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RA o Deus Unico, a unidade no centro da diversidade. Luz em Extensiéo: O Caminho de RA © 1995 Vincent Bridges Na teologia dos sacerdotes de Helidpolis, temos um vislumbre da compreensio espiritual mais antiga da humanidade sobre a natureza da luz. Esses tedlogos inteligentes conseguiram descrever sua qualidade relativista nada com qualquer matéria pode ir mais r4pido que a luz em termos de uma unidade mitolégica de grande profundidade e complexidade filoséfica, o “poder operativo e criativo” imaginado pelos egipcios como o grande deus RA. Esta poderosa imagem arquetipica foi criada pelo rehket-sa, ou “assembléia de sabios”, de Heliépolis, com a ajuda de um grupo de seres conhecidos como Henmemet, ou “Os Iuminados”. Desde os tempos mais antigos, (a grafia do nome da propria cidade, Annu uma ponta de langa com nadadeiras, uma jarra e 0 simbolo da cidade sugere o local onde as espagonaves pousam sua carga). Helidpolis parece ter sido um lugar muito cosmopolita, onde varias ragas e algumas espécies interplanetarias se misturaram livremente. A grafia do nome Henmemet sugere um grupo de seres fisicos, definitivamente nao espiritos, que sao “cheios de luz”. Esta frase reaparece quando os sacerdotes de RA tentam descrever a vida para o crente que partiu no Barco de um Milhao de Anos; em certo sentido, os seguidores de RA se tornariam como o Henmemet e viajariam pelas estrelas alimentados e vestidos com luz. Talvez tenham sido esses viajantes celestes que educaram os s4bios de Annu nas artes da matematica, geometria, fisica, astronomia, e assim por diante, através da familiar lista da inesperada sofisticacdo das primeiras dinastias. Onde quer que eles aprendessem ou descobrissem as informagées, os sacerdotes de Annu foram os primeiros humanos a codificar essas constantes fisicas, pistas para a estrutura do universo, em uma teologia mitica que é descritiva da natureza real da realidade fisica e psicolégica. Se pensarmos em RA como a personificagao de tudo o que agora chamamos de natureza da luz, ento seu papel como o principio criativo original de repente entra em foco. O tempo, dizem-nos, comegou com a primeira aparicao de RA; a eternidade é referida como “desde o tempo de RA”. Estas sao ideias que sugerem fortemente o papel da luz como o parAmetro final do continuum espago/tempo. Sem a atividade de ligacao de fotons e ativagao de limiar, nossa realidade fisica nao existiria. E a natureza descontinua dos eventos quanticos, a absorgdo e emissaio de fotons, que cria essa existéncia discreta e senciente. Portanto, RA, quando entendido como a natureza da luz, representa criativamente nosso mundo e todas as suas partes. Os antigos egipcios expressavam isso na forma como soletravam a palavra ra. O som “r” é representado como uma boca, ou uma vesica piscis ¢ 0 “a” é 0 simbolo da mio estendida, Os determinantes sao: um simbolo do sol com uma linha até 0 chao e a figura do deus sentado, que nos diz que este ra é um deus que local energia do sol, ou grande luz. Os simbolos fonéticos sugerem, em estilo hieroglifico rebus, que as ondas dao ou fornecem a energia do sol. A boca de RA é um esquema da onda senoidal de uma corda vibrante e, como a vesica, gera 0 niimero irracional da raiz quadrada de 3. Esse ntimero divide a forma-volume do cubo (um cubo com arestas iguais a 1; um plano retangular é passado diagonalmente pelo cubo, cuja diagonal ¢ igual A raiz quadrada de trés) e, lembre-se, toda forma no universo criado é um volume. Pense na raiz quadrada do como um gerador de forma, poligonos regulares surgindo um apés 0 outro na sucessio de construgdes vesicas que se desdobram da autodivisdo da unidade. Esse fluxo criador de formas, sugerem os glifos, é uma dadiva da fonte de energia local, 0 sol. Esse dom da forma € a esséncia do que os tedlogos egipcios consideravam divino. Nesse sentido, RA era indiscutivelmente o Deus Unico, a unidade no centro da diversidade. Esse dom da forma é a esséncia do que os tedlogos egipcios consideravam divino. Nesse sentido, RA era indiscutivelmente o Deus Unico, a unidade no centro da diversidade. Esse dom da forma é a esséncia do que os teélogos egipcios consideravam divino. Nesse sentido, RA era indiscutivelmente o Deus Unico, a unidade no centro da diversidade. Agarre-se a essa percepgao. E uma pista para entender os mistérios basicos da teologia egipcia. Os Seguidores de RA, como os Henmemet, que visitaram Heliépolis no inicio da era dindstica, eram pessoas reais, no espiritos. E deles que 0 conceito de “Deus 0 Principio”, a “Fungo RA” passou para os sacerdotes da Cidade do Sol. Os “Seres de Luz”, isto é criaturas que sao alimentadas, vestidas e enyoltas em luz, tornaram-se naturalmente o foco do conceito religioso que ensinavam. Se acreditarmos (como os antigos egipcios pensavam) na Fungo RA, 0 “Um Deus que é Todos os Deuses”, entio nos tornaremos como esses seres de luz quando morrermos. Como eles, viajaremos para sempre no Barco de um Milhao de Anos. Crengas como essas eram populares entre os sacerdotes ¢ intelectuais, mas a massa do povo egipcio nunca vacilou em sua fé no paraiso xamAnico de Osiris, um deus da vegetacao cuja adoracio criou um culto aos mortos divinizados. Se a fungdo RA existiu desde 0 inicio dos tempos, entio 0 culto a Osiris certamente teve seu inicio no momento em que o primeiro macaco Handy soube da morte. O tinico deus digno de respeito para aquele macaco de luto era aquele que poderia amenizar 0 terrivel vazio solitdrio da extingio. Uma vida apés a morte de julgamento e recompensa garantiu que a existéncia fosse continua e tivesse significado, mesmo que esse significado fosse julgado como negativo. Ausar Un-Nefer, Osiris, 0 Justificado, preencheu o vazio existencial da morte com uma panéplia de provacées xamAnicas e interacdo divina. A genialidade dos teélogos e cientistas sociais heliopolitanos da IV Dinastia reside em sua resolugo criativa para o problema dessas duas pés-vidas contrastantes. Ausar (Osiris) foi convidado para o Barco de um Milhdo de Anos ¢ foi convidado a sentar-se A direita de RA. Na verdade, ele foi convidado para ser o regente de RA, seu vice-rei entre os macacos, por assim dizer. O nome, Ausar é escrito com 0 olho de RA acima de um trono, ea figura do deus como determinante. Sua fungio distintiva, “estabilidade”, simbolizada pelo djed semelhante a uma espinha dorsal, ja foi, junto com a “luz”, considerada um dos poderes de RA. A adoragio de Osiris, com seu paraiso xaminico, foi assim elevada por sua fusdo com a fungao RA ao nivel de uma religio universal. Como tal durou muito tempo os sacerdotes de RA, cujas fungdes foram usurpadas por Amon de Tebas. A uniao dessas duas formas divinas produziu o mistério central da experiéncia religiosa egipcia. Uma linha dos Textos da Piramide da V* Dinastia diz: “O Grande Segredo, O Grande Mistério; é RA, é Osiris.” Isso poderia ser interpretado como: “O Grande Segredo: somos de origem extraterrestre. O Grande Mistério: podemos retornar a esse nivel de ser; é RA (que revela o Grande Segredo), é Osiris, (que nos mostra o Grande Mistério).” Essa mistura de valores cosmolégicos e metaféricos forneceu a tensao interna que manteve os mistérios egipcios vitais por mais de trés mil anos. O caminho de RA oferecia uma existéncia cosmolégica transcendental no barco de um milhio de anos, enquanto o caminho de Osfris prometia a eternidade em uma metafora astral para a vida ao longo do Nilo. E-nos dito no “Livro dos Mortos” que RA e Osiris sio almas gémeas, unidas entre os pilares do Djed, mas ficamos com poucas pistas de como essa unifica¢ao seria realizada. As pistas que temos (ver discussdes em Edfu e Letopolis) apontam para a agéncia de Heru-Ur, 0 ancido deus do céu que de alguma forma consegue ser cosmolégico e metaférico e, portanto, atua como um meio para sua unificacao. Estranhamente, 0 Ritual Ne6fito do grupo magico do século XIX, A Ordem Hermética da Golden Dawn, sugere 0 mesmo processo ao ter a forma divina de Heru-Ur (Acouris) como a forma ativa ou iniciatica de Osiris. Nesse mesmo ritual, muito se fala de uma frase egipcia, “Khabs m Pehket”, que é traduzida como “Luz em Extensio”. Com esta escolha inspirada, a Ordem penetrou no 4mago dos mistérios egipcios. Os egipcios tinham muitas palavras que significavam “luz”, mostrando uma compreensio sutil ¢ sofisticada tanto da fisica quanto da otica por suas grafias e usos variados. Mas um, o usado pela Ordem, tinha uma série muito incomum de significados associados a ele. Khabs em seus significados de raiz sugere “brilhar ou brilhar como uma estrela”. Também pode significar a propria estrela, ou qualquer outra “lampada” celestial, como nas “Lampadas dos Decanatos”. Este significado de “lampada” tornou-se uma frase mistica associada A experiéncia de estar cheio de luz, como eram os Henmemet. Nesse sentido, passou para o Isla como 0 verso 35 da sura 24 do Alcorao, tornando-se com o tempo 0 foco de muitas seitas sufis, incluindo os Al Hagag Sufis da Mesquita do Templo em Luxor. Khabs implica todo o mistério de RA e “o Caminho de Tornar-se Luz, Como esses fragmentos da sabedoria heliopolitana encontraram seu caminho para uma sociedade magica inglesa do século XIX é outra histéria, mas sua prépria sobrevivéncia indica o profundo poder arquetipico dessas formulagoes. “Luz em ExtensAo” parece ser a chave para ativar 0 Equinécio dos Deuses, a Unificagao dos Caminhos de RA e Osiris, e o meio pelo qual isso ocorrera (esta ocorrendo!) 0 Céu, Heru-Ur. Afinal, 21 de margo no calendario do Cairo ¢ chamado de “festa da Reconstitui¢éo do Céu: A Companhia dos Deuses, uniao das casas de RA, Ausar e Heru”. Luz em Extensio: O Caminho de RA Na teologia dos sacerdotes de Heliépolis, temos um vislumbre da compreensao espiritual mais antiga da humanidade sobre a natureza da luz. Esses tedlogos inteligentes conseguiram descrever sua qualidade relativista nada com qualquer matéria pode ir mais répido que a luz em termos de uma unidade mitolégica de grande profundidade e complexidade filoséfica, o “poder operat imaginado pelos egipcios como o grande deus RA. Esta poderosa imagem arquetipica foi criada pelo rehket-sa, ou “assembléia de sabios”, de Heliépolis, com a ajuda de um grupo de seres conhecidos como Henmemet, ou “Os Iluminados”. Desde os tempos mais antigos, (a grafia do nome da prépria cidade, Annu uma ponta de langa com nadadeiras, uma jarra ¢ 0 simbolo da cidade sugere o local onde as espaconaves pousam sua carga). Helidpolis parece ter sido um lugar muito cosmopolita, onde varias ragas ¢ algumas espécies interplanetarias se misturaram livremente. A grafia do nome Henmemet sugere um grupo de seres fisicos, definitivamente nao espiritos, que so “cheios de luz”. Esta frase reaparece quando os sacerdotes de RA tentam descrever a vida para o crente que partiu no Barco de um Milhao de Anos; em certo sentido, os seguidores de RA se tornariam como o Henmemet e viajariam pelas estrelas alimentados e vestidos com luz. Talvez tenham sido esses viajantes celestes que educaram os sabios de Annu nas artes da matemitica, geometria, fisica, astronomia, e assim por diante, através da familiar lista da inesperada sofisticago das primeiras dinastias. Onde quer que eles aprendessem ou descobrissem as informagdes, os sacerdotes de Annu foram os primeiros humanos a codificar essas constantes fisicas, pistas