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MANUAL DO PASTOR - 3 FASE METANu00D3IA + CELEBRAu00C7u00C3O
MANUAL DO PASTOR - 3 FASE METANu00D3IA + CELEBRAu00C7u00C3O
Após trilhar um caminho de conversão inicial, a primeira experiência, através do Seminário de Vida
no Espírito Santo, o aprofundamento desta experiência e o conhecimento dos dons do Espírito
Santo, o crescimento na amizade com Cristo e Sua Palavra, entramos agora na Fase Metanóia.
Esta fase como já diz o seu nome tem por objetivo principal uma conversão verdadeira à Cristo,
através de uma decisão livre e pessoal de cada um. Podemos chamar de “segunda conversão”,
esta mais madura, consciente e decidida pelo caminho de Cristo ”Se alguém me quer seguir,
renuncie-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me” (Mc 8,34).
O itinerário espiritual desta fase é justamente o mesmo que Jesus fez com seus discípulos, por isto
abordaremos durante toda a fase a vida de Cristo e dos seus discípulos.
Pedimos ao Senhor que conduza você pastor, que tendo trilhado e estando trilhando a cada dia o
caminho de Cristo, que não é o mais fácil, mas sem duvida é o mais feliz, possa com alegria ser
testemunha deste seguimento e conduzir cada uma das suas ovelhas para Cristo.
Que o Senhor faça com que cada ovelha posa optar livremente “Sim Pai, não é fácil mas eu desejo,
eu quero e eu vou. Amém”
Assistência Apostólica,
Equipe do Caminho da Paz
DIMENSÃO ESPIRITUAL
A Fase Metanóia tem como objetivo levar cada ovelha a torna-se um homem novo em Cristo,
deixando o homem velho e abraçando os desafios do evangelho no seguimento de Cristo.
DIMENSÃO BÍBLICA
Nesta fase mergulharemos, através da Lectio Divina, no estudo da Palavra de Deus, especialmente
nos evangelhos através do Estudo Bíblico, “Luz para os meus passos”. Neste, aprofundaremos, de
forma sequencial, os quatro evangelhos.
A maior parte das formações desta fase iniciará com a Palavra de Deus e sobre ela será
fundamentada.
DIMENSÃO HUMANA
Usaremos de alguns instrumentos para o crescimento humano das ovelhas. Tais como:
1
Entendemos retiro fechado aquele em que o grupo de oração se retira para aprofundar a sua experiência de Deus;
2
O retiro “Cura para o Amor” é orientado pela Assistência de Formação.
3
Ser realizado com todo o grupo de oração.
• Lazer: O lazer deve ser feito com o objetivo de fazer crescer os laços amor fraterno e de
amizade no grupo. O grupo de oração deveria ter pelo menos um dia de lazer ao longo dessa
fase.
DIMENSÃO DOUTRINÁRIA
Nesta fase faremos um uso mais intenso e aprofundado dentro das formações do Catecismo da
Igreja Católica. Ele será um dos conteúdos de base para a pregação daqueles que vão pregar no
grupo de oração.
DIMENSÃO MISSIONÁRIA
Deve fazer um forte incentivo ao engajamento bem como acompanhar as ovelhas nos ministérios
que ela faz parte.
É nesta fase também que se deve começar a perceber os sinais da vocação na ovelha. O pastor
deve ter um olhar atento para perceber se há traços da Vocação Shalom4.
Incentivamos ainda, se for o caso, do envio das ovelhas em missão como “jovem em missão”,
durante um ano, para isto, deve-se consultar o Sec. Vocacional local.
4
Se o pastor achar positivo deve partilhar com o secretário vocacional da missão e encaminhar a ovelha para um plantão vocacional.
FORMAÇÃO DO GRUPO
A formação do grupo na fase Metanóia seguirá a seqüência da vida de Cristo e o caminho de
discipulado que ele trilhou com seus discípulos. O pastor deve entender bem esse caminho que ele
trilhará com suas ovelhas, buscando compreender o Caminho de Cristo na seqüência das
formações: o nascimento, a vida oculta de cristo, a vida pública, paixão, morte e ressurreição, o
pentecostes até as primeiras comunidades cristãs.
A formação do grupo deve seguir a grade e será complementada na oração pessoal da ovelha
através do “Caderno de Oração – Caminho de conversão” e no “Estudo Bíblico – Luz para os meus
passos”
IMPORTANTE: Aqueles que vão pregar no grupo devem ser bem orientados pelo pastor
sobre as formações que foram dadas nas últimas semanas, na fase que o grupo está, no
caminho que trilham dentro daquela fase e disponibilizar toda a orientação da
formação do dia, bem como os seus anexos (ou DVD’s) necessários. O Estudo Bíblico, o
Caderno de Oração da fase e o Catecismo da Igreja Católica podem ajudar nas
pregações.
Contando com possíveis imprevistos (Semana Santa, Carnaval, Natal, Ano Novo, convocações, etc.)
e com necessidades que o grupo possa vir a ter, dispomos de “semanas livres”. Essas semanas
são opcionais para que o pastor possa dar “formações extras” que sentir necessidade, ou para
compensar possíveis imprevistos. Não precisando nem de uma coisa e nem de outra essas semanas
poderão ser omitidas6.
Nesta fase teremos os DVD’s que serão passados para as ovelhas e também aqueles que
servirão de subsidio para o pastor na formação grupo de oração, os DVD’s para o pastor. No
Caminho da Paz, o principal pregador do grupo deve ser o pastor (“As minhas ovelhas ouvem a
minha voz, eu as conheço e elas me seguem” Jo, 10,27) o que não impossibilita de forma nenhuma
que o pastor convide outras pessoas para pregarem no seu grupo. Esses DVD’s não deverão ser
vistos pelas ovelhas, mas o será visto pelo pastor/pregador e será um subsídio para que ele possa
dar a formação do grupo. Eles ajudarão também o pastor a pregar segundo o carisma shalom e
não se desviar do fundamental naquela formação.
5
Sugerimos a Bíblia Jerusalém, porque é essa tradução que foi usada nos estudos bíblicos, mas se não houver
possibilidade de adquiri-la pode-se usar outra tradução.
6
Pula-se a semana livre e vai para a formação da semana seguinte, mas o caderno de oração segue o seu ritmo
ordinário.
1. Fé, visão espiritual, obediência. Pregação ao vivo Luz para os meus passos 1
4. Caridade: a Lei feita Amor Pregação ao vivo Luz para os meus passos 1
13. Perdão das ofensas (Mt 18) Pregação ao vivo Luz para os meus passos 1
14. Celibato pelo Reino Pregação ao vivo Luz para os meus passos 1
15. A Vinha do Senhor Mt 20-22 Pregação ao vivo Luz para os meus passos 1
17. A Árvore da Cruz Mt 26. Pregação ao vivo Luz para os meus passos 1
Leitura e Partilha em
18. Ressurreição e Maria Luz para os meus passos 1
Grupos
19. O Batismo de Jesus, um
Pregação ao vivo Luz para os meus passos 1
Batismo de unção
DVD “Conversão: Grande
20. Conversão: grande alegria. Luz para os meus passos 1
Alegria”
21. Confiança absoluta em Deus Pregação ao vivo Luz para os meus passos 2
22. Coerência entre fé e vida. Pregação ao vivo Luz para os meus passos 2
30. Roteiro para a santidade. Pregação ao vivo Luz para os meus passos 2
31. Jesus veio para os pecadores. Pregação ao vivo Luz para os meus passos 2
33. A Divina Providência. DVD “A divina Providencia” Luz para os meus passos 2
37. Jesus está vivo! Pregação ao vivo Luz para os meus passos 2
TEMA
Fé, visão espiritual, obediência
OBJETIVO
Aprofundar o dom da fé que gera visão espiritual e submissão diante do grande evento da
encarnação do Senhor e sua repercussão concreta da vida do homem.
MATERIAL
Bíblia
Luz para os meus passos I
DVD do Pastor – Introdução da Fase Metanóia
METODOLOGIA
Pregação ao vivo
ESQUEMA DA PREGAÇÃO
Para esta pregação iremos utilizar os primeiros capítulos do Evangelho segundo Mateus, para
enriquecer, pode-se utilizar também os sinóticos. O pregador deve também orientar-se pela
primeira semana do EB – Luz para os meus passos I.
• Leia no estudo bíblico Luz para os meus passos I (nos primeiros dias) a forma como a narrativa
cronológica do início da vida de Jesus foi montada;
• Siga-a com seus ouvintes passando rapidamente as páginas da Bíblia com eles (Mt 1) e os
sinóticos citados no EB;
• Para cada um deles a encarnação do Verbo dava-se de uma forma inesperada, inverossímil.
Exceto pelos reis magos, que eram pagãos, todos eram pobres de Iahweh, anwain, e
esperavam o Messias. Entretanto, não sabiam que Ele seria o Filho de Deus, ou seja, Deus
mesmo.
• Apesar de os fatos trazerem esta novidade para sua fé, imediatamente curvaram-se e adoraram
Deus feito carne. Isso mostra a grandeza de sua fé, preparada para as surpresas dos caminhos
de Deus.
• Maior ainda foi a fé de Maria e José que, ao acolher os Reis que adoravam o Menino acolhiam
também o fato de a salvação que Ele trazia ser para todos os povos.
• Só os que são pequenos ou que desejam realmente ser pequenos amam e adoram este Jesus
Menino.
• Finalize a pregação com a motivação de que transformem esta semana em uma semana
especial de adoração a Jesus Menino na Eucaristia.
TEMA
A Voz que prepara o Caminho do Senhor
OBJETIVO
Deixar claro para as ovelhas a dependência da graça de Deus para tudo o que fazemos. Renovar a
primazia da graça e a conversão diante da missão que Deus no confia (ministérios, evangelização,
etc.)
MATERIAL
Anexo I - “VOZ QUE CLAMA NO DESERTO”
Bíblia
METODOLOGIA
Leitura e partilha em grupos
Oração uns pelos outros
ESQUEMA DA FORMAÇÃO
Hoje leremos e discutiremos em pequenos grupos um texto de Raniero Cantalamessa7 sobre João
Batista, que se encontra no anexo “VOZ QUE CLAMA NO DESERTO”.
• Distribua para cada ovelha o texto e oriente que leiam em grupo e partilhem sobre o texto.
(para ajudar pode-se orientar que grifem ou escrevam o que ficou mais forte)
• Após leitura e partilha oriente que se reze nos pequenos grupos a fim de pedir para que todos
sejam renovados nessa colaboração com a obra da graça:
“Endireitar um caminho para o Senhor, portanto, tem um significado concretíssimo: significa
empreender a reforma da nossa vida, converter-se. Em sentido moral, o que se deve aplanar e os
obstáculos que se deve retirar são o orgulho – que leva a ser impiedoso, sem amor para com os
demais – , a injustiça – que engana o próximo, talvez abduzindo pretextos de compensação para
calar a consciência –, por não falar de rancores, vinganças, traições no amor. São vales cheios de
preguiça, incapacidade de impor-se um mínimo de esforço, todo pecado de omissão.”
TEMA
A perfeita felicidade
OBJETIVO
Identificar-se e crescer no desejo de santidade para viver o seguimento de Cristo segundo as bem-
aventuranças.
MATERIAL
Bíblia
EB “Luz para os meus passos I”
CIC - 1716 - As bem aventuranças
METODOLOGIA
Pregação ao vivo
ESQUEMA DA PREGAÇÃO
• Após recapitulação da semana anterior e a apresentação do tema e objetivo, introduza o ensino
de hoje explicando que os capítulos 5,6 e 7 de Mateus são considerados “o coração do
Evangelho”, um verdadeiro roteiro para a santidade. Raniero Cantalamessa chama-os de “oito
degraus para a felicidade ou santidade”.
• Ao contrário do que possa parecer, as Bem-aventuranças não são uma triste e custosa negação
do que cremos e aprendemos até hoje. Pelo contrário, são uma grande alegria, uma grande
libertação, um perfeito seguimento de Jesus.
• Comente que seguir Jesus não é simplesmente deixar o barco e as redes (Mt 4), mas viver o
Evangelho com radicalidade e coerência de vida.
• Com base no estudo bíblico (Luz para os meus passos I) desta semana sobre as Bem-
aventuranças, fale rapidamente sobre cada uma delas. Não se preocupe com detalhes, o
próprio Estudo Bíblico e Caderno de Oração cuidam deles.
TEMA
Caridade: a Lei feita Amor
OBJETIVO
Crescer na radicalidade evangélica e na conversão de mentalidades mundanas a respeito dos
valores destacados por Jesus.
MATERIAL
Bíblia
EB “Luz para os meus passos I”
DVD do Pastor – Caridade: a lei feita amor
METODOLOGIA
Pregação e oração
ESQUEMA DA FORMAÇÃO
Pregação:
• Tendo apresentado o objetivo de hoje abra com eles o Evangelho de Mateus 5, 20-48 e,
aprofundando, explique que:
• O final desse capítulo 5, Mateus traz situações morais sérias e muito presentes nos dias de
hoje: a falta de perdão, o adultério e a fornicação, a mentira, a vingança, etc. Comente-as
detalhadamente.
• Traz uma proposta de radicalidade que por vezes não temos forças para seguir. Comente o
caráter sobrenatural dos mandamentos (vida de Deus em nós).
• Muitos de nós sofremos de uma “vontade fraca” e acabamos sem forças para fazermos o
caminho de purificação e libertação que é necessário para vivermos a Caridade proposta
pelo Novo Testamento.
Para enriquecer a pregação pode-se usar o Estudo Bíblico (“Luz para os meus passos I”), na quarta
semana.
Oração:
• Após a pregação finalize fazendo uma boa oração de libertação dos valores não evangélicos e
da mentalidade mundana. Baseie sua oração nos aspectos citados por Jesus em Mt 5,20-43.
Ore também pela libertação da vontade de cada um, suplicando a violência de coração.
TEMA
Buscar o verdadeiro Tesouro
OBJETIVO
Responder às vaidade e ao orgulho do mundo com o testemunho de que “Só Deus basta!”,
segundo Santa Teresa d’Avila.
MATERIAL
Anexo II – “SÓ DEUS BASTA”
Bíblia
METODOLOGIA
Pregação ao vivo
ESQUEMA DA FORMAÇÃO
• Introduza com este comentário o objetivo do ensino de hoje e recorde-o ainda nas próximas
semanas:
Iniciamos hoje um pequeno bloco onde aprofundaremos alguns “ismos”, tema tão abundantemente
comentado no pontificado de João Paulo II e igualmente combatido no pontificado de Bento XVI.
• A formação será uma pregação detalhadamente orientada no anexo SÓ DEUS BASTA. Esteja
atento a cada aspecto, especialmente a citação bíblica, exemplos e textos que ilustram todo o
caminho por onde podemos combater à vaidade e orgulho do mundo por meio da experiência
de descobrir no Senhor a máxima riqueza.
TEMA
A Divina Providência
OBJETIVO
Responder à auto-suficiência e ao consumismo por meio da experiência de estarmos abandonados
nas mãos de Deus, na sua santa vontade e providencia.
MATERIAL
DVD do Pastor “A divina providência 01”
Bíblia
CIC 302 – A divina providência
METODOLOGIA
Pregação ao vivo
ESQUEMA DA FORMAÇÃO
• Introduza com este comentário o objetivo do ensino de hoje, depois de recapitular a semana
anterior:
Continuaremos o bloco onde aprofundamos a ditadura dos “ismos”, enfocando que a vivência do
Evangelho em toda a sua radicalidade gera em nós a santidade (ECCSh, 10).
• A formação será uma pregação onde aprofundaremos como combater toda independência de
Deus e da graça contemplando o amor do Pai que não somente criou todas as coisas, mas
também as mantém.
• A pregação deverá ser dada seguindo os pontos do DVD do Pastor “A divina Providência 01”
A pregação pode ser enriquecida com o Catecismo da Igreja Católica 302 – A divina providência.
TEMA
Vontade de Deus
OBJETIVO
Combater o relativismo crescendo no conhecimento e no amor à vontade de Deus, realizando com
obediência e liberdade tudo o que concerne ao discernimento e vivência da mesma.
MATERIAL
DVD “Vontade de Deus”
Bíblia
METODOLOGIA
Exibição do DVD para as ovelhas
ESQUEMA DA FORMAÇÃO
• Apresente o objetivo deste ensino e a finalização do bloco onde aprofundamos a ditadura dos
“ismos”.
• Dê 10 minutos de deserto orientando que cada um faça uma pequena lista das coisas que
reconhece precisar de uma adesão mais sincera e constante no caminho da Vontade de Deus.
• A pregação enfatizará que a Vontade de Deus não depende dos nossos argumentos, que Deus
tem uma razão, uma sabedoria própria para cada coisa. O mundo e os valores não estão sob o
domínio da razão humana, tampouco a vontade de Deus se ajusta à nossas vontades.
• Após a exibição do DVD: dê mais 5 minutos para que, sob escuta do Espírito e à luz da
pregação, cada um escreva CONCRETAMENTE seu propósito de amor à vontade de Deus em
referencia à lista do deserto.
• Finalize, fazendo duplas para partilhar sua lista do deserto e onde um reze pelo outro,
intercedendo pelo irmão e seu crescimento na vontade de Deus, à luz da partilha.
TEMA
O discipulado a Jesus Cristo
OBJETIVO
Crescer na coerência de vida onde é preciso não somente conhecer a vontade de Deus, mas
sobretudo colocá-la em prática.
MATERIAL
Anexo III - DISCIPULADO DE CRISTO
Bíblia
METODOLOGIA
Pregação ao vivo
ESQUEMA DA PREGAÇÃO
• Inicie sua pregação apresentando o tema de hoje à luz dessa afirmação de Santa Teresa de
Jesus de Ávila: “É justo que muito custe o que muito vale.”
• Provoque seus ouvintes para que comentem esta frase com relação ao seguimento de Jesus.
TEMA
LIVRE (tema a cargo do Pastor do Grupo)
OBJETIVO
- Desenvolver a capacidade de verificar a qualidade da caminhada, os passos dados, confirmando e
fortalecendo o crescimento pessoal e do grupo.
- ou atualizar o programa previsto para esta fase.
MATERIAL
De acordo com a necessidade de recapitulação ou atualização (em submissão presente manual).
METODOLOGIA
ESQUEMA DA FORMAÇÃO
• Essa semana está reservada para o objetivo descrito acima. Deverá ser utilizada para rever
alguma das formações anteriores ou repor alguma semana que esteja atrasada por motivos
pastorais locais, ou ainda para ser dado um tema que o pastor achar melhor.
• Finalize a formação com uma oração de ação de graças ao Senhor pela Sua obra acontecida
nas nossas vidas.
TEMA
O Pão do Céu
OBJETIVO
Despertar e desenvolver a espiritualidade eucarística e o compromisso sacramental.
