Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Frank Herbert - Duna 01 PDF
Frank Herbert - Duna 01 PDF
CAPA
FOLHA DE ROST O
DUNA
LIVRO PRIMEIRO · DUNA
LIVRO SEGUNDO · MUAD’DIB
LIVRO T ERCEIRO · O PROFETA
APÊNDICES
APÊNDICE I
APÊNDICE II
APÊNDICE III
APÊNDICE IV
T ERMINOLOGIA DO IMPERIUM
NOTAS CART OGRÁFICAS
MAPA
CRÉDIT OS E COPYRIGHT
É NO INÍCIO QUE SE DEVE T OMAR, COM MÁXIMA
DELICADEZA, O CUIDADO DE DAR ÀS COISAS SUA
DEVIDA PROPORÇÃO. DISSO T ODA IRMÃ BENE
GESSERIT SABE. PORTANT O, PARA COMEÇAR A
EST UDAR A VIDA DE MUAD’DIB, T OME O CUIDADO DE
PRIMEIRO SIT UÁ-LO EM SUA ÉPOCA: NASCIDO NO
QUINQUAGÉSIMO SÉT IMO ANO DO IMPERADOR
PADIXÁ SHADDAM IV. E T OME O CUIDADO MAIS QUE
ESPECIAL DE COLOCAR MUAD’DIB EM SEU DEVIDO
LUGAR: O PLANETA ARRAKIS. NÃO SE DEIXE ENGANAR
PELO FAT O DE QUE ELE NASCEU EM CALADAN E ALI
VIVEU SEUS PRIMEIROS QUINZE ANOS. ARRAKIS, O
PLANETA CONHECIDO COMO DUNA, SERÁ SEMPRE O
LUGAR DELE.
O duque disse:
– Paul, vou fazer uma coisa abominável, mas
necessária. – Ele estava ao lado do farejador de venenos
portátil que haviam trazido para o café da manhã na sala
de conferências. Os apêndices sensores da coisa
pendiam inertes sobre a mesa, fazendo Paul se lembrar
de um inseto estranho e recém-morto.
A atenção do duque se voltava para fora, para o
campo de pouso e seu turbilhão de pó, com o céu da
manhã ao fundo.
Paul tinha diante dele um leitor carregado com um
filmeclipe curto sobre as práticas religiosas dos fremen.
O clipe tinha sido compilado por um dos especialistas de
Hawat, e Paul ficou transtornado com as referências a si
próprio.
“Mahdi!”
“Lisan al-Gaib!”
Se fechasse os olhos, era possível recordar os gritos
da multidão. Então é essa a esperança deles, pensou. E
lembrou-se do que a velha Reverenda Madre tinha dito:
Kwisatz Haderach. As lembranças feriram sua sensação
de propósito terrível, matizando aquele mundo estranho
com uma impressão de familiaridade que ele não
conseguia entender.
– Uma coisa abominável – o duque repetiu.
– Como assim, senhor?
Leto se virou, olhou para o filho de cima para baixo.
– É que os Harkonnen querem me levar a desconfiar
de sua mãe. Não sabem que seria mais fácil eu
desconfiar de mim mesmo.
– Não entendi, senhor.
Leto voltou a olhar para fora. O sol branco estava bem
alto em seu quadrante matutino. A luz leitosa realçava as
nuvens de poeira fervilhantes que transbordavam para os
desfiladeiros cegos entremeados na Muralha-Escudo.
Lentamente, falando com vagar para conter sua raiva,
o duque explicou a Paul o bilhete misterioso.
– O senhor poderia muito bem desconfiar de mim –
Paul disse.
– Eles precisam pensar que tiveram êxito – disse o
duque. – Precisam pensar que sou idiota a esse ponto.
Tem de parecer real. Nem sua mãe pode saber da farsa.
– Mas, senhor! Por quê?
– A reação de sua mãe não pode ser fingida. Ah, ela
sabe fingir muito bem... mas tanta coisa depende disso.
