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ey 4 re — Ee Sa ee od ee ———— — xe sre Ee (Ool OTT CEWEK cL Sereno ee @ Woon term Grau 30° . \ *. a Cavaleiro Kadosch ou Cavaleiro da Aguia Branca e Negra - Grau 30° A vestimenta do Cavaleiro kadosch é complexa; é usado Avental tendo ao centro uma Cruz Teuténica e no seu meio, o numero 30, é usada uma faixa de seda negra aplicadas duas Cruzes Teuténicas, uma Aguia Bicéfala e as letras "K.: H.:" (primeira e Ultima letras da palavra Kadosch), em vermelho; a Faixa é debruada em dourado. A rigor nao é usado 0 Avental. Consoante os antigos Rituais, os Cavaleiros Kadosch usavam o uniforme dos ios; atualmente, o traje é de passeio, negro e luvas brancas. Os Dignitarios tém o tratamento de: Comendador Grao-Mestre de Eminentissimo Prior e Receptor, de Eminente Secretario, Orador, e Tesoureiro, de Excelente Mestre de Ceriménias, de Veneravel Capitao das Guardas, de Valente Porta-estandarte, de Ilustre A idade do Cavaleiro é de "um século e mais”; a Bateria de sete golpes, 2x2x2x1; Abertura dos trabalhos, quando a noite se avizinha; encerramento, o dia surge. A lenda do Grau diz respeito 4 vindita da Magonaria pela destruigao da Ordem do Templo. O Grau é desenvolvido em duas Camaras: A CAMARA VERMELHA A Camara Vermelha é precedida por um Atrio ornamentado com simbolos © atapetado de vermelho. Essa Camara é destinada a Iniciagdo. A entrada é vedada por um véu preso, facilmente destacavel 4s duas Colunas que so as convencionais; no centro esta pintada em vermelho uma Cruz Grega cujos quatro bragos alargam-se tomando todo 0 espago .do véu. No centro da sala as paredes so decoradas com panos vermelhos e com Colunas brancas. Ao Oriente sob um Dossel, rieamente adornado de damasco e veludos em negro e branco, vem colocado o trono do Presidente que é denominado de Grdo-mestre. Ao fundo do Dossel destaca-se um Tridngulo invertide dourado cujo vértice apéia- se sobre a parte superior de uma Aguia Bicéfala, com as asas abertas segurando com as garras uma Espada romana com a empunhadura em diregdo ao lado direito da Ave. A Aguia sustenta sob seu peito, pendurado por um colar de fita negra, uma Cruz Teuténica e mais abaixo, um Tridngulo Eqiildtero invertido; nele encontra-se inscrita a palavra "Adonai" em caracteres hebraicos; na parte central, ao redor, a seguinte frase latina: "Necproditor, necproditus, innocens foret" (Nao revelar, nao transmitir por mais inofensivo que parega). Ao fundo da Camara, em ambos os lados do Dossel, so colocados os Estandartes do Grau de Kadosch: um branco eruzado por duas franjas verdes e com a inscrigdo “Deus 0 quer"; outro, verde com uma Cruz Teuténica vermelha numa das faces e no verso uma Aguia Negra Bicéfala, com os bicos e unhas brancas sustentando em suas garras uma Espada e em torno a divisa: "Vincere aut mori" em letras prateadas. O "Beaucéant" era um Estandarte guerreiro usado pelos Cavaleiros Templarios na Idade Média. E em negro e branco. E 0 terceiro, composto com duas faixas, a de cima negra, a de baixo branca, representado a oposigao das cores. A Luz ¢ as trevas. Sob o primeiro estandarte, coloca-se um quadro onde se vé pintado um mausoléu que seve de suporte a trés cranios; na primeira cabega, uma Tiara Papal; na segunda, uma Coroa Real e na terceira um Capacete de Cavaleiro Templirio. Sob o segundo estandarte outro Quadro onde esta pintado 0 busto de Jacques de Molay, adornado com palmas. No centro da Camara est colocada a "Escada Misteriosa”, formada por dois bragos, cada um dos quais, contém sete degraus. Essa "Escada Mistica” significa muito para um Cavaleiro Kadosch. Nada deve escapar ao seu interesse; 0 lema: "Deus 0 quer” faz dele um predestinado; é uma biblioteca ambulante espargindo Luzes retiradas dos pensamentos daqueles que o precederam. Analisando