MATERIAL
Anexo ESTAR COM JESUS
Bíblia
METODOLOGIA
Pregação e Testemunho
ESQUEMA DA FORMAÇÃO
• Comente o objetivo com bastante detalhe, especialmente sobre a importância do tema nesse
momento da caminhada: estreitar a relação com Jesus através dos principais mistérios pela fé
madura e provada.
• Escolha para este ensino alguém que possa, além do ensino, dar um bom e concreto
testemunho sobre o tema, atendendo o objetivo de desenvolver uma espiritualidade eucarística,
segundo o roteiro do anexo ESTAR COM JESUS.
TEMA
O primado de Pedro
OBJETIVO
Destacar a importância do crescimento e do testemunho de comunhão com a “pedra” visível
estabelecida por Jesus para edificar a Sua Igreja: Pedro e seus sucessores.
MATERIAL
Anexo IV - PEDRA VISÍVEL
Bíblia
METODOLOGIA
Pregação ao vivo
ESQUEMA DA FORMAÇÃO
• Após apresentação do objetivo, tendo recapitulado as ultimas semanas de aprofundamento,
você deverá embasar o ensino de hoje apresentando a figura de Pedro. Para isto, leia com eles:
Mt 16,18. Esse procedimento é importante para introduzir a validade do primado de Pedro.
Então qual é a importância de darmos testemunho de comunhão?
• A pregação deve ser kerigmática, enfocando que não basta crer na divindade de Cristo, é
necessário também testemunhá-la, como Pedro e seus sucessores, os Papas.
• Para tanto o pregador deve seguir o roteiro indicado no anexo PEDRA VISÍVEL.
Ao fim da pregação oriente e marque um prazo para o retiro pessoal, com orientações concretas à
luz do caminho percorrido desde a 1ª semana. (orientações para a ovelha no anexo RETIRO
PESSOAL)
• Fraternidade – 5 minutos
• Oração e Louvor – 45 minutos
• Partilha sobre a oração – 10 minutos
• Formação: 45 minutos
• Perguntas/dúvidas: 10 minutos
• Pastor pedir feedback do caderno de oração e Estudo Bíblico.
TEMA
Transfiguração
OBJETIVO
Apresentar a santidade como obra da graça e os recursos por onde fazemos essa experiência de
modo seguro e perseverante.
MATERIAL
Anexo VII - TRANSFIGURAÇÃO
Anexo VIII - TRANSFIGURAÇÃO 02
Bíblia
METODOLOGIA
Leitura e partilha
ESQUEMA DA FORMAÇÃO
• Introduza com o objetivo desta formação. Depois dê uma cópia do anexo TRANSFIGURAÇÃO
(Raniero Catalamessa) para cada ovelha. Dê um momento para que leiam e partilhem de 2 em
dois bem brevemente.
• Tire alguns pontos do texto para que as ovelhas participem, deixe que partilhem o que acharam
e que entenderam por transfiguração.
• A pregação será interagindo com o texto que as ovelhas leram. Para preparar a pregação além
do anexo Transfiguração, deve-se utilizar do anexo TRANSFIGURAÇÃO 02 e a Bíblia para
fundamentar sua pregação.
• Após isto, pregue interagindo com as ovelhas, baseando-se nos seguintes pontos:
4. É uma obra bem concreta na qual Deus se utiliza de nossa abertura e adesão à graça.
5. Tal abertura e adesão são também graça, que se acolhe na vida de oração profunda e
coerente (oração pessoal e comunitária, sacramento da reconciliação e Eucaristia, Lectio
Divina diária, vivência radical do evangelho, coerência de vida, abraçar a cruz por amor a
Jesus).
6. A oração não se resume em palavras, mas em vida de renúncia a si mesmo por amor a
Deus e ao irmão, sede do céu, amor inflamado por Jesus.
• Peça que façam uma partilha sobre a sua oração pessoal diária e sobre sua lectio (estudo
bíblico) e encerre com oração pedindo a Deus essas graças.
TEMA
Perdão das ofensas
OBJETIVO
Distinguir o zelo pela verdade do amor próprio ferido e auto-defesas, levando ao zelo pela correção
fraterna e ao autentico perdão das ofensas.
MATERIAL
Anexo IX - AMOR E CORREÇÃO FRATERNA
Bíblia
CIC - 2842-2845
METODOLOGIA
Pregação ao vivo
ESQUEMA DA FORMAÇÃO
• Recapitule que nas ultimas semanas estamos aprofundando muito importantes para o caminho
que estamos fazendo. Recapitule a santidade, a comunhão com a Igreja, a eucaristia como
pilares fundamentais.
• Apresente o tema do ensino indicado para hoje, falando da sua importância, à luz do objetivo
apresentado, lendo com eles : Lc 6,41 ss
• Finalize o ensino abrindo para partilha comunitária dos principais desafios com essa experiência.
Partilhas demasiado subjetivas podem ser orientadas para que se faça em particular ou no
pastoreio. Escute-os sem deixar de orientar o que você perceber como mais necessitado de
motivação e esclarecimento.
TEMA
Celibato pelo Reino
OBJETIVO
Mostar o seguimento de Cristo que dá sentido a toda renúncia, e enfocar a importância do Reino de
Deus nas decisões da nossa vida.
MATERIAL
Anexo X - CELIBATO PELO REINO
Bíblia
METODOLOGIA
Pregação ao vivo
ESQUEMA DA FORMAÇÃO
Se for possível que o pastor escolha para dar esta pregação um celibatário, da Comunidade de Vida
ou de Aliança.
• Deve-se deixar claro que nossas decisões devem todas apontar para o céu. Toda oferta é valida
se seu objetivo for em vista do Reino de Deus.
• Se for celibatário dê seu testemunho (enfocando a oferta pelo Reino de Deus), se não, dê seu
testemunho de consagração de vida, na mesma perspectiva, pelo Reino.
TEMA
A vinha do Senhor
OBJETIVO
Comprometer-se com a evangelização, respondendo concretamente, na vida e pela graça, a
respeito do que o Senhor nos apresentar como necessidades da sua vinha.
MATERIAL
Anexo XI - IDE PARA A VINHA
DVD do Pastor “Partir em missão”
Bíblia
METODOLOGIA
Pregação ao vivo
ESQUEMA DA FORMAÇÃO
• Peça que todos abram a Bíblia em Mt 20,1-16 , na parábola do pai de Família que contrata
operários para a sua vinha. Leia com eles essa passagem já tendo comentado o objetivo desse
ensino. Logo após, a leitura, siga detalhadamente a seguintes orientações:
Sermos fiéis ao chamado que o Senhor nos faz, “a ponto de investir seu tempo,
seus pensamentos, suas capacidades para o crescimento daquilo que o Senhor
nos confiou” (Escrito da Comunidade Católica Shalom - No Coração da Obra, 08),
ou seja, amar a vinha incondicionalmente.
• Clareie a pregação no concreto da vida de cada, ou seja, no ministério que hoje lhes são
confiados.
Como tenho investido minha vida na parte da vinha que Deus me confiou?
Se ainda não tenho ministério, será que hoje o Senhor também não me chama
mesmo já na ultima hora?
Como posso dar mais no meu ministério?
Pode-se ver alguém do próprio grupo que possa partilhar do seu ministério, do que o Senhor fez
em sua em vista do ministério que hoje ele serve, do crescimento espiritual e da alegria de servir.
• Fazer a experiência do Senhor que chama e age em nós em vista da Sua vinha e como
podemos caminhar concretamente para responder, na vida e pela graça, a respeito do que o
Senhor nos propõe.
TEMA
LIVRE (tema a cargo do Pastor do Grupo)
OBJETIVO
- Desenvolver a capacidade de verificar a qualidade da caminhada, os passos dados, confirmando e
fortalecendo o crescimento pessoal e do grupo.
- ou atualizar o programa previsto para esta fase.
MATERIAL
De acordo com a necessidade de recapitulação ou atualização (em submissão presente manual).
METODOLOGIA
ESQUEMA DA FORMAÇÃO
• Essa semana está reservada para o objetivo descrito acima. Deverá ser utilizada para rever
alguma das formações anteriores ou repor alguma semana que esteja atrasada por motivos
pastorais locais, ou ainda para ser dado um tema que o pastor achar melhor.
• Finalize a formação com uma oração de ação de graças ao Senhor pela Sua obra acontecida
nas nossas vidas.
TEMA
A Árvore da Cruz
OBJETIVO
Levar cada um a um entendimento do Caminho de Cristo que é de Cruz e que é da Árvore da Cruz
(adesão à Vontade de Deus) que brota a felicidade e a ressurreição.
MATERIAL
Anexo XII - ÁRVORE DA CRUZ E DA FELICIDADE
Bíblia
METODOLOGIA
Pregação ao vivo
ESQUEMA DA FORMAÇÃO
• Pregação à luz do Anexo ÁRVORE DA CRUZ E DA FELICIDADE enfatizando os seguintes
parágrafos:
1. Quando, no Obra Nova8, descreve o caminho “de e para a felicidade” diz que ele “é como o
caminho de Jesus: exige coragem, sacrifício, renúncia”, é “caminho de cruz”, de felicidade, de
barreiras, de dificuldades, sofrimento feliz e fecundo. Desta Cruz, que transforma em Árvore,
colhe-se o fruto diário da Ressurreição.
2. O “sofrimento” que experimentamos como resultado de nossas renúncias por amor, explica o
Moysés, não vem da cruz, nem da renúncia em si, mas de nossa carne “que range porque não
quer ser contrariada”
3. Esta Cruz, e a dinâmica de vida que ela esconde, é a única felicidade verdadeira: a da morte
por amor. É este o grande escândalo que o mundo precisa contemplar nas nossas vidas. É esta
a única violência que liberta, a única morte que é dinâmica de vida. É este o nosso caminho!
4. Como as árvores de Ezequiel e do Apocalipse, esse fruto é perene e pode ser colhido a cada
dia, a cada vez que lutamos a luta pelo amor, pela caridade, no campo de guerra contra nós
próprios que é a cruz e vencemos com a força do Ressuscitado que pela Cruz passou.
5. Como a Nova Árvore do Bem e do Mal, dá-nos a possibilidade de um desfecho oposto ao “não a
Deus e sim ao pecado” dos nossos primeiros pais ecoado pelos quatro cantos do mundo de
hoje. Por sua força e em união com o Ressuscitado que por ela passou, podemos, no uso de
nossa liberdade e inflamados de amor por Ele, dizer “sim a Deus e não ao pecado”.
• Logo após, abra o momento para tirar as dúvidas. Se não houver duvidas, você pode realçar
comentando sobre a importância do que foi dito, dando exemplos de como uma intensa vida
eucarística pode dar profundo sentido aos nossos próprios desafios.
• Finalize a reunião orientando que na próxima eucaristia todos estejam atentos para reconhecer
e viver com outro espírito a experiência com os sinais destacados no ensino.
8
Escritos da Comunidade Católica Shalom
TEMA
Ressurreição e Maria
OBJETIVO
Fomentar a consciência de que a escola da intimidade com Maria é um das mais importantes e
necessárias experiências à vida de todo batizado.
MATERIAL
ANEXO XIII - A ALMA DE MARIA
Bíblia
METODOLOGIA
Leitura e Partilha em grupos
ESQUEMA DA FORMAÇÃO
• Recorde a semana anterior, dando o fio condutor do caminho que estamos fazendo sobre a
oferta de Cristo. Recapitule tudo brevemente, antes de apresentar o objetivo do ensino
reservado para este dia. Faça-o imprescindivelmente depois da recapitulação.
• Divida os em grupos e dê de preferência uma cópia para cada ovelha do anexo “A ALMA DE
MARIA”.
• É importante que antes o pastor leia o texto e tire pontos importantes para motivar a partilha
em plenário.
• Logo após, faça um livre aprofundamento dos aspectos abordados no texto, como uma maneira
de ter feedback da experiência e da identificação das ovelhas com essa vivencia.
TEMA
O Batismo de Jesus
OBJETIVO
Conhecer o profundo valor e a missão do nosso batismo a partir do batismo de Cristo.
MATERIAL
Anexo XIV - BATISMO DE UNÇÃO
Bíblia
CIC
METODOLOGIA
Pregação ao vivo
ESQUEMA DA FORMAÇÃO
• Antes de iniciar a pregação, apresente o objetivo da formação, de modo simples, claro,
enfatizando a importância do tema para esse momento da caminhada.
• Durante a pregação siga o esquema do anexo BATISMO DE UNÇÃO. Atenção! Você NÃO deve
distribuí-lo entre os membros do grupo. Ele é apenas um roteiro para o pregador.
• Esta formação deve ser finalizada com um momento de oração em forma de agradecimento a
Deus pelo seu eterno amor por cada um de nós. Pode-se fazer isso tomando o Sl 39,7 ou Hb
10, 5-9.
TEMA
Conversão: grande alegria
OBJETIVO
Motivar o desejo pela santidade através da vivência do Evangelho, animando a adesão ao caminho
de configuração a Cristo.
MATERIAL
Bíblia
DVD “Conversão: Grande Alegria”
METODOLOGIA
Exibição do DVD para as ovelhas
ESQUEMA DA FORMAÇÃO
• Explique o objetivo da pregação.
• Fraternidade – 5 minutos
• Oração e Louvor – 45 minutos
• Partilha sobre a oração – 10 minutos
• Formação(exibição do DVD): 45 minutos
• Perguntas/dúvidas: 10 minutos
• Pastor pedir feedback do caderno de oração e Estudo Bíblico.
• Pastor lembrar as ovelhas de trazerem a Bíblia.
TEMA
Confiança absoluta em Deus
OBJETIVO
Crescer na confiança em Deus e a partir dela entender que a Comunhão de Bens é uma questão de
conversão.
MATERIAL
Anexo XV - CONFIANÇA ABSOLUTA
METODOLOGIA
Pregação ao vivo
ESQUEMA DA FORMAÇÃO
• Mostre que podemos encontrar na Palavra de Deus o sentido da Comunhão de Bens, como
confiança em Deus. Faça com as ovelhas o estudo que há no anexo sobre a comunhão de
bens na Palavra de Deus. Torne a pregação o mais dinâmica possível. Divida entre eles as
passagens:
o Lv 27, 30-31
o Lc 12, 22-32
o Lc 16, 13
o Lc 6, 36
o At 20, 35
o Lc 12, 33-34
o Lc 21, 1-4
o Lc 12, 16-21
o Lc 16, 9-12
o I Tm 6, 17-19
o II Cor 9, 6-12
• A medida que cada um ler uma passagem, peça que os que quiserem comentem e depois o
pregador comenta aquilo que está no anexo, ou com suas palavras ou lendo.
• Finalize com uma oração pedido ao Senhor que conceda a cada ovelha a graça de estarmos
confiantes nas mãos de Deus.
TEMA
Coerência entre fé e vida
OBJETIVO
Levá-los a experimentar a beleza e a força da vida em Cristo, reconhecendo nela o antídoto para as
nossas imperfeições.
MATERIAL
Anexo XVI - PECADORA ARREPENDIDA
Anexo XVII - VIDA EM CRISTO
Bíblia
METODOLOGIA
Pregação ao vivo
ESQUEMA DA FORMAÇÃO
• Inicie o ensino de hoje dando seu testemunho do compromisso feito na semana anterior,
confiar à presença de Jesus o aspecto que foi apontado como bastante desafiante. Averigue se
alguém gostaria de também partilhar sua experiência.
• Leia em alta voz para todos o anexo PECADORA ARREPENDIDA que traz de forma fictícia o
testemunho pessoal de Maria Madalena logo após sua experiência com Jesus, os primeiros
momentos, os primeiros anos e desafios de permanecer na graça recebida. Apresente como
uma “carta” de Maria Madalena por ocasião deste ensino, como sendo testemunho pessoal da
vida nova em Cristo que ela acolhera, com suas graças e desafios.
• Logo em seguida, dê inicio a pregação que está detalhadamente orientada no anexo VIDA EM
CRISTO.
Lembre-se!!! O anexo PECADORA ARREPENDIDA deve ser lido para todos e o anexo VIDA EM
CRISTO não deve ser distribuído porque é um subsidio apenas para o pregador.
• Finalize a reunião de hoje reservando os últimos 5 minutos para que respondam numa partilha
comunitária as perguntas abaixo, já a luz de todo o ensino e do “testemunho” dela no inicio da
formação:
o Você já viveu algo assim, pessoalmente? Como você foi acolhida quando voltou atrás?
o Como você acolhe pessoas que, tendo errado no passado, decidem voltar atrás?
o Você já pensou como estas pessoas precisam de sua acolhida e ajuda?
o Já pensou como pode ser crucial sua presença, acolhida e ajuda em um momento
desses?
TEMA
Perder a vida por amor a Jesus, à humanidade e à Igreja.
OBJETIVO
Motivar a oferta de vida e realizar o dom de si em favor da evangelização por amor a Jesus, à
humanidade e à Igreja.
MATERIAL
Anexo XVIII - DAR A VIDA
Bíblia
METODOLOGIA
Pregação ao vivo
ESQUEMA DA FORMAÇÃO
• Explique bem detalhadamente o objetivo desse ensino e contextualize-o nesse momento da
caminhada, enfatizando bastante que a esta conversão para o serviço é uma questão da graça,
de intimidade com a Pessoa do Espírito Santo.
• O ensino será uma pregação sobre perder a vida por amor a Jesus, à humanidade e à Igreja,
segundo o roteiro no anexo DAR A VIDA.
• ATENÇÃO!!! Finalize a formação orientando que ao longo da semana todos devem procurar na
oração pessoal fazer um exame de consciência sobre que coisas ainda não foram ofertadas
para o serviço de Deus: tempo, talentos, prioridades, etc. ou que ainda estão sendo vividas
pelo nosso voluntarismo. À luz desse exame, oriente que todos busquem os meios de renovar
profundamente essa entrega (dia do ministério, tempo para servir, disponibilidade de ir além,
etc.)
TEMA
Dar a Deus o que é de Deus
OBJETIVO
Aprofundar a vivência da radicalidade evangélica e a coerência de vida.
MATERIAL
Anexo XIX - TUDO DAR
Bíblia
METODOLOGIA
Pregação ao vivo
ESQUEMA DA FORMAÇÃO
• Apresente o objetivo do ensino e sua importância, comentando a necessidade de
aprofundarmos essa vivencia, uma vez que, especialmente nessa fase da Metanóia, um fruto
que autentica o nosso crescimento é um compromisso mais radical e coerente com o
Evangelho.
• Agora, dê inicio ao ensino com base no anexo TUDO DAR, pregando sobre todos os aspectos
indicados nos itens de 1 a 7. Tenha a diligência de não subtrair nenhum item e o cuidado de ser
bastante concreto nos exemplos que podem traduzir as situações concretas indicadas no roteiro
apresentado.