para a estrutura do universo, em uma teologia mitica que é descritiva da natureza real da realidade fisica e psicoldgica. Se pensarmos em RA como a personificagao de tudo o que agora chamamos de natureza da luz, entao seu papel como o principio criativo original de repente entra em foco. O tempo, dizem-nos, comesou com a primeira apari¢io de RA; a eternidade é referida como “desde o tempo de RA”. Estas so ideias que sugerem fortemente o papel da luz como o parAmetro final do continuum espaco/tempo. Sem a atividade de ligagao de fotons e ativacao de limiar, nossa realidade fisica nao existiria. E a natureza descontinua dos eventos quAnticos, a absor¢do e emissao de fotons, que cria essa existéncia discreta e senciente. Portanto, RA, quando entendido como a natureza da luz, representa criativamente nosso mundo e todas as suas partes. Os antigos egipcios expressavam isso na forma como soletravam a palavra ra. O som “r” & representado como uma boca, ou uma vesica piscis e 0 “a” & 0 simbolo da mAo estendida, Os determinantes sao: um simbolo do sol com uma linha até 0 chio ea figura do deus sentado, que nos diz que este ra é um deus que localiza a energia do sol, ou grande luz. Os simbolos fonéticos sugerem, em estilo hieroglifico rebus, que as ondas dio ou fornecem a energia do sol. A boca de RA é um esquema da onda senoidal de uma corda vibrante e, como a vesica, gera 0 mimero irracional da raiz quadrada de 3. Esse nimero divide a forma-volume do cubo (um cubo com arestas iguais a 1; um plano retangular é passado diagonalmente pelo cubo, cuja diagonal é igual A raiz quadrada de trés) e, lembre-se, toda forma no universo criado é um volume. Pense na raiz quadrada do como um gerador de forma, poligonos regulares surgindo um apés 0 outro na sucesso de construgdes vesicas que se desdobram da autodivisio da unidade. Esse fluxo criador de formas, sugerem os glifos, é uma ddiva da fonte de energia local, o sol. Esse dom da forma &a esséncia do que os tedlogos egipcios consideravam divino. Nesse sentido, RA era indiscutivelmente 0 Deus Unico, a unidade no centro da diversidade. Esse dom da forma é a esséncia do que os tedlogos egipcios consideravam divino. Nesse sentido, RA era indiscutivelmente o Deus Unico, a unidade no centro da diversidade. Esse dom da forma é a esséncia do que os tedlogos egipcios consideravam divino. Nesse sentido, RA era indiscutivelmente 0 Deus Unico, a unidade no centro da diversidade. Agarre-se a essa percepcao. E uma pista para entender os mistérios basicos da teologia egipcia. Os Seguidores de RA, como os Henmemet, que visitaram Helidpolis no inicio da era dinastica, eram pessoas reais, nao espiritos. E deles que © conceito de “Deus 0 Principio”, a “Fungo RA” passou para os sacerdotes da Cidade do Sol. Os “Seres de Luz”, isto é, criaturas que so alimentadas, vestidas envoltas em luz, tornaram-se naturalmente 0 foco do conceito religioso que ensinavam. Se acreditarmos (como os antigos egipcios pensavam) na Fungao RA, 0 “Um Deus que é Todos os Deuses”, entio nos tornaremos como esses seres de luz quando morrermos. Como eles, viajaremos para sempre no Barco de um Milhao de Anos Crengas como essas eram populares entre os sacerdotes ¢ intelectuais, mas a massa do povo egipcio nunca vacilou em sua fé no paraiso xamAnico de Osiris, um deus da vegetacio cuja adoracio criou um culto aos mortos divinizados. Se a fung’o RA existiu desde o inicio dos tempos, entao 0 culto a Osiris certamente teve seu inicio no momento em que o primeiro macaco Handy soube da morte. O tinico deus digno de respeito para aquele macaco de luto era aquele que poderia amenizar 0 terrivel vazio solitdrio da extingAo. Uma vida apés a morte de julgamento e recompensa garantiu que a existéncia fosse continua e tivesse significado, mesmo que esse significado fosse julgado como negativo. Ausar Un-Nefer, Osiris, 0 Justificado, preencheu o vazio existencial da morte com uma panéplia de provagdes xamanicas ¢ interagio divina. A genialidade dos teélogos e cientistas sociais heliopolitanos da IV Dinastia reside em sua resolugao criativa para o problema dessas duas pés-vidas contrastantes. Ausar (Osiris) foi convidado para o Barco de um Milhao de Anos e foi convidado a sentar-se A direita de RA. Na verdade, ele foi convidado para ser o regente de RA, seu vice-rei entre os macacos, por assim dizer. O nome, Ausar é escrito com o olho de RA acima de um trono, e a figura do deus como determinante. Sua fungao distintiva, “estabilidade”, simbolizada pelo djed semelhante a uma espinha dorsal, j4 foi, junto com a “luz”, considerada um dos poderes de RA. A adoragio de Osiris, com seu paraiso xamAnico, foi assim elevada por sua fusio com a fungSo RA ao nivel de uma religido universal. Como tal durou muito tempo os sacerdotes de RA, cujas fungdes foram usurpadas por Amon de Tebas. A unifio dessas duas formas divinas produziu o mistério central da experiéncia religiosa egipcia. Uma linha dos Textos da Piramide da V* Dinastia diz: “O Grande Segredo, O Grande Mistério; é RA, é Osiris.” Isso poderia ser interpretado como: “O Grande Segredo: somos de origem extraterrestre. O Grande Mistério: podemos retornar a esse nivel de ser; é RA (que revela o Grande Segredo), é Osiris, (que nos mostra o Grande Mistério).” Essa mistura de valores cosmolégicos e metaféricos forneceu a tensio interna que manteve os mistérios egipcios vitais por mais de trés mil anos. O caminho de RA oferecia uma existéncia cosmolégica transcendental no barco de um milhao de anos, enquanto o caminho de Osiris prometia a eternidade em uma metéfora astral para a vida ao longo do Nilo. E-nos dito no “Livro dos Mortos” que RA ¢ Osiris so almas gémeas, unidas entre os pilares do Djed, mas ficamos com poucas pistas de como essa unificagao seria realizada. As pistas que temos (ver discussdes em Edfu e Letopolis) apontam para a agéncia de Heru-Ur, o ancidio deus do céu que de alguma forma consegue ser cosmoldgico e metaférico ¢, portanto, atua como um meio para sua unificagao. Estranhamente, 0 Ritual Neéfito do grupo magico do século XIX, A Ordem Hermética da Golden Dawn, sugere 0 mesmo processo ao ter a forma divina de Heru-Ur (Aeouris) como a forma ativa ou inicidtica de Osiris. Nesse mesmo ritual, muito se fala de uma frase egipcia, “Khabs m Pehket”, que é traduzida como “Luz em Extensio”. Com esta escolha inspirada, a Ordem penetrou no Amago dos mistérios egipcios. Os egipcios tinham muitas palavras que significavam “luz”, mostrando uma compreensio sutil e sofisticada tanto da fisica quanto da ética por suas grafias ¢ usos variados. Mas um, 0 usado pela Ordem, tinha uma série muito incomum de significados associados a ele. Khabs em seus significados de raiz sugere “brilhar ou brilhar como uma estrela”. Também pode significar a prépria estrela, ou qualquer outra “lampada” celestial, como nas “Lampadas dos Decanatos”. Este significado de “lampada” tornou-se uma frase mistica associada A experiéncia de estar cheio de luz, como eram os Henmemet. Nesse sentido, passou para o Isl como 0 verso 35 da sura 24 do Alcorao, tornando-se com o tempo o foco de muitas seitas sufis, incluindo os Al Hagag Sufis da Mesquita do Templo em Luxor. Khabs implica todo o mistério de RA e “o Caminho de Tornar-se Luz, Como esses fragmentos da sabedoria heliopolitana encontraram seu caminho para dade magica inglesa do século XIX é outra histéria, mas sua propria sobrevivéncia indica o profundo poder arquetipico dessas formulagées. “Luz em Extensfo” parece ser a chave para ativar 0 Equinécio dos Deuses, a Unificagao dos Caminhos de RA e Osiris, e o meio pelo qual isso ocorrera (esté ocorrendo!) 0 Céu, Heru-Ur. Afinal, 21 de margo no calendario do Cairo é chamado de “festa da Reconstitui¢o do Céu: A Companhia dos Deuses, unio das casas de RA, Ausar Heru”. O Caminho de Ausar e os Mistérios da Ressurreicao O DJED E A ARVORE DA VIDA O Djed parece ser um “fetiche” pré-dindstico que de alguma forma foi absorvido pela lingua egipcia como o ideograma da estabilidade. O melhor que podemos dizer € que em suas conotagdes originais, o djed estava ligado A fertilidade, a energia vital sobrenatural do prdprio grao. Quando os sacerdotes da Primeira Dinastia comegaram sua grande sintese da teologia egipeia, o djed tornou-se um dos quatorze poderes ou “kaw” do Grande Deus RA. Cada poder foi dado a um membro da triade de Memphis, e entdo Ptah acabou com 0 djed. Djed de Ptah era frequentemente mostrado com um tipo de cetro Uas plugado no topo dele, junto com 0 cajado e 0 mangual que mais tarde se tornariam os emblemas do proprio Osiris. Parece que Osiris assumiu esses objetos do ideograma do djed. Ptah tornou-se associado a Sokar, o Deus da Terra dos Mortos, que Osiris, absorveu no inicio do Antigo Império. Uma variedade de Djeds mostrando um pilar sustentando quatro niveis horizontais. Felizmente, o egipcio € muito logografico, bem como ideografico e fonético. Isso significa que os sinais de palavras podem ser soletrados usando sons e significados semelhantes aos do sinal. Djed também é a palavra egipcia para “falar”, “declarar”, “dizer”. Com énfase, Ddd-jed, é a propria palavra sagrada, a fala deificada. Por mais interessante que seja, so as outras raizes que realmente atingem um nervo sugestivo. Djedd, mesma palavra, énfase ligeiramente diferente, significa “estrela” ou, na verdade, a culminagao ou azimute da estrela. E agora, de repente, entramos em erupgao na Cabala. Novamente, a mesma palavra, djedd, também é uma palavra hebraica perfeitamente boa dzeth, e ambas significam uma oliveira. A mesma palavra, com pronincia muito semelhante, & encontrada tanto em copta quanto em arabe. Observe também que a letra hebraica teth, a serpente, escrita por extenso, é semelhante tanto na pronuncia quanto no valor numérico dzeth é 417 ¢ teth é 419. A ligacao da oliveira conduz-nos a terreno fértil. A oliveira é a Arvore da Vida original, talvez até mesmo a sarca ardente de Moisés (Novamente, veja Alcorao 28:37). A combinagao da ideia de estrela com a imagem da Arvore da vida sugere um interessante conjunto de significados associados ao djed. Ainda mais interessante, 417, em hebraico, é 0 valor da Arca de Noé. O djed é um objeto que pode nos transportar com seguranga através das vastas diguas de um mundo para o outro. O conceito do Djed como um objeto sagrado pode ser dividido em trés categorias: 1) Djed como uma ideia é encontrada desde os primeiros tempos dindst associados aos Uas e ao Ankh, como no conceito trés em um “vida/estabilidade/serenidade”. Dai surgiu o verbo djed, que significava estavel, permanente. OS 2) O pilar Djed é 0 objeto sagrado adorado em tempos pré-dindsticos no Delta como a Arvore do mundo. Em um pequeno santurio de Osiris contra a parede norte do complexo de Karnak, ha um belo relevo da Arvore do Mundo florescendo do djed. 3) A terceira categoria é 0 amuleto djed, uma pequena réplica geralmente de ouro ou osso do pilar djed que era usado para garantir que o falecido tivesse a permanéncia ¢ estabilidade de Osiris. O nome, "espinha dorsal de Osiris ", é escrito como um pilar djed com uma forma de lgrima semelhante a esperma movendo-se para cima em diregao a um hemisfério. Podemos ver isso como emblemitico da forga sexual, o esperma, subindo para a ciipula do crAnio a ascensio da forga da kundalini Esse conceito fica ainda mais claro com a palavra especializada para luz