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Aj G – Bol da PM n.

º 082 - 30 Dez 21 94
FABIO FRIAS LAVIOLA DE FREITAS.
CEL PM RG : 54.609

33. TRANSCRIÇÃO DE DOERJ EXECUTIVO N° 246 DE 30 DE DEZEMBRO


DE 2021

ATOS DO PODER LEGISLATIVO


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LEI Nº 9535 DE 29 DE DEZEMBRO DE 2021
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REGULAMENTA O INCISO II, ART. 24-I DO DECRE-
TO-LEI N° 667, DE 02 DE JULHO DE 1969, ACRES-
CENTADO PELA LEI N° 13.954, DE 16 DE DEZEMBRO
DE 2019, QUE DISPÕE SOBRE OS REQUISITOS PARA
O INGRESSO DE MILITARES TEMPORÁRIOS VO-
LUNTÁRIOS NA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO
RIO DE JANEIRO - PARA O QUADRO DE OFICIAIS
DE SAÚDE E PRAÇAS ESPECIALISTAS DE SAÚDE -
E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.
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O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Faço saber que a Assembleia Legislativa do Es-
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tado do Rio de Janeiro decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º - Esta Lei dispõe sobre o Serviço Militar Temporário Voluntário de Saúde (SMTVS), que consiste no
exercício de atividades específicas desempenhadas na Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ),
por prazo determinado, e destina-se a completar os Quadros Oficiais de Saúde (QOS) e das Praças Especia-
listas em Saúde (QPMP-6), previstos na lei de fixação de efetivo.

§ 1º - Os militares temporários voluntários de saúde somente poderão exercer funções na Corporação, sendo
vedada a cessão para órgãos públicos, de qualquer dos Poderes, mesmos os considerados de natureza ou in-
teresse policial militar.
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§ 2º - A complementação total de militares temporários de saúde não poderá ser superior a 50% (cinquenta
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por cento) do efetivo previsto para oficiais e praças de saúde na Lei de fixação de efetivo.
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§ 3º - Para o ingresso no serviço militar temporário voluntário de saúde (SMTVS) será exigida a idade de 18
(dezoito) a 35 (trinta e cinco) anos.
§ 4º - A admissão do policial militar temporário da área de saúde será, respectivamente, no posto de 1° Te-
nente PM (QOS) e na graduação de Cabo PM (QPMP-6).

§ 5º - É vedado ao militar temporário realizar curso de aperfeiçoamento ou equivalente.

§ 6º - Fica também vedado ao militar temporário realizar curso ou especialização sem relação com a área de
saúde ou que implique em prejuízo do serviço.
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Art. 2º - As condições de seleção, matrícula, incorporação, contratação, prorrogação, exclusão e demais re-
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gras relativas aos militares temporários voluntários de saúde serão regulamentadas pelo Comando Geral da
Corporação, dentro dos limites estabelecidos nesta Lei.

§ 1º - O processo seletivo simplificado de ingresso no serviço militar temporário voluntário de saúde


(SMTVS) deverá seguir o mesmo procedimento e exigências mínimas quanto à qualidade técnica e física,
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que as exigidas para ingresso nos quadros de oficiais da saúde e qualificações de praças especialistas em sa-
úde.

§ 2º - Os requisitos mínimos necessários para ingresso em cada área de atuação da saúde da PMERJ serão
definidos no edital do respectivo processo seletivo simplificado, que observará critérios objetivos e impesso-
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ais de seleção.

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§ 3º - O militar temporário incorporado deverá ser matriculado em curso básico de formação castrense de
praças ou oficiais, conforme o caso e será regulamentado pelo Comandante-Geral da Corporação.

Art. 3º - O Serviço Militar Temporário Voluntário terá a duração de 12 (doze) meses.

§ 1º - Aos militares temporários que concluírem com aproveitamento o tempo de serviço estipulado no ca-
put, poderão requerer a prorrogação deste tempo, uma ou mais vezes, desde que não ultrapasse a duração
máxima de 08 (oito) anos no serviço ativo na Corporação.

§ 2º - Ultrapassado o prazo de 08 (oito) anos de serviço ativo na Corporação, o militar temporário será con-
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siderado desligado, ex lege, do serviço ativo, devendo ser adotadas todas as medidas administrativas perti-
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nentes para a publicação do ato declaratório de licenciamento ou demissão.
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§ 3º - A contagem do tempo de Serviço Militar Temporário terá início no dia da incorporação.

§ 4º - Quando da prorrogação de que trata o §1° deste artigo, o militar temporário será submetido a nova
avaliação física e de saúde, visando apurar a permanência de sua aptidão para o serviço ativo temporário.

§ 5º - A prorrogação do tempo de serviço militar temporário será precedida de avaliação de desempenho,


elaborada a partir de critérios objetivos, de acordo com as melhores práticas da administração pública, fican-
do sua concepção a cargo do órgão central de gestão de pessoas e sua aplicação a cargo do órgão central de
saúde.
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Art. 4º - Os oficiais temporários voluntários de saúde (OTVS) e as praças temporárias voluntárias de saúde
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(PTVS), para cumprimento do tempo inicial definido no caput do art. 3° desta Lei, serão lotados, indistinta-
mente, na atividade-fim das Organizações de saúde da Corporação. Parágrafo Único - Nos casos de prorro-
gação do tempo de serviço militar temporário, respeitado o interesse público, os incorporados deverão ser
classificados e empregados na atividade-fim de qualquer Organização de Saúde da Polícia Militar.

Art. 5º - Os militares temporários de saúde ficam sujeitos, no que couber, às regras constitucionais, estatutá-
rias, proteção social, disciplinares e regulamentares a que se sujeitam os policiais militares do Estado do Rio
de Janeiro.

§ 1º - A escala de serviço militar temporário obedecerá ao interesse público e às necessidades da Corpora-


ção, conforme critérios de oportunidade e conveniência, e não será inferior a 30 (trinta) horas semanais.
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Art. 6º - O militar temporário, por ocasião do término da prorrogação do tempo de serviço, será demitido ex
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officio, quando oficial, ou licenciado ex officio, quando praça, e fará jus à compensação pecuniária equiva-
lente a 01 (uma) remuneração mensal por ano de efetivo exercício militar temporário prestado, tomando-se
como base de cálculo o valor da remuneração correspondente ao posto ou graduação na data de pagamento
da referida compensação.
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Art. 7º - Os militares temporários de saúde não adquirem estabilidade e nem vitaliciedade nos cargos, fun-
ções, postos ou graduações ocupadas e, após serem desligados do serviço ativo, passam a se sujeitar à Lei do
Serviço Militar, conforme o grau de instrução recebido.

Art. 8º - O desligamento do militar temporário de saúde de que trata esta Lei ocorrerá por ato do Comandan-
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te Geral da PMERJ, nas seguintes hipóteses:

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I - ao final do período de prestação de serviço;

II - a qualquer tempo, mediante requerimento do militar temporário;

III - quando o militar temporário apresentar conduta incompatível, devidamente apurada em processo admi-
nistrativo, na forma das normas aplicáveis aos policiais militares de carreira, ou em razão da natureza do
serviço prestado;
IV - em atendimento aos interesses da Administração Pública e/ou incompatibilidade para o desempenho das
funções policiais militares específicas, identificadas posteriormente à sua incorporação;
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V - outras hipóteses previstas na legislação.
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Art. 9º - O processo seletivo simplificado para ingresso de militar temporário de saúde na PMERJ será pre-
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cedido de autorização expressa do Governador do Estado, mediante proposta fundamentada do Comandante-
Geral da PMERJ, com amparo de dotação orçamentária específica em processo administrativo próprio.

Art. 10 - Para a incorporação militar do candidato aprovado no processo seletivo de que trata esta Lei, será
exigida a entrega de certidões criminais negativas expedidas pelos órgãos competentes da esfera federal e es-
tadual. Parágrafo Único - Havendo condenação por crime doloso, com trânsito em julgado, ou qualquer ou-
tro fato ou conduta que ofenda os valores da Corporação, fica o candidato impedido de ser incorporado como
militar temporário voluntário de saúde na PMERJ.

