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BIBLIOGRAFIA

Todo material gráfico (fotos) contido nesta


obra obedecem aos seguintes critérios:

 Algumas fotos da Internet de uso livre;


 Fotos de Luis Carlos Burgos;
 Desenhos feitos por Luis Carlos Burgos;
 Partes de esquemas da Esquemafacil;
 www.shopjimmy.com

É proibida qualquer publicação do material


ou parte pertencente à esta obra sem
autorização por escrito da Editora e dos
autores do mesmo.
Índice

INTRODUÇÃO.........................................................................................................1
FUNCIONAMENTO DO DISPLAY LCD..................................................................3
TRANSFERÊNCIA DE SINAIS PARA A PLACA TCON.........................................6
IDENTIFICAÇÃO DOS CIRCUITOS NA PLACA TCON..........................................9
TCON COM CI DRIVER PARA TELAS AMORFAS...............................................11
OS SINAIS SCAN DAS TELAS AMORFAS...........................................................15
ESQUEMA EM BLOCOS DA PLACA TCON.........................................................16
TESTE DAS TENSÕES PRINCIPAIS DA PLACA TCON......................................17
DEFEITOS RELACIONADOS ÀS TENSÕES DA TCON.......................................19
IDENTIFICAÇÃO DOS PONTOS DE TENSÃO NA TCON....................................21
IDENTIFICANDO OS SINAIS LVDS E RSDS (SAÍDAS RGB)..............................27
IDENTIFICAÇÃO DOS SINAIS DE CONTROLE....................................................33
CIRCUITOS DE CORREÇÃO GAMA.....................................................................38
LEITURA DE ESQUEMA DA PLACA TCON.........................................................40
FLUXOGRAMA GERAL DE CONSERTO..............................................................51
DEFEITOS MAIS COMUNS EM PLACA TCON E TELA.......................................52
EXEMPLOS DE ALGUNS SINAIS NUMA PLACA TCON.....................................57
DEFEITO NO CI COF DRIVER DOS GATES.........................................................61
MAIS 10 EXEMPLOS DE PLACAS TCON VARIADAS.........................................67
ROTEIRO PARA CONSERTO GERAL DE TCON.................................................72
INTRODUÇÃO

As placas TCON (Timming Control ou controle de temporização) são


os últimos circuitos de processamento dos sinais de vídeo e controle
antes da tela dos televisores LCD LED. Ela também apresenta seus
defeitos e alguns são bem peculiares como: tela acesa, sem imagem,
brilho e/ou contraste muito forte ou fraco, cores alteradas, imagem
negativa (partes escuras muito claras e vice-versa) e algumas falhas
causadas pela própria tela podem ser diagnosticadas e até reparadas
parcialmente através da placa TCON. Tais placas também são
envolvidas em muitos segredos devido à falta dos seguintes itens:
esquema elétrico (pouquíssimas possuem), material técnico sobre
elas mesmo na língua inglesa e datasheets (folhas de dados) da
maioria dos CIs. Além disso os nomes dos pontos de testes para
sinais e tensões mudam bastante de uma placa para outra. A grande
maioria dos técnicos que trabalha com televisores LCD LED não
possui conhecimentos sólidos acerca desta placa e mesmo quando
conserta acaba usando dicas de defeitos quando tem sem saber o
porquê fazer um determinado procedimento. Exemplos clássicos:
usar fita isolante no cabo flat do display, cortar uma trilha entre outros.
Desta forma este livro dará uma elucidação aos técnicos, hobistas ou
estudantes deste tipo de televisor de como funciona, testa e conserta
estas placas. Abordará também defeitos relacionados a ela e ao
display (tela). Você terá uma visão bem profunda destas placas e
descobrirá, não somente como ela funciona e sobre manutenção,
como também os segredos mais obscuros de seus circuitos e nomes
empregados para seus sinais e tensões. Faço um convite para você
iniciar a leitura e viajar bastante pelo universo das placas TCON.

Manutenção em televisores LCD LED só pode ser feito por


profissionais na área com conhecimento destes aparelhos
e seus circuitos. Esta obra não se responsabiliza por danos
causados por procedimentos não condizentes com os
ensinamentos contidos aqui.
SEGREDOS DAS PLACAS TCON
Luis Carlos Burgos
I. INTRODUÇÃO

A placa TCON fica localizada entre a placa principal e a tela. Sua


função é fornecer sinais e tensões para o correto funcionamento do
display ou tela LCD. Esta placa tem alguns segredos desconhecidos
da maioria dos técnicos em eletrônica que reparam estes televisores.
Esta obra tem por objetivo esclarecer estas dúvidas visando facilitar
o reparo dos televisores LCD/LED. Veja na fig. 1 o exemplo de uma
placa TCON usada na TV Samsung UN40J5500:

Fig. 1 – Exemplo de uma placa TCON

Como observamos normalmente é uma placa pequena com um flat


cable ou ribbon cable ligado na placa principal da TV (em alguns
casos são dois cabos) e um ou dois cabos conectados no display. O
design e arquitetura da placa TCON depende de uma série de fatores
como tipo do display da TV, placa principal, TV HD, full HD etc. Em
alguns televisores especialmente nos mais modernos, a placa TCON
não tem os cabos da tela encaixados e sim soldados diretamente. E
neste caso a placa TCON é menor e mais fina, porém tem os mesmos

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circuitos da placa com conectores de encaixe. Observe na fig. 2 uma
placa TCON soldada diretamente na tela da TV:

Fig. 2 – Placa TCON soldada diretamente na tela

Em alguns televisores a placa TCON faz parte da placa principal


como no exemplo da fig. 3:

Fig. 3 – Placa TCON na placa principal da TV

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II. FUNCIONAMENTO DO DISPLAY LCD

A tela LCD é dividida em cinco camadas como visto na fig. 4 a seguir:

Fig. 4 – Partes do display LCD

A unidade de backlight (BLU) emite a luz traseira para iluminar a tela


e mostrar as imagens. Antigamente esta unidade usava lâmpadas
fluorescentes CCFL ou EEFL. Atualmente a unidade usa LEDs de alto
brilho para esta função. Os polarizadores são polímeros (tipos de
plástico) com ranhuras 90 graus opostas um em relação à outra. A
camada TFT é um substrato de vidro onde são impressos pequenos
transistores MOSFETs chamados TFT (Thin Film Transistor) e
capacitores. Esta camada controla a tensão num dos eletrodos do
cristal líquido.