astral ou brilho psiquico em egipcio, que também é pronunciada djed. Escrito como a combinagio dos poderes “kaw” luz e estabilidade, esta palavra tem conotagdes magicas muito definidas. O ideograma de luz, um disco solar mostrado irradiando energia para baixo, no tem valor fonético, mas indica um ser de luz. Nesse sentido, encontra seu caminho para a palavra aakhu, um ser espiritual, uma descrico ou titulo muito semelhante ao maia Ahau. A luz, nesse sentido, é a luz divina, 0 feixe césmico mediado pelas vibragdes do préprio sol. Também nos mostra a natureza do Equindcio dos Deuses e nos dé uma pista para a criacao da alma gémea RA/Osiris. O Djed é a antiga imagem da Arvore do mundo como 0 foco de uma espécie de forca kundalini planetaria. Estar desconectado do Djed ao seu lado é estar fora de contato com a grande comunidade galactica. Erguer o djed era abrir um portal entre os mundos, reconectar a comunidade humana com a maior comunidade de senciéncia da galaxia. Era fungio do faraé realizar essa facanha essencialmente magica, assim como era fungao dos reis maias. Djed é 0 canal para o feixe de comunicagio galictico, bem como o préprio feixe. A elevacao ocorre em todos nds A medida que nos sintonizamos com 0 fluxo telrico da kundalini, ¢ entdo nos tornamos Djedi, os “estveis”. Levantando 0 Djed de Abydos O CALENDARIO DO CAIRO © Calendario do Cairo é um pedago de papiro comido por formigas comprado pelo Museu do Cairo em 1943. A segunda seco desta obra, cujo titulo é algo como “Uma introdugao ao inicio da Eternidade e ao fim da Eternidade”, da uma leitura para cada dia do ano. (Esses conceitos poderiam ser trabalhados produtivamente. Eles sugerem a raiz do conceito de “consciéncia espiritual”, uma espécie de lembranga de si semelhante A dos sufis e de Gurdjief). Como parte de determinar se um dia é auspicioso ou nfo, a mitologia relacionada a esse dia também é fornecida. O calendario do Cairo é nossa tinica fonte de como alguns desses conceitos se relacionam com o tempo e a estrutura do ano. O Calendario fornece muitas pegas de varias mitologias diferentes ¢ as une pela forma como esses s eventos arquetipicos e miticos impactam a humanidade. Um documento verdadeiramente incrivel! O calendario do Cairo menciona o Djed trés vezes. A primeira ocorre em setembro, décimo nono dia do segundo més de inundacio. O calendario nos diz; “E o dia da saida de Nun para erguer o pilar Djed em seu lugar para compensar os deuses em sua presenga.” Agora, isso é muito intrigante. Se Nun é a Agua primordial, o ser original, entao quem sao os deuses? Dois dias antes, no dia 17, somos informados de que a Enéade Maior e Menor emergiu das “Aguas cadticas de Nun”, Estes sfio os deuses diante de quem Nun estabelece o Djed. “Em seu lugar” estaria, é claro, o monte primordial em Edfu, mas como os deuses sio compensados por sua presenca? Por que os deuses precisam ser compensados? O que o pilar Djed faz por esses seres primordiais? A préxima data Djed, 25 de outubro em nossa conta, 0 26° dia do terceiro més de inundagio, é muito importante. “E o dia de estabelecer 0 Djed de Atum no céu e na terra de Helidpolis no momento do tumulto. Os Dois Senhores se reconciliam, fazendo com que a terra fique em paz. Todo o Egito é dado a Horus, e todo 0 deserto a Set, Tehuti sai para ser julgado perante RA.” O calendario do Cairo é uma curiosa colegio de fragmentos folcléricos. Sua escrita hieratica data do Império Novo, mas algumas de suas frases sio extremamente obscuras, sugerindo que remontam ao Império Antigo ¢ talvez além, em tempos pré-dindsticos. Certamente esse vislumbre da resolugao do conflito entre Hérus e Set é bastante incomum, com seu djed quase deus-ex-machina. “The djed of Atum” é um conceito tnico, que nao consigo encontrar em nenhum outro lugar. Atum é 0 deus criador heliopolitano, o senhor autocriado de tudo. No capitulo 175 do Livro dos Mortos, Atum se dirige a Osiris sobre o fim do mundo: “Estou acabando com tudo 0 que fiz desde que a terra emergiu do estado aquoso primal do abismo de Nun. Eu sou o destino e Osiris. Eu me transformei em outras serpentes. Nem os deuses nem a humanidade podem perceber a dupla beleza que criei para Osiris, m Mortos.” r que todos os deuses. Eu concedi a ele o Monte dos Isso comega a se assemelhar 3 imagem de um caduceu, a haste entrelagada com serpentes do psicopompo grego Hermes. As serpentes claro, sio conexdes com a corrente terrestre, a palavra serpente é egipcia, djed-ft, esta relacionada com as raizes usadas no préprio Djed, indicando que os conceitos estavam relacionados. A declaracio de Atum, “Eu sou o destino e Osiris,” 0 cerne do mistério. Podemos ler 0 significado disso como préximo ao "sofrimento ¢ a liberacio do sofrimento do budismo. Conceder a Osiris 0 Monte dos Mortos é dar a ele a posigao do Nun djed-pilar original, como uma espécie de mediador entre os mundos. O Ultimo dia Djed no calendario do Cairo é 0 sexto dia do segundo més de Emergéncia, 3 de janeiro em nosso célculo atual. “E o dia de erguer 0 pilar djed de Osiris. Os deuses ficam tristes, com o rosto voltado para baixo quando se lembram de Osiris.” O Calendario lista os outros dias Djed como muito favoraveis, mas este esta listado como muito desfavoravel. A tristeza dos deuses sugere sua compaixao pela condigo humana. Nesse sentido, o “djed de Osiris” pode ser visto como uma espécie de resgate divino. Tristes com nosso destino, os deuses nos deram um mecanismo de fuga, o Djed. A ARVORE DO MI ‘DO Agora, vamos tentar reunir todas essas informagdes em uma imagem coerente. O djed comecou como um objeto de poder para as culturas neoliticas do Delta. Simbolizava “estabilidade”, ou melhor, “estabelecimento divino”. A Arvore do mundo ou eixo é um motivo comum nas praticas xamAnicas, indicando uma consciéncia da infra-estrutura do universo. A medida que essa ideia se tornou uma palavra, ela foi associada a palavras com sons semelhantes para ter uma ortografia fonética. A raiz complexa da grafia da palavra djed abrange os conceitos de fala, incluindo a fala divina, a culminagdo de uma estrela ¢ uma oliveira, a propria Arvore do mundo. Isso nos diz que os antigos egipcios pensavam no Djed como algo pronunciado divinamente, uma Arvore que liga a terra e as estrelas. Curiosamente, o grupo de linguas indo-européias tem um complexo de palavras- raiz muito semelhantes ao que acabamos de esbocar em egipcio. A Arvore do mundo, neste caso, é 0 carvalho, *dorw no antigo indo-ariano. Assim como a oliveira era a Arvore da Vida no Mediterraneo por sua capacidade de fornecer alimentos e, portanto, garantir a estabilidade, foi o carvalho que forneceu essa estabilidade aos antigos proto-europeus que vagavam pelas vastas florestas de carvalhos do pés- periodo de calor glacial. A palavra para carvalho também significava firme, forte, estdvel e duradouro. Nossas palavras inglesas modernas verdade, confianga ¢ até Arvore vém dessas raizes. Druida também pertence & familia *dorw e significa “vidente dos carvalhos”. Sempre que rastreamos os descendentes das palavras-raiz da familia carvalho nas varias linguas indo-européias, da Irlanda A india, descobrimos que eles so destacados no uso religioso. E na india encontramos grandes pecas do quebra- cabega. Uma passagem no Rigveda ecoa a anotacao no Calendario do Cairo: “Qual é a Arvore, que é a floresta da qual eles moldaram o Céu e a Terra, o papel de carta, imperecivel e que da protecio as divindades”. A palavra para rvore aqui, daru, é a derivacao direta de *dorw. Daru é a Arvore, a Arvore do Mundo, 0 Pilar Césmico em torno do qual se pensava que todo 0 universo girava. A arvore do mundo é freqiientemente mostrada na antiga arte folelérica indiana como uma grande arvore coroada com a Estrela Polar. Polaris é chamado dhruva, outro derivado, que significa firme, ou fixo. Até agora, nfio avancamos mais do que estavamos na tradicao egipcia. Mas na india do século VI aC, a metodologia foi registrada cientificamente e, portanto, preservada. Pantajali nos deixou uma espécie de manual de laboratério de psicologia, um manual faca-vocé-mesmo sobre iluminagao em seus Yoga Sutras, Esta é uma obra que contém formulas muito especificas para o desdobramento sistematico da consciéncia. Este no € 0 lugar para discutir ioga ou filosofia indiana. Estamos em uma caca ao tesouro intelectual por ideias esquecidas, procurando as conexées. A conex4o aqui esta na Férmula 28, na terceira secio da obra de Patanjali, que trata dos poderes ou habilidades. Afirma que “ao realizar samyama na estrela polar (dhruva), obtém-se conhecimento do movimento das estrelas”. Superficialmente, isso parece ébvio. Observe 0 céu noturno de qualquer lugar no hemisfério norte do planeta e vocé nao pode deixar de observar a relagao da Estrela Polar com 0 movimento das outras estrelas. Isso no é um “poder”, mas uma observagio. O que acontece entao quando vocé faz “samyama” no “dhruva?” Nao temos equivalente em inglés para a palavra sAnscrita “samyama”. Para Pantanjali, significava um grau de meditagio no qual as trés qualidades da mente se fundem. Em esséncia, isso significa a capacidade de focar a mente, permitindo que a mente flua livremente e, ao mesmo tempo, una a mente com o objeto da meditacio. E uma espécie de calistenia mental, como dar tapinhas na cabeca esfregar 0 estomago: produz um profundo estado de harmonia com o que quer que esteja focalizando, seja a imagem de uma divindade ou a Estrela Polar. Esse relacionamento intenso permite uma troca real de energia, uma transferéncia de “poder”, dai o nome da seco. Parte desse “poder” é, claro, conhecimento. Gracas A explosao de interesse pelas praticas de meditagio orientais, agora temos um grande grupo de individuos que aprenderam 0 truque, mas nao possuem a infra-estrutura cultural da visio de mundo hindu. Em certo sentido, o que os meditadores ocidentais treinados fizeram foi fornecer um certo grau de prova para a afirmagao de que os métodos so realmente cientificos e nao dependentes da cultura. A técnica e sua expresso no Sutra so muito precisas e seus resultados sio repetiveis, como foi demonstrado por um experimento na Maharishi University. No final dos anos setenta, o Dr. Jonathan Shear montou um experimento baseado no préprio Yoga Sutra no qual estamos interessados. Publicado na edigio de janeiro de 1981 da Metaphilosophy, seu artigo é extremamente instigante. Ele afirma que, assim como fizemos, “alguém esperaria perceber 0 movimento das estrelas no contexto dos céus como estamos acostumados a percebé-los e pensar sobre eles”. Mas isso no acontece. Os estagios iniciais da experiéncia, relataram os meditadores, tinham esse tipo de imagem, mas algo mais comesou a acontecer: “A Estrela Polar é vista no final de um longo eixo rotativo de luz. Raios de luz saem do eixo como as nervuras de um guarda-chuva. A estrutura semelhante a um guarda-chuva na qual as estrelas esto embutidas é vista como girando... Toda a experiéncia é descrita como espetacular, feliz, colorida e melodiosa.” Os préprios meditadores foram pegos de surpresa. Eles nfo tinham ideia de que essa imagem da Arvore do Mundo era um arquétipo real até que se depararam com ela. O Dr. Shear é enfatico quando afirma que “a experiéncia é o subproduto inocente da pratica adequada da técnica”. Acima est nosso Djed arquetipico. A cosmologia dos antigos Puranas hindus ecoa tanto os meditadores