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NOME:_______________________________________

EQUIPE EM INTELIGÊNCIA EMOCIONAL

Jéssica de Morais
Licenciatura em Educação Física - Uniguaçu, bacharel em Educação Física- uniamerica, pós- graduação em
Coach Bodybuilding, instrutora de Yoga, professora de pilates, personal trainer.

Letícia Carboni
Especialista em Microfisioterapia (P9 e MKE), formação Internacional em Leitura Biológica, Memória e
informação - Ciclos de uma vida, Aromaterapia Clínica, Constelação Familiar Sistêmica, Geobiologia - Feng
Shui para harmonia dos ambientes, Clarificação e Purificação dos espaços de Vida.

Rodrigo Rocha
Hipnólogo Clínico, Master Coach com especialização em Linguagem Ericksoniana, Certificação Internacional
em Leader, Professional e Life Coaching, Certificação em Análise Comportamental, Mentor de Carreira
método ISOR.
3
Rogério Lins
Analista de Sistemas, Especialista em Martketing Digital, NeuroMarketing, Vendas e Formação em PNL pelo
Elsever Institute.

DIREITOS AUTORAIS
A utilização, reprodução, apropriação, armazenamento em banco de dados, sob qualquer forma ou meio dos
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sem autorização escrita dos titulares dos direitos autorais.

ESTE MATERIAL É UM PRODUTO DO INSTITUTO HACK.


SOBRE O INSTITUTO HACK
Surgiu de um sonho do Head Trainer Eduardo Hack. Possui sede em Foz do Iguaçu/PR, e tem como
Missão: Contribuir com a Transformação de Vidas para um Mundo Melhor, através do Autoconhecimento
e Autodesenvolvimento, assim, preparar as pessoas a desenvolverem a melhor versão delas mesmas e
aumentarem o potencial necessário para alcançar os seus objetivos na vida- chamamos de REALIZADORES.

Seu fundador atua na área de desenvolvimento humano e educação há 25 anos. Nessa trajetória, percebeu
que, independentemente dos diplomas, da Inteligência lógica racional (vigente no atual sistema), independe
exclusiva no sucesso da vida pessoal e carreira, mas sim a Inteligência Emocional e Comportamental dos
Indivíduos. Assim sendo, resolveu se aprofundar nas diversas atuam no consciente e inconsciente em diversos
Institutos no Brasil e no Exterior, com as mais respeitadas figuras da área, adquirindo experiência e base
teórica e metodológica, que o preparou para a grande missão: compartilhar conhecimentos e experiências,
sobretudo, desenvolver pessoas.
A nossa equipe é preparada com todas as formações do Desenvolvimento Humano ministrados pelo Instituto
Hack e demais especificidades que julgamos importantes para trabalhar as pessoas de forma holística e
4 sistêmica, assim, dedicamos toda força e energia para que as pessoas alcancem os seus Objetivos. São
profissionais altamente qualificados e preparados para eliciar a melhor performance dos participantes em
nossos treinamentos e formações.
SUMÁRIO
1. IDENTIFICAÇÃO DE DIFICULDADES NO CAMPO PROFISSIONAL........................................................................6
3. CÉREBRO: EMOÇÕES E COMPORTAMENTO............................................................................................................... 17
3.1 APRENDA A ATIVAR OS SEUS HORMÔNIOS DA FELICIDADE........................................................................... 21
4. COMPETÊNCIAS EMOCIONAIS PARA CARREIRA E NEGÓCIOS........................................................................... 23
5. NEUROPLASTICIDADE CEREBRAL.................................................................................................................................. 25
6. NECESSIDADES EMOCIONAIS – UM BREVE RESUMO............................................................................................ 28
7. COMUNICAÇÃO INTERNA: CRENÇAS QUE LIMITAM SEUS NEGÓCIOS........................................................... 30
8. AUTOSSUGESTÃO.................................................................................................................................................................... 36
9. ANÁLISE SWOT PARA A VIDA PROFISSIONAL........................................................................................................... 39
10. MATRIZ GUT: HIERARQUIA E FOCO NAS SOLUÇÕES PARA CARREIRA E NEGÓCIOS............................ 45
11. DEFINIÇÃO DE OBJETIVOS (SMART).......................................................................................................................... 50
12. FERRAMENTA DE GESTÃO 5W2H................................................................................................................................. 53
REFERÊNCIAS............................................................................................................................................................................... 56

5
1. IDENTIFICAÇÃO DE DIFICULDADES
NO CAMPO PROFISSIONAL
No mercado de trabalho competitivo que temos nos dias de hoje, os profissionais precisam demonstrar cada
vez mais interesse em crescer e comprometimento com objetivos comuns da empresa. Por isso mesmo, é de
suma importância rever atitudes que possam estar atrapalhando esse desenvolvimento e adotar uma nova
postura.

Atuar com planejamento e saber administrar a equipe pode ser a diferença entre o profissional que alçará
novos voos no mercado e aquele que permanecerá estagnado. Muitas vezes, o profissional não consegue
perceber, mas atitudes simples podem contribuir para melhorar as expectativas e as oportunidades.

Por isso mesmo é tão importante conhecer os pontos que podem atrapalhar o desenvolvimento e o
crescimento profissional. Sabendo o que deve ser melhorado e os obstáculos que precisam ser vencidos, o
caminho tende a ficar muito mais fácil.

Os principais obstáculos para o crescimento profissional são:


6
1. Dificuldade para sair da zona de conforto
As primeiras semanas em um novo trabalho são sempre as mais difíceis. São muitas coisas novas para
aprender e, em diversos casos, o processo pode ser muito estressante. Quando finalmente conseguimos nos
sentir confortáveis desenvolvendo as tarefas, isso pode se virar contra nós.

A zona de conforto é aquela na qual nos sentimos seguros profissionalmente. A rotina toma conta, e quase
nada nos surpreende mais. Nesse lugar, temos uma falsa sensação de que estamos cômodos e seguros. É
exatamente por isso que podemos deixar boas oportunidades se perderem.

Esse lugar tranquilo e sem riscos tende a fazer com que nos apeguemos a ele. Por isso, deixamos de ter
novas ideias e de adquirir novas experiências. Enquanto centralizamos tarefas e responsabilidades antigas,
buscando manter nosso lugar seguro intocado, outras oportunidades passam sem que sequer percebamos.

Mas é importante lembrar que não há aprendizado nem evolução quando fazemos sempre as mesmas coisas.

O crescimento profissional passa por encarar novos desafios, aprender novas coisas e aceitar que as coisas,
às vezes, não sairão como o esperado. É preciso deixar a zona de conforto e se arriscar.

2. Desorganização
O seu rendimento no trabalho está intimamente ligado à sua capacidade de organização para realizar suas
tarefas e avaliar o seu rendimento.

Muitos profissionais acreditam que se preocupar com os fins é a parte mais importante do trabalho. Mas
aí está o erro; sem organização o trabalho começa a repetir-se e a acumular-se e, quando o profissional
percebe, já está sufocado em uma rotina que não o permite respirar.
A organização no trabalho deve também se refletir na vida pessoal. Quanto mais o profissional conseguir
organizar sua vida nessas duas esferas, com mais ímpeto e energia, mais poderá aproveitar o que ambas têm
a oferecer.

Mais que isso, muitas pessoas tendem a acreditar que vida pessoal e vida profissional são adversárias mortais.
Grande erro, as duas precisam ser organizadas, pois uma vai ajudar no desenvolvimento da outra.

Da mesma forma que é importante organizar sua agenda e traçar metas de negócios, também é preciso
atuar na vida pessoal, melhorando a alimentação, fazendo exercícios físicos e separando um bom tempo para
curtir a família, ler um livro ou divertir-se de alguma forma.

3. Falta de autocontrole
Engolir sapos e passar por situações indesejadas são acontecimentos que fazem parte da vida de qualquer
profissional. E a maneira como se lida com essas situações adversas pode ser a ruptura entre o sucesso e o
fracasso profissional.

Ainda que você não goste de determinada tarefa ou esteja em uma situação adversa, ter autocontrole é muito
importante se você quiser crescer. Encontrar soluções eficientes e saber atuar sob pressão são características
bastante procuradas no mercado. 7

Além disso, é preciso também fazer uma autoanálise e verificar como está sua atenção. O foco no trabalho
tende a deixá-lo mais produtivo, mas se você conviver com muitas distrações, pode ser que os seus resultados
estejam abaixo do esperado.

Por isso é sempre bom ficar de olho no uso do telefone celular, por exemplo, ou na quantidade de vezes em
que se deixa uma tarefa para conversar com um companheiro de trabalho.

Ter autocontrole é saber que há tempo para cada coisa, sem se esquecer do objetivo.

4. Falta de humildade ou vergonha de pedir ajuda


A centralização de tarefas é uma atitude que costuma desagradar companheiros de trabalho e, muitas vezes,
causar rixas desnecessárias. Isso porque muitas pessoas se sentem desprestigiadas ou percebem que não
recebem a confiança necessária para executar determinadas tarefas.

Para o centralizador, também não há muita melhora, pois aquele que deseja fazer tudo por si mesmo tende
a ficar sobrecarregado em algum momento. Além disso, uma equipe costuma contar com profissionais de
diversas áreas, muitos deles especialistas em suas áreas.

Ao centralizar as tarefas, o profissional muitas vezes perde a chance de aprender com quem sabe mais do
que ele sobre determinado assunto.

5. Falta de foco e tempo


Como já mencionado, a falta de foco e de tempo tende a prejudicar o crescimento do profissional, pois
impede que ele gerencie suas prioridades.

Dessa forma, o ideal é fazer uma autocrítica e analisar o tempo que está sendo desprendido para a realização
das tarefas e a forma com que o foco do profissional está sendo ajustado.

Uma tarefa realizada por um profissional focado, sem distrações, tende a ser mais bem desenvolvida e
apresentar resultados mais positivos.

Organizar-se e definir um tempo para a realização de cada tarefa fará com que a produtividade aumente e
ainda haja espaço para desenvolver novas habilidades.

6. Desmotivação
Outro ponto que é capaz de prejudicar o crescimento de um profissional é sentir-se desmotivado com a
carreira. Mas cuidado para não confundir a imersão total na zona de conforto e na rotina com a desmotivação.

A desmotivação costuma estar associada ao estresse, a uma rotina mais desgastante e até mesmo à
improdutividade, mas tem como elemento principal, quase sempre, a falta de reconhecimento e de
oportunidades de crescimento.

8 É importante ter cuidado para não confundir a desmotivação com a zona de conforto, pois as oportunidades
podem surgir, mais o profissional permanece tão imerso em sua situação confortável, que não consegue
perceber que é preciso se esforçar para que algo mude.

A desmotivação pode ser um dos sinais de que o profissional está adaptado à zona de conforto.

Por tudo isso, é de suma importância que o profissional saiba lidar com a desmotivação e realmente driblá-
la. É comum que, de tempos em tempos, o você se sinta um pouco desanimado, mas a forma com que lidará
com isso é que fará a diferença.

É fundamental ter alguns objetivos de longo prazo que vão se renovando e que sempre funcionam como
combustível nos momentos em que a desmotivação aparece. Isso serve tanto para a vida profissional quanto
a pessoal.

7. Negativismo
Todo profissional tem ou já teve um companheiro de trabalho que acredita sempre no pior cenário. Para
essas pessoas, as oportunidades que surgem são maneiras diferentes para que tudo dê errado.

Esse negativismo é uma característica muito comum daqueles que estão adaptados à sua zona de conforto e
preferem permanecer nela, por desmotivação ou insegurança.

Quando você adota essa postura negativista, todos ao seu redor percebem. O crescimento profissional exige,
quase sempre, comprometimento com novas responsabilidades e desempenho de tarefas inéditas.

O pessimista, que acredita sempre no pior cenário, é menos cotado para tarefas de grande porte, uma
vez que os cargos maiores geralmente vêm acompanhados da necessidade de liderança. Mais que isso,
os profissionais dos altos escalões precisam acreditar que os objetivos podem ser alcançados, para que os
outros também acreditem nisso.
O negativismo não apenas prejudica o crescimento profissional, como também pode contaminar toda a
equipe.

8. Dificuldade de compartilhar o sucesso


Quem trabalha em equipe sabe que é preciso compartilhar tanto vitórias quanto derrotas em grupo. Por isso,
profissionais que têm dificuldade de compartilhar esses momentos podem ser mal vistos, o que dificulta o
crescimento.

Ser reconhecido é bom, mas não é necessário chamar para si todos os louros de uma campanha bem realizada
ou de uma venda bem feita, como se ninguém mais tivesse contribuído para isso.

O sucesso está sendo observado, pode ter certeza, e compartilhar isso com os outros profissionais não tira
qualquer mérito seu, ao contrário; ajuda você a demonstrar uma atitude ainda mais digna.
Mesmo que o profissional tenha sido o responsável pela peça que foi fundamental no desenrolar de um
negócio, quando todos trabalham, a equipe inteira merece os parabéns. Isso vale também para quando as
coisas dão errado. 9

Ainda que se acredite que contribuiu pouco para o resultado negativo, ou que sua participação foi quase
nula, é preciso abraçar o restante do time e digerir essa situação juntos. Isso demonstra comprometimento
e, acima de tudo, capacidade de trabalhar em equipe.

9. Falta de habilidades de liderança e gestão


Quanto mais crescemos profissionalmente, mais cresce a obrigação de aprender a liderar e a fazer a gestão
de outros profissionais.

Influenciá-los de maneira positiva, motivá-los e compartilhar sucessos e fracassos, em busca de um objetivo


que seja comum, são formas de tornar-se um líder realmente valorizado e respeitado.

A função de liderança é muito importante para as empresas, pois é nela que se centralizam muitas das metas.

O líder funciona como um catalizador que pode alterar a forma de agir da equipe, ajudando a superar
expectativas e metas, além de ser o responsável por conhecer os membros do grupo, extraindo deles o que
de melhor têm a oferecer.

ANOTAÇÕES
2. O QUE É INTELIGÊNCIA EMOCIONAL?
Um profissional que tenha se dedicado a ser bem-sucedido academicamente pode ter mais oportunidades
de alcançar sucesso na vida profissional.

Entretanto, o mercado, hoje, exige cada vez mais que os profissionais estejam também preparados sentimental
e emocionalmente para os desafios do cotidiano. É aí que entra o que é conhecido como inteligência
emocional.

O conceito adotado para inteligência emocional vem da Psicologia e diz respeito àqueles indivíduos que têm
aptidão de identificar suas emoções e seus sentimentos com maior facilidade.

Ter uma inteligência emocional desenvolvida pode ser a chave para que o esforço, a disciplina e a dedicação
comecem a dar frutos na vida profissional.