Art. 11 - O processo seletivo simplificado para contratação temporária de que trata esta Lei será amplamente
divulgado nos sítios eletrônicos da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ), e será publicado
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oficialmente.
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Art. 12 - O vínculo temporário de que trata esta Lei não prejudica nem substitui, em nenhuma hipótese, a ne-
cessidade de realização de concurso público para preenchimento das vagas existentes nos quadros e qualifi-
cações permanentes de saúde da Polícia Militar do Estado do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ), observadas
as limitações e condições do Regime de Recuperação Fiscal.

Art. 13 - O candidato aprovado no processo seletivo simplificado e incorporado ao serviço militar temporá-
rio de saúde da PMERJ, que responda judicialmente por crimes dolosos de qualquer espécie, sendo conde-
nado criminalmente, com sentença judicial transitada em julgado, será desligado do serviço ex officio.

§ 1º - Em caso de sujeição da medida restritiva de liberdade ou qualquer outra medida judicial que impeça o
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exercício da função, o militar temporário terá sua relação de trabalho suspensa, sem prejuízo da avaliação de
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sua permanência no serviço ativo.


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§ 2º - Na hipótese de desligamento prevista no caput deste artigo, serão devidas apenas as verbas remunera-
tórias proporcionais ao tempo de serviço na PMERJ.

Art. 14 - O art. 3° da Lei 443, de 01 de julho de 1981, acrescido do parágrafo 3°, passa a vigorar com a se-
guinte redação:
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“Art. 3º - Os integrantes da Polícia Militar, em razão de sua destinação constitucional, formam uma catego-
ria especial de servidores do Estado e são denominados policiais militares.

§ 1º - Os policiais militares encontram-se em uma das seguintes situações:


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I - na ativa:

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(...)
b) os temporários, incorporados à Polícia Militar para prestação de serviço militar voluntário, durante os pra-
zos previstos na legislação que trata do serviço policial militar temporário voluntário;

(...)

§ 3º - “Os militares temporários não adquirem estabilidade ou vitaliciedade e, após serem desligados do ser-
viço ativo, passam a se sujeitar à Lei do Serviço Militar, conforme o grau de instrução recebido.”

Art. 15 - O Poder Executivo Estadual poderá editar normas complementares ao cumprimento desta Lei.
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Art. 16 - As despesas decorrentes da aplicação desta Lei ocorrerão por conta do orçamento do Poder Execu-
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tivo do Estado do Rio de Janeiro.

Art. 17 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Rio de Janeiro, 29 de dezembro de 2021

CLÁUDIO CASTRO
Governador

Projeto de Lei nº 5053/2021


Autoria dos Deputados: André Ceciliano e Márcio Pacheco.
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Id: 2365227

LEI Nº 9537 DE 29 DE DEZEMBRO DE 2021

DISPÕE SOBRE O SISTEMA DE PROTEÇÃO SOCIAL


DOS MILITARES DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
(SPSMERJ), ALTERA A LEI ESTADUAL Nº 279, DE 26
DE NOVEMBRO DE 1979, E DÁ OUTRAS PROVIDÊN-
CIAS.

O Governador do Estado do Rio de Janeiro Faço saber que a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de
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Janeiro decreta e eu sanciono a seguinte Lei:


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TÍTULO I
DO CONCEITO E DOS PRINCÍPIOS BÁSICOS DO SISTEMA DE PROTEÇÃO SOCIAL DOS MILI-
TARES DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Art. 1º - O Sistema de Proteção Social dos Militares do Estado do Rio de Janeiro (SPSMERJ) é o conjunto
integrado de direitos, serviços e ações, permanentes e interativas, de remuneração, pensão, saúde e assistên-
cia, nos termos desta lei e das normas e regulamentações específicas.
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Art. 2º - Para fins do disposto nesta lei, a denominação “Corporações Militares do Estado” refere-se à Polícia
Militar e ao Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro.

Art. 3º - São princípios do SPSMERJ:


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I - a observância da simetria entre o SPSMERJ e as normas gerais editadas pela União sobre inatividade,
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pensão e custeio do referido sistema (Decreto-lei Federal nº 667, de 2 de julho de 1969, arts. 24-A, 24-B e
24-C);

II - a obrigatoriedade de contribuição para o SPSMERJ pelos militares do Estado, ativos e inativos, e pensi-
onistas militares sobre a totalidade da remuneração e pensão militares, excetuando-se as parcelas de caráter
indenizatório, que não integrarão a remuneração de inatividade militar ou pensão militar para qualquer fim;

III - a promoção da sustentabilidade do SPSMERJ;

IV - a irredutibilidade da remuneração de inatividade e das pensões militares;


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V - o caráter contributivo e solidário; e
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VI - a paridade e a integralidade.

Art. 4º - Além do previsto nesta lei, outras normas poderão dispor sobre as condições específicas do
SPSMERJ, tais como direitos, deveres, remuneração, transferência para a inatividade, pensão, saúde, assis-
tência e demais condições específicas dos militares do Estado, desde que não conflitem com as normas ge-
rais estabelecidas nos arts. 24-A, 24-B e 24-C, vedada a ampliação dos direitos e garantias nelas previstos e
observado o disposto no art. 24-F, todos do Decreto lei Federal nº 667, de 2 de julho de 1969.

Art. 5º - A retribuição estipendial do militar do Estado na inatividade compreende a sua remuneração na ina-
tividade e o auxílio-invalidez.
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Parágrafo Único - A remuneração na inatividade é o quantitativo em dinheiro que o militar do Estado perce-
be na inatividade, quer na reserva remunerada, quer na situação de reformado, constituída pelas seguintes
parcelas:

I - soldo e eventual diferença de soldo ou quotas de soldo;

II - gratificações incorporáveis.
Art. 6º - Não se aplicam ao SPSMERJ o regime jurídico e a legislação dos regimes próprios de previdência
social dos servidores públicos.

Art. 7º - São beneficiários do SPSMERJ os militares ativos e inativos, seus dependentes e os pensionistas
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militares, na forma desta Lei.


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TÍTULO II

DA GESTÃO DO SISTEMA DE PROTEÇÃO SOCIAL DOS MILITARES DO ESTADO DO RIO DE


JANEIRO

CAPÍTULO I
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DAS ATIVIDADES E PROCEDIMENTOS DE GESTÃO

Art. 8º - As atividades de arrecadação das contribuições para o SPSMERJ e suas compensações financeiras,
a administração dos recursos financeiros e o pagamento das retribuições estipendiais dos militares do Estado
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na inatividade e das pensões militares caberão ao Fundo Único de Previdência Social do Estado do Rio de

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Janeiro (Rioprevidência).
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§ 1º - A análise, o processamento, a fixação, a publicação e demais atividades inerentes à concessão das re-
tribuições estipendiais dos militares do Estado na inatividade e pensões militares serão tratadas pelas Corpo-
rações Militares do Estado, sujeito a análise, a posteriori, para homologação ou não pelo Tribunal de Contas
do Estado do Rio de Janeiro.

§ 2º - Compete ao Estado do Rio de Janeiro a realização de rotinas de auditoria interna e controle de contas,
manutenção e aperfeiçoamento dos processos relacionados à gestão financeira do SPSMERJ, bem como a
fiscalização, através de auditoria externa e controle de contas, realizada pelo Tribunal de Contas do Estado
do Rio de Janeiro.
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§ 3º - Ato do Poder Executivo poderá dispor sobre a delegação de competência ao Rioprevidência das ativi-
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dades constantes do parágrafo anterior.

