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revisão 1.0
DOI: 10.11606/9786586954180
EESC - USP
São Carlos
2022
Universidade de São Paulo
Reitor –Prof. Dr. Carlos Gilberto Carlotti Junior
Vice-Reitora –Profa. Dra. Maria Arminda do Nascimento Arruda
Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca Prof. Dr. Sérgio Rodrigues Fontes da
EESC/USP
CDD 621.380433
Esta obra é de acesso aberto. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra,
desde que citada a fonte e autoria e respeitando a Licença Creative Commons indicada
i
Dedicatória
Dedico esse texto a minha esposa Ivonete e meus filhos (Maísa e Luigi)
pela paciência que sempre tiveram comigo.
Aos meus alunos dos últimos 30 anos, sendo 23 anos ensinando proces-
samento de sinais, onde sempre tive em vista responder suas dúvidas sempre
da melhor forma possível.
ii
Audiência
Esse texto visa aos alunos dos cursos de Sinais e Sistemas, 4o. semestre
e Processamento Digital de sinais, 5o. semestre, dos cursos de eng. Elétrica
ênfase em eletrônica e eng. Computação da Escola de Engenharia de São
Carlos. Esses cursos têm a carga horária de 4 aulas/semanas durante 15
semanas na disciplina de Sinais e Sistemas . Já na disciplina de Processamento
de Sinais tem carga horária de 2 aulas/semana durante 15 semanas. O
conteúdo apresentado neste livro cobre toda ementa das duas disciplinas.
Registrei no livro muitas justificativas que não faziam parte da dinâmica de
sala de aula.
1.3 Operações com sinais onde x(t) é azul e y(t) é vermelho (a)
escala (b) deslocamento (c) inversão temporal (d) compressão
e expansão. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
iii
iv LISTA DE FIGURAS
1.12 Sinal pulso pτ (t) com área unitária e a função impulso δ(t). . . 20
1.15 Modelo caixa preta associando x(t) (ou x[n]) e y(t) (ou y[n]) . 24
1.17 Exercício 10 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
1.18 Exercício 11 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
1.19 Exercício 12 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
1.20 Exercício 17 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
1.21 Execício 18 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
2.3 Gráfico dos sinais x(τ ) e h(t − τ ) para dois valores, (a) t = 0.5
e (b) (t = 4). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
2.5 Sistemas (a) série (h1 (t) e h2 (t)) e sistema equivalente h(t). . . 44
3.6 Exercício 6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89
3.7 Exercício 9. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 90
3.9 Exercício 11 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 90
5.4 Gráfico para o ex. 68. (a) apresenta o sinal de entrada x[n]
em azul e a saída y[n] em vermelho. (b) apresenta a resposta
de módulo (azul) e fase (vermelha) para H(ejω ). . . . . . . . . 148
7.8 Posição dos polos para um filtro Butterworh de 6a. ordem. . . 194
xi
xii LISTA DE TABELAS
Sumário
1 Introdução 3
1.7 Sistemas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
xiii
xiv SUMÁRIO
3 Transformada de Laplace 57
4 A Transformada de Fourier:
tempo contínuo 93
4.2 Propriedades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 98
4.2.1 Aplicações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 99
5 A Transformada de Fourier:
tempo discreto 139
6 A Transformada Z 157
7 Noções de Filtros:
tempo contínuo e discreto 183
Esse material foi resultado dos últimos vinte e três anos ministrando
aulas de Sinais e Sistemas e Processamento Digital de Sinais para a graduação
e Processamento Estístico de Sinais na pós-graduação da Universidade de
São Paulo - EESC. Nesse período acompanhei o desenvolvimento dos alunos,
quais as suas dificuldade e como poderia melhorar a apresentação das ementas.
Também foi fortemente considerado as técnicas de processamento de sinais
que usamos em diferentes artigos nos últimos anos.
1
2 SUMÁRIO
Esse texto ainda tem muito trabalho para ser feito, alguns gráficos
precisam ser revistos e o texto também. Em linhas gerais o material está
completo para ser usado pelos alunos de graduação e, a medida que sejam
enviadas as críticas e sugestões, farei a sua revisão.
Carlos Maciel
Capítulo 1
Introdução
3
4 CAPÍTULO 1. INTRODUÇÃO
Um sinal, Fig. 1.1, pode ser representado como uma função x(t) de
uma variável independente t, que geralmente é o tempo. Diferentes sinais
possuem diferentes variáveis livre, p.ex. imagem onde se tem duas variáveis
livre que representam posição, imagem(x,y) onde, neste caso, x representa
as linhas e y as colunas da image. Sinais podem ser multidimensionais, p.ex.
filme que possui uma sucessão de imagens no tempo, filme(x,y,t).
1. Escala da amplitude
2. Deslocamento no tempo
onde:
t0 > 0 representa um atraso no tempo
t0 < 0 representa um avanço no tempo
São sinais idênticos quanto à forma mas deslocados no tempo.
3. Reversão do tempo
4. Compressão e expansão
y(t) y(t)
0.6
1
0.4
0.5
0.2
x(t) x(t)
−5 5 10 15 20 25 −5 5 10 15 20 25
−0.2
−0.5
y(t) y(t)
0.6 0.6
0.4 0.4
0.2 0.2
x(t) x(t)
−5 5 10 15 20 25 −5 5 10 15 20 25
−0.2 −0.2
Figura 1.3: Operações com sinais onde x(t) é azul e y(t) é vermelho (a) escala
(b) deslocamento (c) inversão temporal (d) compressão e expansão.
8 CAPÍTULO 1. INTRODUÇÃO
1 0.5
y(t) y(t)
0.8 0.4
0.6 0.3
0.4 0.2
0.2 0.1
x(t) x(t)
2 4 6 8 10 2 4 6 8 10
1. x(1 − t)
2. x(2 − t)/3
solução:
1.2. OPERAÇÕES COM SINAIS 9
(c) Mudança da escala temporal do si- (d) Mudança da escala temporal do si-
nal. nal.
2
y(t)
1.5
0.5
x(t)
−4 −2 2 4
−0.5
2. Periodicidade
1.3. CLASSIFICAÇÃO DOS SINAIS 11
Essa condição será válida para: ±T, ±2T, ±3T, . . .. O menor valor desse
deslocamento, T0 , é conhecido como período fundamental. A frequência
1
fundamental, f0 = corresponde a ciclos por segundo ou hertz [Hz].
T0
2π
Para ω0 = = 2πf0 radianos por segundo [rad/s], pois tem-se um
T0
ciclo completo em 2π radianos.
2
Considerando que x1 (t) = x1 (t + T1 ), x2 (t) = x2 (t + T2 ) e que x(t) = x1 (t) + x2 (t)
para que x(t) seja periódica os sinais devem obdecer a seguinte condição: M T1 = N T2 →
T1 N
= ∈ Q ja que M e N são inteiros.
T2 M
12 CAPÍTULO 1. INTRODUÇÃO
Função Periódica
−1
0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5
2
amplitude
0
Função Quasi-Periódica
−2
0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5
1 tempo (s)
amplitude
Função Quase-Periódica
−1
0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5
tempo (s)
Figura 1.7: Exemplo dos sinais (a) periódico (b) quasi-periódico gerado a par-
tir da combinação de outros dois sinais periódicos (c) sinal de eletrocardiologia
com comportamento quase-periódico.
3. Duração
Um sinal é dito de duração finita se x(t) = 0 para t > tM e t < tN .
Caso contrário, o sinal será dito infinito.
4. Tempo-discreto ou contínuo
Se a variável livre t é contínua3 . x(t) é um sinal de tempo contínuo,
e, se t é uma variável discreta, definidos apenas para valores discretos
de t, então x(t) é um sinal em tempo discreto. Um sinal de tempo
discreto é muitas vezes identificada como uma sequência de números,
indicado por x[n], onde n é um número inteiro. Neste texto será
adotada a nomenclatura onde as variáveis livres entre (.) são contínuas
e entre [.] são discretas. Sinais digitais são sinais cuja variável livre
é discreta e também assumem valores discretos, Fig. 1.8. Quando as
amostras x[n] ∈ R o sinal é conhecido como sinal em tempo discreto
mas quando as amostras x[n] pertencem a um conjunto finito esse sinal
é conhecido com digital. A conversão de x(t) para x[n] é conhecido como
amostragem e é realizada por dispositivos conhecidos como conversores
analógicos-digitais. Esses dispositivos fornecem o sinal x[n] em um
3
O tempo contínuo tem, entre dois valores quaisquer, um número infinito de pontos. A
variável t assume valores ao longo de toda a reta numérica real (R) ou, dependendo do
contexto, sobre algum subconjunto dela, como os reais não negativos.
1.4. ENERGIA E POTÊNCIA MÉDIA 13
4
x(t)
3
1
x(t)
−2 −1 1 2 3 4 5 6
−1
−2
1. sinais periódicos não possuem energia pois a integral eq. 1.12 não
converge;
2. a eq. 1.12 e eq. 1.13 são válidas para sinais x(t) Reais. Caso x(t) seja
complexo a potência instantânea será pinst = x∗ (t)x(t) = |x(t)|2 .
1.00
0.75
0.50
0.25
amplitude
0.00
−0.25
−0.50
−0.75
−1.00
solução:
1.4. ENERGIA E POTÊNCIA MÉDIA 15
1
1. Período: T0 = 0.2 s, f0 = = 5 Hz e ω0 = 2πf0 = 10π
T0
rad/s
2.
1 Z T0 /2 2
P = x (t)dt
T0 −T0 /2
1 Z0 1 Z T0 /2 2
= x21 (t)dt + x2 (t)dt
T0 −T0 /2 T0 0
1
= W
3
1 Z T0 2 1 Z T0 2
P = x (t)dt = A cos2 (ω0 t)dt
T0 −T0 T0 −T0
1 Z T0 2 1 A2 Z T0
= A (1 + cos(2ω0 t))dt = ( dt +
T0 −T0 2 2T0 −T0
Z T0
+ cos(2ω0 t)dt)
−T0
A2 T0 /2 1 T0 /2
= (t|−T0 /2 + sin(2ω0 t)|−T )
2T0 2ω0 0 /2
A2
=
2
√
2
VRM S =A vRM S
2
k1 5
Sendo T0 = k1 T1 = k2 T2 ∴ = . Fazendo k1 = 5 e k2 = 2
k2 2
tem-se que T0 = π.
14
12
10
tempo (s)
8
−1.00
−0.75
−0.50
−0.25
1.00
0.00
-σ
0.75
l
ea
0.50 0.25
0.25 R
0.00 0.50
Com
plex −0.25
o-j
ω 0.75
−0.50
−0.75
1.00
−1.00
cossenóide amortecida
0.8
0.6
0.4
0.2
t
200 400 600 800 1,000
−0.2
(a)
6
u(t)
t
−2 2 4 6 8
−2
(b)
6
δ(t)
t
−2 2 4 6 8
−2
(c)
Figura 1.11: Funções elementares (a) cossenóide amortecida (b) função degrau
(c) representação gráfica da função impulso.
20 CAPÍTULO 1. INTRODUÇÃO
δ(t)
1
τ pτ (t)
τ t
Figura 1.12: Sinal pulso pτ (t) com área unitária e a função impulso δ(t).
k=−∞
∞ ∞
1 ∞
Z Z Z
4 a 1
δ(at)dt = δ(at) dt = δ(at)d(at) = δ(t)
Z−∞ −∞ Z a a −∞ Z t0+ a
∞ t0− Z ∞
5
x(t)δ(t−t0 )dt = x(t)δ(t − t0 )dt + x(t)δ(t − t0 )dt + x(t)δ(t − t0 )dt
−∞ −∞ t0− t0+
| {z } | {z } | {z }
=0,por definição =x(t0 ),x(t) é contínua em t0 =0,por definição
Z
6
t<0→ = 0 e t ≥ 0 a manipulação é muito parecida com o item 2.
1.5. SINAIS FUNDAMENTAIS 21
Observa-se que δT0 (t) é periódica com período T0 . Essa função será melhor
estudada na seção 4.8.
Z t+2 Z t−2
y(t) = δ(m)dm − δ(n)dn = u(t + 2) − u(t − 2)
−∞ −∞
Z ∞ Z 2
EC = y 2 (t)dt = 12 dt = t|2−2 = 4
−∞ −2
solução:
1.
Z ∞ Z ∞
Ex = x2 (t)dt = (e−2t u(t))2 dt
−∞ −∞
Z ∞
1 1
= e−4t dt = − e−4t |∞
0 =
0 4 4
2. Como o sinal é periódico e complexo, tem-se:
1 Z 1 Z π j(2t+π/4 2
Px = |x(t)| dt =
2
|e | dt
T0 (T0 ) π 0
Como: |ejθ | = 1, Px = 1.
22 CAPÍTULO 1. INTRODUÇÃO
1 Z 2π 1 Z 2π 1
Px = cos (t)dt =
2
(1 + cos(2t))dt
2π 0 2π 0 2
1 2π 1 Z 4π
1
= t|0 + cos(v)dv =
4π 8π 0 2
1
onde T é conhecido como o período de amostragem e é conhecida como
T
frequência de amostragem.
400
amplitude (arbitrária)
200
−200
−400
6.080 6.085 6.090 6.095 6.100
tempo (s)
400
amplitude (abitrária)
200
−200
−400
0 20 40 60 80 100
amostras
1.7 Sistemas
Z t
1
x(t) +
+ ic (τ )dτ y(t)
+ - c −∞
i(t) R C
v(t)
− R
(a) Circuito do Exemplo 8. (b) Modelo do Exemplo 8 usando diagrama
de blocos.
Figura 1.15: Modelo caixa preta associando x(t) (ou x[n]) e y(t) (ou y[n]) .
