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EFICIÊNCIA ENERGÉTICA: PROGRAMAS ESTRATÉGICOS E


TECNOLOGIAS INOVADORAS EM PAÍSES SELECIONADOS

EFICIÊNCIA ENERGÉTICA: PROGRAMAS ESTRATÉGICOS E


TECNOLOGIAS INOVADORAS EM PAÍSES SELECIONADOS

Franco da Silveira* E-mail:franco.da.silveira@hotmail.com


Filipe Molinar Machado* E-mail:fmacmec@gmail.com Janis Elisa
Ruppenthal* E-mail:profjanis@gmail.com Leonardo Nabaes
Romano* E-mail:romano@mecanica.ufsm.br Marcela Avelina
Bataghin Costa** E-mail:marcelavelina@hotmail.com
Rebeca de Faria Doeler* E-mail:rebecafdoeler@gmail.com
* Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Santa Maria, RS
* * Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP), São Carlos, SP

Abstrato:A eficiência energética é amplamente aceita como uma das estratégias utilizadas atualmente para
reduzir o consumo de energia e as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE). Para promover a eficiência
energética é necessário desenvolver políticas ambientais que fomentem tecnologias inovadoras. Nesse contexto,
a pesquisa visa apresentar um comparativo geral em países selecionados na área de eficiência energética, a fim
de propor aspectos relevantes para melhorar o caso brasileiro. Assim, foi realizado um mapeamento sistemático
juntamente com uma análise de patentes a fim de fornecer uma visão geral da área. Avaliamos 34 estudos
resultantes da aplicação do fluxo metodológico determinado. Como resultado, a pesquisa demonstrou aplicações
de estratégias de programas na área de eficiência energética em países selecionados que podem ser
consolidadas no Brasil em parcerias com o setor público e privado para possibilitar melhorias no uso de energia,
sem contabilizar as vantagens ambientais. Além disso, foram expostos o progresso e a evolução das tecnologias
em diferentes setores econômicos do Brasil e informações de documentos de patentes publicados em diferentes
países.

Palavras-chave: Eficiência energética. Programas Estratégicos. Tecnologias Inovadoras.

Resumo:A eficiência energética é amplamente aceita como uma das estratégias utilizadas atualmente para
reduzir o consumo de energia e as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE). Para promover a eficiência
energética é necessário desenvolver políticas ambientais que fomentem tecnologias inovadoras. Nesse
contexto, a pesquisa tem como objetivo apresentar um comparativo geral em países selecionados na área
de eficiência energética, a fim de propor aspectos relevantes para melhorar o caso brasileiro. Assim, um
mapeamento sistemático foi acompanhado juntamente com uma análise em patentes com o propósito de
fornecer uma visão geral da área. Foram avaliados 34 estudos resultantes da aplicação do fluxo
metodológico determinado. Como resultado, a pesquisa experimental aplicada de estratégias de
programas na área de eficiência energética em países selecionados que podem ser consolidadas no Brasil
em parcerias do setor privado e público para possibilitar melhorias do uso de energia, sem contabilizar as
vantagens ambientais. Além disso, o progresso e a evolução de tecnologias em diferentes setores
industriais do Brasil e informações de documentos de patentes publicadas em diferentes países foram
expostos.

Palavras-chave: Eficiência Energética. Programas Estratégicos. Tecnologias Inovadoras.

Revista Produção Online. Florianópolis, SC, v. 18, n. 3, pág. 875-900, 2018.


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1. INTRODUÇÃO

O processo de globalização e o estabelecimento de uma economia altamente competitiva

têm exigido maior eficiência nas atividades da sociedade. O uso eficiente de energia na forma

direta, com fluxos de energia como calor e energia elétrica, ou indiretamente, com produtos e

serviços, não só resulta em redução de custos, mas também em impactos ambientais (BAJAY,

2010; VIANA et al. 2012; CAMIOTO e outros, 2015). A crise do petróleo na década de 1970 e o

aumento populacional nos centros urbanos na década de 1980 serviram de alerta para que

muitos países pesquisassem novas fontes de recursos energéticos. Como as fontes disponíveis

apresentavam altos custos, grandes impactos ambientais e exigiam longos períodos de

implantação, a alternativa de aumentar a eficiência energética tornou-se uma opção viável

(LAMBERTS et al., 2005, ALTOÉ et al., 2017; ANDERSSON et al., 2017). .

Além disso, a eficiência energética é um elemento chave na redução do consumo de


combustíveis fósseis e, portanto, das emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE). Nesse
contexto, o desenvolvimento de programas que buscam fornecer medidas concretas para
economizar energia é introduzido pelas políticas ambientais (GRAUS et al., 2011; REUTER et
al., 2017). No entanto, poucas pesquisas estão disponíveis com informações detalhadas
sobre o potencial de melhoria da eficiência energética em um contexto global, ao mesmo
tempo em que analisam os setores de demanda e oferta de energia (SOUZA et al., 2009;
BAJAY, 2010; CHAVATAL, 2014; RITI e SHU, 2016; REUTER et al., 2017). No caso brasileiro, a
consistência de programas nacionais que unificam entendimentos voluntários e
compulsórios transformou o país em referência internacional para programas de eficiência
energética (COSTA, 2011).
Assim, os programas tradicionais de eficiência energética com foco na economia de

energia estão integrando novas técnicas para melhorar o desempenho do modelo atual. Fatores

capazes de estimular a gestão da demanda, o planejamento integrado de recursos e,

principalmente, o desenvolvimento de tecnologias inovadoras são utilizados para fornecer o

novo cenário sustentável para os programas estratégicos de energia (LIU, 2016). Assim,

aumentar a eficiência consiste em incorporar um portfólio de tecnologias disponíveis no

mercado que são dinamicamente fundamentais para incrementar os novos passos da

sustentabilidade no uso eficiente da energia (BARBIERI e PALMA, 2017). Uma alternativa para

direcionar a mudança tecnológica é a prospecção de informações em patentes de países com

diretrizes sólidas em programas de eficiência energética (YOON et al., 2013; CAMIOTO et al.,

2016; GAO et al., 2016).