Art. 9º - As atividades constantes do caput do artigo anterior atribuídas ao Rioprevidência terão como con-
trapartida uma taxa de administração para cobertura das despesas, observando-se que:

I - será destinada exclusivamente ao custeio das despesas correntes e de capital necessárias à organização e
ao funcionamento do Rioprevidência, inclusive para a conservação de seu patrimônio;

II - as despesas decorrentes das aplicações de recursos em ativos financeiros não poderão ser custeadas com
os recursos da taxa de administração, devendo ser suportadas com os próprios rendimentos das aplicações; e
III - o Rioprevidência poderá constituir reserva com as sobras do custeio das despesas do exercício, cujos va-
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lores serão utilizados para os fins a que se destina a taxa de administração.


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Art. 10 - A taxa de administração será regulamentada por Ato do Poder Executivo, não podendo ser superior
a 2,0% (dois por cento) da folha de pagamento dos militares inativos e pensionistas militares do Estado, de-
vendo ser divulgado os critérios adotados pelo Poder Executivo em sítio eletrônico.

Art. 11 - Visando fortalecer a gestão pública, a governança e a transparência, as Corporações Militares do


Estado, no âmbito de cada instituição, deverão providenciar a integração ou unificação dos sistemas internos
de cadastro de pessoas, bem como das informações no Sistema Integrado de Gestão de Recursos Humanos
(SIGRH), a fim de manter atualizados os dados dos militares do Estado, ativos e inativos, e pensionistas mi-
litares e de seus dependentes, promover o aperfeiçoamento das práticas de gestão de pessoas e de efetividade
administrativa, bem como adotar outras medidas que contribuam para o desenvolvimento de pessoas e pro-
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cessos de interesse da Administração Militar.


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CAPÍTULO II
DO CUSTEIO, DOS CONTRIBUINTES E DAS CONTRIBUIÇÕES

Art. 12 - Contribuem obrigatoriamente para as pensões militares e a inatividade dos militares:

I - os militares do Estado, ativos e inativos;


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II - os pensionistas militares.

Art. 13 - A contribuição para as pensões militares e a inatividade dos militares durante os períodos de licença
com prejuízo da remuneração será regulamentada por Ato do Poder Executivo.
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Art. 14 - A contribuição para as pensões militares e a inatividade dos militares incidirá sobre a totalidade da
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remuneração dos militares ativos e inativos e a quota-parte da pensão militar, excetuando-se, em todos os ca-
sos, as verbas de caráter indenizatório.

§ 1º - São consideradas verbas de caráter indenizatório para fins do disposto no caput deste artigo:

I - ajuda de custo;

II - diárias;

III - indenização de transporte;


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IV - auxílio-transporte;
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V - auxílio-alimentação;
VI - abono de permanência militar;

VII - auxílio ou adiantamento fardamento;

VIII - gratificação de raio-X;

IX - gratificação de regime adicional de serviço;

X - indenização adicional de inatividade;


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XI - auxílio moradia;

XII - auxílio-invalidez; e

XIII - outras verbas de caráter indenizatório previstas em lei ou decreto.

§ 2º - As parcelas indenizatórias constantes dos incisos I ao XIII do parágrafo 1º deste artigo não serão com-
putadas para efeito de transferência para reserva remunerada, reforma ou concessão de pensão m i l i t a r.

§ 3º - Também não incidirá contribuição para as pensões militares e a inatividade dos militares sobre o terço
constitucional de férias.
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§ 4º - Para os pensionistas militares que houver a data de efeito da concessão da pensão até 31 de dezembro
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de 2021, a base de cálculo prevista no caput deste artigo incidirá sobre o montante da pensão por morte ou
do somatório das quotas de pensão, quando repartida por dois ou mais dependentes, excluídas as parcelas in-
denizatórias, que exceder ao limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência
social de que trata o art. 201 da Constituição Federal.
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Art. 15 - A alíquota de contribuição para o custeio das pensões militares e da inatividade dos militares é de
10,5% (dez e meio por cento). Parágrafo Único - Somente a partir de 1º de janeiro de 2025 o Estado do Rio
de Janeiro poderá alterar, por lei ordinária, a alíquota de contribuição para o custeio das pensões militares e
da inatividade dos militares.
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Art. 16 - Compete ao Estado do Rio de Janeiro a cobertura de eventuais insuficiências financeiras decorren-

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tes do pagamento das retribuições estipendiais dos militares do Estado na inatividade e pensões militares.
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TÍTULO III

DAS REGRAS GERAIS DE TRANSFERÊNCIA PARA RESERVA REMUNERADA, DA REFORMA E


DA FIXAÇÃO DE REMUNERAÇÃO DA INATIVIDADE
Art. 17 - O presente título trata das regras gerais de transferência para reserva remunerada, da reforma e da
fixação de remuneração da inatividade.

Parágrafo Único - Serão subsidiariamente utilizadas às disposições deste título a Lei de Remuneração dos
Militares do Estado do Rio de Janeiro, o Estatuto dos Policiais Militares e o Estatuto dos Bombeiros Milita-
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res.
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Art. 18 - Aplicam-se aos militares do Estado as seguintes normas gerais de inatividade:

I - a remuneração na inatividade, calculada com base na remuneração do posto ou da graduação que o militar
do Estado possuir por ocasião da transferência para a reserva remunerada, a pedido, será:

a) integral, desde que cumprido o tempo mínimo de 35 (trinta e cinco) anos de serviço, dos quais no mínimo
30 (trinta) anos de exercício de atividade de natureza militar; ou

b) proporcional, com base em tantas quotas de remuneração do posto ou da graduação quantos forem os anos
de serviço, se transferido para a inatividade sem atingir o referido tempo mínimo.
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II - a remuneração na inatividade é irredutível e deve ser revista automaticamente na mesma data da revisão
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da remuneração dos militares da ativa, para preservar o valor equivalente à remuneração do militar da ativa
do correspondente posto ou graduação;

III - a remuneração do militar transferido para a reserva remunerada, de ofício, por atingimento de idade-
limite será calculada com base no soldo integral do posto ou da graduação que possuía por ocasião da trans-
ferência para a inatividade remunerada;

IV - a remuneração do militar transferido para a reserva remunerada, de ofício, quando for abrangido por
quota compulsória será calculada com base no soldo integral do posto ou da graduação que possuía por oca-
sião da transferência para a inatividade remunerada;
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V - a remuneração de inatividade calculada com base em tantas quotas de soldo do posto ou da graduação
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quantos forem os anos de serviço, até o limite de 35 (trinta e cinco) anos, quando pleitear transferência para
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a reserva remunerada mediante inclusão voluntária na quota compulsória.

Art. 19 - A remuneração do militar do Estado reformado por invalidez decorrente do exercício da função ou
em razão dela é integral, calculada com base na remuneração do posto ou da graduação que possuir por oca-
sião da transferência para a inatividade remunerada.
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Parágrafo Único - Na hipótese prevista no caput o militar fará jus a remuneração calculada com base no sol-
do correspondente ao grau hierárquico imediato ao que possuía na ativa.

TÍTULO IV
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DAS REGRAS DA PENSÃO MILITAR

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CAPÍTULO I
DOS BENEFICIÁRIOS E SUA HABILITAÇÃO

Art. 20 - A pensão militar é deferida em processo de habilitação, com base na ordem de prioridade e nas
condições a seguir:

I - primeira ordem de prioridade:

a) cônjuge ou companheiro designado ou que comprovem união estável como entidade familiar;
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b) pessoa separada de fato, separada judicialmente ou divorciada do instituidor, ou ex-convivente, desde que
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perceba pensão alimentícia na forma prevista no parágrafo 3º deste artigo;
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c) filhos ou enteados até vinte e um anos de idade ou até vinte e quatro anos de idade, se estudantes universi-
tários ou, se inválidos, enquanto durar a invalidez; e

d) menor sob guarda ou tutela até vinte e um anos de idade ou, se estudante universitário, até vinte e quatro
anos de idade ou, se inválido, enquanto durar a invalidez.

