feita pela mente, ao invés de
representar apenas o enfoque sobre algo já existente nos objetos.
 
d) Um sistema de referência lógico-matemático (construído pela abstração construtivista) é
necessário para a abstração empírica, porque nenhum fato poderia ser “lido” a partir da
realidade externa se cada fato fosse um pedaço isolado do conhecimento, com alguma
relação com o conhecimento já construído numa forma desorganizada. e) Assim, durante
os estágios sensório-motor e pré-operacional a abstração reflexiva não pode a acontecer
independentemente da empírica, mais tarde, entretanto, ela poderá ocorrer sem depender
desta última. Quando ela prossegue em direção a números maiores tais como 999 e 1000,
fica claro que é impossível aprender cada número até o infinito através da abstração
empírica a partir de conjuntos de objetos ou figuras! Os números são aprendidos pela
abstração reflexiva, à medida que a criança constrói relações.
 
474. É incorreto corroborar sobre o conhecimento lógico-matemático e social
(convencional):
 
a) A origem fundamental do conhecimento social são as convenções construídas pelas
pessoas.
 
b) As palavras um, dois, três, quatro são exemplos de conhecimento social. Cada idioma
tem um conjunto de palavras diferente que serve para o ato de contar. Contudo, a idéia
subjacente de número pertence ao conhecimento lógicomatemático, o qual é universal.. O
número não é conhecido inatamente e leva muitos anos para ser construído. Piaget
também provou, com a tarefa de conservação, que os conceitos numéricos não são
adquiridos através da linguagem.
 
c) Piaget e seus colaboradores demonstraram que o número é alguma coisa que cada ser
humano constrói através da criação e coordenação de relações.
 
d) A criança que não tem a estrutura de números usa a melhor coisa que lhe ocorre para
fazer julgamentos quantitativos, isto é, utiliza a noção de espaço. Contudo, quando ela já
tiver construído a estrutura de número, o espaço ocupado pelos objetos se torna
irrelevante.
 
e) A estrutura lógico-matemática de número pode ser ensinada diretamente, uma vez que a
criança tem que construí-la por si mesma.
 
475. Piaget (1948, Cap. IV) declarou que a finalidade da educação deve ser a de
desenvolver a autonomia da criança, que é, indissociavelmente, social, moral e intelectual.
A aritmética, assim como qualquer outra matéria, deve ser ensinada no contexto desse
objetivo amplo. É correto afirmar, exceto:
 
a) A autonomia como finalidade da educação requer que as crianças não sejam levadas a
dizer coisas nas quais acreditem com sinceridade.
 
b) A autonomia significa o ato de ser governado por si mesmo. É o contrário de
heteronomia, que significa ser governado por outra pessoa.
 
c) Concebo a construção do número como o principal objetivo para a aritmética das
crianças escolarizadas de 4 a 6 anos, dentro do contexto da autonomia como finalidade
ampla da educação.
 
d) As pesquisas mostram que o meio ambiente pode agilizar ou retardar o desenvolvimento
lógico-matemático.
 
e) Existe bastante evidência teórica e empírica de que as raízes do número têm uma
natureza muito geral. Dado que a noção de número só pode emergir a partir da atividade
de colocar todos os tipos de coisas em todos os tipos de relações, daí decorre que o
primeiro princípio de ensino é o de atribuir importância ao fato de encorajar as crianças a
estarem alertas e colocarem todas as espécies de objetos, eventos e ações em todos os
tipos de relações.
 
476. Como um dos princípios de ensino, encorajar a criança a estar alerta e colocar todos
os tipos de objetos, eventos e ações em todas as espécies de relações, faz com que a
mesma pense ativamente na vida diária pensa sobre muitas coisas simultaneamente.
Sobre isso, é incorreto corroborar:
 
a) As relações são criadas pelas crianças a partir de seu interior e não lhe são ensinadas
por outrem. No entanto, o professor tem um papel crucial na criação de um ambiente
material e social que encoraje a autonomia e o pensamento.
 
b) São muitos os professores capazes de promover o desenvolvimento deste tipo de
autonomia em crianças pequenas.
 
c) Uma criança educada numa família autoritária tem muito menos oportunidades de
desenvolver sua habilidade de raciocinar logicamente. Tal criança é forçada a obedecer em
vez de ser encorajada a inventar argumentos que façam sentido e sejam convincentes.
 
d) Quando duas crianças brigam por causa de um brinquedo, por exemplo, a intervenção
da professora pode promover ou impedir o pensamento da criança.
 
e) As letras a,c e d estão corretas.
 
