Felipe “PEP”

Créditos

Texto: Felipe “PEP” Diagramação: Thiago Edwardo

Direção de Arte: Diego Madia Capa e Conta-capa: Diego Madia
Revisão: Welton Rocha Ilustrações: Diego Madia
Edição: Thiago Edwardo Design Gráfico: Diego Madia

Equipe de Playtest: Luiz Felipe Feliciano, Marco Antonio Rodrigues, Jefer-

son da Costa Barrozo, Denis Batista Campos Valadão, Bruno Sercundo,
João M. Filho, Felipe Gomes Rosa da Silva, Fabio Dias, Yuri Lira, Guilherme
R. Gomes, Tiago Pacheco, Alex Luiz, Lucas, Aislan Adi Gonçalves de
Borba, Lucas Mota, Igor Vinicius Sartorato, Welton Rocha.

Agradecimentos
Agradecimentos deveriam ser direcionados a muitas pessoas que direta ou indiretamente
me ajudaram a escrever esta aventura, mas deixo registrado nominalmente apenas um agra-
decimento especial aos meus pais pelo incentivo; à minha amada namorada pela paciência;
ao Felipe Gomes pela “consultoria alquímica”; ao Danielfo pelas “estátuas de ouro”; à
UNZA pela oportunidade; à RED BOX pelo Old dragon; ao Lovecraft pelos Mythos; a o
Gary Gygax e ao Dave Arneson por terem criado este jogo maravilhoso que é o RPG e a
Deus pela vida.

Primeira Edição - Fevereiro de 2013

 Índice
Entenda o Caos........................................................................5
Índice

Introdução...............................................................................6
História....................................................................................9
Belmont..................................................................................14
Cena: Recepção Calorosa.......................................................23
Cena: Pesadelos Sombrios......................................................25
Cena: Floresta Radiante..........................................................27
Cena: A Casa no Lago............................................................29
Cena: A Vila de Pescadores.....................................................32
Cena: O Sumiço dos Nobres...................................................37
Incursão à Montanha..............................................................39
Santuário da Ganância............................................................44
Conclusão..............................................................................62
Apêndice I: Gnomos Cinzentos...............................................63
Apêndice II: Monge Branco....................................................65
Apêndice III: Novos Monstros................................................66
Apêndice IV: Personagens Importantes...................................73
Apêndice V: Novas Magias......................................................75
Apêndice VI: Equipamentos....................................................77
Apêndice VII: Alquimia............................................................80
Apêndice VIII: Tabelas Úteis....................................................82
Apêndice IX: Mapas................................................................87

4
 Entenda o Caos

C
aos em Belmont é uma aventura re-
comendada para personagens a partir
do décimo nível, dividida entre uma
parte com foco investigativo e outra
envolvendo a exploração do interior de
uma montanha. Enquanto a primeira parte po-
deria ser resolvida por um grupo de nível mais
baixo, a exploração pode trazer problemas sérios
até mesmo para grupos de níveis mais altos, pois
seus desafios não estão limitados a monstros er-
rantes, mas também armadilhas, forças ocultas
e na loucura que pode acometer os personagens
por conta de um mal ancestral que dorme sob a
montanha. Um grupo apressado pode ter êxito,
ou falhar, na busca em poucas sessões, enquan-
to um grupo mais meticuloso pode gastar mais
tempo na investigação. Pistas e informações úteis
foram espalhadas por todas as áreas do cenário,
para evitar que a investigação não avance por
muito tempo.
A aventura é apresentada de forma a deixar o
mestre familiarizado com todo o cenário pro-
posto, pois detalhamos a cidade, seus arredores,
NPCS mais importantes e principalmente a his-
tória da região, que consequentemente revela a
verdade sobre os mistérios existentes.
Os eventos são apresentados como cenas e com
exceção das duas primeiras, não precisam respei-
tar uma ordem específica, podendo acontecer a
qualquer momento. A exploração da montanha
Entenda o Caos
não é feita através de um tradicional mapa com
áreas numeradas e suas respectivas descrições,
mas fizemos um mapa mais subjetivo, de forma
que a aventura possa ser jogada varias vezes e
ainda assim proporcionar uma experiencia dife-
rente com inimigos, perigos, tesouros e eventos
distintos. Além disso, a montanha possui dois
pontos de entrada, que também podem mudar
totalmente a experiência do grupo.
Novas regras são sugeridas, e em vários momen-
tos tabelas de eventos aleatórios, mas cabe ao
mestre usá-las com bom senso, pois elas não pre-
cisam ser usadas a todo momento. Isso poderia
sobrecarregar o grupo e provocar um fim preco-
ce a aventura, além de do risco de tornar o jogo
um pouco enfadonho para alguns dos jogadores.
Há muito conteúdo novo (monstros, magias,
itens, raça, especialização, regras e NPCS) lista-
do nos apêndices ao final do livro. Há também
uma compilação de todos os mapas e tabelas
que foram apresentadas no livro, informações
importantes e que podem ser úteis para mestres
que venham a usar a região de Belmont (ou seus
protagonistas) em outras aventuras.
Há um cartão ao final da aventura que deve ser
usado pelo mestre para acompanhar o andamen-
to da aventura, o que os personagens sabem, e
contar o tempo (quando isso for relevante), use-o,
tenha domínio sobre o cenário e os acontecimen-
tos, e o jogo será muito mais divertido para todos.

Teste de CEC

O teste de conhecimento específico de classe (CEC) é uma regra alternativa recomendada

em várias situações desta aventura. A ideia é realizar um teste que leva em conta o nível do
personagem e um de seus atributos para determinar se sua experiência na classe lhe permite
obter alguma informação que nenhuma outra classe poderia obter facilmente. O teste é uma
rolagem percentual (d100) onde a chance de sucesso é igual ao atributo em questão mais
cinco vezes o nível do personagem (até o limite de 75% no nível 15 somente).
Daqui pra frente, sempre que ler “CEC” no texto, entenda que estamos sugerindo o uso
desta regra. Colocaremos entre parênteses o atributo relevante para o teste. Sinta-se livre
para substituir este teste pelo método que achar mais apropriado.

Esta regra alternativa é apresentada na íntegra e com exemplos em um artigo encontrado

no site: http://redboxeditora.com.br/wiki/

5
 Introdução

Introdução
N
o passado, Belmont era apenas um
forte usado na defesa do reino con-
tra goblinóides, mas foi o cavaleiro
Sir James London que, em nome
do rei, expulsou os goblinóides definitiva-
mente e em poucos anos ergueu uma cidade
e colonizou a região em torno do forte.

O cavaleiro firmou laços di-

plomáticos com os gnomos
cinzentos da montanha e pa-
vimentou uma estrada que
firmou uma rota comercial
até a capital do reino. Isso
tudo lhe rendeu riquezas,
terras e o fim de sua car-
reira como cavaleiro. O
rei o condecorou com
o título de Lorde Lon-
don de Belmont.

Início do caos
em Belmont
A nova estrada
tornava a cidade
um porto seguro
para os caixeiros
viajantes que iam e
vinham da capital.
Por isso a eco-
nomia local se
concentrou no
comercio de merca-
dorias e abastecimento
de caravanas, mas um evento
misterioso marcou o inicio de uma
onda de caos e crise em Belmont. por as mãos no tesouro dos gnomos. Por
conta disso o Templo dos Filhos da Monta-
Há onze anos a cidade se apavorou com o su- nha passou a ser chamado de Santuário da
miço repentino dos gnomos cinzentos e com Ganância e este surto de forasteiros na cida-
relatos de monstros no topo da montanha. de proporcionou o surgimento de algumas
Mensageiros foram enviados atrás dos gno- hospedarias e tavernas, além de alimentar a
mos, mas nunca voltaram. Gradativamente economia local por algum tempo.
os boatos sobre estas coisas esvaziaram os
mercados e cofres da cidade, lançando inse- Entretanto, a crise se instalou de vez quando
gurança sobre todos em Belmont. os aventureiros começaram a não retornar do
Santuário da Ganância e até soldados locais
O Santuário da Ganância desertavam de seus juramentos por conta de
Apesar de afastar muita gente, os boatos aca- vários relatos de aparições fantasmagóricas
baram atraindo aventureiros que desejavam nos arredores da cidade.

7
 O último Filho da Montanha
Quatro anos atrás, um gnomo chegou à
Belmont muito ferido e se dizendo ser o úl-
timo Filho da Montanha. Ele foi acolhido
Introdução
pelo Lorde London e suas feridas tratadas
pelos Monges Brancos, mas mesmo assim
continuava com o semblante caído. Trazia
notícias muito ruins: Os gnomos haviam
sido dizimados por fantasmas e agora ha-
via uma maldição sobre a montanha. Ele
mesmo só escapou do massacre por estar
em uma caravana na capital, mas ao tentar
retornar para casa foi atacado pelos fantas-
mas e teria morrido se não fosse salvo pe-
los soldados que o acharam cambaleando
pela Floresta Radiante.
A grande mentira
Mentiroso e ganancioso, Guinter Tricks-
ter, era na verdade um ilusionista exilado
da montanha por tentar roubar uma relí-
quia sagrada. Ele conseguiu enganar a to-
dos e após dois anos se estabeleceu como
joalheiro e escultor na cidade. Com sua
habilidade ímpar conquistou certo renome
ao ter sua arte adornando a casa de no-
bres na capital. Com isso obteve o respeito
do povo, conseguiu tornar-se membro do
conselho da cidade e o mais importante:
levantou fundos para seu plano sórdido.
O plano mesquinho
Desde o inicio o plano do gnomo Trickster
era valer-se de magia para forjar aparições
fantasmagóricas e afastar qualquer um que
pudesse atrapalha-lo. Algum tempo depois
seria fundamental se infiltrar na cidade,
ganhar a confiança de todos e arrumar
algum dinheiro, pois precisaria montar
uma quadrilha de ladrões experientes para
auxiliá-lo no roubo da Gema do Caos, a
relíquia dos gnomos que sempre almejou
possuir.
O futuro de Belmont
Recentemente o lorde organizou um gru-
po de patrulha nos arredores da cidade; er-
gueu uma muralha de madeira e reforçou
a vigilância, mas isso esta ficando muito
caro e os problemas com os soldados de-
sertores pioram cada vez mais. Aqueles
que podem, abandonam a cidade e o senti-
mento geral é de desamparo e insegurança.
Existe uma recompensa de 500 PO para
quem solucionar o problema, mas pouco
se espera de um grupo de mercenários con-
tra uma maldição poderosa e fantasmas do
além.
8
Inserindo os Personagens
Os personagens dos jogadores podem se
envolver no mistério que assombra Bel-
mont de várias formas diferentes. Talvez
nem todas estas formas deixem clara a
presença de uma recompensa, mas você
pode trabalhar isso facilmente. Sem falar
dos tesouros que a aventura trará por si só.
Inicialmente o grupo de aventureiros será
introduzido em um caso simples sobre
fantasmas que tomará proporções maiores
conforme o andar das investigações. Se-
gue abaixo uma relação de sugestões para
introduzir os personagens no contexto da
aventura com facilidade e coerência.
Caça ao tesouro: O Santuário da Ganân-
cia é conhecido por guardar o suposto
tesouro dos gnomos cinzentos e por isso
muitos aventureiros se arriscam a invadir a
montanha. Os jogadores podem se enqua-
drar facilmente nesse perfil de mercenários
em busca de glória e ouro.
Caça aos Mythos: O poder de Yug-Lanoth
alcançou os astrólogos de terras distantes,
por que não atrairia personagens dos joga-
dores interessados em assuntos sobrenatu-
rais e ocultos? Um clérigo cultista poderia
muito bem estar atrás de conhecimentos e
acabar trazendo seu grupo de aventureiros
para o templo da ganancia ou um paladi-
no poderia sentir um distúrbio maligno es-
tranho e talvez o clérigo seja enviado para
atender a um pedido de socorro dos Mon-
ges Brancos.
Prata da casa: Um ou vários dos persona-
gens podem ter crescido na cidade de Bel-
mont e ter família, parentes ou amigos lá
e depois de algumas aventuras o retorno
para um descanso revelará que sua cidade
vem sendo atormentada por misteriosos
fantasmas.
Acaso: Os personagens podem estar de
passagem pela região e ouvirem da recom-
pensa de 500 PO oferecidas pelo Lorde e
os comerciantes da cidade. Entretanto, o
ideal é que os personagens cheguem à ci-
dade sem saber de nada e com o passar do
tempo sejam recrutados pelo Lorde local.
Isso deve fomentar a investigação em bus-
ca de pistas, boatos e rumores que possam
orientá-los durante as buscas.
 A História
S
éculos atrás, três gnomos astrólo-
gos de terras distantes, chegaram
à região que viria a ser chamada
de Belmont. Vieram guiados por
sonhos bizarros com criaturas de outras
dimensões; uma misteriosa cidade oní-
rica chamada K’nuu e distorcidas torres
ciclópicas ora reluzentes como o ouro,
ora sombrias como as profundas trevas
do espaço.
O inimaginável
Após uma longa viagem, eles chegaram até
uma montanha e descobriram algo assusta-
dor: Uma criatura inimaginável, mais antiga
que os dragões anciões, de poder incomen-
surável e presença perturbadora, hibernava
sob a montanha há milhares de anos. Sua
presença era tão opressora que apenas com
seus sonhos podia distorcer a malha fina da
realidade, estilhaçando a sanidade de qual-
quer mortal em seu caminho.
O culto a Yugg-Lanoth
O contato com esta criatura destruiu a sani-
dade e esperança dos gnomos, fazendo-os
sucumbir diante do caos, dando inicio a um
processo de temor e submissão. Os gnomos
abandonaram suas vidas para servir e cultu-
ar a indiferente criatura e após um século de
trabalho, uma pequena cidadela-santuário
fora construída bem acima do local onde
criam ser o leito de seu novo e temível deus
todo-poderoso: Yugg-Lanoth, o Senhor da
Montanha.
A Gema do Aprisionamento
Felizmente os três gnomos não conseguiram
difundir o culto entre os goblinóides da
região, pois foram detidos por um pequeno
História
exército de gnomos que os perseguia há
tempos. Assim, a cidadela-santuário acabou
sendo destruída e os acessos ao covil da cria-
tura selados com o poder de uma Gema do
Aprisionamento, uma das antigas relíquias
sagradas dos gnomos.
A Gema do Caos
Embora o culto tenha perecido, o poder
da relíquia se mostrou incapaz de conter
totalmente a influência da criatura. Grada-
tivamente o subconsciente do adormecido
Yugg-Lanoth acabou obliterando e subver-
tendo a natureza da relíquia, gerando um
novo artefato de poder assombroso que viria
a ser chamada pelos gnomos de a Gema do
Caos.
Quando os sacerdotes gnomos notaram o
engodo, a Gema do Caos já havia drenado
várias almas e distorcido a realidade dentro
da montanha através de fenômenos paranor-
mais misteriosos e enlouquecedores, frutos
da influência dos sonhos mais superficiais de
Yugg-Lanoth sobre a relíquia.
O Templo dos Filhos da Montanha
Como os guardiões nunca descobriram uma
forma de anular os efeitos desta maldição
tentaram uma medida drástica: Usaram
quatro Gemas do Aprisionamento para se-
lar a montanha inteira! Com o tempo con-
struíram uma cidade guardiã sobre a an-
tiga cidadela-santuário e depois ergueram o
Templo dos Filhos da Montanha no topo da
mesma, para rogarem aos deuses ordeiros
que anulassem a influência de Yugg-Lanoth
e o selassem eternamente em algum limbo
dimensional.
9
A colonização humana
As orações foram atendidas. O sumo-
-sacerdote dos gnomos teve acesso a um
ritual antigo de aprisionamento e assim a
presença de Yugg-Lanoth se manteve iner-
te. Cinco séculos se passaram sem maio-
res problemas e a única ameaça para os
gnomos era a presença de goblinóides na
região, mas com o avanço dos reinos hu-
manos todos eles foram expulsos para as
florestas e montanhas ao norte. Surgia as-
sim, uma amizade entre os humanos e os
gnomos da montanha e isso foi bom para
ambos os lados.
Depois de alguns anos, a região foi coloni-
zada pelos humanos, a cidade de Belmont
e a vila de pescadores foram erguidas e os
gnomos puderam desfrutar de relativa paz,
mas com o tempo, isso ocasionou um rela-
xamento no dever de proteger a Montanha
de perigos externos, displicência esta que
viria a ser o maior erro cometido pelos
gnomos guardiões.
Ataque aos pescadores
Em meio a tempos de paz, o selo foi
perdendo a força diante da vontade de
Yugg-Lanoth e aos poucos ele manifesta-
va sua influência sobre o mundo novamen-
te. Os pescadores que moravam na região
foram as vítimas desta vez e o seu guia
espiritual foi o primeiro a sofrer com pe-
sadelos bizarros e revelações apavorantes
tão intensas que ele preferiu viver como
mendigo em Belmont a permanecer na vila
e enlouquecer completamente.
O Shoggoth
Yugg-Lanoth sonhou novamente e assim
conjurou dentro da vila, um nojento, as-
queroso, amorfo e pustulento ser caótico
conhecido pelos cultistas como: Shoggoth
(OD Pág. 145). Esta criatura hedionda
assumiu a aparência do líder da vila após
matá-lo, e através de promessas de segu-
rança e prosperidade eterna em K’nuu,
convenceu parte da vila a participar de um
culto secreto, e aqueles que se recusaram
ou tentaram fugir, encontraram violentas
mortes rapidamente. Isso gerou a motiva-
História
ção necessária para os demais indecisos
aderirem ao culto.
A Górgona Olho de Ágata
Pouco tempo depois, seguidos rituais de
magia envolvendo glossolalia intensa, a
prática de sexo cerimonial com o asque-
roso Shoggoth e vários ritos de sangue,
a esposa do ex-líder da vila acabou se
transformando em uma besta que viria a
ser chamada de Górgona Olho de Ágata,
uma criatura horrenda capaz de transfor-
mar seres vivos em ouro com um olhar e
criar vários tipos de gárgulas com a ener-
gia onírica oriunda dos sonhos sombrios
de Yugg-Lanoth.
O Massacre
Atraída pela Gema do Caos e movida pelo
desejo de viver em K’nuu com Yugg-Lanoth,
a Górgona aproveitou a guarda baixa dos
gnomos e em um ataque massivo dizimou-
-os com suas gárgulas. Muitas almas fo-
ram absorvidas pela Gema do Caos de
Yugg-Lanoth e assim, gradativamente se
aproxima o dia em que a criatura triunfará
sobre a realidade! Os pescadores continu-
am sacrificando secretamente; as gárgulas
continuam a matança indiscriminada nos
arredores da montanha e a Górgona olho
de Ágata protege a Gema do Caos como
uma cria indefesa.
O Chamado de Yugg-Lanoth
Será que ninguém conseguirá impedir o
caos de se espalhar sobre o mundo? Será
o fim do mundo como conhecemos? Al-
guém conseguirá reproduzir o ritual de
selamento usado pelo sumo-sacerdote dos
gnomos? O fim parece próximo e parece
inevitável!
11
 História

12
 Linha do tempo de eventos relevantes
650 anos atrás: Os gnomos astrólogos chegam até a montanha após serem guiados por

História
sonhos bizarros;
552 anos atrás: Os três gnomos terminaram a construção da cidade subterrânea sobre o
suposto leito de Yugg-Lanoth e criam o culto;
549 anos atrás: Um pequeno exército de gnomos exterminou o culto e selou o acesso ao
covil da besta com a Gema do Aprisionamento.
548 anos atrás: A Gema do Aprisionamento não conteve a presença de Yugg-Lanoth e se
tornou num artefato maldito de danação para os gnomos;
547 anos atrás: Os gnomos guardiões terminam de construir o Templo Sagrado dos
Filhos da Montanha, com o objetivo de sacrificar aos deuses e suplicar para que ajudem
a manter Yugg-Lanoth em estado de torpor;
47 anos atrás: Colonizadores humanos expulsam os goblinóides locais para o norte. Sir
London e irmão Jordanius lideraram a colonização em nome do Rei dos homens;
46 anos atrás: O forte Belmont volta a ser utilizado como bastião de defesa do reino;
45 anos atrás: Os primeiros contatos com os gnomos são travados e um estreito laço de
amizade surge entre humanos e gnomos;
40 anos atrás: A pedra fundamental da cidade de Belmont é oficialmente lançada e a
cidade nasce como um marco da vitória da civilidade sobre a barbárie goblinóide;
32 anos atrás: A vila de pescadores às margens da Lagoa de Prata é fundada;
30 anos atrás: Uma estrada é pavimentada e liga Belmont à capital do reino e a cidade
prospera como parada para caravanas e mercadores de uma nova rota comercial;
28 anos atrás: O rei concede o titulo de Lorde de Belmont ao Sir James London;
13 anos atrás: Pesadelos sombrios começam a atacar algumas pessoas na vila dos
pescadores. É o inicio do retorno de Yugg-Lanoth. O guia espiritual da vila é a primeira
vítima. Um Shoggoth assume o lugar do líder e inicia um culto secreto na vila.
12 anos atrás: A esposa do líder acabou sendo transformada na bizarra Górgona Olho de
Ágata após incontáveis rituais ocultos;
11 anos atrás: A Górgona criou gárgulas com o poder de Yugg-Lanoth e dizimou os
gnomos da montanha. Caos e terror se instalaram em Belmont após o desaparecimento
de seus mensageiros que buscavam contato com os gnomos;
10 anos atrás: A recepção de aventureiros vira uma fonte de lucro da cidade de Belmont.
A antiga montanha passa a ser chamada de Santuário da Ganância;
7 anos atrás: Fantasmas começam a assombrar os arredores de Belmont, encerram o
ciclo de incursões de aventureiros e causam um surto de deserções de soldados;
4 anos atrás: Trickster chega a Belmont se dizendo único sobrevivente de uma mal-
dição que envolvia fantasmas e assombrações e se instala como refugiado;
2 anos atrás: Trickster se consolida como comerciante e membro do conselho da cidade,
tendo influencia e recursos para montar sua quadrilha de ladrões;
Atualmente: As investidas da quadrilha de Trickster têm sido impedidas pela Górgona e seus
servos, enquanto o Lorde de Belmont busca solucionar o problema da região de alguma
forma, até mesmo oferecendo recompensas para aventureiros corajosos.

13
 Belmont
Belmont

A
presentaremos agora um detalha-
mento das localidades da cida-
de com maior relevância para a
aventura. Os locais foram agru-
pados em categorias numeradas
e dentro delas usamos letras como iden-
tificadores para ajudar a compreender o
mapa local. É bom que você administre
o tempo usado pelos personagens na ci-
dade e o dinheiro gasto em refeições, su-
primentos e estadias. No apêndice VIII
há uma lista com os preços de produtos e
serviços em Belmont.
1-Tavernas e estalagens
Em Belmont existiram três tavernas e
duas estalagens, mas apenas três destes
estabelecimentos ainda funcionam e por
isso são detalhados aqui. Sempre que um
personagem permanecer por mais de dez
minutos em uma taverna, ou gastar mais
de 2PO em uma localidade deste tipo po-
derá tomar conhecimento dos seguintes
rumores:
• “O Lorde está oferecendo 500PO
pelo extermínio dos fantasmas.”
• “As guaritas da muralha vivem va-
zias! Os Soldados tem medo dos fan-
tasmas que assombram a região du-
rante as noites.”
• “Os pescadores são um povo estra-
nho e ultimamente nem peixe eles
tem trazido para vender.”
• “Floresta Radiante? Todos a temem
por suas enganações!”
• “Um aventureiro voltou do Santuário
da Ganância há sete anos, mas nunca
saiu da enfermaria.”

Conforme os jogadores investigam a cidade você deve inserir alguns boatos e rumores
para agitar um pouco as coisas. Isso tornará o cenário e os NPC’s um pouco mais consis-
tentes e trará boas oportunidades de interpretação. Em cada tipo de localidade da cidade
é possível descobrir algumas pistas e ouvir certos boatos.

Algumas simples condições serão sugeridas para engatilhar a descoberta das informações,
mas você tem total controle sobre as informações que deseja dar aos jogadores. Mesmo
que uma determinada localidade não seja visitada ou alguma condição não seja atendida,
é perfeitamente normal que você insira as informações no jogo.

O intuito de criar boatos e rumores específicos para uma localidade e adicionar condições
para revela-los é somente um: Incentivar a investigação por toda a cidade. Também é
possível que alguma especialização ajude na hora de obter informações. Um bardo facil-
mente poderia realizar um teste de CEC (Car) ou outro tipo de teste para tentar descobrir
coisas pela cidade.

Como a vida na cidade é lenta e arrastada, os locais um pouco distantes e os moradores

não gostam muito de responder perguntas ou perder tempo com aventureiros, seria bom
assumir que o grupo demore obtendo suas informações. A contagem do tempo será algo
fundamental após a cena do sequestro. Talvez cada personagem consiga investigar duas
localidades por dia, talvez três se já conhecer a cidade ou for acostumado com a vida ur-
bana. De qualquer forma, use o bom senso para definir o ritmo da exploração da cidade
e lembre que alguns npcs e localidades estão acessíveis apenas durante uma parte do dia.