No ambiente laborioso, as relações interpessoais e a tomada de decisões em momentos de crise podem ser
10 preponderantes para o sucesso. Saber controlar os pensamentos, as atitudes e os sentimentos de forma
adequada é uma habilidade que ajuda a crescer profissionalmente.

Por outro lado, é crucial entender que a inteligência emocional não é um atributo nato dos seres humanos.
Ou seja, há maneiras de desenvolvê-la com o passar dos anos, principalmente adquirindo conhecimentos
sobre as pessoas ao seu redor e sobre você mesmo.

Trabalhar para desenvolver inteligência emocional é importante para equilibrar emoção e razão, o que pode
melhorar as relações interpessoais.

Difundido pelo psicólogo Daniel Goleman, o termo define uma tese revolucionária que diz ser possível às
pessoas lidar com as emoções e aprender a compreender os sentimentos, todo isso por meio de exercícios
que permitem desenvolver certas habilidades.

É importante salientar que a inteligência emocional não se refere a conhecimentos intelectuais ou acadêmicos,
como o quociente de inteligência (QI), mas sim com a capacidade do indivíduo de se relacionar com emoções
e sentimentos, desenvolvendo-se pessoal e profissionalmente.

A inteligência emocional é uma habilidade humana que, se bem trabalhada, pode ajudar a melhorar o
relacionamento interpessoal. O melhor entendimento interpessoal leva a uma maior interação e à facilidade
de comunicação no trabalho, o que é extremamente vantajoso.

Desenvolver a inteligência emocional, segundo apurado até o momento, ajuda a prevenir transtornos como
a depressão e a ansiedade. Além disso, doenças como diabetes, câncer e problemas cardíacos podem ser
desencadeadas pela incapacidade de saber lidar com emoções e sentimentos. A herpes labial, por exemplo,
é uma doença que demonstra o estado emocional da pessoa, pois se manifesta em situações de extremo
estresse.
Diante de tudo isso, os profissionais que desenvolvem inteligência emocional acabam por ser mais valorizados
no mercado de trabalho. Ao conhecer os próprios limites e saber lidar com seus sentimentos, eles têm
condições de buscar a evolução.

Ações de desenvolvimento da inteligência emocional


A vida em sociedade exige que estejamos em ambientes diferentes. Escola, trabalho, faculdade e círculo
familiar ou de amigos são lugares onde encontramos os mais diversos tipos de pessoas.

Nós precisamos saber gerenciar nossos próprios sentimentos para lidar com diferenças culturais, contrapontos
na forma de pensar e atitudes que diferem das nossas. Esse autocontrole também é necessário para
enfrentarmos cobranças que vêm desses grupos ou de nós mesmos.

Por isso mesmo, desenvolver a inteligência emocional é uma maneira de aprender a lidar com essas
circunstâncias tão diferentes, sem se abalar. Para aprender a conseguir isso, apresentamos, a seguir, algumas
técnicas que podem auxiliar no desenvolvimento da habilidade da inteligência emocional.

1. Observe e analise seu próprio comportamento 11

Aprender a avaliar o próprio comportamento exige que se tenha atenção tanto em momentos bons quanto
em ruins. A maneira como se reage nessas situações distintas, física e mentalmente, é o material bruto que
precisa ser trabalhado.

Depois disso, é preciso avaliar os pensamentos que surgem logo após as reações mais imediatas. Em ambas
as situações, negativas e positivas, os pensamentos costumam surgir algum tempo antes ou depois.

Por isso, é importante saber interpretar o que pode ter desencadeado as reações, sejam físicas, sejam
mentais, bem como verificar como está reagindo após o evento motivador.

O uso da inteligência emocional possibilita a avaliação de atitudes e sensações, trazendo entendimento sobre
a maneira como eles influenciam nas relações e no cotidiano como um todo. A percepção acerca dos fatos
facilita a tomada de decisões e a mudança de atitude.

2. Domine suas emoções


Uma decisão tomada no calor do momento ou uma atitude intempestiva podem colocar um negócio a perder
ou causar estragos permanentes na imagem de uma empresa.

Por isso mesmo é que saber controlar suas emoções e saber agir de forma tranquila ou enérgica, na medida
certa, são habilidades cada vez mais procuradas no mercado de trabalho.

Agir de imediato não é algo que seja desconhecido ou pouco comum ao ser humano. No entanto, é possível
trabalhar o cérebro para que ele evolua e para que essas atitudes inesperadas, que podem causar muitos
danos, parem de ocorrer com frequência.
Uma atitude repentina pode causar desconforto e criar um ruído desnecessário na comunicação.
Outro ponto que pode causar problemas no ambiente de trabalho é agir de maneira impulsiva. Quando
a decisão é tomada sob o calor das emoções, há grandes chances de algum detalhe escapar. Por isso é
fundamental saber o momento certo de recuperar a calma e deixar a razão tomar conta.

Exercícios físicos, como caminhada, meditação, pilates e corrida, deixam o corpo mais focado e pronto para
entender que as coisas podem demorar mais tempo para serem resolvidas.

Lembre-se, contudo, que a ideia não é fazer com que as emoções deixem de existir. É exatamente o contrário.
É preciso saber reconhecê-las e equilibrá-las, para que as coisas corram da melhor maneira.

3. Aprenda a trabalhar as emoções negativas


A vida não é feita só de bons momentos. Por isso mesmo, é importante conhecer a si mesmo e saber como
o corpo e a mente reagem ao passar por uma situação negativa.

Isso é importante para que essas emoções negativas não tomem conta da mente e comecem a atrapalhar a
12 própria estabilidade.

O medo, a insegurança, a raiva e a tristeza são exemplos de sentimentos negativos que, aos poucos, podem
fazer com que percamos o controle.

A inteligência emocional entra aqui como uma ferramenta importante, que pode trazer uma forma mais
equilibrada de enfrentar tais momentos, estabilizando os sentimentos.

Se houver muita dificuldade para fazer essa autoanálise, contar com a ajuda de um profissional pode ser a
opção, principalmente com treinamentos de imersão e uso da CHAVE da Transformação Leader Training, que
pode ajudar.

4. Aumente a sua autoconfiança


Um ponto de crucial importância que deve ser levado em conta quando se começa a fazer uma autoanálise
é o de não deixar que os pontos negativos acabem puxando a autoestima para baixo.

Obviamente, qualquer pessoa tem defeitos e dificuldades, mas não é isso que definirá seu futuro ou as coisas
que você pode conquistar.

Conhecer seus defeitos é a primeira etapa para saber o que necessita ser trabalhado e melhorado. Além disso,
explorar as qualidades é muito importante, pois, fazendo uso delas, podemos evoluir mais rapidamente.

Muitas pessoas deixam de alcançar uma grande evolução porque se apegam aos pontos negativos e esquecem
que é possível trabalhá-los e melhorá-los. A autoconfiança é fator determinante e que pode contribuir para
a elaboração de projetos e para o desenvolvimento de atividades.

Os obstáculos que surgem na vida pessoal e profissional podem ser transpostos de diversas maneiras. Por
isso mesmo, conhecer seu potencial interno e suas habilidades mais desenvolvidas pode ser a chave para
conseguir alcançar os objetivos.

No mercado de trabalho e quando se fala em negócios, aqueles que possuem mais autoconfiança sabem
utilizá-la para alavancar suas carreiras, buscando sempre melhorar e aproveitando ao máximo os seus pontos
positivos.

5. Aprenda a lidar com a pressão


Atualmente, o mundo vive uma cultura imediatista. Em apenas um dia, são muitas as soluções que precisam
ser encontradas e as decisões que precisam ser tomadas rapidamente. A pressão vem de dentro de casa, do
mercado de trabalho, chefes, clientes, fornecedores, parceiros.

Para algumas pessoas, isso gera uma cobrança interna muito grande, e elas estão sempre em busca de
encontrar novos resultados.

Aprender a lidar com essas cobranças é importante para não sucumbir às exigências de um mundo que exige
cada vez mais.
13
Por isso, algumas ferramentas que veremos a seguir, como a Matriz G.U.T e 5W2H, podem ajudar a gerenciar
as necessidades do dia a dia, de modo a escolher prioridades e a diminuir a pressão por uma solução rápida.

Muitos podem não concordar, mas ter momentos adequados para se divertir e respeitar os limites do corpo
e da mente podem servir para trazer uma maior sensação de segurança.

O aprimoramento da inteligência emocional propicia mais conforto ao enfrentar as pressões do dia a dia,
venham elas de onde vierem.

6. Não tenha medo de se expressar


Em muitos momentos de nossas vidas, permanecemos sem compreender a mensagem que alguém tenta nos
passar. Em situações como essa, o ideal é demonstrar as dúvidas e expor a obrigação de uma complementação
na explicação.

Seja na vida profissional, seja na vida privada, a potencialização da inteligência emocional permite que
conflitos desnecessários sejam evitados. Dizer o que sente e deixar claro o que incomoda ou o que entende
não ser correto são atitudes que trazem benefícios em todas as áreas.

Nos treinamentos “Vendas: A Chave de Tudo” e “Flow: A Chave da Comunicação”, por exemplo, aborda-se
com muita clareza que o mais importante é saber “como” falar, e não exatamente “o que” dizer.
Por meio da fala, é possível revelar as impressões que se tem e esclarecer tópicos. O diálogo é a melhor
maneira de deixar um ponto de vista claro e debater questões que não podem ser resolvidas facilmente.
Por fim, mas não menos importante, lembrando-se de que o importante é “como” falar, o ideal é saber usar
expressões como “com todo o respeito, se você me permite falar” ou “quando essas coisas acontecem, eu
me sinto...”.

A conversa deve sempre ser focada em encontrar soluções, e não em aumentar o atrito que já é grande. Com
isso, é possível economizar o tempo que seria gasto nessas discussões, investindo-o em novos projetos e em
momentos mais agradáveis.

7. Desenvolva o sentimento de empatia:


A empatia é uma qualidade comum em líderes que fazem sucesso no mundo inteiro. Colocar-se no lugar
do outro é uma capacidade humana que deve ser muito valorizada e é uma característica que recebe
reconhecimento no meio profissional.

Saber os nomes dos colegas de trabalho, entender suas histórias e o que os levou até aquele momento são
atitudes que depõem a favor de um líder.

O ato de colocar-se no lugar do outro permite ao profissional manter uma postura mais compreensiva e
tolerante. Assim, todos aqueles que o rodeiam podem sentir essa postura, e a confiança nele aumenta.
Muitas coisas melhoram para o profissional que decide desenvolver o sentimento de empatia.

Ao constatar qualidades, limitações, necessidades e falhas dos trabalhadores que o rodeiam, é possível
14 explorar da melhor maneira cada uma dessas características, potencializando o que há de melhor em cada
um e ajudando a desenvolver o máximo de suas características mais confortáveis.

Goleman afirma que, ao conhecer a si mesmos, os indivíduos tendem a alimentar a empatia. A lógica está
no fato de que conhecer seus próprios sentimentos pode ajudá-lo a entender as emoções daqueles que o
cercam.

8. Coloque em prática a resiliência


Aprender a lidar com as emoções negativas foi uma de nossas lições anteriores. Saber lidar com as situações
mais complicadas e difíceis da vida pode fazer a diferença na hora de resolver os problemas.
A resiliência entra nesse ponto como a capacidade de lidar com os impactos negativos dos eventos que
ocorrem durante a vida; absorver o impacto das coisas ruins e manter-se focado, de modo a aprender com
os erros e a saber lidar de forma racional com os fatos.

Como já foi dito antes, não é uma questão de suprimir os sentimentos. Ser resiliente não é estar imune às
coisas ruins, mas sim aprender a administrar o sentimento que cresce nos momentos difíceis. Reconhecendo
as emoções e sentimentos, é possível catalisar tudo isso para o desenvolvimento.

9. Formule uma “resposta” em vez de “reagir”


Goleman afirmava que o ser humano é guiado pelo cérebro emocional e pelo cérebro pensante. O primeiro
seria atingido antes do pensando, então, com os acontecimentos, as reações imediatas decorreriam do lado
emocional inconsciente e impulsivo.

A ausência de uma inteligência emocional desenvolvida pode ser a porta para que o indivíduo se entregue ao
controle do cérebro emocional.
O cérebro pensante, por outro lado, é aquele que elabora a resposta. No lugar de agir institivamente, o
indivíduo deixa que o cérebro analise a situação e, com base na razão, tome a melhor decisão.
Para saber qual dos cérebros está no controle, o indivíduo precisa estar sempre atento às suas emoções e
atitudes. Usar o cérebro pensante e ser mais racional pode mudar uma vida.

10. Conheça os seus limites


A partir do momento em que o indivíduo investe em conhecer a si mesmo, ele tem mais ciência de quais são
seus limites físicos e mentais. E esse é um ponto muito importante: saber que existem limites que não podem
ser superados.

Reconhecer os limites não significa admitir fraquezas insuperáveis. Muito pelo contrário. Somente sabendo
até que ponto se pode chegar, física e emocionalmente, é possível trabalhar estratégias para superar essas
limitações.

Os pontos fracos são oportunidades de melhora entre as diversas habilidades do indivíduo. Entender que não
há perfeição entre os seres humanos e que errar é algo comum faz com que o fardo fique muito mais leve.

Muitas vezes, nos colocamos em situações indesejadas apenas pela incapacidade de dizer não. Reconhecer
os seus limites, para si e para os outros, faz com que você se sinta mais à vontade para negar uma tarefa, sem 15
culpa.

Encontrar os limites não é uma forma de se livrar de responsabilidades. Ao entender as próprias limitações, o
indivíduo tem a capacidade de se proteger, deixando de se colocar em situações que prejudiquem seu estado
emocional.

Quais são os benefícios do desenvolvimento pessoal por meio da IE?


A inteligência emocional serve para desenvolver a habilidade humana de potencializar suas emoções e
utilizá-las da maneira mais adequada. Com isso, é possível alcançar ganhos nos relacionamentos pessoais e
evoluir as competências profissionais.

Assim, alcançamos mais qualidade de vida. Por isso mesmo, a inteligência emocional deveria ser incentivada e
desenvolvida até mesmo nas escolas. O conhecimento de si mesmo poderia ajudar as pessoas a melhorarem
suas vidas pessoais e sociais.

Vejamos, a seguir, alguns exemplos de como a inteligência emocional pode melhorar a forma como se encara
o mundo:

Uso do pensamento e do raciocínio


A inteligência emocional bem desenvolvida torna claros os pensamentos e torna mais fácil a tomada de
decisões. Além disso, saber administrar as emoções permite que os pensamentos fluam de maneira mais
ordenada e que a resolução dos problemas se torne mais objetiva.

