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Apostila prática de QGIS - Nível básico.

Method · October 2020


DOI: 10.13140/RG.2.2.23200.00009

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1 author:

Arthur Citó
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia
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Apostila prática do minicurso de
QGIS Básico I

Arthur Camurça Citó


Núcleo de Apoio à Pesquisa de Roraima
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia

Versão 1.0
Boa Vista – Roraima, 2019
Este trabalho está licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-
CompartilhaIgual 4.0 Internacional. Para ver uma cópia desta licença, visite
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0/.

2
SUMÁRIO

1. BAIXAR O QGIS VERSÃO 3 ................................................................ 4

2. MODELOS DE DADOS ....................................................................... 6

3. LAYOUT DO QGIS.............................................................................. 7

4. ADIÇÃO DE CAMADAS .................................................................... 12

5. EDIÇÃO DE CAMADA ...................................................................... 18

6. SISTEMA DE REFERÊNCIA CARTOGRÁFICA ..................................... 21

7. ESTILIZAÇÃO DE CAMADAS ............................................................ 28

8. TABELA DE ATRIBUTOS .................................................................. 34

9. MESCLAR CAMADAS ...................................................................... 39

10.RECORTE POR MÁSCARA ............................................................... 43

11.MODELO DIGITAL DE ELEVAÇÃO (MAPA HIPSOMÉTRICO) ............. 45

12.CURVAS DE NÍVEL (ISOLINHAS DE ALTITUDE) ................................. 48

13.MAPA DE KERNEL (MAPA DE CALOR) ............................................. 51

14.COMPOSITOR DE IMPRESSÃO ........................................................ 56

15.SITES DE DADOS GEOGRÁFICOS GRATUITOS .................................. 65

3
1. BAIXAR O QGIS VERSÃO 3
O QGIS possui duas versões com funcionalidades semelhantes mas para finalidades
distintas. Uma delas é a versão Last Release (Último Lançamento) que possui ferramentas
em teste e NÃO nos interessa nesse momento.
A outra versão é a LTR – Long Term Release (Versão de Longo Prazo). Essa SIM é a versão
com a qual trabalharemos pois ela possui maior estabilidade e robustez.
Para fazer o download, os seguintes passos devem ser seguidos:
1. Acessar o site https://www.qgis.org/en/site/;
2. Opção “Download Now”:

3. Optar pelo download “Long term release repositor (most stable)”:

4
4. E então optar pela versão de 64 ou 32 bits. Essa escolha deve corresponder ao
sistema operacional do computador onde será instalado o software.
Após baixado e instalado, o programa irá criar uma pasta na área de trabalho com alguns
ícones e softwares de apoio. A opção mais usual, que utilizamos no minicurso, é o de nome
“QGIS Desktop 3.X” (o “X” está representando a versão baixada).

5
2. MODELOS DE DADOS
Os modelos de dados que trabalhamos no QGIS são dos tipos Vetorial e Raster.
Esses dados são compostos por pontos, linhas e polígonos. Os dados Vetoriais
apresentados no minicurso foram os de extensão Shapefile. Esses arquivos possuem
algumas características que devem ser preservadas para o seu perfeito funcionamento.
Veremos alguns deles abaixo.
1. Os dados Shapefile devem possuir no mínimo três arquivos, que são: .SHP (arquivo
principal), .SHX e . DBF (esses dois últimos são arquivos auxiliares). Geralmente
outros arquivos auxiliares acompanham o arquivo principal.
2. Caso queira renomear o arquivo principal, todos os outros arquivos auxiliares
devem ser renomeados exatamente iguais. Caso contrário o dados vai apresentar
erro ou nem abrir no programa.
3. Se quiser transferir o arquivo Shapefile para um pendrive ou enviar por e-mail, por
exemplo, todos os arquivos auxiliares devem ser encaminhados juntos na mesma
pasta para seu funcionamento correto.
4. É preferível evitar espaços e caracteres especiais na nomeação desses arquivos,
assim como evitar salvá-los em diretórios e pastas que possuem essas
características.
Os dados Raster, por sua vez, são compostos por uma grade de pixels com valores
independentes entre si. Os dados Raster, ou Matriciais, apresentados no minicurso foram
os de extensão GeoTiff, extensão salva como “.tif” nos arquivos.
Abaixo, exemplos de dados Vetoriais e Raster:
1. Vetor

2. Raster:

6
3. LAYOUT DO QGIS
Barra de Menu

e Ferramentas

Painel Navegador

Tela Principal

Painel de Camadas

Barra de Ferramentas
- Iniciar um Novo Projeto: Permite iniciar um novo projeto em branco ao abrir o
QGIS ou mesmo com um projeto já em andamento.

- Abrir um projeto: Permite acessar os diretórios e pastas do computador para


escolher um projeto salvo anteriormente.

- Salva as alterações de um projeto já salvo anteriormente, ou salva um novo


projeto em local de sua escolha. Os projetos podem ser salvos nas extensões “.qgz”
e “.qgs”, como mostrado na imagem abaixo:

7
- Salvar Projeto Como: Abre a mesma caixa de diálogo acima, mas para salvar o
projeto em andamento como novo arquivo.

- Novo Compositor de Impressão: Abre a janela do compositor de impressão para


a criação do layout de um mapa, que pode ser salvo como imagem ou pdf. Antes
de abrir a janela do compositor de impressão, deve-se intitular e salvar o arquivo do
compositor que será aberto, como mostrado abaixo:

*Esse layout, criado acima, ficará salvo no projeto. Podem ser criados inúmeros
compositores diferentes para o mesmo projeto. Sempre que o “Gerenciador de Layout”
(ícone abaixo) do projeto que você está trabalhando for aberto, basta clicar no compositor
salvo anteriormente.
- Gerenciador de Layout: Abre a janela com os layouts dos compositores salvos:

8
- Panorâmica do Mapa: Move a imagem visualizada na tela principal do projeto.

- Aproximar/Zoom in: Aproxima a imagem ao clicar na tela principal.

- Afastar/Zoom out: Afasta a imagem ao clicar na tela principal.

- Ver tudo: Expande a imagem da tela principal para enquadrar todas as camadas
mostradas na tela.

- Mover Mapa para a Seleção: Quando há uma feição selecionada (um ponto, uma
linha ou um polígono específico) de uma camada vetorial qualquer, ao clicar nesse
ícone a imagem principal irá deslocar-se para região selecionada. Para que isso aconteça,
você deve clicar na camada de interesse. Veja:

Feição Selecionada

Camada da feição
selecionada

9
- Aproximar à camada: Selecionada a camada no Painel de Camadas, ao clicar nesse
ícone a tela principal irá enquadrar a área/extensão da camada selecionada.