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Assim, o presente trabalho consiste no mapeamento sistemático das
regulamentações sobre programas de eficiência energética nos seguintes países:
Estados Unidos da América (EUA), Canadá e União Europeia (UE). A presente pesquisa
pretende fazer um mapeamento sistemático juntamente com uma análise em patentes
sobre eficiência energética com a finalidade de fornecer uma visão geral da temática. A
importância dessas publicações é que elas apresentam medidas que podem melhorar a
qualidade da eficiência energética no setor industrial. Diante do contexto apresentado,
o trabalho consiste inicialmente em uma apresentação teórica sobre tecnologias
inovadoras de eficiência energética, incluindo considerações sobre as principais
regulamentações de eficiência energética no Brasil. Posteriormente, é exposta a
tipologia metodológica adotada na parte empírica do estudo. Finalmente,

2 REVISÃO DA LITERATURA

2.1 Tecnologias inovadoras de eficiência energética

A eficiência energética consiste no uso racional da energia e de suas fontes. No caso


do Brasil, as fontes de energia comumente utilizadas para suprir a demanda de energia são:
hidráulica, gás, petróleo, lenha, óleo diesel e óleo combustível, todas fontes de energia não
renováveis. Assim, o papel da eficiência energética é caracterizado como a redução do
desperdício de fontes de energia (BAJAY, 2010; LAMBERTS et al., 2014). Para melhorar a
conservação de energia nos setores industrial, comercial e residencial, é vital reduzir a
necessidade de energia global. Além de diminuir o dióxido de carbono (CO2) na atmosfera,
os sistemas podem proporcionar benefícios econômicos significativos (VIANA et al., 2012;
BANDYOPADHYAY, 2015; BAXI YE e DING, 2015).
Para as indústrias, as práticas que visam reduzir a demanda de energia na produção são

conhecidas como Gerenciamento de Energia (EM). O sistema EM pode reduzir custos

operacionais e gerar incentivos financeiros significativos (BANDYOPADHYAY, 2015). Segundo

Altoé et al. (2017), a conservação de energia pode aumentar por meio do desenvolvimento da

modernização da indústria e implementações de padronização mais rigorosas que decretam o

uso de energia de forma adequada em conjunto com ações de planejamento de médio e longo

prazo. Em geral, todos esses fatores são elementos-chave para formar uma alternativa ao

planejamento estratégico tradicional, pois englobam questões ambientais com ênfase na

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as consequências do uso de fontes de energia fóssil no planejamento atual
(COLLAÇO e BERMANN, 2017).
A adoção de tecnologias inovadoras “mais limpas” no setor de energia aumentou na
última década no mercado internacional como uma alternativa necessária para minimizar o
consumo de energia e o desperdício (GERSTLBERGER et al., 2016). Equipamentos eletrônicos
e softwares utilizados para controle de processos, máquinas caracterizadas por alto
desempenho e hábitos de uso estão sendo analisados quanto à sua eficiência energética e
são considerados economicamente viáveis para custos de implantação ou incorporação de
tecnologias inovadoras e energia evitada. Assim, é importante mencionar os benefícios
indiretos da mitigação ambiental, responsáveis por sistematizar o potencial de uso e as
vantagens de tecnologias inovadoras em programas de eficiência energética que
contribuam positivamente para o desenvolvimento sustentável do setor industrial (CNI,
2010).
As novas tecnologias contemplam diferentes sistemas de produção. Com o uso

generalizado (Cross Technologies) de tecnologias inovadoras é possível superar o problema do

uso intensivo de energia das indústrias e aumentar a competitividade das indústrias hoje. Nesse

contexto, Cloud Computing é uma das ferramentas que busca a eficiência energética nos

processos produtivos das organizações. Outra alternativa é o Smart Grid e os motores elétricos

de alto desempenho (Classe Premium) que são utilizados em países como EUA, Canadá e União

Europeia para economizar energia (CNI, 2010). No entanto, é preciso estimular o interesse dos

empreendedores e a criação de metas mais ousadas por meio de facilidade de acesso ao crédito

e isenções fiscais para desenvolver equipamentos que garantam a eficiência energética no

contexto geral (SANTANA e BAJAY, 2016).

Assim, nos últimos anos, mais atenção tem sido dada às questões de política energética

em países como Estados Unidos e Japão. Nos Estados Unidos, a Agência de Proteção Ambiental

(EPA) regulamenta as diretrizes para o setor elétrico por meio do Plano de Energia Limpa. No

Japão, com maior visibilidade entre o público em geral, a política energética tem prioridade para

governos nacionais e locais com questões relacionadas a usinas nucleares, consideradas fatores

polêmicos de política. Assim, para entender as regulamentações responsáveis pela eficiência

energética, é importante considerar os fatores políticos que fomentam o desenvolvimento de

tecnologias "energeticamente eficientes" (ARIMURA e TARUI, 2017).

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2.2 Principais regulamentações de eficiência energética no Brasil

É necessária uma intervenção política para promover o desenvolvimento de


tecnologias limpas. É assim possível atingir metas ambiciosas que envolvem a
transformação dos sistemas energéticos nacionais em energias renováveis (REXHÄUSER e
LÖSCHEL, 2015). No Brasil, existem diversos mecanismos para promover a eficiência
energética e a conservação de energia a partir do apoio e/ou incentivo do Ministério de
Minas e Energia (MME), tanto do ponto de vista de leis e decretos que regulamentam o
setor, quanto de programas (VIANA et al., 2012). Abaixo estão as principais
regulamentações brasileiras e seus principais motivos:
i) Lei n° 9.478, de 6 de agostoº, 1997: restabelece os princípios e objetivos da
a "Política Nacional de Energia", que define, em seu artigo 1º, a competência do Estado
brasileiro para proteger o meio ambiente e promover a conservação de energia, entre
outras matérias;
ii) Lei n° 9.991, de 24 de julhoº, 2000: determina a aplicação de 0,5% do
receita operacional - ROL - das concessionárias de distribuição de energia elétrica em projetos de

eficiência energética voltados ao uso final;

iii) Lei n° 10.295, de 17 de outubroº, 2001 (regulamentado pelo Decreto n° 4.059, de dezembro