II - segunda ordem de prioridade, a mãe e o pai que comprovem dependência econômica do militar;

III - terceira ordem de prioridade, o irmão órfão, até vinte e um anos de idade ou, se estudante universitário,
até vinte e quatro anos de idade, e o inválido, enquanto durar a invalidez, comprovada a dependência eco-
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nômica do militar.
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§ 1º - A concessão da pensão aos beneficiários de que tratam as alíneas 'a' e 'c' do inciso I do caput exclui
desse direito os beneficiários referidos nos incisos II e III do caput deste artigo.

§ 2º - A pensão será concedida integralmente aos beneficiários referidos na alínea 'a' do inciso I do caput
deste artigo, exceto se for constatada a existência de beneficiário que se enquadre no disposto nas alíneas 'b',
'c' e 'd' do referido inciso.

§ 3º - A quota destinada à pessoa separada de fato, separada judicialmente, ou divorciada do instituidor, ou


ao ex-convivente, desde que perceba pensão alimentícia, corresponderá à pensão alimentícia judicialmente
arbitrada ou convencionada em escritura pública de divórcio ou de dissolução de união estável.
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1
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§ 4º - Após deduzido o montante de que trata o parágrafo 3º deste artigo, metade do valor remanescente ca-
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berá aos beneficiários referidos na alínea 'a' do inciso I do caput deste artigo, hipótese em que a outra metade
será dividida, em partes iguais, entre os beneficiários indicados nas alíneas 'c' e 'd' do referido inciso.

Art. 21 - A habilitação dos beneficiários obedecerá à ordem de preferência estabelecida no art. 20 desta lei.
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FABIO FRIAS LAVIOLA DE FREITAS.
CEL PM RG : 54.609

§ 1º - O beneficiário será habilitado com a pensão integral; no caso de mais de um com a mesma precedên-
cia, a pensão será repartida igualmente entre eles.

§ 2º - Se o militar do Estado deixar pai e mãe economicamente dependentes que vivam separados entre si, a
pensão será dividida igualmente entre ambos.
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2

Art. 22 - Sempre que, no início ou durante o processamento da habilitação, for constatada a falta de declara-
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ção de beneficiário, ou se ela estiver incompleta ou oferecer margem a dúvidas, a Corporação Militar do Es-
tado exigirá dos interessados certidões ou quaisquer outros documentos necessários à comprovação dos seus
direitos.

§ 1º - Se, não obstante a documentação apresentada, persistirem as dúvidas, a prova será feita mediante pro-
cedimento administrativo de justificação a ser instaurado pela respectiva Corporação Militar do Estado.

§ 2º - O processo de habilitação à pensão militar é considerado de natureza urgente e possui prioridade sobre
os processos de inativação.
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1
CAPÍTULO II
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DA DECLARAÇÃO DE BENEFICIÁRIOS
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Art. 23 - Ao militar é facultado fazer sua declaração de beneficiários, cujo objetivo é facilitar e subsidiar o
processo de habilitação dos mesmos à pensão militar.

§ 1º - A declaração poderá ser feita e atualizada a qualquer tempo e deverá ser armazenada em meio digital
em sistema de gestão de pessoas de cada Corporação Militar do Estado.

§ 2º - Devem constar dessa declaração os possíveis beneficiários, indicando-se, no mínimo, nome completo e
número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF).

Art. 24 - A declaração de beneficiários não gera, por si só, direitos aos possíveis beneficiários declarados,
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1
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tampouco exclui direitos de possíveis beneficiários que porventura não constem discriminados na declara-
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ção.
CAPÍTULO III
DAS PENSÕES MILITARES

Art. 25 - A pensão militar respeitará a integralidade, sendo igual ao valor da remuneração do militar do Esta-
do da ativa ou em inatividade.

Parágrafo Único

- O benefício da pensão militar é irredutível e deve ser revisto automaticamente, na mesma data da revisão
das remunerações dos militares da ativa, para preservar o valor equivalente à remuneração do militar da ativa
1

e da inatividade do posto ou graduação que lhe deu origem.


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Art. 26 - A pensão militar resultante da promoção post mortem será paga aos beneficiários habilitados a par-
tir da data do falecimento do militar.

§ 1º - A pensão de que trata o caput deste artigo será paga com adicional de 100% (cem por cento) aos bene-
ficiários, mediante regulamentação do Poder Executivo.
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CEL PM RG : 54.609

§ 2º - Ficam revogados os incisos II e III do art. 26-A da Lei nº 5260, de 11 de junho de 2008.

Art. 27 - O oficial da reserva remunerada, reformado ou que reúna as condições para transferência para ina-
tividade a pedido, contribuinte obrigatório para o SPSMERJ, que perder posto e patente deixará aos seus be-
neficiários a pensão militar correspondente ao posto que possuía, acrescida de eventual diferença de soldo
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que percebia.

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2
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Parágrafo Único

- Nas mesmas condições referidas no caput deste artigo, a praça da reserva remunerada, reformada ou que
reúna as condições para transferência para inatividade a pedido, contribuinte obrigatória para o SPSMERJ,
expulso por efeito de sentença que determine a perda da função pública ou de ato da autoridade competente
após decisão de Conselho de Disciplina ou equivalente, deixará aos seus beneficiários a pensão militar cor-
respondente ao grau hierárquico utilizado como base para o cálculo de sua remuneração, acrescida de even-
tual diferença de soldo que percebia.

CAPÍTULO IV
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DA PERDA E DA REVERSÃO DA PENSÃO MILITAR
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Art. 28 - Perderá o direito à pensão militar o beneficiário que:

I - venha a ser destituído do poder familiar, quanto às quotas-partes dos filhos, as quais serão revertidas para
estes filhos;
II - atinja, válido e capaz, os limites de idade estabelecidos no art. 20 desta lei;

III - renuncie expressamente ao direito;

IV - tenha sido condenado por crime de natureza dolosa, do qual resulte a morte do militar do Estado insti-
tuidor da pensão militar; e
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V - tenha seu vínculo matrimonial ou de união estável com o militar instituidor anulado após a concessão da
pensão ao cônjuge, companheiro ou companheira.

Art. 29 - A morte do beneficiário que estiver no gozo da pensão, bem como a cessação do seu direito à mes-
ma, em qualquer dos casos do artigo anterior importará na transferência do direito aos demais beneficiários
nas condições previstas nesta lei, sem que isto implique em reversão.

CAPÍTULO V
OUTRAS DISPOSIÇÕES RELATIVAS A PENSÕES MILITARES

Art. 30 - A pensão militar não está sujeita à penhora, sequestro ou arresto, exceto nos casos especificamente
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previstos em lei.
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Art. 31 - A pensão militar pode ser solicitada a qualquer tempo, respeitada a prescrição quinquenal dos valo-
res de direito anteriores à data da solicitação.

Art. 32 - É vedada a acumulação de mais de uma pensão por morte deixada por cônjuge, companheiro ou
companheira, no âmbito do mesmo regime de previdência social, ressalvadas as pensões do mesmo institui-
Aj G – Bol da PM n.º 082 - 30 Dez 21 105
FABIO FRIAS LAVIOLA DE FREITAS.
CEL PM RG : 54.609

dor decorrentes do exercício de cargos acumuláveis na forma do parágrafo 3º do artigo 42 da Constituição


Federal.