Compreensão das emoções


O primeiro elemento da inteligência emocional é compreender como funcionam as próprias emoções. A
partir daí, é possível ter o controle delas e, assim, dominar as respostas e as decisões que tomamos diante
de uma situação difícil.
Controle das emoções próprias e alheias
Quando uma discussão tem início, é grande o medo de perder o controle. Então, é importante controlar não
só as próprias emoções, como também as do interlocutor.

Uma técnica bastante conhecida é aquela que diz que devemos baixar o tom da nossa voz quando o outro
começar a aumentar o volume da dele. Em outras oportunidades, apenas manter-se em silêncio pode ser a
solução. O importante é ter o controle emocional necessário.

Para quem precisa interagir com as pessoas e gerir emoções, como um líder profissional, desenvolver a
inteligência emocional pode ser uma boa forma de melhorar suas competências sociais.

Para desenvolver a liderança, a eficácia interpessoal e a popularidade, é preciso ter consciência de suas
próprias emoções.

Autoconhecimento
Para desenvolver a inteligência emocional, é importante conhecer a si mesmo. O autoconhecimento é a base
16 que fará com que o indivíduo reconheça seus pontos positivos e negativos.

Essa consciência de si próprio é necessária para que se possa começar a desenvolver competências e
habilidades. Por meio dessa autocrítica, é possível analisar os pontos que precisam ser melhorados, traçar
objetivos e definir metas em curto prazo.

O desenvolvimento da inteligência emocional ocorre ao longo do tempo e é gradativo. Por isso, é crucial
entender que o cérebro pode ser modificado e treinado para se adaptar a novos comportamentos, inclusive
emocionais, transformando-os em novos hábitos.

O tema é de suma importância, pois, atualmente, é grande o número de pessoas que enfrentam problemas
de cunho psicológico. A inteligência emocional bem desenvolvida pode ser a chave para evitar doenças como
a síndrome do pânico, a ansiedade e a depressão.

Lembre-se sempre de que o desenvolvimento é gradual, por isso, cuidado para não neutralizar as emoções.
Inteligência emocional diz respeito a administrar o que se tem, não eliminar.

ANOTAÇÕES
3. CÉREBRO: EMOÇÕES E COMPORTAMENTO
Medo, alegria, raiva, nojo, surpresa. Todas essas emoções surgem no nosso dia a dia, sem que entendamos
realmente de onde vieram. Na maioria das vezes, sabemos exatamente o que estamos sentido. Em outras,
nosso corpo avisa que algo está diferente, mas não sabemos o quê.

Aí surge o grande ponto. Os sentimentos são alterações que ocorrem de forma orgânica, sempre que nosso
corpo experimenta um novo estado emocional. É por isso que as mãos suam, a respiração se altera, os
tremores percorrem o corpo e o estômago se revira. Algo está acontecendo.

Dito isso, é importante identificar o que é uma emoção e por que o corpo humano a sente.

Emoção é uma palavra latina que deriva de movere, que significa mover ou pôr em movimento. A palavra
define um estado do corpo, ou seja, alterações fisiológicas que fazem com que sintamos efeitos.

Há duas características comuns em todas as emoções:


17
1. Respostas motoras viscerais;
2. Respostas motoras estereotipadas somáticas.

As emoções foram definidas por Darwin como reações orgânicas que têm utilidade biológica, ao preparar e
adaptar o indivíduo para que possa sobreviver.

Segundo Ilma Britto, “existe um aparato biológico envolvido na aprendizagem e na experiência das emoções”.
Ou seja, elas nos preparam como indivíduos e orientam nossos comportamentos, por meio das experiências
negativas e positivas pelas quais passamos. Assim, direcionam nosso comportamento.
As emoções ajudam na aprendizagem, ao passo que a tendência humana é sempre aproximar-se de alguém
ou de algo quando a resposta emocional é positiva. Por outro lado, se a resposta é negativa, as chances de
um comportamento de fuga e repulsa são grandes.

Assim, normalmente, o indivíduo irá buscar aproximar-se daquelas atividades que lhe tragam uma resposta
emocional positiva, evitando aquelas que não o fazem se sentir bem.

Assim, a emoção adquire importância como reforçador, pois é ela que, com as respostas positivas ou negativas,
irá fazer com que determinados comportamentos sejam repetidos ou não.

E qual é a função do cérebro nisso tudo?


Emmanuel Zagury Tourinho afirma que a ciência do comportamento se baseia na estrutura anátomo-
fisiológica que propicia a relação comportamental. Assim, é possível reconhecer áreas cerebrais que estão
relacionadas com o controle motivacional.

Tanto na memória quanto na cognição, o cérebro conta com circuitos neurais que se comunicam por meio de
neurotransmissores, promovendo respostas fisiológicas relacionados ao meio.
Isso significa que as estruturas do cérebro são necessárias para a existência das emoções.

O sistema límbico, conhecido também como Circuito de Papez, é a parte do cérebro responsável pelas
emoções. Paulo Broca o definiu inicialmente levando em consideração o lobo límbico, formado elo giro do
cíngulo e o para-hipocampo, junto da fissura límbica, constituída pelos sulcos subparietal, colateral e do
cíngulo.

James Papez veio depois e afirmou que o giro do cíngulo constitui o circuito básico de todas as emoções.
Quando Mclean entrou na discussão, afirmou que o circuito neuroanatômico e funcional das emoções
deveria ser integrado pelo hipocampo, pelo lóbulo insular, sistema ofatório, região ventral dos gânglios
basais, hipotálamo e diversos outros.

Assim, criou-se uma verdadeira discussão sobre os limites e quais são os elementos do corpo humano que
compõem o sistema límbico. A discussão persiste, pois estudos mais modernos têm demonstrado que as
emoções estão ligadas a diversas partes do cérebro.

18 A seguir, é possível visualizar algumas das funções principais do sistema límbico.

• Giro do cíngulo: tem relação com a agressividade, ansiedade e depressão, além de aumentar sua atividade
quando alguém diz uma mentira;

• Giro para-hipocampal: onde estão guardadas as memórias;

• Hipotálamo: fome, sede e fúrias são emoções que nascem no hipotálomo lateral. Já no núcleo periventricular,
surgem o medo e as reações a punições, além do impulso sexual; por fim, no núcleo ventromedial há a
tranquilidade e a sensação de saciedade;

• Tálamo: onde o comportamento emocional se manifesta, bem como a sensibilidade, com ativação do
córtex cerebral;

• Hipocampo: também está ligado à memória e ao comportamento, sendo ativado na tomada de decisões;

• Amígdala: está ligada às memórias afetivas e relacionada à aprendizagem emocional. Associa-se com a
ligação entre estímulos e recompensas e é ativada em momentos sexuais ou de agressividade;

• Septo: está ligado ao controle neurovegetativo, ao prazer e à raiva;

• Área pré-frontal: diz respeito às decisões sobre comportamentos mais adequados e auxilia no controle do
comportamento emocional;

• Cerebelo: ligado aos sentimentos de preservação, como emoção, luta e sexualidade. Comunica-se com a
formulação de estratégias, memória, aprendizagem e linguagem. 19

Cada uma das emoções que sentimos causam algum tipo de alteração fisiológica. Abaixo você verá como
cada uma delas se manifesta, diante da exposição a certos estímulos ambientais.

• Alegria: é uma emoção que se liga à atividade dos gânglios basais. Os sistemas mesolímbico e dopaminérgico
do núcleo estriado ventral promovem a inervação dos neurônios;

• Tristeza: ativa os giros occipitais, medial e inferior, lingual, fusiforme. Temporais póstero-medial e amígdala
dorsal. Além disso, o córtex pré-frontal dorsomedial também é ativado. Quando uma pessoa está em
depressão, o córtex cingulado entra em hipometabolismo ou hipoperfusão;

• Medo: relacionado ao hipotálamo e à amígdala. A amígdala detecta e produz as emoções relacionadas ao


medo, enquanto o hipotálamo provoca as respostas motoras;

• Raiva: também está relacionada com a amígdala e o hipotálamo;

• Recompensa: está ligada ao feixe prosencefálico medial e aos núcleos ventromedial e lateral do hipotálamo.
Também tem conexões na amígdala, no septo e em outras áreas do tálamo, bem como nos gânglios basais;

• Punição: aqui a ligação é com a área cinzenta ao redor do aqueduto de sylvius, que fica no mesencéfalo.
Estende-se ainda pelas zonas periventriculares do tálamo e hipotálamo, tendo relação com as amígdalas e o
hipocampo.

Mas por que é tão importante entender a análise do comportamento e falar sobre o funcionamento cerebral
e a forma como as emoções se formam?

O ponto inicial nisso tudo é saber que a fisiologia e a análise do comportamento compõem partes
distintas do que chamamos de episódio comportamental. Os dados neurológicos não excluem a análise do
comportamento, mas também não são tratados como causa.

Para Skinner, a fisiologia pode explicar o funcionamento do corpo, mas apenas as ciências de seleção e de
variação podem dizer o porquê de ele trabalhar de determinada maneira.

A emoção é considerada um reflexo inato, ou seja, um comportamento respondente. Isso quer dizer que
um estímulo provoca determinada resposta. As informações trazidas pelo estímulo vão até o cérebro, que
processa a informação e imediatamente causa uma reação.

Isso é feito com descargas elétricas que potencializam as estruturas paralímbicas e límbicas, bem como o
circuito de Papez, para aí sim adquirirem seu significado emocional.

A partir daí, o córtex cerebral começa a atuar para a tomada de decisões, o que tende a provocar ações e
outros processos, controlados quase sempre pelo córtex frontal.

20 Assim, as emoções desencadeiam uma sequência de acontecimentos:

1. O organismo sente a presença de um estímulo;


2. Estruturas anatômicas, biológicas e fisiológicas avaliam o estímulo e determinam
uma resposta;
3. Córtex límbico processa a resposta;
4. As informações do processamento realizado pelo córtex são enviadas ao sistema
nervoso central e periférico, por meio do sistema neuroendócrino.

Assim, fica claro é que a neurociência é capaz de explicar como funcionam as emoções, ao menos em seu
aspecto biológico. A representatividade que cada emoção pode ter, entretanto, é uma questão que está mais
ligada ao campo da filosofia.

Assim, é importante entender que as emoções vão variar de pessoa para pessoa, uma vez que sua ocorrência
tem ligação com o funcionamento do organismo. Como cada pessoa tem um organismo diferente, as emoções
também são díspares.

O desenvolvimento da inteligência emocional tem ligação direta com a forma como o organismo responde
fisiologicamente a cada estímulo, por isso é impossível prever as emoções.

ANOTAÇÕES
3.1 APRENDA A ATIVAR OS SEUS HORMÔNIOS DA FELICIDADE
A felicidade é perseguida por gênios, sábios, pensadores e artistas há muito tempo. Nos últimos tempos,
entretanto, neurocientistas e endocrinologistas passaram a tentar buscar, via ciência, as formas de encontrar
essa emoção.

Para esses profissionais, a ideia de felicidade passa a ser avaliada como um processo biológico, buscando
entender como o sentimento causa os reflexos físicos. Assim, o interesse não está nos motivos que levam à
felicidade, mas sim ao que, no corpo, efetivamente dispara a emoção.

Até agora, os estudos apontam para quatro substâncias que agem no corpo nos momentos de maior
felicidade: serotonina, endorfina, oxitocina e dopamina.

21

Loretta Breuning, autora do livro “Hábitos de um cérebro feliz”, afirma que o a emissão de qualquer uma
dessas substâncias pelo cérebro traz a sensação de felicidade. A emoção vem, mas rapidamente desvanece.
Isso ocorre, por exemplo, com um abraço, que aumenta os níveis de oxitocina.

Agora entenderemos qual é a melhor forma de ativar essas substâncias químicas que são produzidas
naturalmente pelo corpo.
1. Endorfinas: Segundo Breuning, a endorfina se caracteriza por trazer uma sensação de breve
euforia, que pode até mesmo mascarar dores físicas. Alimentos picantes podem ajudar a liberar a
substância. Segundo a Universidade de Oxford, até mesmo assistir a filmes tristes pode contribuir para
que o corpo produza uma descarga maior de endorfina.

2. Serotonina: Com a ausência desse hormônio, podemos sentir solidão ou mesmo depressão.
Nesse cenário, é importante tentar recordar momentos felizes, fazer exercícios ou receber uma massagem,
como forma de aumentar os níveis de serotonina.

3. Dopamina: Essa é a substância que se manifesta durante as emoções de luxúria e amor. Ela
está associada ao prazer, por isso também tende a aumentar quando um objetivo ou meta é alcançado.
Pode surgir em momentos simples, como receber um elogio ou encontrar uma vaga para estacionar.

4. Oxitocina: A oxitocina está ligada a comportamentos e vícios maternos. Assim, os cientistas


apontam que a vida social é algo essencial para o homem e que a oxitocina se manifesta e serve como
ponte para a construção da confiança. Uma das formas mais comuns de aumentar a substância no
22 organismo é dar um abraço, ou entregar ou receber um presente.

ANOTAÇÕES
4. COMPETÊNCIAS EMOCIONAIS PARA CARREIRA E NEGÓCIOS
Mayer e Salovey, ao proporem o conceito de inteligência emocional, classificaram seus fundamentos em
cinco partes: controle das emoções, autoconsciência, motivação, reconhecimento das emoções alheias e
manutenção dos relacionamentos.

Goleman (2007) alterou essa lista e a adaptou, considerando que os talentos emocionais ligados ao trabalho
são compostos pelo que denominou de competências emocionais, ou seja, as habilidades adquiridas e
desenvolvidas ao longo da vida. Para Goleman, elas se distribuem em 5 dimensões.

Autopercepção: a consciência dos sentimentos é importante para determinar quais decisões serão tomadas;
avaliar de forma realista as próprias capacidades ajuda a melhorar a sensação de autoconfiança;

Autorregulação: a percepção das próprias emoções pode facilitar o desenvolvimento das tarefas futuras.
Adiar a consecução de uma recompensa pode ser uma boa forma de atingir metas, bem como de recuperar-
se de algumas aflições;
23
Motivação: utilizar as preferências mais profundas é uma forma de guiar-se em direção às metas e aos
objetivos. A motivação ajuda a ter iniciativa e a aumentar a eficácia, mantendo a perseverança diante das
situações difíceis;

Empatia: colocar-se no lugar do outro é uma forma de assumir uma perspectiva que possibilita o crescimento
pessoal. Essa sintonia melhora a forma de lidar com as pessoas;

Aptidões Sociais: Assim como colocar-se no lugar do outro, lidar com relacionamentos e emoções e avaliar
redes e situações políticas exigem certas aptidões sociais. São elas que permitem uma maior interação e
possibilitam o desenvolvimento da capacidade de liderar, solucionar problemas e negociar. Também são
importantes para o trabalho em equipe.