19 de 2001): conhecida como "Lei de Eficiência Energética" (regulamentada pelo Decreto nº 4.059

de 19 de dezembroº, 2001), estabelece o procedimento para a adoção de “níveis máximos de

consumo específico de energia, ou eficiência energética mínima, de máquinas e aparelhos

consumidores de energia fabricados ou comercializados no Brasil”;

iv) Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica - PROCEL:


é composto por diversos subprogramas, dentre os quais se destacam ações nas áreas de
iluminação pública, industrial, saneamento, educação, edificações, prédios públicos, gestão
municipal de energia, informação, desenvolvimento tecnológico e divulgação;
v) Programa Nacional de Racionalização da Utilização do Petróleo e dos Recursos Naturais

Derivados de Gás - CONPET: tem como objetivo estimular o uso eficiente dessas fontes
de energia não renovável nos transportes, residências, comércio, indústria e
agricultura;
vi) Fundos Setoriais: criados com o objetivo de financiar pesquisas,
projetos de desenvolvimento e inovação no Brasil e contribuir para a expansão nacional em
ciência, tecnologia e inovação;

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vii) PROESCO: tem como objetivo apoiar a implementação de projetos que comprovadamente

contribuir para a economia de energia, com foco em iluminação, motores, otimização de

processos, ar comprimido, bombeamento, ar condicionado e ventilação, refrigeração e

resfriamento, produção e distribuição de vapor, aquecimento, automação e controle,

distribuição e gerenciamento de energia; e

viii) Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE): visa oferecer aos consumidores


informação que lhes permite avaliar e otimizar o consumo energético dos eletrodomésticos,
selecionar produtos mais eficientes em relação ao consumo, permitindo poupanças nos
custos energéticos.
A Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (ENCE) classifica equipamentos,
veículos e edifícios em categorias – geralmenteUMAseria o mais energeticamente
eficiente eEo menos eficiente. O Selo PBE - Edifica faz parte do PBE e foi desenvolvido
em parceria entre o Inmetro e a Eletrobrás/PROCEL Edifica. Podem ser obtidos para
edifícios comerciais, de serviços e públicos e edifícios residenciais, sendo estes de três
tipos: unidades habitacionais autônomas, edifícios multifamiliares e aspectos de uso
comum (HADDAD, 1999).

3 METODOLOGIA

A partir do conceito formulado como objetivo geral, estabeleceu-se a


metodologia para cada etapa do estudo. Para a definição da fase de levantamento,
foram determinadas duas macrocategorias para coleta de dados: (i) determinação do
termo "eficiência"; e (ii) mapeamento de termos na literatura. Inicialmente, o termo
"eficiência" foi definido. Observa-se que isso é referido juntamente com “eficácia”, que,
segundo Maranhão e Macieira (2008), são dois termos básicos para o estudo da gestão
das organizações. A norma NBR ISO 9001 define o termo eficácia como "a medida em
que as atividades são realizadas e os resultados alcançados, alcançados". A eficácia está
relacionada aos resultados do processo, sem vincular a forma de executá-lo. Como
apenas os resultados serão observados e comparados, não caracteriza completamente
a qualidade de um processo. O termo eficiência é definido pela NBR ISO 9001 como “a
relação entre o resultado alcançado e os recursos utilizados”. Pode-se dizer, portanto,
que a eficiência está relacionada ao custo-benefício, no qual se busca obter o

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mínimo de perdas e/ou desperdícios. Consiste, então, na relação entre os resultados
e os recursos obtidos (NBR ISO 9001, 2015).
Posteriormente, foi realizado um levantamento sistemático na literatura por meio de

consulta em banco de dados, de acordo com os periódicos e palavras-chave de busca listados na

Tabela 1. Além disso, foram identificadas algumas patentes a fim de verificar as tecnologias de

eficiência energética que estão sendo desenvolvidas em países selecionados . A varredura

caracteriza-se como teórico-conceitual (LOPES e CARVALHO, 2012). O escopo da revisão de

literatura inclui artigos publicados em periódicos que abordam a importância da eficiência

energética, programas que fomentam a inovação e o desenvolvimento de diretrizes no setor de

eficiência energética.

tabela 1–Detalhes do mapeamento de termos na literatura


Metas Base de dados Procure palavras-chave
ciência direta
Eficiência energética
contextualizar Google acadêmico
Redução do Consumo de Energia
revezamento de pesquisa saltador
Sustentabilidade energética
SciELO
Eficiência energética
Google acadêmico
Analisar informações de Patentes Verdes
Instituto Nacional de
patente em efeito intelectual Sistemas para o Eficiente
Propriedade Intelectual (INPI)
Controle de Energia
Fonte:Elaborado pelos autores

O estudo constou de três etapas: (1) definir o objetivo e a finalidade da


pesquisa; (2) selecionar palavras-chave e bancos de dados; (3) identificar e revisar
artigos e patentes relevantes. Em um nível mais detalhado, o objetivo é responder
às seguintes questões de pesquisa: Q1. Quais são as principais pesquisas sobre
eficiência energética? Q2. Quais são os tipos de estudos de programas de governo
sobre eficiência energética? Após definir o objetivo e as questões, procedeu-se à
etapa de seleção das palavras-chave e das bases de dados para a realização do
estudo. Assim, inicialmente foram utilizadas as palavras-chave e termos
identificados na análise introdutória sobre eficiência energética. As bases de dados
foram selecionadas por serem as mais abrangentes e com o intuito de gerar
algumas informações e dar maior eficiência à pesquisa.