14
 1A- Hospedaria Garça Feliz: Uma
grande estalagem com três andares e um
estábulo para dez cavalos (5PC). Cons-
truída em alvenaria rústica, possui um
Belmont
pequeno bar e um salão que comporta
até 40 pessoas sentadas em suas 10 me-
sas de madeira. Neste mesmo ambiente
fica a recepção onde se alugam ótimos
quartos (4PP) com o café da manhã in-
cluso. Os quartos são preparados para
receber aventureiros e por isso os hós-
pedes podem fazer uso de bandagens,
unguentos e talas que proporcionam a
recuperação extra de 1d4 pontos de vida
por noite de descanso.
A família Brucol administra o negócio
e fez desta taverna o maior e melhor
ponto de encontro entre aventureiros,
artistas e comerciantes. A comida da
cozinha é variada e sua especialidade
é o cozido de truta da Lagoa de Prata
(4PP). Madame Gennih Brucol (Hu-
mana, ordeira, 35 anos) é a carismática
dona do local e se lamenta por não ver
mais seu estabelecimento lotado como
antigamente.
Dificilmente alguém da cidade aceitará
uma oferta de trabalho se tiver que in-
vestigar os mistérios de Belmont, mas
forasteiros podem aceitar. Se você dese-
jar inserir algum NPC aventureiro para
oferecer uma opção de ajudar o grupo,
este é o melhor local.
1B- Bar dos Perdidos: Um casarão de
madeira de dois andares muito velho. O
ambiente é pouco iluminado e carteiras
podem ser batidas a qualquer momento.
O primeiro andar é o local onde acon-
tecem atividades como jogos de dado,
carteado e queda-de-braço. O segundo
andar é reservado para as atividades
menos admiráveis: mulheres se prosti-
tuem por 1PO, e gargalhadas salientes
16
se misturam a gemidos abafados, emi-
tidos por pessoas sob efeito do chá dos
sonhos (10PO).
O dono do local é um homem gordo e
nojento chamado Abel “O Sujo” (Hu-
mano, neutro, 42 anos). Ele vive na ci-
dade apenas porque seu gasto é mínimo
e os comerciantes locais não estão dis-
postos a atender a demanda por certos
serviços requisitados por aventureiros e
forasteiros que visitam a cidade.
Três leões-de-chácara guardam a ordem
do local, mas não impedem nada que
não seja violência, por isso é comum
pessoas serem enganadas e furtadas sem
qualquer proteção. Outros pilantras tra-
balham nas mesas de jogos e prostitu-
tas se revezam no atendimento. Se você
desejar inserir algum NPC ladrão para
oferecer ajuda ou serviços ao grupo,
este é o melhor local.
Diversão no Bar dos Perdidos
Dados: Jogadores apostam e rolam
2d6. Quem tirar o maior número vence.
Ladrões podem rolar 3d6 e tirar o menor
caso passem num teste de CEC (des).
Queda-de-braço: Os competidores apos-
tam e realizam um “melhor de três” em
teste resistido de força para determinar o
vencedor. Personagens bêbados possuem
-2 no teste.
Carteado: Os competidores apostam e tes-
tam sabedoria para não serem enganados;
carisma para não transparecerem suas
reais intensões e depois inteligência para
traçarem suas estratégias. Quem obtiver
mais sucessos vence a disputa e ganha o
triplo do que apostou. Em caso de empate
outra rodada de testes é realizada.
1C- Cervejaria Dourada: Uma pequena
taverna sem quartos para alugar ou um
grande salão, mas que ficou famosa por
conta da maravilhosa cerveja vendida.
O local é todo construído em rocha fir-

Belmont
me e bem acabado (obra de gnomos cin-
zentos). Os bons apreciadores de bebidas
irão adorar tomar uma caneca da cerveja
dourada do mestre Dormûr Barba-Cres-
pa (Anão, neutro, 266 anos),
um falastrão e arrogante
anão careca. O valor é
alto (3PP), mas o sabor
inigualável, sem falar
que o local é acon-
chegante, sendo um
bom ponto para en-
contros discretos ou
até mesmo român-
ticos. A cozinha é
limitada a
queijos, so-
pas e pães,
ó t i m o s
acompa-
nhamen-
tos para a
cerveja e o
vinho.
• “Os fantasmas ficaram mais co-
muns há uns cinco anos. Antes ape-
2- Bazares e comércios em geral nas ouviam-se os urros noturnos no
topo da montanha.”
Existe um armazém de suprimentos, dois • “A Floresta Radiante é traiçoeira e
bazares (venda de qualquer item comum), até um ranger se perde por lá”
um ferreiro, uma loja de artigos de luxo
e outra de alquimia. Estes estabelecimen- Sofia é uma lady de 17 anos, dona de lin-
tos são regulamentados por Lady Sofia dos cabelos negros como a noite e olhos
(Humana, ordeira, 17 anos), a filha mais azuis como o céu. Amada pela cidade e
bela de Lorde London. Personagens que desejada por todos os olhos que a vêm,
gastarem mais do que 5PO em algum dos ainda esta solteira por ser muito exigente
estabelecimentos comerciais da cidade com seus pretendentes, sempre os tiran-
podem vir a descobrir algumas coisas: do por filhos mimados de nobres ricos ou
covardes. Sofia sonha em casar-se com
um homem corajoso como o pai e prova-
• “Se for escalar a montanha se prepa- velmente se sentirá atraída pelo homem
re para os ventos fortes” de armas com maior carisma no grupo,
• “Mais estranho que os pescadores só caso ele lute bravamente contra os fantas-
mesmo o cara que morava na casa do mas da cena 1 ou se demonstre corajoso
lago fora da cidade” durante sua estadia na cidade, ela poderá
• “Os soldados não são covardes! Eles se oferecer oficialmente em casamento,
desertaram porque nenhuma arma é como forma de “agradecimento” ao seu
ameaça para os malditos fantasmas.” escolhido.

17
 2A- Alcova Arcana: Uma pequena casa de
madeira com dois andares, onde uma senho-
ra idosa vende algumas especiarias como
cravo, canela, incensos, ervas finas, itens
alquímicos e componentes especiais para o
Belmont
preparo de poções. A proprietária do estabe-
lecimento é chamada de Anna Arcana (Hu-
mana, neutra, 65 anos), pois conta-se que
ela é uma maga aposentada que vive apenas
com seu aprendiz Marlon (humano, ordei-
ro, 17 anos), mas na realidade ela é só uma
alquimista, que percebeu como estes boatos
ajudam nos negócios.
Caso os personagens salvem Marlon ao
chegarem à cidade (Cena 1), a velha Anna
lhes dará uma recompensa de 30PO e to-
dos os seus produtos poderão ser compra-
dos com 30% de desconto (A lista de itens
vendidos pelas lojas de Belmont pode ser
encontrada no apêndice VIII deste livro).
Caso haja um mago no grupo ele pode
realizar um teste de carisma para ver se
Anna se dispõe a presenteá-lo com o seu
exemplar único do Manual de Alquimia
Básica.
2B- Trickster’s artigos de luxo: Guinter Tri-
ckster (Gnomo, neutro, Ilusionista 12, 142
anos) é o gnomo que foi exilado da monta-
nha e retornou anos depois com um plano
ganancioso para roubar a Gema do Caos.
Ele conseguiu se estabelecer como comer-
ciante em Belmont graças as suas habilida-
des como escultor, além de avaliar, comprar,
e revender joias e pedras preciosas. O seu
estabelecimento é uma propriedade pequena
com uma boa oficina e um quintal nos fun-
dos, onde faz praticamente qualquer escultu-
ra em pedra e vidro. Trickster trabalha com
dez empregados que são na verdade ladrões
que esperam enriquecer saqueando as ruinas
dos gnomos na montanha.
Há dois anos que vem se dedicando inte-
gralmente na produção de peças de vidro e
espelhos (existe um grande vitral em sua loja
que esconde um golem). Seus preços são ca-
ros, mas seu ótimo trabalho realmente vale
cada centavo. O local é bastante frequenta-
do por aventureiros e curiosos que buscam
18
informações sobre o massacre dos gnomos
e os fantasmas que assombram a região. Tri-
ckster costuma contar de forma pesarosa a
sua mentira e sempre presenteia aventureiros
com um pequeno ídolo do deus da sorte fei-
to com prata espelhada (por onde amplifica
seus poderes ilusionistas).
“Foi trágico! Vocês não podem imaginar o que eu
senti! Eu estava na capital do reino a negócios e
quando retornei encontrei meu povo morto e mi-
nha cidade arruinada. Os fantasmas surgiram do
nada e me atacaram! Eles, eles eram... os fantas-
mas dos meus pais! Droga! Os malditos amaldi-
çoaram a região e transformaram todos os mortos
em fantasmas também... (suspiro profundo)
A montanha pertence a eles e agora ela esta amal-
diçoada com sua presença! Bom, deixe-me traba-
lhar agora. Evite a montanha se quiser prolongar
seus dias de vida, mas se pretende se meter nisso
mesmo, leve consigo algo que lhe dê sorte, pois vai
precisar! Tome este amuleto por conta da casa e
se cuide.”
Se em algum momento o gnomo se sentir
ameaçado pelos jogadores ou até mesmo se
for confrontado diretamente, poderá enviar
seu golem para caçá-los à noite ou combate-
-los abertamente. Se tudo mais der errado ele
pode ate tentar fugir da cidade para sempre.
Pistas e rastros da verdade
Se houver algum ladrão entre os joga-
dores, ele poderá realizar um teste de
CEC[Int] para reconhecer um dos servos
do gnomo como ex-membro de uma guil-
da de ladrões da capital.
Se houver um mago entre os personagens
ele terá uma chance igual de descobrir
que o gnomo é um mago também, pois a
pena que usa para escrever em seus livros
de registro são de alta qualidade e usadas
normalmente para escrever pergaminhos
e feitiços em grimórios.
Em ambos os casos os jogadores poderão
alimentar suas suspeitas sobre o envolvi-
mento de Trickster nos eventos que an-
dam atormentando a cidade.
2C- Forja Divina: Ao contrário de seu ir-
mão gêmeo, Gormûr Barba-Crespa (Anão,
ordeiro, 266 anos) é um anão silencioso,
muito sério e que se dedica a viver uma
vida de trabalho duro e superação. Vive
aterrorizar os arredores de Belmont e
transformar inocentes em fantasmas.”
• “Os pescadores são grandes hereges,
expulsaram até seu sacerdote!”
• “É melhor escalar o paredão da mon-

com seus dois filhos nos fundos de sua
loja, que é uma construção feita com pe-
dras avermelhadas esculpida anos atrás
com ajuda de seus grandes amigos gnomos
da montanha.
Sua loja vende armas e armaduras normais
de todos os tipos, mas quando sua intui-
ção lhe diz que está diante de um herói ou
um honrado guerreiro, ele apresenta seus
tesouros mais valiosos: suas armas e arma-
duras especiais (armas e armaduras raciais
dos anões e de prata como apresentadas no
livro de regras de Old Dragon).
3- Oratórios e locais religiosos
Na cidade de Belmont existem apenas
três pequenas capelas com oratórios e
uma igreja dedicada aos deuses ordeiros
e neutros. Os Monges Brancos ministram
cuidados médicos aos enfermos e acon-
selhamento espiritual a todos na cidade.
Qualquer personagem que passe um tem-
po rezando, participando de uma celebra-
ção religiosa ou que gaste 10 PO em algum
lugar religioso, poderá ouvir algum dos se-
guintes boatos:
• “Os deuses castigaram a cidade, pois
as assombrações do Santuário da Ga-
nância desceram da montanha para
Belmont
tanha que encarar a floresta mal as-
sombrada por fantasmas.”
• “Irmão Jordanius sempre vive dizen-
do que sem água benta ou armas de
prata abençoada, os fantasmas nunca
serão destruídos.”
• “Há quem diga que os fantasmas fo-
ram atraídos pelo careca maluco que
vivia sozinho no lago, mas irmão Jor-
danius diz que isso é implicância.”
3A- Casa Sacerdotal: É aqui que vivem
os Monges Brancos (exceto irmão Jorda-
nius), homens religiosos celibatários que
abriram mão do conforto e prazeres mun-
danos para se dedicarem à propagação do
bem e restauração da sociedade decadente.
A única escola que existe na cidade fica
nos fundos do local e os monges ensinam
o básico da alfabetização e matemática ao
povo.
O velho irmão Jordanius (humano, or-
deiro, clérigo 8, 72 anos) e quatro outros
sacerdotes (humanos, ordeiros, clérigos 5)
administram todas as atividades religiosas
da cidade com grande sabedoria e carisma.
Há quatro décadas que os Monges Brancos
vivem dedicados ao ensino e proteção da
cidade de Belmont.

Pistas e rastros da verdade

O último aventureiro (Humano, caótico, cultista 6, 32 anos) que retornou vivo do Santu-
ário da ganância é um paciente catatônico em tratamento constante na enfermaria dos
fundos da igreja. Seus olhos ficam esbugalhados o tempo todo como se exposto a algo
assustador continuamente (o mundo dos pesadelos).

Sua pele é branca, cabeça raspada possui inúmeras tatuagens estranhas e seu corpo é
cheio de cicatrizes em forma de símbolos ocultos misteriosos. Trata-se de um cultista
adorador de deuses antigos, um mago saberá disso com um simples teste de CEC[Int].
Caso haja um clérigo cultista no grupo, saberá disso automaticamente.

Os Monges Brancos nada sabem sobre ele, mas dizem que os soldados afirmam que ele
morava em um casebre próximo ao pequeno lago ao leste da cidade. Neste casebre pode-
rão saber mais sobre este cultista e talvez até trazê-lo de volta do mundo dos pesadelos.

19
 3B- Igreja maior: Aqui são celebradas dia-
riamente cerimônias religiosas dedicadas
aos deuses do comércio, sorte, clima, pesca
e agricultura. Nesta igreja são ministradas
Belmont

magias divinas, bem como operados cui-

dados médicos prolongados na enfermaria
e até mesmo a venda de itens religiosos,
como: água benta, símbolos sagrados, ído-
los e pergaminhos mágicos. É normal en-
contrar irmão Jordanius aqui, mas em sua
ausência o local fica sob os cuidados de
qualquer um de seus monges subordinados.
Sempre existe um soldado de guarda na en-
trada da igreja.

3C- Cemitério e casa dos mortos: Um

pouco afastado da cidade se encontra o
cemitério da cidade de Belmont. O local é
cuidado por um idoso coveiro beberrão e
a casa dos mortos é o local onde são reali-
zados os ritos fúnebres, velórios e homena-
gens aos mortos. No centro do cemitério
se encontra um ornamentado e arboriza-
do mausoléu pertencente aos London.
Aqui são enterrados os membros da
família do Lorde local. Lady Junia
(Humana, neutra, 25 anos), uma
das filhas do Lorde, é voluntária
nos oratórios, na igreja e nor-
malmente organiza os velórios
e ritos fúnebres quando os
monges não estão dis-
poníveis. O custo de
um enterro feito sob
os ritos fúnebres dos
Monges Brancos cus-
ta 20PO e garante
o descanso eterno
do morto, preve-
nindo contra
reanimações
e ressur-
reições de
qualquer es-
pécie.

20
 Pistas e rastros da verdade

Durante a noite é possível esbarrar com um mendigo perambulando pelo cemitério (Hu-

Belmont
mano, neutro, 47 anos). Um homem moreno, alto, magro, manco, cabeludo, que vive
com os dedos se mexendo, possui olheiras profundas, fede a urina e faz tantas expressões
faciais estranhas que parece ter alguma disfunção motora.

Anos sem dormir uma noite tranquila levaram o velho mendigo a ter sua mente total-
mente fragmentada. Ele fala com a convicção de um obcecado, mas com modos de um
lunático sem esperanças. Este era o guia espiritual da vila de pescadores que não resistiu à
presença de Yugg-Lanoth e fugiu para Belmont. Caso os jogadores tentem travar contato
com ele irão perceber que ele fica vagando de um lado para o outro tentando evitar o sono
e falando coisas sem muito sentido:

“Dormir nunca! K’nuu é maldição! Eu sou o único que vejo a verdade! O vermelho brilha
em tons de morte! Toque, segure, sinta, experimente e K’nuu será sua casa e sua mal-
dição! O amarelo é perdição! É olhar! É morte! É perversão! É linda a joia da vila, mas
K’nuu a manchou! Não posso dormir, mas também não abro os olhos! Maldade! Corre,
foge, morre! Não posso ser pego! maldita vila!”

Dica: Aqui os personagens recebem três dicas que talvez os ajudem a evitar o contato com
a Gema do Caos (“vermelho”), assim como o contato visual com o olhar da Górgona
(“Amarelo”) e é possível que se sintam instigados a investigar a vila de pescadores (“joia
da vila” e “maldita vila”). Um cultista pode realizar um teste de CEC[Sab] para lembrar
de ter ouvido que K’nuu era uma cidade bizarra construída a partir dos sonhos e pesade-
los profundos de um deus antigo.

4- Forte interior
O Lorde James London (humano, ordeiro,
paladino 10, 65 anos) governa a cidade a
partir do forte Belmont, uma construção
antiga, com muros de 4 metros de altura e
paredes sólidas. Apesar da idade ele ainda
se orgulha de ter sido um cavaleiro real e
como tal, impõe um rigor alto na aplicação
das leis e no julgamento de qualquer crimi-
noso dentro de suas terras.
Todos os homens da família se envolvem
na administração da cidade. Seus dois fi-
lhos mais novos atuam como chefes da
guarda local, seu filho mais velho comanda
seus cinco sobrinhos no serviço como juí-
zes e cobradores de impostos. Suas cinco
filhas atuam como artistas ou artesãs na
cidade. Seu irmão mais novo, Belgar Lon-
don (humano, neutro, 42 anos), é o líder do
conselho da cidade - homens influentes que
ajudam a planejar o desenvolvimento e ad-
ministração de Belmont.
O Lorde mantém uma pequena corte den-
tro do forte, morando com sua família, ir-
mão, sobrinhos, irmão Jordanius e seus sol-
dados mais valorosos. Uma audiência com
ele atualmente é difícil de marcar por causa
de seus afazeres e sua saúde debilitada, mas
irmão Jordanius confirmará que ele oferece
500 PO àqueles que eliminarem completa-
mente os fantasmas malditos da região.
A entrada no forte é proibida e somente os
nobres ou irmão Jordanius podem entrar
livremente com visitantes. Lorde London
aparece pouco em público, pois seu orgulho
de cavaleiro não permite que seja visto fra-
co ou em desespero. É por conta disso que
nenhum aviso oficial ou pedido de socorro
foi encaminhado para o Rei dos homens.
Durante o dia é possível esbarrar com o
mendigo louco à beira das muralhas do for-
te.

21

5- Outras localidades
O domínio dos London conta com algumas
Belmont
construções importantes, postos de vigilância
avançados e um quartel para a guarda local.
Sempre que um soldado ou nobre for aborda-
do ou estiver conversando próximo dos perso-
nagens, é possível que venham a ouvir as infor-
mações a seguir:
• “O Lorde está oferecendo 500PO pelo
extermínio dos fantasmas.”
• “É difícil explorar a Floresta Radiante
sem se perder.”
• “Dizem que o mendigo era um sacerdote,
embora pareça maluco!”
• “Havia mais gente morando na casa do
lago, mas parece que o local está abando-
nado agora.”
• “O conselho de anciãos não pode enviar
soldados para investigar o Santuário da
Ganância, pois estão com apenas um
quarto da tropa.”
• “O irmão Jordanius lideraria uma expe-
dição para exorcizar o Santuário da ga-
nância, mas todos temem por sua morte.”
5A- Casa Comunal: Localizada no centro
da cidade, é aqui que são realizados todos os
julgamentos, concílios, pronunciamentos ofi-
cias e as festividades locais. A construção é na
verdade uma praça redonda com um tipo de
arquibancada de alvenaria, um palanque, uma
tribuna e acentos de honra cobertos por um
telhado resistente. Muito parecido com teatros
ao ar livre, porém com uma área coberta para
o Lorde, conselho e convidados especiais.
Sir Linu London (humano, ordeiro, 42 anos) é
o filho mais velho do Lorde e conduz os even-
tos que ocorrem neste local. Como cortesão
oficial, modera as reuniões do conselho. Os
cinco sobrinhos do Lorde London costumam
se reunir mensalmente na casa comunal para
prestarem conta dos impostos arrecadados e
debater assuntos administrativos com Linu e
Belgar.
5B- Quartel da guarda: Um pequeno com-
plexo de casas protegidas por um muro de 2
metros de altura. Neste quartel ficam os trinta
22
e quatro soldados remanescentes da guarda lo-
cal, o arsenal da guarda e a prisão. Nos últimos
três anos o contingente de soldados fora redu-
zido a um quarto e está difícil recrutar novos
soldados.
Nas casas do complexo ficam os alojamentos.
Sir Sulivan (Humano, neutro, homem de ar-
mas 2, 19 anos) e Sir Michael (Humano, neu-
tro, homem de armas 2, 21 anos) são os filhos
mais novos do Lorde London e normalmen-
te são encontrados aqui. Ambos são jovens e
possuem espirito aventureiro, mas seus deveres
legais nunca abriram possibilidade para uma
vida mais movimentada e dinâmica, o que os
enfada e desanima. No andar subterrâneo fi-
cam as dispensas, sala de armas e os calabou-
ços que suportam até dez dúzias de crimino-
sos, embora metade das celas esteja ocupada
por soldados desertores.
Pistas e rastros da verdade
É possível encontrar o mendigo louco de-
tido no calabouço. Eventualmente ele é
detido por uma noite quando os guardas
o pegam gritando na beira dos muros do
forte ou pelas ruas da cidade.
5C- Guaritas de observação: No perímetro
da cidade existe uma pequena muralha de ma-
deira construída para proteção contra animais
e bandidos e em pontos estratégicos foram
construídas torres de vigilância. Estas guaritas
medem pouco mais de seis metros de altura e
normalmente são guardadas por dois solda-
dos que se revezam em turnos. Aos pés destas
torres encontra-se uma pequena construção
de madeira que serve para descanso e higiene
pessoal dos soldados em atividade no turno.
Pistas e rastros da verdade
Durante a noite, se algum personagem ten-
tar subir em uma das guaritas poderá ver
movimentação de vultos ao longo da flo-
resta, mas devido a distancia não poderá
distinguir muitos detalhes. No dia seguinte,
caso algum personagem procure investigar
a região sob a luz do sol encontrará no local
as pistas da cena 3 (Investigação Diurna).
 Recepção
Calorosa
E
sta cena acontecerá sob uma noi-
te silenciosa de inverno, fria e sem
luar. Logo que os personagens es-
tiverem chegando à cidade ouvirão
gritos desesperados na beira da estrada.
Uma aproximação mostrará que um ra-
paz ferido está cercado por fantasmas. As
forças do jovem estão se acabando e tudo
indica que não suportará mais ferimentos
(2 pontos de vida restando).
Estes fantasmas são cinco ladrões do ban-
do de Trickster que assumiram formas
etéreas magicamente para afugentar Mar-
lon (o jovem discípulo de Anna Arcana)
que se aproximava demais da floresta no
pé da montanha.
Ladrões do bando de Trickster (Mé-
dio e Neutro)
CA: 14 JP: 14 MV: 6 (no dia seguinte) pelo seu salvamento.
DV: 4(16/24) M: 7
FOR 11 | DES 14 | CON 10
INT 9 | SAB 9 | CAR 10
Ataques: Espada curta, +3 (1d6)
Talentos de Ladrão: igual a um ladrão
nível 4
Forma etérea: Durante 1d6 minutos
os ladrões se tornam imunes a armas
comuns, adquirem 50% de resistência
à magia e ignoram armaduras através
de sua forma etérea.
Recepção Calorosa
Devido aos movimentos rápidos e a es-
curidão da noite nenhum personagem
poderá notar detalhes dos fantasmas.
Entretanto, qualquer personagem que já
tenha visto um espectro saberá que existe
algo diferente nestes. Caso haja um con-
fronto entre os fantasmas e os jogadores,
lembre-se de que apenas armas magicas
e magias podem atingir os “fantasmas” e
que os ladrões irão fugir caso algum deles
seja ferido ou ao fim de 1d6 minutos, pois
a duração da forma etérea encerrará em
breve.
Marlon resgatado: Se o jovem for salvo,
os personagens serão heróis e guardas da
cidade chegarão ao local. Os personagens
serão alertados sobre os fantasmas da re-
gião. Se um dos personagens curar 2 pon-
tos de vida do jovem, ele terá condições de
falar que trabalha na loja Alcova Arcana
e que sua mestra poderá recompensá-los
Morte de Marlon: É possível que o jovem
morra, mas mesmo assim o grupo será
recebido na cidade, pois os guardas já
estavam a caminho e viram os fantasmas
atacando. A única coisa que muda com a
morte de Marlon é que Anna Arcana não
os recompensará com dinheiro ou itens.
Uma investigação rápida no corpo do
jovem pode revelar cortes de armas nor-
mais, o que é estranho em se tratando de
ataque de fantasmas.
23
Recepção Calorosa

Conclusão da cena

Nesta cena os jogadores devem ser introduzidos na crise atual em que Belmont se
encontra. Pode ser revelada uma possibilidade de recompensa caso visitem Anna
Arcana em sua loja, mas como é noite o grupo deverá buscar alojamento na cidade.
Um dos guardas poderá leva-los até uma taverna próxima e até falar sobre a recom-
pensa de 500PO proposta pelo Lorde London. O mais intrigante aos personagens é
a origem estranha dos ferimentos no corpo do jovem Marlon.