§ 1º - Será admitida, nos termos do parágrafo 2º, a acumulação de:


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1
I - pensão por morte deixada por cônjuge, companheiro ou companheira de um regime de previdência social

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com pensão por morte concedida por outro regime de previdência social ou com pensões decorrentes das ati-
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vidades militares de que tratam os artigos 42 e 142 da Constituição Federal;

II - pensão por morte deixada por cônjuge, companheiro ou companheira de um regime de previdência social
com aposentadoria concedida no âmbito do Regime Geral de Previdência Social ou de regime próprio de
previdência social ou com remuneração de inatividade decorrentes das atividades militares de que tratam os
artigos 42 e 142 da Constituição Federal; ou

III - pensões decorrentes das atividades militares de que tratam os artigos 42 e 142 da Constituição Federal
com aposentadoria concedida no âmbito do Regime Geral de Previdência Social ou de regime próprio de
previdência social.
1

1
§ 2º - Nas hipóteses das acumulações previstas no parágrafo 1º, é assegurada a percepção do valor integral
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do benefício mais vantajoso e de uma parte de cada um dos demais benefícios, apurada cumulativamente de
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acordo com as seguintes faixas:

I - 60% (sessenta por cento) do valor que exceder 1 (um) salário mínimo, até o limite de 2 (dois) salários mí-
nimos;

II - 40% (quarenta por cento) do valor que exceder 2 (dois) salários mínimos, até o limite de 3 (três) salários
mínimos;

III - 20% (vinte por cento) do valor que exceder 3 (três) salários mínimos, até o limite de 4 (quatro) salários
mínimos; e
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IV - 10% (dez por cento) do valor que exceder 4 (quatro) salários mínimos.
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§ 3º - A aplicação do disposto no parágrafo 2º poderá ser revista a qualquer tempo, a pedido do interessado,
em razão de alteração de algum dos benefícios.

§ 4º - As restrições previstas neste artigo não serão aplicadas se o direito aos benefícios houver sido adquiri-
do antes da data de entrada em vigor da Emenda Constitucional nº 103, de 12 de novembro de 2019.

§ 5º - As regras sobre acumulação prevista neste artigo e na legislação vigente na data de entrada em vigor
Emenda Constitucional nº 103, de 12 de novembro de 2019, poderão ser alteradas na forma do parágrafo 6º,
do artigo 40 e do parágrafo 15, do artigo 201, da Constituição Federal.
1

Art. 33 - O processo de habilitação de pensão militar, inclusive os casos de reversão e melhoria, é da compe-
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tência das Corporações Militares do Estado, devendo ser submetidas ao Tribunal de Contas as respectivas
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concessões para julgamento da sua legalidade.

Art. 34 - A documentação necessária à habilitação da pensão militar deverá ser normatizada por Portaria dos
respectivos Comandos das Corporações Militares do Estado.
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FABIO FRIAS LAVIOLA DE FREITAS.
CEL PM RG : 54.609

Art. 35 - O previsto no parágrafo 1º do artigo 8º desta lei, bem como quaisquer outros assuntos relacionados
à pensão militar serão tratados em um órgão central de cada Corporação Militar do Estado, podendo a seto-
res regionais já existentes ou que venham a ser criados, serem delegadas atribuições.

TÍTULO V
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2

DAS ALTERAÇÕES ÀS NORMAS REMUNERATÓRIAS PARA A INSTITUIÇÃO DO SISTEMA DE


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PROTEÇÃO SOCIAL DOS MILITARES DO ESTADO RIO DE JANEIRO

Art. 36 - A ementa da lei estadual nº 279, de 26 de novembro de 1979 passa a vigorar com a seguinte reda-
ção:

“DISPÕE SOBRE A REMUNERAÇÃO DOS MILITARES DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO E


DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS”

Art. 37 - A Lei Estadual nº 279, de 26 de novembro de 1979, passa a vigorar com as seguintes alterações:
“Art. 4º - Soldo é a parte básica da remuneração do militar do Estado.
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1
§ 1º - O soldo do militar é irredutível, não está sujeito à penhora, sequestro ou arresto, exceto nos casos es-
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pecificamente previstos em lei.
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§ 2º - VETADO.

(...)

Art. 10 - O militar do Estado, em efetivo serviço, fará jus às seguintes gratificações: (...) IV - de Risco da
Atividade Militar.

(...)

Art. 18 - A Gratificação de Habilitação Profissional, prevista no inciso II do art. 10, é devida pelos cursos re-
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1
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alizados com aproveitamento nos seguintes percentuais:


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I - 160 % (cento e sessenta por cento): Curso Superior de Polícia Militar ou Curso Superior de Bombeiro Mi-
litar;

II - 110 % (cento e dez por cento): Curso de Aperfeiçoamento ou equivalente, de Oficiais ou de Sargentos, e
Curso de Capacitação ao Oficialato Superior ou equivalente;

III - 85% (oitenta e cinco por cento): Curso de Especialização ou equivalente, de Oficiais ou de Sargentos;

IV - 80% (oitenta por cento): Curso de Formação de Oficiais ou de Sargentos; e


1

V - 75% (setenta e cinco por cento): Curso de Formação de Cabos ou Soldados. (...)
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Art. 19 - A Gratificação de Regime Especial de Trabalho Policial Militar ou de Bombeiro Militar, prevista
no inciso III do art. 10, é devida ao militar do Estado para recompensar o permanente desgaste físico e psí-
quico provocado pela elevada tensão emocional inerente à profissão e é fixada nos seguintes percentuais:

I - 192,50% (cento e noventa e dois por cento e cinquenta centésimos por cento), para Oficiais Superiores;
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CEL PM RG : 54.609

II - 150% (cento e cinquenta por cento), para Oficiais Intermediários e Subalternos; e

III - VETADO

IV - 122,50% (cento e vinte e dois por cento e cinquenta centésimos por cento), para Cadetes ou Alunos das
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1
Academias, Escolas ou Centros de Formação.

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Parágrafo Único - VETADO.

SEÇÃO V

DA GRATIFICAÇÃO DE RISCO DA ATIVIDADE MILITAR

Art. 19-A - A Gratificação de Risco da Atividade Militar é fixada no percentual de 62,50% (sessenta e dois
por cento e cinquenta centésimos), tem base de cálculo correspondente ao somatório do soldo e eventual di-
ferença de soldo, Gratificação de Habilitação Profissional e Gratificação de Regime Especial de Trabalho
Policial Militar ou Bombeiro Militar, e é devida ao militar do Estado em virtude das peculiaridades inerentes
1

1
à carreira militar, cuja condição está relacionada ao sacrifício da própria vida em defesa e segurança da soci-
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edade.
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(...)

Art. 48 - A assistência médico-hospitalar, odontológica e social aos militares do Estado e seus dependentes,
assim como aos pensionistas militares e seus dependentes, será prestada com recursos provenientes:

I - do desconto, facultativo, de 10% (dez por cento) do soldo do militar do Estado ou do soldo de referência
do instituidor de pensão;

II - do desconto adicional de 1% (um por cento) do soldo do militar do Estado ou do soldo de referência do
instituidor de pensão, por cada dependente;
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III - da contrapartida mensal do Estado, mediante dotação orçamentária específica, não inferior a 100% (cem
por cento) dos valores arrecadados referentes aos incisos I e II;

IV - de doações e legados;

V - de indenizações por atendimento conveniado.

§ 1º - Os recursos de que trata este artigo terão destinação específica, com escrituração sob as rubricas
“FUNDO DE SAÚDE SPSMERJ/PM” ou “FUNDO DE SAÚDE SPSMERJ/CBM”, e serão geridos, em ca-
da uma das Corporações Militares do Estado, por uma comissão designada pelo Comandante-Geral da res-
pectiva Corporação Militar em conta vinculada a estabelecimento bancário com praça no Estado do Rio de
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Janeiro.
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§ 2º - Cada uma das Corporações Militares do Estado terá sua própria conta vinculada a estabelecimento
bancário com praça no Estado do Rio de Janeiro.

§ 3º - Os recursos mencionados nos incisos deste artigo serão repassados imediatamente à conta destinada ao
Fundo de Saúde de cada uma das Corporações Militares do Estado.
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FABIO FRIAS LAVIOLA DE FREITAS.
CEL PM RG : 54.609

§ 4º - O Poder Executivo poderá abrir créditos suplementares e especiais para fazer face às despesas necessá-
rias para custeio da assistência médico-hospitalar, odontológica e social dos militares do Estado.

§ 5º - É vedado o desconto para o Fundo de Saúde para dependentes, se não houver desconto do militar do
Estado ou do pensionista militar na qualidade de titular.
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2

§ 6º - O militar do Estado, ativo ou inativo, e o pensionista poderão a qualquer tempo requerer o cancela-
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mento dos descontos para o Fundo de Saúde, importando o cancelamento do titular na extensão automática
aos dependentes e não importa em efeitos pecuniários retroativos.

