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Sim OU Não

Os crimes dos arts. 28 e 33 da

Lei de drogas admitem a
aplicação do princípio da
insignificância?
 Inaplicabilidade do princípio da insignificância ao
crime do art. 28 da Lei de Drogas.
A jurisprudência de ambas as turmas do STJ firmou
entendimento de que o crime de posse de drogas para
consumo pessoal (art. 28 da Lei 11.343/06) é de perigo
presumido ou abstrato e a pequena quan dade de
droga faz parte da própria essência do delito em
questão, não lhe sendo aplicável o princípio da
insignificância (RHC 34.466/DF, Rel. Min. Og
Fernandes, Sexta Turma,
julgado em 14/05/2013).

ATENÇÃO! O STF possui um

precedente, da 1ª Turma,
aplicando o princípio. HC
110475, Rel. Min. Dias Toffoli,
julgado em 14/02/2012.
 Em regra, não se aplica o princípio da insignificância ao crime do art.
33 da lei de drogas.
O reconhecimento da a picidade da conduta deli va com fundamento no
princípio da insignificância não é admissível em relação ao crime de tráfico
ilícito de drogas, pois trata-se de crime de perigo abstrato, no qual os
objetos jurídicos tutelados são a segurança pública e a paz social, sendo
irrelevante a quan dade da droga apreendida. HC 318.936/SP, Rel.
Ministro RIBEIRO DANTAS, QUINTA TURMA, julgado em 27/10/2015, DJe
09/11/2015.

Em um caso concreto, o STF aplicou o princípio da insignificância.

No caso concreto, uma mulher foi presa em flagrante por tráfico de drogas
portando 1 grama de maconha.
Para o Min. Relator Gilmar Mendes, a
resposta do Estado não foi adequada
nem necessária para repelir o tráfico
de 1 grama de maconha. Trata-se de
um exemplo emblemá co de flagrante
desproporcionalidade na aplicação da
pena em hipóteses de quan dade irrisória
de entorpecentes. STF. 2ª Turma. HC
127573/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes,
julgado em 11/11/2019.
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