- Identificar Feições: Selecionada a camada de interesse no Painel de Camadas, ao


clicar nesse ícone e, depois, sobre a imagem de interesse, será aberta uma caixa
com informações geográficas, estatísticas, números digitais e/ou dos atributos. Pode ser
utilizada tanto para camadas Vetoriais como para camadas Raster. Exemplo:

Vetor ou Pixel Selecionado

Caixa de informações

Camada selecionada

* Para desmarcar a área selecionada para informações, basta clicar em um espaço qualquer
na tela principal fora do alcance da camada selecionada.

- Selecionar Feições - Selecionada a camada de interesse no Painel de Camadas,


ao clicar nesse ícone e sobre a imagem de interesse, essa feição será selecionada
para posteriores ações de edição. Outras formas de seleção também podem ser adquiridas,
como mostrado abaixo:

*Para selecionar mais de uma feição, a tecla “shift” deve estar pressionada.
- Desfazer Feições Selecionadas: Essa opção desmarca as feições selecionadas.

- Abrir Tabela de Atributos: Abre a tabela de atributos da camada selecionada no


Painel de Camadas.
10
- Régua: Ao clicar sobre a tela principal apresenta uma janela com as medidas da
distância de interesse. Cada clique com o botão esquerdo do mouse delimita um
linha de medida.

- Anotações de Texto: Permite que sejam inseridos anotações que ficam expostas
na tela principal. Essas anotações não são salvas nos dados do arquivo da camada,
são salvas apenas no projeto. Os passos para criar uma anotação são:

1
3
2

1. Com a ferramenta ativa, clicar sobre a região onde deseja criar a anotação.
2. Dar um duplo clique sobre a caixa de anotações. A janela à esquerda irá abrir, onde
será escrita a anotação.
3. Escrever a anotação.
4. Clicar em “OK” para a anotação ficar visível na tela principal.
*Caso queira excluir a anotação, dar um duplo clique sobre a anotação na tela principal e
na janela à esquerda clicar em “EXCLUIR”.

11
4. ADIÇÃO DE CAMADAS
- Gerenciador de Fontes de Dados: Dentre outras funções, permite inserir as
camadas Vetoriais, Raster e Arquivos CSV (Planilha). Ao clicar no ícone, abre-se
uma janela onde os dados serão gerenciados, como mostrados a seguir.

Adicionar camadas Vetoriais:

Opção “Vetor”

Clicar no ícone “...” para acessar as


pastas no computador onde estão
armazenadas as camadas vetoriais

Depois de escolhido o vetor: “Adicionar”

* Para os arquivos Vetoriais na extensão SHAPEFILE, escolha sempre o arquivo da


camada com final “.shp”, uma vez que os arquivos auxiliares também serão
apresentados. Arquivos compactados (.zip, .rar, etc.) devem ser descompactados antes
desse procedimento.

12
Adicionar camadas Raster
Para os arquivos Raster o procedimento é semelhante, conforme imagem abaixo.

Opção “Raster”

Clicar no ícone “...” para acessar as


pastas no computador onde estão
armazenadas as camadas vetoriais

Depois de escolhido o Raster: “Adicionar”

*Para os arquivos tipo Raster, por padrão, o documento escolhido deve ser o que
contém a extensão “.tif”.

Adicionar Planilha tipo .CSV:

*Para as inserir um arquivo de planilha ele deve estar na extensão “.csv” e o


procedimento inicial é semelhante aos apresentados anteriormente. Entretanto, é
preciso observar alguns parâmetros fundamentais para a correta adição do arquivo.
13
• “Formato do Arquivo” – Indica como as colunas da tabela são separadas.
• “Opções de Gravações de Campos” – Indica através da seleção se a primeira
linha da tabela deve ser o nome da coluna, se o separador decimal das
coordenadas é a ‘vírgula’ (caso seja ‘ponto’ deixar essa opção desmarcada), se
você quer excluir os campos vazios ou se as primeiras linhas devem ser excluídas.
• “Definição de Geometria” – Em “Campo X” insira a coluna da tabela que
representa a Longitude (Leste x Oeste) e em “Campo Y” insira a coluna que
representa a Latitude (Norte x Sul). Caso as coordenadas estejam descritas em
Grau, Minuto e Segundo, marque a opção “GMS” logo abaixo dos campos de
longitude e latitude. Em seguida, determine a projeção em que o dado foi
inserido na tabela original, alterando o Datum e o Sistema de Coordenada na
opção “Geometria SRC”.
Na opção “Amostra de Dados” a janela apresenta como os dados estão organizados na
planilha de acordo com os parâmetros editados acima.
Quando os dados da planilha são inseridos no projeto, eles já podem ser visualizados na
tela principal como vetores, mas ainda não são um arquivo Shapefile. Mais adiante
veremos como salvar um arquivo vetorial na extensão Shapefile.

Painel Navegador
As camadas Vetorial e Raster também podem ser adicionadas através do “Painel
Navegador”. Porém, ele não é útil para inserir dados de planilha. As vantagens da adição
de camadas pelo painel navegador são, principalmente, a facilidade de acesso e a não
obrigatoriedade de descompactação dos arquivos. Entretanto, caso a camada
adicionada seja proveniente de um arquivo compactado (.zip, por exemplo), algumas
edições e manipulações da camada podem ficar limitadas. Abaixo a imagem do “Painel
Navegador”:

14
Caso o Painel Navegador seja acidentalmente fechado, basta clicar com o botão direito
sobre a Barra de Ferramentas e marcar a opção “Navegador Painel”, como na figura
abaixo.

15
Painel de Camadas
É importante ficar atento a hierarquia das camadas no Painel de Camadas. Lembre-se
que na lista das camadas adicionadas, as que estão no topo são as que aparecem sobre
as demais na tela principal.

Se a ordem das camadas forem alteradas, mesmo que estejam visualizadas, elas serão
apresentadas na Tela Principal conforme sua posição. Abaixo segue um exemplo dessa
hierarquia. A camada do limite do estado de Roraima está corretamente inserida e
visualizada, mas não aparece na Tela Principal porque sua ordem no Painel de Camada
a deixou sob a imagem da América Latina:

16
Para não visualizar uma camada qualquer, basta desmarcar o quadrante da camada.
Observe que na figura abaixo a hierarquia das camadas está correta, mas apenas a
camada da América Latina está selecionada para visualização.