A Moldura da Competência Emocional


Autopercepção

• Percepção Emocional – reconhecimento das emoções;


• Autoavaliação precisa – reconhecer pontos positivos, negativos e limites;
• Autoconfiança – conhecer a própria capacidade e valor.
Autorregulação
• Autocontrole – controlar emoções e impulsos;
• Merecer confiança – ser íntegro e honesto;
• Ser consciencioso – entender que tem responsabilidade pelo desempenho;
• Adaptabilidade – tornar o desempenho pessoal flexível;
• Inovação – preparar-se para as novidades e estar aberto para o novo.

Motivação
• Vontade de realização – empenhar esforços buscando melhorias ou satisfação de um padrão de excelência;
• Dedicação – grupos e organizações têm metas às quais só é possível se alinhar com muita dedicação;
• Iniciativa – quando as oportunidades surgem, é preciso estar pronto para agir;
• Otimismo – Para alcançar metas e objetivos, é preciso persistência para encarar os obstáculos.

Competência Social (determinam como lidamos com relacionamentos)


Empatia
24 • Compreender os outros – a ideia é de realmente colocar-se no lugar do outro e entender suas perspectivas
e sentimentos, interessando-se ativamente por suas preocupações;
• Orientação para o serviço – no mercado, é reconhecer, antever e atender os clientes e às suas necessidades;
• Desenvolver os outros – conforme se pressente as necessidades alheias, o desenvolvimento das próprias
habilidades melhora;
• Alavancamento da diversidade – é preciso saber cultivar oportunidades nos mais diferentes ambientes e
com as mais diversas pessoas;
• Percepção política – é preciso entender que em um grupo há relacionamentos de poder e correntes
emocionais.

Aptidões Sociais
• Influência – saber persuadir;
• Comunicação – comunicar-se de maneira clara e convincente;
• Liderança – saber guiar e inspirar pessoas;
• Catalisador de mudanças – promover mudanças ou mantê-las;
• Gerenciamento de conflitos – saber solucionar ou intermediar conflitos;
• Formação de vínculos – contribuir para relacionamentos produtivos;
• Colaboração e cooperação – saber trabalhar em equipe, tendo como foco um objetivo;
• Capacidade de equipe – buscar metas coletivas, por meio da sinergia de um grupo.

ANOTAÇÕES
5. NEUROPLASTICIDADE CEREBRAL
Plasticidade neural ou neuroplasticidade é o nome que se dá à capacidade do cérebro de adaptar-se às
mudanças. Isso ocorre porque o sistema nervoso humano está preparado para codificar experiências e
necessidades, bem como os estímulos e o ambiente que rodeia o indivíduo.

É essa característica que permite, por exemplo, que o cérebro seja capaz de compensar traumas e lesões.
O cérebro reorganiza os neurônios e os demais circuitos neurais, refazendo uma moldura baseada em
aprendizagem e experiência.

Com isso, os neurônios se regeneram e criam novas conexões sinápticas. No cérebro, todas as informações
trafegam por meio dos neurônios, por certos caminhos. As novas conexões permitem que caminhos
alternativos sejam utilizados; é o que chamamos de neuroplasticidade.

Vivências, pensamentos, comportamentos, emoções e necessidades individuais influenciam nessa


remodelagem. A plasticidade permite a criação das novas sinapses, o que leva a uma nova rede de conexões,
muito importante para quem tem danos físicos ou cerebrais.
25

A neuroplasticidade ocorre comumente de duas formas principais:

Brotamento: quando uma área lesionada começa a crescer por meio de axônios. Os axônios são a parte dos
neurônios que é responsável pelo transporte dos impulsos elétricos. Esses impulsos vão do corpo celular até
outros neurônios ou músculos. O brotamento é, portanto, a forma encontrada pelos axônios para chegarem
aos neurônios mais afastados.

Sinapses latentes: Nesse caso, sinapses que estavam inativas começam a funcionar, em decorrência de uma
lesão ou até mesmo da destruição de estímulos cerebrais. Assim, o cérebro encontra uma maneira de suprir
as necessidades do indivíduo.

O cérebro é a parte mais complexa do corpo do ser humano. Sua estrutura funciona de forma integrada e
coordenada e cabe a ele fazer com que sintamos, pensemos, respiremos ou movimentemos nosso corpo.
A estrutura complexa abarca tudo isso dentro de si, de modo que o cérebro é responsável pelo comando de
diversas de nossas funções ao mesmo tempo. As áreas se comunicam normalmente, mas, se algo acontece,
como um acidente ou doença, a neuroplasticidade atua para encontrar soluções.

A neuroplasticidade, então, dá a possibilidade ao cérebro de se adaptar a diferentes circunstâncias,


principalmente quando há um evento externo, como uma lesão.

Assim, quando se perde um dos sentidos, como a visão, por exemplo, o corpo precisa trabalhar para se
adaptar a essa realidade, e é o cérebro que ajuda com isso. Nesse cenário, outros sentidos como o tato e a
audição tendem a melhorar, como forma de o corpo compensar o dano.

Durante a infância, é essa neuroplasticidade que permite que as crianças evoluam, aprendendo tanto
os fatores biológicos, como andar e falar, como os sociais, decorrentes da convivência interpessoal, suas
percepções e emoções.

Segundo Tara Swart, o incentivo à neuroplasticidade, desde cedo, é a chave para que se tenha um melhor
aprendizado da inteligência emocional na vida adulta. Com isso, segundo a neurocientista, o indivíduo pode
permanecer intuitivo, mais aberto e capaz de superar preconceitos.

É na infância que a neuroplasticidade se destaca, pois é nesse momento que o indivíduo está em constante
evolução, adquirindo novos conhecimentos e comportamentos sociais. Na fase adulta, a neuroplasticidade
fica mais rara.

Isso ocorre porque o corpo adulto está, geralmente, preparado para a maioria das situações, não havendo a
necessidade de uma adaptação total. Assim, a neuroplasticidade costuma surgir quando há lesões cerebrais
ou físicas.

Acidentes vasculares cerebrais, traumas e derrames, a título de exemplo, são situações que estimulam a
26 neuroplasticidade na vida adulta. Ela também pode ser estimulada quando o indivíduo se dispõe a aprender
algo novo, como uma nova língua ou tocar um instrumento musical.

Os aprendizados anteriores são armazenados no cérebro, com todos os dados importantes que lhe dizem
respeito. Assim ele funciona para que, caso haja necessidade, as informações possam ser recuperadas
rapidamente.

A aquisição de novas experiências e conhecimentos, por outro lado, incentiva a criação de novas redes
neurais. Ou seja, novos caminhos são criados para que os neurônios levem às sinapses. Assim, conforme o
indivíduo vai aprendendo, os neurônios se comunicam de forma mais eficiente.

A seguir, você verá dicas de como colocar a aprendizagem em prática no dia a dia:

1. Adquira novos conhecimentos: o cérebro precisa de incentivo para que continue se


desenvolvendo. Por isso é importante aprender uma nova língua, a tocar um novo instrumento ou
fazer aulas de capacitação. Tudo isso ajuda o cérebro a criar conexões neurais e a fortalecer as que já
existem.

1. Saia do modo automático: o cérebro tem essa incrível capacidade de se adaptar a diversas
situações. Por isso, uma boa forma de fazer com que ele progrida é estimulá-lo com coisas novas. Ainda
que sua rotina seja adequada e confortável, é bom incluir novos elementos, pois assim o cérebro pode
se adaptar às novidades. No caso dos estudos, por exemplo, aqueles que estão acostumados a apenas
assistir a aulas podem incluir a resolução de questões no método de aprendizagem.

1. Elimine as distrações: quando realizamos diversas tarefas ao mesmo tempo, ainda que o
cérebro dê conta, ele fica dividido diante da necessidade de dar atenção a vários processos. Por isso é
importante que a nova tarefa receba a atenção adequada, para ser realizada com foco do início ao fim,
o que pode tornar o aprendizado mais satisfatório.
Michel Merzenich, neurocientista, acredita que as habilidades podem ser moldadas pelo ambiente. Segundo
ele, nós construímos, ao longo da vida, um repertório de habilidades que são específicas de cada indivíduo.

Para o estudioso, cada uma dessas habilidades e capacidades têm ligação com a neuroplasticidade do cérebro,
que permite que ele se adapte e crie soluções para as mais diversas situações.

A seguir, há algumas dicas de como aumentar e desenvolver a neuroplasticidade do cérebro.

Treine seu cérebro, exercite os dois lados: Sabemos que os músculos do nosso corpo precisam ser exercitados
para que se desenvolvam. O mesmo acontece com o cérebro. Quanto menos estímulos ele recebe, mais são
as chances de ele permanecer estagnado, sem quaisquer novidades.

Por outro lado, usamos todo o cérebro para realizar as atividades cotidianas, até as mais simples. Assim, é
importante prestar atenção para manter trabalhando os dois lados do nosso cérebro.

O hemisfério esquerdo concentra as decisões e o desenvolvimento do raciocínio, enquanto o lado direito é o


responsável pela criatividade. Se você atua para aprender coisas novas, diversificando essa aprendizagem, o 27
cérebro tem um desenvolvimento mais completo.

Elimine maus hábitos e se alimente bem: Os maus hábitos fazem parte de nossa vida e, por isso, apenas uma
decisão firme pode fazer com que mudemos. O cérebro se acostuma com essa situação e é por isso que é tão
importante adotar novos hábitos.

Alterar a alimentação e deixá-la equilibrada, para que o corpo receba todas as vitaminas e nutrientes que
precisa, é um passo fundamental para a mudança. Os maus hábitos representam caminhos automáticos, e o
cérebro precisa aprender o novo.

Incluir um exercício físico e substituir os alimentos processados pelos naturais o ajudará a entender os novos
caminhos que a vida oferece.

Dormir também é importante: O cérebro, assim como qualquer parte do nosso corpo, precisa ser estimulado
para atingir o seu potencial máximo. Entretanto, tão importante quanto o exercício é o descanso. Por isso,
dormir bem e ter noites de sono relaxantes são ótimas atitudes para que as memórias se fixem e para que os
novos conhecimentos se tornem permanentes.

ANOTAÇÕES
6. NECESSIDADES EMOCIONAIS – UM BREVE RESUMO
Jeffrey Young desenvolveu a Teoria Focada em Esquemas, a qual aponta que adultos saudáveis têm cinco
necessidades emocionais básicas que mantêm a saúde da mente. Essas necessidades também são importantes
porque ajudam a desenvolver o potencial mental ao máximo.

Veja, a seguir, uma descrição básica de cada uma dessas necessidades emocionais:

→ Aceitação e conexão
É preciso ter consciência da própria importância, mas também é necessário ter conexões com outras pessoas.
Saber que podemos ser acolhidos de maneira afetiva por aqueles que nos rodeiam em momentos em que
estamos mais vulneráveis.
Saber que haverá quem nos conforte e acalme quando algo assustador acontecer.
A intensidade com que cada pessoa precisa de afeto é diferente, mas a necessidade é de todos. É preciso
saber identificar as próprias necessidades e as dos outros, para criar uma conexão eficiente.
28 → Autonomia e Competência
A busca por uma meta ou objetivo nunca é fácil. Mas o caminho torna-se muito menos difícil quando
encontramos pessoas que podem ensinar, motivar e contribuir para que a meta seja alcançada. Quanto mais
suporte temos, mais fácil se torna buscar com independência a realização pessoal.

→ Limites realistas
A vida não é feita apenas de bons momentos. Coisas ruins podem acontecer, e é importante ter uma
perspectiva realista sobre isso. É fundamental conhecer os próprios limites e as regras que não podem ser
burladas.

Aqui a palavra é equilíbrio. Não se pode caminhar muito em direção à flexibilidade, nem passar tempo
demais no campo da rigidez. A primeira pode passar a imagem de desinteresse, enquanto a segunda pode
demonstrar um posicionamento hostil.

→ Espontaneidade e lazer
A vida profissional exige que estejamos sempre com uma postura ética, respeitando ideais e compromissos,
bem como atendendo a certas exigências. No entanto, é preciso entender que o lazer e os momentos para
se divertir são também muito importantes.

Além disso, cuidar da própria saúde e da maneira como os relacionamentos interpessoais estão se
desenrolando é importante. Os pequenos momentos de felicidades são aqueles que formam as melhores
memórias, que sempre são lembradas.

→ Liberdade de expressão e emoções válidas


Muitas pessoas não conseguem um bom equilíbrio emocional porque simplesmente não são capazes de se
manifestar quando desejam. Nesse cenário, a preocupação com a aceitação social faz com que algo que está
incomodando não seja rebatido. Ou, ainda, a opinião que deveria ser dada acaba sendo apenas silêncio.
É importante entender que uma coisa é não se manifestar porque você fez uma análise e acredita que não
há nada importante a dizer. Outra coisa é se calar e, depois, sentir-se mal, por acreditar que deveria ter se
manifestado.

Nesses casos, é comum que quem sofra seja a saúde mental, que fica sempre relegada em favor da aceitação
social.

Um vínculo criado com outra pessoa sem bases sólidas tende a prejudicar toda a saúde mental. Por isso, é
preciso saber e ter liberdade para se manifestar, de modo a não permitir que circunstâncias que fazem mal
se repitam.

ANOTAÇÕES

29
7. COMUNICAÇÃO INTERNA:
CRENÇAS QUE LIMITAM SEUS NEGÓCIOS
Uma crença limitante é algo em que o indivíduo acredita de forma efetiva, mas que não é exatamente uma
verdade. Ocorre muitas vezes com as pessoas que têm pouca confiança e normalmente se manifesta com
frases do tipo “eu não sei”, “eu não consigo” ou “não adianta nem tentar”.

Aqui a situação é diferente de conhecer os seus próprios limites. Nesse caso, o inconsciente da pessoa a leva
a ter uma conduta diante da vida que a torna estagnada. A dúvida sobre a própria capacidade está ligada
também à zona de conforto e ao medo de falhar.

É importante salientar que os pensamentos negativos que são limitantes existem em maior ou menor grau
para qualquer pessoa. Um acrobata pode acreditar que nunca será capaz de cozinhar, enquanto a cozinheira
acha impossível realizar acrobacias.

30 Em qualquer caso, somos todos humanos. Obviamente, alguns estão mais preparados para determinadas
situações do que outros. Em todo caso, podemos substituir esses pensamentos negativos por informações e
uma visão mais otimista diante da vida.

Quando somos crianças, buscamos modelos inicialmente nos pais e irmãos mais velhos. Com o passar do
tempo, amigos, professores e outros começam a ocupar esse lugar. O contato com as outras pessoas vai
moldando nossa mente e, por meio das nossas experiências, criamos nossas crenças sobre a vida.

É nesse cenário, recebendo influências tanto positivas quanto negativas, que a nossa percepção de mundo
se forma. O problema é que a realidade alheia não é a nossa. E é nesse momento que as crenças limitantes
surgem inconscientemente, com base no que aprendemos observamos nos outros.