477. Greco mostrou nove fichas e pediu às crianças que apresentassem o mesmo número.
As crianças variavam entre a idade de quatro e oito anos. Todas sabiam contar, algumas
até 10 e outras até mais de 30. Ele encontrou alguns níveis, os quais são: Nível 0:
inabilidade de atender até mesmo ao pedido do adulto. Nível I: Estimativa visual ou cópia
grosseira da configuração espacial. Em torno dos cinco anos e meio de idade, dois
comportamentos são típicos: a estimativa perceptual grosseira de um punhado que tenha
aproximadamente a mesma quantidade, e uma cópia figural imperfeita. Nível II:
Correspondência um a um metódica. No nível I, as crianças frequentemente olham o
modelo enquanto arrumam as fichas. No Nível II olham intermitentemente para o modelo e
copiam, chegando ao ponto de usar os dedos para apontar os elementos correspondentes
de cada vez.  Nível III: Contagem. A criança conta o número no modelo e então o reproduz.
 
É correto afirmar:
 
a) Nível 0 é incoerente.
 
b) Nível I é incoerente.
 
c) Nível II é incoerente.
 
d) Nível III é incoerente.
 
e) Os níveis I e II são incoerentes.
 
478. De acordo com as discussões sobre a criança na fase inicial da escrita e
considerando que esta função pedagógica implica no seu bojo quem / aprende / o que /
para que / como / onde / é que isto é constitutivo da interação pedagógica, pode-se iniciar a
discussão da questão. É incorreto afirmar:
 
a) Pêcheux (1969) argumenta que todo o processo discursivo supõe, da parte do emissor,
uma antecipação das representações do receptor, isto é, sua habilidade de imaginar, de
pensar onde seu ouvinte “o enquadra”, e que esta antecipação de o “o que o outro vai
pensar” do lugar em que ele se representa como tal parece constitutiva de todo discurso.
 
b) A relação de ensino parece se constituir nas interações pessoas.
 
c) A ilusão do professor parece decorrer, então, da não-consideração (e do ocultamento)
de vários aspectos, componentes e detalhes cruciais no processo de convivência,
interação e relação com os alunos, pais, colegas de trabalho, funcionários, superiores, no
cotidiano da instituição escola.
 
d) Pode-se perceber que as relações de ensino e as condições do falar ou do dizer de cada
criança são muito semelhantes em cada uma das situações.
 
e) Quando a professora escreve na lousa e propõe às crianças um exercício, vê-se que ela
está desempenhando a função a ela atribuída e imagina-se ela está alfabetizando as
crianças.; vê- se que ela está escrevendo na lousa as famílias silábicas (m e n) e imagina-
se que as crianças estão aprendendo as famílias silábicas. Imagina-se também que,
aprendendo as famílias silábicas, as crianças aprendem a ler e a escrever.
 
479. A alfabetização implica em:
 
a) Apenas a aprendizagem da escrita de letras e palavras.
 
b) Apenas a aprendizagem das orações.
 
c) Envolve apenas uma relação da criança com a escrita.
 
d) A alfabetização implica, desde a sua gênese, a constituição do sentido.
 
e) Implica, mais superficialmente, uma forma de separação com o outro pelo trabalho de
escrita.
 
480. Procurando trabalhar com as crianças o processo inicial de leitura e escritura na
interdiscursividade, começou-se a criar, exceto:
 
a) Um jogo de negociações discursivas e troca de saberes.
 
b) A criar, nas salas de aula, situações de branda interação verbal.
 
c) Abertura de espaço para a elaboração do diálogo.
 
d) Abertura de espaço para narrativa.
 
e) Abertura de espaços para a conversa entre crianças e adultos presentes.
 
481. Sobre o trabalho da escrita e leitura como práticas discursivas, é incorreto
corroborar:  
 
a) Revela-se no uso consciente das cartilhas e dos livros didáticos, nos “melhores”
métodos anunciados como os mais eficazes para reduzir os índices de evasão e
repetência, na (ilusão da) “produção do maior número de alfabetizados no menor tempo
possível”.
 
b) A leitura e a escrita ganham, fora da escola, outras marcas e se realizam de outras
formas no contexto da indústria cultural: Não só suas funções, mas seus usos se
modificam, se transformam.
 
c) Nesse processo de transformação, a linguagem verbal, linear, escrita, literária, se
encontra e se confronta com a “linguagem global” do corpo, com simultaneidade das
informações, com a multiplicidade de dizer.
 
d) A dimensão funcional, pragmática, fragmentada, contraditória e lúdica, da escrita
(pensemos na propaganda) é experienciada no cotidiano e transparece no trabalho de
escritura das crianças.
 
e) Buscando transformar algumas condições e procedimentos de ensino nas escolas,
começamos a usar, como uma das formas de articulação das atividades e de constituição
da interdiscursividade, a literatura infantil.
 
