Você está na página 1de 24

Pedro Pinchas

Geiger e a Divisão
Regional do Brasil
1 Introdução

Nova Divisão Regional


Sumário
2

3 Centro-Sul

4 Nordeste

5 Amazônia
SOBRE PEDRO:
•Pedro Pinchas Geiger é de origem judaica, seus
pais nasceram na antiga Palestin e vieram para o
Brasil após a Primeira Guerra Mundial, em 1920.
•Seu interesse por política mundial apareceu na
adolescência devido a situação no Mediterrâneo,
o assunto pareava dentro de sua casa.
•Os pais de Pedro vieram morar em Vila Isabel e
ele nasce em 1923. Sua infância foi dividida entre
os vizinhos, a escola e a comunidade judaica,
assim ele mantinha seus laços europeus, o
mundo existiu cedo, para ele.
•Vindo de família pobre, seus pais não tinham
condições de pagar escola particular e então, ele
foi estudar numa escola pública onde fez o
primário, a escola chamava Barão Homem de
Melo e depois ele foi para o colégio Pedro II.
•Geiger viajava de bonde para o colégio e
passou a conhecer a geografia da cidade
cedo. Com isso, ele desenhava uma
geografia social em sua cabeça a partir da
vivência vista nas ruas que passava,
construções que via, transportes que
andava, comunicações e a comunidade
judaica ajudou bastante por terem grande
participação no comércio da cidade.
•Pedro tinha pretensão em fazer Medicina
mas não tinha condições e seu pai o
apoiou fazer geografia e história. Geiger
tinha conhecimento político e o espaço
geográfico tinha muita relevância ,para
ele.
•Em 1939, ele entrou para a Universidade do Brasil
para fazer geografia e história, lá conheceu Fany
Davidovich e Regina Rochefort que foram suas
colegas de curso e referência para a geografia
brasileira. Depois conheceu o geógrafo francês
Francis Ruellan que atuava no IBGE e na
Universidade.
• Em 1942, antes de Geiger se formar aos 19 anos,
Ruellan o indica para o IBGE e assim ele participa da
primeira divisão regional do Brasil do IBGE, sendo
responsável da divisão de São Paulo.
Região
1- Parte de um conjunto maior que não pode ser entendido
completamente independente ou isolada. No sentido vulgar,
é entendido como parte de um todo.
2- População humana como elemento dinâmica do espaço
geográfico.
3- A Região é uma unidade de características próprias, com
dinâmica e evolução, com sua realidade demonstrada pela
sua resistência encontradas nas ação humana.
O Brasil
1- Apresenta pouca extensão de densidade populacional e econômica
muito elevada, devido à dispersão de população e economia menos
evoluída.
2- A especulação em torno de produtos comerciais guia a ocupação
desde a descoberta. Um grande País agrário, em 1962, o primeiro
produtor mundial de café, banana, mandioca e o segundo em laranja.
3- População indígena pouco significou para estruturação de sociedades
e no Brasil não foi diferente, foi desbravado por colonizadores e seus
descendentes. Voltavam-se para o trabalho escavo para não empregar o
indígena.
4- Grande influencia de Imigrações Europeia.
5- A divisão regional oficial tem como unidade de maior importância as
regiôes físicas, Segundo Gueger a divisão deve ser tratado "sob a Luz do
processo Histórico."
Nova Divisão
Regional
Na década de sessenta a divisão era composta
por: Centro Sul; Nordeste e Amazônia.
Essa divisão é fruto da evolução social e
econômica do país até ali;
As regiões Nordeste e Amazônica, a segunda
mais que a primeira, estão sujeitas a região
Centro Sul;
Região Nordeste o primeiro núcleo de
ocupação do país, perde esse posto pois a
região Centro-Sul oferece melhores condições
a ocupação.
I. O CENTRO SUL
Considerado o "Brasil Metropolitano";
Região com maior numero de trocas de
curta e longa distância;
Vetores que contribuiram para formação:
Expansão Cafeeira, Colonização europeia
moderna e a Industrialização;
Anéis de produção
Organização interna: Região Sudeste com
trocas intraregionais, já as regiões Sul e
Centro-Oeste comercializam com áreas de
outras regiões

