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五河ペアレンツ
Sem dúvidas, o objetivo de Shidou também era esse evento. Ter descoberto
a existência desse evento recentemente, que estava começando a parecer um
Super Saldão, fez Shidou viajar até a loja de departamentos a pé para comprar os
materiais do jantar daquela noite.
Era como ele disse. Devido a aquele dia ser um dia de descanso, os
Espíritos que atualmente estão residindo na residência dos Itsuka, pacientemente
esperavam o retorno de Shidou.
No final, o que de começo era uma quantidade que ele poderia carregar
tranquilamente se tornou pesado demais para as mãos de Shidou. Se ele pelo
menos tivesse alguém para lhe dar uma ajuda naquele momento. Bem, pedir por
ajuda sem dar o seu melhor antes seria completamente exagerado. Algumas
coisas ficam melhores se as deixarem como elas são.
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Shidou levemente forçou um sorriso e avançou para a seção de peixes
frescos enquanto carregava sua cesta de compras.
Naquele momento...
— Eh?
『Número Desconhecido. 』
Embora a coisa toda pareça ser bem suspeita, Shidou pressionou o ícone
de aceitação e recebeu uma chamada anônima.
— Alô?
— Q-Quê?
『Isso não é uma brincadeira. Vou deixar você ouvir a voz dela agora. 』
Pelo dispositivo, pôde ser ouvido um lamento rígido que parecia ser falso
a uma primeira vista.
— .....
Depois de ouvir aquela voz, Shidou não pôde deixar de dar um grande
suspiro de alívio.
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100 milhões de ienes é equivalente a cerca de 3,8 milhões de reais.
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— Vocês até usaram um número estrangeiro para me ligar... O que foi,
Mãe, Pai?
Quando Shidou terminou de falar, uma voz mais nítida que a anterior
podia ser claramente ouvida do outro lado da linha.
— Vocês não têm entrado em contato por um longo tempo, e quando tem
a oportunidade fazem isso...
『Ah... espera um pouco. Você não mudou nada, né? Sempre tão sério. 』
『Oh, isso mesmo. Eu quase me esqueci. Onde você acha que estamos
agora? 』
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『Cidade de Tengu da Kyoto Oriental! Em frente à porta da nossa amada
e nostálgica casa! 』
『Malvada! 』
— Ha...?
『Em outras palavras, estamos de volta! Bem, somente pelo feriado. Nós
temos que voltar correndo para o trabalho em breve. 』
『Ah, já faz um bom tempo desde que vi a Kotori e você. Tudo bem com
vocês? 』
— E-Espera um minuto!
『Ara, Entendi. Mas que hora boa, você comprou o suficiente para nós
comermos também? Comida feita pelo Shii-kun, não posso esperar! 』
— E-Eu não estava falando disso! De qualquer forma, vocês podem passar
o tempo em algum lugar fora até eu voltar?
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『Ué, por que? Por nós tudo bem esperarmos em casa. 』
『Concordo! 』
— N-NÃÃÃÃÃO!!!
『Un, está decidido então, nós vamos deixar o jantar por sua conta. Em
relação ao menu, será que ele irá aumentar quando descobrirmos o precioso
tesouro do Shii-kun? Mamãe vai querer caranguejos Sichuan. 』
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— Eu tenho que voltar logo para casa...!
Apesar de saber que seus esforços seriam totalmente inúteis, Shidou não
se esqueceu de colocar os caranguejos e os ouriços do mar diligentemente na
cesta de compras para estar preparado para qualquer eventualidade imaginável.
◇◇◇◇
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Vendo as duas competindo entre si estimulantemente em uma batalha
unilateral, Kaguya disse por de trás de suas costas.
— U-Uguuu...
De trás das irmãs Yamai, a voz fraca de Yoshino pôde ser ouvida junto
com a do fantoche de ventriloquia em forma de coelho, Yoshinon, que Yoshino
carregava em sua mão esquerda. Na parte de trás da sala de estar estavam
Yoshino, Natsumi e Miku, que assistiam as partidas intensas do grupo que estava
jogando enquanto graciosamente tomavam chá preto.
— ...Não há nada entre nós. Falando nisso, por que está se aproximando
de mim aos poucos? Isso é assustador.
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— ...Uh, isso, de qualquer forma, pode tirar sua mão do meu joelho? Além
disso pare de apertar seus dedos nele.
— Muito bem, eu não vou parar até aniquilar você! Hora do desempate,
Ori-
— ...?
— ...Ladrões.
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Yoshino perguntou suavemente, sua voz estava perturbada de medo. Mas
Origami somente permaneceu em silêncio e olhou para a porta que conectava a
entrada com a sala de estar.
— ......
◇◇◇◇
— Ah, sim.
— Ahh... Yaa!
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— ...Sério, você continua sendo como costumava ser.
— D-Desculpa...