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Após busca nas bases de dados, o refinamento da pesquisa considerou todos os
anos disponíveis e adotou os critérios de idioma (português/inglês), tipos de documentos
(artigo/revisão) e áreas do conhecimento (energia/eficiência). Os artigos resultantes da
busca foram analisados de acordo com a relevância do estudo. Para os arquivos
disponibilizados na íntegra, foi necessário fazer uma leitura completa e suas referências
foram observadas para garantir que outras obras relevantes não fossem detectadas na
pesquisa original. Após a aplicação da filtração inicial, foram identificados
aproximadamente 497 artigos.
A filtragem secundária ocorreu a partir da literatura encontrada, pois muitos
artigos eram duplicados e não contemplavam o objetivo do assunto. Analisando a
duplicação nas bases Science Direct e SciELO, foram excluídos 82 artigos. Nos arquivos
restantes, foi feito um resumo dos estudos empíricos como critério de exclusão. A
análise foi feita com o auxílio dos softwares Mendeley e NVivo®. Além disso, a pesquisa
contemplou uma análise de patentes para verificar o desenvolvimento de tecnologias
de eficiência energética em países selecionados. O fluxo metodológico geral da
pesquisa é apresentado na Figura 1.
A coleta de informações tecnológicas extraídas de patentes está relacionada à
definição de novas rotas que apresentem potencial para melhorar produtos e processos
existentes na área de eficiência energética. Assim, os filtros utilizados seguiram os
critérios adotados no mapeamento sistemático. Porém, com diferentes bases de dados
e com ênfase no panorama tecnológico do período de 2010 a 2017. Refira-se ainda que
a tipologia da pesquisa caracteriza-se como prospecção tecnológica e patenteamento,
sendo necessário avaliar a evolução do desenvolvimento de a tecnologia em
documentos nacionais e internacionais a fim de identificar mercados e suas
capacidades inovativas e demonstrar um novo campo específico de pesquisa (SCOPEL et
al., 2013).

Figura 1 -Resultados do mapeamento sistemático e filtros de patenteabilidade

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Fonte:elaborado pelos autores

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

A partir de um estudo bibliográfico foi possível identificar diferentes perspectivas de

programas de eficiência energética. A seguir estão as considerações vinculadas ao país. Ressalta-

se que o uso eficiente e a conservação de energia tem se posicionado como ferramenta auxiliar

para descarbonizar o sistema energético. Assim, os desafios regulatórios são baixa densidade de

energia, alto investimento de capital inicial e confiabilidade e disponibilidade relativamente

precárias da indústria. Todos esses fatores foram propostos no Protocolo de Kyoto em 1997 para

melhorar a eficiência em toda a cadeia energética dos países participantes do acordo

internacional (SOUZA, GUERRA, KRUGER, 2011).

4.1 Estados Unidos da América

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Os EUA desenvolvem uma série de programas de eficiência energética, tanto no âmbito federal

nível e dentro dos governos estaduais e algumas concessionárias e concessionárias


de gás natural (BAJAY, 2010). As projeções de gastos e economias dos programas
elétricos são baseadas nas premissas específicas dos Estados quanto às políticas
efetivas de eficiência energética com implantação atual e também quanto aos
impactos das diferentes condições de mercado em sua amplitude (BARBOSE et al.,
2013; TRIANNI , CAGNO, FARNÉ, 2016). Em nível nacional, o mais importante é o
Programa de Tecnologia Industrial (PTI). As ações contempladas no PIT estão
divididas em três subprogramas, conforme expresso na Tabela 2. Além disso, o
desempenho atual das políticas indica desafios e oportunidades para melhorar a
integração da geração distribuída. Desta forma,

Mesa 2 -Ações dos EUA na área de energia


Subprograma Propósito específico Alvo
Formar parcerias com empresas privadas em projetos Alumínio, celulose e
de P&D voltados ao desenvolvimento de tecnologias papel, vidro, metal
Energia intensiva
que permitam redução de custos de energia e fundição, química, mineração,
Indústrias
aumento da competitividade em oito segmentos da refino de petróleo e
indústria elétrica intensiva em energia. indústrias siderúrgicas.

Economizar energia em processos industriais de Áreas de tecnologia


tecnologias de consumo mais intenso, promovendo programas de combustão, materiais,
amplo uso em P&D voltados para equipamentos mais eficientes sensores e sistemas de
indústrias em quatro áreas tecnológicas comuns, incluindo conversão de energia e
energia térmica e eletricidade. controle do processo.

Incentivar investimentos privados em eficiência


energética por meio de parcerias e estratégias voltadas
para a indústria. Para isso, são feitos diagnósticos
melhores práticas tamanho pequeno e médio
energéticos e informações sobre as melhores práticas
empresas.
encontradas na indústria em termos de motores,
bombas, ventiladores, aquecimento direto, vapor de
processo e ar comprimido.
Fonte:adaptado de Bajay (2010)

O governo trabalha com a indústria para identificar prioridades em P&D e faz


análises técnicas e mercadológicas que facilitam a identificação de tecnologias e áreas com
potencial para gerar economia de energia (BAJAY, 2010). Determinar e comparar a eficiência
energética em diferentes níveis de planejamento é um dos principais desafios

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para pequenas e médias empresas. Os fatores estão relacionados à falta de
transparência e informação dos principais consumidores de energia no nível da
planta industrial, na produção e nas máquinas (STICH, BRANDENBURG, KROPP,
2012).
Além disso, os programas tradicionais de eficiência energética focam na economia
de energia. No entanto, há um interesse político nos impactos decorrentes da demanda
máxima do sistema (LIU, 2016). Várias medidas de política de eficiência energética podem
promover a produção ou aquisição de equipamentos que contribuam para a melhoria da
eficiência energética. Nos EUA, a padronização da eficiência energética mínima dos
eletrodomésticos tem contribuído para reduzir a crescente demanda por energia. São
padronizações obrigatórias que estabelecem padrões que contemplam abordagens
políticas que estimulam a oferta e a demanda do mercado (BLUM, ATKINSON, LEKOV, 2013).

4.2 Canadá

O setor de energia é responsável por movimentar grande parte da economia do país.


Os investimentos governamentais que visam a eficiência energética influenciam
diretamente na geração de renda, no comércio exterior e interno e, principalmente, no
mercado de trabalho (SOUZA NASCIMENTO, SILVA, ANJOS JÚNIOR, 2014). No Canadá,
existem três principais instituições que atuam na área de eficiência energética, como mostra
a Tabela 3. Em nível nacional, o Energy Efficiency Office (OEE) e o Varennes Energy
Technology Centre (CTEC), ambos vinculados ao Ministério da Recursos Naturais (NRCAN).
No setor privado, o Canadá possui uma grande empresa que atua em cerca de 60 países na
área de eficiência energética, chamada Econoler International, que desenvolve projetos
para gestão de energia, possibilitando identificar fontes que possuem excesso de consumo
nas empresas.