• Finalize o ensino com oração sobre todos os membros do grupo, impondo as mãos brevemente
sobre cada um, apenas para suplicar a renovação do batismo e uma nova intimidade com Jesus
que leve à esse maior compromisso com seu seguimento. Que se cante um refrão ao Espírito
Santo para viver esse momento.
TEMA
OS MELHORES PERFUMES
OBJETIVO
Fomentar a decisão de dar com generosidade e radicalidade as primícias da nossa vida, tempo,
talentos e, sobretudo, os movimentos da nossa vontade.
MATERIAL
Anexo XX - DAR O MELHOR
Bíblia
DVD do Pastor “Os melhores perfumes”
METODOLOGIA
Pregação ao vivo
ESQUEMA DA FORMAÇÃO
• Como nas semanas anteriores, não deixe de recapitular o caminho percorrido, ou pelos menos
os aspectos que mais fortes à experiência do grupo.
TEMA
Evangelização no poder do Espírito
OBJETIVO
Aprofundar a evangelização (missionariedade) como uma graça essencial à nossa santificação e
para a santificação do mundo e como o Senhor a sustenta com graças especiais do Espírito.
MATERIAL
Anexo XXI - NO PODER DO ESPÍRITO
Bíblia
METODOLOGIA
Pregação ao vivo
ESQUEMA DA FORMAÇÃO
• Como fazemos impreterivelmente, tendo explicado o objetivo do ensino e sua importância
nesse momento da caminhada, inicie a pregação seguindo o roteiro do anexo NO PODER DO
ESPÍRITO.
• Finalize o ensino abrindo o momento para tirar as dúvidas. Se não houver duvidas, você pode
realçar comentando sobre a importância do que foi dito, dando exemplos de como uma intensa
vida de serviço pode fortalecer nossa experiência com Jesus. Isso é também uma forma de
refletir no concreto a experiência sobre cada ponto do anexo.
TEMA
LIVRE (tema a cargo do Pastor do Grupo)
OBJETIVO
- Desenvolver a capacidade de verificar a qualidade da caminhada, os passos dados, confirmando e
fortalecendo o crescimento pessoal e do grupo.
- ou atualizar o programa previsto para esta fase.
MATERIAL
De acordo com a necessidade de recapitulação ou atualização (em submissão presente manual).
METODOLOGIA
ESQUEMA DA FORMAÇÃO
• Essa semana está reservada para o objetivo descrito acima. Deverá ser utilizada para rever
alguma das formações anteriores ou repor alguma semana que esteja atrasada por motivos
pastorais locais, ou ainda para ser dado um tema que o pastor achar melhor.
• Finalize a formação com uma oração de ação de graças ao Senhor pela Sua obra acontecida
nas nossas vidas.
TEMA
O “sim” de Maria e José e nossa conversão à vontade de Deus
OBJETIVO
Crescer no conhecimento e no amor à vontade de Deus, realizando com obediência e liberdade
tudo o que concerne ao discernimento e vivencia da mesma.
MATERIAL
Anexo XXII - VONTADE DE DEUS
Anexo XXIII - FIAT
METODOLOGIA
Leitura individual e pregação
ESQUEMA DA FORMAÇÃO
• Ao apresentar o objetivo desse ensino, distribua o anexo VONTADE DE DEUS e libere-os para
um deserto breve de 10 minutos. Você deve com antecedência providenciar uma cópia para
cada pessoa porque a metodologia pode não atingir o objetivo se for usada de outra forma.
• Oriente que cada um grife o que mais tocou seu coração, fazendo também uma pequena lista
das coisas que reconhece precisar de uma adesão mais sincera e constante no caminho da
vontade de Deus. (O deserto pode ser na capela com o santíssimo ou na própria sala do grupo
de oração)
• Agora, dê mais 5 minutos para que, sob escuta do Espírito e à luz da pregação, cada um
escreva CONCRETAMENTE seu propósito de amor à vontade de Deus em referencia à lista do
deserto.
• Finalize, fazendo duplas para partilhar sua lista do deserto e onde um reze pelo outro,
intercedendo pelo irmão e seu crescimento na vontade de Deus, à luz da partilha.
TEMA
A ação do Espírito em Jesus e em nós, seus discípulos
OBJETIVO
Levar as ovelhas a uma renovada consciência e experiência de que o primeiro lugar deve ser dado
à graça de Deus que realiza em nós as transformações necessárias para o seguimento de Cristo.
MATERIAL
ANEXO XXIV - PRIMADO DA GRAÇA
Bíblia
METODOLOGIA
Pregação e Testemunho
ESQUEMA DA FORMAÇÃO
• Comente o objetivo com bastante detalhe, especialmente sobre a importância do tema nesse
momento da caminhada: seguir a Cristo não pode ser um voluntarismo, mas uma experiência
de vida na graça, conduzida e sustentada pelo poder do Espírito.
TEMA
Vocação à Santidade
OBJETIVO
Apresentar o caminho das bem-aventuranças como uma graça, como itinerário seguro e
imprescindível no seguimento de Jesus.
MATERIAL
ANEXO XXV - VOCAÇÃO À SANTIDADE
Bíblia
CIC 2012-2016 – A santidade Cristã
METODOLOGIA
Pregação ao vivo
ESQUEMA DA FORMAÇÃO
• A vivência do Evangelho em toda a sua radicalidade gera em nós a santidade. (...) nosso alvo é a
santidade, não por presunção, mas por vocação. (ECCSh, 10). Introduza com este comentário o
objetivo do ensino de hoje, depois de recapitular as semanas anteriores.
• Finalize esse ensino lendo a passagem do martírio de Estevão (At 6,8-15.51-60) como um
exemplo bíblico de dar a vida no seguimento de Cristo, não abrindo mão da santidade de vida
mediante perseguições, nem da radicalidade evangélica mediante as afrontas do mundo.
TEMA
Jesus veio para os pecadores
OBJETIVO
Entender e experimentar a conversão e a vivência da fé não como uma questão moral, de
comportamento exterior, mas de mudança de vida provocada pela experiência de ser amado e
perdoado por Jesus.
MATERIAL
Anexo XXVI - VAI EM PAZ
Bíblia
METODOLOGIA
Pregação ao vivo
ESQUEMA DA FORMAÇÃO
• Apresente o objetivo do ensino de hoje onde teremos uma pregação fundamentada no
Evangelho de Lc 7, 36-50. É importante que todos estejam acompanhando essa leitura na
Bíblia.
• O esquema dessa pregação está a seguir no anexo VAI EM PAZ. Nele você encontrará
fundamentação bíblica e sua relação com nossos desafios atuais. Você deve usar desse
esquema para tocar questões concretas e ao mesmo tempo apontar como pela graça do amor
esponsal (união com Jesus), nós também podemos lidar e vencer cada um desses desafios.
• Ao longo do ensino faça uma partilha breve sobre alguma experiência com a misericórdia divina
ao longo dessa semana que ilustre este ensino.
• Apresente a vida de oração como um poderoso antídoto contra tudo o que desafia nosso
chamado à santidade de vida.
• Finalize a formação elegendo com eles um compromisso onde, por um ato de confiança na
presença de Jesus, algum aspecto bastante desafiante à sua santidade seja entregue ao
Senhor. Cada um deve anotar seu compromisso. Isso pode animar que o ensino se torne
vivencia concreta ao longo da semana.
TEMA
Dar a vida por Jesus, pela Igreja, pela humanidade ferida.
OBJETIVO
Crescer no discipulado de Jesus, pela generosidade e a concreta caridade, no serviço e no amor
especialmente para com os que sofrem pelo desconhecimento de Cristo.
MATERIAL
DVD do pastor “Dar a vida por Jesus”
Anexo XXVII - DISCIPULADO E CARIDADE
Bíblia
METODOLOGIA
Pregação ao vivo
ESQUEMA DA FORMAÇÃO
• Recapitule o ensino da semana anterior a fim de dar um fio condutor ao caminho que estamos
fazendo e, logo em seguida, dê inicio à formação prevista para essa reunião do grupo
apresentando os itens TEMA e OBJETIVO acima descritos.
• A formação será preparada a partir do DVD para o Pastor “Dar a vida por Jesus”, ele será um
subsidio para o pastor/pregador.
• Para ajudar na sua pregação disponibilizamos o anexo DISCIPULADO E CARIDADE. Dará alguns
pontos sobre a autêntica caridade de Jesus, que se desdobra em atitudes concretas de amor ao
próximo, suas dores e necessidades.
TEMA
A Divina Providência
OBJETIVO
Abandono nas mãos da Providencia Divina através da oração e da violência do coração,
reacendendo o abandono em toda circunstância, como algo constitutivo de nossa experiência com
Deus.
MATERIAL
Bíblia
DVD “A divina providência”
METODOLOGIA
Exibição do DVD para as ovelhas
ESQUEMA DA FORMAÇÃO
• Apresentar tema e objetivo do ensino de hoje.
• Exibição do DVD
• Após a pregação, oriente que cada um faça uma lista do que mais dificulta o seu abandono nas
mãos da divina providencia. Tomar consciência disso é muito importante para a cura interior,
cura da desconfiança de Deus, bloqueios contra o louvor, libertação do medo, da desconfiança
da Divina Providência, das “riquezas” pessoais.
• Fraternidade – 5 minutos
• Oração e Louvor – 45 minutos
• Partilha sobre a oração – 10 minutos
• Formação: 45 minutos
• Perguntas/dúvidas: 10 minutos
• Pastor pedir feedback do caderno de oração e Estudo Bíblico.
• Pastor lembrar as ovelhas de trazerem a Bíblia.
TEMA
As parábolas da Misericórdia Divina
OBJETIVO
Crescer na confiança no Pai e na experiência da Sua misericórdia. Despertar a certeza de que
sempre é tempo de voltar para a casa do Pai.
MATERIAL
Anexo XXVIII - E CORREU PARA ABRAÇAR O FILHO
Bíblia
METODOLOGIA
Pregação ao vivo
ESQUEMA DA FORMAÇÃO
• Apresente o tema e objetivo do ensino de hoje.
• Fale sobre as parábolas nas quais Deus busca o homem: A ovelha perdida; A dracma perdida;
O filho perdido.
• Elas são a resposta de Jesus aos fariseus e escribas que o criticavam por receber os publicanos
e pecadores e comer com eles.
• Ressalte que a ovelha e a dracma não tinham vontade própria para perder-se. Entretanto, o
filho a tinha e a usou com toda liberdade. Esta foi a grande dor do Pai.
• A pregação será com base no anexo E CORREU PARA ABRAÇAR O FILHO, uma homilia de
Raniero Cantalamessa sobre o Filho Pródigo.
TEMA
LIVRE (tema a cargo do Pastor do Grupo)
OBJETIVO
- Desenvolver a capacidade de verificar a qualidade da caminhada, os passos dados, confirmando e
fortalecendo o crescimento pessoal e do grupo.
- ou atualizar o programa previsto para esta fase.
MATERIAL
De acordo com a necessidade de recapitulação ou atualização (em submissão presente manual).
METODOLOGIA
ESQUEMA DA FORMAÇÃO
• Essa semana está reservada para o objetivo descrito acima. Deverá ser utilizada para rever
alguma das formações anteriores ou repor alguma semana que esteja atrasada por motivos
pastorais locais, ou ainda para ser dado um tema que o pastor achar melhor.
• Finalize a formação com uma oração de ação de graças ao Senhor pela Sua obra acontecida
nas nossas vidas.
TEMA
Kenósis
OBJETIVO
Aprofundar o sentido da Paixão de Cristo como kénosis total, entrega total de amor e união com o
homem.
MATERIAL
Anexo XXIX - KENOSIS E UNIÃO
DVD do Pastor “Humildade e Pequenez” (Sexta-Feira Semana Santa - Fortaleza 2010)
METODOLOGIA
Pregação ao vivo
ESQUEMA DA FORMAÇÃO
• Após apresentar com clareza o objetivo dessa formação, inicie a pregação sobre o tema à luz
do DVD do pastor, o qual foi assistido e sobre o qual foi preparada a pregação.
• A próxima formação depende bastante da clareza com que estes aspectos forem aprofundados.
O DVD do pastor de hoje foi uma pregação dada na Sexta-feira Santa, no Retiro de Semana em
Fortaleza no ano de 2010. O pastor/pregador deve assisti-lo para preparar a pregação.
• Fraternidade – 5 minutos
• Oração e Louvor – 45 minutos
• Partilha sobre a oração – 10 minutos
• Formação: 45 minutos
• Perguntas/dúvidas: 10 minutos
• Pastor pedir feedback do caderno de oração e Estudo Bíblico.
• Pastor lembrar as ovelhas de trazerem a Bíblia.
TEMA
Jesus está vivo!
OBJETIVO
Aprofundar alguns dos principais aspectos da ressurreição de Cristo relacionados ao carisma
shalom: fé, paz, parresia, esperança na ressurreição e vida no espírito.
MATERIAL
Bíblia
METODOLOGIA
Pregação ao vivo
ESQUEMA DA FORMAÇÃO
• Tendo repetido o procedimento em relação à recapitulação e à apresentação do tema e do
objetivo do ensino dessa semana, peça que tomem a Bíblia, tomem e leiam juntos o Evangelho
de Lucas 24, 36-43.
• A recapitulação da semana anterior é muito importante visto que esse ensino da continuidade
ao único e mesmo mistério da entrega da Jesus para nossa salvação.
• A seguir, enfatize vivamente que o Espírito Santo nos leva a crer e experimentar o Cristo
Ressuscitado que nos comunica a sua vida, a sua paz.
• Recorde aprofundando que é também o Espírito que nos faz desejar ardentemente comunicar
esta graça a todos os que encontramos.
• É ainda o Espírito Santo que nos faz esperar a ressurreição dos mortos.
• Conclua falando sobre a vida no Espírito como cumprimento indispensável das promessas de
Jesus ressuscitado (Cf. Lc 24, 49).
• Finalize apresentando a vida dos santos que testemunham concretamente a experiência com a
ressurreição de Jesus (São Paulo, Santa Maria Madalena, Santo Agostinho, etc.)
• Fraternidade – 5 minutos
• Oração e Louvor – 45 minutos
• Partilha sobre a oração – 10 minutos
• Formação: 45 minutos
• Perguntas/dúvidas: 10 minutos
• Pastor pedir feedback do caderno de oração e Estudo Bíblico.
• Pastor lembrar as ovelhas de trazerem a Bíblia.
TEMA
Ser paráclito e viver Pentecostes
OBJETIVO
Questionar sobre o limitado poder de conversão das pregações de hoje, levando-se em conta que o
Espírito é o mesmo que ungiu Pedro.
MATERIAL
Bíblia
Livro “Como um Novo Pentecostes” - Patty Mansfield
DVD do pastor “NOVO PENTECOSTES”
METODOLOGIA
Pregação ao vivo
ESQUEMA DA FORMAÇÃO
• Recapitule as semanas anteriores que formam o bloco da paixão, morte, ressurreição do Senhor
antes de apresentar o objetivo do ensino de hoje que nos introduzirá no mistério do
recebimento do Espírito Santo, com as graças e compromissos próprios dessa experiência.
• Prepare sua pregação a partir do DVD do pastor “NOVO PENTECOSTES” e nele vá tirando os
pontos da sua pregação.
• Falar sobre o primeiro discurso de Pedro e seu poder de converter. Qual será a diferença dos
efeitos das pregações de hoje? A fé? A confiança em Deus? A falta de oração? A necessidade de
entregar-se mais radicalmente a Jesus?
• Ler At 2, 42. Explicar que a partilha de bens e de vida é característica da ação do Espírito
Santo.
• Narrar a história do primeiro grupo católico batizado no Espírito no mundo (1968), que deu
origem à RCC e às novas comunidades no mundo inteiro. Chama-se a esta graça de “Novo
Pentecostes na Igreja”.
• Você pode ter por base o livro “Como um Novo Pentecostes”, onde Patty Mansfield narra em
testemunhalmente a graça do batismo no Espírito Santo que deu origem ao movimento da
Renovação Carismática Católica no mundo inteiro.
• Finalize com uma partilha de alguém que foi “pescado” pela pregação e testemunho de um
evangelizador aos moldes do At 2,1-13.
TEMA
O sentido da comunhão de bens
OBJETIVO
Comprometer-se com a dimensão da partilha concreta através da comunhão de bens em favor da
evangelização, à luz do carisma shalom, como nas primeiras comunidades cristãs.
MATERIAL
Bíblia
DVD para o pastor “Comunhão de Bens nas primeiras comunidades cristãs”
METODOLOGIA
Pregação ao vivo
ESQUEMA DA FORMAÇÃO
• A pregação será sobre o DVD do pastor “Comunhão de Bens nas primeiras comunidades
cristãs”. Pode-se também, para enriquecer a pregação, se utilizar dos pontos abaixo:
• Quando lemos o capítulo 4 de Atos dos Apóstolos, ficamos encantados com a vida de partilha
de bens, de fé, de entendimento da Palavra, de vida dos primeiros cristãos.
• O capítulo 5, porém, nos reserva um susto: por terem mentido acerca de seus bens e, portanto,
por terem feito uma falsa comunhão de bens, Ananias e Safira são punidos com a morte.
• Ler capítulo 5, 1-11. A causa das mortes fica bem explícita pela boca do próprio Pedro: ambos
mentiram ao Espírito Santo.
• Reler At 5,3s e 9s. A forma como Deus reage à mentira de Ananias e Safira deixa clara a
importância que Ele dá à verdade e à comunhão de bens.
• A morte do casal deixa claras as conseqüências do pecado contra o Espírito Santo. Deixa claro,
também, que, para Deus, a comunhão de bens não é assunto monetário, mas espiritual.
• Em geral, temos um relacionamento com o dinheiro e com os bens que está longe de ser sadio
e evangélico.
TEMA
Vida de São Paulo
OBJETIVO
Aprofundar o seguimento de Cristo tendo a experiência de São Paulo como referencia de
esponsalidade, testemunho de castidade e incansável na evangelização.
MATERIAL
DVD “Vida e conversão de São Paulo” (Silvio Scopel – Reciclagem 2009)
Bíblia
METODOLOGIA
Exibição do DVD para as ovelhas
ESQUEMA DA FORMAÇÃO
• Tendo introduzido o objetivo, dê um tempo para uma leitura cursiva do capítulo 9 dos Atos dos
Apóstolos que trata da conversão de São Paulo. Essa leitura não precisa ser demorada, nem
partilhada. Ela será aprofundada durante o ensino.
• Em seguida, dê inicio à exibição do DVD “Vida e conversão de São Paulo” (Silvio Scopel –
Reciclagem 2009)
• A pregação apresentará, à luz da vida e conversão de Paulo, que seguir a Cristo não é sinônimo
de voluntarismo, mas uma experiência de docilidade e confiança.