I.I SUDESTE
A) A região Industrial e Urbana
Onde se encontram as duas metrópoles
nacionais: Rio de Janeiro e São Paulo;
Focos das atividades industriais
brasileiras nos interiores dessas cidades;
Eixo de centros industriais no Vale do
Paraíba;
Extensas zonas de veraneio e turismo.
Urbano no rural e o avanço da técnica;
10.000.000 de habitantes e 30% da renda
nacional

I.I SUDESTE
B) A região do Estado de São Paulo, ou o
Sudeste Novo
Se encontra no planalto paulista, de relevo
pouco acidentado e solos ricos ;
A agricultura avançou para oeste enquanto
a cidade se desenvolveu no oriente;
Variedade e quantidade de produtos
agrícolas: Açúcar (45%), Algodão (52%),
Milho, Batata (40%), carne e amendoim;
Região com intensas relações com a zona
industrial;
44% dos tratores agrícolas e 29% dos
arados emoregados no país;

I.I SUDESTE
C) O Sudeste velho fluminense-mineiro
Constituído por áreas dos planaltos da Serra
do Mar, da Mantiqueira e sessões do
Espinhaço, além das baixadas litorâneas;
Foram as primeiras terras ocupadas pelo
café;
Condições menos favoráveis, menos áreas
de matas e relevo muito acidentado ou em
altas elevações;
Produção agrícola elevada, mas com
produtos transformados em menor
quantidade;
11% dos tratores agrícolas e 10% dos
arados emoregados no país;
I.I SUDESTE
D) A zona metalúrgica
Organizada no centro de Minas Gerais em
função de atividades extrativas e
industriais;
Riqueza mineral, principalmente do minério
de ferro;
Expansão industrial possível somente pela
eletrificação do estado, após a política de
construção de hidrelétricas no planalto
mineiro;
Outros tipos de indústrias surgem, tendo em
Belo Horizonte a capital regional.

I.II SUL
A região Sul detém 21% dos agricultores
nacionais, 35% dos tratores agrícolas e 60%
dos arados.
A) O Planalto Meridional
Estrutura agrária composta por pequenos
estabelecimentos familiares;
A expansão das atividades agrícolas no
planalto meridional, tem relação com a
demanda crescente do mercado nacional;
Centros industriais como Blumenau e
Joinville;
Nas áreas de campo das altas superfícies
do planalto a agricultura mecanizada
produz: trigo, milho, soja e batata.
I.II SUL
B) A Campanha
Região muito condicionada as
características naturais de vastas
superfícies aplainadas e baixas altitudes;
Criam-se rebanhos bovinos de raças
europeias, equinos e ovinos de lã;
Nas áreas mais baixas como no litoral da
Lagoa dos Patos e no Vale do Jacuí, a
rizicultura irrigada e mecanizada ganham
espaço;
Outra característica são as cidades junto a
fronteira como Bajé, Livramento e
Uruguaiana.
I.II SUL
C) A Metrópole de Porto Alegre
Metrópole regional no extremo sul do país;
Área de contato da Campanha com o
Planalto;
A distância para São Paulo permite um
domínio sobre uma vasta área;
Sendo porto Alegre um centro de
industrialização, escoamento da produção
regional e distribuição de produtos
importados;
Subúrbios satélites como Niterói e Canôas,
e centros industrializados como São
Leopoldo e Novo Hamburgo
I.III CENTRO OESTE E NORTE DE
MINAS
Essa região é foco do estabelecimento da
pecuária nos planaltos do oeste brasileiro e
campos cerrados
Além introdução do gado pelas características
naturais favoráveis, houve especialização
regional para uma produção extensiva melhorada;
Isso se relaciona com o crescimento do conjunto
econômico brasileiro, onde as terras do oeste
foram reservadas para esse papel;
O quadro natural, a distância dos mercados e dos
polos de expansão urbana, foram fatores
considerados;
A cultura dos cereais começava a apresentar
êxito, com Goiás produzindo 15% da safra
brasileira já.
II. O NORDESTE
Segundo Pedro, diferente do Centro - Sul, o Nordeste é uma
região muito menos desenvolvida. Não possui uma estrutura
industrial o que resultou na subordinação ao Centro - Sul,
exceto no Recife onde existe uma atividade industrial mais
expressiva (produção de alimentos e têxtis).
O geografo também informa alguns pontos importantes como,
a condição climática da região que gera consequência
negativa ao solo e a vegetação, também no Nordeste foi
descoberto lençóis petrolíferos no Recôncavo, existência do
Rio São Francisco que assegura a produção de energia
elétrica e o Nordeste possui uma certa independência: já que
suas relações intrarregionais são superiores ás inter-regionais
diferente da área do Centro - Sul que é um território de
economia agrária
II. O NORDESTE
2.1- Nordeste Oriental: É um subdivisão geográfica do
Nordeste. É a parte mais povoada, onde fica localizado os
grandes setores administrativos, as grandes capitais
estaduais, praças comercias e maior parte da produção
agrícola.
O clima dessa área é o semiárido com bioma caatingas.

