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Universidade Federal de Lavras

FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO
Douglas José Silva
14/07/2020

É preciso assumir o comando, essa é uma conclusão que se chega ao ler o


primeiro texto, o “Elogio do aprendizado”, esse poema mostra que as pessoas são
capazes de serem senhoras de si mesmo, ou seja, tomar sua própria decisão, escolher
seu caminho, decidir se quer isso ou aquilo. No entanto, quando colocamos esse texto
fazendo um contraposto com o poema “O bicho” de Manuel Bandeira, vemos que
existem pessoas que chegaram em um estado tão sofrido e oprimido que não consegue
optar por nada, o exemplo que o eu-lírico do texto nos mostra é que quando esse bicho
achava alguma coisa para comer, ele não examinava muito menos cheirava, ou seja, não
se questionava o que era aquilo simplesmente devorava.
É um contexto triste que a sociedade atual passa, mais triste ainda por se tratar
de um poema escrito com Manuel Bandeira no ano de 1947 e essa já era uma realidade
naquele ano. Observando-o no nosso contexto atual vemos que ele é muito atual e que
pode ser muito bem utilizado como uma leitura do nosso mundo atual, onde impera o
egoísmo, o capitalismo exacerbado, onde muitos tem pouco e poucos tem muito.
Deixando um pouco de lado essa visão crítica sociológica e mergulhando em
uma análise mais filosófico-crítica, podemos observar uma crítica às pessoas que não
buscam conhecimento, que não buscam se alimentar de coisas boas. Afirmo isso pois,
ao ler o texto 1 contém uma frase onde é possível fazer uma ponte: “Você que tem
fome, agarre o livro: é uma arma.” e, no segundo texto fala que o bicho/homem busca se
alimentar daquilo que encontra no caminho, não analisa simplesmente devora. Quando
estamos sedentos de conhecer algo, podemos nos estufar de coisas supérfluas, e muito
mais nos aproximamos do erro e da perdição quando não analisamos, simplesmente
devoramos. Dessa forma nos assemelhamos ao animal que o Manuel Bandeira citou e
estamos deixando de lado nossa criticidade, ou seja, não estamos assumindo o comando.

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