482. São justificativas para o uso da literatura em sala de aula, exceto:
 
a) A literatura como discurso escrito, revela, registra e trabalha formas e normas do
discurso social.
 
b) Instaura o espaço interdiscursivo.
 
c) Abranda o espaço interdiscursivo.
 
d) Cria novas condições e novas possibilidades de troca de saberes.
 
e) Convoca os ouvintes/leitores a participarem como protagonistas no diálogo que se
estabelece.
 
483. Trabalhar com a literatura infantil na escola implica, exceto:
 
a) Conhecer e considerar o caráter originariamente pedagógico, ético e pragmático desse
gênero como produto cultural.
 
b) Forjar e constituir a dimensão lúdica e estética, fantástica e maravilhosa dos textos e das
atividades de leitura e de escritura com as crianças.
 
c) Implica trabalhar não só a leitura, mas a autoria do texto escrito.
 
d) A possibilidade de inúmeras leituras.
 
e) Os desenhos têm uma característica atual e estilizada, guardando, no entanto,
arquétipos tradicionais: fada, varinha de condão, fecham o espaço das crianças para se
posicionarem como interlocutoras nas histórias.
 
484. Espera-se que as crianças se tornem leitoras e escritoras como resultado do seu
ensino. O motivo para que isso não aconteça de fato pode ser:
 
a) A própria prática escolar é a negação da leitura e da escritura como prática dialógica,
discursiva, significativa.
 
b) Intenso incentivo para leitura em sala de aula.
 
c) Intenso incentivo para escrita em sala de aula.
 
d) Estímulo para que as crianças tornem-se autônomas.
 
e) Formação adequada dos professores.  
 
485. Em termos pedagógicos, então, o que se faz relevante é o fato de que, quando se
abre espaço para as crianças falarem e se relacionarem em sala de aula, questões vitais
vêm à tona e se tornam “matéria-prima” no processo de alfabetização. Estas questões
vitais que se evidenciam, exceto:
 
a) Na interação e interlocução das crianças geram (e implicam) barulho e movimentação.
 
b) As crianças conversam e se excitam.
 
c) As crianças trocam informações, favores e segredos.
 
d) A escrita começa a constituir um modo de interação consigo mesmo e com os outros,
excluindo as crianças desse processo.
 
e) As crianças aprendem a escrever escrevendo, e para isso, lançam mão de vários
esquemas: perguntam, procuram, imitam, copiam, inventam, combinam.
 
486. A palavra letramento ainda não está dicionarizada, porque foi introduzida muito
recentemente na língua portuguesa, tanto que quase podemos datar com precisão sua
entrada na nossa língua, identificar quando e onde essa palavra foi usada pela primeira
vez. Ela surgiu a primeira vez:
 
a) Parece que a palavra letramento apareceu pela primeira vez no livro Didática da
alfabetização.
 
b) Parece que a palavra letramento apareceu pela primeira vez no livro Alfabetização e
letramento.
 
c) Parece que a palavra letramento apareceu pela primeira vez no livro Adultos não
alfabetizados.
 
d) Parece que a palavra letramento apareceu pela primeira vez no livro No mundo da
escrita: uma perspectiva psicolingüística.
 
e) Parece que a palavra letramento apareceu pela primeira no livro A linguística e a escrita.
 
487. A definição de letramento é:
 
a) Saber ler e escrever.
 
b) Ser alfabetizado.
 
c) Viver na condição ou estado de quem sabe ler e escrever.
 
d) A pessoa que aprende a ler e escrever – que se torna alfabetizada – e que passa a fazer
uso da leitura e da escrita, a envolver-se nas práticas sociais de leitura e de escrita – que
se torna letrada.
 
e) A pessoa que ou não sabe ler e escrever – é analfabeta – ou, sabendo ler e escrever,
não faz uso da leitura e da escrita – é alfabetizada, mas não é letrada, não vive no estado
ou condição de quem sabe ler e escrever e pratica a leitura e a escrita.
 