§ 7º - Somente nas hipóteses de acidente de serviço, os militares do Estado que não descontem para o Fundo
de Saúde poderão ter acesso ao Sistema de Saúde das Corporações.

§ 8º - O militar do Estado ou o pensionista militar que solicitar cancelamento dos descontos para o Fundo de
Saúde somente poderão requerer seu reingresso decorridos 12 (doze) meses da efetivação do cancelamento
conforme regras estabelecidas em Portaria do Comandante-Geral de cada Corporação Militar do Estado.
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1
§ 9º - O dependente do militar do Estado falecido que não tenha sido habilitado como pensionista, poderá fa-
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zer jus ao atendimento à assistência médico-hospitalar, odontológica e social, enquanto preencher as mesmas
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condições estabelecidas em lei para fins de dependência e desde que o pensionista habilitado, por solicitação
própria, contribua na forma dos incisos I e II do caput.

§ 10 - Ao ingressar na Corporação Militar o militar deverá ser orientado e consultado sobre a intenção de re-
alizar os descontos para o fundo de saúde, podendo fazer a adesão a qualquer tempo.

Art. 49 - A assistência médico-hospitalar, odontológica e social aos militares do Estado e seus dependentes
será prestada de acordo com as normas e condições de atendimento estabelecidas pelo Comandante-Geral de
cada Corporação Militar do Estado.
(...)
1

1
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CAPÍTULO V
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DOS OUTROS DIREITOS

Art. 63 - (...)

(...)

§ 4º - O adiantamento referido neste artigo poderá ser requerido a cada quatro anos, se o militar do Estado
permanecer no mesmo posto ou graduação, podendo ser renovado no caso de promoção.

(...)
1

Art. 64 - Os militares do Estado que perderem ou tiverem seus fardamentos roubados, furtados, extraviados
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ou danificados em deslocamento a serviço ou em serviço, receberá um auxílio correspondente ao valor de 1


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(um) soldo do seu posto ou graduação, mesmo já tendo recebido anteriormente na forma do art. 63 e desde
que não tenha direito a uniforme por conta do Estado.

Parágrafo Único - O recebimento do auxílio fardamento de que trata o caput deste artigo estará condicionado
a comprovação do fato, através de procedimento apuratório a ser instaurado na unidade de lotação do pre-
tendente na respectiva Corporação militar.
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FABIO FRIAS LAVIOLA DE FREITAS.
CEL PM RG : 54.609

SEÇÃO VI
DO ABONO DE PERMANÊNCIA MILITAR

Art. 64-A - O militar do Estado que preencher os requisitos estabelecidos para transferência para a reserva
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remunerada, a pedido, e que optar por permanecer em atividade, fará jus a um abono de permanência militar

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equivalente ao valor da sua contribuição para as pensões militares e a inatividade dos militares, subsistindo
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até que seja transferido para a inatividade.

(...)

SEÇÃO VII

DO AUXÍLIO DE NECESSIDADE ESPECIAL

Art. 64-B - O militar do Estado na ativa que for responsável legal por crianças com deficiência física ou inte-
lectual fará jus a um Adicional de Necessidade Especial, calculado sobre 20% (vinte por cento) do soldo.
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Parágrafo Único - O Poder Executivo regulamentará por Decreto as condições para o recebimento do benefí-
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cio disposto neste artigo.

(...)

Art. 78 - Serão incorporadas integralmente à remuneração de inatividade as Gratificações de Tempo de Ser-


viço, de Habilitação Profissional, de Regime Especial de Trabalho Policial Militar ou de Bombeiro Militar e
de Risco da Atividade Militar.

Parágrafo Único - A base de cálculo para pagamento das gratificações, indenizações, dos auxílios e outros
direitos do militar do Estado na inatividade remunerada não será inferior ao valor do soldo integral do grau
hierárquico que possuir quando em atividade e deverá corresponder ao fixado em apostila lavrada pelo órgão
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competente da Corporação Militar do Estado.


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(...)

Art. 81 - O militar do Estado, ativo ou inativo, que foi ou venha a ser reformado por incapacidade definitiva
e considerado inválido, impossibilitado total e permanentemente para qualquer trabalho, não podendo prover
os meios de subsistência, fará jus a um auxílio-invalidez no valor de vinte e cinco por cento da soma do sol-
do e eventual diferença de soldo com a Gratificação de Tempo de Serviço, desde que satisfaça a uma das
condições abaixo especificadas, devidamente homologada por Junta de Saúde da Corporação Militar do Es-
tado:

I - necessitar de internação em instituição especializada, da Corporação Militar do Estado ou não;


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II - necessitar de assistência ou cuidados permanentes de enfermagem;


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III - necessitar, por prescrição médica, receber tratamento na própria residência, assistência ou cuidados
permanentes de enfermagem.

§ 1º - Para percepção do auxílio-invalidez, o militar do Estado ficará sujeito a apresentar, anualmente, decla-
ração de que não exerce atividade remunerada e, a critério da Administração Militar, a submeter-se, periodi-
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camente, à inspeção de saúde de controle; no caso de Oficial ou Praça mentalmente enfermo, a declaração
deverá ser firmada por dois Oficiais da ativa da Corporação.

§ 2º - O auxílio-invalidez será suspenso automaticamente pelo Comandante-Geral da correspondente Corpo-


ração Militar do Estado, se for verificado que o militar do Estado beneficiado exerce ou tenha exercido, após
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1
o recebimento do auxílio qualquer atividade remunerada, sem prejuízo de outras sanções cabíveis, bem como

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2

se, em inspeção de saúde, for constatado não se encontrar nas condições previstas neste artigo.
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§ 3º - O militar do Estado no gozo do auxílio-invalidez terá direito a transporte por conta do Estado, dentro
do território estadual, quando for obrigado a se afastar de seu domicílio para ser submetido à inspeção de sa-
úde de controle, prevista no parágrafo 1º deste artigo.

§ 4º - O auxílio-invalidez não poderá ser inferior ao soldo de segundo-tenente.

(...)

Art. 85-A - O militar do Estado, ao início do processo de transferência para a inatividade remunerada, poderá
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1
requerer a antecipação do valor relativo ao período integral das férias do ano da referência, desde que já haja
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decorridos trinta dias dentro do ano da referência das férias e desde que no mês solicitado para antecipação
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não conste nenhum tipo de afastamento do serviço ativo ou licença.

Art. 85-B - Será concedida ao militar inativo indenização por via administrativa de valores referentes a férias
e licença-especial não gozadas enquanto em atividade, desde que não utilizadas para contagem ficta do tem-
po de serviço para fins de transferência para reserva remunerada, reforma ou de percepção de abono de per-
manência militar.
§ 1º - O direito previsto no caput deste artigo poderá ser exercido no prazo prescricional de 5 (cinco) anos, a
contar da data da passagem para a inatividade remunerada.

§ 2º - O valor de direito da indenização, em quaisquer hipóteses, terá por base de cálculo o último contra-
cheque anterior à passagem para inatividade, excluídas as parcelas indenizatórias e remuneratórias eventuais.
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1
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§ 3º - O valor total a ser concedido ao militar do Estado a título de indenização corresponderá ao produto da
base de cálculo constante no parágrafo anterior pelo somatório de meses de férias e licença-especial não go-
zadas.

§ 4º - Para fins deste artigo, período de férias ou licença especial igual ou superior a 15 (quinze) dias será
considerado como mês integral.

§ 5º - Na hipótese de exclusão do serviço ativo por falecimento, poderá ser requerido o direito previsto neste
artigo pelos beneficiários da pensão militar, desde que observada a prescrição quinquenal a contar da data do
óbito.
1

§ 6º - Tratando-se de falecimento de militar do Estado inativo, poderá ser requerido o direito pelos beneficiá-
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rios da pensão militar, desde que respeitados os requisitos do caput e do parágrafo 1º.
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§ 7º - Sobre a parcela indenizatória de que trata este artigo, não incidirão imposto de renda e contribuição pa-
ra as pensões militares e a inatividade dos militares.