o que esta escrito nos quatorze degraus da "Escada Misteriosa”, 0 Kadosch sabe tudo. Os bragos da escada, ao serem abertos, formam um Angulo de 45°. Sobre o Altar do Presidente colocam-se a Escada da Ordem de Kadosch e as Insignias do Grau destinadas ao Neéfito. No Ara a Constituigao, os Estatutos ¢ os regulamentos bem como a Patente Constitutiva expedida pelo Supremo Conselho. O Pavimento Mosaico Convencional; a Abéboda azul semeada de Estrelas. A iluminagao é feita com velas de cera de cor amarela; 0 primeiro grupo de 3 num total de 9; sao distribuidas pela Camara mais 72 velas completando um total de 81. A Camara Vermelha tem o nome de Conselho. A reunido dos Cavaleitos de Kadosch chama-se "Aerépago”. © Conselho de Kadosch é uma sess’o composta do Grau 19 ao 30. No Grau, 30, Aerépago seria o terceiro departamento, ou seja, a Camara de Exame, onde a Loja se reiine. or A CAMARA NEGRA O traje igual aos dos Cavaleiros do Templo, ou seja, uma tunica dalmatica; sobre a tinica, uma capa negra; o Cavaleiro porta, embainhada, uma espada. Qs trabalhos sto abertos na forma convencional e 0 objetivo primeiro dos Cavaleiros Kadosch é 0 de procurarem a Luz. Por qué?, inquire o Grdo-mestre. Porque é a Luz da Liberdade e os Cavaleiros devem combater, sem cessar a opressio e reedificar o Templo. O combate ¢ a constante do Magom; os nossos Rituais apresentam uma linguagem politica e parecem sugerir um combate aos Governos. No entanto, o sentido ¢ bem outro; 0 combate contra a "opressio” abrange um terreno muito mais amplo, porque "opresso” é tudo 0 que tolhe a Liberdade, nao apenas, a de ir e vir, mas sobretudo a Liberdade de Consciéncia e a Liberdade de Sobrevivéncia. A libertagao dos vicios e de tudo o que avilta o homem; a libertagao da ignorancia e das convengées que nao tém mais razo de ser. A Iniciagdo ao Grau 30 constitui, sempre, um desejo dos Cavaleiros de Santo André da Escécia; o desejo, neste Capitulo, é uma Virtude e conseqiiéncia da necessidade de aperfeigoamento. O Macom titubeante ¢ que responde com as classicas palavras: "...ainda é cedo para o ingre! nos Graus Filoséficos”, demonstra a falta desse desejo e necessidade de aperfeigoamento. Muitos, por sua vez, afirmam: "Basta-me o Simbolismo, eis que atingi a plenitude magénica com 0 Grau 355; isso, também, ndo passa da comprovagio da falta do "Ideal Magénico”; uma que, "preguiga mental", que 0 Magom nfo consegue vencer; é a "opressio” da qual deve libertar-se! O Grao-mestre, antes, de dar entrada na Camara para a Iniciagao adverte: Tomemos todas as precaugdes. Asseguremo-nos de que sao dignos de penetrar em nosso Areépago.” As precaugées so tomadas por todos, porque o corpo do Conselho é uno por ser ele mistico. A Ordem do Templo é a tematica do Grau 30. Os fundadores mais evidenciados foram Godofredo de Bouillon na Palestina, Hugo de Paynes e Godofredo de Saint-Omer que, junto com mais sete outros Cavaleiros, fixaram a sede de seu movimento, inicialmente operativo, sentimental e beneficente, nas proximidades das ruinas do templo de Salomao (2° Templo) e passaram a denominar-se de "Pobres Soldados do Templo". Poucos anos depois, j4 possuiam na Palestina um verdadeiro exército, cobrindo a Europa com seus mosteiros e capelas. Os mais avangados "espiritualmente” formaram no seio da Ordem, um Colégio de Kadosch de "homens purificados”. Esse trabalho pioneiro manteve-se e hoje a Magonaria o conserva e 0 proporciona aos desejosos de conhecimentos. Os Magons, sempre, ao ingressarem em seus Templos, defrontam-se com maravilhosas Colunas, vendo-as com olhos misticos, voltados para o glorioso passado a época saloménica: Templo construido para glorificar e louvar ao Senhor! Cada magom habituou-se a ser considerado, como a si proprio considera, uma dessas Colunas. Dez anos