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O cristal líquido é uma substância com moléculas organizadas em
forma de bastões que se alinham com uma tensão elétrica aplicada
entre os eletrodos. A camada filtro de cor determina a cor da luz que
passa por aquele subpixel e possui o outro eletrodo controlado pela
tensão chamada VCOM (Voltage Common). Os CIs drivers da tela
são impressos no próprio flat cable do display, sendo então
chamados de COF (Chip On Film). Os COFs na parte superior e
inferior da tela (se houver) controlam os sources dos MOSFETs para
a produção das imagens. São chamados de drivers de source, S ou
imagem. Os COFs no lado da tela controlam os gates dos MOSFETs
para o escaneamento (varredura) das linhas. São chamados de
drivers de gate, G ou linhas. Observe na fig. 5 como cada subpixel
da tela LCD trabalha com a luz do backlight de acordo com a tensão
ligada/desligada nos eletrodos:

Fig. 5 – Como o display LCD controla a passagem da luz

Na figura da esquerda, os eletrodos estão desligados (sem tensão


aplicada). Daí as moléculas ficam livres e giram a luz do backlight 90
graus após o primeiro polarizador. Assim a luz encontra as ranhuras
numa posição favorável para sair pelo polarizador frontal. Desta
forma, sem alimentação a luz passa totalmente pela tela. No desenho
da direita, os eletrodos são energizados, criam um campo elétrico que
organiza as moléculas do cristal. Assim a luz passa direto sem girar
e é bloqueada pelo polarizador da frente com ranhuras em posição
desfavorável. Portanto, com tensão, a luz não passa. Variando a
tensão controlamos a intensidade da luz que passa pela tela. Assim
é como os televisores LCD produzem imagem.

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A tela também é dividida em subpixels RGB distribuídos em linhas e
colunas como observamos na fig. 6:

Fig. 6 – Pixel de imagem num display LCD

Cada três subpixels RGB forma um pixel, a menor parte da imagem.


Na fig. 7 temos uma ideia como os bits digitais controlam a
intensidade de brilho e as cores dos subpixels:

Fig. 7 – Controle digital dos subpixels da tela LCD

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III. TRANSFERÊNCIA DE SINAIS PARA A PLACA TCON

A placa TCON recebe sinais da placa principal em pares de trilhas


através do sistema de transmissão LVDS (Low Voltage Differential
Signaling) ou Sinalização Diferencial de Baixa Tensão. Cada par
de trilhas possui uma tensão contínua e uma diferença de tensão de
0,2 V. Assim a trilha positiva (P ou +) está 0,2 V acima da tensão da
trilha negativa (N ou -). Em cada trilha do mesmo par temos o mesmo
sinal invertido um em relação ao outro. A transmissão LVDS pode
usar 4 (8 bits) ou 5 (10 bits) pares de trilha. Há também o par
responsável por carregar o sinal de clock. Veja um exemplo de
transmissão LVDS numa placa TCON na fig. 8:

Fig. 8 – Transmissão LVDS entre a placa principal e a TCON

Na placa TCON há um resistor de 100 ou 120 Ω ligado entre cada


trilha em cada par LVDS para manter a diferença de potencial entre
eles em 0,2 V. Os sinais nestas trilhas têm cerca de 0,2 V de
amplitude. Estes sinais são os RGB para formar a imagem e os sinais
de controle (sincronismo, escaneamento de linhas, habilitação,
polaridade de tela etc.). No primeiro par (trilhas 0) temos os sinais
misturados, mas com predominância do vermelho (R), no segundo
par predominância do verde (G) e no terceiro do azul (B). No quarto
par (trilhas 3) predominam os sinais de controle. O clock tem um par
separado só para ele.

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1. Sinais nas trilhas LVDS

Observe na fig. 9 como os sinais RGB e outros são distribuídos pelas


trilhas LVDS:

Fig. 9 – Distribuição de sinais pelos pares de trilhas na transmissão LVDS

2. Transmissão LVDS com duplo canal de dados

Nos televisores HD ou full HD (1920 x 1080) a transmissão de dados


LVDS para a TCON é feita através de dois canais como na fig. 10:

Fig. 10 – Transmissão LVDS com duplo canal de dados

Um dos canais 8 ou 10 bits controla as linhas ímpares da imagem


(ODD) e o outro canal de 8 ou 10 bits controla as linhas pares (EVEN).

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3. Como o LVDS elimina ruídos e interferências no sinal

Observe o princípio de funcionamento na fig. 11:

Fig. 11 – Como o CI TCON elimina interferências nos sinais

Conforme explicado, em cada par de trilhas temos o mesmo sinal


invertido (espelho). Na placa TCON há um CI chamado TCON.
Dentro dele fica o circuito que decodifica os dados LVDS. Começa
com um operacional. Observe no desenho como os sinais são
invertidos, porém o ruído ou interferência EMI afeta os dois sinais da
mesma forma. O sinal de uma trilha e o ruído vão para a entrada (+)
do operacional e não serão invertidos. A outra trilha será invertida
pela entrada (-) do operacional. Desta forma os sinais somam-se
(mesma fase) e o ruído é eliminado (fases opostas).

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IV. IDENTIFICAÇÃO DOS CIRCUITOS NA PLACA TCON

Embora existam muitos tipos de placas TCON no mercado, todas


possuem os mesmos circuitos básicos mudando a arquitetura de uma
em relação à outra. Vamos a um exemplo dos circuitos na fig. 12:

Fig. 12 – Identificação dos circuitos numa placa TCON

Conector de entrada – Recebe os sinais LVDS com as informações


de imagem e controle da placa principal;
CI TCON – Decodifica os sinais LVDS, processa, separa a imagem
dos sinais de controle, armazena os dados da imagem na memória
RAM, lê tal memória e fornece os sinais RGB em 6 bits para a tela. O
CI também fornece os sinais de controle (sincronismo, habilitação
etc.) para a tela e/ou o CI driver de escaneamento;
Memória RAM – Armazena e corrige os dados para o CI TCON. A
memória RAM pode ser interna ou externa ao CI TCON;