(...)
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Art. 87 - São consideradas bases para desconto as seguintes parcelas remuneratórias:

I - para o militar do Estado ativo, o soldo do posto ou graduação, acrescido da Gratificação de Tempo de
Serviço, da Gratificação de Habilitação Profissional, da Gratificação de Regime Especial de Trabalho Polici-
al Militar ou de Bombeiro Militar e da Gratificação de Risco da Atividade Militar;
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II - para o militar do Estado inativo, o soldo e eventual diferença de soldo ou quotas de soldo, acrescido da
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Gratificação de Tempo de Serviço, da Gratificação de Habilitação Profissional, da Gratificação de Regime
Especial de Trabalho Policial Militar ou de Bombeiro Militar e da Gratificação de Risco da Atividade Mili-
tar; e

III - para o pensionista de militar do Estado, o soldo ou quotas de soldo do instituidor de pensão, acrescido
da Gratificação de Tempo de Serviço, da Gratificação de Habilitação Profissional, da Gratificação de Regi-
me Especial de Trabalho Policial Militar ou de Bombeiro Militar e da Gratificação de Risco da Atividade
Militar.” (NR) TÍTULO VI DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAIS

Art. 38 - Para fins do disposto nesta lei, a expressão “anos de exercício de atividade de natureza militar” é
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1
definida como tempo de efetivo serviço.
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Art. 39 - Os militares do Estado que até 31 de dezembro de 2021, não houverem completado o tempo míni-
mo de 30 (trinta) anos de serviço exigido para fins de inatividade, deverão ter computado no tempo de servi-
ço faltante o acréscimo de 17% (dezessete por cento).

§ 1º - Além do disposto no caput deste artigo, o militar do Estado deve contar no mínimo 25 (vinte e cinco)
anos de exercício de atividade de natureza militar, acrescidos de 4 (quatro) meses para cada ano inteiro fal-
tante para atingir 30 (trinta) anos de serviço, a partir de 1º de janeiro de 2022, limitado a 5 (cinco) anos de
acréscimo.

§ 2º - V E TA D O .
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Art. 40 - A partir da entrada em vigor desta lei fica absorvida pela Gratificação de Risco da Atividade Militar
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a Indenização de Auxílio Moradia instituída pela Lei Estadual nº 658, de 05 de abril de 1983.

§ 1º - Fica vedada a concessão de Indenização de Adicional de Inatividade, instituída pela Lei Estadual nº
658, de 05 de abril de 1983, às remunerações de inatividade e pensões militares cujas datas de efeito tenham
validade a partir da entrada em vigor desta Lei.

§ 2º - É vedada, em quaisquer hipóteses, a acumulação da Gratificação de Risco da Atividade Militar com a


Indenização de Adicional de Inatividade, instituída pela Lei Estadual nº 658, de 05 de abril de 1983.

§ 3º - Aplica-se aos militares do Estado inativos e aos pensionistas, cuja data de efeito da inativação ou da
instituição da pensão militar ocorrer até 31 de dezembro de 2021, os percentuais previstos no Art. 19 da Lei
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Estadual nº 279, de 26 de novembro de 1979.


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§ 4º - Fica assegurado aos militares do Estado inativos, cuja data de efeito da inativação ocorrer até 31 de
dezembro de 2021, a manutenção de eventuais percentuais superiores aos constantes no Art. 19 da Lei Esta-
dual nº 279, de 26 de novembro de 1979.

Art. 41 - É assegurado o direito adquirido ao militar do Estado que preencher até 31 de dezembro de 2021 os
requisitos estabelecidos para transferência para a reserva remunerada, a pedido, na forma da legislação vi-
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gente até 31 de dezembro de 2021, a qualquer tempo, quando da passagem à inatividade remunerada, a op-
ção pela percepção da remuneração correspondente ao grau hierárquico superior ou melhoria da mesma,
obedecendo-se ao seguinte:

I - os Oficiais, se no último posto da hierarquia da Corporação Militar do Estado, terão suas remunerações
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calculadas sobre o soldo desse posto, acrescido de 20% (vinte por cento);

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II - os subtenentes, quando transferidos para a inatividade, terão suas remunerações sobre o soldo correspon-
dente ao posto de segundo-tenente;

III - os demais Oficiais e Praças, ao serem transferidos para a inatividade, terão suas remunerações calcula-
das sobre o soldo correspondente ao posto ou graduação imediatamente superior.

§ 1º - V E TA D O .

§ 2º - A concessão do direito à percepção do abono de permanência pela autoridade competente, devidamen-


te publicado em Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro, mesmo que em data posterior ao início da entra-
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da em vigor desta lei, desde que a constituição do direito ocorra até 31 de dezembro de 2021, é instrumento
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capaz de configurar o direito constante deste artigo, assim como o mapa de tempo de serviço emitido, a
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qualquer tempo, pelo setor competente em cada Corporação Militar demonstrando o cumprimento do requi-
sito temporal para transferência para inatividade remunerada até 31 de dezembro de 2021 ou quaisquer ou-
tras provas admitidas em direito.

§ 3º - O exercício do direito de opção constante no caput deste artigo deve ser realizado no requerimento de
passagem para inatividade, e implicará na percepção do Adicional de Inatividade instituído pela Lei Estadual
nº 658, de 05 de abril de 1983, sendo vedada a acumulação com a Gratificação de Risco de Atividade Mili-
tar.

§ 4º - Na hipótese de não ser realizada a opção ou optando pelo não exercício do direito previsto no caput
deste artigo, o militar fará jus à Gratificação de Risco de Atividade Militar, sendo vedada a acumulação com:
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a) o Adicional de Inatividade, instituído pela Lei Estadual nº 658, de 05 de abril de 1983; e


b) o cálculo da remuneração da inatividade sobre o soldo do grau hierárquico superior ou com o cálculo adi-
cional de 20% (vinte por cento) na hipótese de ser o militar no posto de Coronel.

§ 5º A opção constante no caput deste artigo poderá ser retratável uma única vez, se for requerida no prazo
decadencial de 01 (um) ano após o ato de inativação do militar.

Art. 42 - V E TA D O .

Art. 43 - Integrará para fins de cálculo de Gratificação de Tempo de Serviço devida aos militares do Estado
ativos ou inativos e aos pensionistas o período compreendido entre 28 de maio de 2020 e 31 de dezembro de
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2021.
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Parágrafo Único - Na hipótese de aquisição de direito a novo percentual de Gratificação de Tempo de Servi-
ço, com base na contagem de período aquisitivo citado no caput, os militares do Estado, ativos ou inativos, e
os pensionistas somente perceberão o novo percentual a contar de 01 de janeiro de 2022, sem gerar direitos a
pagamentos retroativos desde a data de direito até 31 de dezembro de 2021.
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Art. 44 - No computo do limite constitucional remuneratório dos militares do Estado será excluída eventual
remuneração de cargo em comissão.

Art. 45 - A idade-limite para transferência de ofício para a reserva remunerada dos militares do Estado do
Rio de Janeiro é de 67 (sessenta e sete) anos.
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Parágrafo Único - A idade-limite de permanência na reserva para fins de reforma dos militares do Estado é
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de 72 (setenta e dois) anos.

Art. 46 - Ao militar do Estado temporário aplicam-se as seguintes disposições:

I - o militar do Estado temporário contribuirá para o SPSMERJ, na forma do artigo 15 desta lei, e fará jus à
remuneração de inatividade por invalidez e pensão militar durante a permanência no serviço ativo;

II - cessada a vinculação do militar do Estado temporário à respectiva Corporação Militar do Estado, o tem-
po de serviço militar será objeto de contagem recíproca para fins de aposentadoria no Regime Geral de Pre-
vidência Social ou de regime próprio de previdência social, sendo devida a compensação financeira entre os
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regimes.
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Art. 47 - O Poder Executivo deverá divulgar em sítio eletrônico, semestralmente, a prestação de contas da
execução dos recursos do SPSMERJ, com a arrecadação das contribuições, a administração dos recursos fi-
nanceiros e o pagamento das retribuições estipendiais dos militares do Estado na inatividade e das pensões
militares.