488. Socialmente e culturalmente, a pessoa letrada já não é a mesma que era quando
analfabeta ou iletrada, ela passa a ter outra condição social e cultural – não se trata
propriamente de mudar de nível ou de classe social, cultural, mas de mudar seu
lugar social, seu modo de viver na sociedade, sua inserção na cultura – sua relação com os
outros, com o contexto, com os bens culturais torna-se diferente. É incorreto afirmar:
 
a) Tornar-se letrado é também tornar-se cognitivamente diferente.
 
b) A pessoa passa a ter uma forma de pensar diferente da forma de pensar de uma pessoa
analfabeta ou iletrada.
 
c) Tornar-se letrado traz, também, conseqüências lingüísticas.
 
d) Pesquisas que caracterizaram a língua oral de adultos antes de serem alfabetizados e a
compararam com a língua oral que usavam depois de alfabetizados concluíram que, após
aprender a ler e a escrever, esses adultos passaram a falar de forma diferente,
evidenciando que o convívio com a língua escrita teve como conseqüências mudanças no
uso da língua ora, nas estruturas lingüísticas e no vocabulário.
 
e) Alguns estudos têm mostrado que o letrado fala de forma semelhante do iletrado e do
analfabeto.
 
489. Pode-se inferir sobre o analfabetismo, exceto:
 
a) A medida que o analfabetismo vai sendo superado, que um número cada vez maior de
pessoas aprende a ler e a escrever, e à medida que, concomitantemente, a sociedade vai
se tornando cada vez mais centrada na escrita (cada vez mais grafocêntrica), um novo
fenômeno se evidencia: não basta apenas aprender a ler e a escrever.
 
b) As pessoas se alfabetizam, aprendem a ler e a escrever e necessariamente incorporam
a prática da leitura e da escrita, não necessariamente adquirem competências para usar a
leitura e a escrita, para envolver-se com as práticas sociais de escrita.
 
c) O fenômeno do estado ou condição de analfabeto nós o tínhamos (e ainda temos...), e
por isso sempre tivemos um nome para ele: analfabetismo.
 
d) Um adulto pode ser analfabeto e letrado.
 
e) Uma pessoa pode não saber ler nem escrever, mas usa a escrita: pede a alguém que
escreva por ele, dita uma carta, por exemplo (e é interessante que, quando dita, usa as
convenções e estruturas lingüísticas próprias da língua escrita, evidenciando que conhece
as peculiaridades da língua escrita) – não sabe escrever, mas conhece as funções da
escrita, e usa-as, lançando mão de um “instrumento” que é o alfabetizado (que funciona
como uma máquina de escrever...).
 
490. Sobre o letramento de crianças, pode-se inferir, exceto:
 
a) Uma criança pode ainda não ser alfabetizada, mas ser letrada.
 
b) Uma criança não pode ser letrada, se não for alfabetizada.
 
c) Uma criança vive num contexto de letramento, que convive com livros, que ouve
histórias lidas por adultos, que vê adultos lendo e escrevendo, cultiva e exerce práticas de
leitura e de escrita.
 
d) A criança ainda não aprendeu a ler e escrever, mas é, de certa forma, letrada, tem já um
certo nível de letramento.
 
e) As letras a e d estão corretas.
 
491. Termos despertado para o fenômeno do letramento – estarmos incorporando essa
palavra ao nosso vocabulário educacional – significa que já compreendemos que nosso
problema não é apenas ensinar a ler e a escrever, mas é, também, e sobretudo, levar os
indivíduos – crianças e adultos – a fazer uso da leitura e da escrita, envolver-se
em  práticas sociais de leitura e da escrita. No entanto, infere-se, de tudo que foi dito, que o
nível de letramento de grupos sociais relaciona-se fundamentalmente com as suas
condições sociais, culturais e econômicas. É preciso que haja, pois, condições para o
letramento. São consideradas condições, exceto:
 
a) Haja escolarização real e efetiva da população.
 
b) Haja disponibilidade de material de leitura.
 
c) Ter um número limitado de material impresso.
 
d) Ter um número grande de bibliotecas.
 
e) Preço acessível dos livros.
 