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Memória Flash – Contém o software de funcionamento da placa
TCON e em alguns casos do circuito corretor gama;
Conversor DC-DC – Recebe a tensão de alimentação de 12 V ou 5
V (em TVs menores) proveniente da placa principal e obtém todas as
demais tensões necessárias à alimentação da própria placa TCON e
do display LCD.
CI Corretor Gama – Corrige o brilho e contraste da imagem de
acordo com a cena para compensar a deficiência de nossa vista e do
próprio cristal líquido da tela. O corretor gama pode ser um CI com
vários buffers internos que dão ganho de corrente nas tensões
obtidas fora dele ou então um CI que obtém as tensões de correção
a partir de alguns valores fixos. Neste último caso o CI funciona com
um software armazenado numa memória flash ligada nele. A tensão
VCOM (voltage common) que alimenta os subpixels pode ser obtida
através do CI corretor gama ou do conversor DC-DC;
Regulador – CI que regula a tensão num valor entre 1,2 e 1,8 V para
alimentar o núcleo central do CI TCON;
Saídas para a tela – Normalmente dois conectores que alimentam a
tela com os sinais e tensões contínuas para a produção das imagens.
Cada conector alimenta metade da tela e falha num deles deixará o
televisor sem imagem ou imagem distorcida num dos lados da tela.
Nos conectores de saída para a tela temos:
Tensões DC de alimentação – VDD de 3,3 V e AVDD de 15 V para
alimentar os CIs drivers COF; VGH de 30 V para o GATE ON dos
MOSFETs TFT, VGL de – 6 V para o GATE OFF dos TFTs e VCOM
de 6 a 9 V para os subpixels da tela;
Sinais RGB – Pelo menos 3 pares de trilhas RSDS (6 bits) para
formar a imagem. Pode ter 12 trilhas (6 para as linhas ímpares e 6
para as linhas pares da tela);
Sinais de controle – STV (sincronismo vertical para início de
quadro), STH (sincronismo horizontal para início de linha), CPV (clock
para escaneamento de linhas), polaridade de tela, OE (habilitação).
Gama – 12 a 18 níveis de tensão de correção de brilho e contraste.

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V. TCON COM CI DRIVER PARA TELAS AMORFAS

Os displays LCD da Samsung, usados não apenas nesta marca, mas


também em outras de televisores, possuem os MOSFETs TFT com
silício amorfo (moléculas desorganizadas) e neste caso necessitam
de tensão mais alta para escaneamento das linhas. Assim as placas
TCON dos televisores com estes displays possuem um circuito
chamado driver de escaneamento de duas formas:

1. TCON com CI driver de escaneamento

Fig. 13 – Bloco de uma TCON com CI driver de escaneamento

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Estas placas possuem 1 ou 2 CIs drivers de escaneamento
responsável pela varredura das linhas na tela LCD. Tal CI recebe as
tensões VGH (25 a 30 V) e VGL (-10 a -15 V) do conversor DC-DC e
desta forma fica submetido a uma diferença de potencial de 40 V. Ele
recebe o sinal STV (“start vertical” ou início de quadro) de 3,3 Vpp do
CI TCON e o converte num outro chamado STVP (“start vertical pulse”
ou pulso de início vertical) de 40 Vpp a ser aplicado ao display para
indicar início de quadro. Também recebe o sinal CPV (“clock pulse
vertical” ou pulso de clock vertical) de 3,3 Vpp e o converte em dois
sinais espelhos chamados CKV e CKVB (“clock vertical”) de 40 Vpp
para o escaneamento das linhas na tela. Estes sinais STVP, CKV e
CKVB controlam os CIs COF drivers de linhas. Em muitos casos a
tela pode ter de 2 a 4 CIs COF para as linhas e neste caso teremos
as saídas CKV1, CKVB1, CKV2, CKVB2 etc. O comando OE habilita
o escaneamento das linhas pelo driver. Veja na fig. 14 uma TCON
com dois driver de escaneamento:

Fig. 14 – TCON com dois drivers de escaneamento

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2. Conversor DC-DC e driver de escaneamento no mesmo CI

Em vários modelos de TV com display Samsung, o CI conversor DC-


DC possui internamente o circuito driver de escaneamento como
observamos no modelo da fig. 15:

Fig. 15 – Blocos da TCON com o driver de escaneamento no conversor DC-DC

Como podemos observar, o CI driver de escaneamento (ou “scan


driver”) está localizado dentro do próprio CI conversor DC-DC. Ele
recebe os sinais STV e CVP do TCON e converte-os em STVP, CKV
e CKVB em tensão alta (40 Vpp) para varredura das linhas.

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Observe um exemplo de placa TCON com CI conversor DC-DC
contendo o driver de escaneamento na fig. 16:

Fig. 16 – TCON com CI driver de escaneamento (SCAN) no conversor DC-DC

O CI conversor DC-DC desta placa TCON é o SM4109 contendo o


driver de escaneamento interno. Veja como há três saídas CKV e
CKVB (1, 2 e 3), indicando que a tela está dividida em três partes
através de três CIs drivers COF. Cada CI recebe o STVP de início de
quadro e cada vez que os sinais CKV e CKVB (espelhos) mudam de
polaridade entre si, a varredura passa para a próxima linha da
imagem ou do quadro. Cada COF é responsável pela varredura ou
escaneamento de 1/3 da tela de cima a baixo. Quando os CIs drivers
são separados, os mais usados são os da MAXIM, como por exemplo
o MAX17106, MAX17120 etc.

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VI. OS SINAIS SCAN DAS TELAS AMORFAS

Observe na fig. 17 os sinais obtidos pelo CI driver de escaneamento


das placas TCON dos televisores com telas Samsung:

Fig. 17 – Sinais de entrada e saída do CI driver de escaneamento

As frequências dependem da mídia e da resolução da tela da TV.


Exemplo: numa transmissão de 60 quadros por segundo, os sinais
STV e STVP terão 60 Hz. Numa tela de 1920 x 1080 os sinais CKV e
CKVB terão 1080 x 60 = 64800 Hz ou 64,8 KHz para esta mídia.

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VII. ESQUEMA EM BLOCOS DA PLACA TCON

Veja na fig. 18 o esquema em blocos dos circuitos da placa TCON:

Fig. 18 – Blocos da placa TCON

CI TCON – Recebe os sinais no formato LVDS da placa principal,


decodifica, processa e envia os sinais RGB e controle para a tela;
CI conversor DC-DC – Como visto, este CI recebe a tensão de
alimentação de 12 ou 5 V e obtém, a partir desta, todas as tensões
para alimentação da própria TCON e do display;
CI gama – Fornece vários níveis de tensão para o display corrigir o
brilho e contraste da imagem. Em muitas placas TCON este CI
também obtém a tensão VCOM para a tela;
Display LCD – É a tela da TV. Como estudado, ela é formada de
várias camadas e nos flat cables há os CIs drivers tipo COF (“chip on
film”). Os drivers de colunas são responsáveis pela imagem e os
drivers de linha cuidam do escaneamento das linhas.

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VIII. TESTE DAS TENSÕES PRINCIPAIS DA PLACA TCON

Quando uma TV LCD LED está sem imagem com a tela acesa (muito
ou pouco brilho), a primeira coisa a fazer é verificar a presença das
tensões principais na placa TCON como visto a seguir:

1. Tensões de alimentação AVDD e VDD – Veja na fig. 19


como medir estas tensões na placa TCON:

Fig. 19 – Tensões de alimentação VDD e AVDD

As tensões VDD (3,3 V) e AVDD (15 a 18 V) alimentam os CIs COF


da tela. A tensão VDD também alimenta o CI TCON.