17
5. EDIÇÃO DE CAMADAS
- Editar Camada:

Ao selecionar a camada no Painel de Camada, clicando nesse ícone algumas edições podem
ser realizadas. Um exemplo de edição é a exclusão de feições como polígonos, linhas,
pontos específicos ou até dados na tabela de atributo sem valor para a camada. Essa edição
pode ser feita diretamente na Tela Principal ou através da tabela de atributos. Ao concluir

a edição, clique no ícone para salvar as alterações e ao final clique novamente no ícone
principal da edição para desabilitá-lo. Quando uma camada está com a edição ativa, ela
apresenta o símbolo do ícone no Painel de Camadas, como mostrado abaixo:

*Antes de serem salvas, as ações podem ser desfeitas clicando no ícone . Mas, uma
vez que a edição foi salva, o arquivo vetorial irá registrar as alterações de seus dados
permanentemente.

- Rotular Feições: Rotula as feições de uma camada vetorial a partir das


informações de uma das colunas de seus atributos, como por exemplo os nomes
das localidades de um vetor com os limites territoriais. O exemplo a seguir mostra como
deve ser feito o procedimento após clicar no ícone:

18
Camada que será rotulada

Ícone de rotulação selecionado

1. Alterar a opção “Não Rotular” para “Rótulo Simples”.


2. Escolher qual atributo do arquivo irá rotular a imagem.
Os rótulos podem se auto ajustar de acordo com a escala da imagem na Tela Principal, ou
seja, caso os rótulos sejam muito numerosos ou extensos, e a imagem na Tela Principal
estiver em uma escala pequena, alguns rótulos podem não ficar visíveis. Para resolver esse
problema, basta aumentar a escala que logo os rótulos surgirão na tela principal conforme
a imagem vai sendo ampliada. O mesmo ocorre no Compositor de Impressão.
Os rótulos também podem ser formatados através dos ícones destacados abaixo:

19
20
6. SISTEMA DE REFERÊNCIA CARTOGRÁFICA
Como apresentado no minicurso, tanto o projeto como as camadas devem,
prioritariamente (mas não obrigatoriamente), estar no mesmo sistema de projeção. Para
relembrar quais os principais sistemas de coordenadas que devemos utilizar para cada
situação, seguem algumas informações que são mais usuais para trabalhos envolvendo a
América Latina e Roraima.
Para trabalhos que envolvem áreas de menor dimensão, como bairros, cidades, municípios
e até alguns estados, a projeção da camada e do próprio projeto podem ser em UTM, que
medem as distâncias em metros e quilômetros. Os principais códigos EPSG e projeções que
utilizamos para Roraima são:

• EPSG: 31974 - Sirgas 2000 - UTM 20 N (Maior parte de Roraima);


• EPSG: 31980 - Sirgas 2000 - UTM 20 S (Extremo sul de Roraima);
• EPSG: 31975 - Sirgas 2000 - UTM 21 N (Caroebe, por exemplo).

Para atividades que envolvem áreas mais amplas, como a Bacia do Amazonas, Amazônia
legal, Brasil ou América Latina, o sistema de coordenadas deve ser geográfico, medidos
em Graus Decimais ou Grau, Minuto e Segundo. Os principais códigos EPSG para essas
áreas são:

• EPSG: 4674 - Sirgas 2000 (Brasil e América Latina);


• EPSG: 4326 - WGS 84 (Planeta Terra).
A seguir veremos como alterar/converter o Sistema de Referência de Coordenadas (SRC)
do Projeto e das Camadas.
21
Alterar SRC do Projeto

Clicar nesse local

Na janela que será aberta, preencha da seguinte forma:

1. Filtro: Digite o SRC de interesse através do EPSG ou do nome da projeção (“WGS


84”, por exemplo).
2. Clicar na opção escolhida.
22
3. “OK”.

Reprojetar Camada Vetorial:


2

1. Selecionar a camada vetorial a ser reprojetada.


2. Opção “Vetor” na barra de ferramentas.
3. Opção “Gerenciar Dados”.
4. Clicar em “Reprojetar Camada...”.

Na janela que será aberta, preencha da seguinte forma:

23
1

1. Confirmar que a camada de entrada é a mesma selecionada.


2. Escolher a nova projeção clicando na seta (histórico de escolhas anteriores) ou no
símbolo ao lado para abrir a mesma janela mostrada na reprojeção do Projeto.
3. Clicar no ícone em destaque e optar por “Salvar no arquivo...” para escolher o
diretório e pasta onde será salvo o Shapefile com a nova projeção (lembrar de salvar
o nome do arquivo sem espaços e com a extensão .shp – exemplo:
“america_latina_reprojetada”).
4. Confirmar processo em “Executar”.

24
Reprojetar Camada Raster

1. Selecionar a camada Raster a ser reprojetada.


2. Opção “Raster” na Barra de Menu.
3. Opção “Projeções”.
4. Clicar em “Reprojetar Coordenadas...”.

25
1. Confirmar que a camada de entrada é a mesma selecionada.
2. Escolher a nova projeção “SRC destino” clicando na seta (histórico de escolhas
anteriores) ou no símbolo ao lado para abrir a mesma janela mostrada na
reprojeção do Projeto.
3. Descer a janela até o fim para continuar a preencher as opções conforme a figura
abaixo:

4. Clicar no ícone em destaque e optar por “Salvar no arquivo...” para escolher o


diretório e pasta onde será salvo o Raster com a nova projeção (lembrar de salvar
o nome do arquivo sem espaços e com a extensão “.tif”– exemplo:
“srtm_reprojetado”).
5. Opção “Executar”.

Nas duas ocasiões mostradas serão criadas novas camadas com as novas projeções
escolhidas. A camada de entrada continuará a existir com a projeção anterior. Para verificar
em qual SRC a camada está projetada, basta dar um duplo clique na camada e clicar na aba
“Fonte”. Veja:

26
Duplo clique na camada

27
7. ESTILIZAÇÃO DE CAMADAS
A estilização de camadas vetoriais permite alterar as cores e texturas de polígonos,
tamanhos e formas de pontos, estilos e larguras de linhas, além de categorizar e classificar
os vetores de acordo com um ou mais atributos específicos da camada. Em seguida
veremos algumas dessas funções.

Clicar no ícone para abrir caixa de estilização

À direita da Tela Principal a janela de estilização de camadas será aberta:

28
1

1. Nome da camada que está sendo editada – Aqui você deve escolher qual camada
adicionada ao seu projeto será estilizada.
2. Estilo da simbologia da camada – Essa caixa dá acesso a outras formas de
simbologias. Através dessa opção podemos classificar a camada por cores
diferentes de acordo com um atributo escolhido ou categorizar pontos com
tamanhos diferentes de acordo com sua importância (exemplificado adiante no
item “Tipos de simbologia”).
3. Pirâmide de estilos – A primeira opção com o nome “Preenchimento” altera a cor,
espessura da linha de contorno e opacidade. A segunda opção com o nome
“Preenchimento simples” amplia as possibilidades de edição, onde você pode
preencher com um gradiente de cores, deixar o preenchimento transparente,
alterar o estilo do traço, etc (exemplificado adiante no item “Simbologia simples”).
4. Desfazer e refazer edição.