Tabela 3 -Ações canadenses na área de energia


Programa Propósito Financiamento

Corresponde à menor das seguintes opções:


Possibilitam a realização de projetos
Substancial i) o valor necessário para elevar o prazo de
que levam a grandes reduções sem
melhorias em retorno do investimento para três anos; ii)
consumo de energia elétrica por parte
energia intensiva 50% da despesa de investimento admissível
de grandes consumidores industriais.
plantas industriais do projeto; iii) 0,10 CAD por kWh
A redução mínima de energia
economizado pelo projeto, calculado

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consumo para 50 GW por ano durante mais de um ano; e (iv) CAD 30 milhões por
10 anos. projeto.
Levantar conhecimento dentre
Corresponde ao menor valor dentre as
clientes sobre eficiência energética
opções abaixo: Para diagnóstico
e demonstrar as vantagens de
energético: i) até 50% dos custos de
tecnologias mais eficientes, que
Análise e diagnóstico; (ii) até 25 mil CAD por
podem reduzir o consumo de
industrial diagnóstico; iii) até 50 mil CAD para mais
energia. São financiados o
demonstração para de um diagnóstico. Para realização de
desenvolvimento de diagnósticos
grandes consumidores projetos de demonstração: i) até 50%
energéticos para a redução do
dos custos admissíveis do projeto; ii) até
consumo global das usinas e a
300 mil CAD por projeto; iii) até 600 mil
realização de projetos de
CAD para mais de um diagnóstico.
demonstração para estabelecer a
eficiência de uma nova tecnologia.
Corresponde ao menor valor dentre as
Reduzir específico eletricidade opções abaixo: i) o valor necessário para
consumo através da substituição ou reduzir o período de payback para um ano;
instalação de equipamentos mais ii) 75% do custo do projeto; iii) CAD 0,15
eficientes, instalação de painéis por kWh economizado pelo projeto,
iniciativa industrial solares e utilização de energia calculado para o período de um ano; iv)
geotérmica. Cada projeto tem 350 mil CAD por projeto. A ajuda financeira
duração máxima de 18 meses e o pode ser concedida a vários projetos, até
retorno do investimento deve ser um valor cumulativo máximo de 8 milhões
inferior a 10 anos. de CAD por empresa. O retorno do
investimento é limitado a 10 anos.
Fonte:adaptado de Bajay (2010)

É importante mencionar que no Canadá a padronização de muitos procedimentos de


programas federais constitui uma importante referência para o setor privado. Assim, as
medidas adotadas para consolidar a prestação de serviços que resultem em eficiência
energética no setor público são responsáveis pelo desenvolvimento de medidas que
possam ser utilizadas no setor privado (INEE, 2001). Além disso, a localização geográfica e a
tipologia climática do Canadá representam um perfil específico de consumidor de energia,
com aproximadamente 30% de uso de energia em transporte e cerca de 40% em
aquecimento. Ao contrário do Brasil, o Canadá não possui um único sistema interligado de
geração de energia. O sistema energético federal canadense é baseado na realidade de
cada província (estado) e o conceito e os limites das intervenções são distintos para cada
situação provincial (ARAÚJO e BARCELLOS,

4.3 União Europeia

A União Europeia (UE) tem uma divisão especificamente responsável pelas


questões energéticas, a Direcção-Geral da Energia e

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Transportes (DGTREN). Promove, entre outras atividades, uma série de programas

intergovernamentais para promover a conservação de energia (BAJAY, 2010). Uma “Agenda

Verde” foi desenvolvida na UE para manter a economia competitiva, com baixas emissões de

carbono e com o uso eficiente e sustentável dos recursos. Os propósitos incluem o

desenvolvimento de novas tecnologias e sistemas de produção ecologicamente corretos. Os

governos têm regulamentações obrigatórias para estimular mudanças nas indústrias que

podem melhorar a eficiência energética (GERSTLBERGER et al., 2016). A Tabela 4 apresenta as

medidas políticas de Energia Inteligente na Europa (IEE), que funcionam como um painel geral

ao qual se juntam programas mais específicos, discriminados por áreas de interesse (com

destaque para as energias renováveis, transportes e eficiência energética) e setores de

aplicação, ManagEnergy, Odissey e Promot.

De acordo com Rosenow et al. (2017), a eficiência energética desempenha um


papel central no planejamento de energia e clima do comitê da UE. No entanto, uma
estrutura de governança é conservadora e comprometida quando os objetivos de
efetividade da União são adequados, seja nos Estados membros ou em qualquer
união. Desta forma, uma estratégia energética comum da UE está incluída na
proposta e inclui diretrizes intituladas Energia. Neste documento, elas são
abordadas como linhas mestras e devem ser seguidas pelos países membros na
área de eficiência energética (SOUZA et al., 2009; BAJAY, 2010). No Brasil, existem
programas de gestão ambiental bem desenvolvidos em alguns segmentos
industriais. No entanto, o uso sistemático de programas de medição de energia
ainda é raro no país. Nesse contexto, as normas de gestão de energia da indústria,
compatíveis com a ISO 9000 e a ISO 14000,

Tabela 4 –Ações da UE na área da energia


Programa Propósito Financiamento

ativar energia Gestão de Energia para Pequenas e Médias Empresas:


Apoia as ESCOs na implementação da gestão de energia
projetos de conservação
nas empresas. Campanha Europeia para o Desenvolvimento
em vários ramos de
e Documentação de 1000 Projectos de Cogeração de
a economia. o Pequena Escala em Cidades Europeias. Divulgação,
Energia Inteligente áreas prioritárias para o Extensão e Aplicação do Programa Motor Challenge: Visa
na Europa período 2004-2013 são alargar a aplicação do programa europeu de utilização
as áreas de eficiente de motores elétricos, através de campanhas,
instrumentos para energia seminários, workshops, conferências e portais na Internet.
Inclui tanto a gestão como a troca de motores. Diagnóstico
gestão, auditorias
Energético para Pequenas Empresas Artesanais: busca
e desempenho reduzir entre 15% e 30%