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2. Tensões VGH, VGL e VCOM – Observe a fig. 20 a seguir:

Fig. 20 – Tensões VGH, VGL E VCOM

A falta de qualquer uma destas tensões deixa o televisor sem imagem


e pode aparecer linhas verticais na tela. Embora possa haver
algumas outras tensões, estas são essenciais a tela e a TCON.

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IX. DEFEITOS RELACIONADOS ÀS TENSÕES DA TCON

Quando falta uma das tensões geradas pela placa TCON, em geral a
TV fica sem imagem e a seguir veremos alguns sintomas:

1. Falta da tensão VGH – Esta tensão gira em torno de 30 V e


sem ela a TV fica sem imagem, pouco brilho e podem aparecer
algumas linhas em pé na tela como na fig. 21:

Fig. 21 – Falta da tensão VGH

2. Falta da tensão VGL – Esta tensão fica em torno de – 6 V e a


falta dela deixa a TV sem imagem com linhas como na fig. 22:

Fig. 22 – Falta da tensão VGL

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3. Falta das tensões de alimentação – Estas são as tensões
AVDD (15 V), VDD (3,3 V) e VCOM (6 a 9 V). Basicamente a
falta de alguma delas deixa a TV com a tela escura (com ou
sem imagem) podendo ou não ter listras na tela. Observe a fig.
23 onde temos alguns exemplos:

Fig. 23 – Falta das tensões de alimentação

Às vezes temos as tensões corretas na placa TCON, porém alguma


delas não chega até a tela por uma falha no flat cable do display.

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X. IDENTIFICAÇÃO DOS PONTOS DE TENSÃO NA TCON

A maior dificuldade em trabalhar com a placa TCON está nos diversos


nomes diferentes para a mesma tensão ou sinal de acordo com a
marca e modelo do televisor. Neste capítulo vamos abordar vários
destes nomes e identificações na placa TCON.

1. Tensão VGH (“Voltage Gate High” ou tensão de gate alta)

Esta tensão em torno de 30 V (25 a 35 V) tem a função de acionar os


gates dos MOSFETs TFT de uma das linhas tela durante o seu
escaneamento (“scan”). Em algumas placas também há a tensão
VGH em forma de pulsos na frequência dos quadros sendo então
chamada de VGHM ou VGHP, também entre 25 e 35 V dependendo
da placa. Outros nomes da tensão VGH: VON, VONE, VGON, GVON,
VGONE, GVONE.

2. Tensão VGL (“Voltage Gate Low” ou tensão de gate baixa)

Tensão negativa em torno de - 6 V (- 5 a - 15 V) com a função de


manter os gates dos MOSFETS TFT desligado das linhas não
escaneadas no momento. Outros nomes desta tensão: VOFF,
VOFFE, VGOFF, VGOFFE, GVOFF, GVOFFE, VEE.

3. Tensão VDD

Tensão de 3,3 V para alimentação da placa TCON e dos CIs COF da


tela. Outros nomes: VCC, VCC33, DVDD, VDD33, VDD3.3.

4. Tensão AVDD

Tensão entre 14 e 18 V para alimentar o circuito de correção gama e


os CIs COF da tela. Outros nomes: VAVDD, HVDD, VDA, VAA.

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5. Tensão VCOM (“Voltage Common” ou tensão comum)

Tensão entre 6 e 9 V (em geral metade do AVDD) alimenta um


terminal de todos os subpixels da tela. Podemos encontrar dois ou
mais pontos de VCOM alimentando a tela. Outros nomes: Sempre
vem indicada como VCOM seguida de outra letra, letras ou
número indicando o grupo de subpixels alimentada por ela.

6. Outras tensões

VCC12, VDD12, DVDD12, VCORE – 1,2 V para alimentar o núcleo


central do CI TCON;

VCC15, VDD15, DVDD15, VCORE – 1,5 V para alimentar o núcleo


central do CI TCON;

VCC18, VDD18, DVDD18, VCORE – 1,8 V para alimentar o núcleo


central do CI TCON;

VSS – Terra flutuante (não é 0 V, tem um valor de tensão) usado


como referência para a tela em algumas TVs;

HAVDD (“Half of AVDD) – Tensão igual à metade da tensão AVDD


usada como uma das alimentações em alguns tipos de tela;

VIN, V1, VA1, V12 – Tensão de 12 V de entrada da placa TCON


proveniente da placa principal da TV;

VGH_ODD – Tensão de gate alta para ligar os TFTs durante o


escaneamento das linhas ímpares da tela;

VGH_EVEN – Tensão de gate alta para ligar os TFTs durante o


escaneamento das linhas pares da tela.

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7. Identificando VGH e VGL em algumas placas

Você encontra a maioria destas tensões próximas ao CI conversor


DC-DC em todas as placas TCON.

Placa 1 – Fig. 24:

Placa 2 – Fig. 25:

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Placa 3 – Fig. 26:

8. Identificando as tensões de alimentação

Próximas ao CI e bobinas do conversor DC-DC:

Placa 1 – Fig. 27:

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Placa 2 – Fig. 28:

Placa 3 – Fig. 29:

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9. Identificação das tensões VCOM e VGAMA

Estas são mais fáceis de encontrar ao lado dos conectores da tela.

Placa 1 – Fig. 30:

Placa 2 – Fig. 31:

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XI. IDENTIFICANDO OS SINAIS LVDS E RSDS (SAÍDAS RGB)

Estes são os sinais de entrada e saída do CI TCON. Desta forma


encontraremos estas trilhas ao lado do CI citado.

1. Sinais LVDS (Sinais diferenciais em baixa tensão)

Como explicado, estes sinais chegam à placa TCON através de pares


de trilhas e entre as trilhas do mesmo par temos resistores pequenos
de 100 a 120 Ω para manter a diferença de potencial de 0,2 V entre
elas. As placas mais antigas recebem o LVDS através de um canal
com 4 ou 5 pares de trilhas (8 ou 10 bits) e um resistor em cada par.
Observe o exemplo de uma placa desta na fig. 32 onde os resistores
R2 ao R6 mantém a diferença de potencial de 0,2 V entre as trilhas.
Os sinais estão em 4 pares (8 bits) e o clock no outro par.

Fig. 32 – Entrada dos sinais LVDS de canal único

Atualmente as placas TCON das TVs HD ou FULL HD recebem os


sinais LVDS em dois canais (8 a 10 pares e mais 2 pares de clock).

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Veja na fig. 33 uma placa com 8 pares de sinais LVDS e 2 pares de
clock. Neste caso o LVDS é de canal duplo com 8 bits (4 pares) cada.