24
 Pesadelos
Sombrios
U
m rumor sobre novos aventurei-
ros será soprado entre as ruas
no dia seguinte à chegada do
grupo. A notícia chegará aos
ouvidos do gnomo Trickster e ao longo
do segundo dia ele enviará seus ladrões
para as ruas em busca de informações.
O gnomo deseja descobrir se os perso-
nagens querem explorar o Santuário da
ganância; afugentar os fantasmas ou
apenas fazer uma pausa para descanso e
depois seguir viagem. Esta cena pode ser
usada para incitar um elemento de terror
durante a segunda noite na cidade.
Tavernas: Caso os personagens estejam
em alguma taverna, um dos ladrões po-
derá se aproximar para tentar ouvir sua
conversa, mas um teste de sabedoria
pode revelar o observador (personagens
embriagados sofrem -4 de penalidade
neste teste). Se o ladrão for abordado,
perseguido ou interrogado, apenas dirá
que estava curioso sobre os forasteiros e
que é apenas um artesão da cidade.
Bazares e comércio: Durante o dia, nas
lojas e bazares é possível que um dos la-
drões se aproxime casualmente e inicie
uma conversa. Neste diálogo ele pode
fingir que conhece um dos personagens
ou perguntar se são parentes do Lorde,
mas o seu intuito é apenas puxar assun-
to para poder dizer que os aventureiros
são muito corajosos de ficarem em uma
cidade assombrada e que deveriam com-
prar água benta para protegerem-se dos
fantasmas. Uma clara tentativa de iludi-
-los sobre a existência de fantasmas de
verdade.
Pesadelos Sombruos
Templos e locais religiosos: Os ladrões
poderão se aproximar dos personagens
até mesmo na igreja. Neste caso apenas
irão rezar em voz alta pedindo para que
os deuses não enviem aventureiros para
investigar a montanha, pois isso enfurece
os fantasmas e eles acabam descontando
sua ira na cidade. Caso seja abordado,
este ladrão pedirá que os aventureiros
desistam de investigar os fantasmas se
esta for a sua verdadeira intenção.
Seguidos pelas ruas: Os ladrões pos-
suem 45% de chance de se moverem em
silêncio enquanto seguem os persona-
gens. Se houver um ladrão no grupo, Ou-
vir ruídos pode denunciar os perseguido-
res, mas antes que possam fazer alguma
coisa os ladrões fugirão, tentando não
deixar que vejam seus rostos.
Ladrões do bando de Trickster (Mé-
dio e Neutro)
CA: 14 JP: 14 MV: 6
DV: 4(16/24) M: 7
FOR 11 | DES 14 | CON 10
INT 9 | SAB 9 | CAR 10
Ataques: Espada curta, +3 (1d6)
Talentos de Ladrão: igual a um ladrão
nível 4
Forma etérea: Utilizando o ídolo de
prata do deus da noite o ladrão pode
assumir uma forma etérea por 2d6
minutos e se torna imune a armas co-
muns, adquire 50% de resistência à
magia e ignora armaduras.
25
 Você pode narrar uma cena de persegui- personagens em seus sonhos e tentar
Pesadelos Sombruos

ção se desejar inserir um pouco de ação, afugentá-los.

mas para preservar o clima de suspense
seria bom apenas insinuar que eles estão
sendo observados de vários pontos, mas
sem revelar os observadores.
Qualquer ladrão que seja nocauteado e
revistado terá entre seus pertences um
pequeno ídolo de prata espelhado do
deus da sorte, idêntico aos que Trickster
vende e um pedaço de papel com algo
rabiscado (“Ephatatis” que é a única pa-
lavra que permite a entrada nos túneis
secretos nos arredores da vila de pesca-
dores).
Caso o gnomo Trickster seja questionado
sobre o ídolo encontrado, irá dizer que
já vendeu muitos itens semelhantes para
muitas pessoas diferentes, mas o estra-
nho homem que mora no lago a leste da
cidade era quem mais comprava ídolos
deste estilo.
O ataque mágico: Caso Trickster ou os
ladrões descubram que os personagens
estão dispostos a acabar com a amea-
ça dos fantasmas, um atentado ocorre-
rá. Durante a madrugada o gnomo irá
conjurar uma magia para aterrorizar os
Você deve narrar um pesadelo como uma
cena normal, para que os jogadores não
percebam que se trata de um sonho. Tal-
vez o sonho comece com alguém batendo
na porta, ou com uma briga na taverna,
ou talvez com tentáculos negros saindo
debaixo da cama dos personagens. Use
sua criatividade mortal!
Personagens feridos em sonhos sofre-
rão apenas dano temporário, mas aque-
les que morrerem deverão fazer uma
JP[Con] ou ficarão presos em um estado
de sono profundo e comatoso. Além dis-
so, como é comum as coisas darem erra-
do em pesadelos, você pode imputar uma
penalidade secreta de -4 em qualquer ro-
lagem de dados dos jogadores.
Independente do pesadelo narrado, os
jogadores deverão fazer suas JP[Sab]
após o final do sonho para resistirem aos
efeitos nocivos da magia Pesadelo Som-
brio. Personagens que estejam de posse
de um ídolo do deus da sorte feito por
Guinter Trickster terão -2 nesta jogada
de proteção, (para manter o mistério não
os deixe saber disso).

Conclusão da cena

Nesta cena os jogadores podem descobrir que estão sendo vigiados. É possível que
terminem esta cena com alguma desconfiança do homem que mora a leste da cidade
ou talvez duvidem do gnomo Trickster, caso consigam capturar algum ladrão. É
possível também que estejam de posse do papel com a palavra magica para os túneis
de acesso à montanha. Com certeza ficarão intrigados com o pesadelo bizarro que
tiveram.

26
 Floresta
Radiante
T
alvez os jogadores queiram investi-
gar a Floresta Radiante nos arredo-
res da cidade. O próximo capítulo
trás mais informações sobre a explo-
ração da floresta e seus perigos, caso
queira inserir algum encontro. Após duas
horas o pólen das orquídeas luminescentes
fará efeito nos personagens.
Orquídea Luminescente
Uma flor rara que só nasce na Floresta
Radiante ao pé da montanha, na prática,
o pólen inebriante faz com que a floresta
se torne um labirinto ilusório e a chan-
ce de alguém se perder é muito grande
(70%), mas caso haja um guia especialista
(druida ou ranger) esta chance é menor
(-1% por nível) e um Compasso Arcano
reduz a chance pela metade.
Consulte a página 40 para saber como li-
dar com personagens perdidos na floresta.
Investigação diurna: Nenhum fantasma
foi visto durante a luz do dia, mas mesmo
assim os animais parecem evitar a Floresta
Radiante. Caso adentrem pelo menos du-
zentos metros na floresta e tenham suces-
so em um teste de sabedoria, poderão ver
um sinal de luz que é na verdade o reflexo
da luz do sol sobre um ídolo de prata es-
pelhado do deus da noite (obra de Guin-
ter Trickster). O item está aos pés de uma
árvore manchada de sangue, junto de uma
bolsa com ferramentas de ladrão, um mapa
rabiscado de um túnel na vila dos pescado-
res (com a palavra “Ephatatis” na entrada
do túnel) que leva até a cidade dos gnomos.
Qualquer personagem que seja um especia-
lista naturalista (ranger, druida ou outro)
pode encontrar o ídolo automaticamente
sem testes (durante o dia). O ídolo era de
um dos ladrões de Trickster que morreu
enquanto preparava armadilhas na floresta
e foi devorado pelas gárgulas sanguinárias.
Floresta Radiante
Investigação noturna: Meia hora percor-
rendo os arredores da floresta revelará vul-
tos voando próximo ao topo da montanha,
mas por causa da distância e escuridão não
será possível uma identificação. Durante a
noite a floresta fica levemente iluminada
por conta das orquídeas Luminescentes e
em um local onde há grande concentração
delas é possível encontrar uma figura de
manto coletando flores. A pessoa é Anna
Arcana e ela está envolvida por uma energia
escura que a torna invisível a seres caóticos.
Por isso ela será ignorada pelos fantasmas
que se aproximam, atraídos pela presença
dos personagens.
Neste momento você deve conduzir um
encontro assombrado que na verdade é
uma ilusão do ídolo do deus da morte que
Trickster enterrou na região anos atrás.
Enquanto isso Anna Arcana escapa rapi-
damente, pois sua poção tem curto efeito.
Caso Marlon esteja vivo ela poderá lhes fa-
lar sobre seu costume de colher orquídeas
para seu estoque e até lhes dar uma poção
destas.
Ídolo do Deus da Morte
Este ídolo em forma de crânio é capaz
de criar ilusões fantasmagóricas em uma
distancia de até 200 metros do local onde
foi deixado. Sempre que uma pessoa en-
tra no raio de alcance do ídolo durante a
noite, existe uma chance de 70% de que
seu poder seja ativado. As ilusões não lu-
tam, apenas assombram a região. Entre-
tanto aqueles que falharem em uma JP
(sabedoria) serão atingidos por um pavor
tão real que sofrerão 1d4 de dano a cada
turno em que ficarem perto (5 metros)
das ilusões fantasmagóricas. Detectar
magia pode encontrar o ídolo mesmo en-
terrado.
27
Floresta Radiante

Conclusão da cena

Os jogadores podem desconfiar de Trickster por causa do item achado, mas também
podem levantar suspeitas sobre Anna Arcana e sua relação “pacífica” com os fantas-
mas. O mapa encontrado poderá abrir novos focos de investigação e suspeitas.

28
 A Casa no Lago
É
possível que os personagens tenham
tomado conhecimento da existência
de um cultista misterioso que morou
à beira de um lago a leste de Belmont.
Isso foi há anos, mas o casebre ainda
se encontra como estava e algumas pistas po-
dem ser encontradas. O local se encontra à
uma hora de distância e é basicamente um
grande lago com um casebre e um poço de
pedra em uma de suas margens.
O lago: Este lago não chega à grandiosidade
da Lagoa de Prata, mas é bem extenso e pos-
sui quase 500 metros de uma borda a outra.
Sua água é pura e cristalina, aparentemente
normal, mas personagens naturalistas podem
sentir falta de peixes, anfíbios e aves nos arre-
dores da lagoa.
O casebre: Uma pequena casa de madeira
podre. A porta está levemente obstruída e sua
janela quebrada. O interior do casebre não
revela nada demais, além de poeira, cupins,
uma mobília simples, utensílios de cozinha
quebrados, um quarto sujo e alguns cestos de
roupas, grãos e ervas.
No cesto contendo arroz os personagens po-
dem encontrar uma barra enferrujada com
uma ponta de rosca. Isto é uma alavanca que
deve ser encaixada em um mecanismo para
funcionar. Além disso, existe uma carta em
baixo de alguns livros velhos sobre uma escri-
vaninha. A linguagem usada é uma variação
do élfico usado mais por Elfos Negros:
“Mestre, estou quase decifrando os mistérios
de K’nuu, mas não posso perder mais tem-
po! Fantasmas apareceram na floresta e eu
sei que tem um ilusionista por trás disso. Os
mercenários temem e fogem, mas eu não!
Escalarei a montanha pelo paredão na beira
da estrada e fugirei dos perigos da floresta.
Não posso ver os segredos de Yugg-Lanoth
nas mãos de magos ignorantes e infiéis. Eu
sei que sou pouco mais que um acólito, mas
não há mais tempo a perder. Eu creio que
aprendi muito com o senhor e acho que pos-
so suportar as grandiosas revelações do tem-
A Casa no Lago
plo. Espero que o senhor volte logo com os
neófitos, pois está difícil manter o santuário
em segredo. Espero revelar-lhe os mistérios
eu mesmo, mas caso falhe, o senhor sabe-
rá através desta carta. K’nuu kthu xtanz!
K’nuu kthu xtanz!
Azhamed, seu Acólito das noites antigas.”
O poço: Aparentemente um poço de pedra
normal com 10 metros de profundidade. Com
uma busca é possível encontrar um pequeno
monturo de terra em sua base, como se algo
estivesse enterrado ali. Existe uma chance
disto ser encontrado como uma porta secreta.
O objeto enterrado é na verdade um suporte
de ferro preso no chão e com um buraco de
rosca no meio. Se os personagens encaixa-
rem a peça que falta notarão que o conjunto
forma uma alavanca, qualquer tentativa de
retirar o aparato irá danificar seu mecanismo.
Ao puxar a alavanca a água do poço come-
ça a escoar por uma comporta lateral e em
poucos minutos o poço está seco. Um anão
ou personagem com afinidade com a vida
subterrânea perceberá a presença de um alça-
pão secreto entre as pedras no fundo do poço
sem uma rolagem para achar portas secretas.
Esta passagem leva para o santuário secreto
do cultista.
Santuário cultista: Após atravessarem o al-
çapão os personagens se depararão com um
túnel rudimentar, apertado, húmido, frio e
escuro. Após uns vinte metros de caminhada
o túnel desemboca em uma câmara maior,
com uns 20m². O local possui um cheiro forte
de incenso e sangue, com uma tocha acesa é
possível perceber que se trata de um santuário
improvisado. Existe uma pira crematória no
centro do local, cercado por ídolos estranhos
feitos de prata (obras de Trickster), alguns
ossos empilhados em um canto, inscrições
feitas com tinta nas paredes rochosas revelam
visões de uma mente perturbada, mas o que
mais chama a atenção é um livro sob um pe-
destal na parede oposta à entrada da câmara.
O livro parece emanar uma aura negativa,
uma opressão estranha.
29

O livro dos sonhos: O misterioso livro
possui uma capa de couro assustadora
contendo a ilustração de um olho com
duas pupilas dentro de um pentagrama
cheio de glifos misteriosos. Um cultista
pode realizar um teste de CEC[Int] para
identifica-lo como sendo O Livro dos So-
nhos, uma obra caótica que contém relatos
sobre K’nuu, a cidade onírica situada no
Mundo dos Sonhos, uma dimensão caóti-
ca há muito tempo perdida.
Se o livro for tocado por uma mão dife-
rente da mão do atual dono do livro, uma
armadilha mágica será ativada e o olho na
capa se tornará um olho de verdade e de
Conclusão da cena
Os jogadores podem achar o Livro dos Sonhos e descobrir que existe algum mistério
maior por traz de tudo. Podem desconfiar que os fantasmas que assombram Belmont
sejam fruto de magias.
suas pupilas uma névoa negra será exalada
se aglutinando numa forma humanoide de
A Casa no Lago
pura treva. O ambiente rapidamente tem
sua temperatura reduzida e a criatura es-
pectral voa em círculos ameaçando os in-
trusos com suas garras mortais e juras de
morte.
Espectro (Médio e Caótico)
CA: 13 JP: 13 MV: 10
DV: 12(60/96) M: 10
RD: 5/magia
FOR 0 | DES 18| CON 0
INT 17 | SAB 13 | CAR 16
Ataques: Toque, +8 (1d10)
Toque Congelante: quando atingido pelo
toque de um Espectro o personagem deve
fazer uma JP de constituição ou perder 1d4
de constituição.
Detectar Seres Vivos: o espectro detecta
qualquer ser vivo em um raio de 50 metros.
Fraqueza: o espectro é enfraquecido na luz
do sol.
Incorpóreo: o espectro não possui corpo
físico.
Imunidades: imune a enfeitiçar, sono, frio,
medo, venenos e qualquer efeito contra al-
vos vivos.
Após derrotarem o Espectro (OD Pág.
133) o livro poderá ser manuseado nor-
malmente pelos personagens, entretanto a
aura negativa que emanava do livro ainda
perdura e clérigos saberão que a leitura do
livro acarretará em possíveis danos irrever-
síveis ao leitor.
31
 A Vila de
Vila de Pescadores
Pescadores
A
vila fica a 4 horas de caminhada e
pode ser acessada por uma estrada
de terra mal conservada. É uma vila
pequena, com pouco menos de dez
casas de madeira onde umas 30 pes-
soas devem viver. Os personagens notarão
uma casa abandonada à margem da vila,
uma grande tenda no centro e um rochedo
na base da montanha. Nitidamente perce-
berão também que os pescadores não estão
contentes com a presença de forasteiros.
A única forma de sair desta vila em segu-
rança é partir antes do anoitecer, pois é
certo que haverá tensão e conflito à noite.
Um bebê será sacrificado pelo culto de
Yugg-Lanoth, mas caso os personagens
decidam ficar para um suposto banquete,
serão eles os sacrificados nesta noite.
Casa abandonada: A casa abandonada é o
que restou do santuário dos deuses ordei-
ros. As janelas foram tampadas com ma-
deira, mas a porta se abre fácil. No interior
o cheiro é uma mistura exótica de sangue,
perfume barato e incenso. Umas cem ve-
las iluminam parcialmente o local. Tudo
está envolto por uma fumaça de incenso e
o chão parece de lama. Nas paredes exis-
tem papiros com desenhos estranhos e sem
nexo que retratam os pesadelos de Rulf, o
antigo guia espiritual da vila.
Atrás do altar está uma adolescente nua, ferida
e acorrentada sobre uma manta negra, ama-
mentando um bebê recém-nascido. Ela é uma
escrava sexual utilizada em rituais doentios.
Ela não fala nenhum idioma reconhecível, e
parece muito assustada com a presença dos
personagens. Se for obrigada a sair do local
ou for alvo de alguma magia ou de qualquer
tipo de pressão pelos personagens, sofrerá uma
convulsão e acabará expelindo pela boca uma
espuma negra nojenta. Seus olhos manifesta-
rão pavor e o bebê cairá ao chão. Em segundos
a espuma negra se transformará em uma cria-
tura de massa disforme, mutante, asquerosa e
borbulhante, que atacará os personagens. Na
luta contra este Shoggoth (2DV) existe uma
chance de se iniciar um incêndio (50% ).
32
Shoggoth(Variável e Caótico)
CA: 10 JP: 14 MV: 6
DV: 2(18/24) M: 8
RD: 5/magia
FOR 15 | DES 8| CON 18
INT 10 | SAB 9 | CAR 9
Ataques: mordida, +4 (2d8)
pancada +6 (2d6)
Constrição Devoradora: um shoggoth
que acetar três ataques seguidos em um
alvo pode tentar envolvê-lo com seus
tentáculos (1 ou 2 em 1d6).
Um personagem capturado é esmagado e
mordido, levando 1d6 de dano por turno.
Casa comunal: Aqui é onde se fazem as
celebrações, cerimônias e festas da vila. É
uma imensa tenda de palha, com uns vinte
metros de raio em sua circunferência. Sus-
tentada por fortes vigas de madeira, abriga
algumas mesas e uma fogueira no centro,
bem abaixo de uma abertura no teto. Du-
rante o dia o local fica abandonado, mas
durante as noites Utter reúne o povo para
as refeições e para lhes ensinar sobre K’nuu
e o Mundo dos Sonhos.
A grande pedra: Uma enorme pedra chama
atenção no local. Ela se encontra na parte
rasa da lagoa a uns vinte metros da margem
e possui o tamanho de uma pequena casa.
A pedra é lisa e possui algumas pinturas e
símbolos em sua superfície. Alguns obje-
tos parecem pregados ou pendurados na
pedra como se fossem amuletos de palha,
madeira e ossos. Esta é a pedra do sacrifí-
cio e uma analise de perto mostra que as
pinturas foram feitas a sangue. É aqui que
Utter realiza os rituais de sacrifício para
Yugg-Lanoth.
 Rochedos: Existe um emaranhado de ro-
chas pontudas que destoam da paisagem
Vila de Pescadores
natural, parecem rochedos entulhados
na base da montanha. Após uma inves-
tigações, sem a presença de Utter, elfos
e anões podem encontrar (1 no d6) um
túnel na montanha oculto por uma ilu-
são. O mapa da cena 3 revela este túnel e
mais detalhes podem ser encontrados no
próximo capítulo.
Utter, o líder: O único pescador dispos-
to a falar com os personagens é Utter
(humano, neutro, 35 anos), o líder da
vila. Ele é um homem de pele morena,
gordo e baixo. Responderá as perguntas
dos jogadores e tentará convence-los a
ficar para o banquete em comemoração
ao nascimento de seu filho. Ele evitará
assuntos como o mendigo expulso da
vila; a falta de peixes em Belmont; a casa
abandonada ou a grande pedra na lagoa.
Na verdade, Utter é o Shoggoth (5DV)
que assassinou e assumiu a aparência e
posição do líder da vila. Ninguém sabe
disso, mas os pescadores o temem, pois
os tentáculos da lagoa parecem lhe obe-
decer. Utter é conhecido na vila por ter
transformado sua esposa em um monstro
e ter sacrificado o próprio filho como pro-
va de que K’nuu vale qualquer sacrifício.
Caso os personagens tentem investigar a
casa comunal ou a grande pedra enquan-
to Utter estiver desocupado e atento, ele
os interceptará de forma abrupta e tenta-
rá assustá-los com histórias sobre maldi-
ções pagãs do antigo guia espiritual.
Se os personagens indagarem sobre sua
esposa ou seu filho, ele dirá que só sairão
de casa durante a noite, quando o ban-
quete for celebrado e a vila toda saudará
o seu primogênito. Caso o grupo se re-
cuse a ficar na cidade, Utter se mostrará
um pouco alterado e tenso, mas se forem
durante o dia nada lhes acontecerá, ex-
ceto se voltarem depois ou descobrirem
o culto, pois então serão atacados pelos
cultistas (30 na vila inteira) e pelo pró-
prio Utter.
O banquete: Caso o grupo aceite os con-
vites de Utter e fique até a noite, um ban-
quete será realizado na casa comunal e
toda a vila estará presente. Lá serão ofer-
tadas aos personagens comida e bebida
34
com propriedades alucinógenas. Quem
bebeu Chá dos Sonhos nos últimos dias
poderá fazer uma JP[Con] para lutar
contra a fraqueza e sono causado pelos
alimentos, os demais apenas cairão anes-
tesiados e acordarão horas depois, sem
seus equipamentos e amarrados em toras
sobre a grande pedra. Um ritual maca-
bro acontecerá e em 1d4 turnos eles se-
rão feridos (1d4) pelo líder dos cultistas
e em mais 1d4 turnos grandes tentáculos
sombrios surgirão da água e os arrasta-
rão para a morte sob as águas da Lagoa
de Prata.
Se houverem personagens acordados
no final do banquete, Utter ordenará
que alguma pessoa jovem da vila tente
seduzi-lo ou embriaga-lo, mas se nada
der certo, um ataque surpresa acontecerá
enquanto o personagem estiver distraído
e em seguida uma cena de perseguição
acontecerá, com 30 cultistas tentando
uma captura.
Cultistas (Médio e Caótico)
CA: 10 JP: 16 MV: 6
DV: 1(4/8) M: 12
FOR 11 | DES 10| CON 0
INT 9 | SAB 9 | CAR 8
Ataques: Punhal, +2 (1d4)
Utter, Shoggoth(Variável e Caótico)
CA: 10 JP: 14 MV: 6
DV: 5(30/60) M: 8
RD: 5/magia
FOR 15 | DES 8| CON 18
INT 10 | SAB 9 | CAR 9
Ataques: mordida, +10 (5d8)
pancada +12 (5d6)
Constrição Devoradora: um shoggoth
que acetar três ataques seguidos em um
alvo pode tentar envolvê-lo com seus
tentáculos (1 ou 2 em 1d6).
Um personagem capturado é esmagado
e mordido, levando 1d6 de dano por
turno.
Investigação noturna: Ninguém no-
tará a chegada do grupo caso eles

Vila de Pescadores
cheguem durante a noite. Toda a
vila estará envolvida em uma ceri-
mônia que acontece nas aguas às
margens da lagoa. Existem muitas
pessoas (30) com mantos e tochas
na agua e na beira da lagoa.

Sobre a grande pedra esta Utter

e a seus pés se encontra um
recém-nascido enrolado
em tecidos negros. Após
alguns cânticos o líder faz
um gesto e é chegada a
hora do sacrifício. Outra
pessoa se aproxima e lhe
entrega uma adaga ceri-
monial. Utter segura a
criança contra o peito
e ergue a adaga aos
céus. Neste momento
o silêncio é quebra-
do por movimentos
bruscos na lagoa
quando ele grita algo
como: “K’nuu kthu
xtanz”.

Tentáculos sombrios
saem da lagoa e fi-
cam erguidos próxi-
mo da pedra onde se
encontra o líder da
vila. Neste momento acontecerá o sacrifí-
cio humano em adoração à Yugg-Lanoth.
Se os jogadores se intrometerem, serão
atacados pelos cultistas e Utter continuará
com o sacrifício. O grupo terá 1d4+1 tur-
nos para impedir o ritual e caso consigam,
o líder da vila irá ataca-los em sua forma
verdadeira. Os tentáculos negros também
atacarão aqueles que estiverem até 10 me-
tros da pedra. Lembrando que a pedra fica
na água e se mover até lá impõe -2 no mo-
vimento, Classe de Armadura e JP(Des).
Quando o líder da vila morrer, os cultistas
irão parar de lutar e fugirão, pois os ten-
táculos sombrios irão ataca-los também.
Além disso, um incêndio se iniciará na
casa abandonada, pois as velas serão der-
rubadas violentamente pelo Shoggoth que
sairá de dentro da escrava para atacar os
personagens. Em 1d4 turnos o fogo se alas-
trará para as outras casas e em 2d6 turnos
todos os pescadores estarão mortos pelo
fogo ou tentáculos se os jogadores não fi-
zerem algo para impedir este destino.