• Encerre a formação planejando uma ação evangelizadora que possa ser realizada por cada um
ao longo da semana (evangelizar alguém no ônibus, no trabalho, na rua, etc.)
TEMA
A Igreja Primitiva
OBJETIVO
Refletir sobre o modelo e buscar a experiência da coragem de sofrer com alegria por amor a Deus
pela implantação do seu Reino concretamente.
MATERIAL
Anexo XXX - LECTIO DIVINA
Bíblia
METODOLOGIA
Lectio Comunitária
ESQUEMA DA FORMAÇÃO
• Faremos a Lectio Divina comunitária com At 4,1-20.
• Entregue, com um BREVE canto ao Espírito esse momento, para gerar abertura para a lectio.
Logo após essa "introdução" o coordenador deve iniciar a Lectio propriamente dita, onde os
passos devidamente detalhados no anexo LECTIO DIVINA.
• Fraternidade – 5 minutos
• Oração e Louvor – 45 minutos
• Formação (lectio comunitária): 60 minutos
• Partilha:10 minutos
OBS: No ultimo dia de grupo deve-se já estar tudo certo para o Retiro o Grupo de mudança para a
fase Koinonia.
PARA AS OVELHAS
DVD SEMANA REFERÊNCIA
DVD – Vontade de Deus 7º Semana Carmadélio
DVD – CONVERSÃO: Grande
20º Semana Silvio Scopel
alegria
DVD – A divina Providência 02 33º Semana Gleidson
DVD – Vida e conversão de São Reciclagem 2009 - Silvio
40º Semana
Paulo Scopel
“O Evangelho do II domingo de Advento, não é Jesus que nos fala diretamente, mas seu
precursor, João Batista. O coração da pregação do Batista está contido nessa frase de Isaías, que
repete a seus contemporâneos com grande força: «Esta é a voz daquele que grita no deserto:
preparai o caminho do Senhor, endireitai suas veredas!». Isaías, para dizer a verdade, expressava:
«Uma voz clama: no deserto, abri caminho ao Senhor» (Is 40, 3). Não é, portanto, uma voz no
deserto, mas um caminho no deserto. Os evangelistas, aplicando o texto ao Batista que pregava no
deserto da Judéia, modificaram a pontuação, mas sem mudar o sentido da mensagem.
Jerusalém era uma cidade rodeada pelo deserto: ao Oriente, os caminhos de acesso,
enquanto se traçavam, facilmente desapareciam pela areia que o vento move, enquanto ao
Ocidente se perdiam entre as asperezas do terreno para o mar. Quando uma comitiva ou um
personagem importante devia chegar à cidade, era necessário sair e caminhar pelo deserto para
abrir uma via menos provisória; cortavam as sarças, aplainavam os obstáculos, reparavam a ponte
ou uma passagem. Assim se fazia, por exemplo, por ocasião da Páscoa, para acolher os peregrinos
que chegavam da Diáspora. Neste dado, de fato, inspira-se João Batista. Está a ponto de chegar,
clama, aquele que está acima de todos, «aquele que deve vir», o esperado os povos: é necessário
traçar um caminho no deserto para que possa chegar.
Mas eis aqui o salto da metáfora à realidade: este caminho não se traça no terreno, mas no
coração de cada homem: não se traça no deserto, mas na própria vida. Para fazê-lo, não é
necessário pôr-se materialmente ao trabalho, mas converter-se: «Endireitai os caminhos do
Senhor»: este mandato pressupõe uma amarga realidade: o homem é como uma cidade invadida
pelo deserto; está fechado em si mesmo, em seu egoísmo; é como um castelo com um fosso ao
redor e as pontes levantadas. Pior: o homem complicou seus caminhos com o pecado e aí
permaneceu, seduzido, como em um labirinto.
A palavra de Deus jamais nos esmaga sob um monte de deveres sem dar-nos ao mesmo
tempo a segurança de que Ele nos dá o que nos manda fazer. Deus, diz [o profeta] Baruc, «dispôs
que sejam abaixados os montes e as colinas, e enchidos os vales para que se uma o solo, para que
Israel caminhe com segurança sob a glória divina» [Ba 5, 7, N. da R.] Deus abaixa, Deus enche,
Deus traça o caminho; é tarefa nossa corresponder à sua ação, recordando que «quem nos criou
sem nós, não nos salva sem nós».”
1. Leia Mt 5, 19-23.
3. Fale sobre a escolha cotidiana e contínua que temos de fazer entre o bem e o mal, entre a
luz e as trevas, entre o céu e a terra.
4. Veja quem pensa todos os dias no céu, quem o deseja e porque o deseja.
5. O amor a Jesus está ligado ao desejo de tê-lo totalmente e vê-lo intimamente no céu.
6. Sob este ponto de vista, comente o versículo “lá onde está o teu tesouro, está também teu
coração”. Dê exemplos concretos do dia a dia: namorados, desejos, preocupações, etc.
7. Deus é a luz da alma, que a guia, orienta, protege, esclarece pelo poder do Espírito Santo.
8. Podemos dizer “não” a esta luz através do pecado. Segundo Santa Teresa, o pecado
escurece nossa alma como um grosso pano negro colocado sobre ela. Tira-lhe a luz e tira
todo mérito de boas obras que façamos.
9. Partilhar da história de alguns santos que buscam seu tesouro no céu porque buscam Jesus
e que têm horror ao pecado que os afasta de Deus.
a. Exemplos: São João Maria Vianey, São Domingos Sávio “Antes morrer que pecar”,
São Francisco de Assis, etc.
“Nada te perturbe,
Nada te espante,
Pois tudo passa,
Só Deus não muda,
Tudo a paciência,
Por fim alcança.
Quem a Deus tenha,
Nada lhe falta,
Só Deus basta.”
1. Leia Mt 7, 21-29
5. O verdadeiro discípulo de Jesus não é aquele que faz milagres e ressuscita mortos, mas o que
faz a Vontade do Pai, o que pensa e sente como Jesus. Fazer milagres é bom e propaga o
Reino. Porém há os que fazem milagres e não servem ao Reino, nem seguem Jesus porque não
vivem o Evangelho.
6. O discípulo verdadeiro de Jesus é aquele que escolhe a porta e o caminho estreitos, os mesmos
que Jesus escolheu.
7. O discípulo de Jesus conhece a voz do mestre e não a confunde com a dos falsos profetas de
cada época. (Dizem os historiadores que um dos grandes problemas de Judas foi ouvir o que
diziam os zelotas, falsos profetas do seu tempo).
8. O discípulo de Jesus fala com autoridade por que vive o Evangelho Sua vida tem coerência com
sua fé.
VONTADE DE DEUS
Moysés Azevedo - CARTA À COMUNIDADE 2005
9
Pode-se consultar os Escritos da Comunidade Católica Shalom – Carta à Comunidade 2005 (p. 87, parág. 60)
“Desde o início da vida da Igreja, os discípulos celebravam a “fração do pão” (At 2,42). Com
o tempo a celebração do Corpo e do Sangue do Senhor passou a ser chamada de Eucaristia, que
quer dizer ´ação de graças´, por ser exatamente o momento privilegiado de se agradecer ao
Senhor tudo o quanto Ele fez e faz pela nossa salvação. É nesta celebração que se manifesta todo
o amor e toda a misericórdia do Senhor para conosco. Sobre o altar renova-se o sacrifício do
Calvário; isto é, a imolação de Jesus pelo resgate da sua criatura amada. Na santa Missa, a mesma
paixão, morte e ressurreição do Senhor, renovam-se; isto é; tornam-se presentes, para que cada
um de nós possa receber as suas abundantes graças. As ações de Jesus são teândricas, isto é,
humanas e divinas ao mesmo tempo, eternas, e, por isso, hoje, na Eucaristia celebrada, podemos
viver a mesma paixão do Senhor.
Na missa o Calvário se faz presente; o mesmo Calvário, não uma repetição. Todo o mistério
da nossa Redenção se faz presente, vivo, sobre o altar, de maneira incruenta, para que, por ele, o
mundo continue a ser salvo. É a celebração máxima do amor de Deus por nós. Mas, tem mais, no
seu amor indizível por cada um de nós, o Senhor quis ficar conosco, com a mesma glória que está
nos céus; na espécie do pão vem a nós para ser o Alimento e o Remédio da nossa alma. O amor
exige que o amado esteja junto, em comunhão, com a criatura amada. Nada dói mais no Amado
que estar separado da sua amada. Nada dói mais no coração do Senhor do que estar longe de nós.
O coração de Jesus sofre da doença chamada amor. A sua maior agonia é a carência do amor das
suas criaturas. Foi exatamente isto que Jesus revelou a santa Margarida Alacoque em 1673. Santa
Teresinha dizia: “O Amor não é amado”. Pois bem, Jesus vem a nós na Eucaristia, sedento de
amor; mas, muitas vezes o recebemos tão mal! Muitos, nem mesmo fazem a “ação de graças” após
a Comunhão. Nem mesmo dez minutos reservamos para “ ficar com o Senhor ” que vem à nossa
morada.
Não temos tempo nem de receber as graças que Ele quer nos dar... Logo que comungamos,
já saímos da igreja, ficamos conversando, cantando, às vezes músicas barulhentas... e até
esquecemos que o Senhor da glória “hospeda-se” em nós. Que maus hospedeiros nós somos ! S.
Teresa D’Ávila dizia que: “Jesus é um hóspede que paga muito bem a boa hospedagem que lhe
oferecemos, pois ele continua a dizer-nos que ´a raposa tem suas tocas e as aves dos céus seus
ninhos, mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça´.´ Na Comunhão é o momento de
oferecer o nosso coração para nele o Senhor repousar. É a hora privilegiada de ir a Ele que nos
chama: “Vinde a mim vós todos que estais aflitos e cansados, e Eu vos aliviarei ...” (Mt 11,28). É a
hora de “ estar com o Senhor ”, sem pressa... É o momento de ´abraçá-Lo´, de satisfazer o seu
amor por nós, de desagravar-lhe o coração tão ofendido pelos sacrilégios, ofensas e indiferenças
que recebe. É a hora irresistível de invocar a sua misericórdia infinita para perdoar os nossos
pecados, para salvar a todos os agonizantes e pecadores, e sufragar com o Seu Sangue as almas
todas do purgatório.
É a hora de pedir-lhe pelas necessidades da Igreja, do Papa, do nosso Bispo, do Clero, das
vocações, da família, dos filhos, dos parentes, dos amigos e de todos que se recomendaram às
nossas orações.
É o momento privilegiado do Senhor curar a nossa alma, de fazer morrer em nós as raízes
das ervas daninhas, os vícios capitais (soberba, ganância, luxúria, gula, ira, inveja, preguiça). É a
hora de apresentar ao Divino médico as feridas da nossa alma. Enfim... é a “ hora da graça ”. Mas,
infelizmente, a deixamos passar... temos pressa para as coisas do mundo. O nosso amor ao mundo
ainda é maior que o nosso amor ao Senhor. Mas Ele é paciente... e continuará ´sofrendo de amor”
por nós e a nos esperar. Após a comunhão é preciso “estar com o Senhor”, sem pressa, no silêncio
e na “ação de graças”. O céu se faz presente em nossa alma neste momento, é preciso vivê´lo.
Santa Teresa dizia que ´onde está a Majestade , está toda a Corte´. Junto com os Anjos e Santos,
em nossa alma, demos graças ao Rei.”
“Existe, na cultura e na sociedade de hoje, um fato que pode nos introduzir na compreensão do
Evangelho deste, e é a domingo pesquisa de opinião. Ela é praticada em todos os âmbitos, mas
sobretudo no político e comercial. Também Jesus um dia quis fazer uma pesquisa de opinião, mas
com fins, como veremos, muito diferentes: não políticos, mas educativos. Chegado à região da
Cesaréia de Filipo, ou seja, a região mais ao norte de Israel, em uma pausa de tranqüilidade, na
qual estava a sós com os apóstolos, Jesus lhes dirigiu, a queima-roupa, a pergunta: «Quem dizem
os homens ser filho do Homem?».
É como se os apóstolos não esperassem outra coisa para poder finalmente falar sobre todas as
vozes que circulavam a propósito dele. Respondem: «Uns afirmam que é João Batista, outros que é
Elias, outros, ainda, que é Jeremias ou um dos profetas». Mas para Jesus não interessava medir o
nível de sua popularidade ou seu índice de simpatia entre o povo. Seu propósito era bem diferente.
Então Ele lhes pergunta: «E vós, quem dizeis que eu sou?».
Esta segunda pergunta, inesperada, deixa-os desconcertados. Entrecruzam-se silêncio e
olhares. Se na primeira pergunta se lê que os apóstolos responderam todos juntos, em coro, esta
vez o verbo é singular; só «respondeu» um, Simão Pedro: «Tu és o Cristo, o filho do Deus vivo!».
Entre as duas respostas há um salto abismal, uma «conversão». Se antes, para responder bastava
olhar ao redor e ter escutado as opiniões das pessoas, agora é preciso olhar para dentro, escutar
uma voz bem diferente, que não vem da carne nem do sangue, mas do Pai que está nos céus.
Pedro foi objeto de uma iluminação «do alto».
Trata-se do primeiro autêntico reconhecimento, segundo os evangelhos, da verdadeira
identidade de Jesus de Nazaré. O primeiro ato público de fé em Cristo, da história! Pensemos no
sulco deixado por um barco: vai se movimentando até perder-se no horizonte, mas começa com
uma ponta, que é a ponta do barco. Assim acontece com a fé em Jesus Cristo. É um sulco que foi
movimentando-se na história, até chegar aos «últimos confins da terra». Mas começa com uma
ponta. E esta ponta é o ato de fé de Pedro: «Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo». Jesus usa outra
imagem, vertical, não horizontal, vertical não horizontal: rocha, pedra. «Tu és Pedro e sobre esta
pedra edificarei minha Igreja».
Jesus muda o nome de Simão, como se faz na Bíblia quando se recebe uma missão importante:
chama-o de «Cefas», Rocha. A verdadeira rocha, a «pedra angular» é, e continua sendo, ele
mesmo, Jesus. Mas, uma vez ressuscitado e ascendido ao céu, esta «pedra angular», ainda que
presente e operante, é invisível. É necessário um sinal que a represente, que torne visível e eficaz
na história este «fundamento firme» que é Cristo. E este será precisamente Pedro, e, depois dele,
aquele que o substituir, o Papa, sucessor de Pedro, como cabeça do colégio dos apóstolos.
Mas voltemos à idéia da pesquisa. A pesquisa de Jesus, como vimos, desenvolve-se em dois
momentos, comporta duas perguntas fundamentais: primeiro, «quem dizem os homens ser o filho
do Homem?»; segundo, «quem dizeis vós que sou eu?». Jesus não parece dar muita importância
ao que as pessoas pensam dele; interessa-lhe saber o que pensam seus discípulos. E o faz com
esse «e vós, quem dizeis que sou eu?». Não permite que se escondam atrás das opiniões dos
outros, mas quer que digam sua própria opinião.
A situação se repete, quase identicamente, nos dias de hoje. Também hoje, «as pessoas», a
opinião pública, têm suas idéias sobre Jesus. Jesus está na moda. vejamos o que acontece no
mundo da literatura e do espetáculo. Não passa um ano sem que saia uma novela ou um filme com
a própria visão, torcida e dessacralizada, de Cristo. O caso do Código Da Vinci, de Dan Brown, foi o
mais clamoroso e está tendo muitos imitadores.
Depois estão os que ficam a meio caminho. Como as pessoas de seu tempo, crêem que Jesus é
«um dos profetas». Uma pessoa fascinante, que se encontra ao lado de Sócrates, Gandhi, Tolstoi.
Estou certo de que Jesus não despreza estas respostas, porque se diz dele que «não apaga a
chama fumegante e não quebra o caniço rachado», ou seja, sabe valorizar todo esforço honesto
por parte do homem. Mas há uma resposta que não se enquadra, nem sequer na lógica humana.
Gandhi ou Tolstoi nunca disseram «eu sou o caminho, a verdade e a vida», ou também «quem
ama seu pai ou sua mãe mais que a mim não é digno de mim».
Com Jesus não se pode ficar na metade do caminho: ou é o que diz ser, ou é o maior louco
exaltado da história. Não há meio termo. Existem edifícios e estruturas metálicas (creio que uma é
• É imprescindível que seja escolhido um lugar adequado para o silêncio e oração (uma
capela - de preferência, ou uma igreja que fique aberta o dia todo ou, em ultimo caso, em
casa, mas que seja possível preservar o silêncio).
• LOUVOR E CLAMOR AO ESPÍRITO
1. Comece o retiro pessoal com grande louvor ao Senhor, enumere os feitos do Senhor
e deixe o que o seu coração se encha de gratidão ao Senhor.
2. Depois clame a presença do Espírito Santo, é fundamental. (com músicas, oração
em línguas, etc.)
• REVISÃO DE VIDA
1. Reveja o caminho trilhado, veja as formações que foram dadas, reveja as orações
em seu caderno de oração, folhei-o desde o inicio da fase.
2. Anote em seu caderno os passos que foram dados desde que você começou esta
fase nos seguintes aspectos:
a. Vida de Oração
b. Conhecimento da Palavra de Deus
c. Amor à Virgem Maria
d. Vida Sacramental
• REZAR COM O TEXTO
1. Leia o texto e marque aquilo que ficou forte no Texto 01
2. Volte com os pontos que você marcou e reze com cada um deles.
• LECTIO DIVINA
1. Inicie com Louvor e clame o Espírito.
2. Seguindo os passos da Lectio, reze com Mc 8, 31-38.
3. Anote cada passo em seu caderno
4. A Palavra deve conduzir toda a tarde do retiro e ser aprofundada na oração, deixe-
se conduzir pelo Espírito, com musicas, oração em línguas, etc.
• PROPÓSITOS
1. Faça, a partir da revisão de vida e de tudo que foi rezado, propósitos. (Onde preciso
crescer? O que ainda precisa de conversão?)
2. Aqui é muito aconselhado um PVP (Projeto de Vida Pessoal). O acompanhador já
deve ter explicado como deve ser feito.
Horários
8:00 – Despertar
8:30 – Café da manhã
9:00 – Início do retiro (Louvor e clamor ao Espírito)
9:30 – Revisão de vida (segundo os pontos acima)
10:30 – Rezar com o texto
12:00 – Almoço
12:30 – Descanso
O mais importante em toda conversão não é o ponto de partida, mas o ponto de chegada.
Lamentavelmente, quando se fala de conversão, o pensamento se dirige instintivamente ao que se
deixa: o pecado, uma vida desordenada, o ateísmo... Mas isso é o efeito, não a causa da
conversão.