Fig. 33 – Entradas dos sinais LVDS de duplo canal

Um dos canais é o ODD para as linhas ímpares e o outro é o EVEN


para as linhas pares. Aqui os resistores que mantém a diferença de
potencial estão dentro do CI TCON. Na fig. 34 temos uma placa com
entrada LVDS canal duplo de 10 bits cada e 2 pares de clock:

Fig. 34 – Entradas dos sinais LVDS de duplo canal de 10 bits cada

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2. Saídas RSDS (Sinais diferenciais em balanço reduzido)

O sistema mais usado de transferência dos sinais RGB do CI TCON


para os conectores da tela é o RSDS. Transmissão RSDS e LVDS
usam o mesmo princípio com algumas diferenças tais como:
1 – RSDS também tem pares de trilhas, mas transporta somente os
sinais RGB. O LVDS transporta sinais RGB e de controle; 2 – RSDS
também tem sinais espelhos (invertidos) em cada par de trilhas,
diferença de 0,2 V e corrente de 2 mA. O LVDS pode chegar a 3,5
mA e 0,35 V; 3 – A serialização do sinal RSDS é 2:1 (cada duas trilhas
multiplexadas numa única). Assim os sinais são mais fáceis de
decodificar e podem operar com clocks mais rápidos permitindo a
transmissão de sinais de imagens com maiores definições. No LVDS
a serialização é 7:1 (sete trilhas para uma). A transmissão dos sinais
RGB para cada lado (direito e esquerdo) da tela é feito com pelo
menos 6 trilhas (3 pares ou 6 bits) RSDS. Um par de trilhas para cada
cor. Pode haver um par para o clock e caso não haja, o clock vai num
caminho separado dos sinais RGB. Veja na fig. 35 um exemplo de
transmissão RSDS com 6 bits (3 pares) para cada lado da tela:

Fig. 35 – Saídas RGB de 6 bits para cada lado da tela

A transferência dos sinais RGB para a tela pode ser por TTL (8 bits
para cada cor), LVDS ou Mini LVDS com tensão e corrente menores.

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Alguns CIs TCON têm 6 pares (12 trilhas) de saída sendo 6 trilhas (6
bits) para formar a imagem nas linhas ímpares da tela e 6 para as
linhas pares. Veja um exemplo deste na fig. 36:

Fig. 36 – Saídas RGB com 12 bits (6 pares) para cada lado da tela

Também há as placas com o CI TCON contendo um FRC (Frame


Rate Converter ou conversor de taxa de quadros) que dobra a
quantidade de quadros por segundo a ser reproduzido na tela. Este
CI é usado também para a reprodução de imagens em UHD ou 4 K
(3840 x 2160). Como ele dobra os quadros, possui o dobro de pares
de trilhas RSDS ou MLVDS (Mini LVDS) para os conectores da tela.
Veja na fig. 37 uma placa com o CI HX8890 da “Himax”. Ele possui
um FRC interno que dobra a taxa de quadros para obter uma imagem
de melhor qualidade em cenas muito rápidas. Há 14 pares de trilhas
em cada lado da tela, 7 pares para os quadros principais e mais 7
para os quadros duplicados. Em cada grupo de 7 temos um par para
o clock indicados como CKP e CKN, 3 pares para o RGB (6 bits) das
linhas ímpares e 3 para o RGB das linhas pares. O grupo de 7 trilhas
do quadro principal tem pontos de teste na placa e o grupo de 7 sem
os pontos de teste são dos quadros duplicados. As marcações dos
sinais nesta placa têm os significados a seguir:

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Fig. 37 – Saídas RGB com 12 bits para imagem principal e 12 para quadros duplos.

L1ML: L = Lado esquerdo da tela; 1 = Quadro principal; ML = Mini


LVDS (semelhante ao RSDS);
L1ML_0P (positiva) e L1ML_0N (negativa) = Sinal R linhas
ímpares;
L1ML_1P e L1ML_1N = Sinal G linhas ímpares;
L1ML_2P e L1ML_2N = Sinal B linhas ímpares;
L1ML_CKP e L1ML_CKN = Sinal de clock;
L1ML_3P e L1ML_3N = Sinal R linhas pares;
L1ML_4P e L1ML_4N = Sinal G linhas pares;
L1ML_5P e L1ML_5N = Sinal B linhas pares;
R1ML: R = Lado direito da tela; 1 = Quadro principal; ML = Mini
LVDS (semelhante ao RSDS);
R1ML_0P e R1ML_0N = Sinal R linhas ímpares;
R1ML_1P e R1ML_1N = Sinal G linhas ímpares;
R1ML_2P e R1ML_2N = Sinal B linhas ímpares;
R1ML_CKP e R1ML_CKN = Sinal de clock;
R1ML_3P e R1ML_3N = Sinal R linhas pares;
R1ML_4P e R1ML_4N = Sinal G linhas pares;
R1ML_5P e R1ML_5N = Sinal B linhas pares;

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Os sinais dos quadros duplicados não têm os nomes nem os pontos
de teste. Algumas placas possuem saídas RGB em forma de LVDS
(misturados) em 8 bits (4 pares). Veja na fig. 38 uma placa usando
um CI TCON com 8 bits de saída para as linhas ímpares e 8 para as
linhas pares. 2 pares são para o clock.

Fig. 38 – Saídas RGB tipo LVDS de 8 bits para linhas ímpares e pares

Os nomes dos terminais são estes:

F_LV: F = Lado esquerdo da tela; LV = LVDS


B_LV: B = Lado direito da tela; LV = LVDS
F_LV0P, 0N, 1P, 1N, 2P, 2N, 3P, 3N = RGB Linhas ímpares
F_LV4P, 4N, 5P, 5N, 6P, 6N, 7P, 7N = RGB Linhas pares
B_LV0P, 0N, 1P, 1N, 2P, 2N, 3P, 3N = RGB Linhas ímpares
B_LV4P, 4N, 5P, 5N, 6P, 6N, 7P, 7N = RGB Linhas pares

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XII. IDENTIFICAÇÃO DOS SINAIS DE CONTROLE

Os sinais de controle são: sincronismo horizontal e vertical


(escaneamento de linhas e quadros), habilitação e polaridade de tela.
Estes sinais saem do CI TCON e/ou driver de escaneamento para a
tela e podem ter nomes variados de acordo com a placa. É o que
veremos neste capítulo. Também há diferença nos sinais de acordo
com o tipo de tela, amorfa ou policristalina. Os nomes básicos dos
sinais de controle conforme estudamos são:

STH – Sincronismo horizontal para início de linha. Também chamado


de XSTB, XBDIO, XFDIO, XCLK (clock de escaneamento de
colunas);
POL – Polaridade da tela. Pode vir como XPOL também;
STV – Sincronismo vertical para início de quadro. Também chamado
de YDIOU, YDIOD, GSP, GST;
CPV – Sincronismo vertical para escaneamento de linhas. Também
chamado de YCLK, GSC, GCLK;
OE – Habilitação para escaneamento de linhas. Também chamado
de YOE, GOE;
STVP – Início de quadro de 40 Vpp para telas Samsung
CKV – Escaneamento de linhas de 40 Vpp para telas Samsung;
CKVB – Sinal espelho (invertido) do CKV para telas Samsung;
GON – Tensão positiva (25 a 35 V) para os sinais STVP, CKV e
CKVB. Também chamada de GVON;
GOFF – Tensão negativa (- 5 a - 15V) para os sinais STVP, CKV e
CKVB. Também chamada de GVOFF;
Na página seguinte veremos os pontos de teste (TP) para estes sinais
em várias placas TCON.