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887
comparações, suporte o consumo médio de energia nas empresas. Utiliza um
para ESCOs e instrumento padrão capaz de identificar potenciais de
encorajamento de economia de energia para este tipo de indústria e faz
recomendações. Integração Óptima da Poligeração na
cogeração e
Indústria Alimentar e de Bebidas. Possui ferramentas online
poligeração. para calcular o potencial de economia de energia.
As suas principais ferramentas de apoio incluem o Conselho
Agentes de suporte
Setorial, programas de formação, workshops, eventos online,
trabalhando na área de estudos de caso, boas práticas, informação sobre legislação
conservação de energia europeia e alguns programas de eficiência energética. O
GerenciarEnergia
e energia renovável Conselho Setorial presta assistência, no curto prazo, aos
tanto no local como participantes locais e regionais em programas de conservação
nível regional. de energia. Estudos de caso sobre boas práticas estão
disponíveis em seu arquivo de publicações.
A base de dados histórica permite que cada país da UE
Forneça detalhes avalie o desempenho em relação ao avanço da eficiência
informações sobre energia energética em cada setor da economia e ao uso final que é
indicadores de eficiência para
feito e, assim, avaliar o declínio nas emissões de dióxido de
Odisseia carbono. A indústria é desagregada em 18 segmentos, para
permitir um desempenho
os quais são coletadas informações sobre consumo de
avaliação de energia, valor agregado e produção física. Workshops
países membros. regulares são organizados para comparar experiências
nacionais no campo da eficiência energética.
Os equipamentos selecionados são: Motores elétricos - suporta a
Ajude a decisão
substituição de motores antigos por motores de alto desempenho e
processo na seleção
realiza o dimensionamento do motor com base em seu fator de carga;
eficiente de powertrain
promover Sistemas de aquecimento, ventilação e ar condicionado: concentra-se
equipamento no
em sistemas que contêm refrigeradores. Sistemas de bombeamento -
industrial e terciário
melhores práticas para instalação, manutenção e projeto de sistemas
setores.
de controle.
Fonte:adaptado de Bajay (2010)

Outra estratégia eficaz e pouco utilizada no Brasil para obter ganhos de


eficiência energética de longo prazo e alcançar competitividade sustentável na
indústria são os projetos de P&D com processos e equipamentos industriais
eficientes. Parcerias público-privadas podem ser estabelecidas para mitigar os
riscos e incertezas associados a essas atividades (BAJAY, 2010; ANDERSSON et al.,
2017). A curto prazo, a CNI, juntamente com as associações setoriais mais
motivadas, poderia negociar com o MCT e o MME a utilização dos recursos
disponíveis na FINEP e em fundos setoriais. No médio prazo, novos fundos setoriais,
voltados especificamente para o desenvolvimento científico e tecnológico de alguns
segmentos industriais considerados de interesse estratégico para o Governo
Federal, poderão ser criados (SOUZA et al., 2009). Além disso, como nos países
membros da UE,

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888
4.4 Patentes depositadas no Brasil e tecnologias de eficiência energética

O progresso e a evolução das tecnologias nos diferentes setores econômicos do país

podem ser analisados por meio do número e das informações dos documentos de patentes

publicados. A patente é uma ferramenta que ajuda a identificar os detentores de tecnologias

concorrentes, tendências tecnológicas e mercados que apresentam maior potencial para

investimentos futuros. Além disso, são importantes no estímulo ao desenvolvimento de

tecnologias inovadoras ou no aprimoramento de tecnologias já existentes, uma vez que as

patentes apresentam detalhes técnicos sobre as invenções (SCOPEL et al., 2013). Essas

informações refletem o nível tecnológico em que uma organização se encontra e até mesmo a

situação de P&D de um país (TEIXEIRA e SOUZA, 2013).

No Brasil, o Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI) é a autarquia federal


responsável por garantir os direitos de propriedade intelectual para a indústria. A instituição
é vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e
representante oficial do país. Dentre os serviços prestados pelo INPI estão registros de
marcas, desenhos industriais, indicações geográficas, programas de computador, entre
outros. Em 2004, houve uma reestruturação regimental implementada no INPI, conhecida
como Banco de Patentes, Centro de Divulgação, Documentação e Tecnologia da Informação
(CEDIN), que fornece informações industriais sobre o desenvolvimento de tecnologias
inovadoras que requerem patentes. Os dados do CEDIN estão disponíveis para acesso
público e fornecem gratuitamente informações gerais sobre um assunto (FERREIRA,
GUIMARÃES, CONTADOR, 2009).
Assim, para verificar o desenvolvimento de tecnologias de eficiência
energética no Brasil, inicialmente foi desenvolvida uma análise da evolução dos
depósitos de patentes residentes por setor tecnológico. Os números de patentes
depositadas nos setores de engenharia elétrica e engenharia eletrônica e mecânica
foram destacados para demonstrar suas amplitudes e a tendência no
desenvolvimento de tecnologias. A Figura 2 mostra os depósitos de patentes
residentes no Brasil por setor tecnológico entre os anos de 2000 e 2012. Nota-se
que em 2009 o setor de engenharia elétrica e eletrônica teve o maior número de
depósitos de patentes e em 2012 houve crescimento. Considerando os dois pontos
de maior discrepância entre os períodos analisados, identifica-se uma diferença de
aproximadamente 59% no número de patentes residentes brasileiras depositadas.

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889
em relação à indústria elétrica e eletrônica no mesmo ano correspondem a um total
de 52% a mais de matrículas.