do Dr. Shear quanto as lendas do Djed. Dharma, a Lei Césmica que reside no ponto mais alto da estrutura celeste, também é uma palavra de raiz de carvalho. O Rigveda nos diz que “no topo do céu distante esta / A Palavra abrangendo tudo”. O Djed é uma das Formas Ideais de Plato, como ele descreve na histéria da ascensao de Er ao Reino das Formas Ideais na Republica. Nao importa se o vidente reside na india ou no Egito, Gri-Bretanha ou Grécia, quando o vislumbre vem, uma grande arvore sobre a qual o universo gira aparece como um raio de luz branca brilhante, seus ramos fluindo aglomerados de galaxias. A estabilidade torna-se entao o elo entre a Terra e as estrelas. Somos estaveis apenas enquanto estivermos conectados a nossa fonte estelar. Para os antigos egipcios, isso significava tanto interno quanto externo. Eles imaginaram todos conectados a um Khabs ou corpo estelar. O djed, a coluna vertebral do individuo, tornou-se 0 canal para essa conexao divina ou estelar. Uma pessoa que tinha essa conexdo estelar interna era vista como alguém que controlava a propria fora vital, um Djedi. Ha muitos elementos de energia sexual nessa conexdo, sugerindo praticas tantricas hindus e tibetanas. O Calendario do Cairo nos da alguns fragmentos tentadores de um mito Djed, que conecta Nun, Atum e Osiris de maneiras novas e incomuns. Se isso pode ser aceito como um fragmento da tradicao secreta heliopolitana, e acho que pode, entao temos a chave para o mistério do djed. Nun levanta um djed, no monte primitivo de Edfu, para “compensar” os deuses. Para que? S6 pode ser que eles nao estejam mais no “céu” ou no abismo aquoso de Nun, que talvez seja o espaco interestelar. O Djed fornece sua tao necessaria conexdo com aquela base celestial. A segunda apari¢ao do djed é um choque no céu ena terra, um alvorogo, o Calendario notou. Um canal direto foi aberto para que 0 conselho dos deuses, RA e os detentores de seu “kaw” estivessem fisicamente presentes para julgar o conflito. Este djed de Atum é unico, talvez a tnica vez que o feixe Djed foi usado dessa maneira. O terceiro djed é 0 memorial a Osiris. Os deuses tém pena da humanidade; o resgate é estabelecido. O Djed é a nossa conex4o com a galaxia; 0 equivalente egipcio ao Portal Xibalba maia, a porta de entrada para o Outromundo. A loucura de Set fez com que o Djed caisse de lado. Faraé deve levanta-lo, ou seja, restabelecer a conexdo divina ou extraterrestre. Nossa doenca é a doenca da agressao e da violéncia, 0 poder de destruir. Nossa cura é a sensagao de nosso lugar no universo maior, 0 fim do isolamento da humanidade. Esses so conceitos com os quais os egipcios se preocuparam ha milhares de anos. Esperemos que os compreendamos a tempo. NOTAS SOBRE A RELIGIAO EGIPCIA I. Notas sobre o Grande Mito Vemos a religido do antigo Egito através dos filtros do culto real e da teologia da imortalidade, Consequentemente, muito do material marginalmente relacionado, mas ainda assim significativo, foi perdido ou negligenciado. O Grande Mito, a estrutura mitoldgica na qual a Teologia Egipcia funciona e ganha expresso, nao foi declarado; talvez porque fosse secreto, ciosamente mantido pelos iniciados do templo, ou possivelmente porque era tio conhecido que era universal. A recuperacao desse Grande Mito perdido fornece um padrao no qual as pecas cadticas da mitologia egipcia podem ser confortavelmente acomodadas. Para discernir 0 Grande Mito, devemos primeiro examinar os diferentes sistemas teolégicos coexistentes no pensamento religioso egipcio. Os antigos egipcios nunca codificaram seus mitos em uma ortodoxia; a mitologia para eles era um subconjunto da filosofia ou ciéncia natural, ndo uma verdade revelada. Portanto, 0s mitos da criago dos egipcios sao lidos como versées antropomorfizadas de textos cosmolégicos. Na verdade, a grande facanha intelectual da Recensio de Méntfis foi a insisténcia de que esses conceitos sio imagens abstratas, nao eventos concretos situados no tempo. A humanidade raramente formulou uma declaracao mais inclusiva e sutil de preocupagdes ontolégicas e escatolégicas do que a teologia mentfita, Sua inclusao aponta a falta de ortodoxia ao acomodar varias outras tradigdes dentro da metéfora. Atum-Ra, Tehuti e Osiris sao vistos como formas do Grande Designio, Ptah. Como tal, eles sio complementares, nao antitéticos. Com esse espirito, podemos comecar a procurar os fios do inter-relacionamento que definem 0s limites do Grande Mito. Examinaremos essa questo sob trés perspectivas: 1) as cinco grandes tradigdes e suas relagdes, 2) a estrutura mitica derivada dessas relagées e 3) a natureza do mito como linguagem. 1) As Cinco Grandes Tradi¢ées - Estas tradigdes podem ser subdivididas em trés tradigdes baseadas em templos e localidades: a Memphis/Hermopolis/Heliépolis, a Tebana e a Edfu/Dendara do Alto Egito; e duas tradicées nao locais, a da Grande Deusa e de Osiris. a) Memphis/Hermopolis/Helidpolis- Por causa de sua influéncia politica na IV a VI Dinastias, a tradicéo de Helidpolis é a mais conhecida de todas as teologias egipcias. Também foi extremamente influente no desenvolvimento de todas as outras tradigdes. Os mitos de Heliépolis formam uma parte do alicerce sobre 0 qual repousa o Grande Mito. Apenas um pouco menos influentes so as tradigdes de Hermépolis. Esses mitos muito esotéricos so a base intelectual da posterior Teologia Menfita. Tehuti, Thoth dos gregos, nunca foi assimilado como foram Atum-Ra e Ptah. Ele permaneceu como o Embaixador Divino, no importando quem fosse o Deus Supremo. A relacio peculiar de Tehuti com todas as tradigdes é uma pista importante para a estrutura do mito subjacente. Retornaremos a este assunto depois. Em algum momento durante o final da V* ou inicio da VI Dinastia, b) Tebas/Luxor -A cidade egipcia de Waset alcangou proeminéncia politica no inicio do Império do Meio. Sua divindade criadora, um fragmento do Hermopolitan Ogdoad conhecido como Amon com o atributo de invisibilidade, nio se tornou a divindade do estado até o Novo Reino. Amon, supostamente criado simultaneamente pelos espiritos de Hermépolis e Ra, 0 Deus Sol, era uma tradigio composta e, em iiltima andlise, politica. A antiga divindade local do nome era Montu, o deus guerreiro com cabeca de falcio relacionado A tradig&o Edfu/Dendara. Como Amon, 0 Oculto, visto como um antigo deus serpente que formou 0 mundo e depois se retirou, evoluiu durante o Reino do Meio, Montu tornou-se Khonsu, o Deus da Lua; enquanto Sekhmet, como Mut, tornou-se a Deusa do Sol. Esta Triade Tebana tornou-se um foco sincrético para a expressio religiosa oficial do Novo Reino. ¢) Edfu/Dendara- Essa tradigao abrange toda a extensSo da histéria egipcia, desde as trevas pré-dindsticas até 0 tltimo lampejo do esplendor ptolomaico. Centrada nos mitos de Hérus, o Velho e Hathor/Sekhmet, esta tradi apresenta uma cosmologia um tanto renovada, embora concorde em linhas gerais com a posig0 heliopolita basica. Esta tradigAo mantém o direito divino pelo qual o Rei ocupou 0 cargo. A unio do disco, uma ceriménia de ano novo, era uma tradic4o de Edfu celebrada em todos os templos e afirmava a autoridade de Hérus como Rei Divino. O casamento sagrado de Hérus e Hathor, celebrado tanto em Dendara quanto em Edfu, comemorou um momento importante, mas quase esquecido na historia mitolégica egipcia. As tradigdes de Edfu foram ofuscadas pelo Culto de Amon, mas conseguiram manter um certo grau de poder politico até os tempos romanos. d) A Grande Tradigao da Deusa - O culto de isis formou um nicleo para uma grande colecio de deusas. Ela era Isis em Philae, Hathor em Dendara, Neith em Sais, Mut em Tebas, Sekhmet em Memphis, e Ejo em Buto e Nekhabit em El Kab; estas duas tltimas, as deusas do Baixo e Alto Egito, cuja unido era simbolizada pela cobra e a coroa do abutre do Rei. A tradicao da Deusa apoiou os varios arranjos politicos e tradicionais, mas foi mais intimamente identificada com Osiris 0 jovem Horus. ¢) A Tradigao de Osiris - Osiris é a cola teolégica que mantém o sistema egipcio unido. Tracos do culto a Osiris sio encontrados em culturas pré-dindsticas, sobrevivendo até a conquista arabe. A tradigao de Osiris surgiu no final da IV" Dinastia como um componente da “ortodoxia” heliopolita. Este foi um golpe brilhante de politica teolégica e talvez tenha formado a base da influéncia heliopolita. A questo de Osiris preencheu a lacuna mitolégica entre a cosmologia ¢ a histéria humana. Osiris era adorado em muitos lugares, até mesmo Karnak, 0 Vaticano egipcio, tem sua capela de Osiris. Busiris no Delta e Abydos no Alto Egito eram ambos importantes centros de culto. 2) Estrutura Mitica - Podemos pensar nos mitos egipcios como episédios de um vasto drama césmico que se estende desde a criagao do universo até a fundagao da realeza pelos seguidores de Hérus. Este drama é representado em cinco grandes atos: 1) A Criagio e Surgimento do Deus Supremo, 2) A Partida do Deus Supremo ea Separacio da Terra e do Céu, 3) O Reinado de Osiris e a Queda de Set, 4) O Grande Conflito entre Horus e Set, 5) a Salvagdo de Osiris e o Reinado de Horus. a) A Criagio e o Surgimento do Deus Supremo - No inicio de todos os mitos egipcios da criac&o existe apenas Nu, a gua primordial do universo. Isso pode ser retratado como um vazio ativo ou um campo de ordem potencial. Nesta Agua, neste campo, moveu-se o Espirito original. Heliépolis pensou nesse espirito como Atum, que autogerou os primeiros dois, ou par de dualidades, Shu, umidade, e Tefnut, calor e despachou seu olho, sua sensibilidade, para inspecionar o vazio. Em Hermépolis isso foi retratado como a uniao das Qualidades Negativas para formar 0 Ovo Césmico da existncia. Os sabios de Memphis imaginaram isso como 0 Espirito Original, aqui chamado de Ptah, desenhando e entrelagando o padrio do futuro. O Espirito Original emergiu das dguas primitivas como um monte, ou um ponto de estabilidade em um universo de movimento indiferenciado. Esse surgimento foi imaginado de varias maneiras como uma flor se abrindo, uma serpente subindo, um pilar subindo ou até mesmo uma crianca emergindo da flor. O Espirito entao chamou novamente seu Olho e, voando como 0 Passaro Primordial, domou sua senciéncia, seu Olho, como sua filha e a abracou. Suas ligrimas de alegria se tornaram os pequenos fragmentos de consciéncia que se espalharam pelo universo como consciéncia humana, O Espirito Original tornou-se o Deus Supremo ¢ a primeira Idade de Ouro comecou. 