Causal
Invariante no tempo
Linear
Estável
Muito pouco poderá ser dito sobre o sistema se não foram feitas suposi-
ções sobre o seu comportamento. E, para estimar a saída do sistema, deverá
ser realizada uma análise para cada possível sinal de entrada.
1. Estabilidade
entrado limitado.
2. Invariância no tempo
A invariância no tempo afirma que se um sistema, independente de
quando, tem a mesma resposta para a mesma entrada.
3. Causalidade
Um sistema causal é um sistema cuja saída no tempo t0 usou apenas
informações t ≤ t0 de x(t). Caso não seja causal implica que para
conhecer a sua resposta em t0 deveriam ser conhecidas o futuro de x(t).
4. Linearidade
Um sistema é linear se forem cumpridas duas condições: escala e
sobreposição.
1. estabilidade:
|y(t)| = |tx(t)| = |t||x(t)| onde |x(t)| é limitida (por constru-
ção) e |t| não é limitado;
2. causalidade:
∀t0 tem-se y(t0 ) = T0 x(t0 ) que não depende de nenhum valor
t > t0 em x(t)
3. invariância no tempo:
4. linearidade:
o sistema é linear
1. estabilidade:
|y(t)| = |ex(t) | como |x(t)| < xM AX então |y(t)| = |exM AX |
que é limitado. O sistema é estável.
2. causalidade:
O sistema é causal pois depende apenas do tempo presente.
3. invariância no tempo:
n=− inf
k=−∞ k=−∞
y[n] = y[n − 1] + x[n]. A equação acima justifica o termo acumu-
lador pois a saída depende do valor presente na entrada x[n] e do
valor anterior da saída y[n − 1]. Observe que a resposta depende
das condições iniciais do sistema.
Considerando o sinal x[n] = nu[n]
n n
n(n + 1)
1. Se y[−1] = 0 então y[n] = ku[k] = k=
X X
k=−∞ 0 2
n n
2. Se y[−1] = 1 então y[n] = ku[k] = y[−1] + k =
X X
k=−∞ 0
n(n + 1) + 2
2
1. Linear: T {ax1 [n] + bx2 [n]} = aT {x1 [n]} + bT {x2 [n]} = ay1 [n] + by2 [n].
Onde y1 [n] = T {x1 [n]} e y2 [n] = T {x2 [n]}.
o sistemas é linear.
1.8. SISTEMAS DISCRETOS 31
k=−∞
ax1 [n] + bx2 [n] tem-se que:
n n n
y[n] = ax1 [n] + bx2 [n] = ax1 [n] + bx2 [n]
X X X
sistemas não-causais:
n=−∞
5. Mostre que:
(a) |Aejθ | = |A|
(b) ejπ/2 = j
(c) e±jkπ = cos(kπ) = (−1)k
1 1
(d) cos(θ) = [ejθ + e−jθ ] e que sin(θ) = [ejθ − e−jθ ]
2 2j
1.9. EXERCÍCIOS PROPOSTOS 33
(a) z1 = Aej(θ±π)
(b) z2 = Aej(θ±2π)
(c) z3 = Aej(θ±π/2)
(d) z4 = A
(a) z + z ∗ = 2R{z}
(b) z − z ∗ = 2I{z}
(c) zz ∗ = A2
(d) (z1 + z2 )∗ = z1∗ + z2∗
(e) |z1 z2 | = |z1 ||z2 |
(f) |z| = |z ∗ | = A
10. Para o pulso retangular mostrado na Fig. 1.17 determine x(2t + 3).
(a) x(t − 2)
(b) x(1 − t)
(c) x(2t + 2)
(d) x(2 − t/3)
(e) x(2t)
34 CAPÍTULO 1. INTRODUÇÃO
(f) x(t/3)
1
16. Mostre que δ(at) = δ(t).
|a|
Z t
17. Determine a integral ∆(τ )dτ, ε > 0 para as funções apresentadas
−ε
na Fig. 1.20 (a) e (b).
(a) Legenda1
(b) Legenda2
19. Sejam x(t) e y(t) dois sinais periódicos com períodos T1 e T2 , respecti-
vamente. Sob que condições o sinal soma x(t) + y(t) é periódico? E se
ele é periódico, qual é o seu período fundamental?
n=−∞
22. Considere que: x(t) = δ(t + 2) − δ(t − 2). Calcule o valor da energia
Z t
para o seguinte sinal: y(t) = x(τ )dτ
−∞
25. Seja um sistema cuja relação entre entrada e saída é dada por: y(t) =
at + b, em que a e b são constantes. Pergunta-se:
2. y[n] = x[n − 2]
3. y[n] = x(3 − n)
4. y[n] = x(2n − 2)
1
, se |n| < 3,
5. Um sinal discreto é definido por: x[n] = |n| + 1 Deter-
0, c.c.
mine a seqüência x[n] e desenhe o sinal.
1 se n = 0,
2 se n = 1,
x[n] = (1.28)
3 se n = 2,
0 c.c..
k=−∞
Capítulo 2
(k) (k)
39
40CAPÍTULO 2. SISTEMAS LINEARES E INVARIANTES NO TEMPO
Esse resultado indica que a resposta de qualquer sistema LTI pode ser
determinada pelo conhecimento de uma resposta particular do sistema, h(t).
É importante observar que esse resultado tem que ser usado com cuidado
pois:
t
h(t) = e− RC u(t)
x(t) +
−
y(t) C
solução:
Z 0
t < 0 ∴ y(t) = 0dτ = 0
−∞
Z t
t−τ t
0 ≤ t < 1 ∴ y(t) = e− RC dτ = RC(1 − e− RC ), Fig. 2.3(a)
0
Z 1
t−τ t 1
t ≥ 1 ∴ y(t) = e− RC dτ = RCe− RC (e RC − 1), Fig. 2.3(b)
0
2.1. A OPERAÇÃO DE CONVOLUÇÃO 43
Figura 2.3: Gráfico dos sinais x(τ ) e h(t − τ ) para dois valores, (a) t = 0.5 e
(b) (t = 4).
k=−∞
44CAPÍTULO 2. SISTEMAS LINEARES E INVARIANTES NO TEMPO
h(t)
x(t) h1 (t) h2 (t) y(t)
h(t)
h2 (t)
x(t) + y(t)
h1 (t)
Figura 2.5: Sistemas (a) série (h1 (t) e h2 (t)) e sistema equivalente h(t).
associatividade:
Z ∞
[x(t) ∗ y(t)] ∗ z(t) = [ x(τxy )y(t − τxy )(−dλ)] ∗ z(t)
−∞
Z ∞ Z ∞
= [ x(τxy )y(τyz − τxy )dτxy ]z(t − τyz )dτyz
−∞ −∞
Z ∞
x(t) ∗ [y(t) ∗ z(t)] = x(t) ∗ [ y(τyz )z(t − τyz )τyz ]
−∞
Z ∞ Z ∞
= x(τxy )[ y(τyz )z(t − τxy − τyz )dτxy ]dτxy
−∞ −∞
2.2. PROPRIEDADES DA OPERAÇÃO DE CONVOLUÇÃO 45
Z ∞ Z ∞ Z ∞ Z −∞
[ x(τxy )y(τyz − τxy )dτxy ]z(t − τyz )dτyz = − x(η)y(λ − η)z(t − λ)dλdη
−∞ −∞ −∞ ∞
Z ∞ Z ∞ Z ∞ Z ∞
x(τxy )[ y(τyz )z(t − τxy − τyz )dτxy ]dτxy = x(η)y(λ − η)z(t − λ)dλdη
−∞ −∞ −∞ −∞
comutatividade:
fazendo a substituição de λ = t − τ ,
Z ∞
x(t) ∗ h(t) = x(t − τ )h(τ )dτ
−∞
Z ∞
= x(λ)h(t − λ)(−dλ)
−∞
Z −∞
= x(λ)h(t − λ)(dλ)
Z∞∞
= x(λ)h(t − λ)dλ = h(t) ∗ x(t)
−∞
distributividade:
Z ∞
x(t) ∗ [h1 (t) + h2 (t)] = x(τ )[h1 (t − τ ) + h2 (t − τ )]dτ
−∞
Z ∞ Z ∞
= x(τ )h1 (t − τ )dτ + x(τ )h2 (t − τ )dτ
−∞ −∞
= x(t) ∗ h1 (t) + x(t) ∗ h2 (t)
46CAPÍTULO 2. SISTEMAS LINEARES E INVARIANTES NO TEMPO
derivada:
Z ∞
y(t) = x(t) ∗ h(t) = x(τ )h(t − τ )dτ
−∞
Z ∞
d d d
y(t) = x(τ ) h(t − τ )dτ = x(t) ∗ h(t)
dt −∞ dt dt
d
= x(t) ∗ h(t)
dt
integral:
Z ∞
y(t) = x(t) ∗ h(t) = x(τ )h(t − τ )dτ
−∞
Z ∞ Z ∞ Z ∞
y(t)dt = x(τ )h(t − τ )dτ dt
−∞ −∞ −∞
Z ∞ Z ∞
= x(τ )dτ h(t − τ )dt
−∞ −∞
| {z }| {z }
área de x área de h
(a) (b)
(c) (d)
1
Fig. 2.6 Livro.ipynb
48CAPÍTULO 2. SISTEMAS LINEARES E INVARIANTES NO TEMPO
Causalidade
Z ∞
y(t) = h(τ )x(t − τ )dτ
−∞
Z 0− Z ∞
= h(τ )x(t − τ )dτ + h(τ )x(t − τ )dτ
−∞ 0
| {z } | {z }
τ <0→t−τ >t τ ≥0→t≥t−τ
Estabilidade
Z ∞
|y(t)| = | h(τ )x(t − τ )dτ |
−∞
Z ∞
≤ |h(τ )||x(t − τ )|dτ
−∞
Z ∞
≤ Mx |h(τ )|dτ
−∞
Por construção espera-se que x(t) < Mx , ∀t. Para que o produto dos termos
da eq. 2.11 seja finito estera-se que h(t) seja absolutamente somável.
Z ∞
|h(t)|dt < ∞ (2.11)
−∞
Figura 2.7: Resposta de um sistema LIT para uma entrada x(t) = δ(t) e
resposta y(t) = h(t).
50CAPÍTULO 2. SISTEMAS LINEARES E INVARIANTES NO TEMPO
y(t) = h(t)
x(t) = u(t) s(t) sistema
T {}
diferenciador
Figura 2.8: A entrada de um sistema LIT com uma função degrau tem com
saída a função s(t) e, sendo derivada obtém-se a função h(t). Ao se entrar
com uma função quadrada com média zero, a função s(t) fica alternando
entre s(t) e −s(t). Derivando essa resposta tem-se que a resposta impulsiva
também vai alternar como h(t) e −h(t).
1 2
+ R
V =v(t) − C
0
0.50
tensão de saída (V)
0.25
0.00
−0.25
−0.50
−0.75
−1.00
0.000 0.025 0.050 0.075 0.100 0.125 0.150 0.175 0.200
Time (s)
1 2 3
+ R
V =v(t) − C L
0
0.50
Resistor voltage (V)
0.25
0.00
−0.25
−0.50
−0.75
−1.00
10. Considere um sistema LTI, causal, cuja entrada x(t) e saída y(t) são
d
relacionadas pela seguinte equação diferencial: y(t) + 4y(t) = x(t)
dt
(a) Se x(t) = e(−1+3j)t u(t), qual é y(t)?
(b) Determine a saída y(t) para a entrada x1 (t) = e−t cos(3t)u(t).
Sugestão: utilize o resultado da parte (a), notando que Re[x(t)] =
x1 (t)
14. Determine o diagrama de blocos (forma direta II) dos seguintes sistemas
LTI:
d2 d d2
(a) 4 y(t) + 2 y(t) = x(t) − 3 x(t)
dt2 dt dt2
d2 d
(b) 2 y(t) + y(t) − 2y(t) = x(t)
dt dt
4
d d
(c) 4 y(t) = x(t) − 2 x(t)
dt dt
2 Z t
d d d
(d) 2 y(t) + 2 y(t) − 2y(t) = x(t) + x(t) + 3 x(τ dτ
dt dt dt −∞
16. Escreva e equação diferencial que relaciona a saída y(t) com a entrada
x(t) para o sistema representado pelo diagrama de blocos, Fig. 2.18.
Determine também a resposta em frequência e a resposta ao impulso
do sistema.
x(t) +
Z t y(t)
()dτ
- −∞
Transformada de Laplace
A partir da equação da integral de convolução eq. 2.5 tem-se que a saída y(t)
de um sistema LIT com entrada Z x(t) é dado por:
∞
y(t) = T {x(t)} = h(t) ∗ x(t) = h(τ )x(t − τ )dτ onde h(t) é a resposta ao
−∞
impulso do sistemas. Em particular, se a entrada é uma exponencial complexa
x(t) = est , onde s = σ + jω, então a saída do sistema será:
Z ∞
y(t) = T {est } = h(τ )es(t−τ ) dτ
−∞
Z ∞
= est h(τ )e−sτ dτ = est H(s) (3.1)
−∞
Z ∞
△
X(s) = x(t)e−st dt (3.2)
−∞
57
58 CAPÍTULO 3. TRANSFORMADA DE LAPLACE
Z ∞
|X(s)| = | x(t)e−st |dt
−∞
Z ∞
≤ |x(t)e−st |dt
−∞
Z ∞
≤ |x(t)e−(σ+jω)t |dt
−∞
Z ∞
≤ |x(t)e−σt | |ejωt| dt
−∞ | {z }
=1
Z ∞
≤ |x(t)e−σt |dt ≤ ∞
−∞
Para que essa integral convirja, é necessário que R{a+s} = a+σ >
1
0 ∴ σ > −a e a transformada de Laplace será: X(s) = .
s+a
3.1. REGIÃO DE CONVERGÊNCIA (ROC) 59
solução:
Z 0
X(s) = − e−at e−st dt
−∞
Z 0
= − e−(a+σ+jω)t dt
−∞
0
−1
= e−(a+σ+jω)t
a + σ + jω
−∞
1
L[e−at u(t)] = , (σ > −a),
s+a
−1
L[eat u(−t)] = , (σ < a)
s−a
Neste ponto adota-se que x(t) será de ordem exponencial, ou seja, existe
uma constante a, um valor positivo t0 e M tal que |x(t)| < M eat , ∀t > t0 e
x(t) seja definido. Essa condição é necessária para exista a transformada de
2
Laplace. Sinais da forma x(t) = et não possuem transformada de Laplace,
porém todas as funções polinomiais possuem.