Figura 2 -Depósitos de patentes residentes no Brasil por setor de tecnologia entre 2000 e 2012

1600 1489 1453 1413 1477 1475 1462


1313 1334
Número de Depósitos de

1400 1237 1272


1151
1200 1027
1000
Patentes

800 712

600
400 621 601 599 630
538 546
417 432 435 439 465 472
200 372
0
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Ano
instrumentos
Química
Engenharia Mecânica

Fonte:elaborado com base em (INPI, 2016)

Posteriormente, foram identificadas as diversas áreas do setor de Engenharia


Elétrica e Eletrônica com o objetivo de verificar o desenvolvimento das tecnologias com
maior número de patentes depositadas para o período de 2000 a 2012. Conforme a
Figura 2, a área de Dispositivos Eletrônicos, Eletrônica Engenharia e Energia Elétrica
apresentaram o maior índice de depósitos de patentes residentes no Brasil, com
aproximadamente 35% na representação total de patentes. Nesse contexto, nota-se
que o Brasil apresenta implementações de base tecnológica e produtiva que visam o
uso eficiente de energia. No entanto, as políticas governamentais de fomento à
inovação e transferência de tecnologia não representam uma transformação
significativa no contexto da propriedade intelectual brasileira para o setor de eficiência
energética (MUSSKOPF e LUZ, 2015;

Figura 3 -Participação das diversas áreas do setor de engenharia elétrica e eletrônica no


depósito de patentes residentes nos anos de 2000 a 2012

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890
7%
2%
Dispositivos Eletrônicos, Engenharia Eletrônica e
16%
Energia Elétrica
Tecnologia Audiovisual

Telecomunicação 2%

Comunicação digital
6%
35%
Processos Básicos de Comunicação

Informática 14%
18%
Métodos de Tecnologia da Informação para Gestão

Semicondutores

Fonte:elaborado com base em (INPI, 2016)

Segundo os autores Dechezleprêtre et al. (2017), as patentes são um dos principais

indicadores utilizados na avaliação de sistemas de inovação. Além disso, as inovações fomentam

um diferencial competitivo e produtivo para empresas e estados. Destaca-se, assim, o papel do

governo, principalmente em relação aos tributos, o que tem consequências no processo de

desenvolvimento da inovação empresarial. Países como Estados Unidos e membros da União

Européia possuem um sistema tributário vigente que engloba uma série de fatores benéficos

que visam aumentar suas respectivas atividades inovadoras. Dessa forma, o governo permite o

processo de depósito de patentes e, em alguns casos, possibilita um domínio da tecnologia e,

consequentemente, uma maior capacidade de inovar (GIORDANELLI et al., 2014; GAO et al.,

2016).

Nos setores de alta tecnologia, as atividades de patenteamento e disseminação de

informações ajudam na tomada de decisões estratégicas futuras. Com a análise em diferentes

bases de patentes é possível identificar efetivamente as tendências tecnológicas de uma

determinada tecnologia (YOON et al., 2013). Com o objetivo de explicar as perspectivas

tecnológicas de eficiência energética, foi estruturada uma análise de patentes, com informações

que permitem entender suas principais descrições, título, número de registro, inventores e os

países em que foram publicadas e depositadas. O diagnóstico considerou patentes com maior

relevância em analogia com os critérios adotados na metodologia e que pertencem à área de

Aparelhos Eletrônicos, Engenharia Eletrônica e Energia Elétrica. De início, os Estados Unidos se

destacam com sistemas e métodos tecnológicos que fornecem

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891
uma redução no consumo de energia pela incorporação de equipamentos que
trabalham em conjunto com aplicativos para melhorar a infraestrutura de comunicação
e garantir um desempenho eficiente de gerenciamento de energia (CHAMBERS e
SMITH, 2010; BRICKFIELD et al., 2011; DEMPSTER, ERPELDING, HANNA, 2012; FADELL et
al. , 2014).
Patentes selecionadas na China e na Alemanha permitem determinar a melhor rede
de energia em sistemas industriais que apresentam dados (GIORDANELLI et al., 2014; BAXI
YE e DING, 2015). A eficiência energética pode aumentar e ao mesmo tempo manter um
nível adequado de serviço às organizações através do aumento desses métodos. O
consumo de energia para a infraestrutura de Tecnologia da Informação (TI) tem alto
impacto ambiental de CO2emissões e afeta os custos das empresas proprietárias dos data
centers. O consumo de energia em data centers será dominante nos próximos anos, tanto
em termos de eficiência, controle e gerenciamento (BAXI YE e DING, 2015). No Brasil, a
primeira patente consiste em um dispositivo que deve ser alocado em uma unidade móvel,
como caminhões, para analisar a viabilidade técnica e econômica de futuros projetos que
devem gerar eletricidade a partir da matéria-prima do biogás. A segunda patente destina-se
ao armazenamento e transferência de energia térmica resultante da radiação solar
incidente utilizada em uma usina solar para produção de energia por meio da integração de
diferentes componentes técnicos de um dispositivo (SILVA e LYRA, 2017; MAGALDI,
MICHELE, DONATINI, 2017) .
Após o desenvolvimento da pesquisa, é possível ter uma concepção de como patentear

a informação é utilizada no contexto da eficiência energética e, por meio de ações comparadas

com países selecionados, proporcionar um ambiente favorável para o incremento de novas

técnicas ou tecnologias que promove. Além disso, estiveram representadas áreas técnicas com

potencial para estimular políticas de promoção de P&D, estimular a fabricação de produtos

eficientes e a formação de profissionais qualificados para atuar na área de eficiência energética.

Segundo pesquisa de Camioto et al. (2016), a eficiência energética não Brasil e China está

relacionada a investimentos em tecnologia de baixo consumo energético. Porém, segundo o

mesmo autor, a eficiência energética tende a ser melhor quando os países apresentam melhores

condições, bem como altas expectativas de vida, o que garante uma justa distribuição de renda,

como acontece nos países da UE

Tabela 5–Principais tecnologias desenvolvidas para melhorar a eficiência energética

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892
Número de
Título da Patente Ano Descrição País
cadastro

É um sistema de gerenciamento de energia que


compreende um centro de controle de
Sistema e Método comunicação acoplado ao computador localizado
para Gestão de US2010026 remotamente e configurado para realizar
2010
Energia 2313A1 operações de análise de dados usando os dados de
Consumo. consumo de energia e os dados previamente
armazenados para gerar instruções para controlar
o respectivo componente elétrico.
Energia Automática
Gerenciamento e
Redução de Energia Forneça um sistema de energia urbana com função
Consumo, US80783 tal que a demanda de energia urbana possa ser
2011
Especialmente em 30B2 prevista com antecedência e a demanda esperada
Comercial e possa ser corrigida.
Prédios múltiplos
Unido
Sistemas. Estados de
América
Um controlador é configurado para trocar
informações com um sistema de automação
Sistemas e
predial e inclui vários programas para determinar
Métodos de Controle
US82192 uma eficiência operacional em tempo real,
a eficiência de 2012
50B2 simulando a eficiência operacional prevista ou
Energia
teórica, comparando-a e ajustando um ou mais
Consumo.
parâmetros operacionais do equipamento usado
pelo ar do edifício sistema de condicionamento.
Sistemas e
Um método para controlar eficientemente sistemas
Métodos para o
consumidores de energia, tais como: sistemas de
Controle Eficiente de US2014031
2014 aquecimento, ventilação ou ar condicionado por meio
energia de uma energia 6581A1
de um ou mais dispositivos eletrônicos configurados
Consumo
para controlar o sistema.
Sistema.

