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PRELEGOES DO PRIMEIRO GRAU 2° Médulo de Publicagées Privativas - Neofitado CERTIFICADO DE AUTENTICIDADE CERTIFICAMOS, que este Manual de Ritualistica individual é autentico, elaborado con- forme as normas do Soberano Santuario da Magonaria Egipcia do Antigo e Primitivo Rito de Memphis-Misraim - M..E.A.P.R«M-Mz. para a RepUblica Federativa do Brasil Pertence ao Grande Oriente da Maconaria Egipcia do Brasil e esté emprestado sob concessao ao Ir’. (a), Jorge Ribeiro dos Santos, portador da Cédula de Identidade Ma- gonica n.° 1729, nedfito do Grau Um da Magonaria Egipcia, para as prelegdes de Apren- diz Magom Egipcio — Rito de Memphis -Misraim. Eminente Gréo-Mestre Geral Elcio Vileman Machado Grau 95° Grande Secretario Geral espiRITO oO aR ‘gua A Vv VY A TERRA Faso « Introdugao a Alta Magia * Diario Magico * Diario Onirico « Ritual Menor do Pentagrama * Cruz Cabalistica « Invocagao dos Arcanjos « Ritual Egipcio de Banimento INTRODUGAO A ALTA MAGIA "O céu estremece, e a terra treme diante de mim, pois eu sou um mago, eu tenho magia". Textos da Piramide, Indicagao 472 (§ 924) INTRODUGAO O que é magia? Facga essa pergunta a uma duzia de pes- soas e recebera uma duzia de respostas diferentes. O tema «magia» € um daqueles tépicos controversos que «acio- nam» distintas reagdes emocionais nas pessoas. Durante geracdes a magia tornou-se uma arte renegada e uma cién- cia diabdlica. Magistas nao sao tidos com bons olhos, prin- cipalmente em terras brasileiras, tamanho a influéncia ju- daico-crista. Entretanto, nos tempos recentes constatamos um renascer da tradigaéo magica. Helena Blavatsky (1831- 1891) escancarou os portais do Ocultismo moderno quando, em 1875, inaugurou a Sociedade Teoséfica. Sua intengao, abertamente proclamada, era «abrir os portais do oriente para o ocidente». Isso, ao que parece, abriu portais ocultos que desde entao tém trazido uma maci¢a gama de informa- g6es de regides fora dos circulos do tempo através de «for- gas» ou «entidades» muito superiores a consciéncia hu- mana. E em 1875 também foi o ano de nascimento do homem con- siderado o fundador da magia moderna conhecido como Aleister Crowley (1875-1947). Em 1904 Crowley coroou o renascer da tradigaéo magica ao receber de uma entidade praeter-humana um grimorio contento as formulas da inicia- gao para um novo periodo de evolucao na consciéncia hu- mana. A magia é um processo. Nos tempos antigos nao havia di- ferenga entre magia, ciéncia, religiéo e arte. A magia mo- derna é considerada um refinamento da magia medieval (praticas esotéricas formuladas na Europa durante a antigui- dade e a renascenga). Para o magista medieval, magia in- cluia a arte da alquimia, astrologia e matematica, mas a én- fase mais intrigante se dava sobre o trafego com entidades de outros planos de existéncia. Os grimdrios da época con- cerniam, em grande parte, na interacao entre o magista e o mundo dos espiritos — um mundo invisivel povoado por hor- das de entidades espirituais: arcanjos, anjos, entidades pla- netarias, elementais e deménios. “A magia é o conhecimento mais elevado, o mais absoluto e o mais divino da filosofia natural, avangado em suas obras e operacgées maravilhosas por um entendimento correto da vir- tude interior e oculta das coisas; De modo que os verdadei- ros agentes sejam aplicados a pacientes adequados, produ- zirao efeitos estranhos e admiraveis. De onde os magos sao os pesquisadores profundos e diligentes na Natureza; Eles, por sua habilidade, sabem como antecipar um efeito, o que para o vulgar parece ser um milagre. - A Goetia do Lemege- ton do Rei Salomao. A magia possui seu arranjo prdprio de atribuigdes, proces- sos mentais e leis cientificas ou naturais. E 0 método de se produzir mudangas em concordancia com as leis césmicas. Em um dialogo nao muito recente discutiu-se se a magia é algum tipo de milagre ou um aspecto da psicologia. Se ela opera por meio da fé ou da raz4o. Concluimos que a magia é um pouco de tudo isso. Eliphas Levi (1810-1875) afirmou que a magia «combina em uma Unica ciéncia a certeza filo- sofica e o eterno e infalivel religioso». Na magia, fé e razao nao so conceitos antitéticos; ao invés disso, sAo ferramen- tas poderosas que, quando utilizadas em conjunto, comple- mentam e enriquecem as ceriménias magicas. Fé e razao 4 sAo duas forgas conectadas pela magia. E como o paradoxo qabalistico onde duas energias opostas trabalham juntas para colocar 0 universo em funcionamento. “Iniciagao significa Viagem Interior: nada é mudado ou pode ser mudado; mas tudo é mais verdadeiramente compreen- dido a cada passo. O Magus dos Deuses, como Sua Palavra unica que parece revirar a carruagem da Humanidade, na realidade se destréi e nem sequer se altera, coisa alguma. Ele simplesmente fornece um novo método de aplicar a Energia existente as Formas estabelecidas”. - Aleister Crowley. Finalmente, 0 termo iniciagao significa iniciar ou entrar em algo novo. E 0 inicio de uma nova fase, uma oportunidade de enxergar 0 universo com novos olhos. E um caminho de passagem a um novo tipo de existéncia. As caracteristicas deste evento sao marcadas pela expansao da mente em di- regao a novos niveis de consciéncia. Iniciagao é sinénimo de crescimento espiritual. E 0 inicio de uma nova vida dedicada inteiramente a um novo arranjo de principios distintos do ho- mem comum. A iniciagao é precursora da imortalidade. A hu- manidade possui 0 potencial para este despertar, mas o ho- mem somente o conquista quando se alinha a sua esséncia espiritual imortal que subjaz todos os aspectos do universo manifesto. Contudo, este nao é um processo facil. Adquirir esta experiéncia é raro. No entanto, este é o objetivo da Tra- digdo Esotérica Ocidental que utiliza a magia como caminho para esta consecugao espiritual. O objetivo de toda busca espiritual € a purificagao e sutilizagao dos aspectos mais densos da condigao humana. Todos os «contos» que vocé ja ouviu sobre os poderes ma- gicos das bruxas, feiticeiras e magos sao verdade! Nao uma verdade metaforica, mas uma verdade tao real quanto o chao abaixo de seus pés. Infelizmente, a verdade nessas historias € apenas parcial. Muitas vezes, o tempo em que 5 elas foram escritas e os métodos nelas contidos foram alte- rados para torna-las mais atraentes e interessantes como historias ao invés de transmitir a verdade que esta oculta em suas sentengas. Portanto, algo deve estar claro desde o ini- cio: é absolutamente possivel, sem sombra de duvidas, criar feitigos e rituais que possibilitam a aquisi¢ao de dinheiro, amor, sabedoria, contentamento e muito mais. Mas diferente dos contos de fadas, a magia «real» leva tempo para acontecer. Por exemplo: se vocé executa um ri- tual para aquisigao de riquezas, pode levar uma ou duas se- manas e em alguns casos, mais tempo ainda. Se o ritual for executado apropriadamente e sua vontade for forte o sufici- ente para tencionar a luz astral e os campos morficos, o re- sultado surgira, cedo ou tarde! No entanto, ninguém pode lhe dar poderes magicos. Vocé deve adquiri-los por esforgo proprio e existe apenas uma maneira de se conseguir isso: pratica! Magia é uma ciéncia experimental. Um magista é um cien- tista. A primeira ligao que um cientista aprende é manter um registro cuidadoso de seus experimentos. Portanto, como parte fundamental de seu trabalho, é importante manter ano- tagdes de suas