O grande problema é que essas observações e conclusões a que chegamos, na maioria das vezes, se aplicam
àquela pessoa, com suas individualidades, experiências, qualidades e defeitos, e não podem ser usadas como
modelo para outras.

Assim, passamos a ter aquele modelo e aquela crença que, na verdade, é infundada, e se torna para nós uma
muleta. Ou seja, nos apoiamos em uma ideia não fundamentada para que não precisemos sair da zona de
conforto, onde estamos sempre em segurança.

Esse tipo de pensamento pode ser nocivo não só na vida profissional, mas também na pessoal. As pessoas
que têm um motivo forte para não se arriscar raramente fazem algo diferente. A repetição da conduta leva
aos mesmos resultados, ou seja, não há mudança, crescimento ou alcance de metas mais ambiciosas.

É fundamental entender que esses pensamentos inconscientes que são a base das nossas crenças limitantes
existem como um mecanismo de defesa. Como já vimos o resultado quando alguém falha em determinada
conduta, não queremos repetir aquilo e passar pela mesma frustração.
A experiência pode ser própria ou alheia, mas o que mais importa nesse caso é que o gatilho é acionado
diante de um episódio que a mente já conhece, mesmo que inconscientemente. Então vêm à mente as
negações: você não vai conseguir, é muito difícil.

Uma coisa muito importante é tentar entender de onde vêm as crenças limitantes. Ou seja, a partir do
momento em que se encontra o agente que causa a negatividade, mais fácil fica lidar com ele. Ainda que não
seja de fato fácil, pois a negatividade pode ter profundas raízes.

Para procurar pela origem do problema, é preciso entender que nem sempre essas crenças têm apenas uma
origem. Elas também podem ser:

Experiências e crenças hereditárias: São os casos mais conhecidos e comuns. É triste, mas a verdade é que
muitas famílias incutem na mente das crianças opiniões e ideias que podem servir para limitá-las e impedir
que elas alcancem todo o seu potencial.

Pais que afirmam para os filhos que a vida não pode ser diferente, bem como aqueles que dizem ser impossível
reverter uma situação. Em outros casos, há aqueles que comparam crianças ou ainda aqueles que cobram
delas mais do que o necessário. 31

Tudo isso pode causar traumas e fazer surgir uma crença que limitará o indivíduo por toda a vida. As
experiências e o contato com os outros ajudam a formar o indivíduo.

É importante lembrar, também, que mesmo aquilo que não acontece especificamente com a criança pode
servir de exemplo para uma criança. Imagine que um filho ou filha assiste ao seu pai ou à sua mãe passando
por relacionamentos amorosos fracassados, um após o outro.

Mesmo que isso não o impacte diretamente na questão do amor, o exemplo e a experiência observados
podem servir como um limitador para que ele desenvolva seus próprios relacionamentos, pois sua mente
trabalha com a ideia do fracasso nessas situações.

Obviamente, alguém pode passar por situações ruins e, mesmo assim, superar, mas é importante entender
o problema para que isso aconteça com sucesso. Em alguns casos, se não conseguir lidar com isso sozinho, a
ajuda de um psicólogo pode ser bem-vinda.

Crenças pessoais: Nesse caso, os traumas são pessoais. Ou seja, uma experiência negativa em determinado
caso, como um acidente de carro, pode levar a pessoa a acreditar que será um péssimo motorista, para
sempre.

No âmbito profissional, o trauma pode acontecer ao receber uma reprimenda muito forte pela forma como
desenvolveu determinada tarefa e, em virtude disso, a pessoa deixa de acreditar que é capaz de realizá-la.

Lógica equivocada: A primeira regra da vida é que ela é imprevisível. É claro que podemos trabalhar e criar
situações que favoreçam bons resultados, mas, inevitavelmente, algo de ruim acontecerá. Algumas pessoas
começam a tratar esse fato ruim como o mais provável, em todas as situações.
É essa lógica equivocada que impede o crescimento e que o indivíduo tenha persistência. Os maiores
inventores do mundo falharam em algum momento, mas isso não os impediu de prosseguir.

Desculpas: Você conhece alguém que tem acesso a alguma coisa, como um curso gratuito de informática,
por exemplo, e, mesmo assim, costuma usar como desculpa o fato de não ter feito o curso para se livrar de
qualquer obrigação?

Pois bem, às vezes, na vida pessoal e na profissional, usamos desculpas para nos livrar daquilo que não
fazemos. É o que acontece, por exemplo, com quem quer emagrecer e diz que não pode pagar uma academia,
quando pode apenas adequar as contas do supermercado para comer melhor.

Na vida profissional, isso pode se manifestar na conduta do profissional que pode ter a pós-graduação paga
pela empresa, mas diz que não tem tempo, para evitar o desgaste de ter de estudar. Assim, ele permanece
estagnado, e a oportunidade de crescimento passa adiante.

Medo: Este é, provavelmente, o sentimento com maior poder limitante. O medo é o ponto mais alto de uma
32 aversão e pode impedir que as pessoas atinjam o ápice de seu potencial. Uma pessoa pode amar alguém,
mas o seu medo de ser rejeitado é ainda maior, e ela nunca se declara.

No âmbito profissional, o medo de falar em público, por exemplo, pode limitar uma promoção, mesmo que,
na teoria, falar em público não seja algo tão complexo.

É importante entender que cada indivíduo é atingido de uma maneira pelos acontecimentos e pelo seu meio.
Assim, o medo de um pode não ser o de outro. Em todo caso, saber quais são seus medos e procurar uma
forma de enfrentá-los pode contribuir para um crescimento sadio.

Círculo social: Assim como os pais e familiares são exemplos na infância, quando adultos, o círculo social tem
grande influência em nossa vida. Isso porque costumamos respeitar muito a opinião daqueles que são mais
chegados. Por isso mesmo, o círculo social é um profícuo produtor de crenças limitantes.
Um amigo foi a um restaurante e não gostou. Para você, aquele restaurante pode se tornar o primeiro
exemplo que citaria se lhe perguntassem sobre comida ruim. Isso sem jamais ter colocado os pés lá.

Um episódio isolado de um dos membros do grupo pode limitar todos os outros. É preciso ter cuidado,
principalmente quando se está em um círculo social homogêneo, onde todos estão em sua zona de conforto
e pouco se arriscam.

Religião: Aqui a crença está relacionada às limitações que os preceitos de determinada entidade espiritual
impõe. Como elas são baseadas em um ser superior, que poderia dizer a todos o que fazer ou não fazer, elas
acabam se tornando verdades absolutas.

Assim funciona com a noção de pecado, que é diferente em vários lugares do mundo, a depender da fé
professada. É o caso, por exemplo, de religiões que impedem corte de cabelo, determinadas roupas, ou que
colocam as mulheres submissas aos maridos.
Sociedade: Todos os pontos anteriores formam a sociedade em que vivemos, e ela, como um todo, também
pode pressionar e formar crenças limitantes. É o que acontece, por exemplo, com os ideais de beleza, que se
promovem quase sempre em modelos que são inalcançáveis para a população no geral.

Não é incomum que, diante de modelos inalcançáveis, comecem a surgir pensamentos negativos, diante da
impossibilidade de se atingir tal meta. O problema é maior porque aquela meta é uma construção social, e
não algo necessário ou saudável.

A atitude centralizadora de determinados profissionais pode ser a manifestação de uma crença limitadora. O
profissional que atuou durante muito tempo para fazer seu negócio evoluir pode acreditar que ele, e apenas
ele, sabe como gerir a empresa.

Nesse cenário, a tendência é que a evolução só ocorra quando não houver mais possibilidade de centralizar
tudo. Assim, com outros profissionais no mesmo âmbito, é possível que o indivíduo aceite dividir informações
sobre lucros, custos e estratégias de mercado.

Com o crescimento, o profissional que tem a crença limitante de que apenas ele é capaz pode começar a 33
questionar a competência e a qualidade de outros profissionais, sem que haja motivos para tanto, e esse é
o maior problema.

As experiências e os modelos que o indivíduo construiu ao longo de uma carreira limitam seu pensamento
e as possibilidades de pensar em formas diferentes de solucionar problemas e conflitos. É preciso construir
uma relação de confiança para que essa crença comece a ser superada.

Nesse caso, o medo também atua como fator preponderante. O dono de um negócio, que investiu um longo
tempo na construção de sua marca, pode temer que tudo seja lançado por terra por alguém que ainda não
provou ser capaz.

Essa crença na incapacidade alheia e de que somente ele é capaz de fazer determinadas coisas faz com que,
muitas vezes, o indivíduo sabote seus próprios negócios. Identificar essa limitação é o primeiro passo para
distanciar-se do fracasso.

Somente com uma autocrítica bem feita o indivíduo pode se dedicar a treinar um novo funcionário, por
exemplo, e deixar a cargo dele decisões importantes.

É preciso ter consciência que mesmo um projeto com grande probabilidade de sucesso pode naufragar em
razão de uma crença limitante. Elas normalmente são ilógicas, mas, mesmo assim, podem influenciar na
tomada de decisões e causar sérios danos.

Nesse sentido, é possível verificar que as pessoas que normalmente têm sucesso em seus planos são aquelas
que têm confiança e crenças positivas. Assim, elas são impulsionadas em direção aos seus objetivos.
Por isso, é muito importante saber identificar as desculpas que usamos e quais são seus fundamentos. É
preciso ser crítico e entender os motivos reais que fundamentaram aquela desculpa. Não se pode dizer que
não tem tempo e passar horas nas redes sociais ou diante da televisão.
É preciso então fazer uma troca, substituindo as crenças limitantes por outras, que o tornem mais fortes. É
possível substituir “eu não tenho tempo” pela ideia de “se eu me esforçar, encontro um tempinho”, e assim
caminhamos.

Há coisas que acontecem em nossas vidas sem aviso, como uma doença ou um acidente de carro. No entanto,
na maior parte do tempo, estamos no controle dos nossos sucessos e fracassos. Então, é hora de pararmos
de acreditar que não.

Os estudos apontam que apenas 20% do nosso comportamento advém de ações de escolha. Ou seja, 80%
dele é repetido e condicionado. É preciso condicionar nosso corpo e mente para realizar os comportamentos
que nos tornem produtivos e mais eficientes.

Todo o emaranhado de emoções, sentimentos, experiências e vivências das pessoas contribui para a
construção de sua percepção sobre o mundo. Por isso, o importante não é esquecer os momentos ruins, mas
sim entender como eles aconteceram e onde estava o problema causador.

34 Conhecer a si mesmo é a melhor maneira de entender as perspectivas distorcidas que temos do mundo.
O fundamental é entender que esse autoconhecimento ocorre de maneira constante, pois estamos em
mudança o tempo todo, a partir de cada uma de nossas experiências.

Nesse cenário, após a análise, a aceitação de nossa situação e de nossos pontos fracos e fortes aparece como
parte fundamental da compreensão. Só será possível mudar o que você já entendeu que precisa ser alterado.

Se alguém aponta os defeitos e os problemas que uma pessoa está enfrentando, o impacto pode não suscitar
a evolução. O indivíduo que consegue ter consciência de suas limitações, por meio da observação, tem muito
mais chances de conseguir eliminá-las.

Há três perguntas de coaching que podem servir para identificar os pensamentos ou comportamentos que
se repetem.

1. Qual é a origem da ação, do sentimento ou do pensamento?


2. A escolha é minha ou estou refletindo a opinião de pais, amigos, ambiente profissional,
cultural ou religioso?
3. O pensamento é realmente verdadeiro, ou é apenas uma suposição ou uma crença?

Conhecendo o condicionamento limitante, abre-se a possibilidade de enfrentá-lo de alguma maneira ou,


se preferir, mantê-lo como está. O importante é conhecer os motivos e entender se concorda com eles
efetivamente, ou se a decisão sobre o comportamento veio de terceiros.
Não acredite, entretanto, que as crenças que se depositaram em sua mente podem desaparecer de imediato.
Elas demoram anos para criar raízes na mente e proporcionar o condicionamento, então pode ser um pouco
difícil livrar-se delas.

É importante saber, entretanto, que se essa crença incomoda, ela precisa ser retirada, substituída ou alterada.
Quando isso acontecer, a vida pode ser encarada de maneira mais leve.
Na questão profissional, ter crenças e valores que são alinhados com o negócio desenvolvido é essencial
e contribui para que ele se seja mais produtivo. Não é uma questão apenas de satisfação, mas também de
saber se os resultados refletem exatamente os seus pensamentos.

ANOTAÇÕES

35
8. AUTOSSUGESTÃO
Trata-se de uma técnica da psicologia fundamentada na ideia de que uma pessoa é capaz de influenciar suas
ações e comportamentos utilizando as palavras. A ideia é que se a pessoa está sintonizada com sentimentos
como medo, raiva e ódio, por exemplo, essa energia negativa ressoa em si.

Da mesma maneira, uma pessoa que atua com foco na positividade pode obter mais sucesso. Isso porque,
a partir da autossugestão, o subconsciente emerge de forma mais espontânea, e o resultado tende a refletir
os pensamentos base.

O processo de coaching, treinamentos e cursos levam em consideração que o indivíduo é o reflexo de seus
pensamentos e sua vida é a forma como eles se materializam. A ideia é a de que o corpo reflete o que está
na mente.

Por isso, é importante utilizar a autossugestão como forma de fazer com que o subconsciente materialize
aquilo que se deseja. Ou seja, quando se pensa positivo, as chances de criar uma realidade de paz, amor e
36 sucesso são maiores.

O poder da influência da mente sobre o corpo: Já vimos que a mente influencia diretamente o corpo e
define padrões de comportamento. Assim, é importante usar essa influência de maneira efetiva e positiva,
levando em consideração o poder das palavras.

O treinamento da mente é árduo e, por isso, a autossugestão pode ser uma forma de alcançar os objetivos
de forma mais célere. A autossugestão é consciente, mas o que se busca é alterar o subconsciente, para que,
por meio de repetições, alcancemos a mudança de comportamento.

O corpo reage aos pensamentos, e o que a mente não consegue resolver de forma efetiva acaba convertido
em doenças. A somatização é o processo que faz com que problemas físicos surjam, mas com fundamentos
emocionais.

O problema é grande, pois a medicina encontra dificuldades para fazer a ligação entre a emoção ou o
sentimento com o problema físico. Isso atrasa diagnósticos e dificulta tratamentos.

O segredo da autossugestão: O psicólogo francês Émile Coué elaborou três leis sobre a autossugestão. Ele
também trabalhou e introduziu métodos de psicoterapia, aperfeiçoamento e cura, tudo usando autossugestão
e auto-hipnose.