Conclusão da cena

Talvez descubram o segredo de Utter ou os sonhos reveladores de Rulff. Se no final da

cena ainda houver algum pescador vivo, existirá uma chance de que fale sobre o que
Utter fez com sua esposa Leila, a Górgona dos olhos de Ágata, mas no geral notarão
que os sobreviventes ficarão com sequelas mentais para sempre.

35
 O Sumiço
dos Nobres
E
sta cena ocorrerá apenas na quarta
noite do grupo na cidade. No pri-
meiro dia (chegada) os persona-
gens devem apenas descansar da
viagem e do combate recente, mas
nos demais é possível que se dediquem a
investigar a cidade, os arredores ou a vila
de pescadores, mas de qualquer forma
é importante que nestes dias você man-
tenha o grupo em atividade sob uma at-
mosfera de suspense, descrevendo coisas
como: sensação de estar sendo seguido;
pesadelos estranhos; ouvir pessoas ator-
mentadas pelos fantasmas.
Os sobreviventes do mal: Durante o fim
da quarta noite dos personagens na cida-
de, toda pessoa em Belmont será desperta
por gritos de dor e agonia. São dois solda-
dos que seguiram Sir Sulivan e Sir Micha-
el numa investida secreta ao Santuário da
ganância. Os filhos mais novos de Lorde
London queriam erradicar os fantasmas
com suas próprias mãos, mas em menos
de duas horas na Floresta Radiante, a co-
mitiva fora atacada por uma explosão re-
pentina e alguns minutos depois criaturas
sombrias da noite surgiram, mataram três
soldados e arrebataram os filhos do Lor-
de enquanto os dois sobreviventes fugiam
apavorados pela floresta.
A verdade: O gnomo Trickster e seus la-
drões implantaram armadilhas comuns e
mágicas pela floresta e os soldados aca-
baram por ativar uma destas armadilhas
mágicas. Esta explosão chamou a atenção
das gárgulas que habitam as ruínas no
topo da montanha e logo em seguida as
criaturas atacaram o grupo de soldados e
capturaram os jovens nobres para se di-
vertirem torturando-os.
Reunião do conselho de Anciãos: O Lor-
de Sir James London convocará uma reu-
Sumiço dos Nobres
nião do conselho de ultima hora na casa
comunal e finalmente estará ao acesso do
grupo e de toda a cidade que se encon-
tra no local. Embora alguns membros do
conselho sejam contra uma incursão no
meio da noite, os London estão determi-
nados a resgatar seus parentes desapare-
cidos.
Neste momento os personagens poderão
interagir com o lorde. Apenas 500PO
será pago por riscar do mapa a ameaça
dos malditos fantasmas, mas como o lor-
de não irá fazer barganhas com a vida de
seus filhos, é possível que o grupo consiga
aumentar a recompensa. Neste caso o lor-
de oferecerá terras, títulos de nobreza, um
item mágico de seu tesouro ou até mesmo
um casamento com sua linda filha Lady
Sofia, pois, se ela se interessar por algum
dos aventureiros, ela mesma fará esta
oferta. Se os jogadores decidirem chegar
ao topo da montanha através da Floresta
Radiante, lorde London irá lhes empres-
tar um item mágico importantíssimo para
a missão: O compasso arcano, uma bús-
sola mágica que reduz a chance de viajan-
tes se perderem.
De qualquer forma é recomendado pelo
conselho que os sobreviventes sejam in-
terrogados em busca de maiores informa-
ções sobre os perigos encontrados antes
de se enviar um grupo de resgate.
Interrogando os sobreviventes: Na en-
fermaria da Igreja os Monges Brancos
prestam os devidos cuidados médicos aos
soldados feridos e a um estranho homem
careca e cheio de tatuagens (ver “Pistas e
rastro da verdade” na localidade 3b). Um
dos soldados está desacordado, sujo de
terra e agarrado a sua espada quebrada,
já o outro está ferido, mas em condições
de falar:
37
 “Nós vamos todos morrer! Os deuses
nos abandonaram! Aqueles demônios
Sumiço dos Nobres
não morrem! Sua pele é como pedra
indestrutível! Eu não entendi nada!
Houve uma explosão repentina e em
poucos segundos as bestas voadoras es-
tavam nos matando. Perdi três irmãos
de armas e meus jovens senhores foram
levados para o topo da montanha. Eu
sinto muito, mas não pudemos fazer
nada contra os demônios da noite.
Eles são enormes e assustadores! Sua
voz é aterradora e nada pode cortar
sua pele, eu sinto cheiro de bruxaria
pesada! Trickster está certo! A mon-
tanha é amaldiçoada por fantasmas e
demônios!”
Irmão Jordanius e sua revolta: O Monge
Branco conhecido como irmão Jordanius
parece muito irritado com esta situação e
revela aos personagens que sempre quis
santificar a montanha, mas o conselho
nunca aceitou isso. Agora uma comitiva
deverá invadir a montanha à noite, sem
o mínimo de preparo e apavorada. Ele
manifesta simpatia pela missão de res-
gate e até poderá acompanhar o grupo,
entretanto os personagens terão que con-
vencer o conselho disso ou levar o sacer-
dote secretamente, pois ele é uma figura
importante para acalmar os ânimos dos
habitantes da cidade com seus sermões
na igreja e sua presença tranquilizadora.
Mesmo que o irmão Jordanius não con-
siga acompanhar os jogadores, todos os
monges da cidade ficarão rezando pela
comitiva e os deuses os abençoarão. Até
Conclusão da cena
É provável que os personagens sejam oficialmente enviados pelo Lorde até com pos-
sibilidades de recompensas maiores. Caso Trickster não tenha sido descoberto, irá
cessar suas atividades até a poeira baixar. É possível que Irmão Jordanius contrarie
o conselho e se aventure com o grupo.
38
o final da aventura cada personagem or-
deiro poderá rolar um único dado uma
segunda vez e escolher o melhor resulta-
do obtido entre os dois.
Contagem regressiva: Os nobres filhos
do Lorde London foram capturados pe-
las gárgulas e serão torturados por elas
durante a noite toda. Seus gritos pode-
rão ser ouvidos durante a madrugada por
aqueles que estiverem na floresta ou na
montanha. No dia seguinte os jovens se-
rão transformados em estátuas de ouro
pela Górgona e adornarão o seu covil.
A partir do inicio desta cena os perso-
nagens terão apenas 4d4+5 horas para
resgatar os jovens antes de seu fim trá-
gico. Não lhes diga sobre isso, mas con-
tabilize as horas passadas no mundo de
jogo, pois o caminho até os jovens vai
levar algumas horas. Para que os joga-
dores sintam o peso da urgência diga que
soldados ficam apressando sua partida.
Dádivas da Honra: Caso os personagens
aceitem salvar os filhos do Lorde sem
cobrar nada por isso ou apenas a recom-
pensa original, a cidade se mobilizará a
favor deles. Anna Arcana lhes dará duas
poções de invisibilidade contra o caos; o
anão Gormûr Barba-Crespa poderá dar
uma de suas armas obra-prima (arma ra-
cial); caso Trickster não tenha sido des-
coberto, dará uma poção de cura ao gru-
po e Lady Sofia cairá apaixonada pelo
personagem mais corajoso, querendo o
casamento mesmo em caso de fracasso.
 Incursão à
Montanha
S
e os personagens forem explorar as
ruínas do Santuário da ganância,
deverão subir até o topo da monta-
nha e isso pode ser feito através de
uma caminhada pela floresta; uma
escalada íngreme pela encosta da monta-
nha; pelo túnel antigo ou através de al-
gum outro meio que os jogadores possam
arrumar.
Talvez os personagens estejam com tem-
po para ir e voltar sempre que necessário
ou talvez possuam o tempo como inimigo
e precisem se apressar para salvar os jo-
vens nobres, mas o fato é que chegar até
o topo da montanha não será fácil. Segue
abaixo algumas informações simples para
auxiliar você nesta parte da aventura.
Geologia: A montanha é um grande mo-
nólito de gnaisse que atinge setecentos
metros acima do nível do mar. Existem
algumas fontes de água na base da mon-
tanha, mas tais nascentes desaparecem
além dos trezentos metros. As constan-
tes variações de temperaturas, chuvas e
raios vem, ao longo das eras, moldando
seus contornos, principalmente no topo.
Grandes blocos de pedras já se soltaram
ou estão soltos, ameaçando rolarem mon-
tanha abaixo.
Vegetação: A base da montanha é domi-
nada por uma floresta densa com árvores
de todos os tamanhos e uma variedade de
flores raras que só podem ser encontradas
neste lugar. O topo da montanha possui
apenas uma grama baixa e escassa tanto
pela construção do Templo como pelo
efeito direto da luz escaldante do sol.
Fauna: Um dia esta montanha foi o lar
de muitos pássaros, pequenos mamíferos
Incursão a Montanha
e até falcões, mas com a chegada das gár-
gulas todos os animais fugiram ou foram
mortos violentamente. Atualmente é pra-
ticamente impossível encontrar alguma
coisa além de insetos e serpentes na flo-
resta.
Floresta Radiante
Exploradores experientes podem atingir
o topo da montanha pela floresta em seis
horas de caminhada com uma breve es-
calada. Na tabela Resumo do caminho
da floresta é apresentada uma lista de
informações úteis para conduzir o jogo
durante esta cena. Se desejar tome nota
das horas que os personagens gastam na
exploração, pois isso pode ser fundamen-
tal para o sucesso da missão e para saber
o momento justo para rolar eventos ale-
atórios.
Deslocamento: O solo da floresta é irre-
gular, repleto de raízes truncadas e galhos
de árvores, por isso é muito difícil caval-
gar ou levar animais quadrúpedes na jor-
nada. Além disso, qualquer personagem
que não seja um especialista naturalista
ou selvagem (druida, bárbaro ou ranger)
terá seu deslocamento reduzido em 2 me-
tros.
Iluminação: Durante o dia alguns raios
de luz solar entram pela copa das árvo-
res, mas a partir das quatro horas da tarde
a iluminação fica muito fraca e começa
a dar lugar à escuridão. Durante a noite
é necessário o uso de fontes de luz ou o
deslocamento será reduzido à metade,
menos para os personagens que possuam
visão na penumbra. Os personagens que
forem afetados pela escuridão terão -4 nas
jogadas de ataque e JP[Des].
39
 Exploração: Uma das características mais
perigosas da floresta é o efeito alucinóge-
Incursão a Montanha
no gerado pelo pólen das orquídeas lumi-
nescentes que empesteiam toda a floresta.
Em termos de jogo, a floresta se torna um
labirinto ilusório e a chance de alguém se
perder é muito grande (70%), mas caso haja
um guia especialista (druida ou ranger) esta
chance é menor (-1% por nível) e um Com-
passo Arcano reduz a chance pela metade.
Personagens perdidos só poderão encontrar
o caminho certo após você consultar a ta-
bela de eventos aleatórios. Caso consigam,
de alguma forma, marcar os locais por onde
passam, a chance de se perder cai em 10%.
Achar comida na floresta é muito fácil e por
isso a chance de encontrar abrigo, água ou
alimentos é de 50%.
Eventos aleatórios: Embora a floresta es-
teja praticamente deserta, é possível que os
personagens sejam vítimas das armadilhas
de Guinter Trickster, um ataque surpresa de
gárgulas ou outros perigos naturais. A cada
período de três horas de exploração você
deve consultar a tabela de eventos aleatórios.
40
Explorando a Floresta
A chance de se perder deve ser rolada
a cada 2 horas de exploração e com 3
sucessos a exploração termina. Even-
tos aleatórios devem ser rolados a cada
3 horas e sempre que o grupo se per-
der. A interpretação destes eventos
não deve dar lugar à mera rolagem de
dados e conferência em tabelas. Você
pode ignorar estas regras, mas apenas
recomendamos que não perca de vista
a questão do tempo gasto. Outra ma-
neira de acelerar a exploração é esco-
lher os eventos arbitrariamente ou ro-
lar na tabela antes da cena se iniciar,
deixando pronta a ordem dos eventos
que acontecerão.
 Incursão a Montanha
Eventos Aleatórios na Floresta Radiante (1d6)
1. Perdidos por 1d4 horas e JP[Con] pra evitar 1 de dano.
2. Armadilha de Fosso com estacas – JP[Des] ou 2d6 de dano.
3. Armadilha de urso - JP[Des] ou 2d6 de dano e 50% de movimento.
4. Armadilha mágica explosiva - JP[Des] ou 3d6 de dano (raio de 5m).
5. Encontro com 1d3 víboras (OD Pág. 149) ou 1d10 Sombras (OD Pág. 146).
6. Emboscados por 1d4+1 gárgulas.

Resumo de informações úteis para condu-

zir a exploração pela floresta:
• A cada 2 horas: Chance de se perder;
• A cada 3 horas: Eventos aleatórios;
• Chance de se perder 70% - nível do guia
especialista;
• Compasso Arcano reduz a chance de se
perder pela metade;
• Eventos aleatórios quando se perdem;
• Movimento reduzido -2m (exceto natu-
ralistas);
• Após às 16h (movimento reduz 50% e
-4 nos ataques e JP[Des]);
• Animais quadrupedes não entram na
floresta;
• Fim da exploração em 6hs no mínimo
(3 testes sem se perder).
Escalando a montanha
Existe a possibilidade de escalar a montanha
e evitar a floresta, mas o único ponto favo-
rável à escalada é no paredão sólido que se
encontra paralelo à estrada para a vila dos
pescadores a 2 horas de Belmont.
O tempo de escalada da montanha é variá-
vel, dependendo muito dos equipamentos e
da habilidade do guia montanhista (um guia
ladrão ou especialista em montanhismo re-
duzirá a escalada em 2 horas), mas o per-
curso dura em torno de seis a dez horas. O
grupo pode escalar a montanha em:
• Seis horas COM kit de escalada E boa
visibilidade;
• Oito horas SEM kit de escalada OU
boa visibilidade;
• Dez horas SEM kit de escalada E boa
visibilidade.
Mais uma vez é bom ressaltar que você deve
se encarregar de narrar a cena da escalada
sem que ela se torne uma enfadonha rola-
gem de dados. É recomendado também que
você questione os jogadores sobre os deta-
lhes da escalada, precauções tomadas e equi-
pamentos utilizados, pois eles precisarão de
kits de escalada e cordas.
Deslocamento: No caso de combates e si-
tuações onde o movimento dos personagens
deva ser considerado, reduza o deslocamen-
to em 2 metros. Cada categoria de carga aci-
ma de leve dificulta a escalada se a regra que
iremos sugerir for utilizada.
Iluminação: Durante o dia o paredão de
rocha é completamente iluminado, mas a
partir das dezoito horas a penumbra já toma
conta do ambiente. A falta de iluminação ou
visão na penumbra reduz o deslocamento do
personagem em 1. Caso mais da metade do
grupo tenha seu deslocamento reduzido, a
escalada fica uma hora mais lenta.
Resumo de informações úteis para conduz-
ir a escalada da montanha:
• A cada 2 horas: Um jogador faz
JP[Con] ou 1d4 de dano temporário;
• A cada 4 horas: Eventos aleatórios;
• Guia especialista reduz o tempo de es-
calada em 2 horas;
• Deslocamento de combate reduzido
em 2m;
• Cada categoria de carga acima da leve
impõe -1 nas JP[DES];
• Penumbra a partir das 18h (-4 nos
ataques e JP[Des]);
• Falta de luz (Movimento reduz 1 e +1
hora de escalada para o grupo).

41
Incursão a Montanha

Eventos Aleatórios Escalando a Montanha(1d6)

1. Calços e apoios facilitam a escalada (+1 na JP do eventro seguinte).
2. Ventos fortes atrapalham a escalada (JP[Des] ou 1d6 de dano temporário).
3. Um desmoronamento leve atinge o grupo todo (JP[Des] ou 2d6 de dano).
4. Ar rarefeito (JP[Con] ou 2d6 de dano temporário).
5. Kit de escalada danificado (+2 horas de escalada).
6. Encontro com 1d4 gárgulas (página 67).

sonagens afetados pelo evento precisam

Escalando a Montanha
A cada 2 horas um jogador faz uma
JP[Con] para evitar 1d4 de dano. A
cada 4 horas de escalada consulte a ta-
bela de eventos aleatórios. A escalada
termina quando o tempo determinado
pelos equipamentos e habilidade do lí-
der passar.
Túnel dos gnomos
É possível que os personagens tenham
descoberto a entrada para o antigo tú-
nel dos gnomos. Este caminho era usado
para evitar a labiríntica Floresta Radian-
te. Como apenas gnomos conheciam a
passagem, sua existência se mantém em
segredo até hoje. Trickster protegeu a en-
trada com uma magia (Gatilho ilusório)
que será ativada caso alguém entre sem
pronunciar a senha “Ephatatis”. Alguém
que consiga detectar a magia lançada na
entrada do túnel poderá dissipá-la nor-
malmente e magos poderão fazer um
teste de CEC[Int] para reconhecer deta-
lhes do feitiço (Leia os efeitos possíveis
da magia sem precisão numérica, apenas
diga por alto).
Se a armadilha for ativada, em 1d3 tur-
nos o teto desabará a uma distancia de
dez metros da entrada do túnel e soter-
rará o caminho temporariamente. Per-
fazer JP[Des] para evitar metade dos 5d6
de dano por soterramento. É possível um
trabalho braçal de 1d4+1 horas (3 per-
sonagens) para retirar as rochas do ca-
minho, mas existirá uma chance de 10%
de que o túnel desabe totalmente e cause
a morte automática daqueles que estive-
rem trabalhando nisso.
Uma vez que os ladrões de Trickster já
tentaram inutilmente andar pelo túnel,
as criaturas da montanha já descobri-
ram a sua existência e algumas arma-
dilhas foram deixadas pelo caminho. O
percurso no túnel se resume a subir uma
escadaria em linha reta. São três horas
de subida através de um túnel empoeira-
do com 5 metros de largura, ar pesado e
alguns perigos mortais. Caso os persona-
gens consigam chegar até o final do túnel
irão chegar ao Distrito dos operários nas
ruínas da cidade dos gnomos.
Deslocamento: As escadas estão em óti-
mo estado e não impõem penalidades.
Iluminação: As escadas estão mergulha-
das numa escuridão total e apenas per-
sonagens com visão no escuro ou com
tochas podem enxergar normalmente, do
contrario o deslocamento será reduzido
em 2 e as jogadas de ataque e JP[Des]
receberão - 4 de penalidade. Lembre-se
que a mão que carregar tochas estará im-
pedida de usar escudos ou outras armas
e itens.

40

Explorando o Túnel
Você pode inserir novas câmaras, túneis
ou aumentar a frequência de eventos ale-
atórios caso queira tornar as coisas mais
difíceis para os jogadores, mas descobrir
a existência do túnel e superar a arma-
dilha magica de Guinter Trickster pode-
ria ser recompensado com uma jornada
mais tranquila, pois descobrir o túnel é
mais difícil do que apenas adentrar a flo-
resta ou escalar a montanha.
Eventos aleatórios: O túnel está pratica-
mente deserto, mas ainda existem algumas
armadilhas preparadas pelos Diabretes de
pedra da Górgona. Consulte a tabela a cada
Incursão a Montanha
hora de subida. Fontes de luz com alcance
maior que uma tocha chamam mais aten-
ção, por isso consulte uma vez mais a tabela.
Durante a caminhada é possível notar sinais
de luta recente na escada, como sangue e
corpos mortos (Ladrões de Trickster), além
disso, é possível ouvir alguns grunhidos e
rosnados trazidos pelo eco das escadas.
Resumo de informações úteis para condu-
zir a exploração do túnel:
• Duração básica de 3 horas;
• A cada hora: Eventos aleatórios;
• Luz forte provoca mais um evento;
• Escuridão total (-2 deslocamento e -4
nos ataques e testes de destreza) .

Eventos Aleatórios no Túnel dos Gnomos(1d6)

1 ou 2. Acham um corpo em decomposição com um escudo espelhado ou um mapa da
cidade dos gnomos ou 1 poção de cura.
3. Um desabamento leve atinge os personagens (JP[Des] ou 1d6 de dano).
4. Armadilha de dardos envenenados (JP[Con] ou 10 de dano e lentidão (+1 hora de
subida, logo +1 rolagem de evento aleatório).
5. Fungos letárgicos (JP[Con] ou -2 de força por 1d4 horas).
6. Uma rocha gigante desce o túnel em alta velocidade (JP[Des] ou morte) ou um encon-
tro com 1d4+1 Aparições de gnomos (OD pág.118).

43
 Santuário da
Santuário da Ganância

Ganância

O
topo da montanha é coberto por
uma vegetação rasteira castigada
pelo sol. Muitas estátuas adornam
o local, algumas inteiras outras
quebradas. Também pilastras e es-
combros estão espalhados por todo o local.
O antigo Templo dos Filhos da Montanha,
chamado atualmente de Santuário da Ga-
nância possui duas entradas: uma no topo da
montanha e outra no seu interior. A entrada
da superfície se encontra sobre um platô arti-
ficial de 5 metros de altura, com uma escada
de acesso. É uma construção em mármore
com aproximadamente 25m de cada lado e
15m de altura.

O Jardim externo: Existe uma pequena trilha

de terra que conduz até a escada de acesso
ao templo. Esta trilha é velada de cada lado
por uma fileira de estátuas de gnomos e aven-
tureiros (umas de ouro outras de mármore).
Entre estas estátuas estão 1d4+2 gárgulas

Gárgula (Médio e Caótico)

CA: 18 JP: 15 MV: 6 (12 voando) mimetizadas que atacarão de surpresa. Caso
DV: 3(12/28) M: 11
FOR 14 | DES 9 | CON 16
INT 6 | SAB 12 | CAR 8
Ataques: 2 garras +4 (1d6+2)
chifre +4 (1d8+2)
Mimetismo: A textura da pele e a habili-
dade de ficar imóvel por horas a fio torna
fácil preparar emboscadas. Seus alvos
sofrem -4 nos testes de surpresa.
Investida Aérea: Atacar em uma
investida aérea garante às Gárgulas a
possibilidade de agarrar sua vítima para
larga-la de grandes alturas. Esta manobra
possui um bônus de +2 na rolagem de
ataque e causará dano de queda no alvo.
Caso erre, a Gárgula pode continuar se
movendo para longe.
Ataques múltiplos: Se não estiver
voando pode atacar 3 vezes no turno.
o combate dure mais de cinco turnos outras
duas gárgulas sairão do interior do templo
e se juntarão ao combate do lado de fora do
templo.
Interior do Santuário: O santuário basica-
mente é constituído de pilastras de mármore
com 10 metros de altura cercando uma única
sala. O piso do santuário é muito liso, mas
existem rachaduras, buracos, raízes de plan-
tas e escombros que podem dificultar o movi-
mento em combate. O local é escuro e a luz
do sol mal entra pelas brechas das pilastras.
Os personagens sem visão na penumbra ou
outra fonte de luz sofrerão -1 nas jogadas de
ataques e testes de destreza.
Caso o combate no jardim externo tenha ter-
minado em menos de cinco turnos, as duas
gárgulas do interior do templo estarão disper-
sas e o grupo não será surpreendido, mas ou-
tras criaturas como ratos e morcegos podem
alertar as gárgulas ao se assustarem com a
presença dos personagens.