2) A saida do Deus Supremo e a Separagao da Terra e do Céu - O Deus Supremo, depois de um tempo, retirou-se de sua criagdo. Este é um ponto teolégico chave na mitologia egipcia. A auséncia do Deus Supremo supre um vazio transcendente no qual se desenvolve a evolugio da senciéncia. Com a partida do Deus Supremo, Shu ¢ Tefnut dio A luz Geb e Nuit, a Terra 0 Céu. As estrelas, nosso universo local, foram criadas por outro ato de separacdo. Shu separa seus filhos, literalmente abre 0 espaco/tempo e da A luz as estrelas. O corpo de Nuit torna-se o rio das estrelas Geb engole as sete cobras que formam o anel do mundo. Geb, matéria, torna-se 0 padrao através do qual Nuit, tempo, flui. 3) O Reinado de Osiris ¢ a Queda de Set - Nuit também deu origem aos Cinco: Osiris, isis, Set, Nephthys e Horus, o Velho. Osiris tornou-se 0 superintendente do Deus Supremo e ensinou A humanidade as habilidades da civilizagao. Outra idade de ouro se seguiu. Mas Set ficou com citimes da autoridade de seu irmao e conspirou contra ele. A Queda de Set introduziu o mal no mundo: a vontade de poder superou a vontade de ser compassivo. Set assassinou Osiris e desmembrou seu corpo. isis, com a ajuda de Tehuti, (Thoth) juntou os pedagos e se engravidou magicamente. Isis e Nephthys sentaram-se em vigilia sobre o corpo de Osiris enquanto Set governava o mundo em confusao e medo. Set lutou contra as serpentes de Geb, buscando ganhar poder sobre a propria terra. isis se escondeu no Delta e deu A luz Hérus, a reencarnagao de Osi 4) O Grande Contflito entre Set e Horus - Horus sobreviveu a uma série de aventuras infantis no Delta e no deserto. Quando jovem, Horus decidiu vingar seu “pai”. Ele desafiou Set para uma série de grandes batalhas que quase destruiram 0 mundo, Tehuti convocou o Conselho dos Deuses para resolver a disputa. Hérus & finalmente julgado o vencedor e recebe o reinado. Set é rebaixado a um ser de tempestades e feito para servir 0 Barco Divino. 5) A Salvagio de Osiris ¢ 0 Reinado de Horus - Hérus, o Velho, trouxe a noticia a Osiris no Duat, o submundo, que Horus o vingou e se tornou Rei. Osiris foi liberado para se tornar o juiz da vida apés a morte, e Hérus, o Jovem, tornou-se 0 Deus vivo na terra. Logo, porém, Horus, o Jovem, ficou instavel. Seu conflito com Set 0 envenenou com violencia. Ele logo se juntou a Osiris no Duat. Horus, 0 Velho, tornou-se Rei, mas o Conselho de Ra decidiu que 0 contagio de Set era muito pernicioso para a humanidade sobreviver. Ra despachou seu Olho para destruir a humanidade, Tehuti e Horus, o Velho, foram mais espertos que 0 Olho: a ardente deusa-ledo tornou-se a vaca nutridora. Hérus e Hathor residiram no Alto Egito até que as forcas de Set emergiram novamente. Na guerra contra os monstros de Set, Horus e Hathor passaram seu DNA divino para um grupo de sabios humanos, 0 Shemsu Hru, ou os Seguidores de Horus. Deste grupo veio a organizagao que criou 0 primeiro rei de um Egito unificado. 3) A Natureza do Mito como Linguagem- Para os egipcios, o mito era uma linguagem que expressava grande sabedoria sobre a natureza ea mente do homem. Os mitos cosmoldgicos descrevem processos matemiticos; por exemplo, Ptah pode ser entendido como Phi, que pode ser derivado dos hierdglifos usados para soletrar pth. Ptah pode ser visto como o mestre tecelio, trangando 0 curso futuro da evolugdo em nosso DNA. Os Filhos de Nuit sao diferentes. Eles sio mais metaféricos do que matematicos. Osiris pode ser visto como a forca da ordem compassiva; Definido como o impulso individualista ao poder. A Queda de Set cria uma politica mitica que explica a natureza do mal. O drama mitopoético continuo continua na historia; O Rei Aha/Menes, fundador da I* Dinastia que uniu as Duas Terras, era filho de Horus e, portanto, nao separado do passado mitoldégico, mas uma parte continua dele. A linguagem mitica do antigo Egito forneceu um nivel incrivelmente alto de civilizagio. A sociedade tinha um significado que estava profundamente enraizado na estrutura da propria cultura. O Grande Mito era o fio no qual se desenrolava a interagio dos componentes intelectuais. II. Notas sobre o Sacerdécio E importante lembrar que o sacerdécio era uma fungio civil no antigo Egito. Recrutados entre a populacao local, os padres serviam trés meses de cada vez e depois voltavam para suas vidas didrias. Um pequeno macleo de sacerdotes superiores, ou adeptos, servia o templo em tempo integral. Durante o Novo Império, todo templo, por menor que fosse, tinha pelo menos um sacerdote residente. A funcao de um sacerdote era manter a ordem universal ditada pelos Deuses no Zep Tepi, ou o Primeiro Tempo, a Idade de Ouro original do Deus Supremo. Para tanto, sua fungio primordial era realizar os rituais do Drama Divino, o Grande Mito, no momento oportuno e da forma correta. Por envolver grande parte da populacao local em seus cultos, 0 templo tornou-se o centro da cultura local. A iniciagio, ou posse, de um sacerdote era essencialmente a mesma em todos os templos. Um batismo em uma piscina sagrada, simbolizando as Aguas de Nu, 0 Oceano Césmico, lavou todo o mal. Em seguida, o candidato era aspergido com dleo e Agua como purificaao, conduzido A estétua da Deusa e instruido nas maneiras secretas de tocar e trabalhar com a estatua. O candidato entao faz um jejum de dez dias, ao final do qual os mistérios so revelados por algum tipo de experigncia psiquica/xamAnica. Dentro da estrutura do templo, havia classes de sacerdotes. Os funcionarios administrativos dos grandes templos, como Karnak, funcionavam como um grupo separado, nao muito preocupado com as perspectivas religiosas. Eles cuidavam dos negécios do templo e de suas propriedades. O estabelecimento religioso também tinha suas aulas. O templo de Amon tinha cinco segdes sacerdotais diferentes, cada uma com suas prdprias subdivisies. O Sumo Sacerdote de Ptah em Memphis era chamado de “o grande chefe de todos os artesfios”, pois todos os oficios estavam sob a protecdo de Ptah. Esses primeiro e segundo “profetas”, mal traduzidos pelos gregos do egipcio “servos de Deus”, eram em sua maioria atribuigdes reais ¢ podiam ser escolhidos em qualquer nivel da sociedade. Eles lideravam os escaldes mais altos do sacerdécio nas fungdes rituais do templo. Os escalées superiores do sacerdécio foram retirados da classe de especialista sacerdotal. Isso inclu! las, que vestiam e cuidavam da imagem divina; estudiosos e escribas; cronometristas e astrélogos; ¢ os miisicos, dancarinos ¢ cantores, Destes, os escribas e estudiosos eram os mais diversos. Abaixo dos especialistas estavam os “purificados”, 0 baixo clero que atuava como participante dos rituais. Eles carregavam os objetos de culto menores, os estandartes e as bandeiras do Deus ou Deusa. Nesse grupo também se encontravam 0s ordculos piblicos e os intérpretes de sonhos. III. Notas sobre o Sacerdécio de Memphis no inicio da XVIII Dinastia No inicio do Império Novo, Memphis ainda era uma grande cidade, embora nao fosse mais a capital politica do pais. O Hewet-ka-Ptah, 0 Palacio do Espirito de Ptah, dominava a cidade, que se estendia das margens do Nilo até as colinas de Sakkarah. A principal fungao do Templo era a regulamentagio de toda a industria. Os especialistas de Ptah incluem um mestre de todos os oficios conhecidos. Sabemos pouco sobre a estrutura ritual do templo, mas partes de sua cosmologia sobreviveram na Pedra Shabaka. A partir disso, vistumbramos uma atmosfera rarefeita de especulacao filos6fica, da qual surgiram os oficios praticos de Memphis. Dentro do complexo do templo ficava a menor Casa de Sekhmet. Isso era atendido por homens e mulheres, mas o Sumo Sacerdote e a maioria dos especialistas eram mulheres. Extraida dos nobres locais, a admissao na casa do sacerdécio de Sekhmet estaria disponivel para um estranho apenas por meio dos especialistas. A maioria das especialidades principais, cronometragem e assim por diante, seriam compartilhadas por todo o templo, mas Sekhmet teria algumas especialidades préprias. Pelas dicas obliquas que deixamos, estas parecem ter sido: 1) habilidade com animais, incluindo possivelmente mudanga de forma ou xamanismo totémico, 2) danga e 3) habilidades de transe. Como Ptah era o protetor dos oficios ¢ artesaos, Sekhmet era o governante de toda a vida animal, cacadora e criadora de uma forma de domesticagao. Acredita-se que Osiris domesticou os animais do campo, mas diz-se que Sekhmet fez um pacto com os animais selvagens, os gatos ¢ as cobras, para proteger os graos do Egito. A mudanga de forma teria sido uma parte do festival de Sekhmet que reencenou 0 Olho da Destruicao. Ha alguma sugestio de que a sacerdotisa de Sekhmet tinha a habilidade de se tornar uma leoa ¢ julgar, particularmente os servos de Set. A danga era um componente importante dos mistérios de Sekhmet em Memphis. Pouco sobreviveu dessas dangas, embora possamos supor que elas demonstraram 0s principios geométricos da cosmologia menfita ¢ foram baseadas em Phi ¢ na raiz quadrada de 5. As habilidades de transe estavam relacionadas as especialidades oraculares, algumas das quais envolviam permitir que a Deusa tomar posse de um corpo e falar através dele, assim como 0 oraculo do estado do Tibete faz até hoje. Politicamente, esse perfodo foi turbulento para a casta sacerdotal. O Recinto de Amon em Tebas emergiu como a religiiio do estado e seu sumo sacerdote tornou-se 0 “chefe de todos os profetas do Sul e do Norte”. Este “pontificado” dominou 0 ambiente religioso e acabou por se tornar um rival do poder real. Os distritos menores, como Memphis, retinham algum poder politico, mas estavam essencialmente presos entre os jogos de poder de Tebas e Heliépolis. Os Servos de Ptah e Sekhmet teriam ocupado um terreno neutro inquieto e teriam 0 cuidado de apoiar quem ja esteve no poder. Sabemos que eles apoiaram Hatshepsut, apenas a tradi¢So heliopolita apoiou Tutmose IL. Abydos, o Osireion e a Ciéncia Sagrada Egipcia Por Vincent Bridges Bem acima do Nilo, no Alto Egito, em algum momento durante 0 quarto miléni aC, trés grandes confederagées, formadas em torno dos centros de culto do que nossas referéncias mais antigas chamam de “deuses vivos”, unificaram-se para criar 0 primeiro grande reino egipcio. Eventualmente, esta federacio se espalharia de norte a sul para conquistar as Duas Terras do Nilo e se tornar a 1* Dinastia. No sul, um culto a Horus, o Velho, formou-se em torno de Edfu e Neken e cresceu em seu préprio estado. Ao norte de Neken, na curva do grande rio, o deus vivo era uma deusa, Hathor, consorte de Hérus. Desde tempos imemoriais, nas brumas da pré-histéria egipcia, a Senhora da Casa de Heru navegava rio abaixo todos os anos para encontrar seu companheiro, Hérus, o Velho, no antigo monte de Behdet em Edfu e celebrar 0 casamento sagrado. Essa antiga proximidade entre os centros de culto das duas primeiras confederagées levou a um certo grau de unidade politica. No entanto, o Alto Egito nao se tornou uma federacdo verdadeiramente poderosa até a adicdo da terceira grande confederacao independente, a de Thinis rio abaixo de Nubt de Hathor. O deus vivo do centro de culto ¢ capital, Abydos, era uma divindade canina chamada Khent-Amenty, que significava algo como “Cabega do Oeste”. Como se dizia que a entrada para o submundo, a terra dos mortos, ficava através da brecha nas colinas da Lfbia a oeste, Khent-Amenty era visto como uma espécie de psico-pompa ou guardifio da terra dos mortos. E claro que isso é uma suposic&o, j4 que o culto de Osiris mais tarde sobrepds e distorceu a maioria das doutrinas originais de Khent-Amenty. Nao podemos nem dizer com qualquer grau de certeza quando isso aconteceu. J4 em 3.000 aC, artefatos funerarios de Osirianos apareceram em Abydos. Dentro de algumas centenas de anos, os reis da 1" Dinastia de um Egito unificado construiram tumbas ¢ cenotafios em Abidos para ficar perto da tumba de Osiris e a porta de entrada para a Terra dos Mortos. A partir de ent&o, Abydos foi o centro dos mistérios de Osir. Mas 0 cerne dos mistérios de Osir pode estar no antigo culto de Khent-Amenty. Embora nao reste muito do culto, o antigo cenotafio reconstruido por Seti I durante a construgao de seu templo para Osiris nos fornece nossas pistas mais valiosas. Chamada de Osireion para dar uma énfase grega adequada por seus redescobridores do século XIX, Flinders Petrie e Margaret Murray, esta estrutura 6 uma das mais originais ¢ intrigantes de todo o Egito. Para entender isso, devemos imaginar como era a Area durante a ascensio da confederacao tinita. Abydos, ou Abedju (que, curiosamente, pode ser traduzido vagamente como “eixo do coragio do mundo”, talvez. 