praticas, experiéncias, pensamentos e so- nhos. Sera necessario o feitio de um diario magico. Nele vocé anotara de maneira precisa seus exercicios ocultos, consultas de Tarot, insights e sonhos. Recomendamos 0 fei- tio de dois diarios separados: um para praticas magicas e outro para os sonhos. O diario magico No contexto do diario magico, um sistema cientifico de rea- lizagao mistica e magica deve incluir uma série de agées re- gistradas, mensuraveis, que podem ser repetidas, que ru- mam em diregao a Consciéncia Suprema. Portanto, o diario 6 magico é a ferramenta fundamental por meio da qual o ma- gista pode manter um registro cientifico da percep¢ao de si mesmo. Em consequéncia a uma anotagao sistematica, 0 magista coloca seus métodos sobre bases firmes. O diario magico é um dos instrumentos de suma importancia para o ocultismo pratico, e encerra a analise da evolugao nas técnicas espirituais e os resultados perceptiveis na opus da magia. No trabalho espiritual, os registros mantidos preservam nos- sas experiéncias dos eventos para uma abordagem critica posterior e nos permite comparar nossas memérias relativa a determinadas praticas com nossas experiéncias reais pos- teriores sobre a repetigao dos eventos. Somente através do processo de registro de nossas experi- éncias e de verbalizagées precisas desprovidas de sobrena- turalidade, nossas realizagées ganharao uma forma compre- ensivel para nossa mente. Por essa razao, manter registros nao é apenas uma tarefa necessaria, mas uma parte muito importante do proprio trabalho espiritual. O diario é o agoite da mente. Ele é seu professor e guia. Ele ira ajuda-lo a remover seus aspectos negativos e a ser regu- lar em sua pratica. Ele mostra o caminho para liberagao e o repouso na bem-aventuranga divina. Portanto, todos aque- les que aspiram a realizacao espiritual devem manter um di- ario onde possam anotar todas as suas agées. Anote tudo em seu diario. Nao esconda suas fraquezas ou defeitos. E para corrigi-lo e transforma-lo, é para remover suas fraquezas e defeitos, € para desenvolver uma natureza espiritual e auxilid-lo no caminho da realizagao da Grande Obra que este diario € mantido. Se vocé for sincero, entéo o diario ira se transformar no mestre silencioso que abrira seus olhos e ira dirigi-lo rumo a conquista espiritual. O diario ira Ihe ensinar o valor do tempo. No final de cada més vocé podera calcular o numero total de horas que des- pendeu executando rituais, estudando livros espirituais, sadhana, sono etc. Assim sabera quanto tempo gastou com propositos espirituais e quanto tempo gastou desperdigando energia. Dessa maneira sera capaz de aumentar gradual- mente o tempo de suas praticas. Se vocé mantiver um diario, sem falta em suas anota¢gées, nao querera gastar um minuto de seu tempo com coisas desnecessarias. Somente assim vocé compreendera o valor do tempo e a maneira de admi- nistra-lo. Anote todas as dificuldades e complexos que possam surgir e preserve essas anotacdes no seu santuario, templo ou o local onde executa suas praticas. Quando se sentir impaci- ente e deprimido, va ao seu local de pratica, medite um pouco e entao leia suas anotagées e resolugées. Isso lhe trara paz mental e removera os sentimentos de negatividade e duvida. EXEMPLO DE REGISTRO EM UM DIARIO 24 de agosto. Hora: 5:42-5:59 da manha (horario de inicio e tér- mino). Local: em casa. Pratica escolhida: meditagao (nome da técnica me- ditativa). Mantra: aumgn. Leitura para meditagao: Grimorio. Tempo: nublado e chuvoso. Fase da lua: Crescente. Lua em: Virgem (posigao da lua em relagao aos sig- nos que muda a cada 2 dias). Estado de espirito: descansado, calmo. Descrigao da pratica: Tive problemas no inicio da meditagao (varios pensamentos interferindo); du- rante a entoagao do mantra senti vibragdes ao redor do corpo. Durante a respiragao, os pensamentos se acalmaram. Ao final, sensagao de paz e bem e estar. O diario onirico Desde ja vocé deve manter um diario de sonhos separada- mente. Quando vocé sonha, 0 seguinte pode acontecer. 1. Operagao astral: quando vocé executa alguma opera- ¢ao astral, esta aprendendo ligdes sobre seu desenvol- vimento espiritual, psicologico e magico, bem como esta praticando essas ligdes. Isso ocorre naquilo que chamamos de «plano astral». No curso das ligdes vocé ira aprender a interpretar estas ligdes qabalisticamente e magicamente. 2. Mensagens psicoldgicas: o seu inconsciente, na maior parte do tempo, esta tentando Ihe dizer alguma coisa, lhe enviar alguma mensagem. A Unica maneira de fazé- lo é através dos sonhos e da linguagem simbdlica que eles comunicam. Portanto, muitos sonhos sao mensa- gens do inconsciente que nao conseguimos decifrar através das atividades conscientes. 3. Divagagao e dispersdo da energia mental: na condigao de repouso, a mente nao treinada pode vagar a ermo. Quando isso acontece no sono com sonhos, qualquer tipo de imagem, bela ou bizarra, pode ser projetada pelo inconsciente, que esta funcionando de maneira desordenada. Nao é nada dificil manter um diario de sonhos. Entretanto, ha medidas para que os sonhos sejam anotados de maneira clara e detalhada. Ao acordar pela manha, sem estarda- Ihago, mantenha-se na cama, com os olhos fechados e a mente relaxada. Tente lembrar de todo o seu sonho. Anote 9 0 que vocé lembrar. No inicio vocé pode lembrar apenas de partes esparsas dos sonhos, mas com a pratica sua memo- ria onirica ficara mais agugada e logo vocé estara anotando todo o contetido projetado. Ao acordar, é importante nao se mexer para que nao perca a memoria onirica, que € muito sutil. E importante nao tentar analisar os sonhos. No processo de lembranga, apenas acompanhe a memoria, como uma tes- temunha que nao se envolve. E um periodo onde nao con- seguira distinguir qual o tipo de sonho vocé sonhou. Outro ponto importante € o que chamamos de «elemento inicia- dor». Em todos os nossos sonhos sempre ha um elemento de ocorréncia constante. Vocé deve tentar encontrar este elemento. Isso sé é possivel apos a anotagdo detalhada de muitos sonhos. Apos um més de anotagdes é que comega- mos a analisar o contetido do diario, procurando identificar o elemento iniciador e decifrar as imagens projetadas pelo in- consciente. O elemento iniciador é um fator primordial da pratica. E so- mente apdés sua identificagéo que podemos empreender e ter resultados reais na experiéncia de sonhos lUcidos. Antes disso é impossivel. Um exemplo de como o diario de sonhos ou onirico é impor- tante: um estudante da Ordem estava tendo muitos proble- mas com seus sonhos. Constantemente ele sonhava com guerras, sem saber identifica-las. Com suas anotagées, ele conseguiu descobrir que seu elemento iniciador era um fato que ocorria em todos os sonhos. Ele se via sendo perse- guido por soldados, tendo que correr e se esconder. Na sua percepgao, estes eram sonhos projetados pelo inconsciente e que refletiam memorias de vidas anteriores. A cada sonho um susto. As vezes acordava suado, outras vezes com ca- lafrios, sempre na presenga do medo e do pavor. A situagao 10 comecou a tomar proporgées maliferas quando comegou a afetar seu relacionamento com a esposa, filhos e o trabalho. Apés a descrigao cuidadosa desse processo no seu diario, junto as praticas de seu Grau a Ordem lhe ensinou um ritual de protegao para ser feito antes de dormir e uma pratica de yoga para os sonhos. Um més se passou até que ele me submeteu