Espero desentocar um traidor. Precisa parecer que fui
completamente enganado. É preciso magoá-la dessa
maneira para que sua mágoa não seja maior mais tarde.
– Por que está me contando isso, pai? Eu poderia
deixar escapar alguma coisa.
– Não estarão vigiando você por conta disso – o
duque explicou. – Você irá guardar segredo. É preciso. –
Ele andou até as janelas e falou, sem se virar. – Dessa
maneira, se algo me acontecer, você poderá contar a
verdade a ela: que nunca duvidei dela, nem pelo mais
breve instante. Quero que ela saiba disso.
Paul reconheceu o pensamento fatalista nas palavras
do pai e disse rapidamente:
– Nada irá lhe acontecer, senhor. Os...
– Fique quieto, filho.
Paul olhou fixamente para as costas do pai, vendo o
cansaço na inclinação do pescoço, no alinhamento dos
ombros, nos movimentos vagarosos.
– O senhor está só cansado, pai.
– Eu estou cansado – o duque concordou. – Estou
cansado moralmente. A degeneração melancólica das
Casas Maiores talvez tenha finalmente me atingido. E
fomos tão fortes um dia.
Paul se enfureceu e disse:
– Nossa Casa não degenerou!
– Não?
O duque se virou, encarou o filho, revelando círculos
escuros sob os olhos severos e um sorriso cínico na
boca.
– Eu deveria me casar com sua mãe, fazê-la duquesa.
Mas... minha condição de solteiro dá a algumas Casas a
esperança de que possam se aliar a mim por meio de
suas filhas casadouras. – Ele deu de ombros. – Por isso,
eu...
– Minha mãe já me explicou isso.
– Nada angaria mais lealdade para um líder do que um
ar de bravura – disse o duque. – E, portanto, eu cultivo
um ar de bravura.
– O senhor é um bom líder – Paul protestou. –
Governa bem. Os homens o seguem de boa vontade e o
amam.
– Meu departamento de propaganda é um dos
melhores – o duque disse. Voltou-se mais uma vez para
fitar a bacia lá fora. – As possibilidades para nós, aqui
em Arrakis, são maiores do que o Imperium conseguiria
imaginar. Mas, às vezes, acho que teria sido melhor se
tivéssemos fugido, desertado. Às vezes, gostaria que
pudéssemos mergulhar novamente no anonimato das
massas, ficar menos expostos a...
– Pai!
– Sim, estou cansado – o duque disse. – Sabia que
estamos usando resíduos da especiaria como matéria-
prima e já temos nossa própria fábrica de filme?
– Como?
– Não podemos ficar sem filme – disse o duque. –
Senão, como poderíamos inundar as vilas e a cidade
com nossas informações? O povo precisa saber que
somos bons governantes. Como viria a saber se não o
informássemos?
– O senhor deveria dormir um pouco – Paul sugeriu.
O duque voltou a olhar para o filho.
– Arrakis tem uma outra vantagem que quase esqueci
de mencionar. A especiaria está em tudo. Nós a
respiramos e comemos em quase tudo. E descobri que
isso confere uma certa imunidade natural a alguns dos
venenos mais comuns do Manual dos Assassinos. E a
necessidade de vigiar cada gota de água submete toda a
produção de alimentos – a cultura de levedo, a
hidropônica, o chemavit, tudo – à mais rígida
fiscalização. Não podemos eliminar grandes segmentos
de nossa população com veneno, e tampouco podemos
ser atacados dessa maneira. Arrakis nos torna morais e
éticos.
Paul começou a falar, mas o duque o interrompeu,
dizendo:
– Preciso de alguém para quem contar essas coisas,
filho. – Ele suspirou, voltou a olhar para a paisagem
ressequida onde até mesmo as flores tinham
desaparecido naquele momento, pisoteadas pelos
colhedores de orvalho, secas sob o sol da manhã.
– Em Caladan, governávamos com a força do ar e do
mar – o duque disse. – Aqui, temos de descobrir a força
do deserto. Este é seu legado, Paul. O que será de você
se algo me acontecer? Não será uma Casa de desertores,
e sim uma Casa de guerrilheiros: em fuga, caçada.