apés, constituiram-se definitivamente em Ordem Militar e Religiosa. Mas, se no Grau 30 ha necessidade de uma reedificagio isso importa na conscientizagio de que para reedificar, deve haver uma precedéncia: a de destruir. Portanto, o Candidato é convidado a destruir as Colunas; destruir-se a si proprio e calcar sob os seus pés os destrogos de sua destruigao. Sempre, para uma evolugao, ha necessidade de surgimento de uma nova Vida; assim acontece com a borboleta, inseto que de larva passa A crisdlida para atingir, apés, 0 apogeu de sua gloria. A destruigdo nao é apenas simbélica, mas importa em apagar conceitos j4 caducos ¢ esvaziar completamente o Templo, retirando-lhe tudo o que nele se acumulou para dar-Ihe maiores dimensdes. Destruido 0 Templo 0 Magom nao podera divagar orffio e sem local para cultuar ao seu Senhor e tera, portanto, grande necessidade, ansiedade e desejo de reconstruir 0 que, es- pontaneamente, destruiu. A "Escada Misteriosa” tem varias origens; vamos encontra-las no Grau 28, Cavaleiro do Sol na forma das "Sete Esferas”. A Esfera é o emblema da Regularidade e da Sabedoria, simboliza a extensio Universal da Maconaria. Sobre cada uma das Colun: com o Globo Terrestre. A Esfera é 0 simbolo da ciéncia, seu simbolo magénico é a roma. Nés a temos representada no escrutinio secreto de votagao. Sao as Esferas de Pitagoras que representam as sete cién As Esferas representam a Escada de Jacé, esferas em 6rbita representando os planetas que gravitam em torno do Sol. A Escada Misteriosa colocada no centro da Camara é dupla, significando que nao une somente a Terra aos Céus, mas que partindo da Terra atinge os Céus e retorna a Terra. Os sete degraus ascendentes representam a hierarquia das ciéncias que nos permitem o conhecimento parcial do Universo. Seus degraus descendentes lembram as principais Virtudes canalizadas para a felicidade de nossos semelhantes, quer Irmaos, quer profanos. Nas hastes da "Escada Misteriosa” ]éem-se as palavras hebraicas: "Ahed Eloah” e "Aheb Kerebo”, significando essas, amor a Divindade, ou seja, amor a Deus. O sentimento de bem-querenga, que é uma das expressdes do amor, explode no Macom para com seu Criador porque a sua "Particula” que esté em nos, "ama a si mesma”, com amor acendrado, sublime e de dificil explicagao. Somente 0 amor de Deus é grandioso, dai a necessidade de sentirmos em toda a sua plenitude esse Amor. ‘A Magonaria tem as suas Colunas no Amor ao Grande Arquiteto do Universo e ao seu proximo. O Amor é um sentimento composto e jamais pode-se dele destacar apenas uma parcela; é um todo que nao se exprime, mas se executa. A atitude amorosa nao satisfaz, apenas, aquele a quem é dirigida, mas, sobretudo, aquele que a executa. "Aheb Kerebo”, ou seja, amor 4 Humanidade tem conceito mais amplo além dos atributos ja referidos, ainda, se humilha e atinge nosso semelhantes, porque Humanidade siio todos os seres que pensam, sejam quais forem suas condigées morais, sociais ou intelectuais. Estaré 0 Candidato a Cavaleiro Kadosch preparado para subir ¢ descer os degraus cada Misteriosa”? O primeiro degrau da série ascendente é dedicado 4 Matematica. Notamos que a classificagdo das ciéncias, em nimero de sete, nao abrange a tecnologia atual; a Escada é, apenas, um simbolo ¢ se ela se apresenta com sete degraus de cada lado, ndo significa uma limitagao; 0 mimero sete no Grau, nada importa, pois, poder ser ampliado quantas vezes necessario. A Matematica pode abranger muitos aspectos; estuda os fenémenos ¢ ao mesmo tempo, a mecnica, o calculo, as formulas, enfim, o complexo dos numeros. O segundo degrau é consagrado 4 Astronomia, ciéncia pouco usada em Magonaria. é confundida "J" © "B" existe uma Esfera que as vez da "E: Ha uma tendéncia, de parte dos Macons ao estudo da Astrologia, gerando muita