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Fig. 39 – Sinais STV, CPV e OE

Fig. 40 – Sinais de escaneamento horizontal, vertical, habilitação e polaridade

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Fig. 41 – Sinais de início de quadro, escaneamento de linhas e habilitação

Veja a placa da fig. 42 e na página seguinte os nomes dos sinais:

Fig. 42 – Sinais de escaneamento horizontal, vertical e habilitação

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EO = OE = Habilitação de escaneamento;
GST = STV = Início de quadro (3,3 Vpp);
GCLK = CPV = Escaneamento de linhas (3,3 Vpp);
MCLK = CPH = Clock de escaneamento de colunas (imagem);
Z_OUT = STH = Início de coluna;
VST = STVP = Início de quadro (40 Vpp);
GCLK01, 03 e 05 = CKV = Escaneamento de linhas (40 Vpp);
GCLK02, 04 e 06 = CKVB = Escaneamento de linhas (40 Vpp);
VGL_I = VGL = Tensão de gate desligado (TFT);
VGH_EVEN = Tensão de gate ligado para as linhas pares;
VGH_ODD = Tensão de gate ligado para as linhas ímpares;
GIP_RST = Reset para os drivers dos gates;
VCOM = Tensão VCOM para os subpixels.

Fig. 43 – Sinais de escaneamento vertical e VCOM

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Fig. 44 – Sinais de escaneamento horizontal, vertical e habilitação

Fig. 45 – Sinais de escaneamento horizontal, vertical e VCOM

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XIII. CIRCUITOS DE CORREÇÃO GAMA

Este circuito gera níveis diferentes de tensão entre 0,5 e 15 V para


corrigir o brilho e contraste da imagem compensando a deficiência de
nossa vista e do próprio cristal líquido. Há entre 10 e 18 níveis de
tensão de correção gama (brilho e contraste) aplicados no display e
o circuito é baseado num CI chamado corretor gama. Há
basicamente dois tipos de circuito de correção gama: Com CI buffer
e com CI gerador controlado via software. Vamos estudar cada tipo:

1. Correção gama com CI buffer – Neste caso há vários


resistores como divisores que geram as tensões gama e VCOM.
Estas passam por buffers (amplificadores de corrente) dentro do CI e
são aplicadas no display. Como exemplos temos o CI ASF15 e o
17868A. Veja um exemplo deste tipo de circuito na fig. 46:

Fig. 46 – CI usado como buffer das tensões de correção gama e VCOM

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2. Correção gama com CI controlado via software – Neste
caso os resistores divisores geram quatro níveis de tensão e a partir
destes o CI produz as tensões de correção controlado por software.
Os CIs da série ISL por exemplo podem executar este papel. Observe
um exemplo deste na fig. 47:

Fig. 47 – CI corretor gama controlado por software

O CI ISL24835 gera 18 níveis de tensão para correção gama. Ele


funciona com um software carregado numa flash específica, então
estas placas TCON são gravadas para o correto ajuste gama. As
quatro tensões de referência são: VREFU_H – Tensão superior alta;
VREFU_L – Tensão superior baixa; VREFL_H – Tensão inferior
alta; VREFL_L – Tensão inferior baixa. A ordem de valores é:
VREFU_H > VREFU_L > VREFL_H > VREFL_L.

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XIV. LEITURA DE ESQUEMA DA PLACA TCON

A grande maioria das placas TCON dos televisores no mercado não


possuem esquema elétrico. Porém como há alguns disponíveis
ensinarei a ler um deles que será a placa B98-03131A da Samsung
o qual pode servir como uma base para vários outros.

1. Conector de entrada LVDS:

Fig. 48 – Entrada de sinal proveniente da placa principal da TV

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2. CI TCON:

É o maior CI da placa, sendo desta forma fácil de encontrar no


esquema. Veja a seguir na fig. 49 o CI e suas partes destacadas:

Fig. 49 – O CI TCON e suas partes destacadas

Como o CI TCON é grande mostraremos os seus pinos principais de


forma um pouco mais detalhada destacando alguns destes pinos e
suas funções. Começando com os pinos de entrada na fig. 50:

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Fig. 50 – Entradas do CI TCON

As linhas ímpares da imagem são indicadas por ODD e aas pares por
EVEN. O sinal LVDS SEL é usado para o CI decodificar os sinais
LVDS. O LUT é formado por algoritmos que ajustam brilho e contraste
da imagem e o TCON READY aciona o CI conversor DC-DC quando
a placa TCON está funcionando e conectada na tela.

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Na fig. 51 temos os sinais de saída RGB e controles no CI TCON:

Fig. 51 – Saídas do CI TCON

Os sinais RGB saem do CI em 6 bits (6 trilhas), 2 bits para cada cor


e daí são enviados aos CIs drivers COF das colunas (sources) dos
mosfets TFT da tela. Neste caso há duas saídas de 6 bits, uma para
cada lado da tela. Em algumas placas TCON há duas saídas de 6
bits, uma para as linhas ímpares e outra para as linhas pares (total 12
bits) para cada lado da tela. Também temos as saídas STV (início de
quadro) e CPV (escaneamento de linhas) de 3,3 V para o CI driver
que no caso desta placa está dentro do conversor DC-DC. A saída
STH determina o início da varredura em cada linha.

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3. CI conversor DC-DC

Nesta placa o CI conversor DC-DC tem duas funções: fornecer as


tensões de alimentação e os sinais de escaneamento de linhas em
40 Vpp. Veja na fig. 52 uma parte do CI com a tensão AVDD:
Fig. 52 – Conversor DC-DC com as tensões VIN e AVDD

Na fig. 53 temos os conversores que fornecem as tensões menores:

Fig. 53 – Conversor DC-DC com as tensões de 1,2 e 3,3 V

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4. Gerador da tensão VONE

Conversor “step up” para a obtenção de 28 V para o driver de


escaneamento (tensão de gate ligado). Veja na fig. 54:

Fig. 54 – Conversor da tensão VONE de 28 V

O Mosfet QD2 recebe o PWM do CI conversor DC-DC. Quando está


em nível alto, QD2 conduz e LD2 armazena energia em forma de
campo magnético. Quando está em nível baixo, QD2 corta, a tensão
em seu dreno sobe, polarizando DD4 que conduz e soma a tensão
da fonte (12 V) com a tensão gerada na bobina LD2. Desta soma
resultam 28 V aplicados no CI driver de escaneamento (interno ao
conversor DC-DC nesta placa).