Paul buscou as palavras em vão, não encontrou nada
para dizer. Nunca tinha visto o pai tão desanimado.
– Para manter Arrakis – o duque continuou –, nós nos
vemos confrontados por decisões que podem nos custar
nosso amor-próprio. – Ele apontou lá para fora, para o
estandarte verde e preto dos Atreides que pendia
flacidamente de um mastro no limite do campo de
pouso. – Aquele nobre estandarte poderia vir a
representar muita maldade.
Paul engoliu em seco. As palavras de seu pai estavam
prenhes de futilidade, uma ideia fatalista que deixou o
menino com a sensação de vazio no peito.
O duque tirou uma pastilha antifadiga de um dos
bolsos e a engoliu a seco.
– Poder e medo – disse. – Os instrumentos da arte de
governar. Tenho de mandar reforçar seu treinamento
como guerrilheiro. Naquele filmeclipe ali... Chamam
você de “Mahdi”, “Lisan al-Gaib”... Como último
recurso, você pode se aproveitar disso.
Paul fitou o pai e observou os ombros se endireitarem
com a ação da pastilha, mas lembrou-se das palavras de
medo e dúvida.
– O que está atrasando o tal ecólogo? – o duque
resmungou. – Mandei Thufir trazê-lo aqui logo cedo.
"MEU PAI, O IMPERADOR PADIXÁ, ME PEGOU PELA
MÃO UM DIA, E SENT I, USANDO OS MÉT ODOS
ENSINADOS POR MINHA MÃE, QUE ELE ESTAVA
T RANST ORNADO. ELE ME LEVOU AO SALÃO DOS
RET RAT OS, AT É A EGOCÓPIA DO DUQUE LET O
AT REIDES. NOT EI A FORT E SEMELHANÇA ENT RE ELES
— MEU PAI E AQUELE HOMEM NO RET RAT O — AMBOS
COM ROST OS MAGROS E ELEGANT ES, T RAÇOS BEM
MARCADOS E DOMINADOS POR OLHOS FRIOS. “ FILHA-
PRINCESA”, MEU PAI DISSE, “ COMO EU QUERIA QUE
VOCÊ FOSSE MAIS VELHA QUANDO CHEGOU A HORA
DEST E HOMEM ESCOLHER UMA MULHER”. MEU PAI
T INHA 71 ANOS NA ÉPOCA E NÃO PARECIA MAIS VELHO
QUE O HOMEM NO RET RAT O, E EU T INHA APENAS 14,
MAS LEMBRO-ME DE T ER DEDUZIDO, NAQUELE
INSTANT E, QUE MEU PAI, NO FUNDO, DESEJAVA QUE O
DUQUE T IVESSE SIDO SEU FILHO, E QUE NÃO VIA COM
BONS OLHOS AS NECESSIDADES POLÍT ICAS QUE
FIZERAM DELES INIMIGOS.
VIAGEM ESPACIAL!
SHADDAM IV (10.134-10.202)
O imperador padixá, o octogésimo primeiro de
sua estirpe (Casa Corrino) a ocupar o Trono
do Leão Dourado, reinou de 10.156 (ano em
que seu pai, Elrood IX, sucumbiu ao
chaumurky) até ser substituído pela Regência
de 10.196, entregue a sua filha mais velha,
Irulan. Seu reinado se destaca principalmente
pela Revolta de Arrakis, que muitos
historiadores atribuem à licenciosidade de
Shaddam IV com as festas da corte e a pompa
do cargo. O número de bursegs foi duplicado
nos primeiros dezesseis anos de seu reinado. A
verba para o treinamento dos Sardaukar foi
reduzida constantemente nos últimos trinta
anos antes da Revolta de Arrakis. Teve cinco
filhas (Irulan, Chalice, Wensicia, Josifa e Rugi)
e nenhum filho homem legítimo. Quatro de
suas filhas o acompanharam em sua
aposentadoria. Sua esposa, Anirul, uma Bene
Gesserit de Grau Secreto, morreu em 10.176.