Tatsuo então se desculpou conforme arrumava sua postura. Ele sempre foi
assim no passado. Haruko deu um sorriso torto e prontamente estendeu sua mão
em direção à maçaneta da porta.
— O que foi?
— A casa era supostamente para estar vazia. Mas a fechadura está aberta.
— Un... Mesmo que a segurança pública do Japão seja muito boa, isso é
desleixo demais. Cuidados apropriados devem ser tomados.
— Fala sério, todos eles são da Koto-chan? Ela comprou tantos enquanto
não estávamos aqui... E nós nunca vimos todos esses estilos...
— Ahaha, será que é por isso que Shidou não queria permitir que nós
entrássemos?
— Ah-, talvez. Afinal, Shii-kun sempre teve sentimentos por sua adorável
irmãzinha.
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— Fiiiu, lar doce lar. Os quartos onde ficávamos no trabalho não eram
ruins, mas eu prefiro ficar em casa mais do que qualquer coisa.
— Eu entendo o que quer dizer com isso. Nós somos pessoas japonesas.
O casal riu vividamente como nos velhos tempos e abriu a porta que
levava à sala de estar.
-- E Então.
— Hã?
— Quê?
— O-Oque......
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— E-Eles não se parecem com ladrões...
— Você é muito inocente, Yoshino. Pessoas más não têm a palavra "mal"
escrita em suas testas.
Naquele momento.
— --Guah!
Se virando, somente a figura de outra garota pôde ser vista saindo das
sombras. Uma delas estava balançando o pescoço de Tatsuo, e a outra estava
segurando uma pequena faca e apontava ela contra a cabeça de Tatsuo.
— Tatsuo-kun!
— Hiii...!?
— E-Ei, Origami...
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— Não tem problema. Embora seja puro exagero, o resultado ainda assim
será excelente. A dor pura é uma coisa, mas a possibilidade de perder órgãos
vitais como os dedos incita mais medo quando se tortura alguém.
— O-Origami...?
— H-Hiiiii--
— E-Eu não quis isso dessa forma! Eu só estou te dizendo para não
exagerar!
— E-Entendeu agora?
A garota de cabelos roxo gritou com a garota que segurava a faca, fazendo
com que ela inclinasse a cabeça inconcebivelmente.
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completamente seu corpo e tentou o máximo que pôde fazer sua voz sair do
fundo de sua garganta.
Haruko sentiu como se ela tivesse sendo tratada como uma idiota. Porém,
isso logo provou-se ser incorreto. No momento que ela viu suas expressões
genuínas, ela pôde dizer que elas não estavam mentindo.
Mas se esse fosse o caso, o que era tudo aquilo afinal? Será que ela entrou
na casa errada?
— Espanto. Nós também não lembramos de ter sido solicitados por você.
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— Muuu... O que foi, Origami?
— Q-Qual é a sua?
— Hah...?
— Não.
— Esses dois... são Itsuka Tatsuo e Itsuka Haruko. Eles são os pais do
Shidou e da Kotori.
『......!? 』
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◇◇◇◇
— Ahh! Droga! Por que um acidente de trânsito teve que acontecer justo
agora!?
O resultado mais ideal seria que seus pais de alguma forma acreditassem
que os Espíritos fossem amigos de Kotori. Ainda assim, Shidou alegremente não
tinha ciência do que tal cenário poderia se tornar.
A única coisa que ele podia fazer agora era voltar para casa o mais rápido
possível enquanto vigilantemente observava os Espíritos e seus pais. No pior
cenário possível, antes que os Espíritos dissessem alguma informação
confidencial que poderia ter consequências severas, Shidou teria que estar atento
para mudar o assunto da conversa. Até lá, ele teria que...
— ......?!
Por que ele fez isso de repente? Era uma ação normal a se fazer quando se
deparasse com a mulher que estava diante dele.
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— A-Aiii, eu torci meu tornozelo... Hã? Itsuka-kun?
— Itsuka-kun!
— Hã?
— E-Entendi...
A aura diabólica de Tama-chan caiu sobre ele como uma fúria destruidora,
forçando Shidou a recuar um passo.
— Essa festa é restrita à homens que tem ganhos anuais acima de oito
milhões de ienes, então a competição é violenta! Já que somente mulheres na casa
dos vinte anos podem entrar, essa é minha última chance! Eu não posso falhar!
Isso seria um desserviço aos sacrifícios de meus companheiros!!!
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De nos jours = roupas do dia-a-dia, que não é roupas de trabalho
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Shinjuko ni-chome (新宿二丁目) é uma área do Distrito Shinjuku conhecido como uma área com
diversos comércios voltados ao público LGBT
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Tama-chan desesperadamente implorou enquanto seus olhos marejados
desabavam em lágrimas.
— ...Se você não me levar lá, então eu terei que casar com o Itsuka-kun...
— Guh...
Porém, ele simplesmente não podia deixar ela nesse estado lastimável.
Shidou proferiu um grito alto e carregou Tama-chan em suas costas.