29
Simbologia simples

1. Ao clicar em “Preenchimento simples” uma nova janela é aberta com outras opções
de estilo. Alguns deles são autoexplicativos, mas destaquei alguns que são bastante
utilizados.
2. “Tipo da camada símbolo” – nessa caixa você pode optar por preenchimento de
gradiente, criando um efeito degrade, por exemplo.
3. “Cor do preenchimento” – aqui, clicando na setinha, você tem a opção de deixar o
preenchimento transparente. Basta clicar na setinha e depois no topo da caixa que
se abre onde tem a opção “Preenchimento Transparente”.
4. “Estilo do preenchimento” – ele oferece preenchimentos em cruz, traços verticais,
traços horizontais, etc.
5. “Estilo do traço” – oferece linhas de contorno do polígono tracejadas e pontilhadas.
*Essas mesmas opções estão disponíveis para os vetores representados por polígonos,
pontos e linhas.

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Tipos de simbologia
O preenchimento dos pontos, linhas e polígonos podem ser classificados com cores
diferentes de acordo com uma informação dos atributos dessa camada. A seguir serão
apresentados dois exemplos desse tipo de classificação, o primeiro com polígonos e o
segundo com pontos. Antes disso, a imagem abaixo mostra a opção que deve ser
selecionada para classificar a camada vetorial.

1. Na caixa que tem originalmente o nome “Símbolo simples”, clicar para escolher a
opção “Categorizado”.

Categorizar polígono
Quando a opção acima é escolhida, a camada que está sendo editada desaparece
automaticamente. Mas isso é temporário até concluirmos alguns parâmetros necessários
para a categorização dessa camada.
Para categorizar polígonos, siga os passos abaixo.

31
1

1. Depois de escolher a opção “Categorizado”, clicar na setinha da linha “Coluna” para


escolher qual o atributo do polígono servirá de base para a classificação das
diferentes cores. Nesse caso, utilizei o atributo “nome”, que traz a informação dos
nomes dos países da América Latina seguindo seus limites geopolíticos.
2. As cores só serão inseridas após clicar na opção “Classifica”.

Categorizar pontos
No exemplo a seguir serão utilizados pontos referentes aos focos de calor dos anos de
1998, 1999 e 2000 do programa de monitoramento de queimadas do INPE.

32
1

1. Nesse exemplo foi utilizado o atributo “Ano”, que indica o ano em que cada ponto
de foco de calor foi coletado. O caminho é o mesmo apresentado anteriormente,
primeiro escolha o atributo de classificação, depois clique na opção “Classifica”.
2. Perceba que há um ponto categorizado sem nenhuma informação. Ele existe para
criar uma categoria caso algum dos dados da camada não apresente nenhuma
informação no campo “Ano”. Se não quiser essa categoria em sua camada, basta
desmarcar essa opção ou selecionar a linha do ponto e clicar no ícone . O mesmo
caso ocorre para os polígonos do exemplo anterior.
*Acontecendo algum erro ou falha na classificação dessas categorias, clique na opção
“Excluir tudo” e em seguida “Classifica” novamente.

33
8. TABELA DE ATRIBUTOS
A tabela de atributos de uma camada apresenta as informações importantes contidas no
arquivo original, como por exemplo datas, nome e descrição das feições, coordenadas
geográficas, ordem dos pontos, etc, e podem ser alteradas com a supressão ou adição de
informações. Ou seja, os atributos possibilitam a leitura das particularidades da camada.
Para acessar a tabela de atributos existe mais de um caminho, aqui veremos um deles que
é bastante usual.
Clique com o botão direito do mouse sobre a camada de interesse (1) e em seguida no item
“Tabela de Atributos” (2):

Em seguida a janela da Tabela de Atributos será aberta.


1

34
1. Barra de situação - Informações com o nome da camada, quantas feições a camada
possui, quantas feições estão filtradas ou selecionadas.
2. Feição – Cada linha corresponde a uma feição da camada.
3. Atributo – Cada coluna corresponde a um atributo da camada.

Ações como seleção de feições que serão apresentadas na Tela Principal podem ser
realizadas diretamente na tabela de atributos. Essas seleções podem ser filtradas ou não,
como veremos a seguir.
Para selecionar toda a tabela ou apenas uma feição, clique nos espaços destacados abaixo.

3
1

1. Para selecionar todas as feições da tabela de atributo, clique nesse espaço “em
branco”.
2. Para selecionar apenas uma feição, clique no espaço do número correspondente.
3. Para aproximar as feições selecionadas na Tela Principal do projeto, clique no ícone
em destaque (lupa).

Filtro de Feições
O “Filtro de campo” permite a visualização de feições na tabela de atributo a partir de uma
informação específica. A seguir utilizaremos os dados de Focos de Calor de Roraima dos
anos de 1998,1999 e 2000 do INPE para exemplificar. Nesse caso, quando abrimos a tabela
de atributo ela nos retorna todas as feições (pontos que representam focos de calor) da
camada. Mas quero que a tabela de atributo me apresente somente os focos de calor do
ano 2000. Abaixo seguem os passos para esse processo.

35
3

1. Clicar em “Mostrar todas as feições”.


2. Mouse sobre “Filtro de campo”.
3. Escolher o atributo que servirá de base para o filtro desejado (a escolha da coluna
“Ano” é arbitrária, para fins de exemplificação. Poderíamos escolher qualquer
coluna para filtrar as feições de interesse).
Em seguida, o cursor para digitação ficará ativo no espaço destacado abaixo. Basta, então,
digitar o ano de interesse (2000) e pressionar “Enter”.