0 mesmo conceito do grego Omphalos), em seu amplo vale em forma de tigela era principalmente um local ritual e funerario. O centro administrativo ¢ comercial ficava a alguns quilémetros ao norte, perto da atual vila de Birba. O profundo vale verde, onde a terra cultivada chegava quase as colinas da Libia, era visto como um enclave espiritual. No centro da tigela, angulado em um eixo sudeste/noroeste da lacuna ocidental nas colinas, estava a necrépole Thinite original. De pé entre suas ruinas, os montes erodidos de mastabahs pré-dindsticos, fica-se imediatamente impressionado com o alinhamento com a lacuna ocidental. Por causa do Angulo, 0 por do sol do equinécio no cai no intervalo, A antiga necrépole de Tinita esta alinhada de modo que é 0 por do sol do solsticio de verdo que brilha sobre ela através da lacuna. Seguindo esta linha através da antiga necrépole, chegamos ao terreno do templo de Seti. A propria linha cruza o Osireion antes de atravessar a parede ocidental do Salio do Djed no templo de Seti. E claro que o templo de Seti foi construido na 19* Dinastia e, portanto, nao existia na era tinita, Mas algo como o Osireion pode ter estado Id e servido como 0 ponto terminal do sagrado “caminho dos mortos” guardado por Khent-Amenty. Uma imagem de um sarcéfago do Reino Antigo sugere como ele pode ter sido originalmente. Vemos um monte hemisférico, semelhante a outras imagens de omphalos, com uma camara no fundo chamada “Osiris vive”. No topo do monte estiio quatro Arvores grandes e proeminentes, representando os quatro eixos da esfera celeste, as quatro Arvores da Vida. Podemos facilmente imaginar este alto monte erguendo-se do fundo do vale ¢ definindo o alinhamento central da necrépole de Tinita enquanto guardava 0 caminho e seus mistérios. Assim, 0 termo “Khent-Amenty” ou Cabega do Oeste, da aparéncia do topo da cabeca do monte Osireion. Igualmente curioso é que Khent-Amenty, uma divindade canina mostrada reclinada em um estandarte preto, pode de fato refletir uma compreensio anterior do zodiaco. O guardiao do oeste sugere um par para aquele guardiao do leste, a Esfinge, e ambos podem estar relacionados A mesma constelagao, a de Lefo. Culturas primitivas frequentemente viam Ledo como uma criatura parecida com um cachorro, e até mesmo foi sugerido que a Esfinge originalmente representava um cachorro, Na época das primeiras culturas pré-dinasticas em Abidos, os ancestrais dos tinitas por volta da virada do 5° milénio aC, o sol do solsticio de veriio estava em Ledo. Entio, de pé no bosque sagrado no topo do monte Osireion, alguém teria visto o por do sol, ¢ 14, brilhando no céu noturno, estaria Khent- Amenty, 0 cachorro preto de Leo, guardando o caminho da vida eterna. . Com isso em mente, podemos vislumbrar 0 padrao maior da astronomia precessional por tras de toda a ciéncia sagrada egipcia. O Aker ou horizonte da Esfinge marca a meia volta, a cada 13.000 anos ou mais, subindo de Ledo nos equinécios. O Aker/horizonte de Abydos — e ha um curioso Aker em forma de esfinge mostrado no Livro das Cavernas de Osireion — marca 0 quarto de ciclo com 0 alinhamento do solsticio de vero de Leao. Assim, usando Leo, ou mai precisamente a cispide de Lefio/CAncer, que permitiria a maxima visibilidade de Khent-Amenty através da brecha, é possivel acompanhar com grande precisao a virada das estacdes no Grande Ano. Curiosamente, a data para a melhor visualizagio de Khent-Amenty/Leo da localizacao do Osireion ¢ 0 inicio do 7° milénio, a data aproximada, dada a erosio hidrica de sua figura, para a construgao da Esfinge. Também ha semelhangas na construcao do Osireion e do chamado Templo do Vale da Esfinge. Ambos usam enormes blocos de granito sem adornos como seu principal componente arquitetdnico. Mas enquanto o Templo do Vale tem formas poligonais sofisticadas em seus blocos, reminiscentes do trabalho de pedra em Tianahuaco, no Peru, 0 Osircion usa blocos severamente simples de tamanho regular, embora macigo. A tentacdo é sugerir que ambas as estruturas pertencem A mesma cultura antiga, sendo talvez 0 Osireion 0 mais antigo devido a sua simplicidade de design. Dada a totalidade das evidéncias, parece provavel que isso seja verdade, até certo ponto. Algum monte semelhante a uma cabega certamente existia como o término do alinhamento do solsticio de verfo, provavelmente com algum tipo de tumba simples dentro dele, No entanto, de acordo com a evidéncia dos especialistas, Seti I reconstruiu extensivamente o Osireion, Na superestrutura principal da ilha central, jA foi possivel ver, trés fiadas de alvenaria abaixo, a cartela de Seti I. Uma vez que isso implica um trabalho estrutural macigo na época de Seti, podemos supor que ele reconstruiu completamente a estrutura de acordo com a algum original arruinado. Ele quase nos diz isso nas inscrigdes na antecAmara. O sarcéfago do Reino Antigo mencionado acima sugere que seu projeto basico era bem conhecido, ¢ ha algumas evidéncias no préprio Osireion de que um rei anterior, © que sabemos é que em algum momento da década anterior a 1300 aC, o trabalho no principal templo de Osiris foi interrompido até os primeiros anos do reinado de Ramsés II. O préprio templo tem uma curiosa forma de L que é unica na arquitetura do templo egipcio e que parece projetada para evitar a construcao sobre 0 Osireion. Mesmo aqueles estudiosos que insistem que 0 Osireion & 0 cenotafio de Seti no explicam por que o desenho do templo principal foi mudado para acomodar o Osireion. O mais inexplicavel de tudo é 0 sibito aparecimento de outra versio do submundo no estilo Livro dos Mortos, conhecida como Livro das Cavernas. Embora este nfo seja o lugar para entrar nos meandros dos mistérios de Osir, a importAncia das informagdes do Livro das Cavernas deve ser enfatizada. Aqui, 0 drama da criagao é retomado para formar a mitologia da salvagao do Prisioneiro no Mundo Inferior. Este ponto de vista incomum forma a base para uma espécie de xamanismo gnéstico que esta no cerne da ciéncia sagrada egipcia. O Livro das Cavernas descreve a jornada do sol no submundo através de uma série de cavernas, trazendo luz As profundezas e a escuridao. Nessas profundezas esta Osiris, protegido e isolado pela serpente césmica — Wer, o ancido, ou Nehaher, a Face Medrosa, ou como nos € dito no Livro das Cavernas, Neheb-kau, 0 poder primordial da cobra. A medida que o sol brilha nas profundezas da camara sob 0 Aker semelhante a uma esfinge, Osiris comega a reviver, sua forga vital retorna, simbolizada pelo pénis ereto. Para se libertar do poder primitivo da cobra, uma troca deve ocorrer com o sol. “© yocé que estava nas espirais da serpente”, declara 0 sol, “eu o entrego a voce pela ordem que sai de minha boc: Osiris sempre esteve misteriosamente ligado A ideia da luz divina, seja do sol e/ou da lua. O capitulo 183 do Livro dos Mortos mostra Thoth, um deus da lua, anunciando a Osiris que “ele fez a luz brilhar em seu corpo inerte, para vocé ele iluminou os caminhos sombrios”. Este eco dos antigos mistérios continua até a ordem magica do século 19, A Ordem Hermética da Golden Dawn, que usou palavras semelhantes em seu ritual do Neéfito. No entanto, a exposi¢io mais clara dessa ideia pode ser encontrada no texto gnéstico conhecido como Papiro de Paris, uma das joias saqueadas do Egito pelos sabios de Napoleao. No papiro IV, linhas 475 N 830, encontramos um ritual para aleangar a imortalidade pela inalagio de luz. O aspirante primeiro ¢ instruido a realizar sete dias de rituais e depois trés dias de retiro escuro. Na manha do décimo primeiro dia, o aspirante deve enfrentar o sol nascente ¢ realizar uma invocacio: “Primeira fonte de todas as fontes ... aperfeigoe meu corpo ... (para) que eu possa participar novamente do comeso imortal ... que eu possa renascer em pensamento... e que 0 espirito santo respire em mim”. Com isso, o aspirante inala os primeiros raios do sol nascente e depois deixa seu corpo para tras, subindo aos céus, repleto de Luz. “Pois eu sou o Filho (do Sol), ultrapasso os limites de minhas almas, eu sou (simbolo magico da Luz).” Durante o final do Império Novo, as ideias do Livro das Cavernas tornaram-se populares 0 suficiente para serem incluidas em témulos e caixdes. No caixio de um nobre do final da 20* Dinastia, podemos ver como essas ideias chegaram A sua forma comum. Osiris como Sokar est sepultado em um monte de sete degraus formado pelas espirais da serpente primitiva. O sol interior brilha em seu corpo e nos glifos que identificam Abydos. Acima do Apice da pirdmide formada pelo corpo da serpente, Osiris senta-se entronizado no cubo gnomdnico do espago, seus bragos cruzados na posigao do deus ressuscitado, isis e Nepthys esto atras dele, com Horus diante dele oferecendo uma flor de lotus em um monte semelhante a um omphalos. Na borda da imagem, atras de Isis e Nepthys, esta um ser estranho com um glifo nao identificavel em sua cabeca. Este simples ideograma contém a chave para muitos mistérios, mas por enquanto vamos direcionar nossa atengao para os dois mais convincentes, o homem misterioso com as cobras endireitadas e a oferenda de Hérus. De acordo com as autoridades, incluindo A. Piankoff (que suspeita que todo o Livro das Cavernas seja um resquicio do antigo culto de Abydos), essa figura misteriosa representa as forgas primitivas, os seres sem rosto encontrados no submundo. Por que tal ser deveria estar segurando duas cobras cruzadas é deixado sem explicagao. Um dos temas principais do Livro das Cavernas é 0 de “endireitar” a serpente primordial. Em algumas yersées, a serpente é cortada em pedagos, uma ideia que ecoa na cobra quadriculada vista aqui, Endireitar a serpente césmica, entio, ¢ alinhar-se no espago/tempo. Nesse sentido, nossa forca primordial mantém doi dos trés alinhamentos do cubo do espaco, o eixo do Grande Ano definido pelos alinhamentos de Leao da Esfinge e Khent-Amenty. Isso sugere que 0 mistério da ressurreigio de Osiris, o mistério da imortalidade, é também o mistério do préprio tempo. E entao, hd aquele presente de Horus... Na maioria das cenas desse tipo, esperariamos ver Hérus apresentando a Osiris 0 Olho magico ou um Ankh ¢, portanto, a oferta de um simples létus é incomum. O lotus € 0 simbolo do Alto Egito, mas nao é um simbolo politico que Hérus esta apresentando. E um I6tus simples, mas talvez um de um tipo particular. O monte sugere Abydos, ¢ pode ter havido um tipo raro de létus cultivado apenas em Abydos. Dadas as recentes revelagdes sobre as qualidades psicotrépicas do Létus Azul do Alto Egito, talvez essa suposicAo esteja correta. No entanto, quando comecamos a pensar nessa linha, outras ideias vém A mente. Se, como parece mais provavel, 0 ingrediente ativo do Létus Azul pertence A familia dos alcaloides psicotrépicos das triptaminas, talvez tenhamos de repensar nossa compreensio bisica de todo o mito de Osir. A maioria das triptaminas tem dificuldade em atravessar a barreira hematoencefalica sem a ajuda sinérgica de outros alcaloides, geralmente das familias beta-harmolina/beta-carbolina. Na América do Sul, esas pogdes