◇◇◇◇
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Mas isso era o esperado. Mesmo que elas não tivessem nenhuma
informação sobre eles de antemão, os Espíritos colocaram os pais de Shidou e
Kotori em maus lençóis.
— Eu não tinha ideia de que os pais de Shidou estavam vindo para casa...
Miku segurava seu queixo com os dedos e fez esse comentário. Quase
imediatamente, as irmãs Yamai, aquelas que tinham subjugado o casal,
invariavelmente exploram um semblante inquieto em seus rostos pálidos.
— Não, mesmo o mais grave dos traumas não se compara com o que você
fez...
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Natsumi olhou para a direção de Origami com um olhar semicerrado e
disse isso. Os outros Espíritos fizeram várias interjeições de "uhum" em
concordância.
Embora Natsumi pretendesse expressar mais sua opinião, ela decidiu que
não era a hora para isso, tendo a situação delas em mente.
— ...Bem, como eles são os pais de Shidou, eles são os donos da casa. Se
nós enfurecemos eles, não esperem sequer colocar os pés nessa casa, como
costumávamos fazer, daqui em diante.
— A-Ahh...
— V-Você tem?
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— M-Melhores impressões...?
『C-Como, especificamente? 』
— B-Boas-vindas?
— E-Eu também...
『Yoshinon também! 』
— Sem objeções.
— Está tudo felizmente decidido então. Nesse caso... vamos começar nossa
batalha!
◇◇◇◇
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— ......
O casal, que havia sido liberado momentos atrás, estavam sentados juntos
no sofá da sala de estar, embora ainda estejam com os nervos à flor da pele.
— ...Você realmente acha que garotas hoje em dia podem aplicar técnicas
de combate militares, serem habilidosas com facas, e até mesmo ter conhecimento
de técnicas de tortura? Essas garotas obviamente não são comuns.
— Bem, isso é verdade. Mas elas não me parecem ser más pessoas...
Sem qualquer tipo de senso de perigo, como sempre. Embora ele fosse um
engenheiro admirável, Tatsuo podia ser classificado como totalmente
incompatível com a sociedade e, obviamente, com a malícia humana. Resumindo,
ele era um tapado. Ou seja, sem Haruko ao seu lado, Tatsuo já teria sido
enganado diversas vezes.
— ...De qualquer forma, é muito arriscado ficar mais tempo por aqui. Nós
devemos encontrar uma oportunidade e fugir.
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— Hm, se é o que a Haru diz.
Justo quando o casal estava passando pelo outro lado do balcão... um grito
clamoroso reverberou da cozinha, e uma garota simultaneamente se aproximou
deles enquanto carregava um grande prato em suas mãos.
Depois disso, quando a garota abriu a porta e olhou em direção a eles, ela
ficou paralisada e inclinou a cabeça.
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— Eu ouvi que se eu fizesse isso sozinha, vocês se sentiriam bem-vindos e
felizes. Vocês dois devem estar com fome depois de uma longa viagem! Por favor,
sintam-se livres para comer!
Mesmo que eles não estejam no formato tradicional, com certeza eram
bolinhos de arroz feitos a mão: arroz quente cozinhado em forma triangular e
enrolado com alga ressecada.
— Espera, Tatsu-kun.
Tatsuo estava confuso com o alarme repentino. Mesmo que Haruko tenha
achado essa reação dele adorável, sua opinião pessoal não aceitava que eles
abrissem a guarda desse jeito. Haruko chegou perto do ouvido de Tatsuo e disse
de forma que sua voz não fosse ouvido por Tohka.
— Nós ainda não descobrimos quem são essas garotas, nem se elas
colocaram alguma coisa nesse bolinho de arroz. Comer isso sem cautela é
extremamente perigoso.
— Meu Deus, você não acha que está exagerando? A garota não parece ser
má pessoa, e seria falta de educação recusar algo que lhe foi oferecido.
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Haruko queria refutar a cortesia de seu marido, mas imediatamente
deixou sua resposta presa na garganta. Acima de tudo, por ter sido um casal por
tantos anos, ela sabia como Tatsuo era teimoso quanto a esse tipo de coisa.
Haruko declarou inflexível mente. Isso não era para assegurar que a
comida estava seguramente comível, mas para proteger Tatsuo, já que ela pensou
que se ele experimentasse primeiro, ele comeria o bolinho inteiro, mesmo que o
gosto fosse ruim.
— Oh, então quer ser a primeira? Eu acho esse lado seu tão fofo, Haru.
Certo, vá em frente.
— Umu! Vá em frente!
— Umu! Eu não sabia qual usar, então eu coloquei tudo junto! Ah, mas
não se preocupem. Eu não coloquei nenhuma ameixa, por que elas estavam... err,
azedas.
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Seja como for, eles não poderiam ser negligentes e teriam que tomar
algumas medidas de precaução.
— E como está?