suas novas entradas no diario onirico. As anota- gdes mudaram drasticamente. A percepcao e a qualidade dos sonhos se refinaram. No inicio ele ja nao mais corria ou se escondia dos soldados, mas apenas os deixava passar, sem desespero ou medo. Em seu relatorio ele informou que uma espécie de bloqueio na vida e principalmente, na rela- ao sexual com sua esposa, foi completamente dissolvido. Na medida em que crescia o sentimento de seguranga, o re- lacionamento com a esposa, filhos e colegas de trabalho se estabilizou. A mudanga nos aspectos da vida ocorreram pela mudanga na qualidade dos sonhos. Portanto, vocé pode per- ceber mudangas positivas em sua vida observando as mu- dangas na qualidade de seus sonhos. Lembre-se, a execugao do diario magico ou o diario onirico é um ritual, que chamamos de Ritual do Diario. Como todo ritual, as entradas em seu diario devem ser feitas com reve- réncia. Deve-se sempre prezar por fazer as anotagdes em seu altar, com uma vela acesa. Se vocé tem condigées de ter um templo equipado para pratica da magia cerimonial, a Candeia do templo, logo acima do altar, serve. Sendo, vocé pode acender uma vela no centro do altar. Tanto a vela quanto a Candeia no teto representam a lucidez do khons (a presenga divina) em sua consciéncia. Vocé exe- cutara rituais e praticas psicofisiologicas diariamente. Talvez o ritual do diario seja o primeiro deles. Alta Magia: comece agora 1 A arte da Alta Magia é por natureza diferente da assim cha- mada «magia primitiva» como a Feitigaria, Wicca, Vodu, Bru- xaria etc. A palavra «primitiva», neste contexto, nado serve para insultar os aderentes dessas tradigdes. Aqui a palavra apenas quer dizer «outros tipos» de sistemas e nada mais. Sao tradigdes mais simples, que exigem menos, mas provi- das de eficiéncia. A simplicidade desses «estilos» de magia levou a produgao de inmeros livros populares de feitigos e encantamentos que sao, em grande medida, inuteis. O numero de livros que tratam da magia cerimonial qabalistica é relativamente pe- queno. Aqui, uma larga diferenca reside no fato de que muitas das técnicas primitivas requerem apenas um breve encanta- mento e a manipulacao ritual de artefatos magicos: vela, cal- deiréo de metal, um vévé etc. As vezes o encantamento é mutilado ao longo dos tempos ao ponto do significado origi- nal das palavras se perderem, fazendo com que ele nao passe de palavras sem sentido. Embora nés possamos dizer a mesma coisa sobre os métodos e procedimentos da magia cerimonial, o magista verdadeiro sabe o significado exato de cada palavra e agao no ritual. E por esse motivo que no inicio da senda seu instrutor Ihe exige tanto estudo, treino e pra- tica. A pratica cerimonial que se segue é um Ritual de Banimento em suas duas formas uma hebraica (Ritual Menor do Penta- grama) e outra egipcia (Ritual Egipcio de Banimento) se- guindo adaptagées de rituais de invocagao da magia angeli- cal tal como era ensinado na Arcana Arcanorum do Sobe- rano Santuario da Magonaria Egipcia cuja pratica fora difun- dida na ordem magé6nico - rosacruciana denominada Aurora Dourada. Se vocé nunca praticou ou ouviu falar desse ritual, sera uma otima introdugao a magia qabalistica. Mas se vocé ja o praticou ou o aprendeu de alguma forma, pode surgir a 2 duvida: «Eu aprendi esse ritual ha anos. Com tanta coisa para aprender vou ter que estudar e praticar de novo o Ritual do Pentagrama? Ele é tao simples, tao basico!» Se vocé pensa assim, sinto em lhe dizer que essa é uma atitude equi- vocada de sua mente. Muito provavelmente vocé nao deve ter executado esse ritual com a proficiéncia requerida, com conhecimento de causa. Ele pode ser curto e facil de memo- rizar, mas nao é simples. No dicionario, a palavra «basico» significa «algo que forma a base, como ingredientes basicos; algo que é fundamen- tal». Nao podemos subestimar a natureza fundamental deste ritual e como a pratica pode provocar mudangas sutis em sua vida, refinando suas habilidades psiquicas e magi- cas. Ele é basico sim, porque prové fundamentagao; € um ritual curto, mas uma oportunidade de agugar suas capaci- dades através da pratica constante na arte da magia cerimo- nial. Razées para executar o Ritual Menor do Pentagrama Existem trés razdes pelas quais nés, magistas cerimoniais, executamos o Ritual Menor do Pentagrama. A primeira e mais importante: conhega-te a ti mesmo. Vocé percebera se tem a forga de vontade requerida para fazer este ritual todos os dias. Como resultado, descobrira mais sobre sua natu- reza e sobre quem vocé sempre foi. Desenvolvera diferentes percepgdes sobre si mesmo e seus relacionamentos no e com o mundo. Este ritual ira Ihe afetar de maneira positiva, mas de uma forma muito sutil. Segundo: a execugao desse ritual ira expandir a sua aura. Este resultado é@ surpreendente. Na medida em que seu campo aurico se expandir e tornar-se mais brilhante, vocé se sentira mais fortalecido espiritualmente e psicologica- mente. Isso nado é um fenédmeno imaginario. Com a expan- s&o de sua aura, vocé sera capaz de perceber melhor o que os outros sentem em relagao a vocé; trata-se de um au- mento na percepgao da ligagao que possui com outras pes- soas. Nesse processo, naturalmente a conexdo com outras pessoas aumenta, fazendo com que elas confiem mais e lhe procurem no intuito de instrugao e busca por conhecimento e sabedoria. Claro, isso nao acontece da noite para o dia, mas acontece! Na maioria das vezes, vocé conseguira per- ceber isso através de perguntas corriqueiras: «Nossa, vocé cortou o cabelo?», «Essa roupa é nova?», «Vocé ganhou peso?» etc., mesmo que o cabelo seja o mesmo, a roupa velha e manteve o mesmo peso. Entre os hermetistas é nor- mal encontrar pessoas com a capacidade de perceber mu- dangas na aura de outras pessoas. Contudo, na grande mai- oria das vezes elas 0 fazem de maneira inconsciente, quer dizer, elas nado sabem que ocorreu uma mudan¢a ou expan- s&o na aura, o que faz com que elas tenham essa percep¢ao nas condigées fisicas como o cabelo, as roupas ou 0 peso. Terceiro: o Ritual Menor do Pentagrama ira expelir — quando feito na versao de banimento — qualquer influéncia negativa ou indesejada em sua aura, psiqué ou ambiente. Este ritual dissipa qualquer for¢ga negativa fisica e nao fisica, incluindo ataques astrais ou elementais. Na verdade, essa é uma das melhores fungdes desse ritual, dissipar ataques astrais. 14 Quanto mais vocé o pratica, mais se sentira protegido e em paz. A atitude ao executar este ritual € muito importante. Vocé recebera do ritual exatamente o que der a ele. Se ao come- gar o ritual vocé se encontra irritado, no fim o resultado sera mais irritagao. A atitude mental assumida na hora da execu- ¢ao do ritual deve ser de harmonia e leveza. Portanto, antes de comegar o Ritual Menor do Pentagrama, faga uma pratica de relaxamento. Na ligaéo dois vocé sera instruido no Ritual do Relaxamento. E uma boa pratica para fazer antes do Ri- tual do Pentragrama, pois ira leva-lo ao estado de conscién- cia necessario para que possa executa-lo diligentemente. No inicio da jornada, para aqueles que nunca executaram este ritual, eu tenho um conselho: certeza. Vocé precisa ter certeza que ao invocar os arcanjos eles estarao ali; vocé pre- cisa ter certeza que os pentagramas realmente estéo sendo tragados e impregnados na luz astral; vocé precisa ter cer- teza de que esta fazendo o seu melhor. Um ponto muito importante a ser abordado logo no inicio é 0 apego ao resultado da agao ou a Ansia pelo resultado. O foco é 0 ritual, nao o resultado da operagao. Se na execugao do ritual sua mente se mantém unidirecionada, vocé tera su- cesso. Quando a mente divaga no resultado esperado ou desejado, sua energia se dissipa, diminuindo a eficacia do processo ritualistico. No momento da execugao do Ritual Menor do Pentagrama vocé deve se lembrar de que nao esta em sua casa ou qual- quer outro lugar. Vocé esta no templo dos deuses, na pre- senga do divino. Seja la onde vocé estiver, quando faz este ritual o lugar onde esta se torna sagrado. Portanto, trate-o com muita resignagao. Neste estagio vocé é um estudante, um magista em treino. Portanto, seja modesto na presenga do divino. 