confusio. © estudo da Astronomia, como de outras ciéncias, ndo importa no estudo convencional através dos compéndios escolares, mas também, a realidade espiritual, ou seja, o estudo mistico do Universo de Dentro, que dbvia e indubitavelmente, é uma reprodugao do Universo de Fora, ou em tltima andlise, um tinico Universo. O terceiro degrau refere-se a Fisica que é 0 estudo dos corpos brutos e de suas propriedades. E a pratica da Magonaria Operativa; é 0 entendimento da Magonaria Azul ou Simbélica, quando a Pedra Bruta deverd ser desbastada, Abrange uma imensa gama de conhecimentos que envolvem um campo que extravasa os conhecimentos convencionais. O quarto degrau diz da Quimica; o estudo das combinages ¢ das decomposigées e que implica no armazenamento da energia nos dtomos. ‘A Quimica, outrora Alquimia, tem, porém, na Magonaria conceitos mais profundos; a aspiragio de "Prana” e a unificagdo da respiragdo na Cadeia de Unido, numa permuta mistica de oxigenagio. © quinto degrau refere-se 4 Fisiologia, que compreende o estudo da matéria viva quer no reino vegetal e na zoologia, quer no reino humano, a ciéncia do corpo humano. A Filosofia é uma ciéncia abstrata e seu estudo é condicionado as limitagdes de cada um; um conceito magénico & recebido de diversas formas, na dependéncia dos conhecimentos do receptor. A Filosofia, apesar de ser uma ciéncia dependente de estudo profundo e que necessita das demais ciéneias como subsididrias, apresenta-se, ndo raramente, com simplicidade a ponto de existir uma Filosofia de Vida; ouvimos o vulgo dizer: "A Vida ensina uma Filosofia”; ¢ isso é certo; sem estudo, um analfabeto, com vivéncia, pode emitir conceitos claros, certos e de profundo significado, porque a Filosofia tem o seu Centro na profundidade de seu ser. Os conceitos que 0 Magom emite tém duas origens: a do ensinamento recebido ¢ a do que brota de dentro de si, que é a voz do seu Criador que atinge o seu cérebro e Ihe dé o conforto de uma compreensao espiritual. A Filosofia do Evangelho nos traz 0 entendimento da mensagem do Cristo, que uma Filosofia de Vida que proporciona a passagem neste mundo, com o fortalecimento de uma Fé na crenga de um Mundo Espiritual post-mortem, um dos principais "dogmas" da Magonaria. O sexto degrau é dedicado a Psicologia, que se baseia nao sé no estudo objetivo dos corpos vivos e em suas manifestagdes psiquicas como na observagdo intima dos fendmenos intelectuais, emotivos e volitivos. A Psicologia, hoje, abrange um campo sem limites; uma de suas facetas - a Parapsicologia - envolve tudo o que é do Espirito, incluindo os fenémenos espiritas. Sem ser religido nos dé a compreensdo da poténcia do pensamento humano; nos revela a grandiosidade do Homem e nos da uma idéia exata e completa do divino no Homem e das possibilidades infinitas do Magom. O sétimo degrau refere-se a Sociologia, a ciéncia mais completa de todas, a que estuda as Leis pelas quais a Sociedade nasce e evolui; abrange a Fisica dos costumes, a cultura do sentimento e a aco da Magonaria. E a Maconaria Operativa, que jamais feneceu. Na outra parte da Escada, sobre cada degrau, de forma descendente, encontramos: Sinceridade, Paciéncia, Coragem, Prudéncia, Justiga, Tolerancia e Devotamento. So as sete Virtudes que devem ser praticadas, pois, a Escada existe para a sua subida e descida." "No fundo do Santudrio - prossegue 0 Grao-mestre -, por trés da Escada dos conhecimentos praticos, entrevedes 0 "Foco Misterioso” que s6 se revela por seu brilho. Tal é, talvez, o melhor simbolo da realidade absoluta de que a Légica pontifica a existéncia, enquanto que, pelo Pensamento, suprimem-se todos os limites de tempo e de extens&o, Existe ai, uma imagem que a Religio ¢ a Ciéncia podem aceitar. Se essa realidade € incognoscivel poderemos, ao menos, definir