— Err, d-delicioso.
Porém, não importa o quão vazia estava suas barrigas, elas tinham um
limite. Tohka fez um total de seis bolinhos de arroz. Os bolinhos, que eram
grandes o bastante para cobrirem seus rostos, foram divididos igualmente entre
os dois: três para cada. Não havia como eles comerem todos. Tatsuo, que comeu
um inteiro, e Haruko, que comeu metade, já estavam satisfeitos.
— ...?!
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— Uu...
— ...!
— É mesmo? Umu! Então, err, como posso dizer, estou muito feliz!
— ...
Agora que foi dito não pode ser desfeito. Haruko e Tatsuo
respectivamente forçaram um sorriso torto e começaram a comer os bolinhos de
arroz no prato mais uma vez.
— Ugh, ufa...
— Fiiiu...
◇◇◇◇
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— Nós conseguimos a tempo... Estou realmente grata, Itsuka-kun. Se eu
conseguir um cara rico para ser meu marido, eu vou te convidar para visitar
nossa casa.
Coincidentemente.
Uma certa voz alcançou seus ouvidos por trás. Shidou olhou para trás,
meramente para encontrar seu colega de classe, Tonomachi Hiroto, em pé,
acenando para ele.
— Chi.
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— Desculpa, mas hoje não. Eu tenho algo importante para fazer.
— O que é?
— ...Não.
— Mas parece que sim! Então por que está tão engasgando tão de repente!?
Não minta para mim, por que esse tipo de coisa sempre acontece com você?!
— C-Como é que vou saber?! Deixe-me ir! Eu estou ficando sem tempo!
◇◇◇◇
Haruko e Tatsuo, que estavam quase desmaiando por terem ingerido tanta
comida, estavam atualmente deitados na cama localizada em seu quarto.
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— T-tudo bem com vocês, err, papai e mamãe do Shidou?
No meio do caminho para seu descanso, a voz de outra pessoa ressoou por
trás do casal.
Mudando sua linha de visão, eles puderam ver duas garotas pequenas e
delicadas paradas ali.
Uma das garotas carregava um fantoche de coelho em sua mão; ela parecia
ser especialmente amigável. A outra garota, porém, mostrava uma expressão sem
afeição e audaciosamente encarava o casal com olhos infelizes.
As duas garotas eram como Tatsuo tinha dito: não eram más pessoas.
— Ooh, verdade? Então, onde ela está agora? Mesmo que sejam amigas
próximas, pedir para olharem a casa é muito...
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Já Natsumi, para acalmar Yoshino, colocou suas mãos ternamente nos
ombros dela.
— Natsumi-san...?
Depois de alguns segundos, uma garota entrou no quarto pela porta que
Natsumi tinha desaparecido.
Todos acreditavam que tinha sido Natsumi que havia voltado, mas isso se
provou ser falso.
— ...! Koto-chan!?
— Kotori!?
Haruko e Tatsuo não podiam se conter em chamar pela garota. Com laços
brancos. Cabelos divididos em dois rabos de cavalo e olhos redondos, ela era sem
dúvida a filha querida de Haruko e Tatsuo, Itsuka Kotori.
— Vamos lá, você estava em casa? Devia ter aparecido mais cedo.
Apesar das circunstâncias não serem claras, como ela tinha voltado, o casal
se sentiu aliviado de ver sua filha ali.
Olhar essa cena fez com que Haruko se sentisse extremamente relaxada.
Toda vez que eles voltaram para seu país natal, esses dois sempre gritavam
"Kotori~!" e "Otou-san~!" um para o outro e davam um abraço de urso mútuo o
que desenvolvia um constante crescimento do afeto entre eles.
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Porém.
— T-Tatsu-kun!? Koto-chan! O que você fez ao seu pai! Vocês dois não
costumam se abraçar quando nós chegamos em casa?
— G-Guuu...
Tatsuo abafou sua boca usando suas mãos com toda a força para impedir
que ele vomitasse. A pessoa entre Tatsuo e Kotori, Yoshino, abriu sua boca para
falar.
— I-Isso...
Kotori, ao ser deixada para trás, fez uma expressão envergonhada e olhou
para Tatsuo.
Depois que ele conseguiu controlar seu impulso de vomitar, Tatsuo deu
um sorriso debilitado.
— Kotori tem quatorze anos agora... ela não é mais uma criança. Sniff...
Sniff... Eu sabia que esse dia chegaria. O papai está bem...
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— T-Tatsu-kun...
— Não se preocupe... Err... Por que tudo parece tão embaçado agora...?
Tatsuo ergueu sua cabeça e olhou para o teto para prevenir que suas
lágrimas escorressem.
Ver seu pai em uma situação tão desoladora, era a primeira vez desde que
Kotori parou de tomar banho junto com ele e quando ela o descobriu por trás da
fantasia de Papai Noel há alguns anos.
Foi então que, o som de passos desajeitados foi transmitido pelo corredor.