15 Requerimentos para o Ritual Menor do Pentagrama Existem alguns itens fisicos que podem ser usados no Ritual do Pentagrama, mas 0 mais importante é ter onde fazé-lo: um lugar onde vocé possa estar sozinho e sem perturba- gdes. Este € um ritual que nado dura mais de dez minutos e quando memorizado, menos ainda. Portanto, o primeiro re- querimento é ter um lugar adequado para executa-lo, que deve ser limpo, harménico e imperturbavel, onde possa es- tar sozinho. Vocé esta praticando alta magia, uma arte que nao deve ser publica ou do conhecimento de terceiros, pelo menos nesse estagio do treinamento. Segundo, é necessario que vocé ja, desde o inicio, possua um altar. Pode ser uma pequena mesa coberta com um pano preto ou o altar tradicional de cubo duplo. Um bom tamanho é trinta e seis centimetros de altura por dezoitos centimetros quadrados, na forma de um altar de dois cubos de dezoito polegadas, um em cima do outro — como é acima é abaixo. Ele representa o plano terrestre porque o numero de lados externos do altar — a parte superior e inferior, os quatro lados do cubo superior, mais os quatro lados do cubo inferior — formam dez, 0 numero da Terra na Qabalah. Terceiro, nao use luzes artificiais. Existe uma crescente ten- déncia moderna conhecida como neo-magistas que prefe- rem luzes de LED em candelabros adaptados. Use velas. O ambiente pode ter luz elétrica, utilizada as vezes no ritual, mas prefira utilizar velas. Embora a luz elétrica possa pare- cer mais segura e evita a sujeira dos dejetos da vela, harmo- nicamente nao é boa, principalmente as fluorescentes. Elas emitem uma vibracdo negativa que desarmoniza 0 campo aurico. A vela, por outro lado, além de ter um simbolismo rico, € um foco de concentragdo para o magista e tem rela- ¢ao direta ao trabalho com o ajfia-cakra. 16 Exatamente por isso os rituais devem ser feitos na penum- bra da luz de velas. Além do fato da corrente de energia elé- trica liberar um campo magnético que interfere na manifes- tacdo das formas astrais, existe o fator do relaxamento no estado mental e da diminuigao da temperatura corporal pro- porcionado pela escuridao que ativa a liberagao de melato- nina pela glandula pineal levando gradualmente ao estado delta, ou seja, entre a vigilia e o sono. Para o inicio do trabalho, vocé precisara apenas de um can- delabro para o altar; talvez outros para o local do ritual, caso tenha condigées de ja ir equipando seu templo para a pratica da alta magia. No inicio, procure usar velas brancas. Alem de servirem a qualquer tipo de operacao, representam a pu- reza (por serem brancas) da energia espiritual (fogo). Quei- mar incenso também é€ muito bom e sempre enriquece o ri- tual. A tradigao ensina que a fumaga do incenso leva até o Absoluto as oragdes e conjuragées do magista. Neste mo- mento inicial, 0 tipo de incenso nao é importante. Ache uma fragrancia que goste e use. Existem quatro ferramentas ou «armas magicas» tradicio- nais utilizadas por magistas cerimoniais. Os detalhes sobre a construgao dessas armas estardo a disposigao nas licgdes seguintes. Essas ferramentas sao a Baqueta, o Calice, a Adaga ou Espada e o Pantaculo. Lembre-se dessa maxima no seu caminho: a intencao por tras da acao é muito mais importante que a propria agéo. Se vocé nao tem essas fer- ramentas a disposicao agora, pode usar um copo comum contendo agua (ao invés do Calice) para representar o ele- mento Agua, um recipiente com sal (ao invés do Pantaculo) para representar o elemento Terra, uma vela acessa (ao in- vés da Baqueta) para representar o elemento Fogo e uma pena (ao invés da Adaga ou Espada) para representar o ele- mento Ar. 7 O altar deve conter um simbolo para cada um desses ele- mentos. Caso nao seja possivel, entéo é melhor nao ter ne- nhum deles. Nao deve haver desequilibrio na representagao dos elementos ou das armas magicas. Se vocé possui essas armas magicas, as disponha sobre o altar da seguinte ma- neira: a Adaga ou Espada (Ar) no Leste, a Baqueta (Fogo) no Sul, o Calice (Agua) no Oeste e o Pantaculo (Terra) no Norte. Quando as armas magicas nao estao sendo usadas, elas devem ser envoltas em um pedaco de seda ou algodao: a Baqueta em vermelho, o Calice em azul, a Adaga em ama- relo e o Pantaculo em preto. Lojas esotéricas de magistas prestidigitadores possuem esse material em varias cores e tamanhos. Vocé pode desejar utilizar um sino. Ele pode ser usado para marcar 0 inicio e o fim do ritual, bem como marcar as etapas de uma operagaéo mais complexa. O sino nao precisa ser grande, mas de um tamanho moderado para que possa ficar sobre o altar sem causar desarmonia com as outras armas magicas. Existem sinos feitos de inumeros metais. E prefe- rivel sinos feitos de electrum magicum, uma liga formada pe- los sete metais basicos, conectados aos planetas: prata (Lua), mercurio (Mercurio), cobre (Vénus), ouro (Sol), ferro (Marte), estanho (Jupiter) e chumbo (Saturno). Sinos de bronze vendidos em casas de artefatos e decoragao indiana também sao uma boa opgao. Um item importante é a vestimenta correta. Tradigdes espi- rituais aborigenes utilizam pouca ou quase nenhuma roupa. Os tantricos vestem-se apenas em rituais publicos. A magia cerimonial utiliza uma vestimenta especial. Tradicional- mente, um robe, balandrau ou tunica na forma de «Tau». O robe recebe esse nome porque quando o magista abre os bracos ele forma a imagem da letra Tau do alfabeto grego. Contudo, o robe nao é estritamente necessario. O propdsito de vestir o robe é demonstrar fisicamente tanto para seu consciente quanto o inconsciente que vocé nao esta vestido 18 com uma roupa comum. A intengao é demonstrar que na- quele momento vocé esta pronto para executar uma acao muito especial, espiritual. Hoje existem magistas — principal- mente no hemisfério sul — que optam por estarem apenas com uma calga mais larga, de facil movimentacgao. No verao escaldante do hemisfério sul as vezes é impossivel se man- ter em um robe. Magistas costumam optar por robes de li- nho, mas nas operagdes de magia sexual preferem utilizar o corpo pintado e o uso de mascaras. Se nao existe a possibilidade de adquirir um robe ou balan- drau agora, nado tem problema. Va ao seu guarda-roupa e selecione uma vestimenta que pense ser adequada a pratica espiritual. Separe e a utilize apenas em rituais, meditagdes ou outras praticas. De preferéncia a roupas de linha natural, como linho ou algodao. Evite tecidos artificiais. As roupas de linha natural acumulam energia, sao condensadores fluidi- cos, as artificiais nao. Com o tempo vocé sera capaz de sen- tir o magnetismo de sua vestimenta cerimonial. Mas lembre-se, vocé nao precisa de nada disso para come- gar a executar o Ritual Menor do Pentagrama. O necessario é apenas um local para fazé-lo. Pode ser em qualquer lugar no qual nao seja interrompido. Quanto mais vocé pratica-lo, mais proficiente ficara. Tragando o Pentagrama No Ritual Menor do Pentagrama vocé ira tragar quatro pen- tagramas no espago de maneira bem especifica. Seu bracgo esquerdo deve permanecer relaxado ao lado do corpo. De- pendendo da maneira como tragar o pentagrama, vocé es- tara banindo ou invocando as forgas. No caso do banimento, usa-se a Adaga, no caso da invocagao, a Baqueta. Mas isso nao é via de regra. Vocé pode tragar o pentagrama com a mao direita em figa para representar a Baqueta ou os dedos indicador e médio esticados para representar a Adaga ou Espada. 