Ao pressionar “Enter” a tabela irá apresentar somente as feições filtradas: Focos de calor
do ano 2000. Para confirmar que o filtro foi bem sucedido, observe a barra de situação no
topo da tabela de atributos, ela irá apresentar a informação de quantas feições filtradas
estão visualizadas na tabela:

36
1 Número de feições filtradas

(todos os focos do ano 2000)

1. Para que todos os pontos fiquem destacados (cor amarela) no mapa da Tela
Principal, clique no espaço destacado acima.

Criar um novo arquivo Vetorial (Salvar Feições Selecionadas)


Podemos criar um novo arquivo vetorial a partir dessas feições selecionadas. Esse novo
vetor será um Shapefile contendo somente os pontos dos Focos de Calor do ano 2000. Para
isso, utilizaremos as feições selecionadas (os pontos que se apresentam em amarelo)
anteriormente. Os passos são os seguintes:

37
1

2
3

1. Clicar com o botão direito sobre a camada de interesse com as feições selecionadas.
2. Opção “Exportar”.
3. Opção “Salvar feições selecionadas como...”.
Uma janela será aberta onde as seguintes informações devem ser preenchidas:

2
3

1. Formato Shapefile.
2. Clicar no ícone “...” para escolher o diretório e pasta onde o arquivo Shapefile será
salvo e então nomeá-lo (sem espaço e com extensão “.shp” como mostrado no
exemplo: “Focos_Calor_RR_2000.shp”).
3. Observar se os parâmetros de preenchimento automático estão corretos: Projeção
(SRC) de interesse; “Codificação” = UTF-8 ou System; opção “Salvar somente feições
selecionadas” está ativa. Clicar “OK” e a nova camada com os focos de calor do ano
2000 estará permanentemente salva na pasta que você escolheu.

38
9. MESCLAR CAMADAS

Agora veremos como unir duas camadas Vetoriais criando um só Shapefile e como
unir duas camadas Matriciais (Raster) criando um “mosaico”.

Mesclar Camadas Vetoriais


A seguir vamos mesclar várias camadas vetoriais que correspondem às Unidades de
Conservação Federal de Roraima.
1

3
2

1. Opção “Vetor” na Barra de Menu.


2. Opção “Gerenciar dados”.
3. Clicar em “Mesclar camadas vetoriais...”.
A janela abaixo será aberta e os seguintes campos devem ser preenchidos na ordem
mostrada:

39
1

2
3

1. Clicar no ícone “...” para escolher as camadas que serão mescladas.


2. Marcar as camadas a serem mescladas. Nesse espaço serão apresentadas todas as
camadas vetoriais que estejam adicionadas ao projeto. Marcar somente as de
interesse.
3. Clicar “OK”.
Com as camadas selecionadas, preencher os campos a seguir:

1. Escolher o SRC da camada que será criada.


2. Clicar no ícone “...” para escolher o local onde a nova camada será salva.
3. Optar por “Salvar no arquivo” (essa opção permite que seja criado um novo arquivo
Shapefile com as camadas mescladas). Lembre-se de nomear o arquivo sem espaços
e com a extensão “.shp”.
4. “Executar”.
*Ao concluir o processo o novo arquivo estará salvo na pasta que você escolheu. Esse novo
arquivo não substitui os arquivos de entrada, ou seja, teremos as camadas de cada Unidade

40
de Conservação Federal individualmente e, agora, a nova camada com todas as Unidades
de Conservação em um único arquivo:

Mesclar Camadas Raster


Agora criaremos um mosaico de imagens Raster, que é a união de dois dados matriciais.
Para esse exemplo utilizaremos as imagens SRTM (topografia) correspondentes a dois
quadrantes na região sul do estado de Roraima.

2
3

1. Opção “Raster” na Barra de Menu.


2. Opção “Miscelânia”.
3. Clicar em “Mesclar”.
Em seguida preencher os parâmetros da janela que se abrirá.

41
1

1. Clicar no ícone “...” para escolher as camadas de entrada que serão unidas.
2. Marcar as camadas de interesse (aqui, como no exemplo anterior, serão
apresentadas todas as camadas Raster adicionadas ao Projeto).
3. Clicar “OK”.
Depois você deve preencher os seguintes campos:

1. Observe que o “Tipo de dado de saída” deve ser “Float32”.


2. Clicar no ícone “...” para salvar o arquivo.
3. Optar por “Salvar no arquivo...” para escolher o local no seu computador onde a
nova camada será salva (lembre-se de salvar na extensão “.tif” – exemplo:
“Mosaico_SRTM_Roraima.tif”).
4. “Executar”.
*Da mesma forma que o exemplo anterior, esse novo arquivo não substitui os dois arquivos
de entrada.

42
10. RECORTE POR MÁSCARA
Agora iremos realizar o recorte de uma determinada área de uma camada Raster utilizando
uma camada Vetorial como máscara, ou seja, vamos criar uma nova camada Raster com o
mesmo desenho e limites de uma camada Vetorial de nosso interesse. No exemplo a seguir
utilizaremos o mosaico da camada SRTM da região sul do estado de Roraima que criamos
no tópico anterior. Esse é um bom exemplo da necessidade de criar um mosaico Raster
(mesclar/unir camadas), pois a camada máscara utilizada aqui, o polígono do Parque
Nacional do Viruá, abrange uma área que intercepta as duas imagens Raster de entrada
que foram mescladas. Se tentássemos fazer esse recorte sem unir as camadas Raster não
teríamos sucesso, pois um erro de processamento seria causado por se tratar de duas
imagens Raster diferentes. Ou seja, para realizar esse tipo de recorte de dado Raster
utilizando uma máscara vetorial, toda a área que será recortada deve pertencer a um único
arquivo (camada). Isso ficará mais claro a seguir.

3
4
1

1. Camada Vetorial máscara (polígono UC_Parna_Virua) e camada Raster que será


recortada (Mosaico_SRTM_Sul).
2. Na Barra de Menu clicar em “Raster”.
3. Opção “Extrair”.
4. Opção “Recortar raster pela camada de máscara...”.

Na janela que será aberta preencher as opções com os seguintes dados e parâmetros:

43
1

1. “Camada de entrada” – Raster que será recortado.


2. “Camada máscara” – Polígono (Camada Vetorial) que será usada como limite do
recorte.
3. IMPORTANTE: Essa opção trata do resultado da operação. Em alguns casos, se esse
parâmetro não for preenchido, a imagem de saída apresentará uma “moldura”
preta que não nos interessa para essa atividade. Preencha com valor = 0.
4. Clicar no ícone “...” para salvar o arquivo.
5. Opção “Salvar no arquivo...” para escolher a pasta onde o arquivo será salvo. O
arquivo de saída, resultante da operação, é um dados Raster que deve ser salvo com
a extensão “.tif” (“Recorte_SRTM_Virua.tif”).
6. “Executar”.
O resultado deve ser o da imagem abaixo:

44
11. MODELO DIGITAL DE ELEVAÇÃO (MAPA HIPSOMÉTRICO)
Faremos uma introdução à modelagem geoespacial criando um Mapa Hipsométrico do
Parque Nacional do Viruá a partir da nossa imagem SRTM recortada na sessão anterior.
Esse tipo de modelo oferece uma tradução visual da topografia do terreno a partir da
coloração dos pixels de acordo com seu valor de altitude. Para criar o modelo os passos
são:

1 2

1. Clicar no ícone , que abrirá a janela do lado direito.


2. A primeira caixa apresenta a camada que está sendo editada. Aqui devemos
assegurar que estamos trabalhando com a imagem correta.
3. Clicar na opção que apresenta “Banda simples cinza”. Ao clicar nessa opção, a
janela abaixo será aberta e devemos optar por “Banda simples falsa-cor”:

Clicar em “Banda simples falsa-cor”

*Pode ocorrer da imagem Raster desaparecer após essa opção ser escolhida. Mas é uma
questão de preencher as próximas informações para que ela apresente o resultado que
buscamos.
Com a opção “Banda simples falsa-cor” ativada, a janela de “Estilização de camadas” muda
as opções de preenchimento. Para criar um Mapa Hipsométrico:

45
1

2
4

1. Interpolar = Linear.
2. Clicar na setinha destacada. Caso você clique na barra e não na setinha destacada,
será aberta outra janela onde o gradiente de cores pode ser editado.
3. A escolha do gradiente “Spectral” é arbitrária. Geralmente ela é utilizada para
Mapas Hipsométricos, mas isso não limita a utilização de outros gradientes
padronizados ou até mesmo criados por você.
4. Para esse exemplo optei por “Inverter Gradiente de Cores” para que as maiores
altitudes fiquem com a coloração mais próxima do vermelho e as menores altitudes
mais próximas do azul.
5. Clicar em “Classifica”. Após essa operação o Raster reaparecerá e o gradiente
surgirá com as cores e seus valores de altitude correspondentes.
6. Note que, como se trata de um dado onde os pixels contem números digitais que
informam a altitude, a distribuição dos valores nos gradientes depende dessa
informação. Para criar o efeito abaixo optei por distribuir os valores de altitude
através do “Modo” = “Quartil”, mas isso depende dos valores de cada imagem e do
resultado que está sendo buscado em cada modelo individualmente. Você pode
alterar esse “Modo” para “Intervalo igual” ou “Contínuo”.

46
47
12. CURVAS DE NÍVEL (ISOLINHAS DE ALTITUDE)
Para criar as curvas de nível de uma área deve-se utilizar uma camada Raster de Modelo
Digital de Elevação (MDE), como o caso do SRTM do Parna Viruá que trabalhamos no Mapa
Hipsométrico. As curvas de nível só podem ser extraídas de dados que contenham altitude,
ou seja, você precisa de uma camada Raster onde os pixels indiquem a altitude de cada
ponto. Esse tipo de arquivo você pode adquirir em sites que oferecem dados gratuitos
(listei alguns deles na última sessão dessa apostila).
Os passos para criar uma camada de curvas de nível são:

4
1

1. Inserir a camada Raster com dados de altitude.


2. Opção “Raster” na Barra de Menu.
3. Opção “Extrair”.
4. Clicar em “Contorno”.
Preencher os parâmetros na janela que se abrirá:

48
1

1. “Camada de entrada” = Raster com valores de altitude (nesse caso o SRTM


recortado do Parna Viruá).
2. Aqui é o parâmetro mais importante do processamento. Nele você indicará a
diferença da distância altimétrica onde cada isolinha será inserida. Nesse exemplo
indiquei 15, ou seja, a cada 15 metros de altitude uma curva de nível será criada.
Esse parâmetro depende do resultado que você está buscando. Mas deve ser dito
que se for escolhido um valor muito baixo para áreas muito extensas e com o relevo
muito acidentado, o processo pode demorar e até travar, além do resultado não ter
grande valor pela alta densidade de isolinhas (curvas de nível) criadas. Além disso,
esse parâmetro se relaciona com a resolução espacial da camada de entrada, isso
quer dizer que o tamanho do pixel influencia no resultado.
3. Aqui estamos criando um arquivo Vetorial a partir de um arquivo Raster, pois as
curvas de nível são vetores. Para salvar a nova camada clicamos no ícone “...”
4. Em seguida optar por “Salvar no arquivo...” para escolher a pasta onde será salva
nova camada (lembre-se de salvar o nome sem espaços e com a extensão “.shp”).
5. “Executar”.
Abaixo segue o resultado, com o zoom, de uma área dentro do Parna Viruá com as curvas
de nível:

49
*O fundo verde é a camada UC_Parna_Virua ativada para facilitar a visualização das curvas
de nível. Assim como as demais camadas vetoriais, você pode alterar a cor, largura e
formato das isolinhas acessando a janela de “Estilização de camadas”, assim como rotular
cada isolinha com sua altitude correspondente na opção de “Rotular” (as duas
configurações foram apresentadas em tópicos anteriores).

50
13. MAPA DE KERNEL (MAPA DE CALOR)
Nesse tópico iremos criar um novo modelo a partir de dados vetoriais. O Mapa de Kernel,
ou popularmente chamado de Mapa de Calor, é um modelo que apresenta a densidade das
ocorrências de pontos em determinada região. Nesse tipo de processamento, só
poderemos usar camadas vetoriais do tipo “ponto”, ou seja, não é possível criar um Mapa
de Kernel utilizando camadas vetoriais do tipo “linha” ou “polígono”.
Para esse exemplo, criei 100 pontos aleatórios dentro da Grade PPBio da ESEC Maracá.
Vamos supor que esses 100 pontos se tratam da ocorrência de uma espécie dentro da área
de estudo e que o raio de dispersão dessa espécie seja de aproximadamente 300 metros.
Dessa forma criaremos um Mapa de Calor onde cada ponto terá um raio de abrangência
de 300 metros para que o modelo nos retorne um dado que pode ser analisado a partir de
sua composição visual.

2
3

1. Camada Vetorial do tipo “pontos” representando a ocorrência da espécie em


estudo.
2. Opção “Processar” na Barra de Menu.
3. Clicar em “Caixa de Ferramentas”.
A janela seguinte será aberta onde você deve digitar (1) “kernel” ou “calor” para buscar a
ferramenta que nos interessa e então clicar em (2) “Mapa de calor (Estimativa de Kernel).