2.2- Fachada de Lavouras Tropicais de Exportação: É uma


região do litoral oriental que vai ao Rio Grande do Norte até o
sul da Bahia também é conhecida como a ''Zona da Mata'' é
onde existe maior parte da população. Os núcleos
canavieiros estão localizados na Paraíba ao Recôncavo.
Um dos produtos mais exportados dessa área é o açúcar de
usina. Além disso, a plantação de abacaxi e coco são outras
fontes econômica desse território.
II. O NORDESTE
2.3- Agreste: É uma área complementar a Zona da Mata e o
Sertão nordestino. Sua atividade econômica é a produção
agrícola, policultura e criação de gado. Essas atividades são
chamadas por Pedro, como mosáico da estrutura agrária
(engenhos de rapadura, plantadores de fumo, mantimentos,
algodão e plantação de agave).
O clima nessa região é mais úmido por causa da formação do
seu relevo.

2.4- Sertão: A cobertura vegetal predominante nessa regição


é a caatinga o clima é semiárido.
Atividade econômica é a criação de gado, a plantação de
algodão se tornou a principal fonte de econômica do Ceará e
da Paraíba.
No livro Pedro também cita que ausência de urbanização na
grandes cidades, exceto em Fortaleza.
II. O NORDESTE
3- Meio Norte: É uma área completar do Nordeste que faz
transição com Serão e a Amazônia.
O clima tropical. Sua densidade populacional é inferior a 10 e
2
5 hab. km.
Na região Nordeste Geiger mostra que a industrialização do

nordestina não houve uma grande evolução, mas questão de


organização regional aconteceu uma evolução.
III. A AMAZÔNIA
•Para Geiger, a Amazônia compõe as grandes regiões juntamente com o
Nordeste e o Centro-Sul. A separação entre elas se dão por antigas linhas
de clivagem e ocupação do território brasileiro.
•Ele caracteriza a região por um clima equatorial úmido com vegetação
densa. Segundo Geiger, os rios da região são "caminhos que andam" por
serem gigantes e reunidos em bacia de relevo baixo e aplainado, também
relata que a região tem certa autonomia e processo de desenvolvimento
próprio.
•O geógrafo deixa claro que a região da Amazônica tem escassez de
ocupação humana, e sua população é de 3 000 000 indivíduos para uma
área de 4 000 000km². A maior parte do território apresenta densidades
inferiores a 0,5 hab/km².
•Mesmo que a Amazônia tenha certa autonomia, ela é dependente do
Centro-sul e Nordeste devido ao abastecimento e povoamento e também
do Sudeste pelo escoamento de sua produção.
III. A AMAZÔNIA
•A atividade extrativa da floresta tem significação econômica
destinando mercadorias para exportação, já as relações
internas e nacionais são poucas.
•Assim a macrocefalia urbana tem Belém com mais de 300
000 habitantes, Manhas com mais de 100 000 e depois
Santarém com cerca de 20 000 habitantes. As duas capitais
são lugares de propagação de mercadorias de exportação e
importação.
• Geiger destaca que a região tem muitos recursos naturais
que podem ser usados. Naquela época era recente a
exploração de manganês que é um metal usado na produção
de aço, pilha etc e depois a atividade madeireira passou a ser
destaca.
Concluindo:
•Para Pedro Geiger o que ele retratou
mostra um panorama do país em
escala pequena.
•Ele afirma que a realidade das
regiões podem mudar de repente e
suas estruturas podem, também,
variar de acordo com o nível de
desenvolvimento dos respectivos
territórios.

Você também pode gostar