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eho do Mr CA Simbologia Simbologia. Alenda diz que Salomao, querendo fazer do seu corpo um templo digno, pediu a Hiram, rei de Tiro, um mestre arquitecto de obra. Hiram, Rei Consciéncia, envia e recomenda-lhe Hiram Abiff (Mestre Construtor), filho de uma vitiva. Hiram Abiff 6 designado como chefe supremo dos obreiros para a construcio do templo. Estes obreiros tinham diversos graus de capacidade e diferentes talentos individuais. Era, pois, necessario dividi-los segundo as suas capacidades para poder aproveitar melhor o trabalho de cada um. Hiram, como sabio, justo e benevolente, repartiu-os em trés categorias: aprendizes, companheiros e mestres. Hiram deu a cada um a maneira de se fazer conhecido como tal por meio de signos, toques e palavras apropriados. Hiram construiu e ergueu no Templo duas grandes colunas bronze, ocas. Determinou que os Aprendizes recebessem o seu salério na primeira coluna, os Companheiros, na segunda e os Mestres na “camara do meio”. Cada classe de obreiro, para poder receber o seu salério, fazia-se conhecer pelo esforco e trabalho que tinha dedicado & Obra. O trabalho foi dirigido e executado com sabedoria, ordem e exactid&o, segundo as instrugdes recebidas, e a obra avancou em progresso e elevacdo rapidamente. Apesar do numero de obreiros, que entre todos eram mais de oitenta mil, e de ser feito todo o género de obra, ndo se ouvia nenhum ru(do de instrumento de metal. Durante sete anos ou mais de construco, no houve chuva, porque o templo estava constantemente coberto. Igualmente reinaram a paz e a prosperidade durante a construgdo do Templo. Trés obreiros da classe dos companheiros, julgando-se merecedores e dignos de serem mestres, e querendo conseguir isso pela forca, como acontece com todos os ignorantes, congeminaram uma conspiracao para se apoderarem, pela violéncia, da Palavra Sagrada, e serem reconhecidos como Mestres. Estes trés trataram de convencer outros nove companheiros mestres, mas estes, no ultimo momento, desistiram, porque foram perturbados pelo remorso. Os trés ctimplices ficaram sozinhos, e, urdindo o crime, resolveram obter a Palavra pela forca, do préprio Hiram. Os trés aguardaram-no, a quem, pela sua bondade, esperavam intimidar. Escolheram o meio- dia como a hora mais propicia, pois a essa hora Hiram costumava visitar e revisar o trabalho, e elevar as suas preces enquanto os demais descansavam. Os trés dirigiram-se para as trés portas do Templo, que naquele momento jé estavam desertas, porque todos os obreiros jé tinham saido para descansar. Quando Hiram terminou a sua prece e quis atravessar a porta do sul, o companheiro ali postado o ameagou com a sua régua de vinte e quatro polegadas, pedindo-Ihe a Palavra eo Sinal de Mestre. Todavia, o Mestre respondeu-lhe: “Trabalha, e sers recompensado!” Vendo a inutilidade dos seus esforcos, o companheiro ignorante o golpeou fortemente com a régua. E, tendo o Mestre levantado o braco direito para deter o golpe vibrado sobre a sua garganta, 0 seu ombro direito foi atingido, paralisando o brago. Mestre dirigiu-se, entio, até a porta do Ocidente, e, ali, o segundo companheiro exigiu-Ihe, como o primeiro, A Palavra e o Sinal de Mestre, recebendo a mesma resposta: “Trabalha, obterds”. Entdo este companheiro deu-Ihe um forte golpe no peito com o esquadro de ferro. Meio aturdido, Hiram dirigiu-se até a porta do Oriente. Nesta porta o terceiro o esperava. Era 0 pior intencionado dos trés, que, recebendo a mesma negativa do Mestre, deu-lhe um golpe mortal sobre a fronte, com o malhete que tinha levado consigo. Quando os trés se encontraram novamente, comprovaram que nenhum possuia o Sinal nem a Palavra; horrorizaram-se pelo crime inttil e ndo tiveram outro pensamento senao o de ocult lo e fazer desaparecer os seus vestigios. E, assim, de noite, levaram a vitima em direccao ao Ocidente e a esconderam no cume de uma colina, perto do local da construsio. Quando Hiram nao apareceu no lugar do trabalho, todos ficaram perplexos, pressagiando uma desgraca. Terminou o dia, e 0 Arquitecto no apareceu; ento, os nove companheiros, que se tinham oposto & ideia dos trés malvados, decidiram revelar aos Mestres 0 ocorrido. Foram conduzidos & presenca de Saloméo, que, depois de ter escutado 0 relato dos trés mestres e dos nove companheiros, ordenou aos primeiros que formassem trés grupos, cada um deles unindo-se com 0s seus companheiros para esquadrinhar os territérios e regides do Oriente, do Ocidente e do Meio-dia, em busca do Grande Mestre e Arquitecto Hiram Abiff, e dos trés companheiros da Palavra Perdida, a qual nem mesmo Salomo conhecia, e que se tinha perdido com o desaparecimento de Hiram. Durante trés dias o procuraram, inutilmente; porém, na manhé do quarto dia, um dos grupos que se dirigia para 0 Ocidente encontrava-se sobre as montanhas do Libano a fim de encontrar um lugar onde pudesse passar a noite; ouviu entdo vozes humanas numa caverna. Eram os trés companheiros assassinos. Estes viram os visitantes fazer os sinais do castigo, sinais que foram adoptados depois para os trés graus, como meio de reconhecimento. Os trés delinquentes escaparam por outra saida da caverna, e ninguém depois conseguiu encontrar os seus rastros. Quando regressavam a Jerusalém, na noite do sexto dia (jé perto da cidade), um dos trés viajantes se