Como acontece uma conversão é perfeitamente descrito por Jesus na parábola do tesouro
escondido: «O reino dos céus se parece a um tesouro escondido em um campo; um homem o
encontra e o esconde de novo; depois vai, cheio de alegria, vende tudo o que tem e compra esse
campo». Não se diz: «um homem vendeu tudo que tinha e se pôs a buscar um tesouro
escondido». Sabemos como acabam as histórias que começam assim. Perde-se o que se tinha e
não se encontra nenhum tesouro. Histórias de ilusões, de visionários. Não: um homem encontrou
um tesouro e por isso vendeu tudo o que tinha para adquiri-lo. Em outras palavras: é necessário
ter encontrado o tesouro para ter a força e a alegria de vender tudo. Primeiro é preciso ter
encontrado Deus; depois se terá a força de vender tudo. E isso será feito «cheios de alegria»,
como o descobridor do Evangelho. Assim aconteceu no caso da pecadora do Evangelho, e assim
também no caso de Francisco de Assis. Ambos encontraram Jesus e é isso o que lhes deu a força
de mudar.
Eu disse que o ponto de partida da pecadora do Evangelho e de Francisco era diferente, mas talvez
isso não seja exato. Era diferente em aparência, no exterior, mas em profundidade era o mesmo. A
mulher e Francisco, como todos nós, estavam em busca da felicidade e percebiam que a vida que
levavam não os fazia felizes, deixava uma insatisfação e um vazio profundo em seus corações.
Eu li esses dias a história de um famoso convertido do século XIX, Hermann Cohen, um músico
brilhante, idolatrado como menino prodígio de seu tempo nos salões da Europa. Uma espécie de
jovem Francisco em versão moderna. Depois de sua conversão, escrevia a um amigo: «Busquei a
felicidade por todas as partes: na elegante vida dos salões, na ensurdecedora bagunça de bailes e
festas, no acúmulo de dinheiro, na excitação dos jogos da sorte, na glória artística, na amizade de
personagens famosos, no prazer dos sentidos. Agora encontrei a felicidade, dela tenho o coração
repleto e queria compartilhá-la contigo... Tu dizes: ‘Mas eu não creio em Jesus Cristo’. Eu te
respondo: ‘Tampouco eu cria, e é por isso que era infeliz’».
A conversão é o caminho à felicidade e a uma vida plena. Não é algo penoso, mas sumamente
gozoso. É a descoberta do tesouro escondido e da pérola preciosa.
Raniero Catalamessa
“Seis dias depois, Jesus toma consigo Pedro, Tiago e seu irmão João e os leva a parte, a um monte
alto. E se transfigurou diante deles: seu rosto se pôs brilhante como o sol e suas vestes se
tornaram brancas como a luz.”
Por que a fé, as práticas religiosas estão em declive e não parecem constituir, ao menos para a
maioria, o ponto de força na vida? Por que o tédio, o cansaço ao cumprir os próprios deveres de
cristãos? Por que os jovens não se sentem atraídos? Por que, em resumo, este abatimento e esta
falta de alegria entre os crentes em Cristo? O episódio da transfiguração ajuda-nos a dar uma
resposta a estas questões.
Que significou a transfiguração para os três discípulos que a presenciaram? Até então haviam
conhecido Jesus em sua aparência externa, um homem não diferente dos demais, de quem
conheciam a procedência, os costumes, o tom de voz... Agora conhecem outro Jesus, o verdadeiro,
que não se consegue ver com os olhos de todos os dias, à luz normal do sol, mas que é fruto de
uma revelação imprevista, de uma mudança, de um dom. Para que as coisas mudem também para
nós, como para aqueles três discípulos no Tabor, é necessário que suceda em nossa vida algo
semelhante ao que ocorre a um jovem ou a uma moça quando se enamora. No namoro, o outro,
que antes era um entre tantos, ou talvez um desconhecido, de imediato se faz único, o único que
interessa no mundo. Tudo o demais retrocede e se situa em um fundo neutro. Não se é capaz de
pensar em outra coisa. Sucede uma verdadeira transfiguração. A pessoa amada é vista como em
um raio luminoso. Tudo aparece belo nela, até os defeitos. Sente-se indigno dela às vezes. O amor
verdadeiro gera humildade.
Concretamente muda algo, inclusive, nos hábitos de vida. Conheci jovens que pela manhã seus
pais não conseguiam tirá-los da cama para irem ao colégio; se encontravam um trabalho, em
pouco tempo o abandonavam; ou bem se descuidavam nos estudos sem formar-se jamais...
Depois, quando namoravam alguém e noivavam, pela manhã saltavam da cama, impacientes por
acabarem os estudos; se têm um trabalho, cuidam muito dele. Que ocorreu? Nada. Simplesmente,
o que antes faziam por constrição, agora o fazem por atração. E, a atração é capaz de fazer coisas
que nenhuma constrição consegue; põe asas nos pés. “Cada um”, dizia o poeta Ovídio, “é atraído
pelo objetivo do próprio prazer”.
Algo do estilo, dizia, deveria suceder uma vez na vida para ser verdadeiros cristãos, convencidos,
alegres. “Mas a moça ou o rapaz se vê, se toca!”. Também Jesus se vê e se toca, mas com outros
olhos e com outras mãos: os do coração, da fé. Ele está ressuscitado e está vivo. É um ser
concreto, não uma abstração para quem tem esta experiência e este conhecimento. Mais ainda,
com Jesus as coisas vão ainda melhor. No namoro humano há artifício, atribuindo ao amado dotes
que talvez não tenha e, com o tempo, freqüentemente se está obrigado a mudar de opinião. No
caso de Jesus, quanto mais se lhe conhece e se está junto, mais se descobrem novos motivos para
estar orgulhosos d´Ele e confirmados na própria eleição.
Isto não quer dizer que devemos esperar também com Cristo a clássica “flechada”. Se um rapaz ou
uma moça fica todo o tempo encerrado em casa sem ver ninguém, nunca sucederá nada em sua
vida. Para se enamorar, há que se encontrar! Se está convencido, ou simplesmente começa a
pensar que talvez conhecer Jesus deste modo diferente, transfigurado, é belo e vale a pena, então
é necessário que comece a “encontrá-Lo”, a ler seus escritos.
Suas cartas de amor são o Evangelho: aí Ele se revela, “transfigura-se”. Sua casa é a Igreja: aí Ele
é encontrado.
João Paulo II
A liturgia hodierna convida-nos a dirigir o olhar para o rosto do Filho de Deus que no alto do
monte, como de maneira concorde atestam os Sinópticos, se transfigura diante de Pedro, Tiago e
João, enquanto da nuvem a voz do Pai proclama: "Este é o Meu Filho amado. Escutai o que Ele diz"
(Mc 9, 7). São Pedro, ao recordar com emoção o evento, afirmará: "Fomos testemunhas oculares
da Sua majestade" (2 Pd 1, 16).
Na época atual, penetrada pela chamada "civilização da imagem", torna-se mais incisivo o desejo
de poder encher os próprios olhos com a figura do divino Mestre, mas é oportuno recordar as suas
palavras: "Felizes os que acreditam sem terem visto" (Jo 20, 29).
Bento XVI
A montanha – o Tabor como o Sinai – é o lugar da proximidade com Deus. É o espaço elevado,
em relação à existência quotidiana, onde respirar o ar puro da criação. É o lugar da oração, no qual
estar na presença do Senhor, como Moisés e como Elias, que aparecem ao lado de Jesus
transfigurado e falam com Ele acerca do "êxodo" que o espera em Jerusalém, isto é, da sua
Páscoa. A Transfiguração é um acontecimento de oração: rezando, Jesus imerge-se em Deus, une-
se intimamente a Ele, adere com a própria vontade humana à vontade de amor do Pai, e assim a
luz invade-o e torna-se visível a verdade do seu ser: Ele é Deus, Luz da Luz. Também a veste de
Jesus se torna branca e resplandecente. Isto faz pensar no Baptismo, na veste branca que os
neófitos traziam. Quem renasce no Baptismo é revestido de luz antecipando a existência celeste,
que o Apocalipse representa com o símbolo das vestes brancas (cf. Ap 7, 9.13). Encontra-se aqui o
ponto central: a transfiguração é antecipação da ressurreição, mas esta pressupõe a morte. Jesus
manifesta aos Apóstolos a sua glória, para que tenham a força de enfrentar o escândalo da cruz e
compreendam que é preciso passar através de muitas tribulações para alcançar o Reino de Deus. A
voz do Pai, que ressoa do alto, proclama Jesus seu Filho predilecto como no Baptismo no Jordão,
acrescentando: "Ouvi-O" (Mt 17, 5). Para entrar na vida eterna é preciso ouvir Jesus, segui-lo pelo
caminho da cruz, levando no coração como Ele a esperança da ressurreição. "Spe salvi", salvos na
esperança. Hoje podemos dizer: "Transfigurados na esperança".
No Evangelho lemos: «Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: ‘Se teu irmão chegar a
pecar, vai e repreende-o, a sós tu e ele. Se te escutar, terás ganhado um irmão’». Jesus fala de
toda culpa; não restringe ao campo apenas do que se comete contra nós. Neste último caso, de
fato, é praticamente impossível distinguir se o que nos move é o zelo pela verdade ou nosso amor
próprio ferido. Em todo caso, seria mais uma autodefesa que uma correção fraterna. Quando a
falta é contra nós, o primeiro dever não é a correção, mas o perdão.
Por que Jesus diz: «repreende-o a sós»? Antes de tudo, por respeito ao bom nome do
irmão, à sua dignidade. O pior seria pretender corrigir um homem na presença da sua esposa, ou
uma mulher na presença do seu marido; um pai diante de seus filhos, um professor na presença
dos seus alunos, um superior diante dos seus subordinados. Isto é, na presença das pessoas cujo
respeito e estima para alguém importa mais. O assunto se converte imediatamente em um
processo público. Será muito difícil que a pessoa aceite de bom grado a correção.
Ele diz «a sós tu e ele» também para dar à pessoa a possibilidade de defender-se e explicar
sua própria ação com toda liberdade. Muitas vezes, com efeito, aquilo que para um observador
externo parece uma culpa, na intenção de quem a cometeu não o é. Uma explicação sincera
dissipa muitos mal-entendidos. Mas isso deixa de ser possível quando o tema é conhecido por
muitos.
Quando por qualquer motivo não é possível corrigir fraternalmente, a sós, na presença da
pessoa que errou, há algo que se deve evitar absolutamente: a divulgação, sem necessidade, da
culpa do irmão, falar mal dele ou inclusive caluniá-lo, dando por provado aquilo que não o é ou
exagerando a culpa. «Não faleis mal uns dos outros», diz a Escritura (Tiago 4, 11). A fofoca não é
menos mal ou menos grave só porque agora é chamada de «gossip».
Uma vez uma mulher foi se confessar com São Felipe Néri, acusando-o de ter falado mal de
algumas pessoas. O santo a absolveu, mas lhe pôs uma estranha penitência. Disse-lhe que fosse
para casa, pegasse uma galinha e voltasse onde ele estava, depenando-a pouco a pouco ao longo
do caminho. Quando esteve novamente diante dele, ele lhe disse: «Agora volta para casa e recolhe
uma por uma das penas que deixaste cair quando vinhas para cá». A mulher lhe mostrou a
impossibilidade: o vento as havia dispersado. Aí é onde queria chegar São Felipe. «Vês – disse-lhe
– que é impossível recolher as penas uma vez que o vento as levou? Da mesma forma é impossível
retirar murmurações e calúnias, uma vez que saíram da boca.»
Voltando ao tema da correção, deve-se dizer que nem sempre depende de nós o bom
resultado ao fazer uma correção (apesar de nossas melhores disposições, o outro pode não aceitar,
obstinar-se); contudo, depende sempre e exclusivamente de nós o bom resultado... ao receber
uma correção. De fato, a pessoa que «cometeu a culpa» bem poderá ser eu e quem corrige ser o
outro: o marido, a mulher, o amigo, o irmão de comunidade ou o padre superior.
Em resumo, não existe só a correção ativa, mas também a passiva; não só o dever de
corrigir, mas também o dever de deixar-se corrigir. Mais ainda: aqui é onde se vê se alguém
amadureceu o bastante como para corrigir os demais. Quem quer corrigir o outro deve estar
disposto também a deixar-se corrigir. Quando vês alguém receber uma observação e responder
com simplicidade: «Tens razão, obrigado por ter me dito isso!», admira-o: estás diante de um
autêntico homem ou de uma autêntica mulher.
O ensinamento de Cristo sobre a correção fraterna deveria ser lido sempre junto ao que Ele
disse em outra ocasião: «Como olhas o cisco no olho do teu irmão e não vês a trave que há em
teu? Como podes dizer a teu irmão: ‘Irmão, deixa que tire o cisco que há em teu olho’, não vendo
tu mesmo a trave que há no teu?» (Lc 6, 41s.).
O que Jesus nos ensinou sobre a correção pode ser também muito útil quanto à educação
dos filhos. A correção é um dos deveres fundamentais do progenitor: «Que filho há a quem seu pai
não corrige?» (Hb 12, 7); e também: «Endereça a planta enquanto está terna, se não queres que
cresça irremediavelmente torcida». A renúncia total a toda forma de correção é um dos piores
serviços que se pode fazer aos filhos e hoje infelizmente isso é freqüentíssimo.
Só se deve evitar que a própria correção se transforme em um ato de acusação ou em uma
crítica. Ao corrigir, deve-se circunscrever a reprovação ao erro cometido, não generalizá-la,
“Há aqueles que não se casam por causa do Reino dos Céus.”
A instituição desse estado se encontra no Evangelho de Mateus, capítulo 19, 10-12) (...)
A palavra “eunuco” ressoa um pouco dura aos nossos ouvidos modernos e era dura também para
os homens do tempo de Jesus. Segundo alguns, a escolha desse termo insólito se deveria ao fato
de que os adversários de Jesus o haviam acusado de ser um eunuco, uma vez que não era
cassado, da mesma forma que o acusaram outras vezes de ser um glutão e um bêbedo (Mt 11,19).
Esta palavra era grandemente ofensiva, pois para a mentalidade judaica do tempo, casa-se era
status e a sentença de um certo Rabi Eleazar é conhecida? “um homem que não tem uma mulher
não é um homem (Talmud Babil.Jabamot 63 a). Jesus repreendia assim a acusação de seus
adversários e a fazia de certa forma sua, mas dando a ela um sentido completamente novo e
especial de ser eunuco.
Há alguns, diz Jesus, que não se casam (este é o termo equivalente e não polêmico do termo
eunuco), porque são impedidos desde seu nascimento devido a um defeito natural/ há outros que
não se casam impedidos pelo pecado9 dos homens ou pelas circunstâncias da vida. Enfim, há os
que não se casam por causa do Reino dos Céus. Neste ultimo caso, a palavra eunuco toma uma
significação diferente, não mais física, mas moral. Assim foi sempre interpretada pela tradição
crista, exceto no caso bem conhecido de Orígenes, que, contra seu hábito, toma essa palavra do
Evangelho ao pé da letra e fez-se castrar, pagando alto preço por seu erro.
Assim nasce no mundo um segundo estado de vida. Com efeito, não existia antes de Jesus, uma
condição de vida comparável |aquela instituída por ele – pelo menos quanto |as motivações, se não
nos fatos. Os essênios de Qumran conheciam e praticavam também eles uma forma de celibato,
mas este tinha uma conotação ascética de renúncia e de pureza, mas que uma conotação
escatológica. Não era motivado pela vinda do Reino, mas sim por sua espera. De resto, não poderia
ser de outra forma. Somente a presença do Reino sobre a terra poderia estabelecer esta segunda
possibilidade de vida que é o celibato “por causa do Reino”.
Isso não anula a outra possibilidade, a do casamento, mas a relativista. Assim acontece com a idéia
de Estado no domínio político| este não é abolido, mas radicalmente relativizado pela revelação da
presença – contemporânea na história – do Reino de Deus. A perfeita continência se situa diante
do casamento um pouco como o Reino de Deus diante do Reino de César: não o elimina, pás o
coloca em uma posição diferente da anterior. Ele não é mais a única instância a existir. Uma vez
que o Reino de Deus é de uma ordem de grandeza diferente daquela do reino de César, não é
necessário que ou renegue o outro para subsistir. Da mesma maneira não é necessário que o
Para compreender esta nova forma de vida e sua íntima razão de ser (e é necessário que façamos,
pelo menos uma vez em nossas vidas, o esforço de compreendê-la, sobretudo se é a nossa), é
preciso partir da motivação adotada por Jesus: “por causa do Reino dos Céus”. A natureza e a
justificação da virgindade e do celibato dependem da natureza mesma do Reino dos Céus (Reino
dos Céus é a expressão que Mateus utiliza para Reino de Deus, desejando, como bom judeu, evitar
a menção direta de Deus. Entretanto, refere-se a mesma realidade.
Ora, o Reino de Deus tem uma característica que hoje se exprime pela fórmula muito apropriada:
“já”e “não ainda”. Ele já está aqui, veio, é presente. “O Reino dos Céus, proclama Jesus, está
próximo, está no meio de vós.” Entretanto, no outro sentido, o Reino dos Céus ainda não chegou.
Ele deve vir, e é por isso que oramos dizendo: “que teu Reino venha”.
Uma vez que o Reino dos Céus já veio, pois por Cristo a salvação final opera no mundo – e eis a
conseqüência que nos diz respeito – é, então possível que as pessoas chamadas por Deus
escolham, desde o presente, viver como viveremos na condição final do Reino. E como viveremos
na condição final Jesus o diz no Evangelho de Lucas (cf. Lc 20, 34-36 e Mt 22, 30).
É nisso que reside precisamente a dimensão profética da virgindade e do celibato por causa do
Reino. Esta forma de vida mostra por sua simples existência e sem necessidade de palavras, qual
será a condição final do homem destinado a viver eternamente. É a existência profética. Discutiu-se
bastante, no passado, para saber se a virgindade era um estado mais perfeito que o matrimônio e,
se era, em que sentido. Creio que ela não é um estado, ontologicamente, quer dizer, em si, mais
perfeito (cada um dos dois estados é perfeito para aquele que a ele é chamado) mas é um estado
escatologicamente mais avançado no sentido em que é mais semelhante ao estado definitivo para
o qual todos caminhamos. “Vocês começaram a ser aquilo que nós seremos”, escrevia são Cipriano
aos primeiros virgens cristãos.
