PSICOPATOLOGIA E CRIME

Esquizofrenia, psicopatologia e crime

violento: uma revisão das evidências
empíricas.

Alunos: Felipe Rezende

João Carlos
Patrícia Pery
O Psiquiatra suíço Eugen Bleuler propôs em 1911 o termo
esquizofrenia, ressaltando à desarmonia interna do
funcionamento mental e à quebra do contato com a
realidade que ele observava no transtorno.

O CONCEITO DE ESQUIZOFRENIA
ALGUNS SINTOMAS
 Proporção do total de violência atribuída ao grupo é
pequena.
 Aspectos culturais e histórico reforçam estigmas
“loucura – crime”
 Dificuldades
dos profissionais com o tema violência
pela estigmatização

INTRODUÇÃO
 ❑ Estudos epidemiológicos com populações
específicas têm reforçado a associação entre
comportamento violento e transtorno psiquiátrico.
❑ No caso de população de presidiários, existem
muitas evidências indicando considerável
prevalência.
❑ Taylor e Gunn, 1984; 1999).
❑ Em um estudo retrospectivo com condenados por
homicídio na Austrália, de 1993 a 1995.

TRANSTORNOS MENTAIS ENTRE

PRESIDIÁRIOS
 Essa
taxa aumentava quando considerada a comorbidade
com uso/abuso de substâncias(Wallace et al., 1998).
 Estudo
semelhante (Shaw et al., 2006), que avaliou
condenados por homicídio na Inglaterra durante 1996 a 1999,
num total de 1.594 sujeitos.
 Aindana Inglaterra, Brugha et al. (2005) compararam duas
amostras de pacientes com psicose selecionadas de prisões e
da comunidade geral, utilizando o questionário
semiestruturado SCAN (Schedules for Clinical Assessment in
Neuropsychiatry).
o Stuart e Arboleda-Florez (2001) reanalisaram dados de uma pesquisa realizada
no Canadá em 1992.
 Grupo A – Pacientes desinstitucionalizados (1975)
 Grupo B – Pacientes após estabelecimento dos serviços
comunitários (1985)

 Maior taxa de condenações sobre ofensas criminais, exceto

sexuais se comparado com a população geral.
 Quando associado ao uso de substancias os resultados
apontaram nível desproporcional de agressões.
 A mudança do modelo assistência para o comunitário não
trouxeram mudanças significativas.

VICTORIA – AUSTRÁLIA
ESQUIZOFRENIA
 Amostra: 404 pacientes entre aos anos de 1949 e 2000.
 Método: Aplicação da escala MOAS – frequência e
agressividade

 41,8% dos crimes cometidos por homens estava associado com

esquizofrenia com ausência do uso de drogas.
 32,7% dos crimes cometidos por mulheres estava associado com
esquizofrenia com ausência do uso de drogas.

PRAGA – REPÚBLICA TCHECA

ESQUIZOFRENIA
 Amostra: 257 pacientes em um período de 14 meses
 88,6% da amostra eram psicóticos

 Os pacientes psicóticos foram os que mais cometeram crimes

envolvendo violência comparado aos demais diagnósticos
psiquiátricos.
 40% do grupo tinha comorbidade associada ao uso de drogas
 38% com antecedentes criminais

 Frequências superiores se comparada a população geral

SUÉCIA
UNIDADE PSIQUIÁTRICA – RISCO DE VIOLÊNCIA
 Amostra: 1750 pacientes de 3 hospitais psiquiátricos
 53% da amostra com esquizofrenia e transtorno delirante.
 Sintomas positivos e negativos presentes no momento da
agressão, assim como os sintomas afetivos ( embotado ou
incongruente)
 Fator desencadeante da agressão : Sintomas delirantes

INGLATERRA
ALTA SEGURANÇA – RISCO DE VIOLÊNCIA
 Link e Stueve (2004) a partir de estudos sobre a história da
violência em pacientes psiquiátricos encontraram fortes ligações
entre os delírios com características de controle e perseguição
ligados aos atos violentes.
 Beck (2001) achado reforçado.

 Violência pouco frequente na ausência de abuso de

substancias.

ESTUDOS EPSTEMIOLÓGICOS
 A partir da revisão feita por Walsh et al.(2001) constatou-se a
partir de várias obras sobre o tema que a esquizofrenia ligado ao
abuso de substancias aumenta o risco de violência.
 Aumento do uso de substancias por pacientes esquizofrênicos

REVISÕES LITERÁRIAS
 Processo de desinstitucionalização – indivíduos vivendo em
comunidade.
 Pequena parcela da violência social é atribuída ao grupo.

 “É bastante plausível que em países como Brasil, no qual a violência e a

criminalidade têm intensa associação com condições socioeconômicas, como
as que se verificam nos bolsões de miséria das periferias das grandes e médias
cidades brasileiras, o percentual dos crimes associados a transtornos mentais
graves seja ainda menor.”

ASSOCIAÇÃO TRANSTORNOS MENTAIS –

VIOLÊNCIA NA COMUNIDADE
REFERÊNCIA: TEIXEIRA , EH et al. Esquizofrenia, psicopatologia e
crime violento: uma revisão das evidências empíricas. Campinas, São
Paulo. 2007

DALGALARRONDO, Paulo.
Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. 3ª edição. Porto
Alegre. Artmed.2019