19 Banindo 1. Posicione os dedos indicador e médio esticados ou a Adaga ou Espada na mao direita fora do quadril es- querdo. 2. Trace uma linha ereta diretamente até o ponto acima da cabega. 3. Continue tragando uma linha ereta para baixo, ao lado do quadril direito. ¢ 4. Trace uma linha ereta a um ponto fora do seu ombro esquerdo. 5. Trace uma linha reta do ponto fora do ombro esquerdo até o ponto fora do ombro direito. Pel 6. Finalize tragando uma linha ereta até o ponto onde co- megou. Invocando Na verso invocando, o tragado continua o mesmo, mas se altera o sentido. Se banindo nés dispersamos energias inde- sejaveis, invocando nés trazemos para a atmosfera de nossa psique as forcas invocadas durante o ritual. Neste caso, comece com a mao direita em figa ou com a Baqueta na mao. 1. Posicione os dedos da mao direita em figa ou segure a Baqueta no ponto acima da cabega. 2. Trace uma linha ereta diretamente até o ponto fora do quadril esquerdo. 3. Continue tragando uma linha ereta para cima, até o ponto fora do ombro direito. 4. Trace uma linha ereta a um ponto fora do seu ombro esquerdo. 5. Trace uma linha reta para baixo até o ponto fora do quadril direito. 6. Finalize tragando uma linha ereta até o ponto acima da cabega, onde comegou. Quando tragar os pentagramas, visualize-os bem brilhantes ena cor azul puro. E a mesma cor da chama do fogao ou da chama que consome o alcool. Caso nao consiga visualizar os pentagramas assim, apenas veja-os enquanto faz o tra- gado. Na medida em que sua capacidade de visualizagao aumenta e consegue manter a mente unidirecionada vocé sera capaz de ver a imagem psiquica dos pentagramas. Saiba que eles estao ali. Veja a flama incandescente do pentagrama na me- dida em que faz 0 tragado. Cultive a imaginacao. O Pentagrama representa 0 Microcosmo, o dominio do ho- mem sobre o plano material, os quatro elementos da natu- reza. Nos rituais de magia o espirito € considerado a quin- tesséncia. 2 Oideograma do Tetragramaton representava na antiguidade os quatro elementos conhecidos, e formava o nome cabalis- tico divino IHVH. Com a adigao da letra Shin (fogo), IHVS- hVH, temos o nome mistico de Jesus, significando 0 fogo do espirito santo (a inteligéncia) dominando os elementos pri- marios. Devido a deturpagao religiosa temos 0 conceito de que um pentagrama invertido seria o sinal de involugao, ou 0 homem subordinado a materia, por outra perspectiva pode ser inter- pretado como o espirito descendo na matéria. O Ritual Menor do Pentagrama A Preparacao do ambiente: Determine onde vocé fara 0 ri- tual. Dé uma organizada na area. Tire a sujeira do chao, o po dos méveis ao redor. Limpe completamente o ambiente. Va até o local exato onde ira executar o Ritual do Penta- grama. Se vocé possui um altar, coloque-o no centro. Se vocé nao possui o altar de cubo duplo como citado anterior- mente, pode usar uma pequena mesa, um criado, um banco ou até mesmo uma folha de papel A4 no chao. Coloque um banco ou uma cadeira na frente do altar, no quadrante Oeste. Quando se sentar nesta cadeira, estara de frente para o altar, olhando em dire¢ao ao Leste. Retire o excesso de mobilia da regiao onde ira fazer o ritual. Certifique-se que podera caminhar em torno do altar e da cadeira sem tropecar ou esbarrar nos moveis. Arranjo do local de execugao do Ritual Menor do Pentagrama A Preparagao para o ritual: Antes de comegar o Ritual Menor do Pentagrama, vocé pode querer tomar um banho de puri- ficagao. Este tipo de banho nao serve para limpar a sujeira de sua pele apenas. Sua intengao é tirar toda negatividade promovida pelas preocupagées do dia-a-dia. Ele atua nao apenas no nivel fisico, mas emocional, mental e espiritual. Comece tomando um banho energético (quente-frio). Com a agua morna, prepare dois banhos em baldes distintos. No primeiro, dissolva uma boa quantidade de sal grosso. Se de- sejar, pode consagrar com um encantamento essa agua sa- lina a alguma energia de limpeza. Se nao souber, nao tem problema. O sal é um agente magico que atua por si mesmo, quer dizer, vocé nao precisa encanta-lo ou consagra-lo para que ele atue limpando o ambiente ou o seu corpo. No se- gundo balde, vocé pode macerar ervas de limpeza e adicio- nar algumas gotas de dleos essenciais, também para lim- peza. No decorrer do curso, vamos tocar nesse assunto com detalhes. Ao derramar o contetido dos dois baldes por todo seu corpo, visualize complexos sendo dissolvidos, seu campo astral sendo purificado e todo tipo de negatividade ou sentimentos conflitantes indo embora com a agua do banho. Finalizando o banho, seque 0 corpo e coloque o robe ou sua vestimenta ritualistica. Se vocé ja as possui, coloque suas armas magicas — que representam os quatro elementos — distribuidas harmonica- mente sobre o altar. Lembre-se: tenha todas as quatro sobre o altar ou nao use nenhuma. Caso tenha cartas tradicionais de Tarot, coloque-as sobre o altar também. Existe uma pra- tica chamada Ritual Qabalistico de Contemplagao onde ul lizamos as cartas do Tarot. Ele estara disponivel nas proxi- mas ligées. Nao importa se é dia ou noite, acenda uma vela sobre o altar. Se vocé tem essa disponibilidade, deixe 0 am- biente iluminado apenas por luz de velas. Acenda um in- censo que lhe agrade para iniciar o ritual. Comece sentado, de frente para o altar, olhando para o Leste. Respire profundamente. Leve o tempo que desejar até ter certeza que interiorizou sua consciéncia e esta psi- quicamente preparado. Se ajudar, a cada exalagao, procure relaxar mais, esteja no presente, no agora, deixando de lado as preocupagées, os problemas e os compromissos. Esteja consciente de que neste momento, suas palavras sao sagra- das, seus pensamentos santos e suas atitudes consagradas ao Divino. Eu sempre aconselho aos alunos, nesse mo- mento, executarem uma pratica de relaxamento ou até mesmo o Ritual do Relaxamento, disponivel na prdxima li- ao. Concentrado, calmo e tranquilo, levante-se, vamos comegar o ritual. A Cruz Qabalistica teh Ve-Gedulah | Ve-Geburah Malkuth Levante-se da cadeira. No sentido horario, de uma volta ao redor do altar e da ca- deira. Pare na frente do altar, voltado para o quadrante do Leste, no local indicado pela palavra «vocé». Mantenha a Adaga na mao direita ou aponte os dedos indi- cador e médio para fora. 26 Visualize seu campo aurico se ampliando. Vocé se vé cada vez maior, até ficar mais alto que o teto da sala onde se en- contra. Continue visualizando. Seu corpo se torna maior que sua ci- dade, maior que seu estado, maior que seu pais, maior que seu continente. Maior que o planeta terra. Embora vocé esteja bem maior que a Terra, seus pés estéo firmes no chao. Seu corpo esta estavel, firme. Continue firme em sua visualizagao. Seu corpo esta maior que a galaxia. Perceba a vastidao infinita ao seu redor. Leve sua consciéncia a um ponto um pouco acima de sua cabega. Veja ali uma chispa de luz vinda do espa¢o infinito. Esta chispa é uma pequena fagulha de luz provinda da fonte do universo, de uma pureza sobrenatural. Neste momento, seu corpo psiquico se torna tao puro e bri- Ihante como esta chispa divina. Visualize este pequeno ponto de luz se tornando uma esfera grande e luminosa, pulsando acima de sua cabega. Aesfera cresce em brilho, ficando do tamanho de um pires. Essa esfera brilha mais que dez mil sdis e ainda continua sendo uma chispa pequenina do divino Toque a esfera acima de sua cabega com a ponta da Adaga ou com os dedos. 