44
Câmara interna de adoração: Esta é a an-
tiga sala de adoração dos gnomos. Existe
um altar de mármore ornamentado e sobre
a superfície do altar é possível ver escritos
em alto relevo que relatam a utilidade do
local (sacrifícios de sangue aos deuses or-
deiros). Em cada lado do altar há uma es-
tátua de uma grande criatura com cabeça
de peixe e a estátua dourada de um gnomo
ferido.
Os jogadores que investigarem as estátuas
podem perceber que elas são ocas e de ges-
so (CA 12 e 20 PV). Quebra-las revela dois
sacos de moedas que somam 1960 PC,
933PP e 590PO em 35 quilos de tesouro.
Existem duas Márgulas camufladas entre
as pilastras da câmara interior que não se
juntam a nenhum combate, mas atacarão
aqueles que entrarem nesta câmara, pois
sua função é tomar conta da passagem
oculta debaixo do altar. Elas aguardarão
até o momento certo, talvez quando al-
guém tentar furtar o tesouro no interior
das estátuas.
Márgula (Médio e Caótico)
Santuário da Ganância
CA: 20 JP: 13 MV: 5 (10 voando)
DV: 5(20/40) M: 11
RD: 5/Magia
FOR 16 | DES 8 | CON 16
INT 6 | SAB 12 | CAR 8
Ataques: 2 garras +6 (1d6+5)
chifre +5 (1d8+5)
Mimetismo: A textura da pele e a habili-
dade de ficar imóvel por horas a fio torna
fácil preparar emboscadas. Seus alvos
sofrem -4 nos testes de surpresa.
Investida Aérea: Atacar em uma investida
aérea garante às Márgulas a possibilidade
de agarrar sua vítima para larga-la de gran-
des alturas. Esta manobra possui um bônus
de +2 na rolagem de ataque e causará dano
de queda no alvo. Caso erre, a Márgula
pode continuar se movendo para longe.
Ataques múltiplos: Se não estiver
voando pode atacar 3 vezes no turno.
45
 1º nivel do subterrâneo (O templo)
Santuário da Ganância
A passagem embaixo do altar revela uma
escadaria que desce rumo à escuridão. Es-
treita e trabalhada em mármore, a escada-
ria está muito desgastada e com manchas
de sangue fresco. A descida é de uns 15
metros terminando em um corredor de
acesso a um grande hall. Durante a desci-
da uma fria e suave corrente de ar arrepia
os personagens.
Área 1- Átrio interior: Um grande apo-
sento trabalhado na rocha da montanha,
sustentado por quatro fileiras paralelas de
pilastras de mármore. Era aqui que os gno-
mos faziam os últimos preparativos para
as oferendas que levariam para o altar na
superfície. O teto deste aposento alcança a
marca dos 5 metros de altura e já começa a
acumular teias de aranha devido ao aban-
dono. O cheiro de mofo e morte é pesado
no local. O piso está um pouco rachado
e cheio de poeira e ossos secos. A luz de
tochas afugentará vários morcegos que
debandarão para o sul, onde se encontra
uma porta dupla de mármore aberta, (há
30% de chance de alertar as gárgulas da
próxima área).
Uma busca revela um rastro de sangue ain-
da fresco entre as duas fileiras de pilastras
à direita da entrada do aposento. É o san-
gue dos filhos de lorde London que foram
arrastados por entre estas fileiras para evi-
tar o alarme que existe nas outras fileiras.
Qualquer personagem que cruzar a área
pelas fileiras de pilastras sem o rastro de
sangue ativará um pequeno alarme. Existe
um fino fio de seda preso nas ultimas pi-
lastras que se romperá ao ser tocado. Nes-
te momento um vaso de porcelana (30PO)
cairá no chão e se quebrará com um es-
trondo bem alto. Isso despertará automati-
camente as gárgulas da área 2.
Área 2- Átrio externo: Nesta grande câ-
mara eram feitas as preces, purificações e
consagração dos sacerdotes que subiriam
para sacrificar na superfície. O cheiro ain-
da é muito forte neste aposento e a poeira
e sujeira tomam conta de todo o piso. Aqui
as pilastras ficam próximas às paredes dei-
xando em destaque uma grande porta de
pedra a leste e no centro uma grande fonte
seca com uma estátua bizarra. 2 Gárgulas
48
estão dormindo nesta sala entre as pilas-
tras e podem ser vistas com um teste de
sabedoria, mas caso tenham sido alerta-
das sobre os intrusos, se esconderão para
emboscar o grupo após verificarem se os
efeitos opressivos afetarão os personagens.
Água deveria sair da boca da estátua da
fonte, mas estranhamente escorre apenas
uma substância oleosa negra e viscosa.
Se algum personagem beber a substância
deverá realizar uma JP[Con] para vomi-
tar a substância, do contrário começará a
sentir enjoos e em 3d4+2 horas sofrerá de
uma febre alucinante que o transformará
em um Inumano. Esta substância está em
várias áreas e é a agua contaminada pelo
caos de Yugg-Lanoth
A escultura da fonte retrata uma horrenda
criatura com tronco humanoide, cabeça
de peixe e tentáculos ao invés de pernas.
Ela emana uma aura de opressão maligna
e uma breve investigação exige dos perso-
nagens uma JP[Sab] para não ter a sensa-
ção de que a estátua está olhando em seus
olhos e sussurrando maldições telepatica-
mente. O fracasso exige que se consulte a
tabela de efeitos opressivos.
Gárgula (Médio e Caótico)
CA: 18 JP: 15 MV: 6 (12 voando)
DV: 3(12/28) M: 11
FOR 14 | DES 9 | CON 16
INT 6 | SAB 12 | CAR 8
Ataques: 2 garras +4 (1d6+2)
chifre +4 (1d8+2)
Mimetismo: A textura da pele e a habili-
dade de ficar imóvel por horas a fio torna
fácil preparar emboscadas. Seus alvos
sofrem -4 nos testes de surpresa.
Investida Aérea: Atacar em uma
investida aérea garante às Gárgulas a
possibilidade de agarrar sua vítima para
larga-la de grandes alturas. Esta manobra
possui um bônus de +2 na rolagem de
ataque e causará dano de queda no alvo.
Caso erre, a Gárgula pode continuar se
movendo para longe.
Ataques múltiplos: Se não estiver
voando pode atacar 3 vezes no turno.
 Santuário da Ganância
Tabela de Efeitos Opressivos (1d4 inicial)
1. Tensão: Nada acontece, mas some 1 na próxima rolagem nesta tabela.
2. Susto: Surpreendido e some 1 na próxima rolagem nesta tabela.
3. Espanto: Surpreendido e ainda solta o que tiver em mãos.
4. Choque: Solta o que tiver em mãos e foge com medo (1d3 turnos).
5. Medo: Solta o que tiver em mãos e paralisia (1d3 turnos).
6. Pavor: Surpreendido e -1 nas JP[Sab] até sair da montanha.
7. Terror: Paralisia (1d3 turnos) e -1 nas JP[Sab] até sair da montanha.
8. Horror: +1 em todas as rolagens nesta tabela e role novamente.
9. Distúrbio: Perde 1d4 magias memorizadas e role novamente.
10. Trauma: Paralisia (1d3 turnos) e perde 1 de carisma permanente.
11. Trauma profundo: Como trauma e +1 em todas as rolagens nesta tabela.
12. Assombração: Como trauma, mas o personagem passará a ter visões e pesadelos
bizarros. Ouvirá vozes sussurrantes em sua cabeça repetindo K’nuu kthu xtanz e perderá
1 de carisma por semana até que seja alvo da magia divina Restauração. Durante a explo-
ração da montanha você pode dar pistar erradas ou dar informações desconexas por conta
das dificuldades em distinguir a realidade dos delírios. Caso este resultado se repita, dobre
a perda de carisma.

Os efeitos opressivos são um perigo aos

que invadem a montanha. O caos do
Mundo dos Sonhos está em contato com
a realidade graças ao poder da Gema do
Caos. Sempre que os personagens se de-
pararem com algum elemento bizarro e
assustador você pode pedir um JP[Sab]
para evitar feitos opressivos. Clérigos
cultistas possuem +2 nestas JP[Sab].
Uma particularidade dos efeitos opressi-
vos é o seu avanço lento e progressivo.
As rolagens na tabela começam com d4,
mas a cada nova consulta deve-se usar
um dado superior (d6, d8, d10 e d12). O
limite é o d12, após atingir este estágio
as novas consultas deverão apenas adi-
cionar +1 ao resultado obtido na rola-
gem.
Por que o Carisma?
É possivel que você esteja se pergun-
tando porque os efeitos opressivos
causam a redução do carisma e não
sabedoria. Como o Carisma representa
o magnetismo social do personagem
entendemos que uma pessoa assom-
brada e insana seja menos cativante e
atrativa ao convívio social. Além disso,
os contos de Lovecraft dão a entender
que a loucura é fruto do conhecimento
das esmagadoras verdades sobre o
universo, por isso reduzir a sabedoria
do personagem seria incoerente, já que
as regras de Old Dragon dizem que este
atributo determina o conhecimento do
personagem (OD Pág. 6).

49
Área 3 - Aposentos sacerdotais: Um
estreito corredor curvo conduzirá a um
pequeno cômodo. O caminho é cheio
de teias de aranhas que tornam a loco-
moção mais difícil (-2 metros de des-
locamento e -2 nos ataques com armas
médias ou grandes). Ratos, morcegos e
insetos mortos estão presos nas teias.
O cheiro do local é horrível: carniça e
sangue, misturado com um adocicado
aroma de incenso. No final do corredor
um pequeno aposento se abre. Existem
escombros do que deveria ser uma es-
crivaninha de madeira e uma cama.
Além disso, vários livros e papeis estão
largados pelo chão. Marcas de sangue
evidenciam que houve uma confusão no
lugar. Pelas paredes estão pendurados
incensários, amuletos religiosos e sím-
bolos misteriosos.
Uma agressiva aranha negra gigan-
te (OD. pág. 118) se sentirá ameaçada
quando algum personagem tentar in-
vestigar os escombros. Um pergami-
nho selado está entre os escombros da
escrivaninha, mas só após a luta contra
a aranha é possível lê-lo. As palavras fo-
ram escritas no idioma dos anões com
letras trêmulas e corridas, mas ainda po-
dem ser lidas com dificuldade (próxima
página).
Área 4 - Nave do templo: Esta área se
divide em duas grandes câmaras onde
atualmente se encontram apenas escom-
bros e entulho do que outrora fora a
nave de um templo. O cheiro forte con-
tinua e uma corrente de ar circula pelas
duas grandes áreas. É fácil notar inscri-
ções rabiscadas e imagens desenhadas
nas paredes, mas nada além de pedidos
de socorro e lamentações. Os bancos de
pedra estão destruídos, tapeçarias ras-
gadas, candelabros, castiçais e lustres
quebrados. Ratos e insetos circulam
pelo local e o chão está negro de sangue.
Se os filhos do lorde ainda estiverem vi-
vos, seus gritos desesperados serão ou-
vidos nesta câmara, revelando uma pa-
rede sob escombros que conduz a uma
escadaria que mergulha ainda mais fun-
Santuário da Ganância
do na montanha (2° nível do subterrâ-
neo). Caso os jovens já tenham morrido,
os personagens terão que encontrar esta
porta da maneira habitual.
2º nível do subterrâneo (A cidadela)
A escadaria possui 15 metros e chega
à entrada subterrânea do templo. Um
átrio pequeno com pouco mais de 10m²
e guardado por uma grande porta dupla
de mármore cheia de runas divinas. Do
outro lado da porta existe um túnel ro-
choso com 5m de altura e 10m de largu-
ra que conduz à cidade dos gnomos cin-
zentos. A escuridão é total a partir deste
ponto e o mármore trabalhado dá lugar
à rocha negra natural da montanha.
Cidade dos gnomos cinzentos: Após
uma descida de 150 metros a escadaria
chega ao final e revela uma visão sur-
preendente. Um grande vale com um
abismo no centro da montanha. Em tor-
no do abismo se encontra uma pequena
cidade encravada na rocha, levemente
iluminada por quatro grandes pilares
que emanam uma luz avermelhada. Esta
era a cidadela dos gnomos guardiões,
mas o ataque da Górgona a deixou de-
serta. Um estridente e agonizante grito
pode ser ouvido por todo vale se os fi-
lhos do Lorde London ainda estiverem
vivos, mas o eco torna difícil identificar
a direção.
O vale possui aproximadamente um
quilometro de diâmetro. Algumas cons-
truções parecem feitas de mármore, mas
no geral os tons escuros da montanha
tomam conta da paisagem assustadora.
Tirando as estranhas luzes vermelhas,
alguns brilhos dourados podem ser vis-
tos de relance em todo o vale. O ar é pe-
sado, mas o cheiro de podridão parece
suavizar-se, pois neste ambiente aberto
os muitos odores se confundem: rochas,
fungos, pequenos animais, umidade,
ouro e morte!
51
 Santuário da Ganância
Explorando a cidadela dos gnomos

Os jogadores podem explorar o local à vontade. Utilize a ilustração da cidade para se

guiar e tenha em mente que os brilhos dourados são estátuas de gnomos petrificados e
exceto pelos distritos dos operários, todas as construções são feitas de mármore. A explo-
ração de cada distrito deve levar 2 horas, mas apenas caminhar de um distrito para o mais
próximo, 15 minutos. Eventos aleatórios podem acontecer quando você quiser e quando
entrarem em um novo distrito.
Guiados pela dor

É possível que os jogadores se percam durante a exploração, ainda mais se não tiverem
um mapa. Caso eles ainda tenham tempo para salvar os filhos do lorde London, você po-
deria ajuda-los a encontrar o caminho através de seus gritos de dor. Um teste de sabedoria
determina a direção e coloque seus jogadores de novo no caminho que quiser. Claro que
você também poderia exigir uma rolagem na tabela de efeitos opressivos por conta da
agonia, e sofrimento que os gritos transmitem ou só rolar um evento aleatório.

Área de contato com o Mundo dos Sonhos

O selo foi rompido e a Gema do Caos distorceu a realidade na montanha. É certo que
os aventureiros esbarrarão com áreas de contato com o Mundo dos Sonhos. Este tipo
de região não possui uma divisão visível e é este o perigo. A tabela de eventos aleatórios
também aponta para a tabela de eventos inimagináveis gerados em tais áreas. Em alguns
casos será cobrada uma JP[Sab] para evitar uma nova rolagem de efeitos opressivos, mas
coisas piores que a loucura podem ocorrer quando se toca o Mundo dos Sonhos.

Magia Onírica

A magia funciona de forma diferente no Mundo dos Sonhos e isso se repete nas áreas de
contato com ele. Qualquer magia lançada em uma área deste tipo terá 50% (35% para
conjuradores caóticos) de chance de ser corrompida. Para saber os efeitos de uma magia
corrompida, role 1d10 e consulte a tabela de Magia Onírica. Não deixe os jogadores le-
rem as possibilidades e se possível, role os dados em segredo.

Tabela de eventos aleatórios na Cidadela dos Gnomos (1d6)

1. Diabretes atiram pedras e fogem voando (JP[des] ou 1d6 de dano).
2. Encontram 1d6+4 Sombras (OD Pág. 146) ou 2d4 Inumanos (OD Pág. 140).
3. Encontro com 1d6 +2 Gárgulas ou 1 Márgula liderando 1d4 Gárgulas (Pág.67).
4. Encontro com 1d4 Aparições (OD Pág. 118) ou 1d4 espectros (OD Pág. 133).
5. Área de contato com o Mundo dos Sonhos gera um evento inimaginável.
6. Área de contato com o Mundo dos Sonhos gera um evento inimaginável.

53
Santuário da Ganância

Tabela de Magia Onírica (1d10 efeitos sobre a magia)

1. A magia cura 1d6 pontos de vida de 1d4 personagens (2d6 em ordeiros) e role 1d10
para a tabela de efeitos sobre o conjurador.
2. A magia funciona em sua forma reversa, se não for possível role novamente.
3. Um vórtice surge 1d10 metros à frente do conjurador e por 1d4 turnos sugará tudo que
estiver a 5m de distancia. Como a magia Desintegrar (OD Pág. 82).
4. Outra magia é lançada. Determine o circulo com 1d8 e escolha uma magia deste cír-
culo aleatoriamente (arcana ou divina).
5. Uma bolha gigante de uma substância roxa e grudenta explode sobre a área inteira.
Funciona como a magia lentidão (OD Pág. 88).
6. Tentáculos negros surgem do chão e golpeiam 1d4 alvos aleatórios. (+10 para acertar,
causa 1d6 de dano e o dreno de 1 nível de experiência).
7. Terror: Paralisia (1d3 turnos) e -1 nas JP[Sab] até sair da montanha.
8. 1d4+1 Shoggoths (1DV, OD Pág. 145) surgem e atacam os jogadores .
9. 1d4 alvos aleatórios têm suas faces atingidas por uma gosma grudenta telepática
caótica. Funciona como a magia confusão (OD Pág. 79).
10. A magia funciona e seus efeitos são ampliados e role 1d10 para a tabela de efeitos
sobre o conjurador

Tabela de Magia Onírica (1d10 efeitos sobre o conjurador)

1. Uma descarga de energia mística o atinge (1d4 de dano por círculo da magia conjurada).
2. A boca fica costurada por 1d6 turnos (Não conjura magias ou fala).
3. Metamorfose permanente (Corpo de goblinóide).
4. Metamorfose permanente (troca de sexo).
5. O conjurador é banido para o Mundo dos Sonhos por 1d4 turnos e consulta a tabela
de efeitos opressivos somando os turnos de exposição.
6. Garras sinistras saem do chão e imobilizam o conjurador por 1d4 turnos.
7. Metamorfose permanente (Corpo de Gnomo Cinzento) .
8. Metamorfose permanente (cabeça de um animal qualquer e Carisma 3).
9. O conjurador troca de corpo com outro personagem definitivamente.
10. Reverte os efeitos permanentes ou uma energia o cura (2d8+3 PV).

54
 Tabela de eventos inimagináveis (1d12)

Santuário da Ganância
1. Medo assassino: Um personagem é alvo da magia Assassino Fantasmagórico (pag. 75)
2. Sombras malditas: 1d3 personagens são atacados por Tentáculos negros (Ataque +10,
CA 15, JP 15 e 10PV) que saem de suas próprias sombras e tentam arrasta-los para as
trevas. O alvo atingido faz uma JP[Des] para evitar o dreno de 1 nível de experiência ao
mergulhar no Mundo dos Sonhos.
3. Flashback apavorante: Uma ilusão relata a violência feita contra os gnomos: gárgulas
os mutilando vivos; uma boca monstruosa no abismo devorando os suicidas ou tentáculos
negros desmembrando-os violentamente. O grupo faz uma JP[Sab] para evitar uma rola-
gem de efeito opressivo.
4. Flashback revelador: Uma ilusão mostra algo sobre os 3 gnomos astrólogos: Eles
achando Yugg-Lanoth no interior do abismo ou sugando almas com a Sorvedouro Som-
brio da Purificação. Uma JP[Sab] do grupo evita uma rolagem de efeito opressivo.
5. Sobrevivente: O grupo acha um gnomo aprisionado em um casulo gosmento, mal
cheiroso e asqueroso. O gnomo está esquálido, pálido e agonizante. Ele sussurra por so-
corro, mas em uma tentativa de tirá-lo através de contato físico, a gosma esfacela seu
crânio e drena seus miolos. O horror da cena exigem uma JP[Sab] para evitar uma rola-
gem de efeito opressivo
6. Prisão: O grupo ouve um grito vindo de uma casa, mas quando entram não encontram
nada. Sem que notem a casa não possui mais saída e as paredes se transformaram em uma
substância orgânica viva. Eles estão dentro de um monstro (CA 15, JP 12 e 35pv)! Uma voz
gutural grita dizendo “K’nuu kthu xtanz” e a criatura se agita. Milhares de olhos assustado-
res brotam das paredes, até que um olho maior surge e se-revela um Tirano Ocular (OD Pág.
146). Quando o tirano ocular ou o interior do monstro forem mortos, a sala volta ao normal.
7. Paraiso das ninfas: O grupo encontra um chafariz lindo e reluzente em um pequeno
e agradável jardim. Beber desta fonte irá recuperar 5d6+5 pontos de vida e desfazer todos
efeitos negativos, mas um dos homens será tentado a permanecer aqui para sempre, pois
lindas Ninfas sairão da fonte e o puxarão suavemente. É preciso uma JP[Sab] para evitar a
tentação, se falhar fica com sua mente presa para sempre no mundo dos sonhos, deixando
seu corpo em estado catatônico. Após isto os personagens despertam para a realidade.
8. Nemesis: Seguindo um rastro de sangue e gritos o grupo chega até uma torre de 12
metros. No topo há uma sala vazia e o rastro cessa em uma parede com um vidro fumê.
Aquele que se aproximar do vidro será atacado por seu próprio reflexo. Um reflexo possui
as mesmas estatísticas da sua contraparte, mas não pode ser destruído. O dano sofrido é
descontado no personagem original e a única forma de vencer é quebrando o vidro (CA15,
JP15 e 20PV), mas isso destruirá a torre e todos cairão da altura de 12m (4d6 de dano).
9. Ninho de Shoggoth: O grupo desce algumas escadas cavernosas e chegam a uma
câmara fedorenta cheia de restos de gnomos e animais devorados. As paredes, teto e chão
estão cobertos de um líquido negro viscoso e várias criaturas protoplásmicas podem ser
vistas. Seres amorfos, pustulentos, com a massa corpórea em estado de mutação contínua
parecem se unir lentamente no que se revela uma fusão celular. Em instantes um monstro
de 5 metros de altura ataca o grupo. Um Shoggoth com 6DV (OD Pág. 145).
10. Encolhimento: O grupo vira uma esquina e tudo parece gigante ao redor. Na verdade
eles encolheram e agora precisam fugir de ratos, morcegos, aranhas e outros pequenos
animais gigantes. O efeito dura 1 hora e essas criaturas ganham +10 para atacar os perso-
nagens e causam o dobro do dano.
11. Visão da Górgona: Um dos personagens tem uma visão da bizarra cabeça da Gór-
gona voando e fitando-o nos olhos. JP[Con]para evitar a petrificação!
12. O fantasma do sumo-sacerdote: Aslyn tenta conversar com os personagens, mas seu
recado é interrompido por Shoggoths que o puxam para as trevas:
“Socorro! Ajudem-me! Eu sou Aslyn um sacerdote deste lugar maldito! Estou preso em uma
dimensão de pesadelos e tormentos eternos. Vocês precisam me ajudar! Misericórdia! Purifiquem
a Gema do Caos! Selem este demônio maldito! Argh! O ritual! Busquem o livro na torre branca...
Fé! É preciso ter fé!...ráp...rápido!”