As leis criadas por Émile Coué são:

Lei da atenção concentrada: A concentração da pessoa em uma ideia faz com que ela efetivamente se
concretize.

Lei do esforço contrário: Quando uma pessoa repete que não é capaz de realizar uma tarefa, ela fica cada vez
mais distante de um resultado positivo, ainda que se esforce para tanto.

Lei do sentimento dominante: Uma sugestão que está relacionada a uma emoção tende a vencer outras
que estão na mente. A imaginação costuma vencer a batalha contra a vontade, por isso é preciso usar a
imaginação a favor do próprio benefício.

A ideia da autossugestão depende do entendimento de que os indivíduos são formados pelo seu ser
consciente e pelo inconsciente. Ambos são bastante capazes, mas é preciso entender que o subconsciente
costuma reagir de forma mais automática, enquanto a parte consciente é focada na razão.

A partir da análise de determinados fenômenos, fica clara a existência dessa dicotomia. Um exemplo claro é
o do sonambulismo, em que a pessoa levanta, anda e, por vezes, até dialoga, sem, contudo, estar realmente
desperta.

O corpo obedeceu à ordem do subconsciente e se levantou, sendo capaz de dizer até mesmo algumas
palavras. Entretanto, não houve qualquer pensamento lógico antes disso.
37
Se observarmos bem, podemos verificar que o ser consciente é normalmente muito falho quando se trata
da memória. O subconsciente, por outro lado, pode fazer com que um cheiro, por exemplo, faça relembrar
momentos bons ou ruins da infância, com riqueza de detalhes.

É no subconsciente que ficam a maioria de nossas memórias, que podem ser acessadas apenas de vez em
quando, ou que condicionamos em nossos comportamentos, ainda sem muita certeza do que fazemos.

Como o cérebro funciona praticamente no automático para dar a ordem conforme realizamos a maior parte
das nossas tarefas, podemos dizer que é o subconsciente que controla tudo. Ou seja, é ele que nos faz dirigir,
comer, praticar um esporte, tudo de forma espontânea e sem reflexão.

Mas é nele também que estão nossos sentimentos e emoções, por isso é fundamental entender como isso
pode se refletir em nossas ações. A imaginação assume um ponto crucial aqui, pois nos permite agir mesmo
contra prognósticos ou nossa vontade.

Como praticar a autossugestão? O método da autossugestão se baseia na ideia de que um pensamento


deve ser isolado e não dividido com outro. Ou seja, mesmo que dois pensamentos existam, um não deve se
sobrepor ao outro no nosso subconsciente.

Assim, o pensamento preocupante fixa-se em nosso espírito até que efetivamente se reflita em atos. Por
outro lado, outro pensamento positivo pode também ocupar esse lugar. É o que acontece quando alguém
acredita firmemente que será curado, por exemplo.

A força do pensamento: No mundo, há pessoas que alcançam o sucesso e muitas coisas que outras pessoas
também queriam, mas não alcançam. Há aquelas que são mais felizes ou mais satisfeitas, ou aqueles que
encaram a vida com mais otimismo, ou sentem que têm capacidade de alcançar sonhos.
Isso faz surgir a ideia de que a vida pode ser mais fácil ou mais difícil para determinados indivíduos, ainda que
estejam em condições bastante parecidas.

Uma forma de definir essa diferença, mas de forma inadequada, seria atribuir tudo isso à sorte. No entanto,
há muitos fatores que podem explicar os motivos pelos quais uma pessoa consegue sobressair. A resposta,
quase sempre, está na forma de conduzir a própria vida.

O que muita gente não percebe ou não quer enxergar é que as pessoas que estão alcançando grandes
objetivos com mais facilidade se prepararam para isso. Como? Principalmente usando a melhor metodologia
atual para o desenvolvimento da capacidade humana: o coaching.

Isso, aliado à lei da atração, a qual prevê que as pessoas são capazes de atrair e reter aquilo que desejam,
torna a busca por objetivos uma caminhada muito mais leve.

Por meio da força do pensamento, o indivíduo tem a capacidade de atrair para si coisas boas e ruins. Mais
que isso, seus comportamentos, emoções, pensamentos, sentimentos e ações contribuem para que ações
38 sejam tomadas.

Uma pessoa que precisa realizar um teste, por exemplo, e está deixando que o medo influencie os momentos
que o antecedem, tem grandes chances de não obter sucesso. Isso porque o estado emocional pode atrapalhar
seu desenvolvimento, ainda que esteja bem preparada.

Com tudo trabalhando contra, as chances de errar uma questão por esquecimento ou de fazer coisas que não
devem ser feitas em circunstâncias normais são muito maiores.

É o mesmo caso de um empreendedor que deseja abrir seu próprio negócio. O pensamento anterior tende a
definir as probabilidades de fracasso ou sucesso. Aquele que acredita que o mercado é difícil e que dificilmente
conseguirá sobressair já está com os dois passos no fracasso.

Entretanto, quem acredita ser capaz de enfrentar a concorrência de igual para igual mantém o pensamento
positivo, estuda, prepara-se e permanece motivado. Essa pessoa tem tudo para alcançar resultados positivos
durante sua jornada e fazer um negócio de efetivo sucesso.

ANOTAÇÕES
9. ANÁLISE SWOT PARA A VIDA PROFISSIONAL
A administração é uma ciência que estuda o planejamento de projetos, produtos e serviços. Para isso, o uso
de algumas ferramentas é necessário e, entre elas, se destaca a “análise SWOT”, também conhecida como
matriz FOFA.

A sigla diz respeito às palavras Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças (Strengths, Weakness,
Opportunities and Threats, em inglês). A matriz foi criada por Albert Humphrey, nos anos 1960 e 1970, e
rapidamente se tornou um dos pilares do que se entende atualmente por planejamento organizacional.

Apesar de parecer simples, a ferramenta exige uma análise profunda de todos os cenários em que a empresa
pode estar envolvida no mercado. A partir daí, será possível tomar decisões corretas. O mais importante é
que a matriz SWOT não serve apenas para empresas, mas também para pessoas.

Para entender bem essa história, é precisou relembrar momentos em que precisamos tomar grandes decisões.
Durante a vida, elas são muitas. Outras, menores, também são importantes e, eventualmente, podem definir
os rumos que a vida tomará. Por isso é importante saber fazer escolhas.
39

Normalmente, pensamos, pensamos e acabamos escolhendo as opções que nos são postas com base em
algum sentimento, um exemplo, ou outra coisa que não necessariamente nos leve a um raciocínio lógico.

Porém, se a situação fosse diferente e se pudéssemos contar com uma ferramenta que pudesse ajudar a
encarar as opções de forma mais estratégica, seria muito mais fácil encontrar uma solução. É exatamente
nesse momento que a análise SWOT ganha importância.

Assim como pode ser utilizada para mapear os dados de uma empresa e conhecê-la melhor, a matriz SWOT
pode ser ideal para reconhecer as próprias fraquezas, encontrar ameaças, potencializar determinados pontos
e saber aproveitar as oportunidades que a vida profissional oferece.

Para que serve a análise SWOT? A análise SWOT, em síntese, é uma forma de utilizar conhecimentos sobre
algo para embasar uma decisão lógica. A ideia é levantar a maior quantidade de dados necessários para,
então, elaborar um diagnóstico correto.

Com isso, torna-se muito mais fácil começar o processo de mudança. Quando aplicada aos negócios, a análise
SWOT pode ser útil das seguintes maneiras:

• Ajuda a conhecer melhor a empresa, de modo profundo;


• Dá mais segurança e fundamenta decisões;
• Faz compreender a posição da empresa diante dos concorrentes;
• Traça perspectivas futuras;
• Antecipa ações (prejudiciais ou não) externas;
• Traz ideias para novas ações.
A análise SWOT tornou-se rapidamente popular devido à sua facilidade de aplicação. Além disso, é possível
adaptá-la muito facilmente a qualquer situação em que se exija maior reflexão antes da tomada de uma
decisão importante. Isso se aplica também à vida pessoal e profissional.

Como aplicar a Análise SWOT na vida profissional?


A SWOT atua como uma ferramenta para promover o autoconhecimento. Cada indivíduo pode descobrir
quais são seus pontos mais fortes e fracos. A partir disso, é possível realizar uma análise que irá fundamentar
as ações futuras.

Essa análise permite a identificação dos pontos que merecem mais atenção e devem ser fortalecidos e
melhorados.

A análise SWOT é relacionada com o mundo empresarial, mas uma alteração na forma como as perguntas são
feitas pode ajudar com decisões comuns do dia a dia. Quatro pontos de análise, entretanto, são indispensáveis
para que a avaliação seja correta.

40 Veja a seguir:
Como fazer uma análise SWOT pessoal e profissional?

A utilização da ferramenta para encontrar soluções no dia a dia é bastante simples. Mas, abaixo, você pode
acompanhar os passos corretos para isso.

1. Entenda a estrutura: Para que a análise SWOT funcione, é preciso levar em consideração dois
ambientes, o externo e o interno. A partir daí é que a análise começa a avaliar quatro fatores, dois em
cada um dos ambientes.

Os fatores internos – as forças e as fraquezas – podem ser controlados, pois há possibilidade de aprimoramento,
com a influência de outros fatores. Já no caso dos fatores externos, oportunidades e ameaças, eles não
podem ser controlados, apesar de poderem ser previstos.

O mais importante é saber que os fatores internos e externos se correlacionam e aprender a lidar com eles.

2. Comece avaliando as suas FORÇAS: O que se entende por forças são os talentos, competências
e habilidades de que o indivíduo dispõe. São fatores construídos ao longo da vida e representam as 41
forças que podem ser utilizadas para construir determinados resultados.

As forças são as bases para a construção de um progresso emocional, técnico ou comportamental, inclusive
no ambiente de trabalho.

Diante disso, é importante fazer uma lista e verificar quais são as qualidades e as forças de que se dispõe.
Para enfrentar os desafios da vida, é preciso saber quais armas você tem.

Caso não consiga pontuar cada uma delas sozinho, uma boa ideia é pedir auxílio a um colega. Entretanto,
esse é o momento de uma autoanálise bastante sincera. Por isso, talvez você tenha mais sucesso se conseguir
fazer isso sozinho, debruçando-se sobre seu próprio potencial.

O ponto mais importante nesse processo é ser realista e bastante sincero. A lista é pessoal e não vai ser
exposta, por isso, não se engane. Observe as perguntas que podem te ajudar a identificar quais são as suas
forças:

• Quais qualidades eu possuo?


• Eu tenho talentos? Quais?
• A minha vida é orientada por quais princípios éticos?
• O que me torna diferente das outras pessoas?
• Eu uso meus talentos e qualidades para me destacar dos outros? Como?
• O que me torna especial?

3. Avalie as suas FRAQUEZAS: As fraquezas entram nessa equação com aqueles elementos que
limitam o crescimento e interferem ou bloqueiam o desenvolvimento do seu potencial. As fraquezas
não são pontos que devem ser excluídos, mas sim identificados para gerar melhores resultados, depois
de aprimorados.
Estamos ainda no ambiente interno, então, é importante saber que isso tem relação com você, não com os
outros. Para ajudar a identificar as fraquezas, fique atento a algumas perguntas que podem ser feitas:

• Tenho atitudes que atrapalham meu crescimento profissional?


• Tenho crenças e pensamentos e atuam contra meu desenvolvimento e sabotam meu sucesso?
• O que me faz sentir infeliz e não realizado?
• O que em mim é motivo para que eu me sinta desconfortável?
• O que traz a desmotivação que me impede de lutar por minhas metas e sonhos?

Fazendo essa análise crítica, você detectará os elementos e os fatores internos que impactam sua vida. Agora
é o momento adequado para avaliar os fatores externos.

4. Perceba as OPORTUNIDADES: Depois de identificar os elementos internos, esse se torna o


elemento mais importante da matriz SWOT, pois agora será necessário observar as possibilidades de
mudança.

42 Assim, é preciso saber aproveitar as tendências e adaptar-se às mudanças que ocorrem no mundo a seu
favor. Nesse momento, é preciso identificar aquelas oportunidades que permitirão uma mudança na carreira
e no crescimento profissional, bem como descartar o que sai do controle.

Nesse cenário, é importante fugir daquilo que não depende exclusivamente do seu empenho, como escolhas
feitas por outras pessoas, alterações econômicas, sociais ou políticas. Para isso, é bom ficar atento a:

• Aquecimento do mercado de trabalho;


• Estabilidade da economia;
• Ter uma boa rede de contatos;
• Manter reservas financeiras;
• Ficar atento às vagas abertas;
• Ter atenção a programas de estudos.

5. Prepare-se para AMEAÇAS: Todos os elementos anteriores nos levam à forma como
enfrentaremos as ameaças. Elas se manifestam como os desafios que precisamos enfrentar. Assim,
conhecer antecipadamente quais são pode fazer uma grande diferença.

Conhecer aquilo que pode afetar o seu desempenho e seus resultados, sejam eles pessoais, sejam profissionais,
pode ser o que falta para que você alcance o sucesso.

Mas há fatores que não podem ser previstos, como:

• Aumento da concorrência;
• Não dominar determinada tecnologia;
• Indisponibilidade eventual para viagens;
• Impossibilidade de alterar o domicílio;
• Vagas escassas.
Com todas essas informações nas mãos, é possível dar o próximo passo. O levantamento dos dados é
importante, mas a análise SWOT irá depender de avaliar forças, fraquezas, oportunidades e ameaças de
forma correlacionada.

É preciso entender todo o sistema para mover essas informações em direção à conquista dos objetivos. De
qualquer forma, uma informação que não pode ser esquecida é que a meta da análise é maximizar o que é
positivo e tornar menos nocivos os pontos negativos.

Forças + Oportunidades: Diante das oportunidades, é preciso analisar os pontos fortes que podem ser
utilizados para maximizá-las. Alguém que tem conhecimento em economia e finanças pode observar o
crescimento do mercado financeiro e perceber mais formas de atuar.

Identificando mais opções, é possível agregar outros conhecimentos e abrir portas em novos segmentos,
ligados a uma força já existente. Assim, o talento interno ajuda a alcançar algo no ambiente externo.

Forças + Ameaças: Após identificar uma ameaça externa ao seu desenvolvimento profissional, é possível
utilizar um ponto forte para minimizar seus impactos ou removê-la por completo. 43
Se o mercado de trabalho em que você atua está em declínio, pode ser o momento de procurar uma nova
forma de ganhar dinheiro. Para isso, aumentando as chances de sucesso, é possível utilizar seus pontos fortes
como fator preponderante na escolha de um novo segmento.

Fraquezas + Oportunidade: Uma combinação que pode não parecer produtiva, mas que é, ocorre quando
fraquezas são colocadas diante de oportunidades. Você pode ter detectado que sua rede de contatos é muito
pequena, mas uma oportunidade de participar de um evento aparece.