7 Com a ponta da Adaga, traga a esfera brilhante exatamente no ponto entre as sobrancelhas, o brumandhya. Visualize a esfera brilhante preencher sua cabega completa- mente com seu brilho. Vibre o nome divino: ah-TAH (énfase ténica na silaba em negrito). Visualize a esfera descendo em uma linha ereta, deixando um rastro de luz, na medida em que traz a ponta da Adaga (ou os dedos) até a regiao da virilha. Visua-lize a esfera to- cando o chao e além, levando com ela o rastro de luz até o centro da Terra. Nesse momento vibre o nome divino: mal-KOOT. Agora, leve a ponta da Adaga até seu ombro direito. Na me- dida em que projeta a Adaga no ombro, visualize a esfera e seu rastro de luz voltando até seu coracao, para cima, e indo até o ombro direito. Visualize 0 rastro de luz tocando as bordas do universo e além. Vibre o nome divino: veh-G’boo-RAH. ft Agora, leve a ponta da Adaga até o ombro esquerdo, visua- lizando a esfera e seu rastro junto com o tragado. Visualize o rastro de luz tocando as bordas do universo e além. Vibre o nome divino: veh-G’doo-LAH. Leve a adaga até o centro do peito, na altura do coracao, com a lamina para cima. Cruze os dedos das maos no cabo da Adaga. Caso esteja utilizando os dedos, cruze os bragos sobre o peito. Brago direito por cima do esquerdo. A mao direita em figa e a esquerda com os dedos indicador e médio para fora. A esfera de luz acompanha seu movimento. Visualize a es- fera em suas maos. Vibre o nome divino: leh-Oh-LAHM, ah-MEM. Aleister Crowley executando o Sinal do Entrante A formulagao dos pentagramas Movimente-se no sentido horario até a borda Leste de seu circulo. Trace o pentagrama da maneira ensinada acima. Visualize o pentagrama incandescente na cor azul puro. Inspire e visualize a energia fluindo de todos os confins do universo, permeando todo seu corpo. Neste momento, faga o sinal do entrante: traga as duas maos até a face, inspirando, visualizando que esta energia inspirada do universo se encontra em suas maos. Com os pulmG6es cheios e 0 corpo carregado com este prana, de um passo a frente com o pé esquerdo e projete as duas maos na diregao do quadrante Leste. Caso esteja com a Adaga na mao, neste momento as duas m&os a seguram, projetando a energia através de sua lamina. Caso esteja usando os de- dos, nesse momento cruze os dedos das duas maos, dei- xando so os dedos indicadores para fora, das duas maos. Neste movimento, projete no centro do pentagrama incan- descente este prana acumulado em suas maos até as bor- das do universo e além, na cor vermelho fogo. Em uma projecao expirada, entoe o nome divino: Yud-Heh- Vahv-Heh. Em seguida, traga as maos até o rosto novamente e retorne com 0 pé esquerdo ao lado do direito. Aponte a Adaga (ou os dedos da mo direita) para o centro do pentagrama tragado. Do centro do pentagrama, trace uma linha ereta no sentido horario no Angulo de 90°, até o quadrante sul. Na medida em que traga a linha com a Adaga ou os dedos, visualize uma brilhante torrente de luz conectando o qua- drante Leste ao Sul, no centro do pentagrama. Repita o sinal do Entrante e vibre o nome divin NAI. Repita o mesmo procedimento até o quadrante Oeste. Faga 0 sinal do entrante e vibre o nome divino: Eh-Heh-YEH. Repita o mesmo procedimento até o quadrante Norte. Facga o sinal do entrante e vibre o nome divino: AH-Glah. Complete o circulo conectando o quadrante Norte ao Leste, tragando uma torren-te de luz entre eles. No sentido horario, retorne ao centro do circulo, frente o qua- drante Leste. : Ah-Doh- Se vocé nao possui um circulo ou até mesmo um altar, ape- nas fique de frente para o quadrante Leste. Visualize a torrente de luz que conecta os quadrantes per- passando o centro de cada pentagrama se expandir para cima e para baixo, construindo uma parede circular de poder que se estende até a borda do universo e além. Essa parede circular de poder foi carregada e selada com os nomes divinos. A Invocagao dos Arcanjos No centro do circulo erga os bragos na altura dos ombros, como uma cruz. Mantenha a Adaga com a lamina para cima na mao direita, a esquerda em figa (caso esteja sem a Adaga, as duas maos permanecem em figa). O seu campo psiquico esta carregado de energia magica. Visualize que vocé é uma cruz brilhante no centro do uni- verso. Na sua frente, ao Leste, visualize um arcanjo sobre uma co- lina, Ele esta vestido com um robe amarelo adornado em roxo. Ele empunha uma baqueta circundada por duas ser- pentes, o Caduceu de Merctirio. Seu robe movimenta-se ao vento e vocé consegue sentir uma brisa leve vinda do Leste. Neste momento, diga o nome do arcanjo: «Na minha frente Rah-fah-EL». Na mesma posigao, visualize um arcano atras de vocé, no quadrante Oeste, vesti-do em um robe azul adornado em ocre. Ele carrega um Calice incrustado com gemas colori- das. Atras dele inumeras cachoeiras, deixando 0 ar mais umido. Neste momento, diga o nome do arcanjo: «Atras de mim Gah-brih-EL». No mesmo lugar, visualize agora, a sua direita, no quadrante Sul, um arcanjo ves-tido em um robe vermelho adornado em verde. Ele empunha uma espada flame-jante e vocé conse- gue sentir o calor vindo dela. 32 Neste momento, diga o nome do arcanjo: «A minha direita Mih-kah-EL». Visualize a sua esquerda, no quadrante Norte, um arcanjo vestido em um robe verde, trazendo consigo a imagem de uma terra fértil. Ele carrega feixes de trigo nas maos. Neste momento, diga 0 nome do arcanjo: «A minha es- querda Uh-reeh-EL». Em seguida, visualize os pentagramas flamejantes em azul puro ao seu redor e dois hexagramas dourados, abaixo e acima de vocé. Diga: «Pois ao meu redor flamejam os pentagramas, acima e abaixo de mim bri-lham os hexagramas sagrados». Repita a Cruz Qabalistica. Finalizando, volte para frente do altar, movendo-se no sen- tido horario. Sente-se na cadeira, de frente para o quadrante Leste. Faga algumas respiragGes profundas e execute o Ritual Qa- balistico de Contempla-¢ao. Se vocé ainda nao sabe, pode executar alguma pratica com o Tarot, alguma meditagao qa- balistica. O Ritual Menor do Pentagrama seguira entao a sequéncia: 1. Ritual de Relaxamento. 2. Ritual Menor do Pentagrama. 3. Ritual Qabalistico de Contemplagao. No fim, anote tudo detalhadamente no seu diario magico. Procure fazer essa pratica todos os dias, no mesmo horario, se puder. Abaixo vocé encontraré um sumario do Ritual Menor do Pen- tagrama, sem nenhuma explicagao. Leve em consideragao as instrug6es acima ao estudar este ritual. Esta ligao termina aqui. Na proxima vamos explorar alguns nuances do Ritual Menor do Pentagrama, a magia e a arte 33 do relaxamento, tao fundamental nas operagées de Alta Ma- gia. Sum 1. 