『Yoshinon chegou~! 』
— Hyaa!
— Uahh!?
◇◇◇◇
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— Haa... Haa... Realmente... Eu preciso ir embora logo...
Essa situação hostil perseguiu Shidou por todos os lugares que ele ia, como
se a maliciosa Dama da Sorte tivesse o amaldiçoado com azar. Que chances ele
teria contra tal destino premeditado? Os deuses deviam estar morrendo de rir
quando escreveram a situação patética que Shidou vive.
Shidou tinha que impedir de qualquer forma que eles o vissem como um
criminoso sexual que tinha enchido sua casa de garotas tanto mais velhas quanto
mais novas que ele.
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Então é isso? Shidou é um garoto, afinal. Mas você não pode negligenciar essas
garotas, tá bom?" ou coisa assim.
— Se eu não me apressar...
Naquele momento.
— ...!
Porém, por algum motivo, ele teve uma premonição ameaçadora que
implacavelmente o alertou para evitar tal encontro.
— ...
Naquele instante...
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— Qual o problema, Kitarou?4
— Ah! Bem ali! Itsuka está andando na rua como se tivesse feito algo
vergonhoso!
— O quê!?
— Kun...!
— Demônio infame!
— Avante!
◇◇◇◇
— ...Aah~...
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Ge no Kitarou é um mangá dos anos 1960, criado por Shigeru Mizuki, foi ele que popularizou
criaturas folclóricas japonesas, como os Yokais)
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ao consolar Yoshino, que persistentemente continuou a se desculpar com olhos
lacrimejantes brilhantes.
— Mesmo assim...
É claro, ela não excluía a possibilidade de tudo isso ser coisa do Shidou,
mesmo que fosse minúscula. Porém, para o Shidou, que nunca trouxe uma
namorada para casa, ter convidado tantas garotas para sua casa tão de repente,
sem contar o fato de todas elas terem aparência deslumbrante, isso era algo quase
impossível.
Mas e se esse fosse o caso, qual poderia ser a fonte da perturbação que
Shidou demonstrou durante a ligação de mais cedo? Essa perspectiva era muito
selvagem e cheia de devaneios. Haruko não pôde deixar de dissipar essa noção
da essência de sua mente.
— ...Então.
Porém, deixar esses assuntos duvidosos de lado não era o modo que
Haruko trabalhava. Por isso, ela decidiu firmemente que investigaria
cuidadosamente para ter certeza sobre o tipo de relacionamento que Shidou tinha
com essas garotas, assim como Kotori também.
— Aparição!
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— O-O que está acontecendo?
Elas eram irmãs gêmeas: seus nomes eram, se ela se lembrava bem,
Kaguya e Yuzuru. Quanto ao motivo delas fazerem pose antes de falar, Haruko
não fazia a menor ideia.
— A-Ah...
Ter suas costas limpas por alguém de fato satisfazia Haruko. Mas no final,
Haruko soltou uma expressão incomensurável enquanto ela ponderava por que
as duas gêmeas estavam lavando suas costas. Ela perplexamente coçou suas
bochechas.
— Hmm, por que ela não parece muito feliz? Essa não é nossa
hospitalidade suprema?
— Que estranho. Se fosse o Shidou, ele estaria muito feliz, mesmo que
estivesse coibido.
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— Deliberação. Talvez seja por causa da diferença de gêneros. Isso poderia
ser efetivo contra o pai dele.
— Err... mas como posso dizer isso, parece que seria estranho fazer isso
em outro homem que não fosse o Shidou.
— Além disso, se fosse a Miku, ela se sentiria feliz de ter uma garota
limpando ela.
— Oh, você pode estar certa. Então vamos tentar aquilo. Se fizermos isso
por trás...
— Não me tome por uma idiota. Mesmo que eles sejam pequen...
— E-Esper um momento.
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— Confirmação. Algo de errado com isso?
— Não, é só que... vocês duas disseram que já tomaram banho com o Shii-
kun ou algo do tipo.
— E-Esperem um minuto!
◇◇◇◇
— Bem então...
— A-Ah...
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Tatsuo deu um sorriso para mostrar que ele não estava irritado com aquilo
e andou em direção as escadas.
Depois de Yoshino fazer essa oferta, Tatsuo balançou sua mão em recusa.
— Estou grato por isso, mas está tudo bem, e a Haru-chan não gosta de
levar nenhuma bagagem nas viagens. Hoje, nós só trouxemos as roupas
necessárias, então nossos pijamas ficaram em casa. Pode ser um pouco cedo, mas
estou pensando se devo pegar uma muda de roupas no quarto do Shidou ou não.
Eles estavam na residência dos Itsuka. Como dono da casa, não tinha como
Tatsuo não saber onde é o quarto do Shidou. Mas ele simplesmente sorriu e
continuo à concordar com a cabeça. Afinal, esse era um gesto gentil das duas
garotas, e Tatsuo não tinha como recusar.