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5. Gerador da tensão VOFFE

Este é um conversor “step down” que transforma uma tensão positiva


em negativa de – 12 V para o driver (gate desligado). Veja na fig. 55:

Fig. 55 – Conversor da tensão VOFFE de - 12 V

O mosfet Q1 deste circuito é de canal P e vai ligado num dos pinos


do CI conversor DC-DC desta placa. Deste pino sai o sinal de PWM
de ativação do mosfet. Quando o PWM está em nível baixo, o mosfet
Q1 conduz, circula corrente por ele e pela bobina L5. Ela cria um
campo magnético e armazena energia magnética. DD5 permanece
desligado. Quando o PWM vai a nível alto, Q1 corta e o campo
magnético de L1 encolhe e gera um pico de tensão negativa. Esta
tensão polariza DD5, ele conduz e carrega os capacitores com – 12V.
Esta tensão alimenta o circuito de gate desligado dentro do CI
conversor DC-DC. Então este CI produz os sinais de escaneamento
STVP, CKV e CKVB de 40 Vpp através de VONE e VOFFE.

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6. Circuito de descarga do display

Este circuito aparece na fig. 56:

Fig. 56 – Circuito de descarga do display

Quando termina a exploração de um quadro de imagem, o ponto DRN


vai a nível baixo polarizando Q13 e QD1 (transistor PNP digital). Eles
conduzem e ligam o ponto VOFFE ao terra (0 V), descarregando as
cargas do display para início de uma novo quadro. O ponto DRN vai
num dos pinos do conversor DC-DC.

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7. Driver de escaneamento

O circuito está dentro do conversor DC-DC como na fig. 57:

Fig. 57 – Circuito driver de escaneamento

O CI recebe os sinais STV e CPV de 3,3 Vpp e fornece os sinais


STVP, CKV e CKVB de 40 Vpp para a tela. As tensões de referência
são VON 28 V, VOFF – 12 V e VSS 7,5 V. Os pinos DLY ajustam o
tempo de início em cada quadro.

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8. CI de correção gama e gerador da tensão VCOM

Veja na fig. 58 o CI corretor gama desta placa TCON:

Fig. 58 – Circuito de correção gama

O CI gama desta placa possui um software de controle dos níveis de


tensão gama. Tal software é gravado numa memória eeprom. Há 18
saídas de tensão de correção gama por parte do CI. Tais tensões são
enviadas ao display. Para gerar os 18 níveis, o CI usa 4 referências
geradas fora por divisores de tensão. Tais referências são VREFU_H,
VREFU_L, VREFL_H e VREFL_L. O CI também usa algumas
referências para gerar e ajustar corretamente a tensão VCOM.

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Placas TCON TVs atuais – volume 4
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9. Conectores de saída da placa TCON

Veja os conectores de nossa placa de estudo na fig. 59 a seguir:

Fig. 59 – Conectores de saída para a tela

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XV. FLUXOGRAMA GERAL DE CONSERTO

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XVI. DEFEITOS MAIS COMUNS EM PLACA TCON E TELA

Antes dos defeitos mais comuns nesta área dos televisores LCD/LED,
temos algumas dicas úteis para o técnico ou estudante:

 Tela acesa sem imagem – Na maioria dos casos é falta de


alguma tensão na TCON ou no display;
 Faixas ou listras verticais com ou sem imagem – Se não for
algum trinco na tela (cantos especialmente), é defeito na TCON;
 Faixas ou listras horizontais – É defeito de tela (CI COF);
 Pouco ou muito contraste – É defeito de placa TCON;
 Imagem duplicada – É defeito de tela (CI COF);
 Cores alteradas – Na maioria dos casos é defeito em algum
dos flat-cables de entrada da TCON ou saída para a tela.
 Mancha em algum setor da tela – A tela está trincada.

Feita esta observação vamos a algumas falhas:

1. Tela acesa sem imagem – Falta da tensão de 12 V ou VCOM


(pode ser defeito no CI corretor gama se a VCOM sai dele);

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Placas TCON TVs atuais – volume 4
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2. Tela escura sem imagem – Falta do VCC 3,3 V ou AVDD de
17 V. Falha de conexão com o display LCD:

3. Sem imagem com riscos verticais – Falta da tensão VGH,


VGL ou falha na conexão da placa TCON com o display:

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4. Riscos coloridos na imagem – CI TCON, memória flash ou
defeito na conexão do display com a placa TCON:

5. Sem imagem riscos coloridos – CI TCON, memória flash ou


eeprom, conexão com o display ou o próprio display trincado:

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6. Sem imagem na metade da tela – CI TCON ou falha de
conexão de um dos flats da tela:

7. Imagem escura – CI corretor gama, resistor aberto ligado a


ele ou conexão da placa TCON com o display:

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8. Imagem muito clara – CI corretor gama, resistor aberto
ligado a ele ou conexão da placa TCON com o display:

9. Sem imagem em mais da metade da tela – Tela trincada ou


defeito no CI COF dela:

Observação: Estes defeitos são os mais tradicionais e as causas as


mais prováveis em cada um. É claro que pode ser causado por algum
componente ou parte não citada aqui neste resumo.

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56
XVII. EXEMPLOS DE ALGUNS SINAIS NUMA PLACA TCON

Aqui temos alguns testes de sinais feitos com um osciloscópio digital


numa placa TCON de um televisor LG chassi LJ7:

Sinal de início de quadro – Indicado por GSP1 e GSP2 na fig 60:

Fig. 60 – Sinal de início de quadro STV (neste caso GSP1 e 2)

Sinal de escaneamento de linhas – Indicado por GCK na fig. 61:

Fig. 61 – Sinal de escaneamento de linhas CPV (neste caso GCK)

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Sinal R – Há dois pares deste sinal, linhas ímpares e pares da tela.
Veja na fig. 62 o sinal R nas duas trilhas do mesmo par com um
padrão de barras aplicado ao televisor:

Fig. 62 – Sinal saída do vermelho para o conector do display

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Sinal G – Também há dois pares de trilhas para a saída do verde e
observamos o formato na fig. 63 com o padrão de barras:

Fig. 63 – Sinal saída do verde para o display

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Sinal B – Da mesma forma há dois pares de trilhas para a saída do
azul e observamos o formato na fig. 64 com o padrão de barras:

Fig. 64 – Sinal saída do azul para o display

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XVIII. DEFEITO NO CI COF DRIVER DOS GATES