55
Área 5- Distrito dos operários: As casas
aqui são simples e pequenas, medindo em
torno de 1,5 metros de altura e comportando
personagens médios com dificuldade. Neste
distrito é possível ver várias estátuas doura-
das de gnomos em varias posições, além de
esqueletos de gnomos pelo chão. Um exame
rápido revela que a maioria das estátuas pos-
suem expressões de medo e desespero. Este
distrito é vagamente iluminados pela luz
vermelha que emana dos pilares, portanto,
personagens com visão na penumbra podem
enxergar normalmente nesta área. O túnel
de fuga dos gnomos se inicia na região mais
a leste e caso os personagens subam pelo tú-
nel secreto que se encontra na vila de pesca-
dores, deverão sair nesta área.
Área 6- Distrito dos escultores: Uma ele-
vação no vale abriga um conglomerado de
casas de mármore de fino acabamento. Este
é o distrito dos escultores. Uma escada de
30 metros conduz até esta área, onde os per-
sonagens poderão encontrar várias estátuas,
ateliês, fontes ornamentais e chafarizes. As
casas aqui atingem 3 metros de altura e abri-
gam personagens de tamanho médio facil-
mente. A iluminação dos pilares não alcança
este distrito.
Área 7- Distrito dos guardiões: Esta é uma
área rebaixada no vale. Uma escada desce
25 metros revelando um pequeno distrito de
casas de mármore e granito. São casas de 2
metros de altura e estão completamente des-
truídas. Era aqui que os gnomos mantinham
boa parte de suas tropas. Este é com certeza
o distrito mais destruído, suas estátuas estão
todas em pedaços e marcas de sangue podem
ser vistas por todos os lados. Uma estranha
névoa cobre boa parte do chão do distrito.
A maior construção do local é um forte e é
lá que os personagens poderão encontrar a
passagem para o 3º nível da montanha. Caso
haja tempo, os gritos dos nobres serão ouvi-
dos bem altos. A partir deste ponto, todo o
caminho é uma grande área de contato com
o Mundo dos Sonhos. As regras para magia
onírica devem ser observadas.
Quando os personagens pisam no pátio do
forte já podem sentir a opressão que vem do
Santuário da Ganância
andar inferior. O local é aberto e os muros
estão tombados. A névoa do distrito parece
sair de um buraco no centro do forte, que
um dia foi selado por uma grade, mas hoje
se pode ver apenas os restos dela e um túnel
grosseiro que descem profundo na monta-
nha. O pátio possui 30m² e embora esteja
vazio, atravessá-lo vai ser perigoso. Con-
sidere o movimento dos personagens para
determinar quantos turnos precisarão para
atravessar o pátio totalmente (30 metros).
Quando os personagens iniciarem a travessia
do pátio, muitos tentáculos negros (Ataque
+10, CA 15, JP 15 e 10PV) surgirão do solo
para ataca-los. O alvo deste ataque sofre 1d6
de dano de esmagamento e faz uma JP[Des]
para evitar uma imobilização. Personagens
imobilizados devem testar Força a cada tur-
no para escaparem ou sofrerão 1d6 de dano
extra, sendo que após 2 turnos de imobiliza-
ção, o alvo será devorado automaticamente
por um verme negro gigante que sairá da
névoa em um mergulho dilacerador.
Área 8- Distrito dos sacerdotes: Talvez seja
a área menos afetada pela Gema do Caos.
Este distrito se localiza numa elevação de
20 metros do nível do vale e se encontra em
total escuridão. As construções são todas
em puro mármore e existe uma torre branca
com 25 metros de altura. Aqui os sacerdotes
guardavam seus manuscritos e tesouros.
Torre branca: Por dentro o local está com-
pletamente em ruinas. Grandes pedregulhos
e escombros impedem o acesso aos andares
superiores e não existem janelas no térreo.
No centro do hall existe uma estátua de
pedra com 2 metros de altura, de um deus
ordeiro ajoelhado (Golem). Assim que o
grupo adentra o hall, um vento forte fecha
a porta bruscamente às suas costas. Subita-
mente os olhos da estátua se iluminam e ela
começa a se colocar de pé, com um olhar
perscrutador. O golem atacará caso não
exista nenhum personagem ordeiro, mas em
havendo, se pronunciará com voz de trovão:
57
 “Eu sou o protetor dos tesouros dos gnomos
e não há ninguém que possa resistir à minha
Santuário da Ganância
punição! Somente os filhos da ordem e do bem
poderão prosseguir! Digam-me o que quero
saber e vivereis, frustrem-me a curiosidade e
morrereis!
Eu sou a certeza das coisas que se esperam e a
convicção das coisas que não se veem; Os que
me possuem são agraciados pelos deuses, mas
sem mim nada podereis fazer... do que vós me
chamais?”
A resposta certa deste enigma é “Fé”, mas
também podem ser aceitas respostas como:
esperança, crença e religião. Se os persona-
gens errarem o enigma ou não souberem a
resposta, serão furiosamente atacados pelo
Golem de pedra (OD Pág. 137). Se for der-
rotado a porta se abre e o ídolo guardião co-
meça a se reconstruir magicamente (em 1d6
minutos estará restaurado).
Golem de Pedra (Grande e Neutro)
CA: 13 JP: 14 MV: 6
DV: 5+4(39/54) M: 12
FOR 18 | DES 6 | CON 15
INT 3 | SAB 5 | CAR 3
Ataques: 2 pancadas +7 (2d8+4)
Mimetismo: Os golens de pedra podem
se misturar às pedras de uma parede 1x
ao dia.
Imunidades: todos os efeitos mentais,
sono, veneno, parasilia, doença, morte,
dreno de energia e sangue, acertos críticos
e a todos os efeitos que exigem uma
JP[CON] .
Se e somente se, os jogadores acertem a res-
posta, o golem os saudará e voltará a sua po-
sição inicial. Diante dele uma passagem se-
creta no chão se abrirá e revelará uma escada
branca. É o caminho à sala dos tesouros dos
gnomos sacerdotes, conhecidos como Filhos
da Montanha.
58
Tesouros dos gnomos: Um salão oval de
10m2, com ídolos de deuses ordeiros medin-
do 2m de altura, um cheiro de incenso toma
o local e uma leve luz mágica ilumina o am-
biente. Há um baú branco com detalhes em
prata em cima de um altar no meio do salão
e um enorme livro com capa de mármore
sendo segurado por um ídolo. O baú contém
o tesouro dos gnomos:
• 3d4 poções aleatórias + 1d4 de curar
ferimentos graves;
• 1 anel de armazenamento bondoso
(OD Pág. 110) com 5 magias divinas
aleatórias;
• 2d6 pergaminhos de magias divinas ale-
atórios;
• 1 Compasso Arcano;
• Uma estranha garrafa artesanal: É o
Sorvedouro Sombrio da Purificação,
o misterioso item capaz de purificar o
mundo da influência do mal.
Livro das crônicas: Este livro é um gran-
de diário dos gnomos. Assim que o livro é
aberto uma fumaça cintilante começa a sair
de suas páginas e se aglomerar formando
uma nuvem que em segundos começa to-
mar formas. Através dos efeitos ilusórios da
fumaça cintilante o livro revelará os even-
tos ocorridos na montanha, deixando cla-
ro aos jogadores tudo o que foi dito em “A
História”(Pág. 9) até 45 anos atrás. Os misté-
rios serão revelados e não só isso, também os
detalhes sobre a Gema do Caos, as Gemas
do Aprisionamento e o ritual de purificação
com a garrafa conhecida como Sorvedouro
Sombrio da Purificação. O livro também
contem relatos do clérigo Aslyn dizendo que
a última esperança é purificar a Gema do
Caos para que as outras quatro Gemas do
Aprisionamento fortaleçam o selo por mui-
tos séculos. Para isso é preciso realizar o ritu-
al em contato com a Gema do Caos, mas há
grandes riscos nisso e as placas dos 4 pilares
devem ser usadas como proteção durante o
ritual. Após uma hora as ilusões terminam
e o livro se fecha sozinho. O golem não os
deixará sair com o livro, apenas os tesouros
do baú serão liberados.
Área 9- Abismo: No centro do grande
vale existe um precipício enorme com
300m de diâmetro. Qualquer anão ou
especialista em subterrâneos poderá per-
ceber que este abismo não é natural do
ambiente, mas sim escavado de forma pla-
nejada. Um olhar para dentro do abismo
revela que ele é imenso (mais de 200 me-
tros de profundidade), fora isso o abismo
parece comum, mas qualquer personagem
que já tenha obtido um efeito opressivo
maior que Medo (5 na tabela de efeitos
opressivos), deverá realizar uma JP[Sab]
para evitar um desejo suicida de se ati-
rar no abismo após ouvir o chamado de
Yugg-Lanoth (Aliados precisam rolar sur-
presa e iniciativa contra o suicida para ter
chance de detê-lo antes do suicídio).
Pilares Luminosos: Uma investigação
mostra que o brilho não vem dos pilares,
mas sim das gemas que eles sustentam.
As gemas possuem meio metro de largu-
ra e podem ser removidas, embora isso
comprometa o ritual de aprisionamento.
Em cada pilar existe uma placa de prata
com uma frase no idioma dos anões que
oferecem proteção (+4 nas JP) durante a
execução do ritual das Gemas do Aprisio-
namento.
1ª tranca em nome das almas, tua gema se
perderá em teus sonhos.
2ª tranca em nome da paz, não encherás nos-
sos corações de caos.
3ª tranca em nome da vida, esta montanha
será teu cárcere eterno.
4ª tranca em nome da liberdade, nossas al-
mas estarão protegidas.
3º nível do subterrâneo (O covil
da Górgona olho de Ágata)
O túnel grosseiro que se inicia no forte
do distrito dos guardiões (área 7) leva até
o terceiro nível da montanha, a antiga
cidadela-santuário dos 3 gnomos astrólo-
gos. O caminho é uma descida de apro-
ximadamente 300 metros, através de um
túnel largo e mal cheiroso. A névoa que
preenchia o chão no distrito dos guardi-
ões agora toma conta do túnel inteiro e
uma substância negra viscosa domina as
Santuário da Ganância
paredes e respinga do teto.
Em um dado momento da caminhada, os
personagens conjuradores poderão fazer
um teste de CEC(Sab) para discernirem
que estão em um tipo de terreno extradi-
mensional. A Gema do Caos conseguiu
alterar tanto a realidade neste local que
partes de K’nuu se materializaram no
mundo material e se fundiram com as
ruínas da cidadela-santuário que um dia
existiu no local.
Se os filhos do Lorde estiverem mortos:
Assim que a alma dos jovens for dragada
pela Gema do Caos um grande terremoto
marcará o despertar do inimaginável Yu-
gg-Lanoth (faltavam poucas almas para
ele se libertar). A criatura se erguerá atra-
vés do grande abismo escavado e os joga-
dores terão poucas chances de sobreviver,
pois o monstro buscará sair de seu cárce-
re destruindo tudo e todos. Yugg-Lanoth
despertará cansado, com parte de seu po-
der, estando assim restrito aos arredores
da Gema do Caos
O despertar de Yugg-lanoth
Este evento pode por fim ao grupo fa-
cilmente. Alguns mestres podem achar
isso ruim, embora seja normal em aven-
turas Old School. De qualquer forma,
você pode prolongar ou reduzir o tem-
po de vida dos nobres conforme seus
planos para a campanha. A contagem
regressiva é apenas um elemento para
inserir a sensação de urgência nos per-
sonagens, mas você pode administrar
isso de outra forma, por exemplo: Con-
ceder pontos de experiência extra aos
personagens se conseguirem salvar os
jovens dentro do prazo determinado.
Lembre-se que o jogo é seu! Faça o que
quiser e divirta-se!
59
 Santuário da Ganância

60
O combate final: A Górgon Olho de Ága- zação. Personagens imobilizados deverão
ta será avisada da presença do grupo pela testar Força a cada turno para escaparem ou

Gema do Caos e recepcionará os persona-
gens com urros ensandecidos e assustadores.
Ela tentará se esconder entre as ruínas para
surpreender alguém com seu olhar mortal
e os tentáculos atacarão aleatoriamente (de
surpresa) a partir do chão.
Com um tronco feminino desnutrido sus-
tentado por uma dúzia de tentáculos escu-
ros com mais de 5 metros, esta é a Górgona
Olho de Ágata. Seu rosto possui um nariz
pontudo, cavidades oculares profundas e no
lugar dos olhos duas ágatas amarelas relu-
zentes como o sol. Sua cabeça não possui
cabelos, pois serpentes de mais de 1 metro
lhe servem como madeixas. Várias jóias lhe
adornam o corpo e um colar brilha em seu
pescoço (colar da absorção).
A Górgona parece completamente insana,
berrando e olhando ao seu redor como se
outras presenças existissem no local. Qual-
quer personagem com sabedoria 12 ou mais
pode deduzir que ela está enfeitiçada, mas a
verdade é que ela enlouqueceu por causa da
opressão da Gema do Caos. A primeira vez
que a criatura escutar seu antigo nome (Lei-
la) ficará confusa e recuará por 1d4 turnos,
mas logo continuará a lutar insanamente
com as próprias garras e serpentes veneno-
sas enquanto os tentáculos de Yugg-Lanoth
lhe ajudarão a atacar aqueles que fujam ou
se mantenham fora de seu alcance.
A cada rodada existirá 40% de chance de
um personagem ser alvo dos tentáculos. O
alvo sofre 1d6 de dano de esmagamento e
faz uma JP[Des] para evitar uma imobili-
Santuário da Ganância
sofrerão 1d6 de dano extra, sendo que após 2
turnos imobilizado, o alvo será dragado pela
terra e ressurgirá como um Inumano (OD
pag. 140) em 1d4 turnos.
Usando seu olhar petrificante e se valendo
de seu veneno mortal a Górgona Olho de
Ágata dificilmente pensa em perder, mas
caso venha a ser derrotada, os sobreviven-
tes perceberão o quanto ela parece aliviada
com a morte. Imediatamente após sua mor-
te, todas as vítimas petrificadas e gárgulas se
desmancharão em lama, restando apenas os
4 tentáculos de Yugg-Lanoth próximos ao
obelisco.
Qualquer criatura viva que venha a perder
a consciência ou morrer neste lugar será
dragada pelo solo e em 1d4+1 turno ressur-
girá como um Inumano. Personagens que
tenham sido petrificados só terão salvação
caso uma magia Desejo seja lançada en-
quanto a Górgona ainda vive, pois após sua
morte todas as suas vítimas se perderão para
sempre.
Ritual do aprisionamento: Se os persona-
gens aprenderam o ritual e caso estejam com
os itens necessários, precisarão usar a Sorve-
douro Sombrio da Purificação para purificar
a Gema do Caos, para então realizar o ritual
das Gemas do Aprisionamento. O ritual pode
ser feito por qualquer personagem. Para mais
detalhes do ritual veja a descrição da Gema
do Aprisionamento no apêndice VI ao final
do livro e não se esqueça do bônus das pla-
cas protetoras.

Górgona Olho de Ágata(Grande e Caótico)

CA: 15 JP: 12 MV: 9 DV: 8+3(58) M: 10

FOR 18 | DES 14 | CON 16 INT 9 | SAB 11 | CAR 4

Ataques: 4 mordidas + 6 (1d4+ veneno) ou “olhar petrificante”

1 garra +12 (1d6+4) ou 4 tentáculos +8 (1d6).

Veneno: o veneno das serpentes causa a perda de 1d4 pontos de força temporários, até
que o alvo possa descançar e receber cuidados médicos.
Olhar Petrificante: toda criatura viva a até 10 metros da Górgona pode ser transformada
em estátua automaticamente se olhar diretamente nos olhos da criatura. A Górgona pode
tentar ativamente encontrar o olhar de um inimigo e caso este inimigo não esteja de olhos
fechados deverá fazer uma JP[Des] para evitar o olhar. Curiosamente personagens ordei-
ros se tornam estátuas de ouro.

61
 Conclusão
Conclusão
A
pós o fim da expedição à monta-
nha os personagens que estiverem
vivos poderão reclamar suas re-
compensas ou agradecer aos deu-
ses por terem sobrevivido com sanidade.
Se os jovens forem resgatados, uma gran-
de festa será feita na cidade de Belmont.
A notícia de que os fantasmas não ame-
açam mais colocará Belmont nas rotas
comerciais novamente e os personagens
serão honrados com o título de Guardi-
ões de Belmont. É possível até que haja
casamento e todos os personagens virem
figuras constantes na vida da cidade de
Belmont.
Guinter Trickster pode terminar a aventu-
ra como um fugitivo, um preso, um morto
ou continuar oculto sob o disfarce de con-
selheiro da cidade, mas se os personagens
não trouxerem a Gema do Caos que a
Górgona guarda, ele continuará suas bus-
cas, mas desta vez sem usar o artifício dos
fantasmas.
62
Talvez os personagens tenham consegui-
do selar Yugg-Lanoth para sempre, ou
por mais alguns séculos. A vila de pesca-
dores voltará ao normal, seus moradores
pouco a pouco retomarão suas vidas e o
shoggoth que fingia ser Utter irá morrer
quando seu criador for selado.
No caso de um fracasso é provável que
Yugg-Lanoth se esconda no fundo da La-
goa de Prata e continue exercendo influ-
ência sobre a vila de pescadores. Talvez
fique assim por algum tempo, até conse-
guir recuperar suas forças.
Existe também a possibilidade do grupo
ter derrotado a Górgona, salvo os jovens,
mas sem conseguir selar Yugg-Lanoth,
neste caso é possível que os jogadores
queiram explorar o quarto nível da mon-
tanha, o leito da criatura inimaginável.
Caberá a você como mestre, a tarefa de
determinar os rumos de sua campanha.
 Gnomo
Cinzento
Parentes dos anões, os gnomos cinzentos
são nitidamente menores e menos robus-
tos que seus primos. Sua pele varia entre
tons de cinza a marrom escuro; seus na-
rizes são grandes e rombudos; seus cabe-
los variam entre uma infinidade de tons
e costumam usar barbas curtas e bem fei-
tas. Atingem a maturidade com 150 anos
e chegam a viver por 600. Seus corpos
medem normalmente entre 50 a 90 cen-
tímetros e geralmente pesam entre 12 kg
e 25 kg.
Assim como os anões eles vivem no sub-
terrâneo, mas não compartilham da mes-
ma aversão aos seres da superfície e em-
bora não sejam mineradores ou ferreiros
tão bons quanto os anões, seus trabalhos
com pedras não perdem em nada. São ex-
celentes escultores e apreciam finos traba-
lhos com gemas, metais e pedras precio-
sas de vários tipos.
Embora o espirito criativo e desatento
possa não combinar com a vida discipli-
nada e dedicada aos estudos de um mago,
muitos gnomos cinzentos trilham o ca-
minho da magia a sua própria maneira.
Sua alta inteligência muitas vezes com-
pensa a falta de atenção e o bom humor
e criatividade fazem dos gnomos ótimos
ilusionistas, muito embora tenham certa
dificuldade para se concentrarem durante
o manuseio de itens mágicos, ocorrendo
portanto, não poucos acidentes mágicos.
Com o passar das gerações, o estilo de
vida em tocas e subterrâneos acabou de-
senvolvendo nos gnomos uma capacidade
de enxergar na escuridão total, mas mes-
Gnomo Cinzento
mo assim suas cidades possuem relativa
iluminação oriunda de gemas preciosas
brilhantes e lanternas coloridas cintilan-
tes.
Idiomas: Usam uma variação pobre do
idioma dos anões com algumas diferen-
ças caricatas, mas evitam usá-lo na frente
de anões, afinal, ninguém gosta de irritar
um anão maculando aquilo de que mais
se orgulham: suas tradições. Aqueles que
possuem inteligência alta costumam falar
também o idioma dos elfos, goblins e o
comum. O idioma dos gnomos é compre-
endido como o idioma dos anões, embora
os anões o considerem algo totalmente
diferente.
Visão no escuro: A adaptação ao subter-
râneo concedeu aos gnomos a capacidade
de enxergar na escuridão total. Esta visão
no escuro se estende por até 15 metros.
Mineradores: Todo gnomo cinzento tem
uma forte ligação com as rochas e por isso
aprendem a avaliar gemas, pedras precio-
sas, passagens e condições de muralhas e
portais. Por isso são capazes de detectar
desníveis e armadilhas de pedra, fossos
escondidos e determinar o valor exato de
pedras preciosas com um resultado de 1
ou 2 no d6.
Pequeno: Sua baixa estatura lhes garante
um bônus de +2 na sua classe de armadu-
ra quando estiverem combatendo inimi-
gos com mais de 2 metros de altura.
63
 Movimentação e restrições: Suas per-
nas são curtas e seu corpo pouco atlé-
Gnomo Cinzento
tico, por isso os gnomos tem um deslo-
camento base de 6 metros. Eles também
não podem usar armas grandes.
Mente caótica: A mente de um gnomo
cinzento funciona de forma caótica e
acelerada. Eles normalmente não conse-
guem se concentrar em uma única tarefa
porque suas mentes costumam se divi-
dir entre várias tarefas simultaneamen-
te. Por isso eles acabam resistindo mais
facilmente a efeitos mentais e sua mente
é um enigma até para magos poderosos.
Os gnomos recebem um bônus de +2 em
todas as JP[Sab].
Inaptidão com itens mágicos: Usar
itens mágicos pode ser mais difícil do
que se pensa. É necessário pronunciar
as palavras de ativação da forma corre-
ta; movimentar e manusear precisamen-
te o item, além de entender como eles
funcionam. Por isso o espirito caótico e
agitado dos gnomos não combina mui-
Gnomos Cinzentos em Jogo
• Gnomos cinzentos tendem a ali-
nhamentos caóticos;
• Medem entre 50 e 90 centímetros e
pesam entre 12 e 25kg;
• Atingem a maturidade em 150 anos
e vivem até 600 anos;
• Visão no escuro por 15 metros;
• Recebem +2 em inteligência e -2 em
sabedoria;
• Detectam desníveis, fossos e arma-
dilhas de pedra com 1 ou 2 em 1d6;
64
to com o uso de itens mágicos. Sempre
que um gnomo usar um item mágico
que seja ordeiro ou neutro existirá uma
chance de 35% de que o item não fun-
cione e algum efeito adverso inesperado
aconteça. Pode ser uma explosão de pó
mágico, uma descarga elétrica irrele-
vante no próprio gnomo ou até uma ex-
plosão perigosa. Os efeitos exatos ficam
por conta da criatividade. Esta limita-
ção não afeta o uso de itens com efei-
tos contínuos como armas e armaduras,
mas somente com itens que precisam de
ativação, como varinhas, anéis, poções,
pergaminhos e poderes especiais de ar-
mas e armaduras mágicas.
Modificadores de atributo: Os gnomos
são inventivos, espertos, sagazes e pos-
suem uma inteligência acima do nor-
mal, recebendo +2 em inteligência. Em
contrapartida são um pouco dispersos e
curiosos demais, por conta disso a sua
sabedoria recebe -2 como modificador.
• Avaliam o valor exato de uma pedra
preciosa com 1 ou 2 em 1d6;
• +2 na Classe de Armadura contra
inimigos grandes ou maiores;
• Movimentação base de 6 metros;
• Armas médias apenas com duas
mãos;
• +2 em todas as Jogadas de Proteção
de Sabedoria;
• Itens mágicos que requerem ativa-
ção tem 35% de chance de falhar.
 Monge Branco

Classe Base: Clérigo Alinhamento: Ordeiro
A partir do 5º nível o clérigo percebe que
sua vocação não é para crescer na fé atra-
vés de uma guerra santa contra as forças
do mal, mas sim através do altruísmo e
solidariedade. Por conta disso, o clérigo
decide se tornar um Monge Branco abrin-
do mão totalmente de riquezas, família e
prazeres mundanos dedicando-se a pere-
grinar pelo mundo levando a paz e a vida
por onde passar.
Os Monges Brancos são uma irmandade
nobre e respeitada nos reinos civilizados.
Ter um Monge Branco por perto é tido
como sinal de boa sorte e por isso são bem
vindos em todo lugar. Muitos servem em
templos, hospitais, castelos ou em campos
missionários, mas os mais corajosos abra-
çam uma vida de peregrinação após os 2
anos de retiro que passam no grande mos-
teiro dos Monges Brancos.
Monge Branco
por dia igual ao dobro de seu nível, além
de remover doenças comuns e neutralizar
venenos uma vez por semana.
Um Monge Branco de 11º nível pode cons-
truir uma igreja e atrair seguidores dispos-
tos a seguirem o caminho da santidade e
dedicação ao próximo conforme seus en-
sinamentos.
No nível 16, o Monge Branco virou um
santo e pode usar o poder da fé para ma-
ximizar suas magias de cura. É permitido
ao Monge Branco utilizar afastar mortos-
-vivos junto de suas magias para obter o
efeito máximo ao invés de rolar os dados
de cura, sendo que todas as magias de cura
recuperam um valor extra de pontos de
vida igual ao modificador de sabedoria do
Monge Branco.

No 5º nível o Monge Branco abdica do uso

de armaduras e armas para se dedicar to-
talmente à meditação e oração. Deste mo-
mento em diante o Monge Branco irá usar
apenas o manto, broche da ordem e caja-
dos. O personagem passa a ser reverencia-
do e ouvido por onde passar, podendo so-
licitar abrigo e mantimentos para si e seus
companheiros além de terem um desconto
na compra de equipamentos igual ao mo-
dificador de reação de seu carisma.

No nível 8 a sua fé será fortalecida e sua

vontade de ajudar o próximo lhe concede-
rá dons milagrosos, podendo curar com o
toque das mãos um total de pontos de vida

65
 Monstros
Monstros

Ladrões do bando de Trickster

(Médio e Neutro| Qualquer)
Encontros: Variável
Prêmios: 10% | 360 XPs
Movimento: 6
Moral: 7
FOR 11 | DES 14 | CON 10
INT 9 | SAB 9 | CAR 10
CA: 14
JP: 14
DV: 4 (16/32)
# Ataques
• 1 espada curta + 3 (1d6)

Os ladrões que auxiliam o gnomo Guinter

Trickster são membros de uma quadrilha
da capital que estão em busca das riquezas
da cidade dos gnomos cinzentos. Em tro-
ca de sua ajuda na exploração dos tuneis
e na luta contra a Górgona Trickster lhes
ofereceu abrigo, comida e todas as rique-
zas que conquistarem, exceto a gigantesca
Gema do Caos.

Talentos de ladrão: Os ladrões pos-

suem os talentos de ladrão como um
personagem jogador de nível 4. Os
talentos mais utilizados são Reconhe-
cer e desarmar armadilhas (35%), Escalar
muros (83%), Esconder-se nas sombras
(30%), Mover-se em silêncio (45%) e ata-
que pelas costas x2.

Forma etérea: Utilizando o ídolo de prata

espelhado de Trickster, os ladrões conse-
guem assumir uma forma etérea tempo-
rária. Durante 2d6 minutos os ladrões
se tornam imunes a armas comuns,
adquirem 50% de resistência à
magia e ignoram armaduras
através de sua forma etérea.

66
Gárgulas
(Médio e Caótico| Qualquer) Investida aérea: Atacar em uma investida
Encontros: 3d6 aérea garante às Gárgulas a possibilidade de
Prêmios: 15% | 400 XPs agarrar sua vítima para larga-la de grandes
Movimento: 6m ou 12m voando alturas. Esta manobra possui um bônus de

Monstros
Moral: 11 +2 na rolagem de ataque e causará dano de
FOR 14 | DES 9 | CON 16 queda no alvo. Caso erre, a Gárgula pode
INT 6 | SAB 12 | CAR 8 continuar se movendo para longe.
CA: 18
JP: 15 Ataques múltiplos: Se não estiver voando
DV: 3 (12/28) pode atacar 3 vezes no turno.
# Ataques
• 2 garras + 4 (1d6+2)
• 1 Mordida / Chifre + 4 (1d8+2) Márgulas
(Médio e Caótico| Qualquer)
Encontros: 1d6
As gárgulas do Santuário da ganância foram Prêmios: 15% | 540 XPs
criadas pela Górgona e lhes são totalmente Movimento: 5m ou 10m voando
fiéis. Não precisam se alimentar nem des- Moral: 11
cansar, mas caçam somente pelo prazer de FOR 16 | DES 8 | CON 16
causar dor e sofrimento aos outros. Os chi- INT 6 | SAB 12 | CAR 8
fres destas criaturas podem ser usados para CA: 20
criação de poções de voo. JP: 13
DV: 5 (20/40)
Mimetismo: A textura da pele e a habilida- RD: 5/magia
de de ficar imóvel por horas a fio torna fácil # Ataques
preparar emboscadas. Seus alvos sofrem -4 • 2 garras + 6 (1d6+5)
nos testes de surpresa. • 1 Mordida / Chifre + 5 (1d8+5)

As Márgulas são versões mais robustas e

fortes das gárgulas normais. Sua pele é mais
rígida, seu movimento um pouco mais lento
e sua aparência mais assustadora ainda, se-
melhante a demônios musculosos. Márgulas
geralmente são encontradas liderando ban-
dos de gárgulas.

Mimetismo: A textura da pele e a habilida-

de de ficar imóvel por horas a fio torna fácil
preparar emboscadas. Seus alvos sofrem -4
nos testes de surpresa.

Investida aérea: Atacar em uma investida

aérea garante às Márgulas a possibilidade
agarrar sua vítima para larga-la de grandes
alturas. Esta manobra possui um bônus de
+2 na rolagem de ataque e causará dano de
queda no alvo. Caso erre, a Márgula pode
continuar se movendo para longe.

Ataques múltiplos: Se não estiver voando

pode atacar 3 vezes no mesmo turno, com
suas garras e mordida ou chifrada.