492. Assim, para que ocorra efetivamente a formação de grupo de classe, é necessário,
salvo:
 
a) Os alunos estabeleçam trocas.
 
b) Que os alunos confrontem-se.
 
c) Que os alunos percebam o outro como sujeito semelhante deles.
 
d) Que os alunos saibam que as pessoas agem e pensam de formas diferentes.
 
e) Que ao confrontar suas opiniões, suas maneiras de agir, definam suas preferências e
tentem adequar seu comportamento para melhor se relacionarem.
 
493. Em relação ao letramento, a organização do trabalho em sala de aula se deu a partir
de alguns elementos, exceto:
 
a) Escolha de coadjuvantes.
 
b) Rotina de trabalho.
 
c) Roda de história.
 
d) Desenvolvimento da consciência fonológica.
 
e) Sorteio de ajudantes.
 
494. Sobre a rotina de trabalho, em relação ao letramento, é incorreto afirmar:
 
a) A primeira atividade era a escrita do dia da semana, do mês e do ano.
 
b) A cada mês elaborava um calendário que era colado no caderno de cada aluno.
 
c) Sempre que havia um acontecimento previsto (excursão, festa, recesso, feriado), pedia
que as crianças localizassem aquele dia no calendário, contassem quantos dias faltavam
para chegar, quantos dias já haviam passado.
 
d) As crianças não se familiarizando com o uso de calendário.
 
e) A maioria, no término do ano, conseguia se localizar no tempo a partir do seu uso.
 
495. Para desenvolver o trabalho de aquisição da base alfabética considerando a questão
da leitura e da escrita como busca de construção e produção de sentidos do texto, o
trabalho foi feito com textos de parlenda, letras de músicas e adivinhas. Esses textos foram
extraídos de livros variados, por exemplo, exceto:
 
a) O que é, o que é.
 
b) Um tigre, dois tigres, três tigres.
 
c) Travatrovas.
 
d) O livro do trava-língua.
 
e) Assim fechado.
 
496. Outras atividades de leitura e de escrita foram propostas, tais como, exceto:  
 
a) Organização de listas.
 
b) Leitura de textos instrumentais para confeccionar brinquedos.
 
c) Escrita de história a partir de uma história muda.
 
d) Identificação de nomes de personagens e de títulos de histórias lidas na roda.
 
e) Todas as alternativas estão corretas.
 
497. No processo de constituição da turma, muitos avanços foram obtidos, os quais podem
ser considerados, exceto:
 
a) As crianças ficaram tímidas.
 
b) As crianças ficaram mais solidárias.
 
c) As crianças ficaram mais cooperativas.
 
d) As crianças ficaram mais amigáveis.
 
e) As crianças ficaram mais alegres.
 
498. Um trabalho de intervenção pedagógica eficiente pressupõe uma dedicação exclusiva.
É incorreto afirmar:
 
a) É preciso pesquisar, estudar, refletir sobre o que se fez.
 
b) Para refletir, é preciso registrar.
 
c) Ao registrar, é preciso refletir sobre os registros.
 
d) As ações não demandam tempo.
 
e) Esse trabalho demanda investimento.
 
499. Para a concretização do letramento em sala de aula, é preciso, exceto:
 
a) Utilização de fontes de informação.
 
b) Práticas de observação.
 
c) Descrição. d) Análise.
 
e) Poucas formas de registro deve ser priorizada.
 
500. Sobre a roda de histórias na realização do trabalho de letramento, é correto afirmar,
exceto:
 
a) Na escolha das histórias, procura-se garantir a maior variedade possível de autores.
 
b) Na escolha das histórias, procura-se garantir a maior variedade possível de estilos.
 
c) É importante que seja lido contos de fada, fábulas, contos modernos e poesia.
 
d) Foi realizada uma atividade de avaliação dos livros.
 
e) Todas as alternativas estão corretas.
 