2. 3. 4. a De 1 ario do Ritual Menor do Pentagrama Tocando a testa diga Ateh (A Ti), Tocando a genital diga Malkuth (O Reino), Tocando o ombro direito, diga ve-Geburah (e 0 Poder), Tocando o ombro esquerdo, diga ve-Gedulah (e a Glo- ria). Una as maos sobre o peito, diga le-OLAHM, AMEN (Para as Eras, Amen). Vire para o Leste, faga um pentagrama (da Terra) com a arma apropriada. Vi-bre IHVH. Vire para o Sul, o mesmo, mas diga ADNI. . Vire para o Oeste, o mesmo, mas diga AHIH. Vire para o Norte, o mesmo, mas diga AGLA. Estendendo os bragos em forma de uma cruz diga, Diante de mim Raphael; Atras de mim Gabriel; Na minha direita, Michael; Na minha esquerda Auriel; Pois ao meu redor flamejam os Pentagramas, E na Coluna fica a Estrela de Seis raios. Repita (1) ao (5), a Cruz Qabalistica. a 5 a Cruz Qabalistica é referida. De fato, o magista indica os trés pilares da Arvore da Vida sobre seu corpo. Isso afirma a identidade do magista como a representagao Mi- croscopica de Deus e anuncia este fato ao mundo. Os Ni lomes Divinos de 6 a 14 foram tirados de fontes tradici- onais qabalisticas: IHVH, o Tetragrammaton; ADNI, frequen- temente traduzido como o Senhor, usado como sinénimo para O Sagrado Anjo Guardiao; AHIH, Eu Sou. AGLA é um notariqgon de Ateh-Gibor Lé-Olahm Adonai «Tu é poderoso para sempre meu Se-nhor». Esses nomes governam seus 34 respectivos arcanjos; Raphael «Deus tem curado»; Gabriel «Deus é minha forga»; Michael «que é como Deus»; e Auriel «Luz de Deus». Estes arcanjos, por sua vez, regem uma hoste de anjos e entidades espirituais dos elementos mais baixos. Criando os quatro pentagramas nos quadrantes e posicio- nando os arcanjos para exercerem a fungao de guardides, o magista sela o circulo e cria um novo ambiente magico. O microcosmo (0 pequeno mundo de cinco) é agora mantido distante, fora e além. Um vacuo é formado dentro do Circulo (que se torna uma coluna flamejante estendendo-se ao infi- nito para cima e para baixo). Como magia e a natureza od- eiam vacuos, esse ambiente é imediatamente preenchido pela irrupgao do macrocosmo (0 grande mundo de seis). Ritual Egipcio de Banimento A Casa da Vida ("per ankh") Papyrus Salt 825. Podemos aplicar com a mesma eficacia uma versao egipcia do Ritual Menor do Pentagrama. E sabido que os antigos egipcios nao utilizaram nada parecido com isso nos seus akhu (encantamentos) dirigidos a construgao dos arquétipos divinos de poder, inobstante terem usado meios ritualisticos que Ihe conferiam poderes magicos ilustrados nos papiros 35 que sobreviveram até nos. Trata-se entao, de uma técnica de magia baseada em um aprimoramento de outras mais ou menos antigas conservadas pelas ordens iniciaticas. A estrutura e o conceito certamente tém origem herméticas e pode ser interpretado como uma tradugao do Ritual Menor para a magia egipcia. No entanto, sabemos que essa técnica magica é extraordi- nariamente eficaz em aumentar energia psiquica e astral para o praticante. (1) ComEGANDO oO RITUAL 1.1 Cruz egipcia 1,2 Sigilos para os quadrantes 1.3 invocagao de Deidades 1.1. Cruz egipcia Fique de frente para o Leste e imagine um feixe de luz bri- lhante cujo brilho é tao intenso que vocé nado consegue dis- cernir a sua cor, descendo e tocando o topo da sua ca- bega. Alcangando o seu indicador e o dedo do meio para se conectar ao puro brilho e depois traga os dedos emparelha- dos para que... 1.1 (a) toque a sua testae,em seguida, vibre "Entek Pau" (foneticamente: “EN- TEK POW"), 0 que significa “Tu és a Divindade que é . 1.1 (b) toque o centro do seu peito e depois vibre "ta Sute- nit" (foneticamente: "TAH SU-TEN-IT"), 0 que significa “o Reino"; 1.1 (c) toque o ombro direitoe depois vibre "ta Sa- chem" (fonética: "TAH SAHK-HEM"), 0 que significa "o poder divino"; 1.1 (d) toque o ombro esquerdo e, em seguida, vibre "ta Djesser" (fonética: "TAH D-JES-ER), 0 que significa" e a Gloria "; 1.1 (e) junte suas maos no centro do seu peito (repouse a mao direita no peito e a esquerda sobre ela com os dedos emparelhados) e depois vibre "ta Taui en Hah" (fonetica- mente: "TAH TOW-EE-EN-HAH"), 0 que significa "Do mundo, para sempre ". 1.1. (f) vibre "Nedj Her" (foneticamente: "NED-J- HER"), 0 que significa" Homenagem a Ti". (Sobre vibragao de nomes divinos: O teurgo no psicodrama ritualistico da magia no momento que deva pronunciar o nome divino, tém que aspirar o ar muito profundamente, lenta e energicamente. No instante em que o ar exterior tocar as narinas, deve-se imaginar claramente que o nome do deus, esta sendo aspirado com o ar. Figura-se o nome sustentado nas alturas em grandes letras de fogo e chama e a medida que o ar lentamente enche os pulmées, deve se imaginar que oO nome permeia e vibra através de toda a estrutura do corpo, descendo gradualmente através do térax e do abdémen, até as coxas e pernas atingindo, os pés. Segundo Dion Fortune ensina no seu livro A Cabala Mistica. Como ja observamos anteriormente, a utilizagao da técnica mental cabalistica 6 necessdria se desejamos obter resulta- dos da Cabala; a formulagao da imagem e a vibragao do Nome tém por objetivo estabelecer um contato entre o estu- dante a as forcas que correspondem as Esferas da Arvore. Ao entrar em contato com esse meio, a consciéncia do estu- dante se ilumina e a sua natureza obtém a energia fornecida pela for¢a contatada, resultando desse processo as notaveis iluminag6es originadas da contemplagao dos simbolos (...) 37 Segundo a tradigao, nado basta conhecer um Nome de Po- der; é preciso também saber como vibra-lo. Acredita-se ge- ralmente que a vibragao de um Nome de Poder é a nota justa pela qual o cantamos; mas a vibragdo magica é algo muito mais que isso. Quando experimentamos uma profunda emo- ¢ao e, ao mesmo tempo, somos devocionalmente exaltados, a voz desce muitos tons abaixo de seu normal a toma-se ressoante a vibrante; 6 esse tremor de emogao, combinado com a ressonancia e a devogao, que constitui a vibragao de um Nome, a essa experiéncia ndo pode ser aprendida ou ensinada, devendo antes ser espontaénea. E como o vento que sopra onde Ihe apraz. Quando ele ocorre, somos sacu- didos dos pés a cabega com uma onda de calor, a todos os que o ouvem prestam-lhe atengao involuntariamente. E uma experiéncia extraordinaria ouvir uma Palavra de Poder vi- brada. E uma experiéncia ainda mais extraordinaria vibra- la.) 1.2 Sigilos para os Quadrantes: 1.3. (a) Va em diregao ao leste ou se volte de frente para o leste, com uma espada, adaga ou o dedo indicador unido ao polegar e o médio desenhe no ar uma ankh (cruz an- sata do antigo Egito); (Trata-se de uma forma de atrair protegao divina contida no simbolo de vida eterna que inobstante o declinio da magia egipcia pela extincao das praticas religiosas do antigo Egito mantém sua forga psiquica vivida devido perpetuagéo da egrégora no plano astral. Para tragar “comece no lado es- querdo no ponto onde o circulo encontra a barra (linha hori- zontal) e, desenhando no sentido hordrio, trace a “cabeca” circular do ankh. Depois, trace o eixo vertical do ankh, con- duzindo do meio da barra para o ponto mais baixo do eixo. Finalmente, comece no ponto esquerdo da linha horizontal e 38 mova diretamente para o ponto direito da linha ” finalizando a figura) Ou um Udjat (Olho de Ho6rus: de acordo com Israel Regardie, simboliza salide, totalidade, protecaéo e bem estar geral, e para dese- nhar no ar