LET O AT REIDES (10.140-10.191)
Primo por parte de mãe dos Corrino, ele
costuma ser chamado de o Duque Vermelho. A
Casa Atreides governou Caladan como seu
feudo-siridar durante vinte gerações, até ser
pressionada a se mudar para Arrakis. É
conhecido principalmente como o pai do duque
Paul Muad’Dib, o regente umma. Os restos
mortais do duque Leto ficam na “Tumba do
Crânio” em Arrakis. Sua morte é atribuída à
traição de um médico Suk, a mando do barão-
siridar Vladimir Harkonnen.
LADY JÉSSICA (Atreides hon.) (10.154-10.256)
Filha natural (menção das Bene Gesserit) do
barão-siridar Vladimir Harkonnen. Mãe do
duque Paul Muad’Dib. Formou-se na Escola B.
G. em Wallach IX.
LADY ALIA AT REIDES (10.191- )
Filha legítima do duque Leto Atreides e de sua
concubina formal, lady Jéssica. Lady Alia
nasceu em Arrakis, cerca de oito meses após a
morte do duque Leto. A exposição pré-natal a
um narcótico de espectro perceptivo
geralmente é a razão apresentada para que as
Bene Gesserit se refiram a ela como a
“Amaldiçoada”. Na história popular, é
conhecida como Santa Alia, ou Santa Alia da
Faca (cf. história detalhada em “Santa Alia:
caçadora de um bilhão de mundos”, de Pander
Oulson).
VLADIMIR HARKONNEN (10.110-10.193)
Comumente chamado de barão Harkonnen, seu
título oficial é barão-siridar (governador
planetário). Vladimir Harkonnen é o
descendente masculino em linha direta do
bashar Abulurd Harkonnen, banido por
covardia após a Batalha de Corrin. A volta da
Casa Harkonnen ao poder costuma ser
atribuída à manipulação sagaz do mercado de
pele de baleia e, posteriormente, à consolidação
com a abundância de mélange em Arrakis. O
barão-siridar morreu em Arrakis durante a
Revolta. O título passou brevemente ao na-
barão Feyd-Rautha Harkonnen.
CONDE HASIMIR FENRING (10.133-10.225)
Um primo por parte de mãe da Casa Corrino,
foi companheiro de infância de Shaddam IV. (A
História Pirata de Corrino, muitas vezes
desacreditada, traz o relato curioso de que
Fenring teria sido o responsável pelo
chaumurky que deu fim a Elrood IX.) Todas as
narrativas concordam que Fenring era o amigo
mais próximo de Shaddam IV. Entre as tarefas
imperiais realizadas pelo conde Fenring estava
a de Agente Imperial em Arrakis durante o
regime Harkonnen e, mais tarde, Siridar-
Absentia de Caladan. Juntou-se a Shaddam IV
quando este se recolheu a Salusa Secundus.
F
FAI: o tributo d’água, o principal tipo de imposto em Arrakis.
FARDO D'ÁGUA: no idioma fremen, uma dívida de gratidão
extrema.
FAREJADO R DE VENENO S: analisador de radiações dentro
do espectro olfativo, ajustado para detectar substâncias
venenosas.
FAUFRELUCHES: a rígida lei de distinção de classes imposta
pelo Imperium. “ Um lugar para todo homem, e todo homem
em seu lugar.”
FECHADURA PALMAR: qualquer fechadura ou lacre que se
pode abrir ao contato da palma da mão humana com a qual foi
fechada.
FEDAYKIN: os comandos suicidas dos fremen; historicamente,
um grupo formado com a intenção de – e comprometido a – dar
a vida para reparar uma injustiça.
FIBRA DE KRIMSKELL ou CO RDA DE KRIMSKELL: a
“ fibra tenaz”, tecida com filamentos da trepadeira hufuf de
Ecaz. Quando as pontas da laçada são puxadas, os nós de krims-
kell apertam como tenazes, cada vez mais, até atingir os limites
preestabelecidos (um estudo mais pormenorizado encontra-se
em As trepadeiras estranguladoras de Ecaz, de Holjance
Vohnbrook).
