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RESENHA: O FUTURO DA HUMANIDADE

Ryan Silva Santos

O livro é muito dito como sendo do gênero de autoajuda, contudo, ao contato real, pela
leitura do livro é possível identificar que ele se estende muito além disto. É perceptível o tom
de crítica durante o decorrer da literatura. Através de uma história única, o livro desenvolve o
psicológico e a vida de dois principais personagens com histórias diferentes, contudo cada
uma com suas dificuldades. É através dos dilemas do livro que o autor tece sua crítica ao
cenário estudantil, principalmente ao ensino superior.
Marco Polo ao início do livro é um, entre os demais estudantes de medicina em seu
primeiro ano, que durante a aula de anatomia ao ver a indiferença dos professores e alunos
com os cadáveres e total desinteresse com as histórias dos falecidos se incomoda e decide
traçar caminhos diferentes em questão à postura profissional.
Durante a busca da identidade de um dos corpos cai ao encontro do Falcão, um senhor
morador de rua que sofreu no passado de eventos psicóticos, e ao contar de sua história,
Marco Polo começou a questionar os moldes do mundo: como as instituições de ensino
forçam apenas uma linha de pensamento, com pouco à nenhuma abertura para
questionamentos, e como as pessoas passam suas vidas alienadas com a “falsa” realidade e
felicidade sem observarem as delicadezas do dia a dia.
O livro é um ótimo retrato da humanidade atual, onde tudo aceitam sem
questionamento, e aqueles que saem da linha comum tendem a serem ridicularizados e
excluídos socialmente através do desprezo. Da mesma forma que ocorre com os dois
personagens principais, principalmente no primeiro terço da história, onde por serem
diferentes em pensamento foram menosprezados.
Se refletirmos a realidade literária do livro para os dias atuais mediante a crise
sanitária ocorrida pelo advento da COVID-19, conseguimos identificar que as pessoas de
modo geral se comportam com semelhança extrema aos colegas de Marco Polo, criticando-o
por ver de outro ângulo a pandemia e as medidas sanitárias impostas no mundo.
O livro é uma oportunidade única para os leitores questionarem suas crenças
científicas, principalmente, pois de modo espreito o autor critica a ditadura da ciência, onde
apenas um viés pode e deve ser defendido e é encarado como verdade. A diferença entre o
livro e a realidade é: no mundo real as pessoas estão ainda mais mesmerizadas que os
personagens secundários do livro.
Ainda mais que todo o dito, o livro é uma inspiração para superar as dificuldades da
vida e ignorar aqueles que não contribuem com seus ideais e objetivos, sendo este o principal
motivo pelo qual é considerado um livro de autoajuda. Ao espelharmos nossas dificuldades na
vida de Marco Polo, e principalmente de Falcão compreendemos que os problemas que
enfrentamos possuem diversas maneiras de serem enfrentados e que devemos ser mais leves
para que consigamos ter atitudes coerentes.
Por fim, o livro é uma crítica e uma história de superação impressionante, é uma
inspiração que se pode levar para a vida. Além de ser extremamente imersivo e divertido,
agrega para a vida pessoal e profissional.

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