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N.F., 1965.
1. O motivo da metáfora
Eu tenho ensinado e estudado literatura inglesa pelos
últimos 25 anos em uma universidade. Como em qualquer
trabalho, algumas perguntas ficam na nossa cabeça — não
por nos serem feitas com freqüência, mas por surgirem
da própria situação em que nos encontramos. Para que
serve o estudo da literatura? Será que ele ajuda a pensar
com mais clareza, ou a perceber com mais sensibilidade, ou
a viver melhor? Qual a função do professor, do erudito, ou
de quem se autodenomina, como eu, crítico literário? Que
diferença faz o estudo da literatura em nosso
comportamento social, político ou religioso? No começo da
carreira eu pensava muito pouco nessas questões,
não porque tinha respostas a elas, mas porque
achava ingênuo quem se preocupava com elas. Hoje
acho que as perguntas mais simples são não apenas
as mais difíceis de responder, mas as mais importantes a
fazer; vou então levantá-las e tentar sugerir quais seriam as
minhas respostas. Digo “tentar sugerir” porque para essas
questões há apenas respostas mais ou menos adequadas —
não há respostas certas. O problema trazido pela literatura
não é do tipo que se possa chegar a “resolver”. Boas ou não
as minhas respostas representam um considerável esforço
de reflexão sobre essas questões. Como não posso ver meu
auditório, tenho de escolher meu estilo retórico às cegas, e
vou adotar o estilo docente pois é com um público de
estudantes que me sinto mais à vontade.
The A B C of being,
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O A B C da existência,
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NOTAS
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Ou Wordsworth:
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Paraíso, e bosques
Ou D. H. Lawrence:
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[de um machado
|encontraremos as Hespérides.
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NOTAS
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Of crimson joy,
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Ó Rosa, estás doente!
Na tormenta horrível,
De júbilo carmim.
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NOTAS