Essa oportunidade de entrar em contato com outros profissionais do mesmo ramo pode ajudar a diminuir o
potencial de dano de sua fraqueza. Mais que isso, mitigar uma fraqueza é o primeiro passo para, no futuro,
transformá-la em uma força.

Fraquezas + Ameaças: O ponto é de extrema importância, porque as fraquezas são os pontos mais atingidos
pelas ameaças. Assim, após detectar uma fraqueza, é recomendado trabalhar para minimizar os efeitos que
uma eventual ameaça possa ter sobre ela.

É o que acontece com o profissional que, por exemplo, sabe que não costuma se sair bem em discussões
mais acaloradas e de conflito. Por isso, trabalhar para diminuir as chances de ocorrência desses momentos
é importante. Enquanto isso, trabalha-se mais para tornar-se melhor durante as discussões de alta
competitividade.

É sempre importante lembrar que, para a análise ser adequada, é preciso agir sempre com foco na realidade.
Ou seja, a comparação entre os elementos internos e externos deve ocorrer de forma objetiva. O único
interessado nos resultados é você, então foque no que é importante.

Ainda que a análise SWOT seja uma ferramenta considerada bastante simples, é preciso disponibilizar tempo
para que os dados sejam avaliados corretamente. É necessário também espaço, pois fazer uma lista de todas
as nossas fragilidades pode ser bem doloroso.

Da mesma forma, não é fácil começar a analisar um ambiente externo quando se passou tanto tempo
interagindo com ele no automático. Mas todo esse trabalho é preciso, para que as decisões comecem a ser
tomadas de forma adequada, com base em dados reais.

A partir daí, será possível eliminar as decisões fundamentadas em pré-conceitos ou nas crenças limitantes
que nos impedem de crescer. Todo o processo da análise de SWOT ajuda no autoconhecimento e pode servir
para o crescimento e aprendizado profissional.

Aproveite bem a análise para que ela possa embasar suas decisões. E, principalmente, aprenda sobre si
mesmo, seus desejos, motivações e freios. Dessa forma, estará mais preparado para enfrentar os desafios do
mercado e muito mais hábil para encontrar o sucesso.

ANOTAÇÕES
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10. MATRIZ GUT: HIERARQUIA E FOCO NAS
SOLUÇÕES PARA CARREIRA E NEGÓCIOS
Para quem precisa priorizar uma tarefa entre várias, a Matriz GUT pode ser uma boa opção. Por meio dela, é
possível gerir de forma inteligente e eficiente uma empresa. Assim, pode-se economizar com a contratação
de profissionais especializados, o que sempre gera gastos.

Administrar uma empresa não é uma tarefa fácil, mas há diversas ferramentas que podem auxiliar os
administradores. Para elevar os níveis de gestão, a Matriz GUT é uma das ferramentas mais utilizadas.

Mas o que muita gente não sabe é que ela, além de poder ser aplicada à gestão de qualquer empresa,
também pode ser adaptada para avaliar carreiras. Isso porque tem a ideia principal de focar nos maiores
problemas, permitindo um melhor planejamento estratégico.

A matriz GUT pode ser definida como uma ferramenta de gestão que tem como objetivo a priorização de
tarefas. Por meio da identificação de gravidade (G), urgência (U) e tendências de comportamento (T), é 45
possível avaliar os problemas da empresa.

É com base nisso que o administrador irá avaliar quais decisões devem ser tomadas primeiro. Da mesma
maneira que a análise SWOT, é possível analisar o ambiente interno e o externo colocando em prática a
matriz GUT.

Nas empresas, a matriz é utilizada, principalmente, na gestão de projetos, bem como servindo como base
para decisões estratégicas. Por meio dela, é possível quantificar os problemas e organizar as tarefas que
deverão ser executadas. O método é simples, mas bastante eficaz.

Como já vimos, GUT está relacionado aos três termos que precisam ser levados em conta pela ferramenta:
gravidade, urgência e tendência.

A gravidade está relacionada ao tamanho do problema, já a urgência diz respeito aos danos que estão sendo
causados de imediato e à necessidade de uma decisão rápida ou não. Por fim, a tendência traz informações
sobre o que pode ocorrer se o problema não for solucionado.

Por meio do levantamento desses dados, é possível organizar-se para tomar a decisão mais benéfica para a
empresa.

Para que serve? Entendendo como a Matriz GUT funciona em uma empresa, já fica um pouco claro como
podemos utilizá-la no dia a dia. Conforme os desafios vão surgindo diante das empresas, em um mercado
cada vez mais dinâmico, é preciso agir rápido.

A gestão é o que impede uma empresa de permanecer estagnada diante da alta competitividade do mercado
moderno. Assim, agir é necessário, pois as chances de ficar para trás são cada vez maiores. Por meio de uma
gestão inteligente, o sucesso de uma organização é garantido.
Outro ponto importante a favor da matriz GUT é que ela funciona como uma excelente ferramenta de auxílio
ao controle de qualidade. Ela está ligada ao Ciclo PDCA, uma metodologia dos anos 1950 que era utilizada
para melhorar a gestão de empresas, por meio do controle de processos.

O termo PDCA faz referência aos termos em inglês para planejar, executar, verificar e agir. Como se vê por
meio dos nomes que o define, o ciclo propõe a formação de uma cadeia estratégica que permite planejar,
executar, avaliar e ajustar, começando tudo de novo.

A matriz GUT entra nesse ciclo bem no início, pois serve para responder a diversas perguntas de um modo
mais racional. Dessa maneira, ajuda no planejamento de soluções para os problemas que podem aparecer
na empresa.

A metodologia permite ao administrador obter as respostas que permitirão definir prioridades. Com base
nisso, é possível começar a preparar uma estratégia e definir as ações que serão executadas em um curto
espaço de tempo.

46 A ferramenta é utilizada até mesmo sem perceber por muitos gestores. Observe, a seguir, uma pequena
definição dos termos que compõem a matriz GUT:

Gravidade: Avaliar a dimensão de um problema e os danos que ele pode causar em longo prazo é essencial
para manter a saúde de uma empresa. Por esse motivo, avaliar os impactos do problema nos negócios é o
primeiro ponto a ser analisado.
É preciso entender o potencial do problema e qual é o impacto dele em longo prazo. Assim, é possível chegar
a um consenso se a solução precisa ser imediata ou se é possível aguardar mais tempo até resolvê-lo.

Os problemas existem em todos os tamanhos. Podem ser devastadores e colocar o próprio negócio em risco.
Mas também podem ser como arranhões, que se recuperam sozinhos com o tempo. Por isso, é interessante
fazer uma escala para entender essa gravidade:

• Sem gravidade: danos de pouca monta, secundários;


• Pouco grave: danos pequenos;
• Grave: danos comuns;
• Muito grave: um problema que pode causar danos de grande monta à empresa;
• Extremamente grave: Sua solução deve ser colocada como prioridade, pois os danos potenciais
podem ser irreversíveis.

Urgência: O segundo termo da matriz leva em consideração a urgência com que aquela tarefa precisa
ser realizada ou o problema resolvido. Está ligado à gravidade, pois diz respeito ao tempo em que pode
permanecer ativo sem causar muitos danos.

Assim, é necessário compreender que a avaliação sobre a gravidade do problema precisa ser eficiente.
Analisar se algo pode ser deixado para depois ou deve ser encarado como prioridade absoluta é crucial para
a saúde empresarial. Por isso é importante utilizar a escala, para entender a urgência:
• Pode esperar: o problema pode ser resolvido sem pressa;
• Pouco urgente: não chega a ser insignificante, mas postergar sua solução não causa maiores
problemas;
• Urgente: precisa de maior atenção e resolução quando possível;
• Muito urgente: É de gravidade alta e deve ser resolvido com rapidez. De preferência em até
10 dias;
• Imediatamente: Esse ocupa o primeiro lugar entre as prioridades. Os planos já devem ser
iniciados para sua solução, para que não se perca o controle.

Como sempre, é bom salientar que a metodologia exige muita atenção para com o tempo. Por isso, a avaliação
e a tomada de decisões devem acompanhar essa velocidade.

Tendência: Por tendência, entende-se a probabilidade que determinado problema tem de tornar-se mais
danoso com o decorrer do tempo. Por isso, é importante avaliá-lo considerando a gravidade e a urgência.

Assim, para avaliar a tendência, é preciso entender a situação, pensando no que pode acontecer se nada for
feito. Assim, as possibilidades sobre o problema são: 47

• Não irá mudar: não haverá agravamento e, em boas circunstâncias, o problema pode até ser
solucionado sem que seja preciso agir;
• Irá piorar em longo prazo: o problema pode crescer de forma lenta e causar danos em longo
prazo;
• Irá piorar em médio prazo: Ele permanece e é muito provável que os danos venham em
médio prazo, caso nada seja feito;
• Irá piorar em curto prazo: o sinal de alerta está ligado, pois os danos decorrentes do problema
podem ocorrer em um curto espaço de tempo;
• Irá piorar rapidamente: o problema já está causando danos, então é imprescindível começar
a solucioná-lo, antes que eles sejam irreversíveis.

Considerando a forma de avaliar cada um dos elementos que compõem a matriz, uma boa opção para calcular
a matriz GUT é utilizar uma planilha com seis colunas:

Problema: o objeto da análise (podem ser vários);


Gravidade: classificação de 0 a 5, de acordo com a gravidade;
Urgência: classificação de 0 a 5, de acordo com a urgência;
Tendência: classificação de 0 a 5, de acordo com a tendência;
Nota: multiplicação: G x U x T
Sequência de atividades: As atividades que apresentarem um resultado mais alto são aquelas que devem ser
resolvidas primeiro. Mais que isso, com a matriz há um detalhamento dos problemas que a empresa enfrenta
e já se pode observar quais problemas devem ser solucionados a seguir.

Para garantir que a matriz GUT funcione adequadamente, é preciso ainda seguir alguns passos. Isso é
importante para garantir a eficiência da ferramenta e para que ela atenda a todas as expectativas.
Siga os seguintes passos:

1. Listagem dos problemas: A análise só será eficiente se todos os problemas forem colocados
na balança. Ou seja, é preciso colocar na tabela tudo o que realmente tem causado transtornos,
considerando gravidade, urgência e tendência.

A matriz GUT é destinada a encontrar prioridades entre as demandas da empresa, por isso, se a tabela for
deficitária, os resultados não serão úteis. Uma boa opção é reunir colaboradores e realizar um brainstorming
para elencar os problemas internos que a empresa enfrenta.

Outra opção é fazer uma pesquisa de satisfação entre os clientes, em que eles possam apontar os pontos que
acreditam que devem ser melhorados. O crucial é fazer com que todas as necessidades entrem na tabela.

Feito isso, é importante destrinchar o problema, de modo a deixar claro aos colaboradores sobre o que se
está falando. Isso impende interpretações equivocadas e ajuda no desenvolvimento de ações para solucionar
os problemas.
48
2. Pontuação dos problemas: a partir do momento em que a lista com todos os problemas está
montada, é hora de começar a pensar na pontuação de cada um dos elementos. Gravidade, urgência e
tendência devem receber uma pontuação cada.

A pontuação deve ser de 1 para o menor problema e de 5 para aquele que exige maior atenção, em qualquer
um dos três elementos. Assim, cada uma das pontuações, gravidade, urgência e tendência, entrarão na
matriz.

Feito isso, basta multiplicar os três elementos G x U x T para se chegar a um resultado. A prioridade ou
gravidade do problema não está exatamente ligada ao aparecimento de um número alto.

Pode ser que a empresa tenha vários problemas para resolver de forma urgente, o que pode causar muitos
números altos. Para escolher qual deles será resolvido primeiro, entretanto, é preciso compará-los. O de
maior número é aquele mais danoso no momento.

3. Classificação dos problemas: Feita a multiplicação, como informamos, agora é hora de


analisar o valor GUT individual de cada um dos problemas. Um ranking deve ser formado, levando em
consideração que aqueles com maior valor ocupam os primeiros lugares.

Encontrados esses valores elevados, é preciso dedicar-se a eles, pois são prioridades. Uma análise profunda,
encarando-os de forma adequada, pode fazer com que soluções sejam encontradas de maneira mais rápida
e com maior eficácia.

Apesar de o ranking fazer uma comparação entre os problemas, a análise de cada um deles precisa ser
individualizada, levando em consideração suas peculiaridades.
Exemplo de Matriz GUT: aplicação prática
Uma maneira de colocar em prática a aplicação da matriz GUT é simular. Por isso, imaginemos que um
e-commerce de materiais esportivos enfrenta dificuldades. Uma pesquisa foi realizada, e foram identificados
os seguintes problemas:

• Mercadorias são entregues com atraso;


• Fornecedores atrasam a entrega dos produtos;
• Clientes não voltam a comprar;
• Landing pages com baixa taxa de conversão;
• O estoque não é controlado adequadamente;
• Não há planejamento voltado para o marketing digital.

Todas as situações precisam ser enfrentadas, mas é preciso entender qual delas vai ser priorizada, levando
em consideração gravidade, urgência e tendências. Feita a análise e atribuídas as pontuações, basta fazer a
multiplicação e encontrar o valor GUT de cada um.

Com os resultados, é possível montar um índice de prioridades acerca dos problemas a serem resolvidos. A 49
Matriz GUT do exemplo ficaria assim:

Assim, a Matriz GUT deixa à mostra os problemas mais difíceis e danosos, que precisam ser enfrentados de
imediato. Com as prioridades definidas, é possível traçar metas e objetivos, buscando sempre solucionar os
problemas com a maior velocidade possível.
11. DEFINIÇÃO DE OBJETIVOS (SMART)
George T. Doran criou, em 1981, uma metodologia para ajudar gestores de grandes empresas a alcançarem
suas metas e seus objetivos. A metodologia era chamada de “Objetivos Smart”.

Os objetivos são, portanto, baseados em critérios que podem ajudar uma empresa, um profissional ou até
mesmo um projeto a definirem e alcançarem metas.

SMART também é um acrônimo e se refere aos objetivos que devem ser buscados: específicos, mensuráveis,
realistas, alcançáveis e tangíveis.

A função dos objetivos SMART é facilitar a forma como uma empresa ou um profissional define os objetivos
futuros. Assim, é possível ter mais clareza e encontrar as melhores formas de alcançar os resultados desejados.

A definição dos objetivos também serve como motivação. Isso porque, por mais estranho que pareça, os
objetivos podem, sim, ser quantificáveis. Por vezes eles não serão capazes de cumprir todos os critérios, mas
50 o ideal é que atendam a maior parte deles.

Como aplicar os objetivos SMART?