estenda a mao direita em figa (ou com a adaga ou espada) e “comece no ponto esquerdo da linha da so- brancelha e trace no sentido horario. Depois, trace o esbo¢o do proprio olho, comegando do lado esquerdo e procedendo sentido horario ao redor da pupila, e de volta ao redor da parte inferior da palpebra, terminando no lado esquerdo do olho perto do ponto de partida. Entao, trace a linha mais baixa da figura comegando do ponto direito e tragando em diregao a esquerda") Vibrando, como vocé aprendeu: "Nudjeru Yebeta" (fonetica- mente:" NUD-JEH-RU YEH-BEH-TAH, significando: "Di- vindades do leste”, - em seguida, toque o centro do sigilo imaginado, e simulta- neamente vibre "NEF" (significando ar); 1.2 (b) Va em diregdo ao sul ou se volte de frente para o sul: - Desenhe 0 sigilo, vibrando, como vocé aprendeu: "Nudjeru Resu" (fonética: "NUD-JEH-RU REH-SU" o que significa, “Divindades do Sul" e toque o centro do sigilo imaginado e simultaneamente vibre "ASH" (que significa fogo) ; 1.3 (c) Va em direcdo ao oeste ou se volte de frente para oeste, - Desenhe o sigilo, vibrando, como vocé aprendeu: "Nudjeru Amenta" (fonética: "NUD-JEH-RU AH-MEN-TAH", 0 que significa, de acordo com Regardie, “Divindades do Oeste" e toque o centro do sigilo imaginado e simultanea- mente vibre "MU" ( significado Agua) ; 1.2 (d) De frente para o norte, - desenhe o sigilo, vibrando, como vocé aprendeu: "Nudjeru Mehta" (fonética: "NUD-JEH-RU MEH-TAH", o que signi- fica, "Divindades do Norte", - toque o centro do sigilo e si- multaneamente vibre (foneticamente: "AH - DOH - NYE" (que significa Terra); 1.2 (e) De frente para o leste completando o circulo e retor- nando ao centro. Se eu quiser ter certeza da protegao, eu irei entao repetir o sigilo, pensando nisso como "bloqueio" do circulo. Israel Regardie escreve para repetir a cruz egipcia, mas nao é um procedimento necessario. 40 1.3 Invocagées das Deidades 1.3 (a) Fiquem de pé com os bragos estendidos, dedos em- parelhados e polegar para cima no sinal de Lux de Osiris assassinado, - entao visualize um grande feixe de luz bri- lhante descendo e passando pelo eixo vertical do seu corpo, seguido por um grande feixe de luz brilhante do lado direito (horizontalmente) e atravessando o Coracgao, portanto cri- ando assim uma grande cruz de luz; 1.3 (b) Entao diga o seguinte: "A minha frente, HATHOOR, a Mae da Luz, atras de mim, TOUM do pér-do-sol, na minha mao direita, SEKHMET, poderosa senhora da Chama, na minha mao esquerda, HAPI-WER, o Touro da Terra, por mim arde SEHEDJ, um céu de estrelas, e acima de mim brilha TAU NUDHER, a estrela da Divin- dade.” (2) ENCERRANDO O RITUAL 2.1 Cruz egipcia 2,2 Sigilos para os Quadrantes 2.3 Evocagao de Divindades 1.2. Cruz egipcia Fique de frente para o Leste e imagine um feixe de luz bri- lhante cujo brilho é tao intenso que vocé nao consegue dis- cernir a sua cor, descendo e tocando o topo da sua ca- bega. Alcangando o seu indicador e o dedo do meio para se conectar ao puro brilho e depois traga os dedos emparelha- dos para que... 2.1 (a) toque a sua testae,em seguida, vibre "Entek Pau" (foneticamente: "EN-TEK POW"), 0 que significa "Tu és a Divindade que é ..."; 41 2.1 (b) toque o centro do seu peito e depois vibre "ta Sute- nit" (foneticamente: "TAH SU-TEN-IT"), 0 que significa "o Reino"; 2.1 (c) toque o ombro direito e depois vibre "ta Sachem" (fo- neticamente: "TAH SAHK-HEM"), 0 que significa "o poder divino"; 1 (d) toque o ombro esquerdo e, em seguida, vibre “ta Djesser" (foneticamente: "TAH D-JES-ER), 0 que significa "ea Gloria"; 2.1 (e) junte suas mos no centro do seu peito e depois vibre “ta Taui en Hah" (foneticamente: "TAH TOW-EE-EN- HAH"), o que significa " Do mundo, para sempre". 2.1 (f) vibre "Nedj Her" (foneticamente: "NED-J-HER"), 0 que significa "Homenagem a Ti". 2.2 Sigilos para os quadrantes 2.2 (a) De frente para o norte, e entao - desenhe um ankh (cruz ansata do antigo Egito) ou um Udjat. Vibrando, como vocé aprendeu: “Suten Baraka Mehta” (Fo- néticamente: "SOO-TEN BA-RAH-KA MEH-TAH" o que significa "Divindades do norte”, - em seguida, toque o centro do sigilo imaginado, e simulta- neamente vibre "AH — DOH — NYE" (significando terra) ; 2.2 (b) De frente para o Oeste, - Desenhe o sigilo no ar a sua frente, vibrando, como vocé aprendeu: "Suten Baraka Amenta” (foneticamente: "SOO- TEN BA-RAH-KA AH-MEN-TAH " que significa, "Divinda- des do Oeste". 42 Toque o centro do sigilo e simultaneamente vibre "MU" (que significa agua) ; 2.2 (c) De frente para o Sul, - Desenhe o sigilio, vibrando, como vocé faz: "Suten Baraka Resu" (foneticamente: "SOO-TEN BA-RAH-KA REH-SU ",o que significa, "Divindades do Sul" - toque o centro do sigilo e simultaneamente vibre "ASH" (que significa Ar). 2.2 (d) De frente para o Leste, - Desenhe o sigilo, vibrando, como vocé faz "Suten Baraka Yebeta" (foneticamente: "SOO-TEN BA-RAH-KA YEH- BEH-TAH", 0 que significa "Divindades do Leste", - toque o centro do sigilo e simultaneamente vibre “(NEF) (que significa Ar); 2.2 (e) De frente para o leste completando o circulo e retor- nando ao centro. Se quiser ter certeza da protegdo, devera entao repetir o sigilo, pensando nisso como "bloqueio" do circulo. 2.3 Evocagées de Divindades 2.3 (a) Fiquem de pé com os bragos estendidos, - entao vi- sualize um grande feixe de luz brilhante descendo e pas- sando pelo eixo vertical do seu corpo, seguido por um grande feixe de luzbrilhante do lado direitoe atraves- sando o Coragao, portanto criando assim uma grande cruz de luz; 2.3 (b) Entao diga o seguinte: "Suten Baraka, HATHOOR, a Mae da Luz, Suten Baraka, TOUM do p6r-do-sol, Suten Baraka, SAKHMET, poderosa senhora da Chama, Suten Baraka, HAPI-WER, o Touro da Terra, Suten Baraka, SEHEDJ um paraiso de estrelas, Suten Baraka TAU NUDHER, a estrela da Divindade." 43 HAFEZ EZRAH HEKA! Que significa “sob a protegao e au- xilio do poder do espirito”. Repita a ultima linha trés vezes, e/ou se possivel grave no chao trés vezes. Sobre o Heka “Para se tornar um mago: EU SOU HEKA!” iu (Hiéroglifos do nome divino Heka) Os antigos egipcios acreditavam que o Ka fosse a forga vital de uma pessoa. Heka significa ativagao (he) do espirito (ka); o Ka é a magia trabalhada ativando o poder da alma. O primeiro significado do heka remonta quase 4000 anos e suas fungées basicas sao detalhadas no texto chamado Ins- trugao para Merikara o ensino do Médio Oriente e Tratado do Faraé Amenemhet (2000 Era Comum), nele se descreve o heka como: “Ele (Re) forneceu-lhes 0 heka como uma grande arma para proteger as pessoas dos perigosos efeitos dos espiritos ma- lignos” Heka é a grande forca criativa ou a vida sustentaculo de energia que liga os seres, recursos e outros simbolos da vida ao cosmos todo-poderoso, que um mago deve despertar para trabalhar magicamente de maneira eficaz Com meus melhores votos de S-. S.. S-., Sapientia, Salus, Stabilitas; Fraternalmente o Mestre Magom Egipcio 44 (© Copring:Proibida a reproducéo total ou parcial desta obra de qualquer forma ou por qualquer meio ‘letrénico, mecénico, inclusive por meio de processes reprogréfics,inclundo ainda o uso na internet, sem a permissio expressa da Magonaria Egiacia do Antigo e Primitivo Rito de Memphis Misraim - Ms EAs PR MaMe. (Lei n2 8.610, de 19-2-98) Todos os direitos desta edi¢So, em lingua portu- ‘uesa, reservados. Proibida a traducso sem autorizacéo, 4s

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