60 CAPÍTULO 3. TRANSFORMADA DE LAPLACE
1 1
jΩ
−αt
e u(t) 0 −α σ
0 −1
−4 −2 0 2 4 t −1.0 −0.5 0.0 0.5 1.0
0 1
jΩ
−e−βtu(−t) 0 σ
−β
−1 −1
−4 −2 0 2 4 −1.0 −0.5 0.0 0.5 1.0
1 1
jΩ
−αt −βt
e u(t) + e u(−t) 0 −α −β σ
0 −1
−4 −2 0 2 4 −1.0 −0.5 0.0 0.5 1.0
1
Exemplo 28 : Seja X(s) = L{x(t)} = , Re[s] > −1, e
s+1
1
Y (s) = L{y(t)} = , Re[s] > −1.
(s + 1)(s + 2)
1 1 s+1
Então L[x(t) − y(t)] = − = =
s + 1 (s + 1)(s + 2) (s + 1)(s + 2)
1
, Re[s] > −2 A ROC da combinação dos dois sinais é maior
s+2
que a intersecção das ROC individuais.
1 s Rx
4. Escala temporal: L{x(at)} = X( ), ROC = A ROC é
|a| a a
horizontalmente escalada de 1/a, o qual poderá ser tanto positivo
quanto negativo, e nesse caso a transformada de Laplace é invertida
horizontalmente.
3.3. PROPRIEDADES DA TRANSFORMADA DE LAPLACE 63
Exemplo 29 : Considere
s+1
X(s) = L[x(t)] = , Re[s] > −2
s+2
e
s+2
Y (s) = L[y(t)] = , Re[s] > −1
s+1
então
L[x(t) ∗ y(t)] = X(s)Y (s) = 1,
7. Diferenciação no tempo:
d
L[x(t)] = sX(s), ROC ⊇ Rx
dt
Pode ser justificado pela diferenciação da inversa da transformada de
Laplace:
d 1 Z σ+j∞ d 1 Z σ+j∞
x(t) = X(s) est ds = sX(s)est ds
dt j2π σ−j∞ dt j2π σ−j∞
tem-se
dn
x(t)] = sn X(s)
L[
dtn
multiplicando X(s) por s pode causar o cancelamento de polos e zeros
e, assim a ROC resultante poderá ser maior que Rx .
Exemplo 30 : Dado
L[u(t)] = 1/s, Re[s] > 0
tem-se:
d d dn
L[ u(t)] = L[δ(t)] = 1, L[ δ(t)] = s, L[ δ(t)] = sn ,
dt dt dtn
64 CAPÍTULO 3. TRANSFORMADA DE LAPLACE
8. Diferenciação no plano-S
d
L[tx(t)] = − X(s), ROC = Rx
ds
Pode ser justificado pela diferenciação da transformada de Laplace:
Z ∞ Z ∞
d d −st
X(s) = x(t) e dt = (−t)x(t)e−st dt
ds −∞ ds −∞
Repetindo
dn
L[tn x(t)] = (−1)n X(s), ROC = Rx
dsn
9. Integração no tempo
Z t
X(s)
L[ x(τ )dτ ] = , ROC ⊇ (Rx ∩ {Re[s] > 0})
−∞ s
Pode ser justificado por:
Z ∞ Z t
x(t) ∗ u(t) = x(τ )u(t − τ )dτ = x(τ )dτ
−∞ −∞
Z ∞" #
d
• quando s → 0, as equações acima se tornam lim x(t) e−st dt =
Z ∞
s→0 0 dt
dx(t) = x(∞)−x(0) = lim[sX(s)−x(0)] ou seja, lim sX(s) = x(∞)
0 s→0 s→0
Z ∞" #
d
• quando s → ∞, tem-se s→∞
lim x(t) e−st dt = 0 = s→∞
lim [sX(s) −
0 dt
x(0)] ou seja, s→∞
lim sX(s) = x(0)
i=0 s − pi
66 CAPÍTULO 3. TRANSFORMADA DE LAPLACE
n
C0 X Ci
+ onde p′i s são os polos e p0 = 0. O sinal correspondente no
s i=1 s − p i
n n
tempo será: x(t) = pi t
= C0 + Ci epi t , t > 0. Todos os termos exceto
X X
Ci e
i=0 i=1
o primeiro representam exponenciais crescentes/decrescentes ou senoides.
Multiplicando ambos os lados de # X(s) por s e fazendo s → 0, obtem-se:
n
"
sCi
lim sX(s) = lim C0 + = C0 . Todos os termos se tornam zero,
X
i=1 s − pi
s→0 s→0
exceto o primeiro termo C0 . Se todos os polos pi , i = 1, 2, · · · , n estão no semi-
plano lateral esquerdo do plano-S, seus sinais no tempo terão um decaimento
para zero, deixando apenas o primeiro termo C0 , o valor final x(∞).
1
Exemplo 31 : X(s) = primeiro se encontra x(t):x(t) =
s(s + 2)
1 1 1 1
L[X(s)] = L + = (1 + e−2t )u(t) Quando t → ∞,
2 s s+2 2
tem-se x(∞) = 1/2. Aplicando o teorema do valor final: x(∞) =
1 1
sX(s) = =
s + 2 s=0 2
s=0
1
Exemplo 32 : X(s) = . De acordo com o teorema
s(s − 2)
1
do valor final tem-se: x(∞) = sX(s) = − . Entretanto,
s=0 2
como a inversa da Transformada de Laplace x(t) = L[X(s)] =
1 1 1 1 2t
L − = [e − 1]u(t) não é limitada (o primeiro
2 s−2 s 2
termo cresce exponencialmente), o valor final não existe.
Exemplo 33 :
s+2
H(s) =
+ 2s + 10
s2
O ganho DC no estado estacionário: t → ∞ poderá ser encontrado
com lim H(s) = 0.2
s→0
3.4. TRANSFORMADA DE LAPLACE INVERSA 67
1 Z σ+iT
x(t) = L {F (s)} =
−1
lim est X(s) ds, (3.3)
2πj T →∞ σ−iT
Condições: Ordem do Q(s) maior que P (s), caso não seja divide-se os
polinômios e trabalha-se o quaciente.
N
Ak
Se os polos de H(s) forem distintos então X(s) = em que
X
k=1 s − pk
Ak = (s − pk )X(s)|s=pk , k = 1, 2, . . . , N , Teorema dos resíduos.
1 dr−i
ki = {(s − sp )r X(s)}s=sp , i = 1, 2, . . . , r (3.4)
(r − i)! ds r−i
Ak
Ak e−at u(t) ↔ , σ > −a (3.5)
s+a
kr tr−1 −at kr
e u(t) ↔ , σ > −a (3.6)
(r − 1)! (s + a)r
1 1 1 1 s
L[cos(ω0 t)u(t)] = L[ejω0 t + e−jω0 t ] = [ + ]= 2
2 2 s − jω0 s + jω0 s + ω02
e
1 1 1 1 ω0
L[sin(ω0 t)u(t)] = L[ejω0 t −e−jω0 t ] = [ − ]= 2
2j 2j s − jω0 s + jω0 s + ω02
e
1 1 1 1 s2 − ω02
L[t cos(ω0 t)u(t)] = L[t (ejω0 t +e−jω0 t )] = [ + ] =
2 2 (s − jω0 )2 (s + jω0 )2 (s2 + ω02 )2
e
1 1 1 1 2sω0
L[t sin(ω0 t)u(t)] = L[t (ejω0 t −e−jω0 t )] = [ − ]= 2
2j 2j (s − jω0 ) (s + jω0 )
2 2 (s + ω02 )2
α
seno hiperbolico sinh(αt) · u(t) Re(s) > |α|
s − α2
2
s
cosseno hiperbolico cosh(αt) · u(t) Re(s) > |α|
s − α2
2
ω
seno amortecido e−αt sin(ωt) · u(t) Re(s) > −α
(s + α)2 + ω 2
α
cosseno amortecido e−αt cos(ωt) · u(t) Re(s) > −α
(s + α)2 + ω 2
1
logaritmo natural ln(t)u(t) − (ln(s) − γ) Re(s) > 0
s
3.6. REPRESENTAÇÃO DE SISTEMAS LTI PELA TRANSFORMADA DE LAPLACE71
Se um sistemas LTI puder ser re-escrito por uma equação diferencial com
coeficientes constantes relacionando a sua entrada e saída, a transformada de
Laplace converte a equação diferencial em uma equação algébrica, propriedades
da diferenciação e integração:
dn
L[ x(t)] = sn X(s) (3.8)
dtn
Exemplo 34 :
Dado h(t) = δ(t ± 1) de um sistema LTI, encontre H(s):
Z ∞
H(s) = L[δ(t ± 1)] = δ(t ± 1)e−st dt = e±s
−∞
1 1
X(s) = es = 1 + s + s2 + · · · + sn + · · ·
2 n!
Como o polinômio do numerador tem ordem infinita, maior
que do a ordem do denominador (zero), existe um polo em
s = ∞ e a ROC não é o plano lateral direito, h(t) não é
causal.
72 CAPÍTULO 3. TRANSFORMADA DE LAPLACE
e
Z ∞ Z ∞ Z ∞
|y(t)| = | h(τ )x(t−τ )dτ | ≤ |h(τ )||x(t−τ )|dτ < Bx |h(τ )|dτ < ∞
−∞ −∞ −∞
o que é nescessário:
Z ∞
|h(τ )|dτ < ∞
−∞
.
a>0 a<0
Re[s] > −a eixo-jω na ROC eixo-jω fora da ROC,
h(t) = e−at u(t) causal, estável causal, instável
Re[s] < −a eixo-jω na ROC eixo-jω fora da ROC,
h(t) = −e−at u(−t) não-causal, instável não-causal, estável
Agora H(s) poderá ainda ser considerado como uma função racional
em s com o numerador um polinômio de ordem M = ∞, qual é maior do
que o grau do polinômio do denominador N = 1, ou seja, H(s) possui um
polo em s = ∞, ou seja, sua ROC não pode ser um semi-plano lateral direita,
e, o sistema não será causal. Por outro lado, se τ < 0, então esse polinômio
aparecerá no denominador, não existirá nenhum polo em s = ∞, a ROC será
um semi-plano lateral direito e o sistema será causal.
(a) (b)
(c) (d)
N M
dk y(t) X dk x(t)
= (3.9)
X
ak b k ,
k=0 dtk k=0 dtk
N M
Y (s)[ ak sk ] = X(s)[ bk s k ] (3.10)
X X
k=0 k=0
Y (s) M k
P
k=0 bk s
H(s) = = PN k
(3.11)
X(s) k=0 ak s
bM k=1 (s − szk )
QM
= (3.12)
aN N k=1 (s − szk )
Q
N (s)
= K (3.13)
D(s)
d 1 Zt
v(t) = vL (t) + vR (t) + vC (t) = L i(t) + R i(t) + i(τ )dτ
dt C −∞
ou pelo conjunto de equações algébricas no domínio de Laplace:
1
V (s) = VL (s) + VR (s) + VC (s) = [sL + R + ]I(s)
sC
se a corrente i(t) através do circuito é a saída, a função de trans-
ferência do sistemas será:
V (s) 1
H(s) = = sL + R + = Z(s)
I(s) sC
1/sC 1/LC
HC (s) = = 2
Ls + R + 1/sC s + (R/L)s + (1/LC)
R (R/L)s
HR (s) = = 2
Ls + R + 1/sC s + (R/L)s + (1/LC)
sL s2
HL (s) = = 2
Ls + R + 1/sC s + (R/L)s + (1/LC)
se for definido s
△ R C 1 △
ζ= , ωn = √
2 L LC
o denominador comum da função de tranasferência na forma
padrão (canônica)
• saída em C:
ωn2
HC (s) = 2
s + 2ζωn s + ωn2
com dois polos p1 , p2 e sem zeros;
• saída em R:
2ζωn s
HR (s) =
s2 + 2ζωn s + ωn2
com dois polos p1 , p2 e um zeros na origem;
• saída em L:
s2
HL (s) =
s2 + 2ζωn s + ωn2
com dois polos p1 , p2 e dois zeros repetidos na origem.
3.7. SISTEMAS LTI DESCRITOS POR EDO 79
Y (s) = H(s)X(s), RY = RH
\
RX
Y (s)(s2 + 3s + 2) = X(s)(s + 3)
y(t) = h(t) ∗ x(t) + g(t) ∗ x(t) = [h(t) + g(t)] ∗ x(t) = heq (t) ∗ x(t)
y(t)
x(t) +
H(s)
+
G(s)
(a)
x(t) y(t)
H(s) G(s)
(b)
x(t) + y(t)
H(s)
-
G(s)
y(t) = g(t) ∗ [h(t) ∗ x(t)] = [g(t) ∗ h(t)] ∗ x(t) = heq (t) ∗ x(t)
onde h(t) é a resposta ao impulso total:
d
Exemplo 40 : Seja um sistema de primeira ordem y(t) +
dt
3y(t) = x(t) descrito no domínio-S pela sua função de transferên-
cia:
Y (s) 1 1/s
H(s) = = =
X(s) s+3 1 + 3/s
Comparando o H(s) com a função de transferência do sistema
de realimentação, pode ser observado que o sistema de primeira
ordem pode ser representado como um sistema de realimentação
com H(s) = 1/s (um integrador implementado por amplificador
operacional) no caminho direto, e G(s) = 3 (o coeficiente de
realimentação) no caminho negativo reverso.