Elaborado por Andreza Barroso
 
Gabarito 1. E 2. B  3. C 4. D 5. E 6. B 7. E 8. B 9. A 10. B 11. A 12. D 13. C 14. D 15. A 16.
E 17. C 18. A 19. E 20. D 21. D 22. B 23. B 24. E 25. B 26. C 27. E 28. B 29. C 30. B 31. A
32. D 33. A 34. C 35. B 36. C 37. C 38. E 39. A 40. B 41. D 42. C  43. B 44. A 45. A 46. D
47. A 48. B 49. E 50. C 51. A 52. B 53. A 54. B 55. D 56. D 57. B 58. B 59. D 60. B 61. A
62. D 63. E 64. D 65. D 66. E 67. C 68. A 69. E 70. A 71. A 72. B 73. C 74. C 75. D 76. B
77. B 78. E 79. C 80. A 81. B 82. C  83. E 84. B 85. E 86. B 87. E 88. A 89. B 90. A 91. C
92. E 93. E 94. C 95. D 96. E 97. D 98. E 99. B 100. A 101. E 102. D 103. D 104. C 105. D
106. D 107. A 108. B 109. C 110. A 111. D 112. A 113. C 114. A 115. E 116. B 117. C 118.
B 119. C 120. A 121. C 122. C 123. A 124. D 125. E 126. C 127. A 128. C 129. A 130. B
131. B 132. C 133. C 134. E 135. B 136. E 137. D 138. D 139. E 140. A 141. E 142. B 143.
C 144. C 145. B 146. A 147. B 148. C 149. B 150. A 151. C 152. D 153. A 154. B 155. B
156. C 157. B 158. D 159. C 160. E 161. A 162. D 163. C 164. E  165. E 166. C 167. E 168.
C 169. B 170. A 171. B 172. A 173. D 174. A 175. E 176. A 177. E 178. E 179. C 180. C
181. B 182. C 183. A 184. E 185. D 186. E 187. B 188. D 189. C 190. E 191. C 192. A 193.
E 194. C 195. D 196. E 197. C 198. A 199. C 200. A 201. E 202. C 203. D 204. A 205. D
206. C 207. D 208. A 209. D 210. D  211. C 212. E 213. B 214. D 215. C 216. A 217. C 218.
C 219. B 220. D 221. C 222. B 223. E 224. B 225. D 226. D 227. D 228. A 229. C 230. E
231. D 232. C 233. E 234. C 235. B 236. A 237. E 238. A 239. B 240. B 241. E 242. D 243.
A 244. C 245. D 246. A 247. A 248. D 249. B 250. C 251. B 252. E 253. A 254. D 255. E
256. E  257. C 258. B 259. A 260. E 261. E 262. D 263. A 264. B 265. B 266. D 267. A 268.
C 269. B 270. C 271. D 272. D 273. E 274. C 275. E 276. C 277. C 278. E 279. C 280. A
281. E 282. D 283. D 284. D 285. B 286. A 287. E 288. D 289. E 290. A 291. C 292. B 293.
B 294. A 295. C 296. C 297. E 298. D 299. C 300. A 301. C 302. A 303. C 304. D 305. C
306. C 307. A 308. A 309. B 310. B 311. E 312. D 313. E 314. D 315. C 316. E 317. A 318.
B 319. E 320. E 321. A 322. C 323. D 324. B 325. C 326. E 327. A 328. C 329. E 330. E
331. D 332. B 333. D 334. E 335. B 336. A 337. E 338. D 339. B 340. C 341. A 342. E 343.
A 344. B 345. D 346. C 347. D 348. B  349. C 350. B 351. E 352. B 353. C 354. B 355. E
356. B 357. A 358. C 359. A 360. A 361. D 362. B 363. A 364. D 365. D 366. A 367. E 368.
C 369. B 370. A 371. C 372. B 373. E 374. B 375. E 376. C 377. B 378. B 379. E 380. D
381. A 382. E 383. C 384. A 385. C 386. B 387. B 388. D 389. D 390. E 391. B 392. B 393.
D 394. E  395. B 396. A 397. B 398. E 399. D 400. B 401. D 402. C 403. C 404. B 405. E
406. C 407. A 408. E 409. A 410. D 411. E 412. C 413. A 414. E 415. B 416. C 417. C 418.
A 419. D 420. E 421. C 422. E 423. A 424. D 425. C 426. D 427. A 428. C 429. E 430. C
431. E 432. E 433. C 434. D 435. C 436. D 437. A 438. C 439. E 440. B 441. E 442. A 443.
E 444. D 445. C 446. E 447. C 448. B 449. A 450. E 451. B 452. C 453. E 454. E 455. B
456. E 457. C 458. D 459. B 460. E 461. C 462. E 463. C 464. A 465. D 466. B 467. D 468.
C 469. A 470. D 471. C 472. C 473. D 474. E 475. A 476. B 477. C 478. D 479. D 480. B
481. A 482. C 483. E 484. A 485. D 486. D  487. D 488. E 489. B 490. B 491. C 492. C 493.
A 494. E 495. E 496. E 497. A 498. D 499. E 500. E
 

 
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