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Módulo 3

4º Ferramenta: Diagrama de Pareto;


5º Histograma;
Exercícios.
4ª. Ferramenta – Diagrama de Pareto

Finalidade: Mostrar a importância de todas as condições, a fim de:


1 – Escolher o ponto de partida para solução do problema;
2 – Identificar a causa básica do problema e
3 – Monitorar o sucesso.
 Vilfredo Pareto (1848 a 1923), nascido em Paris, de família
italiana, foi engenheiro ferroviário, economista, Diretor-Geral
das estradas de ferro italianas e chegou a Senador do Reino
da Itália. Em 1897 executou um estudo sobre a renda e
concluiu que ela não era distribuída de maneira uniforme,
Pareto descobriu que aproximadamente 20% do povo detinha
80% da riqueza criando uma condição de distribuição
desigual;

 Outros estudantes aplicaram este princípio a outras áreas e


descobriram que esta mesma razão de 80/20 estava
presente. Geralmente 20% das causas em uma dada
situação responderá por 80% dos problemas;

 Os diagramas de Pareto podem ser usados para identificar o


problema mais importante através do uso de diferentes
critérios de medição como freqüência ou custo.
Análise de Pareto

 A análise de Pareto classifica os problemas em ordem de gravidade e pode ser


visualmente demonstrada na forma de um gráfico de barras, que é denominado
diagrama de Pareto ou gráfico de Pareto;
 Este gráfico de barras pode ser elaborado à partir dos resultados de uma folha de
verificação e nos auxilia a voltar a nossa atenção e esforços aos problemas
verdadeiramente importantes;
 Podemos fazer um Diagrama de Pareto para a folha de verificação apresentada
anteriormente no módulo 2, contendo os erros de digitação por tipos:

ERRO DE DIGITAÇÃO JAN. FEV. MAR. ABR. TOTAL


Ortografia l ll l l 5
Pontuação lll llll ll llll 13
Números errados l l 2

Manchas l l l l 4
Parágrafos ll lll lllll ll 12
Alinhamento llll llllll llll llllll 20
TOTAL 11 17 14 14 56
Exemplo do Diagrama de Pareto

Nº DEFEITOS
28
24
20
16
12
8
4
0
ALI PON PA
NHA TUA RÁ
MEN ÇÃO GRA
TO FOS

TIPO DE DEFEITO

• Na figura o eixo vertical esquerdo mostra o número de defeitos para cada tipo de
defeito.
• O eixo horizontal relaciona os tipos de defeitos começando com aquele mais
freqüente, à esquerda, e movimentando-se em direção ao menos freqüente, à
direita.
Exemplo do Diagrama de Pareto

 O diagrama de Pareto indica o problema que devemos resolver primeiro para


melhorar a atividade. Conforme o gráfico, devemos atacar o “alinhamento”
primeiro porque ele forma a barra mais alta. O segundo item mais significativo é a
segunda barra mais alta: “pontuação”.

 Na verdade estes dois tipos de defeitos representam 59% do total desta operação.
Como você pode ver é mais fácil de visualizar os defeitos mais importantes usando
o gráfico de barras em vez da tabela de números somente.

 No próximo slide apresentaremos uma orientação de como fazer um diagrama de


Pareto.
Elaboração do Diagrama de Pareto

 O processo de construção do Diagrama de Pareto pode ser


dividido em duas partes:
– Coleta e preparo dos dados;
– Construção do gráfico.

Coleta e preparo dos dados


1. Selecionar os problemas que serão comparados no gráfico,
relacionando os itens de acordo com o tipo de
característica (pode ser tipo de defeito, tipo de causa, tipo
de qualidade etc.);
2. Decidir sobre o período de tempo para realização da
coleta:horas, dias, turnos e assim por diante e preparar
uma folha de verificação para documentação dos dados a
serem coletados.
3. Treinar o profissional que vai realizar a coleta, coletar os
dados nos horários programados.
4. Posicionar os dados da folha de verificação em ordem
decrescente.
5. Calcular a freqüência cumulativa, número de vezes que
ocorre cada evento.
6. Calcular a porcentagem de cada item com relação ao total.
Elaboração do Diagrama de Pareto