Z ∞ Z ∞
△
UL[x(t)] = X(s) = x(t)u(t)e−st dt = x(t)e−st dt
−∞ 0−
d
UL[ x(t)] = UL[x′ (t)] = sX(s) − x(0− )
dt
Prova:
Z ∞ Z ∞ ∞ Z ∞
d
UL[ x(t)] = x (t)e dt =
′ −st
e d[x(t)] = x(t)e −
−st −st
x(t)d(e−st )
dt 0− 0−
0− 0−
Z ∞
= −x(0− ) + s x(t)e−st dt = sX(s) − x(0− )
0−
e no caso geral
n−1
(n)
(t)] = s X(s) −
n
sk x(n−1−k) (0− )
X
UL[x
k=0
d2 d
2
y(t) + 3 y(t) + 2y(t) = x(t) = 2u(t)
dt dt
com condições iniciais:
y(0− ) = y0 = 3, y ′ (0− ) = y1 = −5
3.10. RESOLVENDO EDO COM O USO DA TRANSFORMADA UNILATERAL LAPLACE85
2 1 2 1
" #
yp (t) = L −1
= L−1 − +
s(s + 1)(s + 2) s s+1 s+2
= [1 − 2e−t + e−2t ]u(t)
y(t) = yh (t) + yp (t) = [1 − e−t + 3e−2t ]u(t)
O sistema tem em sua entrada uma função degrau e, neste caso, essa
excitação determinará a resposta particular do sistema. A função particular é
sempre é da forma est com s ∈ C; podendo representar os casos de excitação
constante (como no caso do exemplo), funções exponenciais crescentes ou
descrescentes e funções senoidais.
86 CAPÍTULO 3. TRANSFORMADA DE LAPLACE
d2 d
2
y(t) + 3 y(t) + 2y(t) = x(t) = αu(t)
dt dt
α β(s + 3) γ
Y (s) = + +
s(s + 1)(s + 2) (s + 1)(s + 2) (s + 1)(s + 2)
= Yp (s) + Yh (s).
não-nulas.
Se for aplicada a transformação bilateral de Laplace na mesma
equação diferencial, é obtido
(a) x(2t)
(b) x(t − 2)
d
(c) 2 x(t)
dt
Z t
(d) x(τ )dτ
−∞
1
(c) X(s) =
s + 8s + 16
2
2s2 + 3
(d) X(s) =
s3 + s2 − 2
−5s − 7
(e) X(s) =
(s + 1)(s − 1)(s + 2)
s
(f) X(s) =
(s2 + 9)(s2 + 3)
3s + 4
(g) X(s) =
(s + 1)(s + 2)2
s2 + s − 2
(h) X(s) =
s3 + 3s2 + 5s + 3
(s + 2)3
(i) X(s) =
s4
s+3
5. Dada a Transformada de Laplace X(s) = :
(s + 1)(s − 1)2
3.11. EXERCÍCIOS PROPOSTOS 89
12. Determine a função de transferência entre R(s) e D(s) para Y (s) do sis-
tema mostrado na Fig. 3.10. Como poderia ser resolvido esse problema
usando a linearidade?
3.11. EXERCÍCIOS PROPOSTOS 91
A Transformada de Fourier:
tempo contínuo
93
94CAPÍTULO 4. A TRANSFORMADA DE FOURIER:TEMPO CONTÍNUO
X(ω) = X(s) (4.1)
s=jω
n=−∞
1 Z
x[n] = X2π (ω)ejωn dω (4.6)
2π (2π)
(4.7)
Z ∞
X(jω) = x(t)e−jωt dt
−∞
Z ∞
= e−at e−jωt dt
Z0∞
= e(−jω+a)t dt
0
T
1
= lim − e−(iω+a)t
T →∞ jω + a
0
1
=
jω + a
1.5
x(t)
0.5
t
2 4 6 8 10
−0.5
(a) Resposta no tempo.
H(ω)
50
ω
−10 −5 5 10
−50
Fazendo as contas,
Z ∞
X(jω) = x(t)e−jωt dt
−∞
Z τ
= e−jωt dt
−τ
τ
1
= − e−iωt
jω
−τ
1
= (−e−iωτ + eiωτ )
jω
1
= 2j sin(ωτ )
jω
sin(ωτ )
= τ = τ sinc(ωτ )
ωτ
1
sinc(θ)
0.8
0.6
0.4
0.2
θ(graus)
−600 −400 −200 200 400 600
−0.2
4.2 Propriedades
Linearidade:
Escala:
1 ω
F{x(at)} = X( ) a∈C (4.9)
|a| a
Deslocamento:
Modulação:
1
F{x(t) cos(ω0 t)} = [X(ω − ω0 ) + F (ω + ω0 )] ω0 ∈ R (4.12)
2
Transformada da derivada:
Convolução:
Teorema de Parseval:
Z ∞
1 Z∞
|x(t)| dt =
2
|X(ω|2 dω (4.17)
−∞ 2π −∞
4.3. O DIAGRAMA DE BODE 99
4.2.1 Aplicações
Aplicação 4: A prop. 4.2 diz que a energia (ou potência média) pode
ser calcula tanto no tempo quanto na frequência. Algumas normas com a de
Qualidade de Energia recomenda que o cálculo seja feito em frequência. Em
linhas gerais deve-se efetuar esse cálculo onde seja mais fácil.
transferência H(s) são os gráficos da função |H(s = jω)| por ω e ∠H(s = jω)
por ω em gráficos log × log.
4.3.1 Equacionamento
H(ω) =
H(s)
s=jω
= |H(jω)|e j∠H(jω)
(4.18)
|P (s)| | M an s n |
P
|H(s)| = = Pn=0 (4.19)
|Q(s)| | N n
n=0 bn s |
| n=1 (s − zn )|
QM QM
n=1 |s − zn |
= QN = QN (4.20)
| n=1 (s − pn )| n=1 |s − pn |
onde zn são as raízes do polinômio P (s) e são conhecidos como zeros de H(s)
e pn são as raízes do polinômio Q(s) e são conhecidos como polos de H(s).
ω →
−
zn o
→
−
s
* −
p→
n
x
M N
|H(jω)|dB = (4.21)
X X
|jω − zn |dB − |jω − pn |dB
n=1 n=1
M N
jω jω
= − 1|dB − − 1|dB (4.22)
X X
|zn |dB | |pn |dB |
n=1 zn n=1 pn
M N M N
jω jω
= |pn |dB + − 1|dB − − 1|(4.23)
X X X X
|zn |dB − | | dB
n=1 n=1 n=1 zn n=1 pn
| {z } | {z }
Não depende da frequência Depende da frequência
Q
jω
|H(jω)|dB = |k|dB + − 1|dB , q ∈ S (4.24)
X
|
n=1 q
M N
|k|dB = |pn |dB e quando q é zero de H(s) a contribuição é
X X
|zn |dB −
n=1 n=1
positiva e negativa quando q é polo.
102CAPÍTULO 4. A TRANSFORMADA DE FOURIER:TEMPO CONTÍNUO
jω
−
p→
n
→
−
z
n
Analisando os termos
jω jω
∆Q = | − 1|dB = 20 log10 | − 1| (4.25)
q q
No caso
ω jω
|ω| ≪ |q| ∴ ∆Q = ≈ 0 ⇒ 20 log10 | − 1| ≈ 20 log10 |1| ≈ 0 (4.26)
q q
e no caso
ω jω jω
|ω| ≫ |q| ∴ ≫ 1 ⇒ ∆Q = 20 log10 | − 1| ≈ 20 log10 | | (4.27)
q |{z} q q
Y
20 log10 |ω| − 20 log10 |q|
≈ |{z} (4.28)
| {z } | {z }
M X H
4.3. O DIAGRAMA DE BODE 103
ω 1
1. | | = ∴ ∆Q = 1dB para zeros e ∆Q = −1dB para polos;
q 2
ω
2. | | = 1 ∴ ∆Q = 3dB para zero e ∆Q = −3dB para polos;
q
ω
3. | | = 2 ∴ ∆Q = 6dB para zeros e ∆Q = −6dB para polos.
q
Exemplo 47 :
Desenhe o Diagrama de Bode para a função de transferência:
(s + 1)
H(s) = 1000 (4.29)
(s + 10)(s + 100)
1000 ( 1s + 1)
H(s) = (4.30)
10 · 100 ( 10
s
+ 1)( 100
s
+ 1)
1. a constante |k| = 1;
2. um polo em s = −10
3. um polo em s = −100
4. um zeros em s = −1
104CAPÍTULO 4. A TRANSFORMADA DE FOURIER:TEMPO CONTÍNUO
50
50
∆|H(jω)|dB
∠|H(jω)|
0
0
−50
KdB = 0
10−1 101 103 10−1 101 103
ω ω
20
|H(jω)|dB
−20
10−2 10−1 100 101 102 103
ω
k k
H(s) = = (4.31)
(s − q)(s − q )
∗ (s + α − jβ)(s + α + jβ)
k
= 2 (4.32)
s + 2αs + α2 + β 2
ζ = 0.1
ζ = 0.2
amplitude (dB)
100
ζ = 0.3
ζ = 0.5
ζ = 0.7
10−1 ζ = 1.0
10−2
10−1 100 101
0
−1
−2
−3
Figura 4.6: Diagrama de Bode para o módulo e fase para um polo complexo
em função do ζ.
k
H(s) = (4.33)
+ 2ζωn s + ωn2
s2
k/ωn
= (4.34)
1 + (s/ωn )2 + 2ζ(s/ωn )
k0
H(jω) = (4.35)
1 − + j2ζu
u2
|H(u)|dB = 20 log10 k0 − 20 log10 |(1 − u2 ) + j2ζu| (4.36)
P (s)
H(s) =
Q(s)
n=1 (s − zn )
QM M j∠s−zn
n=1 |s − zn |e
Q
H(s) = = QN
n=1 (s − pn )
QN j∠s−pn
n=1 |s − pn |e
M N
∠H(s) = ∠(s − zn ) − ∠(s − pn ) (4.37)
X X
n=1 n=1
M N
∠H(jω) = ∠(jω − zn ) − ∠(jω − pn ) (4.38)
X X
n=1 n=1
Condição: x(t) → 0, t → ±∞
Justificativa
Z ∞
F{x′ (t)} = x′ (t)e−jωt dt (4.40)
−∞
Z ∞
= x(t)e−jωt |∞
−∞ + (jω) x(t)ejωt dt (4.41)
−∞
= (jω)X(jω) (4.42)
108CAPÍTULO 4. A TRANSFORMADA DE FOURIER:TEMPO CONTÍNUO
De forma recorrente:
F{x(n) (t)} = (jω)n X(jω) (4.43)
Justificativa
Z t
Seja Φ(t) = x(τ )dτ ∴ Φ′ (t) = x(t)
−∞
Dualidade tempo-frequência
d
F{−jtx(t)} = X(jω) (4.48)
dω
Justificativa
Z ∞
X(jω) = x(t)e−jωt dt (4.49)
−∞
d d Z∞
X(jω) = x(t)e−jωt dt (4.50)
dω dω −∞
Z ∞
d
= x(t) {e−jωt }dt (4.51)
−∞ dω
Z ∞
= x(t)(−jt)e−jωt dt (4.52)
−∞
Z ∞
= {(−jt)x(t)}e−jωt dt (4.53)
−∞
= F{(−jt)x(t)} (4.54)
Justificativa:
Z ∞ Z ∞
F{x1 (t) ∗ x2 (t)} = x1 (τ )x2 (t − τ )dτ e−jωt dt
−∞ −∞
Z ∞ Z ∞
= x1 (τ ) x2 (t − τ )e−jωt dtdτ
−∞ −∞
Z ∞
Usando a Prop. 4.4 x2 (t − τ )e−jωt dt = e−jωτ X2 (jω)
−∞
Z ∞
= x1 (τ )X2 (jω)e−jωτ dτ
−∞
Z ∞
= X2 (jω) x1 (τ )e−jωτ dτ
−∞
= X2 (jω)X1 (jω) = X1 (jω)X2 (jω)
Justificativa:
1 Z ∞ jωt
δ(t) = e dω
2π −∞
1 Z ∞
= cos(ωt) +j sin(ωt) dω
2π −∞ | {z } | {z }
par impar
1 Z ∞
= cos(ωt)dω
π 0
(4.55)
Justificativa
Z ∞
1 Z ∞ j(−ω)t
F{1} = 1e−jωt dt = 2π e dt
−∞ 2π
|
−∞
{z }
δ(−ω)
= 2πδ(−ω) (4.56)
Determine a F{x(t)ejω0 t }
justificativa
Z ∞
F{x(t)e jω0 t
} = x(t)ejω0 t e−jωt dt
−∞
Z ∞
= x(t)e−j(ω−ω0 )t dt
−∞
= X(j(ω − ω0 ))
justificativa
Z ∞
1
F{x(t) cos(ω0 t)} = x(t) (ejω0 t − e−jω0 t ) e−jωt dt
−∞ 2
| {z }
Relação de Euler
1 1
= X(j(ω − ω0 )) + X(j(ω + ω0 ))
2 2
112CAPÍTULO 4. A TRANSFORMADA DE FOURIER:TEMPO CONTÍNUO
Determine F{ejω0 t }
justificativa
F{1} = 2πδ(ω)
F{x(t)ejω0 t } = X(j(ω − ω0 ))
(4.57)
Justificativa
1 jω0 t
cos(ω0 t) = (e + e−jω0 t )
2
1
F{cos(ω0 t)} = (F{ejω0 t } + F{e−jω0 t })
2
= πδ(ω − ω0 ) + πδ(ω + ω0 )
(4.58)
De forma equivalente,
Teorema de Parseval2
Z ∞
1 Z∞
|x(t)|2 dt = |X(Ω)|2 dΩ (4.59)
−∞ 2π −∞
onde X(Ω) = F{x(t)} representa a transformada de Fourier continua de x(t)
e Ω representa o componente da frequência (em rad/s) de x(t).