51
1

A janela que se abre nos permite inserir os parâmetros que compõe o nosso estudo
específico. Para cada tipo de estudo diferente, utilizar parâmetros diferentes. Nesse
exemplo os parâmetros serão os seguintes:

2 3

1. Inserir a camada de pontos entrada.


2. Inserir o “Raio” com o valor de interesse. Aqui será aplicado o valor de 300 metros
como dito anteriormente.
3. A unidade de medida deve, preferencialmente, estar em metros. IMPORTANTE: Se
a camada de pontos de entrada estiver em Coordenadas Geográficas (distância em
graus), então nesse item só será apresentada a opção “Graus”. Certamente o
52
cálculo em graus é mais complicado, portanto o ideal é reprojetar a camada para
UTM (distância em metros) e aí sim voltar para essa opção e escolher a unidade de
medida mais adequada.
4. Esse quadro trata do tamanho dos pixels que serão criados no modelo. Note que o
modelo irá criar um dado Raster a partir de um dado Vetorial. Para isso, é necessário
informar qual o tamanho e comprimento dos pixels de saída. Assim como o “Raio”,
essa medida estará representada em metros. Você pode testar diferentes valores
para escolher o que melhor oferece um resultado compatível com o resultado
buscado.
5. Clicar no ícone “...” e ne a opção “Salvar no arquivo...” para escolher a pasta onde
o arquivo Raster do Mapa de Calor será salvo (lembre-se de salvar na extensão
“.tif”).
6. “Executar”.
*Se a quantidade de pontos ou o “raio” for muito grande, assim como o se “tamanho dos
pixels” for muito pequeno, o processamento pode demorar. Aguarde a conclusão para ver
o resultado na Tela Principal:

A camada na Tela Principal será apresentado em escala de cinza. Para criarmos o efeito
colorido característico do Mapa de Calor altere a “Banda simples cinza” para “Banda simple
falsa-cor”:

1 2

53
1. Clicar no ícone , que abrirá a janela do lado direito.
2. A primeira caixa apresenta a camada que está sendo editada. Aqui devemos
assegurar que estamos trabalhando com a imagem correta.
3. Clicar na opção que apresenta “Banda simples cinza”. Ao clicar nessa opção, a
janela abaixo será aberta e devemos optar por “Banda simples falsa-cor”:

Clicar em “Banda simples falsa-cor”

Com a opção “Banda simples falsa-cor” ativada, a janela de “Estilização de camadas” muda
as opções de preenchimento. Para criar o efeito de mapa de calor devemos preencher da
seguinte forma:

2
4

54
1. Interpolar = Linear.
2. Clicar na setinha destacada. Caso você clique na barra e não na setinha destacada,
será aberta outra janela onde o gradiente de cores pode ser editado.
3. Gradiente “Spectral”.
4. “Inverter Gradiente de Cores” para que as maiores densidades fiquem com a
coloração mais próxima do vermelho e as menores altitudes mais próximas do azul.
5. Clicar em “Classifica”.
6. “Modo” = Contínuo. Essa opção pode ser modificada para buscar o resultado mais
adequado à especificidade do estudo.
Resultado final do Mapa de Calor:

N5

Note que na região da linha N5 da Grade há um corredor de densidade que pode nos levar
a intensificar esforços de estudo nessa área ou procurar correlacionar com outros dados
que expliquem essa ocorrência.

55
14. COMPOSITOR DE IMPRESSÃO
Agora será apresentado o compositor de impressão e suas ferramentas para a criação de
um mapa ou cartograma com todas as informações básicas necessárias.
Para abrir um novo compositor de impressão deve-se clicar no ícone destacado a seguir e
depois criar o título do novo compositor.

1. Clicar no ícone “Novo compositor de impressão”.


2. Nomear o compositor e clicar “OK”.

A nova janela do compositor de impressão será aberta. Abaixo estão listadas suas principais
ferramentas.

56
Folha de Impressão

- Mover a folha do compositor de mapa: se você der um zoom na Folha de


Impressão, poderá movê-la clicando nesse ícone.

- Selecionar/Mover quadrante objetos: quando houver um mapa, legenda, figura


ou qualquer outra imagem na sua Folha de Impressão, esse ícone permite que você
selecione o objeto para movê-lo ou realizar configuração na imagem, como, por exemplo,
inserir coordenadas, editar legendas, etc.

- Mover o Mapa: permite que a imagem dentro do quadrante seja movida.

- Adicionar um novo mapa: clicando no ícone, pressionando o botão esquerdo do


mouse sobre a Folha de impressão e arrastando o curso, você desenhará o
quadrante onde o mapa que está visualizado na Tela Principal do Projeto será inserido.
Detalhe abaixo:

57
Clicar no ícone

Arrastar cursor com

botão esquerdo

pressionado

*Você poderá inserir quantos mapas desejar na Folha de Impressão. Para cada um deles,
repetir processo acima.

- Inserir imagem (Norte/Rosa dos ventos): clicando no ícone e desenhando um


quadrante na Folha de Impressão, você pode escolher uma imagem em “Procurar
diretórios” na aba de “Propriedades do item”:

1
2

1. Desenhar o quadrante com o botão esquerdo do mouse pressionado.


2. Aba “Propriedades do Intem”.
3. Clicar na setinha de “Procurar diretórios” e aguardar o carregamento das figuras.
Em seguida dar um duplo clique para inserí-la.

58
- Inserir texto: Essa opção é útil para criar o título do mapa e escrever as fontes e
demais informações de elaboração do mapa.

- Inserir legenda: Permite inserir a legenda no mapa que, automaticamente, vai


mostrar todas as camadas adicionas ao Projeto.

- Adicionar seta: Um clique com o botão esquerdo no ponto inicial, outro clique
esquerdo no ponto final e um clique com o botão direito para finalizar.

- Escala: desenha a escala de acordo com o mapa de referência. Ela exige que
alguns parâmetros sejam corretamente preenchidos para não apresentar erros:

1. “Propriedades Principais”: Na primeira opção você deve indicar o “Mapa”. Na Folha


de Impressão do exemplo acima tempos 2 mapas, mas a escala está relacionada ao
“Mapa 1”, que é o mapa contendo os municípios de Roraima. Em seguida você pode
alterar o “Estilo” da caixa de escala.
2. “Unidades”: na opção “Unidades da barra de escala” os dois padrões mais utilizados
são Metros e Quilomêtros, isso dependerá da escala do seu mapa e do que ele está
representando.
3. “Segmentos”: Aqui você indicará quantos segmentos antes e depois do número “0”
serão apresentados e também o intervalo do valor da escala em “Espessura fixa”.
No exemplo temos 2 segmentos à direita com “75,000000 unidades” que
estabelecem o intervalo a cada 75 km, de “0” a “140”, como apresentado na
imagem da escala.

