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Os animais têm sentimentos profundos, virtudes e vícios, relações fraternas e relações de ódio.

Tem toda uma gama vital, tem capacidade de sinalizar um monte de coisa um para o outro.
Então, se você ensinar um animal, ele pode produzir um som que significa, por exemplo, a
saudade que ele tem de uma pessoa que ele conheceu e não vê há dois meses. Claro que ele
pode fazer isso, é óbvio, pois ele tem memória. Ele não é uma máquina. É evidente que os
animais têm um monte de propriedades parecidas com as nossas.

Estou falando isso porque, acho que no ano passado, o pessoal começou no Facebook com
essa moda de “odeio essas pessoas que amam seu cachorrinho, pois não é um ser humano. É
um bicho que vai morrer, vai ser comido pelos vermes”. Cala a boca, meu filho, você não sabe
nada. O que você sabe sobre o que vai acontecer com um animal após a morte? Eu não sei o
que vai acontecer. Para com isso. Fala o que você sabe e não o que você não sabe.

Claro que pela análise dos conceitos você pode saber o seguinte: não existe nenhuma razão
para atribuir aos animais alguma imortalidade. Quer dizer, eu não sei nenhum motivo para
dizer que eles são imortais. Isso é uma declaração de ignorância e não de conhecimento.

Em termos de prova filosófica só temos prova da imortalidade humana. Mas as provas não
estabelecem a realidade. A realidade é que estabelece algumas provas. Não inverta a ordem
das coisas. Tem um monte de coisa que não está provada e, no entanto, existe.

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