4.5.1 Formulação
O sinal x(t) como uma combinação de sinais pode ser escrita da seguinte
forma:
∞
x(t) = ak ejkω0 t (4.60)
X
k=−∞
2π
Observa-se que x(t) deve ser periódico com período T0 = . Os termos
ω0
ak são os coeficientes da série (complexos), k = 0 termo constante ou DC,
k = 1 primeiro harmônico, k = 2 segundo harmônico e assim sucessivo.
∞
−jnω0 t
= ak ejkω0 t e−jnω0 t (4.61)
X
x(t)e
k=−∞
∞
= ak ej(k−n)ω0 t (4.62)
X
k=−∞
Observando que
Z 0, se k≠ n,
ej(k−n)ω0 t dt = (4.65)
(T0 ) T0 , se k = n.
ou seja,
→ funções ortogonais
ejkω0 t = (4.66)
T0 , base para funções periódicas.
k=−∞
k=1
∞
= A0 + 2 Bk cos(kω0 t) + jCk sin(kω0 t) (4.70)
X
k=1
onde
1 Z
Bk = x(t) cos(kω0 t)dt (4.71)
T0 T0
1 Z
Ck = x(t) sin(kω0 t)dt (4.72)
T0 T0
4.5.2 Propriedades
n=−∞
∞
1. x(t) = x1 (t)x2 (t) ∴ ck =
X
ak bk−l
l=−∞
Relação de Parseval
1 Z ∞
P = |x(t)|2 dt = |ak |2 (4.73)
X
T0 (T0 ) k=−∞
∞
F{x(t)} = ak F{ejkω0 t } (4.74)
X
k=−∞
∞
X(jω) = F{x(t)} = ak 2πδ(ω − kω0 ) (4.75)
X
k=−∞
Os termos ak são os pesos dos impulsos nas posições kω0 conhecidos como
harmônicos.
4.5. A SÉRIE DE FOURIER 117
Seja xT (t) uma função periódica com período T e seja x(t) = lim xT (t).
T →∞
Reescrevendo xT (t) a partir da sua Série de Fourier, tem-se:
∞
xT (t) = an ejnω0 t
X
n=−∞
1 Z T /2
an = xT (t)ejnω0 t (4.76)
T −T /2
2π 1 ω0
onde ω0 = ou = , substituindo na eq. 4.76, tem-se
T T 2π
∞
1 Z T /2
xT (t) = xT (x)ejnω0 x dxejnω0 t (4.77)
X
n=−∞ T −T /2
1 ω0
substituindo por
T 2π
∞
1 Z T /2
xT (t) = xT (x)ejnω0 x dxω0 ejnω0 t (4.78)
X
n=−∞ 2π −T /2
∞ Z ∞
Fazendo T → ∞ ∴ ω0 → 0 ≡ dω, kω0 → ω e
X
→
n=−∞ −∞
1 Z ∞ Z T /2
x(t) = x(t)e−jωx dx eiωt dω (4.79)
2π −∞ −T /2
| {z }
X(jω)
118CAPÍTULO 4. A TRANSFORMADA DE FOURIER:TEMPO CONTÍNUO
Θ(ω)
P (ω) = − (4.81)
ω
períodos das senoides. Sendo que as análises de filtros LTI é feita em senoides
sem início ou fim, não se pode (em princípio) distinguir entre o atraso de
fase "real"e o atraso de fase sem os períodos da senoide. Por outro lado, é
conveniente definir a resposta de fase do filtro como uma função contínua da
frequência com a propriedade de Θ(0) = 0 (para filtro reais). Isso significa
que o “unwrapping” da resposta de fase para se obter uma curva de atraso
de fase consistente.
d
D(ω) = − Θ(ω) (4.82)
dω
Para qualquer função de fase, o atraso de grupo D(ω) pode ser interpre-
tado como o atraso temporal da envoltória da amplitude de uma senoide com
frequencia ω [Papoulis 1977]. A largura de banda da envoltória da amplitude
nessa interpretação deve ser restrita ao intervalo de frequência no qual a
resposta de fase é aproximadamente linear.
x[n] = x(t) = x(nT s) (4.83)
t=nT s
1
onde n ∈ Z, T s é o período de amostragem (s é de sampling) e Fs = éa
Ts
frequência de amostragem.
x(t) x[n]
t n
Figura 4.9: Esquerda: Relação entre as funções x(t), s(t) e x(t)s(t). Direita:
amostras x[n] a partir do sinal x(t)s(t).
∞
s(t) = δ(t − nT0 ). (4.84)
X
n=−∞
∞
△
xs (t) = x(nTs ) = x(t)s(t) = x(t)δ(t − nTs ) (4.85)
X
n=−∞
A conversão, eq. 4.83, garante que x(t) → x[n] mas não a volta
x[n] → x(t). De forma geral, devem ser feitas suposições sobre x(t) que
garanta esse retorno ao sinal original x(t). Por exemplo a Fig. 4.7 mostra a
conversão onde as amostras obtidas não descrevem o sinal original.
4.7. O TEOREMA DA AMOSTRAGEM 121
1.0
0.5
0.0
−0.5
−1.0
0.00 0.02 0.04 0.06 0.08
t(s)
2π X ∞
2π
S(jω) = δ(Ω − kΩs ), ondeΩs = (4.86)
Ts n=−∞ Ts
1
Xa (jΩ) = X(jΩ) ∗ S(jΩ) (4.87)
2π
1 X ∞
= X(Ω − kΩ) (4.88)
Ts n=−∞
1.5
X(jΩ) 1.0
0.5
0.0
−Ωmax Ωmax
−0.5
−1 0 1 2 3 4 5 6 7
1.5
1.0
S(jΩ)
0.5
0.0
−0.5
−1 0 1 2 3 4 5 6 7
1.5
X(jΩ) ∗ S(jΩ))
1.0
0.5
0.0
−0.5
−1 0 1 2 3 4 5 6 7
1.5
X(jΩ) ∗ S(jΩ))
1.0
0.5
0.0
−0.5
−1 0 1 2 3 4 5 6 7
t
Observa-se que:
n=−∞
∞ ∞
= x(t)δ(t − nT ) = x(nT )δ(t − nT ) (4.91)
X X
n=−∞ n=−∞
(4.92)
∞
Sabendo que T F {δT (t)} = ω0 δω0 (ω) = ω0 δ(ω − kω0 )
X
k=−∞
1
T F {xa (t)} = Xa (ω) = [X(ω) ∗ ω0 δω0 (ω)] (4.93)
2π
1 1 ∞
= [X(ω) ∗ δω0 (ω)] = [X(ω) ∗ (4.94)
0 )]
X
δ(ω − kω
T T k=−∞
1
Como Xa (ω) é periódico em , pode-se escrever a sua série de Fourier
T
∞
Xa (ω) = cn ejn2πω/ω0 dω (4.96)
X
n=−∞
1 Z ω0 /2
cn = Xa (ω)e−jn2πω/ω0 dω (4.97)
ω0 −ω0 /2
1
Como Xa (ω) = X(ω), −ωM < ω < ωM e ω0 > ωM , tem-se:
2
1 Z ωM
cn = X(ω)e−jn2πω/ω0 dω (4.98)
ω0 −ωM
1 Z∞
Como x(t) = T F −1 {X(ω)} = X(ω)ejωt dω e X(ω) = 0, |ω| >
2π −∞
ωM , tem-se:
4.8. FUNÇÃO TREM DE IMPULSO 125
1 Z ω0
x(t) = X(ω)ejωt dω (4.99)
2π −ω0
2π
Fazendo t = −nT = −n tem-se:
ω0
2π 1 Z ω0
x(−nT ) = x(−n )= X(ω)e−jn2πω/ω0 dω (4.100)
ω0 2π −ω0
Z
ω0 cn = X(ω)e−jn2πω/ω0 dω (4.101)
2π Z
2πx(−n ) = X(ω)e−jn2πω/ω0 dω (4.102)
ω
(4.103)
2π
2πx(−n ) = ω0 cn (4.104)
ω0
2π 2π
cn = x(−n ) = T x(−nT ) (4.105)
ω0 ω0
∞
δT0 (t) = (4.106)
X
δ(t − k)
k=−∞
4. δT0 (t) = 0, t ̸∈ Z
∞
t
δT0 (t) = cn e2π T (4.109)
X
n=−∞
1 Z t0 +T t
cn = δT0 T (t)e−2π T
T t0
1Z 2
T
−2π Tt
= δ T0 T (t)e dx
T − T2
1Z 2
T
t
= δ(t)e−2π T dx
T −2 T
1 −2π 0
= e T
T
1
= .
T
1
Logo, todos os coeficientes são iguais a e sua representação em Série
T
de Fourier é:
1 X ∞
2π
δT0 (t) = e T nt (4.110)
T n=−∞
e,
∞
∆T0 (jΩ) = ΩS δ(Ω − kΩS ) (4.111)
X
k=−∞
Exercícios Resolvidos
solução
1
h(t) = e−at u(t) ←
→ H(ω) = a + jω
F
1
x(t) = e−bt u(t) ←
F H(ω) =
→ b + jω
1 1
∴ Y (ω) = H(ω)X(ω) = Y (ω) =
a + jω b + jω
A B
∴ Y (ω) = +
a + jω b + jω
1 −1
∴ A= B=
b−a b−a
1
∴ y(t) = (e−at − e−bt )u(t)
b−a
solução
1
X(ω) = , Y (ω) = H(ω)X(ω)
1 + jω
jω + 2 1 jω + 2
Y (ω) = =
(jω + 1)(jω + 3) jω + 1 (jω + 1)2 (jω + 3)
A B C
= + +
jω + 1 (jω + 1) 2 jω + 3
1 1 −1
∴ A= B= C=
4 2 4
1 1 −1
Y (ω) = 4
+ 2
+ 4
jω + 1 (jω + 1)2 jω + 3
1 1 1
y(t) = e−t u(t) + te−t u(t) − e−3t u(t)
4 2 4
(4.113)
1. Determine H(jω)
2. Determine h(t)
3. Ache a equação diferencial que relaciona a entrada e a saída
4. Construa o diagrama de blocos do sistema.
solução
1.
1 1 2 2
X(ω) = + Y (ω) = −
1 + jω 3 + jω 1 + jω 4 + jω
(4.114)
Y (ω)
1
1+jω
+ 1
3+jω
H(ω) = = 2 2
X(ω) 1+jω
− 4+jω
3(3 + jω)
= (4.115)
(2 + jω)(4 + jω)
2.
A B 3 3
H(ω) = + ∴ A= B= (4.116)
2 + jω 4 + jω 2 2
130CAPÍTULO 4. A TRANSFORMADA DE FOURIER:TEMPO CONTÍNUO
4. Integrando duas vezes: y(t) + 6y ′ (t) + 9y ′′ (t) = 3x′ (t) + 9x′′ (t)
sin(kω0 t)
ak = . (4.119)
kπ
Determine a transformada de Fourier sendo T0 = 4τ
π
Exemplo 62 : Encontre a série de Fourier de x(t) = | cos( t)|.
2
solução:
s + 0.1a
(a) H(s) = 1000 com a = 103 rad/s
(s + a)(s + 1000a)
s
102
+1
(b) H(s) = 10 s
105
+1
ω
(c) H(s) = com ω = 106 rad/s
s+ω
s
+1
(d) H(s) = 10 s 50
( 2 + 1)(s + 20)( 80
s
+ 1)
1
(e) H(s) = 10 2
s + 2s + 2
s
+1
(f) H(s) = s2 5
5
+ 11s + 20
20(s2 + s + 12 )
(g) H(s) =
s(s + 1)(s + 10)
2. Para cada um dos circuitos apresentados na Fig. 4.13 determine: a
função de transferência, o diagrama de polos e zeros, os diagramas de
Bode (módulo e fase) e especifique o tipo de filtro.
1kΩ
+
Vin (s) +
−
1kΩ1µF V o(s)
−
(a)
V o(s)
+ −
1kΩ
Vin (s) +
−
1kΩ 1µF
(b)
1kΩ
+ −
10−4 vπ
Vin (s) +
−
1kΩ vπ 1M Ω1pF Vo (s)
− +
(c)
C R
Vin (s) +
−
R C
(d)
|H|dB <H
ws 100ws Ws/10 Ws 10Ws
0dB |w|dB w
-Π/4
-Π/2
-40dB
(a)
|H|dB <H
103 104 102 103 104
0dB |w|dB w
-Π/4
-23dB -Π/2
(b)
2 cos(ω), se |ω| ≤ π,
(
(c) X(ω) =
0, c.c. .
sin(3(ω − 2π))
(d) X(ω) = 2
ω − 2π
(e) X(ω) = ejaω
1
(f) X(ω) = , utilize a propriedade da convolução.
(1 + jω)2
6. Utilize
Z ∞o teorema de Parseval para determinar a seguinte integral:
4
P = dω
−∞ |2 + jω|2
k=−3 |k| + 1
sistema. (Faça uma tabela com os valores das amplitudes dos harmôni-
cos da entrada e da saída e interprete os resultados).
+ d/dx
x(t) y(t)
+
+ d/dx
12. Seja Ωs a taxa de Nyquist para um sinal x(t). Determine a nova taxa
de Nyquist para os sinais y(t) formados a partir de x(t).