Tal profecia, longe de contra aqueles que são casados, é, pelo contrário, antes de tudo para eles,
em seu benefício. Ela lhes lembra que o matrimônio é santo, que é belo, criado por Deus e
redimido pelo Cristo e que é a imagem da união entre Cristo e sua Igreja, mas... não é tudo. Ele é
uma estrutura ligada a este mundo e, portanto, transitória. Ele não existe mais onde a morte não
mais existe. Quando, como diz Jesus, quando não se puder mais morrer, não haverá mais razão
para casar-se. (Cf. Lc 20, 36)
Para aqueles que são casados, a virgindade lembra o primado do Espírito de Deus. Lembra que
Deus nos fez para ele e, portanto, nosso coração estará sempre insatisfeito enquanto não
encontrar nele seu repouso. Lembra também que não se pode fazer do casamento e da família o
ídolo ao qual tudo deve ser sacrificado, um tipo de absoluto na vida. Todos sabem como é fácil de
esconder-se por trás dos deveres de família – “tenho mulher e filhos”- para subtrair-se aas
exigências radicais do Evangelho. Como é fácil fazer de um bom matrimônio seu ideal e fim
supremo, avaliando o êxito da própria vida segundo o êxito no matrimônio. E como o primeiro a
sofrer com esta absolutização indevida é justamente o matrimônio, que é como acachapado por
essas expectativas desproporcionais aas quais não poderá jamais satisfazer.
A parábola dos trabalhadores enviados à vinha em horas diferentes do dia sempre gerou grande
dificuldade aos leitores do Evangelho. É aceitável a maneira de atuar do dono, que dá o mesmo
pagamento para quem trabalhou uma hora e para quem trabalhou uma jornada inteira? Ele não
viola o princípio da justa recompensa? Os sindicatos hoje se rebelariam contra quem comportasse
como esse patrão.
O problema é, mais uma vez, o da postura dos judeus e dos pagãos, ou dos justos e dos
pecadores, frente à salvação anunciada por Jesus. Ainda que os pagãos (respectivamente, os
pecadores, os publicanos, as prostitutas, etc.) só diante da pregação de Jesus se decidiram por
Deus, enquanto antes estavam afastados («ociosos»), não por isso ocuparão no Reino um lugar
diferente e inferior. Eles também se sentarão à mesma mesa e gozarão da plenitude dos bens
messiânicos. E mais, como eles se mostraram mais dispostos a acolher o Evangelho que os
chamados «justos», realiza-se o que Jesus diz para concluir a parábola de hoje: «os últimos serão
os primeiros e os primeiros serão os últimos».
Uma vez conhecido o Reino, ou seja, uma vez abraçada a fé, então sim há lugar para a
diversificação. Então já não é idêntico o destino de quem serve Deus durante toda a vida, fazendo
render ao máximo seus talentos, com relação a quem dá a Deus só as sobras de sua vida, com
uma confissão remediada, de alguma forma, no último momento.
Jesus não era insensível a este problema. Se Ele descreve tão bem a cena é porque muitas vezes
seu olhar havia pousado compassivamente sobre aqueles grupos de homens sentados no chão, ou
apoiados em uma porta, com um pé na parede, à espera de serem contratados. Esse proprietário
sabe que os operários da última hora têm as mesmas necessidades que os outros; também eles
têm filhos para alimentar, como os da primeira hora. Dando a todos o mesmo pagamento, o
proprietário mostra levar em conta não só o mérito, mas também a necessidade. Nossas
sociedades capitalistas baseiam a recompensa unicamente no mérito (com freqüência mais nominal
que real) e no tempo de serviço, e não nas necessidades da pessoa. No momento em que um
jovem operário ou um profissional tem mais necessidade de ganhar para construir uma casa e uma
família, seu pagamento é o mais baixo, enquanto que no final da carreira, quando já se tem menos
necessidade, a recompensa (especialmente em certas categorias sociais) chega às nuvens. A
parábola dos operários da vinha nos convida a encontrar um equilíbrio mais justo entre as duas
exigências, do mérito e da necessidade.”
10
Cf. Jo 6,54
11
O verbo “ranger” aplicado à nossa carne que “grita” e “se rebela” em reação a ter que morrer para si mesma, sua
vontade, seu conforto, comodismo, egoísmo, etc., é aplicado pelo Moysés toda vez que fala deste assunto. É uma figura
muito exata e muito útil, uma vez que é difícil para a maioria de nós suportar com paciência uma porta rangendo.
12
Aquele que é pendurado no madeiro é objeto de maldição divina.
13
Cantalamessa, Raniero, idem, p. 203, 204
14
Idem, p. 203
15
Idem, 205
16
Algo muito importante aqui: nada indica que esta Ressurreição seja um processo paulatino de santificação. Todo o
restante do texto, especialmente os parágrafos 2 e 3, a conotação de “poda” mesmo nos galhos verdes e a veemência da
linguagem indicam que esta Ressurreição a ser buscada e colhida a cada dia é recebida como fruto pleno, assim como
acontece na Eucaristia, embora, evidentemente, dentro das possibilidades do fato de estarmos, ainda, em vida. Nosso
sacrifício de amor desabrocha no Fruto do Amor, na presença do Ressuscitado, não em um somatório de virtudes.
Corrobora esta visão a importância da primazia da Graça em nossa vocação, assim como o espírito do fundador para
quem as palavras “tudo” e “todo” são sinal de entrega incondicional da esposa ao Esposo, resultado da entrega total,
incondicional e primeira Dele a ela (cf. Escrito Amor Esponsal).
“Talvez, como eu, você se tenha perguntado mil vezes: como é a alma de Maria? Como ela
vê o mundo, as pessoas? Como se relaciona com Deus, com as pessoas, com o criado? Como
sente? Como pensa? Como age? Como reage? Como medita? Como ora Maria?
Talvez, até, você estranhe de estarmos utilizando o verbo no presente. Mas é que este é
exatamente primeiro segredo ao se contemplar Maria. Tem-se que utilizar sempre o presente: o
céu existe nela desde sua concepção. Hoje, é certo, ela está no céu, de corpo e alma, ressuscitada,
plena também em seu corpo do que ela aqui viveu plenamente. Mas como é, afinal, a alma desta
que trouxe o céu em si e nunca conheceu em sua alma nada que não fosse o próprio céu?
Nós, que mal e mal conhecemos nossa alma, nós a quem o acesso pleno à própria alma é
impossibilitado pelo pecado, nós, a quem o acesso irrestrito ao próprio corpo, à própria história é
barrado pela imperfeição, ousamos contemplar, amorosos, a alma de Maria.
Como isso só é possível se nos for dado do céu, pelo poder do Espírito Santo, em uma
partilha de sua intimidade com a Esposa, é a Ele que devemos pedir licença para penetrar neste
santuário incomparável. Somente Ele, também, poderá ser nosso guia. O recato de Maria, sua vida
interior tão rica quanto reservada, o fato de que ela só ama, não permitiria que ela mesma fosse
nossa guia. Maria não caminha no interior de si mesma: caminha no interior de Deus, em quem
vive.
Este é o primeiro aspecto a ser contemplado: nada há em Maria que seja ela mesma. Ela é
toda ela mesma, certamente, em seu corpo e alma. No entanto, não é nela que se encontra a ela
própria, pois ela não vive em si nem para si. Vive toda em Deus e para Deus. No outro e para o
outro. Se se quiser encontrá-la, portanto, é Nele que a encontramos. Esta é a primeira coisa a
aprender: só é plenamente, só é verdadeiramente quem se é quando não se é para si e não se é
em si.
Ao buscarmos a alma de Maria, sua vida interior, seu íntimo mais íntimo, não a
encontramos. Encontramos Deus. Encontramos o homem, cada homem, todo homem.
Encontramos a vontade de Deus mais plenamente pura – e, portanto, mais plenamente escondida,
misteriosa, desafiante - e mais radicalmente obedecida. Encontramos um universo sem fim de
corações de homens guardados em seu coração.
Ao ser visitada por Gabriel, ao receber os pastores, ao acolher os magos, ao ouvir Simeão,
Maria não arquiva palavras e fatos em seu coração, como eu faço facilmente com as palavras que
escrevo, arquivando-as na memória de meu computador. Maria não arquiva fatos, frases,
constatações, acontecimentos em sua memória. Maria guarda mistérios em sua alma, em seu
coração. Guarda-os, como se entesoura coisas preciosas: atentamente, amorosamente,
cuidadosamente, respeitosamente. Guarda o mistério da vontade de Deus, guarda o mistério da
alma de cada pessoa, da sua e da minha.
Buscamos a alma de Maria e encontramos Deus. Buscamos seu coração e encontramos o
homem. Buscamos seu íntimo e encontramos amor. Por isso não a encontramos. Ela não existe
senão em Deus e nos outros. É a mulher-amor, a toda graça, a toda de Deus, a nada dela mesma.
É difícil evitar um sorriso complacente quando a gente vê pessoas que se querem vestir
como Maria, caminhar como Maria, agir como Maria, amar como Maria. Teriam que vestir-se de sol,
pois era Maria quem dava sentido ao que vestia, e não o contrário. Teriam que caminhar para
dentro de si mesmos, onde habita Deus, pois o caminho de Maria não é para realizações exteriores,
mas interiores. Teriam que agir sem agir, entregues, abandonados, pois, em Maria, quem faz toda
a Obra é Deus. É Ele quem a direciona a agir para que o amor seja implantado, sempre. E, como o
amor é pequeno, sempre pequeno, sempre loucamente perdido em Deus e nos outros, ao
quererem amar como Maria teriam que, literalmente, desaparecer, sumir, diminuir até ser nada e
Deus ser tudo.
Tenho para mim – cá com meus botões mais íntimos – uma intuição que João, o Batista,
conheceu muitíssimo bem a alma de Maria. Foi por meio dela que sua alma foi purificada ainda no
seio de Isabel. Os dois, a partir de então, desenvolveram uma cumplicidade única, irrepetível, sobre
a terra: a vida – para ela desde a concepção, para ele desde os seis meses de gestação – livre do
pecado original.
1. Ler Mc 1, 9-11 - O Batismo de Jesus é Sua “unção para a missão” (Raniero Cantalamessa)
2. Nosso batismo também nos unge para a missão, além de apagar todas as culpas e penas.
3. Em sua missão, Jesus vem dar a conhecer o Pai e coloca a Caridade acima da Lei. Ler Mc 2, 18-
22.
4. Deus é amor e quem ama a Deus ama também seu irmão. Esta é a grande novidade que Jesus
vem trazer. Entretanto, quem está apegado à Lei, os “odres velhos” não consegue receber a
Boa Nova de Jesus.
5. Jesus é o Noivo, que vem desposar a humanidade. As festas de casamento judeu duravam 7
dias e durante este tempo só havia alegria, ninguém jejuava.
6. Ler Mc 1, 23-28 – no dia de sábado era proibido fazer qualquer trabalho e, entre outras coisas,
andar mais que cem metros. Os discípulos são criticados por quebrar esta lei e quem os critica
são os fariseus, que a seguem com perfeição.
7. v. 27 – Jesus faz a “revolução copérnica” (R. Cantalamessa), isto é, coloca Deus como o centro
de todas as coisas de nossas vidas. É somente quando Jesus é o Centro e Senhor que podemos
viver a Caridade, o Evangelho com radicalidade.
Para entender mais sobre o batismo de Jesus e enriquecer a sua pregação, o pregador pode utilizar
do Catecismo da Igreja Católica, 535, 536, 537, 1223, 1224, 1225. Batismo e Conversão, CIC 1427,
1428, 1429 (etc).
A comunhão de bens não é uma mentalidade financeira nem econômica. É um assunto espiritual,
evangélico, teológico e humano. O homem pode fazer a experiência com Deus, ter intimidade com
Ele, conhecer a sabedoria de Deus.
Deus é amor. Uma só natureza em três pessoas Divinas. Deus é uma comunhão de amor. O Pai e
tudo deu ao Filho. Tudo o que o Filho é e tem, recebeu do Pai. No entanto, o Filho devolveu tudo o
que recebeu ao Pai. Por amor foi-se doando inteiramente ao Pai. Amar é doar-se, é comunicar-se, é
entregar-se. Como um hino de louvor Ele entrega-se ao Pai.
Existe um amor que circula entre o Pai e o Filho que é o Espírito Santo. A Trindade é uma
comunhão e é tão forte que transborda na criação. Três pessoas que se amam intensamente.
“Façamos o homem a nossa imagem e semelhança”. “Não é bom que o homem esteja só”. Isto
porque o homem é a imagem e semelhança de Deus. Deus criou o homem para viver uma
comunhão de amor, mas o demônio, o diabo, aquele que divide, veio ferir o homem dividindo-o
para afastá-lo de Deus, para dividi-lo de Deus, dos outros e de toda a natureza. O homem ficou
voltado para si e esqueceu de olhar para Deus, para os irmãos e para a natureza. Seu coração
encheu-se de egoísmo, de rivalidade, de fechamento, de medo.
“O salário do pecado é a morte”. E o que é a morte senão a separação entre o corpo e a alma.
Fomos criados para viver a comunhão de amor e o pecado torna-nos incapazes de viver esta
comunhão, não mais voltado para Deus e para os homens, mas para si mesmo.
Jesus veio ao mundo para dar a sua vida com a finalidade de reconciliar o homem com Deus e uns
com os outros. Dar ao homem a capacidade perdida, de forma potencial, de amar a Deus e aos
seus irmãos. A salvação que Jesus veio operar em nós é salvar-nos do pecado e levar-nos a viver o
mistério da Trindade.
Jesus ressuscitado, cheio do Espírito Santo, derrama o Seu Espírito, sopra o Seu Espírito sobre os
discípulos. O fruto desse derramamento do Espírito Santo é a conversão dos discípulos concretizada
através da fundação da primeira comunidade cristã, do surgimento da primeira comunidade cristã,
que é a realização da salvação que Jesus realizou entre nós, é fruto concreto da oração de Jesus:
“Pai que eles sejam perfeito no amor”. Jesus quer que os homens sejam perfeitos na unidade ( At
4, 32).
Na comunidade cristã toma forma o desejo de Jesus, a comunhão de amor afetiva e efetiva. A
comunhão de amor é concreta, é visível, não é só sentimentos, bons desejos. A comunhão
espiritual de Cristo vem sobre nós pelos méritos da Sua Paixão, Morte e Ressurreição. Porém para
ela ser real precisa tornar-se concreta através da unidade uns com os outros.
“Amai-vos uns aos outros como eu vos amei”. A medida do amor é um amor sem medidas, é toda
a graça espiritual que Ele derrama sobre nós e gera uma comunhão fraterna, doação aos outros
também materialmente. Se existe comunhão espiritual, existe também comunhão material, se não
a comunhão espiritual é fantasiosa. Viver a salvação é viver a comunhão de amor com Deus e os
irmãos de forma espiritual e material, através da comunhão de bens espirituais e materiais.
Lv 27, 30-31
No antigo testamento vive-se á sombra do que iria se viver nos Atos dos Apóstolos. Os judeus eram
preparados para viver a comunhão de bens. Portanto, o dízimo é apenas um sinal daquilo que será
vivido plenamente com a vinda de Jesus.
Quando Jesus chega começa a mudar o relacionamento do homem com os bens. Jesus fala com
clareza sobre a obra de comunhão de amor que ele tinha sido preparado para agora viver.
Como Jesus deseja que o homem viva?
Lc 12, 22-32
Através desta passagem do Evangelho, Jesus nos revela que Deus é Pai. Ele cuida de nós. Façamos
a nossa parte e Ele nos dará o que necessitamos. Jesus começa a inaugurar o tempo da revelação
de que Deus é Pai e cuida de seus filhos. Ele deu a capacidade, a inteligência, mas tudo vem Dele.
Jesus faz-nos reconhecer quem é o “dono de tudo”, por isto não sejamos arrogantes e
orgulhosos.
Lc 16, 13
Neste texto, Jesus nos ensina que não podemos servir a Deus e ao dinheiro. Devemos centrar-nos
no Pai não no dinheiro. Ou acreditamos que o Pai cuida de nós ou vivemos como o mundo, como o
pagão, como o dinheiro sendo um ídolo. O discípulo de Jesus não pode ter o dinheiro como um
ídolo.
Lc 6, 36
O dinheiro não é um mau em si. Ele tem finalidade: a generosidade. O discípulo de Jesus deve ser
generoso, vive aquilo para o qual foi criado. Os seus bens tem a finalidade de servir e o Pai está
vendo e vai abençoá-lo. A medida que nós fizermos será a medida que Deus fará conosco. Se
fizermos pouco pelo Pai e pelos irmãos, pouco o Senhor fará por nós. Se fizermos muito, muito o
Senhor fará por nós. Quanto mais nos doamos, mais partilhamos, mais Deus nos abençoa. A
característica do discípulo de Jesus é dividir, partilhar, libertar-se de sua insegurança.
At 20, 35
Através destas palavras Jesus vem nos fazer entender que o caminho da felicidade não é ficar
centrado em si mesmo, mas em dar. Jesus só se entrega, só se doa e Ele quer que os seus
discípulos vivam isto com seus bens materiais. Há uma felicidade, uma benção, uma graça que
brota do ato de partilhar, da vivência da comunhão de bens.
Lc 12, 33-34
Com estas palavras Jesus grita para nós: “Façam para vocês uma caderneta de poupança
imperecível, tesouro inalterável no céu, porque esta atitude mostrará aonde está o seu coração. No
medo? Na insegurança? Na incapacidade de amar com os seus bens? O seu tesouro deve está no
outro não em você mesmo, deve está em Deus.
Lc 21, 1-4
Jesus considera que a capacidade de amar com os bens não acontece somente quando sobra, mas
também nos momentos de necessidades. A viúva deu tudo que ela tinha para viver. Se ela foi
capaz de dar na penúria, o que ela seria capaz de dar na abundância. A partilha deve acontecer
quando tudo está bem, mas também quando tudo está difícil.
Lc 12, 16-21
Jesus censura a ambição desmedida, a busca simplesmente do enriquecimento. Ele é rico para si
mesmo, mas não é rico para Deus. O rico para Deus é aquele que partilha, sabe socorrer, sabe que
tudo o que tem é de Deus, sabe que é apenas administrador dos bens.
I Tm 6, 17-19
A nossa esperança não deve estar nos bens, mas em Deus. Os bens devem ser usados como
instrumentos para a nossa salvação.
II Cor 9, 6-12
Jesus vem nos falar que devemos viver como a Trindade vive, em santidade, assim seremos
abençoados por Deus. Estamos vivendo como Deus quer quanto aos bens. Não viver a comunhão
de bens é não ser feliz.
“Depois disso, nunca mais deixei Jesus. Passei a ser conhecida como aquela de quem o
Mestre expulsara sete demônios18. No começo, ainda me assustava um pouco, mas logo pensava
que eu havia mudado tanto e estava tão feliz que me pareceriam mais setecentos que sete e, cheia
de gratidão, testemunhei, durante toda a minha vida, as maravilhas que o rabi fizera em mim.
Ainda morei na mesma cidade algumas semanas após o jantar na casa de Simão. Como
Jesus pregava nas redondezas, saía de casa para ouvi-lo e voltava para dormir. Tive que enfrentar
o falatório da vila inteira. Os que antes me apontavam como a prostituta, agora me apontavam
como a fingida, a que estava querendo seduzir Jesus, como uma agente do mal que o quisesse
afastar de sua missão.