Construção do Diagrama de Pareto


• Desenhar os eixos horizontal (X) e vertical (Y) e demarcar
o eixo vertical com a unidade apropriada para tornar o
gráfico fácil de ler. Use incrementos familiares, tais como
5, 10, 15 ou 2, 4, 6, se possível. Evite incrementos tais
como 3, 6, 9, etc.
• No eixo horizontal deve ser colocado o item mais
freqüente (de mais custo, gravidade etc.) primeiro, depois
o próximo mais freqüente e assim por diante. Quando
houver itens com pouca freqüência, eles poderão ser
combinados na categoria “Outros” e colocados à extrema
direita como última barra.
9. Freqüentemente, a barra “outros” é mais larga que a barra
imediatamente à sua esquerda, por que ela representa o
conjunto de diversas variáveis. Quando preparar um
diagrama contendo a categoria “Outros”, recomenda-se
mencionar as variáveis inclusas nesta barra.
10. Desenhar as barras em cima de cada item, na altura que
represente o valor deste no eixo vertical. Manter a mesma
largura nas barras, e cada barra deverá encostar na sua
barra vizinha, pois a área inferior das barras representa o
tipo da ocorrência.
Elaboração do Diagrama de Pareto

Continuação da Construção do Diagrama de Pareto

11. Desenhar uma linha variável à direita e indicar a porcentagem para cada item,
freqüentemente, os “dados brutos” são registrados no eixo vertical esquerdo, com
a escala de porcentagem no eixo vertical direito.
12. Certificar que os dois eixos estejam desenhados em escala.
13. Finalmente lembrem-se de mencionar a fonte dos dados, quando os dados foram
levantados, e sob que condições (método de inspeção, inspetor, número total de
peças inspecionadas ou eventos, número total de defeitos, antes ou após a
modificação, etc.).
14. Se após preparar o Diagrama, ficar constatado que a informação é insuficiente,
tente subdividir as categorias maiores em detalhes mais específicos, até que
consiga a informação na qual se possa agir.


28
DEFEITOS 24
20
16
12
8
4
0 ALI PON PA
NHA TUA RÁ
MEN ÇÃO GRA
TO FOS

TIPO DE DEFEITO
Utilização do Diagrama de Pareto

Tipos de Gráfico de Pareto para Efeitos

• Qualidade:
– Percentual de produtos defeituosos, número de reclamações de clientes,
número de devoluções de produtos
• Custo:
– Perdas de produção, gastos com reparos de produtos dentro do prazo de
garantia, custos de manutenção de equipamentos
• Entrega:
– Índices de atraso de entrega, índices de entrega em quantidade e local
errados, falta de matéria-prima em estoque
• Moral:
– Índices de reclamações trabalhistas, índices de demissões, absenteísmo
• Segurança:
– Número de acidentes de trabalho, índices de gravidade dos acidentes, número
de acidentes sofridos por usuários do produto
Utilização do Diagrama de Pareto

Tipos de Gráfico de Pareto para Causas

• Máquinas:
– Desgaste, manutenção, modo de operação, tipo de ferramenta utilizada
• Matérias-primas:
– Fornecedor, lote, tipo, armazenamento, transporte
• Medições:
– Calibração e precisão dos instrumentos de medição, método de medição
• Meio Ambiente:
– Temperatura, umidade, iluminação, clima
• Mão-de-obra:
– Idade, treinamento, saúde, experiência
• Métodos:
– Informação, atualização, clareza das instruções
Exercício - Diagrama de Pareto

• Para a folha de verificação sobre falhas no processo de compra no mercado,


abaixo, elabore um Diagrama de Pareto:

Fazer compras no mercado

1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º total
sem sem sem sem sem sem sem
Falhas

Faltou a sacola 1 1
A lista de necessidades 1 1 1 1 4
não foi feita
Foram comprados 1 1 1 1 1 1 1 7
muitos doces
Foi gasto mais que o 1 1 1 3
recurso disponível
Resposta do Exercício - Diagrama de Pareto

4
3

Foram A lista de Foi gasto Faltou a


comprados necessidades mais que o sacola
muitos não foi feita recurso
doces disponível
Recomendações

 O diagrama de Pareto estabelece prioridades, isto é, mostra em que ordem os


problemas devem ser resolvidos, mas cuidado quando indicamos, por exemplo,
quantidade de não conformidade pode ocorrer de não ser a NC que mais ocorre a
que causa mais impacto e deveria ficar em primeiro lugar.
 Verifique e teste diversas classificações, antes de fazer o diagrama definitivo.
 Estude o problema medindo-o em várias escalas.
 Quebre grandes problemas ou grandes causas em problemas ou causas
específicas, estratificando ou subdividindo em aspectos mais específicos.

Nunca se esqueça: sempre analise fatos, dados e sentimentos


5ª. Ferramenta - Histograma

Finalidade: Mostrar a distribuição dos dados através de um gráfico de


barras indicando o número de unidades em cada categoria.