sinérgicas sio conhecidas como “yage” e sio amplamente utilizadas como agentes xamAnicos. De fato, Talvez seja assim que os antigos egipcios obtiveram seu conhecimento sofisticado do cosmos e do destino humano. Mas temos alguma evidéncia de algo como “yage”, além do Létus Azul, no antigo Egito? Pesquisas etnobotanicas recentes na Jordania revelaram que um tipo de “yage” feito de goma de acaia, sementes de arruda siria e varias gramineas do género Phalaris serviu como o principal agente xamAnico beduino por milhares de anos. Isso é interessante porque a arvore Acaia sempre foi considerada sagrada para Osiris. A partir do Império Médio, temos imagens de Osiris sendo alimentado ou mesmo amamentado no agai. As Arvores sagradas mostradas crescendo no topo do monte Osireion so frequentemente descritas como Acaias. Ainda mais curioso é 0 fato de que varias das gramineas de cevada cultivadas em tempos pré-dindsticos, como hoje, em canteiros elevados de “Osiris” sfo ricas em alcaloides naturais de triptamina. Isso langa os chamados “hinos de cevada” a Osiris, como o Texto do caixio 330, sob uma luz muito diferente. “Quer eu viva ou morra, eu sou Osiris, eu entro reapareco através de voce... Os Deuses est’io vivendo em mim porque eu vivo e cresco no gro que sustenta os Honrados.” E novamente: “Eu sou o Senhor de Khennet, entrei na ordem natural do mundo, aleancei seus limites ...” Khennet & frequentemente traduzido como um nome para 0 celeiro real, mas pode de fato estar relacionado ao Osireion , em sua forma antiga de “cabeca do oeste”. Khen- net, pode ser uma contragio de KHENt-aMEnTy. Nesse sentido, podemos pensar no Osireion nao apenas como um templo ou uma tumba/cenotafio, mas como um sofisticado laboratério xamAnico e jardim botanico. Horus é também o deus da Luz, no sentido de um sol mistico ou interior. Sua oferenda de létus completa o circulo do motivo da luz, apresentando-nos a ideia de luz interna e externa provocada pelas cobras incomuns ¢ retas da época. Para desvendar este mistério final, devemos nos concentrar na questio da luz. Por que 0s textos insistem em certos tipos de luz? O Papiro de Paris sugere o nascer do sol, enquanto o alinhamento no Osireion sugere o por do sol. O “sol da meia-noite” do Livro das Cavernas sugere a luz das estrelas, enquanto a estranha insisténcia em incluir Thoth sugere o luar, ou possivelmente, um eclipse. O alinhamento césmico da ainda outro tipo de luz, uma erupsio tnica de uma nova ou do centro da galaxia, conforme proposto pelo Dr. Paul LaViolette, e que poderia estar relacionada ao Grande Ano de precessio se as erupgdes forem regulares. Portanto, temos quatro categorias de “luz” a considerar. O nascer e 0 por do sol podem ser considerados como luz vermelha, ou seja, a luz solar filtrada de todas as ondas, exceto as mais longas e, portanto, as mais vermelhas pela atmosfera. A luz das estrelas é uma forma natural de coeréncia luminal, tal como é conseguida nos lasers modernos. Embora a luz das estrelas nao seja tao coerente quanto um laser, ela exibe algumas das mesmas propriedades de coeréncia de frequéncia. Também certas estrelas tém luz de uma frequéncia particular, exibida como sua cor; Canopus é verde, Antares, vermelho e Sirius um branco azulado brilhante. A luz dessas estrelas exibe coeréncia em torno dessas frequéncias de cores. O luar é simplesmente a luz solar refletida. No entanto, o luar, como a luz do sol, parece muito comum para o cendrio, O nascer e o por da lua também seriam avermelhados pela atmosfera, além de polarizados pela reflexio, de modo que daria a esses momentos uma assinatura de luz tnica. Infelizmente, esses momentos nio sio indicados nos textos. Mas existem indicios indiretos intrigantes que sugerem que um eclipse e sua luz podem ter sido muito importantes. Ao redor da porgao central da camara interna do Osireion estao dezessete pequenas cAmaras. Este é um nimero incomum, um primo, que parece nao ter relagdo com nenhum ciclo césmico ou planetario. Mas quando acrescentamos a isso os dez pilares da ilha central, obtemos 27, um nimero-chave de precessio. Ainda mais curioso, quando contabilizamos “Osiris” como a se¢ao central da ilha, descobrimos que temos 18,6, 0 nimero de anos em um ciclo de eclipse. Chegamos a isso por meio da geometria. O centro da ilha contém outro pogo, um quadrado e uma ilha menor alcancada por degraus falsos. O espago definido pela pequena ilha ¢ seus degraus esta relacionado ao pogo quadrado na proporgao de 1: Phi, ou 1,618. Se atribuirmos esse valor a Osiris, teremos um total de 18,618, que definira 0s ciclos do eclipse em algumas horas de precisao. Entao, se o segredo oculto do Osireion é a capacidade de prever eclipses, qual é a qualidade da luz do eclipse? Os eclipses lunares parecem ser a auséncia de luz, exceto talvez pela luz das estrelas refletida. Um eclipse solar, entretanto, é outra questao, particularmente um eclipse total. O corpo da lua bloqueia a luz principal do sol, permitindo que apenas a luz da coroa alcance a terra. Isso é rico nas frequéncias mais altas do espectro ELM, aparecendo quase no azul ultravioleta, e é conhecido por ter um efeito pronunciado em toda a vida, incluindo os humanos. Talvez esta seja a “luz do sol da meia-noite” que revive Osiris no submundo? Nosso quarto tipo de luz é ainda mais dificil de controlar. Essa nova luz, cronometrada por alguma parte do ciclo precessional, exibiria caracteristicas desconhecidas que poderiam incluir mudangas radicais em nossas percepgdes e, dada a conexfo quimica do cérebro entre o ciclo de vida ¢ 0 ciclo da serotonina/melotonina, talvez até um aprimoramento de nossa espécie. ' vida util. Nesse sentido, a ressurreigio de Osiris é algo que acontece raramente, uma ou duas vezes durante o Grande Ano, ¢ produz mudangas radicais no desenvolvimento humano quando ocorre. De muitas maneiras, essa interpretagio faz mais sentido. A osirificagio de uma espécie é algo que acontece regularmente, juntamente com a explosao de uma nova luz precessional. Essa nova luz nos leva ao nosso futuro e ao nosso destino como espécie senciente. De fato, esta parece ser a explicagao mais provavel para nossa consciéncia moderna. Mas nao explica aqueles que, ao longo da histéria, tentaram acelerar esse processo de osirificagao. No entanto, se assumirmos que algum tipo de osirificagdo cosmolégica precessionalmente cronometrada de fato ocorreu, entao talvez possamos fazer engenharia reversa das téenicas do culto de Osiris que tentou reproduzi-la. Embora nao possamos saber exatamente as qualidades da luz de, digamos, uma erupgao do nucleo galactico, podemos determinar algumas de suas caracteristicas. Uma vez, que esta explodindo para fora na velocidade da luz, poderiamos vé-lo como um deslocamento doppler em direcio extremidade superior do espectro. Apareceria como um azul ultravioleta profundo. Além disso, 0 efcito das nuvens de poeira que obscurecem o centro da galaxia no momento atuaria como um “eclipse” dando a impressao de uma luz azulada saindo de um bloco de escuridao. Com essas semelhangas, fica facil ver a importancia que um eclipse solar teria. De muitas maneiras, pode ser visto como uma versio menor e menos intensa da luz da erupsao, até a sensagao de ter a maior parte dela bloqueada. A luz também seria rica nas frequéncias ELM superiores, assim como a luz da erupso. No entanto, um eclipse solar total acontece apenas uma ou duas vezes por geracdo em qualquer localidade. Certamente, 0 culto de Osiris procuraria outras fontes das qualidades de luz adequadas. E 0 lugar para olhar seria a luz das estrelas, as estrelas brancas azuis como Sirius ou as Pléiades. Ambas as estrelas tem antecedentes misticos, com Sirius estando profundamente envolvido no culto de Osiris. Tradicionalmente associado a Isis, sob cujos auspicios Osiris ressuscitou, Sirius é a estrela mais brilhante do céu. Mas existe uma conex4o entre o Osireion e Sirius? Curiosamente, sim. Se assumirmos que a orientacao da propria camara de Osireion nao foi alterada pela reconstrugao de Seti, surge outro alinhamento intrigante. No mesmo periodo, na virada do 7° milénio aC, quando Khent- Amenty/Leo estava se pondo no por do sol do solsticio de vero através da fenda da montanha, Sirius estava alto no céu do sudoeste, perfeitamente alinhado com 0 eixo central do Osireion. Isso certamente sugere que o sol da meia-noite cuja luz ressuscita Osiris é a luz estelar coerente e focada de Sirius, vista pelos antigos como o melhor andlogo disponivel para a luz de erupcio da osirificagao precessional. Essa ideia também conectaria a luz do nascer/pdr do sol. Esses momentos, ¢ suas qualidades de luz vermelha, seriam usados para ancorar os recipientes fisicos, tanto os corpos dos iniciados quanto a estrutura fisica do monte e da camara. Também pode ser util para o crescimento da farmacologia psicotrépica dos iniciados. Nessa perspectiva, o padro de luz delincado pelos mistérios osirianos torna-se parte de uma ciéncia sagrada mais ampla que inclui ideias cosmoldgicas como a qualidade do tempo relacionada A qualidade da luz, uma sofisticada tecnologia farmacolégica para obter ressonancia com essa onda de frequéncia de nova luz e conhecimento suficiente para fazer uso da luz do eclipse e da luz de Sirius para imitar a nova luz do momento de precessio. Claro, o processo de osirificagdo permanece obscuro. Uma pista importante & fornecida pela geometria do proprio Osireion. Vimos como Osiris é deserito como Phi pela geometria da estrutura central. Essa tendéncia, como mostra a anilise do Osireion por Lucy Lamy, estende-se em varias direcdes muito interessantes. Primeiro, a geometria basica que ela delineia é um pentagrama duplo de ponta. Curiosamente, este é também 0 padrio indol/receptor formado pelos alcaloides serotonina e tiptamina quando sio absorvidos pelo cérebro. Nesse caso, a geometria e a arquitetura imitam o processo interno. Esta é uma pista poderosa para a ciéncia sagrada inerente da osirificacio. A geometria encontrada no Osireion também sugere um ninho de raizes generativas 3D, a raiz quadrada de 2, 3 5, e a razio aurea de Phi. Como o estudioso maia John Major Jenkins elucida em seu Mayan Sacred Science, esses nuimeros incomensuraveis formam 0 tecido conectivo que mantém unidos os mundos coletivo e individual. A geometria do Osireion exibe esse nivel de compreensao e o estende para incluir a fusio dos Cubos do Espaso. Qualquer pentagono pode ser usado como base de um exercicio chamado quadratura do circulo, ou em 3D, cubagem da esfera. O duplo pentagono do Osireion permite duas dessas esferas ciibicas, interpenetrando-se no espaso da ilha central de Osiris, cuja estrutura Phi permite gerar outra figura pentagonal. Este par de pentagonos, ao contrério do original, interpenetra-se a um grau que sugere que a resolucao de todo o complexo geométrico é 0 dodecaedro, composto por 12 faces pentagonais. Tradicionalmente, esse sdlido platinico é usado para representar 0 espirito. Como as bruxas alegam ha séculos, o pentagrama também é uma porta de entrada para dimensées superiors. O s6lido 3D mais simples, o tetraedro, tem seu complemento 4D, 0 pentatope, que é um tetraedro com outro tetraedro em cada uma de suas quatro faces. A sombra de uma figura de arame 4D pentatope em 3D é um pentagono/pentagrama. Dois pentégonos/pentagramas costas com costas permitem o empacotamento e desempacotamento de tetraedros dentro e fora do espaco 4D do pentatope, formando um canal em cascata para energia de ordem superior, 4D, para inundar um espaco de frequéncia mais baixa, 3D. Mais fundo do que isso no processo de osirificagao, receio que nao possamos i Mais trabalho ainda precisa ser feito, mas o esboco da minha hipotese Stargate, conforme apresentado aqui, nos fornece pistas e conexdes. O mistério do Osireion nos levou muito longe em diregAo ao objetivo. O NOME DO DEUS DE ISRAEL NUM TEMPLO £GIPCIO. Resumo: Surgimento do nome do Deus de Israel no Egipto, o achado arqueolégico mais antigo com esta referéncia. Abstract: Summary of the emergence of the name of the God of Israel in Egypt, the oldest archaeological find with this reference. Introdugao: Por volta do ano 1370 BC, os egipcios haviam conquistado muitas terras ao seu redor. O Faraé Amenhotep (Amenéfis) Ill, construiu o templo em Soleb, na Nubia. Os arqueélogos encontraram nesse templo um hieréglifo egipcio que representa 0 nome hebraico Yahweh, ou Jeové no portugués corrente. Mas porque motivo o nome divino em hebraico aparece num templo egipcio? 