seu modo de agao no tempo e€ no espago. E que no Grau precedente, vos apresentaram como o Logos, E 0 que na linguagem simbélica da Filosofia contempordnea, chama-se Energia. Aqui ainda, somos impotentes para descobrir a natureza intima desse primeiro fator. Entretanto, e isso é talvez mais importante, podemos estabelecer que a Energia opera segundo Leis fixas, acessiveis ao nosso entendimento. Nés a simbolizamos aqui, por uma Coroa luminosa, como a que revela aos astrénomos, nos eclipses totais do Sol, a gléria do astro invisivel. A Energia condensando-se no Eter por uma série de etapas que a Ciéncia comega a pressentir, engendrou o Atomo no qual ela se manifesta sob a dupla forma de Forga condensada e¢ Forga viva; a primeira, traduzindo-se por um ponto de resisténcia na extens%io, é a matéria; outras, revelando-se por modalidades da atividade, transmissiveis umas as outras, que chamamos Movimento, Calor, Luz, Eletricidade, Vontade, é a Forga em suas manifestagdes multiplas e, ainda, incompletamente conhecidas. Esse Atomo ou Ménada, nés 0 representamos por uma das imagens que mais freqiientemente serviram para representar a unido dos dois principios primordiais - um Cir- culo subdividido em duas partes de cores diferentes: uma, vermelha, lembra a Matéria ou a Energia condensada; a outra, azul, lembra as Forgas propriamente, ditas ou a Energia ativa.”” A seguir, o Grao-mestre indica 0 Quadro do Grau e faz a seguinte explanagao: "A Circunferéncia do Circulo é desenhada por um cabo trangado de duas cordas que reproduzem, respectivamente, as cores vermelha e azul, velho simbolo da combinagao intima dos dois elementos saidos do Gerador Misterioso. Enrolando-se, sobre si mesmo, até onde a continuag’io nos escapa, esse cabe constitui a Serpente Gnéstica cujo enrolar encerra os cinco Ciclos nos quais se deu a evolugao progressiva do Universo, acessivel aos nossos sentidos: Io Ciclo: O da Gravitagiio, onde predominam as Forgas que, desses turbilhdes césmicos, fizeram sair as nebulosas, as estrelas, os sdis, os planetas e seus satélites, os asterdides ¢ os cometas, os milhares de astros que tragam as suas orbitas no infinito dos céus. 2° Ciclo: Em seguida, o Ciclo da Cristalizagiio, onde com 0 auxilio das forgas fisicas e quimicas, intimeras moléculas agregam-se e orientam-se por um plano que faz pressentir © aparecimento da vida. 3° Ciclo: O da Vida, nova forma de atividade que tende a espalhar-se em todas as diregées, fazendo dessa propria expansdo a Lei Suprema dos seres vivos. 4° Ciclo: O da Consciéncia, onde o ser, diferenciando-se do mundo ambiente, toma posse de si mesmo e por essa conquista, esboga a da natureza, 5° Ciclo: O do Dever, onde o homem, tendo adquirido a clara nogio.de suas relagdes necessdrias com seus semelhantes e com o Universo, faz voluntariamente da realidade dessas relagées 0 objeto essencial de seu destino. E nesse Circulo que se movimenta a Magonaria" A Lei do Dever induz a pratica do Bem; fazer 0 Bem é dever magénico e ele deve ser praticado sem visar recompensa imediata nem futura. O Dever deve ser cumprido porque é Dever; ele no se limita aos bens materiais; 0 auxilio em forma de bens pereciveis, mas 0 apoio que todo Irmao deve a seu Irmao, que é um imperativo absoluto; nao se pode fazer parcialmente um Bem; ele é completo e total. O Espirito da Cavalaria é esse; e se no passado, tanto nobres como plebeus, leigos ¢ religiosos deram a sua propria vida pelo Ideal da pratica do Bem, merecem seguimento. Nao devemos esquecer que a Magonaria teve um periodo pré-operativo, quando os seus adeptos, antes de se dedicarem ao profissionalismo, semeavam o Bem como pratica de uma Virtude ¢ essa pratica foi o alicerce da Maconaria Especulativa que garantia a sobrevivéncia da Instituigao. A velha questio, ainda, ndo