 Conforme vimos, o Diagrama de Pareto trata das características de um produto ou serviço (dados
por atributo). Um histograma mostra a distribuição dos dados de medição: dimensões, temperatura,
unidade de tempo, etc.
 Portanto, um histograma é um gráfico de representação de uma série de dados. Nós precisamos
saber a distribuição, uma vez que, a repetição dos eventos irá produzir resultados variados no
decorrer do tempo.
 Para saber a qualidade de uma determinada quantidade de produto, precisamos usar a tendência
central e a dispersão e um histograma é a ferramenta que irá revelar quanto de variação ou
dispersão há em qualquer processo.
 O histograma é um gráfico composto por retângulos justapostos em que a base de cada um deles
corresponde ao intervalo de classe e a sua altura à respectiva freqüência. Quando o número de
dados aumenta indefinidamente e o intervalo de classe tende a zero, a distribuição de freqüência
passa para uma distribuição de densidade de probabilidades. A construção de histogramas tem
caráter preliminar em qualquer estudo e é um importante indicador da distribuição de dados. Um
histograma pode indicar se uma distribuição aproxima-se de uma função normal, como pode
indicar se é uma mistura de populações, quando a distribuição se apresenta bimodal.
 Na estatística, um histograma é uma representação gráfica da distribuição de freqüências de uma
massa de medições, normalmente um gráfico de barras verticais. É uma das Sete Ferramentas da
Qualidade.
Objetivos do Histograma

Quando os dados referentes aos problemas são mostrados em histogramas,os


seguintes itens se tornam claros, facilitando a atividade de solução de problemas:

 Entendimento da distribuição de dados;


 Cálculos dos valores médios e desvio padrão;
 Comparações com padrões;
 Comparações entre itens estratificados;

Um ponto importante na solução de problemas, é criar Histogramas estratificados para


descobrir áreas de problemas e verificar resultados.
Análise dos Histogramas

• Alguns dados mostram diferentes padrões, tais como pontos concentrados longe
do centro. Tal distribuição é chamada de “inclinada” e pode ser uma inclinação
positiva (para a direita) ou negativa (para a esquerda).
• O histograma também pode nos dizer quanto de variabilidade há em nosso
processo. Quanto mais os dados estiverem espalhados a partir do ponto central,
maior a variabilidade, e quanto mais os dados estiverem agrupados no centro,
menor a variabilidade.

As perguntas que podemos formular quando tivermos o histograma são:

1. Esta é a distribuição que esperávamos?


2. Há muita variabilidade no processo?
3. Qual é a relação com as nossas especificações?

Localização (média) Dispersão (curtose) Forma (assimetria)


Exemplo de Histograma

30

F 25
R
E
20
Q
Ü
Ê 15
N
C 10
I
A 5

0
10.5 15.5 20.5 25.5 30.5 35.5 40.5 45.5
CLASSES

• A curva aqui é considerada “normal”, isto é, o maior número de unidades está


localizada no centro, com igual número de unidade em ambos os lados do ponto
central. Muitas amostras de dados aleatórios irão apresentar esta “distribuição
normal” ou “curva do sino”. A forma da distribuição pode nos dizer muito sobre as
características de um produto ou processo.
Elaboração de Histograma

Daremos um exemplo de como preparar um histograma:


– Conjunto de dados - 9,9 / 9,3 / 10,2 / 9,4 / 10,1 / 9,6 / 9,9 / 10,1 / 9,8 / 9,8 / 9,8 /
10,1 / 9,9 / 9,7 / 9,8 / 9,9 / 10,0 / 9,4

1. Contar o número de pontos dados no conjunto total de dados. Este número é


denominado “N” em nosso exemplo N = 18.
2. Determinar a amplitude “R” para o conjunto todo de dados. O limite é o menor valor
no conjunto de dados (Xi) subtraído do maior valor (Xs). Neste exemplo: Xs = 10,2
e Xi = 9,3. Portanto R = 10,2 – 9,3 = 0,9.
Elaboração de Histograma

3. Dividir a amplitude em um número de classes, denominadas “K”, O número de classes


(barras no histograma) pode ser determinado da tabela de dados abaixo, no nosso exemplo
vamos utilizar K = 10.

 O número de intervalos pode variar caso a caso. Pode ser de grande ajuda porém, a tabela
abaixo, que caracteriza em termos gerais um número razoável de intervalos em função do
número total de dados disponíveis:

Menos de 50 5à7

50 à 100 6 à 10

100 à 250 7 à 12

Mais de 250 10 à 20

 Em todo caso deve ser verificado se o número de intervalos caracterizado fará uma boa
divisão dos dados. Esta divisão em classes é importante, pois uma má escolha da
quantidade de intervalos poderá dar um aspecto visual errôneo da distribuição dos dados.
Elaboração de Histograma

4. Determinar o intervalo “H”, usando a fórmula: H = R/K =


0,9 / 10 = 0,09. Neste caso, para facilitar vamos
arredondar “H” para um número conveniente. No nosso
exemplo 0,1 parece apropriado.