(a) y(t) = 4x(t)
d
(b) x(t)
dt
(c) y(t) = x(4t)
(d) y(t) = x2 (t)
13. Um sinal de eletrocardiograma (ECG) analógico contém frequências
úteis até 100 Hz. Qual a taxa de Nyquist para esse sinal? Suponha
que a taxa de amostragem seja 250 Hz, qual a maior frequência que
pode ser representada unicamente nesta taxa? Se o sinal acima fosse
amostrado em 150 Hz, o que aconteceria?
14. Um sinal em tempo contínuo x(t) pode ser recuparado a partir de suas
amostras x(nTs ) com Ts = 1 ms. Qual é a maior frequência do sinal
x(t)
15. Seja x(t) = cos(500πt)
(a) Determine x[n] para uma frequência de amostragem igual a 1000
Hz;
4.9. EXERCÍCIOS PROPOSTOS 137
2π 5π
17. Para o sinal periódico x(t) = 2 + cos( t) + 4 sin( t) determine ω0 e
3 8
os coeficientes ak da série de Fourier.
1Z 2
(d) |x(t)|2 dt = 1
2 0
Determine dois sinais que satisfazem as condições acima.
20. Uma técnica para se construir uma fonte dc simples é usar um sinal ac
periódico e retificá-lo utilizando um retificador de onda completa. Isto
é, colocamos o sinal x(t) na entrada de um sistema que produz uma
saída y(t) = |x(t)|. Admitindo x(t) = cos((t), pede-se:
A Transformada de Fourier:
tempo discreto
∞
y[n] = h[k]ejω(n−k)
X
k=−∞
∞
y[n] = ejωn h[k]e−jωk
X
k=−∞
(5.1)
139
140CAPÍTULO 5. A TRANSFORMADA DE FOURIER:TEMPO DISCRETO
∞
Definindo-se H(ejω ) = h[k]e−jωn é chamado de Resposta de
X
k=−∞
Frequência do sistema e H(ejω ) é a Transformada de Fourier, F{.}, de
h[n]. Observa-se que essa entrada na forma de exponencial complexa é a
mesma que aparece na saída multipliacada por H(ejω ), que modifica a sua
amplitude e fase.
0 ≤ ω < 2π ou 0 ≤ f < 1
(
(5.5)
−π < ω ≤ π ou − 0.5 < f ≤ 0.5
1
http://www.orangefreesounds.com/nightingale-sound/
5.1. CONCEITOS INICIAIS - A DTFT 141
(a) (b)
(c)
1 Zπ
x[n] = X(ejω )eiωn dω ← equação de síntese (5.6)
2π −π
∞
X(ejω ) = x[n]e−jωn ← equação de análise (5.7)
X
n=−∞
142CAPÍTULO 5. A TRANSFORMADA DE FOURIER:TEMPO DISCRETO
∞ ∞
|X(eiω )| = | x[n]e−jωn | ≤ |x[n]||e−jωn | (5.9)
X X
n=−∞ n=−∞
∞
|X(eiω )| ≤ (5.10)
X
|x[n]| < ∞
n=−∞
∞ ∞
X(ejω ) = an u[n]e−jωn = an e−jωn
X X
n=−∞ n=0
∞
n
= (ae−jω )
X
n=0
1
X(ejω ) =
1 − ae−jω
Na Fig. 5.2 tem-se a esquerda a representação no tempo para
apenas 200 amostras e a direita tem-se o cálcula da DFT com
700 amostras. Observa-se que o espectro é periódico com 200
amostras e 200 = 2π
p
2
|ejω | = cos2 ω + sin2 ω = 1
∞
X 1
3
qn =
n=0
1 − q
5.2. DENSIDADE ESPECTRAL DE ENERGIA OU POTÊNCIA 143
A, 0 ≤ n ≤ M − 1
(
x[n] =
0 c.c.
solução:
M −1
X(ejω ) = Ae−jωn
X
n=0
1 − e−jωM −jω(M −1)/2 sin(ωM/2)
= A = Ae
1 − ejω sin(ω/2)
O desenvolvimento abaixo foi feito apenas para sinais com energia finita e
pode ser feito de forma equivalente para sinais com potência média finita.
144CAPÍTULO 5. A TRANSFORMADA DE FOURIER:TEMPO DISCRETO
∞ ∞
Ex = |x[n]|2 = x[n]x∗ [n]
X X
n=−∞ n=−∞
∞
1 Z π
= X ∗ (ejω )e−jω dω}
X
x[n]{
n=−∞ 2π −π
1 Z π ∗ jω X ∞
= X (e ){ x[n]e−jωn }dω
2π −π n=−∞
1 Z pi ∗ jω
= X (e )X(ejω )dω
2π −π
1 Zπ
Ex = |X(ejω )|2 dω (5.11)
2π −π
sin(ωM/2) 2
A2 | |,
|X(e )| =
jω 2
sin(ω/2)
(AM )2 , ω = 0
1. x∗ [n] ↔ X ∗ (e−jω )
2. Re{x[n]} ↔ Xe (e−jω )
3. Im{x[n]} ↔ Xo (e−jω )
4. xe [n] ↔ XR (e−jω )
5. xo [n] ↔ jXI (e−jω )
Sequências reais
146CAPÍTULO 5. A TRANSFORMADA DE FOURIER:TEMPO DISCRETO
6. X(ejω ) = X ∗ (e−jω )
7. XR (ejω ) = XR (e−jω )
9. |X(ejω )| = |X(e−jω )|
d
5. Diferenciação: nx[n] ↔ j X(ejω )
dω
∞
1 Zπ
6. Parseval: Ex = |x[n]| =2
|X(ejω )|2 dω
X
n=−∞ 2π −π
8. Modulação:
n=−∞ n=1
jω
ae
→ X2 (ejω ) =
1 − aejω
1 ae−jω
X(ejω ) = X1 (ejω ) + X2 (ejω ) = +
1 − ae−jω 1 − ae−jω
1 − a2
= X(ejω ) =
1 − 2a cos(ω) + a2
(a) (b)
Figura 5.4: Gráfico para o ex. 68. (a) apresenta o sinal de entrada x[n] em
azul e a saída y[n] em vermelho. (b) apresenta a resposta de módulo (azul) e
fase (vermelha) para H(ejω ).
1 NX
−1
2π
x[n] = X(k)ej N nk (5.12)
N k=0
N −1
2π
N −1
1 NX
−1
2π
X(k)ej N nk = X(k)ej N nk (5.13)
X X
como:
1 NX
−1
1 r = mN,
(
2π
ej N nk = (5.16)
N n=0 0 c.c.
5.4. A TRANSFORMADA DISCRETA DE FOURIER - TDF 149
N −1
X(k) = x[n]e−j(2π/N )nk (5.17)
X
n=0
observe que:
2π
4. e−j N = WN
4
1 − e−jπk
X[k] = nk
=
X
W10 2π
n=0 1 − e−j 10 k
2π sin(kπ/2)
= e−j 5 k
sin(kπ/10)
= k = 0, 1, 2, . . . , 9
sin(5ω/2)
X(ejω ) = e−j2ω
sin(ω/2)
2π sin(kπ/2)
X(ωk ) = e−j 5
k
sin(kπ/10)
150CAPÍTULO 5. A TRANSFORMADA DE FOURIER:TEMPO DISCRETO
5.4.1 Propriedades
1. Linearidade - considere dois sinais x1 [n] e x2 [n], ambos com período N,
x[n] = ax1 [n] + bx2 [n] ↔ X[k] = aX1 [k] + bX2 [k]
3. Simetrias
m=0 r=0
N −1 N −1
X1 [k]X2 [k] = x1 [n]x2 [n]WNm+r k
X X
m=0 r=0
1 N −1
x1 [n] ∗ x2 [n] = X1 [k]X2 [k]WN−nk
X
N k=0
N −1 N −1 n 1 NX
−1
−k(n−m−r)
= x1 [m] x2 [r]
X X
W
m=0 r=0 N k=0 N
5.4. A TRANSFORMADA DISCRETA DE FOURIER - TDF 151
N −1
x1 [n] ∗ x2 [n] = x1 [m]x2 [n − m] (5.18)
X
m=0
N −1
X[k] = x[n]WNkn ← equação de síntese (5.19)
X
n=0
1 N −1
x[n] = X[k]WN−kn ← equação de síntese (5.20)
X
N k=0
observações:
2π
2. X[k] são calculados em frequências múltiplas de Ω0 =
NT
3. X[k] é periódica
9
X[k] = nk
X
x[n]W10
n=0
4
= nk
X
W10
n=0
1 − W10
k5
=
1 − W10
k
152CAPÍTULO 5. A TRANSFORMADA DE FOURIER:TEMPO DISCRETO
N −1 N −1
2 2
(2n )k (2n1 +1)k
X[k] = x[2n0 ]WN 0 + x[2n1 + 1]WN
X X
n0 =0 n1 =0
| {z } | {z }
índices pares índices impares
N −1 N −1
2 2
(2n)k (2n1 )k
= x[2n0 ]WN + WNk x[2n1 + 1]WN (5.21)
X X
n0 =0 n1 =0
Desta forma, a DFT pode ser re-escrita apenas por termos N/2
N −1 N −1
2 2
n0 =0 n1 =0
onde G[k] é uma DFT com N/2 pontos realizada sobre as posições pares de
x[n] e H[k] é uma DFT com N/2 pontos sobre as posições impares de x[n].
5.6 Exercícios
N −1
1. Prove a seguinte relação: ej2π/N (r−k)n = N (r = k)0cc
X
n=0
5.6. EXERCÍCIOS 153
1k = 0,
X[k] = 2 k = 3e7
0 c.c..
(f)
1 n = 0, . . . , 4
x[n] =
0 n > 4.
A Transformada Z
n=−∞ n=−∞
∞
considerando que x[n] seja absolutamente somável: |x[n]| < ∞. Existem
X
n=−∞
muito sinais não absolutamente somáveis que são do interesse da engenharia e
neste caso a transformada de Fourier não existe. Para superar essa limitação,
pode-se multiplicar o sinal x[n] por uma função exponencial e−σn de tal forma
que x[n] seja forçado a ser absolutamente somável para algum valor real do
parâmetro σ. Neste caso, a transformada de Fourier discreta fica:
∞ ∞
F{x[n]e−σn } = [x[n]e−σn ]e−jωn = x[n]e−(σ+jω)n (6.2)
X X
n=−∞ n=−∞
∞ ∞
= x[n]e−sn = x[n]z −n = X(z)
X X
n=−∞ n=−∞
n=−∞
157
158 CAPÍTULO 6. A TRANSFORMADA Z
n=−∞
n=−∞
1 I
x[n] = Z −1 [X(z)] = X(z)z n−1 dz
2πj
O par de transformadas Z, direta e inversa, também podem ser representadas
como
Z
x[n] ←→ X(z)
Em particular, se σ = 0, ou seja, z = ejω , então a transformada Z representa
a transformada de fourier discreta:
∞
= x[n]e−jωn = X(ej ω)
X
X(z)
z=ejω n=−∞
6.1. FUNÇÃO DE TRANSFERÊNCIA DE SISTEMAS LTI 159
A saída y[n] de um sistema discreto LTI com entrada x[n] pode ser obtido
pela operação de convolução
∞
y[n] = O[x[n]] = h[n] ∗ x[n] =
X
h[k]x[n − k]
k=−∞
k=−∞ k=−∞
k=−∞
∞
△
H(ejω ) = h[n]e−jωn
X
n=−∞
onde
Re[s] = σ |z| = r = eσ
( (
e
Im[s] = jω ∠z = ω
O mapeamento é contínuo1 . Considere o mapeamento das seguinntes caracte-
rísticas:
∞
1
xn = para |x| < 1
X
,
n=0 1−x
n=−∞ n=−∞
∞
1 z 1
= 1− (a−1 z)n = 1 − = =
X
n=0 1−a z
−1 z−a 1 − az −1
n=−∞
162 CAPÍTULO 6. A TRANSFORMADA Z
tem-se
x[n] = 4δ[n + 2] + 2δ[n] + 3δ[n − 1]
Em geral, pode ser usada a propriedade de deslocamento temporal
Z[δ[n + n0 ]] = z n0
• Polo: Cada
uma das zaízes do denominador do polinômio zp para o
qual X(z) = X(zp ) = ∞ seja um polo de X(z).
z=zp
A maior parte do comportamento dos sistemas LTI pode ser obtido grafica-
mente a partir da ROC e dos polos e zeros da função H(z) no plano-Z.
• Se x[n] é um sinal lateral esquerdo então todos 0 < |z| < r0 estará na
ROC;
Exemplo 75 :
5
X(z) = x[n]z −n
X
n=−3
Exemplo 76 :
Os dois polos são zp1 = 1/3 e zp2 = 2. X(z) tem três possíveis
ROCs associados com três sinais diferentes no tempo x[n]:
• Linearidade
Z[ax[n] + by[n]] = aX(z) + bY (z), ROC ⊇ (Rx ∩ Ry )
A ROC de uma combinação linear de x[n] e y[n] é a intersecção das
ROCs Rx ∩ Ry onde tanto X(z) quanto Y (z) existe, observe que em
alguns casos a ROC de uma combinação linear poderá se maior que
Rx ∩ Ry . Por exemplo, sendo x[n] = an u[n] e y[n] = an u[n − 1], a ROC
é |z| > |a|, mas a ROC da sua diferença an u[n] − an u[n − 1] = δ[n] é
todo o plano-Z.