67
 Monstros

68
Diabrete de Pedra
(Pequeno e Caótico| Qualquer)
Encontros: 1d4
Prêmios: 15% | 200 XPs
Movimento: 6m ou 12m voando
Moral: 11
FOR 9 | DES 14 | CON 16
INT 6 | SAB 12 | CAR 8
CA: 15 (17)
JP: 14
DV: 3 (12/24)
# Ataques
• 2 garras + 2 (1d4+2)
• 1 Ferrão + 4 (1d3 + veneno)
Os Diabretes de Pedra foram criados pela
Górgona para realizar pequenas tarefas. São
mais inteligentes e sagazes que gárgulas e
márgulas e por isso preferem preparar arma-
dilhas ou apedrejar os inimigos e debandar
quando em perigo. Não precisam se alimen-
tar nem descansar e seus ferrões podem ser
usados para produção de antídotos.
Veneno: Qualquer criatura média ou menor,
que seja ferroada por um Diabrete de Pedra
deve realizar uma JP[Con] para evitar ficar
sob efeito de lentidão por 2d4 turnos.
Mimetismo: A textura da pele e a habilida-
de de ficar imóvel por horas a fio torna fácil
preparar emboscadas. Seus alvos sofrem -4
nos testes de surpresa.
Pequeno: Os diabretes possuem aproxima-
damente 30 cm de altura e isso os torna al-
vos difíceis de serem acertados. Sempre que
lutarem contra criaturas de tamanho médio
recebem +2 na classe de armadura como bô-
Monstros
nus.
Górgona Olho de Ágata
(Grande e Caótico| Subterrâneo)
Encontros: 1
Prêmios: 30% e 1 item mágico| 1500 XPs
Movimento: 9m
Moral: 10
FOR 18| DES 14 | CON 16
INT 9| SAB 11 | CAR 4
CA: 15
JP: 12
DV: 8 +3 (58)
# Ataques
• 4 Mordidas de serpentes + 6 (1d4 + vene-
no) ou buscar o olhar
• 1 Garra + 12 (1d6 + 4) ou 4 tentáculos
+8(1d6) a 5m.
As Górgonas são criaturas bizarras que pos-
suem o corpo sustentado por tentáculos de 5
metros, um torso humanoide, serpentes no
lugar de cabelos, ágatas amarelas encanta-
das no lugar dos olhos.
Veneno: o veneno das serpentes causa a per-
da de 1d4 pontos de força temporários, até
que possam descansar e receber cuidados
médicos. Uma JP[Con] anula os efeitos do
veneno.
Olhar petrificante: Toda criatura viva até 10
metros no raio de visão da criatura pode ser
transformada em estátua automaticamente
(sem JP) se cruzar olhares com a Górgona.
Lutar de olhos fechados é a melhor estraté-
gia (-10 nos ataques e -5 na CA). A Górgona
pode tentar encontrar o olhar de um inimigo
ativamente e caso este inimigo não esteja de
olhos fechados deverá fazer uma JP[Des]
para evitar o olhar antes de ser petrificado.
Curiosamente os personagens ordeiros se
tornam estátuas de ouro. Com a morte da
Górgona todas as estátuas criadas por ela se
desfazem em lama e com elas a esperança
que suas vítimas tinham de voltar a forma
normal.
67
 Golem de Vidro
(Grande e Caótico| Subterrâneo) Fraquezas: Armas de contusão causam o do-
Encontros: 1 bro de dano nos golem de vidro e ignoram sua
Prêmios: nenhum | 2730 XPs redução de dano. Além disso, a magia despe-
Movimento: 6m daçar pode enfraquecer a criatura de tal forma
Monstros

Moral: 12 que qualquer golpe que o atinja terá uma chan-

FOR 18| DES 6 | CON 15 ce de 25% de destruí-lo completamente e sua
INT 3| SAB 5 | CAR 3 resistência à magia é comple-
CA: 13 tamente anulada por
JP: 14 1d6 turnos.
DV: 6+4 (42)
RM: 100%
RD: 10
# Ataques
• 2 Espadas+8 (2d10+5)

Golens de vidro são

considerados obras de
arte, pois normalmen-
te o corpo de vidro é
trabalhado de forma
elegante ou baseado
em vitrais, possuindo a
forma de um cavaleiro
com espada. Quan-
do se move produz
um som como o
tilintar de sinos de
cristal. Seus ataques
são mortais e quan-
do escondidos em
vitrais, podem sur-
preender inimigos
despercebidos.

Imunidades: Como
todo golem, o de vi-
dro também é imune
a acertos críticos, sono,
paralisia, veneno, doença
e todos os efeitos que exi-
jam uma JP[Con] (vene-
nos, paralisia, cegueira,
doença, morte, dreno de
energia etc).

Refletir magia: Qualquer

magia que seja anula-
da pela resistência a
magia do golem de
vidro possui 35%
de chance de ser
refletida de
volta ao seu
conjurador.
Magias de luz
ou relâmpago são re-
fletidas automaticamente.

70
Yugg-Lanoth, o senhor de K’nuu
(Colossal e Caótico| Qualquer)
Encontros: 1
Prêmios: 130% e 1d8 itens mágico| 12000
XPs
Movimento: 20m nadando 40
Moral: 12
FOR 38| DES 12 | CON 30
INT 30| SAB 25 | CAR 30
CA: 40
JP: 1
DV: 30
RM: 60%
RD: 30/ magia, prata e caos.
# Ataques
• 3 Garras crustáceas+ 35 (2d8 + 14 + agarrar)
• 1d8+2 tentáculos +28 (2d6 +14 + agarrar)
O senhor de K’nuu é uma criatura aberran-
te de forma inimaginável. Seu corpo mede
25 metros de altura, embora costume andar
curvado sobre as 4 patas articuladas gigan-
tes, o que reduz sua estatura para 15 metros.
Sua face possui semelhanças com peixes ou
sapos e de sua cabeça nascem globos ocu-
lares presos a hastes móveis. De seu torso
brotam 3 garras crustáceas presas em hastes
móveis e 2 grandes tentáculos com um ema-
ranhado de órgãos sensoriais (olhos, bocas,
narizes e orelhas). A parte inferior de seu
corpo é humanoide, possuindo uma barriga
inchada e braços atrofiados que terminam
em mãos com 3 dedos membranosos. Ao in-
vés de pernas, Yugg-Lanoth possui uma mi-
ríade de tentáculos negros que servem para
ajudar na natação da criatura, que costuma
nadar pelo Mundo dos Sonhos, de onde
pode mergulhar no subconsciente de qual-
quer criatura. Seu corpo possui diversos tons
de cores diferentes: os tentáculos são negros,
o tronco e cabeça são esverdeados e as has-
tes e patas articuladas em tons pastéis. Seu
cheiro é nauseante e sua voz como que de
mil trombetas.
Terreno onírico: Yugg-lanoth irradia uma
aura de energia onírica de 20m de raio, cor-
rompendo automaticamente toda magia
conjurada em seu interior.
Aura de insanidade: Qualquer criatura que
veja o aspecto físico de Yugg-Lanoth precisa
fazer uma JP[Sab]-5 para evitar a loucura
total.
Distorcer realidade: os meros pensamentos
de Yugg-lanoth podem mudar a realidade
como a conhecemos. Ele tem o poder de
conjurar qualquer magia e alterar o funcio-
namento de itens mágicos, elementos natu-
rais e a gravidade.
Monstros
Controlar criaturas: Yugg-Lanoth é capaz
de controlar a mente de 1d4 criaturas num
raio de 1km. Os alvos podem fazer uma
JP[Sab] para resistir.
Afastar a ordem: Yugg-Lanoth pode afu-
gentar 1d10 criaturas ordeiras como um
clérigo de nível 20 afastaria mortos-vivos.
Podendo inclusive destruir certas criaturas
apenas com sua presença opressora.
Sangue maldito: o sangue de Yugg-Lanoth
tem propriedades oníricas misteriosas. Sem-
pre que alguém conseguir causar mais de 10
pontos de dano em um único ataque causará
um leve sangramento em Yugg-Lanoth. Este
sangue se tornará em uma criatura que ataca-
rá o causador do ferimento exatamente como
a magia Assassino Fantasmagórico (Pág. 75).
Controlar almas: Toda criatura que morre
dentro da área onírica que cerca Yugg-La-
noth será absorvida por seus tentáculos e em
1d4 rodadas se transformará num Shoggoth.
Garras mortais: As 3 garras crustáceas cor-
tam as vítimas ao meio no caso de acertos
críticos e as prendem em caso de sucesso
normal. Um teste de força permite ao alvo se
livrar, do contrario sofrerá o dobro do dano
da garra automaticamente.
Percepção total: Seus tentáculos sensitivos e
seus muitos olhos concedem a Yugg-Lanoth
a capacidade de visão em 360º, visão da
verdade, infra-visão, visão noturna, detectar
magia e ordem.
Tentáculos negros: Seus tentáculos lentos
e pegajosos podem imobilizar as vítimas
atingidas. Qualquer criatura atingida por
um tentáculo irá perder 1d6 pontos de força
temporários e será imobilizada até que con-
siga sucesso em um teste de força. A cada
turno o dano e dreno de força se repetem.
Cada tentáculo possui CA 25 e 30 pontos de
vida independentes dos pontos de vida de
Yugg-Lanoth.
Regeneração: Yugg-lanoth recupera 20 pon-
tos de vida por rodada, exceto os danos cau-
sados por armas ordeiras, destas recupera
apenas 10.
67
 Monstros

72
 Personagens

Personagens
Guinter Trickster (Gnomo Ilusionista Gnomo: Guinter Trickster é um gnomo
12) cinzento e por isso pode utilizar qualquer
(Pequeno e Caótico) habilidade racial descrita no Apêndice I.
Prêmios: itens da loja em sua casa e 2 itens
mágicos | 1275 XPs Ilusões: Três vezes por dia o gnomo pode
Movimento: 6m criar uma ilusão de 8m³, que pode ser de-
FOR 9| DES 11 | CON 12 tectada por criaturas inteligentes 50% das
INT 16| SAB 11 | CAR 15 vezes. Também pode criar uma ilusão so-
CA: 16 bre seu próprio corpo uma vez por dia.
JP: 11
DV: 9d4 + 12 (37) Magias memorizadas: Guinter pode con-
# Ataques jurar as seguintes magias uma vez por dia.
• 1 Adaga + 4 (1d4) Enfeitiçar pessoas, Sono, Servo invisível,
Aterrorizar, Reflexos, invisibilidade, For-
ma espectral, Bola de fogo, Medo, Porta
O gnomo ilusionista possui algumas ma- dimensional, teleporte e globo de invulne-
gias que sempre estão a sua disposição em rabilidade.
casos de combate, além disso, sempre tenta
andar com pelo menos três de seus capan- Varinha mágica: O gnomo conta com
gas. Caso seja confrontado nos arredores uma varinha mágica capaz de lançar mís-
de sua loja irá ativar o golem de vidro para seis mágicos. Cada carga dispara três mís-
lutar em seu favor, se não for possível ten- seis mágicos e existem 30% de chance de
tará um teleporte para sua casa ou outro que as cargas da varinha acabem após uma
local utilização.
s e -
gu- Anel de controlar golens de vidro: Este
ro. anel mágico tem o poder de controlar go-
lens de vidro através de comandos verbais.
Como efeito da magia caótica, este anel
deixa seu usuário muito egoísta.

Ídolo do deus da sorte: Com

seu ídolo o gnomo consegue
resistir melhor a magias de
efeito mental. +2 em todas as
JP modificadas pela sabedo-
ria para evitar encantamentos
e ilusões.

73
 Irmão Jordanius (Humano Monge Branco 8)
(Médio e Ordeiro)
Prêmios: 3 itens mágicos | 975 XPs
Movimento: 6m
Personagens

FOR 8| DES 11 | CON 10

INT 13| SAB 18 | CAR 15
CA: 16
JP: 11
DV: 9d4 + 12 (37)
# Ataques
• 1 Cajado do Santo + 4 (1d6-1)

O idoso e cansado líder dos Monges Brancos

na cidade de Belmont ainda é capaz de lutar
e se aventurar. Seus itens sagrados lhe con-
ferem proteção e suas magias podem salvar
muitas vidas.

Imposição de mãos: Jordanius consegue

curar um total de 16 pontos de vida diários
com a imposição de suas mãos. Este dom
pode ser dividido entre vários usos diários
e aplicado em vários alvos diferentes. Uma
vez por semana consegue curar doenças nor-
mais.

Poder da fé: Assim como todo clérigo, ir-

mão Jordanius pode usar sua fé para expul-
sar mortos-vivos diariamente um número de
vezes igual ao seu nível. É possível usar o
poder da fé para maximizar magias de cura.

Curandeiro: Todas as suas magias de cura

recuperam uma quantidade extra de pontos
de vida igual ao seu modificador de sabedo-
ria (normalmente +4).

Conversão espontânea: Clérigos ordeiros

podem converter qualquer magia em uma
magia de cura.

Magias memorizadas: Pode conjurar as

seguintes magias uma vez por dia: Neutrali-
zar venenos, Dissipar magia, Ajuda e Criar
alimentos. As próximas magias podem ser
conjuradas duas vezes por dia: Benção, Pro-
teção contra o caos, oração e remover medo.

Itens mágicos: Irmão Jordanius possui 3

itens mágicos: Manto do Monge Branco,
Broche do Monge Branco e um Cajado do
Santo.

74
 Magias
Assassino fantasmagórico
Arcano 4
Alcance: raio de 5 metros/nível
Duração: 1 turno/nível
Esta magia é capaz de criar uma ilusão
que retrate o maior medo do alvo. O alvo
pode ver a ilusão nitidamente, sentir seu
cheiro e até achar que sente seu toque,
mas para os que estiverem perto nada é
visto e o seu conjurador apenas vê um
borrão de energia arcana.
Enquanto o efeito durar o assassino fan-
tasmagórico ignorará qualquer barreira e
sempre estará próximo de sua vítima. Ele
é imune a qualquer tipo de ataque e suas
jogadas de ataque possuem um bônus de
+3. Caso a vítima seja atingida deverá
testar sua JP[Sab] (-2 se o conjurador for
ilusionista) ou morrerá instantaneamen-
te. Mesmo que consiga sobreviver o alvo
receberá um dano igual a 3d4 por causa
do pavor e medo de ser atingido. A única
forma de sobrepujar esta magia é desacre-
ditando-a ou sendo alvo de alguma magia
que afaste o medo.
Gatilho ilusório
Arcano 4
Alcance: Toque
Duração: Permanente
O objetivo desta magia é criar uma ilu-
são permanente que ative outra magia ou
mecanismo caso um gatilho seja ativado.
Muitos magos usam esta magia para pro-
teger tesouros valiosos, trancar intrusos
em câmaras mortais ou para criar meca-
nismos de autodestruição em suas torres.
Magias
Ao lançar esta magia o conjurador cria
uma ilusão que pode ocupar 1m³/nível
e então determina como se ativa o gati-
lho. Os gatilhos são determinados com
frases condicionais curtas, como “Ativar
quando alguém atravessar esta porta ilu-
sória” ou “Ativar quando alguém tentar
tocar este baú ilusório”. O gatilho sempre
está atrelado à ilusão de modo que não se
pode criar um gatilho mágico que possua
como gatilho a frase “Ativar sempre que
eu for atacado enquanto durmo”.
Logo após criar a ilusão, o conjurador
possui 1 minuto /nível para conjurar a
magia seguinte ou preparar com suas
próprias mãos o mecanismo que pretende
que seja acionado quando o gatilho ilusó-
rio for ativado. O gatilho pode estar longe
do efeito engatilhado até uma distância
de 10 metros/nível do conjurador.
Esta magia pode ser usada para ativar ou-
tro gatilho ilusório, desta forma tornando
possível criar um evento que possa ser en-
gatilhado de varias formas e lugares dife-
rentes, mas sempre respeitando o limite
de distância máximo permitido entre os
gatilhos e o efeito.
Mesmo que seja descoberta, dissipada ou
ativada, esta magia pode ser reativada em
um prazo de 24 horas antes de realmente
perder seus efeitos e precisar ser conjura-
da novamente. Para conjurar esta magia
o conjurador precisa destruir um prisma
cristalino de 400PO, mas reativar um ga-
tilho consome apenas uma magia memo-
rizada.
75
 Pesadelo sombrio
Arcano 5
Alcance: raio de 100 metros + 10m /nível
Duração: especial
Magias
O conjurador é capaz de entrar nos so-
nhos de 1d6 criaturas inteligentes - em
uma área de 2m²/nível - e transforma-los
em pesadelos horríveis. Para isso basta
saber onde as vítimas estão dormindo e
se concentrar naquela direção. Durante
a implantação do pesadelo o conjurador
fica inconsciente e indefeso, pois está
com sua mente presa no mundo dos so-
nhos e qualquer interrupção pode tirá-lo
deste transe, tornando-o alvo de todos os
efeitos da sua própria magia.
A vítima desta magia deve realizar
JP[Sab] para despertar e cancelar os efei-
tos do pesadelo. Caso a vítima fracasse
nesta jogada perderá temporariamente 1
de carisma e terá todas as magias memo-
rizadas apagadas de sua mente, além de
não receber os benefícios de uma noite de
descanso (recuperação de pontos de vida
e memorização de magias).
O alvo afetado será atormentado por pe-
sadelos todos às vezes em que vier a dor-
mir e esta maldição só se encerra quando
o alvo obtiver sucesso em uma JP[Sab] (a
cada noite) ou quando for alvo de uma
magia Restauração. A cada noite em que
a vítima falhar na jogada de proteção ela
perderá mais carisma e se vier a perder
todos os pontos de carisma desta forma
entrará em um estado comatoso para
sempre.
76
Ritual dos Sonhos
Arcano 7 / Divino 6
Alcance: Pessoal
Duração: 1 hora por nível do conjurador
Através desta magia o personagem con-
segue suportar as revelações e horrores
que possa encontrar ao entrar em contato
com a dimensão perdida conhecida como
Mundo dos Sonhos. A mente do perso-
nagem fica protegida e ele recebe +5 em
todas as JP[Sab] para evitar efeitos opres-
sivos mentais. Além disso, pode ignorar
os efeitos corruptores da magia onírica do
Mundo dos Sonhos.
O ritual demora 1 hora para ser realizado
e o conjurador precisará fazer JP[Sab] ao
final para evitar que sua alma fique so-
nolenta. Um personagem com a alma so-
nolenta não pode descansar em paz após
sua morte, pois ficará com sua alma presa
ao mundo dos sonhos e sofrerá por toda a
eternidade em um ciclo eterno de pesade-
los e tormentos.
O corpo do personagem ficará num esta-
do de catatonia profunda e a única forma
de sair deste estado é se outro conjura-
dor realizar um Ritual dos Sonhos para
liberta-lo. Neste caso a JP[Sab] do conju-
rador terá uma penalidade igual à metade
do nível do alvo e o próprio alvo terá que
realizar uma JP[Sab] para conseguir des-
pertar com vida, do contrário a catatonia
piora e os sofrimentos se intensificam.
Personagens resgatados do mundo dos
sonhos perdem 1d4 pontos de carisma e
sabedoria.
 Equipamentos
Broche do Monge Branco (ordeiro): O
broche que alguns Monges Brancos ga-
nham no ato de sua consagração é um po-
deroso símbolo de fé. Uma vez por dia o
seu dono consagrado pode expulsar mor-
tos-vivos como um personagem 2 níveis
mais poderoso.
Cajado do Santo (ordeiro): Um cajado
branco com detalhes em ouro, normal-
mente adornado com símbolos sagrados.
O cajado pode ser usado para curar feri-
mentos leves e luz 3 vezes ao dia. Um dos
poderes mais notáveis do cajado é tornar
o seu usuário em um canal de transferên-
cia de poder divino. Uma vez por dia, ao
erguer o cajado aos céus uma aura irradia-
rá do portador e de sua boca começarão a
sair palavras em um idioma celestial que
funcionam exatamente como uma magia
Oração conjurada por um clérigo de nível
15. O poder máximo do cajado é a capaci-
dade de reviver uma pessoa morta a menos
de 1 mês, entretanto o poder usado para
este efeito irá extinguir as propriedades e
poderes mágicos do cajado para sempre.
Capa de couro impermeável: Estas capas
de couro negro são ótimas para magos
aventureiros e outros que precisam trans-
portar livros em dias chuvosos, locais úmi-
dos ou submersos. São feitas com o uso do
impermeabilizante de Anna Arcana.
Chá dos sonhos: Um chá alucinógeno
feito com as pétalas de orquídeas lumines-
centes. Os efeitos demoram 1d4 minutos
para se iniciarem e duram por 1d4x10 mi-
nutos. Neste período a pessoa que ingerir
a substância terá alucinações prazerosas,
ouvirá melodias agradáveis e se sentirá
feliz. A consequência do uso contínuo do
chá pode levar a dependência psíquica e
causar um estado de depressão profundo,
além da perda de capacidade cognitiva e
insônia.
Cinto para pergaminhos: Este cinto de
couro pode ser colocado na cintura ou
Equipamentos
atravessado pelo tronco sem dificuldades.
Sua função é facilitar a busca por pergami-
nhos. O usuário do cinto pode pegar um
pergaminho livremente a cada turno. A
capacidade é de 10 pergaminhos.
Cinto para poções: Semelhante ao cinto
para pergaminhos este possui comparti-
mentos para guardar até 6 poções. O efeito
e uso são os mesmos, buscar uma poção
livremente durante um turno.
Colar da Absorção (caótico): A Górgona
olho de Ágata ostenta este item em seu
pescoço. Com ele, ela é capaz de drenar
completamente toda a energia arcana usa-
da especificamente pela magia Mísseis
Mágicos e converte-la em energia vital
para si, podendo inclusive ultrapassar seu
limite normal de pontos de vida tempo-
rariamente. Por ser um item caótico exis-
tem 30% de chances do seu poder exaurir
quando absorve uma magia.
Compasso arcano (Neutro): Este miste-
rioso aparato é uma caixinha de madeira
nobre que se abre facilmente. No seu in-
terior se encontra uma agulha encantada
que se move dentro de uma pequena esfera
cristalina. Esta agulha sempre estará apon-
tando para o norte e isso ajuda a reduzir
pela metade as chances de seu usuário se
perder. É preciso ter inteligência maior
que 8 para poder utilizar o item sem se
confundir.
Escudo de prata espelhado (caótico):
Obra de Trickster, estes escudos possuem
pouca utilidade defensiva, mas se mostram
eficazes contra criaturas que possuam ata-
ques visuais, como as medusas e os basi-
líscos. Pesam pouco mais de 3 quilos e se
quebram facilmente (5 pontos de dano).
É possível encanta-los para que nunca se
quebrem, mas nenhum outro bônus mági-
co pode ser aplicado a tais escudos. Eles
refletem o ataque visual de qualquer cria-
tura que esteja a menos de 5 metros com
50% de chance de afetar a própria criatura.
77
 Frasco de ferro: Estes frascos revendidos
por Anna Arcana são criados por Gormûr
Barba-Crespa mestre ferreiro anão da cidade
Equipamentos
e possuem a finalidade de proteger poções e
líquidos valiosos, perigosos ou importantes.
O frasco arredondado possui uma rolha pre-
sa com uma pequena corrente como tampa
e um gargalo fino.
Grimório de viagem: Um livro pequeno
feito para auxiliar magos em viagens. Ele
possui 50 paginas capazes de receber escri-
ta magica (cada magia ocupa 2 páginas por
círculo). Possui uma capa impermeável e um
porta-pena para guardar tinteiro e pena de
escrita.
Gema do Aprisionamento (ordeiro): A
Gema do Aprisionamento é um artefato má-
gico muito poderoso e raro (existem apenas
5 ao todo). São gemas vermelhas com 5 kg
e formas que variam da esférica às poligo-
nais. O poder básico deste item é aprisionar
eternamente um alvo na área onde está, mas
para isso é preciso que o usuário realize um
ritual de 2d6 minutos e uma JP (sabedoria)
para controlar as energias poderosas que
envolvem o processo, caso falhe o alvo será
preso, mas apenas por 1d3 séculos por gema
usada no processo. O alvo de uma Gema do
Aprisionamento não tem direito a nenhuma
JP, mas impõe uma penalidade na JP do
usuário igual a 1/3 dos seus níveis de experi-
ência ou dados de vida (o maior valor). Usar
este item tem um alto preço, pois ele pren-
de parte da alma do usuário, de modo que
este nunca poderá ser revivido após o uso do
item e perde 1d4 níveis.
Gema do Caos (caótico): A versão corrom-
pida e amaldiçoada da Gema do Aprisiona-
mento tem a capacidade de drenar a alma de
seres vivos para criar áreas onde o mundo
real se encontra com o Mundo dos Sonhos.
Qualquer criatura ordeira que toque na gema
deverá testar JP (Carisma) para evitar ter sua
alma drenada instantaneamente pela gema
(6d6 de dano em caso de sucesso). Criaturas
neutras e caóticas podem tocar na gema sem
danos maiores, mas portar a gema por muito
tempo é danoso. Conforme o tempo passa, o
portador se tornará obsessivo, paranoico, es-
78
quizofrênico e demente (-1 de carisma e sa-
bedoria por ano). Se um clérigo cultista com
mais de 10 níveis de experiência ou dados
de vida tocar na gema, existirá uma chance
de 40% de ser usado por Yugg-Lanoth como
receptáculo para a manifestação de seu po-
der. Na prática o cultista morrerá e a partir
de sua alma brotará uma criatura Górgona
olho de Ágata que imediatamente atacará
todos ao seu redor.
Ídolos de prata espelhados (caótico): Tri-
ckster elaborou uma série de ídolos mágicos
com poderes variados.
• Ídolos do deus da sorte: Estes ídolos
em forma de um punho fechado são
capazes de proteger a mente de influên-
cias externas enquanto abre o caminho
para as mentes de terceiros. Sempre que
estiver de posse deste item, um ilusio-
nista recebe +2 em todas as JP contra
efeitos mentais, ao passo que todos
aqueles possuírem o ídolo e não forem
ilusionistas receberão -2.
• Ídolos do deus da noite: Estes ídolos
em forma de lua minguante são capazes
deixar seu portador em uma forma eté-
rea temporária durante a noite. É assim
que os ladrões assumem a aparência de
fantasmas para assustar a todos, entre-
tanto é preciso que se conheça a palavra
mágica capaz de ativar este poder. O
seu efeito dura por 2d6 minutos a cada
noite.
• Ídolos do deus da morte: Estes ídolos
em forma de crânio são capazes de criar
ilusões fantasmagóricas em uma distan-
cia de até de 200 metros do local onde
o ídolo foi deixado. Sempre que uma
pessoa entra no raio de alcance do ído-
lo durante a noite, existe uma chance de
70% de que seu poder seja ativado. As
ilusões não lutam, apenas assombram a
região. Entretanto aqueles que falharem
em uma JP (sabedoria) serão atingidos
por um pavor tão real que sofrerão 1d4
de dano a cada turno em que ficarem
perto (5 metros) das ilusões fantasma-
góricas. Detectar magia pode encontrar
o ídolo mesmo enterrado, pois emana
muita energia para conseguir gerar tan-
tas ilusões e tão distantes.
Livro dos Sonhos: Este misterioso li- pre, exceto os objetos que apenas são pu-
vro possui segredos sobre uma dimen- rificados. A garrafa só consegue conter
são perdida chamada pelos cultistas de a essência de uma fonte, sendo necessá-

Equipamentos
Mundo dos Sonhos. Qualquer perso- rio esvazia-la para uma nova utilização.
nagem que venha a ler o livro perderá Usar o item requer conhecimento da
1 ponto de carisma automaticamente e palavra mágica de ativação, que se en-
deverá realizar uma JP[Sab] para supor- contra na própria garrafa e curiosamente
tar pesadelos horrendos que impedirão é o nome da última pessoa que a usou.
o repouso em 40% das noites. Cultistas Alguns sacerdotes gnomos supõe que o
absorvem grandes conhecimentos deste fato do nome do usuário ficar gravado na
livro, tendo 30% de chances de aumen- garrafa possa significar alguma maldição
tar em 1 ponto sua Sabedoria. Além de ou maus agouros sobre o mesmo.
informações sobre o Mundo dos Sonhos,
o livro contém os segredos do Ritual dos
Sonhos, uma magia que protege a mente
do conjurador para que possa suportar
o contato com esta bizarra dimensão
perdida. Existem varias cópias deste li-
vro e algumas possuem outros rituais e
magias.