FILME MINIMICRO : shigafio com um mícron de diâmetro,
geralmente usado para transmitir dados de espionagem e
contraespionagem.
FILTRO BS: uma unidade filtradora nasal usada em conjunto
com um trajestilador para capturar a umidade exalada na
respiração.
FIQ H: conhecimento, lei religiosa; uma das origens quase
lendárias da religião dos Peregrinos Zen-sunitas.
FO RAFREYN: palavra galach para “ imediatamente de fora”,
ou seja, que não faz parte de sua comunidade imediata, que não é
um dos escolhidos.
FRAGATA: a maior espaçonave capaz de pousar num planeta e
dali decolar intacta.
FREMEN: as tribos livres de Arrakis, habitantes do deserto,
remanescentes dos Peregrinos Zen-sunitas (“ piratas da areia”,
de acordo com o Dicionário Imperial).
FREMKIT: kit de sobrevivência no deserto de fabricação
fremen.
J
JIHAD: uma cruzada religiosa; cruzada fanática.
JIHAD BUTLERIANO : (veja-se também Grande Rebelião) a
cruzada contra os computadores, máquinas pensantes e robôs
conscientes, iniciada em 201 a. G. e concluída em 108 a. G. Seu
principal mandamento continua na Bíblia C. O.: “ Não criarás
uma máquina para imitar a mente humana”.
JUIZ DA TRANSIÇÃO : um funcionário designado pelo Alto
Conselho do Landsraad e pelo Imperador para supervisionar
uma mudança de suserania, uma negociação da kanly ou uma
batalha formal numa Guerra de Assassinos. A autoridade de
árbitro do juiz só pode ser contestada diante do Alto Conselho
com o imperador presente.
LA, LA, LA: grito de pesar dos fremen (“ la” pode ser traduzido
como a negação suprema, um “ não” que não permite recurso).
LAGARTA DE AREIA: termo genérico para as máquinas
projetadas para operar na superfície de Arrakis, caçando e
coletando o mélange.
LEGIÃO IMPERIAL: dez brigadas (cerca de trinta mil
homens).
LENÇO NEZHO NI: o lenço almofadado usado na testa, sob o
gorro do trajestilador, pelas mulheres fremen casadas, ou
“ associadas”, após o nascimento de um filho homem.
LENTES DE Ó LEO : óleo de hufuf mantido em tensão estática
por um campo de força envolvente, dentro de um tubo de
observação, como parte de um sistema de ampliação ou
manipulação da luz. Como podem ser ajustadas individualmente
um mícron por vez, as lentes de óleo são consideradas as mais
precisas para a manipulação da luz visível.
LIBAN: o liban dos fremen é uma infusão de água de especiaria
e farinha de iúca. Originariamente, uma bebida feita de leite
azedo.
LÍNGUA DE BATALHA: qualquer idioma especial de
etimologia restrita, desenvolvido para a comunicação
inequívoca na guerra.
LISAN AL-GAIB: “ A Voz do Mundo Exterior”. Nas lendas
messiânicas dos fremen, um profeta de outro planeta. T raduzido
às vezes como “ Doador da Água” (veja-se Mahdi).
LITRO FÃO : recipiente de um litro para o transporte de água
em Arrakis; feito de plástico de alta densidade e inquebrável,
dotado de lacre hermético.
LIVRE-CAMBISTAS: expressão idiomática para
contrabandistas.
LIXEIRAS: termo genérico para qualquer contêiner de formato
irregular, equipado com superfícies de ablação e amortecedores
baseados em suspensores. São usadas para despejar materiais na
superfície de um planeta desde o espaço.
LUCIGLO BO : dispositivo de iluminação sustentado por
suspensores que tem fornecimento de energia próprio
(geralmente baterias orgânicas).
O
O RNITÓ PTERO (comumente, tóptero): qualquer aeronave
capaz de voo sustentado por meio do bater de asas, como fazem
as aves.