Os antigos clientes me perseguiam, enviavam mensageiros com promessas e propostas de
encontros, faziam chegar até a mim presentes e iguarias. Não conseguiam acreditar que eu não
mais era a mesma e que não mais me interessava seu dinheiro ou seus presentes. Sabiam que logo
se acabariam minhas economias e diziam que, quando ficasse sem dinheiro, então esqueceria
aquela ilusão de seguir o mestre e voltaria a lhes prestar meus serviços.
O pior, porém, era o desprezo das mulheres. Sempre me tinham odiado e eu já estava
acostumada a isso. Porém, agora que tudo era diferente dentro de mim, o contraste com a
realidade exterior ficava mais doloroso. Encontrava-me com elas ao ir pegar água no poço, ao lavar
roupas, exatamente como antes. No entanto, agora via como eram lindas suas crianças, como era
belo o modo com que se olhavam as mães e os filhos, como era natural que interrompessem o que
faziam para dar de mamar aos pequeninos.
Crescia em mim um desejo de ter filhos como elas, de ter, como elas, um marido.
Geralmente, ficava olhando de longe, pois sabia que não era bem-vinda. Continuava sendo vista
como uma impura. Algumas vezes tentei conversar com uma ou outra criança, levar-lhes um
brinquedo caído, fazer-lhe um pequeno carinho. A reação era sempre a mesma. Voavam sobre as
crianças como águias sobre ninhos e as retiravam, lançando sobre mim um olhar de reprovação e
ameaça e, algumas, repreendiam as crianças em voz mais alta do que o necessário, incluindo
indiretas e ameaças também para mim. Se elas soubessem a dor que me causavam! Se soubessem
o quanto me alegraria em colocar no colo, só por alguns momentos, um dos seus pequeninos!
Eram tantos! Eu não lhes faria mal!
No fundo, sabia que não mais teria filhos. Havia abortado todos os que poderia ter tido.
19
Eram uma atrapalhação para a minha profissão na época. As crianças, porém, agora me atraíam,
me encantavam e, meses mais tarde, os meus olhos encontrariam os de Jesus quando
compartilhávamos os mesmos sentimentos: Deixem que venham a mim as criancinhas20.
Certo dia encontrei algumas mulheres que seguiam Jesus e o socorriam com seus bens21.
Perguntei se poderia ficar com elas e, estranhamente, não me repeliram. Parece que, entre elas, eu
era conhecida, mas por motivos inversos ao das mulheres de minha aldeia. Aquelas, só viam os
demônios. Estas, só viam a graça. Optei por ficar com estas e tornei-me discípula de Jesus.
Quem diria? Uma ex-prostituta segue um rabi! Não era comum que rabis tivessem discípulas
mulheres, ainda mais ex-prostitutas famosas22. No entanto, não era tudo diferente com aquele
17
NOGUEIRA, Emmir, A mulher que muito amou, Fortaleza 2001, Edições Shalom, pp. . / O segredo de Madalena
18
Cf. Mc 16,9 e Lc 8,2
19
Ao lado das numerosas “mães solteiras”das nossas sociedades, é preciso tomar em consideração também todas
aquelas que, muitas vezes, sofrendo diversas pressões, inclusive da parte do homem culpado, “se livram”da criança
antes do seu nascimento. “Livram-se”, mas a que preço? A opinião pública de hoje tenta, de váriasmaneiras, “anular”o
mal deste pecado; normalmente, porém, a consciência da mulher não consegue esquecer que tirou a vida do próprio
filho, porque não consegue apagar a disponibilidade a acolher a vida, inscrita no seu “ethos” desde o “
princípio”.(MD, 14)
20
Cf. Lc 18,16
21
Cf. Lc 8,1-3
22
João Paulo II afirma, em A Dignidade e a Vocação da Mulher, n. 15:Este é um evento sem precedentes: essa mulher, e
além do mais “mulher pecadora”, torna-se “discípula”de Cristo (...) um evento sem precedentes, se se tem presente o
modo comum de tratar as mulheres, próprio de quantos ensinavam em Israel, enquanto no modo de agir de Jesus de
4azaré tal evento se torna normal.
23
Os estudiosos dos Evangelhos discutem até hoje se a Maria “de Magdala” de Lc 7, 34ss é ou não a mesma Maria, irmã
de Marta, a mesma de Jo 11 e a mesma que estaria junto à cruz de Jesus e na sua ressurreição. Nosso propósito aqui não
é entrar no mérito desta questão. Pretendemos somente fazer o perfil “da mulher”, segundo a encíclica A Dignidade e a
Vocação da Mulher de formas que esteja acessível a todos. Para tanto, traçamos o itinerário da “pecadora” desde seu
primeiro encontro com Cristo.
24
Rabbuni, ou Rabi significa Mestre em aramaico, língua que falavam Jesus e Maria.
1. Coerência entre fé e vida é uma outra forma de definir a radicalidade evangélica. É viver de
acordo com aquilo que você acredita.
2. Nós acreditamos em uma Pessoa: Jesus Cristo, Filho do Deus Vivo. Ele é o Verbo, a Palavra
Viva de Deus. Assim, quem realmente crê em Cristo, crê no Evangelho e o vive.
3. Nosso amor a Jesus se expressa em segui-lo. E segui-lo significa viver o Evangelho com
radicalidade, buscar a santidade, ter coerência entre fé e vida.
4. Muitos pensam que o seguimento de Jesus Cristo se restringe em deixar tudo para segui-lo em
uma vida religiosa. Porém, pode-se estar em uma vida consagrada ou religiosa e não ser um
autêntico seguidor de Cristo.
5. Entretanto, o verdadeiro seguidor de Cristo é aquele que dá a vida por Ele e que o ama
cumprindo sua vontade, isto é, seguindo o Evangelho.
6. Jesus criticou duramente a hipocrisia quando criticou os fariseus, que se julgam santos,
apontam os erros dos outros, mas não vêem os próprios erros e não vivem a caridade. Ler Mc
7, 1-15.
7. Jesus deixa claro que o que faz o homem pecar não é o que está em seu exterior
(acontecimentos, contingências, tentações, outras pessoas), mas o que vem do seu interior,
pois o homem só peca se ceder às concupiscências (sede exacerbada do poder, do prazer, do
possuir) que estão no seu interior. Ler Mc 7,16-23.
8. Com isso, o Senhor nos chama a crer na força da graça de Deus e o poder do Evangelho de tal
forma que eles sejam mais importantes para nós do que ceder às nossas concupiscências e aos
apelos do mundo (parecer, mentalidade do mundo).
É importante você intercalar o ensino com momentos de partilha para fixar melhor os exemplos
que você usará para ilustrar cada ponto abaixo
1. Ler Mc 8, 34-38. Quando lemos esta passagem, podemos nos enganar pensando que o Senhor
coloca aqui exigências para quem vai seguir a vida consagrada ou religiosa. Entretanto, Jesus
coloca aqui as exigências básicas do seu seguimento. Não há como viver o Evangelho e
contemporizar com a mentalidade do mundo e com a satisfação da carne. É preciso perder a
própria vida com relação a este mundo para conseguir acolher a graça de viver o Evangelho
radical e coerentemente.
2. Hoje, como no tempo de Jesus, considera-se “ganhar a vida” o ter posses, terra, reservas em
dinheiro e imóveis, dinheiro para gastar no que quiser, ter sucesso, juventude, beleza, diplomas
importantes, contatos de prestígio.
4. Jesus considera sua geração “adúltera e pecadora”. Adúltera com relação a Deus, seu Esposo,
pois coloca as coisas deste mundo acima de Deus e do Evangelho. Pecadora porque não aceita
as propostas de conversão e adesão à Boa Nova.
5. Jesus valoriza não somente a coerência de vida, como o despojamento de tudo o que é do
mundo e da carne e também o testemunho com a vida e com palavras. Considera a incoerência
de vida um testemunho contra sua própria pessoa, uma inimizade com Ele a ponto de Ele
testemunhar contra essa pessoa diante do Pai.
6. Isso não significa que Jesus vai “falar mal” da pessoa ao Pai, mas que o próprio fato de ela
viver de forma incoerente, de ela “envergonhar-se de Jesus” (no original de Marcos, quem
escandalizar-se com Jesus e seu Evangelho) estabelece uma falta de amizade e fidelidade com
relação a Ele a ponto de o Pai não reconhecer nela o Filho.
7. É o caso do Jovem Rico (Mc 10, 17-22). Ele faz tudo o que a Lei pede, mas não é capaz de
deixar tudo o que tem por amor a Jesus. Vive ainda na Antiga Aliança, não entendeu a proposta
evangélica de dar tudo, até a própria vida, por amor a Jesus.
1. Ler Mc 12, 13-17 e comentar: essa passagem é tão conhecida que por vezes corremos o perigo
de não ver seus preciosos detalhes.
2. O contexto é de atitudes exigentes e radicais: figueira estéril a quem Jesus exige frutos mesmo
fora de época e que seca em conseqüência da maldição de Jesus; pessoas que se opõem a
Jesus e à sua autoridade (Mc11); os vinhateiros que utilizam da violência mais radical; Jesus
que se declara pedra rejeitada e pedra angular da construção do Reino de Deus; a afirmação do
amor de Deus sobre todas as coisas e pessoas (principal mandamento e viúva pobre em Mc
12).
3. Neste contexto, o imposto pago a César adquire significado especial para nós. Significa a
separação radical entre o amor a Deus e amor ao mundo e a si mesmo. A César, isso é, ao
mundo, à carne, às posses, deve-se dar o que lhes pertence, isso é, pouca importância, pois
eles é que devem ser regidos por nós e não nós por eles.
4. A Deus, devemos dar o que é de Deus, isto é: tudo e a própria vida, pois tudo pertence a Deus,
inclusive nossa vida. Tudo é sustentado por Ele, inclusive nossa vida e Ele é o Senhor de tudo.
7. Corremos o risco de ter a mesma atitude dos fariseus e herodianos, utilizando palavras bonitas
para louvar Jesus, mas tendo nossos corações fechados a Ele, sem dar a Deus o que é Dele,
mas entregando nossa vida ao que é “de César”, que nos deve servir como instrumento para
chegar a Deus.
1. Santa Teresinha do Menino Jesus costumava dizer que guardara para Deus seus melhores
perfumes. Essa afirmação foi inspirada em Mc 14,3-9. Ler a passagem.
2. Derramar o melhor perfume para Jesus é sinal de amor esponsal nos Evangelhos (mulher
pecadora em Lc 7, 35ss, santas mulheres que vão ao túmulo de Jesus).
3. Na vida religiosa e na consagração celibatária pelo Reino, guardar para Deus os melhores
perfumes significa conservar a virgindade e consagrar-se a Deus em corpo e alma.
5. Nessa passagem, Jesus deixa bem clara a sacralidade do corpo humano, elevado à santidade
pela entrega do Seu sagrado corpo casto e santo (cf. Mc 14, 8).
6. À crítica de que derramar o melhor perfume sobre Jesus seria um desperdício, Jesus responde
declarando a sacralidade do corpo humano que está para ser morto e sepultado e faz uma
promessa espantosa. Considera o gesto da mulher tão importante que declara que ele será
narrado onde quer que o Evangelho seja pregado.
7. Para Jesus, devemos sempre dar o melhor de nós. O melhor do nosso tempo, de nossas
capacidades, do nosso amor, do nosso corpo, de nossas ações, de nossas posses, do nosso
interesse, de nossa inteligência, vontade, talentos.
8. Por isso, não podemos poupar esforços nem dinheiro para dar o melhor para Deus na liturgia,
no apostolado, na nossa vida pessoal.
2. Ler Mc 16, 9-20. Jesus envia os discípulos a evangelizar com o poder do Espírito Santo e não
com o próprio poder humano. Isso os fariseus faziam (atravessavam o mar para fazer um
prosélito e quando o faziam o tornavam piores que a si mesmos – cf. Mt 23).
3. Os cristãos são chamados a fazer tudo, absolutamente tudo, com poder do Espírito Santo,
principalmente evangelizar.
4. É o Espírito quem converte. Não somos nós. Não temos este poder.
5. Falar sobre cada dom do Espírito Santo mencionado no texto dando exemplos concretos.
7. Mostrar como a evangelização traz consigo a graça da parresia, que cresce à medida que
evangelizamos. A parresia não é mencionada em I Cor 12, mas vivida pelos discípulos e descrita
muito resumidamente no livro dos Atos.
9. Falar sobre o Novo Pentecostes e a Nova Evangelização como novo envio missionário dos papas
a partir de Paulo VI.
25
Carta a Comunidade 2005 – Parte III – Caminho da Evangelização. pp. 105-114
“ Em minha caminhada de amizade com Deus, quanto mais me rendia a Ele, mais crescia o
amor que reordenava minha vida. O conhecimento de Deus foi-me fazendo trilhar a via do
autoconhecimento e esta me foi fazendo compreender que amar a Deus é deixar-me configurar à
Sua Santa Vontade.
Vontade de Deus, caminho de plenitude da felicidade de nossa vida. Vontade de Deus,
mistério de cruz e ressurreição, de dor e alegria, de violência e paz. Vontade de Deus, via pela qual
o Espírito, em meio às doçuras e exigências do amor, conduz cada pessoa a dar seu Fiat (‘Faça-se’)
incondicional ao Pai. Foi assim com Cristo no Batismo e no Getsemani. Assim também foi com
Maria na Anunciação e aos pés da Cruz. Foi este mesmo ‘sim’ que conduziu Cristo à gloriosa
ressurreição. Foi também este ‘sim’ que tornou Maria Mãe de Deus, da Igreja e de toda a Nova
Humanidade. Por isso, alguns santos, de formas variadas, puderam dizer: “Vontade de Deus, meu
paraíso.” Com eles podemos dizer: “Vontade de Deus, lugar seguro onde mora a plenitude da Paz.
Aquela Paz verdadeira, que nem o tempo nem as tribulações desta vida podem roubar.”
O jugo de Deus é a vontade de Deus, que nós acolhemos. E esta vontade não é para nós
um peso exterior, que nos oprime e nos tira a liberdade. Conhecer aquilo que Deus quer, conhecer
qual é a via da vida (...) Esta é também a nossa alegria: a vontade de Deus não nos aliena, nos
purifica – talvez em modo também doloroso – e assim nos conduz a nós mesmos. (Bento XVI –
Homilia da missa de início do ministério petrino)
A contemplação nos conduz como discípulos, pela via do amor, a nos configurar a Jesus
Cristo, o Ressuscitado que passou pela Cruz.”
“ Em minha caminhada de amizade com Deus, quanto mais me rendia a Ele, mais crescia o
amor que reordenava minha vida. O conhecimento de Deus foi-me fazendo trilhar a via do
autoconhecimento e esta me foi fazendo compreender que amar a Deus é deixar-me configurar à
Sua Santa Vontade.
Vontade de Deus, caminho de plenitude da felicidade de nossa vida. Vontade de Deus,
mistério de cruz e ressurreição, de dor e alegria, de violência e paz. Vontade de Deus, via pela qual
o Espírito, em meio às doçuras e exigências do amor, conduz cada pessoa a dar seu Fiat (‘Faça-se’)
incondicional ao Pai. Foi assim com Cristo no Batismo e no Getsemani. Assim também foi com
Maria na Anunciação e aos pés da Cruz. Foi este mesmo ‘sim’ que conduziu Cristo à gloriosa
ressurreição. Foi também este ‘sim’ que tornou Maria Mãe de Deus, da Igreja e de toda a Nova
Humanidade. Por isso, alguns santos, de formas variadas, puderam dizer: “Vontade de Deus, meu
paraíso.” Com eles podemos dizer: “Vontade de Deus, lugar seguro onde mora a plenitude da Paz.
Aquela Paz verdadeira, que nem o tempo nem as tribulações desta vida podem roubar.”
O jugo de Deus é a vontade de Deus, que nós acolhemos. E esta vontade não é para nós
um peso exterior, que nos oprime e nos tira a liberdade. Conhecer aquilo que Deus quer, conhecer
qual é a via da vida (...) Esta é também a nossa alegria: a vontade de Deus não nos aliena, nos
purifica – talvez em modo também doloroso – e assim nos conduz a nós mesmos. (Bento XVI –
Homilia da missa de início do ministério petrino)
A contemplação nos conduz como discípulos, pela via do amor, a nos configurar a Jesus
Cristo, o Ressuscitado que passou pela Cruz.”
2. A verdadeira conversão é o “sim” incondicional à vontade de Deus sabendo que sua vontade é
sempre perfeita e sempre o melhor para nós.
a. Maria e José haviam firmado o contrato de casamento chamado vort (ver Filho de Deus,
Menino Meu). Se, durante o período do vort a mulher engravidasse, deveria ser denunciada
pelo “noivo/marido” e apedrejada diante da porta da casa de seus pais.
b. Apesar de saber muito bem disso, Maria não hesitou em dizer “sim” à vontade de Deus.
c. Também José não hesitou em dizer “sim” depois de esclarecido pelo anjo.
d. O “sim” dos dois viria a mudar sua vida e a vida de toda a humanidade.
4. Também nosso “sim” à vontade de Deus, seja ela qual for, poderá mudar nossa vida e a da
humanidade, como aconteceu com muitos santos.
5. Qual a razão de não dizermos sempre “sim” à vontade de Deus? (provocar os ouvintes). Medo?
Achar que é coisa da cabeça da gente? Desconfiança de Deus? Achar que para fazer a vontade
de Deus tem que sofrer?
6. Deus nos pede confiança nele em todas as circunstâncias da vida, das pequenas às grandes
coisas. Dizer sempre “sim”, ainda que em pequenas coisas, vai nos ajudar a dizer “sim” quando
o desafio for maior. Ao dizer “sim” nas pequenas coisas, vamos nos aperfeiçoando no amor a
Deus e aprendendo a ceder à sua vontade. José e Maria eram fiéis nas pequenas coisas.
8. Os atos grandiosos insuflam nosso orgulho. Os pequeninos atos escondidos alimentam nossa
humildade e fidelidade a Deus.
9. Madre Teresa de Calcutá e Santa Teresinha do Menino Jesus, entre outros, diziam que, no
começo, sofriam ao renunciar por amor. Com o passar do tempo, porém, a dor havia
desaparecido e se transformado em prazer.
10. São João Maria Vianney dizia que, em matéria de mortificação o único passo que causava
sofrimento eram os primeiros, quando nossa vontade própria ainda está muito insuflada.
Depois, os outros passos vinham naturalmente e davam muita alegria, paz e intimidade com
Deus.