Eficiência energética
Avaliação e A presente invenção fornece um método para
Melhoria de vida CN10293 o gerenciamento de plantas industriais para
2015 China
Métodos para Calor 9605B avaliar a eficiência energética da rede de
trocando trocadores de calor e melhorada.
Redes.

É um método de atribuição de carga


computacional aos servidores de um
Sistema de Energia datacenter que utiliza a máquina virtual,
DE1120120
Economizando no Corporativo 2014 visando reduzir a energia consumida na Alemanha
03307T5
Centros de Dados. energia do datacenter e ao mesmo tempo
manter um nível de serviço adequado ao
cliente de o próprio centro de dados.

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893
Sistema Modular de
Análise de
A patente consiste em um conjunto formado por
Capacidade produtiva módulos interligados dispostos em uma unidade
e Energia BR1020150 móvel, capazes por meio de operação conjunta,
2017 Brasil
Eficiência no 241844A2 analisar a viabilidade técnica e econômica de
Geração de futuros projetos de geração de energia elétrica
Energia Elétrica por tendo como principal matéria-prima o biogás.
Biogás.
Dispositivo, Sistema e
Método com Alto É um dispositivo de armazenamento e
Nível de energia transferência de energia térmica associada à
BR1120140 radiação solar incidente, que é utilizada em uma
Eficiência para o 2017 Brasil
236283A2 usina solar para produção de energia, com base
Armazenamento e Uso
na configuração de uma usina óptica que
de Energia Térmica de provoca a convergência da radiação solar.
Origem Solar.
Fonte:elaborado pelos autores

No entanto, cabe ressaltar que a temática analisada é nova e necessita de divulgação


para progredir. É importante ressaltar que em última instância o tomador de decisão é o
consumidor e sua mudança de comportamento e até de cultura requer uma política
integrada que induza a adoção de medidas sustentáveis com o uso de energia (SOUZA,
GUERRA, KRUGER, 2011; CGEE, 2013 ). Além disso, existem inúmeros problemas que a
sociedade moderna deve enfrentar na busca de garantir um suprimento de energia
sustentável e, ao mesmo tempo, reduzir o uso de energia. O rápido aumento no consumo
global de energia torna o problema ainda mais complicado. As crises energéticas
vivenciadas têm mostrado como as sociedades são vulneráveis às influências geopolíticas e
climatológicas para seu abastecimento (CAMIOTO, MARIANO, REBELATTO, 2014, MARIANO
et al., 2017).

5. CONCLUSÃO

A partir da análise da revisão da literatura e dos resultados da pesquisa empírica


pesquisa sobre comparativos gerais com países selecionados na área de eficiência
energética, algumas considerações finais podem ser apresentadas. Inicialmente, cabe
ressaltar que em relação à segmentação e seleção de mercados-alvo, recomenda-se que as
agências brasileiras da área de energia desenvolvam estratégias bem delimitadas, como
focar e formalizar os tipos de clientes-alvo com base em métodos mais planejados,
estruturados e deliberar. Além disso, destaca-se a adoção de medidas de eficiência
energética para o setor público, incluindo empresas de serviços de energia.

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894
No que respeita ao trabalho realizado, trata-se de um prolongamento do estudo
académico sobre a aplicação de estratégias de programas na área da eficiência energética e
da utilização de informação patenteada, campo de investigação considerado ainda carente
por diversos autores e investigadores. Assim, a apresentação dos resultados da pesquisa
fornece à academia um conjunto de informações detalhadas e necessárias sobre a
aplicação, deficiência e importância das estratégias de eficiência energética e seus
programas, ramo de atividade que, segundo a análise da pesquisa, apesar de sua
importância no contexto econômico brasileiro, necessita de ajustes na questão da legislação
e das parcerias entre empresas e poder público.
O diferencial da pesquisa está relacionado à análise das formas de eficiência
energética para propor práticas tanto industriais quanto do poder público que
abranja pesquisas de eficiência energética no setor industrial. O Estado deve utilizar
o seu aparelho para fomentar os agentes económicos, destinando recursos públicos
já assegurados por lei, segundo prioridades definidas por relações favoráveis
custo/benefício, visando sempre o desenvolvimento e consolidação de estruturas
que tornem este mercado, a médio e longo prazo , menos dependente da
intervenção governamental. É importante destacar que está em curso um intenso
processo de formulação e detalhamento do Plano Nacional de Eficiência Energética
(PNEf), liderado pelo Ministério de Minas. As metas são ambiciosas e constam do
Plano Nacional de Energia 2030,
Sugestões para trabalhos futuros podem incluir: i) identificar os principais estados brasileiros

que estão desenvolvendo tecnologias inovadoras para o contexto da eficiência energética por meio

de uma análise de patentes do INPI; ii) verificar se as universidades estão buscando relações

internacionais para aprimorar os programas brasileiros que contemplem a eficiência energética; iii)

analisar como a gestão energética nos estados brasileiros apresenta riscos relacionados às oscilações

no fornecimento de energia elétrica e se programas que promovem a redução de perdas de energia

com essas características são benéficos para eliminar os problemas; e (iv) avaliar a eficiência

energética com foco no Plano Nacional de Mudanças Climáticas (PNAC), incluindo o impacto nas

emissões de CO2emissões.

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Artigo recebido em 17/08/2017 e aceito para publicação em 15/05/2018


DOI:http://dx.doi.org/10.14488/1676-1901.v18i3.2980

Revista Produção Online. Florianópolis, SC, v. 18, n. 3, pág. 875-900, 2018.


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