0 Faraé Amenhotep III dedicou o templo em Soleb ao deus Amom-Ra. Este templo é magestoso e magnifico. Ele tinha 120 metros de comprimento e ficava na margem ocidental do rio Nilo. Os hieréglifos que preenchem as colunas em uma das suas salas representam as suas conquistas guerreiras. Numa dessas colunas surge uma com hieréglifo egipcio representando o nome divino. Podemos dizer que esta é a mais antiga ocorréncia arqueolégica do nome divino. (Figura 1) E muito interessante a desi um prisioneiro que tinha as maos amarradas atrés das costas e um escudo no qual esta inscrito 0 nome de sua terra e povo. O povo mais representado nos hieréglifos so os Shosu. Mas quem eram os Shosu? Shosu era o nome que os egipcios davam a algumas tribos que nao tinham nenhum valor io Amenhotep III de cada territério conquistado com cultural para os egipcios. Alguns arqueslogos afirmam que este povo ocupava territorialmente as terras da Palestina, Transjordania e Sinai. Nesta lista de terras conquistas por Amenhotep Ill encontra-se a seguinte inscricdo, “Terra dos shosu-yhw”. Outro aspecto interessante descrito por Shmuel Ahituv, professor da Universidade Ben- Gurion do Negev indica que o nome topogréfico estaria mais uma vez relacionado como lugar e o seu deus. Mas mais curioso ainda é que o nome de Yahweh nao surge apenas em Soleb, foram encontrado cépias de lista de Soleb em templos de Ramessés Il em Amara ocidental e em Aksha. Na figura 2, alguns investigadores interpretam e relacionam o nome divino ao Deus de Israe ‘y BB em w sw 83 (3 £ muito interessante a descricao Amenhotep Ill de cada territério conquistado com um prisioneiro que tinha as mos amarradas atrds das costas e um escudo no qual estd inscrito 0 nome de sua terra e povo. O povo mais representado nos hieréglifos sdo os Shosu. Mas quem eram os Shosu? Shosu era o nome que os egipcios davam a algumas tribos que nao tinham nenhum valor cultural para os egipcios. Alguns arquedlogos afirmam que este povo ocupava territorialmente as terras da Palestina, Transjordania e Sinai. Nesta lista de terras conquistas por Amenhotep Ill encontra-se a seguinte inscricdo, “Terra dos shosu-yhw”. Outro aspecto interessante descrito por Shmuel Ahituy, professor da Universidade Ben- Gurion do Negev indica que o nome topografico estaria mais uma vez relacionado como lugar e o seu deus. Mas mais curioso ainda é que o nome de Yahweh ndo surge apenas em Soleb, foram encontrados cépias de lista de Soleb em templos de Ramessés Il em Amara ocidental e em Aksha. Na figura 2, alguns investigadores interpretam e relacionam o nome divino ao Deus de Israel. Figura 2 A prontncia dos hierdglifos podem ser interpretados de mais de uma maneira. No entanto, Gerard Gertoux, estudioso Associac3o Biblique de Recherche d'Anciens Manuscrits em Franca da a seguinte vocalizagao conforme a figura 2: Transcri¢ao do hierdglifo: +3 (3-sw-w y-h-w3-w (transcri¢go da Shneider) ta sha-su-w y-eh-ua-w (vocalizacdo convencional) O texto é facil de decifrar - soa "ta 'sha'suw yehua'w", o que significa em portugués “terra dos beduinos os de Yehua". Era comum colocar nome a terras associado aos nomes de deuses - por exemplo, em Génesis 47,11, lemos sobre "a terra de Ramsés" Professor Jean Leclant escreveu: "E evidente que o nome em Soleb que discutimos corresponde ao ‘tetragrama" do deus YHWH. "Ele acrescenta: "O nome de Deus aparece aqui em primeiro lugar como o nome de um lugar." Em nota de rodapé, ele explica que nomes de lugares muitas vezes sao derivados dos nomes dos deuses. Resumo: Até agora é o mais antigo testemunho arqueoldégico em que surge o nome divino no séc.XIV BC. Professor Gertoux afirma que o texto egipcio nos mostra que o nome foi pronunciado Yehua, conhecido no portugués como Jeova ou Javé. O Nome Jeova Comprovado pela Arqueologia! 7 undo Defendi fraducdo do Nov Certo leitor perguntou apés exame mais aprofundado a respeito do Tetragrama: Porque no B19 nao aparece a vogal “o” ? Porque no final de nomes| biblicos em hebraico] 0 nome de Deus comeca com YAH e no inicio com YEH? A abreviacéo do nome de Deus YAHUU é uma abreviagao correta? Qualquer afirmagio de que o equivalente de nossa vogal “o” nao aparece no texto Hebraico do Cédice de Leningrado, conforme sugerida na pergunta inicial, nfo é correta. (Observamos esta vogal hebraica nos nomes: Farad, Moisés, Salomfo e muitos outros). Principalmente com relacdo a forma de se vocalizar o tetragrama, que é o que deve ter proposto a primeira pergunta. Podemos encontrar a vogal “o” (ou Hhohlem) no texto Hebraico do B19 em intimeras passagens. Observe por exemplo Génesis 3:14, Juizes 16:28, 1 Reis 2:26. A vocalizacio “Yehowdh” foi empregada diversas vezes nos Manuscritos de Ben Asher bem como no Cédice de Alepo ¢ no Cédice de Leningrado, os quais preservam o mais completo texto hebraico das Escrituras. A Edigdo da Biblia da Universidade Hebraica (HUB) também apresenta esta vocalizacio. Foi empregada a forma “Yehovah” em grande parte do Texto de Ginsburg na producio de seu texto critico hebraico. Podemos ver claramente em textos muito antigos da Biblia Hebraica reproducdes fotograficas reais das paginas destes textos onde a forma vocalizada do tetragrama apresenta as vogais no de Adonay , Yahovah, mas a antiquissima forma Yehvdw ou ainda em muitos lugares Yehovdh. (Artigo especifico sobre este assunto) O Nome de Deus, assim como os nomes de deidades antigas, foi incorporado no nome de pessoas da época e s4o conhecidos hoje como nomes teoféricos.Observe alguns exemplos de nomes teoforicos que comecam com as trés primeiras consoantes do Tetragrama: Yehoiakim, Yehonathan, Yehoshaphat, Yehoash, Yehoram, Yehoiada,Y ehoiarib, entre outros. Estes nomes foram por vezes abreviados para criar novos nomes, ¢ isso resultou em Yoiakim, Yonathan, ete. (Veia artigo a este respeito)Portanto, podemos encontrar a abrevia¢ao YAH como sufixo de varios de tais nomes, tais como Zacarias, Sofonias, Obadias etc. Nao se refere as vogais iniciais do Nome mas & abreviagio do Nome como ocorre em diversas passagens, a saber Yah ou como lemos em portugués, Jah, sendo esta a forma poética abreviada de Jeovs, o nome do Deus Altissimo. (Ex 15:1, 2) Quanto a pronincia Yahoo ou Yahu é empregada amplamente em textos gregos escritos por Judeus entre o tempo da Grecia antiga e Roma. Porém néo se pode afirmar com certeza que esta era a proniincia usada pelos judeus que adoravam a Jeové na antiguidade. Considere o que disse 0 erudito Firpo W. Carr — “Ha dezenove nomes na Biblia que COMECAM com ‘Yeho-' ou ‘Jeho-', e parece ndo ser necessério discutir sobre as vogais ‘e’ e ‘o’ usadas aqui. A controvérsia é se 0 Nome Divino contém duas ou trés silabas...” (Search for the Sacred Name, Scholar Technological Institute, Hawthorne, CA 1993, page 174). nan vay bonne Heese DAT “DA TDAY ONT NUNS Why py wn Manuscrito Hebraico do Profeta Ezequiel onde a forma Yehowah é empregada a Now sanb Nenhum manuscrito hebraico conhecido na Terra contém a vocalizagio Yahweh ou como é vertida em portugués, “Javé”. Por outro lado, a forma Yehovdh & encontrada numa variedade de cépias hebraicas mais antigas e em fragmentos biblicos datados de entre 700 ¢ 900 E.C, bem como no universalmente conhecido Textus Receptus do “Velho Testamento”. Estudiosos judeus, como Maiménides (1138-1204) afirmam que o Tetragrama era pronunciado “de acordo com as suas letras “, que segundo o Professor Gerard Gertoux era pronunciado como “YeHoWaH”. (#Veja nota ao pé da pagina) NOME DIVINO VERTIDO Immanuel Tremellius Latin 1579 JEHOVA Samuel Cahen Frances 1836 TEHOVAH Joseph Magil INGLES 1910 JEHOVAH Em contraste com a forte evidéncia em favor da pronuncia original mais aparentada com Jeova, nao encontramos quase nada que favorega a prontncia Javé. Esta ultima pronincia nao é favorecida por qualquer prova em Mss biblicos, nem em outros documentos judaicos antigos. Os defensores da pronincia Javé procuram olhar para fora das Escrituras em textos judaicos a fim de procurar provas a seu favor. E até encontram nos escritores patristicos posteriores de Teodoreto e Epifanio, que consideram Jabe como a pronincia do Tetragrama, embora as evidéncias e citagdes antigas a respeito, distinguam esta vocalizacao como a prontncia dos samaritanos. Evidéncia do antigo Egito apoia a pronincia “Jeova” A mais antiga evidencia arqueoldgica apoia a pronincia “Jeova” No templo de Amun em Soleb (Sud4o) foram encontradas esculturas do templo do Faraé Amenhotep III. Estas foram datadas circa 1382-1344 A.E.C. (Lé-se Antes da nossa Era Comum) Trata-se de um hieréglifo Egipcio com a mais antiga inscrigéo do Nome de Deus de que se tem registro na arqueologia. Abaixo uma ilustracao reconstituida da escultura. A proninceia do hieréglifo foi apresentada pelo respeitado erudito Gerard Gertoux, professor na Associagao Biblique de Recherche d’Anciens Manuscrits na France,e se 1é da seguinte maneira: BES ee w sw 83 t3 Gi 4 amp ‘ab [w]w3 hoy =< ta Sasuw yehtalw| “Terra dos beduinos de Yehua[w]” # Professor Gerard Gertoux refers in his book to what Maimonides (a Jewish scholar and famous talmudist of the 12th century A.D.) has written, and says: “This name YHWH is readwithout difficulty because it is pronounced AS IT IS WRITTEN, or according to its LETTERS as the ‘Talmud says.” He then displays a long study in the pronunciation of names, and draws the conclusion that the Divine Name is pronounced “I-Eh-oU-Ah*, He even writes: “The name Yahweh (which is BARBARISM) has only been ereated to BATTLE with the true name Jehovah” (The Name of God...its Story). ABAIXO A TRADUCAO AUTOMATICA DO TEXTO, POR FAVOR, LEIA COM ATENCAO! # Professor Gerard Gertoux se refere em seu livro ao que Maimonides (um estudioso judeu e famoso talmudista do século 12 dC ) escreveu , e diz : “Este nome YHWH € a dificuldade readwithout porque ele é pronunciado COMO ESTA ESCRITO ; ou de acordo com a sua CARTAS como o Talmud diz.” em seguida, ele exibe um longo estudo na prontncia de nomes, e chega 4 conclus4o de que o nome divino é pronunciado “I-Eh-oU-Ah”. Ele mesmo escreve: “O nome do Senhor (que é a barbarie ) sé foi criado para a batalha com o verdadeiro nome do Senhor ” (O Nome de Deus ... a sua histéria) . # ETM

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