Art. 48 - Ficam revogados os §§ 1º e 2ª do art. 19 e o § 3º do art. 63, todos da Lei Estadual nº 279, de 26 de
novembro de 1979.

Art. 49 - Esta lei entra em vigor em 1º de janeiro de 2022.

Rio de Janeiro, 29 de dezembro de 2021


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CLÁUDIO CASTRO
Governador

Projeto de Lei nº 5181/ 2021


Autoria do Poder Executivo, Mensagem nº 34/2021.

RAZÕES DE VETO PARCIAL AO PROJETO DE LEI Nº 5181/2021, ORIUNDO DA MENSAGEM Nº


34/2021, DE AUTORIA DO PODER EXECUTIVO, QUE “DISPÕE SOBRE O SISTEMA DE PROTE-
ÇÃO SOCIAL DOS MILITARES DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO (SPSMERJ), ALTERA A LEI
ESTADUAL Nº 279, DE 26 DE NOVEMBRO DE 1979, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS”
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Muito embora oriundo de iniciativa do Poder Executivo, e aprimorado com emendas de origem do Parla-
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mento, não me foi possível sancionar integralmente o presente Projeto de Lei.


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Inicialmente, cumpre destacar que na proposta de inciativa privativa do Chefe do Poder Executivo não se re-
vela vedada, de forma absoluta, a inclusão de emendas por parte do Poder Legislativo. Todavia, a doutrina e
a jurisprudência fixam dois limites intransponíveis: (a) proibição de emendas que aumentem despesas; (b)
exigência de demonstração de relação de pertinência temática entre a emenda e o projeto de ato normativo
apresentado pelo Executivo.
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FABIO FRIAS LAVIOLA DE FREITAS.
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No presente caso, a verificação de majoração de despesas se demonstra ainda mais relevante, tendo em vistas
que o Projeto de Lei estipula que compete “ao Estado do Rio de Janeiro a cobertura de eventuais insuficiên-
cias financeiras decorrentes do pagamento das retribuições estipendiais dos militares do Estado na inativida-
de e pensões militares”.
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Dito isto, trago os dispositivos objeto do presente veto parcial, que ora passo a expor.
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- O §2º do art. 4º da Lei nº 279, de 26 de novembro de 1979, a ser inserido pelo art. 37 do projeto. Por força
da Lei nº 9.436, de 14 de outubro de 2021, que autoriza o Governo do Estado a conceder reajuste geral anual
a todos os servidores do Estado do Rio de Janeiro, já se encontra prevista tal medida no Plano de recupera-
ção Fiscal do Estado. Sobre esse tema, a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional determinou que os requisi-
tos para a concessão de revisão geral anual seriam (i) a generalidade, qual seja, atingir a totalidade dos servi-
dores de todos os poderes, e (ii) a isonomia com índices revisionais idênticos para todos.

- A alteração do inciso III, bem como do parágrafo único a ser acrescido ao art. 19 da Lei nº 279/1979, efe-
tuadas através do art. 37 do projeto. O veto se justifica porque a previsão neles contida, feita através de
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emenda parlamentar, não encontra respaldo com o impacto econômico-financeiro do projeto inicial, e coloca
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em risco a adesão do Estado do Rio de Janeiro ao Regime de Recuperação Fiscal. Cumpre esclarecer que as
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categorias tratadas pelo dispositivo ora vetado não restarão prejudicadas, pois continuarão regidas pelas dis-
posições do Decreto nº 21.389, de 20 de abril de 1995.

- O §2º do art. 39 do projeto. O dispositivo contraria a Lei Federal n.º 13.954, de 16 de dezembro de 2019,
norma geral, e, portanto, de observância obrigatória pelos Estados.

- O §1º do art. 41 e o art. 42 do projeto. Suas disposições desconsideraram a competência privativa do Go-
vernador do Estado para iniciar o processo legislativo acerca de leis que disponham sobre “servidores públi-
cos do Estado, seu regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria de civis, reforma e
transferência de militares para a inatividade” (art. 112, §1º, II, “b”, da Constituição Estadual). Com efeito, o
Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro possui entendimento jurisprudencial no sentido da iniciativa
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do Chefe do Poder Executivo para tratar dos temas afetos aos servidores públicos.
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Diante de todo o exposto, não me restou outra escolha senão apor veto parcial ao Projeto de Lei ora encami-
nhado à deliberação dessa Egrégia Casa Parlamentar.

CLÁUDIO CASTRO
Governador
Id: 2365229

ATOS DO PODER EXECUTIVO

DECRETO Nº 47.902 DE 29 DE DEZEMBRO DE 2021


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ALTERA O DECRETO ESTADUAL 21.389, DE 20 DE


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ABRIL DE 1995, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, no uso de suas atribuições constitucionais e le-


gais, tendo em vista o que consta no Processo Administrativo nº SEI-150001/015427/2021,

CONSIDERANDO:
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- aprovação do Projeto de Lei 5181/2021 que versa sobre o Sistema de Proteção Social dos Militares do Es-
tado do Rio de Janeiro;

- que o inciso III, do artigo 19, da Lei Estadual nº 279, de 26 de novembro de 1979, teve sua redação alterada
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por emenda parlamentar;

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- que o Estado do Rio de Janeiro compreende a importância da valorização proposta pela alteração promovi-
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da em sede de Parlamento;

- que o impacto da alteração citada não havia sido previamente prevista em estudo de impacto financeiro; -
os aspectos relacionados ao Regime de Recuperação Fiscal;

- a necessidade de se coadunar a importância da valorização profissional com a viabilidade orçamentária e


financeira para que o percentual constante do artigo 19, inciso III, da Lei Estadual nº 279, de 26 de novem-
bro de 1979, vigente a partir de 1º de janeiro de 2022 seja implementado com responsabilidade e possibili-
dade de cumprimento da capacidade econômica do Estado.
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Art. 1º - O artigo 1º do Decreto Estadual 21.389, de 20 de abril de 1995, passa a ter a seguinte redação: “Art.
1º. O valor percentual previsto no art. 19, inciso III, da Lei Estadual nº 279, de 26 de novembro de 1979, é
de 150% (cento e cinquenta por cento), para Aspirantes a Oficial, Subtenentes, Sargentos, Cabos e Solda-
dos”.

Art. 2º - A aplicação do percentual constante do inciso III, do Art. 19, da Lei Estadual nº 279, de 26 de no-
vembro de 1979, será escalonada progressivamente, nos seguintes termos:

I - a partir de 1º de janeiro de 2022: 128% (cento e vinte e oito por cento);

II - a partir de 1º de janeiro de 2023: 133,5% (cento e trinta e três por cento e cinquenta centésimos por cen-
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to);
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III - a partir de 1º de janeiro de 2024: 139% (cento e trinta e nove por cento);

IV - a partir de 1º de janeiro de 2025: 144,5% (cento e quarenta e quatro por cento e cinquenta centésimos
por cento), e

V - a partir de 1º de janeiro de 2026: 150% (cento e cinquenta por cento).

Art. 3º - Ficam revogados o Decreto nº 13.734, de 19 de outubro de 1989, Decreto nº 13.924, de 23 de no-
vembro de 1989 e os incisos I, II e III, do Art. 1º, Art. 2º e Art. 3º, todos do Decreto nº 21.389, de 20 de abril
de 1995.
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Art. 4º - Este Decreto entra em vigor em 1º de janeiro de 2022.


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Rio de Janeiro, de 29 de dezembro 2021

CLÁUDIO CASTRO
Governador

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