Embora este tipo de defeito esteja relacionado ao painel LCD ou à


tela, na placa TCON podemos diagnosticar e até fazer uma correção
que permita continuar usando o televisor.
Sintoma – O televisor fica com imagem duplicada, fantasmas (uma
imagem em cima da outra), faixas ou riscos no sentido horizontal.
Veja na fig. 65 dois exemplos do sintoma citado:

Fig. 65 – Defeitos relacionados aos CIs COF da tela

Este é caso típico de falha no CI COF (um ou mais de um) localizados


nos flat-cables laterais da tela. Tais CIs, como estudado, tem a função
de escanear as linhas ativando e desativando os gates dos mosfets
TFT. É um tipo de defeito mais comum nos displays amorfos (da
Samsung, por exemplo). A primeira coisa a fazer quando se deparar
com um televisor com imagem dupla, pulando, sobreposição, linhas
ou faixas em sentido horizontal, é desconectar da placa TCON um
dos flats da tela. Vai aparecer imagem apenas na metade da tela. Se
esta imagem aparecer normal, é neste conector ou flat da tela
(desligado) que você vai trabalhar para restaurar uma imagem
aceitável. Se a imagem ainda está ruim, desconecte o outro flat e
reconecte o primeiro. Se agora a imagem fica melhor, é no conector
(desligado) que você vai trabalhar para uma imagem boa.

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Placas TCON TVs atuais – volume 4
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Se mesmo assim a imagem teima em ficar ruim, teremos que
trabalhar em ambos conectores e/ou condenar a tela de vez.

Super importante – Você está diante de um defeito de tela ruim e


o certo é a sua troca, porém devido ao preço e dificuldade para
obter uma nova, você deve indicar ao cliente antes de fazer esta
operação para ver se é viável para ambos.

Desligue as trilhas STV (ou STVP), CPV (ou CVK, CKVB). Fig 66:

Fig. 66 – Desligando os pinos STV, STVP, CPV, CKV, CKVB na placa TCON

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Você pode cortar a trilha com um estilete bem afiado e com muito
cuidado para não danificar a placa TCON, retirar algum resistor ou
ainda colocar uma fita isolante em parte do flat da tela. Desligue as
trilhas uma a uma e vá testando. Em muitos casos a imagem fica
muito boa ou com um pequeno e quase imperceptível risco em
sentido horizontal. Caso a imagem ainda não fique muito boa você
pode tentar ligar estas trilhas no GND (terra), VGL ou VSS na própria
placa TCON. Veja como é o procedimento na fig. 67:

Fig. 67 – Como ligar os pinos STV/CPV do display no terra, VSS ou VGL

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Na fig. 68 temos um corte feito numa placa TCON para corrigir o
efeito causado pelo CI COF defeituoso na tela:

Fig. 68 – Corte nas trilhas dos sinais de escaneamento numa TV com defeito na tela

Lembrando que o procedimento é feito no conector onde o defeito se


manifesta. No caso das placas TCON soldadas direto no flat da tela
(não podemos desencaixar), podemos jogar ar frio em ambos os flats
e ver em qual deles ocorre a maior diferença na imagem. É neste que
você vai trabalhar. Ao fazer a adaptação se a imagem não
melhorar de nenhuma forma, a única solução será a troca da tela.

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Placas TCON TVs atuais – volume 4
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Veja a seguir alguns exemplos de placas TCON e pontos para
desabilitar os sinais de escaneamento e tentar desta forma restaurar
ou melhorar a imagem num display ruim:

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Placas TCON TVs atuais – volume 4
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XIX. MAIS 10 EXEMPLOS DE PLACAS TCON VARIADAS

Placa 1: CI TCON com a RAM interna, scan driver (escaneamento de


linhas) e CI gama controlado via software.

Placa 2: Memória RAM externa ao CI TCON, 2 CIs scan driver


(drivers de escaneamento), uma eeprom para armazenar os ajustes
da placa e uma flash com o software de funcionamento.

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Placas TCON TVs atuais – volume 4
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Placa 3: Dois CIs de memória RAM fora do CI TCON, CI corretor
gama formado por buffers internos. Ele também bufferiza a tensão
VCOM.

Placa 4: CI TCON com a memória RAM interna, CI corretor gama


controlado por software, também gera a tensão VCOM. Duas
memórias flash: uma para o software da placa e outra para o software
de correção gama.

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Placa 5: Memória RAM externa ao CI TCON, 2 CIs buffers para
correção gama. Os resistores em volta dele geram os níveis de
tensão de correção e os CIs bufferizam (ganho de corrente).

Placa 6: Três CIs de correção gama: dois para bufferizar as tensões


e um controlado por software para formar os níveis corretos.

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Placa 7: Possui um CI driver de escaneamento de linhas e o CI de
correção gama controlado por software.

Placa 8: Possui um FRC para dobrar a taxa de quadros e melhorar a


imagem em cenas rápidas, 2 scan drivers, 3 corretores gama e VCOM
e um circuito de controle de brilho do backlight.

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Placa 9: Possui um CI conversor DC-DC com o driver de
escaneamento embutido e 3 CIs de correção gama.

Placa 10: Esta placa é usada em televisores Sony e tem os circuitos


básicos das demais já estudadas aqui neste livro.

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XX. ROTEIRO PARA CONSERTO GERAL DE TCON

 Meça a tensão de 12 V – Alimentação da TCON;


 Meça as tensões AVDD (17 V), VDD (3,3 V), VCORE (1,2 a 1,8
V), VGH (30 V), VGL (– 6 V), VSS (7,5 V), HAVDD (8,5 V) e
VCOM (5 a 8 V);
 Teste os sinais de entrada LVDS com osciloscópio;
 Teste os sinais de saída RGB para a tela;
 Teste os sinais de STH e OE;
 Teste o sinal STV;
 Teste o sinal STVP (display Samsung);
 Teste o sinal CPV
 Teste os sinais CKV e CKVB (display Samsung);
 Teste a tensão T_RDY – Deve estar em nível H (3,3 V);
 Se todas as tensões e sinais da TCON estão bons e a tela está
sem imagem – Retire a tela da blindagem cuidadosamente e
olhe/teste os pontos de conexão próximos aos CIs COF. Refaça
a ligação com fio fino entre a placa TCON e o flat dos CIs COF
se necessário);
 Em caso de imagem duplicada siga o procedimento que
explicamos no capítulo 18 deste livro.

Observação final – No caso do CI gama controla por software se


necessário a troca pode ser que seja necessário regravar a memória
(uma delas) da placa TCON com um gravador apropriado que será
objeto de estudo em outra obra.
Chegamos ao final deste livro esperando que possa ajudar
bastante nosso leitor no conserto da TV relacionado com esta
placa. Até a próxima!! Visitem nossas lojas virtuais:

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