• Deslocamento temporal
Z[x[n − n0 ]] = z −n0 X(z), ROC = Rx
justificativa:
∞
Z[x[n − n0 ]] = x[n − n0 ]z −n
X
n=−∞
Seja m = n − n0 , n = m + n0 e
∞
x[m]z −m z −n0 = z −n0 X(z)
X
m=−∞
Exemplo 78 :
Se x[n] é um sinal rampa
n 1 2 3 4 5 6
x[n] 1 2 3 4 5 6
então a versão expandida x[n/2] é
n 1 2 3 4 5 6
n/2 0.5 1 1.5 2 2.5 3
m 1 2 3
x[n/2] 0 1 0 2 0 3
onde m é a parte inteira de n/k.
justificativa: A transformada Z desse sinal expandido é
∞ ∞
Z[x[n/k]] = x[n/k]z −n = x[m]z −km = X(z k )
X X
n=−∞ m=−∞
• Convolução
• Diferença temporal
Justificativa:
z−1
Z[x[n] − x[n − 1]] = X(z) − z −1 X(z) = (1 − z −1 )X(z) = X(z)
z
Observa-se que o zero z = 1 e polo z = 0, a nova ROC é a mesma que
Rx exceto pela possível retirada de z = 0 causada pela soma do polo
ou soma de z = 1 causado pela soma de zero que possa cancelar o polo
existente.
• Soma temporal
n
1
x[k]] = ROC ⊇ [Rx ∩ (|z| > 1)]
X
Z[ X(z),
k=−∞ 1 − z −1
168 CAPÍTULO 6. A TRANSFORMADA Z
• Espelhamento temporal
Justificativa:
∞ ∞
1
Z[x[−n]] = x[−n]z −n = x[m]( )−m = X(1/z)
X X
n=−∞ m=−∞ z
onde m = −n.
• Escala no domínio Z
z
Z[a x[n]] = X
n
, ROC = |a|Rx
a
Justificativa:
∞ −n
z z
Z[an x[n]] = =X
X
x[n]
n=−∞ a a
• Conjugado
Z[x∗ [n]] = X ∗ (z ∗ ), ROC = Rx
Justificativa: O conjugado complexo da transformada Z de x[n] é
∞ ∞
X (z) = [
∗ −n ∗
] = x∗ [n](z ∗ )−n
X X
x[n]z
n=−∞ n=−∞
• Diferenciação no Domínio Z
d
Z[nx[n]] = −z X(z), ROC = Rx
dz
Justificativa:
∞ ∞ ∞
d d −1 X
X(z) = x[n] (z −n ) = (−n)x[n]z −n−1 = nx[n]z −n
X X
dz n=−∞ dz n=−∞ z n=−∞
i.e.,
d
Z[nx[n]] = −z X(z)
dz
tem-se
d 1 −az −2
=
dz 1 − az −1 (1 − az −1 )2
Usando a propriedade de diferenciação
az −1
Z[nan u[n]] = |z| > |a|
(1 − az −1 )2
az −1
Z[−na u[−n − 1]] =
n
|z| < |a|
(1 − az −1 )2
170 CAPÍTULO 6. A TRANSFORMADA Z
n=−∞
∞
1
Z[u[n]] = z −n = |z| > 1
X
n=0 1 − z −1
Usando a propriedade de escala, tem-se
1 1
Z[an u[n]] = = |z| > |a|
1 − (z/a) −1 1 − az −1
Aplicando a propriedade da diferenciação
d 1 −az −2 az −1
Z[na u[n]] = −z [
n
] = −z = |z| > |a|
dz 1 − az −1 (1 − az −1 )2 (1 − az −1 )2
e similarmente, tem-se
1
Z[e−jnω0 u[n]] = |z| > 1
1 − ejω0 z −1
E, tem-se
ejnω0 + e−jnω0 1 1 1
Z[cos(nω0 )u[n]] = Z[ u[n]] = [ + ]
2 2 1 − e 0z
jω −1 1 − e 0 z −1
−jω
2 − (ejω0 + e−jω0 )z −1
=
2[1 − (ejω0 + e−jω0 )z −1 + z −2 ]
1 − cosω0 z −1
= |z| > 1
1 − 2cosω0 z −1 + z −2
Similarmente
sinω0 z −1
Z[sin(nω0 )u[n]] = |z| > 1
1 − 2cosω0 z −1 + z −2
6.8. ANÁLISE DE SISTEMAS LTI COM O USO DA TRANSFORMADA Z171
∞
y[n] = h[n] ∗ x[n] =
X
h[m]x[n − m] < ∞
m=−∞
Exemplo 80 :
A função de transferência de um sistema LTI é
1
H(z) =
1 − az −1
sem a especificação da ROC, o H(z) poderpa se a transformada
Z de um dos possíveis sinais h[n].
1 1
Y (z) − z −1 Y (z) = X(z) + z −1 X(z)
2 3
e a função de transferência é
Y (z) 1 + 13 z −1 1 1 −1
H(z) = = 1 −1 = 1 −1 (1 + z )
X(z) 1 − 2z 1 − 2z 3
1 1 1
n n−1
h[n] = u[n] + u[n − 1]
2 3 2
1 1 1
n n−1
h[n] = − u[−n − 1] − u[−n]
2 3 2
6.10. DETERMINAÇÃO DA TRANSFORMADA DE FOURIER A PARTIR DO DIAGRAMA D
com
h[n] = an u[n]
Alternativamente, aplicando a tranformada Z da equação de recorrência
tem-se
Y (z) − az −1 Y (z) = (1 − az −1 )Y (z) = X(z)
e a função de transferência considerando ser causal
Y (z) 1
H(z) = = |z| > |a|
X(z) 1 − az −1
embora h[n] seja diferente de uma resposta ao impulso típica do caso contínuo
h(t) = e−t/τ u(t), são essencialmente o mesmo de h(t) e pode ser re-escrito
como
h(t) = e−t/τ u(t) = (e−1/τ )t u(t) = at u(t)
onde
△
a = e−1/τ
176 CAPÍTULO 6. A TRANSFORMADA Z
1 ejω ejω − 0 u
H(ejω ) = = = =
1 − ae−jω ejω − a ejω − a v
onde u e v são dois vetores no plano Z definido por
△ △
u = ejω − 0 = ejω , v = ejω − a
e a função de transferência é
Y (z) 1 z2 z2
H(z) = = = =
X(z) 1 + a1 z −1 + a2 z −2 z 2 + a1 z + a2 (z − zp1 )(z − zp2 )
que possui um zero duplo em z = 0 e um par de polos complexos conjugados
a1 1 q 2 a1 j q
zp1 ,p2 = − ± a1 − 4a2 = − ± 4a2 − a21
2 2 2 2
6.10. DETERMINAÇÃO DA TRANSFORMADA DE FOURIER A PARTIR DO DIAGRAMA D
Define-se
△ △
a1 = −2r cosθ, and a2 = r 2 (0 ≥ θ ≥ π)
e a função de transferência é
z2
H(z) =
z 2 − 2r cosθz + r2
com polos e zeros
Para o sistema ser causal e estável, tem-se |zp | = r < 1. Quando 0 < θ < π,
H(z) pode ser expresso como
z2 1
H(z) = =
(z − zp1 )(z − zp2 ) (1 − zp1 z )(1 − zp2 z −1 )
−1
1 A B
= = +
(1 − re z )(1 − re z )
jθ −1 −jθ −1 1 − re z
jθ −1 1 − re−jθ z −1
onde
ejθ −e−jθ
A= , B=
2j sinθ 2j sinθ
A resposta ao impulso do sistema pode ser determinada pela transformada Z
inversa
rn
h[n] = [A(rejθ )n + B(re−jθ )n ]u[n] = [ejθ(n+1) − e−jθ(n+1) ]u[n]
2j sinθ
sin[(n + 1)θ]
= rn u[n]
sinθ
quando θ = 0, H(z) possui um polo duplo em zp = r e
1
H(z) =
(1 − rz −1 )2
1
H(z) =
(1 + rz −1 )2
178 CAPÍTULO 6. A TRANSFORMADA Z
e no domínio Z
H(z) = H1 (z) + H2 (z)
6.11. DIAGRAMAS DE BLOCO 179
e no plano Z
e a função de transferência é
Y (z) H1 (z)
H(z) = =
X(z) 1 − H1 (z)H2 (z)
Y (z) H1 (z)
H(z) = =
X(z) 1 + H1 (z)H2 (z)
é
1
H(z) =
1 − 41 z −1
comparando H(z) com a função de transferência de um sistema de
realimentação, observa-se que o sistema de primeira ordem pode
ser representado a partir de um sistema de realimentação como
H1 (z) = 1 no caminho direto, e H2 (z) para o produto de 1/4 e z −1
(um elemento de atraso com entrada x[n] e saída y[n] = x[n − 1])
no caminho da realimentação negativa.
Exemplo 83 :
Y (z) 1 − 2z −1
H(z) = =
X(z) 1 − 14 z −1
Essa equação pode ser re-escrita como:
1
Y (z) = (1 − 2z −1 ) X(z) = (1 − 2z −1 )W (z)
1 − 14 z −1
onde
1
W (z) = X(z)
1 − 41 z −1
pode ser obtida da mesma forma que no exemplo anterior. Uma
vez que W (z) e W (z)z −1 são disponíveis, Y (z) pode ser facilmente
determinado como:
Y (z)+asY (z)z −1 +bY (z)z −2 = X(z), or Y (z) = X(z)−aY (z)z −1 −bY (z)z −2
e
Y (z) = H2 (z)W (z) = (1 + cz −1 + dz −2 )W (z)
O sistema de primeira ordem H1 (z) pode ser implementado por
dois elementos com elementos de atraso no caminho de realimen-
tação, e o segundo sistema é uma combinação linear de W (z),
W (z)z −1 e W (z)z −2 , todos disponíveis no caminho de realimenta-
ção de primeira ordem. O diagrama em blocos desse exemplo pode
ser generalizado a qualquer sistema representado por quociente
de polinômios
PM
bk z −k
H(z) = PN
k=0
−k
(M ≤ N )
k=0 ak z
182 CAPÍTULO 6. A TRANSFORMADA Z
Capítulo 7
Noções de Filtros:
tempo contínuo e discreto
183
184CAPÍTULO 7. NOÇÕES DE FILTROS:TEMPO CONTÍNUO E DISCRETO
para cada uma das frequências, indicando a região mais importante. O maior
peso mais importante é a aproximação. Exemplos típicos da resposta de
frequência são, Fig. 7:
Banda de transição
A(ω)
Região Região
Proibida Proibida
Amax Amin
ω
Banda de passagem Banda de rejeição
Um sistema LIT descrito por uma EDO tem a sua representação no domínio
de Laplace pela função é dada por:
P (s) M
ak s k
P
H(s) = = Pk=0
N k
(7.3)
Q(s) k=0 bk s
em que ak e bk são coeficientes constantes e N é a ordem do filtro. Os valores
M e N são as quantidades de zeros e polos da função de transferência. O
valor de N define a taxa de atenuação da banda de transição do sistema.
188CAPÍTULO 7. NOÇÕES DE FILTROS:TEMPO CONTÍNUO E DISCRETO
1. família Butterworth
2. família Chebyshev
4. família Bessel
1 se ω na banda de passagem
|H(ω)| = (7.4)
δ se ω na banda de rejeição.
1 se ω na banda de passagem
|H ′ (ω)| = (7.5)
∆ se ω na banda de rejeição.
1
onde ∆ = é um valor muito grande.
δ
A função de perda H ′ (s) deveria se aproximar de 1 na banda de passa-
gem e um ser um valor muito grande para a banda de rejeição. Esse tipo de
aproximação não é usual e a relação de FeldtKeller, eq. 7.6, relaciona de função
de perda com uma função de aproximação com a função de aproximação:
Filtros Butterworth
ω n
K(ω) = ϵ( ) (7.8)
ωc
s
ω 2n)
|H (ω)| =
′
1 + ϵ2 ( ) (7.9)
ωc
1
|H(ω)| = q (7.10)
1 + ϵ2 ( ωωc )2n)
5
y=x
y = x2
4
y = x3
y = x4
3 y = x5
y = x6
ϵ
0
0.00 0.25 0.50 0.75 1.00 1.25 1.50 1.75 2.00
ω
frequência normalizada ( )
ωP
ω 2n)
A(ω) = |H ′ (ω)|dB = 10 log10 (1 + ϵ2 ( ) ) (7.11)
ωc
7.2. DESENVOLVIMENTO TEÓRICO 191
0
log10 10 .1Amax −1
100.1Amin −1
n≥ (7.16)
2 log10 ωωrc
0.6
|HC (ωn)|
0.4
0.2
0.0
0.00 0.25 0.50 0.75 1.00 1.25 1.50 1.75 2.00
ω
frequência normalizada ( )
ωP
1
|H(ωn )|2 = (7.17)
1 + ωn2n
tem-se
1 1 2n 3 4n
s
Expandido |H(ωn )| = = 1 − ω + ωn − ... e as derivadas
1 + ωn2n 2 n 8
7.2. DESENVOLVIMENTO TEÓRICO 193
dk
|H(ωn )|ωn =0 = 0, k = 1, 2, 3, ..., 2n − 1 (7.18)
ωnk
1n 1
|H(ω)| ≈ = ω n (7.19)
ωn ( ωc )
1 1
|H(ω)|2 = = (7.20)
1 + |K(ωn |2 1 + ωn2n
s2 1 j(2k+1)π
− 2
= (−1) n = e n , k = 0, 1, 2, ..., 2n − 1 (7.21)
ωc
jπ j(2k+1)π
ou pk = ωc e 2 e 2n , k = o, 1, 2, ..., n − 1
1.00
0.75
0.50
0.25
jω
0.00
−0.25
−0.50
−0.75
−1.00
−2.0 −1.5 −1.0 −0.5 0.0 0.5 1.0 1.5 2.0
σ
Figura 7.8: Posição dos polos para um filtro Butterworh de 6a. ordem.
Filtros Chebyshev
cos(N cos−1 (x) x ≤ 1,
Cn (x) = (7.23)
cosh(N cosh (x) x > 1.