1. Com os membros do grupo de oração, folheie a Bíblia nos capítulos 3,4 e 5 de Lucas. Vá lendo
cada título com eles e enumerando os diversos milagres de Jesus.
b. O simbolismo dos caminhos nivelados, vales aterrados, veredas retas, montanhas abaixadas
é utilizado por Isaías por ser muito conhecido do povo de Israel, que sofria caminhando pelo
país quase todo desértico, sonhando em não mais ter que subir montanhas ou descer vales, ou
ainda arriscar-se nos caminhos sinuosos, nos quais se escondiam assaltantes.
c. João veio preparar os caminhos do Senhor, isto é, preparar o coração do homem para
receber o Messias.
d.Também nós, hoje, somos chamados a preparar o caminho do Senhor nos corações dos
homens a fim de que eles reconheçam e acolham a salvação através de uma experiência
pessoal com Jesus Vivo.
b. Deixa claro que ele age pelo poder e unção do Espírito Santo para evangelizar. É importante
esse detalhe: ´para evangelizar’ os pobres.
c. Moysés Azevedo diz que “o verdadeiro pobre é aquele que não conhece a Deus” (escr.
Pobreza). Não é o que não tem dinheiro, nem moradia, nem comida, mas o que, tendo ou não
dinheiro, desconhece a Deus e sua salvação em Jesus Cristo.
4. Ressalte as categorias que Jesus veio curar (libertação aos presos, vista aos cegos, liberdade
aos oprimidos) e a conseqüência disso (ano de graça do Senhor).
5. Todos nós somos, de uma forma ou de outra, cegos, prisioneiros e oprimidos. Cegos quanto à
vontade de Deus, por exemplo. Ou prisioneiros de nossa própria vontade, ou ainda oprimidos
pelo mundo. É preciso suplicar a Jesus, a cada dia, que aja em nós e nos cure.
6. Ainda que sejamos limitados, também nós, discípulos de Jesus, podemos e devemos agir pelo
poder do Espírito Santo, levando aos cegos a visão, seja física ou espiritual. Aos oprimidos pela
carne, pelo mundo, pelos vícios, a libertação. Aos prisioneiros da própria vontade, auto-
suficientes e cheios de si, a humildade e submissão a Deus e ao Evangelho.
2. Explicar que Lucas, além das Bem-aventuranças, fala também das maldições – Ler Lc 6, 24 –
26.
3. Os famosos “ais” de Lucas se dirigem àqueles que acham que não precisam de Deus, que são
felizes com o que têm ou fazem, são auto-suficientes, confiam mais em si mesmos do que em
Deus. Vivem para esta terra e não para o céu.
4. Explique que Lc 6, assim como Mt 5 a 7 é um verdadeiro roteiro para a santidade. Sem ler a
passagem inteira, refira-se a cada um dos itens abaixo dando testemunhos e exemplos dos dias
de hoje e animando-os (por favor, não seja moralista, mas cheio de caridade e amor) a viver
este roteiro:
Pode-se enriquecer a pregação com o Catecismo da Igreja Católica 2012-2016 – Santidade Cristã
1. Leia Lc 7, 36-50
d. a ênfase, aqui, é não somente na pecadora perdoada, mas a pecadora que ama.
5. Para Jesus e todos os cristãos, é uma questão de graça e de amor (recorde o que vimos acerca
da conversão em Mc 1, 14s).
6. São Paulo nos declara que Jesus veio até nós enquanto ainda éramos pecadores (cf. Rm 5,8).
Isso mostra que o Senhor nos ama não por causa do nosso comportamento, mas por causa do
nosso pecado.
7. Conclua dizendo como devemos nos colocar diante da misericórdia de Deus, impulsionados pelo
amor e pela graça e não pela culpa ou pelo mero comportamento.
8. É essa a forma como se arrepende uma alma esposa. É essa, também, a forma como se
relaciona com Deus (primazia da graça e amor esponsal).
1. Na espiritualidade Shalom somos chamados a dar a vida, sem restrições. Dar a vida pela
vivência radical do Evangelho, dar a vida por amor a Deus e por amor ao irmão, especialmente
os que não conhecem Jesus Vivo.
2. Em nossa espiritualidade, o verdadeiro pobre é o homem que não conhece a Deus. É por ele,
especialmente se for jovem, que nós, Obra e Comunidade Shalom somos chamados a dar a
vida.
3. Lc 10, 29-37.
b. Você já passou adiante ao ver uma pessoa jogada no chão, acidentada, bêbeda, ferida?
5. O Samaritano partilhou do seu tempo e seu dinheiro para socorrer o homem ferido. Alguém
dentre vocês já fez isso? Pode testemunhar?
6. Madre Teresa de Calcutá ouviu Jesus dizer “Tenho sede!”. Entendeu imediatamente que o
Senhor tinha sede dela e de todos os homens. Entendeu também que Ele estava nos mais
pobres dos pobres e passou a servir o Senhor nos pobres.
7. Você consegue identificar o Senhor com o homem ferido de hoje, caído de várias formas? Você
se lembra de que, ao servir a este homem é ao Senhor que está servindo?
8. Você costuma partilhar seu tempo, talento, moradia e dinheiro com os pobres e feridos de
hoje? Você os partilha sustentando a Obra de Evangelização?
Deus se alegra cada vez que um pecador se ajoelha e lhe dirige uma oração com todo o coração
O Evangelho do IV domingo da Quaresma constitui uma das páginas mais célebres do Evangelho
de Lucas e dos quatro Evangelhos: a parábola do filho pródigo. Tudo, nesta parábola, é
surpreendente; Deus nunca havia sido descrito aos homens com estas características. Essa
parábola sozinha tocou mais corações que todos os discursos dos pregadores juntos. Tem um
poder incrível para atuar na mente, no coração, na fantasia, na memória. Sabe tocar os pontos
mais diversos: o arrependimento, a vergonha, a saudade.
É conhecida a acolhida que Jesus reserva aos pecadores no Evangelho e a oposição que isso
causou por parte dos defensores da lei, que o acusavam de ser «um comilão e um beberrão, amigo
de publicanos e pecadores» (Lc 7, 34). Um dos considerados historicamente como dos melhores
discursos de Jesus enuncia: «Não vim para chamar os justos, mas os pecadores» (Mc 2, 17).
Sentindo-se por Ele acolhidos e não julgados, os pecadores o escutavam com alegria.
Mas quem eram os pecadores, que categoria de pessoas era designada com este termo? Alguém,
na tentativa de exonerar os adversários de Jesus, os fariseus, sustentou que com este termo
compreende «os transgressores deliberados e impenitentes da lei», em outras palavras, os
criminosos, os fora-da-lei. Se assim fosse, os adversários de Jesus tinham toda a razão de
escandalizar-se e de considerá-lo como uma pessoa irresponsável e socialmente perigosa. Seria
como se hoje um sacerdote freqüentasse habitualmente mafiosos e criminosos e aceitasse seus
convites para comer, sob o pretexto de falar-lhes de Deus.
Na verdade, as coisas não são assim. Os fariseus tinham uma visão própria da lei e do que é
conforme ou contrário a ela, e consideravam réprobos todos os que não se conformavam com sua
rígida interpretação da lei. Pecadores, em resumo, eram para eles todos os que não seguiam suas
tradições e imposições. Seguindo a mesma lógica, os Essênios de Qumran consideravam os
próprios fariseus como injustos e transgressores da lei! Também ocorre hoje. Certos grupos ultra-
ortodoxos consideram automaticamente como hereges todos que não pensam exatamente como
eles.
Um eminente estudioso escreve ao respeito: «Não é verdade que Jesus abria as portas do reino a
criminosos empedernidos e impenitentes, ou negava a existência de ‘pecadores’. Jesus se opôs às
acusações que se levantavam no corpo de Israel, pelas quais alguns israelitas eram tratados como
se estivessem fora da aliança e excluídos da graça de Deus» (James Dunn).
Jesus não nega que exista o pecado e que existam os pecadores. O fato de chamá-los de
«doentes» o demonstra. Sobre este ponto é mais rigoroso que seus adversários. Se estes
condenam o adultério de fato, Ele condena também o adultério de desejo; se a lei dizia não matar,
Ele diz que não se deve sequer odiar ou insultar o irmão. Aos pecadores que se aproximam d’Ele,
lhes diz: «Vai e não peques mais»; não diz: «Vai e segue como antes».
O que Jesus condena é estabelecer por conta própria qual é a verdadeira justiça e desprezar os
demais, negando-lhes até a possibilidade de mudar. É significativo o modo em que Lucas introduz a
Mas o fato mais novo e inaudito na relação entre Jesus e os pecadores não é sua bondade e
misericórdia para com eles. Isso se pode explicar humanamente. Existe, em sua atitude, algo que
não se pode explicar humanamente, isto é, sustentando que Jesus fosse um homem como os
demais, e é o fato de perdoar os pecados.
Jesus disse ao paralítico: «Filho, teus pecados te são perdoados». «Quem pode perdoar os pecados
senão Deus?», gritam espantados seus adversários. E Jesus: «Para que saibais que o Filho do
homem tem poder para perdoar os pecados, ‘Levanta-te’ -- disse ao paralítico --, toma tua maca e
vai para casa». Ninguém podia verificar se os pecados daquele homem tinham sido ou não
perdoados, mas todos podiam constatar que se levantava e caminhava. O milagre visível testificava
o invisível.
Também o exame das relações de Jesus com os pecadores contribui para dar uma resposta à
pergunta: Quem era Jesus? Um homem como os demais, um profeta, ou algo mais e diferente?
Durante sua vida terrena, Jesus não afirmou jamais explicitamente que fosse Deus (e explicamos
anteriormente também por que), mas atuou atribuindo-se poderes que são exclusivos de Deus.
O leitmotiv das três parábolas é, portanto, a alegria de Deus. (Há alegria «ante os anjos de Deus»
é uma forma hebraica de dizer que há alegria «em Deus»). Em nossa parábola, a alegria se
transborda e se converte em festa. Aquele pai não cabe em si e não sabe o que inventar: ordena
dar as vestes de luxo, o anel com o selo da família, matar o carneiro cevado, e diz a todos:
«Comamos e celebremos uma festa, porque este meu filho estava morto e voltou à vida, estava
perdido e foi encontrado».
Em uma obra sua, Dostoievski descreve uma cena que tem todo o ambiente de uma imagem real.
Uma mulher do povo tem nos braços sua criança de poucas semanas, quando esta – pela primeira
vez, diz ela -- lhe sorri. Compungida, faz o sinal da cruz e a quem lhe pergunta o porquê daquele
gesto, responde: «Assim como uma mãe é feliz quando nota o primeiro sorriso de seu filho, assim
se alegra Deus cada vez que um pecador se ajoelha e lhe dirige uma oração com todo o coração»
(L’Idiota, Milano 1983, p. 272). Talvez alguém, ao ouvir, decida dar finalmente a Deus um pouco
dessa alegria, dar-lhe um sorriso antes de morrer...
3. São Paulo diz que Jesus Cristo se fez pobre para nos enriquecer de sua riqueza (Cf. II Cor 8,9),
isto é, tomou sobre si nossos pecados e nos deu a vida eterna, o Reino de Deus, a felicidade da
santidade.
4. São João Crisóstomo afirma que em nosso Batismo, tornamo-nos almas esposas de Jesus
Cristo, pois estamos indelevelmente unidos a Ele que se fez homem como nós para que nos
tornássemos como Ele.
5. Se quisermos amar como Jesus nos amou, devemos, também nós, esvaziar-nos inteiramente de
nós mesmos pelos irmãos, dar a vida por eles.
6. Isso não é fácil, pois nosso egoísmo é grande demais e somos por demais apegados a nós
mesmos, à nossa vida, ao nosso conforto, aos nossos pensamentos e planos.
7. Entretanto, unir-nos a Ele é o maior desejo de Deus. Ser um conosco em Jesus Cristo é seu
maior ato de amor.
8. Podemos, portanto, contar com sua graça a nos ajudar em cada situação concreta, em cada
necessidade gerada por nossa fraqueza.
1. LEITURA – De um lugar adequado (ambão), uma irmã(o) deverá proclamar com voz clara,
forte e pausada a leitura. Depois, oriente que cada um, individualmente repita a leitura. (10 min) A
leitura deve ser feita mais uma vez, mas agora de forma partilhada, onde vocês deverão comentar
comunitariamente os detalhes do trecho bíblico, sem antecipar a meditação. Personagens,
ambiente, sentimentos, posturas, objetos e palavras, etc. É importante destacar o máximo possível
desses detalhes, a fim de enriquecer também o próximo passo da lectio. (10 min)
1. O Evangelho nos ensina que é estreita a porta e apertado o caminho que nos leva ao céu, mas
largo é o caminho que nos leva à perdição. (cf. Mt 7,13)
2. Ensina também que quem quiser ganhar sua vida, perde- la-á, mas quem quiser perder sua
vida por amor a Jesus Cristo ganha-la-á. (cf. Mt 10,39)
3. Mt 11,12 ensina-nos que o Reino dos céus é tomado à força pelos violentos de coração.
4. Em sua paixão, Jesus diz que ninguém lhe tira a vida, mas que Ele a dá livremente. (cf. Jo
10,18).
5. Lance a pergunta : “Eu teria coragem de viver o Evangelho desta forma? Segundo o modelo de
parresia que lemos em At 4, 1-20, onde encontramos vários testemunhos de todos esses
ensinamentos do Evangelho?
3. ORAÇÃO - à luz da meditação, reze-se comunitariamente, com abertura aos carismas, com
cânticos que favoreçam a abertura à oração e a experiência com a Palavra (15 min.)
5. AÇÃO – Reunidos após o "deserto", elejam individualmente um propósito concreto que favoreça
a adesão à tudo aquilo que foi realizado pelo Senhor durante a Lectio Divina. De exemplos que
possam iluminar o tipo de propósitos concretos a ser feito nesse momento, enfatizando que não se
trata apenas de "fazer alguma coisa", mas de desenvolver atitudes de compromisso com a graça,
com a força transformadora da Palavra.
A celebração que iremos viver tem como objetivo finalizar a fase Metanóia (conversão) e
introduzir na fase Koinonia (comunhão), onde aprofundaremos a dimensão da unidade como fruto
da conversão. Iniciaremos aprofundando a decisão de Pedro em afirmar o seu amor total “ágape”
ao Ressuscitado que passou pela cruz (processo de conversão, necessário para a unidade).
Sabendo que a conversão é processo progressivo renovaremos a experiência do
pentecostes, clamando a graça da unidade como transbordamento de uma experiência concreta de
mudança de vida. Essa mudança de vida deverá ser centrada na experiência de doação do próprio
Cristo que se dá a nós pelo mistério da sua presença eucarística.
A celebração terá duração de 1hora e 30minutos em média. Pedidos que se evite mais que
isso para não torna-se exaustiva e repetitiva.
1- Sentido do momento
2- Ambiente Celebrativo
Segundo a tradição o martírio de Pedro também se deu pela morte gloriosa na crucifixão,
que a pedido do mesmo, por não se sentir digno desta morte gloriosa, pediu àqueles que o
crucificavam que o colocassem de cabeça para baixo.
Neste sentido, utilizaremos da Imagem do caravaggio da crucifixão de São Pedro, não é
ícone, mas uma pintura. O Ideal seria um banner, ou algo grande, com velas e panos litúrgicos.
Ao lado do banner uma cruz de madeira, grande, sem o Cristo, simbolizando e fazendo a
ponte da morte de Pedro por amor à Cristo. Ao lado da cruz pode-se colocar tochas para iluminar o
ambiente.
3- Condução do momento
Para este momento é importante já ter preparado a meditação e também escolher as pessoas para
fazer a oração (pelo menos 3 pessoas).
Neste segundo momento, assim como Pedro e os outros discípulos, suplicaremos a ação do
Espírito, como em pentecostes, por uma nova efusão que será a força que fundamentará a
unidade. Só o espírito poderá gerar em nós a unidade.
Será um verdadeiro despertar dos dons do Espírito Santo no grupo, em vista da comunhão
e da unidade entre nós.
2- Ambiente Celebrativo
Neste momento iremos para o lugar onde está o altar (talvez a capela) preparado para
receber o Santíssimo Sacramento que ainda não deve ser exposto.
Em frente ao altar deve-se ter um incensório, ou algo que possa se colocar a brasa para um
momento que faremos o uso do incenso. Não é recomendado o turibulo, mas um incensório, como
na imagem abaixo:
Figura 2 Incensório
Este ambiente será o mesmo do momento seguinte, a diferença será que não acenderemos
a vela do ícone nem as do altar. Deve-se ficar realmente um ambiente um pouco escuro, pode-se
até acender algumas velas para não ficar totalmente escuro, mas não todas.
Já deixe preparado neste ambiente o ambiente do próximo momento; confira o ambiente
celebrativo do próximo momento.
3- Condução do momento
a) LEITURA – At 2, 44-47
“Todos os fiéis viviam unidos e tinham tudo em comum. Vendiam as suas propriedades e os seus
bens, e dividiam-nos por todos, segundo a necessidade de cada um. Unidos de coração
freqüentavam todos os dias o templo. Partiam o pão nas casas e tomavam a comida com alegria e
singeleza de coração, louvando a Deus e cativando a simpatia de todo o povo. E o Senhor cada dia
lhes ajuntava outros que estavam a caminho da salvação.”
b) CLAMOR AO ESPIRITO – Faça um momento de clamor ao Espírito, com músicas,
orações espontâneas, abertura aos dons, oração em línguas, etc. Pode-se ainda, motivar
oração uns pelos outros. Deixe que o Espírito conduza esse momento.
c) COMPROMISSO – Depois deste momento de “pentecostes” tendo escutado de Deus toda
a sua Vontade para nós, faça um momento de compromisso com esta Vontade de Deus.
Para isto, utilizaremos do incenso; cada ovelha deverá pegando um pouco de incenso
colocar no incensório. (caso sejam muitas ovelhas pode-se mandar ir grupos de 5 diante
do altar para colocar um pedra de incenso e fazer a sua oração de compromisso. Cuidado
para esse momento não se tornar demasiado demorado e dispersar as ovelhas.)
1- Sentido do momento
Em Cristo, humanidade foi re-criada. É na comunhão com Cristo que nos tornamos capazes
de fazer comunhão conosco mesmos, com os irmãos, com a igreja.
Faremos aqui um momento de adoração ao Santíssimo Sacramento, assumindo a graça
recebida do Senhor selando o desejo de viver a unidade.
Teremos como modelo de unidade a Santíssima Trindade.
Maria também será para nós um modelo, a obra acabada do Criador. Exemplo de comunhão
com a Vontade do Senhor e que nos chama também a essa comunhão “Fazei tudo o que Ele vos
disser”.
2- Ambiente Celebrativo
Obs: Caso não haja possibilidade de expor o Santíssimo Sacramento, faça-se os passos diante de
um ícone (ou paneau) grande da Santíssima Trindade e do ícone da Virgem Maria, como orientado
acima.
3- Condução do momento