— P-Por aqui...
— ...Uhn.
— Uhn, obrigado.
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Apesar do perene período de tempo em que Tatsuo ficou sem nunca ter
pisado no quarto de seu filho, não havia muitas diferenças de seu estado atual
com o que ele se lembrava. Isso era devido ao fato de Shidou ser
escrupulosamente meticuloso que aquele lugar estava bem arrumado e limpo
como sempre esteve.
◇◇◇◇
Apesar da estação atual ser inverno, a perseguição anterior fez com que o
corpo de Shidou se aquecesse e sua transpiração transbordasse.
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Embora seu senso de direção tenha sido desorientado, andar na direção
certa ou errada é muito melhor que ficar parado sem fazer nada. Shidou ajustou
sua respiração e começou a aumentar sua velocidade.
— ...
Naturalmente, Shidou sabia que aquela não era a hora para isso. Mas
naquele momento, um ato que chamava muita atenção estava acontecendo no
beco estreito à sua esquerda.
Shidou não podia saber mais sobre a garota que estava parada alí. Ela
tinha um longo cabelo negro, pele branca como a neve, e uma longa franja que
tampava seu olho esquerdo. Carregando um sedutor e divertido sorriso em seu
rosto, ela despreocupadamente pairava ali.
— Hihi... Como esperado, planos comuns não funcionam contra você. Isso
só deixa tudo mais divertido, não é mesmo?
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— Hihihihihihihihihi! Você caiu na minha armadilha. A ração de comida
especial foi misturada com erva de gato!5
Nesse momento, ela deve ter percebido que estava sendo observado por
trás de suas costas.
— ...
— ...
Kurumi utilizou uma voz calma para dizer isso. Não, ela estava calma
demais.
5
Erva de gato ou Catnip, é uma erva que apura os sentidos dos gatos e os deixam eufóricos).
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— Hã? Não, eu já não falei, eu não sei de nada...
◇◇◇◇
— ...
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Com essa decisão em mente, Haruko entrou na sala de estar e percebeu
seu marido sentado no sofá.
— Tatsu-kun?
— Aah... sim.
— Un, na verdade...
— Q-Querido?
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Mesmo que a pasma Haruko tenha gritado isso, Miku continuou como se
tivesse ignorado à observação repentina.
— Não precisam mais se preocupar agora que estou aqui. Eu vou aplicar
uma massagem perfeita para tirar sua fadiga.
Depois disso, a garota que fez os bolinhos de arroz, Tohka, apareceu por
de trás de Miku. Ela realmente se parecia com um cachorro de estimação.
— Umu, entendido.
— Muu, tá bom.
Vendo suor frio escorrer pela testa de Haruko, Tatsuo gentilmente sorriu.
— Hã? A-ah...
Embora ela ainda tivesse coisas a dizer para Tatsuo, Haruko só pode se
deitar sobre o sofá sob as ordens apressadas de Miku.
— Uhn...
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— Err... está... realmente... boa...
Porém.
— ...?!
Conforme Miku foi ficando cada vez mais excitada, Haruko pôde
finalmente tirar uma soneca leve.
◇◇◇◇
— Sério... o que eu fiz para merecer ser envolvido em todas essas horríveis
circunstâncias...?
Desde então, Shidou tem andado por um período indefinido de tempo até
encontrar uma rua conhecida.
Mesmo que já faça cerca de uma hora desde que ele recebeu a ligação de
seus pais, talvez Shidou ainda não tenha ultrapassado o limite de sua corrida
contra o tempo para se salvar de um destino terrível. Ele se agarrou à esse raio
de esperança e acelerou o passo no caminho que levava a sua casa mais uma vez.
51
— Hm?
— O qu...
Mas tal efeito era inevitável, pois era um fato que a pessoa diante dele era
uma Wizard das Indústrias DEM, uma organização antagonista a Ratatoskr: Ellen
Mathers.
— Ah...
— ...Sem chance!
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Naquele momento, Ellen instantaneamente ergueu sua cabeça e pegou o
ombro de um dos estudantes.
— Não é justo.
— Mas eu fiz um escudo agora a pouco, então seu toque não funcionou!
Foi então que Ellen percebeu o garoto que silenciosamente estava parado
a curta distancia dela, Shidou.
— Ah...
— ...
Vendo ela agir assim, Shidou não pôde deixar de identificar exatamente a
mesma sensação hostil que experimentou por todo aquele dia e tentou se livrar
dela.
53
— A Onee-san caiu!
◇◇◇◇
— Hã? Ahh...
— O que você quer dizer com "aquilo"? P-Poderia ser... que seja uma
daquelas drogas perigosas dos rumores?!
— Que?
— Err... quando eu estava procurando por uma muda de roupas para você
no armário no quanto do Shidou...
54
Tatsuo disse isso com uma expressão sutil.
Nesse momento.