dirimida, do livre-arbitrio, ou seja, da plena independéncia de pensar e agir, é apandgio do Grau 30. Contudo, parece-nos uma questdo que se fixa no terreno do saudosismo e que na realidade, hoje, nem sequer o homem é livre de respirar o ar puro de que seus pulmées necessitam; respira o ar poluido que os "outros" Ihe impéem respirar. O condicionamento é cada vez mais acentuado e a Magonaria nao tem forgas para combater tudo 0 que se opée ao livre-arbitrio. Ou o temos em sua completa integridade, ou nao passa de uma conquista utépica. ee O Cerimonial prossegue com critica a Igreja do tempo da imolagao de Jacques de Molay. A Igreja de hoje é como a Maconaria atual; apresenta maior abertura e tolerdncia. Acompanha a evolugao atual e natural de tudo. Os cavaleiros Candidatos sao revestidos com a armadura da Cavalaria e penetram na Terceira Camara; essa é forrada de negro. O templo encontra-se na penumbra e nela os Candidatos “alistam-se" para a defesa do Direito e da Liberdade. A Magonaria no Grau 30 di: busca vinganga. Diz o Grao-mestre: "Deveis saber que essa vinganga nao visa represdlias. Nos entendemos vingar a Jacques de Molay e seus Companheiros de martirio, investindo contra os abusos de que foram vitimas, combatendo, sem esmorecimento, o despotismo religioso ou politico, quer venha do alto ou de baixo, quer se encarne em um Papa ou num monge, em um Principe ou em um politico, em sua aristocracia, que se julgue com direito a tudo em virtude do nascimento ou da riqueza, ou em uma massa popular que desconhega os direitos do individuo porque ela representa o numero e a forga. Nossa tarefa esta longe de terminar. Jamais a Liberdade, desde, que se tornou 0 Direito Moderno, correu tanto perigo. Seu principio, mesmo, é posto em duvida. Nao é somente a reagiio religiosa e monarquica que se esforga em recuperar 0 terreno perdido; sdo os cortesios do povo soberano que se esmeram em persuadi-lo de que a felicidade esta na sujei¢ao do individuo a coletividade; sao os partidarios do livre exame que, infigis aos seus préprios principios, tomam emprestadas as armas do despotismo para se continuadora dos Templarios do século XIV, ¢ esmagar os seus adversirios; sio as nagdes que, tormadas senhoras soberanas de seus destinos, continuam a esfacelarem-se umas as outras em nome do Direito das mais fortes; sio os monopélios sem entranhas, as graves violéncias, ou atentados a Liberdade do Trabalho, o predominio do espirito de partido ¢ de seita, 0 antagonismo de classe e de ragas, que ameagam transformar num verdadeiro inferno os vinte séculos de Boa Nova”. Os Candidatos sio submetidos aos Juramentos e recebem as instrugdes adequadas ao Grau. So instruidos através de um "Catecismo” que contém em resumo, tudo 0 que ouviram e viram durante a Iniciagio. Os trabalhos sio encerrados na forma convencional, obviamente, dentro das caracteristicas do Grau. Cavaleiro Kadosh O Grau 30 - Cavaleiro Kadosh ou Cavaleiro da Aguia Branca e Negra ou Grande Inquisidor ou Grande Eleito, encerra a série dos Graus Filoséficos, isto é, os Graus concedidos pela Oficina do Conselho de Kadosh, que vio do Grau 19 (Grande Pontifice ou Sublime Escocés) ao Grau 30 (Cavaleiro Kadosh). Dos Graus compreendidos entre 0 19 ao 30, sio concedidos por Iniciagio os Graus 19,21,22,29 e 30; os demais sao transmitidos por comunicagao. Grau de Cavaleiro Kadosh (30) apresenta uma Iniciagao Triplice: 1° - a Iniciagao no Grau de Cavaleiro do Templo; 2° - a Iniciagdo no Grau de Cavaleiro da Aguia Branca e Negra e 3° - a Iniciagdo no Grau de Cavaleiro Kadosh. A exemplo do Grau 9 (Cavaleiro Eleito dos 9), este Grau também é dedicado a uma vinganga. $6 que desta vez 0 motivo da vinganga nao é lendario, é histérico e verdadeiramente existiu, Trata-se do assassinato, na fogueira, do ultimo Grdo-Mestre da Ordem dos Templarios - Jacques de Molay, por ordem do papa Clemente V e do rei da Franga, Felipe, 0 Belo. Dai, a presenga da tiara papal e da coroa real em duas das caveiras do sepulcro. O Grau de Cavaleiro Kadosh é um Grau nitidamente Templirio. 