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Discente: Andressa
Disciplina: Sociologia das drogas Curso: Ciências Sociais
Docente: Guilherme Borges
Título: As Drogas e seu Nexo com Violência: Um Quadro Conceitual Tripartido
Título Original: The Drugs/Violence Nexus: A Tripartite Conceptual Framework
Tipo de Fonte: Artigo em Revista Ano de Publicação: 1985
Editora/Revista: Journal of Drugs Issues
Nº da Edição/Volume: v. 39 Nº de Paginas: 17
Autor(es): Paul J Goldstein
Tema: A relação entre o uso e o tráfico de diferentes tipos de drogas e a violência e
criminalidade.
Palavras Chave: drogas, violência, crime, violência psicofarmacológica, modelo econômico
compulsivo, violência sistêmica, homicídio.
Ideias Principais: A ideia central do texto está relacionada com as três formas possíveis de
relação entre drogas e violência, e cada uma dessas formas é aprofundada. A violência
psicofarmacológica é resultado da ingestão de diversos tipos substâncias estimulantes ou álcool e
a consequência disso são comportamentos violentos, excitabilidade, a irritabilidade, o
medo/paranoia, a desinibição, as variações de humor. Crimes em que a vítima está sob efeito de
drogas também se encaixam nesse modelo, por exemplo, abusos sexuais. Considera-se,
normalmente, que o consumo de opiáceos e de maconha é pouco susceptível de causar crimes
psicofarmacologicamente induzidos, visto serem drogas que tendem a reduzir a agressividade. No
entanto, a irritabilidade associada à síndrome de abstinência pode estar ligada a um aumento da
violência. A violência psicofarmacológica pode acontecer em locais variados, nas ruas, e até
mesmo em locais de trabalho.
O modelo econômico compulsivo apresentado por Goldstein refere-se aos crimes cometidos com
a intenção de conseguir dinheiro para sustentar seu vício em drogas, principalmente quando se
trata de substâncias de alto custo, como cocaína e heroína. A pesquisa indica que a maioria dos
usuários de heroína evitam crimes violentos se existirem alternativas não violentas viáveis. Isso
acontece porque crimes violentos tem um maior risco de levar a prisão. O baixo número de
dependentes químicos que cometem crimes como roubo, assalto, agressão, homicídio e outros que
envolvem o uso de força parece desacreditar a visão compartilhada por muitos de que o uso de
drogas tem a efeito de fazer com que um indivíduo seja um criminoso sem coração.
A violência sistêmica refere-se a atos violentos (por exemplo, assaltos, homicídios) cometidos no
contexto do funcionamento dos mercados de drogas ilícitas, como parte da atividade de venda,
distribuição e consumo de droga. Alguns exemplos de crimes sistêmicos são: disputas por
território, assaltos e homicídios como meio de fazer respeitar os códigos normativos, eliminação
de informantes, punição por vender drogas adulteradas ou falsas, punição por dívidas não pagas.
Vários casos foram relatados em que famílias inteiras de traficantes de drogas, incluindo
mulheres e crianças, morreram em guerras que envolvem drogas. No entanto, a grande maioria
das vítimas de violência sistêmica são aqueles que usam ou vendem drogas, ou são de alguma
outra maneira, envolvidos com o mercado ilícito.
Comentários Pessoais: Goldstein utiliza uma linguagem clara, o que facilita a compreensão. O
autor procura desmistificar alguns pontos importantes sobre caráter violento do crime e a relação
com determinadas drogas. Nem sempre as drogas servem como um estímulo à violência e crimes
bárbaros como uma grande parcela de pessoas afirmam.