deixou cair, extenuado, sobre um monticulo. Observou, entdo, que a terra tinha sido recentemente removida, e que dela emanava o odor putrefacto dos cadaveres. Comegando a escavar, chegaram a apalpar o corpo mas, como estava escuro, nao se atreveram a continuar as suas pesquisas. Recobriram ento o cadaver e colocaram sobre o monticulo um ramo de acécia, espécie de érvore comum, cujas flores e folhas so sempiternas. No dia seguinte, relataram a sua descoberta a Salomao; este fez 0 Sinal e pronunciou a palavra, que depois foram usados como sinais de socorro. De seguida encarregou os nove mestres de verificar se se tratava do Grande Mestre Hiram, e de buscar nele os sinais de reconhecimento, os quais ficaram fixados pelas palavras que foram pronunciadas no momento em que 0 corpo foi levantado da sepultura. Assim procederam e, ao verem a fronte ensanguentada, coberta por um avental, e sobre 0 peito a insignia do grau, fizeram o Sinal de Horror, que ficou sendo o sinal de reconhecimento entre os macons. O registro biblico. A Biblia registra dois homens nomeados Hiram, relativo a construcdo do Templo do Rei Salomao; uma é Hiram, Rei de Tire, que era assistente de Salomao e quem providenciou materiais e trabalhadores para o projecto O outro Hiram, chamado “o filho de uma viva da tribo de Naftali”, era um trabalhador de metais, nao 0 arquitecto do Templo inteiro. Ele fez os pilares, pas e bacias de metal. As escrituras registram que este Hiram, o filho da vidva, completou todo o trabalho que ele tinha vindo fazer no Templo. Presumivelmente, ele voltou ento a sua casa em Tire, so e salvo (néo hd nenhuma indicacdo na Biblia de que qualquer coisa tenha ocorrido) Relativo & reivindicacio macénica que Hiram, o filho da vidiva, era 0 arquitecto principal do Templo, a Biblia esta clara estabelecendo que ele no era tal coisa. A Biblia revela que Deus, Ele mesmo, era o desenhista e arquitecto do Templo, que Ele deu os planos em detalhes minuciosos para David e que David os deu a Salomio, junto com a maioria dos materiais. A conexao egipcia E 0 consenso da opinido entre autoridades magénicas, fildsofos e escritores da doutrina que a lenda de Hiram Abiff somente é a versdio magénica de uma lenda muito mais antiga que a de isis e Osiris, a base dos Mistérios egipcios. ALenda de [sis e Osiris. Osiris, Rei dos Egipcios e seu Deus, realizou uma longa viagem para abensoar nagées vizinhas com o seu conhecimento das artes e ciéncias. O seu irmao ciumento, Tifao (deus do Inverno) conspirou para o assassinar e roubar o seu reino. E assim aconteceu. [sis, irm& e esposa de Osiris e sua rainha (e também deusa da lua) partiu em procura do corpo do seu marido, investigando tudo que encontrou ‘Apés certas aventuras, ela encontrou o corpo com uma Acécia préxima da parte da cabeca no caixSo. Voltando ao lar, ela secretamente enterrou o corpo, pretendendo dar um verdadeiro enterro assim que os preparativos fossem feitos. Tifo, por traig&o, roubou o corpo e cortou-o em H pedacos e escondeu -os em diversos lugares. {sis entio fez uma segunda busca e localizou todos os pedagos com excep¢ao de um: o phallus. Ela fez um phallus substituto, consagrou-o e tornou-o um substituto sagrado e objecto de adoracao. Esta, de forma extremamente abreviada, é a lenda egipcia de [sis e Osiris. E, sem duvida, a base para a lenda Magénica de Hiram Abiff. Para apoiar esta “conexio egipcia”, vamos considerar duas coisas: uma breve comparacao dos elementos-chave em ambas as histérias e as conclusdes das autoridades magénicas nos escritos base Macénicos. Uma breve comparacao das Lendas de Hiram Abiff e Osiris. A semelhanga fundamental entre as duas histérias pode ser vista em muitos aspectos, a seguir estdo alguns dos mais importantes: Ambos os homens foram para terras estrangeiras para partilhar os seus conhecimentos de artes e ciéncias. Em ambas as lendas os dois possutam algo precioso: Hiram possufa a palavra secreta, Osfris possuia o reino Em ambas as lendas hd uma conspiracao perversa por homens maus para adquirir as posses dos dois. Em ambas as lendas hd uma luta e um assassinato do lider virtuoso. Ambos so assassinadas pelos seus irmios (Osiris por Tiféo; Hiram por Jubelum, seu irmao Magom). Ambos os corpos so enterrados as pressas, com a inten¢ao de um futuro funeral. Locais dos corpos esto ambos marcados por uma Acacia na cabega do local do enterro. Em ambas as lendas, hé duas buscas separadas para encontrar os corpos. Em ambas as lendas hd uma perda de algo precioso: com a morte de Hiram, a palavra secreta esté perdida; na morte de Osiris, o falo estd perdido. Em ambas as lendas hd uma substitui¢ao para o bem precioso que se perdeu; A palavra perdida de Hiram é substituida pela palavra secreta; O falo perdido de Osiris é substituido por outro falo consagrado. O Terceiro Landmark. “A lenda do terceiro grau é um Landmark importante, cuja integridade tem sido respeitada Nao existe na Maconaria nenhum Rito, em qualquer pafs ou em qualquer idioma, em que néo sejam expostos os elementos essenciais dessa lenda. As formulas escritas podem variar e, na verdade, variam; porém, a lenda do construtor do Templo constitui a esséncia e a identidade da Magonaria. Qualquer rito que a excluisse ou a alterasse materialmente, cessaria, por isso, de ser um rito magénico”

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