1 - OrnamentagGo da Loja ‘A Loja do Cavaleiro Kadosh divide-se em quatro CAmaras, que sio chamadas, respectivamente, de Sepulcro, Conselho, Aredpago e Senado. O Sepulero é uma espécie de Camara de Reflexo, omada em negro e iluminada por fraca lampada pingente de teto. Contém um ataiide coberto com pano preto e sobre 0 pano, trés caveiras Da esquerda para a direita, as caveiras so respectivamente coroadas com a tiara papal, com uma coroa de louros e com uma coroa real omada de flor-de-lis. Representam o papa Clemente V, Jacques de Molay e 0 rei Felipe, o Belo. Ha ainda a seguinte frase: "Quem vencer os terrores da morte ascenderd além da esfera terrestre e sera digno de ser Iniciado nos Grandes Mistérios". © Conselho € ornado de branco e contém trés altares: um com a estitua de Minerva (Sabedoria), outro com uma Uma de Perfumes e sobre 0 outro vaso com alcool aceso, que ilumina a cAmara, Pendente de teto, uma dguia bicéfala, branca ¢ preta com as asas abertas, (insignia de Frederico II, da Prissia, idealizador do Grau). O Areopago, decorado em azul com estrelas, contém uma mesa decorada por pano da mesma cor. Nesta mesa tém assento os Grandes Vigilantes e 0 Orador. O Grande Primeiro Vigilante segura uma mio de justiga dourada e o Orador segura um alfanje. Nos lados da Camara tomam assento os cavaleiros, sta Camara é iluminada por trés velas. O Senado é decorado em vermelho e contém o Dossel ¢ 0 trono. No Dossel encontramos nova Aguia bicéfala com um punhal entre as garras. Hd também uma barraca armada de preto e branco semeada de cruzes vermelhas. No Senado encontramos a Escada Mistica. Atualmente, pelas modificagées ¢ facilidades impostas ao Rito, as quatro Camaras estio fundidas em uma s6, a vermelha, que tem todos os Simbolos encontrados nas demais. 2 -Mistériosdo Grau PALAVRAS -SAGRADA - Nekam-Adonai (vinganga, Senhor) Resposta - Pharasch-Khol. - PASSE - Nekam-Makah, - Para entrar no Conselho - Nekam. Resposta - Menakhen. - Para sair do Conselho - Phagal-Khol SINAL DO KADOSH - Apor a mio direita espalmada sobre o corago; cai a mao sobre a coxa direita, dobrar o joclho e pegar o punhal, aponta-lo para o céu altura do ombro e dizer: Nekam Adonai! SINAL DE ORDEM - Passar o punhal para a mao esquerda, colocando novamente a mao direita sobre 0 coragao. TOQUE - Tocar-se reciprocamente as pontas dos pés ¢ os joelhos, mostrar o polegar direito levantado (como no Grau 9), ¢ 0 interlocutor segura, deixando escorregar. Voltar um passo atras ¢ levantar 0 brago como para ferir com o punhal ¢ dizer: Nekamah Baalim! O outro responde: Pharash-Khol! BATERIA - Sete pancadas por trés vezes duas e uma (!! !! !! !). TRABALHO - O Conselho abre ao anoitecer e fecha ao romper do dia. 3 - Insignias do Cavaleiro Kadosh Avental - Segundo alguns autores, ndo hé Avental no Grau 30. Outros informam que 0 Avental do Cavaleiro Kadosh € preto, orlado de branco ¢ no corpo uma cruz teuténica em vermelho com o nimero 30 no centro. Fita - Preta, orlada de branco ¢ guarnecida por franjas de prata, com duas cruzes teutdnicas, a guia bicéfala e as letras C. K. H.. A Joia é uma Aguia bicéfala sobre uma cruz teuténica. Indumentéria - Utilizam uma tinica branca aberta nos lados. O Presidente traz na cinta um. punhal com o cabo em marfim e ébano. Traz, ainda, na cabega, um chapéu, tendo a parte da frente da aba levantada e presa ao corpo do chapéu por uma presilha prateada em forma de Sol e com raios dourados. Nessa presilha esto as Letras N.e A. e, no centro, um olho.

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