Sabendo como se definem os objetivos SMART e sua utilidade, agora é hora de colocá-los em prática. Você
pode entender como o método pode ser aplicado a diversas necessidades; para isso, siga corretamente os
tópicos a seguir:

1. Liste todos os seus objetivos, sem medo de errar: A ideia é colocar no papel uma lista, precisa
e específica, de todas as metas e objetivos que se pretende alcançar. Aqui não há restrições. Pode
escrever qualquer coisa, pois a lista é apenas para você.

No futuro, pode ser que eventualmente essa lisa tenha que ser editada. Agora, entretanto, não existem
metas ou objetivos certos ou errados. É hora de deixar o subconsciente livre para que tudo aquilo que se
deseja possa entrar de forma efetiva na lista.
Depois, é preciso verificar quais dos objetivos se encaixam nos princípios SMART. Lembre-se: específicos,
mensuráveis, realistas, alcançáveis e tangíveis. É nesse momento que percebemos, por vezes, que há objetivos
que estão fugindo da realidade que vivemos.
Procure, então, ser o mais realista possível, certificando-se de que os objetivos são necessários. Um objetivo
SMART precisa ser específico, mensurável, alcançável, realista e tangível:

• Específico, pois é muito mais difícil atingir um objetivo vago;


• Mensurável, para que se possa realizar ações efetivas que contribuam para alcançá-lo;
• Alcançável, para que não seja apenas uma fonte de frustrações;
• Realista, pois um desafio precisa estar dentro da realidade do indivíduo. A ambição precisa
ocorrer com os pés no chão. O Objetivo deve ser um desafio que pode ser vencido;
• Tangível e Temporal, pois a dedicação e o tempo, com base em esforços, podem ajudar no
cumprimento de toda a jornada.

2. Categorize cada um deles: Uma boa forma de organizar os objetivos elencados é colocá-
los em categorias. Assim, fica mais fácil visualizar o projeto como um todo. Escolhidas as categorias,
comece a encaixar cada um dos objetivos nelas.

Assim, sua intenção tende a ficar mais clara, tornando-se mais fácil entender como chegar ao que se deseja.
Durante essa categorização, é possível identificar qual ponto pode ser considerado seu problema principal.

Partindo disso, é possível começar a elaborar as soluções. É tudo um grande quebra-cabeça, mas as respostas
para solucionar quaisquer problemas estão dentro de você.

3. Seja específico e defina números: aqui você precisa transformar os objetivos SMART em uma
verdadeira meta. Ou seja, chegar até aquele ponto tem de ser algo mensurável. Por meio de projeções,
é possível descobrir o que precisa ser feito para se chegar até lá.

4. Defina um prazo para conquistar o resultado esperado: Ter um prazo definido para uma 51
meta é uma das coisas que mais nos motivam a alcançá-la. É isso que deve ser feito agora. Assim, o
objetivo traçado na projeção fica mais tangível.
Mas não vá traçar prazos irreais. A deadline tem de ser criada após uma análise sobre o meio e as circunstâncias
que rodeiam o indivíduo. O prazo tem que ser razoável, pois, se muito curto, pode ocasionar frustrações e,
se muito longo, pode ocorrer perda de foco.

O prazo funciona como motivador e é, também, um agregador de consistência. Pensando no futuro, é possível
realizar tarefas, uma após a outra, e o processo se torna bem menos desgastante.

5. Reserve um tempo na sua agenda para alcançar seu objetivo: É necessário colocar na ponta
do lápis o prazo necessário para cumprir o objetivo. É importante ter consciência de quanto esforço
será necessário até lá.

Esse ponto também é importante para avaliar a produtividade ao longo do tempo. É o que se verifica avaliando
quantas horas de um dia são destinadas a tarefas que têm como foco o alcance de determinado objetivo.

O período até alcançar o objetivo é um tempo de aprendizado, que ensina o indivíduo a ter disciplina e que
fica marcado em sua vida.

6. Atente-se aos obstáculos que possam interferir em sua realização: Durante a busca pelo
objetivo, o indivíduo tem a oportunidade de identificar os obstáculos que se formam no caminho.
Assim, pode analisá-los e encontrar meios para retirá-los do caminho.

Prevenir-se contra os obstáculos é uma maneira de fazer com que os objetivos SMART fiquem cada vez mais
próximos. Assim, é importante tirar um tempo para fazer anotações especificamente sobre isso.
Antever ameaças e neutralizar riscos, com o tempo, pode trazer resultados muito positivos e ajudar a alcançar
os objetivos mais facilmente.
10 exemplos de objetivos SMART para empresas
Para que fique mais fácil entender como os objetivos SMART podem ser úteis para uma empresa, separamos,
a seguir, 10 objetivos. É preciso entender, desde já, que todos eles atendem aos critérios e são específicos,
mensuráveis, alcançáveis, realistas e tangíveis.

A ideia que deve estar sempre presente é que informação é poder. Quanto mais se sabe sobre os objetivos,
mais fácil é cumpri-lo. Observe alguns exemplos, tendo em mente que muitos deles podem ser adaptados a
diversos ramos e empresas:

1. Vender 10% a mais de determinado produto “X” em dezembro para precaver-se contra as
perdas que comumente acontecem em janeiro;
2. Utilizar o inbound marketing para tentar vender mais em outubro do ano vigente do que no
mesmo período do ano anterior;
3. Faturar R$ 1 milhão, em 12 meses, com um produto que acaba de ser relançado;
4. Utilizar o Reclame Aqui como parâmetro e melhorar a visão dos clientes nos próximos seis
meses;
52 5. Utilizar ações de marketing efetivas para aumentar a taxa de conversão da landing page e
deixá-la em pelo menos 5% ao mês;
6. Incorporar soluções mais sustentáveis e reduzir 15% do custo da empresa em seis meses;
7. Abrir mais duas unidades em dois anos;
8. Fazer ações de responsabilidade social, ao menos uma ao ano, em favor do asilo público “X”;
9. Melhorar a área de finanças com a contratação de dois funcionários em seis meses;
10. Utilizar-se de marketing para ranquear uma palavra-chave relacionada ao produto no Google.

Os objetivos SMART, como se pode ver, são uma metodologia com infinitas aplicações. Servem tanto para a
vida pessoal como profissional e tendem a descomplicar o caminho até chegar a um objetivo.

Os objetivos funcionam, de forma efetiva, como um convite que nos leva para fora da zona de conforto. O
desafio de ter um objetivo específico, mensurável, realista, alcançável e tangível pode aumentar em muito a
motivação e o entusiasmo.

Por isso é tão importante traçar objetivos que atendam a esses critérios, para não se afogar em frustrações.
A metodologia SMART pode ajudar o indivíduo a alcançar metas que ele nunca acreditou ser capaz de atingir.

ANOTAÇÕES
12. FERRAMENTA DE GESTÃO 5W2H
Para quem atua na área de gestão, ter uma ferramenta adequada é sempre importante e, por isso, uma
planilha 5W2H é indispensável. O instrumento é bem fácil de usar e de aplicar, além de trazer ótimos
resultados.

O 5W2H é um plano de ação que permite ao gestor aproximar-se de suas metas e é empregado nas empresas
na organização do planejamento estratégico. Assim, complementa tudo que já vimos até agora.
Quando se traça um objetivo de longo prazo, é preciso esmiuçar o que será feito fase a fase, e um plano
5W2H é uma ótima opção. Em forma de tabela ou planilha, é possível acompanhar o desenvolvimento dos
projetos e avaliá-los de modo a garantir que cada passo seja executado de forma clara e eficiente.

Assim, serve como um guia para que não se fuja da estratégia adotada. Por isso mesmo é importante na
hora de elaborar um plano de ação, independentemente das necessidades que surgem com determinado
problema.

Por ter uma característica muito dinâmica, pode fornecer soluções aplicáveis a qualquer tipo de empresa, de
53
todos os tamanhos e áreas.

O método 5W2H se baseia em sete questões, e o nome é um acrônimo com os termos em inglês. É importante
que se entenda que, apesar de simples, a metodologia já foi muito testada e é capaz de ajudar na solução de
muitos problemas, tendo sido usada historicamente na análise de projetos.

Mas quais são as perguntas, afinal? Vamos a elas:

What: o que será feito? É a primeira pergunta a ser respondida. A resposta é o objetivo a ser alcançado ou a
tarefa que precisa ser realizada;
Why: por que será feito? Nesse caso, se define quais resultados são esperados não só pela empresa, mas
também pela equipe;
Where: onde será feito? Analisa informações a respeito dos espaços físicos necessários para que o projeto
ou a tarefa sejam desenvolvidos;
When: quando será feito? Nesse caso, é preciso ter datas objetivas. “Em breve”, “logo” ou “nos próximos seis
meses” não são datas objetivas;
Who: por quem será feito? Desde já, é preciso apontar quem serão as pessoas responsáveis pelo
desenvolvimento do projeto. Mesmo que seja um grupo, é preciso esclarecer o que cada um deverá fazer;
How: como será feito? O plano de ação do projeto. Caso ele seja muito grade, é possível dividir o plano em
várias partes, sempre buscando deixá-lo mais claro;
How much: quanto custa para fazer? É preciso verificar quanto custará para que o projeto seja colocado em
prática. O preço dos produtos e serviços empregados deve ser levantado. É preciso apresentar já o melhor
custo benefício.

Atente-se a alguns exemplos de como a metodologia 5W2H pode ser aplicada:


Exemplo da utilização do 5W2H por uma assistente de RH: Identificada a necessidade de melhorar as
competências de comunicação, uma assistente de RH elaborou um projeto, utilizando a metodologia 5W2H.

Planejamento para treinamento da equipe de vendas


O quê? (What) Curso de comunicação
Por quê? (Why) Melhorar a comunicação interpessoal dos colaboradores
Onde? (Where) Sala de reuniões
Quando? (When) Dia 10 de dezembro de 2020, de 8h às 12h
Quem? (Who) Equipe de atendimento (25 colaboradores)
Como? (How) Palestra, vídeo e dinâmica de grupo
Quanto custa? (How much) R$ 8.600

Exemplo da utilização do 5W2H por um assistente de Marketing: Uma empresa lançará um produto
no mercado em breve e, por isso, o gerente pediu a um dos funcionários que preparasse uma planilha,
54 considerando a divulgação dos serviços, principalmente nas redes sociais.

Ele elaborou a planilha de acordo com a metodologia 5W2H, e ela ficou assim:

Planejamento de divulgação do serviço ABC nas redes sociais


O quê? (What) Marketing voltado para público adolescente em redes sociais, no
produto “X”
Por quê? (Why) Pesquisas internas apontam que a quase totalidade dos usuários do
produto “X” é adolescente que usa as redes sociais
Onde? (Where) Instagram e Youtube.
Quando? (When) Duração de 30 dias, antevendo o lançamento do produto “X”, que
ocorrerá no dia 10 de dezembro de 2020.
Quem? (Who) Gerente de Marketing “Y” e assistentes 1 e 2 da Agência.
Imagens engraçadas, “memes” com base no cotidiano dos
adolescentes; vídeos voltados para o direcionamento da carreira.
Como? (How) Em todos os casos, o produto X será apresentado como solução.
Serão produzidos 8 vídeos e 20 posts.
Quanto custa? (How much) R$ 3.000 por vídeo + R$ 300 por post.

Assim como foi utilizada nos exemplos acima, a planilha 5W2H pode ser aplicada a uma grande diversidade de
circunstâncias, levando sempre em consideração as necessidades e os objetivos traçados. Sua simplicidade
faz com que seja indiferente o meio em que a empresa atua.

Por se embasar em uma sistemática simples, onde as questões respondidas podem ser aplicadas a qualquer
objetivo, pode ser utilizada de forma indiscriminada. Em uma empresa pequena ou grande, as chances de
que a metodologia 5W2H ajude no desenvolvimento da tarefa são altas.
Some-se a isso todas as informações recebidas nos tópicos anteriores a respeito das várias formas de se
preparar para definir objetivos, e as chances de sucesso apenas crescem. Todos os indivíduos têm grandes
chances de crescer e de se desenvolver, mas é preciso usar as ferramentas certas.

O mercado de trabalho cada vez mais competitivo não tem mais espaço para pessoas despreparadas. Cada
pessoa precisa ser capaz de desenvolver-se e enfrentar dificuldades. Estando preparado, o sucesso será
apenas uma questão de tempo.

ANOTAÇÕES

55
REFERÊNCIAS
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MARTINS, Glaciele; FERNANDES, Juliana José; ASSIS, Marjorie Bouchiglioni de; BATISTA, Rodrigo Siqueira.
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56 GOLEMAN, Daniel. O cérebro e a inteligência emocional: novas perspectivas. Objetiva, 2012.
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RAMOS, Renato. Neurobiologia das emoções. Rev. Med., v. 94, n. 4, p. 239-45. 2015.
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SÁNCHEZ-RAMÍREZ, Juan David; URIBE-VELÁSQUEZ, Luiz. Aspectos neurobiológicos implicados en el miedo
animal. Biosalud, v. 8, n. 1. 2009.
SKINNER, B. F. Can psychology be a science of mind? Americ. Psycholog., n. 45, p. 1206-10. 1990.
TOURINHO, Emmanuel Zagury. Mundo interno e autocontrole. Rev. Bras. Anal. Comport., v. 2, n. 1, p. 21-36.
2006.
ANÁLISE SWOT PROFISSIONAL
(IMAGINE-SE COMO UMA UNIDADE DE NEGÓCIO)

AMBIENTE INTERNO
(CONTROLÁVEIS* - EXEMPLOS: PRODUTO / SERVIÇO / MARKETING / LAYOUT)
FORÇAS (POTENCIALIZAR) FRAQUEZAS (MELHORAR)
 Quais são os seus pontos fortes, principais  Quais são os seus pontos a serem melhorados,
forças, virtudes e talentos? principais fraquezas, defeitos ou dificuldades?
 O que você faz bem?  Onde você tem menos recursos que os demais?
 Quais recursos únicos você pode apelar?  Quais são as fraquezas que os outros podem
 Quais forças os outros lhe atribuem? lhe apontar?

AMBIENTE EXTERNO
(NÃO CONTROLÁVEIS* - EXEMPLOS: CLIENTES, FORNECEDORES, TERCEIRIZADOS E CONCORRENTES)
PESTA (POLÍTICO LEGAIS – ECONÔMICAS – SOCIOCULTURAIS – TECNOLÓGICAS E AMBIENTAIS)
OPORTUNIDADES (ACOMPANHAR) AMEAÇAS (ELIMINAR/MINIMIZAR)
 Que oportunidades existem para aproveitar  Que ameaças existem pelas suas fraquezas
essas forças e alavancar seus resultados? que podem impedir de atingir seus objetivos?
 Quais são as oportunidades que estão se  Quais tendência podem lhe afetar?
abrindo?  O que sua concorrência faz?
 Quais são as tendências que você pode
aproveitar?

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