−1
5
C1(x) = x
4 C2(x) = 2x2 − 1
C3(x) = 4x3 − 3x
3 C4(x) = 8x4 − 8x2 + 1
C5(x) = 16x5 − 20x3 + 5x
2 C6(x) = 32x6 − 48x4 + 18x2 − 1
ϵ
−1
0.00 0.25 0.50 0.75 1.00 1.25 1.50 1.75 2.00
ω
frequência normalizada ( )
ωP
0.6
|HC (ωn)|
0.4
0.2
0.0
Para ωn = 0 tem-se
1
n impar,
H(0) = 1 (7.26)
√
n par
1 + ϵ2
Isso significa que os filtros de Chebyshev com ordem par irão atenuar quando
excitados por um sinal DC. Observe na Fig. 7.10 para n = 2 e n = 4.
Hmax (ω) = 1 2
r = 10 log10 ( ) = 10 log10 (1 + ϵ2 ) (7.27)
Hmin (ω
r
ϵ2 = 10 10 −1 (7.28)
(7.29)
estão localizados em uma elipse cujo eixo maior (r1 ) e o eixo menor (r2 ) são
dados por:
ω 1
r1 =(β + ) (7.30)
2 β
ω 1
r2 = (β − ) (7.31)
2 β
√
1 + 1 + ϵ−2 1
O parâmetro β é dado por β = [ ]n .
ϵ
E, os polos estão localizados em: pk = r2 cos ψk + jr1 sin ψk e ψk =
π 2k + 1
+ π, k = 1, 2, ..., n − 1, Fig. 7.11
2 2n
1.00
0.75
0.50
0.25
jω
0.00
−0.25
−0.50
−0.75
−1.00
−2.0 −1.5 −1.0 −0.5 0.0 0.5 1.0 1.5 2.0
σ
1.0 1.0
0.8 0.8
0.6 0.6
|HC (ωn)|
0.4 0.4
HC1 (ωn) δ = 0.5
0.2 HC2 (ωn) 0.2 δ = 1.0
HC3 (ωn) δ = 2.0
HC4 (ωn) δ = 3.0
0.0 0.0
0 1
10 −2
10−1
10 10 10−2 10−1 100 101
ω
frequência normalizada ( )
ωP
Chebyshev tipo 2
7.2. DESENVOLVIMENTO TEÓRICO 199
ϵ2 Cn2 (1/Ωn )
|H(Ω)|2 = (7.33)
1 + ϵ2 Cn (1/Ωn )
onde Ωn = Ω/Ωs , ϵ é o parâmetro que controla a ondulação (ripple) na banda
de rejeição e Cn (x) é o polinômio de de Chebyshev de ordem n, Fig. 7.13.
0 HC2 (ωn)
HC3 (ωn)
HC4 (ωn)
−20
|HC (ωn)|dB
−40
−60
−80
10−2 10−1 100 101 102
ωn
1. determina-se ϵ
−20
|HC (ωn)|dB
−40
−60
−80
102 103 104
ωn
−20
|HC (ωn)|dB
−40
−60
−80
HC4 (ωn)
HB4 (ωn)
−100
10−2 10−1 100 101
ωn
1.0 1.0
0.8 0.8
0.6 0.6
0.4 0.4
0.2 0.2
ΩS
1 Ωsn ΩP
Ωsn
1.0 1.0
0.8 0.8
0.6 0.6
0.4 0.4
0.2 0.2
1 Ωsn Ω1 Ω0 Ω2
1.0 1.0
0.8 0.8
0.6 0.6
0.4 0.4
0.2 0.2
1 Ωsn Ω1 Ω0 Ω2
Notação:
Solução:
Aplicado a TZ em y[n] = x[n] + 0.5y[n − 1], obtém-se:
Y (z) 1
H(z) = =
X(z) 1 − 0.5z −1
1
H(ejω ) =
1 − 0.5e−jω
1.0
y[n]
0.5
0.0
0 2 4 6 8 10
n
2.0
|H(ejω )|
1.5
1.0
y[n] = b0 x[n]+b1 x[n−1]+. . .+bM x[n−M ]−a1 y[n−1]−a2 y[n−2]−. . .−aN y[n−N ]
(7.37)
PM
bk z −k
H(z) = PN
k=0
−k
(7.38)
k=0 ak z
1 Z σ+j∞
ha (t) = Ha (s)est ds (7.40)
2πj σ−j∞
primeira derivada:
208CAPÍTULO 7. NOÇÕES DE FILTROS:TEMPO CONTÍNUO E DISCRETO
d 1 1
y(t)|t=nT = {y[n] − y[n − 1]} ↔ s = {1 − z −1 }
dt T T
segunda derivada:
2
d2 1 1 − z −1
y(t)|t=nT = 2 {y[n] − 2y[n − 1] + y[n − 2]} ↔ s =
2
}
dt2 T T
k
1 − z −1
k ésima derivada: sk = }
T
1 − z −1
Fazendo a substituição: s = → H(z) = Ha (s)|s= 1 (1−z−1 )
T T
1 1
Neste caso se refere a um mapeamento z = = . Possui
1 − sT 1 − jΩT
os polos dentro do círculo unitário.
1
H(z) = −1 (7.42)
{ 1−zT +0.1}2 +3
10 10 10
0 0 0
Invariãncia ao Impulso
k=−∞
a frequência de amostragem e deverá atender aos critérios de Nyquist.
k=1 s − p k k=1
k=1
210CAPÍTULO 7. NOÇÕES DE FILTROS:TEMPO CONTÍNUO E DISCRETO
30 30 30
20 20 20
10 10 10
0 0 0
Transformação Bilinear
desenvolvimento:
Y (s) b d
Ha (s) = = → y(t) + ay(t) = bx(t) (7.47)
X(s) s+a dt
Z t
A integral da derivada de y(t) é dado por: y(t) = y ′ (τ )dτ +y(t0 ). Admitindo
0
t = nT e t0 = (n − 1)T , então pela regra do rapézio tem-se:
T ′
y[n] = [y [n] + y ′ [n − 1]] + y[n − 1] (7.48)
2
aT aT bT
[1 + y[n] − [1 − ]y[n − 1] = [x[n] + x[n − 1]] (7.49)
2 2 2
Calculando a transformada Z:
Y (z) b
H(z) = = 2 1−z −1
(7.50)
X(z) T 1+z −1
+a
2 1 − z −1
s= (7.51)
T 1 + z −1
212CAPÍTULO 7. NOÇÕES DE FILTROS:TEMPO CONTÍNUO E DISCRETO
2 r2 − 1 2r sin ω
s= [ +j ] (7.52)
T 1 + r + 2r cos ω
2 1 + r2 + 2r cos ω
2 ω
Ω= tan( ), (7.53)
T 2
Fig 7.25.
7.4. OS FILTROS EM TEMPO DISCRETO 213
150
100
50
0
ω
−50
−100
−150
s + 0.1
Exemplo 93 : Projete um filtro passa-banda, Ha (s) = ,
(s + 0.1)2 + 16
pelo método da transformação bilinear tendo T = 0.5.
1 − z −1
solução: Fazendo a substituição s = 4 em Ha (s)tem-se:
1 + z −1
0.128 + 0.006z −1 − 0.122z −2
H(z) =
1 + 0.0006z −1 + 0.975z −2
214CAPÍTULO 7. NOÇÕES DE FILTROS:TEMPO CONTÍNUO E DISCRETO
30 30
20 20
10 10
0 0
−10 −10
−20 −20
−30 −30
−40 −40
−50 −50
10−2 10−1 100 10−2 10−1 100
h[n] ̸= 0, n = 0, 1, . . . , M − 1 (7.54)
M
2
−1
M M
−jω M
tipo I H(ejω ) = e h[ ] + 2h[n] cos ω(n − )
X
2
2 n=0 2
M2X
−1
M
−jω M2−1
tipo II H(e ) = e
jω
2h[n] cos ω(n − )
n=0 2
M2X
−1
M
−j(ω M − π2 )
tipo III H(e ) = e
jω 2 −2h[n] sin ω(n − )
n=0 2
M
−1
2
M
X
−j(ω M − π2 )
tipo IV H(e ) = e
jω 2 −2h[n] sin ω(n − )
n=0 2
(7.59)
1
Processamento digital de sinais: projeto e análise de sistemas (2004) Paulo Sergio
Ramirez Diniz, Eduardo Antônio Barros da Silva, Sérgio Lima Netto, ISBN = 85-363-0418-9
216CAPÍTULO 7. NOÇÕES DE FILTROS:TEMPO CONTÍNUO E DISCRETO
0.8 0.8
0.6 0.6
h[n]
h[n]
0.4 0.4
0.2 0.2
0.0 0.0
0.0 2.5 5.0 7.5 10.0 12.5 15.0 17.5 0.0 2.5 5.0 7.5 10.0 12.5 15.0 17.5
n (amostras) n (amostras)
0.5 0.5
h[n]
h[n]
0.0 0.0
−0.5 −0.5
0.0 2.5 5.0 7.5 10.0 12.5 15.0 17.5 20.0 0.0 2.5 5.0 7.5 10.0 12.5 15.0 17.5
n (amostras) n (amostras)
1 Zπ
hd [n] = Hd (ejω )eiωn dω (7.60)
2π −π
hd [n] se n = 0, 1, . . . , M − 1
(
h[n] = (7.61)
0 c.c..
1 se n = 0, 1, . . . , M − 1
(
w[n] = (7.62)
0 c.c. .
7.5. OS FILTROS FIR 217
e,
h[n] = hd [n]w[n]. (7.63)
1 Zπ
H(ejω ) = Hd (ejω ) ∗ W (ejω ) = Hd (ejθ )W (ei(ω−θ) )dθ (7.64)
2π −π
0.8
0.8
0.6
0.6
amplitude
amplitude
0.4
0.4
0.2
0.2
0.0
0.0
−0.2
Janela Retangular
w[n] = 1, n = 0, 1, . . . , M − 1. (7.66)
1.0
−20
0.8
Magnitude normalizada [dB]
−40
0.6
Amplitude
−60
0.4
−80
0.2
−100
0.0
−120
0 10 20 30 40 50 60 −0.4 −0.2 0.0 0.2 0.4
Amostras Frequência normalizada
n − N −1
w(n) = 1− 2
, (7.67)
L
2
1.0
−20
0.8
0.6
Amplitude
−60
0.4
−80
0.2
−100
0.0
−120
0 10 20 30 40 50 60 −0.4 −0.2 0.0 0.2 0.4
Amostras Frequência normalizada
Janela de Hamming
a janela de Hamming é:
2πn
w(n) = α − β cos . (7.68)
N −1
1.0
−20
0.8
Magnitude normalizada [dB]
−40
0.6
Amplitude
−60
0.4
−80
0.2
−100
0.0
−120
0 10 20 30 40 50 60 −0.4 −0.2 0.0 0.2 0.4
Amostras Frequência normalizada
Janela de Hann
é da seguinte forma:
2πn 2πn
w(n) = 0.5 1 − cos = hav (7.69)
N −1 N −1
1.0
−20
0.8
Magnitude normalizada [dB]
−40
0.6
Amplitude
−60
0.4
−80
0.2
−100
0.0
−120
0 10 20 30 40 50 60 −0.4 −0.2 0.0 0.2 0.4
Amostras Frequência normalizada
Janela Cosseno
é da seguinte forma:
K
2πkn
!
w(n) = ak cos (7.70)
X
k=0 N
7.5. OS FILTROS FIR 221
1.0
−20
0.8
0.6
Amplitude
−60
0.4
−80
0.2
−100
0.0
−120
0 10 20 30 40 50 60 −0.4 −0.2 0.0 0.2 0.4
Amostras Frequência normalizada
Janela de Blackman
1.0
−20
0.8
0.6
Amplitude
−60
0.4
−80
0.2
−100
0.0
−120
0 10 20 30 40 50 60 −0.4 −0.2 0.0 0.2 0.4
Amostras Frequência normalizada
Janela Janela
boxcar boxcar
1.0 1.0
hamming hamming
0.8 0.8
0.6
Ganho
Ganho
0.6
0.4 0.4
0.2 0.2
0.0 0.0
0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5
Frequência Normalizada Frequência Normalizada
10−1
10−3
Ganho
10−5
Janela
boxcar
hann
10−7
blackman
hamming
cosine
Filtros analógicos
3
21. Considere um filtro passa-baixas com função de transferência H (s) = .
s+3
A partir deste filtro, encontre a função de transferência de um outro
filtro passa-baixas que apresenta freqüência de corte igual a 12 rad/s.
1
OBS: = 1 − x + x2 − x3 + · · · , |x| < 1
1+x
25. Encontre a perda em ωs = 40 rad/s para um filtro Butterworth de 5a
ordem que possui perda máxima de 1 dB na banda de passagen ωp = 10
rad/s.
40. Projete um filtro FIR passa-baixas utilizando o método por janelas que
satisfaça as seguintes especificações:
0
h(m) = h(M − m)M = 3
43. Projete um filtro FIR passa-baixas, com fase linear e ordem 14, pelo
método de amostragem em freqüência, que aproxima a característica
de frequência dada na Fig. 7.38. Desenhe o módulo da função de
transferência.
3. Simon Haykin & Barry Van Veen, Sinais E Sistemas, 2003, Bookman,
2003, ISBN: 8573077417;
4. Paulo Sergio Ramirez Diniz, Eduardo Antônio Barros da Silva & Sérgio
Lima Netto, Processamento digital de sinais : projeto e análise de
sistemas, Bookman, Porto Alegre, 2004, ISBN: 85-363-0418-9
5. A.V. Oppenheim & A.S. Willsky, Signal & Systems, 2.ed, 1999, ISBN:
13-754-920-2, Prentice-Hall, Upper Saddle River, NJ, EUA;
231