— Otou-sama, Okaa-sama.
— Nn!!
— Wa!!
Mas isso não era nada fora do comum, devido ao fato de que a garota que
apareceu diante deles foi aquela que anteriormente tinha ameaçado Tatsuo com
uma faca.
Embora Haruko tenha pensado ter dito algo como "Você tem sido a mais
problemática de todas", ela segurou o ímpeto pelo bem da segurança deles.
Ao ouvir uma notícias dessas que causa grande impacto do nada, Haruko
involuntariamente arregalou os dois olhos.
— Correto.
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o outro. Devido ao fato de o casal nunca ter discutido tal tópico com o Shidou, os
dois não estavam bem informados sobre o tipo de garota que seu filho gostava.
Sem contar que eles nunca esperavam que ele de repente se interessasse nesse
tipo de garota.
— I-isso é...
— Ara?
— Sim.
— Essa foto... mesmo que ela mostre duas pessoas, a posição delas não
está um pouco estranha? Ela se parece mais com uma selfie com Shidou no fundo
dela, você não acha?
— Isso é um equívoco.
— Então essa aqui... não parece que o Shidou não está olhando para a
câmera? Ela se parece mais com uma imagem de duas pessoas que
coincidentemente estão lado a lado e que foi tirada por uma câmera escondida...
— E-Então é isso...
— ...Hm?
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Quando seus olhos pararam em uma certa foto, Haruko franziu as
sobrancelhas.
— Hã? Qual?
Justo quando Tatsuo estava prestes a olhar a foto que estava na mão de
Haruko, um pedaço de papel apareceu do nada, obscurecendo a fotografia. E a
culpada foi, sem dúvidas, Origami.
— O-Origami-chan?
— isso é...?
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— Sim, e ele ainda me deu um beijo apaixonado quando aceitei.
— Quê...!!
Ao ouvir essa história que não condizia com a realidade e que nada se
parecia com algo que Shidou faria, o casal ficou seriamente alarmado. Porém,
quando eles viram a solenidade comprometida no rosto sério de Origami, os dois
não foram capazes de detectar nenhum pingo de desonestidade vindo da garota.
— I-Isso é...
Foi então...
— Isso não foi o que concordamos! Era para ser uma boas-vindas!
— O quê?!
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— Assentimento. Eu não posso conceder, nem mesmo para a Mestra
Origami.
— Exato, exato! Isso foi muito sujo, Origami. O querido é meu, então você
pode ser a MINHA noiva!
— N-nem eu...
— Eu tenho uma ideia! Por que todas vocês não se tornam minhas noivas?!
— E-Espera um pouco...
— Todas se acalmem!
◇◇◇◇
Sem saber quanto tempo tinha se passado desde que recebeu a ligação,
Shidou retornou para seu lar.
Devido ao fato de que ele estava correndo até agora, o corpo exausto de
Shidou estava acabado, mesmo que não faça tanto tempo que ele se separou de
Ellen.
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Porém, isso foi somente o fim do começo. A verdadeira batalha apenas
tinha começado. Shidou preparou sua mente e respirou profundamente.
Como ele não tinha entrado em contato com nenhum deles, Shidou não
fazia ideia do que tinha acontecido entre os Espíritos e seus pais. De antemão, ele
tinha que pensar em um tipo de desculpa para seu relacionamento com os
Espíritos e ele não poderia proferir a palavra Espírito nenhuma vez.
— ...Tão difícil.
Shidou não podia fazer nada além de enrugar suas sobrancelhas. Esse era
obviamente um assunto de grande importância, mas ele era incapaz de explicar
isso. Shidou estava preso em um beco sem saída.
Ainda sem saber o que fazer, Shidou tomou confiança e entrou na porta
da frente.
— Voltei...
— -----
— Será que...?
Justo antes de ele abrir a porta, alguém fez isso por ele. Um homem e uma
mulher saíram correndo da sala de estar.
— Otou-san, Okaa-san.
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Ouvindo isso, Shidou não pôde evitar olhar para o interior da sala. Dentro
dela, uma intensa disputa estava acontecendo, e parecia que não iria parar tão
cedo.
— Elas são...
Shidou pressionou sua testa com a palma da mão. Embora ele não saiba o
que tinha acontecido exatamente, ele estava consciente do fato de que as garotas
não deixaram uma primeira impressão satisfatória na mente de seus pais.
— ...
Não somente o Shidou não podia mencionar nada sobre os Espíritos, mas
também se ele o fizesse, não havia garantias que eles iriam acreditar nele.
— ...?
— Shii-kun...?
Com isso dito, Shidou levemente confirmou com sua cabeça e continuou.
— Primeiro de tudo... me desculpem por não ter dito a vocês sobre elas.
— Não se preocupe com isso... Mas que tipo de relação elas tem com você?