Manto do Monge Branco (ordeiro):

O manto sagrado usado pelos monges
brancos tem o poder de conjurar 3 ve-
zes por dia a magia Santuário sobre
o seu dono. Este item é inútil para
aqueles que não sejam seus donos
originais.

Sorvedouro Sombrio da Purifica-

ção (caótico): A origem desta relí-
quia se perdeu no tempo, mas foi
depois de encontrarem esta garrafa
sinistra que os 3 gnomos astrólogos
começaram a ter os sonhos que os
guiaram até Yugg-Lanoth. A exten-
são de seus poderes não é conheci-
da, mas é sabido que a garrafa tem
o poder de detectar o caos e criar
em seu portador o desejo de encon-
tra-lo. Isso ocorrer porque garrafa
tem sede de caos, sendo capaz de
sugar toda a essência do caos exis-
tente em uma pessoa ou objeto e
convertê-los em um líquido negro
de propriedades mágicas. Os alvos
são sugados pela garrafa para sem-

79
 Alquimia
Alquimia
A produção de itens mágicos é algo que de-
manda muitos recursos, tempo e poder arca-
no. A alquimia é uma alternativa mais ba-
rata, simples e fácil de produzir alguns itens
pseudo-mágicos (Na verdade apenas simu-
lam efeitos mágicos). A grande vantagem da
alquimia sobre a magia é o seu custo baixo
e suas fórmulas simples que não requerem a
menor compreensão dos mistérios da magia
arcana.
Apresentamos uma regra opcional para
o uso de processos e itens alquímicos em
campanhas de Old Dragon. Este texto não
fala sobre uma especialização focada na
alquimia avançada, mas sim nos processos
menos complexos que podem ser realizados
por qualquer pessoa.
Pré-requisitos: Antes de tudo, é necessário
que o alquimista saiba ler e escrever (se for
usar receitas escritas), possua valores de in-
teligência, sabedoria e destreza maiores que
9, conheça as fórmulas alquímicas, tenha os
ingredientes corretos e disponha de um pe-
queno laboratório alquímico.
Fórmulas: Todo item alquímico possui uma
receita que deve ser seguida passo-a-passo
para que o resultado seja satisfatório. Estas
fórmulas são a alma da alquimia simples,
pois exige o mínimo de conhecimento alquí-
mico. Entretanto tais fórmulas são guarda-
das com grande cuidado e dificilmente um
alquimista vende uma de suas fórmulas, em-
bora seja totalmente possível que isso acon-
teça em grandes centros urbanos, guildas fe-
chadas ou centros acadêmicos. Na próxima
página listaremos alguns itens alquímicos
que podem ser encontrados com Ana Ara-
cana
Componentes: Embora a alquimia não
seja magia de verdade, ela faz uso de vários
componentes mágicos. Muitos alquimistas
80
acabam se embrenhando em aventuras por
conta da necessidade de componentes raros
ou caros. Uma vez com a fórmula correta e
os componentes necessários o processo al-
químico pode ser realizado através do uso
das ferramentas de alquimista.
Ferramentas: O alquimista precisa de cer-
tas ferramentas para exercer seu ofício. São
vasos de precipitação, frascos de vidro, equi-
pamentos de medição e mistura, instrumen-
tos de corte de precisão, além de solventes,
catalizadores e outras substâncias usadas
com maior frequência. Existem laboratórios
de alquimia portáteis, com versões menores
e compactas de tudo dentro de uma maleta
com pouco mais de 20 quilos. Um labora-
tório de alquimia completo custa em média
250PO e oferece um bônus de +2 nos testes
da fase de produção, já o laboratório portátil
custa 100PO, mas não oferece nenhum be-
nefício nos testes por proporcionar apenas o
essencial e básico para a produção de itens
alquímicos simples.
Produção: O processo é simples, o alquimis-
ta irá realizar apenas um teste de Inteligência
para monitorar tudo, acertar dosagens, con-
trolar o tempo e temperatura, gerir detalhes
do processo e captar os sinais de seu avanço
ou não em cada etapa. Uma vez que o alqui-
mista compreendeu, executou e administrou
o processo com êxito, o item finalmente está
pronto para o uso. Uma falha no teste signi-
fica que metade do material foi desperdiçado
e uma falha critica significa que o processo
arruinou totalmente os componentes.
O Alquimista: Existem relatos de magos
que se especializaram em alquimia e con-
seguem realizar proezas formidáveis, como
construir homúnculos, transmutar matéria
e até criar elixir da juventude. Como o foco
neste livro é a alquimia básica, uma especia-
lização de Alquimista não será necessária.
Elixr de invisibilidade contra o Caos:
Líquido que simula os mesmos efeitos de
uma poção de invisibilidade, mas apenas
contra criaturas caóticas e por um tempo
reduzido (1d4+1 minutos). A produção
do elixir exige a mistura de 4 pétalas de
orquídea Luminescente trituradas em
óleos e essências do pântano fervidas
(10PO) durante 2 horas.
Panacéia: Uma cítrica pasta cremosa de
coloração alaranjada que concede +2
nas jogadas de proteção contra venenos
após uma hora de ingerida. Os efeitos
duram por 1d4 horas. Anna Arcana tam-
bém vende esta pasta diluída em bolos e
doces de sabor adocicado, mas os efeitos
duram metade do tempo normal. A pro-
dução da Panacéia consiste em diluir ra-
ízes de erva mata-lobo em óleo de cascas
de laranja durante 30 horas, seguindo
após a mistura do composto em gel de
sementes de limão-cinzento e álcool por
30 minutos.
Incenso da Anosmia: O caule da orquí-
dea Luminescente pode facilmente ser
usado para produzir um incenso capaz
de deixar objetos e pessoas completa-
mente sem odor algum (indetectáveis
ao faro de criaturas). É necessária uma
exposição de dez minutos à fumaça pro-
duzida pelo incenso e seus efeitos duram
por 2d4 horas. Produzir o incenso de
Anosmia é simples como qualquer outro,
exigindo apenas a planta certa.
Impermeabilizante de couro: Uma re-
sina alquímica feita a base de água e
cutícula de plantas terrestres capaz de
proteger o couro contra a água e outros
líquidos, durante períodos inferiores à
24 horas, exigindo depois uma hora ao
sol para recuperar suas propriedades
completamente. Anna Arcana vende ca-
pas de livros impermeáveis que utilizam
esta resina. A produção desta resina se
dá através da transesterificação de óleo
vegetal, álcool e catalizadores especiais
(7PO), que geram um líquido viscoso
que deve ainda ser aquecido e mistura-
do a um óleo extraído da ova de peixe-
-farpado. O processo dura 2 dias e a apli-
cação exige 2 dias de repouso do couro
antes do uso.
Alquimia
Tinta invisível: O óleo que pode ser fei-
to com orquídeas Luminescentes pode
ser usado para produzir uma tinta espe-
cial praticamente invisível a olho nu. O
contato da tinta com o papiro faz com
que este absorva sua cor, de modo que
somente salpicando um punhado de pó
de café sobre a tinta ela se torne visível
novamente. O processo de produção des-
ta tinta é idêntico à do nanquim, acresci-
do do óleo de orquídeas Luminescentes.
Mata-pragas: Uma cera composta de vá-
rias toxinas vegetais e animais que po-
dem matar praticamente qualquer criatu-
ra de tamanho pequeno e até médio em
doses maiores. A cera vermelha pode ser
derretida que não perde suas proprieda-
des, mas o uso mais comum dela é na
forma de pó. Qualquer criatura pequena
que ingira 7g da cera deve realizar uma
JP (CON) para evitar uma morte lenta e
dolorosa através de convulsões e espas-
mos agonizantes. Criaturas de tamanho
médio precisam ingerir pelo menos 30g
da substância para sofrer algum mau,
normalmente vômitos e diarreia, mas
com 100g é possível levar a uma morte
por intoxicação.
Bandagem anti-séptica: Estas bandagens
são banhadas em um composto de ervas
e besuntadas em uma pomada especial
que ajuda na cicatrização e impede in-
fecções de feridas. Qualquer personagem
que seja tratado com estas bandagens
aumentam sua taxa de recuperação em
2 pontos de vida por dia de tratamento
médico. Produzir estas bandagens exige
apenas trinta minutos, usados para ba-
nhar as bandagens no composto de ervas
naturais. Após isso se besunta a banda-
gem na pomada de papoula e espera-se
sua secagem.
81
 Tabelas
Tabelas
Preços e serviçoes em Belmont
Hospedaria Garça Feliz
Estábulo (10 vagas) 5pc
Cozido de truta 4pp
Cerveja comum (500ml) 8pc
Bebidas destiladas 1po
Refeições 2pp
Quarto “luxo”(1d4 pv/pernoite) 4pp
Quarto simples 2pp
Bar dos Perdidos
1 hora com uma Meretriz 1po
Cerveja barata (500ml) 2pc
Cerveja comum (500ml) 5pc
Caneca de vinho 1pp
Bebidas destiladas 8pp
Refeições ruins 1pp
Chá dos sonhos 10po
Cervejaria Dourada
Cerveja boa (500ml) 3pp
Caneca de vinho 2pp
Queijos e pães 2pp
Casa dos Mortos
Funeral dos monges brancos 20po
Lápide ornamentada com epitáfio 60po
Coroa de flores 2po
82
Alcova Arcana
Componentes para poções (até 3°) 25po /circulo
Fogo alquímico x20 40po
Elixir de invisibilidade contra o Caos x5 25po
Frasco de ferro x20 2po
Panaceia x10 50po
Incenso da anosmia x5 50po
Tinta invisível (35ml) x2 150po
Capa impermeável para livro x1 15po
Mata-pragas (10g) x50 25po
Cinto para pergaminhos x2 20po
Cinto para poções x3 30po
Cajado de prata x1 2po
Orquídea Luminescente x15 10po
Laboratório de alquimia portátil x1 100po
Manual de alquimia básica x1 400po
Forja Divina
Espada longa racial dos anões x2 510po
Espada bastarda racial dos anões x1 515po
Montante racial dos anões x1 520po
Machado racial dos anões x4 508po
Martelo racial dos anões x3 505po
Maça de prata x1 60po
Espada curta de prata x2 60po
Adaga de prata x4 20po
 Linha do tempo de eventos relevantes
650 anos atrás: Os gnomos astrólogos chegam até a montanha após serem guiados por
sonhos bizarros.

Tabelas
552 anos atrás: Os três gnomos terminaram a construção da cidade subterrânea sobre o
suposto leito de Yugg-Lanoth e criam o culto.
549 anos atrás: Um pequeno exército de gnomos exterminou o culto e selou o acesso ao
covil da besta com a Gema do Aprisionamento.
548 anos atrás: A Gema do Aprisionamento não conteve a presença de Yugg-Lanoth e se
tornou num artefato maldito de danação para os gnomos.
547 anos atrás: Os gnomos guardiões terminam de construir o Templo Sagrado dos
Filhos da Montanha, com o objetivo de sacrificar aos deuses e suplicar para que ajudem
a manter Yugg-Lanoth em estado de torpor.
47 anos atrás: Colonizadores humanos expulsam os goblinóides locais para o norte. Sir
London e irmão Jordanius lideraram a colonização em nome do Rei dos homens.
46 anos atrás: O forte Belmont volta a ser utilizado como bastião de defesa do reino.
45 anos atrás: Os primeiros contatos com os gnomos são travados e um estreito laço de
amizade surge entre humanos e os gnomos.
40 anos atrás: A pedra fundamental da cidade de Belmont é oficialmente lançada e a
cidade nasce como um marco da vitória da civilidade sobre a barbárie goblinóide.
32 anos atrás: A vila de pescadores às margens da Lagoa de Prata é fundada.
30 anos atrás: Uma estrada é pavimentada e liga Belmont à capital do reino e a cidade
prospera como parada para caravanas e mercadores de uma nova rota comercial.
28 anos atrás: O rei concede o titulo de Lorde de Belmont ao Sir James London.
13 anos atrás: Pesadelos sombrios começam a atacar algumas pessoas na vila dos
pescadores. É o inicio do retorno de Yugg-Lanoth. O guia espiritual da vila é a primeira
vítima. Um Shoggoth assume o lugar do líder e inicia um culto secreto na vila.
12 anos atrás: A esposa do líder acabou sendo transformada na bizarra Górgona Olho de
Ágata após incontáveis rituais ocultos.
11 anos atrás: A Górgona criou gárgulas com o poder de Yugg-Lanoth e dizimou os
gnomos da montanha. Caos e terror se instalaram em Belmont após o desaparecimento
de seus mensageiros que buscavam contato com os gnomos.
10 anos atrás: A recepção de aventureiros vira uma fonte de lucro da cidade de Belmont.
A antiga montanha passa a ser chamada de Santuário da Ganância.
7 anos atrás: Fantasmas começam a assombrar os arredores de Belmont, encerra o ciclo
de incursões de aventureiros e causa um surto de deserções de soldados.
4 anos atrás: Trickster chega em Belmont se dizendo único sobrevivente de uma mal-
dição que envolvia fantasmas e assombrações e se instala como refugiado.
2 anos atrás: Trickster se consolida como comerciante e membro do conselho da cidade,
tendo influencia e recursos para montar sua quadrilha de ladrões.
Atualmente: As investidas da quadrilha de Trickster têm sido impedidas pela Górgona e
seus servos, enquanto o Lorde de Belmont busca solucionar o problema da região de alguma
forma, até mesmo oferecendo recompensas para aventureiros corajosos.

83
 Tabela de Magia Onírica (1d10 efeitos sobre a magia)
Tabelas

1. A magia cura 1d6 pontos de vida de 1d4 personagens (2d6 em ordeiros) e role 1d10
para a tabela de efeitos sobre o conjurador.
2. A magia funciona em sua forma reversa, se não for possível role novamente.
3. Um vórtice surge 1d10 metros à frente do conjurador e por 1d4 turnos sugará tudo que
estiver a 5m de distancia. Como a magia Desintegrar (OD Pág. 82) .
4. Outra magia é lançada. Determine o circulo com 1d8 e escolha uma magia deste cír-
culo aleatoriamente (arcana ou divina).
5. Uma bolha gigante de uma substância roxa e grudenta explode sobre a área inteira.
Funciona como a magia lentidão (OD Pág. 88).
6. Tentáculos negros surgem do chão e golpeiam 1d4 alvos aleatórios. (+10 para acertar,
causa 1d6 de dano e o dreno de 1 nível de experiência).
7. Terror: Paralisia (1d3 turnos) e -1 nas JP[Sab] até sair da montanha.
8. 1d4+1 Shoggoths (1DV, OD Pág. 145) surgem e atacam os jogadores.
9. 1d4 alvos aleatórios têm suas faces atingidas por uma gosma grudenta telepática
caótica. Funciona como a magia confusão (OD Pág. 79).
10. A magia funciona e seus efeitos são ampliados e role 1d10 para a tabela de efeitos
sobre o conjurador.

Tabela de Magia Onírica (1d10 efeitos sobre a conjurador)

1. Uma descarga de energia mística o atinge (1d4 de dano por círculo da magia conjurada).
2. A boca fica costurada por 1d6 turnos (Não conjura magias ou fala).
3. Metamorfose permanente (Corpo de goblinóide).
4. Metamorfose permanente (troca de sexo).
5. O conjurador é banido para o Mundo dos Sonhos por 1d4 turnos e consulta a tabela
de efeitos opressivos somando os turnos de exposição.
6. Garras sinistras saem do chão e imobilizam o conjurador por 1d4 turnos.
7. Metamorfose permanente (Corpo de Gnomo Cinzento) .
8. Metamorfose permanente (cabeça de um animal qualquer e Carisma 3).
9. O conjurador troca de corpo com outro personagem definitivamente.
10. Reverte os efeitos permanentes ou uma energia o cura (2d8+3 PV).

84
 Tabela de eventos inimagináveis (1d12)
1. Medo assassino: Um personagem é alvo da magia Assassino Fantasmagórico (pag. 75)

Tabelas
2. Sombras malditas: 1d3 personagens são atacados por Tentáculos negros (Ataque
+10, CA 15, JP 15 e 10PV) que saem de suas próprias sombras e tentam arrasta-los para
as trevas. O alvo atingido faz uma JP[Des] para evitar o dreno de 1 nível de experiência ao
mergulhar no Mundo dos Sonhos.
3. Flashback apavorante: Uma ilusão relata a violência feita contra os gnomos: gárgulas
os mutilando vivos; uma boca monstruosa no abismo devorando os suicidas ou tentáculos
negros desmembrando-os violentamente. O grupo faz uma JP[Sab] para evitar uma rola-
gem de efeito opressivo.
4. Flashback revelador: Uma ilusão mostra algo sobre os 3 gnomos astrólogos: Eles
achando Yugg-Lanoth no interior do abismo ou sugando almas com a Sorvedouro Som-
brio da Purificação. Uma JP[Sab] do grupo evita uma rolagem de efeito opressivo.
5. Sobrevivente: O grupo acha um gnomo aprisionado em um casulo gosmento, mal
cheiroso e asqueroso. O gnomo está esquálido, pálido e agonizante. Ele sussurra por so-
corro, mas em uma tentativa de tirá-lo através de contato físico, a gosma esfacela seu
crânio e drena seus miolos. O horror da cena exigem uma JP[Sab] para evitar uma rola-
gem de efeito opressivo
6. Prisão: O grupo ouve um grito vindo de uma casa, mas quando entram não encontram
nada. Sem que notem a casa não possui mais saída e as paredes se transformaram em uma
substância orgânica viva. Eles estão dentro de um monstro (CA 15, JP 12 e 35pv)! Uma voz
gutural grita dizendo “K’nuu kthu xtanz” e a criatura se agita. Milhares de olhos assustado-
res brotam das paredes, até que um olho maior surge e se-revela um Tirano Ocular (OD Pág.
146). Quando o tirano ocular ou o interior do monstro forem mortos, a sala volta ao normal.
7. Paraiso das ninfas: O grupo encontra um chafariz lindo e reluzente em um pequeno
e agradável jardim. Beber desta fonte irá recuperar 5d6+5 pontos de vida e desfazer todos
efeitos negativos, mas um dos homens será tentado a permanecer aqui para sempre, pois
lindas Ninfas sairão da fonte e o puxarão suavemente. É preciso uma JP[Sab] para evitar a
tentação, se falhar fica com sua mente presa para sempre no mundo dos sonhos, deixando
seu corpo em estado catatônico. Após isto os personagens despertam para a realidade.
8. Nemesis: Seguindo um rastro de sangue e gritos o grupo chega até uma torre de 12
metros. No topo há uma sala vazia e o rastro cessa em uma parede com um vidro fumê.
Aquele que se aproximar do vidro será atacado por seu próprio reflexo. Um reflexo possui
as mesmas estatísticas da sua contraparte, mas não pode ser destruído. O dano sofrido é
descontado no personagem original e a única forma de vencer é quebrando o vidro (CA15,
JP15 e 20PV), mas isso destruirá a torre e todos cairão da altura de 12m (4d6 de dano).
9. Ninho de Shoggoth: O grupo desce algumas escadas cavernosas e chegam a uma
câmara fedorenta cheia de restos de gnomos e animais devorados. As paredes, teto e chão
estão cobertos de um líquido negro viscoso e várias criaturas protoplásmicas podem ser
vistas. Seres amorfos, pustulentos, com a massa corpórea em estado de mutação contínua
parecem se unir lentamente no que se revela uma fusão celular. Em instantes um monstro
de 5 metros de altura ataca o grupo. Um Shoggoth com 6DV (OD Pág. 145).
10. Encolhimento: O grupo vira uma esquina e tudo parece gigante ao redor. Na verdade
eles encolheram e agora precisam fugir de ratos, morcegos, aranhas e outros pequenos
animais gigantes. O efeito dura 1 hora e essas criaturas ganham +10 para atacar os perso-
nagens e causam o dobro do dano.
11. Visão da Górgona: Um dos personagens tem uma visão da bizarra cabeça da Gór-
gona voando e fitando-o nos olhos. JP[Con]para evitar a petrificação!
12. O fantasma do sumo-sacerdote: Aslyn tenta conversar com os personagens, mas seu
recado é interrompido por Shoggoths que o puxam para as trevas:
“Socorro! Ajudem-me! Eu sou Aslyn um sacerdote deste lugar maldito! Estou preso em uma
dimensão de pesadelos e tormentos eternos. Vocês precisam me ajudar! Misericórdia! Purifiquem
a Gema do Caos! Selem este demônio maldito! Argh! O ritual! Busquem o livro na torre branca...
Fé! É preciso ter fé!...ráp...rápido!”
85
 Tabela de Efeitos Opressivos (1d4 inicial)
1. Tensão: Nada acontece, mas some 1 na próxima rolagem nesta tabela.
Tabelas

2. Susto: Surpreendido e some 1 na próxima rolagem nesta tabela.

3. Espanto: Surpreendido e ainda solta o que tiver em mãos .
4. Choque: Solta o que tiver em mãos e foge com medo (1d3 turnos).
5. Medo: Solta o que tiver em mãos e paralisia (1d3 turnos).
6. Pavor: Surpreendido e -1 nas JP[Sab] até sair da montanha.
7. Terror: Paralisa (1d3 turnos) e -1 nas JP[Sab] até sair da montanha.
8. Horror: +1 em todas as rolagens nesta tabela e role novamente.
9. Distúrbio: Perde 1d4 magias memorizadas e role novamente.
10. Trauma: Paralisa (1d3 turnos) e perde 1 de carisma permanente.
11. Trauma profundo: Como trauma e +1 em todas as rolagens nesta tabela.
12. Assombração: Como trauma, mas o personagem passará a ter visões e pesadelos
bizarros. Ouvirá vozes sussurrantes em sua cabeça repetindo K’nuu kthu xtanz e perderá
1 de carisma por semana até que seja alvo da magia divina Restauração. Durante a explo-
ração da montanha você pode dar pistar erradas ou dar informações desconexas por conta
das dificuldades em distinguir a realidade dos delírios. Caso este resultado se repita, dobre
a perda de carisma.

Os efeitos opressivos são um perigo aos que invadem a montanha. O caos do Mun-
do dos Sonhos está em contato com a realidade graças ao poder da Gema do Caos.
Sempre que os personagens se depararem com algum elemento bizarro e assustador
você pode pedir um JP[Sab] para evitar feitos opressivos. Clérigos cultistas possuem
+2 nestas JP[Sab].

Uma particularidade dos efeitos opressivos é o seu avanço lento e progressivo. As

rolagens na tabela começam com d4, mas a cada nova consulta deve-se usar um dado
superior (d6, d8, d10 e d12). O limite é o d12, após atingir este estágio as novas con-
sultas deverão apenas adicionar +1 ao resultado obtido na rolagem.

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