59
Propriedades do Item
A aba “Propriedades do Item” permite inserir a moldura de uma imagem, as coordenadas
de um mapa, alterar a escala da imagem, fonte de um texto e editar outras informações.
Abaixo veremos algumas dessa funções:

*Essa aba está logo à esquerda da Folha de impressão, e sempre vai realizar alteração na
imagem que estiver selecionada.
1. Escala: para esse exemplo selecionei a imagem do mapa 1 (Roraima e municípios).
Nessa opção você pode alterar a escala para um melhor enquadramento. Quanto
menor esse valor numérico, maior será a imagem.
2. Travar camadas: sempre que você quiser assegurar que seu mapa não sofrerá
alterações mesmo você editando as camadas no Projeto, essas opções devem estar
selecionadas. Caso contrário, qualquer alteração nas imagens do projeto irá
automaticamente alterar no Compositor de Impressão.

60
3. Grades: Insere as coordenadas ao redor do quadrante do mapa. Mais adiante
veremos em detalhes.
4. Moldura: basta selecionar essa opção para inserir a moldura ao redor do quadrante
do mapa selecionado. O mesmo vale para todas as outras imagens da Folha de
Impressão.

*Caso você feche a aba de “Propriedades do Item” acidentalmente, você pode reativá-la
clicando com o botão direito do mouse sobre algum espaço em branco na Barra de
Ferramentas e selecionando a opção “Propriedades do item Painel”. O mesmo serve para
outros painéis e barras de ferramentas:

Clique com botão direito

Desenhar coordenadas
Selecione o mapa e em “Propriedades do Item” clique em “Grades”.

1. Adicionar Grade.
2. “Modificar grade...” para editar o estilo da grade. Clicando nesse ícone, uma nova
aba é aberta:

61
1

1. Tipo de Grade: escolha o tipo de grade que será desenhada no mapa.


2. SRC: essa opção é importante porque determina em que tipo de projeção
(geográfica ou plana) as distâncias das linhas das grade e seus respectivos valores
de coordenadas serão desenhados. Se o SRC estiver em coordenadas Geográficas,
como é o caso do exemplo acima, então a opção (3) abaixo deve ser dimensionada
em Graus, entenda melhor abaixo.
3. Intervalo: aqui determinamos o intervalo entre as coordenadas X e Y que serão
desenhadas. No exemplo optei pelo valor “1” que representa 1 Grau = 111,12
Quilomêtros. Caso o SRC estivesse em UTM teríamos que calcular esse valor para
metros, optando, por exemplo, por preencher os valores X e Y com 100000 (100.000
metros = 100 km).
4. Estilo da Moldura: escolha o tipo da moldura que será desenhada ao redor do
quadrante.
5. Desça a página da aba até a opção “Desenhar Coordenadas”:

62
1

1. Marcar a opção “Desenhar Coordenadas”.


2. Escolher o Formato dos valores: Decimal, Decimal com sufixo, Grau com sufixo, etc.
3. Editar como as coordenadas em cada lado do quadrante estarão desenhadas. Aqui
você pode, inclusive, desabilitar as coordenadas dos lados que não deseja que elas
apareçam.
O resultado dessa nossa configuração você pode ver abaixo:

63
Esse exemplo é um demonstrativo das principais ferramentas e informações necessárias a
um mapa. Você deve explorar e testar as ferramentas para alcançar o melhor resultado
para o tipo de informação que deseja passar.
Por fim, você pode salvar o mapa em diversos formatos nos ícones presentes na parte
superior da Barra de Ferramentas:
- Salvar como Imagem: Jpeg, por exemplo.

- Salvar como PDF

64
15. SITES DE DADOS GEOGRÁFICOS GRATUITOS
Existem inúmeros sites que oferecem gratuitamente dados vetoriais e matriciais. Em alguns
é preciso realizar um cadastro antes de solicitar as imagens, mas em outros basta fazer o
download sem nenhuma restrição. Ao final dessa sessão estarão listados alguns sites que
oferecem esse serviço, mas para exemplificar vou ilustrar a aquisição de dados do site do
IBGE (Vetores dos limites geopolíticos, de Terras Indígenas e Unidades de Conservação) e
do site da EMBRAPA Brasil em Relevo (Raster de relevo e topografia do Brasil com resolução
de pixel 90m x 90m).
Para acesso aos dados do IBGE o site é:
https://www.ibge.gov.br/geociencias/downloads-geociencias.html
Em seguida optar pelas pastas conforme imagem abaixo.

*Essa página oferece uma grande quantidade de dados com escalas, datas e formatos
diferentes. Explore as opções e teste no QGIS.

Para os dados de topografia do Brasil o site é:


https://www.cnpm.embrapa.br/projetos/relevobr/download/index.htm
Em seguida escolha o estado da federação de interesse através das opções destacadas na
imagem abaixo. Ou clicando na sigla UF ou no próprio mapa do Brasil.

65
Depois de escolher o estado, clique nos quadrantes correspondentes à área onde serão
realizados os downloads dos arquivos individualmente:

66
Outros sites com dados gratuitos
http://terrabrasilis.dpi.inpe.br/downloads/ - Terra Brasilis (INPE): O portal TerraBrasilis é
uma plataforma web desenvolvida pelo INPE para acesso, consulta, análise e disseminação
de dados geográficos gerados pelos projetos de monitoramento da vegetação nativa do
instituto como o PRODES e o DETER.
http://www.dgi.inpe.br/CDSR/ - Banco de Imagens da DGI (INPE): este Banco de Dados,
você encontrará, presentemente, imagens dos satélites AQUA, TERRA, S-NPP, UK-DMC-2
,LANDSAT-1, LANDSAT-2, LANDSAT-3, LANDSAT-5, LANDSAT-7, LANDSAT-8 , CBERS-2 ,
CBERS-2B, CBERS-4 (Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres), RESOURCESAT-1,
RESOURCESAT-2.
http://www.webmapit.com.br/inpe/topodata/ - TOPODATA (INPE): O projeto Topodata
oferece o Modelo Digital de Elevação (MDE) e suas derivações locais básicas em cobertura
nacional, ora elaborados a partir dos dados SRTM disponibilizados pelo USGS na rede
mundial de computadores. MDE com resolução de pixel de 30m x 30m.
http://www.icmbio.gov.br/portal/geoprocessamentos/51-menu-servicos/4004-
downloads-mapa-tematico-e-dados-geoestatisticos-das-uc-s - ICMBio: Mapas temáticos,
limites de Unidades de Conservação Federais e arquivos de dados geoestatísticos do
ICMBio.
https://inde.gov.br/AreaDownload - Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais (INDE): A
INDE foi concebida com o propósito de catalogar, integrar e harmonizar dados geoespaciais
produzidos ou mantidos e geridos nas instituições de governo brasileiras, de modo que
possam ser facilmente localizados, explorados em suas características e acessados para os
mais variados fins por qualquer usuário com acesso à Internet.

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