— Sério... me perdoem. Eu não posso revelar nada sobre elas não importa
o que aconteça. Eu sei que estou sendo egoísta, eu recebi seu carinho e gentileza
por todo esse tempo, e em troca eu estou sendo infiel a vocês. Mas... por favor,
não as odeiem.
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— Por favor, eu estou implorando. Mesmo que elas tenham feito algo que
irritou vocês, todas elas têm bom coração. Todas... Todas elas... são muito
importantes para mim!
— S-Shii-kun...
— Tatsu-kun...
— Isso não é uma coisa boa, Haru-chan? Shidou está falando do fundo de
seu coração, então eu acho que ele definitivamente não está errado.
— M-Mas...
— Além disso, ouvir meu filho falando desse jeito, me deixa muito feliz.
— Ah...
— Vocês dois não tem jeito mesmo. Bem, se não pode falar sobre isso,
então eu acho que está tudo bem... Mas no futuro, você terá que nos contar
apropriadamente.
— ...Okaa-san!
— Você já fez tudo isso. Como seus pais, como não podemos confiar em
nosso próprio filho?
Haruko timidamente desviou seu olhar, fazendo com que ela lembrasse
ligeiramente sua filha Kotori.
— ...?
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Tentando dar uma olhada na situação na sala, Shidou observou que todos
os Espíritos estavam olhando para ele com olhares fixos.
Parece que seu discurso anterior chegou aos seus ouvidos. Shidou não
pôde se conter e ficou com as bochechas coradas.
Shidou rapidamente virou sua cabeça, foi quando ele encontrou sua irmã,
Kotori, encostada na parede desde Deus sabe quando.
— Não faz muito tempo, eu acabei de chegar. Eu pensei que algo grande
estava acontecendo quando vi que a casa estava barulhenta... Bem-vindos de
volta, Otou-san, Okaa-san.
Kotori balançou sua mão para Haruko e Tatsuo. Porém, o casal balançou
suas cabeças em espanto.
— Bem-vindos de volta...?
— Hã?
Ao ouvir seus pais, Kotori não pôde se conter em arregalar seus olhos.
◇◇◇◇
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— ...Essas garotas são Espíritos.
E dessa forma, a verdade, que Shidou arriscou sua vida para esconder, foi
completamente divulgada a seus pais.
— O qu...! Kotori!
Shidou gritou com força. Mas já era tarde demais. O assunto sobre os
Espíritos era altamente confidencial, sua existência não podia ser revelada nem
mesmo aos seus entes queridos, foi o que disseram ao Shidou.
— E-Entendi...
— Então é isso.
◇◇◇◇
— Para ser mais precisa, eles são empregados da Asgard Electronics, uma
organização filial da Ratatosk, e simultaneamente são desenvolvedores de
unidades Realizer. A Fraxinus que nós sempre usamos foi desenvolvida pela
equipe deles. Dessa perspectiva, você pode dizer que aquela espaçonave é nossa
irmã.
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Kotori informou enquanto chupava seu precioso chupa-chups. Tatsuo e
Haruko, que estavam sentados ao seu lado, acenaram em concordância.
— Como é que eu saberia!? E mesmo que isso seja verdade, por que não
perceberam logo que elas eram Espíritos!?
— Isso, e como elas são chamadas de Espíritos, nós pensamos que elas
seriam criaturas menores.
— Uhn, apesar dos argumentos serem ruins, isso serviu para mostrar que
elas amam o Shidou.
Shidou não podia fazer nada além de relaxar e se sentir aliviado depois de
passar por todas aquelas provações. Não importa qual processo ele tomou,
Shidou estava totalmente satisfeito que seus pais aceitaram os Espíritos.
— Sobre isso, Shii-kun, isso não tem nada a ver com aquilo...
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Haruko abaixou sua voz e tirou uma certa fotografia de seu bolso.
Com certeza, isso era inevitável. Naquela foto, depois de colocar uma
linda maquiagem, estava a versão feminina de Shidou, {Shiori-chan}.
— Uma garota chamada Origami emprestou isso para mim. Então, quem
é?
— Não, não sou eu! Essa é uma garota da escola que realmente se parece
comigo!!
— ...?!
— Shii-kun... como chegou a esse ponto? Não estamos bravos nem nada,
mas gostaríamos de saber o motivo, pelo menos. É algum tipo de Hobby? Ou
talvez...
Ao ver que seus pais estavam confundindo tudo, Shidou ergueu sua voz
e lamentou.
FIM
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AVISO LEGAL
Date a Live Volume 11.5 – Pais dos Itsuka foi publicado originalmente pela
Kadokawa Shoten como brinde da Dragon Magazine de maio de 2015, portanto,
ela possui todos os direitos comerciais sobre a obra, sendo assim, é proibida
qualquer atividade comercial utilizando esse material sem a autorização da
editora. A tradução da Shirogatari Scans tem como finalidade somente a
divulgação do material em português brasileiro enquanto o livro não é lançado
oficialmente em território nacional.
CRÉDITOS
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