5. Determinar o limite da classe ou os pontos limite a partir


da menor medida individual. Em nosso exemplo a
medida menor é 9,3. Adicione o valor do intervalo de
classe: 9,3 + H = 9,3 + 0,1 = 9,4; Então o limite inferior
da primeira classe será de 9,3 a 9,39, não incluindo 9,4.
A segunda classe se iniciará em 9,4 e irá até 9,49 e
assim sucessivamente até conter o maior valor dos
dados.

6. Elaborar uma tabela de freqüência baseada nos valores


computados na etapa acima. Para o nosso exemplo, a
tabela é apresentada a seguir.
Elaboração de Histograma

CLASSES LIMITES DE CLASSES PONTO MÉDIO FREQUÊNCIA TOTAL

1 09,30 a 09,39 09,35 l 1

2 09,40 a 09,49 09,45 l 1

3 09,50 a 09,59 09,55 l 1

4 09,60 a 09,69 09,65 l 1

5 09,70 a 09,79 09,75 l 1

6 09,80 a 09,89 09,85 llll 4

7 09,90 a 09,99 09,95 llll 4

8 10,00 a 10,09 10,05 l 1

9 10,10 a 10,19 10,15 lll 3

10 10,20 a 10,29 10,25 l 1

• É mais fácil classificar os dados na medida em que forem coletados. Se o coletor dos
dados tiver uma tabela de freqüência na qual aparecem todos os valores, tudo o que
ele/ela tem a fazer é colocar marcas de verificação.
Elaboração de Histograma

7. O passo seguinte é a execução do desenho do gráfico; que será feito de acordo com
os intervalos de classe e a freqüência. Acrescente informações do tipo: quantidade
de dados, valores médios, desvio padrão, limites de tolerância se houver, de onde
provém os dados.

FREQ
4

9,30 9,40 9,50 9,60 9,70 9,80 9,90 10,0 10,1 10,2 10,3
Informações obtidas de Histogramas

 O histograma visualiza como os dados


estão distribuídos uma vez agrupados em
classes ou intervalos bem definidos.
Existem então informações bastante
importantes que podem ser extraídas para
que possam servir de base a diferentes
tipos de análise:
100

– Média da população; 80

– Desvio padrão da população; 60

– Índice de capacidade do processo; 40

– Média da amostra; 20

– Desvio padrão da amostra. 0


Histograma - Exercício

Elaborar um histograma com o número de requisições de compra processadas pela


empresa, a partir dos dados fornecidos a seguir:

 Número de Requisições de Compra por dia no período de 2 meses:

12 12 15 11 10 14 12 15 12 15
14 10 07 09 13 16 13 12 10 13
15 12 12 13 12 12 17 19 13 12
13 18 15 16 13 16 13 15 13 16
17 18 18 15 16 18 16 14 15 19

Tarefas:
 Número total de observações
 Amplitude (R) = valor maior – valor menor
 Número de classes (K)
 Largura da classe (H) = amplitude/número de classes
 Menor limite de classe
 Elaborar a tabela de freqüência
 Elaborar o histograma
Exercício Histograma - Resposta

 Número total de observações = 50


 Amplitude = valor maior – valor menor = 19 – 7 = 12
 Número de classe (K)= 13 (da tabela orientativa para um conjunto de dados entre
50 e 100, K poderia estar entre 6 e 10)
 Largura da classe (H) = amplitude/número de classes = 12/13 aproximadamente 1
 Menor limite de classe = 7

Tabela de freqüência

CLASSE LIMITES DE PONTO FREQÜÊN TOTAL


CLASSES MÉDIO CIA
1 7 A 7,9 7,5 I 1
2 8 A 8,9 8,5
3 9 A 9,9 9,5 I 1
4 10 A 10,9 10,5 III 3
5 11 A 11,9 11,5 I 1
6 12 A 12,9 12,5 IIIIIIIIIII 10
7 13 A 13,9 13,5 IIIIIIII 9
8 14 A 14,9 14,5 III 3
9 15 A 15,9 15,5 IIIIIIII 8
10 16 A 16 9 16,5 IIIIII 6
11 17 A 17,9 17,5 II 2
12 18 A 18,9 18,5 IIII 4
13 19 A 19,9 19,5 II 2
Exercício Histograma - Resposta

HISTOGRAMA

10
Freq
9
8

4
3
2
1
7,9 8,9 9,9 10,9 11,9 12,9 13,9 14,9 15,9 16,9 17,9 18,9 19,9
Fim do módulo 3

Fim

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